Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
Emprego & Formação
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 23 a 29 de maio de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA
2013
pág. 12 > REGIÃO Ano 12 N.º 584
DO CENTRO, EDIÇÃO
pág. 16 > EDUCAÇÃO
DO SEMANÁRIO JORNAL
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE
pág. 31 > DESPORTO
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pág. 43 > CLUBE DO LEITOR
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pág. 38 > SAÚDE
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pág. 29 > ECONOMIA
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Paulo Neto
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Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
584 DE 23 DE MAIO DE 2013 E
NÃO PODE SER VENDIDO
SEPARADAMENTE.
suplemento
UM JORNAL COMPLETO
Novo acordo ortográfico
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“Um governo municipal não é uma passerelle” passerelle” ∑ José Junqueiro, candidato do PS à autarquia viseense | páginas 8, 9 e 10
2
Jornal do Centro 23 | maio | 2013
praçapública rIndicação dada pelo rA solução não é aplicar r As
palavras
deles
governo de Durão Barroso, ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, para não promulgar o diploma aprovado no Conselho de Ministros de António Guterres que criou o Instituto Universitário de Viseu, forma jurídica da Universidade Pública.”
medidas de austeridade quejulgandoquereduzem a despesa, a única coisa que fazem é criar dor, sofrimento, sacrifícios e uma espiral recessiva, menos economia e mais desemprego. Conhecem algum país que tenha reduzido a sua dívida ficando mais pobre?”
José Junqueiro
Secretário-geral do PS na apresentação da recandidatura de João Azevedo a Mangualde
Candidato do PS à câmara de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
Editorial
António José Seguro
rNão sei como dor-
mem os principais responsáveis que nos trouxeram a esta situação”
Paulo Ribeiro Diretor do Teatro Viriato, em entrevista ao Jornal do Centro
Daniel Bessa Economista, durante a iniciativa Dão Primores
Pra terem feito da casa o que fizeram Melhor fora que os mandassem prás alminhas…
Estranhos os tempos que vivemos. Estranhos os homens que nos governam. Estranhas as ordens mundiais, mistePaulo Neto riosas, subterrâDiretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt neas, tenebrosas que parecem ter a economia do planeta nos aduncos dedos de garra afiada, comanditadas por serviçais discretos mas eficazes na porfia das ordens dadas… O presidente da república, perante o real circundante tornou-se místico como um franciscano ciliciado e face à incompetência dos terrenos, invoca as Alturas passando a crente Mariano, refúgio de muitos… e ao milagre, certeza de todos. O primeiro-ministro assemelha-se a um maestro assíntono a reger uma sinfónica que toca a Casa da Mariquinhas… Entrei onde era a sala, agora está / À secretária um sujeito que é lingrinhas (…) E lá para dentro quem passa / Hoje é pra ir aos penhores / Entregar ao usurário, umas coisinhas / Pois chega a esta desgraça toda a graça / Da Casa da Mariquinhas
Opinião
cidades têm que se demarcar e ganhar visibilidade, não pelo seu quotidiano normal, mas por estes acontecimentos (Viseu a 1 do 6) ”
/ Pra terem feito da casa o que fizeram / Melhor fora que os mandassem prás alminhas…
Quando crê dirigir a Marcha Triunfal, da Aïda, de Verdi com o povo a cantar: Vieni, o guerriero vindice / Vieni a gioir com noi / Sul passo del eroi / I lauri, i fior versiam!
Gaspar alucinado e azafamado com a apocalíptica gadanha e enquanto não parte para um golden paradise, dissemina a fome e a desgraça. Portas ligeirinho com figura de espontâneo a saltar do redondel para o touro, faz-lhe três cabriolas mirabolantes pela cernelha e é retirado do efémero, ilusionista e insólito arrebatamento pela segurança da praça. Os pensionistas têm de prémio para uma vida inteira de trabalho e descontos nunca negados, o prenúncio da miséria, com cortes brutais nas esquálidas pensões, saúde obstaculizada, rendas a disparar, custo de vida a entrar em órbita. Esperança de vida sem qualidade de vida! Foi esta geração que procriou Coelho, Portas e Gaspar e que está a pagar pelos valores que não lhes incutiu, tais como: honradez, lealdade, hombridade, solidariedade e justiça social. Os cidadãos activos lutam penosamente com a incerteza, a injustiça a indefinição e a
dificuldade crescente. Os jovens, esses são as vítimas a quem tudo é surripiado, futuro incluído. Na precariedade em que vivem, só a angústia, o desânimo e a revolta são companheiros da jornada. Da Grécia já não se fala. Porquê? Porque a temos em casa no pior do dia-a-dia. Nem o futebol nos alenta. Talvez o casal Mariani tenha razão: Sem milagre não vamos lá!
das próximas décadas. Os desafios passam por eles, construtores, quando os outros são destruidores.
Em Viseu, o BE apresentou a sua candidata Manuela Antunes. O PSD apresentou o seu candidato Almeida Henriques. O PS apresentou o seu candidato José Junqueiro. Ainda falta alguém? O presidente da federação do PS e presidente da câmara de Mangualde, um dos mais jovens e promissores autarcas, apresentou a sua candidatura com a presença do secretário-geral do seu partido, António José Seguro e pesos-pesados como Jorge Coelho. Perante a incompetência, ineficácia e calamidade de um poder central imprudentemente desaustinado, o poder local na sua capacidade de inovação, concretização e salutares práticas, é, em geral a esperança
Entretanto, por aí fora, os grandes títulos são:
to seria sempre assinalável. Porém algo mais deve ser tido em conta. Estes três últimos anos mostraram um campeonato profissional de futebol cada vez mais parecido com a situação do país e respectivas classes sociais. São cada vez mais os clubes pobres e em graves dificuldades financeiras. A diferença de poderio financeiro dos dois primeiros classificados lembra a pequena franja da sociedade portuguesa que passa por entre os pingos de chuva da desgraça que se apodera de nós. A crescente diferença entre Porto, Benfica e restantes, aliada a um Sporting comatoso, capaz de prescindir do treinador mais competente que poderia ter, acrescida de um Sporting de Braga, que por via da não qua-
lificação para a Champions será obrigado a um encurtamento orçamental, enfraquecido, não augura nada de bom. Antecipa-se a continuação de uma luta a dois, num campeonato a duas velocidades, onde a falta de competitividade e as menores receitas publicitárias levarão seguramente a um campeonato crescentemente mais pobre de interesse e de capacidade de atracção dos principais intervenientes deste desporto, que são os jogadores. PS: Como portista gostaria de salientar um nome – Lucho. 6 vezes campeão em 5 épocas e meia. É o verdadeiro comandante.
Ouvi há dias a tese de uns jovens que, na sua desesperança e plausível ingenuidade, preconizavam a possibilidade da desagregação da nação e a constituição de regiões autónomas com governos próprios. Fiquei a pensar se a ideia é tão disparatada assim… Para que nos servem os “gigolos”?
“Marques Mendes acusa banqueiros pela situação do país.” “PS acusa governo de instalar clima de medo entre os reformados.” “Austeridade: a epidemia que mata.” “Minha vontade era rasgar o memorando.” (M. Alegre) “Inspectora da PJ suspeita de homicídio sai em liberdade.”
Para nos dar esperança… “Cinco milhões de portugueses têm peso a mais.” “Madoff cobra 40 dólares mensais por limpar computadores na prisão.”
Estamos falados!
Futebol espelho do país
Escrevo após a resolução do campeonato da primeira liga de futebol. Faço-o porque não considero ser necessário fugir ao tema apenas para ser diferente. Faço também a justa declaração de interesses: sou adepto portista, pelo que a minha análise poderá ser enviesada. Falando do futebol propriamente dito, venceu a equipa mais competente e séria deste campeonato. Não venceu a equipa que praticou melhor futebol durante mais tempo. Diria que o Porto exibiu maior qualidade futebolística durante cerca de 1/3 do campeonato, enquanto o Benfica praticou melhor futebol nos restantes 2/3 do campeonato. Quando o campeonato, a apenas três jornadas do fim, foi dado, irresponsavelmen-
te, como decidido, o espírito sofredor, sério, competente e lutador acabou por prevalecer sobre um futebol que teve tanto de bonito como de incompetente, sempre que de grandes jogos se tratava. O Benfica demonstrou inconsistência nos grandes momentos, o que num campeonato pouco competitivo, apesar de surpresas como o Paços de Ferreira e o Estoril, acabou por se revelar decisivo. Por outro lado, o Porto que perdera a liderança à 21ª jornada, num jogo deplorável contra o Sporting, acabou por demonstrar a perseverança inerente aos campeões. O percurso do Porto ao longo das últimas três épocas é praticamente incólume. Apenas uma derrota em 90 jogos de campeona-
David Santiago
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 23| maio | 2013
números
estrelas
500.000€
João Azevedo Candidato do PS à CM de Mangualde
José Junqueiro Candidato do PS à CMV
Será nas palavras de António Albino, presidente do Académico de Viseu, o orçamento para a próxima época.
José Junqueiro reafirma o programa da candidatura que apresentou publicamente em Abril.
Importa-se de responder?
O jovem autarca apresentou a sua recandidatura acarinhado pelos peso-pesados António José Seguro e Jorge Coelho.
Treze anos depois, o Lusitano de Vildemoinhos volta a marcar presença no campeonato nacional de futebol.
Tem o hábito de visitar museus? Quais conhece em Viseu? Visito frequentemente museus. Em Viseu conheço o Museu Grão Vasco, o Museu Arte Sacra da Sé de Viseu, o Museu Etnográfico de Silgueiros, o do Automóvel e Arte do Caramulo.
Não tanto como gostaria, porque nem sempre tenho essa oportunidade. Mas sou um admirador e defensor de todo o nosso património. Em Viseu conheço o Museu Grão Vasco.
Paulo Valor
Carlos Ferreira
Professor
Jornalista
Claro. Museu Grão Vasco, Museu da Sé, Museu do Quartzo, o Almeida Moreira e também alguns ´monos’ que andam pela cidade.
Sim costumo. Em viseu conheço o Museu Grão Vasco e o Museu do Quartzo. No Grão Vasco, para além das obras expostas, o ambiente é semelhante a uma catedral, no do Quartzo a interligação entre o edifício e a paisagem, a meu ver, está muito bem conseguida.
João Nascimento
José António Ferreira
Desempregado
Enfermeiro
Opinião
Lusitano
De que têm medo os partidos políticos?
Há apenas um motivo que leva os agentes de mercado concorrencial a agirem de forma concertada: o risco de colapso. Ninguém gosta de cartéis ou, muito menos, de cooperação – nem bancos, nem gasolineiras, nem agentes económicos nem políticos. Mas é um mal menor quando o que está em causa é mesmo o seu habitat - a cultura da competição. Só assim se explica que, não pela primeira vez, PCP e Verdes estejam ao lado de PSD e CDS-PP na Assembleia da República, com a conivência vazia do PS, na missão de dificultar a vida aos movimentos de cidadãs/ãos que não pretendem constituir-se ou militar nalgum partido político. Se já em Março a exclusividade de partidos políticos no Parlamento foi defendida pelos partidos, do BE ao CDS, naquilo que aqui chamei de “técni-
ca do quadrado”, a votação em plenário da igualdade de tratamento de listas de grupos de cidadãos eleitores em candidaturas às eleições autárquicas, no passado dia 17, foi, mais uma vez, representativa de como esta malta protege bem as suas costas. O Provedor de Justiça já abordou o assunto mais que uma vez, de sua iniciativa e a pedido de diversos movimentos, mormente a Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes. Foi nas velhas recomendações da Provedoria – datadas de 2010 - que o Bloco de Esquerda, o Verão passado, redigiu um projecto de lei em que nele foram “vertidas” essas recomendações, a saber: paralelismo do regime fiscal e inclusão do símbolo dos grupos de cidadãos eleitores no boletim de voto. Grosso modo, as candidaturas de grupos de cidadãos eleitores são
prejudicadas em mais de um quinto por via do pagamento do IVA (23%!) das despesas de campanha, do qual os partidos políticos estão isentos. Apesar do Bloco de Esquerda ser o proponente do projecto de lei não-aprovado, urge perceber que este é o seu papel na técnica do quadrado. O BE é um partido que não conseguiu, ainda, afirmar-se autarquicamente, não conseguindo sequer formalizar candidaturas em imensas autarquias e não conseguindo, também, conduzir ao sucesso aquelas que conseguiu pôr de pé, à excepção de, como sabemos, Salvaterra de Magos, um sucesso renovado em 2009, depois de conseguido em 2005 em que a cabeça – a Presidente - era uma “independente”. O BE sabe que o seu trunfo nas eleições autárquicas está no apoio às “independências”
e aos grupos de cidadãos eleitores e é assim que o BE espera vir a conseguir o enraizamento social que permite a base autárquica a um partido político. O BE existe no Parlamento porque existe descontentamento com o fecho do sistema e estabelece-se como único poro do sistema porque sabe que sem essa (falsa) permeabilidade deixa de existir. Um regime, para se manter, precisa de permitir forças centrífugas, franjas de descontentamento, se não implode. O BE é essa franja. Não há poder na UDP, no PSR ou outros que tais. O poder do BE está no contributo da ilusão de que nos está a ser concedido poder. Os pa r tidos têm medo do a nu nciado desmoronar da máquina, sim. Silvia Vermelho
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Opinião
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Jornal do Centro 23 | maio | 2013
50 anos sem Aquilino Ribeiro Foi Aquilino Ribeiro que me mostrou que palavras que conhecia tão bem, mas que não professava na cidade, tinham afinal lugar, eram distintivas, iam além do seu significado, pois continham em si sentimentos e sensações com profundidade inalcançável pelas óbvias definições. O nagalho, nunca mais será tão simplesmente um bocado de corda ou de fio, mas será o cheiro a ferrã cortada de fresco, será a textura do feno arrebanhado, e o cinto que segurava as calças dos maltrapilhos menos afortunados. A vergonha do meu discurso beirão, no exagero da utilização do pronome “vós” e as conjugações verbais que originava, dissipou-se totalmente à medida que crescia, tanto em idade e altura, bem como
casa - Soutosa) e Vila Nova de Paiva (onde foi batizado – Alhais) decidiram partilhar a administração da Fundação Aquilino Ribeiro, mas tal qual como comadres, e parecendo divididos pelas cores políticas, passaram para segundo plano os objetivos primordiais de perpetuar Aquilino Ribeiro como bem cultural de todos e para todos. A situação culminou com o afastamento da autarquia de Sernancelhe das celebrações da FAR do cinquentenário da morte do escritor, que durante décadas o bem lembrou e celebrou, mesmo antes de haver o ”dinheiro”, o “poder” e o “prestígio” que a Fundação traz. Estes arrufos, normais quando a trindade referida se verifica, acabaram por resultar em 2 programas diferenciados: no dia
Alhos e bugalhos
Não me parece ser leal, antes de mais comigo mesmo, aceitar esta cegarrega que por aí anda, diariamente, sobretudo na rádio e televisão. Refiro-me ao facto de quem dá as notícias tecer comentários de mote próprio e opiniões pessoais (ou do grupo que representa). O ar enxofrado e/ou a voz incendiada dos repórteres, conforme os casos, foge, a pulos de lobo, do que é um bom serviço jornalístico. Não é aceitável que se teçam comentários pessoais ou que se oriente, descriminando, quer a tomada de imagens, quer aqueles que se elegem para “botar um pal-
Opinião
em termos afetivos e de orgulho por estas terras. Com os seus livros, desvieime do lugar-comum e liguei-me umbilicalmente e para todo o sempre à terra que me pariu. Este orgulho desmesurado, mas merecido, que o beirão com unhas cheias de esterco sente, vem de uma pureza e limpidez de visão do próprio mestre, um mestre das letras que nunca deixou de ser o rapaz que bebia inspiração no mais simples que o rodeava. Nunca se deslumbrou por intelectualismos baratos ou de algibeira, mas agora, volvidos 50 anos da sua morte, deve andar às voltas na sepultura. Os três concelhos mais interessados em manter viva a memória e obra do mestre, Sernancelhe (onde nasceu - Carregal), Moimenta da Beira (onde teve
pite”, ou mesmo os diálogos nas entrevistas. As notícias destinam-se a dar as informações recolhidas, ponto final! Devem ser apresentadas ser qualquer carga que não seja a exposição dos factos a noticiar, com uma dimensão aceitável e a abrangência possível no que tange à explanação do sucedido ou do evento. O que se assiste, por exemplo na televisão, é ao (à) jornalista fazer uma pergunta e, de imediato, cortar a palavra ao entrevistado logo que se apercebe que o rumo da resposta não corresponde àquele que a grelha de informações ou o gosto
pessoal do entrevistador definiu como relevante e pretendido. Ou, mesmo, fugir ao contacto com pessoas ou entidades que, de alguma forma, possam desviar o sentido que pretendem dar ao facto a ser coberto jornalisticamente, ou à argumentação aceite como favorável. O conflito borbulhante dos nossos “partidos” políticos em relação ao teor, substância e orientação das notícias veiculadas pela RTP é bem, e aprimoradamente, um exemplo desassombrado do que estou a querer dizer. Houvesse isenção e tal não aconteceria. E para que não haja isenção é
Aproxima-se a hora das decisões
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Gerência Pedro Santiago
Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt
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Opinião
Aquando da campanha para a presidência dos Estados Unidos, em 1960, a campanha de Kennedy, referindo -se a Nixon, fez a seguinte pergunta aos cidadãos eleitores americanos: “Você compraria um carro em segunda mão a este homem?”. Nixon perdeu as eleições. Em ano eleitoral, com alguns dos candidatos já no terreno, o panorama a que se assiste é confrangedor no mínimo. Num dado instante revelam-se como o mais beato dos anjinhos para no instante seguinte, de forma altaneira, afirmarem o contrário de ontem, como se não tivessem nada a ver com o assunto, e pelo meio vão trocando mimos e deixando promessas ao povo, numas prédicas de pastores evangélicos acabados de
chegar a uma nova cidade! Ontem um revelava-se assustado com a taxa de desemprego de 10,8%, resultante da governação do outro, e promete hoje reverter a taxa de 17,7% que deixa como herança na sua governação que assusta agora o outro. Em resumo, um e outro seriam cómicos não fosse a questão bem gravosa. O leitor, compraria um carro em segunda mão a algum deles? Mais do que lembrar o passado, devemos reflectir sobre o presente e perspectivar o futuro de olhos na realidade do concelho de Viseu. Hoje, Viseu é um concelho de desenvolvimento intermédio, embora algumas características nos aproximem dos concelhos mais desenvolvidos tais como: taxa de crescimento
demográfico; segurança; vias de comunicação; desenvolvimento concêntrico e organizado do espaço urbano. Por outro lado, a falta de emprego jovem e qualificado; o fraco desenvolvimento industrial; os impostos e fiscalidade municipal elevada; a reduzida aposta em políticas de dinamização cultural; a falta de desenvolvimento industrial; a introdução das portagens; a falta de ligação à rede ferroviária; a promoção da subsidiodependência e o elevado grau de dirigismo político da sociedade aproxima Viseu dos concelhos menos desenvolvidos. Viseu não se desenvolveu como poderia. Sim somos bons, muito bons, mas após anos e milhões de euros de fundo comunitários, deveríamos estar melhor
Dificuldades
Tive oportunidade de, na última sessão da Assembleia Municipal, cumprimentar o seu Presidente enquanto candidato anunciado do PSD à Câmara Municipal de Viseu. Apesar de militarmos partidos diferentes e politicamente divergirmos em muitos temas, a saudação democrática é, do meu ponto de vista, sempre indispensável. Após a apresentação pública da sua candidatura e de uma longa entrevista que deu a este jornal hoje exerço outro direito/dever democrático:
dar opinião sobre o arranque da sua campanha autárquica. Numa frase: olhem para o que eu digo (que ironicamente é o que o PS diz há muito tempo e se mantém a dizer nesta campanha), não olhem para o que eu fiz. Quem esteve atento à apresentação da candidatura de José Junqueiro, às entrevistas que tem vindo a dar ou ao programa que tem em discussão pública há algumas semanas concluirá que o
candidato do PSD decalcou as suas ideias base. E isto não deverá causar espanto, ambos diagnosticaram bem (sendo que Junqueiro primeiro...): do que precisamos é de emprego, de desenvolvimento económico, de regeneração urbana, de mais e melhores políticas sociais. O que corre mal ao candidato do PSD é que está ensombrado por dois factos: o seu apoio e participação nos últimos anos no governo municipal e, mais recentemente, no Governo do país. Com
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 23| maio | 2013
20 de Abril em Soutosa (C. M. Moimenta da Beira, C. M. Vila Nova de Paiva, FAR e APE) e no próximo dia 25 de Maio em Sernancelhe (que contará com presenças como o Dr. Alberto Correia, o Dr. Lima Bastos e outros ligados ao Centro de Estudos Aquilino Ribeiro; com um roteiro evocativo com a respetiva obra como pano de fundo e que conta já com mais de uma centena de inscritos). Curiosa como sou, marquei presença na primeira, encontrei ilustres conterrâneos, mas a elite vinda do norte, essa, fez-se esperar cerca de 3h. Essa longa espera até podia ter sido recompensada, mas não o foi, nenhum dos que como eu não tinham ido nos autocarros “VIP” com direito a almoço prolongado, ficou a saber mais do que sabia antes de lá ter chegado. Não tivemos direito a guia no auto-
carro e o roteiro aquiliniano ficou muito a desejar, pelo atraso e pela eliminação da visita ao local do nascimento, o Carregal, onde veríamos os ciprestes por si descritos e ouviríamos o mesmo sino. Só não ficou totalmente desprovido de locais no concelho de Sernancelhe porque era inexplicável a não ida à Lapa ver o seu quarto, e a visita ao Mosteiro de Nossa Sra. da Assunção da Tabosa, porque havia fálgaros e vinho para degustação, sem visita ao local público de culto. No regresso a Soutosa onde foi servido lanche ajantarado, a elite interrogou-se que peixe era aquele afogado em molho com cheiro a vinagre, e que incomodamente escorria pelos dedos, mas a plebe lambia os dedos e usava como prato uma fatiga de trigo, pois aquelas trutas de escabeche estavam tão boas como as que o
mestre comeu. Já a noite rompia e apareceu o figurino incontornável de qualquer aldeia beirã, o eterno bêbedo na sua bicicleta, a lamber a estrada de berma a berma, com o cigarro preso ao lábio, e tentando obter um copito de tinto à borla. Eu imaginei-o logo herói e personagem emblemática num livro de Aquilino, os “outros”, os estudiosos, olharam de soslaio e esboçaram cara de nojo, entretidos que estavam apreciando o espumante Terras do Demo. Tive então a certeza do quão longe toda esta comemoração estava do universo aquiliniano, da súcia à volta de trutas, fumeiro, trigo da Lapa e vinho carrascão, provavelmente acompanhada de umas notas de acordeão ou concertina. Lembrei de catadupa todas as evocações que o concelho de Sernancelhe já fez, as palestras, as tertúlias, a Feira
Aquiliniana, a Revista Literária Aquilino, a maneira como lembra o seu mestre desde há muitos anos e recorrentemente com um tal bom gosto e dedicação, que todas terminam com um profundo envolvimento e atmosfera que nos transporta para o universo literário do escritor, onde ninguém consegue apontar qual o que veio pelo copo de vinho à borla ou aquele que se perde nos seus livros durante horas, pois qualquer um dos dois é tratado e recebido da mesma forma, qualquer um dos dois lamberá os dedos com iguarias típicas e porá na camisa uma nódoa de tinto, porque o canto à desgarrada o fez balancear o copo. Em Sernancelhe não se lê simplesmente o que ele escreveu, vivese o que ele descreveu, de forma intemporal, e no próximo dia 25 tenho a certeza que não será diferente.
