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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 16 a 22 de maio de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO
Ano 12 N.º 583
pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 20 > DESPORTO
1 Euro
pág. 22 > CULTURA pág. 25 > SAÚDE pág. 33 > CLASSIFICADOS
REGIÃO DE VISEU
pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
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Novo acordo ortográfico
redacao@jornaldocentro.pt
“Para um ciclo novo equipa nova”
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Paulo Neto
∑ Almeida Henriques, candidato do PSD à autarquia viseense | páginas 8, 9 e 10
novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 29 > INSTITUCIONAIS
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pág. 18 > ECONOMIA
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Jornal do Centro 16 | maio | 2013
praçapública rNão é preciso des- rEu saí do Governo rO tráfico de influên- rQuase metade dos
palavras
deles
cobrir a pólvora para para me candidatar dar dinâmica” ao Audi- à câmara de Viseu, portanto pus Viseu tório Mirita Casimiro primeiro”
José Rui Associação Cultural e Recreativa de Tondela-ACERT, (Conferência de imprensa de apresentação do plano de dina,mização do Auditório Mirita Casimiro, 13 de maio
Editorial
Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
Almeida Henriques Candidato à Câmara Municipal de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
cias existe, os editores são medíocres, os jornalistas acomodam-se e os jornais esquecem a sua função”
nossos alunos trabalha. Se não houvesse Politécnico em Viseu não podiam estar no ensino superior”
Amadeu Araújo
Presidente do Instituto Politécnico de Viseu, em declarações ao Jornal do Centro
Jornalista
Fernando Sebastião
Uma questão de carácter ou o “sim-não-nim-sim-não-nim-sim-não-nim” de Portas… O tal projecto de resolução XII/688 sobre os Politécnicos lá foi cegamente aprovado no vazio do seu conteúdo. Tão vazio que dá para tudo. Como este governo gosta de fazer. O vago é o cimento de muita construção futura danosa e irreversível. Mesmo com uma ligeira alteração a acautelar as consciências e depois até do decano/ senador Pedro Lynce – o tal ministro do tempo de Barroso que se demitiu na sequência de um alegado favorecimento para entrada na universidade da filha do colega da pasta dos Negócios Estrangeiros – puxar as orelhas a alguns presidentes de Politécnicos, no decurso de reunião no Parlamento, que não tiveram a agilidade verbal e mental (ou talvez coragem) de lhe responder que não recebiam lições de demitidos políticos… o tal eterno problema das memórias curtas. Assim, a breve trecho, e porque o lóbi das universidades públicas e privadas é fortíssimo (estão sem alunos e têm que os ir buscar subrepticiamente a outros lados), ao esvaziarem-se os politécnicos de algumas competências, da leccionação de mestrados inclusive, está-se a diminuir a atractividade da sua oferta e da sua procura, a reduzir horas, limitar horários, a despedir docentes, a destruir áreas de investigação fundamentais para o meio em que se inserem, a desproteger a relação com o tecido empresarial, a fazer deles, no fundo, escolas profissionais um bocadinho mais sofisticadas. Os deputados do PSD e CDS/ PP votaram alinhados com o governo. Pudera… o pãozinho-decada-dia não pode ser posto em causa, isto não obstante um deles ter ficado (e tem 5 dias para o fazer) de apresentar uma decla-
tos ainda me batem palmas e se estou em condições físicas.”
Este saboroso naco, assente numa presunção e em três “ses” condicionais, metaforicamente esteiado no “desporto rei”, diz bem das condições que vai procurar impor para salvaguarda de futuros e hipotéticos desideratos. Em boa verdade, tal “parle-à-pied” não o dignifica nem favorece Almeida Henriques, mas o bom senso, a lucidez e a sensatez não são alimentos para todos os espíritos e a noção do ridículo não se cura com mezinhas de feira nem chás de agrião…
ração de voto, que nestes casos nunca é mais do que a evidência da consciência pesada. Almeida Henriques actuou sobre Nuno Crato visando uma alteração para salvaguarda dos cursos ministrados. Em breve voltaremos ao assunto. Da conivência política ressalta o inequívoco alheamento de alguns deputados pelos interesses palpáveis dos territórios que os elegeram e evidencia-se, pela diferença, a coesão dos três eleitos pelo PS: Elza Pais, José Junqueiro e Acácio Pinto, na luta que mantiveram pela denúncia desta lesiva legislação. Certo é que se a lebre não tivesse sido levantada, hoje correria folgada e galharda pelas planuras do despautério. Vamos esperar para ver. As medidas deste governo não são para fazer “bem”. São determinadas pelas Finanças e Economia para “rapar” tostões, mesmo que seja à custa do esvaziamento de todas as instituições-âncora dos distritos, à custa da sua progressiva destruição, aviltamento e envelhecimen-
to. Se não forem, apenas, uma cedência a obscuros interesses… Hélder Amaral continua no seu balancé da indecisão, sim/não/ sim/não. Mas se ele próprio não se decide, consta-se que já tem nome para a Assembleia Municipal e para a Junta Metropolitana de Viseu. E a confirmaremse, dois bons nomes por sinal. No que ganha a Junqueiro e Almeida Henriques. E voltamos ao cerne da questão: os nomes que vão para além dos cabeças de lista. Aqui joga-se tudo e a disputa será ao milímetro. Junqueiro com a selecção facilitada, pois despojado de “penduricalhos” e com o aparelho vergado à sua razão. Almeida Henriques lutando para não ser vítima das imposições do aparelho e dos “senadores” do partido, pois como dizia Ruas em entrevista a um jornal local: “presumo eu, vai cá ficar uma pessoa da minha inteira confiança e de quem eu gosto muito. Depois hei-de pensar se o treinador me põe a jogar, se os adep-
O distrito não é só Viseu (La Palisse não diria melhor) e uma “paz podre” vive-se pelos outros 23 concelhos onde, e para já, não se vislumbram grandes novidades. Quando Maio, mês mariano de muito milagre chegar ao fim, a escassos 4 meses do “juízo final”, com a meta à vista, vamos ver se os sprinters alçam o traseiro do selim (já que as metáforas são do âmbito desportivo não quero parecer muito ignorante em tais florilégios primaveris…). Paulo Portas no seu melhor: uns dia não, outros dias sim, a seguir, não ou nim. Parece o velho sino da minha aldeia a dobrar a finados, “sim-não-nim-sim-não-nim-simnão-nim”. Os aposentados deste país que não o esqueçam, pelas falsas expectativas que lhes criou, por os ter enganado e… ao fim-eao-cabo, por ter vergado tão lesto e leviano a cerviz ao peso do cangote imposto pela dupla GasparCoelho. Uma anedota, este Portas, sempre à procura de si mesmo e nunca se encontrando… nem por feiras, nem por arraiais!
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 16| maio | 2013
números
estrelas
500
Grupo de 11 Associações com manifesto cultural para o Auditório Mirita Casimiro
Número de quilos de um bolo gigante confecionado em Tondela no domingo à tarde. A iniciativa solidária reverte para a criação de uma sala de fisioterapia da cooperativa Vários.
Importa-se de responder?
Sérgio Gorjão Diretor do Museu Grão Vasco
Almeida Henriques Cadidato à CMV pelo PSD
Grupo de 11 Associações Culturais que apresenta um plano para dinamização do Auditório Mirita Casimiro, quase votado ao abandono.
Com um programa inovador para fazer de Viseu uma cidade ainda melhor. “Viseu primeiro”.
O Museu Grão Vasco apresenta uma das melhor exposições nacionais de ícones russos - legado Pereira da Gama.
Dia da Europa, 9 de maio No atual contexto que significado tem para si este dia?
A Europa, enquanto espaço privilegiado da condição humana, no sentido da coesão económica e social, vê-se confrontada, atualmente, com falta de liderança e ambição capazes de garantir a verdadeira solidariedade entre as nações. Neste contexto, o Dia da Europa continua a fazer sentido se servir para a consciencialização coletiva dos povos e respetivos governantes, com o objetivo de renovar o projeto europeu, retomando a ideia original que esteve na sua origem e Adriano Azevedo fomentando, particularmente, os sonhos e aspirações legítiVice-presidente C.M. S. Pedro do Sul mas dos jovens.
No atual contexto de recessão económica e de políticas de austeridade, o dia da Europa, este ano, assume uma maior importância para a generalidade dos Europeus. Na origem da atual crise está a crescente falta de competitividade da Europa em relação aos países emergentes. A transferência dos meios de produção e os diversos acordos de livre comércio estão, atualmente, a originar enormes dificuldades aos cidadãos europeus, refletindo-se de forma dramática no Augusto Marques desemprego, e mais especificamente no desemprego jovem. Economista | Empresário Assim, são necessárias políticas comuns de emprego e de industrialização.
Na minha opinião, este foi mais um dia de formalidades e celebrações comuns, já que para nós portugueses, dá ideia de que este dia nos passou ao “lado”. Talvez isto tenha acontecido pela falta de um “sentimento europeísta”, provocada pela atual conjuntura económica que o país atravessa.
Apesar de entender as dificuldades impostas pela atual realidade penso que faz todo o sentido comemorar este dia uma vez que vivemos nesta sociedade cada vez mais global e, sobretudo, porque hoje não somos apenas portugueses... Devemos pensar também em nós como europeus.
Ruben Duarte
Sérgio Silva
Estudante
Estudante
Opinião
Mad Max no século XXI
Na semana passada referi, sem aprofundar, que “assistimos a uma luta despudorada contra a família”. Enquanto observamos ruir a estrutura económico-social, a que nos habituámos, esDavid Santiago quecemos ou preferimos não olhar para o impacto negativo que a realidade actual confere à instituição Família. Não tenciono enveredar numa lógica “césar-dasnevista” e lamentar o hipotético ataque aos valores tradicionais, conservadores e, porque não, reaccionários, sob os quais se deveriam reger todos os casais, naturalmente
abençoados pela graça divina. Mas julgo ser tão inegável, como lamentável, a crescente deterioração das condições socio-económico-culturais necessárias à profusão e prossecução de uma sociedade assente em famílias, mais ou menos convencionais, capacitadas para de forma estrutural e estruturada garantir uma eficiente passagem de testemunho para as gerações seguintes. Se até à crise nos debatíamos com a inversão da pirâmide demográfica e consequente envelhecimento da população, aliada à crescente insustentabilidade dos sistemas da Segurança Social e Caixa de Aposentações, hoje vemos essa realidade agravada pela emigração em massa dos nossos jovens e simultânea incapacidade para captar imigran-
tes que pudessem atenuar este caminho. Ora, o nosso Governo apoiado na cartilha “troikista” tem procedido à reconfiguração do Estado Social através da perda de direitos, quando não de dignidade, e ao empobrecimento da sociedade através da desvalorização do factor trabalho. Uma sociedade, ao dia de hoje já envelhecida, que será incapaz de, não apenas garantir a substituição de gerações, mas também de sustentar um Estado Social, por mais diminuto que seja, e uma Segurança Social já de si perdida. O “cisma grisalho” para além de perder capacidade para ajudar os filhos, entretanto emigrados, não terá direito à reforma e saúde para os quais contribuíra toda uma vida. A fatia que tiver emprego, da par-
cela da população activa que permanecer no país, terá pela frente a impossível tarefa de, sozinha, acrescentar à “fadiga fiscal” os contratos precários, quando os houver, as 10 horas de trabalho diárias, os vencimentos em concordância com o abaixamento de nível desenvolvimentista a que Gaspar e Passos nos condenaram e para final de contas, gerar, criar, educar e sustentar os filhos para os quais não terá o tempo indispensável a uma educação efectiva. Será o estádio em que uma sociedade civilizada, outrora adepta e parte integrante do Estado Social iniciado por Bismarck, desenvolvido pelos ingleses e aperfeiçoado pelos nórdicos, dará lugar ao argumento para uma nova versão de Mad Max.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 16 | maio | 2013
Pergunto ao vento que passa/ notícias do meu país/ Evoco o poema de Manuel Alegre porque me acudiu à memória o 25 de Abril, em particular as comemorações do dia 25 de abril a que tive oportunidade de assistir este ano de 2013 na vila de Sernancelhe. Desde que me lembro, em Trancoso, o 25 de Abril sempre se comemorou muito timidamente, sem grandes manifestações e eventualmente a contragosto de alguns, que prefe-
ririam apagá-lo do calendário, esquecê-lo, fingir que tal não existiu… Sente-se, nesta que é a minha terra, esse clima de desconforto em relação a uma revolução dos cravos, por muitos ainda considerada coisa de comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço… Sernancelhe, a título de curiosidade, tem o mesmo Presidente de Câmara, do PSD, em exercício há 24
anos. É uma Câmara exemplar. Não tem dívida; paga aos fornecedores a tempo e horas e até teve direito a um louvor do Tribunal de Contas. Sernancelhe tem um auditório de excelência, uma Escola de Música, um Pavilhão Multiusos com programação para o ano inteiro; Piscinas Municipais e tantas outras coisas de que alguns se enaltecem, como se fossem um luxo no interior…
nos prende realmente ao écran, a explicação do fenómeno. Compreendo que o interesse por nós revelado pode ser interpretado como insensível, pois pode parecer que não lamentamos os danos ou as vidas perdidas, mas a verdade é que a nossa sensibilidade reside no facto de termos a plena noção de não passarmos de simples grãos de areia, elo fraco de um ciclo à escala planetária que não se compadece com a nossa racionalidade e ca-
pacidade de sentir. Pequenos grãos de areia altamente biodegradáveis, que insistem em não ser bioagradáveis. A Terra é a nossa única e definitiva morada, mesmo que a conquista do espaço venha a ser uma realidade mais coerente e sustentável, nunca passaremos de terráqueos. Mas pena é, que só sejamos intransigentes no cuidado da nossa morada postal. Quando um grande fenómeno natural chega a público, pouco é analisado relativamente
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
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Sempre que um sismo ou vulcão em erupção abre telejornais, o coração do Geólogo pula, num misto de contentamento e preocupação, contentamento por podermos observar mesmo que à distância um fenómeno único da atividade terrestre, e preocupação relativamente às vidas que tal fenómeno possa ter ceifado. Acompanhamos ansiosos o desenrolar do bloco noticioso, mas raras vezes (muito raras vezes), conseguimos ouvir aquilo que
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O estranho caso do Dr. Já Esteve(s)!
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Com a aproximação das autárquicas, transversalmente a todo o espectro partidário são apresentadas diversas teorias sobre a importância da participação cívica. Nas tardes de Domingo são proferidos belos discursos que fazem a prova de que a sociedade civil, uma abstracção que dilui todos em alguns, vá-se lá saber porquê, está com a candidatura X em detrimento da candidatura Y. Em todas as comunicações ou panfletos é-nos garantido que a “turba pré-amotinada”, após 4 anos
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sem ser tida ou achada, foi encontrada e será ouvida. Por azar, uma aliança entre a Sociologia Política, a Teoria da Democracia e a dura realidade faz questão de nos provar o contrário. Vamos a factos? O estudo “Sociedade Civil e Democracia: Portugal numa Perspectiva Comparada”, do Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, deixa no ar diversas questões, entre as quais: Em que condições o Estado encoraja a formação de associações voluntárias? De que
forma o grau de democratização do regime se relaciona com a vida associativa? As respostas são relativamente simples de entender. Se por um lado os “Estados fortes (capazes de concretizar políticas e fixar objectivos de modo relativamente autónomo) favorecem o desenvolvimento da sociedade civil”, por outro os “Estados fracos tendem a favorecer associações pequenas, fracas e limitadas geograficamente.” Deste estudo podemos aferir que “uma vez que parlamentos fortes representam
Alguém devia dizer que “isto é a sério” As tropelias governamentais entre Passos Coelho e Paulo Portas, as tiradas de Carlos Abreu Amorim e as ideias luminosas de Seguro só me levam a concluir, mais uma vez, que ainda nenhum deles percebeu que “isto é a sério”. As crianças são levadas à Kidzania para brincarem ao mundo real, a nossa querida élite política faz do nosso mundo real uma brincadeira. Há um fascínio horroroso na nossa
élite política pela eternização da adolescência, especialmente aquela que foi passada de bandeira na mão ou à volta de quem com ela andava. Assim, é compreensível que, no futuro, não se consiga fazer outra coisa se não prolongar o vício da brincadeira do poder, da retórica, do jogo. O abuso do poder e os m aquiavelismos amadores deixam preocupantes sequelas na vida
de quem cedo os começa a praticar, tendo as juventudes partidárias como escolas de irrealismo e de obediência. Temos adultos viciados num jogo político infantil do faz-de-contas, que aprenderam política como o jogo da incompetência numa caixa fechada e pouco permeável. É um vício caro. E a única maneira de distrair as outras pessoas do nosso vício é recentrá-las no vício
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 16| maio | 2013
o vento cala a desgraça/ o vento nada me diz Em Sernancelhe, no dia 25 de Abril deste ano, lançou-se um livro de Manuel Lima Bastos sobre Aquilino Ribeiro, num auditório decorado com cravos, muitos cravos vermelhos erguidos em vasos de metal, escrupulosamente escolhidos para o efeito... Em Sernancelhe ouviu-se a “Grândola Vila Morena”, à saída da cerimónia que teve lugar nos Paços do Concelho… sem receios de qualquer ordem…
A Sernancelhe vieram, nesse dia, personalidades da vida Nacional como Miguel Veiga, Barbosa de Melo e o Bispo Emérito de Setúbal, D. Manuel Martins. Em Sernancelhe, a simplicidade dos seus governantes privilegiou as boas contas, a seriedade, a modéstia e, por causa disso, receberam os parabéns das mais distintas individualidades. Assisti a estas cerimónias perguntando a mim
própria, num silêncio embaraçado, porque é que em Trancoso vivemos as agonias do definhar de tudo e de todas as instituições? Porque morre a Escola Profissional, a Santa Casa da Misericórdia, a Empresa Municipal - Trancoso Eventos? Porque estará o Município afundado em dívidas, sem dinheiro para as mais elementares “esmolas”? O exemplo de Sernancelhe (e juro que ninguém me pagou para dizer isto…)
faz-me acreditar que ainda existem políticos e políticas sérias e que nem todos são iguais! Apesar da inevitável angústia emanada da comparação imediata, uma semente de esperança se instalou no meu espírito e pensei, mais uma vez, nos versos de Manuel Alegre: Mesmo na noite mais triste/ em tempo de servidão Há sempre alguém que resiste/ há sempre alguém que diz não.
