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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 13 a 19 de junho de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO
Ano 12 N.º 587
pág. 20 > EDUCAÇÃO pág. 24 > DESPORTO
1 Euro
pág. 26 > EM FOCO pág. 28 > CULTURA Publicidade
pág. 33 > CLASSIFICADOS
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“O Bloco de Esquerda quer renovar a cidade” ∑ Manuela Antunes, candidata do Bloco de Esquerda à
Emília Amaral
Câmara Municipal de Viseu | págs. 8, 9 e 10
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REGIÃO DE VISEU
pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·
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SEMANÁRIO DA
pág. 31 > SAÚDE
ver pág. 23
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pág. 22 > ECONOMIA
Novo acordo ortográfico
redacao@jornaldocentro.pt
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2
Jornal do Centro 13 | junho | 2013
praçapública rSe está provado que rO BA de Viseu é rPara os mais velhos, r A
palavras
deles
a ruralidade conviveu com a realidade agrícola tantos anos e se os nossos antepassados nos legaram este bem precioso que é a Natureza, o Ambiente, a Paisagem, falta provar, e esse é o nosso desafio, que a ruralidade, devidamente conservada é uma riqueza de futuro”
um Banco muito bem coordenado, com uma equipa jovem, dinâmica e entusiasta. Tem feito um trabalho muito importante numa região muito vasta que vai de Santa Comba Dão a Lamego”
Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente do Banco Alimentar, em entrevista ao Jornal do Centro
José Mário Cardoso
Editorial
Isabel Jonet
cultura é uma compensõesmuitoredu- indústria e tem que se zidas, que constituem pensar como tal” a pobreza estrutural, o apoio das instituições tem uma importância crucial. A rede das instituições de solidariedade continua a desempenhar um papel determinante e constitui o único amparo para estas pessoas” Catarina Sobral
Responsável pelo Banco Alimentar no distrito de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
Manuela Antunes Candidata do Bloco de Esquerda à autarquia viseense, em entrevista ao Jornal do Centro
Cultura .!? …
Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
Se pegarmos no “Elucidário” de Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo (1798/9), entendendo-o como o primeiro dicionário português, não encontramos a palavra cultura. Cícero, na Antiguidade Clássica, falou pela primeira vez na “cultura animi”. A cultura que nos aparece nos primórdios do séc. XII prende-se com a terra. Culto, do século XV teria a ver com adoração a Deus e o seu antónimo inculto, não cultivado, significava aquele que era ignorante, não gostava, não adorava. A ideia de cultural enquanto relativa à civilização é um produto contemporâneo. Primeiro ligado à educação e depois às aspirações nacionais e ideais. Antropologicamente, cultura será o conjunto das tradições sociais, aquilo que recebemos do ambiente social em que nos criámos e desenvolvemos. Toda a sociedade deve proporcionar o essencial e logo após, o acessório. Se considerarmos a cultura acessório social (ideia taxativamente falaciosa) e só admissível em casos extremos de países subdesenvolvidos e com carências básicas vitais, estamos a plagiar as práticas comuns e vigorantes num país que sempre teve da cultura uma visão elitista, distante, estranha, aterradora, subversiva, preferindo e implementando o atavismo rácico como modelo doméstico ou de domesticação. As autarquias portuguesas, nas últimas quatro décadas, primaram pela dotação do essencial ao seu território: acessos; esgotos; água canalizada; luz, etc. Nos últimos dez anos, o sentimento de cultura como bem essencial para a qualidade de vida, formação superior do cidadão e educação do espírito ganhou relevo nalgumas autarquias.
Curiosamente, Viseu teve homens no século XX tais como Almeida Moreira, Lucena e Vale, Cristovão Moreira de Figueiredo, José Coelho, Alexandre Alves, Alberto Correia, etc., que se notabilizaram no empenho cultural, embora especificamente centrado na História, na museologia, na etnografia. A autarquia viseense nunca teve no domínio da cultura ninguém com visão e relevo. A vereação cultural tem sido ocupada por lugares-tenentes da politiquice de momento, sem quaisquer provas dadas e reconhecidas nesse domínio. Talvez por isso, nunca teve uma política cultural coerente e de alcance. Meras ideias avulsas, compradas a retalho na loja dos 300 tem sido o apreciável. De vez em quando, neste marasmo de paisagem, aparece uma excepção para confirmar a regra, como Ricardo Pais, Paulo Ribeiro, Leonor Keil e… ainda assim, com visões centradas na especificidade do seu “métier”, mais do que na abrangência lata de uma política sectorial. Viseu tem o Teatro Viriato a quem se deve muito do que se tem feito; tem um Conservatório Azeredo Perdigão que vale pela escola que é e não pelo que passa cá para fora, numa endogenia teimosa, como se fosse um lugar de “eruditos”, o que está muito longe de ser (e ainda bem). Viseu tem uma rede de museus fechados sobre si mesmos, dirigidos, em geral, por credenciados políticos, ou perspectivas autárquicas e autocráticas do mérito partidário. Excepção do Museu Grão Vasco. Viseu vai ter, na Quinta da Cruz, em São Salvador um espaço de excelência talvez já destinado como sinecura a um(a) afilhado(a) do poder local. Viseu tem uma ExpoVis que é um “elefante tenebroso” da arquitectura e serviço público urbano. Viseu tem uma Feira de São Mateus anquilosada e a funcionar sem inovações com o mesmo conceito de há um século. Viseu não sabe conviver com os artistas locais e nacionais, da literatura, da pintura, da música, do teatro, do cinema, da dança. Nem sabe conviver com o que de comum existe no distrito: ACERT, Teatro do Montemuro,
Teatro Ribeiro Conceição… são capelanias desunidas. Projecto Património, Gira Sol Azul, Bar do Capitão, Curtas, Cine Clube… são conceitos de valor vivendo da sua imaginação. Jardins Efémeros, Concertos de Primavera, são conceitos de valor dependentes da “coisa pública”. Não importa. Ambos são importantes. Viseu tem coros fantásticos. No distrito tem do melhor que se faz a nível, por exemplo da guitarra clássica, no município de Sernancelhe. A música e a dança, com o “Andanças”, em Carvalhais… Orçamentos sumptuários não são sinónimos de grandeza de projectos. Há muita gente em Viseu e no distrito que sabe fazer. E que nunca foi chamada ou acarinhada. Há escritores do distrito e do concelho que mereciam ser divulgados, Aquilino Ribeiro, Tomás Ribeiro, Tomás da Fonseca, Judith Teixeira, Branquinho da Fonseca, Fausto Guedes Teixeira, Afonso Ribeiro, Correia Araújo, Pina de Morais, Ana de Castro Osório, Emídio Navarro, Abel Botelho, Silva Gaio, António Alves Martins, António Correia d’Oliveira, José Augusto Seabra, António Gil, Luís Miguel Nava, Franco Alexandre…. Há prémios literários que deviam ser criados. Investigações promovidas com estudiosos a par com o ensino superior local e nacional. Incentivar mestrados e doutoramentos em áreas concretas da nossa realidade. Criar um turismo literário. Temos excelentes encenadores, escritores, pintores (um Luís Calheiros, um Pedro Tudela, um José Mouga, por exemplo), bailarinos, músicos, historiadores, etnógrafos, sociólogos, em Viseu. Temos homens de muito saber como um Luís Oliva, crítico e ideólogo cultural de imenso mérito. Um homem que seria um excelente vereador da Cultura em qualquer autarquia do país. Mas mais do que isso, devemos ter a capacidade de os polarizar, de os “electrizar”, de os trazer, de todo o Portugal e dos países da lusofonia para nos comunicarem seu testemunho e partilharem sua arte e seu saber. A cultura não é sazonal. A cultura é colheita do ano inteiro com renovação cons-
tante para frutificar profícua e intensamente. Deve envolver as bibliotecas, as escolas, básicas, secundárias e superiores. Deve envolver todos os agentes criativos. Todos os actantes culturais. Deve propor, em Viseu, ideias sem precedentes, com inovação, qualidade, imaginação e gente, muita gente. Deve envolver o “território” (conceito muito em voga) mas e fundamentalmente envolver todos os munícipes, descentralizando, levando a cultura às freguesias, a todas as faixas etárias, promovendo e aperfeiçoando os “actores” e criadores que estão em nós (vide Montemuro). Promover os espaços: O Parque do Fontelo, a Cava do Viriato, a Quinta do Soqueiro, o moribundo auditório Mirita Casimiro… Requerer às instituições de ensino projectos articulados com a comunidade nos seus planos anuais de actividades. Criar uma escola de teatro (honra ao festival criado por José Moreira), uma instituição ligada ao cinema (Tudela, Carlos Salvador), oficinas de pintura (Luís Calheiros, Pedro Albuquerque), de fotografia (José Alfredo, Nuno André Ferreira, José Crúzio…), de jazz (Peninha, Ana Bento…), de design (Luís Belo, Nuno Ferreira, Marcos Rebelo…), etc., etc., etc… Ainda não vi nos programas eleitorais dos candidatos à autarquia viseense nada de relevante. Por vezes ouve-se falar num nome sonante, mas isso é mera… cultura… de protagonismo, imagem e provincianismo (tout court). Senhores candidatos: têm dinheiro deixado pelo executivo de Fernando Ruas (dizse), têm o essencial feito, a nível de infra estruturas (diz-se), mostrem que têm saber e imaginação e, se não tiverem, rodeiemse de quem tenha e queira, fundamentalmente, promover a Cultura em Viseu, sem autopromoções e pão-nosso-de-cada-dianos-dai-hoje. Há tanto a fazer, senhores candidatos… Sejam atrevidos. Inovem. Deixem o desajustado prêt-à-porter made in New York, Berlim, Cannes ou Milão… Ousem e usem fatos por medida. Viseu foi terra de grandes alfaiates, lembrem-se do “Pirolito” que tão bem vestiu Aquilino!
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 13| junho | 2013
números
estrelas
7
Diamantino Frias Presidente da Junta de Freguesia de Lamosa - Sernancelhe
Número de vítimas mortais em acidentes de tractor ocorridos este ano no distrito de Viseu.
Fernando Ruas Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Este autarca com 76 anos e três décadas de serviço público vê concretizado na sua freguesia um projeto comparticipado QREN de 800.000 euros, no âmbito da Biointerpretação da Rede Natura 2000.
Importa-se de responder?
Agraciado no 10 de junho com a Grã Cruz da Ordem de Mérito.
Outro viseense que recebeu no 10 de junho o título de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Que significado tem para si o Dia Mundial do Ambiente? Tal como milhares de portugueses eu, sinceramente, penso que dada a conjuntura no país e no mundo, pouco tempo temos para pensar nisso. Contudo considero que a defesa do meio ambiente deve continuar a ser uma das prioridades de todos uma vez que influi diretamente na qualidade de vida das gerações vindouras.
Eu, sendo oriundo de S. Miguel dos Açores onde o ambiente é, ao mesmo tempo, parte integrante da vida e da economia local, tenho pelo ambiente um enorme respeito. Se, comemoramos outros dias com menor importância por que razão não havemos de comemorar também este? Ele, na minha opinião, deve servir como um alerta e uma chamada de atenção para os atentados ambientais que são cometidos pela indústria
Paulo Catarino
Carlos Correia
Técnico de Informática
Aposentado
Para além da importância que o Dia Mundial do Ambiente tem, o mesmo deve, na minha opinião, servir como uma data que marque e lembre a sociedade do papel, do valor e do contributo que o ambiente, muitas vezes esquecido, tem para a qualidade de vida que tanto ambicionamos. Sobretudo na dimensão da proteção da natureza para a qual devemos educar as nossas crianças. Joaquim Carvalho
Eduardo Costa
Assistente de Direção
Técnico Oficial de Contas
Opinião
Ricardo Pais Encenador
Eu considero que todos os dias mundiais são apenas um pretexto que é invocado para mostrar que os governos e os países são sensíveis a esta temática. Apesar de concordar e de aceitar que o ambiente deve ser protegido, acho sobretudo que, na vertente económica, existe no nosso país uma sobreposição de taxas e entidades que, com a desculpa da “proteção do ambiente”, apenas servem para tirar dinheiro aos contribuintes e às empresas.