necessário que as chefias sejam objecto de nomeação. E as nomeações servem escravamente a quem as fez na qualidade de: interesses políticos, maçónicos, religiosos, bancários, sindicalistas e o que mais mexe. A isenção “foi-se” por mero desvio do que deve ser a charneira dos serviços que se prestam: verticalidade, escorreição e completa liberdade (no seu mais puro sentido) na tomada de decisão. Estes conceitos, há muito adulterados e conspurcados (ou consporcados!) foram
postos em segundo ou terceiro plano referentemente a interesses instalados ou a instalar. Manietaram, com a desculpa das mais amplas liberdades, a liberdade suprema. Aquela que é imaculada e inatingível. A que não permite batotas, trafulhices nem desvios. A que salvaguarda contra o que se passa nos bastidores dos partidos, dos Bancos, dos Vitors Constâncios, dos que jogam na bolsa com as nossas pensões, dos que mentem descaradamente nas televisões e rádios públicos e, ainda, nos jornais, clare-
ando notícias negras e lançando labéus sobre coisas ou gente inocente, para pôr em prática manobras de diversão que deveriam ser exemplarmente punidas. O País em que vivemos deve primar por capacitar o seu triste, muito triste, povo, a saber discernir entre alhos e bugalhos, ao invés, completo, do que se tem feito ao longo dos infelizes anos que antecederam. A exigir a total e responsável independência da Comunicação Social, da Justiça, das Forças de Segurança, das Forças Armadas
e dos Órgãos Governamentais Centrais, Regionais e Autárquicos. É o povo que os paga e não deve ter escrúpulos em lhes exigir nada menos do que a independência absoluta e a mais completa liberdade nas decisões, não olhando, aqui sim, “a credos ou religiões”. Em Luanda aprendi a dizer: “Jaculo mêsso”. Significa isso: Abre os olhos!
preparados para o presente. O modelo de desenvolvimento seguido nas últimas décadas teve como resultado o regresso da emigração. Paradigma do subdesenvolvimento dos anos 60, no qual a emigração, de ontem tal como a de hoje, existe não por vontade própria mas pela mais simples necessidade e falta de oportunidades. Neste ponto a única alteração é a elevada qualificação académica de quem parte. Contudo, Viseu, não é uma ilha isolada no contexto nacional e teremos que estar dispostos a partilhar as nossas conquistas e derrotas. O cidadão viseense é um ser de acção, coragem, abnegação, acolhedor e capaz de perseguir um objectivo comum. Neste momento, particularmente difícil, os viseenses impelidos pelo poder municipal têm de se unir em torno de um projecto co-
mum para o reforço da cidadania activa. As verdadeiras reformas só acontecem com a participação dos indivíduos, de todos os indivíduos. Para tal acontecer, será necessária uma liderança motivadora pelo exemplo. Como já afirmei, existem aspectos positivos que devem ser aproveitados, mas se queremos ser a capital de uma nova geração de políticas, ideias, cultura e pessoas temos de avançar. Como sociedade, devemos apostar numa visão a longo prazo e enfrentar o futuro com vontade e determinação. Necessitamos de exigência, determinação, realismo, pragmatismo. Temos de desenvolver uma nova cultura social através do apoio à família, a instituições sociais e ao voluntariado. Importante também será reforçar a seguran-
ça através do diálogo saudável com a PSP e reforçar a capacidade da polícia municipal e a operacionalidade dos Bombeiros, bem como aproximar as aldeias da cidade através da melhoria da oferta de transportes públicos. Em termos macro temos de lançar a economia, a indústria, a cultura, apostar no turismo, incentivar a criação e produção local. Terá de existir uma mudança no modelo de desenvolvimento económico. É meu entender que os municípios não devem criar riqueza, no sentido de serem os principais empregadores, mas devem criar condições de atracção do investimento económico. Devem recompensar o mérito, a inovação, a responsabilidade social e ética. De igual modo, não podemos gerir um espaço urbano que se quer moderno usando a mentali-
dade e os instrumentos do passado. Neste ponto o município deve jogar ao ataque, tornar o concelho atractivo para que trabalhadores, estudantes, investidores, empresas, desenvolvam a sua actividade. A feira de S. Mateus deve ser um catalisador e montra das nossas potencialidades. Neste novo paradigma, deve-se dar prioridade ao investimento reprodutivo. Menos rotundas, mais apoio a PME (pequenas e médias empresas). Os agentes políticos terão de assumir um compromisso eleito-eleitor com base numa ética de responsabilidade de modo a acabar com a fuga aos compromissos. Salvo melhor opinião, o caminho terá que ser por aqui. O contrário é passarmos a vida a comprar carros em segunda mão aos vendedores errados!
efeito, será difícil a Almeida Henriques descolar da imagem do actual executivo municipal. Pode falar em novo ciclo mas a verdade é que ele pertence ao velho ciclo. É Presidente da Assembleia Municipal de Viseu há vários anos e não lhe são conhecidas propostas ou apoio a propostas criadoras de emprego em Viseu como agora aparece a defender entusiasticamente. Pelo contrário, sempre votou orçamentos que pesaram fiscalmen-
te (e muito!) as empresas do nosso concelho, nunca apoiou as propostas do PS de criação de incubadoras de empresas e nunca foi ouvida a sua voz contra a gestão municipal dos parques industriais, apenas para dar alguns exemplos. Depois temos a sua participação no (des) Governo de Passos Coelho, de quem é, aliás, compagnon de route de longa data, contemporâneo da JSD, foi arrebatado apoiante,
seguramente “ponte” para Fernando Ruas mandatário nacional da sua candidatura interna e, diz-se, “ponte” para o também viseense Álvaro, como queria ser chamado quando chegou ao governo. É um curriculum (alguns dirão cadastro) pesado, do qual, por mais que aluda a medidas “positivas” que implementou no seu consolado, dificilmente se distingue até porque hoje são conhecidos os resultados: desemprego a passar os 17%,
dívida pública a crescer face ao PIB, empobrecimento, emigração em barda, falências à velocidade da luz e decadência das políticas sociais como não se imaginava que atingissem o Portugal europeu do sec. XXI. As dificuldades de Almeida Henriques são as de qualquer elefante a querer saltar de nenúfar em nenúfar, as intenções podem ser as melhores, os resultados, esses, não dão margem para enganos… o nenúfar não aguenta.
Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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23 | maio | 2013
Questões sociais estão no “centro das preocupações”
Micaela Costa
abertura
Emília Amaral
Desenvolvimento económico é “prioridade máxima”
Emília Amaral
A Candidato do PSD à presidência da Câmara de Viseu, Almeida Henriques
Ficou percebido na sextafeira à noite que o desenvolvimento económico do concelho é a “prioridade máxima” do candidato do PSD à presidência da Câmara de Viseu nas próximas eleições autárquicas, através da implementação de medidas com vista à criação de empresas e de emprego. Mas Almeida Henriques avançou com a inclusão social como o segundo pilar do programa, chamando para terceira prioridade a reabilitação e revitalização do centro histórico. O antigo secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional apresentou oficialmente a sua candidatura à autarquia viseense na sala do Hotel Grão Vasco onde há 24 anos, o atual presidente da Câmara, Fernando Ruas fazia a sua estreia. Embora a escolha inicial tenha sido o parque da cidade (o mau tempo obrigou a uma alteração de última hora), todos reconheceram que a escolha foi simbólica para o partido. “Desejo prosseguir e renovar o projeto” de Fernando Ruas, arrancou assim o discurso citando várias vezes o ainda presidente da Câmara como “autarca modelo” avançando com o que pretende para o concelho. “Não há criação de emprego sem empresas. Preci-
samos de empresas a nascer, a crescer e a internacionalizar-se, sublinhou Almeida Henriques. Ao considerar a falta de emprego “a preocupação das preocupações” defendeu que a única forma de o criar é apostando nas empresas. Para tal, o candidato, se for eleito, vai avançar com o programa “Viseu Investe” dedicado às áreas de assistência empresarial e empreendedorismo, acesso a financiamento, internacionalização e fiscalidade municipal. Almeida Henriques vai empen ha r-se a i nda na “atração de investimentos, na incubação empresarial, na cooperação entre o tecido económico e os centros de saber”, nomeadamente o Instituto Politécnico, o Piaget e a Universidade Católica. Neste seu pilar prioritário, anunciou a criação de um gabinete municipal de apoio ao investidor, para dinamizar setores tradicionais como o comércio, serviços e também o setor produtivo, “seja ele industrial ou agrícola”. A inclusão social será o segundo pilar do programa da sua candidatura, prometendo colocar “os idosos, as famílias em risco de pobreza e os jovens mais desprotegidos no centro da política social”. O terceiro pilar passa pela
reabilitação e revitalização do centro histórico, com o lançamento do programa “Viseu Viva”, que tentará inverter a tendência de desertificação através da “reabilitação urbana, da animação cultural e da atração de microempresas”. “A minha candidatura é uma resposta a um forte apelo. A um apelo do meu partido, mas sobretudo a um apelo da terra”, reforçou. Fernando Ruas, mandatário de honra da candidatura de Almeida Henriques, garantiu que não lhe vai deixar “nenhum esqueleto no armário”, mas uma “Câmara sólida”. Convencido que Almeida Henriques vai conduzir o barco no “rumo certo”, Fernando Ruas deixou um conselho: “Este é o primeiro e o único que lhe dou. Siga o seu caminho. Talvez o lugar de presidente de câmara seja o lugar que exige mais isolamento e mais solidão”. Um outro ex-presidente da Câmara de Viseu, António Vidal, é o mandatário da lista de Almeida Henriques. Hoje empresário, preveniu que “o lado das pessoas vai ser cada vez mais determinante” porque “vão precisar de ajuda que não é só financeira, mas de solidariedade”. Emília Amaral
Jornal do Centro
AUTÁRQUICAS 2013 | ABERTURA 7
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BE desde a sua constituição, este é o momento de “romper com o conservadorismo do poder local” e valorizar a “reabilitação e requalificação consciente” da cidade. Afirmando que é preciso apostar “nos edifícios devolutos existentes no centro da cidade e das aldeias, ao invés da política de construção em altura e do injetar betão em todo o lado”. Para a viseense, é ainda preciso “dar voz a todos os cidadãos” e sublinhou a preocupação com as questões sociais, e com a qualidade de vida. Pois, para a candidata, apesar de a Câ-
mara “ter muitos projetos que têm ajudado as pessoas”, a resolver problemas pontuais como a habitação e alimentação, devem-lhes ser dadas ferramentas que lhes permitam construir a sua vida. Preocupação que o BE mantém a nível nacional, como afirmou Pedro Soares: “As questões sociais estão no centro das preocupações e dos programas eleitorais do bloco de esquerda para as autárquicas. Colocamos no primeiro plano a necessidade de resposta à emergência social, à necessidade de a autarquia ter respostas con-
cretas para enfrentar esta situação”, afirmou. Manuela Antunes, de 46 anos, é conhecida na cidade pela sua criatividade e energia, e pelo trabalho que desenvolve. Na política como deputada municipal do BE, no sindicalismo como dirigente sindical do Sindicato dos Professores da Região Centro, no associativismo, onde foi dirigente da FRAP - Federação Regional de Associações de Pais e membro da Associação de Professores de Educação Física de Viseu, na atividade cultural, onde faz parte de teatro amador e de projetos com a comu-
nidade do Teatro Viriato e da Câmara Municipal de Viseu, no desporto, como atleta, treinadora e árbitro de andebol e na ação social, onde foi presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Viseu, de 2008 a abril de 2013. A candidata pelo BE lembrou ainda que “a retirada do mercado municipal do coração da cidade foi um erro fatal”, porque “colocou quase moribundas” as artérias do centro histórico, como a Rua Direita, tendência que, caso vença as eleições, quer inverter. Pedro Soares lançou
ainda algumas críticas ao mandato de Fernando Ruas, dizendo que “é preciso virar o tabuleiro do jogo autárquico em Viseu, é preciso fazer um combate no sentido de enfrentar este “status quo” de tantos anos que se moveu à volta do betão, das retundas e das redes de interesses locais”. Deixando claro que o BE, que conhece “os eixos principais na gestão municipal de Fernando Ruas” está na cidade para “a colocar em causa e criar um novo paradigma, um novo modelo de intervenção autárquica”. Micaela Costa
Paulo Neto
A “reabilitação”, “dar voz aos cidadãos”, a “democracia participativa”, “propostas para dar vida ao centro histórico” e as “questões sociais”, são alguns dos eixos de intervenção da candidatura de Manuela Antunes, à Câmara Municipal de Viseu, pelo Bloco de Esquerdo (BE). A apresentação, que decorreu na sede do BE, no passado dia 15, contou com a presença de Pedro Soares, membro da Comissão Política Nacional e da Comissão Nacional Autárquica do BE. Para a professora de educação física, e membro do
Mangualde com Futuro mista e director financeiro do Grupo PSA, gizou uma “visão concreta e transversal da acção política de João Azevedo”, deixando o “testemunho como acto de cidadania activa e de responsabilidade social” e acrescentou, “João Azevedo é um político com dimensão que dá dimensão a Mangualde, uma excelente pessoa que tem os mangualdenses consigo, pelo chão que nos une, sendo com ele que queremos continuar a lutar por Mangualde.” Jorge Coelho, indefectível apoiante do autarca a quem está unido por laços de amizade familiar, na sua intervenção conseguiu “aquecer” o pavilhão. “O nosso presidente da câmara aqui há oito anos era muito jovem em Mangualde. Há quatro anos alguns diziam que ele ainda era um bocado jovem mas o nosso presidente, o meu querido ami-
go João, tem uma característica que hoje devemos realçar: É um combatente. Não desiste. Tem objectivos. Tinha causas pelas quais lutar. Bateu-se por elas. Criou condições para motivar uma equipa que foi crescendo, até que ganhou as eleições. E ganhou-as para o bem de Mangualde pois é um bom presidente de câmara. Conheço o João Azevedo desde que nasceu (…) o pai dele era um dos meus maiores amigos (…) sei do que estou aqui a falar. “
Paulo Neto
… assim afirma o slogan da campanha do autarca João Azevedo, E para o realçar, na apresentação da sua candidatura, no passado 18 de maio, pelas 22H00, com o pavilhão gimnodesportivo local cheio de militantes, apoiantes, simpatizantes e amigos, tiveram microfone, Marco Almeida, presidente da concelhia local do PS, Elísio Oliveira, mandatário do candidato, o ex-ministro e natural da terra, Jorge Coelho, João Azevedo e António José Seguro, secretário-geral do Partido Socialista. Marco Almeida fez o balanço destes quatro anos de poder local e enfatizou a “enorme dívida deixada pelo anterior autarca”, concluindo com “a necessidade de controlo das finanças públicas mas sem perder de vista os interesses e direitos das pessoas a quem João Azevedo dava prioridade.” Elísio Oliveira, econo-
Seguiu-se o candidato à autarquia, que num longo improviso fez o balanço das suas políticas; enumerou os objectivos atingidos e a atingir, salientou as dificuldades que encontrou e superou; destacou as metas para o próximo quadriénio, realçou as plurais razões porque se recandidata, enalteceu a sua equipa e apresentou os candidatos a todas as juntas de freguesia do concelho. Fechou as intervenções António José Seguro, que
após o enaltecimento da obra feita pelo autarca delineou a sua intervenção em torno da letra “P”: “A letra ‘P’ … de prioridade, de progresso, de presidente … Mangualde não seria o mesmo se o presidente não se chamasse João Azevedo; de proximidade porque João Azevedo não abandonou as pessoas, ele continua ao lado das pessoas; de projecção e promoção, projecção de Mangualde na região e no país e promoção desta terra e deste território, valo-
rizando-o para atrair investimento; o P de paixão, da paixão com que falas de Mangualde e da paixão pelas obras que queres fazer para o desenvolvimento deste território” (…) rematando esta linha de pensamento, “O teu sucesso é a felicidade da gente deste concelho de Mangualde e se juntarmos o S de sucesso ao P de presidente, de prioridade, de progresso, de paixão, temos duas letras PS…” Paulo Neto
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Jornal do Centro 23 | maio | 2013
à conversa
entrevista e fotos ∑ Paulo Neto
“Não apresentarei ‘vedetas’ para viseense ver, mas mulheres e homens capazes de trabalhar para surpreender” José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro, casado, três filhos, nasceu e sempre viveu em Viseu. Foi professor na Universidade de Aveiro e na Universidade Católica Portuguesa, deputado desde 1995, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS, Membro da Comissão Permanente da Assembleia da República, Presidente da Comissão de Equipamento Social da Assembleia da República (1990-2000), Presidente da Comissão Eventual de Inquérito à JAE da Assembleia da República, Secretário de Estado da Administração Marítima e Portuária (2000-2002), Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo (APM) e Presidente da 1.ª Comissão - Cooperação Política e Segurança - da APM, Delegado Regional do FAOJ em Viseu, Presidente das Casas de Cultura de Viseu e Lamego, membro de várias associações, membro do Secretariado Nacional do PS, Presidente da Federação Distrital do PS, deputado municipal em vários mandatos, candidato à câmara municipal em 1993, foi vereador e na sua atividade privada exerceu as funções de consultor. O que traz de novo ao concelho de Viseu a sua candidatura?