à culpa humana de tal acontecimento, a culpa da nossa insistência em contornar as leis naturais e esperar ignorantemente que daí não advenha um resultado desastroso. Nós sabemos tudo para evitar estes desastres, ou melhor, como evitar que a nossa espécie seja afetada, mas a nossa voz é continuamente abafada pelo endeusamento da Engenharia Civil, pelo bicho papão da dependência energética, e pelo sorvedoiro capitalista. Constrói-se, destrói-se, alterase e ocupa-se, sem qualquer respeito pe-
las outras espécies, ou pela manutenção saudável e sustentável de um planeta, que no limite de tudo é a única casa que devíamos conservar. Só é lembrada a nossa fragilidade relativamente à Terra e ao seu ciclo geológico e hidrológico quando vidas são postas em causa, nunca a fragilidade que temos relativamente aos recursos que necessitamos obter, ou ao facto de naturalmente podermos desaparecer numa fração de segundo, devido a um qualquer evento natural, mas o planeta, esse, continuará im-
pávido e sereno na sua contínua labuta de dezenas de milhar de milhões de anos, vendo surgir e extinguir espécies, levantaremse montanhas, abrirem-se mares, sem desperdiçar nada, como Lavoisier imortalizou. Acompanhando a racionalidade que exibimos como distintiva dos outros animais, veio uma arrogância e uma sobeja, que nos impede de ver distintivamente o pequeno que somos, o quanto somos insignificantes e completamente dispensáveis, e este tipo de comportamento numa espé-
cie pode levar a que seja eliminada sem dó nem piedade. Chegamos a um ponto em que ou pomos a mão na consciência ou arriscamo-nos a simplesmente desaparecer, e transformarmo-nos em verdadeiros grãos de matéria orgânica ou cinza, alimentando o planeta que esquecemos que é dinâmico e geologicamente vivo. Definitivamente, não passamos de grãos de areia, porque somos insignificantes, e porque continuamos irresponsavelmente a arranhar a engrenagem.
a nação na sua globalidade, as associações tenderão a adquirir um âmbito nacional e, como tal, a dotar-se de mecanismos acrescidos de coordenação territorial, com os líderes associativos a forjar ligações e alianças cuja malha recobre o espaço nacional (…) uma democracia terá tanto mais qualidade quanto mais os grupos intermédios e com menos recursos de uma sociedade tenham maior capacidade de auto-organização e de fazer ouvir os seus interesses na arena pública e junto das instituições políticas.” Logo “os diversos grupos serão tão mais favo-
recidos em termos de políticas públicas e ouvidos pelos decisores políticos quanto mais organizados estiverem.” Ora, tendo em conta a fraca qualidade do nosso Estado, da nossa democracia e do nosso associativismo estão a crescer por essa Europa movimentos de cidadãos e apelos à participação cívica e individual contra as organizações que não dizem nada ao cidadão comum, que está farto de ver os mesmos grupos de interesse transitar de um lugar para o outro. Como sociedade, vivemos em loop o estranho caso do “Dr. Já Esteve(s)”, um médico pontual que à
entrada no serviço passava pela enfermaria e largava um sonoro “bom dia”, e dirigia-se à consulta externa, à imagiologia, ao bloco operatório, terminando o périplo na urgência onde repetia dose!.. Passados alguns instantes saía por onde tinha entrado, de forma sorrateira, deixando em todos a convicção de que estava a trabalhar, algures, mas onde estava, de facto, era no consultório (privado) que funcionava no centro da cidade... Quando alguém, no hospital, precisava de falar, ligava ao secretariado, perguntava por ele e a resposta que ouvia era a
mesma de sempre: - “Não sei onde está, mas já esteve! Eu passo a chamada...” Quem atendia o telefone, dava a volta aos diversos serviços possíveis da sua passagem e a resposta sacramental era sempre a mesma: “ Não sei onde está, mas já esteve!”... Alguns dos nossos representantes são assim mesmo, leram a cartilha do “Dr. Já Esteve(s)”... Tudo isto cheira a bafio!
delas. E assim somos constantemente lembradas/os de qual deve ser o nosso vício – obedecer-lhes. Somos viciadas/ os em obediência porque, na nossa cultura política, a associamos a “sobrevivência”. E assim ouvimos os seus disparates e damos audiências a comentadores que são os intelectuais da Kidzania, quais sacerdotes de uma qualquer civilização. Como acordar deste transe e desligarnos desta élite alucinada que só faz coisas ilógicas apenas porque a incompetência é
tudo o que conhecem? Esta élite política há-de desaparecer, quanto mais não seja pelo cemitério – e que aí o responsável seja o tempo, naturalmente! E acho que não veremos, no nosso tempo de vida, a efectivação da mudança que estamos a construir. Mas podemos fazer caminho para ela. Assim, para além de desligarmos a sobrevivência da obediência, e pensarmos em formas de sobrevivermos sem estarmos sujeitas/os à alucinação de São Ben-
to, temos de começar a acordar. Chega de alinharmos, chega de cumprir protocolos e de chamar “inconveniente” à verdade. Pense: tudo aquilo que a família nos ensinou que era “inconveniente” dizer ao Padre, ao Presidente da Câmara, ao Primeiro-Ministro e a outras pessoas “importantes” é, agora, sagrado. Ponha os pontos nos is sempre que tiver oportunidade disso. Se souber de um comício ou de uma qualquer actividade com comes-e-bebes, leve até lá as pessoas com fome que apoia na sua
Associação. São dinheiros públicos, merecem ser mais bem empregados. Também pode incentivar a sua vizinha de quinze anos a desconstruir o discurso das jotas que são uma praga na escola dela. Aproveite cerimónias públicas para intervir e dizer tudo o que pensa. Denuncie publicamente a corrupção e o clientelismo. Afinal, se a sua sobrevivência já não depender da sua obediência, que terá a perder ao construir um mundo melhor?
Miguel Fernandes
Polítólogo atribunadeviseu@gmail .com
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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16 | maio | 2013
abertura “Quem os ouve a falar com esta clareza fica na dúvida se foram ministros da Educação [David Justino e Maria de Lurdes Rodrigues]” comentava um professor à saída da conferência dos 40 anos do Expresso em Viseu, na terça-feira, dia 7 de maio. Mas foram. E David Justino, ministro da educação em 2002 lançou a resposta no decorrer da sua intervenção: “Eu Passei por lá e outros. O que andámos a fazer foi a resolver problemas que se arrastavam, no sentido de encontrar respostas para os problemas que estavam ali em cima da mesa e isso rouba-nos clarividência para pensar como vamos trabalhar agora para daqui a anos”. Educação: a base de tudo o resto? A pergunta serviu para debater o tema da educação em mais uma conferência integrada nas comemorações dos 40 anos do jornal Expresso. Francisco Pinto Balsemão, na qualidade de moderador do painel sintetizou: “Acho que não houve acordo mas houve convergência”. E foi essa convergência em termos de princípios básicos que despertou os mais de 200 participantes que encheram a sala do Teatro Viriato, embora os caminhos que devem ser seguidos não tenham sido tão consensuais. David Justino, atualmente professor associado do departamento de sociologia da Universidade Nova de Lisboa defendeu que o setor não se compadece com ciclos políticos e que algumas das políticas estruturantes têm de ter continuidade, mesmo que o titular da pasta seja substituído, “ porque há medidas necessárias ao sistema de ensino que qualquer ministro honesto, que não esteja agarrado à cadeira, tem de tomar”. Na sua opinião, o problema que se coloca não são os cortes, mas saber que tipo de educação deve ser dada a uma criança que entra agora no sistema e demorará, em média,
15 anos a deixá-lo. “O que deveríamos estar todos a discutir, não só os políticos, mas também os cidadãos, é que tipo de educação tem que se dar esta criança para que tenha capacidade de responder aos problemas que se lhe vão colocar no futuro. Os perfis de informação têm que ser repensados, em algumas áreas estamos a dar as coisas como se davam há 40/50 anos atrás”, sublinhou. A evolução do ensino através de um olhar para o futuro, a escolaridade obrigatória, a hipótese de uma mudança estrutural do sistema de ensino, as novas propostas de formação face ao mercado de trabalho e o ensino superior com base na realidade de Viseu, foram os temas em destaque na conferência. Ficou claro que o país progrediu mas a diferença de qualificações que o separa dos parceiros europeus ainda é significativo. Para a também antiga ministra da Educação, Ma ria de Lurdes Rodrigues, “o princípio de tudo é a escolaridade obrigatória” e o desafio é a sua concretização efetiva prevista na lei e que, muitas vezes, “é contra as famílias e contra os interesses económicos”. Maria de Lurdes Rodrigues destacou “os progressos notáveis” que o país viveu em matéria de educação, defendendo ser necessário um “esforço adicional que não é apenas a construção de escolas e a formação de professores”, mas a convicção por parte dos jovens, dos professores e dos pais “de que todos podem aprender” e também perceber “quais são as melhores formas de ensinar”. A ex-ministra exemplificou com a dúvida sobre o uso de calculadoras no primeiro ciclo do ensino básico, que considera não ser “matéria da política”, mas sim da investigação científica. “Qual é a melhor forma de ensinar é matéria de peritos, do campo científico. Infeliz-
texto∑ Emília Amaral fotos ∑ Micaela Costa
mente, a investigação em ciências da educação não tem procurado dar resposta a esta questão pedagógica”, lamentou. Maria de Lurdes Rodrigues colocou ainda no quadro dos que considera quatro grandes planos para tornar efetiva a escolaridade obrigatória a governabilidade das escolas - ao defender uma relação de proximidade entre os estabelecimentos de ensino, autarquias e instituições locais – e uma outra forma de olhar os recursos pedagógicos. Mais radical, o presidente do Fórum para a Liberdade de Educação (FLE), Fernando Adão da Fonseca referiu que “não chega querer gerir o sistema mudando-o”, é necessário analisar as causas e encontrar um novo sistema que na sua versão deverá passar por uma “escola autónoma”. “Nós mantemos basicamente a mesma forma de gerir o sistema educativo em Portugal que tínhamos no Estado Novo. Outros países também o tinham mas evoluíram e mudaram substancialmente. É preciso abandonar a ideia do planeamento central”, acrescentou citando países como a Suécia, a Finlândia e a Dinamarca. O especialista defendeu um sistema que dê autonomia às escolas que confie mais nos professores e sobretudo que deixe de ser o Ministério da Educação a decidir tudo a partir de Lisboa. À pergunta de Francisco Pinto Balsemão sobre “qual é o papel do Ministério da Educação, Fernando Adão da Fonseca respondeu: “. O Ministério pode decidir o que é obrigatório em termos de metas de conhecimento, mas a forma de atingir essas metas tem que ser dos professores e das escolas. O Estado tem que ser um árbitro para garantir que as pessoas tenham recursos económicos e acesso às escolas com qualidade, não com conceitos como a avaliação do professor que não olha para o essencial”.
Educação: O
Autonomia: Ao longo do debate, se houve tema em que a falta de consenso se acentuou foi na questão da autonomia das escolas. A defesa de Pedro Adão da Fonseca ao considerar que se deve mudar a forma como o sistema funciona sendo possível “caminhar no sentido da autonomia total” em que os pais tivessem liberdade para escolher a escola para os filhos sem custos adicionais casos optassem pelo público ou pelo privado, foi travada por David Justino ao acautelar-se que “a autonomia implica outras regras de financiamento” e “o risco de perder o controlo sobre a despesa é muito grande”. A ex-ministra da Educação do Governo de José Sócrates defendeu que a autonomia das escolas “deve ser um instrumento para cumprir melhor o serviço público e não uma finalidade”, ou seja, propõe que “tem que haver limites” impostos pela regulação mas num quadro de gestão de proximidade: “As autarquias têm um papel absolutamente decisivo”. Admitindo que a autonomia das escolas tem vindo a diminuir com o atual governoem várias áreas, fruto de uma “tensão do sistema”, Maria de Lurdes Rodrigues deixa um alerta: “Penso que falta defender o que é autonomia. Um instrumento e não uma finalidade para fazer o que lembra a quem está naquele momento na escola”.
r“Os progressos que o
país viveu em matéria de educação nos últimos 40 anos são notáveis. Tínhamos uma taxa de pré-escolarização de 8% e temos hoje de 80%. Tínhamos no ensino básico e secundário de cerca de 100 escolas e 40 mil alunos e hoje temos mais de 1000 escolas e mais de um milhão de alunos. Os professores eram 26 mil e hoje são 150 mil” Maria de Lurdes Rodrigues Presidente da FLAD
Evolução da escolaridade média em Portugal
1991 2011 4,6 anos
7,4 anos
Jornal do Centro
CONFERÊNCIA EXPRESSO “EDUCAÇÃO: A BASE DE TUDO O RESTO?” | ABERTURA 7
16| maio | 2013
O que falta fazer
Ensino Superior Ensino superior. Que futuro? Foi um dos temas levados para o debate. O presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião defendeu “o reforço do sistema binário (politécnicos e universidades)” ao considerar que “ainda tem vantagens” salvaguardando regiões como a de Viseu. “Viseu não seria a cidade que é hoje se não tivesse as instituições que tem”, lembrou. O responsável não partilha da opinião dos que consideram haver estabelecimentos de ensino superior a mais na rede nacional. Criticou que “os politécnicos foram evoluindo nem sempre com as mesmas linhas de orientação, que foram mudando consoante o ministro, mas resumiu que “é vantajoso para o país poder haver as duas vertentes” continuando a existir espaço para o ensino politécnico e para o ensino universitário”. “Temos 45% de estudantes trabalhadores. Se não tivéssemos aqui o Politécnico, não teriam oportunidade de estar no ensino superior”, frisou acrescentando um outro dado: “Muita gente não era de Viseu e ficou cá porque tinha melhores condições para viver depois de frequentar o ensino superior”. O desafio para Fernando Sebastião não passa por fundir politécnicos e universidades ou mesmo acabar com alguns dos 133 estabelecimentos, públicos e privados, espalhados pelo país. No entanto, voltou a lançar a ideia de que os politécnicos deviam adotar a designação europeia de universidade de ciências aplicadas: “Tinha grandes vantagens, os politécnicos ainda continuam a ser uma segunda escolha”. O país disponibiliza hoje 3500 cursos distribuídos pela rede de ensino superior.
Na primeira pessoa
A David Justino
A Maria de Lurdes Rodrigues
A Pedro Adão da Fonseca
A Fernando Sebastião
A Teresa Salema
Professor da Universidade Nova
Presidente da FLAD
Presidente do Forum para a Liberdade de Educação
Presidente do Instituto Politécnico de Viseu
Diretora da Fundação Portugal Telecom
“Julgo que a conflitualidade do sector não ajuda nada principalmente porque cria um clima de desconfiança e havendo desconfiança dificilmente se podem mobilizar as pessoas. Se não confiamos nos professores, aqueles são os agentes diretos da educação dos nossos filhos, é muito difícil. Agora, para haver confiança tem que haver passos seguros e objetivos definidos”.
