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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 30 de maio a 5 de junho de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 10 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO
Ano 12 N.º 585 1 Euro
pág. 21 > DESPORTO pág. 23 > CULTURA pág. 27 > EM FOCO pág. 32 > CLASSIFICADOS
REGIÃO DE VISEU
pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
·
novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 28 > SAÚDE
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pág. 18 > ECONOMIA
Novo acordo ortográfico
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“Portugal exporta mais fruta para o Brasil do que aquela que importa e exporta mais fruta do que vinho”
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∑ Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território | páginas 10 e 11
2
Jornal do Centro 30 | maio | 2013
praçapública rA Lei do Arrenda- rAo que me parece, rO país está triste, rAtirar pedras ao IPV
palavras
deles Editorial
mento é uma lei equi- a vila de Sernancelhe esforça-se por preservar librada” a memória do seu povo, da sua cultura, das suas tradições, do que foi e do que é. Porque, um povo sem memória é um povo que não existe ou vai deixando de existir paulatinamente” Assunção Cristas
Amélia Santos
Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, em entrevista ao Jornal do Centro
Professora do Ensino Secundário, em declarações ao Jornal do Centro
está deprimido mas é suicídio para quem a crise sente-se mais pensa no desenvolviem Lisboa, o que é mento regional” natural”
Nicolau Breyner Ator (Entrevista ao Jornal do Centro, 24 de maio)
João Cotta Presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (Declarações ao Jornal do Centro, 28 de maio)
Tenho muito orgulho na liderança de Viseu em qualidade de vida, mas…
… mas, diabo de conjunção adversativa, esta qualidade de vida não é para todos, esta qualidade de vida, seja atestada por Oxford, Cambridge, SorbonPaulo Neto ne, Lovaina ou a Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt Lusófona, não me convence. E mesmo que o estudo da Deco-Proteste a eleja como a ”cidade com melhor qualidade de vida”, eu, cidadão aqui residente há três décadas, permito-me discordar. Viseu, em 103 cidades de Espanha, Bélgica, Itália e Brasil, ficou em 10º lugar, porém, eu, cidadão aqui residente há três décadas, permito-me discordar. Mas este discordar não é eufórico. Ou melhor, não me faz feliz. Antes me deixa triste, acabrunhado, deprimido… Dizia-me um oficial superior do exército que Viseu “parece o quartel em dia de visita de general”. Forma simpática de afirmar que tudo o que está à vista brilha e rebrilha. Aqui, neste jornal, já eu próprio referi que Viseu é comparável a uma bela loira, mas… que cheira mal dos pés. Os parâmetros objectivos determinantes destas avaliações parecem ser os acessos à saúde, educação, habitação; a mobilidade, a segurança, a criminalidade, o emprego, a qualidade do comércio e serviços, a cultura, o desporto, a ocupação de tempos livres, o
planeamento e gestão municipal, a paisagem urbana e o meio ambiente. Mais se terão apurado as altas classificações obtidas a nível de restauração e de limpeza e de negativo, por ordem decrescente, o crime, o consumo de drogas e a dificuldade em arranjar emprego. Se alguns destes itens chocam entre si, outros serão absolutamente merecidos e alguns, verdadeiras falácias ou deficiências visuais de quem classificou e pontuou. Gosto muito de Viseu. Considero-a a minha terra. Não escrevo estas linhas com prazer. Porém, com que honradez podemos nós compactuar com inverdades, distorções da realidade, realidades construídas? A taxa de desemprego em Viseu é elevadíssima. Na faixa etária dos mais jovens atinge números calamitosos. Circular pelas ruas de Viseu é hoje ver em cada três comércios, um fechado. E já nem vamos à polémica Rua Direita, outrora fervilhante de riqueza e multidão e hoje, centro de pobreza e desertificação. Mas… a paisagem urbana e o meio ambiente são duas calamidades que se tentam envernizar como se de um cosmético verniz se tratasse para ocultar o surro das unhas negras… E são também duas manchas negras a toldar o cerúleo do céu… Basta dar uma volta pela parte mais posterior da Cava do Viriato, monumento nacional, com ribeiras nauseabundas e lixeiras a céu aberto, deambular pela Quinta do Galo a dois passos do IPV, passear pela Quinta do Bosque, sem falar nas lixeiras a cem metros
da estrada nacional a seguir a Repeses, Vila Chã, passar por São Salvador, Esculca, etc. E para não ir mais longe, porque falamos da cidade e da sua zona envolvente, dar um passeio por todas as freguesias onde e em geral, nenhuma escaparia. Basta ver as gruas abandonadas há anos por todo o lado a inquinar a paisagem urbana… E isto chama-se poluição visual! No meu caso, e perdoe-se-me a pessoalização, basta-me chegar à janela de trás da casa onde moro, porque a da frente dá para a do presidente da autarquia… e constatar um imenso terreno há muito devoluto, lixeira de obra, cheio de entulho, com silvedos do tamanho de dois homens, ratazanas maiores que gatos e pensar, que qualidade de vida é esta? Aqui, numa zona residencial da cidade, a 30 metros da mais conceituada unidade hoteleira local e a 40 metros da casa do autarca-mor? Os moradores da quinta do Galo têm as mesmas visões poluídas, sujas, porcas, de cada vez que assomam às janelas. Que qualidade de vida é esta? E não vou mais longe. Hoje. O que diz a legislação em vigor sobre entulhos? Não é da jurisdição camarária, fiscalizar por cada obra um plano de estaleiro e de depósito? Porque se perpetuam, negligentes, sistemáticos, indiferentes, crónicos, estes estaleiros? Com a compactuação de quem? O presidente da junta de freguesia que integra a Quinta do Bosque, um dia questionado, escreveu nada poder fazer em terrenos privados… Será que não leu o Regulamento Municipal? Será que situações deste teor es-
tão omissas? Será que espera que acreditemos que vai resolver estes problemas, que agora ignora, quando e se for eleito para a Junta Metropolitana? E as ratazanas que aí abundam? Já ouviram falar em desinfestação? Ao lado de urbanizações e vivendas onde moram, crescem e brincam crianças? Não serão um caso de Saúde Pública? E a autoridade de Saúde Pública se desconhece estes casos, depois deste artigo não os poderá ignorar mais. E o CODIS, agora que a canícula se aproxima e perante a carga combustível da vegetação e dos resíduos, se houver um incêndio urbano, não poderá dizer que ignorava a sua eventual possibilidade… porque eu próprio os denunciarei ao Ministério Público, por negligência. É uma vergonha. Além de ser uma vergonha, a autarquia ao tentar fazer passar os seus munícipes por parvos, está a usar de desrespeito, indigno e inqualificável. Há muito a gabar em Viseu. Mas não tapem o sol com a peneira porque a peneira tem furos… E esta protecção, este “pacto” com prevaricadores, mais do que cegueira aparente indicia eventual negligência e mais do que negligência, evidencia possível incúria e mais do que isso… não sabemos nós o que poderá ser! Senhor presidente da câmara, senhor vereador com o pelouro do ambiente, senhores presidentes das juntas: orgulhem-se da qualidade de vida de Viseu mas vão para lá das refasteladas sondagens e inquéritos. Vão para o terreno e vejam do que falo.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 30| maio | 2013
números
estrelas
50
Hélder Amaral Candidadto à Câmara Municipal de Viseu, pelo CDS/PP
José Mário Cardoso Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe
Com sabedoria, persistência e sem oportunismos de última hora, Sernancelhe homenageia há anos o filho da terra, Aquilino Ribeiro.
Instituto Politécnico de Viseu
Após grande ponderação, o deputado centrista apresentou, finalmente a sua candidatura à autarquia viseense.
O seu impacto f inanceiro na região de Viseu, em 2012, foi de 69,5 milhões de euros.
Os anos passados sobre a morte de Aquilino Ribeiro, a 27 de maio de 1963.
Importa-se de responder?
Que representa para si o dia Mundial da Criança? (1 de Junho) Representa um dia de alegria para os mais pequenos e também para os adultos uma vez que todos temos uma criança que ainda vive dentro de nós.
Este dia para mim não representa apenas uma data especial que deva ser comemorada. A sua essência reflete-se sim no amor e na alegria que sentimos todos os dias que estamos com elas.
Andreia Lopes
Sandra Silva
Empregada de Mesa
Auxiliar de Laboratório
Representa a alegria, a energia e a felicidade das crianças. Para mim como mãe é, sobretudo, bastante enternecedor poder partilhar desta sua simplicidade e da sua espontaneidade que se revela nos mais pequenos atos.
Opinião
O Dia Mundial da Criança representa a idade da inocência e uma lembrança diária de que ainda há crianças felizes que são apoiadas pela família, que têm atividades enriquecedoras na escola e às quais não falta nada. Este é, sobretudo, um dia que as faz felizes e que nos recorda todas aquelas que no país não têm a mesma sorte.
Ana Araújo
Alexandra Brandão
Contabilista
Consultora Imobiliária
Esta Presidente que eu escolhi
Em Março, Alice Vieira foi anunciada como candidata à Assembleia Municipal de Mafra numa lista pelo PS. O PCP considerou que Alice Vieira, seu membro, desrespeitou os seus deveres, ainda que, pelos vistos, a autora esteja afastada, nem pagando quotas, há muito tempo. Alice Vieira, por seu turno, disse que “as autárquicas são eleições diferentes das legislativas, em que votamos na pessoa e não nos partidos”. Até gostávamos de acreditar que fosse assim - generalizadamente assim - mas receio que todas e todos nós tenhamos memórias de campanhas políticas em que entusiastas apoiantes com camisolas laranjas ou vermelhas faziam das autárquicas um acontecimento clubístico. Muitas dessas pessoas presentes nos comícios das bifanas nem
sabiam o nome dos candidatos pelos quais agitavam bandeiras. Sim, é um cenário de terror, mas mais comum do que a convicção de Alice Vieira deixa adivinhar. Não se deve desprezá-lo ou parodiá-lo, dado que nos transmite um alerta quanto à nossa consciência política. Mas pensemos no cenário que Alice Vieira nos transmite – sabendo que não é o único nem maioritário, mas que existe e merece ser reconhecido. Votamos nas pessoas, não nos partidos. Devemos ficar em paz? Enfatize-se: a competência, como o seu contrário, é transversal a toda a sociedade portuguesa, talvez não nas proporções que desejaríamos, mas, ainda assim, podemos encontrar nos partidos políticos pessoas competentes. Mas ao eleger uma pessoa, ain-
da que competente, por um partido político, o que teremos se não um partido político reforçado por essa eleição? E, como já anteriormente referi, um partido político reforçado representa o reforço e manutenção deste sistema, desta élite. E isso não é bom. Por seu turno, obviamente, um movimento autárquico independente, per se, não é garante de nada, especialmente se for uma daquelas independências feitas de dissidências baseadas no ressabiamento, para usar bom português. Mas um movimento autárquico verdadeiramente independente reúne essa primeira condição para merecer o meu respeito: o seu sucesso é um buraco no sistema, uma brecha no tapete feito de lianas. Por último, esse tapete foi sustentado porque os partidos políticos e as empresas suas
compinchas formavam um círculo de interesses demasiadamente pequeno. A política feita debaixo da mesa e os negócios de amigos foram facilitados pela socialização dos homens que os faziam, uma socialização em que os homens foram educados na e para a praça pública, inseridos em clubes desportivos, culturais, nos grupos nos cafés e nos jantares de negócios. Espaços, até há bem pouco tempo, vedados a mulheres e cuja permeabilidade tem sido lenta. Assim, a generalidade das mulheres não tem ao seu dispor a rede de contactos do tipo polvo que têm cultivado os homens que têm feito a política. Garantir, pois, que se sobe o número de mulheres eleitas no Poder Local poderá representar, também, mais brechas no sisteSilvia Vermelho ma. Até cair.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)
Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt
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Geóloga mariasobral@gmail.com
Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro 30 | maio | 2013
Famílias, famílias há muitas Convencional, chamam a uma família composta por um pai do sexo masculino e uma mãe do sexo feminino. Confusa e anticristã chamam a uma família formada por dois membros do mesmo sexo, dois pais ou duas mães. Surpreendente foi a palavra usada para descrever o resultado da votação em Assembleia da República relativa à coadoção por casais do mesmo sexo. Mas confusa fico eu, por não
saber o que chamar às famílias ditas convencionais que abandonam crianças, que dentro de paredes abusam, maltratam, violam, usam, exploram, magoam, traumatizam… e surpreendida fico com números, 60.000 crianças em risco, 1.087 crianças institucionalizadas, e zero, sim zero, crianças em risco ou institucionalizadas por terem sido criadas por casais gays! Quantos de nós conhecem valerosas
pessoas que foram criadas por um pai e um avô, duas tias, ou dois outra coisa qualquer mas do mesmo sexo? Muitas! Estão confusas? Não! Foram amadas, educadas, e vingaram na vida, agradecidas por um dia o preconceito ridículo da dita família convencional não ter sido o passado delas. Se duas pessoas, com ou sem relação familiar com a criança, são capazes de amá-la e dar-lhe um futuro, coisa que muito
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
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Opinião
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Tiragem média
Da Tribuna
1. D. Sebastião à Direita: O facto político mais relevante da semana anterior foi o anúncio oficial da candidatura autárquica de Hélder Amaral. O CDS-PP, à espera do seu D. Sebastião, tem a secreta esperança de voltar a repetir as votações do Engº Engrácia Carrilho. Principal problema: desde a inauguração do Ruísmo [facto que ocorreu algures antes da queda de um muro em Berlim] o mundo mudou e o eleitorado do CDS local temse vindo a desagregar. Para reverter o estado da nação, Hélder Amaral, promete avançar primeiro com as ideias e só depois com as caras que vão dar corpo ao projecto. É certo que Hélder destacou-se nos bancos da AR como a formiga trabalhadora,
por oposição às cigarras que todos conhecemos, mas corre contra o tempo e contra o aparelho laranja instalado no poder, de quem é parceiro no Governo, e Junqueiro tudo fará para que o eleitorado disso não se esqueça. Nestas eleições a candidatura de Hélder é mais um facto positivo, na medida em que vamos ter os três principais rostos na vida política local em disputa directa entre si. Até pode ser que se dê o caso de se começarem a discutir ideias e projectos, este seria o mais importante contributo de Hélder Amaral para estas autárquicas. 2. A crise quando nasce não é para todos:
Existe uma saudável esquizofrenia na vida política portuguesa, esta condição é o sal que anima discussões populares e páginas de jornais. Sejamos honestos, qualquer povo romântico gosta de um bom “cafajeste”. Quem não se recorda de autarcas satisfeitos pois a limitação de mandatos apareceu em boa altura e afinal de contas todos precisamos de descanso, para logo depois afirmarem que tinham sido “expulsos” do jogo sem razão aparente e, quais velhas glórias, ainda sonham com o regresso? Se é deste golpe de rim que o povo gosta, as coisas mudam de figura quando se fala de dinheiro em época de crise. Segundo o líder da distrital do PSD: “Não fazia sentido, num
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Gerência
Jorge Loureiro Presidente da AHRESP – Viseu
Opinião
Pedro Santiago
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Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
União Portuguesa da Imprensa Regional
Portugal como “Bom Aluno” de Bruxelas que já demonstrou ser, deverá seguir o exemplo mais recente da União Europeia, e revogar esta inusitada legislação, que atenta contra a Gastronomia Portuguesa “Património Nacional”, o Setor da Restauração, e o Ambiente Lisboa, 24 de Maio de 2013 – Após
8 anos de insurgimento, por parte da AHRESP, à portaria 24/2005, referente à proibição da utilização dos tradicionais galheteiros de azeite, nos estabelecimentos de Hotelaria, Restauração e Bebidas, é com satisfação que assistimos agora ao recuo da união Europeia, numa medida que pretendia alargar a todos os países da Co-
munidade, a utilização obrigatória de garrafas invioláveis e não reutilizáveis para aceite na Hotelaria e Restauração. Portugal, em detrimento do bom senso agora demonstrado pela União Europeia, foi o único país do mundo a criar esta vergonhosa legislação, gerando um custo de contexto des-
Do baptismo à co-adopção
…«Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!… Porque padecem assim?!…» Augusto Gil in Balada de Neve. Bem me lembro do que por aí se batalhou sobre o baptismo dos bebés e o “terrível” erro cometido pelos seus pais por não lhes darem a oportunidade de se pronunciarem ao levá-las à pia para lhes
Opinião
Associação Portuguesa de Imprensa
Portaria europeia dos galheteiros na restauração
deitar a Água Benta pela fronte e lhes ungirem os Santos Óleos. Esgadanharam-nos portas e janelas através da rádio, TV e jornais que, por sua vez, deram o tema por bom e adjudicaram a causa, exibindo entrevistas, artigos de opinião e talkshows sobre a matéria. Pais houve que adregaram à causa e deixaram de baptizar os filhos a tempo, como de hábito, descarnando desavenças e erguendo muros com a geração anterior. Achavam, esses “pensadores”, que se deveria esperar que as crianças se fizessem gente com vontade própria e,
nessa altura, decidissem sobre se queriam, ou não, ser baptizadas. Teria algum mal, porventura, que uma criança crescesse depois de ter passado por essa cerimónia? Iria causar-lhe estorvo no crescimento físico ou mental? E quando crescidinho, se entendesse não abraçar a fé católica, iria sofrer de algum trauma por se saber baptizado, ungido e molhado na Pia? Os nossos políticos, à míngua de assuntos de Estado verdadeiramente importantes e na falta de coisas para fazer e pensar, trouxeram a debate
Cavacadas VS Palhaçadas
O Presidente da República pediu à Procuradoria-Geral da República que analise ao abrigo do artigo 328º do Código Penal, que refere que “quem injuriar ou difamar o Presidente da República, ou quem constitucionalmente o substituir é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa”, as declarações de Sousa Tavares ao Jor-
nal de Negócios. O jornalista afirmou que “o pior que nos pode acontecer é um Beppe Grillo, um Sidónio Pais. Nós já temos um palhaço. Chamase Cavaco Silva. Muito pior do que isso, é difícil”. Estas afirmações, entretanto consideradas exageradas pelo próprio autor, configuram uma crítica ao personagem político e provavelmente, na
minha opinião, ao cidadão Cavaco Silva, mais do que propriamente ao Presidente enquanto figura cimeira da nossa hierarquia institucional. O número 2 do mesmo artigo acrescenta que “se a injúria ou a difamação forem feitas por meio de palavras proferidas publicamente, de publicação de escrito ou de desenho ou por qualquer meio
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 30| maio | 2013
pai e muita mãe biológica são perfeitamente incapazes de fazer, onde entra a questão da orientação sexual? Sinceramente não sei…pois esta não é coisa que distinga nada, para mim ninguém é menos ou mais competente como pai ou como mãe se for heterossexual, gay ou outra coisa qualquer. São inúmeros os exemplos na natureza de espécies com comportamentos homossexuais, como inúmeros são também os casos de espécies que adotam para criação crias de
outras como sendo suas. Mas nós, os humanos, que gostamos que não nos confundam com animais porque somos racionais, somos afinal estupidamente irracionais a proteger a prole. Somos capazes de compactuar calmamente com a criação de crianças no horror da violência doméstica, no alcoolismo, no incesto e outros demais, mas não conseguimos aceitar duas mães ou dois pais. Então e as “tias”? As senhoras chiques de Cascais que têm inúmeros sobrinhos fi-
lhos das amigas. Pensarão na confusão que isso causa nas criancinhas? Não, porque a confusão na cabeça das criancinhas é gerada pela confusão que vai na cabeça de quem as educa. O mesmo se passa com o preconceito, se não for ensinado/praticado não existe, seja na cabeça das criancinhas, seja nos colegas das mesmas. Para país extremamente solidário, éramo-lo muito pouco com os nossos descendentes. Esta decisão tão surpreendente como alguns cha-
maram, é uma esperança e uma proteção para muitas crianças, porque famílias há muitas, mas convencionais (leia-se ideais), são só as que respeitam as crianças como indivíduos capazes de entendimento, que lhes dão toda a informação necessária para formularem uma opinião limpa de preconceitos, e que acima de tudo as criam livres, felizes, cheias de amor…o número de pais, mães, tias ou avós não faz diferença, o que faz diferença é não ter ninguém...
