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UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário 20 a 26 de junho de 2013
pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO
Ano 12 N.º 588
pág. 19 > ESPECIAL pág. 24 > ECONOMIA
1 Euro
pág. 28 > DESPORTO pág. 31 > EM FOCO Publicidade
pág. 35 > SAÚDE
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SEMANÁRIO DA
pág. 32 > CULTURA
ver pág. 29
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pág. 22 > EDUCAÇÃO
REGIÃO DE VISEU
pág. 37 > CLASSIFICADOS
Novo acordo ortográfico
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Emília Amaral
“Temos como projeto não fazer promessas, mas assumir compromissos” ∑ Francisco Almeida, candidato da CDU à Câmara Municipal de Viseu | págs. 8, 9 e 10
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Jornal do Centro 20 | junho | 2013
praçapública rCaso seja eleito ire- r Viseu
palavras
deles
António Almeida Henriques Candidato do PSD à Câmara Municipal de Viseu
Editorial
Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
Opinião
Sílvia Vermelho Politóloga
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só tem a É pela importânmos fazer de Viseu a ganhar se estiver de cia que estas eleições braço dado com outros têm que nós temos Capital da Dança” concelhos” que fazer tudo para as poder ganhar”
Francisco Almeida Candidato da CDU à Câmara Municipal de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
r
Os cidadãos não têm nenhuma razão para confiar o poder local ao Partido Socialista”
José Pedro Aguiar-Branco
Fernando Ruas
Ministro da Defesa Nacional
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Discretos ou capazes de discernir? O PSD local fez o seu “Congresso Autárquico”. Discretamente. Para presidir convidou o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, enquanto militante do partido. Discretamente. A seguir, mais discretamente ainda, pois nem aquele sabia deste, convidou o vice do partido, Jorge Moreira da Silva. Discretamente mandou uns convites que nem os mencionavam. Talvez para evitar que aparecessem os “empatas”, aqueles a quem não dói a voz na contestação a todas as figuras deste governo. Talvez. Por muitos concelhos do país, os candidatos laranja às autárquicas fazem tudo para descolar a sua imagem do PSD nacional. Alguns já nem as “setinhas” do partido querem nos seus cartazes, flyers ou imagens, quanto mais a palavra social-democrata. E não acreditamos que seja por terem vergonha
do seu partido. Mas quase jurávamos que é por terem vergonha dos governantes do seu partido. Por não se identificarem com eles e com as suas políticas. Porque estão fartos de Passos, uma fraude política, Gaspar, um erro crasso, Crato, um ex-maoísta irredutível, Álvaro, uma anedota local, Paula da Cruz, uma desaparecida sem combate, e etc. Nem falando de alguns secretários de Estado que… ! Mas também, porque absolutamente conscientes dos falhanços em 80% das políticas empreendidas temem que essa virose se lhes cole à campanha. E com razão… Por isso, a distrital cinzenta dos laranjas locais, discretamente, com vergonha e alguma contrição convida-os mas não alardeia, não porque haja motivos para se envergonharem de Aguiar-Branco ou Jor-
ge Moreira da Silva, apenas porque andam “acagaçados” com a opinião pública, discordam (no seu íntimo, queremos crer) das políticas redundantemente falhadas, com o não pagamento do subsídio de férias, com a demagogia barata da irredutibilidade dos tipos da Educação, com a “xico-espertice” do vendilhão das Finanças, com o esoterismo místico de Aníbal Cavaco, com a graçolice bonacheira do “nosso” Álvaro. E etc. Só de nos lembrarmos que para os festejos do Dia 10 de Junho, o Dia de Portugal, este governo requereu reforços ao Corpo de Intervenção, num complexo insofismável de pinochet…?! Tenho muitos amigos entre os candidatos do PSD às 24 autarquias do distrito e percebo, sem recorrer a grandes rasgos de inteligência, a
angústia que os toma e a síndrome do repúdio que os ataca. Eles têm razão. Só querem ser ou continuar a ser bons autarcas… mas com este PSD não. Pois este PSD é um inimigo fatal.