“O que hoje todos os países do mundo têm em comum em matéria de educação é o princípio da escolaridade obrigatória. [...] Sem uma população escolarizada, sem cidadãos preparados para participar na vida económica e na vida política não é possível enfrentar o desenvolvimento. [...] Uma grande reforma para enfrentar o futuro foi feita justamente quando se alargou a escolaridade obrigatória até aos 18 anos”.
“Nós em Portugal recusamonos a ver o que aconteceu nos outros países que tinham um sistema igual ao nosso onde a gestão diária só por si não resolvia o problema e começaram a mudar, abandonando a ideia do planeamento central. Nós mantemos basicamente a mesma forma de gerir o sistema educativo em Portugal que tínhamos no Estado Novo. Outros países também o tinham mas evoluíram e mudaram substancialmente. […] Estamos a dar uma preparação aos jovens, que não é aquela que eles vão precisar no futuro e isso preocupa-me”.
“Defendo o reforço do sistema binário [universidades e politécnicos] porque ainda tem vantagens. Nem toda a gente deve formar quadros superiores para o Banco de Portugal, há um leque formativo que, dentro das mesmas áreas de especialidade, tem objetivos muito concretos. [...] Temos que distinguir a visão de quem está em lisboa e de quem está no interior, onde as alternativas não existem. [...] Quase metade dos nossos alunos trabalha. Se não houvesse Politécnico em Viseu não podiam estar no ensino superior”.
“Como se prepara um jovem para a incerteza? Garantindo conhecimentos técnicos. Garantindo que tem capacidade de atitute constante. [...] É preciso garantir que os jovens tenham conhecimentos sólidos e uma atitutde de aprendizagem constante para um bom desempenho profissional. [...] O empreendedorismo terá que ser reforçado a todos os níveis de ensino. Ainda formamos de forma compartimentada e não é assim que se trabalha nas empresas”. É necessário “educar e formar os jovens nas áreas do saber pensar e saber resolver problemas”.
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à conversa António Joaquim Almeida Henriques, 51 anos, casado, três filhos, natural de Viseu, é advogado e dedicou os últimos vinte e cinco anos à atividade empresarial e associativa empresarial em diversos sectores. É atualmente deputado à Assembleia da República, na XII Legislatura, tendo sido eleito como cabeça-delista pelo circulo de Viseu. É ainda Presidente da Assembleia Municipal de Viseu e da Assembleia da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões. Entre Junho de 2011 e Abril de 2013, exerceu as funções de Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional do XIX Governo Constitucional, tendo-se destacado no lançamento de programas de política pública como o “Revitalizar” ou o “Valorizar”, na reprogramação estratégica e no avanço da execução do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e na aprovação e implementação do pacote de medidas de apoio às famílias endividadas e de disciplina de práticas bancárias abusivas. Deputado à Assembleia da República nas IX, X e XI Legislaturas, foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XI Legislatura com a coordenação da área económica, tendo também exercido as funções de vice-presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República e de vice-presidente da Delegação da OSCE (Organization for Security and Co-operation in Europe). Na vida associativa, foi vice-presidente da CIP - Confederação da Indústria Portuguesa, presidente do CEC/CCIC - Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comércio e Indústria e presidente da AIRV - Associação Industrial da Região de Viseu. Das duas últimas, é também presidente honorário. Mantém uma participação ativa em diversas instituições culturais, sociais e científicas da cidade e região de Viseu. É Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial (Classe do Mérito Industrial), por atribuição do Presidente da República Jorge Sampaio, e Presidente Honorário da AIRV.
Antes de mais é uma candidatura que honra o legado. Viseu é hoje a melhor cidade para viver. Viseu teve um surto de progresso nos últimos trinta anos e importa neste momento dar-lhe um novo ciclo. É a isso que me proponho: impulsionar um novo ciclo alicerçado em duas grandes áreas: a vertente da solidariedade social e qualidade de vida e um ciclo de desenvolvimento económico que permita fixar e atrair pessoas e investimentos. Entendo que o concelho deve assumir a sua vocação de cidade-região, que interage com Lisboa, que interage com o Porto e que ao mesmo tempo se enquadra numa lógica internacional.
pessoas em Viseu também colocam a sua cidade e o seu concelho em primeiro. Mesmo aqueles que vivem fora de Viseu não esquecem a sua terra. Queremos continuar a ser “Viseu Primeiro” na qualidade de vida, mas também queremos ser “Viseu Primeiro” no desenvolvimento económico, na internacionalização, na solidariedade com os idosos e com aqueles que mais precisam, na criação de emprego para os jovens… Estas são as motivações da escolha deste slogan, que ao mesmo tempo exprime o meu estado de espírito em relação ao presente e em relação ao futuro de Viseu. Mas cada um dos cidadãos o poderá interpretar de uma forma criativa e individual. “Viseu Primeiro” será seguramente o resultado de uma visão e de um trabalho de equipa.
“Viseu Primeiro”… que quer dizer com isto para além do mero slogan curto, enfático e sonante?
Anuncia 10 debates com especialistas das várias áreas. Quais áreas? Quais especialistas?
Não é um mero slogan. É uma forma de sentir e viver a minha cidadania. É a forma como eu sinto Viseu, porque sinto Viseu em primeiro. Eu saí do Governo para me candidatar à câmara de Viseu, portanto pus Viseu primeiro. Sei que as
O meu programa está a ser construído com um conjunto vasto de pessoas das diferentes forças vivas de Viseu e ao mesmo tempo pretende ser um programa muito participado, de “baixo para cima”. Vou lançar o Fórum Participativo “Viseu
O que traz de novo ao concelho de Viseu a sua candidatura? Linhas gerais do Programa…
entrevista e fotos ∑ Paulo Neto
“Quero ficar com o meu nome associado ao regresso do comboio a Viseu”
Primeiro”, onde vai decorrer uma dezena de debates nos diferentes sectores, desde a cultura à agricultura, passando pelo desenvolvimento regional (que será exactamente o primeiro debate), pelos ensinos secundário e superior, pela internacionalização e investimento, indústria, solidariedade social, desporto e juventude e urbanismo. Já tem nomes?
Sim. Posso dizer-lhe que neste Fórum Participativo teremos sempre uma figura de referência nacional, que traga o seu contributo de fora para o desenvolvimento de Viseu, mas ao mesmo tempo, sempre, o envolvimento de líderes locais, da Associação Industrial, da
Associação Comercial, de pessoas ligadas aos mais diversos estabelecimentos de ensino de Viseu. Por exemplo, o professor Alfredo Simões vai fazer o primeiro debate com o professor Augusto Mateus e também com Nelson Sousa, responsável pela JLS, que abordará a vertente da logística e transportes na nossa região. Este Fórum Participativo é um espaço de reflexão sobre o futuro de Viseu, sobre aquilo que nós queremos e onde queremos estar daqui a dez anos. Será um contributo da sociedade viseense para aquilo que pretendemos do nosso futuro colectivo. É uma resposta ao momento presente. Pôr a sociedade a pensar e pedir à sociedade que me aju-
de a construir um programa ganhador para os próximos anos. Lista para a autarquia… Dos que hoje integram a lista do Dr. Ruas quem vai levar?
O que posso dizer é que estou neste momento a desenvolver um trabalho com umas largas dezenas de pessoas e que, de entre essas pessoas, irei construir uma lista de grande qualidade. Viseu merece o melhor de nós. O que posso garantir é que para um ciclo novo teremos equipa nova. Não tem imposições do aparelho?
Ciclo novo, equipa nova. Tem novidades, muitas…?
Estou empenhado em
criar uma equipa que esteja à altura dos próximos desafios de Viseu. Há coligação?
A minha candidatura resulta de um forte consenso dentro do PSD, quer a nível concelhio, quer a nível distrital, com o apoio explícito do dr. Fernando Ruas e sobre a sigla do PSD. Não há coligação com o CDS nem com outras forças políticas?
Será uma candidatura da sociedade com o Partido Social Democrata, na perspectiva de abrir um novo ciclo de desenvolvimento para Viseu. Quem vai encabeçar a Assembleia Municipal?
ALMEIDA HENRIQUES | À CONVERSA 9
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entre a primeira e a segunda eleição. Junqueiro refere-se a si como o “candidato exonerado da política”. Um comentário…
Há um princípio que vou já afirmar: vou fazer uma campanha pela positiva, vou fazer uma campanha pela afirmação dos valores, com uma participação muito directa de toda a sociedade de Viseu e assumir aqui o compromisso de que irei governar a nossa cidade de Viseu, o nosso concelho, com todas as pessoas. Nunca irei comentar declarações dessas… A única coisa que diria é que saí do governo pelo meu próprio pé e por amor à minha terra. Fiz uma opção por Viseu. Foi por este amor à minha terra que fiz algo que provavelmente o meu adversário nunca faria, que foi sair de um função no governo onde estava a desenvolver um trabalho que era reconhecido. Fiz de 2012 o melhor ano de sempre da execução de fundos comunitários em Portugal. E lancei o primeiro regime de incentivos a microempresas do Interior do QREN. Só para dar dois exemplos. O desemprego jovem em Viseu ronda os 50%. Que tem em mente para sua solução?
É um assunto que ainda não está fechado. Apresentarei as listas em seu devido tempo. As eleições serão em finais de Setembro, início de Outubro. Agora preparamos as listas para as Juntas de Freguesia. É fundamental ter os melhores candidatos para este novo ciclo, aquele que já chamei o terceiro ciclo do desenvolvimento autárquico. A seguir à infra estruturação de base tivemos um segundo ciclo de equipamento e entramos agora num ciclo sobretudo muito focalizado nas pessoas e no desenvolvimento económico. Posso contudo adiantar-lhe dois nomes: o mandatário da minha lista será o engenheiro António Vidal e o
mandatário de honra será o dr. Fernando Ruas. O Dr. Ruas afirmou: “Há muitos a quererem que eu volte daqui a 4 anos”. Faz parte deles?
Assumo a minha candidatura com um grande entusiasmo. E é uma candidatura que felizmente está a recolher uma forte adesão junto dos viseenses e das várias instituições. Eu sei que os meus adversários já estão a discutir 2017. Vejo muitas vezes tomadas de posição que até me surpreendem, porque significam que as pessoas que suportam as candidaturas dos meus adversários não têm confiança nos seus próprios candidatos. Que outro sentido faz discutir se eu me
vou recandidatar em 2017? Aquilo que eu espero é que daqui a quatro anos os viseenses vejam em mim um presidente da câmara que se dedicou em exclusividade de funções à sua terra, à sua cidade-região, ao seu concelho e que me voltem a dar a confiança. O povo é chamado a decidir. Hoje sou candidato à câmara e espero daqui a quatro anos ter um capital de confiança de tal forma grande que permita voltar a ser eleito. Lembro que o dr. Fernando Ruas, na primeira eleição, foi eleito por umas centenas de votos e depois, logo na segunda eleição, reforçou essa mesma votação. Espero estar aqui também à altura desse legado e seguir os passos que o dr. Ruas deu
Só há uma forma de criar emprego. O emprego não se cria por decreto. Os que hoje andam a apregoar que vão criar emprego, se calhar nunca criaram nenhum e nem sabem bem como é que se cria. São os mesmos que no passado prometeram criar 150 mil postos de trabalho e acabaram a destruir emprego. Essa é que é a verdade. Só há uma forma de criar emprego: é através de dinâmicas empresariais de criação de riqueza. É o que eu proponho: gerar dinâmicas que puxem pelas nossas âncoras empresariais e pela valorização da nossa região: temos empresas e recursos que podem ir mais longe, podemos ajudá-las a internacionalizar-se, fazerem negócios no exterior, aumentando produção e exportações. Hoje devemos também assumir uma lógica muito activa de captação do investimento para o
nosso território. Aproveitar a nossa diáspora é fundamental. Uma das questões que me proponho desenvolver, e desde já anuncio em primeira mão, é criar o programa “Viseu Investe”. Este programa vai ser todo ele focalizado na perspectiva de criação de valor no território e na criação de riqueza. Terá um gabinete de apoio ao investidor. Quero transformar a câmara de Viseu numa câmara amiga do investidor, que preserva os seus valores históricos na criação de comércio e de serviços, mas que também capte a indústria, criando emprego jovem qualificado e duradouro. Por outro lado, proponho-me também criar o “Conselho Estratégico para o Desenvolvimento de Viseu”. Isto é: uma estratégia para Viseu em concertação com aquelas que são as suas âncoras: a Associação Industrial, a Associação Comercial, os Empresários Católicos, o IPV, a Católica, o Piaget, o Regimento de Infantaria, o Palácio da Justiça, o Conservatório de Música, o Teatro Viriato… com todas aquelas que são as nossas âncoras e que podem ajudar a promover Viseu. Os viseenses podem contar com este compromisso e com a minha experiência. Em bom rigor, os últimos vinte e cinco anos de vida foram dedicados, por um lado, na vertente empresarial, no associativismo empresarial, no associativismo cultural, no associativismo da solidariedade social e também em toda uma experiência internacional, empresarial e de diplomacia económica. Trabalhar numa lógica intermunicipal e de cooperação regional é também decisivo. O Porto é decisivo para nós, é estratégico, é o nosso aeroporto, é a nossa ligação à Galiza. Nesta lógica, a macro-região ibérica integra a Região Centro, o Norte, a Galiza e CastillaLyon. E podemos também falar de Lisboa…. Temos que encurtar a nossa distância a Lisboa e aproveitar o mercado da capital e a nossa fronteira atlântica. Muito do futuro da nossa terra está também na fronteira atlântica e na ligação à nossa comunidade na diáspora.
Devemos ter uma perspectiva aberta e dinâmica. As oportunidades estarão cá dentro se soubermos criar ligações ao mundo. A Gabiforma e os seus associados e a Lusitânia são fragilidades do seu passado ou uma sincronia de vida, clara e sem controvérsias?
Várias pessoas têm procurado criar anátemas sobre essas circunstâncias. A Gabiforma foi uma empresa líder no seu sector, na região de Viseu. Deixei de estar na direcção estratégica da empresa, da qual nunca fui sócio maioritário, desde o momento em que ingressei como deputado no parlamento. Por outro lado, eu abandonei a Gabiforma, ou saí da sua administração, um ano e meio antes de ter acontecido o seu processo de insolvência. Portanto, é uma estrutura da qual eu estava desligado do ponto de vista da sua administração executiva há vários anos. Nunca foi tão pouco sócio minoritário. Mesmo que queiram ligar-me do ponto de vista formal, podem consultar-se os registos da Conservatória e verificar a realidade dos factos. Por outro lado, mesmo que assim não fosse, eu não sou dos que acha que o insucesso seja algo que nos deva condicionar. Antes pelo contrário. Haja pessoas que ousem fazer! Em países com os Estados Unidos, onde existe uma economia de mercado dinâmica, muitas vezes aqueles que têm um insucesso são os que a seguir mais apoio têm para poderem desenvolver novos projectos. Só quem nunca fez nada na vida é que nunca teve sucessos e insucessos. Em relação à Lusitânia, que é outra questão, esclareço de uma forma frontal: eu estava na presidência da AIRV quando a Lusitânia foi criada. A Lusitânia sempre teve uma maioria e uma coordenação estratégica por parte das autarquias locais. Eu nunca pertenci a nenhum órgão social da Lusitânia. Nunca fiz parte de nenhum conselho de administração, de nenhum conselho fiscal, nem de nenhuma assembleia geral. Isso que fique claro porque há quem tente continua»
10 À CONVERSA | ALMEIDA HENRIQUES lançar lama sobre os outros de forma completamente irresponsável. Tenho muito orgulho no meu percurso e posso dizer uma coisa que muita gente não poderá afirmar: até hoje honrei sempre os meus compromissos. Pessoais, profissionais e políticos. Como empresário que foi, qual o seu maior êxito e o seu maior insucesso? E como governante?