momento em que o país está a passar dificuldades, que se fizesse uma campanha com ostentações e festas”, rematando a questão com um afirmativo “Não vamos prometer o que não podemos cumprir e vamos assentar sempre numa mensagem de verdade e sem ilusões”. Se Mota Faria, e bem, apelou à contenção de custos na campanha eleitoral laranja, uma vez que o país se encontra sob assistência financeira, a candidatura de Almeida Henriques tratou de ignorar olimpicamente o presidente da distrital, povoando a cidade de outdoors. É sempre mau prenúncio começar a campanha eleitoral as-
sumindo uma posição, mas, na prática, fazer exactamente o seu oposto. E convenhamos, tal como Mota Faria percebeu, em época de aperto financeiro um pouco de decoro nunca matou ninguém. 3. Época de Incêndio: Todos nós sabemos qual a importância do Corpo de Bombeiros Municipais. Se o leitor não entende o que lhe digo vá à sua cozinha ligue o gás, espere dez/quinze minutos, e acenda um fósforo. Agora, entendeu a ideia? Então está na hora de saber que os Municípios têm responsabilidades nesta matéria, também deve
ser alertado para o facto do orçamento dos corpos de bombeiros ser curto havendo a necessidade de rentabilizar os meios existentes. O amigo desse lado do jornal, também deve ter em conta que o responsável máximo da Protecção Civil Municipal é o simpático presidente da autarquia, sendo que nada justifica o vazio que há a respeito desta matéria neste Concelho, estando inclusive em incumprimento perante a Lei 65/2007 dada a falta de um serviço Municipal de Protecção Civil. Mas o que é que a cidade espera dos Bombeiros Municipais? Espera um serviço que funcione, que res-
ponda eficazmente à população e que sensibilize na época de inverno através de acções nas escolas e nas juntas de freguesia. Como todos sabemos, ninguém está livre de um acidente. Em caso de não haver capacidade de resposta, o processo, pela falta de socorro, segue em nome do presidente da autarquia? Alguma coisa tem de mudar, a actual situação é um completo desrespeito pela população.
necessário às nossas empresas, causando prejuízos incalculáveis, e sem vislumbre de qualquer mais-valia. Resta-nos perguntar quem pagará a fatura destes penosos anos de aplicação da legislação? Os embaladores, as Marcas?! Facto é que tivemos de lidar, para além de inúmeras contrariedades, com aumentos de mais de 250% neste produto essencial à Gastronomia Património Cultural de Portugal. A famosa Portaria dos Galheteiros, que
não aumentou o negócio dos produtores de aceita, antes pelo contrário, criou mais custos de contexto às nossas empresas, só beneficiou os intermediários do negócio do azeite, ou seja, os embaladores, que à custa dos nossos bolsos, nos passaram a vender embalagens poluidoras de azeite, e já agora de vinagre, e já agora os suportes para as duas embalagens. Tantas e tão boas formas de servir, degustar e trabalhar o azeite português foram afetadas, em alguns casos perdidas,
em razão do excesso de “seguidismo” e “bom aluno” que caracteriza os nossos responsáveis políticos, sempre muito disponíveis para importar modelos que muitas vezes, mais não são do que interesses encapotados de diretivas europeias. Esta é uma boa noticia para a nossa Gastronomia Regional, que pode e deve agora, libertar-se de custos e embalagens dispensáveis, sem qualquer ganho para o cliente e para a boa Gastronomia Portuguesa.
A AHRESP continuará empenhada na revogação desta desastrosa Portaria. Mas quanto ao apuramento de responsabilidades, “a culpa morrerá solteira”? Em contrapartida gostaríamos de ver implementada a Diretiva 2009/47/CE do Conselho Europeu, que há mais de 4 anos recomenda a Portugal que aplique a taxa reduzida de IVA na Restauração, setor de forte intensidade de mão-de-obra, como forma de proteger o emprego, e combater a economia paralela.
a “cu-adopção”. Tróica? Dívidas? Desemprego? Falta de líderes? Bancarrota? Corrupção? Enriquecimento ilícito? Contas offshore dos políticos? BCP? Vítor Constâncio? Fundações fantasmas? Observatórios inúteis? Institutos de circunstância? Empresas municipais? Vencimentos dos magistrados sem alterações? Não. Nada disso é importante o suficientemente para que pudesse ofuscar a questão, tão premente como inadiável, de decidir se as criancinhas, desta vez, poderiam ser “batizadas” por parelhas constituídos por indivíduos do mesmo sexo. A nossa Deputação, calhada no uso da vaselina, lá meteu esta
anormalidade à discussão. E, como o povoléu anda meio adormecido, anestesiado, com o resultado de 36 anos de “Ditadura da Mediocridade”, já aceita tudo e não se queixa, nem tem coragem para isso. Curioso é o facto de o tema ter sido erguido pelo mesmo quadrante político que já tinha “descoberto” (entre outras inovações coloridas) os temas do casamento gay e o do baptismo. Neste último: «- coitadinhas das crianças porque não têm o direito de escolher se querem, ou não, ser baptizadas». Agora, na adopção de meninos e meninas por “casais” de homossexuais a questão é
irrelevante, não equacionável e, quem sabe? Descabida. Deixou de ser importante que as criancinhas fossem capazes de se pronunciar. Não tem, neste caso, cabimento que lhes seja dado o direito de escolha. Levam com uma parelha de gays à saída da “gaiola”e… caladinhos. Poupem as crianças a brincadeiras, sem gosto, de adultos. Não brinquem com coisas sérias. Deixem-se de rabichices e de se meterem, como piolho por costura, com que está sossegado. Não se troque a árvore pela floresta ou a gota pelo rio. Trabalhem, senhores deputados, em assuntos sérios. Questões
verdadeiramente de Estado. Ponham cobro à vida das ratazanas que nos vêm comendo as entranhas. Saneiem-se por aí, pelo Parlamento, as “peças” que infectam, começando pelos mais velhos com tantos anos na “escola” das maldades. Mudem as leis e ponham os juízes a trabalhar pela Justiça. Varram toda a espécie de lixo criado por gerações de pseudo- políticos, gente afecta a interesses que a maioria de nós desconhece e que tem singrado na vida trepando por cima dos cadáveres e escombros que criam. Tomem juízo. Mexam-se !!! Sejam úteis. Honrem o que vos pagamos. Pedro Calheiros
técnico de comunicação com o público, o agente é punido com pena de prisão de seis meses a três anos ou com pena de multa não inferior a 60 dias”. Está visto que o código penal protege a figura institucional do Presidente. Pena é que não possa também salvaguardar o superior interesse dos portugueses que num regime semipresidencialista em nada os proteja das palhaçadas do actual titular do cargo. Talvez não devesse
dizer palhaçadas porque se trataria de uma “injúria de publicação de escrito”. Fico-me então por indignidades. Pegando apenas em algumas situações recordo a indignidade feita a Fernando Nogueira. Depois recordo as indignas “jogatanas” com o BPN que valeram quintas das coelhas e valorizações várias. Ocorre-me a mais recente (indigna) intentona contra Sócrates na tentativa de o prejudicar eleito-
ralmente. Esta intentona, depois de desmascarada, mostrou que tinha pouco de palhaçada e muito de baixeza. A história da insuficiente reforma de Cavaco, dadas as suas despesas, assemelha-se a uma metáfora da história do palhaço triste e do palhaço alegre, agora transformada, qual sinal dos tempos, em palhaço rico e palhaço pobre. Como culminar, apesar de cronologicamente anterior, percebemos, mas não le-
mos, que o Conselho de Estado convocado por Cavaco foi aquilo que se esperava ser. A constatação da inabilidade e inadequação do personagem ao cargo que ocupa. Trouxe à memória o filme “Regresso ao Futuro”, onde se pretendia avançar no tempo para resolver problemas do presente. Mas o filme em que nos encontramos não tem Michael J. Fox como protagonista, apesar de também sofrer de desordens várias. David Santiago
Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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30 | maio | 2013
abertura
fotos ∑ Paulo Neto
Busto de Anjos Teixeira - Museu Grão Vasco
Sernancelhe
Aqui nasceu Aquilino…
… E não é preciso acrescentar mais para sabermos que se fala do escritor Aquilino Ribeiro (1885/1963) e de Sernancelhe. É por este legítimo orgulho que Sernancelhe, de há anos a esta data, vem fazendo tudo ao seu alcance para divulgar a vida e obra do escritor através dos mais diversos, continuados, porfiados eventos, iniciativas, publicações, colóquios (nacionais e internacionais), feiras, exposições, etc. Sernancelhe tem imenso orgulho no seu genial filho nascido no Carregal, que estudou no colégio da Lapa,
que escreveu em dezenas de seus romances e ensaios sobre aquelas terras, aqueles locais, aqueles conventos, aqueles costumes, aquelas tradições, aquela gastronomia, aquela fauna, aquela flora onde o castanheiro é rei, mas fundamentalmente e com toda a pulsante vitalidade, sobre aquela gente das Terras do Demo. Este ano de 2013, cem anos decorridos sobre o surgimento da sua primeira obra “Jardim das Tormentas”, escrito em Paris no decurso do 1º exílio do escritor e 50 anos volvidos sobre a sua morte a 27 de
Maio de 1963, a autarquia de Sernancelhe não deixou créditos por mãos alheias e sem recorrer à via láctea nacional juncada de estrelas cadentes de homenagens e almoçaradas, com a prata da casa, com aqueles que sempre estiveram presentes, dedicou o dia 25 de Maio a homenagear diversa e proficuamente Aquilino Ribeiro. Com a colaboração do director da revista “Aquilino”, do CEAR, de Lima Bastos, o escritor e advogado de Vila da Feira e da professora Maria Eugénia Pereira, da Universidade de Aveiro,
prelectores aos quais se juntaram na logística toda a equipa da autarquia, a ESPROSER com a sua directora, os alunos e professores do Curso de Restauração e a Academia de Música, o dia, luminoso e quente, começou às 09H30 no Auditório Municipal. O vice-presidente e vereador do pelouro da Cultura, Carlos Silva deu as boas vindas. O ex-secretário de Estado adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, aquiliniano e amigo pessoal do autarca local, a caminho de Armamar, marcou presença para saudar os participantes. Seguiu-selhe Alberto Correia, António Augusto Fernandes, Fernando Paulo Baptista, Manuel Lima Bastos, Maria Eugénia Pereira e Paulo Neto. José Mário Cardoso rematou a sessão que se concluiu com uma brilhante intervenção de dois professores da Academia de Música local, que ao piano e acordeão interpretaram três expressivos trechos. De seguida, o Centro de Artes foi o acolhedor espaço para os mais de uma centena de participantes se deliciarem com uma ementa aquiliniana onde não faltaram o espumante Terras
do Demo, os fálgaros da Tabosa, as castanhas salteadas, o caldo verde, os rojões da Beira com batata cozida e esparregado de favas e, como compete, o arroz doce e leite de creme. Realce-se a qualidade da confecção e do serviço a cargo de professores e alunos da Escola Profissional de Sernancelhe. Mas o dia não findava ali. Dois modernos autocarros esperavam os participantes e dali a rumar ao Pátio de Aquilino, no Carregal, foi um rufo. António Fernandes teve o cuidado de contextualizar aquele espaço do nascimento de Aquilino e de nos ler excertos do romance que àquele local dedica, “Cinco Réis de Gente”. Dali à Tabosa foi um instante e franqueadas as portas do último convento cisterciense feminino, pelas mãos do seu actual proprietário Luís Mergulhão, todos nos encantámos com a esbelteza do claustro de colunatas toscanos armado e a sua sapiente explanação histórica acerca do Convento da Nossa Senhora de Assunção, seguida da contextualização do conto “Valeroso Milagre”, cuja acção ali se desenrolou, por Paulo Neto. Deu-se a volta àquele
magnífico espaço e rumouse à Lapa, em cujo colégio estudou Aquilino de 1895 a 1900. Alberto Correia e Arminda Lopes tiveram a palavra e foram lidos extractos de “Uma Luz ao Longe”, cuja intriga lá decorreu. O dia chegava ao fim mas ainda faltava o último “topos” deste périplo aquiliniano: o Convento de Nossa Senhora do Carmo, no Freixinho. Nos seus claustros remansosos, entre a degustação das célebres cavacas locais e a prova do espumante Terras do Demo, com palavras proferidas por Alberto Correia, Arminda Lopes e encerradas por Carlos Silva, a jornada chegara a seu termo. Dizer que foi um dia grande pecaria por escassez da dimensão desta homenagem. Sernancelhe tem orgulho no seu escritor. Sernancelhe não vai em modas de ocasião nem protagonismos de oportunidade. Sernancelhe, a seu jeito, ao jeito de Aquilino, rosto da Beira, concretizou mais uma etapa do seu porfiado e profícuo trabalho na divulgação de quem tanto fez para dar voz Àquele território. Como sempre… Paulo Neto
TESTEMUNHOS
No mundo de Aquilino… No passado dia 25 de maio de 2013 fiz parte do grupo de pessoas – de entre Alberto Correia, António A. Fernandes, Fernando Paulo Baptista, Ma nuel Li ma Bastos, Paulo Neto – que foi convidado para homenagear a grande figura literária que foi o Mestre Aquilino Ribeiro, e congratulo-me pelo facto de a Câmara de Sernancelhe, no nome do Sr. Presidente da Câmara, José Mário Cardoso, ter persistido nesta in-
vocação ao quinquagésimo aniversário da sua morte, apesar da atitude de demérito sofrida quer pela Associação Portuguesa de Escritores, quer pela Fundação Aquilino Ribeiro. A cerimónia intitulada “Meio século de memória(s) – uma geografia sentimental” decorreu sob a égide do Mestre, pois contou com mais de uma centena de pessoas na assistência, que se juntou para ajudar
a imortalizar a grandiosa obra do escritor beirão. Com incursões pela obra aquiliniana prestou-se também uma homenagem à cultura e ao homem por t ug ueses , pois o roteiro aquiliniano fez-nos revisitar espaços, redescobrir gentes do concelho de Sernancelhe e sentir aquilo que manchas negras em página branca revelam: “O pinhal, mais em baixo, entremeado de mimosas, estava prenhe de
perfumes e de sombras. Era m em cer tos pontos cascatas de amarelo, como nunca sonhou Van Gogh, que se despenhavam sobre as espaldas dos pinheiros velhos. Cantavam e trauteavam ora e logo por cima deles o cuco, a rola o papa-figo, e Mónica julgava-se num alegre mundo sonhado»”(Mónica). Tal como Mónica, sonhámos, por momentos, estar no mundo de Aquilino Ribeiro.