ao Poder Central) significariam a vitória da cidadania – o resgate de comunidades que só pertencem a elas mesmas. Esta é uma oportunidade única para que este resgate tenha lugar. Temos um povo alerta como nunca antes; a Internet, sem o filtro dos media tradicionais que há muito foram tomados de assalto pelo Estadão, viabilizou a denúncia e encorajou novos rostos a perderem o medo e a tomarem uma posição contra o poder instalado. De igual forma, há muito tempo que as pessoas não tinham tão pouco a perder. O compadrio e o clientelismo já nem servem a massa que antes conseguiam absorver, o próprio sistema corrupto está a cair por dentro e não consegue dar resposta ao parasitismo dos tachos. Começamos a ter, finalmente, uma
ideia real do que é o acesso ao emprego no sistema laboral que temos, quando começam a faltar as respostas do sector público para a manutenção do próprio sistema falhado que perpetua. Da nossa parte, massa cidadã, podemos organizarmo-nos e procurar devolver o poder local às comunidades ou agirmos, na nossa individualidade que compõe a grande massa colectiva, para destruir o sistema instalado, como por exemplo não votar em nenhum dos partidos que tem assento parlamentar. Depois há que nos juntarmos à maré da denúncia, há que perder o medo. Sei bem que é a parte mais difícil, especialmente em meios mais pequenos onde é difícil não termos familiares e amigas/os de alguma forma dependentes do sistema que assim se quis organizar, para nos
manter em cativeiro. Mas podemos ir fazendo a diferença. Assertivamente e com confiança. Fazem de nós parvas/os. Promovem líderes de fachada, como os independentes que Assis queria ver nas lideranças, para que, na sombra, o bolor do poder político e económico continue a alastrar-se. Dirigem-nos palavras de aproximação, de cima para baixo, como quem nos faz festinhas na cabeça, com pena da nossa incrível condição de eleitor passivo. De repente, nesta altura, toda a gente nos quer ouvir, toda a gente nos pede contributos. A participação não se pede porque o poder não se pede: não se pode pedir poder a quem não se lho concede de todo. A democracia participativa não é compatível com um exercício do poder parternalista. Não há cosmética que lhes valha.
Esta edição completa as entrevistas aos candidatos autárquicos à sede do distrito. Gostaríamos de entrevistar os candidatos de todos os partidos a todos os concelhos. Tarefa impossível. Abrimos a nossa página da net às iniciativas dos candidatos. Tentamos destacar, sempre numa lógica que nunca agradará nem a gregos nem a troianos, o mais relevante distrito fora… Haverá sempre alguma subjectividade nestas opções, tanta quanta a objectividade das nossas limitações. Ainda assim, fazemos o que podemos. E quem faz o que pode…
Temos data Fe z- s e lu z n o c a le nd á r io autárquico deste ano: teremos as eleições a 29 de Setembro. Estamos, portanto, a pouco mais de três meses de umas eleições cruciais para o país, depois de dois anos em que o mapa autárquico sofreu mudanças bruscas mas profundas. O país mexeu-se em defesa das identidades, das comunidades e da autonomia local. O que significa que o municipalismo em Portugal está vivo, ainda que gravemente abatido pelos sucessivo sequestros do caciquismo e do clientelismo. Os partidos que se instalaram nos municípios e tornaram reféns do Estado identidades mais antigas que o próprio Estado merecem uma pesada derrota nas próximas autárquicas. As derrotas dos dinossauros autárquicos e dos carreiristas do trampolim (do Poder Local
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 20| junho | 2013
números
estrelas
361
Associação de Andebol de Viseu
Executivo Camarário Viseense
Trigo Limpo Teatro Acert
Comemorou as suas bodas de prata ao serviço da implementação da modalidade no distrito,com o crescimento do número de jovens praticantes e de actividades.
Com a mais recente produção teatral, “A Viagem do Elefante”, ganha palcos no país e no estrangeiro.
É o número de Cavalhadas de Vildemoinhos cumpridas este ano de 2013.
Importa-se de responder?
Que significado têm para si as Cavalhadas? Claro que as Cavalhadas são importantes para as gentes desta terra e também, no meu entender, desempenham um papel muito importante para o comércio que tem, nestas datas, as suas receitas aumentadas. Para mim, não consigo conceber um ano sem as tradicionais Cavalhadas “abrilhantarem” esta quadra dos santos populares.