A minha vida empresarial foi muito rica. Eu diria que a Beiragás foi o ponto máximo do meu percurso empresarial. É hoje uma empresa de referência das 100 maiores do país. Que outro projecto eu gostaria de ter levado mais longe? Por exemplo o projecto da Capital de Risco de Base Regional. Foi um projecto ao qual dediquei muita atenção. Não consegui chegar tão longe como gostaria, ao ponto de conseguir criar o Fundo Regional de Capital de Risco, mas felizmente, depois no governo, acabei por ter a oportunidade de, no programa Revitalizar, criar efectivamente os Fundos Regionais de Capital de Risco. Lá está… Muitas vezes o nosso percurso de vida ajuda-nos a ter ideias que só mais tarde conseguimos concretizar. Uma boa ideia nunca é um desperdício. Do ponto de vista governamental há duas vitórias que são muito importantes: a forma como os fundos comunitários evoluíram. Eu peguei na gestão dos fundos comunitários e a sua execução estava nos 30% e deixei o governo com 61%. O que significa que executámos mais em dois anos do que o anterior governo nos outros quatro anos de gestão dos fundos. Aumentámos também a taxa de comparticipação de 70 para 85% por parte da União Europeia, o que nos permitiu fazer um esforço financeiro menor do ponto de vista nacional na realização dos investimentos. Outra vitória que me deu muito gosto foi o programa Revitalizar. Há muito tempo que defendia em Portugal um sistema que permitisse que as empresas recuperassem de situações de crise, uma espécie de “Chapter eleven” como existe nos Estados Unidos. As empresas não têm for-
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çosamente que se apresentar à situação de insolvência quando têm a possibilidade de ser recuperadas. Quando cessei funções no Governo, mais de 600 empresas já tinham apresentado planos de revitalização. E mais de 100 tinham obtido já sucesso nesse objetivo. 4000 postos de trabalho e 515 milhões de euros anuais de produção foram salvos. É algo de que me orgulho. Por outro lado, também, a política de defesa do consumidor. Há muitos anos, e isto é afirmado por muitas associações, que não existia uma verdadeira política do consumidor. Consegui, ao longo de um ano e meio, alterar legislativamente vários aspectos, designadamente o da disciplina na banca, nas comissões que cobravam aos particulares, nos juros de mora que cobravam, criando travões às taxas de juro dos cartões de crédito e impondo a obrigatoriedade da banca de, antes de executar alguém, tentar um acordo extra-judicial. Aliás um dos aspectos que proponho na minha candidatura é criar um Gabinete de Apoio às Famílias Endividadas e em Dificuldades. Exactamente para ajudar aqueles que nesta conjuntura difícil têm muitas vezes dificuldade em honrar os seus compromissos.
não só pela sua dimensão, mas também pela inteligência que fornece, pela qualidade dos seus professores, pelo número dos doutorados e pela possibilidade de imprimir novas dinâmicas. Quer no âmbito do empreendedorismo, quer na lógica de uma melhor relação universidade/empresas, quer na promoção da investigação ligada ao tecido empresarial. Há muito a fazer aqui e nesse sentido vou dedicar um tema do Fórum Participativo ao Ensino Superior, com a presença da doutora Graça Carvalho, do professor Borges Gouveia da Universidade de Aveiro e com a interlocução dos vários actores da região. Temos que encontrar aqui um modelo que potencie o IPV, interagindo com a Universidade Católica e com o Piaget e tirando partido daquilo que de bom cada um deles tem e fazendo com que possam convergir. Nunca tivemos tanta necessidade de convergir do ponto de vista estratégico. Essa é uma missão do Conselho Estratégico para o Concelho de Viseu que me proponho constituir. É uma plataforma de inteligência e de vontades. Como podemos potenciar mais o IPV? O RIV? O Tribunal? Grupos como a Visabeira e outros existentes em Viseu?
Algum insucesso governamental?
Concorda com a evolução do IPV para Universidade de Ciências Aplicadas, tal como defende o seu Presidente?
Eu diria que nas minhas áreas as coisas me correram bastante bem. E posso acrescentar-lhe que fui feliz nestes dois anos de actividade governativa. Qual a sua opinião sobre o estado do Ensino Superior em Viseu, como perspectiva o seu desenvolvimento e qual o papel do IPV nesse processo?
Este é o momento crítico para Portugal e para a nossa região. Temos que preparar uma boa estratégia para 2014/2020, que é o novo ciclo dos fundos comunitários. Essa estratégia exige uma boa interacção entre os municípios da Comunidade Intermunicipal, as empresas e as associações empresariais e com o Centro Científico e Tecnológico. Um dos vértices desse triângulo virtuoso é claramente o Centro Científico e Tecnológico. O IPV tem aqui um papel muito importante,
Tenho tido muitas conversas com responsáveis do IPV que conhecem o meu pensamento. Qualquer solução para Viseu passará pela evolução do próprio IPV e nesse ponto de vista estamos em sintonia. Nem sempre aqueles que berram nos jornais são os que estão a fazer o seu trabalho de casa. Este trabalho tem que ser feito concertadamente, como ainda agora nesta recente questão do IPV. Enquanto uns berravam eu reunia com o ministro da Educação, fazia concertação dentro do meu grupo parlamentar, ao ponto de ter sido alterado o Projecto de Resolução e de ficar bem patente que não está em causa que no futuro o IPV não possa leccionar os vários graus. Isso está explícito na Resolução que foi aprovada na sexta-
feira numa declaração de voto que apresentámos, segundo a qual as questões regionais terão de ser levadas em linha de conta. O ministro de Educação, aliás, concordou e comprometeu-se com este princípio. Onde não houver duplicação de oferta, têm de se manter as coisas como estão. Esta declaração de voto acabou por ser assinada pelos deputados de Viseu, Bragança e Leiria. Uma declaração de voto não é um pressuposto de consciência culpada?
Uma declaração de voto é também colocar no papel aquela que é a nossa interpretação, quando votamos favoravelmente uma determinada resolução. Mas porque a necessidade dessa clarificação?
Quisemos explicitar a lógica de manter salvaguardados os graus de ensino. É uma questão demasiado importante. Havia um entendimento do responsável parlamentar que a questão regional estava salvaguardada no próprio texto. Como eu entendi que não estava, que não espelhava aquelas que tinham sido as minhas conversas com o engenheiro Sebastião e com o ministro da Educação, entendi que devíamos apresentar uma declaração de voto e fui seguido nessa atitude por deputados de mais dois distritos. Declarações de José Junqueiro em Conferência de Imprensa acerca do Projecto de Resolução XII/ 688 : “Os deputados do PSD e do CDS em Viseu não têm emenda e o candidato à câmara também não porque se refugiou no silêncio medroso, muito medroso porque não ousou emitir opinião. Recentemente exonerado não quer de qualquer maneira entrar em conflito com o seu próprio governo. Eu acho isso lamentável.”
A declarações dessas responderei sempre com o silêncio. Deixe-me acrescentar uma intenção antes de chegarmos ao fim desta conversa, e esta sim relevante: Quero ficar com o meu nome associado ao regresso do comboio a Viseu! É uma conetividade moderna, fundamental ao nosso desenvolvimento e mobilidade.
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região
Nuno André Ferreira (arquivo)
Bloco de Esquerda escolhe Manuela Antunes para Viseu
A professora de educação física, Manuel Antunes é a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Viseu nas eleições autárquicas deste ano. Atua l mente a ú n ica deputada do BE na Assembleia Municipal de Viseu, fez a sua estreia na reunião de fevereiro daquele órgão autárquico, em substituição de Carlos Vieira, o que deixou antever algumas novidades relatiPublicidade
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Perspectivas agrícolas
Micaela Costa
vas ao seu papel futuro como autarca. Dirigente do sindicato de Professores da Região Centro, foi também presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Viseu, cargo que abandonou recentemente. Professora na Escola Básica 2,3 Dr. Azeredo Perdigão, em Abraveses, Manuel Maria Coelho Antunes, de 46 anos, é natural de Viseu, cidade onde cresceu, estudou e trabalha. É conhecida como uma mulher entusiasta, interventiva e participativa na vida política e cultural da cidade. Ainda esta semana assumiu o papel de atriz na apresentação da peça “candidata ao XIV Festival de Teatro Jovem Monólogos da Vagina”, em que contracena com alunos seus num projeto da Associação Juvenil Azeredo Perdigão Molhe de Grelos. EA
Opinião
Afonso Abrantes candidata-se à Assembleia Municipal Mortágua ∑ Atual presidente está de saída da Câmara, mas vai manter-se na vida autárquica Afonso Abrantes, presidente da Câmara Municipal de Mortágua, vai ser candidato à Assembleia Municipal, pelo seu partido (PS), nas próximas autárquicas. Depois de 24 anos de liderança socialista na autarquia de Mortágua, Afonso Abrantes está de saída devido à lei da limitação de mandatos, contudo fonte próxima da candidatura afirma que o autarca não vai abandonar a vida política e sucede a Acácio Fernandes (PS), na prePublicidade
sidência da Assembleia Municipal. Na corrida à autarquia de Mortágua, pelo partido socialista, está João Fonseca , at ua l presidente da Associação Beira Aguieira. A lista do PSD é encabeçada por Júlio Norte (provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua) - que até agora foi vice-presidente da Câmara pelo PS. Filipe Valente, já vereador na autarquia, é a escolha do CDS-PP. Micaela Costa
Os dados divulgados pelo INE dos últimos três meses apontam para o aumento do desemprego no sector primário. Em comparação com o período homólogo, o acréscimo foi de 37%, passando dos 17.7 mil para os 27.1 mil desempregados. Estes dados descrevem cenários já há muito conhecidos. O trabalho agrícola assume na maioria dos casos um carácter temporário e sazonal, facto que em muito condiciona a actividade. Cada cultura agrícola denota picos de trabalhos próprios. A sementeira, a colheita e os tratamentos fitossanitários não devem ser adiados ou prolongados. Por outro lado, outros admitem ser acomodados tais como: a poda, a monda, a desfolha, a aplicação de fertilizantes e herbicidas, mas devidamente balizados, e ficamo-nos por aqui. Para que todas estas operações possam decorrer de modo eficaz e com desejada produtividade, algo tão requisitado por estes dias é necessário: mão-de-obra em quantidade mas essencialmente em qualidade. Tratase de uma combinação por vezes difícil de conseguir para os salários a praticar. A adensar esta situação, podemos ainda referir as condições meteorológicas como o factor com maior impacto no calendário agrícola. As chuvas prolongadas que este ano fustigaram o país vieram protelar, ou simplesmente impedir a instalação de culturas e condicionaram de como significativo várias operações. Assim, a nossa almejada e proclamada taxa de auto-aprovisionamento vai baixar. Este é um dado que me atrevo a conjecturar. Pese embora a agricultura esteja a atrair bastante gente, na maioria empresários agrícolas, a contratação de pessoal para trabalhar na área é temporária, como facilmente se depreende do exposto. Na visita à escola prof issional de A lter do Chão, o Sr. Ministro da Educação e a Sr. Ministra da Agricultura reiteraram a aposta no ensino agrícola profissional. Segundo os mesmos, a re-
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
ferida escola é um exemplo que importa replicar dada a elevada taxa de empregabilidade dos estudantes no sector. Importa, no entanto, alertar que este tipo de formação necessita de requisitos, equipamentos actuais (de preferência de base tecnológica), espaços e valências. Para que tudo isto se replique e implante, só vontade não basta. São necessários investimentos avultados e chegados aqui é que os problemas começam. Existe dinheiro para tudo isto? Tenho a noção de que dificilmente tenha existido. Neste momento, nos vários ministérios o que se demanda é uma redução de 10% com gastos, incluído com o pessoal. Na recente deslocação do Secretário de Estado da Alimentação e da Inovação Agro-alimentar ao SIAL China (salão alimentar), foi lavrado entre Portugal e a China um acordo para potenciar as exportações na área dos lacticínios, uma vez que nos restantes sectores estas já estão bem encaminhadas, reforçando a componente da segurança alimentar. As tripulações chinesas de muitos dos navios e paquetes que aportam em Portugal tratam de comprar todo o leite em pó existente nas prateleiras dos supermercados, dadas as frequentes falsificações que ocorrem com este produto na China. A contrafacção no seu melhor. Um vasto conjunto de empresas nacionais, das quais podemos destacar a Ramirez, a RAR, a Sumol-Compal, a Unicer, já pontificam nas várias cadeias de distribuição alimentar em Xangai. Esta cosmopolita cidade é a capital económica chinesa e alberga 23 milhões de habitantes. Por cá, somos apenas 10 milhões e para muitas realidades já há muito nos atropelamos. Mais uma solução à vista, neste caso apenas uma cidade: Xangai.
Jornal do Centro
VISEU | REGIÃO 13
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Viseu debate “a sua Liberdade de Imprensa” Uma semana depois de Portugal ter subido cinco lugares na lista dos países com maior liberdade de imprensa, pensar esta concessão de abril foi o mote que juntou, numa mesma sala, diversas personalidades ligadas à atividade jornalística e à produção de conteúdos da cidade de Viseu. Organizada pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) de Viseu – Direção Regional do Centro e moderada por Joaquim Alexandre, a Tertúllia “Liberdade de Imprensa… O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Porquê?” teve lugar na passada quinta-feira (9 de Maio) pelas 21:00 horas na Galeria de Exposições do IPDJ no momento em que, conforme é notado por todos, “os jornalistas mais precisam de ser jornalistas”. Enquadrado no “Mês Temático” dedicado à comunicação Social este Publicidade
evento foi enriquecido pelos contributos e pela partilha de experiências de Sérgio Soares, Amadeu Araújo, António José Coelho, Fernando Figueiredo, José Faro, Catarina Frias, Vitor Santos, João Silva e Nuno Cabral constituindo assim um olhar ímpar e transversal da cidade sobre esta liberdade. Perante uma plateia constituída por profissionais ligados à área da informação, Sérgio Soares, jornalista da Agência Lusa, classificou esta realidade como “a matéria de mais difícil discussão” uma vez que as mudanças sentidas ao nível da liberdade do jornalismo, um dos pilares da democracia, estão hoje intimamente ligadas às próprias “transformações” em curso no país. “Os sinais desta mudança são evidentes quando notamos o desaparecimento dos grandes trabalhos de inves-
Pedro Morgado
Iniciativa ∑ Tertúlia reúne personalidade ligadas ao mundo da informação
tigação e a constante redução de pessoal que implica, diretamente, a diminuição do tempo para pensar nas redações”, afirmou. Amadeu Araújo, correspondente da TSF, afinando pelo mesmo diapasão, vai contudo mais longe “estes constrangimentos são em grande medida decorrentes da fragilidade das empresas de comunicação social face à crise económica, esta sim uma das maiores ameaças à liberdade de imprensa” ao mesmo tempo que “o tráfico de influências existe, os editores são medíocres, os jornalistas acomodam-se e os jornais esquecem a sua
função”. O jornalista aponta o dedo “alguns meios locais seguiram mal o caminho” escondendo-se atrás de desculpas de mau pagador “eu não tenho os meios que tu tens” como um pretexto para não fazer e, sobretudo, para não cumprir a sua missão. O editor António José Coelho, lembrando com saudade os “velhos jornalistas a quem a ditadura obrigou a uma maior criatividade”, obrigou-se a voltar ao presente para abrir uma nova linha de discussão. Que pensamos nós sobre a migração dos jornalistas para a bem remunerada assessoria de
imprensa? E a “concentração dos media em grandes grupos económicos”? Todas, questões no seu entender fundamentais. Referindo-se à sua experiência como professor e fundador da Viseu TV, José Faro aproveitou para enumerar o excesso de profissionais, a perda de “memória” nas redações e, sobretudo, a nível local, as “pequenas ações diárias em que se troca o que nos é pedido pelo acesso a nova informação” como sinais desta realidade. Paralelamente às “realidades” sentidas pelos jornalistas no seu quotidiano, Fernando Figueiredo do blogue “Viseu, Senhora da Beira”, apontado por Amadeu Araújo como um dos acervos da memória da cidade, explicitou as principais diferenças entre o seu trabalho e o trabalho jornalístico, com o qual prefere não estabelecer qualquer tipo de
comparação. Construindo nesta tertúlia um discurso sólido, Fernando Figueiredo realça que, tal como na imprensa, “é o mercado que regula a blogosfera” sendo, inevitável no futuro o desaparecimento da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Neste sentido Amadeu acrescenta “os blogues devem ser vistos, cada vez mais, como uma fonte” pois “fornecem as pontas que o jornalismo deve agarrar e seguir” tornando-se assim uma ferramenta para combater o “comodismo instalado”. Numa iniciativa única onde reinou a “liberdade de expressão por quotas” e onde foram discutidos os entraves presentes, ficará para o futuro a certeza de que na cidade de Viseu “ainda” se pode e se deve discutir este valor. Pedro Morgado
14 REGIÃO | MANGUALDE | LAMEGO | MOIMENTA DA BEIRA | TONDELA | VISEU
Micaela Costa
QUEDA
A Mangualde foi palco de mais uma reunião de arqueólogos e historiadores sobre a Lusitânia Romana
Mesa-redonda internacional traz novidade ao distrito Descoberta ∑ Castro da Mogueira, em Resende pode ser, na verdade, um Castelo Medieval A comunicação de que o Castro da Mog ueira, em S. Martinho de Mouros, Resende, deverá ser, na verdade, um castelo medieval, foi uma das novidades apresentadas no passado dia 10 e 11, em Mangualde, na VIII Mesa-redonda Internacional sobre a Lusitânia Romana. Atualizar conhecimentos é o principal objetivo destas iniciativas onde estudiosos portugueses, espanhóis e franceses se dedicam, desde 1988, a estudar a antiga Lusitânia Romana (que incluía os territórios português e espanhol). João Inês Vaz, arqueólogo, explicou que as mesas-redondas “representam uma
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atualização de conhecimentos”, pois “a história e a arquiologia são ciências dinâmicas e, por isso, não param. Conhecimentos que hoje damos como assentes, com novas descobertas, podem ser alterados”. Desde a primeira mesa redonda, em Bordeaux, França, já foram organizadas várias iniciativas e, depois de Salamanca, Madrid, Mérida, Cáceres, Cascais e Toulouse, Mangualde foi o local escolhido para mais uma “reunião”. O também antigo governador civil de Viseu sublinhou que a iniciativa “veio parar a Mangualde porque a Câmara aceitou de braços abertos esta propos-
ta” e é em Mangualde que está “uma das poucas vilas romanas escavadas na zona das beiras”. Fez saber ainda que as ruinas da Raposeira “estão a passar por um processo de valorização para as tornar visitáveis. E, posteriormente, será criado um centro de interpretação”. Na VIII mesa redonda o tema foi “Entre romanos e bárbaros”, e para João Inês Vaz “podíamos dizer entre romanos e germânicos, hoje fala-se tanto dos alemães – e portanto temos uma luta de há 1700 anos e que hoje tem outro reflexo e até deveríamos aprender com a história. Houve uma parte do
império romano que se desfez, hoje temos uma União Europeia que também se está a desfazer, na altura houve uma invasão germânica hoje o que é que temos? Há toda uma comparação histórica e afinal até está bastate atualizada”. O próximo passo será a publicação das atas, numa parceria Luso-espanhola, documentos revestidos de “enorme importância para o conhecimento da história da Lusitânia”, afirmou o arqueólogo. Inês Vaz fez saber que a próxima mesa redonda será realizada “daqui a dois anos, em Mérida ou Zaragoza”. Micaela Costa
Lamego. O antigo bispo de Lamego, D. Jacinto Botelho, de 77 anos, sofreu ferimentos ligeiros após uma queda no recinto do Santuário de Fátima, tendo sido suturado com 10 pontos devido a um golpe no sobrolho. O incidente aconteceu no domingo à noite, nas escadarias de acesso ao altar, quando participava na Procissão de Entrada que precede a eucaristia.