A infantilização do eleitorado
Um dos maiores mitos do “instalado” é alegar experiências de renovações passadas que falharam, mesmo que estas não tenham existido. É o maior veículo de desencorajamento que usamos no quotidiano, alegar que “daquela forma” não se conseguem resultados. “É assim que as pessoas vão comprar”, “é desta maneira que vamos fazer as pessoas votar em nós”: as pessoas estão tão presas na repetição das fórmulas que se perdeu o discernimento que as deveria fazer duvidar da certeza, uma certeza tão distanciada do processo revisionista que a faria ser séria que fez com que fosse quase impossível ser questionada. Por isto estar tão imbuído na nossa cultura, é muito fácil confundirmos o “simplesmente diferente” com o “ingénuo”. A “mudança”
está para “falhanço” como o “sucesso” encontra um falso sinónimo em “estagnação”. Não é uma questão geracional, é transversal. Uma forma de evitar o peso da reprodução social do “é assim que as coisas resultam” é arranjar aquelas raras pessoas à nossa volta que perguntarão: “e por que não assim?”. Assim pode encontrar-se um equilíbrio produtivo entre essas duas forças que comandam a evolução: preservação e inovação. É claro que toda esta reflexão se podia aplicar a qualquer esfera da nossa vida mas, para não variar, não saía da minha cabeça esta constatação por causa das campanhas políticas. Há um vazio, um deserto estéril na comunicação política, tomada de assalto pelo marketing político. Mesmo quando se tenta comunicar, os vícios fazem-nos induzir a co-
municação. A maioria das campanhas tentam responder a uma coisa - a maus resultados – induzindo necessidades. Procura-se, por toda a parte, granjear a participação como se a falta desta fosse a reivindicação. Pedem-se “contributos” do eleitorado como se esta participação fosse uma necessidade a que a candidatura vai responder. Mas, na realidade, a participação não é a necessidade a que os políticos têm de responder, a participação é a solução que os políticos não querem ver. Abandonar o paternalismo na política desafia o instalado porque desafia estruturas de poder entre uns pais autoritários e umas crianças reivindicativas. Os pais também usam a estratégia de “ouvir” a opinião das/ os adolescentes. Não é preciso haver um
autorismo formal para que haja poder vertical. Só “ouvir” não garante co-decisão. Essa vem mais tarde, quando todas as pessoas numa família são adultas e se validam umas às outras. As campanhas habituais infantilizam o eleitorado – porque um chupa-chupa resultará sempre para uma criança. Desafiar o instalado passa pelo reconhecimento sincero de que o eleitorado não tem de ser consumidor, o eleitorado é também produtor de decisão. Por isso podemos abandonar o marketing: essa coisa é para consumidores. Somos todas pessoas adultas, não queremos ser ouvidas por reivindicarmos, queremos comunicar porque temos de decidir. Desafiamos o instalado. Sílvia Vermelho | Politóloga
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 13 | junho | 2013
Mistérios de Nossa Senhora da Lapa II Não sou de rumar à Lapa em dias de peregrinação, gosto de a apreciar vazia, de sentir o seu silêncio apenas cortado pelo vento frio. Mas este ano, por força de um aniversário, marquei presença no dia 10 de Junho. Não sei especificar os milhares que lá se encontravam, nem sei dizer se seriam mais ou menos do que aqueles que normalmente nesta data aqui rumam. Para fugir à multidão e ao barulho perdi-me por ruas secundárias, vendo o que (talvez) não se quer visto. A ideia da Lapa ar-
rumadinha e limpinha foi-se desvanecendo, perturbou-me o estado de algumas propriedades privadas, no grau de conservação, mas principalmente no asseio, no asseio de suas escaleiras, de suas quintãs estranhamente continuadas até à rua, o amontoado de lenhas, despojos e objetos sem utilidade empilhados junto a paredes e por baixo de candeeiros majestosos. O lixo “varrido” primorosamente pelo vento desconexo acumula-se em ruas da periferia, o plástico é rei e senhor, encostado que
se encontra em fachadas poéticas devassadas pela placa do “vende-se”. Informei-me, e o vende-se é vergonhosamente acompanhado de um valor que não se coaduna de forma alguma nem com o local nem com os valores reais do imobiliário. Torna-se inevitável a comparação com outros locais de culto, onde o apoderar de um comércio capitalista crescente, descaracteriza e trás consigo valores proibitivos em locais de fé. Em cada esquina se faz negócio, em qualquer vão de escada se estende a
Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt
Opinião
Análise da atual situação económico-financeira
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6.000 exemplares por edição
Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461
O Turismo, líder das exportações nacionais, no primeiro trimestre de 2013, garantiu mais de metade do aumento das exportações portuguesas de bens e serviços ao exterior, num valor de 56,7%; Os Sectores da Hotelaria, Restauração e Similares são constituídos por mais de 85.000 sociedades e empresários em nome individual; Com efeito, nos termos dos dados fornecidos pela DBK, o sector da Restauração e Bebidas registou em 2011 uma quebra no volume de negócios
de aproximadamente 7%, e de 15% em 2012, sendo expectável para 2013 uma quebra bastante maior tendo em conta o acentuar da recessão, na redução da procura; Por seu turno, o aumento do IVA de 13% para 23% nos Serviços de Alimentação e Bebidas revelou-se devastador no tecido económico português, uma vez que os operadores não puderam repercutir o aumento da taxa do IVA nos consumidores, tendo internalizado esse custo nas suas operações; Até agora, e de acordo com a análise
microeconómica de diversas unidades representativas do sector, as empresas do sector perderam 25% dos seus trabalhadores. Esta tendência vai agravar-se até final do anual de 2013, estimando-se, pelo evoluir a trajetória do volume de negócios, a perda de 40% de mão-de-obra. Os valores finais poderão ser ainda superiores, uma vez que existem unidades de média e grande dimensão que, neste momento, funcionam no limiar mínimo de serviço, mas que a todo o momento poderão ser encerrados (nomeadamente no
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Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
1. O Senhora da Beira do Senhora da Beira: Escrever sobre amigos é sempre complicado. Complicado na medida em que por vezes a amizade tolda o sentido crítico. Em todas as áreas da nossa vida, e bem, somos mais brandos com os amigos do que com desconhecidos. A minha relação com o Fernando Figueiredo cresceu por isso mesmo, pela crítica como meio de melhorar. Por isso sinto-me totalmente à vontade para fazer a análise à sua candidatura sabendo que a vida continua. O Fernando dispensa apresentações, a sua carreira militar é o seu melhor cartão-de-visita. Conheci-o através do seu blog, da sua escrita contundente e directa. Até posso nem sempre concordar na for-
Opinião
ma ou no conteúdo, mas para quem vive fora de Viseu, o Senhora da Beira, é órgão de informação mais completo sobre a vida na cidade. Foi muitas vezes através do referido blog que casos relevantes chegaram ao conhecimento do público. Até aqui, já torci um ou outro nariz, mas tudo bem. Chegamos a 2013 e o Fernando decide liderar a lista do CDS à Assembleia Municipal, se por um lado é saudável a participação de caras novas na vida política, por outro lado muitas reservas se levantam. Facto que só prova a esquizofrenia em que vivemos. A minha visão, como sempre, é pessimista. Nunca aconselhei um amigo a entrar na política, antes pelo contrário, aos que estão dispostos a dar
o último passo aconselho uma visita prévia ao psicoterapeuta. O Fernando, apesar do seu passado profissional, vai durante algum tempo carregar o “Síndrome Galamba”, o tipo que na blogosfera manda uns bitaites, caros amigos a Teria Geral da Blogosfera é simplesmente mandar bitaites, e que em consequência disso chega a um cargo público. Cabe a ele provar que estamos errados. A tarefa do Fernando, de tão complicada, é simples. Ele tem de nos provar que consegue fazer mais e melhor do que os seus parceiros, que tem uma visão positiva para a cidade [a afirmação pela negativa é sempre mais fácil], que consegue trazer ar-fresco para o debate, que aceita o con-
Dia da Raça
Ontem, dia 10 de Junho, estive em Belém, Lisboa, para assistir e marcar presença nas comemorações do Dia da Raça, local onde os Combatentes da Pátria festejam, também, o seu dia e onde se encontram velhas e consolidadas amizades, cimentadas com o pó sertanejo cortado com lágrimas, suor e sangue ou com a lama ensanguentada dos tarrafos e das bolanhas. Presenciei, mais uma vez, a tão vibrante quanto fremente ânsia de rever velhos amigos, camaradas (porque dividiam camaratas) e ressuscitar, entre si, quer os momentos de medo, ou até pavor, quer aqueles de
descontração e de paródia onde davam largas às maroteiras e mariolices próprias de quem passava por idades compreendidas entre os dezassete e os vinte e poucos anos. Também presentes estiveram aqueles que, com mais idade e responsabilidades, tentavam orientar o esforço e o ganho da guerra sem baixas e que ainda hoje, por certo, terão dúvidas sobre o desenvolvimento das acções por si comandadas e o resultado alcançado. Gente que se expôs às críticas dos homens que lhes foram confiados e que, melhor ou pior, traçaram, tantas vezes, o destino intangível das “máquinas”
inflamadamente patrióticas que serviram, de forma quase graciosa, os destinos superiormente traçados na defesa da coesão daquilo que foram, em tempos (+- 500 anos) a Pátria e a Nação. Alguns choram, sentidamente, os companheiros de armas que tombaram ao seu lado e ainda aqueles desgraçados que, após o fenómeno das independências, foram abandonados ao ódio dos seus sanguinários irmãos, que os executaram na primeira oportunidade, sem que se tivesse escrupulosamente averiguado, à luz da Lei Internacional e dos ditames da Honra, os verdadeiros cul-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 13| junho | 2013
tenda, mas no final, só levam as notas, as caixas, os papéis, os dejetos das refeições, esses ficam, até serem gentilmente varridos pelo vento para de novo se encostarem na periferia. Uma pergunta de resposta misteriosa teima em repetir-se na minha cabeça: “Que habitantes estes, que espremem economicamente este Santuário, mas não conseguem exibir em momento nenhum o brio da limpeza e asseio?” O que me obriga a concluir também que se o peregrino não vê esse asseio como julga-lo por o não praticar? A aldeia é perfeitamente funcional em termos
de equipamentos de recolha de lixo, não é é funcional a capacidade humana de dar mais 2 passos para que coloque o dito no devido lugar, ou o discernimento do taberneiro em recolher aquilo que lhe é deixado na soleira. Mais uma volta, agora em direção à nascente do Vouga, recomeça o acumular de lixo, conformo-me, mas por muito pouco tempo. Do lado direito surge o forno comunitário (foto), assim que empurro a porta com sinais de arrombamento, aperta-se-me o coração, a visão de tal estrutura, completamente estropiada é avassaladora. A certeza da não utili-
zação para os fins designados, mas o abuso e escárnio de um edifício público, tantas vezes dedicado ao sustento e convívio salutar (como se verifica nas outras aldeias, impecavelmente limpo e arrumado, esperando nova fornada) aqui é apenas o concretizar de mistérios inolvidáveis: porque é que os habitantes da Lapa não amam a sua terra? Porque é esta terra tão importante na sua economia caseira, mas não o é no seu orgulho? Porque não valorizam o que têm, mas demonstram um escárnio desconcertante? Terras que dependem da imagem, que de-
pendem da revisita de quem visita, não se podem esconder cobardemente atrás das obrigações das entidades públicas ou religiosas. Se o bem é de todos, o mal também o é, e os habitantes da Lapa, os comerciantes, os produtores de queijo, estão a cuspir na mão de quem os alimenta.
no sector da hotelaria e restauração final da época de Verão), o que significa o despedimento integral da massa laboral restante; A partir do terceiro trimestre de 2013 é expectável uma redução abrupta do emprego no sector, com encerramentos integrais de actividade, quer na área da Hotelaria quer na área da Restauração; Este impacto extraordinariamente negativo decorre do facto da opção de aumento do IVA de 13% para 23% ter ocorrido na pior conjuntura possível: no meio de uma recessão económica severa o que impediu os operadores de repercutir o encar-
go económico decorrente do aumento da taxa para os consumidores. Essa ausência de repercussão é provada pela reduzida taxa de inflação verificada no sector no ano de 2012; São as reservas dos sócios ou empresários em nome individual que permitiram a manutenção da actividade da grande maioria dos operadores, facto que não se deverá manter no terceiro trimestre de 2013; O IVA nos serviços de Alimentação e Bebidas, nesta estrutura concorrencial e com esta conjuntura económica, aproxima-se de um imposto sobre o património mobiliário
do sócio ou do empresário atenta a impossibilidade de repercussão do encargo económico e os resultados negativos transversais ao sector; O Sector da Restauração é intensivo na utilização de mão-de-obra, pelo que o encerramento das empresas e/ou a redução de colaboradores se irá reflectir numa perda de receita para o Estado, em sede de IRS e TSU e num aumento dos encargos em sede de subsídios de desemprego; Durante o ano de 2013 é expectável que os montantes correspondentes à receita cessante, em sede de IRS e TSU, acrescida
da despesa adicional decorrente do subsídio de desemprego, vão superar a receita adicional alcançada pelo aumento da taxa do IVA no sector da Restauração em 2012; Em sede de Bem Estar Social geral, a opção pelo aumento da taxa do IVA está a revelar-se destruidora de valor, sendo os seus custos privados (decorrentes da redução e da cessação de actividade privada) e os seus custos públicos (redução da receita de IRS, TSU e aumento do subsídio de desemprego) superiores aos benefícios públicos decorrentes do aumento de receita de IVA;
traditório e claro, nunca por nunca, apagar o que escreveu sobre a cidade assumindo o que foi dito. Até lá, o que mudou irremediavelmente foi a forma como os leitores entendem o Viseu Senhora da Beira, o que não é uma perda ligeira para esta cidade. A exigência sobre o Fernando, por todo o seu percurso e participação cívica, será necessariamente maior e dificilmente lhe será perdoado que seja apenas mais um nome numa lista.
Nesta campanha não há laranja, não há símbolo, não há PSD. Se o mundo necessitava de mais provas que a tradição filosófica e religiosa chinesa é acertada, bastava conhecer Viseu.
o semblante das poucas pessoas com que me cruzei no parque, estava cinzento. Os expositores eram poucos, a diversidade da oferta era reduzida, não estavam presentes autores e qualquer tipo de conferência ou debate sobre literatura era uma miragem. Lembrei-me de ir visitar a Feira do Livro de Lisboa, ainda devo conseguir uma boa mão cheia de livros. Será que a Drª Ana Paula Santana aceita boleia?
2. Yin-Yang: De acordo com a Wiki: “Yin-Yang são dois conceitos do taoís-
mo, que expõem a dualidade de tudo o que existe no universo...”. Caros amigos, não é preciso recorrer à tradição filosófica chinesa para perceber este conceito básico da política. A dupla José Junqueiro - Almeida Henriques fazem o favor de o explicar convenientemente. José Junqueiro, ex-Secretário de Estado de Sócrates, tudo faz para colar Almeida Henriques à actual governação. O candidato socialista não diz nada sem ser um eterno “a culpa é vossa”. Almeida Henriques, ex-Secretário de Estado de Passos, nada mais faz do que tentar descolar-se da actual governação.
pados pelo fratricídio, nem pelo resultado da Descolonização Exemplar (Dr. Soares dicit) autora directa e indirecta da morte de milhões de pessoas e que, desta forma vil e torpe, desvaloriza e entorpece o esforço, a dedicação e as vidas dos que tombaram, cobertos de glória, na defesa dos seus compatriotas, fossem europeus ou africanos. A tal honra espezinhada na forma de bandeira nas ruas de uma Londres, deturpada numa rádio argelina ou cobardemente abandonada ou agrilhoada, para servir causas obscuras, interesses de potências internacionais, de seitas, de grupos ou simplesmente para
evitar odores orgânicos e consequentes gastos de papel higiénico. Pulsava em Belém um ambiente leve, descontraído e alegre. Razoavelmente livres de políticos, todos os presentes descansaram ao invés de estarem a vigiar as costas para evitar alguma punhalada. É que militares e políticos não se devem misturar. Pela sua maneira de estar, pela sua condição, pelos seus compromissos assumidos e pela missão que a cada um cabe: . os primeiros a de defender o País, mesmo com o sacrifício da própria vida; . os segundos de defenderem a irmanda-
de, os interesses individuais/particulares e os daqueles que os guindam aos cargos através de luvas, de capital injectado nas campanhas, de compadrio, de nepotismo, de amiguismo, de desvirtuação dos valores para os quais pensamos nós que os elegemos, além de sujar a imagem dos primeiros. Curioso é o que me chegou hoje, na net, quanto às reformas dos nossos ex PR: General Ramalho Eanes .....€ 65.000/ Ano; D. Mário Soares ..................€ 500.000/Ano (fora a Fundação !!!!); D. Jorge Sampaio ................€ 435.000/ano.
3. Meia dúzia de expositores não fazem uma Feira: No último fim-de-semana fui à Feira do Livro. Não haverá nenhuma hipérbole em classificar a minha presença, na referida feira, como uma: Visita-Relâmpago. E não caio em exageros linguísticos simplesmente pela falta de diversidade em que a feira sobrevive. O dia, tal como
Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com
Faz falta a este moribundo País dar mais atenção aos valores do que esta mole de gente fez e ao que sente e anotar créditos nos livros de história dos nossos meninos pela abnegação e denodo plasmados no supremo sacrifício de muitos, esventrando ali, também, a ignomínia e maldade com que se obliteraram grandes feitos e afamadas gentes, trocando-os pelo actual estado de completo desconchavo a que tantos, democraticamente, aplaudem. Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
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abertura
textos ∑ Paulo Neto
“Não podemos viver como sociedade, como país As campanhas de recolha dos Bancos Alimentares – e actualmente são já 20 – têm sempre reflectido a enorme generosidade dos portugueses e sensibilidade para as carências alimentares da sua região. Talvez hoje sejam doados mais produtos básicos, como o arroz, massa, azeite, enlatados, leite, e menos “mimos”, como chocolates, leite condensado, fruta em calda. Mas as pessoas querem sempre contribuir com produtos ou com trabalho voluntário. O BACF não apoia directamente as pessoas que necessitam mas fá-lo através de IPSS. Como têm evoluído as IPSS para fazer face ao aumento das necessidades das pessoas que apoiam?
As Instituições são o braço no terreno dos Bancos Alimentares na luta contra a fome. São elas que conhecem as famílias e os utentes, que os acompanham, que lhes entregam os produtos, sob a forma de cabazes de produtos ou de refeições confeccionadas. Há instituições de várias dimensões, com várias valências, de muitos tipos. Todas têm em comum o bem-fazer. Com o acréscimo dos pedidos muitas instituições têm dificuldade em dar resposta a tudo, mas fazem sempre o melhor que podem. Como está a correr a criação dos BACF na Grécia? Como compara a realidade grega com a portuguesa?
Na Grécia, a Federação Europeia dos Bancos Alimentares com o apoio de benfeitores e voluntários gregos, está a ajudar a criar um Banco Alimentar em Atenas e outro em Salónica. A situação é muito diferente da portuguesa porque o estado da situação é aí muito mais grave, sem
a confiança dos mercados internacionais que temos aqui, e sem uma rede organizada de apoio social como a portuguesa, já que a intervenção da igreja ortodoxa é muito diferente da da igreja católica. Muita da assistência está agora a ser feita pelas municipalidades, dada a existências de estruturas de apoio. Como surgiu o BACF em Cabo Verde?
O Banco Alimentar em Cabo Verde integra um projecto mais ambicioso em parceira com uma Fundação local com o objectivo de desenvolver vários projectos na área social: o Banco Alimentar Contra a Fome, o Banco de Bens e Equipamentos, a Bolsa do Voluntariado, o Apoio à Gestão, a Formação e a Saúde Solidária. Esta colaboração é realizada com a ENTRAJUDA, replicando o modelo já existente em Portugal. O objectivo último é ajudar as instituições, associações e ONG que intervêm no sector social a tirarem o máximo partido de recursos humanos e materiais que são escassos. Para o efeito, foi antes de mais efectuado um levantamento das respostas que já existem para, por um lado, evitar duplicações e, por outro lado, adequar a resposta às necessidades concretas e incentivar a partilha de experiências e o encontro dos responsáveis. Em simultâneo, está em desenvolvimento uma plataforma online, semelhante à da Bolsa do Voluntariado ( www.bolsadovoluntariado.pt), que permite o registo das Instituições de Solidariedade, ONG etc., dos Voluntários que querem colaborar mas também dos produtos alimentares e não alimentares a entregar e a receber. Poderão ainda, por esta via, ser solicitados apoios (até internacionalmente) para determinados projectos, e dar visibilidade aos benfeitores.
DR
Há mais de 20 anos que preside ao Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) de Lisboa. Com a crise económica, que mudança/alterações foram sentidas nas campanhas?
A Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Como avalia o desempenho do BACF de Viseu?
O BA de Viseu é um Banco muito bem coordenado, com uma equipa jovem, dinâmica e entusiasta. Tem feito um trabalho muito importante numa região muito vasta que vai de Santa Comba Dão a Lamego. Conhecem bem as instituições que apoiam, têm cuidado com as parcerias que estabelecem e respeitam os princípios da Carta dos Bancos Alimentares. Em boa hora a Catarina Sobral aceitou liderar uma equipa que tanto bem faz. Criou a ENTRAJUDA, que visa apoiar IPSS ao nível da organização e gestão, com o objectivo de melhorar o seu desempenho e eficiência. A gestão destas instituições pode/deve ser melhorada? Como?