Para além do papel que as Cavalhadas desempenham na manutenção das tradições da cidade, também relevo o seu contributo para a união das gentes de Teivas e de Vildemoinhos num esforço que, reforço, vai muito mais além de uma simples colaboração intergeracional.
João Campos
Liliana Silva
Empresário
Estudante Universitária
Eu penso que as Cavalhadas, tanto as de Teivas como as de Vildemoinhos têm uma importância enorme para a vida desta cidade e é de destacar o seu enorme contributo para o comércio. Para mim uma das poucas coisas tradicionais que ainda se fazem “bem” nesta cidade e na qual o concelho de Viseu tem tradição.
No meu entender as Cavalhadas são uma excelente iniciativa que transforma um dia “comum” na vida desta cidade em algo muito diferente. Com as exíguas verbas disponíveis penso que estas instituições fazem um trabalho muito meritório em prol da cultura desta cidade. Eu sou daquelas pessoas que todos os anos me desloco propositadamente ao centro para assistir a estes eventos. Manuel Carvalho
Catarina Silva
Escriturário
Escriturária
Opinião
João Cotta Presidente da AIRV
Por mais que a razão tirada da gaveta lhe assista, ficou muito mal no retrato ao negar ao CDS/PP as instalações do Solar do Vinho do Dão para apresentação do seu candidato à autarquia local.
Viseu pela positiva- campanha construtiva Ao longo de décadas nunca conseguimos ter um firme e sólido compromisso estratégico em Viseu sobre questões essenciais. As forças políticas, a sociedade civil, o ensino afirmam o progresso mas nunca foram capazes de criar compromissos inquestionáveis que os unissem. Sabem os grandes objetivos que os podem unir mas nunca se uniram por eles. Do investimento ao ensino superior, dos serviços públicos à gestão cultural temos perdido terreno, porque não estamos concertados na defesa de valores comuns. Nunca houve uma estratégia comum, apenas táticas conjunturais muitas vezes incoerentes. Na base desta realidade está o relacionamento
entre os atores, que não se baseou na confiança mútua, no diálogo franco e no interesse comum. Vamos ter eleições autárquicas em breve. Será certamente um momento de renovação e eventualmente uma oportunidade de afirmação regional. Digo eventualmente pois não podemos repetir os erros do passado. A campanha eleitoral deve centrar-se nos projetos para a nossa região, sabendo que na base estará a capacidade das pessoas proponentes. Todos nós temos talentos e defeitos, êxitos e insucessos. É legítimo e fundamental que existam projetos e equipas diferentes, visando o bem comum. Afirmar a nossa competência e as
nossas ideias é um ato nobre, não passa por ataques cegos ao caráter dos rivais. Há no entanto quem pense que a política baixa, da suspeição e do anonimato, funciona e tem resultados. Mas estão enganados. Só quem não tem dimensão intelectual e humana pensa e atua assim. Por vezes incarnam um personagem, ficcionado, que julga que é paladino da verdade. Quem o faz fica mais isolado. É mau para os próprios e infelizmente para a região. A campanha eleitoral deve ser realizada pela positiva e com verdade. A grande maioria dos eleitores votará nos projetos e nas pessoas em que acreditam. Evitemos os excessos de campanha. O debate político deve ser aceso
mas feito com elevação e verdade. Não vale tudo e os fins não justificam os meios. As palavras e os atos que se praticam são como pedras que se atiram a uma parede. Fica sempre uma marca, boa ou má, que perdura. Temos de pensar a 6 meses. A campanha irá passar, as eleições irão passar e os intervenientes vão estar cá todos. Os danos que se façam durante a campanha irão ser mais uma vez o obstáculo ao compromisso estratégico. Os danos irão prejudicar o relacionamento futuro, base do compromisso fundamental. Após as eleições os problemas a resolver serão de todos. Apenas a concertação regional permitirá supera-los.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)
Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt
Maria do Céu Sobral Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt
Geóloga mariasobral@gmail.com
Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro 20 | junho | 2013
Bees and Beans O título em português seria “Abelhas e Feijões”. A escolha do Inglês prendeu-se com duas razões distintas, a mais óbvia, porque foneticamente soava bem, a segunda talvez menos óbvia passo a explicar; os feijões sempre foram conotados como um alimento com grande capacidade de enfartamento e de alto teor calórico, um bem alimentar capaz de ser produzido em enormes quantidades, muito antes de as batatas terem aparecido na nossa gastrono-
mia. Mas então qual a relação entre ambos? Para os mais distraídos ou menos informados, existe neste momento um problema grave a nível europeu e que já se verifica noutras partes do globo, o desaparecimento em massa das abelhas, colmeias totalmente vazias e populações dizimadas. A comunidade científica ainda não conseguiu verificar nenhuma hipótese e muito menos confirmar qualquer explicação. Dependemos vitalmente destes pequenos
seres altamente organizados, especializados e avançados na vivência em grupo. Elas sozinhas, são responsáveis pela maior percentagem polinizadora (90%) de todas as espécies vegetais do planeta. O risco não é ficar sem mel, ou sem cera natural, é ficarmos mesmo sem nada para comer, já que os vegetais são por sua vez alimento de milhares de herbívoros. São também elas a fonte de geração de híbridos e geração de novas espécies. O desaparecimento
Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
Opinião
E a culpa é minha?