Ambição, pragmatismo, inovação e emprego, melhor futuro. O concelho de Viseu não pode resignar-se a um quase fatalismo histórico de dependência de serviços, quando o seu futuro sustentável passa pelo desenvolvimento de uma economia mais diversificada e flexível, onde todas as indústrias e actividades capazes de criar valor (fabris, comerciais, culturais, artísticas, lazer, novas tecnologias, agro-indústria, energias renováveis) serão bemvindas. Tenho escrito muito sobre a matéria na nossa imprensa local, e constituí-me numa voz que não se calou e nunca desistiu de trazer a debate, por exemplo, a industrialização como estratégia para o crescimento e o emprego. Não foi a escassos meses das eleições que dei conta de que este modelo era insuficiente e inadequado. Não estive à espera de sair de sítio nenhum para oferecer a Viseu uma alternativa, uma nova maneira de estar, uma nova oportunidade, um projecto e uma
equipa. Sei bem o que fiz pelo concelho e pelo distrito. E não foi pouco, como lembrarei. E foi isso que lhe permitiu estruturar a candidatura em tão curtos meses?
Uma atenção permanente ao concelho permitiu de facto, em tempo útil, erguer uma candidatura e avançar com um programa que já apresentámos publicamente, quer nas suas linhas gerais, em Março, quer em propostas concretas, em Abril, com um propósito e uma ambição muito claros: construir com todos os viseenses um projeto político pensado para as pessoas e transformar o nosso concelho num modelo de desenvolvimento de referência global, com “Mais Emprego e Melhor Futuro”. E mais do que apresentar linhas gerais, mais do que as linhas gerais, o programa já está em discussão pública, ao alcance de todos, com a originalidade de ser participado, incluído no programa “Cidadania Activa”, de modo a reaproximar as pessoas da política. Cidadania Activa é um novo conceito?
Para Viseu é, sem dúvida. Todas as que desejarem participar, podem enviar críticas e sugestões, preenchendo lacunas, reforçando linhas de atuação ou, simplesmente, discordando de pontos de vista. Todos os contributos são válidos e todos ficarão a saber que a sua opinião conta. É um programa de governo construído de baixo para cima, participado. Não me importo que esteja a ser plagiado, sendo certo que ficava bem a terceiros citar as fontes de “súbita inspiração”. Não resultou, portanto, de um pequeno-almoço com a comunicação social para apresentar “umas intenções “, nem para disfarçar uma lacuna: a ausência de um pensamento estruturante com propostas próprias, com assinatura. Procuraremos, assim, inovar também na forma de governar o município, apostando numa visão estratégica, com capacidade para liderar as parcerias necessárias com os diferentes atores sociais. Assumiremos sem complexos e solidariamente, o papel natural que o concelho de Viseu sempre teve de liderar a região que historicamente polariza. Mas fálo-emos em diálogo construtivo com todos os municípios, seguros de que o desenvolvimento e o sucesso do nosso concelho deverá ser também o desenvolvimento e o sucesso de todos os concelhos da região. Refere-se ao seu principal adversário político, do presente ou do futuro?
Refiro apenas que, de tudo quanto ouvi e li, nos últimos dias, nada de novo foi dito a não ser um conjunto de pequenas quezílias que
não dão pão a ninguém. E, se me permite, voltando ao essencial, não temos apenas ambição de fazer melhor e fazer diferente, também temos uma estratégia e propostas coerentes com ela, com base num estudo realizado junto das pessoas, que nos ofereceu as indicações para um novo ciclo e partindo de uma realidade que nestes últimos dois anos se transformou numa drama social e numa tragédia económica. Deixo um exemplo: desde Junho de 2011, altura em que o candidato do governo tomou posse como secretário de estado da Economia e do Emprego, até Março de 2013, o nº de desempregados no concelho de Viseu, (abril 2013) aumentou 39%, mais 3 por dia, todos os dias. O desemprego juvenil cresce a um ritmo ainda mais intenso, pois aumentou 61%, em 22 meses. Se agregarmos os “jovens” com menos 35 anos, então o nº de desempregados nesta faixa regista um aumento de 51% face ao inicio de funções de governo. Quanto ao desemprego dos licenciados disparou 100%. “Mais Emprego – Melhor Futuro”. Que quer dizer com isto para além do mero slogan curto, enfático e sonante?
O PS anunciou publicamente um novo modelo de desenvolvimento económico, assente na industrialização e na diversificação da oferta de emprego. Articulou-o com a Regeneração Urbana, um investimento de proximidade, e nos dois casos aplica aquilo que resulta da Reforma Fiscal Local que a equipa de trabalho já realizou, de modo a estimular o investimento
por parte das pessoas e das empresas. O combate à burocracia, o “Licenciamento Zero”, a desmaterialização processual, a transparência, integrados na Via Verde para a Economia, são novas atitudes que agilizam o investimento e poupam tempo e dinheiro aos investidores. Comprometemo-nos, por isso, a criar junto da autarquia, em parceria com todas forças vivas do concelho (associações empresariais, sindicatos, ensino superior, investigadores), um Centro de Apoio à Atividade Empresarial (CAAE). Promoveremos o empreendedorismo e desenvolveremos, como já referi, uma política fiscal amiga do investidor, que introduza racionalidade no binómio custo-benefício, criadora de mais e melhores empregos. A nova geração de políticas autárquicas exige que os futuros eleitos se concentrem em estratégias de desenvolvimento integradas, que incentivem o desenvolvimento de políticas promotoras de um capital humano com qualidade e competências para responder aos desafios da inovação e das novas tecnologias. A necessidade de captar investimento para novas atividades económicas criadoras de riqueza e de emprego são nucleares no modelo de desenvolvimento que propomos para o nosso concelho. “Trocar metros quadrados por empregos” não é um slogan, mas uma prática que tem resultado muito bem em concelhos vizinhos. Daí o lema orientador da nossa candidatura «Mais emprego, melhor futuro». E onde é que cabe a diplo-
macia local enunciada no seu programa e de que o seu adversário politico também fala?
Está no programa e não é uma descoberta de agora. Temos uma concepção do poder autárquico proactiva, onde o presidente do município deve exercer um papel relevante fazendo «diplomacia económica», valorizando e promovendo o seu concelho, as suas potencialidades e as suas gentes, junto dos potenciais investidores. Não é uma experiência, não é uma descoberta de agora, mas uma política que pratiquei envolvendo as autarquias e os agentes económicos e sociais, con-
JOSÈ JUNQUEIRO | À CONVERSA 9
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juntamente com a AICEP e o Dr. Basílio Horta. O Baixo Mondego foi um primeiro passo. Lembro que, a este propósito, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, era parceiro também numa “diplomacia económica internacional e local”. Era feita com a participação do corpo diplomático, projectada em territórios que envolviam várias autarquias e onde éramos potencialmente fortes para atrair investimento. Saber de experiência feito, portanto. E o que pensa para as freguesias, para a sua autonomia e capacidade de realização?
Com as freguesias vamos
contratualizar um programa para quatro anos e o respetivo envelope financeiro. Farei isso agora, enquanto candidato, e se for eleito presidente da câmara será traduzido no Plano de Actividades e Orçamento. Será público, ficará online e todos saberão de tudo. Divulgaremos os critérios e montantes de contratualização e financiamento das freguesias, ficarão online na plataforma electrónica da autarquia. Teremos um Fundo de Apoio às Freguesias, dando-lhes autonomia e gestão própria, sem subserviências políticas e financiamentos casuísticos, permitindolhes desenvolver projec-
tos estratégicos de desenvolvimento das freguesias, sabendo antecipadamente com o que podem contar. Será o fim dos tão conhecidos assédios de personalidade. Estamos a criar condições – a primeira abordagem já foi feita – para colocar excedentes de produção das pessoas nas freguesias mais rurais. Há uma primeira unidade de frio que aceitará colaborar e isso pode significar muito para aqueles que têm pouco. O que é a Solidariedade Activa?
É um programa que engloba o conjunto de políticas sociais. As nossas pro-
postas configuram uma viragem de atitude no desenvolvimento social do concelho de Viseu, pretendem ser, pela sua transversalidade, um instrumento decisivo para tornar o nosso Município mais solidário, mais coeso socialmente. A cidadania activa, a solidariedade, a igualdade de oportunidades, a inovação e a proximidade nas políticas sociais serão as quatro grandes linhas de mobilização estratégica das políticas sociais definidas para o concelho. Deixo como exemplo um dos patamares de actuação: Promover a inclusão social e a qualidade de vida da população sénior: Plano Municipal Sénior, plano
municipal que sistematizará o diagnóstico e o conjunto de políticas a desenvolver no combate à exclusão social, ao isolamento, às ideias feitas, com as seguintes medidas de intervenção: Loja móvel da cidadania - viatura de atendimento móvel facilitadora do acesso das pessoas idosas de meios rurais, com dificuldades de deslocação, à resolução de assuntos administrativoburocráticos vários, bem como de assuntos da autarquia; apoio no transporte aos mais idosos, transporte semanal de pessoas idosas isoladas a consultas médicas e/ou a tratamentos médicos prescritos; serviço de Proximidade a Idosos - Teleassistência e contacto que juntará dispositivos electrónicos de teleassistência, ao desenvolvimento de um sistema regular de visitas domiciliárias a idosos por rede de voluntariado, constituída em articulação com as escolas, instituições do ensino superior e IPSSs; serviço de bricolagem solidária - destinado à melhoria das condições de habitabilidade das pessoas idosas sem possibilidades económicas; programa de capacitação de cuidadoras/ es, através de parcerias com instituições, serão desenvolvidos programas informais de formação para cuidadores de pessoas idosas/ os dependentes e de pessoas com deficiência. Será também disponibilizado no site da Câmara municipal o espaço “cuidar de quem cuida” para divulgação de informação, instruções e partilha de experiências. Programa +Alerta – visa o acompanhamento da população idosa isolada, em parceria com a GNR e IPSSs, que previnam as burlas, roubos e outras situações. Sensibilização e promoção para uma vizinhança responsável e solidária com pessoas isoladas. “Academia” intergeracional das artes e tecnologias onde serão desenvolvidos programas lúdicos e formativos, como representação em teatro sénior, programa de combate à infoexclusão, clubes de leitura intergeracional, entre outros ou o Programa ActivaMente Desporto sem idade. Pro-
gramas que procuram estimular a participação em atividades desportivas por parte da população Sénior, em parceria com Associações desportivas do Concelho. Lista para a autarquia… Que novos nomes tem e quais os nomes do aparelho que vai buscar? Quais os critérios de selecção? Não tem imposições do aparelho?
Neste momento a minha prioridade vai para as candidaturas às juntas de freguesia, porque os nomes serão apresentados em junho. Sem eles não seria possível assegurar um verdadeiro compromisso, nem executar um programa. As listas para a câmara e assembleia municipais terão o seu tempo. Não tenho imposições, como é público, mas tenho critérios que se prendem com a capacidade de assumir compromissos e executar políticas. Não apresentarei “vedetas” para viseense ver, mas mulheres e homens capazes de trabalhar para surpreender. As soluções para os desafios de hoje respeitam à assertividade das ideias e não à fatuidade dos protagonistas. Um governo municipal não é uma “passerelle”. O candidato do PSD, Almeida Henriques, em declarações ao JC afirmou: “Os que hoje andam a apregoar que vão criar emprego, se calhar nunca criaram nenhum e nem sabem bem como é que se cria. São os mesmos que no passado andaram a prometer 150 mil postos de trabalho e acabaram a destruir emprego.” Assenta-lhe esta carapuça?
Há sempre quem goste de se pôr a jeito, mas não fico ofendido e entendo que a crítica política é parte integrante da democracia. A acusação ou a insinuação é que não. O candidato do governo, do PSD, ex-secretário de estado Adjunto da Economia e do Emprego, durante dois anos de tutela, terminou as suas funções depois de ter criado mais de 277 mil novos desempregados (+41%), sendo que o desemprego juvenil subiu 42,1%. E, para informação complementar, saiu depois de ter destruído continua»
10 À CONVERSA | JOSÉ JUNQUEIRO
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lificação da escola Alves Martins, lancei a primeira pedra do Centro Social e Paroquial do Viseu, com um subsídio do Gabinete superior a 400 mil euros, apoiei igualmente a recuperação de património religioso e o movimento associativo, respondi positivamente a solicitações do presidente da AIRV, sempre, quer no relançamento do projeto RUCI para a então CIM Dão Lafões, quer no acompanhamento e apoio de empresários ou actividade empresariais.
mais de 459 mil postos de trabalho. E acaba de nos revelar o INE: “Mais 72 mil pessoas perderam o emprego em abril e o desemprego atingiu o valor recorde de 17,7%.” E disse o candidato na sua entrevista: “nestes dois anos correu-me tudo bem”. Extraordinário! O desemprego jovem em Viseu ronda os 50%. Que tem em mente para sua solução?
Queremos trabalhar para termos um concelho amigo do investimento: Industrialização, reabilitação urbana, diplomacia económica, cedência de “metros quadrados de terreno por postos de trabalho”, reforma fiscal municipal, uma política inovadora de incentivos ao crescimento e à criação de riqueza. Criaremos, como referi, o Centro de Apoio à Atividade Económica (CAAE) onde se localizam, por exemplo as capacidades do Global Find Regional, Global Force Regional, a Via Verde para a Economia, a informação sobre o incentivo fiscal e apoio financeiro nas empresas aos novos postos de trabalho jovens sem ser a termo, o programa Formação Profissional à Medida (articulação com IEFP), aposta estratégica na Investigação e Desenvolvimento (I&D) dando prioridade à criação de um Pólo Tecnológico num dos parques industriais do Município. Não é possível continuar a dizer melifluamente que queremos que “os nossos filhos fiquem cá”, sem perguntarmos “aonde” e a fazer o quê, nem lhe podemos apontar o caminho da emigração. É preciso ter coragem para transformar. Como governante qual o seu maior êxito e o seu maior insucesso?
No país, e no passado, foi o sucesso da candidatura de Portugal à Agência Europeia de Segurança Marítima, oficialmente comunicada ao sucessor de António Guterres, o primeiro-ministro Durão Barroso, pouco tempo depois da sua posse; e, na experiência recente, o protocolo com a ANMP e o lançamento do Livro Banco para a Reforma do Sector Empresarial Local. O insucesso foi ter sido derrotado, conjuntamente
Segundo a sua ótica, qual o ponto mais forte do PSD no concelho e região? E o mais fraco?
com a ANMP, na mudança, segura, para as autarquias da certificação, a sério, do gás e eletricidade. Qual a sua opinião sobre o estado do Ensino Superior em Viseu, como perspectiva o seu desenvolvimento e qual o papel do IPV nesse processo?
A capacitação da realidade que temos é uma prioridade e isso faz-se estimulando os subsistemas de ensino existentes, valorizando os seus profissionais e articulando as capacidades instaladas para, em parceria com o tecido económico e social, produzir investigação, inovação e valor acrescentado, ou seja, mais crescimento e emprego. Concorda com a evolução do IPV para Universidade de Ciências Aplicadas, tal como defende o seu Presidente?
Concordo. Na rede europeia é essa a designação do ensino superior politécnico como, há dias, tive ocasião de explicar numa conferência de imprensa, em defesa deste subsistema e do IPV. Claro que essa ambição do presidente do politécnico foi posta em causa pelo can-
didato do governo, do PSD, quando o seu grupo parlamentar, conjuntamente com o do CDS, apresentou um projecto de resolução para debilitar os politécnicos reduzindo-os a um ensino “curto” de dois anos, uma espécie de escola técnicoprofissional avançada. O candidato e os seus colegas votaram a favor e foi este o contexto que nos obrigou a vir a público tomar posição ao lado do IPV, da AIRV e, na Assembleia da República, votando contra.
passou a ser a última e única esperança de “sucesso” para a sua política de austeridade, mas tudo corre mal. De facto, como há muito escrevi, estas políticas do governo colocam-nos a caminho de um 2º resgate. Ninguém pode pagar o que deve sem ganhar dinheiro para isso.
contratos de associação, como os que foram contratualizados com a Via Sacra, Piaget, Imaculada Conceição ou Universidade Católica. Pelo contrário, a crise no ensino particular privado começou quando o governo a que pertenci diminuiu os financiamentos, tal como é público.
Qual a sua relação empresarial com o Grupo GPS, empresa da área da educação e da formação e qual a polémica que esteve à volta dos subsídios estatais?
É frequente os seus adversários acusarem-no de nada ter feito por Viseu, distrito e concelho. Que comentário lhe merece esta afirmação?
“Era bem melhor que a verdade substituísse a mentira e o país mudasse de caminho e evitasse a verdadeira crise que aí vem.” Esta frase é da sua autoria e está publicada no seu blogue. O que quer dizer exactamente?
Tive, como consultor, até há alguns anos, uma relação que visava essencialmente a internacionalização das suas capacidades. Apesar de não integrar os seus órgãos ou gestão, fiquei grato pela sua intervenção em Viseu por ter evitado a falência da Escola Mariana Seixas. Cerca de 70 professores e alunos já tinham salários em atraso e, na altura, estava também em causa a continuidade da formação de 410 alunos. Muitos jovens professores de Viseu foram ali encontrar o seu primeiro posto de trabalho. Nesse período, o grupo não beneficiou de novos
Os números do 1º trimestre revelam que a recessão foi de 3,9%, pulverizando as melhores estimativas do governo, do BdP e das instituições europeias. Uma tragédia que resulta de um caminho totalmente errado, tal como o PS previu e preveniu, desde o início. Para a Troika e o seu representante em Portugal, Vítor Gaspar, o nosso país
Um sorriso de compreensão política. Todas as pessoas sabem que em Viseu e no distrito não há praticamente investimento nenhum que não tenha sido feito pelos governos do PS e que não tenha contado com a minha iniciativa e apoio dos meus colegas deputados. A24, A25, variantes diversas, requalificação de acessos, unidades de cuidados continuados, unidades de saúde familiar, hospital de Lamego, Centro Oncológico de Viseu, equipamentos sociais, barragens, enfim, um sem número de realizações estruturantes. Recentemente, ainda no governo, inaugurei a requa-
Nos últimos anos 15 anos há uma obra que fica: o então Hospital de S. Teotónio. Como prestação mais fraca fica a rejeição da Faculdade de Arquitetura, lançada pelo então presidente Engrácia Carrilho, e indicação dada pelo governo de Durão Barroso, ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, para não promulgar o diploma aprovado no Conselho de Ministros de António Guterres que criou o Instituto Universitário de Viseu, forma jurídica da Universidade Pública. Quais os projectos mais estruturantes que desejaria ver concluídos em Viseu?
Essa matéria é pacífica. Todos queremos dar prioridade ao relançamento do concurso feito pelo governo do PS (e que foi anulado por problemas com o TC, relacionados com a inclusão da reparação das pontes existentes atingidas pelo cancro do betão, e com a questão que o PSD levantou com a rede de auto-estradas do Centro) e respeita à ligação Viseu-Coimbra, bem como um corredor ferroviário que sirva Viseu numa plataforma que inclua a linha da Beira Alta e a ligação Aveiro-Vilar Formoso. A ligação de Aveiro à linha do norte já está a funcionar e o estudo do corredor Aveiro, Viseu e Celorico foi lançado. Vi, agora, com preocupação, que o governo, o ministério da Economia, deu prioridade à ligação PortoVigo. Neste início de ano já questionei, com os deputados do PS, o governo sobre estas matérias, mais ainda não obtive resposta.