A Maria Eugénia Pereira, professora da Universidade de Aveiro
Jornal do Centro 30| maio | 2013
MEIO SÉCULO DE MEMÓRIA(S) - UMA GEOGRAFIA SENTIMENTAL - AQUILINO RIBEIRO | ABERTURA 7
TESTEMUNHOS
Uma homenagem autêntica a plateia com preciosos retratos de uma figura marcante da história e da cultura portuguesas, considerado um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX, bem como deixaram bem patente a ideia de que para interpretar a obra de Aquilino é necessário conhecer o mundo aquiliniano, ou seja, as terras por onde passou e onde viveu e as terras que descreveu nas suas obras. As Terras do Demo, a ligação de Aquilino ao clero, o sentido da regionalidade do Mestre, a estreia literária e as circunstâncias da sua morte, a visão do beirão na cidade e os exílios foram os temas das comunicações apresen-
tadas nesta homenagem, tendo permitido uma revisitação a praticamente toda a sua obra literária e efectivando três objectivos essenciais: homenagear o escritor e divulgar a obra e o território; levar este vulto das letras portuguesas a um número cada vez maior de leitores e admiradores, mas muito particularmente aos jovens e às escolas; e manter viva a dinâmica de promoção e valorização de quem estuda, investiga e escreve sobre Aquilino Ribeiro, criando novos fóruns de debate e reflexão. Da Escola Profissional de Sernancelhe, instituição que este ano comemora duas décadas ao serviço do ensino, veio sempre
a admiração e o incentivo pelo estudo de Aquilino Ribeiro. Nesta homenagem ao Mestre, a Escola brindou-nos com a excelência da gastronomia beirã, inspirada na obra do escritor, e confeccionada pelos professores e alunos do Curso Técnico de Restaurante/bar, numa demonstração de que toda a comunidade sernancelhense, incluindo a estudantil, comunga de um sentido aquiliniano incessantemente cultivado. Sernancelhe, ao fazer convergir para o território berço de Aquilino os mais qualificados estudiosos da sua vida e obra, rendeu-lhe a homenagem mais genuína que se pode conceber. Juntar à volta das suas me-
A José Mário de Almeida Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe
mórias as suas gentes, os seus livros, os seus espaços de sempre, o mesmo gosto pelo paladar da gastronomia das Terras do Demo, pelas paisagens e pelo património, é um tri-
buto singelo de uma terra que procura render-lhe homenagem todos os dias e com acções que o valorizem para que Aquilino e a sua mensagem cheguem mais longe.
Paulo Pinto
A iniciativa “Meio Século de Memória(s) – Uma Geografia Sentimental” constituiu-se como uma homenagem autêntica de Sernancelhe ao Mestre Aquilino Ribeiro. Alberto Correia, António Fernandes, Fernando Paulo Baptista, Manuel de Lima Bastos, Maria Eugénia Pereira e Paulo Neto, palestrantes de inquestionável saber aquiliniano, proporcionaram viagens memoráveis pela obra do escritor que nasceu a 13 de Setembro de 1885 na freguesia do Carregal, Concelho de Sernancelhe, e faleceu a 27 de Maio de 1963, há precisamente 50 anos. Personalidades conhecedoras do génio Aquilino Ribeiro brindaram
A Da esq. para a dir: Alberto Correia, Eugénia Pereira, Paulo Neto, José Mário Cardoso, Lima Bastos, Fernando P. Baptista e António Fernandes - Os prelectores TESTEMUNHOS
Na senda de Mestre Aquilino… Desloquei-me, mais uma vez, a Sernancelhe, neste sábado 25 de maio, para assistir a um evento cultural que homenageou Aquilino Ribeiro no cinquentenário da sua morte. Antes de tudo o resto, o título do colóquio merece-me uma alusão pelo desafio e cogitações a que incita: “Meio século de memória(s)- uma geografia sentimental”. A importância que à memória se atribui distingue, efectivamente, as pessoas e também os povos… A memória marca e determina acções ou reacções. Aprendemos com os erros. Corrigimo-los. Inovamos e renovamos. Refazemos e reformamos para aprimorar actuações e con-
dutas. Para nos aprimorarmos como pessoas, cidadãos e também (devia ser) como governantes… Isso só acontece a quem tem memória(s)! Ao que me parece, a vila de Sernancelhe esforça-se por preservar a memória do seu povo, da sua cultura, das suas tradições, do que foi e do que é. Porque, um povo sem memória é um povo que não existe ou vai deixando de existir paulatinamente. Assim, Sernancelhe, neste dia, reafirmou a sua determinação em continuar a “viver”, foi palco de tão elevado evento e acolheu calorosamente memórias várias… Mas as memórias de Aquilino Ribeiro e da sua escrita estiveram no centro.
Serviram de mote à reflexão, suscitaram pensamentos dispersos entre a cidade e o campo, deleitaram os sentidos de quem gosta da literatura, de ler e reler os clássicos e, em particular, de quem gosta de Aquilino. Ninguém fica indiferente ao balanço que o Mestre faz da sua vida quando diz: “(…) morro insatisfeito. A minha obra de cinquenta anos (…) é imperfeita e eu bem o sinto. A perfeição materializada na obra humana, no livro, na estátua, na partitura, é uma hipérbole celeste. Nunca se alcança, e quando julgamos alcançar-se é pura miragem. (…)” Fazer uma pausa para «ler», para ler Aquilino Ribeiro, significa parar para nos observarmos no gran-
de espelho que é a literatura. Parar para nos repensarmos enquanto seres humanos; para questionarmos o mundo que nos rodeia; para reaprendermos a construir e a reconstruir, sempre com a humildade de quem nada sabe... As palavras do sábio Aquilino ficaram a ecoar no mais íntimo de cada um dos presentes, quando se leu, e releu, o repto por ele lançado no mesmo balanço que em cima referi: “Meus queridos camaradas, olhem sempre em frente, olhem para o Sol, não tenham medo de errar sendo originais, iconoclastas, e anti, o mais anti que puderem, e verdadeiros, fugindo aos velhos caminhos trilhados de pé posto e a todas as conjuras de velhos de
A Amélia Santos, professora do Ensino Secundário Restelo. (…)” Decerto, estas e outras palavras ouvidas, desencadearam reacções, estimularam novas leituras, incitaram pensamentos, porque da secreta convivência que
cada um desenvolve com a literatura emergem labirintos de emoções e inquietações que nos guiam numa “geografia de sentimentos”, verdadeiramente enriquecedora.
8 ABERTURA | MEIO SÉCULO DE MEMÓRIA(S) - UMA GEOGRAFIA SENTIMENTAL - AQUILINO RIBEIRO
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TESTEMUNHOS
Conhecer Aquilino Ribeiro Recentemente tenho-me dedicado a conhecer Aquilino Ribeiro. No passado sábado dia 25 de Maio, em Sernancelhe, participei na cerimónia que assinalou o 50º aniversário da morte do escritor. Pude fazer uma viagem pelo mundo de Aquilino, por diversos locais onde ele nasceu, viveu e estudou naquele concelho. Foi um dia memorável que mostrou que o talento é uma bênção que exige muita determinação e espírito de sacrifício. Tratou-se de uma excelente iniciativa da Câmara de Sernancelhe, que me levou a reflectir sobre Aquilino em ou-
tras perspectivas diferentes da literária. Aquilino é uma referência nacional e da região de Viseu. A nossa região não tem nenhum outro escritor desta dimensão. No entanto não o promovemos da forma como o deveríamos fazer. É um beirão nascido no concelho de Sernancelhe. É uma dos grandes escritores de língua Portuguesa, com sete dezenas de obras publicadas. Nasceu humilde, nas Terras do Demo, apenas com o seu talento e determinação. Foi um homem de causas, empreendedor, lutador, mentor de revoluções. Sempre quis ser escritor e
por isso pugnou. Abdicou do curto prazo para defender aquilo em que acreditava. Lutou contra os poderes instituídos, foi preso, viveu na clandestinidade. Teve 3 exílios no estrangeiro que o moldaram e enriqueceram. Mas sempre quis voltar para Portugal, sempre para lutar por causas maiores. O talento literário de Aquilino é único. As suas virtudes humanas, a generosidade, o desassossego, a gratuidade, a temperança, a fortaleza, são o outro lado brilhante do seu ser. Aquilino Ribeiro é património nacional e património regional, é um grande valor
da Região de Viseu, é uma marca humana de excepção da nossa região. Aquilino faz parte da nossa história, do nosso património humano. Por tudo isto, temos de promover Aquilino Ribeiro, o seu passado, a sua vida, os locais onde nasceu e viveu. A Região de Viseu e nomeadamente Sernancelhe têm em Aquilino uma fonte única de turismo cultural, de turismo literário, de experiência, de investigação literária. Sernancelhe promove-o e divulga-o. Vida e obra. Constantemente. Pelas mais diversas acções e sem modas de última hora.
A João Cotta, presidente da AIRV Viseu capital do distrito de Aquilino tem nele mais um valor imaterial que nos torna únicos a ní-
vel nacional. Quantas regiões em Portugal não desejariam dizer o mesmo?
Paulo Pinto
Paulo Pinto
Paulo Pinto
EM IMAGENS...
A Há quatro anos com Aquilino Ribeiro Machado e esposa, uma homenagem
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à conversa Assunção Cristas nasceu em Luanda, em 1974. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1997. Doutorouse na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, em 2005, onde exerce actividade docente. Foi consultora na sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, desde 2009, tendo anteriormente sido directora do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça (2002-2005). Vice-Presidente do CDS-PP desde 2009, foi Deputada à Assembleia da República na legislatura de 2009-2011 pelo distrito de Leiria, tendo sido reeleita em 2011. Foi membro da Comissão de Orçamento e Finanças e da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Regional e Pescas. É membro da Society of European Contract Law (Secola), da Deustch-Lusitanishe Juristenvereinigung e da Associação de Juristas do Direito de Língua Portuguesa. Nasceu no ano da Revolução de Abril, em Luanda. Qual a sua relação afectiva com Angola?
Eu nasci em Luanda mas vim em 75, muito pequenina, com nove meses e portanto não tenho memórias propriamente de Angola, mas tenho toda uma história familiar. A minha mãe também é nascida em Angola e o meu pai em Moçambique. Toda uma história de família, de fotografias, de contar vivências e também de espaços e sítios que eu agora tive a oportunidade de conhecer, há uns anos, e de facto sentir que há raízes profundas em Angola. Gosto muito de ir a Angola, a Luanda onde nasci. Sinto-me em casa e sinto uma grande proximidade. Doutorada em Direito. Advogada. Docente Universitária e Ministra… Como se dá uma mulher de leis com a agricultura?
É muito interessante ver como o Direito está, de fac-
entrevista ∑ Paulo Neto fotos ∑ DR
“A redução do défice da balança agro-alimentar, no ano passado, foi de cerca de 500 milhões de euros” to, em todo o lado, e na verdade tem sido um auxílio muito grande para podermos transformar as nossas políticas, nos vários domínios, seja o da agricultura, seja o do mar ou do ordenamento do território, em instrumentos concretos de actuação sobre a nossa realidade. E de facto as leis, sejam elas leis do parlamento, decretos-leis ou outros diplomas, estão em todo o lado. O Direito está em todo o lado. Eu tenho aprendido muitíssimo com os secretários de Estado, com os dirigentes, com o sector, em conversas que tenho tido e sinto que a formação jurídica, muitas vezes, vem auxiliar à concretização das várias medidas que vamos pensando e queremos pôr em execução. O ministério que tutela intitula-se da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. Se entre estes quatro itens sobressai uma linha lógica, concretamente qual a
abrangência real da pasta que detém?
Há muitos pontos de ligação entre estes vários domínios do Ministério. Mas há um aspecto que une todos. Esse aspecto tem a ver com o nosso território que define em primeiro lugar Portugal. É um território terrestre não muito grande, mas é um território marítimo enorme, que expectavelmente terá mais 40 vezes aquelas que temos de território terrestre. E na verdade, quando olhamos para as várias áreas, encontramos vários pontos de contacto. Talvez o ambiente seja aquela mais transversal, que tem ligações com todas as outras, mas a minha preocupação enquanto titular da pasta, é encontrar os bons pontos de contacto para promover e potenciar as várias áreas. Posso dar o exemplo da floresta que junta matérias de ambiente, matérias de agricultura. Por outro lado, encontrar os pontos que normalmente são críticos e
são dificuldades de ligação entre os vários domínios e o facto do Ministério ter esta estrutura ajudar para os resolver de forma mais cabal. Esse tem sido o nosso empenhamento desde a primeira hora. Creio que esta cultura de olhar para os problemas de forma mais equilibrada, nos vários domínios, vai passando para a Administração, que vai incorporando também esta visão e a busca de soluções concretas para os problemas, por um lado, e também de oportunidades boas de crescimento das várias áreas, por outro. Tem visitado países lusófonos em busca de “agronegócios”. Qual o conceito? Quais os objectivos? Quais os resultados?
É muito importante desenvolvermos esta dimensão internacional das várias áreas do Ministério. A verdade é que a cada país que visito, normalmente façoo, com um enquadramento
bilateral, mas também com um enquadramento empresarial. Tem acontecido ir, a propósito de feiras ou de fóruns que são organizados pelas próprias associações empresariais, que pedem a minha presença, aconteceu recentemente em Moçambique ou no Brasil e a verdade é que sentimos que esta presença por parte do Ministério dá ânimo, dá pulso aos nossos empresários por um lado, e por outro lado também ajuda a identificar os problemas e a tentar resolvê-los junto das entidades oficiais, junto dos ministérios. E o facto de aparecer um ministro, ajuda por vezes a desbloquear processos que se arrastam durante muitos anos. Sentimos que, depois de uma visita, as coisas correm bem, vamos tendo um feed-back muito positivo por parte dos participantes nestas iniciativas e isso encoraja-nos e estimula-nos a prosseguir o trabalho. Não é por acaso que neste momento o Ministé-
rio tem mais uma secretaria de Estado, da Alimentação e Veterinária, porque de facto há um trabalho exigente, contínuo, de abrir dossiês para abrir as portas às nossas empresas nos vários mercados. Há uns que se vão fechando mas há outros que logo se abrem. Ainda há dias o senhor secretário de Estado esteve num périplo pela Ásia: China, Japão, Coreia do Sul, precisamente para abrir alguns dossiês como seja a cereja para o Japão e fechar outros como seja a carne de porco no Japão e na China. São domínios muito importantes que implicam um trabalho da Administração, técnico, sem dúvida, mas depois, também, um grande empenho político, porque são estas presenças que às vezes fazem desenvolver mais rapidamente e fechar estes dossiês. Que tem um país como o Brasil, por exemplo, a ganhar com um protocolo deste tipo com
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um ajustamento da renda, que no entanto será apenas aquele ajustamento que elas possam pagar. E ao fim dos cinco anos do período transitório, está na própria lei que o Estado garantirá a forma de poder manter esses contrato e privilegiadamente através de um apoio à renda com um subsídio de renda. E é para isso que estamos a trabalhar. Assunção Cristas é mãe do programa: “Vamos Plantar Portugal”. 11 milhões de árvores… De que tipo? Onde? Como?
Portugal?
Com o Brasil pudemos fazer um protocolo com o ministério brasileiro para agilizar as primeiras exportações de fruta. Temos o caso de algumas frutas portuguesas que já são muito conhecidas no Brasil. É uma curiosidade, mas neste momento Portugal exporta mais fruta para o Brasil do que aquela que importa e exporta mais fruta do que vinho. O ano passado exportámos 40 milhões de euros de fruta e 29 milhões de euros de vinho. É pois um sector crescente, é um sector com muito interesse por parte dos consumidores brasileiros e se de facto eles já conhecem bem, por exemplo a pêra rocha, à qual chamam pêra portuguesa, há outras frutas que querem entrar no mercado brasileiro e o primeiro passo é um passo difícil. Daí termos feito um protocolo com o ministério brasileiro, assinado por mim e pelo senhor ministro da Agricultura, que visa desenvolver trabalho
técnico entre os dois ministérios. Ocorrerá uma missão nos dois próximos meses em Lisboa para se poder assinar esse trabalho, de maneira a que o primeiro certificado de exportação seja mais fácil de obter e por isso as nossas frutas possam entrar com maior facilidade no mercado brasileiro. Acaba de assinar um memorando de entendimento com Maputo – Moçambique na área do ambiente. Quais os “apports” daí advenientes?
Com o Ministério do Ambiente de Moçambique foi possível renovar e sobretudo actualizar um protocolo de cooperação já existente no domínio ambiental, onde se identificam áreas relevantes para os dois países, por exemplo no domínio da água ou das alterações climáticas. Portugal sente bem o que isso é, no ano passado com uma seca extrema e este ano com um Inverno muito chuvoso, com inundações. Moçambique também
sente muito o efeito das alterações climáticas, daí termos interesse em desenvolver projectos conjuntos, trocar experiências e também ajudar Moçambique, ao nível das suas instituições públicas, na capacitação e na formação dos seus dirigentes e técnicos superiores. É esse o objecto do protocolo, na consciência de que esses domínios são prioritários do ponto de vista internacional e vão fazer muita diferença para os nossos países. Afinal, a Nova Lei das Rendas parece desagradar tanto a inquilinos como a senhorios. Que lhe falta para ser uma boa lei?