A EN T R AJ U DA foi criada com uma lógica estruturante mais do que assistencialista, da certeza de que havia um espaço de oportunidade para ajudar a capacitar e a estruturar o terceiro setor, as institui-
ções de solidariedade social para que fossem mais eficientes e mais eficazes. “Ajudar quem ajuda” poderia ser o lema deste projeto nascido em 2004. Com aspeto de consultora e vivendo, essencialmente, de voluntários, a ENTRAJUDA pretende mobilizar pessoas e empresas que se queiram associar, com as suas competências e qualificações, para levar voluntariamente, a cada instituição de solidariedade social, aquilo que ela precisa. Muitas instituições são geridas com o coração mas que, muitas vezes, desperdiçam recursos escassos apenas porque não têm competências, nem conhecimentos de gestão. O que se faz, mobilizando os vários agentes da sociedade para a luta contra a pobreza e propondo soluções caso a caso que gerem valor social, disseminando boas práticas e reforçando a ideia de que as instituições de solidariedade podem ter um papel activo na mudança pelo grande conhecimento que têm de cada família é o fio condutor desta instituição
de solidariedade. E para o efeito, mobiliza profissionais voluntários, que a título individual ou corporativo, querem fazer da sua profissão uma boa acção. Felizmente muitas pessoas ainda têm vontade de ajudar os mais necessitados e mas raras vezes são “postas a render” nas áreas onde mais competências têm. O que acaba por reduzir o impacte social que o seu trabalho voluntário poderia ter. E sobretudo, não permite imprimir a mudança que seria necessária nas organizações do 3º sector, muitas vezes essencialmente geridas com o coração e muito dependentes de apoios do Estado e de donativos de particulares cada vez mais escassos. Diversos exemplos têm demonstrado no entanto, que desde que correctamente encaminhado e aproveitado, o voluntariado especializado é uma importante mais-valia para o sector social em Portugal. Qual o segredo da capacidade de mobilização do BACF?
Talvez a transparência e a
certeza que todos podemos gerar mudança com o nosso trabalho desde que bem organizados e empenhados. Que o todo gera mais resultados que as partes. Que mecanismos asseguram a credibilidade e transparência do BACF?
Contas auditadas e divulgadas, registo informático de doações e de entregas às instituições, trabalho em rede, visitas às instituições beneficiárias. Ou seja, gestão profissional numa instituição de voluntários. O BACF é um efeito que tem uma causa. Qual a sua causa?
A luta contra o desperdício para dar de comer a quem tem fome, porque a alimentação não é comparável com mais nenhum outro bem. Sem comer não se sobrevive porque o alimento é seiva de vida. Há organismos semelhantes em países como por exemplo a Suécia e a Alemanha?
Sim, existem estruturas idênticas e em relação com a Federação Europeia dos BAs embora o modelo ale-
BANCO ALIMENTAR | ABERTURA 7
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conversas
considera-se mal interpretada?
Não concordo com a sua afirmação. Alguns indignaram-se, muitos mais apoiaram. Só que muita comunicação social em Portugal não é ética hoje, preferindo ser sensacionalista e vender. Os títulos e as manchetes desvirtuam o que se disse, nem sempre é respeitado o que é efectivamente dito, são descontextualizadas as afirmações. Temos muitos comentaristas e interpretadores… Mantenho integralmente tudo o que disse: não podemos viver como sociedade, como país com o que não temos; temos de ter em atenção recursos que são escassos e lutar contra o desperdício.
mão seja um pouco diferente (as Tafeln ou “Mesas dos Pobres”) em ligação com os Lander. O BACF é a prova e consequência da falência das políticas sociais?
Não me parece. Existem Bancos Alimentares até nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo. Há sempre bolsas de pobreza, pessoas que por uma qualquer razão têm necessidades e precisam de ser ajudadas com amor e afecto. Na Europa a situação agravou-se com a falência do Estado Social, sobretudo porque o modelo social e o enquadramento se alterou profundamente no resto do mundo, mas também porque em termos demográficos existe hoje uma realidade totalmente diversa. O modelo de Estado Social concebido no pós guerra quando existia uma esperança de vida de 65 anos não poderia ser o mesmo hoje, quando vivemos até aos 80/90. Em Novembro de 2012 proferiu declarações que provocaram uma onda de indignação por todo o país. Revê-se, ainda hoje, no que disse então, ou
Em Portugal não existe miséria? Nem fome?
Em Portugal existe pobreza estrutural (mais ligada às baixas pensões de reforma, à doença e à deficiência) e pobreza conjuntural (mais ligada ao desemprego e ao sobreendividamento). Mais de 1 milhão de idosos vivem com menos de 280 euros por mês, mais de 2 milhões de pessoas vivem com menos de 500 euros por mês. Somos um país pobre que acedeu – e ainda bem – a um clube de países mais ricos mas que se fascinou com o dinheiro, perdendo identidade. Existe muita pobreza, muitas vezes escondida. Não diria que existe fome mas hoje há graves carências alimentares. Todavia a rede de instituições de solidariedade social, Conferências vicentinas, misericórdias são uma almofada de segurança que minoram as situações mais urgentes. Só a geração de emprego poderá no entanto inverter o ciclo de pobreza em que muitas famílias se encontram hoje. Nicolau Santos, do Expresso, na sua crónica de 9 de Novembro de 2012 falava nas
10.385 crianças deste país em situação de carência alimentar e nos dados revelados pelo SE Educação, João Casanova de Almeida de que 5.547 crianças tomam a primeira refeição do dia, à hora de almoço, na cantina da escola. Hoje estes números terão aumentado na proporção directa das dificuldades vividas. E só falamos de crianças… Não é este um dos motivos e razões de existência do BACF?
A pobreza infantil é uma grande preocupação sobretudo quando diz respeito a crianças que nascem em famílias pobres. Cortar ciclos de pobreza é essencial. Muitas vezes essas crianças que chegam à escola sem ter tomado o pequeno-almoço vivem em famílias desestruturadas que podem ser ajudadas e orientadas. Se estivermos a falar de falta de recursos a situação é diversa. Enquanto Presidente da Associação de Instituições Europeias congéneres, qual é hoje, em termos globais, a situação da fome na Europa?
Existem 253 Bancos Alimentares em 23 países europeus, que contribuem para alimentar 5,2 milhões de pessoas carenciadas. O desemprego e a idade são hoje os principais factores indutores de pobreza na Europa. Numa Europa que, tenhamos bem presente, compete num mundo com países onde os direitos socias são muito diferentes, ou até inexistentes. Não basta reclamarmos por manter o estado das coisas quando o mundo à nossa volta se alterou. Existem potências económicas hoje com uma agressividade tal que se não encararmos com realismo, enquanto bloco, essa situação, nos vão “passar a perna”. Não gostaríamos de perder direitos mas também não gostaríamos de deixar para os nossos filhos e netos uma situação insustentável para a qual não contribuíram e da qual nem sequer usufruíram
Paulo Neto
com o que não temos” Catarina Sobral, responsável pelo Banco Alimentar no distrito de Viseu
“O Banco Alimentar em Viseu está de boa saúde” Em entrevista ao nosso Jornal revelou-nos dados preocupantes oriundos de um estudo feito pela Federação Portuguesa dos Bancos alimentares Contra a Fome, com a Entrajuda e a Universidade Católica: 52% dos agregados familiares inquiridos tem um rendimento mensal inferior ao salário mínimo nacional; 23% das famílias auferem menos de 250 euros. Estamos a falar de pobreza/indigência de um quarto da população portuguesa?
Vivemos um momento difícil e os números são objectivos e factuais. Este estudo pode ser consultado em http://www. entrajuda.pt e visa conhecer a realidade dos utentes que recorrem a instituições de solidariedade social. Entre Setembro de 2012 e Janeiro de 2013 foram enviados inquéritos para 3.880 pessoas carenciadas, através das 388 instituições que as apoiam. As principais conclusões deste Estudo permitem-nos ter uma ideia da forma como os mais necessitados, que pedem ajuda a instituições, vivem e se sentem. Não podemos extrapolar para a totalidade da população Portuguesa pois os dados recolhidos apenas abrangem um público específico. Nesse estudo constatou-se o aumento de carências alimentares. Carências alimentares quer dizer exactamente o quê? Eufemismo de fome?
Em Portugal, fruto do desemprego, muitas pessoas estão a passar por dificuldades. Com a diminuição do poder de compra, muitas famílias têm menos dinheiro para comer. Esta situação de carência económica pode originar a incapacidade de algumas pessoas se poderem alimentar de forma correta, na qualidade e na frequência. A nossa sociedade tem felizmente vários mecanismos de “amortecimento” desta situação, desde a família, às escolas, às instituições que prestam apoios aos mais necessitados. Por estas razões, a realidade portuguesa não é em nada comparável à que existe nos países onde a subnutrição é a principal causa de morte. Falamos em “carências alimentares” que são até agora superadas porque, apesar de tudo, as pessoas são apoiadas pelas famílias e instituições sempre que a elas recorrem. Não podemos é permitir
casos de crianças que só comem o que recebem dessas instituições, fazendo apenas uma refeição por dia. Mais se apurou: em 2013 39% dos inquiridos referiu ter passado um dia inteiro sem ingerir quaisquer alimentos por falta de dinheiro; 37% referem não ter dinheiro para comprar comida até ao final do mês e 40% referem que tal situação ocorre “às vezes” num mês. Que ilações podemos tirar destas conclusões?
Conforme referimos este inquérito foi realizado às pessoas que recorrem aos apoios das instituições. A tendência crescente da deterioração da situação de muitas famílias que se encontram em situação de pobreza conjuntural é uma realidade. Acreditamos que será invertida assim que a economia retome o funcionamento normal e seja gerado emprego. Para os mais velhos, com pensões muito reduzidas, que constituem a pobreza estrutural, o apoio das instituições tem uma importância crucial. A rede das instituições de solidariedade continua a desempenhar um papel determinante e constitui o único amparo para estas pessoas. O BA em Viseu está de boa saúde? Quais os seus maiores desafios? E problemas?
O BA em Viseu está de boa saúde. A acção dos Bancos Alimentares assenta na gratuidade, na dádiva, na partilha, no voluntariado e no mecenato e o BA de Viseu tem tido a sorte de poder contar com a ajuda das pessoas, das empresas e das instituições públicas e privadas que nos têm apoiado de uma forma extraordinária. Sem esta contribuição e sem o apoio da sociedade civil, o Banco Alimentar de Viseu não teria razão para existir. Os maiores desafios têm sido encontrar formas de atender a todos os pedidos de apoio que nos são feitos através das instituições, aumentar o número de instituições com acordo. A maior preocupação é conseguir ter apoios para manter o funcionamento do BA e encontrar formas de as empresas do sector agroalimentar doarem cada vez mais Alimentos, evitando o desperdício e ajudando quem precisa.
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à conversa
entrevista e fotos ∑ Emília Amaral
“Há falta de debate de ideias em Viseu” Aonde vai buscar essa energia positiva que toda a gente lhe reconhece?
Eu penso que é por gostar muito de viver e achar que tudo pode ser a última vez que se faz, ou seja, viver todos os momentos com muita intensidade, claro que com muita responsabilidade, mas é o que me leva a estar envolvida em muitas coisas e a habituar os meus filhos a isso. Porque tomou a decisão de se candidatar à Câmara de Viseu?
Um pouco porque os meus camaradas do Bloco acharam que neste momento seria a pessoa ideal, talvez pelo meu percurso. Estive sempre no Bloco desde a sua constituição (15 anos), acompanhei campanhas, fiz parte de listas, mas o facto de ter terminado a minha representação na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, estava na altura de ter uma participação mais interventiva na minha cidade e no meu concelho. É falsa a ideia que fica na população, de que nos pequenos partidos há três ou quatro pessoas que vão rodando em tempo de eleições?
Não me revejo nada nisso. Eu comungo das ideias do Bloco. Tenho as minhas próprias ideias e algumas até diferentes, mas identifico-me muito com o Bloco, porque há muitas ideias diferentes que se aproveitam e se debatem.
relação que tenho com a cidade, pensando que a partir do anúncio da minha candidatura as pessoas passariam a olhar para mim de maneira diferente, mas é mais um desafio.
Imóveis), quando o Bloco de Esquerda já tinha levado a proposta à Assembleia Municipal, que foi chumbada.
Já sente essa nova atitude dos viseenses?
Vai e vou fazer questão de lembrar que o Bloco já tinha apresentado esta proposta e vou votar a favor. Claro que a Câmara não o vai dizer, mas indiretamente vai dar-nos razão. Nós levámos à Assembleia uma moção contra as portagens na A25 e na A24, ela foi chumbada com os votos contra do PSD e do CDS e com a abstenção do PS, mas verdade é que está toda agente contra as portagens. Custa muito levar propostas válidas para os munícipes e, depois, só porque é o Bloco que as apresenta, chumbam-se essas propostas.
Já estou a sentir um pouco isso, mas é positivo. E mais: provoca-me uma sensação de responsabilidade e o facto de serem sempre os mesmos [candidatos] ao longo de muitos anos, a minha candidatura cria nas pessoas alguma curiosidade. Em Viseu existem dois grandes partidos e acaba por ser só um, ou seja, há muitos anos que nem a rotatividade se verifica, uma vez que, o dr. Fernando Ruas esteve 24 anos na Câmara. Fez uma estreia na penúltima sessão da Assembleia Municipal de Viseu, ao substituir o deputado do BE, Carlos Vieira. Qual a impressão que tem daquele orgão Municipal?
Está tudo a falar do mesmo. Não há debate de ideias. Eu levei uma serie de questões à Assembleia e, apesar de achar que muitas pessoas dos outros partidos concordavam com elas, não o manifestaram. Quero dizer publicamente que me faz muita confusão concordar com uma coisa e não a aprovar só porque tem que votar em concordância com o seu partido. Se o PSD apresentar uma medida que eu entenda ser válida para o concelho, votarei favoravelmente.
A candidatura de Manuela Antunes surgiu a partir desse debate?
Tem algum exemplo concreto?
Fomos falando de pessoas que poderiam encabeçar a lista, até que surgiu o meu nome. No início fiquei um pouco assustada, apesar da
Li na semana passada no jornal que foi aprovado na Câmara, por unanimidade, a proposta de redução do IMI (Imposto Municipal sobre
Fernando Ruas vai agora levar a proposta à apreciação da Assembleia Municipal.
Isso acontece porquê?
Só por falta de debate de ideias. Acho que há falta de debate de ideias em Viseu. Esta é uma cidade bonita, boa para se viver, mas temos que discutir ideias. As pessoas têm medo de perder alguma coisa, e não posso dizer mais nada porque ainda ando à procura de respostas para isso. O Bloco candidata-se a colocar pessoas nos sítios onde devem estar para debater o concelho. Os deputados preparam-se mal?
Não é tanto isso. Na votação do Relatório de Contas (2012), o Bloco votou contra, não porque achasse que as contas estavam mal, mas porque considerou que algumas rubricas deveriam ser para investimento noutras áreas. Mas houve uma discussão tão acesa pelo segundo partido da oposição
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(PS) que me levou a pensar que o PS ia votar contra comigo. Só que, no momento da votação absteve-se e eu fiquei um pouco chocada. Manuela Antunes anunciou que está a preparar um pacote de medidas para “incentivar a democracia participativa”. Já pode adiantar algumas dessas medidas?
Nós temos medidas para o que chamamos de três grandes joias da coroa. A reabilitação do centro histórico, que para nós está com duas décadas de atraso. Reconhecemos que já foram dados grandes passos, mas tem muitas casas devolutas, está despovoado e esse é que é o problema. Sempre considerámos que devia ser um local privilegiado para a habitação e comércio. Recordo-me de ter lido declarações do dr. Fernando Ruas a dizer que a saída da Farmácia Pinto [do Largo Pintor Gata] era boa, porque atraia menos carros. Nunca é bom ver sair um serviço do centro histórico. Defendemos uma política ativa a favor do mercado de arrendamento por acharmos que é muito importante e fundamental em termos de habitação social, a criação de uma bolsa de habitação para fogos a preços controlados, urgente para tirar esta ideia de construir bairros sociais em que se metem as pessoas todas lá dentro. Manuela Antunes, conhecida entre os seus amigos por Né, nasceu em Viseu há 46 anos. Professora de educação física, atleta, dirigente sindical e artista, é a Viseu que dedica toda a sua atividade cívica e a energia que todos lhe reconhecem. A deputada na Assembleia Municipal de Viseu desde março em substituição de Carlos Vieira, é dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro. Foi presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Viseu, de 2008 a abril de 2013, e está ligada ao teatro amador. No mês passado anunciou a sua candidatura à Câmara de Viseu pelo Bloco de Esquerda (BE). Militante do BE há 15 anos revela que chegou a hora de avançar para um novo desafio. As suas prioridades passam por “reabilitar”, uma área em que aponta o dedo à gestão de Fernando Ruas. Cita a “rua das bocas”, artéria onde cresceu e ainda vive, como exemplo de abandono.
Quais são as outras “joias da coroa”?