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região
“APRE” - Nós não somos descartavais, é o “grito” de alerta da Associação de Pensionistas e Reformados (APRE) que chega agora a Viseu. A apresentação, que decorreu na Associação Comercial de Viseu, na passada quinta-feira, 16, visou dar a conhecer aos viseenses os principais objetivos desta recém criada associação. Rosário Gama é a mentora do projeto, que “nasceu” em Coimbra a 22 de outubro de 2012, e como a própria explicou “surge após o anúncio dos cortes nas pensões, uma questão que começou a ser falada ainda nas previsões para o Orçamento de Estado para 2013 e a falta de uma estrutura que representasse os reformados, aposentados e pensionistas levou à criação da APRE”. O movimento cívico funciona ainda como um “grupo de pressão” que defenda os interesses de Publicidade
todos os reformados e pensionistas do país, já que para os organizadores “não há nenhum movimento suprapartidário e à margem de sindicatos que defenda os pensionistas”. Apesar de ainda jovem, a associação já se fez ouvir em inúmeras instâncias, entidades e responsáveis governamentais e admitem continuar a lutar através de manifestações (como aconteceu a 2 de março e 25 de abril), ações junto da comunicação social, pressões ao poder político e também através do gabinete de relações internacionais em Lisboa, que se organiza com outras associações de vários pontos do país. A ideia é agora juntar o maior número de associados possível para “falar mais alto”, em nome dos direitos dos pensionistas, reformados e aposentados, abrangendo todas as áreas profissionais. MC
Eleições do CCDV anuladas devido a acusações de ilegalidades Impasse ∑ Autores do plano de dinamização do Auditório Mirita Casimiro apresentaram lista rejeitada pela assembleia geral Após a maioria das associações presentes na assembleia geral do Centro Cultural Distrital de Viseu (CCDV) ter percebido que o processo de convocação das eleições continha várias ilegalidades, o ato eleitoral para a escolha de uma nova direção acabou por ser anulado e a assembleia adiada. Há anos que a assembleia geral do CCDV não era tão participada. O presidente da direção, Luís Filipe revelou mesmo que em anteriores não houve mais de três /quatro participantes, mas no sábado de manhã a sala de receção do Auditório Mirita Casimiro (propriedade do CCDV) encheu-se de sócios, o encontro prolongou-se e os ânimos chegaram a estar exaltados com os associados a trocarem acusações de “ilegalidades”, “atitudes de censura” e outras críticas. A razão de tanta movimentação à volta de uma sala que já foi um local de referência cultural em Viseu, mas que nos últimos anos tem estado praticamente fechada prende-se com um projeto de revitalização do auditório, apresentado por um grupo de 11 associações. Esse grupo de 11 associações pretendia dispu-
Arquivo
Micaela Costa
Associação de Pensionistas e Reformados chega a Viseu
A Sala de referência na cidade de Viseu sem atividade há vários anos tar a eleição dos novos órgãos sociais do CCDV e para tal apresentou uma lista a sufrágio, mas foi admitida só uma lista composta pela atual direção (apenas mudavam dois elementos). O grupo das 11 associações contestou a exclusão da sua lista e a forma como foi convocada a assembleia geral. O presidente da mesa da assembleia geral explicou que a lista foi rejeitada porque não cumpria os estatutos. Teria de ser subscrita pela direção ou por um terço dos associados, o que não se verificou. A lista das 11 associações foi enviada por carta registada dentro do prazo limite de entrega das listas, 3 de maio, para a sede do CCDV (Auditório Mirita Casimiro) mas devolvida pelos Correios por não
ter sido levantada. Pera nte o impasse, Miguel Torres, representante do Grupo de Teatro Os Cestos de Nandufe (Tondela) propôs a anulação do ato eleitoral e a convocação da uma nova reunião em que a assembleia geral do CCDV se comprometesse a subscrever qualquer lista que quisesse concorrer aos órgãos sociais. “A ACERT (Tondela) não recebeu a lista, outras associações não a receberam. Aceitam que se faça uma eleição nestas condições?”, questionou José Rui da ACERT. Cristóvão Cunha. Do NACO – Núcleo Juvenil de Animação Cultural de Oliveirinha, defendeu que “os associados não podem votar ilegalidades”. Entre avanços e recuos, muito por culpa dos
estatutos do CCDV que se mostraram ultrapassados face às necessidades legais do organismo, a proposta acabou por ser aprovada com 23 votos a favor, oito contra e duas abstenções. No final da reunião que durou cerca de quatro horas, o presidente do CCDV comprometeu-se acatar a deliberação e espera ter “um ato eleitoral discutido com mais listas”. “ Uma coisa sei, se vierem ao ato eleitoral pelo menos as mesmas associações que aqui estiveram é uma grande vitória para todo o tecido associativo”, acrescentou. As associações deram sinal que estão vivas e afinal isto não estava tão apagado como se andava a dizer”, concluiu. Emília Amaral
Jornal do Centro
REGIÃO 13
23| maio | 2013
Banco Alimentar inicia recolha de alimentos online
Opinião
A nova UE agrícola Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Os recentes estudos divulgados pela FAO apontam para a manutenção em alta do preço a pagar pelos alimentos. No caso dos lacticínios, esta conjectura resulta da queda da produção registada na Nova-Zelândia, o maior exportador mundial. Nos cereais, que são a base da alimentação mundial, perspectiva-se um aumento da produção em 4.3% para 2013, num valor de 690 milhões de toneladas. Esta alteração advém do aumento da área de produção na Rússia, uma das maiores potências nesta área. Na UE, agora a 27, nos cereais o acréscimo estimado para 2013 será de 5.6% num volume de 287.6 milhões de toneladas. No caso concreto da cultura do trigo, a manutenção do seu preço no mercado desde Junho de 2012 permitiu incentivar a aposta na cultura, que se traduziu num aumento da área para os 56.9 milhões de hectares, com rendimentos de 5.1 toneladas/ hectare. Por estes dias, ultimamse as discussões em torno da futura PAC (política agrícola comum), tendo em vista a aprovação do novo pacote. As actuais divergências centram-se, entre outros aspectos, na futura designação a dar aos “agricultores activos”, aos montantes máximos de ajudas directas ligadas à produção e às explorações agrícolas que adoptem medidas amigas do ambiente. Encontram-se ainda em discussão os novos montantes das ajudas a conceder para a instalação de jovens agricultores, a par do possível regime fiscal a adoptar para os pequenos produtores. Nestes últimos pontos, a discussão recai, por um lado, na adopção de uma estratégia comum a nível europeu de pendor obrigatório, ou por outro lado, da sua aplicação por cada
estado membro. Uma das possíveis conclusões a retirar de todas estas novas movimentações é simples: procura-se uma distribuição mais equitativa e sensata de um bem que escasseia em toda a UE- dinheiro. As recentes alterações do sistema fiscal que nos últimos dias vieram alarmar um elevado número de agricultores irão sofrer novos ajustamentos. Numa incessante busca pela melhoria dos sistemas produtivos, a joint-venture Unilever-Jerónimo Martins irá investir até 2015, 22 milhões de euros na construção de uma nova unidade fabril para a produção de alimentos com as marcas Vaqueiro, Planta, Becel, Flora, Olá e Knorr. Algo pouco vulgar por estes dias e que importa referenciar. A ser assim, parece notório que ainda compensa investir em Portugal. Na última jornada da segunda liga de futebol e da liga Zon Sagres foi levado a cabo a campanha “Alimenta esta ideia”, com o propósito de sensibilizar a sociedade para a carência de alimentos em Portugal e angariar donativos para esse fim. Se esta é uma realidade que assume uma dimensão cada vez mais preocupante, a obesidade que atinge 40% da população, só pode adensar o problema. No recente estudo solicitado pelo Governo à OCDE, sugere-se a eliminação do benefício fiscal no gasóleo destinado à agricultura e pesca (1 euro/litro). Em simultâneo, recomenda-se o fim da tributação dos impostos sobre estes produtos, por forma a estimular a competitividade económica. Quem decide facilmente conclui: “vai-te embora ganho que me dás perca”. Dinheiro e alimentos são algo que em alguns lados parecem abundar mas outros escasseiam com toda a certeza.
A rra ncou mais uma campanha online de recolha de alimentos no portal de doações do Banco alimentar (www.alimentestaideia.net), inaugurado em maio de 2011. A campanha online está disponível até 9 de junho e decorre em simultâneo com a recolha de donativos alimentares em géneros, no canal tradicioPublicidade
nal (supermercados), que se realiza no fim-de-semana de 1 e 2 de junho. O portal apresenta uma grande novidade nesta campanha de recolha online: a disponibilidade em três idiomas estrangeiros (inglês, francês e espanhol) para além do português. O portal apresenta um contador de doação por
alimento em tempo real, dando assim a possibilidade aos internautas de acompanharem a evolução das doações e oferece duas modalidades de pagamento: por ATM ou homebanking mediante receção por email da referência da transação e a entidade doadora, e ainda a opção de pagamento por sistema Visa.
O canal continua a ser suportado pelos dois parceiros, a SIBS e a Unicre, que asseguram todo o processo (“gateways”) de pagamento das doações, para além do apoio da Liga Portuguesa de Futebol, que no passado fim de semana mobilizou todos os clubes, jogadores e árbitros dos jogos da última jornada da I e II Liga.
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Encerramento do Instituto Superior de Teologia preocupa D. Ilídio Leandro O Seminário Maior de Viseu, edifício que sofreu obras de conservação e remodelação profundas no valor de 7,5 milhões de euros nos anos de 2004 e 2005 que o requalificaram como sede do Instituto Superior de Teologia, perderá no final deste ano a sua componente formativa. Segundo o Bispo de Viseu D. Ilídio Leandro, nas suas declarações a propósito do tradicional encontro anual com os jornalistas enquadrado nas celebrações do 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, esta decisão “leva-nos, neste momento, a lamentar que o centro interior fique sem um instituto de formação teológica e sem um instituto de formação sacerdotal”, Publicidade
ideia que, reiterou, sempre defendeu. Constituído pelas dioceses de Viseu, Lamego, Bragança e Guarda, o Instituto Superior de Teologia que acolhe, ainda, cerca de 25 formandos, cinco dos quais da cidade, chega assim ao fim sobretudo devido, como explica D. Ilídio Leandro, à diminuição do número de alunos e às orientações recebidas da Congregação da Educação Católica, em Roma. Esta decisão tomada pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica implicará, “agora que não é possível manter Viseu”, a recolocação dos atuais formandos nos restantes três grandes centros: Lisboa, Porto ou Braga.
Pedro Morgado
Cidade ∑ Escola Superior que durante anos preparou os candidatos para o sacerdócio fecha portas no final do ano letivo
A D. Ilídio Leandro reúne com os jornalistas Uma situação que, assegurou, está a ser acompanhada de perto pelos bispos das quatro dioceses para que sejam garantidas todas as condições para a continuidade da formação teológica destes alunos ao mesmo tempo que, avançou, existe a possibilidade de no futuro vir a ser criado um seminário interdiocesano único que possa colmatar a
lacuna agora criada. Apesar desta realidade, a que D. Ilídio Leandro diz assistir com “tristeza”, importa também “que o Seminário Maior não fique vazio” pelo que, afirmou, tem feito todos os esforços para a manutenção e para o reforço das atividades realizadas no Instituto de Ciências Religiosas “mantendo viva a formação de leigos”.
Não esquecendo as pessoas, o prelado manifestou ainda a sua inquietação com o evoluir da situação em que, afirmou “o respeito pela vida da pessoa humana está muito relativizado”, em que existe “uma economia que vira as costas às pessoas” e, sobretudo a sua enorme preocupação ao classificar o evoluir da situação como “uma prancha inclinada que não se sabe onde e como deixa os mais pobres”. Da sua mensagem fica a ideia que marcará o futuro da sua diocese: a promessa de uma aposta maior na comunicação enquanto veículo de evangelização à qual “a igreja não pode pecar por falta de comparência” . Pedro Morgado
Mortágua discute a sua floresta A Câmara Municipal de Mortágua vai debater este sábado, dia 25 de Maio, os desafios e as oportunidades oferecidas pelas suas florestas plantadas enquanto património, recursos e serviços no fórum florestal Mortágua 2013. Nesta iniciativa que irá decorrer no Centro de Animação Cultural de Mortágua das 9h30 às 13h30, aberta a todos os interessados mediante inscrição prévia, fará parte da agenda a análise das necessidades e das tendências do mercado da pasta e papel, os movimentos do mercado da biomassa e da energia, a certificação florestal regional – opções e soluções para o pequeno proprietário florestal e a temática da certificação florestal individual ou de grupo. João Lé, administrador da Área Florestal do Grupo Portucel Soporcel, Miguel Silveira, Gestor de Abastecimento do Grupo Altri, Paula
Salazar, da PEFC Portugal e Vera Santos da FSC são os oradores responsáveis pelas alocuções constantes nos dois distintos painéis. Considerada por muitos o “ouro verde” dos mortaguenses, a floresta deve ser entendida como a maior riqueza do concelho, ao ocupar 85% do seu território, ao mesmo tempo que é uma das maiores manchas florestais do país. Dada a importância que este recurso tem para as “gentes” do concel ho o i n ício do fó rum será marcado por uma alocução feita pelo Dr. A fonso Sequeira Abrantes, presidente da Câmara Municipal de Mortágua. Para mais informações deve ser consultado o site www.cm-mortagua. pt ou contactado o Gabinete Florestal do município através do telefone 231 927 460, endereço de correio eletrónico gtf@ cm-mortagua.pt. PM
ARMAS
Viseu. A GNR deteve um homem, em Viseu, que tinha na sua posse uma arma de fogo transformada, em forma de caneta, que provocou ferimentos num jovem. Segundo a GNR, a detenção do homem de 50 anos foi feita no sábado, em Moure de Madalena, por militares do posto de Viseu.
AGRESSÕES
Viseu. Uma jovem de 19 anos foi detida, na sextafeira, na cidade de Viseu, por ter agredido e ameaçado agentes de autoridade e administrativos. “A detenção surgiu na sequência de um pedido de apoio por parte de elementos da Polícia Municipal que tentavam pôr termo a uma situação de desordem”, explica a PSP, em comunicado. No local, a mulher “agrediu os elementos da Polícia Municipal e ameaçou todos os intervenientes”. Já nas instalações policiais, “agrediu, ameaçou e injuriou os elementos policiais”, acrescenta a nota.
FURTO
Lamego. A PSP recuperou e apreendeu na sexta-feira vário material furtado de dentro de uma casa da cidade de Lamego. Entre os bens furtados estavam 80 peças em ouro (fios, pulseiras, anéis e medalhas), cujo valor “ascende a 1.600 euros”, segundo a PSP. Dois computadores portáteis, consolas de jogos, um leitor de DVD portátil, três relógios, um telemóvel, um canivete, duas cópias de chaves da casa assaltada e cem euros foram outros artigos apreendidos. Durante as investigações, foram constituídos arguidos dois homens e duas mulheres, com 18 e 19 anos.
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educação&formação O Centro de Formação EduFor realiza em parceria com o Instituto Ilírio para o Desenvolvimento Humano – Programa LED on Values, uma ação de sensibilização intitulada “Educação para valores e literacia Social”, este sábado, dia 25, das 9h30 às 17h00 na Biblioteca Municipal de Mangualde. São destinatários desta iniciativa todos os pais e encarregados de educação
dos alunos do 1º, 2º e 3º Ciclos e Secundário das escolas dos concelhos de Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva. Despertar e envolver a família no seu papel ativo na educação para os valores e para a cidadania, ajudando as crianças e os jovens na definição e na construção de um caminho de vida seguro e confiante são os ob-
jetivos centrais, defende a organização. A inscrição é gratuita e pode ser efetuada exclusivamente online em www.edufor.pt até ao final do dia 24 de maio, sexta-feira e serão aceites por ordem de entrada até ao número máximo de 20 formandos. Para mais informações ou para inscrições deve ser consultado o site www.edufor.pt. PM
Projeto autárquico leva fruta biológica às escolas No âmbito do projeto, “Regime de Fruta Escolar”, a Câmara de Oliveira de Frades está a distribuir fruta biológica aos alunos das Escolas do 1.º Ciclo do Concelho.
Este projeto, no qual participam 414 crianças, tem como objetivo revelar aos mais novos os benefícios do consumo de fruta para o seu crescimento saudável. Recorrendo a jogos didá-
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ticos e a atividades lúdicas, as crianças são convidadas a degustar e a apreciar o sabor da fruta.
DR
EduFor promove ação “Educação para valores e literacia Social”
A Resultados apresentados na segunda-feira pela coordenadora Manuela Ferreira
IPV teve impacto de 69 milhões em 2012 Estudo∑ Conclusões revelam “elevado impacto financeiro” na região Um estudo realizado pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento em Educação, Tecnologias e Saúde do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) revela que o impacto financeiro que o IPV teve em 2012 na sua região de influência foi de cerca de 69,5 milhões de euros, o equivalente a 4,46% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado da região no ano passado. A investigação teve como objetivo estimar o aumento do nível de atividade económica da região causada pela presença do IPV, demonstrar o seu contributo na economia local e analisar de que forma os ganhos e gastos dos do-
centes, funcionários e estudantes do IPV se refletem na região. “Por cada euro gasto pelo Estado no financiamento do IPV gerouse um nível de atividade económica de 4,46 euros na região”, acrescenta o estudo apresentado na segunda-feira pela coordenadora científ ica do mesmo, Manuela Ferreira, numa cerimónia que juntou dirigentes de várias organizações, autarcas e deputados. No decorrer da apresentação foi ainda revelado que o IPV é “responsável pela criação de 3.271 empregos, o correspondente a 5,59% da população ativa nos locais em análise”.
PREÇOS REDUZIDOS A 5 MINUTOS DE VISEU A25—SAÍDA 20
Micaela Costa
foto legenda Os estagiários do curso de Educação Básica da Escola Superior de Educação de Viseu, desenvolveram na passada quinta-feira, o projeto final de curso no Jardim de Infância de Paradinha. Uma iniciativa que proporcionou às crianças um dia diferente recheado de muita alegria. De entre as várias atividades foram abordados temas do quotidiano como música, culinária, feira semanal e prevenção rodoviária.
Para a coordenadora científica “os resultados apresentados atestam inequivocamente o impacto financeiro do Instituto Politécnico de Viseu na região”. O presidente do IPV, Fernando Sebastião, reafirmou o “impacto e a importância que o Instituto Politécnico de Viseu tem para a economia da região, quer no impacto financeiro que gera, quer na qualificação de milhares de quadros superiores”. Por outro lado, acrescentou, “a investigação realizada pelo Instituto é de fundamental importância para o desenvolvimento da região de Viseu”. Emília Amaral
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 584 DE 23 DE MAIO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
suplemento
Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
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Jornal do Centro
18 SUPLEMENTO
23 | maio | 2013
EMPREGO&FORMAÇÃO’13
Apostar na formação e mudar de emprego pode fazer a diferença
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A crescente evolução do mercado, as diferentes necessidades de diversificação de conhecimentos e a crise que se instalou por toda a parte, requerem que o cidadão procure, cada vez mais, enriquecer e sobretudo complementar a sua formação. O desemprego assume-se como um inimigo de várias famílias portugueses, anos e anos de trabalho deixam de ser motivo para não temer ficar sem emprego e a mudança é a palavra de ordem numa altura em que nada se toma como certo. Publicidade
As empresas de formação, as escolas, começam a sentir estas dificuldades por parte de quem procura, cada vez mais, adquirir novos conhecimentos ou aperfeiçoar os “velhos” conhecimentos. Os novos desafios impostos por uma conjuntura nada favorável levam a que as instituições ligadas à formação se adaptem no que diz respeito aos cursos disponibilizados e áreas de atuação no mercado. O mesmo acontece na escolha do emprego, hoje em dia privilegia-se a empregabilidade em detrimento de gostos e sonhos de uma
vida. Deixa-se de lado o que nos apaixona e tomam-se novos rumos e agarram-se “antigas” profissões. A agricultura, a produção agrária, a costura, entre tantas outras profissões que noutros tempos eram a primeira escolha, ganham novo alento e começam a ganhar espaço na hora da escolha e, por força do desemprego, assumem-se como opções cada vez mais viáveis. No suplemento desta semana passamos em revista várias opções no que diz respeito à formação e ao emprego. Fique atento e mãos à obra, o “segredo” é não desistir!
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SUPLEMENTO 19 EMPREGO&FORMAÇÃO’13
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Formação
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Com o panorama económico que se tem vindo a sentir, tor na-se f u nda mental que possa mos incentiva r à for mação. A desmoti vação ju nto dos jove ns qu e p ro curam incessantemente um futuro melhor e perspetivas de uma vida, quer profissional quer p essoal, estável, tem v indo a crescer e, infelizmente, muitos vêm o abandono escolar como a ati tu de m a is p rátic a e qu e m a is f r u tos (e c o n ómicos) lhes pode tra zer. O m e s m o a c o n te c e a to d o s a q u e l e s q u e s e vê m, a p ó s a n o s d e t r a b a l h o, n o d e s e m p re g o. A d e s m ot i v a ç ã o e a fa l t a d e c r e n ç a l e v a m u itos a desistirem de procurar e muitas vezes não tomam a for mação como uma perspetiva de melhor ia a vida prof issional e pessoal. É preciso que se tome consciência de que, cada vez mais, investir na formação, muitas vezes bastante diferente da atividade desempenhada até então, é fundamental.
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A comp etiti v idade do mercado de trabalho e a sua satu ração excla ma m por uma retif icação nas á reas de for mação e cada vez mais se torn a i m p re s c i n d í ve l q u e o i n d i v i d u o a c o m p a n h e todas estas alterações. Ficar parado não é, nem pode ser, uma opção. É p re ciso ap roveita r fo r maçõ es f ina nciadas ou a té m e s m o a s q u e n ã o o s ã o. P ro c u r a r o u t r a s prof issões, ou tros mercados de trabalho pode ser a solu ção. As instituições que se dedicam ao ensino e fo r m ação tê m acompa n h ado estas mu da nças, reti f ic ado as á reas de inte r ve nç ão e tê m v in do a diver sif ica r-se no que ao leque de for mações diz respeito. Desde as escolas p rof issionais, às emp resas de dicadas à for mação, ex iste hoje u m sem f im de opções que podem ser adequadas ao per fil de c ada u m e ás ex p e ctati vas de mu da nç a ou melhor ia for mativa. É importante que consiga incutir um novo espírito!