A Lei do Arrendamento é uma lei equilibrada. Nós estamos a falar de um domínio onde as opiniões são muito marcadas e as visões são tipicamente antagónicas. De um lado senhorios, do outro lado inquilinos. Penso que a forma mais correcta de avaliar a lei, do ponto de vista do seu equilíbrio, é perceber
que, na verdade, ela não está feita apenas para satisfazer os interesses dos inquilinos ou apenas os interesses dos senhorios. Está feita para suscitar um equilíbrio nas posições e para proteger as situações que socialmente nos parecem mais frágeis e que merecem toda a atenção da parte do Estado, que é o caso dos idosos e é o caso das pessoas que estão em situação de carência económica. Acerca desta lei, afirmou: “Nunca haverá cessação de contratos para idosos e doentes.” Isso na prática vai funcionar?
A lei tem mecanismos de protecção dos idosos, das pessoas com deficiência superior a 60%, que no fundo visam, e estamos a falar de contratos antigos anteriores a 1990, dar uma protecção e uma tranquilidade na velhice. E é por isso que nesses casos, as pessoas não podem ver o seu contrato terminado, podem ter
A ideia do “Plantar Portugal” é uma ideia que nasce da sociedade civil e que, da minha parte, tem tido todo o acarinhamento, todo o interesse e todo o empenhamento. Estive na primeira iniciativa do “Florestar Portugal” ou “Plantar Portugal” que é promovida por uma associação privada, sem fins lucrativos, Associação Mãos à Obra, e nós vemos aqui o interesse da iniciativa da sociedade civil, muito apoiada no voluntariado, com o envolvimento das autarquias, no caso também com o envolvimento da empresa “Parques de Sintra Montes da Lua” que trata desta gestão dos parques na Serra de Sintra e eu pude estar nessa primeira iniciativa marcando todo o meu empenho e também sinalizando o bom exemplo de cidadania ambiental e do bom trabalho desenvolvido entre o Estado e a sociedade civil. Nessa altura esteve em causa uma plantação de quase 100 mil árvores e a ideia é de que muitas outras se sucedam, até e porque várias vêm de viveiros do próprio Estado, que dá apoio a esse nível. Penso que se houver bom empenhamento da sociedade civil e também do Estado, ao nível dos seus recursos, ajudando a que essas acções se concretizem, estamos seguramente a prestar um grande serviço ao nosso país e ao ambiente. O défice da balança agroalimentar em Portugal foi reduzido em 15%. Como o conseguiu?
A redução do défice da balança agro-alimentar, no ano passado, foi de cerca de 500 milhões de euros e foi possível, essencialmente, porque nós temos vindo
progressivamente a aumentar as nossas exportações no sector agro-alimentar. Houve uma redução pequena, marginal, das importações. Houve essencialmente um aumento substancial das nossas exportações na casa dos 8% o que significa que estamos a atingir o objectivo traçado pelo Governo, que é, até 2020, eliminar o nosso défice da balança agroalimentar. Isto faz-se com as empresas, naturalmente com o empenho dos empresários, dos agricultores, da indústria agro-alimentar e também com o nosso apoio na tal presença, abrindo mercados, sinalizando os bons esforços e o bom empenho dos nossos empresários, mostrando os bons exemplos, ajudando ao nível das relações com os ministérios e também com grande articulação com a AICEP, com os Negócios Estrangeiros e a diplomacia económica, procurando facilitar e abrir a porta aos nossos exportadores. Assunção Cristas está no top da popularidade da equipa de Passos Coelho desde o início do ano. A que se deve tal posição?
Eu penso que tenho a sorte de estar num sector que, apesar das dificuldades que naturalmente todos sentimos, é um sector que está a crescer: o sector agrícola, agroalimentar, onde se vê uma grande vivacidade, um enorme dinamismo, onde muitos jovens aparecem para iniciar projectos novos, onde há exemplos de projectos bemsucedidos a escalas diversas, desde pequenas empresas até muito grandes empresas, e é esta dinâmica de voltar talvez a algumas áreas que o país tinha descurado, se não para dizer virado as costas durante muitos anos e sentir que aqui, em oportunidades ligadas ao aproveitamento do nosso território, aos nossos recursos, à criação de riqueza pela agricultura e pela produção animal, nós de facto temos bons exemplos, temos emprego e auto-emprego a ser criado e sentimos que se vive um momento de esperança, já de resultados e sobretudo de um sentir que vale a pena trabalhar e investir nesta área e os resultados vão-se fazendo notar. Talvez isso também traga um ânimo e uma esperança acrescida.
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região Casa da Ribeira quer ser espaço de excelência do artesanato Comissário ∑ Historiador viseense, Alberto Correia é o responsável pela musealização Em Viseu faltava na Rede Municipal de Museus (RMMV) um espaço que recebesse o artesanato da região com dignidade, inovação e a dinâmica, que se impõe nestes equipamentos. Para tal a autarquia avançou com a requalificação da Casa da Ribeira, um edifício já integrado na RMMV e destinado à conservação do artesanato mas que, todos reconheciam, não oferecia condições para tal. A Casa da Ribeira fechou as portas no passado dia 20, para obras orçadas em cerca de 330 mil euros, por um prazo de empreitada de 120 dias. O projeto, da responsabilidade da empresa municipal Viseu Novo - Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu, engloba a requalificação do edifício que posteriormente ficará dotado de uma sala de exposições temporárias, uma sala de exposição permanente, de oficinas equipadas para os artesãos interpretarem as suas artes e de uma loja de venda de artesanato, mantendo-se a funcionar na casa a escola de hotelaria afeta ao Instituto de Emprego e Formação Profissional. “A estrutura estava com uma instalação física muito degradada, o pavimento tinha grandes precaridades, poucos eram os
Micaela Costa
Dia Mundial da Criança Sátão. A Câmara Muni- no final da visita, tenham cipal de Sátão promove no uma perspetiva mais real e sábado várias atividades no concreta das atividades miLargo de S. Bernardo para litares e da vida de um miliassinalar o Dia Mundial da tar”, adianta o RI14 em coCriança. Insufláveis, pintu- municado.EA ras faciais, modelagem de Lamego. No próximo balões, a “Hora do Conto” e a festa do pijama são alguns sábado, Dia Mundial da dos momentos preparados Criança ,os colaboradores do Museu de Lamego serão para os mais novos. Em simultâneo, decorre as crianças, cabendo a resa Feira do Livro e do Arte- ponsabilidade de, por um dia, zelarem pelo bom funsanato. EA cionamento do museu. A iniciativa “ procura Mangualde. Os alunos de Mangualde que frequentam sensibilizar a comunidaa Atividade de Enriqueci- de para a importância da mento Curricular (AEC) de preservação e valorizaInglês realizam, no jardim ção do património desde a do centro da cidade, a fes- mais tenra idade, ao mesta “English is Fun”. Como mo tempo que pretende aprender Inglês também despertar as crianças para pode ser divertido, a fes- o compromisso que é cuita ‘English is Fun’ promete dar de um espaço de arte, uma tarde dinâmica com cultura e memória”, refejogos lúdicos, passatempos, re uma nota à imprensa do exposição de trabalhos dos Museu de lamego. A partir alunos, pinturas faciais, can- das 15h30, os mais pequeções e muito mais”, escreve nos apresentam ainda o lia autarquia numa nota de vro “A História de Frei João da Esperança”. EA imprensa. A iniciativa é promovida Viseu. Está a decorrer até pela Raiz dos Saberes em parceria com a Câmara e domingo, o projeto “Hosserá associada a uma causa pital do Rotundinhas”, no Palácio do Gelo. No âmbisolidária. EA to das comemorações do Viseu. No âmbito das co- Dia Mundial da Criança, memorações do “Dia Mun- o serviço de pediatria do dial da Criança” e “2013 - Centro Hospitalar TondeAno Europeu dos Cidadãos”, la-Viseu, pretende divulo Regimento de Infantaria gar este projeto de educaNº14 (RI 14) vai receber, esta ção para a promoção da quinta-feira, dia 30 de maio, saúde infantil. A ideia é sia visita de cerca de 300 alu- mular um “hospital-modenos oriundos dos Jardins de lo”, em que crianças assuInfância do Agrupamento mam por um dia, o papel de Escolas do Viso. Esta ini- de pais/cuidadores, que leciativa pretende proporcio- vam os seus “filhos” doennar às crianças “um contac- tes a uma visita ao “hospito mais próximo com a insti- tal”. A organização explica tuição militar, ver algum do que “deste modo, as crianmaterial atualmente exis- ças terão oportunidade de tente no Exército Português, contactar com o ambiente visitar o núcleo museológico hospitalar de uma forma do RI 14 e possibilitar que, descontraída”. EA
A O edifício vai dedicar um espaço à obra do mestre Arnaldo Malho artesãos que estavam em permanência e agora queremos estabelecer uma programação que permita que, em permanência, possam rodar já que havia outros concelhos que nunca estavam ali presentes”, adianta a vereadora da Cultura da Câmara de Viseu, Ana Paula Santana. O historiador Alberto Correia vai ser o comissário da Casa da Ribeira, ou seja, o responsável pela musealização do espaço. Para Paula Santana é o especialista “ideal” para idealizar os conteúdos por ser “um forte conhecedor da dinâmica e das tradições do concelho e do distrito”.
Alberto Correia reconhece que “infelizmente” a região não tem o artesanato “assim tão ativo uma vez que os artesãos estão a morrer”, mas admite que o novo projeto para a Casa da Ribeira irá influenciar “uma nova dinamização do artesanato”, nomeadamente com a criação das oficinas permanentes. “Pensamos ser este um ponto de referência do que se faz, mas também um ponto onde [os artesãos] podem fazer a venda dos seus produtos”, acrescenta a vereadora. Nesta altura ainda não está concluído o projeto de musealização da responsabilidade de Alberto Correia, mas é ponto as-
sente que a obra do mestre do ferro, Arnaldo Malho terá ali o seu espaço. A Casa da Ribeira é propriedade da autarquia de Viseu desde os anos 70, que vocacionou o equipamento para o artesanato. Durante vários anos foi apresentada como a fundação para a proteção do artesanato, mas sabe-se agora que a fundação afinal nunca foi formalizada, o que permite à autarquia requalificar o edifício. Ana Paula Santana lembra que foi sempre a Câmara a suportar as despesas da estrutura. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro
VISEU | REGIÃO 13
30| maio | 2013
Opinião No passado dia 30 de Março, foi apresentada em Paris, a candidatura da dieta mediterrânica portuguesa a património mundial da UNESCO. A ser aprovada, juntamo-nos ao movimento já iniciado em 2010 pelos países Espanha, Grécia, Itália e Marrocos. Em termos económicos, já há algum tempo que os países do norte da UE têm forçado as nações banhadas pelo Mar Mediterrânico a idêntico regime, mas certamente sem os proveitos reconhecidos à dieta gastronómica. O manancial de alimentos que constituem a dieta permitem evitar as doenças cardiovasculares, a hipertensão e o cancro, entre outras. Imbuídos de uma pertença faculdade disciplinadora, os países do norte defendem, por princípio, a punição a quem peca. Esta parece ser a indigente receita que nos têm vindo a aplicar. Sem querer reca lc a r pressupostos fundamentalismos, importa no entanto apelar à história da Europa. Quais foram os países percursores nas grandes guerras que devastaram a Europa? Quais foram as consequências desses devaneios? Que propósitos estavam subjacentes a essas intentonas? A serem acérrimos defensores desses ditames, muitos advogam que provavelmente permaneceriam à míngua, ad eternum. A vaga agora imposta é igualmente devastadora, com uma nova nuance, pois de bélica passou a económica. Muito dinheiro foi por cá esbanjado. Deveríamos ter crescido de modo consistente e aprender a ser contidos. Nesta epopeia, certamente enganámos uns poucos. Outros cuidaram de nos ludibriar, e bem. Alguns disfarçavam que nada sabiam ou ocultavam que não eram burlados. Os ventos sopravam a favor de todos e a ser assim… Agora cada um cuida de se camuflar, procurando ficar o melhor possível na fotografia, mas insistem na teimosa terapia de ir “ao relho” do dia para a noite. Na componente gastronómica, a multifacetada dieta mediterrânica é o re-
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
sultado de um conjunto de características geográficas, climática, históricas e culturais. Os hábitos alimentares advêm da ocupação do nosso espaço pelos diferentes povos e agrupam-se em 4 grandes períodos. Antes de Cristo, ocupação romana, ocupação árabe e período pós descobrimentos. No período antes de Cristo, foram introduzidas a oliveira, a figueira, a videira, a amendoeira, a pimenta, o trigo, a cevada e o gado ovino, caprino e bovino. Os romanos pegaram em todos estes ingredientes, melhoraram o seu modo de utilização, em particular o modo de conservação, com destaque para os cereais, o vinho, o azeite, os legumes secos e verdes frescos, a que juntaram o leite, o queijo os restantes animais domésticos, os da caça, bem como o peixe. Aos Árabes, ficámos a dever os ensopados, a doçaria, as compotas, os licores, o açafrão, a canela, o cravinho, o pinhão, as ervas aromáticas (hortelã, coentros, tomilho). Com as cruzadas, foram introduzidos o arroz e a cana-de-açúcar. Os descobrimentos acrescentaram o milho, a batata, o tomate, o pimento, a abóbora e o chocolate. A sugestão que se deixa para Julho, aquando da oitava visita e possível revisão do memorando de entendimento com a Troika, é a apresentação de um alargado e proveitoso repasto com todos estes ingredientes durantes vários dias. Deste modo, melhorávamos e alargávamos o seu conhecimento gastronómico e aproveitávamos o momento para apresentar meticulosamente as medidas que tenderão a amenizar o actual estado em que vivemos. Bebida não deve faltar ao banquete. Os negociadores arreigados a um estereótipo económico ficariam enternecidos e inebriados por certo com a gastronomia portuguesa. Os bons negócios fazemse à mesa, não?
A Assembleia Municipal Infantil de Viseu (AMIV) reuniu na manhã de segunda-feira, no Solar dos Peixotos, 80 crianças das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho. Deputados municipais por uma manhã, os alunos viveram o ambiente de uma assembleia onde colocaram perguntas, expuseram os seus pontos e vista e fizeram algumas recomendações e propostas. Tratou-se da oitava edição da AMIV dedicada este ano ao tema “Cidadania: a minha intervenção no futuro”. EA Publicidade
Emília Amaral
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Dieta Mediterrânica
Jornal do Centro
14 REGIÃO
30 | maio | 2013
Autárquicas 2013 – O caminho que falta fazer Distrito ∑ Quando faltam cerca quatro meses para as próximas eleições autárquicas, partidos políticos já “mexem” Com as eleições autárquicas de 2013 no horizonte, PS, CDS-PP, PSD e BE começaram a colocar no terreno os seus “peões”. Marcado pelo processo de extinção e fusão de 1.165 freguesias que obrigou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) a solicitar um reforço de três milhões de euros para o lançamento de uma campanha de esclarecimento a nível nacional, este processo eleitoral autárquico definirá no distrito os nomes dos 24 presidentes de câmara, vereadores municipais, presidentes e deputados das assembleias municipais, presidentes de freguesia e membros da assembleia de freguesia. O Jornal do Centro fez as contas e concluiu que até ao dia de hoje existem já 53 candidatos para as 24 cadeiras de presidente de câmara no distrito de Viseu. Nos 24 concelhos apenas do lado dos social-democratas a lista está fechada. Na corrida à presidência das câmaras nas próximas eleições autárquicas estão já 17 candidatos do PSD para os concelhos de Armamar, Carregal do Sal, Castro Daire, Mortágua, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Penedono, Santa Comba Dão, São João da Pesqueira, São Pedro do Sul, Satão, Sernancelhe, Tarouca, Tondela, Vila Nova de Paiva, Vouzela e Viseu. Hélder Amaral, deputado da Assembleia da República e último proponente do CDS-PP a apresentarse a eleições, vai liderar a
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candidatura à Câmara de Viseu contando assim este partido com sete candidatos a “correr em pista própria” para Armamar, Carregal do Sal, Castro Daire, Mortágua, Santa Comba Dão, Vouzela e Viseu. O CDS e o PSD concorrem coligados às eleições autárquicas de 2013 nos concelhos de Cinfães, La mego, Ma ng ua lde, Moimenta da Beira, Nelas, Resende e Tabuaço. O Partido Socialista (PS), com 19 candidatos autárquicos no distrito, é o partido que apresenta o maior número de candidaturas em lista própria faltando apenas clarificar os nomes para os concelhos de Armamar, Cinfães, Penedono, São João da Pesqueira e Tabuaço. Em sentido inverso destaca-se o Bloco de Esquerda (BE) do qual apenas se conhecem as candidaturas a Viseu e Tarouca e o Partido Comunista Português (PCP) que até ao presente apenas apresentou o seu candidato a Viseu, o professor de 54 anos Francisco Manuel de Almeida.