A segunda é a Cava do Viriato. Muita gente não sabe que é o único monumento muçulmano na Europa neste estado de conservação e que no mundo só existe outro, na cidade de Samarra, no Iraque. Defendemos como prioridade a construção do centro de interpretação da Cava de Viriato porque seria fundamental para dinamizar o espaço. A Cava de Viriato parece que é apenas uma estátua de Viriato que está ali, mas tem um peso histórico muito grande. Teria sido mais importante essa aposta do que, por exemplo, desbaratar fundos do programa Polis, que levou a obras inúteis como o túnel ou o funicular. Não levou gente ao centro histórico que era um dos grandes objetivos em termos turísticos, e quantas pessoas o utilizam por dia? Qual é a proposta da candidatura para o turismo?
Os turistas ficam em Viseu no máximo até dois dias, porque existe, por exemplo, o problema de não haver um parque de campismo municipal em Viseu e muitos turistas fogem para S. Pedro do Sul ou Vouzela. Portanto, defendemos a municipalização do parque de campismo, voltando a abrir no Fontelo. A nossa terceira Publicidade
r Deu-se
prioridade à construção e não houve prioridade em reabilitar”
r As
pessoas (candidatos) que estão agora a querer tudo para a cidade já o podiam ter feito”
joia da coroa é exatamente a mata do Fontelo. Tem uma diversidade vegetal muito grande, com espécies raras em Portugal e muitas espécies que são só desta região. Como está a mata do Fontelo na sua opinião?
Um pouco ao abandono. Uma das propostas é a sua reflorestação. Quem conhece e quem treina na mata como é o meu caso, verifica que há uma necessidade muito grande de substituir árvores e proteger outras. Continuando a falar das nossas propostas, reforço o problema dos Bombeiros Municipais de Viseu. O corpo de bombeiros tem apenas 39 elementos e seis estão à espera de aposentação, o que, para um concelho que tem 100 mil habitantes, não é digno mesmo considerando que existe o corpo dos Bombeiros Voluntários. Aconteceu uma situação em janeiro em que estavam sete bombeiros de prevenção. Os sete tiverem que sair e se acontecesse outra tragédia não havia bombeiros. O dr. Fernando Ruas chegou a dizer que, por vontade dele, não haveria bombeiros municipais, mas duas corporações de voluntários, quando já há poucos países no mundo inteiro com bombeiros voluntários, são todos profissionais. Atualizaremos também o plano municipal de emergência e criaremos
uma comissão municipal de proteção civil que se tem vindo a arrastar há alguns anos. Uma das bandeiras que já avançou prende-se com o tão criticado Mercado 2 de Maio, requalificado ao abrigo de um projeto do arquiteto Siza Vieira. O que pensa apresentar ao eleitorado?
Reforço que não só o mercado mas toda a zona envolvente sofreram muito com a sua saída. A Rua Direita foi uma delas. Eu penso que o arquiteto Siza Vieira fez assim porque lhe pediram, se calhar, se lhe tivessem pedido outra coisa com objetivos concretos, ele faria uma coisa útil que se pudesse rentabilizar. A atual praça (Rua 21 de Agosto) não existe e não vai faltar muito para que seja uma zona abandonada, porque já está semiabandonada. Consideramos que seria possível promover no Mercado 2 de Maio um projeto de loja aberta com produtos frescos. Defendemos ainda a criação de um banco de terras, porque o concelho é muito rico em terrenos que estão ao abandono. Os projetos que apresenta estão muito direcionados para a cidade como zona urbana…
Claro que não vamos esquecer o concelho no seu todo. Defendemos, por exemplo, um novo plano para os continua»
10 À CONVERSA | MANUELA ANTUNES
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a tempo inteiro e isso, às vezes, dificulta bastante. Estamos numa fase confortável em final de constituição de listas. Temos militantes do Bloco, temos independentes em várias áreas… E há uma esquerda mais ligada ao PS que está um pouco zangada e que participa nas nossas discussões ou simplesmente diz o que pensa.
transportes públicos. Quem vive nas zonas limítrofes da cidade não tem uma ligação fácil para vir, por exemplo, ao cinema à noite. Muitas das ideias que apresenta foram anunciadas há quatro anos aquando da candidatura de Graça Pinto.
É natural. É o nosso projeto, só que pouca coisa conseguimos alterar, mesmo estando na Assembleia Municipal.
É verdade que muitos jovens e independentes aceitaram candidatar-se nas listas do BE?
De semana para semana os viseenses apercebem-se que os vários candidatos à Câmara apresentam propostas muito parecidas, desde animar a economia, criar empresas, gerar emprego, encontrar um projeto para o centro histórico... Onde podemos encontrar a diferença no projeto da Manuela Antunes?
Se calhar a diferença está no facto de que os principais candidatos, o dr Almeida Henriques (PSD) e o dr. José Junqueiro (PS) estiveram anos no Governo. O dr. Junqueiro até foi secretário de Estado da Administração Local, o sítio ideal para poder mudar alguma coisa. Hoje reivindicam muito e querem alterar muita coisa, mas têm estado sempre ligados a estruturas do poder. A questão da ligação alternativa ao IP3, a questão do comboio... O comboio é muito importante, mas não vamos enganar as pessoas, é muito caro fazer nesta altura uma linha daqui até Mangualde. Tem muito mais lógica criar uma ligação rodoviária rápida e direta à Estação de Mangualde. É mais rápido ir da Central de Camionagem de Viseu à Estação de Mangualde do que da Central de Sete Rios a Santa Apolónia. Já sugerimos a Fernando Ruas que tentasse negociar com a empresa Berrelhas (concessionária das carreiras dos STUV). Que caminho abriria para a criação de emprego no concelho de Viseu?
É fundamental para uma economia sustentável do concelho, a criação de emprego. Quer atraindo indústrias não poluentes, quer fomentando a criação de empresas ligadas ao turismo e à cultura, tirando partido da localização de Viseu como charneira de vias de comunicação estratégicas e do riquíssimo património natu-
É verdade. E sinto que há cidadãos que querem ver pessoas diferentes e ideias diferentes nas estruturas municipais. Qual é o objetivo para estas eleições?
O grande objetivo é aumentar o número deputados na Assembleia Municipal e fazer entrar vereadores na Câmara. Tem que ser um objetivo, porque quando entramos num jogo é para ganhar, claro que depois há fatores que condicionam. O BE continua a ter dificuldades em se instalar nas zonas rurais do concelho?
É a nossa maior dificuldade. São freguesias há muitos anos ligadas ao partido que está no poder.
A Manuela Antunes promete lutar contra o abandono da “rua das bocas”, onde cresceu e ainda reside ral e cultural da cidade e da região, já dotadas de agentes culturais de elevado nível e dinamismo, carentes de mais e melhores apoios. Eu acho que a parte turística tem que ser muito potenciada em Viseu, ou seja, fazer com que venham turistas. Viseu é uma cidade histórica o que permite trazer gente, mas temos que as manter cá mais dias. Isso tem que ser trabalhado num plano anual. Culturalmente, a cidade tinha que ser ativa para atrair pessoas. A cultura é uma indústria e tem que se pensar como tal, na perspetiva de que tem de ser rentável. Houve uma política ao longo dos anos, que incentivou a fazer de Viseu a cidade dormitório, e não houve o espírito de investir e manter cá as pessoas. Que críticas aponta ao projeto de Fernando Ruas?
O facto de ter gerido bem as contas é um dado positivo, mas aponto alguns defei-
tos na questão das prioridades. Deu demasiada prioridade ao betão, a cidade está bonita, mas depois vamos ao cerne a verificamos que está velha apesar da cara lavada em algumas zonas. Deu-se prioridade à construção e não houve prioridade em reabilitar. Aqui é importante falar no Bairro Municipal que está a ser deitado abaixo. Não tinha condições de habitabilidade mas para nós Bloco era fundamental reabilitar aquelas casas. Nós propomo-nos recuperar as casas devolutas e em ruínas que os proprietários não tenham vontade ou meios para o fazer, tomando posse administrativa e colocando-as para arrendar. Em dez anos, a autarquia recuperará o investimento, não apenas em rendas mas no repovoamento. E, entretanto, cria emprego, requalifica o espaço público, densifica a cidade. Depois de ressarcida, a Câmara devolverá as casas aos seus proprietários.
Mudava alguma coisa na Feira de S. Mateus?
Eu não gosto do espaço atual da Feira de S. Mateus. Podia ter-se modernizado o antigo espaço com aquela fonte atrás do antigo palco que não se sabe onde está e muitos outros aspetos. Se perguntar às pessoas da cidade ninguém gosta desta nova estrutura da Feira de S. Mateus. A programação dos últimos dois anos melhorou, mas pode ir mais longe, porque movimenta muita gente. Modernizar não pode ser confundido com estragar e aquele espaço tinha coisas de que toda a gente gostava. O Bloco de Esquerda continua a defender a universidade politécnica para Viseu?
Afinal a ideia não era utópica porque hoje ouvimos [o presidente do IPV e outros] a defendê-lo. Nós não mudamos o discurso de um dia para o outro. Consideramos que os atuais candida-
tos à Câmara de Viseu enganaram os viseenses com modelos de universidade quase da treta e nós temos a convicção de que aconteceu isso para não prejudicar os interesses privados. A transformação do Instituto Politécnico em Universidade Politécnica já evoluiu há algum tempo em muitos países, agora até já tem outro nome de Universidade de Ciências Aplicadas entendida como um ensino mais prático, e Viseu (IPV) tem as condições ideais para o fazer. Aveiro tem quatro escolas politécnicas que estão incluídas na universidade, portanto, não é sequer uma inovação, são coisas normais que não aconteceram em Viseu e isso é mau. As pessoas que estão agora a querer tudo para a cidade já o podiam ter feito. Como está o processo de constituição das listas?
Está a decorrer. Nós não trabalhamos para a política
O Bloco de Esquerda em 2009 concorreu em 11 das 34 freguesias (hoje são 25). Vai pelo menos manter este objetivo.
É um objetivo, mas não será vergonha nenhuma se não o conseguirmos. O painel de candidatos é interessante…
E eu sou a única mulher é isso que quer dizer? Eu não quero estar aqui pelo facto de ser mulher, seria redutor, a verdade é que há muita gente válida, seja homem ou seja mulher. O Bloco abre as portas e nós precisamos de toda a gente que tenha algo a dizer pela sua cidade. Uma das coisas que propomos é criar uma Assembleia Municipal mais participativa, mais virada para as pessoas, e que os orçamentos da Câmara também sejam participativos, ou seja, deixar uma parte do orçamento para aplicar em propostas das pessoas do concelho. O Bloco quer renovar a cidade e quer a participação de todos.
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13 | junho | 2013
Câmara de Viseu propõe nova redução do IMI A Câmara de Viseu va i propor à A ssembleia Municipal uma nova redução da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos prédios urbanos avaliados para 0,3%, de forma a aliviar os munícipes. A decisão foi tomada por unanimidade na última reunião do executivo viseense, confirmou aos jornalistas o presidente da Câmara, Fernando Ruas. O autarca explicou que se Viseu já estava entre as capitais de distrito do país com taxa de IMI mais baixa (tendo abaixo apenas Lisboa, Castelo Branco e Aveiro), com esta nova redução ficará no fim da lista. “Já passámos de 0,50% para 0,35% e agora passamos para 0,30%, o limite mínimo”, frisou.
O presidente da Câmara de Viseu explicou que a nova redução do IMI se deve também a “uma questão de precaução”, relacionada com a proposta de lei das Finanças Locais. “ Ne ste momento o que é d ito, e espero que seja a lterado, é que o fundo de apoio municipal pode ter de ser obrigatoriamente financiado por verbas que sejam excedentes decorrentes do IMI”, contou. Seg u ndo Fer n a ndo Ruas, desta forma “passa ria a ser uma v e r b a c o n s i g n a d a ”. “Se eu tiver montantes de verbas disponíveis do IMI mas que tenha obrigatoriamente de as colocar num fundo de apoio deixo de contar com elas”, afirmou.
Emília Amaral
Arquivo
região
A Cerimónia de homenagem decorreu no sábado na zona da Aguieira
Viseu homenageia construtor dos anos 30 Rua ∑ Transversal entre a Avenida da Europa e a Avenida da Bélgica ganha nome de Manuel de Almeida Lopes Foi atribuido o nome de Manuel de Almeida Lopes a uma rua entre a Avenida da Europa e a Avenida da Bélgica em Viseu, no passado dia 8. A iniciativa foi levada a cabo pela Câmara Municipal de Viseu, que se fez representar pelo presidente da autarquia Fernando Ruas e pelo presidente da Assembleia Municipal, Almeida Henriques. Na cerimónia estiveram ainda presentes fa-
miliares e amigos. O a nt i go m i n i st ro da Defesa, Figueiredo Lopes, natural de Viseu, que ta mbém ma rcou presença, recordou o industrial e adiantou que o momento era uma homenagem aos antigos empreendedores do concelho e da Região. Manuel de Almeida Lopes, evidenciou-se como empresário fabril, criando as fábricas da Aguieira e de Oliveira de Barreiros (São João
da Lourosa), onde laboravam a serração de madeiras, a cerâmica de tijolos e telha e a moagem de cereais. Foi ainda construtor civil e de obras públicas, edificando, entre outros, os correios de Viseu, o Seminário Diocessano, a Casa Amarela, a Escola Primária onde atualmente funciona a Escola Secundária de Emídio Navarro, a Câmara Municipal de Mimenta da Beira e parte do Balne-
ário das Termas de São Pedro do Sul. Manuel de Almeida Lopes nasceu em Nespr ido , Polvol ide em Viseu, a 4 de fevereiro de 1873 e viria a perder a vida a 29 de junho de 1937, na passagem de nível sem guarda da Aguieira, onde o comboio do Vale do Vouga o colheu no seu automóvel. Micaela Costa micaela.costa@jornaldocentro.pt
EA/Lusa
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Jornal do Centro
14 REGIÃO | VISEU | TONDELA
13 | junho | 2013
Estado deve 800 mil euros a Tondela Viseu. A Câmara de Viseu anunciou que deu início ao processo de designação do novo comandante da Polícia Municipal, depois da saída de Horário Carvalho para a PSP da cidade da Guarda. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, explicou que o nome indicado foi o do antigo segundo comandante da PSP de Viseu, Almeida Campos, que terá de ser autorizado pelo Governo. A escolha prendeu-se com o facto de Almeida Campos ser uma pessoa que conhece bem Viseu e também de ter pertencido à PSP, o que significará “uma boa colaboração” entre as duas polícias.
INCÊNDIO
Viseu. Mais de 60 bombeiros combateram um incêndio que deflagrou numa zona de mato e floresta, em Amial, no concelho de Viseu. o vento e os maus acessos dificultaram o trabalho dos bombeiros. O incêndio manteve-se com uma frente ativa, não tendo colocado em risco qualquer habitação.
TRATORES
Viseu. O comando territorial de Viseu da GNR está preocupado com número de acidentes com tratores agrícolas que se têm registado frequentemente no distrito. Na quinta-feira, em Penedono, um acidente de trabalho com um trator agrícola levou à morte do seu condutor, de 48 anos. Três dias antes, em Vouzela, uma idosa de 80 anos tinha morrido pelo mesmo motivo. Em comunicado, o comando refere que este ano já se registaram 12 acidentes com tratores, tendo resultado sete mortos.