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EMPREGO&FORMAÇÃO’13
Na hora de procurar emprego marque a diferença Com um mercado competitivo e saturado é preciso marcar a diferença na hora de se candidatar a um emprego. O cur r ículo e a car ta de apresentação (ver página 26) são fundamentais na hora d a e s c o l h a d o c a n d i d a to, p o r isso seja diferente, destaque-se de entre milhares de candidaturas. Ser igual não é boa opção. A p r e s e n te a s i n fo r m a ç õ e s d e maneira fluida.
• Layout: Prefira um layout clean e não ultrapasse duas páginas. • Cabeçalho: Não é necessário colocar “Currículo”, é uma inform a ç ã o ó bv i a. D e s t a q u e o s e u nome na primeira linha e nas linhas abaixo as informações de contacto (idade, endereço, te-
lefone e e-mail). Redes sociais como Facebook e LinkedIn também são bem vidas. • Conhecimentos: Destaque aqui o s c o n h e c i m e n to s r e l e v a n te s para o cargo em questão. Aqui pode ressaltar, também, os idiomas e o nível de domínio (ler, escrever, falar). • Formação académica: D e st aque a sua licenciatura, mestrado, curso profissional e especializações (se houver). • Experiência Profissional: Aqui é onde a empresa concentra a maior par te da avaliação. As empresas devem vir em ordem cronológica decrescente (da mais atual para a mais antiga). - Cargo - Resumo rápido das atr ibuições
- Resultados alcançados (este tópico fa z toda a diferença): Lide ro u u m a e q uipa? Pa r ticip ou no lançamento de um produto? L a n ç o u u m a c a m p a n h a? Q u e resultados foram alcançados com essa ação? Chame a atenção do selecionador através da sua experiência prática. • Cursos: Destaque os cursos que são relevantes á área para a qual a vaga foi aber ta. Basta nome, carga horária, mês/ano e instituição. • Referências: Não é um tópico obrigatório, mas caso opte por adicionar faça-o no final. Semp re c o m n o m e, e m p re s a, c a rg o e c o nt a cto s. C o n c e nt re-s e nas referências profissionais. Um ex-chefe, empresário ou gestor são bem-vindos.
Escola Profissional Mariana Seixas aposta na qualidade da formação A Escola Profissional Mariana Seixas, fundada em 1999, presta um serviço público de educação e tem como missão formar profissionais de qualidade, competentes, empreendedores, responsáveis e criativos. O reconhecimento público das diversas instituições e empresas do Distrito de Viseu, os recursos físicos e matariais, bem como os prémios nacionais e internacionais conquistados são a prova da qualidade de ensino da EPMS e o seu valor acrescentado. A Escola Profissional Mariana Seixas oferece formação para jovens e adultos nas mais variadas áreas tais como: electricidade; informática; audiovisuais; comunicação e marketing; multimédia; energias renováveis; restauração; gestão; saúde; enologia; despor to; higiene e segurança no trabalho Publicidade
e comércio. A Escola Profissional Mariana Seixas – Viseu dispõe de instalações adaptadas mas com a qualidade necessár ia ao processo ensino-aprendizagem, qualidade essa que se estende às áreas tecnológicas, o que nos permite assegurar a qualidade da formação ministrada e a consequente qualidade do desempenho dos
nossos diplomados. O sentido de responsabilidade, o trabalho, a competência e a qualidade são valores dos quais nos orgulhamos de incutir nos nossos alunos, pois julgamos fundamental não só o Saber Fazer, mas também o Saber Ser. Escola Profissional Mariana Seixas- Sempre a formar Profissionais de Qualidade!
Escola Profissional de Vouzela aposta na empregabilidade a 100%
A formar alunos desde 1991, a Escola Prof i s s i o n a l d e Vo u z e l a apresenta uma empregabilidade de 100% nos cursos de Restaur a ç ã o, n a s v e r te n te s C oz i n h a / Pa s te l a r i a e Restaura nte/Ba r e na Manutenção Industrial / Mecatrónica e Eletromecânica. A carência de mãode-obra especializada n o r a m o d a h ote l a r i a na região e a elevada p e rc e nt a g e m d e a l unos que abandonavam precocemente a escola sem preparação para o mercado de trabalho foram as ra zões que levaram à criação do estabelecimento de ensino, que tem privilegiado o aprender fazendo. Responder às necessidade de formaç ã o e d e va l o r i z a ç ã o de todos aqueles que
procuram ingressar m a is c e d o n o m u n d o do trabalho com uma qualificação profissional tem sido outra das grandes apostas. Atualmente, a Escola Profissional de Vouzela tem cursos de nível II (CEF´s), cursos profiss i o n a i s (ní ve l I V ), fo rm a ç õ e s m o d u l a re s e cursos de nível V. C o m of i c i n a s e q u ipadas com maquinaria de topo, professores qualificados e uma imagem muito boa junto do tecido empresar i a l, a E s c o l a P r o f i s sional de Vouzela congratula-se por ser uma r e fe r ê n c i a n o e n s i n o profissional. A e s c o l a d á s u b s ídio de aloja m e nto ou transporte, subsídio de alimentação, bolsas de estudo e isenção de propinas.
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EMPREGO&FORMAÇÃO’13
Escola Profissional de Torredeita aposta nas novas profissões Atenta à constante mudança do mercado de trabalho a Escola Profissional de Torredeita (EPT) tem apostado na diversificação dos cursos que disponibiliza. A EPT é uma escola profissional que oferecendo aos seus alunos cursos profissionais de nível IV e nível V da U.E., funciona em regime diurno para os cursos de nível IV e em regime noturno para o nível V. Para o novo ano letivo a aposta recai nos cursos emergentes nas áreas de produção agrícola e recursos florestais. O curso de Recursos florestais e ambientais d e d i c a-s e à fo r m a ç ã o d e p ro f issi ona is qualificados aptos a i n te r v i r n a c o n s t r u ç ã o e g e s t ã o d e u m a e m p re s a f l o re s t a l, no respeito pelas regras de seg u r a n ç a e s a ú d e n o t r a b a l h o. O d e P ro d u ç ã o A g r á r i a i n c i d e na formação de técnicos qualificados para constituir uma empresa agropecuária, coordenar, organizar e executar as atividades de uma exploração agrícola, assegurando a quantidade e qualidade da produção, a saúde e segurança no trabalho, a preser vação do meio ambiente e a s e g u r a n ç a a l i m e nt a r d o s c o nsumidores. Também a Restauração e o Tur ismo são uma aposta da EPT, como curso prioritário dada a vaPublicidade
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Dicas para uma boa entrevista
lorização deste setor, cada vez mais em expansão, e como motor de empregabilidade. A par destas novidades continua a apostar nos cursos habituais e com bastante escolha por par te dos alunos, nomeadamente: Animador Sociocultural e Serviços Jurídicos (não existe em mais nenhuma instituição de ensino no concelho). Eletrotecnia e Construção Civil assumem-se como outras das ofertas formativas com destaque na EPT, embora não haja muita procura no mercado interno, os
países emergentes como Angola e Moçambique têm requerido, cada vez mais, técnicos especializados, bem como a constante internacionalização de empresas portugueses no mercado estrangeiro. To d o s o s c u r s o s t ê m u m a c o m p o n e n te p r á t i c a q u e v i s a potenciar a relação dos alunos com as empresas das diferentes áreas, por forma a enriquecer o plano curricular e sobretudo melhorar e valorizar a experiência profissional em ambiente de trabalho.
1 - Hoje em dia quase todas as empresas têm sites na internet. Recolha informação sobre a empresa antes de ir a uma entrevista. Mas, atenção, não mostre que sabe demais sobre a empresa. Use essa informação para fazer algumas perguntas. 2 - Anote todas as perguntas que pensa que um entrevistador lhe pode fazer. Prepare algumas respostas e escreva-as por baixo das perguntas. Escrever as perguntas e as respostas ajudá-lo-á a recorda-las. Pratique com alguém as respostas. 3 - Pense nos temas onde não está totalmente à vontade. Deve estar preparado para que lhe façam referência a uma área na qual a sua experiência/ conhecimento tem algumas falhas. Se não lhe for perguntado, encontre uma maneira de incluir isso na entrevista. Os entrevistadores esperam ouvilo falar nos seus pontos fortes, mas não esperam ouvi-lo falar dos seus pontos fracos ou “necessidades”. Apreciarão a sua sinceridade, e irá impressioná-los. Entretanto, assegure-se de que as falhas podem ser facilmente remediadas. 4 - Leia o seu C.V. e planeie como explicar um “lapso de tempo”. Por exemplo, se tiver muitos meses de paragem entre o final de um trabalho e o começo de outro, certifique-se de que tem uma boa explicação para o que fez durante o período intermédio entre os dois empregos 5 - Certifique-se de que o seu passado académico e/ou de trabalho, são discutidos. Assim, prepare-se para falar sobre realizações específicas ou uma melhor descrição do trabalho. Explique o que sentiu em relação ao sucesso ou ao fracasso. Os sentimentos são importantes. 6 - Perguntas. Evite perguntas que empurrem o entrevistador para um compromisso - a menos que esteja a ser entrevistado para um trabalho na área de vendas. Algumas boas perguntas são: - Pode falar-me um pouco sobre as pessoas que trabalham nesta equipa? - Com que frequência as pessoas progridem na organização? - Quando é que se pode esperar uma decisão sobre este processo de seleção? 7 - Use os verbos na terceira pessoa, evite o “eu”, ao falar sobre o trabalho. Evite falar como se o trabalho já fosse seu. Não pergunte: “Qual vai ser o meu salário? “ Pergunte antes: “Qual é aproximadamente o salário mensal para este cargo? “. 8 - Encontre algo positivo sobre a empresa enquanto pesquisa as informações que recolheu no site da empresa, algo que sinta que o entrevistador saberá responder e dê-lhe a oportunidade de falar (orgulhosamente) sobre isso. 9 - Se o seu C.V. não tiver já uma fotografia assegure-se de que leva uma foto e mais um C.V. para a entrevista. 10 - Se não conhecer exatamente o local da entrevista tente sair uma hora mais cedo para chegar a tempo. Independentemente de uma boa desculpa, um atraso dá logo uma impressão negativa. Se puder leve um telemóvel. Se ficar preso no trânsito, pode pelo menos avisar o entrevistador.
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SUPLEMENTO 23 EMPREGO&FORMAÇÃO’13
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Formação a distância
Fun Languages com vários cursos de línguas
Ao longo do tempo, tem-se vindo a verificar um desenvolvimento progressivo ao nível das novas tecnologias, o que potencializou a criação de fo r mas de aprendizagem mais atrativas, e que consequentemente se tornaram mais motivadoras. Neste sentido, o ensino a distância, enquanto aprendizagem realizada mediante separação tempo-
Presente em Viseu desde 1999, a Fun Languages Viseu tem formação em Inglês, Espanhol, Alemão e Francês e conta com mais de 600 alunos, entre crianças, jovens e adultos. É um centro autorizado de preparação dos exames da Universidade de Cambridge, a mais reconhecida qualificação de língua inglesa do mundo, e prepara os seus formandos para realivel de exame. zar qualquer nível Prepara ainda alunos para os examess DELE do Instituto Cerr vantes e para os exames de acesso aàs Universalidaa; des de Espanha; para os examess D E L F, D A L F e o TCF no domínio eda língua francexasa; e para os exames do GoetheInstitut, na líng u a alemã.
ral e/ou espacial entre for mador e formando, surge como, uma forma de aprendizagem que vem colmatar as necessidades educativas e for mativas de um elevado número de pessoas. É um sistema de ens i n o q u e, c o m p a rati va m e nte c o m o ensino presencial apresenta um c o n j u nto d e va nt a g e n s s i g n i f i c ativas:
A A sua qualidade é connsistente; A Permite que as pessoas as possam frequentar ações de ua formação inexistentes na sua área de residência; A Não existe necessidade de de deslocação, os indivíduos uos participam numa circunstância ncia de aprendizagem em tempo po e espaço definidos por eles,, permitindo que estudem no lugar gar que ue u e considerarem mais conveniente: iente: e:: A Viabiliza a reciclagem da for-
A Fun Languages também oferece um leque variado de cursos de línguas para adultos e para fins específicos, tais como enfermagem, engenharias, direito, turismo, economia e outros. Como entidade cer tificada pela DGERT desde 2001, e devido à elevada qualidade do ensino proporcionado, a Fun Languages celebrou diversos protocolos com instituições e é procurada por diversa diversas empresas para dar formaç formação aos seus colaborad laboradores. Em Viseu a Fun Langua guages está situada na Rua Engenheiro Li Lino M Rodrigues, P Praça de Goa, lote 1 19. Mais informaç ções pelo nº 232 4 426 978, e m a i l: kkidsclub@funlanguagesviseu.net o u a t r a v é s d o s i te www.fu www.funlanguagesviseu.pt
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ntro do o mação de trabalhadores dentro próprio emprego; A Permite a gestão da atividade familiar com os es- tudos;
FORMAÇÃO LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
A Estudam consoante a disponibilidade de tempo e não necessitam de despender tempo em deslocações; A São o centro da ação formativa;
A Evoluem de acordo com a sua velocidade dentro dos prazos mínimos e máximos definidos nos projetos educacionais; A Existe uma comunicação bidirecional e recorre a uma diversidade de recursos multimédia, que permite uma aprendizagem independente flexível, dinâmica e inovadora. A O ensino a distância é uma forma de ensino mais aberta, que envolve a partilha de experiências e interação
EMPRESAS
A A matéria está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, conferindo a mesma quando e quantas vezes desejarem;
ADULTOS
A Adquirem conhecimentos ao seu próprio ritmo, através da revisão da matéria;
CRIANÇAS E JOVENS
A Tornando-se ativos e autónomos;
A Ausente de rigidez, possibilita uma maior flexibilidade de aprendizagem, existindo uma formação individualizada e personalizada. A A avaliação dos resultados é automática; A A atualização da informação é rápida e fácil, havendo uma redução no tempo de produção de alterações.
prepare-se MELHOR para o futuro Rua Eng. Lino Moreira Rodrigues, 19
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Fun Languages Viseu
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Jornal do Centro 23 | maio | 2013
EMPREGO&FORMAÇÃO’13
Emprego O regresso aos trabalhos de outros tempos A (r e) e n t r a d a n o m e r c a d o de trabalho tem sido assu nto na ordem do dia. A p reocupação daqueles que se preparam para começar uma profissão e daqueles que a tinham, mas foram “empur rados” para o des e m p r e g o, l e v a o m e r c a d o a tenta r encontra r respostas. A formação é uma dessas respostas, mas, por outro l a d o, a p ro c u r a d e p rof i s s õ e s q u e ofe re ç a m a l g u m as g a ra ntias ganham também um papel deter mina nte. A c o m p et i ç ã o g l o b a l o b r i g a a a p o s t a r n o s p ro d u to s e s e tores onde as va ntagens ex istentes possam potenciar um desenvolvimento mais sustentado a nível mu ndial. O a t u a l d e s e nvo l v i m e nto n a área agr ícola e florestal tem sido uma das escolhas mais re c o r re nte s d o s j ove n s. O reg r e s s o p a r a a a l d e i a, o u v i l a, o n d e f i c o u u m p e d a ç o d e te rra por cultivar começa a ser re c o r re nte e a p rovei t ad o p a ra c r i a r o p r ó p r i o n e g ó c i o q u e, em muitos casos, têm culminado em sucesso para muitos. Ta mb ém a á rea da costu ra e d o c a l ç a d o tê m g a n h o e s p a ço nas escolhas de muitos jovens, e não só. O regresso às p rof i s s õ e s q u e e r a m p r i m e i r a escolha nou tros tempos têm a l te r a d o o m e rc a d o d e t r a b al h o e t r a z i d o à to n a t r a d i ç õ e s que se perdera m no tempo.
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Incentivos ao emprego
O desemprego não para de crescer e para combater esta tendência o governo tem criado vários pacotes de apoio e incentivo. Além de subsídios para os desempregados, há novos incentivos para as empresas que recrutam. Os apoios visam apoiar quer os desempregados quer as entidades empregadoras, através de estágios remunerados para jovens, programas de reforço de competências para quem procura trabalho e apoios e benefícios fiscais para empresas que contratam desempregados.
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Estágios “Impulso Jovem” “Tu dás o passo, nós damos o impulso” é o lema dos estágios Impulso Jovem, indicados para jove ns e ntre os 18 e 34 a n os. Pe r mitem b en ef icia r de b o ls as de estágio e m vá r ias m odalidades: passapor te emprego, industrialização, inovação, internacionalização, economia s o c i a l, a s s o c i a ç õ e s e fe d e r a ç õ e s j u ve n i s e despor tivas, agr icultura e administração pública. Lançado no ano passado, tinha como objetivo inicial abranger cerca de 90 mil jovens desempregados, mas teve uma adesão a b a i xo d a s e s p e c t a t ivas. Entret a n t o, f o i re e l a n ç ado com algumas altera-
ç õ e s, n o m e a d a m e nte n o q u e d i z re s p e i to à duração dos estágios, de nove para doze meses, bem como a idade dos beneficiários que se estendeu e passou a incluir também os estágios de acesso a profissões regulamentadas por ordens profissionais. As condições dependem da área de trabalho escolhida. O valor das bolsas – financiadas entre 70% e 10 0% pelo Estad o – va r i a m e nt re o s 419 e os 943 e euros, consoante a for mação académica do candidat candidato. Pa rraa q u e o s c a n d i d a to s não acab acabem dispensados, ao fim do per íodo de estág i o d e u m a n o, o “ I m p u l s o Jovem” também incentiva a sua contratação d ef i n i t i va. A s e m p re s a s q e inte qu int g ra rem os estaque giários nos seus quadros, nos 30 dias seguintes ao fim do prore grama recebem um prémio ex tra: um financiamento equivale equivalente a seis vezes o valor da bolsa de estágio, que será pago ao longo dos três a nos seguintes.
Incentivos para desempregados
Para os desempregados, que estejam ou não a receber subsidio, podem integrar os contratos Emprego-Inserção ou Emprego Inserção +, que possibilitam a aproximação do desempregado ao mercado de trabalho, reforça as competências e proporciona o contacto com outros trabalhadores e outras atividades. Ambos os programas preveem o pagamento de bolsas de ocupação aos desempregados, bem como o pagamento de despesas de transpor te, alimentação e seguro de acidentes pessoais. Durante o ano de 2013 o período de candidaturas decorre entre 1 de janeiro a 31 de dezembro, inclusive.
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EMPREGO&FORMAÇÃO’13
Apoios à contratação
As e mp resas, qu e se vê m a b raços com a falta de capital e a constante diminuição na produção e c o n s e q u e nte m e nte d o p o d e r e c o nómico deixam, cada vez mais, de ter poder de contratação, acabando mesmo por ter que recor rer a despedimentos. N e s te s e nt i d o fo r a m c r i a d o s vários apoios: U m a p o r t a r i a p u b l i c a d a a 14 d e março, prevê novos incentivos para quem contrata desempregados. Ao abr igo do progra ma Estímulo 2013 – que já ex istia, mas que foi agora reformulado e alargado – as empre-
sas que contratem pessoas que estejam inscritas no centro de empreg o h á p e l o m e n o s s e i s m e s e s p odem receber apoio estatal dura nte seis a dezoito meses. Contratar jovens ou desempregados (c om p elo me nos nove meses d e s i t u a ç ã o d e d e s e m p re g o) p o ssibilita também às empresas obte r descontos no IRC, IRS, majorações que podem vigorar durante o período de cinco anos. No próximo ano, as empresas que contratem desempregados com mais de 45 anos terão outros benefícios, como o reembolso total da ta xa social única.
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Novo programa de reconhecimento, validação e certificação de competências O governo encerrou os Centros de Novas Opor tunidades (CNO) mas criou um novo programa, a rede de Centros para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP). O objetivo é que se continue a promover os processos de Reconhecimento, Validação e Cer tificação de Competências. A lei prevê que os CQEP trabalhem com adultos, como já acontecia com o CNO, mas também com jovens a p a r ti r d o s 15 a n o s, p ro m ove n d o e orientando-os para a ofer ta escolar, profissional e de dupla cer tificação. Pretende-se que os jovens sejam apoiados no momento de escolher a formação de acordo com os per fis individuais e sobretudo adequando às necessidades do mercado. N o qu e diz resp eito ao p ro cesso de validação de competências este p o de se r feito lo g o a pa r tir dos 18 a n o s. C o nt u d o, n o c as o d e t ra b alhadores entre os 18 e os 23 anos, o processo será aber to se os can-
didatos possuírem, pelo menos, três anos de experiência profissional devidamente comprovada.