prir o seu terceiro e último mandato e Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, que termina este ano o seu sexto mandato à frente dos destinos da cidade. Apesar de em 2009 Fernando Ruas ter garantido ao JN que “A mim, pessoalmente, dá-me jeito. É uma boa maneira de sair”, somam-se os sinais contraditórios que apon-
tam para um regresso do autarca à câmara de Viseu após os quatro anos. A situação em Viseu. As próximas eleições vão encerrar um ciclo de 23 anos de governo municipal presidido por Fernando Ruas, impedido de se recandidatar. Assim no final do ano Viseu terá um novo presidente e com ele um novo gover-
no municipal. Sendo inegável a marca deixada na cidade pela governação social-democrata, o “Ruísmo”, que na opinião de muitos viseenses “secou a política local”, “obriga” hoje José Junqueiro, Hélder Amaral e Almeida Henriques ex-Secretário de Estado da Economia e do Desenvolvimento Regional do governo de Passos Coelho,
figuras nacionais dos partidos do arco da governação, PS, CDS-PP e PSD, a irem a votos. M a nue l a A nt u n e s , ex-presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Viseu e Francisco Almeida são os candidatos do BE e da CDU à câmara municipal de Viseu. Pedro Morgado
Eleições Autarquicas 2013 Concelhos
Candidatos 2013 BE
PCP
PS
CDS-PP
PPD/PSD
Manuela Antunes
Francisco Almeida
José Junqueiro
Hélder Amaral
António Almeida Henriques
Luís Pinto
João Paulo Fonseca
Carregal do Sal
Rogério Abrantes
Luís Fidalgo
Vasco Jorge Almeida
Castro Daire
José Fernando Carneiro Pereira
Carlos Manuel Luís Alberto Aveleira Rodrigues Manuel de Vasconcelos Pinheiro (Coligação CDS+PSD)
Lamego
Manuel António Ferreira
Francisco Lopes (Coligação CDS+PSD)
Mangualde
João Nuno Ferreira de Azevedo
Aníbal Maltez (Coligação CDS+PSD)
Moimenta da Beira
José Eduardo Ferreira
Luís Carlos Pereira da Silva (Coligação CDS+PSD)
Mortágua
João Pedro Fonseca
Nelas
Borges da Silva
Oliveira de Frades
Porfírio Carvalho
Penalva do Castelo
Francisco Carvalho
Viseu Armamar
Cinfães
Filipe Valente
Carlos Santos Carlos Esteves
Penedono
O fim dos “dinossauros” autárquicos. Dada a limitação imposta pela Lei 46/2005 de 29 de Agosto, que impede os autarcas de se recandidatarem a mais de três mandatos consecutivos, o distrito de Viseu verá desaparecer da sua vida política ativa dois dos seus grandes “dinossauros autárquicos”: Carlos Marta, presidente da Câmara de Tondela, a cum-
José Júlio Norte
Isaura Leonor Pedro (Coligação CDS+PSD) Luís Martins de Vasconcelos
Resende
Manuel Trindade
Santa Comba Dão
Leonel Gouveia
S. J. da Pesqueira
Jaime Bernardino Alves (Coligação CDS+PSD) João António Pais Manuela Alves Lourenço José António Fontão Tulha
Vítor Figueiredo
Adriano Azevedo
Sátão
Nuno Bártolo
Alexandre Manuel Mendonça Vaz
Sernancelhe
Vítor Figueiredo
São Pedro do Sul
Carlos Silva Carlos Carvalho (Coligação CDS+PSD)
Tabuaço José Amaro
Valdemar Pereira
Tondela
Cílio Correia
José António Jesus
Vila Nova de Paiva
José Morgado Ribeiro
Vouzela
António Menezes
Tarouca
Rui Quintela
Carlos Mota Paulo Duarte
Rui Ladeira
Jornal do Centro
VISEU | CARREGAL DO SAL | REGIÃO 15
30| maio | 2013
licas”, que é punida com coimas entre 500 e 1.500 euros.
TRÁFICO OPERAÇÃO
Distrito. A GN R de Viseu fiscalizou 98 estabelecimentos do distrito de Viseu que vendem bebidas e elaborou dois autos de contraordenação, no âmbito da operação “Jovem Cool”. A operação, que envolveu uma centena de militares, tinha como objetivo sensibilizar os jovens para a nova legislação sobre o consumo do álcool e a fiscalização de estabelecimentos de bebidas situados junto a escolas. Segundo a GNR, as infrações detetadas referem-se “à não afixação dos avisos referentes à venda de bebidas alcoóPublicidade
Carregal do Sal. A GNR deteve dois jovens, de 18 e 20 anos, suspeitos de tráfico de droga, em Currelos, no concelho de Carregal do Sal. Durante a detenção foram apreendidas 32 doses de haxixe.
ASSALTO
Viseu. A PSP de Viseu e st á a i nve st i g a r u m assalto ao restaurante Portas do Sol em Repeses, Viseu, ocorrido durante a madrugada de terça-fei ra . Os a ssa ltantes partiram o vidro da porta principa l do estabelecimento, levaram várias garrafas de bebidas alcoólicas e o dinheiro que se encontrava na caixa registadora.
Almeida Henriques “somos um país com 15 milhões” ESEV∑ O papel fundamental da diáspora na internacionalização das regiões A internacionalização das regiões foi o tema escolhido para o III Fórum de Geoestratégia e Política Internacional realizado esta segunda-feira, 27 de maio, na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV). Depois de nas edições anteriores ter contado com a presença do atual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas e, curiosamente na edição de 2009, com o principal adversário na corrida à câmara de Viseu José Junqueiro, esta jornada constituiu uma oportunidade para a academia ouvir Almeida Henriques falar da
internacionalização das regiões como algo que entende ser “não apenas importante mas, sobretudo, vital”. “Não sendo sequer pensável empreender um processo que possa inverter a situação de clausura em que se encontra a economia local sem o IPV, este “radar estratégico” ganha particular relevo quando conjugado com os outros dois vértices daquele que apelidou como o “triângulo virtuoso do desenvolvimento”: conhecimento, empresas e municípios. Dividida em três eixos estruturantes a interven-
ção de Almeida Henriques abordou questões como a importância da internacionalização que “sintetiza 30 anos de experiência” e os mercados que devem ser considerados para a concretização destas ações uma vez que “Viseu, cidade e região, precisa de uma estratégia”. Recorrendo à “dureza” dos números sempre que necessário, o ex-Secretário de Estado revelou: “os nossos quatro principais mercados são aqueles em que se encontram as nossas comunidades emigrantes” pelo que hoje “somos um país com 15 milhões de por-
tugueses” em que a diáspora deve ser percebida como um fator que pode alavancar a economia do país e sobretudo a economia da Beira Alta. Entendendo que uma boa interação com os países de Língua Portuguesa poderia abrir um mercado de 1,2 milhões de pessoas, A. Henriques teceu duras críticas a um passado recente em que segundo ele “todos pensámos que podíamos viver dos serviços”, “em que o paradigma era a obra” e em que sobretudo um país com dimensão atlântica “se deslumbrou com a Europa”. Pedro Morgado
Jornal do Centro
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educação&formação Opinião
ESSV organiza I Congresso Mundial de Saúde Infantojuvenil Inédito ∑ Mais de 700 conferencistas de 30 países estiveram em Viseu nos dias 24 e 25, num Discutir num só congresso a obesidade infantil e muitas outras temáticas relativas aos comportamentos infantojuvenis (tabaco, práticas sexuais de risco entre outros) foi o mote do “I Congresso Mundial de Saúde Infantojuvenil”. Organizado pela Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSV), do Instituto Politécnico de Viseu, o congresso, que decorreu na passada sexta-feira e sábado, 24 e 25, juntou na cidade mais de 700 conferencistas de 30 países, entre eles Portugal, Espanha, França, Bélgica, Canadá, Bielorrússia, Rússia, Holanda, Dinamarca e Brasil. O I Congresso Mundial de Saúde Infantojuvenil “nasce” na sequência do projeto “Misij - Monitorização de Indicadores de Saúde Infantojuvenil: Impacto na Educação”. O estudo, que surge pelas mãos de investigadores de várias instituições de ensino do país, desde Lisboa, Trás-os-Montes, Évora, Minho, Algarve e a anfitriã Escola Superior de Saúde de Viseu, tem como principal objetivo o estudo dos hábitos de saúde e comportamentos de risco das crianças e adolescentes. O investigador e professor da ESSV, Carlos Albuquerque, foi quem orientou o projeto, que tem como ponto alto a organização do pri-
Micaela Costa
evento que “nasce” de um projeto de investigação da Escola Superior de Saúde do IPV
meiro congresso mundial, na área, feito em Portugal. O tema central deste primeiro congresso foi a obesidade infantil, que, como o próprio explicou surge porque “para além de toda a sua pertinência, sabemos que uma das prioridades da Organização Mundial de Saúde é a obesidade infantil”. Para Carlos Albuquerque os temas abordados ao longo dos dois dias de trabalhos têm como principal objetivo sublinhar que “a perspetiva para a educação na saúde não deve estar centrada apenas nos profissionais de saúde. A essência da intervenção preventiva está centrada em cada um de nós”, acrescentando ainda que “a saúde é coresponsabilização de cada um”. Para o investigador é importante que a educação para a saúde e a educação para os comportamentos de
risco, nas mais variadas situações, seja uma ação preventiva: “Devemos ter em conta que o sucesso dos tratamentos está na prevenção precoce, daí tentarmos perceber como tudo começa e porquê”. Para que o encontro pudesse ainda abranger as faixas etárias mais adultas, este I Congresso Mundial foi agregado ao IV Congresso Nacional de Educação para a Saúde, permitindo assim a abordagem de temas como a “Importância da Comunicação para a Saúde”, nas várias idades, ou ainda “Que políticas de promoção da saúde em Portugal? - Num contexto de crise”. Ao longo dos dois dias estiveram presentes várias personalidades da área da investigação: o diretor-geral da Saúde, Francisco George, em representação do ministro da Saúde, Maria
Gaspar de Matos e João Breda, da Organização Mundial de Saúde, Félix Sánchez da Universidade de Salamanca (Espanha), vários representantes do Ministério da Saúde da Suécia, Carlos Brás Saraiva da Universidade de Coimbra e Belo Ravara da Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias. Para além das sete sessões plenárias, que abrangeram temas como o tabaco, politicas de saúde em contexto de crise, a comunicação para a saúde, a sexualidade na escola, a obesidade infantil e comportamentos suicidários na adolescência decorreram várias sessões paralelas – simpósios, workshops, posters e comunicações livres - nas mais diversas temáticas, onde foram apresentadas cerca de 685 comunicações. Micaela Costa
Congresso Mundial terá próxima edição no Brasil
∑ A Universidade Federal de Roraima no Brasil, é a próxima paragem do Congresso Mundial de Saúde Infantojuvenil, organizado pela Escola Superior de Saúde de Viseu. Rosangela Duarte, pró-reitora da universidade, esteve presente nesta primeira edição e salientou a importância do tema “não só no caso da Europa mas também na América Latina”. “É uma oportunidade de estar a discutir um tema universal mostrando e valorizando aquilo que estamos a desenvolver em relação a este tema no Bra-
sil”, acrescentou. Quanto à realização da segunda edição no Brasil, Rosangela explicou que “estes congressos mundiais, muitas vezes vão para as regiões mais populosas (Sul, Sudeste ou Nordeste) e por isso é muito importante para a região Norte receber um evento destes, para poder trabalhar o tema e dar espaço para que os estudantes e os professores possam participar ativamente”. E é sobretudo importante para a sociedade “para que possam ver o trabalho desenvolvido através dos estudos e pesquisas feitos na universidade, pois têm um papel social muito importante”.
Iº Congresso Mundial de Comportamentos de Saúde Infanto-Juvenis, Promove em Viseu a Saúde das Crianças e Jovens O Iº Congresso Mundial de Comportamentos de Saúde Infanto-Juvenis, realizado de 23-25 de Maio, abriu lugar na história da cidade e da Escola Superior de Saúde de Viseu, pois colocou Viseu na rota dos grandes eventos científicos mundiais. Foi ainda assinado um Convénio com a Universidade Federal de Roraima, Brasil, para realização do IIº Congresso Mundial em 2015 no Brasil. Congregou distintos Especialistas, Organizações e Investigadores viseenses e de diversas universidades portuguesas e estrangeiras, designadamente: Francisco Jorge, Diretor Geral da Saúde Português; Félix Sánchez, Universidade de Salamanca; Matthew Richardson, Anna Jansson, Pi Högberg, Instituto Nacional de Saúde Pública, Suécia; Margarida Matos, WHO/HBSC; João Breda, World Health Organization; Carlos Saraiva, Universidade de Coimbra e Sofia Ravara, Tobacco Control Committee of the European Respiratory Society. Em Portuga l a prevalência de excesso de peso na infância é de 30%, em Viseu 31,3%, traduzindo que o estado nutricional das crianças é de risco. Os Especialistas deixaram propostas de melhoria fáceis de implementar mesmo em tempo de crise. Sendo exemplo: Educar os Pais a cozinhar a tradicional dieta mediterrânica, a reduzir o consumo de sal, açúcar e refrigerantes na dieta das crianças, incentivá-las a brincar na rua/parques e a deslocarem-se a pé, a diminuir as horas de televi-
são/computador/jogos para menos de 2 horas/ dia. Promover o aleitamento materno, favorecer o consumo de água (instalar bebedouros de água potável grátis em escolas/parques/edifícios públicos). O impacto destas medidas reduziria em 1% a obesidade na população em geral com ganhos de 10 milhões de pessoas livres desta doença até 2030. A prevenção da obesidade infantil, diminui a probabilidade de ocorrência de obesidade, diabetes, doenças cardiocerebrovascular e cancro no futuro adulto. Sobre a sexualidade, o Projeto MISIJ, financiado FCT, mostrou que em Viseu, os adolescentes iniciam a sua atividade sexual cerca dos 14 anos e 25,6% têm relações sexuais, sendo que 12,8% dos rapazes e 17,8 % das raparigas não usam preservativo. Os Especialistas, destacaram que o défice de informação no âmbito da sexualidade e saúde reprodutiva torna os adolescentes vulneráveis ao abuso e exploração sexual, gravidez indesejada e infeções de transmissão sexual, e que educar para uma vida sexual consciente e responsável é dever de todos, salientando como principais intervenientes a família e os profissionais de saúde, a escola e os meios de comunicação social como importantes aliados da família.
Pl’ Investigadores do Projeto MISIJ Carlos Albuquerque; Madalena Cunha; Graça Aparício; Paula Nelas; Manuela Ferreira; João Duarte; José Paulo Lousado e António Oliveira
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Jornal do Centro 30 | maio | 2013
economia Clareza no Pensamento
Banco Alimentar faz nova recolha este fim-de-semana
(http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Cristina Barroco Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu cbarroco@estv.ipv.pt
Recolha ∑ Nova campanha começa nos 24 concelhos do distrito de Viseu O Banco Alimentar Contra a Fome de Viseu irá realizar nos próximos dias 1 e 2 de Junho, sábado e domingo, a 8ª Campanha de Recolha de Alimentos nas superfícies comerciais do distrito. Estas ações realizadas duas vezes por ano que, dada a imensa adesão e o trabalho de todos os voluntários, se transformam nos momentos em que o trabalho do Banco Alimentar ganha maior visibilidade, são hoje sobretudo alturas em que todos somos chamados
a ajudar. Os donativos angariados durante esta campanha serão armazenados e, posteriormente, encaminhados para as 97 instituições locais onde irão ser distribuídos por
5.400 pessoas comprovadamente carenciadas. Naquela que é tradicionalmente a maior ação de voluntariado organizada no distrito, esta campanha de recolha de ali-
mentos irá decorrer nas superfícies comerciais dos concelhos de Aguiar d a B ei ra , A r m a m a r, Carregal do Sal, Castro Daire, Cinfães, Lamego, Mangualde, Moimenta da Beira, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Penedono, Resende, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela. Pedro Morgado
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“A Escola Superior Agrária de Viseu promove na sexta-feira, dia 31, uma sessão de trabalho sobre a produção doméstica de cogumelos, na qual serão abordados temas como a sua inoculação e o tratamento de pragas. A sessão será teórica de manhã, sendo feita uma introdução à micologia, uma breve descrição do cultivo de duas espécies de cogumelos e dada informação sobre a preparação do substrato de cultivo, a frutif icação, a colheita, as pragas e as doenças. “A parte da tarde está reservada a uma sessão prática, com inoculação de toros de madeira para cada participante com a espécie Lentinus edodes e produção de Pleurotus ostreatus em substrato de desperdícios agrof lorestais”, revela a organização. Lusa/EA
Já ouviu falar de Slow Tourism?
Se ainda não ouviu falar deste conceito, acredite que muito em breve ele fará parte do seu dia-a-dia… A ainda recente hist ó r i a d o S l o w To u r i sm (Tu r i smo L ento) começa com o Mov i m e n to Slow Fo o d que su rgiu em Itália na década de 80, e que prosseg uiu pa ra o Mov i m e n to Slow. Este desaf ia a cultura da velocidade, do excesso e da quantidade sobre a qualidade, sendo o seu lema a “Lentidão”. Pretende voltar a encontrar uma identidade própria para cada cidade, que funcione como um fator de diferenciação e que seja reconhecida como cidade com qualidade de vida pelos seus moradores e visitantes. O Slow Tourism contraria o estilo de turismo que se afirmou no século passado, ou seja, os charters turísticos, as excursões programadas, os horários impostos, os resorts com tudo incluído, a massificação dos destinos e como consequência a perda de costumes e saberes. Este conceito pretende dar a oportunidade ao visitante pa ra se torna r pa rte integrante do destino, tendo um contacto direto com a população e com o território, num ritmo adequado à apreensão da cultura local,
valorizando a estada prolongada, com tempo suficiente para explorar, descobrir e usufruir. O principal produto do Slow Tourism são as Slow Cities (Cidades Lentas). Cidades com menos de 50.000 habitantes que promovem a utilização de tecnologias para a qualidade urbana, defendem uma política de infra-estruturas adequada, melhoram a qualidade do meio ambiente, assim como a salvaguarda e valorização dos produtos locais, tudo isto numa saudável convivência entre moradores e visitantes, onde a hospitalidade é palavra-chave. Actualmente a Rede de Cidades Lentas está disseminada por todo o mundo, desde Enns na Áustria a Matakana na Nova Zelândia, passando por Portugal, onde já existem 6 Cidades Lentas: Lagos, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira, Viana do Castelo e Vizela. O processo de candidatura deve ser comandado pela Autarquia, mas todos os habitantes da cidade e as suas organizações podem tomar iniciativas e são chamados a implicar-se, num diálogo que se quer partilhado… Quem sabe se Viseu não será a próxima Slow City portuguesa?