Rede ∑ 10 anos de ação social debatidos em seminário O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, foi um dos convidados presentes na abertura do seminário comemorativo da “Rede Social de Tondela – 10 anos em Rede”, que teve lugar na passada sexta-feira, 7 de junho, no auditório municipal da cidade. Nesta ação, que contou ainda com a presença do Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, Carlos Marta, presidente da autarquia, o empresário e presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Coimbra e do Presidente do Conselho de Administração do Montepio, António Tomás Correia, foram debatidas as medidas sociais implementadas ao longo dos últimos 10 anos nas 26 freguesias, daquele que é o segundo maior concelho do distrito de Viseu. Carlos Marta que terminou a sua intervenção lembrando que chega de politiquices, que é tempo de todos trabalharem para que as preocupações e as angústias de quem mais necessita e de quem mais sofre sejam resolvidas, aproveitou para, em jeito de balanço revelar: “Tondela tem as suas contas em dia com as instituições, empresas, funcionários e fornecedores. Apresentou um saldo positivo de mais de dois milhões de euros em 2012, tem depósitos a prazo no valor de um milhão de euros mas, tem ainda, dívidas do estado no desporto, educação e segurança social na ordem dos 800 mil euros”. Partilhando das preocupações do autarca, o bispo de Viseu, Ilídio Leandro enalteceu a ação de todos aqueles que tornaram possível o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos no apoio aos mais carenciados no concelho que, referiu, teve a oportu-
Pedro Morgado
POLÍCIA MUNICIPAL
A
Secretário de Estado Marco António Costa de visita ao concelho nidade de presenciar nas suas visitas pastorais a todas as freguesias do concelho. “Uma parceria de aplaudir, entre as instituições da igreja e aquelas que são criadas por um empreendedorismo que é de relevar (…) Para a igreja não importa a propriedade de qualquer instituição quando ela é de benefício social e procura servir as pessoas, começando por aquelas que mais precisam”, disse. Já o secretário de Estado, Marco António, que referiu ter estudado e analisado aprofundadamente o trabalho desenvolvido no concelho de Tondela, destacou a “tremenda cumplicidade entre os poderes públicos, municipais e de freguesia, com os poderes institucionais e todas as instituições da sociedade civil, que fazem neste concelho um trabalho muito meritório e exemplar nos ramos da educação, da saúde, da segurança social e do emprego” agentes aos quais, em nome do governo, agradeceu. Na sua intervenção, o governante lembrou ain-
da que é preocupação central deste executivo garantir o enquadramento de verbas no Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), que vigorará até 2020, destinadas sobretudo ao funcionamento da “economia social”, a uma intervenção que promova uma demografia “mais saudável” e a um papel determinante no domínio do apoio a pessoas com deficiência para o qual, revelou, o executivo irá lançar durante esta semana um pacote de medidas determinante. Enquanto tecia rasgados elogios à ação social desenvolvida no concelho, Marco António Costa, aproveitou para piscar o olho a Carlos Marta: “No momento em que estás de saída de funções desta câmara municipal (…) seguramente terás muito mais para dar ao nosso país (…) espero contar com a tua amizade e, mais do que isso, com a tua competência e com o teu trabalho ao nosso lado”, num claro convite endereçado ao autarca. Pedro Morgado
Opinião
Feira Nacional da Agricultura Decorre de 8 a 16 de Junho, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, a Feira Nacional da Agricultura. No presente ano, este evento comemorará os seus 50 anos de existência, com um conjunto de iniciativas que vão desde a prova de produtos nacionais até a um alargado conjunto de conferências e debates sobre as mais recentes temáticas relacionadas com a agricultura. Concertos e animação são também uma constante. A ser assim, muito há a fazer e visitar. A Feira Nacional da Agricultura é o evento de maior dimensão e o mais representativo do sector. Tem demonstrado a capacidade de agregar em seu redor um conjunto de actividades que permitem melhorar continuamente a sua importância e o seu desempenho. Os 167 mil visitantes esperados e a participação massiva de 600 expositores são números conclusivos. As múltiplas máquinas agrícolas com as mais recentes novidades, a par de uma imensidade de produtos, utensílios e serviços para a agricultura, juntamente com o artesanato e a gastronomia, vão ser possíveis de encontrar nos diferentes certames. Várias entidades governamentais, e não só, farão questão de visitar o espaço. Muitas são as iniciativas às quais poderíamos dar um enfase particular. Destacamos, no entanto, pela sua importância e impacto, o salão designado “Prazer de Provar”, onde irá decorrer um conjunto de provas e degustações dos produtos medalhados nos diferentes concursos nacionais que aconteceram ao longo de todo o ano. Nestes pontificam os de conservas de pescado, de pães, broas, folares, bolas, doçaria, licores conventuais e tradicionais, de carnes, queijos, enchidos e presuntos tradicionais, de méis e azeites virgem extra, acompanhados pelos melhores e premiados vinhos de Portugal. Se este manancial de iguarias possíveis de degustar num único espaço é por si só um forte motivo para estarem presentes, a
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
valorização da componente técnica, através de vários seminários e workshops, apenas reforçam a sua importância. Destacamos pela sua relevância: -Futuro da PAC, Impacto na Península Ibérica; -A Contabilidade e a Fiscalidade na Actividade Agrícola; -A Importância dos Jovens Agricultores no Futuro da Agricultura Europeia; -O Futuro é Agora, no âmbito do encontro de Biotecnologia e Agricultura. Esta feira é também a maior mostra de gado do país. Diferentes raças autóctones bovinas nacionais e internacionais estarão presentes. Por terras da lezíria, onde a tradição tauromáquica e equina são uma forte realidade, e onde o touro, o cavalo e o campino se cruzam e entrelaçam, vários serão os eventos a ver. As conhecidas e famosas largadas de touros são o ponto alto das actividades. O trabalho de mestria dos campinos, bem como a apresentação dos melhores exemplares das principais coudelarias nacionais, serão fáceis de avistar. A estes, juntam-se os suínos de raça bísara e alentejana, os caprinos, os ovinos e aves. O certame contará ainda com a participação de vários restaurantes de carnes de raças autóctones. Tasquinhas regionais e outros locais para se deliciarem com petiscos típico fazem parte da moldura deste espaço. Pese embora estejamos mergulhados numa conjuntura económica adversa, onde agora os diferentes parceiros externos iniciam a sua catarse, assumindo um conjunto de erros tidos como grosseiros, a Feira Nacional de Agricultura é por certo um pólo de atracção para os recentes empresários agrícolas e outros profissionais da área. Este evento demonstra, de forma inequívoca, a importância que a agricultura possui para a dinamização e desenvolvimento da economia do país. Boa visita.
Jornal do Centro
MOIMENTA DA BEIRA | VISEU | REGIÃO 15
DR
13| junho | 2013
Bombeiros doam ambulância usada a Cabo Verde Os Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira vão doar uma ambulância usada ao Hospital Regional Santiago Norte, no concelho de Santa Catarina, Ilha de Santiago, em Cabo Verde. A viatura, “ainda em bom estado”, segue esta semana para Cabo Verde, “recheada de roupa, livros infantis e livros escolares, sapatos e bolas de futebol”, revela uma nota de imprensa da Câmara de Publicidade
Moimenta da Beira, que doou estes materiais. “A doação nasceu de um pedido feito aos bombeiros pela Comissão de Projetos e Prestação de Serviços do Rotary Clube Maria Pia, sediado na cidade da Praia, capital de Cabo Verde”, refere a autarquia. “A ambulância vai servir uma região onde há carências médicas e de cuidados de saúde”, lembra o comandante da corporação, José Requeijo. EA/Lusa
Associação Olho Vivo quer bairro qualificado como património A associação Olho Vivo desa f ia a Câ ma ra de Viseu a suspender a demolição de um bairro social, conhecido por Bairro da Cadeia, e a avançar com a sua classificação como património de interesse municipal. A Olho Vivo – Associação para a Defesa do Património, Ambiente e Direitos Humanos tinha enviado à Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) um requerimento de classificação do Bairro, construído na segunda metade da década de 1940.
“ Recebemos a gora uma comunicação da DGPC (Direção-Geral do Património Cultural) dando-nos conta do arquivamento do pedido de abertura do procedimento de classificação, uma decisão fundamentada no parecer da DRCC”, refere, em comunicado, o coordenador do núcleo de Viseu da Olho Vivo, Carlos Vieira. No entanto, segundo o responsável, a DGPC informa que enviou cópia do processo à Câmara, “para ponderação de eventual classificação Publicidade
do Bairro Municipal de Viseu como de interesse municipal”. O parecer da DRCC considera este bairro um “elemento valorizador da cidade” e lembra que ele se engloba “numa estratégia definida pelo Estado Novo, em matéria de habitação e urbanismo, a Política de Casas Económicas”. Neste âmbito, e apesar de considerar que o bairro não reúne condições para uma eventual classificação como monumento de interesse nacional ou de interes-
se público, a DRCC entende que “seria passível de ser classificado como monumento de interesse municipal”. Contactado pela agência Lusa, o vereador Hermínio Magalhães disse não estar prevista a classificação do bairro como património de interesse municipal e que “a Câmara entendeu que o seu valor ficará preservado com a manutenção de onze casas, entregues ao movimento associativo”. Lusa
Jornal do Centro
16 REGIÃO | SERNANCELHE
Paulo Neto
13 | junho | 2013
Lamosa, Sernancelhe e Biointerpretação da Rede Natura Vamos aos poucos… Lamosa é uma freguesia do concelho de Sernancelhe, perto da Lapa, do Carregal e de Tabosa. Banhada pelo Paiva que é considerado o rio menos poluído da Europa, está integrada no espaço comunitário designado Rede Natura 2000, num total de 653 hectares de área. Nas margens deste rio abunda uma fauna e uma flora de reconhecido interesse científico e pedagógico. A partir desta constatação, o município de Sernancelhe e a junta de freguesia local meteram mãos à obra e depois de muita porfia e cinco anos de empenhamento conseguiram ver o seu projecto reconhecido pela CCDRN, pela UTAD e, todos juntos criaram aquilo que foi inaugurado no domingo passado, fruto de aturada investigação, estudo de campo, observação da natureza, requalificação da escola primária e de um moinho de vento, etc.
O resultado final começa num interessante e precioso guia interpretativo de 120 detalhadas páginas chamado “Percursos de Lamosa”. Segue-se um DVD que o consubstancia. Acrescentase-lhe o Centro Pedagógico da Rede Natura de Lamosa, na requalificada e antiga Escola Primária e um Centro Interpretativo 50 metros a montante, no antigo Moinho de Vento, agora de vela ufana a girar. Obras do arquitecto local Paulo Albino, desde hoje ao serviço de estudiosos de todo o país, pretendendo ainda ter como público-alvo as escolas da região Centro, seus professores e alunos. O vereador Carlos Santos explicou ao numeroso público a história deste sonho começado em 2008, com a apresentação aos fundos comunitários QREN desta candidatura à Gestão activa de espaços protegidos e classificados, adiantando que “a nível nacional exis-
tem 60 sítios de áreas de importância comunitária com o intuito de assegurar a biodiversidade através da conservação da fauna e da flora.” Mas este projecto tornou-se mais abrangente e proporciona também os “percursos pedestres denominados Trilho de Lamosa (…) foi feito um Estudo de inventariação e de monitorização das espécies alvo na rede Natura 2000 no concelho de Sernancelhe (…) uma exposição permanente com painéis e sonoplastia (…) duas publicações únicas e pensadas exclusivamente para este projecto: a história infantil ‘De cá para lá’ e o Roteiro do Professor. Um teatro de fantoches e um mapa das Ideias (…) o Museu Nacional da História Natural e da Ciência desenvolveu o Jogo dos Insectos com painéis informativos (…) este trabalho envolveu inúmeras pessoas ao longo das quatro estações do ano, com trabalho de fotografia
e filmagens diurnas e nocturnas para conhecimento das espécies de fauna e flora contempladas neste espaço.” Segundo Carlos Santos, o grande objectivo é “trazer até Lamosa, ao concelho de Sernancelhe, crianças, investigadores, amantes da natureza para conhecerem e se apaixonarem pelas nossas terras…” Da UTAD, o professor Luís Ramos adiantou: “a conservação da natureza tem que ser um projecto de desenvolvimento do território, atrair gente, atrair dinâmica e população dinamizando a economia numa vertente pedagógica.” O investigador Paulo Travassos apresentou uma súmula do percurso, falou-nos do lobo, da toupeira de água, do mexilhão do rio da salamandra lusitana e das mais de 50 espécies de aves observáveis, inseridas na ribeira de Lamosa e no rio Paiva, na salvaguarda da relação ancestral entre o homem e a água.
Presentes os autarcas do território circunvizinho transversal ao Paiva, José Mário Cardoso, de Sernancelhe, José Morgado, de Vila Nova de Paiva e José Eduardo Ferreira, de Moimenta da Beira, Carlos Duarte da CCDRN e o professor da UTAD e deputado, Luís Ramos. Um público numeroso seguiu atentamente todas as intervenções e percursos, concluindo-se a jornada com merenda Aquiliniana apropriada àquela “Geografia Sentimental”. Diamantino Frias, o decano dos presidentes da junta de Sernancelhe, com 76 anos, era um homem feliz. Há tantos anos autarca que já lhe “perdeu o conto” disse-nos: “Este projecto foi criado pela riqueza natural aqui existente. A junta faz as pequenas coisas, as grandes obras empurra-as para a câmara” e concluiu: “Este projecto traz riqueza para Lamosa, traz visitan-
tes, investigadores, curiosos, estudantes e professores. Torna Lamosa num centro de atracção, fruto da sua biodiversidade.” José Mário Cardoso, presidente da autarquia, referiu: “Este projecto tem para mim um sabor especial. Começa hoje, não acaba hoje. Vai ser um desafio às capacidades e à dinâmica que vamos procurar e implementar no terreno. Se está provado que a ruralidade conviveu com a realidade agrícola tantos anos e se os nossos antepassados nos legaram este bem precioso que é a Natureza, o Ambiente, a Paisagem, falta provar, e esse é o nosso desafio, que a ruralidade, devidamente conservada é uma riqueza de futuro.” Agora, caros leitores, aqui fica mais uma proposta, ecológica e pedagógica para os nossos percursos de fim-de-semana… Paulo Neto
Jornal do Centro
18 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013
Pedro Morgado
13 | junho | 2013
Junqueiro inaugurou sede de campanha na rua Formosa O candidato à Câmara Municipal de Viseu José Junqueiro inaugurou no passado sábado a sede da sua candidatura, na rua Formosa. Esta iniciativa que marcou uma nova etapa do candidato na corrida à presidência do concelho, quando faltam menos de 120 dias para se conhecer o novo “senhor” da Praça da República, contou com a presença de Manuel Maria Carrilho, presidente da Comissão de Honra desta candidatura. Após ter prestado um reconhecimento a todos aqueles que tornaram possível a preparação deste espaço, o líder da candidatura “Mais emprego, melhor Futuro” sustentou que aquele local de trabalho é, sobretudo, um lugar que se quer aberto a toda a sociedade viseense e onde todos, sem exceção, são bem-vindos. “A nossa candidatura está, do ponto de vista da organização e dos seus intérpretes, completa. Temos as pessoas com quem estamos a partilhar as nossas ideias, o nosso programa já se encontra em discussão pública e temos agora um magnifico local de trabalho”, re-
feriu. Fa l a ndo pa r a u m a sala cheia, Manuel Maria Carrilho, aproveitou o momento para reafirmar a sua convicção pessoal de que mudar “escapa muitas vezes à dimensão nacional”. “Nós estamos num momento em que é preciso mudar. Nós temos que mudar motivando as pessoas, nós temos que mudar criando condições e, sobretudo, criando um horizonte de esperança. Porque, não se muda apenas porque há eleições”, disse. Na sede de campanha localizada em plena rua Formosa onde, o candidato José Junqueiro confidenciou, “existem muitas coisas emprestadas e onde foram gastos apenas 500 euros em mobiliário”, Manuel Maria Carrilho lançou um apelo: “imprimam muitas cautelas pois será, decerto, uma aposta muito mais segura do que aquelas que podemos comprar na Casa da Sorte”, numa clara alusão à sua localização privilegiada no 1.º andar deste edifício que é, ao mesmo tempo, uma porta de entrada para o Centro Histórico, uma das grandes apostas desta candidatura. PM
DR
A Manuel Maria Carrilho apelou à mudança
A Salão Nobre da Misericórdia de Viseu foi palco de mais uma iniciativa do PSD
Almeida Henriques defende rede “Viseu Solidário” PSD ∑ Fórum Participativo “Viseu Primeiro” dedicado à Solidariedade Social A Solidariedade Social foi tema de discussão na quarta iniciativa do Fórum Participativo da candidatura “Viseu Primeiro”, liderada pelo ex-Secretário de Estado da Economia e do Desenvolvimento Regional Almeida Henriques, que se realizou na passada sexta-feira no Salão Nobre da Misericórdia de Viseu. Presentes nesta ação que juntou cerca de 50 participantes estiveram muitos profissionais da área social, figuras locais do Partido Social Democrata (PSD), alguns cidadãos anónimos bem como o painel de oradores Manuel Lemos, António Martinho e Paula Barros que, ao analisarem a realidade viseense, fizeram parte de “um exercício maior de mobilização de conhecimentos, de experiências, de mérito, de um interesse genuíno no desenvolvimento da nos-
sa terra”, referiu Almeida Henriques. Guilherme Almeida, o presidente da concelhia do PSD que chegou a ser aventado como o direto sucessor de Fernando Ruas, hoje apenas uma grande incógnita na futura equipa de Almeida Henriques, pedindo a palavra à mesa iniciou o debate: “nós temos que continuar a ficar inquietos, o trabalho que se faz não é suficiente e devemos ficar cada vez mais preocupados (…) porque o futuro não é risonho.” Contudo, de acordo com as conclusões apresentadas por Almeida Henriques, Viseu é hoje um bom exemplo de programas virados para a inclusão social, virados para o envelhecimento ativo e para o apoio aos idosos. Neste contexto tornase, na opinião do candidato, necessário olhar o tema nas suas diferentes
vertentes: “pobreza, desemprego, exclusão, conhecimento, sobreendividamento das famílias, violência doméstica, delinquência juvenil”, todas realidades sociais que carecem de respostas adequadas e para as quais propõe uma autarquia que facilite a criação de parcerias entre as instituições existentes promovendo, ao mesmo tempo, o acesso a fundos comunitários através da elaboração das candidaturas ao próximo quadro de apoio comunitário (QREN) e a criação da Rede Viseu Solidário, uma rede concelhia de intervenção social que integre as IPSS e a Misericórdia de Viseu. Para uma cidade mais solidária o candidato apresentou ainda medidas como a criação do gabinete de apoio às famílias carenciadas, a criação de um centro de arbitragem e defesa do consumidor,
a construção de uma resposta eficaz que permita prevenir a exclusão dos idosos e um apoio social aos jovens em risco que possibilite, ao mesmo tempo, combater o fenómeno da violência doméstica. Apesar deste não ser o tempo “de interesses mesquinhos, da guerrilha, do ataque que muitas vezes vemos fazer (…) mas sim um tempo em que se deve construir”, o candidato Almeida Henriques não desperdiçou a oportunidade para refletir solidariamente sobre os seus adversários diretos: “Não basta fazer um programa. Eu já olhei para os programas dos meus adversários onde tudo cabe. Não é possível fazer opções onde tudo cabe. Não há orçamento para que tudo caiba. Quem faz muitas opções é porque não tem nenhuma”, referiu. Pedro Morgado
Jornal do Centro
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13 | junho | 2013
educação&formação
Emília Amaral
BOOKCROSSING CHEGA AO IPDJ DE VISEU
A Pavilhão desportivo da Emídio Navarro encheu-se de pais, professores e alunos para assistirem à segunda edição
Beatbox destaca-se no concurso “A ESEN tem Talento” Espetáculo ∑ Tony Amaral venceu entre os 12 participantes O jovem estudante Tony Amaral venceu a segunda edição do concurso “A ESEN tem Talento”, organizado pelos serviços de psicologia e orientação juntamente com o núcleo de estágio e orientação da Escola Secundária Emídio Navarro (ESEN) de Viseu. O pavilhão desportivo da ESEN encheu-se na sexta-feira à noite para
assistir a uma gala de talento que juntou 12 participantes selecionados de um grupo de 19 concorrentes, todos eles alunos da escola. A música e a dança dominaram as várias atuações, tendo Tony Amaral convencido o júri com uma performance de beatbox. Em segundo lugar ficou o grupo Lockout com uma apresen-
tação original de dança contemporânea. O terceiro lugar foi atribuído a Cláudia Fernandes que além de cantar destacouse com uma participação ao piano. Filomena Gato, da organização explicou que o objetivo do concurso ‘A ESEN tem Talento’ é “dinamizar a atividade educativa e mostrar os alunos de uma outra forma”.