Seja original na carta de apresentação
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O tex to d eve s e r p e r s o n a l i z a d o para cada empresa. As descrições genér icas não desper tam interesse, procure infor mações no site e nas redes sociais sob re a emp resa. Adapte as suas capacidades, características e ambições de acorde com o emp reg o a qu e se ca ndidata, cer ta mente há qualidades que se adaptam mais a um, do que a outro. A car ta de apresentação é uma for ma de escrever aquilo que
gostaria de dizer sobre si, numa entrevista pessoal. Aproveite para dar a c o n h e c e r-se, m a rq u e a di fe re nça, cative nas palavras e destaquese. Nunca se esqueça que as empresas recebem, por dia, centenas de car tas e currículos, o segredo é ma rca r pela diferenciação, é desper tar interesse. Seja original e aproveite a sua formação para criar a carta.
Os melhores formadores e o mais qualificado pessoal com o objetivo exclusivo do êxito na aprendizagem dos nossos formandos. Toda uma equipa preparada para motivar e orgulhar quem frequenta uma formação da Praxicenter. Após sucessivos anos a liderar o mercado da formação profissional, volta a inovar, avançando com pós-graduações rigorosas e atuais, que vêm preencher uma grande lacuna na cidade de Viseu.
Pensadas para as necessidades atuais do mercado, estas pós-graduações em parceria com a prestigiada universidade privada ISCIA revelam já uma grande taxa de inscrições, reforçando assim a boa aposta da empresa mãe. Na área da estética e da saúde, além da vasta oferta já disponibilizada a Praxicenter prepara a entrada no mundo das medicinas alternativas.
Em Viseu operamos duas grandes marcas: A SH Formação, ex School House Viseu promove desde 2006 um conjunto de ofertas formativas vocacionadas para os jovens que anseiam pela entrada no mercado de trabalho e para aqueles que procuram trabalho ou, simplesmente, procuram a recondução profissional. A sua jovem, mas experiente, equipa de profissionais concebe, delineia e executa ações de formação em diver-
sas áreas de educação e formação que acompanham as mutações do mercado de trabalho. Detemos um vasto número de parcerias com instituições públicas e privadas para um trabalho de cooperação no diagnóstico, encaminhamento e desenvolvimento de ações formativas e pós graduações que vão de encontro às necessidades dos nossos clientes, individuais ou coletivos.
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economia Grande Vinho do Dão 2012 é de Nelas A Palwines foi aclamada como o produtor do Grande Vinho do Dão no concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor 2012” que integrou a terceira edição do evento “Dão Primores”, realizada na passada segunda-feira, 20 de maio, no Solar do Vinho do Dão, em Viseu. Neste evento onde estiveram representados mais de 50 produtores da Região foram dadas a conhecer, em prova livre, cerca de 150 amostras de vinho e distinguidos pelo júri, entre “Diplomas de Prata” e “Diplomas de Ouro”, oito vinhos brancos, três rosados e 21 tintos do total de vinhos a concurso. Arlindo Cunha, presidenPublicidade
te da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, durante a cerimónia de abertura e proclamação da vindima aproveitou para salientar aquele que considera ser um excelente desempenho da região num ano em que os vinhos do Dão foram os vinhos portugueses mais distinguidos nos concursos internacionais e em que se verificou um aumento de 20% na produção. Do programa do “Dão Primores”, iniciativa que tem como principal objetivo promover o vinho do Dão dando a conhecer e a provar à imprensa, ao mercado e a todos os convidados as “boas pingas” da colheita de 2012 que ainda estagiam nas adegas, constou
Pedro Morgado
Vinho do Dão ∑ Produtor de Nelas vence o concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor 2012” referente à colheita de 2012
A 3ª Edição “Dão Primores” - CVR Dão ainda a tradicional declaração de colheita que analisou os aspetos técnicos da campanha do ano transato e uma pertinente intervenção do economista Daniel Bessa que se debruçou sobre “A situação económica e as empresas portuguesas” nomeadamente sobre os seus pontos de interseção com a fileira dos vinhos.
O diretor-geral da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação e antigo ministro da Economia, Indústria, Comércio e Turismo, assumido amante de vinhos e “leitor de todas as revistas da especialidade”, referiu-se ao momento presente da economia, dizendo: “a economia portuguesa está em
muito mau estado”. Caminhando certeiramente por entre os temas económicos da atualidade, aos quais se referiu como “um exercício de previsão”, trinta minutos bastaram para abordar o contexto da crise europeia, a queda do produto interno bruto nacional e o tamanho dos mercados que, no caso dos vinhos e da pequena produção, entendeu como “praticamente infinitos”. “O único ponto que podemos trabalhar é o tema da competitividade” sobre o qual, afirmou a propósito, “detesto que me ponham problemas que não tenham solução”. Para o futuro deste mercado apontou como exemplo o setor do calçado
“onde as empresas não concorrem entre si nos mercados externos” pois todos devemos perceber que “cada vez que um vinho português ganha em termos de imagem todos ganham”. Daniel Bessa terminou com uma nota de esperança no futuro dirigida aos presentes concluindo que “os produtores estão no bom caminho, no sentido da relevância e da conquista dos mercados”. No âmbito desta iniciativa realizaram-se ainda a entrega dos prémios do concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor” e a prova livre dos vinhos da colheita de 2012. Pedro Morgado
Jornal do Centro
30 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
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Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Madalena Malva Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu malva@estv.ipv.pt
Sustentabilidade das cidades debate-se em Viseu Objetivo∑ Paulo Lemos, secretário de Estado do ambiente defende que os autarcas devem privilegiar políticas sustentáveis
E a sua solidariedade social é mecânica ou orgânica? O dicionário on-line Infopédia (http://www. infopedia.pt/linguaportuguesa) define solidariedade como “nome feminino, qualidade de ser solidário; sentimento que leva a prestar auxílio a alguém; responsabilidade recíproca entre elementos de um grupo social, profissional, institucional ou de uma comunidade; adesão ou apoio a uma causa, a um movimento ou a um princípio; sentimento de partilha do sofrimento alheio (de solidário+-idade )”. Mas para meu espanto, que sou da área das ciências, descobri à dias que a sol id a r ied ade pode ser mecânica ou orgânica! Segundo percebi a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas “primitivas”, ou seja, de agrupamentos humanos do tipo tribal formado por clãs. Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo. Publicidade
Por outro lado a solidariedade orgânica predomina nas “modernas” onde existe uma maior diferenciação individual e social. Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada. Onde predomina a solidariedade orgânica, a coesão social não está assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas jurídicas: isto é, o Direito. Penso ter percebido o porque de termos chegado onde chegamos como sociedade! Nós somos solidá rios no sentido orgânico quando o devíamos ser no sentido mecânico! Isto é, devíamos compartilhar as mesmas noções e valores nos que respeita aos interesses materiais necessários para a subsistência do grupo (estou a deixar de fora as crenças religiosas propositadamente).
“Gostaríamos que n a p r óx i m a c a m p a nha eleitoral para as autárquicas a questão da sustentabilidade das cidades fosse assunto de agenda”, afirmou Paulo Lemos, secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, esta terça-feira, 21, durante um debate sobre “política de cidades sustentáveis”, que decorreu no Instituto Politécnico de Viseu (IPV). Paulo Lemos informou que até julho serão recolhidos contributos sobre a sustentabilidade das cidades, junto dos vários agentes económi-
cos e sociais, para que depois seja elaborado um documento a apresentar em setembro, de modo a que possa ser abordado nos programas eleitorais dos candidatos autárquicos. Durante a sua intervenção, o governante sublinhou que Portugal precisa de “uma política de cidades coerente, abrangente e focada no futuro”. A competitividade inteligente, o potencial das pessoas, a reabilitação urbana de forma integrada, a sustentabilidade dos vários subsistemas, o baixo carbono e resi-
liência urbana e a valorização dos fatores de identidade e diferenciação das cidades foram os seis eixos apresentados para servir de referencial estratégico à política nacional de cidades. Destacando que as soluções para cada região não serão uniformes, “pois cada uma tem as suas especificidades. Todas têm problemas específicos, mas também oportunidades únicas”. No debate, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro no âmbito da preparação do próximo período
de programação financeira da política de coesão da União Europeia para 2014-2020, marcou também presença o vicepresidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes, que sustentou que “cidades sustentáveis têm de ser cidades inteligentes”. O autarca aproveitou a ocasião para apresentar o que foi feito no concelho de Viseu em termos de regeneração urbanística, destacando a recuperação de alguns edifícios públicos e outros particulares destinados a habitação para jovens casais. MC/Lusa
Debate de rede de Vouzela recebe turismo local em mercado livre São Pedro do Sul Está a decorrer durante o dia de hoje, 23, um workshop sobre “Rede de Turismo Local”. A ação, que terá lugar no Auditório do Balneário Rainha D. Amélia, nas Termas de São Pedro do Sul, destina-se a técnicos de informação turística, empreendedores turísticos concelhios e juntas de freguesias. O workshop, uma organização do Projeto
CLDS “São Pedro do Sul - o futuro é aqui” e da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, tem ínicio pelas 9h00. Na sessão serão abord ados tem a s como a rede de locais de informação turística/experiências turísticas, o empreendedor turístico e boas práticas no atend i mento t u r ístico. A ação culmina com um debate.
Vender e trocar produtos é o mote para o “Mercado Livre”, que tem lugar sábado, 25, em Vouzela. A partir das 9h00, o Mercado Municipal, recebe vários “vendedores”. A participação no evento requer uma inscrição,
com um valor simbólico de 2 euros, que deve ser efetuada até sábado, 24. Mais informações através do endereço de correio eletrónico acrvouzela@ gmail.com ou do contacto telefónico 914157234 ou 964813831.
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desporto Futebol “Foi o realizar de um sonho”
São João antecipado em Vildemoinhos
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∑ António Loureiro, presidente do Lusitano, viu esta súbida como o “realizar de um sonho”. Para o dirigente, a nível desportivo, “era objetivo colocar o Lusitano nos nacionais”. Aos adeptos deixa uma palavra de apresso e agradecimento. “Foi uma agradável surpresa chegar ao Rossio e ver tantos adeptos”. Quanto a este “novo” desafio António Loureiro diz ainda não pensar muito nisso. “Estamos ainda numa fase de comemoração. Mas sabemos que a realidade económica do país não nos permite grandes voos, tudo o que vamos fazer é com os pés bem assentes na terra”.
Camadas jovens também arrecadam troféus Micaela Costa
Treze anos depois o Lusitano Futebol Clube, de Vildemoinhos, sagrou-se Campeão Distrital e regressa às competições nacionais de futebol. Depois de um campeonato bem disputado, entre as várias equipas do distrito, foram os trambelos que carimbaram a tão ambicionada subida e juntamse ao Cinfães, na nova competição de futebol, o Campeonato Nacional de Seniores. O Lusitano Futebol Clube é um dos mais antigos clubes do distrito, é, aliás, mais antigo que a própria Associação de Futebol de Viseu, da qual é membro fundador. Criado em 1916, o Lusitano FC, “nasce” de forma amadora, com poucos recursos humanos, técnicos, administrativos, financeiros e instalações desportivas. Estava, na altura, longe de imaginar que quase cem anos depois, teria na sua história um palmarés recheado de vitórias e de grandes raízes na cidade. Joaquim Lopes Duarte é o responsável por en-
DR
Regresso ∑ Equipa dos Trambelos carimbou a subida ao nacional de futebol
A Treze anos depois os Trambelos regressam às competições nacionais raizar o futebol na aldeia. Filho de um abastado lavrador, com a ajuda de alguns conterrâneos leva à criação do Lusitano Futebol Clube. Em 1934, a equipa de Vildemoinhos, conquista uma marca importante na sua história, com a presença, pela primeira vez, no então Campeonato da 2.ª Liga, maior escalão onde o Lusitano
alguma vez participou, e onde se manteve por duas temporadas. Seguiram-se inúmeras presenças na 3.ª Divisão Nacional e mais alguns títulos na 1.ª Divisão Distrital (14 títulos de campeão distrital conquistados pelo Lusitano, sendo que apenas um deles foi na 2.ª Divisão Distrital). No passado domingo, dia 19, voltou a inscrever o
nome na lista dos campeões distritais e ruma mais uma vez às competições nacionais. A vitória frente ao Resende (embora um empate bastasse), por duas bolas a uma, devolveu aos adeptos a alegria de ser Lusitano, e nas bancadas, cachecóis e bandeiras acompanhavam um só grito: “O Campeão voltou”. Micaela Costa
∑ O Lusitano FC tem marcado pontos com a sua formação, nos mais variados escalões. Em 1946/47, os Juniores sagrarem-se campeões distritais, feito que repetiram por mais quatro vezes. No escalão de juvenis, a época de 62/63, fica marcada pelo primeiro título distrital chegou, que se viria a repetir em 68/69 e pela terceira vez em 2010-2011. Nas últimas épocas o Lusitano festejou ainda os títulos distritais de Iniciados, Escolas e Infantis. Em 2008 assinam um protocolo de cooperação com o Sporting Clube de Portugal, com a finalidade de realizar ações de captação e potenciar as camadas de formação dos trambelos. Equipas despromovidas à 1ª Divisão Distrital
∑ São sete as equipas que abandonam esta época a Divisão de Honra distrital. São elas: Canas de Senhorim, Tarouca, Molelos, Sporting de Lamego, GD Campia, Viseu Benfica e Vouzelenses.
32 DESPORTO | FUTEBOL
Jornal do Centro 23 | maio | 2013
Segunda Liga V 29 21 18 17 16 17 15 16 16 16 15 13 15 13 14 12 13 12 9 7 7 7
E 7 10 14 15 17 13 17 12 12 11 14 17 11 15 7 13 18 8 13 17 15 12
D GMGS 6 75 41 11 65 48 10 49 36 10 62 46 9 47 42 12 61 50 10 71 54 14 52 49 14 48 44 15 55 60 13 55 48 12 47 46 16 60 59 14 49 49 21 40 46 17 39 51 11 51 50 22 45 63 20 41 60 18 37 52 20 30 56 23 46 75
42ª Jornada Feirense Benfica B Naval Belenenses U. Madeira Portimonense Penafiel V. Guimarães B Leixões Desp. Aves Tondela
3-0 2-2 0-0 2-1 5-3 2-1 2-1 1-0 0-1 0-2 4-2
SC Braga B Santa Clara FC Porto B Freamunde Trofense Atlético CP Sporting B Oliveirense Sp. Covilhã Marítimo B Arouca
AF Viseu - Divisão Honra P J 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
1 Lusitano FCV 71 2 Castro Daire 68 3 Moimenta 66 4 Sátão 53 5 Paivense 48 6 Mangualde 44 7 Fornelos 43 8 Sernancelhe 40 9 Resende 39 10C. Senhorim 39 11 Tarouquense 38 12Molelos 30 13Sp. Lamego 28 14Campia 27 15Viseu e Benfica 22 16Vouzelenses 13
V 22 22 20 15 14 12 12 11 11 10 11 8 7 6 6 2
E 5 2 6 8 6 8 7 7 6 9 5 6 7 9 4 7
D GMGS 3 56 24 6 67 27 4 64 30 7 53 21 10 43 30 10 23 24 11 49 46 12 43 41 13 32 44 11 38 40 14 43 46 16 33 61 16 26 46 15 25 37 20 25 63 21 19 59
30ª Jornada Mangualde Campia Sernancelhe Molelos Vouzelenses Canas Senhorim Sátão Lusitano FCV Publicidade
0-1 Moimenta 0-1 Sp. Lamego 3-2 Fornelos 3-0 Viseu e Benfica 1-2 Tarouquense 0-1 Castro Daire 0-1 Paivense 2-1 Resende
Futebol
“Ainda quero realizar mais coisas” Académico de Viseu∑ Filipe Moreira renovou por mais uma época “Eu quero ficar aqui. Quero apostar no Académ ico pa ra da r cont i nu id ade , a i nd a não estou satisfeito, ainda quero realizar mais coisas”, afirmou Filipe Moreira na conferência de imprensa que tornou pública a continuidade do técnico na equipa viseense. O treinador, que levou os academistas à subida às competições profissionais de futebol, vai manter-se no clube, pelo menos até 2014. Direção e técnico lisboeta oficializaram no passado dia 18, a continuidade para a nova temporada, a da estreia do clube viseense na II Liga Profissional de futebol, onde tem já um passado com passagens pelo Atlético e também pelo Sporting da Covi l hã , precisa-
Micaela Costa
P J 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42
1 Belenenses 94 2 Arouca 73 3 Leixões 68 4 Sporting B 66 5 Desp. Aves 65 6 Portimonense 64 7 Benfica B 62 8 Oliveirense 60 9 Penafiel 60 10Tondela 59 11 Santa Clara 59 12U. Madeira 56 13Feirense 56 14FC Porto B 54 15Marítimo B 49 16SC Braga B 47 17Naval 45 18Atlético CP 44 19Trofense 40 20Sp. Covilhã 38 21Guimarães B 36 22Freamunde 33
A António Albino, Filipe Moreira e Pedro Ruas mente de onde chegou a meio da época para o Académico. Filipe Moreira, que salientou a “gratidão para com o Académico e a direção”, afirmou ainda que “tudo é possível nesta 2ª Liga, só depende dos jogadores e equipa técnica”. Neste sentido está já a
pensar nas renovações e contratações e afirmou querer um plantel com 24 ou 25 jogadores: “Quero uma equipa equilibrada. Temos que acertar com as opções que vamos ter esta época”. António Albino, presidente do Académico de Viseu, começou por desejar a Filipe Moreira um
“grande sucesso” numa época que, segundo o dirigente, “não vai ser fácil para ele [Filipe Moreira], nem para a direção”. O responsável por este “novo” Académico disse ainda que a renovação de contrato com o técnico é um “reconhecimento do trabalho desenvolvido” e espera “que se repita”, acrescentando que o orçamento pode atingir o meio milhão de euros, uma vez que será uma Liga mais exigente e onde vai ser necessária “a ajuda de todos”. António Albino deixou um apelo final para que “de uma vez por todas, os viseenses se liguem a este projeto, e os sócios continuem a acreditar, e quem ainda não o é que venha a sê-lo”. Micaela Costa
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Futebol TONDELA ENCERRA NO TOP TEN O Tondela garantiu na última jornada da II Liga, o Top Ten na classificação final. Uma vitória por 4 a 2, frente ao Arouca, deu os três pontos necessários para que os tondelenses garantisse uma posição que vai permitir ao clube jogar duas das três partidas da I fase da Taça da Liga em sua casa. Frente ao promovido Arouca, os tondelenses foram para o intervalo a perder por 2 a 0, e com menos um jogador em campo (expulsão de Jô, no lance da marcação de penalti a favor do Arouca). Na segunda parte o Tondela acabou por virar o marcador e ga n h a r por 4 a 2 . Empata a partida com duas penalidades (expulsão de um jogador do Arouca, que equilibrou a partida num 10 contra 10) e perto do final, encerram a classificação, primeiro por Pedrosa e depois por Benvindo que saltou do banco para fechar o resultado em 4 a 2.
Jornal do Centro
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23| maio | 2013
em foco Rubrika uma “peça valiosa” em Viseu
A Caminhada de Solidariedade organizada pela International House realizada na tarde de sábado, dia 18, angariou este ano dois mil e quinhentos euros que vão ser entregues à APCV (Associação de Paralisia Cerebral de Viseu) para ajudar a Instituição na remodelação do Lar de Viseu, nomeadamente com aquisição de camas articuladas para os utentes com maiores dificuldades. “É de realçar que este valor foi conseguido pelos participantes que pediram aos seus familiares, amigos e colegas que se comprometessem a pagar uma quantia, normalmente pequena, por cada quilometro que conseguissem caminhar” adiantou a diretora da escola, Gay Adamson.
Oscar Sanchez Requena
Pedro Marcos e Sofia Esteves Correia são os proprietários e criadores da “Rubrika”. A marca, que dá o mesmo nome ao espaço comercial no Forum Viseu, assume-se como atrevida, intensa e singular. Um mundo de manipulação de cor, de objetos e tendências onde os criadores apresentam as suas peças de autor, assinadas, e de edição limitada ou mesmo exclusiva. “Rubrika, because value pieces need a signature” [Rubrika, porque as peças valiosas precisam de uma assinatura].
Caminhada de Solidariedade
Oscar Sanchez Requena
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D Curso mantém bordados de Tibaldinho
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culturas Destaque
“Um Sonho” na ACERT O projecto off – grupo teatral apresenta dia 25, às 21h45, na ACERT em Tondela o espetáculo “Um Sonho” a partir de “Sonho de uma Noite de Verão” de william shakespeare. O espetáculo integra-se na programação de maio da ACERT.
“ContraCanto” em Carregal do Sal “ContraCanto” é o nome do espetáculo de teatro e música a estrear no Centro Cultural de Carregal do Sal, dia 8 de junho, às 21h30. Encenado por António Leal, “ContraCanto” mergulha no universo alegórico-poético de Zeca Afonso. A peça é uma produção da Fundação Lapa do Lobo, em parceria com a autarquia de Carregal do Sal.