DROGA
Lamego. Um homem de 31 anos foi detido na segunda-feira, em Ferreirim, Lamego, pelo crime de tráfico de droga. O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Lamego da GNR apreendeu 60 doses de haxixe, quatro doses de heroína, quatro facas de corte, um telemóvel e uma viatura.
DROGA
Moimenta da Beira. A GNR deteve um suspeito de tráfico de droga, de 25 anos, pelo Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Moimenta da Beira. A detenção aconteceu na segunda-feira, tendo a GNR apreendido 23 doses de haxixe, 16,1 gramas de sementes de cannabis, quatro
Jornal do Centro 16 | maio | 2013
facas, uma balança de precisão, dois moinhos, dois telemóveis e dinheiro.
DROGA
Tondela. A GNR deteve um homem de 30 anos, residente em Viseu, suspeito do crime de tráfico de droga. O suspeito foi detido por militares do Destacamento de Trânsito de Viseu, em colaboração com o Núcleo de Investigação Criminal, tendo-lhe sido apreendidas 800 doses de haxixe, um veículo, dois telemóveis, um iPad e dinheiro.
ANTENAS
Viseu. Dois jovens de 19 e 22 anos foram intercetados pela PSP, numa rua do centro da cidade de Viseu a tentar furtar uma antena de um veículo automóvel. Durante a operação, pelas 3h00 da madrugada, os suspeitos admitiram à polícia que tinham já furtado outras antenas, tendo-lhes sido apreendidas 22 antenas “as quais eram transportadas por ambos”. “O ilícito ocorreu em viaturas estacionadas em várias ruas” da cidade, confirma a PSP de Viseu em comunicado. “Os suspeitos foram identificados e as referidas antenas apreendidas, sendo o expediente remetido ao Tribunal Judicial de Viseu”, conclui.
Jornal do Centro
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educação&formação Engenharia civil celebra 20 anos
O departamento de engenharia civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) está a comemorar 20 anos. “É um percurso notável a formar engenheiros para a região e para o país”, justifica a organização. As iniciativas preparadas para assinalar a data têm vindo a decorrer ao longo
do ano académico. Já na fase final do calendário de acontecimentos, a organização levou a efeito na semana passada o segundo seminário “Engenharia Rodoviária” e uma mesa redonda sobre o papel do departamento de engenharia civil da ESTGV e “Um olhar sobre a Engenharia Civil”. Em paralelo, decorre na
Biblioteca da ESTGV, até 28 de junho, a exposição “Edgar Cardoso” de homenagem à vida e obra do conceituado engenheiro, assinalando-se, em simultâneo, os 100 anos do seu nascimento e os 50 anos da inauguração da Ponte da Arrábida no Porto (uma das suas obras mais emblemáticas). EA
Emília Amaral
Palestra para prevenir consumo de álcool A Cerimónia solene de entrega das Bolsas por Mérito decorreu no dia 8 de maio
Bons alunos do IPV recompensados
No âmbito do Ano Europeu dos Cidadãos 2013, o centro de formação EduFor organiza, em parceria com a associação Cedro, a palestra “Prevenir o consumo de álcool” em dois locais da área de influência do EduFor. O Auditório da Biblioteca Municipal de Mangualde recebe o encontro na terça-feira, dia 21 e o Auditório Carlos
Paredes de Vila Nova de Paiva na segunda-feira, dia 20, ambos às 21h00. A organização pretende com esta palestra apresentar algumas estratégias práticas promotoras da prevenção do consumo de álcool. São destinatários destas palestras a comunidade escolar, elementos das autarquias dos concelhos na
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Bolsas de mérito ∑ Programa nacional premiou 14 estudantes O programa nacional de Bolsas por Mérito para aos melhores alunos do ensino superior premiou este ano 14 antigos alunos do Instituto Politécnico de Viseu. A bolsa de estudo por mérito atribuída pelo Ministério da Educação e da Ciência, confere uma prestação de valor fixo de 500 euros por candidato, destinada a estudantes que tenham mostrado um aproveitamento escolar excecional. O IPV esco-
lheu os melhores das cinco escolas a partir da média de 16 valores, havendo uma cota por escola em função da dimensão de cada estabelecimento de ensino. Estes 14 alunos de licenciatura e de mestrado já terminaram o curso e encontram-se todos integrados no mercado de trabalho. “Estando eles todos a trabalhar neste momento e na área, é a prova de que vale a pena estudar e ter um di-
ploma do ensino superior porque, apesar das dificuldades, ainda se consegue mais facilmente arranjar emprego”, sublinhou o presidente do IPV, Fernando Sebastião. O dirigente lembrou ainda que alcançar o mérito faz sentido, face às exigências do mercado: “Vimos que os melhores conseguiram singrar no mercado de trabalho”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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área de influência do EduFor e demais interessados. As inscrições são gratuitas e exclusivamente online em www.edufor.pt e serão aceites por ordem de entrada até à capacidade do Auditório (ou até 48 horas antes do evento). Para inscrições e mais informações deve ser consultado o site www.edufor.pt.
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economia Amor de apicultor austríaco por portuguesa enriquece Beira Alta com 250 colmeias O amor por uma portuguesa levou o austríaco Harald Hafner a mudarse para Portugal, mas na “bagagem” trazia já uma outra grande paixão, as abelhas. Harald Hafner, de 47 anos, vive em Mangualde desde 2007 e tem atualmente 250 colmeias na região da Beira Alta, produzindo cada uma delas uma média de 25 a 30 quilos de mel, num ano regular. “A paixão pelas abelhas já vinha de antes, tinha começado na Áustria”, contou o apicultor à agência Lusa, acrescentando que desde miúdo gostava de insetos e que foi influenciado por uma tia-avó apicultora. Apesar de esta ser uma paixão de infância, só “bastante tarde”, há cerca de 15 anos, teve as suas primeiras colmeias, na Áustria, apadrinhado por um vizinho. Nessa altura, a apicultura era apenas um passatempo. “Antes de vir a PortuPublicidade
paredes-em-transicao.blogspot.pt
Apicultura ∑ Especialista residente em Mangualde lamenta “poucos apoios” à formação
gal, vivi um tempo na República Dominicana e foi aí que comecei a ser apicultor profissional (em 2003). Fiz desse passatempo a minha profissão”, frisou. Atualmente, Harald Hafner retira das colmeias o mel e outros produtos que comercializa. Mas muito do seu tempo é também passado a ensinar os outros. Detentor de um mestrado em apicul-
tura tirado na Escola Agrária de Warth, na Áustria, Harald Hafner deu o seu primeiro curso na primavera de 2011, no Jardim Botânico de Coimbra, onde tem um apiário pedagógico. “Nesse curso, tinha d e z a l u n o s . No a n o passado, de repente, tinha cem alunos ent re Por to, Pa redes e Coimbra e este ano tenho feito algumas viagens até Sintra e estou
a dar dois cursos aqui em Mangualde”, contou. Durante os cursos são abordados conceitos sobre o comportamento e a vida das abelhas e técnicas para a sua manutenção. A sua filosofia passa por uma abordagem “mais natural, mais biológica”, às colmeias e às abelhas. Harald Hafner congratulou-se por em Portugal haver cada vez mais apicultores a produzirem em modo biológico, mas lamentou que haja “pouco apoio em termos de formações”. “Há muitos apicultores que estão um pouco sozinhos perante os desafios que temos de enfrentar hoje em dia na apicultura”, alertou. Ape sa r de os a nos como apicultor profissional serem poucos, as aventuras são muitas. E não passam apenas por ir recolher um enxame ao cimo de uma árvore. Lusa
Autor do UAUme apresenta “Emonegócios” à cidade A Escola de Negócios das Beiras e a Visar realizam esta quinta-feira (16 de Maio), pelas 17h, no Auditório do Edifício Soima, o workshop “Emonegócios - estar IN ou OUT” que contará com a presença de João Alberto Catalão. Especialista português em criatividade, motivação, coaching, vendas, soft skills e negociações multiculturais, João Alberto Catalão apresentará neste evento todas as estratégias e táticas negociais potenciadoras de diferenciação que, neste momento socioeconómico conturbado, ganham particular relevo para a afirmação comercial das empresas e marcas. Esta apresentação sobre os “Emonegócios” centrada, como nos é dito pelo autor, na ideia de que “na vida e nos negócios não temos aquilo que merecemos mas, o resultado da qualidade daquilo que sabemos concretizar” visa, sobretudo, uma maior sensibilização do tecido empresarial da cidade para esta nova tendência que mostra como podem ser potenciados os ganhos ao encarar os
negócios com uma atitude positiva. Ao longo das suas 3 hora s de du ração o workshop fará uma “viagem” pelo mundo dos negócios 3D, pela criatividade negocial (método criativo), apresentará a dinâmica do processo de comunicação negocial centrada na aplicação de estratégias diferenciadoras e fornecerá todo o suporte para a definição do plano individual de desenvolvimento de performance negocial. Pertinente e atual, o workshop “Emonegócios - estar IN ou OUT” pretende, sobretudo, preparar os negociadores do futuro num quadro em que, muito para além das competências técnicas, a criação de laços de confiança com os interlocutores se afirma como a dimensão mais crítica. Todos os interessados poderão, até à hora de início do mesmo, obter mais informações ou efetuar a sua inscrição contactando diretamente Marta Oliveira, Departamento de Relações Públicas da VISAR, através do email marta.oliveira@visar.pt ou pelo telemóvel 91 66 08 359. PM
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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 19
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Reindustrialização Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt
A industria tem a vantagem de arrastar outras atividades. Que papel pode desempenhar um território como o de Viseu no processo de reindustrialização que se anuncia na UE e em Portugal? Nos anos 80 e 90, a industria precisava mão de obra não muito qualificada, recursos naturais e espaço para se implantar. Hoje a Região tem parques industriais, recursos naturais, ainda tem muita mão de obra, muita sem grandes qualificações, e alguma qualificada. Mas, em boa verdade, já não é bem disto que a “nova indústria” precisa. Pelo menos nas proporções antigas. A “velha indústria”, em grande medida, foi para a Ásia e outras paragens onde a mdo é abundante e barata e aí promoveu o crescimento que hoje reconhecemos. Por tudo isto, o que a Região vier a fazer não pode “copiar” do passado, por mais recente que seja. A “nova indústria” incorpora cada vez mais serviços (os setores são cada vez mais uma “mistura”), é mais exigente em recursos humanos altamente qualificados e em infra-estruturas de I&D e reclama uma cultura organizacional de exigência. Nestes aspetos falhamos e, por isso, teremos dificuldades (mas não impossibilidade) em atrair investimento exterior à Região. Tem de haver aqui na Região quem faça a ponte entre o conhecimento produzido nos centros de I&D do pais ou da Europa e a economia da região. Essa ponte compete ao Politécnico, a estrutura de ensino superior e do sistema cientifico e tecnológico que aparece neste momento como podendo desempenhar essas funções. Em boa verdade, não tendo hoje a industria a
mesma natureza “manufatureira” de antes da aceleração da globalização, a reindustrialização é um assunto dos “industriais”, mas também dos centros de conhecimento e I&D e dos poderes públicos que têm de desenhar politicas de incentivo (provavelmente menos subsídios e maior redução dos custos de contexto) à prossecução deste objetivo. Para tanto, as orientações da estratégia europeia e os consequentes financiamentos do QEC 2 01 4-2 02 0 serão determinantes, podendo assim começar a materializar-se a criação de mecanismos de transferência de tecnologia, em Viseu, para benefício da economia, chame-se indústria, agricultura, agroindústria, turismo ou ... Mas, considerando o território concreto desta região não deverá haver uma preocupação com a identificação de setores prioritários? A UE defende a necessidade de serem adotadas “estratégias de especialização inteligente” (research and innovation strategies for smart specializations (RIS3)) baseadas nas especificidades regionais. A ser assim, o contributo da região de Viseu não pode deixar de ser em áreas como, por exemplo, as agro-industrias, a floresta ou o termalismo. Outros desafios, porém, estarão sempre abertos aos agentes locais que forem capazes de colocarem as suas competências especificas ao serviço de projetos de valorização da economia regional. Voluntarismo em conjunto com capacidade de organização e ambos dirigidos por uma visão mobilizadora para a Região vão ser absolutamente determinantes num futuro próximo que não se apresenta fácil para a Europa e para Portugal.
Protocolo assinado em Moimenta garante empréstimos com taxa de juros baixa Objetivo∑ Créditos bancários até 10 mil euros a 2,75% pretendem apoiar pequenos investidores na criação do próprio negócio Pequenos investidores que pretendam criar um pequeno negócio, com a finalidade de criar o próprio emprego, dispõem agora de créditos bancários até 10 mil euros, à taxa de 2,75% (a mais baixa do mercado) concedidos pela Caixa Agrícola do Vale do Távora e Douro (CAVTD). A assinatura do protocolo que a instituição assinou no passado dia 7, em Moimenta da Beira, com a Associação Nacional de Direito ao Cré-
DR
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
dito (ANDC), a entidade que gere o microcrédito em Portugal, possibilitou que a taxa de juro seja tão baixa. O acordo teve ainda o apoio da autarquia de Moimenta. A Associação Nacional de Direito ao Crédito já financiou, através do mi-
crocrédito, cerca de dois mil pequenos projectos em todo o país. “O financiamento, nesta altura de crise, é um verdadeiro instrumento de luta contra o desemprego”, afirmou o presidente da ANDC, Luís Menezes. Já Francisco Rebelo, presidente da
direçao da CAVTD, sublinhou que “a abertura desta linha de crédito, com os mais baixos juros praticados pelo mercado, pode permitir a pequenos investidores a realização de alguns sonhos”. Para além da atribuição do crédito, os candidatos têm ainda a garantia de apoio na preparação do dossier de investimento e, após o financiamento, na resolução dos problemas com que se possam confrontar no desenvolvimento do negócio.