Esta tendência para destacar o talento da ESEN prende-se, em parte, com o facto de a escola ter aderido ao programa de ensino articulado que lhe permite receber alunos que frequentam o Conservatório de Música Dr. José de Azeredo Perdigão e a escola de dança Lugar Presente. Mas a psicóloga sublinhou que este ano a maioria dos participantes
“são alunos sem qualquer formação”. A gala contou ainda com as participações especiais do coro do Conservatório Regional de Música de Viseu, dos estudantes do 8º A do ensino articulado de dança e de alguns ex-alunos da ESEN. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
O Instituto Português do Desporto e da Juventude de Viseu (IPDJ) dispõe desde o início do mês de um ponto do Bookcrossing. Trata-se de um espaço com livros que permite a cada leitor interessado deixar um livro seu para partilhar com outros leitores e levar outro para ler em casa. “A prateleira está localizada na entrada do IPDJ, bem sinalizada e de fácil acesso por parte de todos os utilizadores do IPDJ que pretendam fazer parte desta comunidade”, divulga o IPDJ Viseu em comunicado. O projeto Bookcrossing está presente atualmente em 132 países e pretende-se cria r uma rede que propicie o contacto com jovens utilizadores que partilhem o mesmo gosto pela leitura. Em Viseu, Palácio do Gelo ta mbém já disponibiliza o espaço Bookcrossing, no piso -2 do centro comercial. EA
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Museu de Calde promove iniciativas para crianças A Casa de Lavoura e Oficina do Linho - Museu Etnográ f ico de Várzea de Calde, de Viseu, está a promover, até ao final do mês, várias iniciativas destinadas às crianças. No ateliê “Aprender e brincar no Museu…”, as crianças podem lançar o pião, saltar à corda, jogar às pedrinhas e à macaca, tal como outrora faziam as crianças da aldeia de Várzea, “enquanto os seus pais se ocupavam da lavou-
ra e do linho”, refere uma nota de imprensa da Câmara de Viseu. As crianças podem a i nda a ssi st i r e pa rticipar na leitura do conto “A Clarinda e o carro de vacas”, que as leva rá “pa ra um imaginário alusivo às temáticas do museu, num cenário fora da cidade, no meio rural, perto das coisas da natureza, num lugar mais solidário e com mais q u a l i d a d e d e v i d a ”, acrescenta. Lusa
Jornal do Centro
EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO 21
13| junho | 2013
Viseu prepara-se para receber no próximo ano um dos pólos do festival Escolíadas. O festival surgiu em 1989 a partir da necessidade de oferecer às escolas secundárias da região, a possibilidade de contatarem de perto com cultura e arte. O mesmo consiste na apresentação de provas de teatro, dança, música, pintura e claques, bem como de cultura geral, por parte de escolas secundárias dos distritos de Coimbra, Aveiro e Viseu. O sucesso do concurso tem levado a um aumento do número de escolas participantes de ano para ano. Nesta altura a organização já distribui o trabalho desenvolvido ao longo do festival por dois pólos que este ano decorreram em Coimbra e Ílhavo, mas admite estender o projeto a um terceiro pólo. Fonte do IPDJ confirmou ao Jornal do Centro que o processo de negociações com a autarquia viseense e outros parceiros está encaminhado para que em 2014
um dos pólos do Escolíadas aconteça no Pavilhão Multiusos. O objetivo do IPDJ de Viseu, que neste momento está a liderar o processo de negociações é “agarrar” mais escolas do distrito de Viseu par a participarem no projeto. O Escolíadas tem contado com a participação de escolas dos concelhos de Mortágua, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e ainda de Canas de Senhorim, mas a intenção é alargar a estabelecimentos de ensino de outros concelhos, nomeadamente atrair escolas profissionais, escolas com a valência das artes e também a Escola Superior de Educação do IPV. O Festival artístico encerrou no sábado a 24ª edição com a tradicional Gala de entrega de prémios no Casino da Figueira da Foz. O Escolíadas 2013 juntou durante três meses mais de 2000 alunos e professores do ensino secundário e profissional, de 21 escolas dos distritos de Coimbra, Aveiro e Viseu. EA
Mariana Seixas vence melhor ideia de negócio A Escola Profissional Mariana Seixas foi a vencedora do Concurso Intermunicipal de Ideias de Negócio, promovido pela Comunidade Intermunicipal de Região Viseu Dão Lafões. O projeto vencedor, “PRINT IT – IF YOU NEED IT, PRINT IT”, da autoria de um grupo de alunos finalistas do curso de Multimédia, André Sobral, Rui Pa-
redes e Sara Fernandes, tem como objetivo fundamental criar uma empresa que presta serviços no âmbito da impressão em 3D. A final decorreu na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, no passado dia 7. Participaram 14 equipas representantes dos concelhos que fazem parte da CIM Viseu Dão Lafões. EA
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Escolíadas pode estender-se a Viseu em 2014
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Jornal do Centro 13 | junho | 2013
economia Clareza no Pensamento
Despedimento dos trabalhadores obriga pastelaria a fechar portas
(http://clarezanopensamento.blogspot.com)
O que vale um aval… Carla Leal Advogada e docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu
A pastelaria O Lobo, em Viseu fechou as portas na passada quintafeira, dia 6. O encerramento do espaço, situado na Rua Alexandre Lobo, acontece na sequência do despedimento com justa causa anunciado pelos nove trabalhadores à entidade patronal, “por não lhe terem sido pagos os salários de março, abril e maio”, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro (STIHTRSC) em comunicado à imprensa. O documento sublinha que a falta de pagamento dos salários estava a criar aos trabalhadores “sérias dif iculdades para fazerem face aos encargos familiares, pessoais e sociais”, a maioria com mais de 20 a nos de casa. Para além dos três meses de salário em atraso, a entidade patronal deve aos funcionários os subsídios de férias e de natal de 2011 e 2012. “Deixou também de remunerar o trabalho em dia feriado no início de 2012, desrespeitando o estabelecido no contrato coletivo de trabalho Publicidade
Micaela Costa
“O Lobo” ∑ Salários em atraso, subsidios de férias e de natal e outras dívidas aos colaboradores
A
Uma das pastelarias mais frequentadas da cidade de Viseu encerrada desde o dia 6 de junho do setor em vigor, assim como mantém uma dívida aos trabalhadores, reconhecida pela ACT (Autor id ade pa ra a s Condições do Trabalho), que se refere a diferenças salariais devido ao não cumprimento da tabela legal em vigor”, refere a nota à imprensa. De acordo com o sindicato, apesar das várias tentativas de contacto, “a empresa resistiu em dar resposta no sentido da resolução dos referidos problemas, não deixando aos trabalhadores outra alter-
nativa ao despedimento” com justa causa. Em declarações ao Jorna l do Centro, Afonso Figueiredo do STIHTRSC acrescentou que os trabalhadores não encontram uma explicação para a falta de pagamento dos salários, uma vez que, “são eles que fecham a caixa todos os dias e sabem que [o negócio] é rentável e que o café era muito frequentado”. A pastelaria O Lobo nasceu no início dos anos 80 pelas mãos da
mulher do antigo proprietário da antiga empresa de construção Tevisil. Ao longo de 30 anos mudou de dono mais do que uma vez, mas foi sempre uma das pastelarias mais movimentadas da cidade, mantendo a traça original ao nível da decoração e do imobiliário. Atualmente era também uma das pastelarias muito procurada pelas tradicionais castanhas de ovos de Viseu que fazem parte do roteiro gastronómico do concelho. Além da pastelaria, a empresa possuía ainda uma fábrica na zona do Viso onde trabalhavam três dos nove funcionários. O Lobo é atualmente propriedade do premiado pasteleiro José Carlos Ferreira, sócio gerente da emblemática confeitaria Amaral. O Jornal do Centro tentou contactar o proprietário da pastelaria, mas tal contacto não foi possível até ao fecho da edição. Algumas fontes próximas do processo adianta m que a pastela ria pode reabrir em breve com nova gerência. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Feira da vitela de Lafões A XV Feira da Vitela de Lafões, em Queirã, Vouzela decorre nos próximos dias 14, 15 e 16. A abertura oficial do certame está marcada para sexta-feira, às 19h30, seguindo-se algumas provas gastronómicas com vitela de Lafões no restaurante da feira, um desfile e animação do recinto com marcha popular
da freguesia, a apresentação coreográfica do Grupo de ginastas e Karaté do Queira Fit e um baile com o agrupamento musical “Meia Arte”. O concurso pecuár io de gado, no sábado e a Feira Mensal da Giesteira, no domingo, são alguns dos destaques dos restantes dois dias do certame. EA
A fiança, já por mim abordada, afirma-se como a figura de proa de entre as garantias pessoais. Aliás, como refere Menezes Cordeiro, “a facilidade com que as pessoas são levadas a conceder a fiança é desnorteante: muitas das vezes, está-se perante uma autêntica doação de bens futuros”. Também o aval sendo uma garantia cartular por excelência, característica (regra) das letras e livranças acarreta igualmente graves responsabilidades para o avalista e seio familiar. O aval participa da característica da literalidade e, verdadeiramente, tende a ser um acto estritamente formal, o que postula a sua natureza cambiária. O avalista responde solidariamente com o avalizado “como devedor de uma obrigação própria”. A sua função é a de garantir ou caucionar a obrigação de um obrigado cambiário. A responsabilidade do avalista não é subsidiária da do avalizado, mas solidária, pelo que o avalista não goza do benefício da excussão prévia. É prática reiterada e necessária a vinculação das sociedades comerciais a determinados negócios jurídicos (contratos) em que uma das partes exige como garantia do referido negócio jurídico a subscrição de uma letra ou livrança. O que releva, para efeitos de vinculação da sociedade comercial/aceitante é a assinatura do respectivo representante legal (gerentes ou administradores), ao tempo da “emissão” da letra, tornando-se irrelevantes quaisquer alterações na titularidade da gerência subsequentemente ocorridas bem como é irrelevante se o avalista é sócio e tenha cedido a sua quota na sociedade avalizada, uma vez que a transmissão da mesma não o isenta de responsabilida-
de, atenta a natureza pessoal da garantia prestada. Configurando uma situação prática será perceptível ao leitor do que vale um aval: não é gerente, não é sócio, é simplesmente casado com um (seja gerente ou seja sócio) e escreve no verso de uma livrança: “Dou o meu aval à firma subscritora”, terá a noção da sua responsabilidade? Ora, a sua responsabilidade a partir desse momento deve obrigatoriamente acompanhar o cumprimento pontual das obrigações resultantes do referido negócio jurídico. A não ser assim, e não é caso a sociedade comercial/aceitante não tenha património, o que pode acontecer é que se veja confrontado com um requerimento executivo (por incumprimento), em que o exequente (credor) alegando ser portador dessa livrança subscrita pela sociedade e avalizada por si execute o seu património pessoal para pagamento da totalidade da dívida, dívida essa em benefício da empresa. É óbvio que o exequente não terá qualquer dúvida em executar o seu património pessoal, e como referi há pouco a transmissão da quota ou a renúncia da gerência não isenta de responsabilidades quem a subscreveu na qualidade de avalista, seja sócio, seja gerente ou seja cônjuge de qualquer um deles. E nem o divórcio ou a separação de bens resolve ou extingue a sua responsabilidade. Ela permanece enquanto o aval valer. Vale muito um aval ou a qualidade de avalista para a sociedade concretizar os seus negócios jurídicos. Mas… vale o que vale um aval quando a sua responsabilidade é a única a ser exigida…sem dó nem piedade…e por isso o aval vale na medida da sua responsabilidade.
Jornal do Centro
INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 23
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O cabrito, uma das maravilhas da gastronomia regional, esteve em destaque, durante os dias 7 a 10 deste mês, na 7.ª Semana Gastronómica do Cabrito da Serra do Caramulo. O Pavilhão Municipal foi assim, durante quatro dias, entre a passada sexta-feira e a segunda-feira, feriado, “a embaixada temporária das melhores tradições patentes neste produto gastronómico de reconhecida qualidade que atesta a superior competência da gastronomia regional e os saberes das suas gentes”. Organizado pelo Município de Tondela, pela Junta de Freguesia do Guardão e pela Confraria Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo este evento contou com a colaboração de nove restaurantes localizados em diversos locais da serra, três dos quais se associa-
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Cabrito do Caramulo foi “rei” durante uma semana
ram diretamente às atividades com a sua presença no pavilhão onde decorria o evento. Com um propósito amplo, que visou dar a conhecer a gastronomia da Serra do Caramulo, os seus produtos endógenos, em especial o Cabrito, o artesanato e alguns dos seus usos e costumes, esta 7.ª Edição da Semana Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo contou, em paralelo, com a realização no mesmo espaço da XIV Feira de Artesanato e de Pro-
dutos Locais. Provar o tão afamado cabrito assado em loiça de barro negro de Molelos e os bons vinhos do Dão, foi o mote que arrastou centenas de curiosos ao Caramulo no passado fim de semana e onde foi possível, ao mesmo tempo, degustar outros produtos locais, assistir a um show cooking apresentado pelos alunos da Escola Profissional de Tondela, ver vários eventos de cozinha ao vivo e assistir a diversas atuações musicais. PM
Grupo Ourivesarias Pereirinha remodela espaço Objetivo∑ Loja Petra, junto ao Intermarché de Viseu tem agora mais espaço O Grupo Ourivesarias Pereirinha, “demonstrando a sua preocupação com o bem estar dos clientes”, levou a cabo uma remodelação significativa na loja Petra junto do Intermarché de Viseu. A festa de inauguração decorreu no passado dia 9.
Segundo os responsáveis “representa mais um grande passo para o futuro deste grupo”, pois “os seus clientes podem agora contar com mais espaço e com uma maior variedade de marcas”. A marca Pandora é a partir de agora, represen-
tada por esta loja do grupo, que também é Agente Gold da mesma, trazendo a Viseu produtos, que até agora não eram comercializados nesta cidade, como por exemplo os relógios. Micaela Costa
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desporto III sl - Série C
Radial de Santiago com obras de requalificação Pensado inicialmente como “casa” para a feira semanal, o Parque Urbano de Santiago, conhecido como Parque da Radial de Santiago, tem ganho, ao longo dos anos, uma nova finalidade. A população, e sobretudo os adeptos da prática desportiva, começaram a adotar o local para caminhar, correr e disfrutar de um espaço ao ar livre para praticar os mais variados desportos. Neste contexto, e dado o elevado número de utilizadores, naquele local, a Câmara tem apostado na remodelação e melhoramento do parque. Por administração di-
reta tem colocado vários equipamentos, como tabelas de basquetebol, novos relvados e árvores. Mais recentemente começaram a ser feitas novas empreitadas no Parque da Radial de Santiago com o objetivo de melhorar as condições de todos os utilizadores. O parque geriátrico (conjunto de máquinas para a prática de exercícios) é um dos exemplos das novidades que estão a ser preparadas e implementadas no parque, numa empreitada de cerca de 130 mil euros. Apesar de ainda estar em curso, a obra vai abranger a criação de um parque
DR
Empreitada ∑ Orçamento de 130 mil euros leva ao parque de Viseu um posto medicalizado, parque geriátrico, parque infantil entre outras valências
A Parque acolhe centenas de utilizadores infantil, a execução de um posto medicalizado (que vai possibilitar a realização de rastreios), uma pista de slide e a melhoria da esplanada, junto ao bar já existente.