Emília Amaral
O baterista argentino Luciano Cuviello, o contrabaixista uruguaio Álvaro Rosso, e o vibrafonista português Jeffery Davis, trazem a Viseu um momento musical de confluências de inspirações geográficas e de diversas escolas musicais. O concerto, integrado nas QUINTAS AO JAZZ, decorre esta quinta-feira, dia 23, às 21h30, no Lugar do Capitão.
Maria Fernanda, de 57 anos, natural de Silgueiros, Viseu, tem sido uma das grandes impulsionadoras da vinda de parte do legado da colecionadora Anna Maria Pereira da Gama para o Museu Grão Vasco. O Tio já era chofer da família da geografa que corria o mundo à procura de ícones. Maria Fernanda, ainda “miúda” foi para Lisboa incumbida de “ler histórias à mãe”, mas a relação com a especialista estreitou-se ao longo dos Exposição “Ícones Russos – Legado Pereira da Gama” no Grão Vasco até outubro anos: “Vivi com a minha madrinha 43 anos, andava sempre com ela, viajava com ela para todo o lado e em todo o lado ela comprava ícones. Nas feiras internacionais tinha até pessoas a comprar”. Para Fernanda, a colecole e Legado ∑ Museu Grão Vasco e Museu de Lamego vão poder contar cionadora “braso-a história da colecionadora de ícones nada” era a mamaaA coleção “Ícones Russos drinha [de crisAnna Maria Pereira da inaugurou na semana pass-Gama (1923-2005), uma das sada a exposição “Ícones – Legado Pereira da Gama” ma]. Para Annaa i-maiores colecionadoras por- Russos – Legado Pereira da vai estar exposta no Museu Maria Pereituguesas de ícones deixou Gama” que integra 95 peças Grão Vasco até outubro. O ra da Gama, em testamento que o seu emblemáticas da arte reli- diretor do museu, Sérgio Fernanda foii extenso legado ficaria para giosa ortodoxa, mas o mu- Gorjão reforçou na sessão c o m p a n h e i o Museu Nacional de Arte seu é herdeiro de mais de de abertura que se trata de ra, governanAntiga (Lisboa), para o Mu- duas centenas de ícones des- “uma coleção de referência” ta e mais seu Grão Vasco, em Viseu ta colecionadora compulsi- única no país, em que “to- tarde e para o Museu de Lamego. va. Através de um protocolo das as peças são representaDescendente de Lamego, assinado entre a autarquia tivas”. Para o responsável a Lisboa foi a cidade onde viseense e o Museu Grão mostra “assume uma grannasceu e viveu, mas tinha Vasco, o Museu do Quartzo de importância” no contexto Viseu como paixão, que foi vai poder também apresen- nacional e internacional, passendo alimentada pela sua tar uma coleção de minerais sando o Museu Grão Vasco governanta, a “miúda” de do legado Pereira da Gama. a “ser uma referência para o O museu de Lamego vai estudo” da arte religiosa orSilgueiros, Maria Fernanda, contratada para ler história fazer o historial da família todoxa russa. “O mundo dos à sua mãe e que se tornou dos últimos 100 anos. E no ícones é um mundo muito a grande companheira de Museu Nacional de Arte especial”, concluiu. Antiga ficarão grandes peviagens. Emília Amaral O Museu Grão Vasco ças da sua coleção pessoal.
A
Pereira da Gama ligada para sempre ao distrito de Viseu
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h10, 23h40* Spring Breakers Viagem de Finalistas (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h40, 21h00, 23h50* Esquecido (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h20, 00h2o* Velocodade Furiosa 6 (CB) (Digital)
Sessões diárias às 13h40, 16h25, 19h05, 21h40, 00h30* Um refúgio para a vida (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40 Os Croods VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h50, 00h10* Fogo contra fogo (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h30, 00h25*
23 | maio | 2013
Um curso de bordados de Tibaldinho está a decorrer até 5 de junho, com o objetivo de manter viva a confeção destes bordados tradicionais do concelho de Mangualde. A formação destina-se a “desempregados, artesãos ativos e outros profissionais com interesse de competências específicas nesta área”.
Homem de Ferro 3 (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h00, 00h00* Velocidade Furiosa (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h10, 21h40, 23h50* Nome de código: Paulette (M12) (Digital)
Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 21h50, 00h30* Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 19h00 Gladiadores (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h20, 23h30* O grande dia (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h30, 17h35 O grande Gatsby (M12) (Digital)
testamenteira juntamente com a sobrinha. “É um momento muito importante para mim”, reconheceu Maria Fernanda na cerimónia de inauguração da exposição, justificando o forte papel de intermediária em todo o processo de doação dos ícones ao Museu Grão Vasco. “Era uma apaixonada por toda a arte, mas mais pelos ícones. No seu quarto tinha ícones pendurados por toda a parte e em cima das mesas. Sempre que viajava tinha qua trazer um ou dois”, descreveu ao lembrar que a coleção de ícones já vinha do tempo da avó. Maria Fernanda que continua a visitar a sua terra natal com frequência, dedica a sua vida à obra da colecionadora falecida em 2 05. Reconhece que in 20 2005. inf uenciou a madrifl fluenciou n a no gosto que nh nha cr iou pela recriou gião e congragião t la-se por satu tula-se b er que o seu ber nome vai ser recordado para sempre em Viseu. EA
Emília Amaral
Variedades
Mais Quintas ao Jazz
Jornal do Centro
Estreia da semana
Sessões diárias às 21h10, 00h10* O grande Gatsby (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20* Assalto à Casa Branca (M16) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado
Velocidade Furiosa 6 – Desde que Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) fizeram o golpe no Rio de Janeiro, que rendeu 100 milhões de dólares à equipa, o grupo espalhou-se pelo globo. Mas a impossibilidade de voltarem a casa e estarem sempre em fuga deixou-lhes uma vida incompleta.
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Jornal do Centro 23| maio | 2013
culturas expos
Arcas da memória
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até 31 de maio, a exposição documental “Álvaro Cunhal - o homem, o político e o escritor” ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes De 6 de maio a 14 de junho, a exposição “Na ponta dos dedos”, do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até 31 de maio, a exposição de fotografia “Shadows and walls”, da Universidade da Beira Interior MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até 31 de maio, a exposição de fotografia «Luzes», de José dos Santos. ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até 25 de maio, a exposição «Barrigas de Mamã», de Elisabete Nunes Sousa. VISEU ∑ Auditório Mirita Casimiro Até dia 31 de maio, a exposição de escultura “Naturezas” ∑ Instituto Piaget Até 25 de junho, a exposição internacional, coletiva e itenerante da II Semana Internacional de Educação Artística da UNESCO OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades Até dia 16 de junho exposição de fotografia, “Project Llull”, de José Crúzio LAMEGO ∑ Museu de Lamego Até dia 30 de maio, exposição de fotografia, “10 Regiões Vinhateiras Europeias Património da Humanidade”
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
Arnaldo Malho O poeta do ferro “… e a té e u , ao se r brindado na dedicatória do seu penúltimo livro com o título de Poeta do Ferro tive tal surpresa que até perdi a fala e não mais dei acordo de mim”. Carta de Arnaldo Malho para Aquilino Ribeiro de 27/ VII/1941
Arnaldo Malho era u m poeta . Poeta da acção, não da palavra, ainda que algumas rimas tenha composto nuns fragmentos de papel que talvez nem tenha lido a ninguém, nem à f ilha que os achou no torvelinho de outros papéis que ele escreveu e g uardou numa gaveta. Aquilino R ibeiro cha mou-lhe “ Poeta do Ferro”. E Arnaldo Malho quando se viu deste modo titulado, quando isso leu na dedicatória que o amigo lhe escrevera num dos livros de que ao sair do prelo lhe fizera entrega, Arnaldo Malho, na carta que de volta lhe escreveu, falava da surpresa, confessava que se lhe tinham, por um tempo, sumido as pa lav ras. E aceitou . Guardou o livro, por um tempo ele o guardou, que a página da dedicatória ganhara o valor de pergaminho. Poeta, era na forja que escrevia os seus versos de amor. Bigorna, martelo e cinzel, o ferro no fogo a amaciar e depois os poemas, o nascer lento dos versos, a música
do martelo a bater, o espelho de uma porta, um candeeiro dentre os mil que ele fez, um braseiro, e outro, e outro, a porta de um n ic ho pa r a u m s a nto, uma candeia, uma porta de casa de comércio ou um portão para solar, umas grades de ja nela ou de balcão, uma rosa que apenas fez pa ra oferecer, mesas, anteparos de lareira e os gatos dela, os cata-ventos para as torres das igrejas, um cofre-relicário, uma moldura onde nunca guardou o seu retrato, e a justa medida que nas peças colocava, a harmonia, a melopeia, as sílabas contadas como um poeta faz numa quadra. De Arnaldo Malho bem pode dizer-se que ele escreveu uma epopeia onde cada peça é estrofe de um canto. Isto escrevi a propósito de uma Exposição que ora se apresenta, com este mesmo título, na Escola Básica Mest re A r n a ldo M a l ho, em Rio de Loba, uma alegre Escola cuja desig n aç ão escol h id a celebra a figura deste Mestre da Serralharia Artística de que ele se afirmava, com justeza, o fundador da escola de Viseu. Nela se descerrou, por memória, um candeeiro, gesto simbólico que evoca a prodigiosa obra deste singular Mestre de Viseu, e deste nome e desta obra a Escola deverá fazer pedagógica menção.
D Exposição sobre Arnaldo Malho
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culturas
Jornal do Centro 23 | maio | 2013
A Escola Básica Mestre Arnaldo Malho, de Rio de Loba, em Viseu, tem patente a exposição “Arnaldo Malho, o Poeta do Ferro”, até sexta-feira, dia 24, sobre o famoso ferreiro da cidade que lhe deu nome.
Destaque
“O meu projeto maior é as pessoas poderem usufruir de uma dinâmica cultural da cidade de forma despojada” É realmente uma festa que abre um ano de atividades. Tem a ver com a vontade que o Teatro Viriato sempre teve de se extroverter, de sair de portas. As pessoas sempre acharam este espaço semiprecioso, que pressupunha uma certa cerimónia, quando é um espaço para todos. Foi por causa disso que sempre pensámos fazer uma programação fora de portas, provando que o fruir cultural é para toda a gente. O que nos interessa não é o entretenimento mas a memória, ou seja, criar momentos em que ficamos com as memórias daquele acontecimento durante meses e anos se possível. Qual é a ideia?
Abrir para a cidade mas de forma que envolvesse mais a cidade. A minha ideia era ter um festival que reunisse artistas consagrados com a própria população de Viseu. De repente até imaginei utilizar as obras que decorrem no centro histórico e misturar os operários que estavam a fazer esta obra com um grupo de percussionistas reconhecidos. Por exemplo, o John Cage pode ser tocado desta forma: os operários dirigidos de ma-
neira a ter um ritmo com os instrumentos que utilizam, misturados com os percussionistas. E do quotidiano podemos criar um acontecimento maior. Essa é a imagem do que vai acontecer na cidade de Viseu a 1 de junho?
Nuno André Ferreira (arquivo)
O projeto “Viseu a 1 do 6” vai trazer arte e cultura ao centro da cidade de Viseu durante as 24 horas do dia 1 de junho. Dito assim por si só já desperta curiosidade, mas nestas 24 horas o que vai ser Viseu?
Esta é a génese. No próximo ano, o “Viseu A” vai fazer um apelo para reunir todos os artistas que vivem na cidade de Viseu para trabalharem no projeto, mais artistas do exterior, mais a comunidade que se queira envolver. A ideia é envolver a cidade no seu todo o mais possível dentro dos vários acontecimentos, todos eles enquadrados por profissionais, porque os artistas locais não vão estar a trabalhar de uma forma aleatório. Por exemplo?
Se pegarmos na Rua Direita, de que forma vamos trabalhar a rua? Tudo o que vai ser feito é no sentido de ir para lá daquilo que existe, em que vamos certamente ter 75% da comunidade envolvida nestes acontecimentos e 25% de fora. Desta vez temos o Olivier Roustan a atravessar o largo (Adro da Sé) em equilibrismo e depois a Banda de Ribafeira com alunos do Conservatório [de Viseu] dirigidos pelos Drumming que são os craques da percussão em Portugal. Portanto temos o funambulismo e pessoas da região a
A Paulo Ribeiro, diretor do Teatro Viriato a propósito do projeto “Viseu a 1 do 6” o primeiro passo para colocar a cidade no mapa dos grandes festivais tocarem. Esta primeira festa já tem a várias direções possíveis [do projeto], por exemplo, terminamos com a Orquestra “Todos” no Largo Mouzinho de Albuquerque. A orquestra vem de lisboa onde não há ninguém de Viseu a tocar. O Teatro Viriato sempre teve a preocupação de chamar e trabalhar com a comunidade. Este projeto é o ponto alto desse objetivo?
É o ponto alto fora de portas. A entrada neste Teatro tem sempre uma espécie de misticismo, embora tenha mudado muito. Entrar aqui é como entrar na igreja e nós vamos pôr a procissão lá fora. Seis espetáculos ao longo do dia vão animando a cidade. Como é que estão a pensar atrair público para estas performances?
As pessoas têm que vir para a rua a usufruir de
tudo. São espetáculos muito diferentes uns dos outros. A “Cartas Coreográfica” de Madalena Vitorino (Rossio, 10h00 às 19h00) interage com as pessoas e as próprias pessoas participam. Outra coisa é “Les Bleus de Travail” (Rossio, 18h00) que é uma coisa cómica e as pessoas sabem que vão estar para rir. Uma outra coisa mais celeste, mais etérea do Olivier Roustan (Adro da Sé, 21h00) … No fundo é um dia em que as pessoas devem vir para a rua e deixar-se levar pela corrente. Estes espetáculos podem ajudar a redescobrir a cidade?
O objetivo é essencialmente esse. O centro histórico de Viseu é magnífico, está a ganhar uma nova vida e este é o contributo que encontrámos de lhe dar uma certa pujança. No projeto do próximo ano a
vontade é então que ajude a que uma vida nova comece e se mantenha. As cidades têm que se demarcar e ganhar visibilidade, não pelo seu quotidiano normal, mas por estes acontecimentos. Qual é a parte mais agradável de uma cidade? Não é a parte industrializada, não são os subúrbios, é sempre o centro. Quando viajamos vamos sempre à procura dos centros das cidades. Era um projeto há muitos anos por concretizar?
Sim. O projeto foi pensado durante muito tempo. Várias vezes se pensou que se devia concretizar, mas para mim as boas práticas de programação é algo essencial. Não faço as coisas quando só conto com o voluntariado, com a boa vontade e nada mais. Temos que ter condições e profissionalismo, senão as condições para que elas
derrapem é grande. É ponto assente, eu só faço as coisas quando há meios para as fazer. A notícia de que este projeto pode avançar tem um mês e de repente fomos recuperar a programação que tinha sido pensada anteriormente. Agora, o meu projeto maior é as pessoas poderem usufruir de uma dinâmica cultural da cidade de forma despojada, que é o tal passo para o festival, o tal passo para a cidade. Se esta cidade é a melhor para se viver no país, então que uma pessoa possa andar aqui completamente à vontade sem nada nos bolsos e poder, de repente, usufruir de quase todos os serviços que a cidade tem para oferecer, de se poder sentar aqui, usufruir de um espetáculo acolá, etc., isto tem uma dinâmica completamente nova e especial, sendo uma espécie de festival com uma forma de se viver única.
Jornal do Centro 23| maio | 2013
culturas
D A história de Maria apresentada na FNAC
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A Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV) e a autora do livro apresentam a história de Maria na FNAC Viseu. “Maria, a Alegria na Diferença” de Teresa Coutinho é lançado na sexta-feira, dia 24, às 18h00.
O som e a fúria esta cidade e a todo o trabalho que desenvolvemos. Andamos há 14 anos com uma luta imensa, mas temnos recompensado. Quando olho para este equipamento (Teatro Viriato), com os meios que temos e que são mínimos, realmente só funciona pela carolice e a forma como a equipa e as pessoas que aqui trabalham se entregam a este projeto. O trabalho que desenvolvemos com a comunidade, com as escolas, lares, etc., trabalhos extra, a programação que temos, pensar para fora, ao mesmo tempo há uma companhia residente. Há aqui uma dinâmica que é fantástica e que é muitíssimo fasta. O projeto envolve cerca de 300 mil euros e foi candidatado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões ao Programa Operacional Regional do Centro. Só desta forma vai ser possível concretizá-lo. Foi fundamental o envolvimento de parceiros como a CIM?
É evidente e honra seja feita por nunca desistirem. O projeto assemelha-se a fes- Eu já tinha desistido e eles tivais que já acontecem em continuaram a trabalhar cidades fora de Portugal. e vieram com a boa notíOs franceses perceberam cia. Foi realmente fantástiisso muito bem e consegui- ca esta parceria e a forma ram instalar dinâmicas. determinante como se emClaro que Avignon não é penharam. Viseu mas a verdade é que, há muitos anos atrás alO dia 1 de junho é apenas o dia da inauguração do projeto guém teve a ideia brilhante porque ele vai ter continuidade pensar: esta cidade está de. De que forma é que este meia adormecida, vamos lá projeto se vai estender aos … e hoje Avignon vive para restantes concelhos da CIM um mês de festival e vive Dão Lafões (Mangualde, bem.
rTrabalhamos afincadamente sobretudo para combater essa coisa provinciana de fazer só de uma certa maneira” Tondela com a Acert é fácil, nos restantes [concelhos] terá que ser através da vereação e talvez o trabalho comunitário que desenvolvemos possa envolver pessoas daí. [Esse alargamento] faz parte do projeto e vai começar a ser trabalhado. Nós, sabendo que isto se concretizava há um mês atrás, a primeira preocupação foi pôr de pé “Viseu A”, agora, a outra fase vamos fazê-la com calma e ver como pode ser articulado de forma consequente e interessante , não é só fazer por fazer. O objetivo é também mostrar as potencialidades da região. Como?
A cidade passa sempre. É uma forma de descobrir a cidade, a dinâmica artística, o valor de criação e dos artistas desta cidade. É uma região inteira que ganha notoriedade. Como é que as pessoas (turistas) benefiSanta Comba Dão, São Pedro ciam de uma região? Aqui do Sul, Tondela e Viseu, e sabem que podem vir a Esse é o princípio para este Nelas)? projeto “Viseu A”? um festival e a seguir poNós somos muito trabaVou ter que falar com dem ir para as termas, lhadores e somos muito am- os agentes culturais, com etc, de repente os mais biciosos no sentido da von- as câmaras e vereado- desportistas sabem que tade, no amor que temos a res dessas cidades. Em têm ali uma ciclovia…
Os comerciantes estão recetivos?
Completamente. O que vem do Teatro Viriato é visto com bons olhos e as pessoas aderem muito facilmente, mas ainda estão a perceber o que é que isto pode ser, mas eu próprio estou a perceber o que é que isto pode ser (risos). Certamente no próximo ano vão estar muito mais envolvidos. Eu acho que as pessoas percebem que este tipo de iniciativas vai chamar muito mais movimento para aquele espaço. Os comerciantes precisam e precisamos todos. É interessante haver um Palácio do Gelo e outro tipo de dinâmicas de comércio, mas a autenticidade do comércio local é muito interessante. Não basta mudar é preciso perceber como?