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PEQUENO-ALMOÇO PARA MULHERES DE NEGÓCIOS O evento, que decorre domingo, 18, pelas 9h00, junta mulheres de negócios, empresárias, trabalhadoras independentes e mulheres no ativo em geral. A ideia é juntar estas mulheres empreendedoras e de negócios num “pequeno-almoço de speed networking”. O e ve n to d e c o r r e no depa rta mento de formação do Gabinete ABC, na Rua Alves Martins, e tem na ordem de trabalhos uma troca de cartões de visita e pequenas apresentações, uma palestra “Gestão do Tempo no Feminino”, por Margarida Murillo Garcia, da Galicia Protocolo, especialista em empreeendedorismo feminino e por fim um debate e troca de ideias. M a i s i n for m açõ e s através do 23 2431 1 43 ou do endereço de correio eletrónico gabineteabc@mail.telepac.pt. MC
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desporto P J 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 40 41 41 41 41 41 41 40
V 28 21 18 17 16 15 16 16 15 15 15 14 12 13 12 13 13 12 9 6 7 5
E 7 10 14 15 17 16 13 12 13 12 11 11 17 14 13 7 17 8 13 17 12 15
D GMGS 6 73 40 10 63 44 9 49 35 9 61 44 8 47 40 10 69 52 12 59 49 13 52 48 13 53 46 14 46 43 15 51 58 16 57 59 12 42 43 14 49 49 15 39 47 21 38 46 11 51 50 21 44 61 19 38 55 18 36 52 22 45 73 20 28 56
40ª Jornada Santa Clara Freamunde Sp. Covilhã Trofense Arouca Marítimo B Atlético CP Sporting B UD Oliveirense V. Guimarães B FC Porto B
0-1 0-0 0-0 1-2 3-0 4-1 0-2 2-1 0-2 2-4 1-1
Feirense Benfica B Naval Belenenses U. Madeira Tondela Desp. Aves Portimonense Leixões Penafiel SC Braga B
41ª Jornada Feirense Benfica B Naval Belenenses U. Madeira Portimonense Penafiel V. Guimarães B Leixões Desp. Aves Tondela
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SC Braga B Santa Clara FC Porto B Freamunde Trofense Atlético CP Sporting B Oliveirense Sp. Covilhã Marítimo B Arouca
Futebol
Moimenta estraga festa antecipada aos trambelos Resultado ∑ Derrota em Moimenta e vitória do Castro Daire adia festa ao Lusitano Um ponto bastava para o Lusitano de Vildemoinhos carimbar a subida ao Campeonato Nacional de Seniores, mas o Moimenta da Beira, que liderou o campeonato durante várias jornadas, não facilitou e fez sofrer o atual líder. O jogo, que já não se esperava fácil, ficou marcado pela emoção, dentro e fora das quatro linhas. O resultado final, 3-2, foi justo, pelo que as equipas fizeram, mas não deixa de ficar envolto em polémica quando aos 83 minutos os trambelos chegam à igualdade mas viram o golo ser (mal) anulado. Até ao final, o Lusitano ainda procurou o tão ambicionado empate, mas a equipa da casa defendeu, e bem, a
Micaela Costa
Segunda Liga 1 Belenenses 91 2 Arouca 73 3 Leixões 68 4 Sporting B 66 5 Desp. Aves 65 6 Benfica B 61 7 Portimonense 61 8 Oliveirense 60 9 Santa Clara 58 10Penafiel 57 11 Tondela 56 12Feirense 53 13U. Madeira 53 14FC Porto B 53 15SC Braga B 47 16Marítimo B 46 17Naval 44 18Atlético CP 44 19Trofense 40 20Sp. Covilhã 35 21Freamunde 33 22Guimarães B 30
vantagem até ao final. Apesar desta derrota fora de casa, que quebrou um ciclo de 10 vitórias consecutivas, o Lusitano mantém ainda a liderança da tabela classificativa com 68 pontos, mais três que o Castro Daire e continua a ser o principal candidato à subida. Um ponto continua a ser o que a equipa
necessita para conquistar o título e a subida, mas o Castro Daire não desiste. A equipa do norte do distrito, com a vitória frente ao Vouzelenses (2-1), continua a pressionar os trambelos, pois matematicamente ainda pode chegar ao primeiro lugar. A última jornada será portanto a de todas as decisões para
ambas as equipas. Os castrenses deslocamse a Canas de Senhorim, para defrontar uma equipa que está no 9º lugar, com 39 pontos, mas ainda sem garantia de manutenção já que uma derrota, e a vitória do Sernancelhe, podem ditar a descida. Já o Lusitano recebe em casa o Resende, 8º classificado com 39 pontos, mas também nada interessado em perder o jogo já que pode também significar a descida. Se ainda há quem lute pela subida, outros já não escapam à despromoção, são eles: Tarouquense, Molelos, Campia, Sp. Lamego, Viseu e Benfica e Vouzelenses. Micaela Costa
AF Viseu - Divisão Honra P J 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
1 Lusitano FCV 68 2 Castro Daire 65 3 Moimenta 63 4 Sátão 53 5 Paivense 45 6 Mangualde 44 7 Fornelos 43 8 Resende 39 9 C. Senhorim 39 10Sernancelhe 37 11 Tarouquense 35 12Molelos 27 13Campia 27 14Sp. Lamego 25 15Viseu e Benfica 22 16Vouzelenses 13
V 21 21 19 15 13 12 12 11 10 10 10 7 6 6 6 2
E 5 2 6 8 6 8 7 6 9 7 5 6 9 7 4 7
D GMGS 3 54 23 6 66 27 4 63 30 6 53 20 10 42 30 9 23 23 10 47 43 12 31 42 10 38 39 12 40 39 14 41 45 16 30 61 14 25 36 16 25 46 19 25 60 20 18 57
29ª Jornada Moimenta Sp. Lamego Fornelos Viseu e Benfica Tarouquense Castro Daire Paivense Resende
3-2 0-0 2-0 1-2 3-0 2-1 0-1 3-2
Lusitano FCV Mangualde Campia Sernancelhe Molelos Vouzelenses Canas Senhorim Sátão
30ª Jornada Mangualde Campia Sernancelhe Molelos Vouzelenses Canas Senhorim Sátão Lusitano FCV
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Moimenta Sp. Lamego Fornelos Viseu e Benfica Tarouquense Castro Daire Paivense Resende
MODALIDADES | DESPORTO 21
Jornal do Centro 16| maio | 2013
Automóveis
Futebol
Futebol
Micaela Costa DR
Desde que a subida às competições profissionais de futebol ficou garantida, o Académico de Viseu não tem parado de preparar a próxima época. Em cima da mesa, entre outros temas, está uma das decisões mais esperadas: a continudade, ou não, do treina-
controladas, entre outras manobras. Apesar de ainda jovem, Rodrigo Correia, tem já uma vasta experiência e prática dos espetáculos e shows organziados pela Promolafões. O jovem piloto afirma que o apoio do público é fundamental, e que “é com o apoio do público, das empresas, entidades e amigos que eu posso continuar a crescer”. Sobre a experiência na Falperra, Rodrigo Correia afirmou sentir “um enorme prazer ao ver que o público gosta e, eram muitos a aplaudir”. “Foi impressionante”, concluiu. MC
Futebol Feminino
Viseenses ainda sonham com a subida O Viseu 2001 mantem o 3º lugar no nacional de futebol feminino, depois de no passado fim-de-semana ter vencido a União Ferreirense por 3 a 1. Apenas as duas primeiras equipas nesta Fase de Promoção sobem à I Divisão Nacional e, a faltarem três jogos, a equipa viseense ainda está na corrida, apesar dos cinco pontos que a separa do segundo classifi-
cado, o Valadares Gaia. Para isso o Viseu 2001 precisa de vencer os 3 jogos que faltam, um deles contra o Valadares Gaia, em Viseu, e esperar que a sua adversária perca pontos, em especial no duelo com a forte formação do a A-dos-Francos que lidera, isolada, esta Fase de Promoção, e se assume como principal candidata à subida. MC
dor Filipe Moreira aos comandos dos academistas. Até ao fecho da edição (terça-feira), clube e treinador estiveram reunidos e, embora não tenha saído “fumo branco”, fonte próxima do clube garante que há vontade de ambas as partes em que o “negócio” seja fechado. MC Publicidade
DR
Rodrigo Correia, o jovem piloto de Oliveira de Frades participou no passado fim-de-semana na Rampa Internacional da Falperra, prova do Clube Automóvel do Minho pontuável para o Campeonato da Europa de Montanha. Este é o segundo ano que o piloto de 9 anos conquista o público presente ao longo dos 5km do traçado da rampa. Rodrigo Correia para além de participar em provas nacionais de Karting, na Falperra mostrou mais uma vez o seu “talento” com um conjunto alargado de piões, derrapagens
Futebol JOÃO BENTO É O NOVO TREINADOR DO CARREGAL DO SAL A equipa, que este ano subiu à Divisão de Honra de Viseu, tem novo treinador. João Bento, que na época 2011/2012 orientou o Canas de Senhorim na III Divisão Nacional, vai comandar agora a equipa de Carregal do Sal, esta época orientada por Miguel Pratas. Com quase 20 anos de carreira como treinador, João Bento, já orientou equipas como o Tondela, Santacombadense, Canas de Senhorim, Mangualde, Sátão, Oliveira de Frades e Oliveira do Hospital. Esta temporada, o técnico viseense era comentador dos jogos do Tondela na II Liga Profissional, na Estação Diária. MC
Tondela fecha em casa com Arouca
Nuno André Ferreira (arquivo)
Jovem piloto de Oliveira Académico quer de Frades brilha manter Filipe em prova de Kart Moreira
O Tondela fecha este sábado, pelas 17h00, em casa, no Estádio João Cardoso, a sua época de estreia na II Liga Profissional de Futebol. Jogo frente ao novo “primodivisionário” Arouca, formação que n a pa ssad a jor n ad a garantiu a subida à I Liga. Tondela que vem de uma derrota pesada na Madeira, frente ao
Marítimo B (4-1) e que quer agora terminar da melhor forma frente aos seus adeptos. A equipa orientada por Vitor Paneira ocupa a 11ª posição, com 56 pontos, e o melhor que pode aspirar, caso vença o Arouca, é ainda chegar ao 9º lugar. Para isso precisa que o Penafiel não ganhe e que o Santa Clara perca. MC
D “Isto é que me dói” em Viseu
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culturas
Arcas da memória
Onze associações do distrito querem dinamizar Mirita Casimiro
DR
Assembleia geral∑ Plano de dinamização apresentado no sábado Eleições CCDV∑ Duas listas a sufrágio, uma subscrita pela atual direção e a lista das onze associações.
A “Nova dinâmica” aresentada aos jornalistas na segunda-feira, no Lugar do Capitão res, e a realização regular de colóquios, encontros e debates com vários artistas. Rodrigo Francisco explicou que a ideia é que todas as associações culturais do distrito possam propor atividades e levar os seus trabalhos até ao auditório, não querendo que a dinamização seja exclusiva do grupo de associações e José Rui da ACERT reforçou como: “No nosso dia-a-dia já fazemos várias parcerias e projetos conjuntos”, acrescentando que o objetivo era ter “um espaço que refletisse isso tudo e se abrisse a outras associações”.
Assembleia Geral : Este plano será submetido no sábado, dia 18 à Assembleia Geral do CCDV. Na reunião ordinária vão ser eleitos os novos corpos diretivos do CCDV, havendo duas listas a sufrágio, uma subscrita pela atual direção e a lista destas onze associações. Rodrigo Francisco admitiu que tem havido avanços e recuos neste processo por parte da
Sessões diárias às 21h50, 00h10* Fogo contra fogo (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50* Esquecido (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10,
17h10, 21h30, 00h25* Homem de Ferro 3 (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Um refúgio para a vida (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h2o, 00h00* Transe (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h30, 15h50, 21h20, 23h40*
atual direção do CCDV, que há um ano desafiou o grupo a avançar com um plano e uma lista e, mais tarde, admitiu o interesse em manter a direção e a gestão do auditório. “O nosso plano só será executado se tivermos responsabilidade na programação e na gestão”, disse Rodrigo Francisco. Emília Amaral
Associações
∑ Cine Clube de Viseu, Acert (Tondela), Amarelo Silvestre (Canas Senhorim), Companhia De Mente (Viseu), Gira Sol Azul (Viseu), Grupo de Cantares Madrugada (Viseu), Intruso (Viseu), NACO (Carregal do Sal), Nicho (Viseu), ProViseu (Viseu) e a Zunzum (Viseu).
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40 Os Croods VP (M6) (Digital)
16 | maio | 2013
A peça de comédia com os atores Sara Barradas e José Raposo, sobe ao palco do pavilhão Multiusos de Viseu, sábado, pelas 22h00.
Destaque
O grupo de 11 associações do distrito que em março se propôs assumir os destinos do Auditório Mirita Casimiro através da apresentação de um projeto de dinamização ao Centro Cultural Distrital de Viseu (entidade proprietária e gestora do auditório), traçou na segunda-feira à comunicação social as ideias que tem para aquele espaço de cultura do centro da cidade, que nos últimos anos esteve praticamente inativo. As onze associações, todas filiadas no CCDV e que trabalham em várias áreas artísticas – teatro, música, cinema e dança – querem aproveitar as dinâmicas e os públicos que já conquistaram para dar nova vida ao auditório. O plano, preparado por um grupo de trabalho que surgiu na sequência de um desafio lançado pela atual direção do Centro Cultural Distrital de Viseu (CCDV), integra atividades de sensibilização e formação de públicos, de teatro, de cinema, de música, de dança, outras multidisciplina-
Jornal do Centro
Spring Breakers Viagem de Finalistas (M16) (Digital)
17h00, 19h10, 21h40, 23h50* Nome de código: Paulette (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h30, 17h35 O grande Gatsby (CB) (Digital)
Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 21h50, 00h30* Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme (M12) (Digital)
Sessões diárias às 21h00, 00h05* O grande Gatsby (CB) (Digital 3D) Sessões diárias às 14h50,
Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 19h00 Gladiadores (M6) (Digital)
As telhas de Teivas – As memórias que nos ficam Teivas é um pequeno lugar da freguesia de S. João de Lourosa, a uma légua de Viseu, entre o Sul e Ocidente. O casario antigo que o novo casario submergiu ainda se adivinha nesse verde de campina que se estende ao seu redor, ainda por lá vive uma alma camponesa, ainda por lá sobram as vivências de uma alma que diríamos poder apelidar de artesã. Basta ver quando levam à cidade as suas Cavalhadas. Basta ver como nessa hora se agarram às memórias. De um tempo de memória eu escrevo agora. De ofício antigo de que me falaram ainda, (quantos anos vão?), os seus executores. Nem se pode explicar! Contavam-me eles lembrados da dureza do trabalho. O cortador, o podor, a soldadeira, igualmente empenhados nesse ingénuo labor da artesanal produção de telha, uma epopeia de séculos que ninguém cantou, nem eles, a não ser com seu suor. E o que eu deles escrevo é apenas homenagem. De memórias falando. Das minhas e das telhas. Não sei se era de Teivas a telha mourisca da casa de meu pai e que foi da minha infância. Telha vã sobre a cozinha antiga escoando o fumo da lareira, um beiral onde nunca fizeram ninho, não sei porquê, as andorinhas. Dele, do beiral, lembro-me do gotejar da chuva miudinha e das águas que desciam em cascata quando vinham trovoadas em Maio ou Setembro,
Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20* Assalto à Casa Branca (CB) (Digital) Sessões diárias às 21h20, 23h30* O grande dia (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 00h10* Homem de Ferro 3 (M12) (Digital 3D) Legenda: *sexta e sábado
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
dos cristais de gelo, em Dezembro, a derreter quando, generoso, abria o sol. Telha de Teivas feita bica de uma fonte, talvez daquela do quintal dessa Abadia onde bebia Ricardina, de muitas fontes do caminho de onde bebi pela vida fora. Telha de Teivas, fragmento pequenino, amuleto que eu guardava, tempos velhos de menino, na dobra da boina espanhola, nos jogos de “enganchar” pela Quaresma, que debaixo de “telha” nenhuma perda poderia acontecer. Telha de Teivas com que eu riscava a arquitectura dos jogos que havia, com pinhões, pelo Natal. Calha de “conchi-pé” ou do jogo da “macaca” que as meninas jogavam aos Domingos, e mais nós, tardes inteiras, no Adro da Igreja ou no Terreiro da Escola. Telha de Teivas onde Aquilino, no telhado da aldeia, viu um dia luzir uma estrelinha. Telha de Teivas, quente manto desdobrado agasalhando, no Inverno, o casario das aldeias. Telha de Teivas, resguardo de Cruzeiro, de nicho de Alminhas, telha de Teivas de que alguma vez se cobriu a Catedral, se cobriram as igrejas, os paços dos Senhores e até aqueles onde, às vezes, governava o Rei. Telha de Teivas, poética memória de guardar.