Jornal do Centro
INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 19
30 | maio | 2013
ASSOCIAÇÃO PROMOVE OFICINAS DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL A Associação de Desenvolvimento de Iniciativas Culturais, Sociais e Económicas (ADICES) está a promover oficinas de trabalho sobre os modos de produção agrícola e a importância de uma prática agrícola sustentável. As oficinas decorrem nos municípios de intervenção da ADICES, nomeadamente Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela. A organizaçãoconsidera o tema “relevante no contexto atual, uma vez que a agricultura biológica e o modo de produção biológico têm hoje uma importância fundamental ao nível da proteção do ambiente, da biodiversidade, da preservação dos recursos naturais, do desenvolvimento sustentável e do crescimento económico nas comunidades locais”. EA Publicidade
Cinema gratuito para os mais novos no Forum Viseu N o âmbito das co memorações do Dia da Criança, o Forum Viseu, vai oferecer sessões de cinema às crianças, dia 1 e 2 de junho. Os mais novos podem, assim, assistir gratuitamente aos seus filmes preferidos. Para adquirirem o bilhete gratuito, os interessados podem levantá-lo no balcão de informações, de segunda a sexta-feira das 10h00 às 23h00. As sessões de cinema começam às 11h00 no sábado e domingo e são
gratuitas para crianças entre os 3 e 14 anos, com o máximo de dois adultos/acompanhantes por
criança. A oferta dos bilhetes está limitada à lotação da sala.
Jovem viseense cria o jogo Futsal Manager João Lopes, natural de Sátão, Viseu, é o mentor do jogo Futsal Manager. A aplicação de software inserida na categoria de jogos, apresenta-se como o primeiro simulador mundial de Futsal onde o utilizador encarna virtualmente o papel de treinador/manager. O jogo foi criado para as plataformas PC/Mac, aplicações mobile para Android, iOS e Windows Phone e ainda em versão Web. O jovem estudante da Universidade de Aveiro, do curso de Engenharia de Computadores e Telemática, aproveitou os conhecimentos adquiridos até então, aliados à paixão pela programação, e começou a desenvolver o jogo em agosto de 2011 com a intenção de preencher a fal-
ta que o jogo se fazia sentir na modalidade. A apresentação está marcada para o próximo dia 5, pelas 18h00 na aula magna do Instituto Politécnico de Viseu e contará com várias presenças de referência da modalidade, como é o caso do jogador Ricardinho. No evento será explicado e demonstrado, pela primeira vez, o jogo, a forma de jogabilidade bem como as próximas atualizações a introduzir.
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Jornal do Centro
20 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
30 | maio | 2013
IPV em NÚMEROS
O impacto financeiro do IPV na região está “subavaliado”
438 Docentos
256 Funcionários
O presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), João Cotta considera que o impacto económico do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) na região está “subavaliado” no estudo recentemente divulgado. Um estudo do Centro de Investigação e Desenvolvimento em Educação, Tecnologias e Saúde do IPV, apresentado na semana passada, revela que o impacto financeiro na região de Viseu em 2012 foi de 69,5 milhões de euros, o equivalente a 4,46% do Produto Interno Bruto (PIB). O presidente da AIRV acrescenta que “falta calcular o que essas pessoas (professores, alunos e funcionários do IPV) pagam de impostos”, avançando que se forem calculados os impostos, o valor “aproxima-se dos 100 milhões de euros” por ano. Servindo-se da metáfora:
o trabalho elaborado é apenas “a ponta do iceberg”, João Cotta lembra que os grandes benefícios do IPV na região “estão a outros níveis que não se conseguem medir”. “O IPV é o ativo na região de Viseu, por isso, a sua perda seria irreparável nas empresas. Atirar pedras ao IPV é suicídio para quem pensa no desenvolvimento regional”, conclui. A investigação teve como objetivo estimar o aumento do nível de atividade económica da região causado pela presença do IPV, demonstrar o seu contributo na economia local e analisar de que forma os ganhos e gastos dos docentes, funcionários e estudantes do IPV se refletem na região. “Por cada euro gasto pelo Estado no financiamento do IPV gerou-se um nível de atividade económica de 4,46 euros na região”, acrescenta o relatório. Os
Centro de Investigação e Desenvolvimento em Educação, Tecnologias e Saúde
∑ Uma unidade do Instituto Politécnico de Viseu
acreditada e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia desde 2007 que tem como finalidade desenvolver investigação em ciências da saúde, educação, tecnologias e gestão, sendo uma estrutura organizativa de coordenação e apoio aos projetos de investigação, desenvolvidos maioritariamente por docentes do IPV. No Centro de Investigação do IPV privilegia-se a inserção das atividades de investigação e desenvolvimento em redes científicas nacionais e internacionais e o desenvolvimento de parcerias. As atividades de investigação são desenvolvidas por um corpo de 184 investigadores (84 membros integrados doutorados e 100 membros colaboradores com diversos graus académicos). Publicidade
DR
Estudo∑ Conclusões revelam que alunos, professores e funcionários gastaram 69,5 milhões de euros
efeitos económicos diretos correspondem aos efeitos em bens e serviços da região. Os efeitos económicos indiretos são os impactos na cadeia de fornecedores do sector económico (volume de negócios), avaliando-se ainda os efeitos económicos induzidos que correspondem às alterações nos gastos dos consumidores. Para o presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez “fica claro que o IPV é vital para a região e para cidade”. Gualter Mirandez lembra que o estudo avalia uma po-
pulação que “gasta naquilo que é obrigada a consumir” e “quando pode consome”, nomeadamente em restaurantes, bares, vida noturna e pronto-a-vestir “potenciando” o setor do comércio: Há, por exemplo, projetos de restaurantes vocacionados para os estudantes”. Um outro dado da investigação sobre o impacto regional revela que o IPV é “responsável pela criação de 3.271 empregos, o correspondente a 5,59% da população ativa nos locais em análise”. “O impacto do Instituto está muito para além do im-
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pacto económico, nomeadamente em dimensões não facilmente quantificáveis, como sejam as dimensões socioculturais e a acessibilidade dos estudantes da região ao ensino superior”, concluiu o trabalho. Na verdade, existem outros sectores que são influenciados pela existência do IPV, nomeadamente a saúde, a cultura e o setor imobiliário. O Centro Hospitalar TondelaViseu (CHTV) recebe grande parte dos estagiários em enfermagem e em outras licenciaturas. Uma relação que, para o presidente do conselho de administração do CHTV, Ermida Rebelo, tem “ganhos de dinâmica para ambas as instituições”.
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6407 Alunos:
5.366 Licenciatura
707 Mestrado
167 Pós Graduação
157 CET
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Dirigentes
Emília Amaral
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desporto Automóveis
Piloto viseense sobe ao pódio no Campeonato de Portugal de Offroad Decorreu no passado fim-de-semana, 25 e 26, em Lousada, a prova de Ralicross que marcou o arranque do Campeonato de Portugal de Offroad em 2013. Dos três pilotos viseenses inscritos, o mais novo, Hugo Lopes subiu ao pódio e ocupou a primeira posição na categoria da Divisão de Iniciação (jovens entre os 12 e os 15 anos). Hugo Lopes, que nas duas temporadas anteriores foi vice-campeão, quer agora chegar ao título nesta categoria. É o principal favorito e confirmou credenciais na mítica Pista da Costilha, em Lousada. Aos comandos do Peugeot 106, o jovem pilo-
to, fez o melhor tempo nos treinos, venceu duas mangas e, na final, chegou à meta com uma clara vantagem sobre o segundo classificado - Gonçalo Leite, de 14 anos, que se estreou nesta categoria, vindo do karting – e que se apresenta como um dos adversários que pode dar alguma luta ao jovem Hugo Lopes. No terceiro lugar, classificouse André Carvalho, num Toyota. O piloto viseense, que caso conquiste matematicamente o título na Iniciação antes da última prova do campeonato, não descarta a possibilidade de ainda esta temporada fazer algumas provas nos Super 2000 – categoria onde João Oliveira, outro
Micaela Costa
Classificação ∑ Hugo Lopes ficou em primeiro lugar na categoria da Divisão de Iniciação. O seu pai, José Cruz, nos Super Cars, ficou em segundo mas acabou por ser desclassificado
viseense participou. João Oliveira, que conduziu um Peugeot 206 GTi, correu na categoria mais emotiva. Com 12 pilotos em prova, realizaram-se duas finais. O piloto viseense correu na
final B, de onde os dois primeiros se apuravam para a final A, mas João Oliveira acabou por não conseguir classificar-se. Contudo, uma boa prova do piloto de Viseu. Na categoria rainha, os
Super Cars, mais um viseense, desta vez José Cruz, aos comandos de um Peugeot 306 T16. José Cruz, que competiu com figuras de peso - o vencedor Pedro Matos e Joaquim Santos, ter-
ceiro classificado -, ainda subiu ao pódio ocupando a segunda posição. Mas a porta do automóvel não quis colaborar e na final passou mais de metade da prova, aberta. Situação que viria a originar a desclassificação do piloto de Viseu que foi assim “empurrado” para a sexta posição. Situação que deixou José Cruz desiludido e que leva mesmo o piloto viseense a ponderar “pendurar” as luvas no resto do campeonato, como forma de manifestar o seu desagrado pela desqualificação de que foi vítima. O campeonato de Offroad segue agora para Sever do Vouga nos próximos dias 15 e 16 de junho. Micaela Costa
Futebol
Os Repesenses realizam torneios de captação O Clube de Futebol Os Repesenses e a Dragon Force Viseu realizam no próximo este domingo, 2, pelas Publicidade
10h00, um Open Day. Os treinos, para atletas entre os 4 e os 14 anos (nascidos entre 2000 e 2009),
contam com a presença de técnicos do Futebol Clube do Porto. Em paralelo, Os Repesenses estão a or-
ganizar até ao final do dia de hoje treinos abertos de captação e nos próximos dias, 5 e 7. Pelas 20h30 dire-
cionados para atletas nascidos em 1996, 1997 e 1998 e às 19h30 para os anos de 1999 e 2000. As atividades
(Open Day e treinos de captação) realizam-se no Estádio Montenegro Machado em Repeses. MC
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Licá, natural de Lamelas, no concelho de Castro Daire, vai integrar a equipa principal, do campeão nacional, Futebol Clube do Porto. O avançado de 24 anos, foi formado no “O castro”, passando depois pelo extinto Social de Lamas. É nesse clube que começa a dar nas vistas, então na 3ª divisão nacional, onde viria a despertar o interesse da Académica de Coimbra. Transferiu-se para a Briosa mas acabou a rodar no satélite Tourizense. Passou também pelo Trofense e esteve as duas últimas épocas no Estoril Praia. MC Publicidade
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Futebol
Ténis de Mesa
Escola Alves Martins vice-campeã nacional Campeonato∑ Atletas viseenses sobem ao pódio nos nacionais de ténis Foi no passado fim-de-semana que a escola secundária Alves Martins se deslocou a Caldas da Rainha para participar nos campeonatos nacionais de ténis de mesa (além de outras modalidades: bócia, canoagem, natação, xadrez, vela), no escalão de juvenis masculinos e femininos nas variantes de equipas e individuais. A representar a região centro, os atletas da Alves Martins, tiveram uma brilhante participação e arre-
DR
gdestorilpraia.blogspot.com
Futebol LICÁ VAI JOGAR NO FC PORTO
Jornal do Centro
cadaram o 2º lugar nacional. Da equipa viseense fizeram parte Ricardo Infante, Bernardo Infante, Rafael Figueiredo e João Santos. Como sempre fizeramse acompanhar pelo treinador e professor Filipe Lima e pelo árbitro Marcelo Cruz.
Para o treinador que os acompanha e treina há 5 anos, este resultado “apenas prova o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por muitas escolas da região de Viseu, entre elas a secundária Alves Martins no âmbito do desporto escolar”. Micaela Costa
Viseu 2001 na luta pelo pódio A equipa feminina de futebol do Viseu 2001 joga este domingo a última partida, frente ao seu público, no Campeonato de Promoção Feminino 2012/2013. Penúltima jornada do campeonato frente ao segundo classificado, Valadares Gaia. As viseenses só em sonhos poderão ainda aspirar à subida direta, uma vez que só um autêntico milagre permitiria igualar os 6 pontos que as separam do segundo classificado - teriam que golear o Valadares por mais que 5 golos de diferença e esperar que no último jogo a formação de Gaia também perdesse – cenário que nem o mais otimista adepto nesta altura acredita que venha
a ser possível. Contudo, uma vitória é fundamental para não perderem o terceiro lugar para o Freamunde, que tem apenas menos um ponto que as viseenses. Um terceiro lugar que, numa situação de eventual desistência de uma equipa da I Divisão, poderá mesmo valer a subida por “repescagem”, situação perfeitamente possível de acontecer e que as viseenses não querem, e não devem, ignorar. Segue na frente o Ados-Fra ncos (20 pontos), seguido do Valadares Gaia (19 pontos), em terceiro o Viseu 2001 (13 pontos), quarto classificado Freamunde (12 pontos), CAC (6 pontos) e na última posição União Ferreirense. MC
Futebol
Académicoe Tondela fazem festa nas camadas jovens A equipa do Académico de Viseu conquistou, no passado fim-de-semana, o título distrital de juvenis e junta-se agora às equipas de juniores e iniciados nas provas nacionais. Frente ao Tondela, e a jogar em casa, os jovens viseenses venceram por 4-2, garantindo assim o título, pois falta apenas uma jornada. O académico lidera com 13 pontos, mais 4 que o segundo, o Crasto. Com ape-
nas três pontos em disputa para o final do campeonato a subida já não escapa aos academistas. A última jornada jogase este domingo, com o Académico a deslocar-se a casa do segundo classificado, e o Tondela (terceiro com 5 pontos) recebe o Drizes (último classificado com 0 pontos). Na cidade de Tondela, a equipa de Juniores, também fez a festa e sagrou-se Cam-
peã Distrital de Juniores após golear “ Os Viriatos”, por 4-1. Na entrada para a última jornada, Tondela e Sporting de Lamego estavam empatados na liderança, mas ao Tondela bastava a vitória, e foi o que aconteceu. Fechado o campeonato, a formação tondelense conquistou a primeira posição com 13 pontos, seguido de Sp. Lamego de Lusitano com 10 e por último Os Viriatos com 1 ponto. MC
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culturas Destaque
Tesouros da Misericórdia – Uma obra imperdível feita. As reflexões que a sua leitura propiciar serão muito subjectivas mas num eixo convergirão: que há de semelhante entre o homem de hoje que esbanja sem parcimónia nem critério, e o homem de outrora que tanto de si legava ao próximo? Em 1498, a rainha Dona Leonor fundou a Misericórdia de Lisboa. 18 breves anos após, Viseu, por mãos de Dom Manuel I vê ser-lhe outorgado o Compromisso… em 2007, por mãos de A lberto Correia surge o núcleo museológico a quem a Associação Portuguesa de Museologia concede o prémio: “Menção Honrosa – Melhor Museu Português 2010”. O tempo passa inexorável. As obras, algumas obras, ficam a perpetuar os feitos de humanas mãos. Esta obra é dessas. Compulsa com rigor, saber e critério um tesouro de bem-querer, devoção e amor ao património, para que a Santa Casa da são de Endoenças: “Quin- irá pela Praça e rua da essa riqueza, que nos enMisericórdia socorresse ta-feira de Endoenças se Cadeia, e daí a Cimo de d a grandece a todos, deixanas órfãs e os pobres que costuma a Irmandade Vila pela parte de Nossa M i s e do coada pelas páginas mantinha a seu cuidado. da Misericórdia ajuntar Senhora do Pranto à Igre- ricórdia.” Mais vezes estes bens se para ir visitar em pro- ja de São Martinho, e daí São centenas as foto- iluminadas a memória de destinavam aos doentes cissão algumas igrejas, e dará volta ao Postigo, e grafias deste percurso um passado tão ausente, sem recursos que o Hos- sepulcros em que está o pela Calçada acima até à tão convidativo. Os tex- quão perdida ficaria para pital sempre recebia.” Santíssimo Sacramento Sé, onde entrará a visitar tos são límpidos e uma um futuro tão presente. Lembra também rituais (…) A procissão sairá da o Santíssimo Sacramento, homenagem a uma obra Paulo Neto perdidos como a Procis- Igreja da Misericórdia, daí se recolherá na Casa por homens de outrora Paulo Neto
Foi agora editado o Catálogo contendo os Tesouros da Santa Casa da Misericórdia de Viseu. É uma obra a todos os títulos referencial e notável pelo conteúdo, pelo grafismo, pela fotografia, pelo papel e pela impressão. Ao longo de 125 páginas, Alberto Correia e Vera Magalhães contam-nos a história longa de 500 anos, a história de bem-fazer, o sentir da História, a evocação da farmácia do Hospital, a galeria dos benfeitores, o ritual da Procissão das Endoenças, na “Cidade de Deus”, as Obras de fé, o triunfo da Cruz, ao jeito de Oratório, rematandose com um texto de Fátima Eusébio, A Igreja da Misericórdia. A edição é da Santa Casa da Misericórdia, a tiragem de 500 exemplares, o design gráfico de Sónia Ferreira e as fotografias de José Alfredo. Nomes que não deixam dúvidas quanto à qualidade dos seus trabalhos. Instituição rica de seus legados lembra o passado quando: “Homens e mulheres movidos pelo amor do próximo, movidos também pelo amor de Deus que confessavam, em troca, muitas vezes, do bem de alma, fizeram generosa doação de todos ou parte dos seus bens
roteiro cinemas 00h00*
Sessões diárias às 14h30,
17h30, 21h40, 00h20*
FORUM VISEU
A ressaca parte III
17h30, 21h10, 00h1o*
Assalto à Casa Branca
Sessões diárias às 11h00*,
Sessões diárias às 14h45,
(CB) (Digital)
Velocodade Furiosa 6
(M16) (Digital)
13h50, 16h20, 18h50, 21h20,
VISEU
17h40, 21h20, 00h20*
(M12) (Digital)
23h50*
Homem de Ferro 3
Sessões diárias às 13h40,
Sessões diárias às 13h20,
Epic - O Reino Secreto
(M12) (Digital)
16h15, 19h00, 21h40,
15h30, 17h40, 19h50,
V.P.