Para além das melhorias, no que aos equipamentos e estruturas diz respeito, a autarquia tem levado para o Parque da Radial de Santiago várias atividades, anteriormen-
te realizadas noutros locais. As Manhãs Desportivas, que decorrem até ao final do próximo mês de julho, são um exemplo disso mesmo. Foi numa dessas manhãs que o Jornal do Centro encontrou Guilherme Almeida, vereador do desporto da Câmara Municipal de Viseu. O autarca explicou que estas obras têm como objetivo “melhor a qualidade de vida dos viseenses”, de forma a “abranger todas as camadas, desde os mais novos aos mais velhos”. Para além das Manhãs Desportivas está ainda
em curso a atividade Conhecer Viseu em Bicicleta, que decorre até dia 28 de julho. O percurso tem início no Parque Urbano de Santiago, aos domingos de manhã pelas 9h30. Guilherme Almeida salientou que esta é “mais uma atividade que a autarquia tem repetido ao longo dos anos com o objetivo de fomentar a prática desportiva”. A decorrer está também a 22ª edição dos Jogos Desportivos até ao final do próximo mês de julho, em vários espaços da cidade de Viseu. Micaela Costa
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Micaela Costa
foto legenda
Decorreu no passado dia 5, no Auditótio do Instituto Politécnico de Viseu, a apresentação do jogo Futsal Manager, da autoria do jovem viseense João Lopes. No evento esteve presente Ricardinho, jogador da Seleção e distinguido como melhor jogador do mundo de futsal em 2010, Roger Augusto, treinador da equipa sénior do Viseu 2001 e Guilherme Almeida, vereador do desporto da Câmara Municipal de Viseu. Publicidade
MODALIDADES | DESPORTO 25
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Futebol
Futebol
Nuno Oliveira já é Trambelo O guarda-redes, Nuno Oliveira, é agora o novo reforço do Lusitano de Vildemoinhos. Esteve as duas últimas épocas no Académico de Viseu, onde fez a sua formação e viu a equipa subir de divisão nessas duas vezes. Embora os academistas tivessem interesse em que se mantivesse no clube, Nuno
Oliveira acabou por optar por assinar pelos trambelos para a nova época no Campeonato Nacional de Seniores. De saída do Lusitano poderá estar Paulo Listra. O Jornal do Centro contactou a direção e questionada sobre a possibilidade da saída do jogador preferiu não comentar. MC
Automóveis
Campeonato de Portugal de Offroad tem segunda prova em Sever do Vouga É já este fim-de-semana a segunda prova do Campeonato de Portugal de Offroad. Os pilotos viseenses voltam a marcar presença, desta vez em Sever do Vouga. Para já estão confirmadas as presenças de João Oliveira que, tal como em Lousada, volta a competir na prova dos Super 2000, com um Peugeot 206 GTi, e a de Hugo Lopes que na primeira prova da época garantiu o primeiro lugar na categoria de Iniciação aos comandos do Peugeot 106. José Cruz, nos Super Publicidade
Cars, até ao fecho desta edição ainda não tinha a sua presença confirmada, embora tudo aponte para que venha a estar presente na prova. Recorde-se que José Cruz, na prova de Lousada que terminou em segundo lugar, viria a ser desqualificado uma vez que a porta do seu Peugeot 306 T16 se abriu durante a corrida final. Situação que desagradou o piloto viseense e que o leva a ainda estar a ponderar a sua participação na segunda prova do Campeonato. MC
Foram apresentados em conferência de imprensa, na terça-feira, 11, os novos elementos para a estrutura diretiva do clube academista com responsabilidades nas áreas da comunicação e do futebol profissional. Daniel Renato é o novo Diretor Desportivo da equipa viseense e na apresentação aos jornalistas afirmou que “os objetivos para a nova época não estão quantificados” mas espera que “sejam dignos da cidade que o clube representa”. Daniel Renato foi também ele jogador de futebol, onde foi um dos pupilos do atual treinador academista Filipe Moreira, e esteve depois ligado à consultoria em empresas desportivas. Como assessor da direção para o Futebol Profissional foi destacado Carlos Santos, conhecido empresário desportivo, e cara já conhecida dos adeptos viseenses pelas ligações e proximidade ao clube nos últimos anos. Destacou faPublicidade
Micaela Costa
Gil Peres (arquivo)
Académico reforça estrutura do futebol profissional
zer agora parte da estrutura, de uma “forma mais abrangente” e sublinhou o “desejo de que tudo possa ser conseguido em equipa”, bem como a continuidade do trabalho “até aqui desenvolvido em prol do clube”. José Alberto Ribeiro, com formação em gestão de empresas e ligado à comunicação social há 20 anos, é proprietário da rádio Estação Diária, e assume na nova estrutura o cargo de Diretor de Comunicação. Na apresentação deixou um desejo: “Que este Académico seja melhor e mais comunicador”. Nuno Ricardo e Zé Rui ficam no Académico. Os jogadores Nuno Ricardo e Zé Rui foram apresentados na conferência de imprensa como duas “peças” do xadrez academista que se
vão manter no clube por mais uma época. Zé Rui, avançado de 31 anos, um dos jogadores mais utilizados na temporada passada mostrouse “muito contente por ter assinado pelo Académico nesta fase do clube”. Nuno Ricardo, que não esteve presente na conferência de imprensa, será um dos guarda-redes a defender a baliza dos Academistas na temporada 2013/2014. Na época passada entrou em campo por 25 vezes o que, segundo o clube, “lhe valeu a renovação e a confiança depositada pelo treinador [Filipe Moreira]”. Recorde-se que para a baliza da equipa viseense já tinha sido apresentado Ricardo Janota, ex-jogador do Atlético Clube de Portugal. Micaela Costa
Futebol JOÃO VICENTE REFORÇA TONDELA João Vicente, ex-jogador do Arouca (clube que esta época subiu à I Divisão Nacional) é reforço no Clube Desportivo de Tondela. O lateral esquerdo, de 28 anos, vai fazer parte das opções de Vítor Paneira depois de ter assinado, na terça-feira, 11, um contrato válido por uma temporada com os tondelenses. João Vicente jogou a última época no Arouca e esteve ao serviço do Moreirense durante os quatro anos anteriores, equipa que também ajudou a subir de divisão. O Tondela já tinha apresentado o guarda-redes Ricardo Andrade que assinou um contrato válido por duas temporadas. O jogador brasileiro, de 35 anos, representou na última época o Moreirense na Liga Zon Sagres. Fábio Lopes atual jogador do Tondela já mostrou interesse em sair do clube, alegando querer jogar mais. O médio de 20 anos, que chegou ao Tondela no início da época 2012/2013 proveniente do Nacional da Madeira foi utilizado em apenas três partidas. Sobre este desejo do atleta, para já, ainda não foi tomada nenhuma posição oficial pela direção do clube. A equipa de Tondela inicia o estágio de preparação a 1 de Julho, no Municipal de Tábua. MC
Jornal do Centro
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em foco ExpoUsados em Sernancelhe
Paulo Neto
Decorreu em Sernancelhe, nos dias 7, 8 e 9 de junho, a 3ª edição do Salão de automóveis usados, no Exposalão Multiusos. Com uma centena de veículos de todos os tipos e milhares de visitantes, houve ocasião para concretizar vários negócios naquele que é hoje um setor que atravessa momentos dificeis.
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Micaela Costa
Brigadas de ambiente da GNR promovem exposição no Forum Viseu Para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, o Forum Viseu, em parceria com o Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR), promoveu no dia 5 de junho, na Alameda do piso 1 do Forum Viseu, uma exposição de viaturas de vigilância das brigadas de ambiente do SEPNA - Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR.
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em foco As rúbidas cerejas de Resende
Evento reuniu arte, vinho e gastronomia
Muita cereja e festa rija por terras de Resende... Mais de uma centena de produtores expuseram os seus produtos que são, no dizer do autarca local António Borges, “um dos marcos mais importantes da economia de Resende”, tendo o evento milhares de visitantes e sido um êxito.
O Museu de Lamego conheceu novos pretextos de visita no fim de semana, na sequência da realização do evento “Taste Douro”. A iniciativa, promovida pela Beira Douro - Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro, com produção da EV Essência do Vinho, reuniu 24 produtores de vinhos DOC Douro e Porto, três restaurantes com degustações gastronómicas, produtos tradicionais e gourmet e promoveu ainda um conjunto de workshops dirigidos ao público em geral e a profissionais da hotelaria e restauração.
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D Convento das Freiras retratado em Moimenta
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culturas expos
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A história da fundação e da vivência monástica e ainda da arquitectura do Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação, está contada em 10 painéis expostos durante este mês de junho no átrio dos Paços do Concelho.
Arcas da memória
Destaque
Cavalhadas – O milagre que se repete VILA NOVA DE PAIVA ∑ Museu Rural Pendilhe Até 29 de junho, a exposição de pintura “Natureza”, de Maria Prazeres Sousa ∑ Posto de Turismo Até 28 de junho, a exposição de artesanato “Miminhos da Avó”, de Dulcínia
∑ Salas de Exposições Temporárias
DR
Oliveira
A “José e Pilar” é um filme de Miguel Gonçalves Mendes e aborda a vida de Saramago e a relação com Pilar del Río, sua companheira.
Até 28 de junho, a exposição “Novos Cenários” VISEU ∑ Instituto Piaget Até 25 de junho, a exposição internacional, coletiva e itenerante da II Semana Internacional de Educação Artística da UNESCO OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades
Até dia 16 de junho exposição de fotografia, “Project Llull”, de José Crúzio
Cine Clube de Viseu assinala aniversário da morte de Saramago Efeméride ∑ Escritor português morreu a 18 de junho de 2010 Como forma de assinalar os três anos da morte do escritor português, José Saramago, o Cine Clube de Viseu apresenta uma sessão especial. Terça-feira, 18, é transmitido o filme “José e Pilar”, pelas 21h30, no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), com entrada livre. Realizado por Miguel Gonça lves Mendes, o documentário, foi filmado entre 2006 e 2009 e estreou nas salas de cinema em 2010.
“José e Pilar” aborda a vida de Saramago, as suas viagens, o dia-a-dia, entre Lanzarote (Canárias) e Lisboa, e a sua relação de amor com Pilar del Río, sua companheira até ao fim da vida. Como pano de fundo, da criação do documentário de Miguel Mendes, o rom a nce “A Viagem do Elefante”, o livro em que Saramago narra as aventuras e desventuras de um paquiderme transportado desde a corte de D. João III à do austría-
co Arquiduque Maximiliano. “José e Pilar” é um olhar sobre a vida de um dos grandes criadores do século XX e a demonstração de que, como diz Saramago, “tudo pode ser contado de outra maneira”. O documentário é transmitido simultaneamente em vários Cine Clubes do país e a versão integral (de cinco horas) na sede da Fundação José Saramago, em Lisboa.
00h00* Homem de Ferro 3 (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h50, 16h35, 19h20, 21h20, 00h05* Os estagiários (M12) (Digital)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h30, 00h30* Além da escuridão: Star Trek (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h00, 23h25* A Ressaca - Parte III (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h10, 21h40, 00h25* Os estagiários (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h20, 15h50, 18h20 Max e os Dinossauros VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 20h50, 23h35* Esquecido (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 16h40 Epic - O Reino Secreto V.P. (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h10,
Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h20, 00h20* Velocidade Furiosa (M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h00, 16h55, 21h00, 00h00* Velocidade Furiosa 6 (M12) (Digital)
Micaela Costa
Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h20, 15h50, 18h20 Epic - O Reino Secreto V.P. (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h10, 00h10* Além da escuridão: Star Trek (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h40,
Tem já trezentos e sessenta e um anos esta história bonita dos moleiros de Vildemoinhos e todavia ela traz-nos ainda hoje o encantamento que sempre tiveram as histórias recontadas das avós, ela traz a frescura do rio onde a água borbulhava expulsa do rodízio no girar das mós, traz o cheiro doce da farinha amparada nos panais de linho, traz a graça dos burricos carregando grão pelas aldeias, o sono dos moleiros vigiado pelo cantar certo das mós. Paisagem de mantas coloridas como as tecedeiras faziam nos teares, trança de cesteiros no levantar das “amieiras”, assim nos vem de longe a história dos moleiros que nos contam desse acertar de velhas contas com os camponeses que lhes cortavam a água do rio nos açudes a montante para regar as hortas da Ribeira. Que nem sempre as contas eram certas!... E foi então que os moleiros levaram a contenda ao tribunal do Rei que justo seria como justo fora Salomão. E o povo que ficava suspenso de uma decisão!... E assim aconteceu a tal promessa que o povo inteiro, nessa data todos eram família de moleiros, fez a S. João: - na festa do seu dia, no Verão, a gente iria em devota romaria à sua Capela, na Carreira, ano a ano, enquanto o mundo fosse mundo, se o Rei fosse servido de escu-
16h20, 19h00, 21h40, 00h30* Assalto à Casa Branca (M16) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
tar sua razão. Não sabemos bem se a sentença demorou. Que se perdeu, no tempo, o pergaminho. Mas veio favorável aos moleiros a decisão justa do Rei. E a chuva que caiu naquele Verão e as águas da Ribeira enchendo outra vez a cale dos moinhos e a festa da gente, a primeira. E a romaria prometida à Capela da Carreira, a cavalgada, canas verdes arvoradas no cortejo, as três voltas à Capela, a buliçosa travessia da cidade, gente à porta e na varanda atirando flores aos romeiros, cantigas de S. João cantadas à noite à volta da fogueira e o pão quente do forno que chegou e as mulheres que partiram de manhã, canastras de pão apetecendo nas bancas do mercado, moedas guardadas nos bolsos do avental ou em bolsinha que se apertava ao coração. E o dia a dia correndo, ano fora, trabalhoso mas feliz. E o milagre das chuvas de Verão que outra vez se repetia e a Cavalhada que seguia, festiva, pomposa, mordomos de cavalo que vestiram traje nobre que lembrava a fidalguia, moleiros de bandeira também alvoroçada e a promessa cumprida das três voltas à Capela da Carreira onde se venerava S. João.
Estreia da semana
Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h15* Mestres da Ilusão (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h10, 21h50, 00h20* A Ressaca - Parte III (M16) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado
Os Estagiários – Dois homens de meia-idade (Owen Wilson e Vince Vaughn) que foram recentemente demitidos, aceitam começar a trabalhar como internos numa companhia especializada em serviços informáticos. O problema é que quase todos os gerentes e trabalhadores da empresa têm menos de trinta anos que eles.
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culturas
D Nascimento da música no Museu de Lamego
Sábado, 15, o Museu de Lamego propõe mais uma audição, comentada e ilustrada, em torno do nascimento da música, ao longo da tarde, a partir das 15h30.
O som e a fúria
Destaque
Variedades
Olga Roriz apresenta “A Sagração da Primavera”
Osso Vaidoso em concerto no Teatro Viriato O encontro de dois músicos, Alexandre Soares e Ana Deus, que dá vida a Osso Vaidoso, no Café-Concerto, no Teatro Viriato.
Exposição documental de Álvaro Cunhal no IPDJ Está patente até amanhã, 14, na Galeria de exposições do IPDJ a exposição documental “Álvaro Cunhal - Centenário”.
Samuel Úria: o desencantado com o humanismo Maria da Graça Canto Moniz
DR
A coreógrafa/intérprete Olga Roriz sobe ao palco do Teatro Viriato, sábado, 15, pelas 21h30, para apresentar “A sagração da primavera”, uma composição musical de Igor Stravinsky e coreografia de Vaslav Nijinsky. A coreógrafa vem a Viseu e dança pela primeira vez “A sagração da primavera”, uma vez que esteve ausente nas anteriores apresentações.