Estreia da semana
O grande Gatsby – Um aspirante a escritor, Nick Carraway, deixa o Midwest para chegar a Nova Iorque na primavera de 1922. Perseguindo o sonho americano, Nick instala-se perto da casa do misterioso milionário Jay Gatsby e também da casa da sua prima Daisy e o seu mulherengo marido de sangue-azul, Tom Buchanan.
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Jornal do Centro 16| maio | 2013
culturas expos
Artes
∑ Auditório Municipal Carlos Paredes De 6 de maio a 14 de junho, a exposição “Na ponta dos dedos”, do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até 31 de maio, a exposição de fotografia “Shadows and walls”, da Universidade da Beira Interior MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até 31 de maio, a exposição de fotografia «Luzes», de José dos Santos.
DR
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até 31 de maio, a exposição documental “Álvaro Cunhal - o homem, o político e o escritor”
FNAC apresenta vencedores de concurso de fotografia A FNAC vai dar a conhecer aos vencedores do Prémio Foto Viseu Patrimonium’13, sábado, dia 18, às 17h00, na sua loja do Palácio do Gelo. O Prémio Foto Viseu Patrimonium’13 visa fomentar a observação, a descoberta e a revelação através do registo e promoção, de bens culturais materiais ou imateriais,
bem como o incentivo à produção artística na área da fotografia. A iniciativa é da FNAC Viseu, do Museu da Misericórdia de Viseu, do Departamento de Bens Culturais da Diocese, da agência de viagens Travel Gate, do Instituto Português de Fotografia, contando ainda com o apoio da Câmara de Viseu.
Literatura
∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até 25 de maio, a exposição «Barrigas de Mamã», de Elisabete Nunes Sousa. VISEU ∑ Auditório Mirita Casimiro Até dia 31 de maio, a exposição de escultura “Naturezas” OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades Até dia 16 de junho exposição de fotografia, “Project Llull”, de José Crúzio LAMEGO ∑ Museu de Lamego Até dia 30 de maio, exposição de fotografia, “10 Regiões Vinhateiras Europeias Património da Humanidade”
Vouzela propõe uma viagem à feira do livro até domingo Está a decorrer até domingo a décima primeira edição da Feira do Livro de Vouzela. Durante oito dias, o certame tem como principais objetivos divulgar o livro, como ferramenta de estudo e de cultura e promover hábitos de leitura, especialmente junto dos públicos mais jovens. Peças de teatro, concertos de música, encon-
tros com escritores e exposições estão a preencher a programação. Telmo Antunes, presidente da Câmara Municipal de Vouzela refere que a Feira do Livro já faz parte da rotina do concelho em termos culturais e os Vouzelenses acolhem-na sempre com interesse, realçando a dinâmica e o envolvimento dos parceiros, que são as escolas. EA
D “Xana Toc Toc” no Multiusos
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culturas
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Domingo, a partir das 15h00, “Xana Toc Toc” atua no pavilhão Multiusos em Viseu.
O som e a fúria
Destaque
Variedades
Jornal do Centro
Dia dos Museus em Vila Nova de Paiva O município de Vila Nova de Paiva comemora na próxima semana, de segunda a quarta feira, o Dia Internacional dos Museus com várias visitas guiadas.
Maria da Graça Canto Moniz
Evelyn Waugh
DR
Concerto na varanda do Museu Almeida Moreira A Projeto pretende promover gastronomia, vinho e património
Dança no Teatro Viriato Sobe ao palco do Teatro Viriato, sábado, pelas 21h30, “Céu na Boca”, a mais recente coreografia de Henrique Rodovalho para a sua companhia Quasar. Humor, drama, movimentos e não movimentos, música eletrónica comptemporânea e o instrumental dos anos 50 são paradoxos deste “Céu na Boca”
Escritora Ana Maria Malhalhães em Vila Nova de Paiva Hoje, 16, das 14h00 às 15h30, no âmbito da semana da leitura, o agrupamento de escolas recebe a escritora Ana Maria Magalhães.
Nova confraria nasce em Carregal do Sal Cerimónia∑ I capitulo aconteceu no dia 4 Desde o passado dia 4, que o concelho de Carregal do Sal passou a ter uma confraria. O I Capítulo da Confraria Gastronómica e Enófila de Terras de Carregal do Sal, sob o mote “Promover dignificando o que é nosso!” deu o pontapé de saída a este novo projeto cuja missão é ser “promotor da gastronomia, dos
vinhos e do património histórico, cultural e natural do Concelho”. Na sessão tomaram posse cerca de duas dezenas de confrades desta nova confraria e foram distinguidos confrades de mérito, a Câmara Municipal de Carregal do Sal, representada por Atílio Nunes, os presidentes das sete freguesias do
concelho (Beijós, Cabanas de Viriato, Currelos, Oliveira do Conde, Papízios, Parada e Sobral), a empresa António Victor lda, representada por Maria do Carmo Soares, a adega Dão Sul, representada por Joaquim Coimbra e a Fundação Lapa do Lobo, representada por Carlos da Cunha Torres.
Artes
Património artístico do maestro José dos Santos Pinto na biblioteca de Mangualde O maestro e compositor José dos Santos Pinto doou à autarquia o seu fundo musical composto por 103 partituras, onde se incluem o Hino de Mangualde e o Hino de Lobelhe do Mato. O espólio vai ficar na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves para tratamento documental. “A Câmara Municipal
DR
Decorre sábado, no Museu Almeida Moreira, o evento “Almeida Moreira convida”. A iniciativa que começa pelas 11h00 com a construção de um puzzle, terá o seu ponto alto pelas 21h30, com um concerto na varanda do Museu, organizado pela Girassol Azul. Meia hora antes do momento musical, uma visita animada pela associação cultural Zunzum.
de Mangualde recebeu uma importante doação para a cultura do conce-
lho”, comentou o presidente da autarquia, João Azevedo em comunicado.
De repente a minha vida voltou a ser invadida por um escritor britânico chamado Evelyn Waugh. Escrevi “voltou” pois já há alguns anos que o conhecia. A primeira vez foi quando vi uma série adaptada de um seu romance chamada Reviver o passado em Brideshead (1981). Provavelmente o leitor nunca viu nem ouviu falar mas, se é esse o caso, vale a pena ver se gosta de obras nostálgicas, irónicas que apelam à reflexão e a mil e uma questões e conflitos morais e religiosos. Até porque lançou um senhor ator chamado Jeremy Irons que na série faz um papel, no mínimo, de gigante. Há pouco tempo (2008) Julian Jarrold lançou-se num remake popularucho da série mas com pouco sucesso, na minha opinião. Voltei a ouvir aquele nome há um mês quando comecei a ler “Negócios escuros” (1932). Os entendidos dizem que foi a obra que o consagrou como mestre da sátira. O livro é uma crónica, passada numa ilha ficcional Africana, a Azânia, dos esforços do Imperador Seth, assistido por um gentlemen britânico chamado Seal – um boy burguês com o privilégio de se saturar da
vida boémia londrina e que decide partir à aventura –, concentradíssimo em modernizar à la Ocidente o seu império. A ironia é profundíssima e as travessuras estão por todo o lado: desde o processo de emissão de moeda nacional da Azânia, passando pela encenação de uma parada para o controlo da natalidade até à morte do legítimo governante, provocada pelo cansaço da sua própria cerimónia de coroação. Foi exatamente por causa deste método, desta forma irónica e trocista com que Waugh critica e expõe determinados valores que fui conquistada. Fiquei com a pulga atrás da orelha e, quando comentei com um amigo que tinha gostado do livro, aconselhoume a ver o Bright Young Things (2003) com um grande, enorme, ator, o James McAvoy (entrou no Expiação (2007) e n’O Último Rei da Escócia (2006)). Passado entre as duas guerras, o filme retrata o ambiente de libertinagem, do deboche da high society britânica e conjuga-o com a insatisfação (devida, talvez, à insignificância e superficialidade daquele modo de vida) que alguns dos personagens sentem. De mestre!
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João, Aderente
‘‘MAIS QUE UM CAFÉ, É UM PONTO DE ENCONTRO COM A CULTURA.’’ Fnac. Impossível não aderir
10% DESCONTO. NO FNAC CAFÉ. PARA ADERENTES*. PA
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saúde e bem-estar Hélder Amaral questiona ministro da Saúde sobre extensão de Leomil Moimenta da Beira∑ Populares têm-se apresentado na Junta a manifestar receio de perderem o serviço O deputado do CDS/ PP Hélder Amaral questionou o ministro da Saúde sobre o possível encerramento da extensão de saúde de Leomil, no concelho de Moimenta da Beira. A medida que pode vir a ser a nunciada pelo M i n i stér io tem estado a preocupar a p opu l a ç ã o . O pre si dente da concelhia de Moimenta da Beira do CDS/PP, Cristiano Coelho, reuniu com o deputado eleito pelo cír-
culo de Viseu sobre a situação da extensão de saúde, tendo a mesma resu ltado nu ma pergunta entregue na Assembleia da República, a 8 de maio. No documento, o deputado explica que Moimenta da Beira é um concelho do inter ior do pa í s ser v ido “por um centro de saúde que benef icia uma série de utentes de vários concelhos” e que “as populações de Alvite, Leomil, Sarzedo
e Sever têm sido acompanhadas na extensão de saúde de Leomil”. “O CDS-PP sabe que se está – e bem – a proceder à atualização dos f ic hei ros de utentes nas unidades de saúde do país, por forma a eliminar os ‘utentes fantasma’”, refere. No entanto, segundo Hélder A m a ra l , tem sido veic u lada ju nto da população “a informação de que estes cont ac tos feitos aos utentes se devem ao
provável encerramento” da extensão de saúde de Leomil. O d e p u t a d o a le r t a que “Leomil, Alvite e Sever têm centros de acol h i mento de ido sos para os quais esta unidade de saúde é importante” e que muitos dos idosos que os não frequentam “têm dificuldades a nível de mobilidade e, por isso mesmo, sent i r-se -ão esquecidos”, caso o encerramento do serviço se confirme.
Hélder Amaral perguntou ao ministro da Saúde se a atualização de f ic hei ros põ e em causa “o normal funcion a mento daque la extensão de saúde” e se “as várias alterações que têm sido perspetivadas para a saúde, bem como as avaliações locais, visam de alguma forma o encerramento ou redução dos serviços” daquela unidade. Emília Amaral/Lusa
ABAIXO ASSINADO EM VILA MAIOR Uma delegação da Comissão Distrital de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde (núcleo de Vila Maior), vai proceder à entrega de um abaixo-assinado subscrito pela população de Vila Maior, à direcção do Centro de Saúde de São Pedro do Sul, na sexta-feira, dia 17, pelas 10h00. O posto médico de Vila Maior encerrou “temporariamente” há dois anos, não tendo reaberto as portas. A única alternativa para os utentes das freguesias Vila Maior e Figueiredo de Alva – “na sua maioria idosos, com baixos rendimentos e sem mobilidade” - passou a ser a deslocação ao Centro de Saúde de São Pedro do Sul. A Comissão de Utentes adianta que o tempo de espera para uma consulta é, “no mínimo, de um mês”. EA
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26 SAÚDE
16 | maio | 2013
Jornadas de urologia juntam dezenas de médicos Moimenta da Beira ∑ Maior concentração de especialista da área no Interior
Tratamos-lhe da Saúde... Todos os dias!
232 437 461 Apresente os seus serviços aos nossos leitores
Mais de 40 médicos urologistas portugueses participam este sábado, 18 de maio, nas “1ªas Jornadas de Urologia Terras do Demo/ Douro Sul” que se realizam em Moimenta da Beira. O evento é orga nizado pela Associação de Apoio ao Ser viço de Urologia do Hospita l de Sa nto A ntó n io, do Por to, pelo Ser v iço de Urolog ia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e A lto Dou ro, de Vi l a Real e pelo Centro de Saúde de Moi ment a da Beira. A organização acredita que será a maior
SOS VOZ AMIGA
800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS
A
O programa conta com nove mesas redondas participadas por 40 médicos
concentração de médicos especialistas, alguma vez realizada no interior do país. Para o presidente da aut a rqu i a , ent id ade que apoia o encontro “é um orgulho e uma honra para o concelho receber um tão elevado número de médicos investigadores tão distintos”. O programa das jornadas inclui nove mesas redondas com clín icos u rologistas e também enfermeiros que falarão do “carcinoma da próstata”, “infeções urinárias”, “disfunção eréctil”, “urgências urológicas”, entre outros temas.
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SAÚDE 27
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Mangualde promove atividades sobre a maternidade A partir da exposição “Barrigas de Mamã” patente na Biblioteca Municipal de Mangualde, Dr. Alexandre Alves está a decorrer um conjunto de atividades sobre a maternidade. A próxima ação está marcada para esta sextafeira, dia 17, às 17h30 sobre “prevenção de acidentes no primeiro ano de vida”. Na sexta-feira vai falar-se de “massagem ao recémnascido”, às 15h00. “Analgesia epidural” é o tema para a sessão do dia 24, às
17h30, terminando a iniciativa com o tema “conver-
sas com barriguinhas”, dia 25, às 15h00.
Projetos inovadores no Congresso de Neurociências PIAGET PROMOVE JORNADAS DE FISIOTERAPIA O Instituto Piaget de Viseu promove as segundas jornadas de fisioterapia “Fisioterapia pelo Exercício Físico”, nos proximos dias 17 e 18. A sessão de abertura das jornadas está marcada para as 9h00 do dia 17.
A PsicoSoma realiza o VIII Congresso de Neurociências & Educação Especial PsicoSoma, nos próximos dias 18 e 19, em Viseu. O encontro vai decorrer nas instalações do Museu do Quartzo. “Mais uma vez, a PsicoSoma visa trazer à cidade de Viseu os melhores profissionais da área, de modo
F. Nogueira Martins Nuno Nogueira Martins Médicos Especialistas
Obstetrícia e Ginecologia Qta do Seminário - VISEU• Marcação: 232 426 021 963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958
a que a comunidade possa ter acesso direto a essas temáticas”, revela a organização numa nota à imprensa. O tema central de o evento serão os projetos inovadores na áreas das neurociências e Educação especial, bem como a apresentação de ferramentas de intervenção de referência!
Jornal do Centro
28 SAÚDE
16 | maio | 2013
Opinião
Um modo natural de ajudar as articulações dolorosas A osteoartrose, a deterioração da cartilagem das articulações que surge numa idade mais avançada, faz parte do processo de envelhecimento. O que é interessante saber é que a investigação científica encontrou uma solução natural que parece ser muito eficaz: glucosamina combinada com condroitina.
nam entre elas, originando dor, estalidos e perda de mobilidade, mas investigadores empenhados encontraram o que parece ser uma solução muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de medicamentos de síntese… é uma combinação de dois componentes naturais. Uma chama-se glucosamina, a outra condroitina.
Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadeira. Pára a meio e fica “congelado”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamenta-se, mostrando claramente que tem dores, e lá consegue pôr-se de pé. Esta imagem clássica é osteoartrose, o resultado doloroso do desgaste da cartilagem. As extremidades ósseas expostas friccio-
Tijolos de cartilagem A glucosamina é um amino-açúcar, produzido a partir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo biológico e um componente estrutural da cartilagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimular a síntese corporal de cartilagem e foi exactamente isso que a investigação mostrou ser benéfico na os-
teoartrose. A condroitina, o outro componente, é extraído normalmente da cartilagem de porco ou de vaca, mas também é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um componente estrutural vital da cartilagem. Nenhuma outra substância tem este efeito Ao contrário dos medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteoartrose, a glucosamina e a condroitina têm outros efeitos para além de melhorar a dor. IMPEDE A DEGRADAÇÃO DA CARTILAGEM. Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura per-
da de cartilagem articular. Os investigadores científicos ainda não chegaram a um consenso sobre como a glucosamina combinada com a condroitina consegue este efeito, mas parece que o tratamento inibe as enzimas que degradam a cartilagem, provocando a sua deterioração. Alguns peritos reclamaram ainda que a glucosamina pode recuperar alguma da cartilagem já degradada. Documentado cientificamente Actua mesmo? De acordo com estudos científicos, definitivamente parece que sim. Não só melhora o funcionamento das articulações, como os estudos também demonstram que reduz as dores articulares tão eficazmente
como os AINE’s (medicamentos anti-inflamatórios não esteróides) que são amplamente utilizados para tratar articulações inflamadas e dolorosas. De facto, investigadores Espanhóis do Hospital Universitário Dr. Peset em Valência publicaram recentemente um estudo na revista
Inês Veiga Farmacêutica
científ ica R adiologia Europeia (European Radiology), no qual comprovaram a capacidade da glucosamina diminuir a dor e melhorar o funcionamento das articulações em pessoas com a cartilagem do joelho degradada. Eur Radiol. 2009 Arthroscopy. 2009 Jan;25(1):86-94.