00h25*
22h00, 00h10*
(CB) (Digital 3D)
Sessões diárias às 13h30,
Um refúgio para a vida
PALÁCIO DO GELO
Scary Movie 5 - Um
16h00, 18h30, 21h10,
(M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h40,
Mítico Susto de Filme
Sessões diárias às 14h10,
16h05, 18h30, 21h10,
(M12) (Digital)
17h10, 21h30, 23h5o*
23h30* Epic - O Reino Secreto VP
Sessões diárias às 14h15,
23h40*
(CB) (Digital)
17h00, 21h40, 00h30*
A ressaca - parte III
Sessões diárias às 14h40,
Esquecido
(CB) (Digital)
17h50, 21h00, 00h05*
Sessões diárias às 14h00, 16h25, 18h50, 21h30,
(M12) (Digital)
Velocodade Furiosa 6 (M12) (Digital)
O grande Gatsby Sessões diárias às 14h30,
Estreia da semana
(M12) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado
A Ressaca – Parte III – Desta vez, não há casamento. Não há despedida de solteiro. Então, o que pode correr mal, certo? Mas quando a Matilha se reúne, ninguém está a salvo.
D Feira do livro em Viseu até 10 de junho
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culturas
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A Feira do Livro de Viseu decorre no Parque Aquilino RIbeiro até ao dia 10 de junho. O certame, organizado pela Câmara Municipal, conta com a participação de oito editoras e livreiros de Viseu. Paralelamente desenvolvem-se atividades desde apresentação de livros, ateliês, música e teatro.
Destaque
Aos 72 anos, o ator Nicolau Breyner está a percorrer o país com o seu novo espetáculo Show Nico em que, através de um olhar crítico e a partir de pontos de vista muito próprios, questiona a crise que o país e o mundo atravessam e as crises normais pelas quais o ser humano passa ao longo da vida. A tournée nacional, depois de Sintra, Montijo, Faro e Almada passou por Viseu, num percurso que envolve nove cidades. Além do Show Nico no Teatro Viriato, o ator contactou com o público como tem sido habitual, no espaço comercial Forum Viseu e trocou experiências com os participantes do Festival de Teatro Jovem no Auditório Mirita Casimiro. As experiências e a sua qualidade como ator permitem-lhe criar uma empatia imediata com o
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público. À hora do espetáculo o público aguardou por Nicolau Breyner em palco como sendo a peça mais esperada do ano. Em plena tarde de sexta-feira, os fãs que o aguardavam no centro comercial revelaram o seu público. Um grupo de adolescentes pedia um autógrafo e licença para uma foto de grupo, mas também casais de meia-idade o fizeram, aproveitando o momento para travar uma curta conversa com o ator. Mais curioso foi quando uma idosa subiu já com alguma dificuldade ao palco dos autógrafos para o cumprimentar. E aqui e emoção foi mais vincada no rosto de Nicolau Breyner do que propriamente da sua fã embora deliciada pelo momento, quase que num gesto de sonho realizado. “Há uma coisa muito engraçada. Quando estou
Emília Amaral
Nicolau Breyner fez rir à custa da crise nos palcos de Viseu A “O país está triste e está deprimido mas a crise sente-se mais em Lisboa, o que é natural” em sessões de autógrafos, a grande massa [de participantes] são miúdos com 18/20 anos. Isto é estranho, porque a minha facha etária é outra, mas estes jovens identificam-se comigo, o que é muito bom”, reconhece Nicolau Breyner durante a conversa com o Jornal do Centro. Tal como em todos os lugares por onde passa, também no espetáculo Show Nico, os jovens aderem. Em palco, Nicolau Breyner fala ao país da crise: “Não é só da crise política que falo. Falo de todas, das crises sentimentais, das crises da adolescência, das crises da menopausa… de
todas. É só uma coincidência porque, depois, falo de muitas outras coisas, da relação com as crianças, da relação com o dinheiro, com a mentira, etc.”. A tournée permite-lhe sentir o pulso ao país e reconhece que Portugal “está triste e deprimido”, embora sinta que “a crise sentese mais em Lisboa” devido a um fenómeno natural para o ator, em que nas zonas rurais e nos centros urbanos mais pequenos “as famílias se aglomeram mais, a interajuda é maior e a crise acaba por se sentir menos”. Embora no seu espetáculo prefira falar das cri-
ses todas a rir, aborda sem rodeios a crise que considera mundial e de interesses: “É portuguesa porque somos mais pequenos, é europeia porque vemos países a começar a entrar em crise dentro de muito pouco tempo, depois, é mundial. Os grandes interesses moveram-se e nesta altura tem-se a noção de que há muita gente a ganhar muito dinheiro à custa desta crise, há uns senhores que a provocaram, compram mais barato, vendem mais caro e assim sucessivamente”. Terminar com “esta coisa que se viveu nos últimos 40 anos de que o
dinheiro é infindável”, é para Nicolau Breyner o lado bom da crise, que à parte da sua essência negativa pode devolver aos portugueses e ao mundo a “agregação das famílias que têm vivido uma outra crise de valores”. Do Show Nico sai uma mensagem especial. “Deixo que as pessoas se riam e se divirtam. Essa é uma maneira de se libertarem”, refere. Ao longo do espetáculo as pessoas ouvem música e divertem-se porque se “fala de coisas sérias a brincar” e “ de coisas pouco sérias a brincar também. É só isso, mas é muito importante”. Show Nico é um espetáculo de stand-up intervalado com sketches humorísticos alusivos aos temas que Nicolau aborda. Pelo meio, canta e encanta acompanhado da banda ao vivo e veste a pele de vários personagens satiricamente criados para retratar algumas temáticas. Com esta mensagem de que as crises na vida do ser humano são muitas e podem ser afastadas com pequenos gestos, Nicolau Breyner estreou-se no “novo” Teatro Viriato, pelo qual se apaixonou. “Está tão bonito que me dá vontade de o levar para Lisboa. Conseguiram fazer um teatro moderno, mas preservando o teatro italiano”, comenta o ator alentejano, ao subir a uma região onde se sente atraído pelo granito e pela autenticidade das pessoas. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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culturas expos
Arcas da memória
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até 31 de maio, a exposição documental “Álvaro Cunhal - o homem, o político e o escritor” ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes De 6 de maio a 14 de junho, a exposição “Na ponta dos dedos”, do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até 31 de maio, a exposição de fotografia “Shadows and walls”, da Universidade da Beira Interior MANGUALDE ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até 31 de maio, a exposição de fotografia «Luzes», de José dos Santos. ∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves Até 25 de maio, a exposição «Barrigas de Mamã», de Elisabete Nunes Sousa. VISEU ∑ Auditório Mirita Casimiro Até dia 31 de maio, a exposição de escultura “Naturezas” ∑ Instituto Piaget Até 25 de junho, a exposição internacional, coletiva e itenerante da II Semana Internacional de Educação Artística da UNESCO OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades Até dia 16 de junho exposição de fotografia, “Project Llull”, de José Crúzio LAMEGO ∑ Museu de Lamego Até dia 30 de maio, exposição de fotografia, “10 Regiões Vinhateiras Europeias Património da Humanidade”
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
Aquilino – “Imortal”, se nós quisermos
Sobre a ma n hã de Maio cuja tranquila limpidez descubro da janela, sobre as memórias desta manhã em que escrevo, perpassam cinquenta anos sobre a morte, ainda que de morte, ao caso, não me fique bem falar, de Aquilino Ribeiro, o beirão das “Terras do Demo” que, solitário, almocreve e romeiro, peregrinou por “terras de que ning uém faz ideia”, ínvios caminhos de subida até a ltitudes que só “a lcança quem não cansa” na às vezes desesperante jornada, como aquela de Cristóvão carregando sobre os ombros um peso de criança como se sobre si levasse o mundo. Sobre os ombros de Aquilino que jamais se dobraram ao carrego, um estranho fardo vai pousar. Aquilino por suas mãos o ajeita, sente que fardo não é, é o inelutável trabalho que, por herança l he f icou desti nado por Adão, esse pro pósito de “volver às origens, aos clássicos e ao povo”, a Língua madre que, peregrina também, se perdera no caminho. Mal sabia Aquilino quanto a viagem seria demorada!... Mas, rompendo contra ventos e marés, de regresso a traz, a antiga língua mãe. E eis como depois ela volta a ganhar frescura ao falar da terra, como ela volta a descrever os homens com verdade, como outra vez traduz o amor pela pá-
tria em que nasceu!... Outra vez em nossas mãos. Aquilino sobe ao Pa nte ão dos “ i mortais”. Mas como nas mitologias antigas é aos homens a quem incumbe o dever de não deixar que os seus deuses, e hoje os seus heróis, outra vez possam morrer. A nós incumbe, sobre Aquilino, esse dever. E assim prolongo, como eco que a i nda a nda nas quebradas, a voz de Fer n a ndo P au lo Baptista, companheiro de caminho no Centro de Estudos Aquilino Ribeiro onde, com tantos outros, seguimos as pisadas por Aquilino deixadas intentando guardá-las do vento e de águas a correr: - “Importa, todavia, assumir a constante, clara e responsabilizadora consciência de que a sagração simbólica de Aquilino, agora nacionalmente consumada, pode correr o risco de se vir a transformar num vazio e frio ritual de necrópole, se não se f izer tudo, dentro da escola e fora dela, para que a sua obra encarne e cresça, de modo inseminante e ao ritmo ascencional e pulsante de cada dia, no “panteão” vivo, quente e apaixonado do coração e da alma de cada novo leitor….”(Apud Cadernos Aquilinianos, N.º 18, 1.º / 2.º semestre, 2007, p. 21).
27 de Maio de 2013. In Memoriam de Aquilino Ribeiro.
D Apresentação de “O Mundo de Lucas)
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culturas
O som e a fúria
Destaque
“Faz de Conta” na Acert
Concurso de vestidos de chita recria moda dos anos 40
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Apresentação do livro “O Mundo de Lucas”, inspirado numa história contada e ilustrada por cinco jovens com deficiência da Artenave. A primeira sessão acontece esta sexta-feira, às 14h00, na Junta de Freguesia de Sever, Moimenta da Beira.
Teatro
Do dever de ser feliz
Maria da Graça Canto Moniz
Santa Comba Dão ∑ casa da Cultura recebeu vários participantes Um desfile de vestidos de chita, no domingo à tarde, na Casa da Cultura de Santa Comba Dão recriou a moda dos anos 40. A quarta edição do Concurso de Vestidos de Chita, organizado pela Camara Municipal levou ao palco vários participantes, entre eles crianças e adultos que concorreram em diferentes categorias. Para além do desfile, a iniciativa contou uma pequena mostra intitulada “Memórias” na qual estiveram expostos alguns dos vestidos de chita que foram a concurso em edi-
DR
A ma is recente produção do grupo Trigo Limpo Teatro Acer t de Tondel a estreia o espetáculo “Fa z de Conta”, esta sexta-feira, dia 31, às 21h45. Feito de vá r i a s h i stór i a s , “ Fa z de Conta” é um espetáculo “pensado pa ra gente pequena” como adianta o Trigo Limpo numa nota à imprensa , “que va i ser g ra nde, e para grandes que pequenos já foram”. O espetáculo decorre no auditório 2 do Novo Ciclo da Acert. EA
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Creio que, há alturas na vida, em que todos nos sentimos tristes ou desapontados (vou evitar usar a palavra deprimido porque é, hoje em dia, um estigma) por variadas razões. A melhor forma de reagir a esta indisposição é olhar para o lado bom da vida, para as coisas boas que nos acontecem e que temos. Coisas simples: família, amigos, trabalho, sorrisos, abraços, etc. Coisas que nos façam sentir bem e felizes. Este ções anteriores, pelas alu- gonizou um dos momen- tipo de raciocínio leva-nos, nas da Universidade Sénior tos de animação com a de- no extremo, a comparar a monstração de danças la- nossa vida com a dos outros. de Santa Comba Dão. Aliás, as mães muitas vezes A Expressart’ – Escola tinas. dizem: “pensa nos meninos d’Artes do Município de Emília Amaral e nas meninas em África, Santa Comba Dão, protapobrezinhos, sem pão, sem pai, sem mãe, sem nada”. Esta forma de educar parte de um pressuposto: nós temos um dever (além, do direito claro está) de ser feliz. Um sr. filósofo, Pascal Bruckner, teve a coragem de elaborar sobre a infelicidade que esta “tirania da felicidade” provoca entre nós num ensaio fabuloso intitulado “A euforia perpétua”. Enfim, a ideia é que quem não entra nesta corrida para ser feliz é um “deprimido”, um “cinzentão”, e desperdiça a sua vida. É um losser. Homessa, “só não és feliz porque não queres”, diz-se. É o mito da Felicidade, a procura da Felicidade como grande objetivo da vida – nada mais nada menos que um resultado da laicização da mentalidade cristã: realizar na terra o paraíso que a doutrina
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cristã veio a prometer para a vida no além. Nem sempre foi assim. E bem: viver não dispensa a dor e o sofrimento. Todo o crescimento faz sofrer, toda a realização exige sacrifício. É com o Iluminismo que a noção de felicidade se torna no elemento chave da nossa existência e alcança o seu expoente máximo no século XX, nos anos sessenta, quando os gritos pela felicidade se equivalem aos gritos de ordem contra o tédio e o aborrecimento: “não queremos um mundo em que a garantia de não morrer de fome não se transforme na certeza de morrer de tédio”, gritavam as vozes estridentes do Maio de 68. Não se pense que a obra de Bruckner é uma apologia do pessimismo e do sofrimento. Nada de mais errado. Esta busca neurótica pela felicidade é, acima de tudo, a primeira condição para não se ser feliz e perder o contacto com a realidade. Tal como os antigos já tinham intuído, a felicidade vai e vem. Como diz o Donald Draper (uma das personagens da série Mad Men), a felicidade é um momento que precede um outro momento em que já precisamos novamente de felicidade. Se vier melhor, mas trata-se tão-somente de um facto da vida, mais um, tal como a morte e o sofrimento. O extraordinário é que a felicidade teima em surgir no meio da infelicidade de tantos outros...
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em foco Espírito do Caramulo
Realizou-se em Resende no dia 25 de maio, a 1ª Concentração Vespa Resende. Estiveram presentes 25 clubes, 130 Vespas e 145 “vespistas”. A organização esteve a cargo dos Amigos da Vespa - Resende e Vespa Clube do Porto.
A edição de 2013 do Espírito do Caramulo, que teve lugar no passado sábado, dia 25 de maio, teve a maior participação de sempre da história do evento. O primeiro lugar foi entregue a Henrique Brandão Correia, que correu ao volante de um Westfield SE, de 1996, na Prova de Velocidade. Já na Prova de Regularidade, a grande novidade desta edição, venceu piloto Luís Filipe Costa, ao volante do seu Mercedes-Benz 500 SL.
Rui Costa
Concentração Vespa - Resende
J. Almeida
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saúde e bem-estar DR
“A asma e a crise económica” na agenda do Congresso da Sociedade Câmara de de Alergologia Pediátrica Mangualde dedica Especialistas nacionais e internacionais reúnem-se este fim-de-semana, 1 e 2 de junho, em Viseu, para debater os grandes temas relacionados com a alergia na criança, durante o 2º Congresso da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica (SPAP), que decorre no Hotel Montebelo. A SPAP, ao aproveitar para homenagear os mais novos já que assinala com este congresso o Dia Mundial da Criança (1 de junho), lança para o debate deste
DR
Viseu∑ Hotel Montebelo recebe especialista dias 1 e 2 de junho
ano o tema da “asma e a crise económica” mas também “as alergias alimentares, assim como a doença alérgica na escola e no desporto”, antecipa em comunicado à imprensa. O programa científico dos dois dias do encontro
arranca no sábado, às 9h00 com o tema da sibilância, a doença traduzida por muitos pais como o “chiar no peito” com tosse e falta de ar. A asma, imunodeficiências e a rinite são igualmente temas para debater neste primeiro dia de trabalhos.