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Festival de Jazz de Viseu está na “calha” Proposta ∑ O improviso e a composição chegam à cidade este julho A Gira Sol Azul, uma escola de música de Viseu, vai organizar de 18 a 21 de julho o 1º Festival de Jazz da cidade. Esta iniciativa que conta com o patrocínio e apoio técnico da Câmara Municipal de Viseu e tem o Jornal do Centro como media partner, apresentará à cidade, em diferentes espaços e bares, vá-
rios concertos, peças de animação e três jam sessions. Do programa avançado pela organização destacam-se nomes como o grupo TGB, os Xaranga Barafunda da Galiza (Espanha), Paula Sousa trio + Rita Martins, SinfoDixie e a Ensemble Gira Sol Azul. Nesta primeira edição
será ainda realizado um workshop de Jazz, aberto a todos os músicos e estudantes de todas as áreas da expressão musical interessados em conhecer ou aprofundar os seus conhecimentos nesta área, que culminará com o concerto final a realizar no dia 20 de julho. Pedro Morgado
Variedades
Musical “Jesus Cristo” no Multiusos em Viseu O Colégio da Via-Sacra, com apoio da Câmara Municipal de Viseu, apresenta, amanhã, 14, pelas 21h30, no Pavilhão Multiusos de Viseu, o Musical “Jesus Cristo”. O musical, espetáculo de final de ano letivo do Colégio da Via-Sacra, surge na sequência dos festejos do
Ano da Fé e pretende representar a vida de Jesus levada a cena com a apresentação de alguns dos momentos mais importantes da sua história e da sua mensagem (vida pública e, em particular, a paixão, a morte e a ressurreição). Partindo do encontro a caminho de Emaús, o es-
petáculo pretende levar o público numa aventura de fé, num ambiente dramático, de poesia, de música e de dança. Pelo palco passam cerca de 500 alunos, do 1.º ao 9.º ano, apresentando o esforço de um ano de trabalho num objetivo comunitário. MC
Será que o leitor conhece o nome no título deste texto. Bom, se não conhece é uma pena. Úria veio a Tondela, ao Acert, no passado dia 8 dar um concerto para apresentação do seu novo trabalho, “O Grande Medo do Pequeno Mundo”, um disco melancolicamente bonito que sucede aos promissores “Em Bruto” (EP, 2008), “Nem Lhe Tocava” (2009) e “A Descondecoração de Samuel Úria” (2010) que o colocaram no topo lista dos mais interessantes “cantautores” portugueses do século XXI. Não se julgue que é só mais um artistazeco lisboeta, não. Samuel, nascido em Tondela, é um caso sério, seriíssimo, da música portuguesa. Recordando o seu último CD, a fase de composição foi de uma originalidade incrível sendo transmitida em direto na internet. Úria quis demonstrar que o disco estava mesmo a ser escrito na hora e, para provar que não tinha levado as ideias préfabricadas, pediu às pessoas para lhe mandarem e-mails com sugestões, que ia adaptando em canções aos olhos de todos. Numa entrevista há pouco tempo, o “trovador de patilhas” (como frequentemente o intitulam) explicou que buscou a inspiração para o “Grande Medo” na imagem do Homem Vitruviano, do Leonardo da Vinci, uma das figuras do
humanismo. “Não sendo contra o humanismo, este disco fala dos seus excessos, uma vez que o homem se emancipou para se tornar a medidas de todas as coisas. Quando se engrandece dessa maneira, depois surgem medos que o torna m pequenino. Quando o medo é grande, o mundo apequena-se”, continuou. Neste mundo, Samuel vêse como um “Forasteiro” (um dos temas do disco, aliás) desiludido por causa dos medos e desencatado de tal forma que se vê como um estranho. Do ponto de vista musical é uma carta fora do baralho no conjunto do disco mas sem dúvida que é a canção chave. Este “Grande Medo” conta com a participação de vários convidados de proa como, por exemplo, Manuel Cruz ou António Zambujo. Ainda, a simbiose vocal com Márcia, em “Seguro”, é perfeita. O lirismo é uma delícia em todo o disco mas, particularmente, numa música sobre um tal Armelim de Jesus (“um nome tão forte que a morte só leva emprestado”), um tema dedicado ao seu avô, um sapateiro “tão recto que o fio-de-prumo fica embaraçado/ deu o seu lugar a todos menos à fadiga/ vestiu os pés de toda a vila mas vestiu também o chão com essa grande pegada, o seu coração”. Quem não tem ou teve um Armelim de Jesus na sua vida?
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João, Aderente
‘‘MAIS QUE UM CAFÉ, É UM PONTO DE ENCONTRO COM A CULTURA.’’ Fnac. Impossível não aderir
10% DESCONTO. NO FNAC CAFÉ. PARA ADERENTES*. PA
Jornal do Centro
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saúde e bem-estar Crianças de Mangualde conheceram etapas de uma árvore de fruto No âmbito do Regime de Fruta Escolar, 740 alunos do 1.º Ciclo do E n si no Bá sico de Mangualde realizaram uma visita a um pomar do concelho. “Esta iniciativa, inserida nas Medidas de Acompanhamento, vem assim consolidar junto das crianças/alunos as aprendizagens pa ra mel hores h ábitos alimentares e uma vida ma is saudável”, revela a Câmara Municipal de Mangualde em comunicado, entidade organizadora da
DR
Hábitos ∑ Íniciativa pretende consolidar melhores hábitos alimentares e uma vida mais saudável
iniciativa. O s a lu nos f ic a ra m a con hecer as vá rias etapas que uma árvo-
re de fruto atravessa, no caso concreto a macieira, desde a plantação à apanha da maçã.
Os a lunos deslocaram-se em grupos de cerca de 75 elementos e as visitas acontece-
ram das 10h00 às 12h00 e das 14h30 às 16h30. Emília Amaral
CAMINHADA SOLIDÁRIA A FAVOR DA APPDA A loja de artigos de despor to Decat h lon Viseu orga n i za u ma caminhada solidária de 8, 43 quilómetros, em que os fundos vão reverter a favor da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (A PPDA) Viseu. Os participantes por cada quilómetro que percorrem, angariam fundos a favor da APPDA. A c a m i n h ad a e st á marcada para as 17h00 nas instalações da Decathlon. Cada participantes deve inscrever-se na sede da APPDA Viseu, ou enviar um email para: geral@appdaviseu.com. No final haverá um arraial de “Comes e Bebes”.
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32 SAÚDE
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O Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica do Distrito de Viseu (NAVVD Viseu) acaba de abrir o Centro de Acolhimento de Emergência para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e seus respetivos filhos menores. Esta nova estrutura tinha sido anunciada em dezembro do ano passado, durante o seminário “olhares Sobre a Violência Doméstica”. Carlos Aparício, presidente da Casa do Povo de Abraveses, entidade gestora da NAVVD Viseu adiantou na ocasião que o centro vai servir para acolher vítimas em risco, ajudando-as a começar uma nova vida longe do agressor. Com a abertura deste Centro, a Casa de Povo de Abraveses, “pretende abrir portas às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo-lhes acolhimento, proteção e segurança, num espaço onde poderão ‘descansar’ e ter acesso a serviços de apoio social, jurídico e psicológico”, acrescenta a
Arquivo
Função∑ Acolher mulheres em risco
A A valência vai funcionar no Centro Distrital da Segurança Social de Viseu direção da NAVVD Viseu numa nota à imprensa. Para este trabalho a instituição conta com uma equipa constituída por uma técnica e quatro monitoras. Este espaço estará aberto e será monitorizado 24 horas por dia, podendo ser realizadas admissões, durante a noite. O Núcleo funciona em horário de expediente no edifício do Centro Distrital da Segurança de Viseu, na Avenida António José de Almeida e atende todas as pessoas que lá se dirigem
identificando-se como vítimas. Trata-se de uma valência de apoio social, psicológico e jurídico que tem agora a seu cargo também a valência do acolhimento, pois todas as pessoas admitidas no centro terão de passar pelo Núcleo. Os interessados podem também contactar a NAVVD Viseu através dos nºs 916939640 / 232439400 ou então pelo email: navviseu@gmail.com Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
A empresa MiniSom, líder especialista em serviços e aparelhos auditivos, em conjunto com várias entidades locais está a promover quatro ações de rastreios auditivos gratuitos e abertas a toda a população da região Centro durante este mês de junho. A primeira ação decorreu no dia de ontem. Segue-se esta quinta-feira, dia 13 um rastreio em Seia, na Melovisão, entre as 9h30 e as 12h30 e as 14h30 e as 18h30. No distrito de Viseu decorre um rastreio, dia 17, na MultiOpticas de Tondela (Av. Visconde de Tondela n.º127, Centro Comercial Magistral) entre as 9h30 e as 12h30 e as 14h30 e as 18h30. No dia 18 é a vez da Novóptica de S. Pedro abrir as portas para um rastreio
DR
Centro de atendimento para vítimas de violência doméstica abre em Viseu
MiniSom leva rastreios auditivos a Tondela e S. Pedro do Sul
auditivo, entre as 9h30 e as 12h30 e as 14h30 e as 18h30. Esta iniciativa pretende informar e sensibilizar a população para os fatores de risco associados à perda auditiva, assim como alertar para a importância de um diagnóstico precoce como fator decisivo numa reabilitação eficaz e detetar casos ainda não diagnosticados na zona. Em todo o mundo, de acordo com dados da Or-
ganização Mundial de Saúde, cerca de 360 milhões de pessoas são afetadas pela perda de audição, a maioria sem estarem corretamente diagnosticadas e reabilitadas. Nos próximos anos, estima-se que este valor aumente ainda mais devido à exposição elevada a ruído, sendo premente desenvolver campanhas de sensibilização, na opinião dos especialistas.
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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informaçþes ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situaçþes em que a oferta de emprego publicada jå foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro. GoldenOak Nr2178001 Mooreiche Nr2052089 Nussbaum Nr2178007
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INSTITUCIONAIS
OBITUÁRIO José Morgado, 80 anos, viúvo. Natural e residente em Vale Abrigoso, Mezio, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mezio. Claudina da Costa, 84 anos, casada. Natural de Gozende, Castro Daire e residente em Palheiros, Murça. O funeral realizou-se no dia 5 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Gozende. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238
2ª Publicação
2ª Publicação
José Alexandre Mendes, 92 anos, casado. Natural de Aldeia de Carvalho, Alcafache, Mangualde e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Alcafache. Etelvina de Azevedo Marques, 83 anos, viúva. Natural e residente em Ançada, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Mangualde. Belmira Santos Maria, 79 anos, casada. Natural e residente em Santo Amaro de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 6 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Emídio Lopes, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Tibalde, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão. Preciosa Costa Almeida, 73 anos, casada. Natural e residente em Freixiosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Freixiosa. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Manuel Fernandes de Almeida, 89 anos, casado. Natural e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 7 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. (Jornal do Centro - N.º 587 de 13.06.2013)
(Jornal do Centro - N.º 587 de 13.06.2013)
Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Albertina da Rocha, 94 anos, solteira. Natural e residente em Ucha, Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 5 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva. Ilda de Jesus Correia, 67 anos, viúva. Natural de Queirã, Vouzela e residente no Lar da Misericórdia de Santo António, em São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 9 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Moçamedes, Vouzela.
1ª Publicação
Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927
2ª Publicação
Manuel Teixeira, 91 anos, viúvo. Natural de Tarouca e residente em Arguedeira, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 31 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Henrique de Jesus, 67 anos, casado. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 8 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Maria Piedade Teixeira da Silva Xavier Guerra, 87 anos, viúva. Natural de Ílhavo, Aveiro e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 10 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Camilo Teixeira, 83 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Arguedeira, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 12 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Dorinda dos Prazeres Lucas, 79 anos, casada. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de junho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Campo. Helena Ribeiro Neves, 89 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de junho, pelas 18.30 horas, para o cemitério novo de Viseu.
(Jornal do Centro - N.º 587 de 13.06.2013)
Maria de Jesus, 84 anos, viúva. Natural e residente em Coimbrões. O funeral realizou-se no dia 9 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de São João de Lourosa. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 587 de 13.06.2013)
(Jornal do Centro - N.º 587 de 13.06.2013)
Jornal do Centro
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clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
LAZER
HÁ UM ANO
DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 5 DIFERENÇAS)
EDIÇÃO 535 | 15 DE JUNHO DE 2012 Publicidade
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
DIRETOR
Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
Semanário 15 a 21 de junho de 2012
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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 12 > EDUCAÇÃO pág. 13 > SUPLEMENTO pág. 19 > ECONOMIA pág. 21 > ESPECIAL VERÃO pág. 24 > DESPORTO pág. 27 > EM FOCO pág. 28 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
| Telefone: 232 437 461
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Ano 11 N.º 535
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
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www.jornaldocentro.pt |
“Apesar da localização privilegiada (região centro) ainda lhe faltam vias de comunicação transversais fundamentais” ∑ José Alberto Ferreira, vice-pre em entrevis sidente da CCDRC ta ao Jornal , do Centro | págs.
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Nuno André Ferreira
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i problema b da ∑ A falta de recursos hhumanos é o maior Biblioteca Municipal (Viseu)
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FORMAÇÃO
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
∑ BDteca Luíz Beira das melhores do país ∑ “Seremos atuantes, evitando, sempre que possível,
ser autuantes, a bem do ambiente (José Alberto Ferreira) ∑ Truta Fário, o caviar do Paiva ∑ Câmara de Viseu reafirma conseguir baixar impostos ∑ Escolas empreendedoras CIM Dão Lafões ∑ III Festival de Música do Piaget “invade” Viseu ∑ Revista da Maçonaria - nº2 ∑ Cavalhadas de Teivas desfilam no domingo
tempo
JORNAL DO CENTRO 13 | JUNHO | 2013
Hoje, dia 13 de junho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 12ºC. Amanhã, 14 de junho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 12ºC. Sábado, 15 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 11ºC. Domingo, 16 de junho, céu muito nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 11ºC. Segunda, 17 de junho, céu muito nublado. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 10ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Sexta 14
Cortina de Ferro
S. Pedro do Sul ∑ Espetáculo de fim do ano escolar da Universidade Sénior “N ARCA BARCA”, às 21h30, no no Cineteatro de S. Pedro do Sul.
Sábado 15
Viseu ∑ Marchas dos Santos Populares, organizadas pela Câmara de Viseu, às 21h30, na Avenida da Europa, com a participação de sete grupos. Viseu ∑ 4º Passeio Internacional de Automóveis Clássicos da Casa do Pessoal do Hospital de São Teotónio de Viseu, Viseu / Ílhavo / Viseu
Domingo 16
Oliveira de Frades ∑ Percurso Pedonal em Souto de Lafões, às 8h00, a partir da Igreja de Souto de Lafões. Sátão ∑ Inauguração do novo parque infantil S. Bernardo e de algumas ruas da vila recentemente requalificadas, às 11h00.
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Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Paulo Neto
Lamego ∑ Abertura da Feira Medieval de Lamego que decorre ao longo de três dias, organizada pela Câmara Municipal. O evento vai ficar marcado este ano pela abertura ao público do Castelo de Lamego como espaço museológico militar.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Vila Nova de Paiva propõe Festival da Truta Evento∑ Truta servida como prato principal a par de outras propostas A segunda edição do Festival da Truta, na Praia Fluvial de Fráguas em Vila Nova de Paiva está marcada para este fim-de-semana. De 14 a 16, o peixe é servido como prato principal nos restaurantes locais, confecionado de diferentes formas. A componente gastronómica vai contar ainda com tasquinhas a servir petiscos. O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva
conta ainda com uma mostra de produtos locais e artesanato. No primeiro dia do festival, 1 4 de Jun ho, pelas 9h00 arrancam as ações de repovoamento dos troços de água do concelho. No sábado, o certame começa às 8h30, com a pesca no rio Paiva e almoço convívio. Depois do almoço é aberta a mostra de produtos locais e de artesanato, bem como as tasquinhas.
No sábado é dia de marchar contra o cancro às 16h30 e mais tarde, pelas 18h30, pode assistir-se à atuação do Grupo Folclórico Cultural e Recreativo de Alhais. O festival termina no domingo, com momentos de pesca livre. Às 15h00 haverá a atuação do grupo de concertinas Terras do Demo e de outros grupos musicais. Emília Amaral
“Desde Stettin no Báltico a Triestre no Adriático, uma Cortina de Ferro caiu sobre o continente”, foi assim que Winston Churcill, em 5 de Março de 1946, anunciou ao mundo o pesadelo que vinha a seguir ao pesadelo nazi. A Cortina de Ferro enclausurou centenas de milhões de europeus por mais de 40 anos, até à queda do muro de Berlim em 1989. Importa não esquecer que os comunistas alicerçaram sempre o seu poder no controle das polícias secretas. Os primeiros quadros, formados pelos soviéticos ainda decorria a guerra, começavam sempre por tomar conta dos aparelhos repressivos. É por isso que os arquivos das polícias secretas comunistas são uma das principais fontes de informação de “Iron Curtain, The Crushing of Eastern Europe 1944-1956”, de Anne Applebaum, editado em 2012. Espere-se que alguma das nossas editoras se abalance na versão portuguesa. A historiadora conta que, no avanço do exército vermelho até Berlim, um dos objectos mais roubados eram relógios. Havia soldados soviéticos que traziam no pulso meia dúzia de relógios. Num cinema de Budapeste, poucos meses depois de acabada a guerra, quando mostraram imagens da cimeira de Ialta (na altura ainda não havia televisão, as notícias eram vistas nos cinemas), apareceu um plano em que o presidente americano Roosevelt levantou o braço e a sua manga descaiu enquanto falava com Estaline. Várias pessoas no cinema gritaram: «cuidado com o relógio!» Quando li este episódio, pensei terminar aqui uma crónica, com bonomia, comparando o caso aos orçamentos de Vítor Gaspar. De facto, quando o ministro pega na máquina de calcular, há que gritar: «cuidado com as pensões!» Mas desisti: essa analogia seria obscena porque nada é comparável às limpezas étnicas, às deportações, ao pesadelo criado por Estaline com a complacência do ocidente, como é descrito neste livro monumental.