Serviços Administrativos Sabina Figueiredo
Contava-me o meu Pai que um criador de gado bravo, do ribatejo, teve problemas com a bicheza pois os machos partiam as hastes e perdiam, assim, o interesse, dado o fim para o qual tinham sido criados – as touradas – e sem cuja palamenta só poderiam servir como sementais ou para o talho. Avisou, então, o seu maioral (espécie de feitor) chamando-o repetidamente à atenção para os prejuízos que estava a ter e para a mediocridade do seu trabalho, pois não era capaz de suster aquela situação, até que
sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt
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Tiragem média 6.000 exemplares por edição
o despediu e o acionou em Tribunal por incúria no e prejuízos havidos. Ora, chegado o dia de juízo, o Meritíssimo interpelou o réu e pediu-lhe para contar a sua versão dos factos, tendo ele respondido: - Oh Sr. Doutor, isto é um “supônhamos”! O Senhor anda descansado, ao pasto, na lezíria. Vem de lá uma abelha e pica-o. O Senhor arranca da raiz da p--- que o pariu, com toda a força, bate com os cornos num chaparro e a culpa é cá do “morali”? Pois eu estou na mesma. Andaram
para aí a semear campos de futebol em todas as aldeias das serras, desertas de pequenada, a erguer complexos desportivos, aos pares, na mesma terra (como em Resende), estádios para o Euro 2004 e que hão-de ruir por falta de uso, aeroportos como o de Beja, autoestradas paralelas e para servir moscas e gafanhotos, etc. e eu é que pago? Que culpa tenho eu das desastrosas parcerias público-privadas? Das negociatas com os bancos? Das somas astronómicas que pagamos aos gestores/administradores
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Opinião
Novo PDM, velho ciclo!
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Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Opinião
Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
David Santiago
Em artigo de opinião, publicado na edição 573 de 07 de Março deste semanário, procurei deixar para reflexão algumas linhas orientadoras sobre o futuro Plano Director Municipal de Viseu (PDM), em processo final de revisão ao fim de mais de uma década e, ao mesmo tempo desafiei o leitor a participar na discussão de tão fulcral instrumento estratégico para o concelho. Tanto quanto julgo saber vários contributos e dúvidas foram presentes ao executivo que, como já calculava, ignorou até esta data a sugestão de promover sessões específicas de debate com os vários grupos interessados da sociedade civil e, ao mesmo tempo embora por lei a isso não seja obrigado, a tornar público a análise e ponderação das participações recebi-
das para que essa discussão se tornasse, como desejável, interactiva, participada e entusiasta envolvendo nela o maior número de munícipes. O documento extenso e tecnicamente exigente sem outra explicação torna-se de difícil compreensão senão mesmo de garantida indigestão. Só esse facto, merecia outra atenção e porventura justificaria que em época eleitoral se suspendesse o processo, para que não venha o próximo executivo a ter toda a sua política neste âmbito condicionada por um PDM no qual nem sequer perdeu um minuto a analisar mais preocupados com o voto do eleitor que com o futuro do concelho. Um competente Presidente da Assembleia Municipal já teria agendado uma sessão extraordinária
para discussão desta matéria, tal a importância que a mesma tem ainda que com a espuma dos dias passe despercebida. Ofereci-me ao cuidado de apreciar alguns aspectos ali vertidos e salvo melhor opinião, são deveras preocupantes. Senão vejamos alguns exemplos: - Na nova versão do PDM, a anterior aprovada data de 1995, não se revoga a Resolução do Conselho de Ministros 173/95 que no ponto 2 proíbe liminarmente a absorção de 4560m2 a integrar na EN16 relativa à agora denominada UOPG 4.12 da qual consta mais uma obra megalómana de alcatrão da rotunda da Casa de Saúde S. Mateus até à rotunda do Viso norte com 4 faixas rodoviárias. Numa cidade inteligente os carros não são trazi-