O domingo começa com o tema da interface entre a autoimunidade e imunodeficiência, seguindo-se os alergéneos, a alergia alimentar, medicamentos e vacinas, doença alérgicaescola e desporto e toda a relação entre a pele e as alergias. Os trabalhos deste 2º Congresso da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica encerram por volta das 18h00. Emília Amaral
semana à saúde A Câmara Municipal de Mangualde vai promover, de 1 a 7 de junho, a “Semana da Saúde”. O objetivo é incentivar estilos de vida mais saudáveis e alertar para questões fundamentais da saúde e do bem-estar. Cada dia será dedicado a um tema, nomeadamente gimnodança, desporto, promoção da saúde, alimentação saudável, prevenção de acidentes, bem-estar e solidariedade. No último dia, serão angariados fundos para Liga Portuguesa Con-
tra o Cancro, através do Núcleo de Mangualde. Durante toda semana haverá iniciativas como dança, ginástica, passeios, corridas, aulas de várias modalidades desportivas, workshops, rastreios, simulações, massagens e acupuntura. Rastreio. Também em Mangualde, a Unidade Móvel de Mamografia Digital está estacionada junto ao Centro de Saúde da cidade. O rastreio vai decorrer até meados de junho. EA
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SAÚDE 29
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Opinião
Pólen e patologia respiratória Estamos numa época do ano em que a concentração de pólenes no ar ambiente é elevada ocasionando diversos sintomas quer das vias aéreas superiores como a Rinite e/ou Rinoconjutivite, quer das vias aéreas inferiores (Asma brônquica) ou a associação destas. Num indivíduo com alergia a pólenes a sintomatologia só aparece quando há contacto com o pólen causador da alergia, daí que as medidas tendentes a diminuir a exposição sejam importantes. Os pólenes variam de região para região do país e a sua concentração também depende de local para local. No nosso distrito como na maioria dos locais, as gramíneas assumem um papel de destaque sendo as principais responsáveis pelos sintomas de Rinoconjuntivite observados (antigamente designada por febre dos fenos devido às características desses sintomas – comichão no nariz e olhos, lacrimejar, obstrução nasal ou rinorreia, congestão nasal, espirros…) e muitas vezes tratada, mal tratada, como se de uma constipação se tratasse. O pólen de Oliveira com um pico de polinização entre Maio e Junho, a Parietária (Alfavaca da cobra) com um período
de polinização mais alargado, o Plátano e as Tílias são igualmente, entre nós, muitas vezes responsáveis pela sintomatologia. Outras de muitos conhecidas como a Tanchagem (Plantago) Artemísia, Chenopodium (pé de ganso) e Bétula entre outos, podem igualmente ser os causadores da sintomatologia. A rinite, para além do mal-estar que ocasiona pode, quando não controlada, conduzir a várias complicações que vão desde a sinusite à asma, perturbações do sono, mais ou menos graves e, na criança, pode causar deformação do céu da boca devido à obstrução nasal persistente, com anomalias nas arcadas dentárias e anormal implantação dos dentes de difícil correção. A sinusite complica cerca de 50% dos casos de rinite, com aumento da susceptibilidade a infeções víricas e bacterianas. Os dias secos, quentes e com vento são os mais agressivos. Neste período há que ter em atenção o arejamento do quarto, não devendo ser feito no início do dia quando os pólenes estão a subir, nem no final do dia quando estão a descer, evitando-se assim, em parte, a sua entrada para o quarto
onde vamos dormir. Fechar o vidro do carro quando viajamos, usar óculos para proteger os olhos e evitar os passeios em zonas com muita vegetação, são outras medidas aconselhadas. O diagnóstico é sugerido pela clínica e confirmado por testes cutâneos de alergia e/ou estudo analítico. O tratamento deverá ser adequado a sada situação. O uso de anti-histamínicos (antialérgicos) e antiinflamatórios nasais são os fármacos mais utilizados, sendo geralmente bem tolerados e eficazes. As vacinas de dessensibilização constituem uma terapia de fundo a utilizar em casos devidamente seleccionados, constituindo a única terapêutica capaz de modificar o curso da doença alérgica, prevenindo o aparecimento de
Simões Torres Pneumologista Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão
novas alergias e a progressão para asma. O seu uso, quando indicado, deve ser utilizado o mais precocemente possível. Em Portugal há cerca de um milhão de asmáticos e mais de dois milhões com rinite alérgica. Se anda sempre “constipado” ou se na primavera a “constipação” é muito arrastada procure o seu médico. Para além da qualidade de vida, complicações de maior ou menor gravidade podem surgir. Não perca qualidade de vida nem corra riscos desnecessários. O tratamento ao nosso dispor é eficaz e seguro.
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30 SAÚDE
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Rastreios de avaliações psicológicas avançam em Viseu Idosos∑ Centro de Reabilitação e Câmara de Viseu desafiam associações a abrir as portas ao projeto Objetivo∑ Intervenção precoce no declínio cognitivo O Centro de Reabilitação, Intervenção e Desenvolvimento Pessoal, Terapêuticas e Formação (CRID) de Viseu vai realizar rastreios de avaliações psicológicas à população idosa do concelho. A ideia que está a ser desenvolvida em conjunto com o projeto Viseu em Movimento-Gerações saudáveis, da Câmara Municipal, terá a colaboração técnica do Instituto Piaget e irá ocorrer em associações e outras instituições do concelho parceiras da autarquia.
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Com estes rastreios, o CRID pretende contribuir para uma “intervenção precoce junto da população idosa e inferir qual o estado cognitivo dos utentes”, revela o CRID em comunicado, consciente de que “esta intervenção precoce torna-se uma componente essencial do cuidado dos idodos”. “A população alvo do projeto em causa é a população idosa e tem como principal motivo o facto de atualmente se assistir a um envelhecimento gradual da população e a
um aumento da esperança média de vida. O envelhecimento populacional leva consequentemente a um declínio cognitivo característico do avançar da idade, a um aumento das doenças degenerativas, especialmente a demência (Demência de Alzheimer, Parkinson, Défice Cognitivo Ligeiro, etc.,), e também ao surgimento de outras patologias que provocam danos cerebrais que se transformam em défices cognitivos de funções cerebrais específicos (memória, capacidade de pla-
neamento, velocidade de processamento da informação, afasias, apraxias, etc.) ”, revela. Segundo o CRID os diagnósticos efetuados nestes rastreios possibilitam a intervenção precoce no declínio cognitivo normal e noutras patologias, podendo “diminuir o risco de declínio cognitivo, melhorar a autonomia, reduzir as necessidades de cuidados permanentes, protegendo contra o aparecimento de certas demências”. Emília Amaral
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CLASSIFICADOS 33
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Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira Ref. 587823653
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Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100
Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844
Canalizador. Lamego - Ref. 587869103
Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222 Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029
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Eletricista com formação em AVAC. Cozinheira / cozinheiro Ref. 588095066 – São Pedro do Sul Cozinheira/o com experiência.
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Eletricista Ref. 588100669 – Vouzela
Empregada de balcão Ref. 588095313 – Castro Daire Empregada de balcão com conhecimentos de cozinha. Jardineiro Ref. 588096295 – Castro Daire Jardineiro com carta profissional e experiência.
Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
Trabalhador indiferenciado Ref. 587994466 – Tondela Com ou sem experiência.Para trabalho em serração de madeiras.
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Eletromecânicos de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela
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Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Estucador Ref. 579419058 - Tempo Completo Mangualde
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Ladrilhador Ref. 588084008 – Tempo Completo - Viseu
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Carpinteiro Cofragem Ref. 588084051- Tempo Completo - Viseu
Pedreiro Ref. 588079788 - Tempo Completo – Viseu
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34 CLASSIFICADOS
30 | maio | 2013
INSTITUCIONAIS
OBITUÁRIO Maria Monteiro, 86 anos. Natural e residente em Fontelo, Armamar. O funeral realizou-se no dia 28 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fontelo. Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231 1ª Publicação
Luís Alfredo Cardoso Monteiro, 68 anos, casado. Natural de Godim, Peso da Régua e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 25 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.
2ª Publicação
Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Manuel Martins Pereira, 81 anos, viúvo. Natural de Almofala e residente na Casa de Repouso Partilhar Amizade, em Aguiar da Beira. O funeral realizou-se no dia 28 de maio, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Almofala. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358
(Jornal do Centro - N.º 585 de 30.05.2013)
Severino Aguiar, 71 anos, casado. Natural de Senhorim, Nelas e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de maio, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Nelas. Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009 Eduardo Francisco Ribeiro, 81 anos, casado. Natural de Oliveira de Frades e residente na África do Sul. O funeral realizou-se no dia 25 de maio, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Frades.
1ª Publicação
Fernando Soares de Almeida, 53 anos, casado. Natural e residente em Sejães. O funeral realizou-se no dia 28 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 António Geraldo Rodrigues, 87 anos, casado. Natural e residente em Ventosa, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 26 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Ventosa. Agência Funerária Fernandes Correia & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 610 (Jornal do Centro - N.º 585 de 30.05.2013)
Isaura de Jesus, 90 anos, viúva. Natural de Penajoia, Lamego e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de maio, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu. 1ª Publicação
Francisco dos Santos Loureiro do Amaral, 63 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Carlos da Assunção Monteiro, 81 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Penalva do Castelo.
(Jornal do Centro - N.º 585 de 30.05.2013)
Jacinta da Costa Seara, 93 anos, viúva. Natural e residente em Santos Evos. O funeral realizou-se no dia 22 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. 1ª Publicação
Fernando Tomás, 87 anos, viúvo. Natural e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 25 de maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Maria Marques Mocho, 81 anos. Natural e residente em Vasconha, Queirã, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 25 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Queirã. Maria Dulcina do Rego Chaves da Costa Marques, 47 anos, casada. Natural de Orgens e residente na Suíça. O funeral realizou-se no dia 26 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Orgens. Maria Manuela Martinho, 73 anos, viúva. Natural e residente em Moure de Carvalhal. O funeral realizou-se no dia 27 de maio, pelas 10.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 585 de 30.05.2013)
(Jornal do Centro - N.º 585 de 30.05.2013)
Jornal do Centro 30| maio | 2013
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HĂ UM ANO EDIĂ‡ĂƒO 533 | 1 DE JUNHO DE 2012 DistribuĂdo com o Expresso. Venda interdita.
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Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
SemanĂĄrio 1 a 7 de junho de 2012
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pĂĄg. 02 > PRAÇA PĂšBLICA pĂĄg. 06 > ABERTURA pĂĄg. 10 > Ă€ CONVERSA pĂĄg. 12 > REGIĂƒO pĂĄg. 16 > EDUCAĂ‡ĂƒO pĂĄg. 17 > SUPLEMENTO pĂĄg. 18 > ECONOMIA pĂĄg. 20 > DESPORTO pĂĄg. 23 > CULTURA pĂĄg. 26 > SAĂšDE pĂĄg. 28 > CLASSIFICADOS pĂĄg. 29 > EMPREGO pĂĄg. 30 > NECROLOGIA pĂĄg. 31 > CLUBE DO LEITOR
| Telefone: 232 437 461
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Pensar o Termalismo
Paulo Neto
Ainda hå aqueles que chegados ao f im de uma carreira, homenageiam quantos, vida fora, de clientes se tornaram amigos. É o caso do barbeiro Monteiro na Rua do ComÊrcio.
Esta rúbrica estå aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt Publicidade
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voz sobre a matĂŠria | pĂĄgs. 6, 7 e 8
Nuno AndrĂŠ Ferreira
∑ ColĂłquio promovido pelo Jornal do Centro ouve quem tem
∑ Objetivo cumprido: Pensou-se o termalismo! ∑ “Ainda temos poucos donativos da indĂşstria
alimentar da regiĂŁoâ€? (Catarina Sobral, Banco Alimentar) ∑ Eleiçþes nas concelhias do PS começam este sĂĄbado ∑ UGT Viseu inaugurou sede ∑ Presidente da ADDLAP defende parcerias para desenvolver o mundo rural ∑ Festival “Curtas 2012â€? ∑ Lamego recria cortes de D. Afonso Henriques
tempo
JORNAL DO CENTRO 30 | MAIO | 2013
Hoje, dia 30 de maio, períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 5ºC. Amanhã, 31 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 8ºC. Sábado, 1 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 21 e mínima de 10ºC. Domingo, 2 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 22 e mínima de 12ºC. Segunda, 3 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 11ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Quinta, 30
Sexta, 31
Mangualde ∑ Pré-Inauguração da edição Live Beach 2013, às 21h30 no LW Club, espaço noturno localizado em pleno areal da praia.
Sábado, 1 junho
Tarouca ∑ Jantar monástico recorda as vivências dos monges cistercienses do século XVIII, 19h30, no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas.
Santa Comba Dão ∑Feira de Artesanato de Santa Comba Dão, na Cave da Casa da Cultura, dia 1 das 15h00 às 24h00 e dia 2 das 14h00 às 22hoo. Viseu ∑O Centro Cívico e Cultural de Viseu e Editorial Moura Pinto, Coja-Arganil promovem uma sessão pública de evocação do escritor Aquilino Ribeiro, pelas 16h00, no Salão Nobre da Associação Comercial de Viseu.
Segunda, 3 junho
Viseu ∑ Seminário “Ética no desporto – move-te por valores”, às 9h30, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. Publicidade
A entrevista Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt Micaela Costa
Viseu ∑ Seminário comemorativo do 3º Aniversário da UGT Viseu, “Empreendedorismo e formação profissional na criação de emprego”, às 16h30, na Pousada de Viseu.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
A Vários atores, espalhados pela cidade ajudam a descobrir a cidade de Viseu, à meia noite de sexta-feira
“Viseu a 1 do 6” começa por (re)descobrir a cidade Evento∑ 24 horas de arte, música e espétaculo por toda a cidade “Ás vezes é preciso esventrar as cidades para as conhecermos”, declara uma das atrizes numa das cenas de “Esta é a minha cidade e eu quero viver nela”. O manifesto poético, que conduz o espectador pelas ruas da cidade abre, no próximo sábado, o evento cultural “Viseu a 1 do 6”, numa co-produção do Teatro Viriato com o Teatro do Vestido. São seis cenas, em vários pontos da cidade, desde o largo da feira semanal, até à rua do Gonçalinho, entre tantos outros pontos menos conhecidos e que, como Joana Craveiro, responsável pela direção do espetáculo, explicou, “não estão nos roteiros turísticos e não são pontos habituais de interesse”. Durante quase duas horas o público caminha pela cidade onde atores contam
histórias criadas pelos próprios, e baseadas em memórias da cidade e escritas por Joana Craveiro. O objetivo é “agarrar”, surpreender e deixar na espectativa qual será o próximo local, a próxima história. Na passada terça-feira a comunicação social foi convidada a assistir a três das seis cenas e foi inevitável não ficar surpreendido com este grupo de atores. Os textos, os sítios, os adereços e as caminhadas pela cidade são pensados ao pormenor. Quem já conhece Viseu vai certamente (re)descobrir uma “nova” cidade. O projeto “Esta é a minha cidade e eu quero viver nela”, “nasce” em Lisboa, rapidamente vai descobrir a cidade do Porto e chega agora a Viseu totalmente renovada. A ideia é criar algo completamente dife-
rente de cidade, para cidade, o que torna esta “peça” única de cada vez que é apresentada ao público. “Esta é a minha cidade e eu quero viver nela”, decorre à meia-noite de sexta-feira e esta sessão está já esgotada, volta a repetir-se nos dias 2, 3 e 4, pelas 21h30. Do programa “Viseu a 1 do 6”, que decorre nas 24 horas de sábado, fazem ainda parte “Uma carta coreográfica” na Praça da República, das 10h00 às 19h00, “Passagem”, no Parque Aquilino Ribeiro, pelas 16h00, “Les Blues de Travail”, na Praça D. Duarte, pelas 18h00, Olivier Roustan, no Adro da Sé pelas 21h00 e encerra com a Orquestra Todos, no Largo Mouzinho de Albuquerque, no Soldado Desconhecido, pelas 22h30. Micaela Costa
1. Como já aqui foi referido, um dos tópicos incontornáveis destas eleições autárquicas em Viseu é o legado do dr. Ruas e o candidato que precisa de se demarcar mais dele é António Almeida Henriques. É por isso que não surpreende o mantra do candidato do PSD — “novo ciclo” / “ciclo novo” / “equipa nova” (mantra repetido ao longo da entrevista que deu a este jornal há duas semanas). A forma como ele começou a entrevista foi muito bem conseguida. Disse ele: “Viseu teve um surto de progresso nos últimos trinta anos e importa neste momento dar-lhe um novo ciclo.” Nesta simples frase, o candidato do PSD amalgamou os 24 anos do dr. Ruas com os mandatos anteriores e entregou-os à história, ao “antigo ciclo”. Nesse “antigo ciclo”, naturalmente, eles acompanham o “progresso” alcançado nos anos de Engrácia Carrilho. Com esta referência a trinta anos, Almeida Henriques pretende alcançar dois objectivos: (i) colocar mais depressa o dr. Ruas nas prateleiras da história e (ii) disputar a Hélder Amaral o eleitorado centrista. 2. O candidato do PSD, nesta entrevista, anunciou que a sua campanha vai ter figuras de “referência nacional”. A primeira foi Augusto Mateus, um dos gurus do “aeromoscas” de Beja, que veio cá falar sobre “logística e transportes”. Chegado cá, o homem propôs um “centro logístico” para Viseu. Os media locais fizeram de pé-de-microfone, mas a nossa blogosfera gozou com o facto de Augusto Mateus não ter defendido para aqui o mesmo que para Beja: uma plataforma para a exportação de peixe. Caro António Almeida Henriques: que tal fazer uma visitinha aos 96 hectares da “Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda (PLIEG)”? Aproveite a visita para tentar convencer os accionistas privados da PLIEG a investirem também no tal “Centro Logístico de Viseu” proposto, com tanta “originalidade”, pelo seu convidado.