Porquê “sulfato”? Estudos demonstram que o melhor efeito é obtido com sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina. O prefixo “sulfato” refere-se ao facto dos componentes serem combinados com enxofre. Biologicamente, a glucosamina e a condroitina necessitam da presença de enxofre para actuar adequadamente. Outra forma de glucosamina predominantemente utilizada em preparações de glucosamina nos Estados Unidos é o “cloridrato de glucosamina”. Esta forma da substância não actua tão bem quanto o sulfato de glucosamina, explicando a razão por que alguns estudos não apresentam os efeitos esperados. Algumas pessoas tomam glucosamina pura com MSM (metil sulfonil metano), que é um composto de enxofre, de modo a permitir que a glucosamina actue adequadamente. Outras combinam a glucosamina com sulfato de condroitina, outra substância estimuladora da cartilagem. A maioria dos estudos publicados com efeitos comprovados na osteoartrose utilizaram sulfato de glucosamina.
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Articulaçþes sem dores!
Durante anos sofri de dores, mas um suplemento natural resolveu o meu problema. Estou 100% sem dores, conta Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia.
Um suplemento natural fez toda a diferença
“NĂŁo tenho dores nos joelhosâ€? “Teria ficado muito triste se nĂŁo pudesse continuar a praticar exercĂcio, pelo que estou maravilhada por o meu fisioterapeuta ter recomendado o suplemento de glucosamina, condroitina e vitamina C. Estou 100% sem dores e sinto-me Ăłptimaâ€?, afirma Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia. Durante muito tempo, Ana lutava contra as dores no joelho. As articulaçþes do joelho estalavam e provocavam-lhe muitas dores. Mesmo quando estava sentada, durante algum tempo
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no trabalho ou a ver um filme em casa, por exemplo, sentia um grande desconforto na articulação do joelho. “O BioActivo Glucosamina Duplo* resolveu os meus problemas. O desconforto foi desaparecendo lentamente e agora jĂĄ nĂŁo sinto dores. Este produto parece ter sido a solução,â€? afirma Ana Garrido de 55 anos, aliviada por poder aproveitar e ter uma vida activa novamente. *BioActivo Glucosamina Duplo contĂŠm vitamina C que apoia o funcionamento dos ossos e cartilagens.
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EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
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Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222 Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029
Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt
Empregada de balcão Ref. 588084302 – Vouzela Empregada de balcão para snack-bar.
Cozinheira Ref. 588069128 – São Pedro do Sul Cozinheira para serviço de refeições simples em café.
Técnico para manutenção de piscinas Ref. 588090641 – São Pedro do Sul Costureiras Ref. 588090631 – Vouzela
Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
Trabalhador indiferenciado Ref. 587994466 – Tondela Com ou sem experiência. Para trabalho em serração de madeiras
Eletromecânicos de eletrodomésticos - Ref. 587889139 – Tondela Com experiência na reparação de eletrodomésticos para linha branca
Cabeleireiro Ref. 587968585 – Tondela Com experiência. Cozinheiro Ref. 588093232 - Mortágua
Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Pintor Construção Civil Ref. 588092828 - Tempo Completo - Viseu
Padeiro Ref. 588073565- Tempo Completo - Viseu
Ladrilhador Ref. 588084008 – Tempo Completo - Viseu
Pasteleiro Ref. 588075867 - Tempo Completo – Viseu
Carpinteiro Cofragem Ref. 588084051- Tempo Completo - Viseu
Pedreiro Ref. 588079788 - Tempo Completo – Viseu
Montador/calibrador Pneus Ref. 588092863 - Tempo Completo – Viseu Encarregado Construção Civil Ref. 588083927 - Tempo Completo – Viseu
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
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INSTITUCIONAIS
OBITUÁRIO José de Jesus, 80 anos, casado. Natural de Armamar e residente em Lumiar, São Martinho das Chãs, Armamar. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Lumiar.
2ª Publicação
Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231
1ª Publicação
Agostinho Pereira Pinto, 51 anos, casado. Natural e residente em Monteiras, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Monteiras. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Clementina de Almeida Mendes, 88 anos, viúva. Natural e residente em Parada de Ester. O funeral realizou-se no dia 3 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. António de Lemos, 85 anos, casado. Natural e residente em Vila Nova, Pinheiro. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Pinheiro. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 Fernando dos Santos Midões, 85 anos, casado. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. Lucília dos Anjos Pais de Carvalho, 61 anos, casada. Natural e residente em Santo André, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Maria Rosa, 87 anos, viúva. Natural de Tabuaço e residente em Viseu. O funeral realizouse no dia 13 de maio, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Dialina Ferreira, 87 anos, viúva. Natural de Cepões e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 (Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)
Américo Gonçalves, 89 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Viseu. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Maria Rodrigues Soares, 75 anos, viúva. Natural de Rio de Loba e residente em Barbeita. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Barbeita.
2ª Publicação
Custódia Lopes de Oliveira Rebelo, 83 anos, casada. Natural de Fragosela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fragosela.
1ª Publicação
Américo Jorge Figueiredo Domingues, 45 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente em Póvoa de Sobrinhos. O funeral realizou-se no dia 14 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Barbeita. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952 Emília Saraiva Lourenço, 75 anos, viúva. Natural e residente em Torredeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Torredeita. Eduardo Esteves da Costa Figueiredo, 95 anos, casado. Natural de Pinho, São Pedro do Sul e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Abraveses. Carlos Dias Figueiredo, 83 anos, casado. Natural de Couto de Baixo e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 5 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Torredeita.
(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)
José Augusto Pires de Figueiredo, 67 anos, casado. Natural de Orgens e residente em Travassós de Orgens, Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Orgens. José Pereira Correia, 67 anos, casado. Natural de Couto de Baixo e residente em Alverca do Ribatejo, Lisboa. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Couto de Baixo. Eduardo Martins Lopes, 72 anos, casado. Natural de Vil de Soito e residente em Ferrocinto, São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério de São Cipriano. Maria da Incarnação Lopes, 82 anos, solteira. Natural e residente em Povolide, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Povolide.
2ª Publicação
Gracinda da Cruz, 81 anos, viúva. Natural e residente em São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de São Cipriano. Agência Funerária Amaral & Sobrinho, Lda. Viseu Tel. 232 415 578 Maria Amália Hayes Oliveira Rocha, 79 anos, casada. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Virgílio Gonçalves dos Santos, 71 anos, casado. Natural e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Maria Encarnação Ferreira Moura, 71 anos, casada. Natural e residente em Mourilhe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de maio, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. Bernardino de Jesus Costa, 59 anos, casado. Natural e residente em Pascoal, Abraveses. O funeral realizou-se no dia 9 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses. Encarnação de Jesus Pais, 87 anos. Natural de São Miguel de Vila Boa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de São Miguel de Vila Boa. (Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)
Francisco António Ribeiro Soares Peixoto, 72 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Salvador. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)
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clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
CARTA DO LEITOR
HÁ UM ANO
Entre uma sociedade “cega”
EDIÇÃO 531 | 18 DE MAIO DE 2012
∑ O regresso ao passado... um Museu Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
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existente entre as vias. Os condutores da minha faixa, observando o sucedido, pararam também, dando-nos prioridade. A senhora explicava-me aflita que a cadela não andava, enquanto eu esclarecia que o sinal continuava vermelho e, por isso, o animal não se movera. Ela agradeceu-me o gesto e seguiu caminho e o restante grupo, imperturbável, esperava o sinal verde para continuar serenamente o seu percurso. Os condutores, tal como eu, ficaram boquiabertos com a falta de civismo e a desumanidade de todos os peões. E eu, chocado, questionome: “Serão animais? Será gente? Gente não é certamente, e os animais não agiriam assim!”
DIRETOR
| Telefone: 232 437 461
A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
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ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA Rua Dr. Ricardo Mota, s/n 3460-613 Tondela www.acert.pt
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
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∑ Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista 9 exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor
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Ano 11 N.º 531
“Urgente. Necessária e a pecar por tardia”
Estudante
(9) março : concerto
Semanário 18 a 24 de maio de 2012
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ECONOMIA pág. 17 > ESPECIAL pág. 20 > DESPORTO pág. 24 > CULTURA pág. 26 > SAÚDE pág. 29 > CLASSIFICADOS pág. 30 > EMPREGO pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
Luís Ferreira
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Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
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dez centímetros de altura o suficiente para provocar uma queda ou um acidente maior. Mas, mesmo observando o sucedido, ninguém se mexeu para ajudar a pobre senhora. O sinal continuava vermelho e a cadela não avançava, mas a senhora, incitando o animal a andar, deu mais um passo e entrou na faixa de rodagem! Por sorte, pressentiu a altura do passeio e não caiu. Todos os transeuntes continuaram ignorando o sucedido! Uma Audi A4 cinza aproximava-se perigosamente… Felizmente, o condutor, que se apercebeu da deficiência visual da senhora em questão, parou a tempo de evitar a tragédia. Mesmo com o sinal vermelho aberto, atravessei a rua a correr para ajudar a atrapalhada senhora a passar para o outro lado, alertando-a para o separador
Nuno André Ferreira
Passava pouco da meiatarde … Eu dirigia-me a casa, vindo da Biblioteca Municipal. Ao chegar perto da Escola Secundária Alves Martins, fui obrigado a parar nos semáforos dos peões. De um lado da estrada encontrava-me somente eu e do lado oposto podia observar-se um grupo de amigos, dois senhores de meiaidade, um idoso e uma senhora invisual, de óculos escuros, auxiliada por uma Labrador branca. A senhora encontrava-se a cerca de dois metros ao lado da passadeira e aguardava sinal para passar. O sinal encontrava-se vermelho, porém, durante instantes não passava nenhum carro naquela faixa e, confusa, a senhora deu um passo em frente parando a milímetros da estrada, na beira de um passeio com cerca de
| págs. 8 e
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do presente (António Lopes Pires)
∑ “O Turismo (...) significou mais
de 187 milhões de euros de receitas” (Pedro Machado) ∑ O regresso de Hélder Amaral ∑ Tondela despediu-se de Viseu de barriga cheia ∑ Associações de pais temem consequências dos mega agrupamentos ∑ Estímulo 2012 vai apoiar contratação de 800 desempregados em Viseu ∑ CIM cria rede de dinamização e apoio ao empreendedorismo ∑ Que futuro para a revista Beira Alta? ∑ As curtas do Viso ou aVISO24 ∑ A Evasão de Aquilino Ribeiro do Presídio do Fontelo ∑ Confraria Grão Vasco celebra 10 anos
tempo
JORNAL DO CENTRO 16 | MAIO | 2013
Hoje, dia 16 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 5ºC. Amanhã, 17 de maio, chuva moderada. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 5ºC. Sábado, 18 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 11 e mínima de 5ºC. Domingo, 19 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 5ºC. Segunda, 20 de maio, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 6ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Quinta, 16 maio
Viseu ∑ A Escola Superior Agrária de Viseu, vai associar-se à comemoração do Dia do Fascínio das Plantas, com um passeio pela Quinta da Alagoa, realizando um conjunto de atividades lúdicas e educativas associadas ao tema. Viseu ∑ O Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro realiza, às 18h00, no Paço Episcopal, o tradicional encontro anual com a comunicação social, a propósito do 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, este ano subordinado ao tema “Redes Sociais, portais de verdade e fé”. Moimenta da Beira ∑ Abertura das “Jornadas da Cidadania em Acção”, no auditório municipal padre Bento da Guia, durante dois dias.
O Jornal do Centro oferece:
∑Bilhetes
para o concerto dos “Pensão Flor”, dia 18 de maio, em Tondela. Ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados.
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Coisíssima nenhuma Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Arquivo
Viseu ∑ Reunião de apresentação do núcleo regional de Viseu da Associação Nacional de Pensionistas e Reformados, às 16h30, na Associação Comercial de Viseu.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
A Noventa e três obras selecionadas a partir do legado de Anna-Maria Pereira da Gama
Museu Grão Vasco mostra ícones russos até outubro Viseu∑ Exposição integra-se na Festa dos Museus que arranca hoje O Museu Grão Vasco inaugura hoje, dia 16, às 18h00, a exposição “Ícones Russos – Legado Pereira da Gama”, que integra 93 obras emblemáticas da arte religiosa ortodoxa. As peças que até 6 de outubro podem ser vistas no Museu Grão Vasco, foram selecionadas a partir de um extenso legado de Anna-Maria Pereira da Gama (1923-2005), recentemente acolhido pelo Museu Grão Vasco, que, revela o Museu, integra “uma expressiva coleção de arte russa, mobiliário, escultura, numismática, medalhística, minerais e bibliografia especializada”. A mostra temporária junta-se à Festa dos Museus, organizada pela Câ-
mara Municipal de Viseu, que a partir desta quinta-feira e até dia 19 coloca uma dúzia de espaços museológicos do concelho em festa, com atividades em todos os espaços da rede municipal e também nos núcleos museológicos da Diocese de Viseu e do Regimento de Infantaria 14, nos museus Grão Vasco, da Misericórdia, de Silgueiros e no Tesouro da Sé. O dia de sexta-feira fica marcado pelo lançamento das “Cartas de Almeida Moreiras e Joaquim Lopes” que inclui um colóquio sobre a vida e obra do artista, às 18h00, no Museu Grão Vasco. A data de 18 de maio é assinalada no calendário como o Dia In-
ternacional dos Museus e a festa de Viseu tem os espaços museológicos abertos de forma gratuita até às 23h30 (exceção do Museu de Várzea de Calde). Às 15hoo realça-se a assinatura do protocolo de cooperação entre o Museu de Grão Vasco e a Câmara, referente ao depósito, em comodato, da coleção de minerais do legado de Pereira da Gama ao Museu do Quartzo. “É uma coleção imensa de minerais que vai enriquecer o espólio do Museu do Quartzo”, adiantou a vereadora da Cultura, Ana Paula Santana, na apresentação da Festa dos Museus. Emília Amaral
«A senhora deputada afirmou que eu fui eleito e a senhora deputada deveria saber que eu não fui eleito coisíssima nenhuma...», atirou em pleno parlamento Vítor Gaspar a Ana Drago. Por causa disto, o homem foi carimbado de “salazarento”. Ora, aquele “não fui eleito coisíssima nenhuma” é um facto indesmentível: Vitor Gaspar não foi a votos. E não é o único: temos tido dezenas de ministros que nunca foram a votos. Isso será bom? Na Inglaterra, na velha democracia inglesa, tal não é possível — um político que não ganhe na sua circunscrição tem que mudar de vida. Este método parece bom: obriga à prestação de contas ao povo e torna mais improvável governos com “engenheiros sociais” que desconhecem a vida real das pessoas. Em suma, um país fica mais ao abrigo de “Vítores-Gaspares”. Na terceira república ninguém é responsabilizado nem presta contas por nada. Veja-se o caso das PêPêPês e das swaps. Os responsáveis destas facadas no interesse público não vão ter dissabores nem na justiça nem na política. Prestar contas políticas faz-se através do voto. Precisa-se de um sistema em que os eleitos tenham que responder perante os eleitores e não perante o chefe que os põem nas listas. Era bom evoluir-se para um sistema eleitoral personalizado, com círculos uninominais e um círculo nacional. Este círculo nacional — para além de recuperar os votos não convertidos em mandatos nos círculos uninominais — deveria incluir as personalidades ministeriáveis (ministros que só poderiam ser recrutados entre eleitos; o saber tecnocrata ficaria para as secretarias de estado). Passos Coelho e António José Seguro não percebem, ou não querem perceber, o grau de apodrecimento do regime e não fazem nada para o melhorar. Por exemplo, apesar das pressões da troika, o boyismo municipal vai ficar na mesma. Neste aspecto, as autárquicas não vão mudar “coisíssima nenhuma”.