É muito importante que as cidades se abram. Nós vivemos uma espécie de inércia. E o cosmopolitismo é uma questão de abertura, de criatividade, ter ideias novas, abrir as cidades e ir por aí fora. É isso que pode identificar melhorar uma cidade. O contributo que um equipamento como o Teatro Viriato pode dar é nesse sentido. Nós achamos que é a nossa missão e trabalhamos afincadamente para isso, sobretudo para combater essa coisa provinciana de fazer só de uma certa maneira. Por exemplo, nós não podemos só comer à beirão, temos que ter várias influências e as dinâmicas das cidades passam por aí. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Nós, os jovens: reformemo-nos a nós próprios De certo modo, todos os tempos são incertos pois o desenvolvimento cultural e social nunca permanece imóvel, nunca é fixo. Pelo contrário, a cultura é emergente, contestada e alvo de um processo permanente de reconstrução por ser um produto da história. Mas, uma coisa é certa: alguns tempos são mais incertos do que outros — tempos em que os modos estabelecidos de ver as questões sociais, educacionais e políticas começam a desgastar-se, e não somos capazes de prover respostas ou de fazer frente às forças da crise e do desmantelamento social. A miopia não é, porém, solução para nada. Os nossos são tempos desse tipo, caracterizados pelo colapso das comunidades, pela fragmentação da cultura, e pela mais completa instrumentalização do “eu”. A pergunta que eu faço (e que ouvi na comemoração dos 40 anos do jornal Expresso, no Teatro Viriato) é a seguinte: como é que, enquanto jovem, me posso preparar para as incertezas sociais, profissionais e políticas que me esperam, no futuro? Não tenho as respostas todas necessárias mas algumas reflexões gostava de partilhar aqui, evitando usar a palavra “empreendedor” que já está tão gasta. Primeira, creio que temos de agir com plena consciência (a que for possível) de que navegamos em água turbulentas e que fazemos parte de cenários que podem mudar drasticamente de um momento para o outro. E isto vai engatar nas ideias do Ulrich Beck, de que já falei aqui, sobretudo a da sociedade do risco – uma sociedade de possibilidades cujo funcionamento interno nós
Maria da Graça Canto Moniz
nem compreendemos bem. Nesta sociedade, o condicional é um estado permanente, daí a incerteza: os mercados financeiros podem colapsar… e depois? O Reino Unido pode sair da UE… e depois? E Portugal pode sair da zona euro…e depois? Por isso, estes tempos exigem de nós racionalidade e prudência temperadas com um certo espírito de aventura. Segunda, temos de nos conhecer muito bem a nós mesmos: os nossos pontos fracos e fortes. Se não soubermos isto como é que melhoramos? E como é que “vendemos” a alguém as nossas mais-valias? Em terceiro lugar, a criação de laços e de relações é muito importante. Em quarto lugar (talvez primeiro), vale a pena ter bem presente o velho ditado segundo o qual o “saber não ocupa lugar”. Aprender, analisar, observar e ouvir tornouse ainda mais importante nos dias que correm. O ouvir é muito importante, por alguma razão temos dois ouvidos e uma só boca. Por fim, devemos investir na nossa educação curricular, flexibilizá-la e ampliá-la, diversificar o nosso conhecimento das ciências às artes, passando pelas letras. Se queremos adaptarnos a este mundo de incertezas temos de o conhecer. Ao mundo e a nós. Temos de voltar a acreditar que se trabalharmos duro e dermos o melhor nós, e mais tarde os nossos filhos, teremos boas hipóteses de progredir. Se os nossos governantes rejeitam reformas, reformemo-nos a nós próprios.
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Jornal do Centro
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23 | maio | 2013
saúde e bem-estar Liga Portuguesa Contra o Cancro abre delegação em Viseu Depois do presidente do Núcleo Regional do Centro, Carlos Oliveira ter lançado o repto em setembro do ano passado, a Liga Portuguesa Contra o Cancro confirmou esta semana que vai avançar com a abertura de uma delegação em Viseu. A delegação de Viseu do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro (NRCLPCC) vai funcionar no Solar do Peixotos, um edifício localizado em pleno coração da cidade, “onde se vão juntar os vários serviços da Liga”, anunciou Carlos Oliveira.
No espaço disponibilizado pela Câmara Municipal, o NRCLPCC pretendende concentrar os serviços e ter aberta a porta à comunidade. A Liga Portuguesa Contra o Cancro dispõe de cinco núcleos regionais. O Núcleo Regional do Centro abriu a primeira delegação em Aveiro do Movimento Vencer e Viver, no ano passado, para promover a prevenção primária e secundária do cancro, o apoio social e a humanização da assistência a doentes oncológicos. Viseu é a segunda extensão a abrir portas fora de
Emília Amaral
Localização∑ Segunda extenção do Núcleo Regional do Centro vai funcionar no edifício Solar dos Peixotos
A
Solar dos Peixotos, no centro da cidade de Viseu
Coimbra, mas o NRCLPCC pretende abrir outras, até ao final do ano, nas capitais de distrito da região Centro. “Até ao final do ano pretendemos cobrir grande parte das capitais de distrito da zona Centro. É muito importante para a Liga criar estes tentáculos”, avançou em declarações à agência Lusa. Carlos Oliveira sublinhou o papel importante que os voluntários desempenham na abertura das delegações pelo país, já que são eles que procuram um espaço físico junto de diferentes entidades. A delegação de Viseu
vai contar igualmente com o contributo do Movimento Viver e Vencer, constituído por um grupo de voluntárias que já sofreram de cancro de mama e agora dão apoio a outras mulheres que passam pelo mesmo. A delegação de Viseu do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro vai partilhar o edifício do Solar dos Peixotos com o serviço de saúde para trabalhadores da Câmara de Viseu. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro
SAÚDE 39
23| maio | 2013
Técnicas minimamente invasivas chegam ao consultório dentario
Pedro Carvalho Gomes CMDV Supreme Smile
O conceito de preservação dos tecidos utilizando técnicas menos invasivas tem sido usado cada vez mais nas áreas da saúde. Cirurgias e procedimentos que antigamente eram realizados de forma muito mais agressiva, hoje estão a ser substituídos por técnicas mais modernas, com resultados superiores para os pacientes, além de pós-operatórios e recuperações mais rápidas e confortáveis. Essas técnicas conhecidas como “minimamente invasivas” são usadas hoje na cirurgia geral, cirurgias cardíacas, dermatologia, neurologia, cirurgias da coluna entre diversas outras. Na Medicina Dentária não é diferente. Grandes avanços tecnológicos têm permitido facilitar o trabalho do especialista e trazer benefícios para os pacientes. Exames como tomografias computadorizadas permitem ao dentista saber a espessura do osso, a posição da arcada dentária e a relação com estruturas da face como nervos e artérias, permitindo escolher o
tamanho e posição do implante dentário que substituirá um dente natural, por exemplo. Actualmente é possível examinar os dentes dos pacientes com câmeras de vídeo intra-orais, detectar cáries com aparelhos de laser e marcadores químicos ou ainda com RaioX digital. Depois de detectadas, as cáries iniciais podem ser tratadas com auxílio de lentes de aproximação microscópicas e instrumentos adequados à medicina dentária “micro-invasiva”, promovendo a preservação dos tecidos dentários.O barulhinho do motor e da broca aos poucos estão a ser substituídos pelos aparelhos de laser que “cortam” seletivamente o esmalte dos dentes. Pontas diamantadas em aparelhos de ultrassom removem somente o tecido cariado, sem necessidade do uso da anestesia. Outra técnica são os “jatos” de partículas de óxido de alumínio ultrafino, que também removem a cárie dental. A Saúde Oral é a base de uma vida saudável e feliz!
Caminhada junta viseenses por um coração saudável Micaela Costa
Opinião
O serviço de cardiologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu realiza a primeira caminhada “Juntos por um coração saudável”, no próximo domingo, dia 26, às 10h15, com partida prevista no Parque Urbano da Radial de Santiago, em Viseu. A concentração está marcada para as 8h45 com a oferta dos ktis. Seguemse atividades desportivas
no parque antes da caminhada. O trajeto segue pela Rua do Coval, Avenida Emídio Navarro, primeira circular Norte (frente ao Continente) e chegada ao Parque urbano da radial de Santiago. Cada participante deve pagar a sua inscrição através de um bem alimentar no valor até um euro a reverter para o Banco Alimentar.
EM CASO DE INTOXICAÇÃO
808 250 143 chamada local
Jornal do Centro
40 SAÚDE
23 | maio | 2013
CÂMARA DE VOUZELA E ACAPO OFICIALIZAM COLABORAÇÃO A Câmara de Vouzela e a delegação de Viseu da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO ) assinaram na segunda-feira, dia 20, um protocolo de colaboração no âmbito do “Projeto Reintegrar – Apoio Itinerante às Pessoas Portadoras de Deficiência Visual”. “O documento visa dar continuidade ao trabalho que esta associação tem vindo a desenvolver há alguns anos em Vouzela e pressupõe o acompanhamento dos utentes invisuais do concelho”, revela a autarquia em comunicado. Atualmente são apoiados em todo o concelho 17 utentes. O trabalho é efetuado no próprio domicílio dos cidadãos portadores de deficiência visual e pressupõe apoio psicológico, social, estimulação sensorial e desenvolvimento, orientação e mobilidade, atividades da vida diária, Braille e Informática.
SOS VOZ AMIGA
800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS
Opinião
Doentes com hipertensão resistente correm perigo de desenvolver doenças cardiovasculares
Fernando Pinto
Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão
A hipertensão arterial (HTA) é um problema de saúde pública em Portugal. Um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão revela que 42,2% da população é hipertensa e que um quarto dos doentes continua por tratar. Em Portugal, estima-se que cerca de 57% dos hipertensos não têm a doença controlada, tendo por isso o triplo de probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares (ataque cardíaco, enfarte, insuficiência cardíaca), quando comparados com indivíduos com pressão arterial controlada. Uma das explicações para o facto de muitos hipertensos não terem a sua pressão arterial controlada é o fato da doen-
ça ser muitas vezes totalmente desprovida de sintomas durante anos, o que leva a que muitos doentes não adiram corretamente às medidas terapêuticas propostas pelos profissionais de saúde, que incluem alterações do estilo de vida e toma continuada da medicação nas dosagens e horários corretos. Outra das conclusões importantes do estudo prende-se com o aumento do número de casos de HTA resistente (HTAr), isto é uma pressão arterial não controlada (acima de 1 40/90m m Hg) apesar da toma diária de três ou mais medicamentos em doses e combinações adequadas; cerca de 8 por cento dos hipertensos medicados têm esta forma mais
grave da doença (muito maior risco de sofrer complicações). Até há pouco tempo as alternativas para o tratamento dos doentes com hipertensão resistente eram essencialmente farmacológicas, havendo necessidade nalguns doentes de se combinar 3, 4 ou até mais medicamentos ao mesmo tempo. Atualmente, já está disponível em Portugal, uma técnica inovadora minimamente invasiva, chamada de desnervação renal, que permite tratar com sucesso os doentes com hipertensão resistente, conseguindo uma redução significativa e sustentada dos níveis de pressão arterial. (Artigo publicado a propósito do Dia Mundial da Hipertensão, 17 de maio)
Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 41
23| maio | 2013
INSTITUCIONAIS 1ª Publicação
1ª Publicação
ZÉ DA PINHA
Vende Pinha (Sacos c/ mais de 50 pinhas) Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira. Terra para Vasos (Sacos 5Kg.) Aparas de madeira para lareira e grelhador. T. 967 644 571 | zedapinha2011@gmail.com (Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
Jornal do Centro
42 CLASSIFICADOS
23 | maio | 2013
INSTITUCIONAIS 1ª Publicação 1ª Publicação 2ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
OBITUÁRIO (Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
2ª Publicação
Maria Adília da Conceição, 91 anos, viúva. Natural de Cabril e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 17 de maio, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Gozende.
Arminda Gomes Silvestre, 90 anos, viúva. Natural de Manhouce e residente no Lar da Misericórdia, em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.
Abílio Pereira (Cancelo), 87 anos, viúvo. Natural e residente em Lamelas, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 22 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Lamelas.
Maria de Lurdes Ferreira da Silva, 65 anos, viúva. Natural e residente em Caveirós, Cambra. O funeral realizou-se no dia 14 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cambra.
Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358
José Marques da Silva, 88 anos, casado. Natural e residente em Ferreiros, São Vicente de Lafões. O funeral realizou-se no dia 15 de maio, pelas 17.45 horas, para o cemitério de São Vicente de Lafões.
Deolinda de Jesus, 93 anos, viúva. Natural e residente em Freixiosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 16 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Freixiosa.
Ag. Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252
Adelina de Jesus Cabral Silva, 60 anos, casada. Natural de Povolide, Viseu e residente em Fagilde, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fagilde.
Fernando Gaifem da Silva, 66 anos, casado. Residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses.
Rosa de Jesus, 95 anos, viúva. Natural e residente em Tabosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 19 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão.
Arminda da Costa, 81 anos, casada. Natural e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Ranhados.
Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652
Idalina dos Santos Loureiro, 72 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.
Maria Idalina, 88 anos, viúva. Natural e residente em São Vicente de Lafões. O funeral realizou-se no dia 10 de maio, pelas 19.15 horas, para o cemitério local. (Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
Cesária da Costa Pereira, 85 anos, viúva. Natural e residente em Covelinho, São João da Serra. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 14.00 horas, para o cemitério local. António Ferreira, 78 anos, casado. Natural e residente em Mogueirães, Cambra. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Cambra.
(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)
Maria da Luz Leal Andrade, 92 anos, viúva. Natural e residente em Tábua. O funeral realizou-se no dia 20 de maio, pelas 11.30 horas, para o cemitério local. Maria José Monteiro do Nascimento Santos, 51 anos, casada. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Senhorim, Nelas. Ag. Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
Jornal do Centro 23| maio | 2013
clubedoleitor
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DEscreva-nos para:
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
ANIMAIS DE RUA
HÁ UM ANO EDIÇÃO 532 | 25 DE MAIO DE 2012 Publicidade
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRETOR
Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
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Nuno André Ferreira
| Telefone: 232 437 461
BONECA A Boneca é uma cadela de porte médio, adulta que era alimentada por uma benfeitora junto a uma escola. Quando os pais dos alunos se começaram a queixar da cadelinha e do seu namorado as entidades tiveram que agir. A GRUMAPA foi buscá-la (e aos seus filhotes) ao canil onde iriam ser abatidos e hoje vivem na nossa associação. É extremamente meiga, dócil, muito tímida e obediente. Depois de todo este tempo na rua precisa de uma familia que a mime!
BEBÉS Este menino e o seus irmãos foram atirados para um caixote do lixo mal acabaram de nascer. Quando foram salvos ainda traziam o cordão umbilical e estavam tão fracos que dos 8 filhotes apenas 2 sobreviveram. Neste momento estão com 2 meses, serão de porte médio a grande e encontram-se em FAT. Precisam de uma família para toda a vida!
GRUMAPA | TLM 919899768 | grumapamangualde@gmail.com | www.grumapa.com Publicidade
Semanário 25 a 31 de maio de 2012
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 15 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ECONOMIA pág. 18 > DESPORTO pág. 21 > SUPLEMENTO pág. 30 > EM FOCO pág. 39 > CULTURA pág. 42 > SAÚDE pág. 44 > CLASSIFICADOS pág. 46 > NECROLOGIA pág. 47 > CLUBE DO LEITOR
·
Ano 11 N.º 532
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
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Empresários apostam na internacionalização ∑ Hotel Montebelo foi o palco da conferência “PME, as empresas
e o futuro”
| pág. 17
∑ Viseu naturalmente regressa ao Parque ∑ “As empresas portuguesas têm dificuldade em trabalhar em conjunto”
∑ “O Termalismo é um produto turístico de excelência” (Teresa Vieira)
∑ Ciclo de colóquios dedicados a Aquilino Ribeiro ∑ João Azevedo recandidata-se à Federação do PS ∑ Escola fechada a cadeado ∑ Feira dos produtos endógenos na Agrária
tempo
JORNAL DO CENTRO 23 | MAIO | 2013
Hoje, dia 23 de maio, pouco nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 24 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 9ºC. Sábado, 25 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 19 e mínima de 7ºC. Domingo, 26 de maio, pouco nublado. Temperatura máxima de 18ºC e mínima de 7ºC. Segunda, 27 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 7ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Sexta, 24
Encerrados no presente
Vouzela ∑ O Centro Social de Cambra promove um seminário sobre “Respostas sociais aos problemas da velhice na atualidade”, às 9h15, a sede da Filarmónica Verdi Cambrense.
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Domingo, 26
Santa Comba Dão ∑ 4ª edição do Concurso de Vestidos de Chita, às 15h30 no Cine-Teatro da Casa da Cultura de Santa Comba Dão. Moimenta da Beira ∑ A Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal evoca a obra e a figura do líder histórico do PCP com um programa que começa às 12h00 com uma paragem junto ao busto de Aquilino Ribeiro, em Soutosa. S. Pedro do Sul ∑ Apresentação pública da iniciativa “Terra Amada” intervenção a realizar na Aldeia de Covas do Monte, às 16h00, em Covas do Monte
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DR
Sábado, 25
Resende ∑ Os Amigos da Vespa de Resende, em conjunto com o Vespa Clube do Porto promovem a 1.ª Concentração de Vespas em Resende, às 9h30, no Parque Urbano da Vila.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
A Ator previligia contacto direto com o público ao longo desta viagem pelo país
Tournée de Nicolau Brayner passa por Viseu Locais de encontro∑ Forum, Auditório Mirita Casimiro e “Show Nico” no Teatro Viriato O ator Nicolau Brayner vai estar esta sexta-feira, dia 24, em Viseu para apresentar o seu espetáculo Show Nico, no Teatro Viriato, às 21h30. Mas esta tournée nacional inclui uma passagem pelos centros comerciais com a marca Forum antecedendo os espetáculos nos teatros e auditórios. Nesse sentido estará no Forum Viseu às 17h00. Nicolau Breyner fará uma intervenção artística em formato de antevisão do seu espetáculo, contará histórias da sua vida enquanto artista, e algumas das suas vivências no tea-
tro e na televisão. Os visitantes terão ainda a oportunidade de interagir com o ator durante as sessões de autógrafos igualmente programadas. Para Nicolau Breyner, “este é o contacto direto que todos os atores de televisão e cinema precisam de ter com o público numa espécie de reciclagem que remete para as origens da profissão, o palco”. E m Viseu , Nicol au Brayner tem ainda agendada uma passagem pelo Auditório Mirita Casimiro, às 19h00, para se encontrar com jovens participantes na edição deste
ano do Festival de Teatro Jovem. O espetáculo Show Nico é uma viagem introspetiva pela vivência individual e coletiva de Nicolau Breyner, enriquecida pela observação e a experiência ganha ao longo dos anos, onde todas as crises são questionadas e desmistificadas pelo olhar crítico e pontos de vista muito próprios. Com o otimismo que lhe é próprio, Nicolau Brayner vai fazer as pessoas perceberem que todas as crises têm um lado positivo. Para ver às 21h30 no Teatro Viriato.
A vida de Henry Gustave Molaison não foi nada boa. Na lotaria que é este “estar cá”, ele teve muito azar. Aos 10 anos teve o primeiro episódio de epilepsia. Os ataques tornaram-se cada mais frequentes e mais fortes, pelo que em 1953, tinha Henry 27 anos, fizeram-lhe dois buracos no crânio, um de cada lado, e removeram-lhe parte da massa encefálica. Depois da cirurgia, Henry ficou muito melhor da epilepsia mas aconteceu-lhe uma catástrofe: a operação retirou-lhe a memória da sua vida e a capacidade de formar novas evocações. Henry ficou encerrado no presente — o seu campo de consciência ficou reduzido a trinta segundos. Nos 55 anos seguintes — Henry morreu em 2008 -, ele foi o caso de amnésia mais estudado no mundo, foi sujeito a todo o tipo de testes, a imagiografia do seu cérebro figurou em todos os manuais da especialidade. O seu caso é descrito em “Permanent Present Tense: The Unforgettable Life of the Amnesic Patient H. M.”, um livro acabado de editar no Estados Unidos, da autoria de Suzanne Corkin, a médica que o acompanhou e o protegeu, impedindo que ele fosse tratado como um fenómeno de feira. Li a recensão deste livro no dia em que as televisões estiveram a fazer um estardalhaço com o relatório da OCDE entregue, em Paris, por Angel Gurria a Pedro Passos Coelho. Nas televisões ninguém recordou às pessoas que, em Setembro de 2010, a menos de um ano da nossa bancarrota, o mesmo Angel, com a mesma cara-de-pau, apareceu nas televisões a entregar um outro relatório salvador da pátria, então a Teixeira dos Santos. Tanto em 2010 como agora seguiram-se, depois, os intermináveis enche-chouriços do costume dos comentadores televisivos. O fluxo de notícias é cada vez mais os trinta segundos de Henry Molaison. Uma coisa sem passado e sem futuro, encerrada no presente, a fingir que está a informar o público.
Cinquentenário da morte de Aquilino Ribeiro assinalado em Sernancelhe
A Câmara Municipal de Sernancelhe, com a colaboração de vários aquilinianos como Alberto Correia, António Fernandes, Fernando Paulo, Manuel de Lima Bastos, Eugénia Pereira, Paulo Neto, vai assinalar o cinquentenário da morte de Aquilino Ribeiro, com a iniciativa “Meio século de memória(s) - uma geogra-
fia sentimental”, marcada para sábado, dia 25, às 9h30, no Auditório Municipal de Sernancelhe. A autarquia lembra em comunicado à imprensa que “ao século XX português está indelevelmente associada a figura do escritor Aquilino Ribeiro”, natural da freguesia de Carregal, concelho de Sernancelhe,
onde nasceu a 13 de setembro de 1885. Falecido a 27 de maio de 1963, “este vulto das letras teve honras de Panteão Nacional e continua a ser um dos escritores mais admirados em Portugal e no Mundo”, termina.