Irrelevâncias Várias Escrever um texto sobre actualidade política é, frequentemente, um exercício de reflexão altamente ingrato. Primeiro porque tal actualidade impede uma análise suficientemente distante do fenómeno. Por outro lado, a actualidade não é somente definida por uma ordem cronológica de proximidade temporal, que tratada pela rama, numa lógica confli-
tual e mediática, é, merecidamente, esquecida na espuma dos dias, mas também por uma selecção, por parte de agentes políticos e jornalistas, de soundbytes que possam marcar mediaticamente os dias vindouros. Em terceiro lugar, a necessidade de escolha, influenciada pelo ponto anterior, chuta para canto a substância elevando a tema central aquilo que
numa sociedade eloquente seria nota de pé de página. Por fim permanece, em quem escreve, o dissabor de não se escrever sobre aquilo que realmente se gostaria ou considera premente, ilustrativo de como a ordem mediática do soundbyte politiqueiro prevalece. Depois de uma semana em que discursos e medalhas do 10 de Junho
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das abelhas pode sem sombra de dúvidas implicar um duro golpe na manutenção da espécie humana e é já apontada como a primeira extinção em massa que poderá não ser por causas naturais, mas sim humanas. Depois de verificar nas mais conceituadas revistas científicas, o flagelo é apelidado de “Colony Collapse Disorder”, que numa tradução à letra seria algo como Distúrbio do Colapso das Colónias, as causas que vêm sendo apontadas desde que se conheceram os primeiros casos em 2006, são as mais
variadas: o próprio distúrbio ser resultado de um vírus que altera geneticamente a raiz comportamental face à colmeia, a perda de habitat natural, o uso excessivo de fitofarmacêuticos e inseticidas, e por incrível que pareça até o uso generalizado de telemóveis e outras tecnologias que funcionam por ondas e radiações, o GPS, o Bluetooth, etc.. Então que fazer? Bem, na minha humilde opinião, penso que há pelo menos duas medidas que poderiam travar este problema e até ajudar noutras questões ambientais. Plan-
tar e semear as mais variadas espécies vegetais (evitar a monocultura), especialmente com flor, mesmo que seja na varanda do apartamento, e fomentar a colocação de colmeias nas explorações agrícolas. Esta última é já praticada há bastante tempo no caso das árvores de fruto como forma de aumentar a produtividade do pomar, mas o elevado preço de uma colmeia e a sua manutenção inviabilizam que produtores menores e o vulgo agricultor de fim-de-semana o possam fazer. Não há evidências de que
este flagelo esteja a regredir, mas há evidências de que se venha a agravar perigosamente. Ouvi muito agricultor de subsistência no ano passado dizer que teve muito menos tomates, e acreditem não foi por causa do tempo, foi por falta de polinização. Talvez fosse vital um apoio ou pelo menos uma sensibilização por parte do Ministério da Agricultura relativamente a esta situação, antes que o problema tenha contornos calamitosos, aí, nem feijões haverá para enfartar as barrigas vazias.
das empresas do Estado? E já nem falo do TGV que estava na ordem do dia poucos dias antes do “Eng.º” Sócrates cair da tripeça que montou. Nem do deambulante aeroporto internacional da Lisboa, sempre titubeante entre a Ota e o “Deserto do Jamais”. Ou mesmo da quase infinita soma de Institutos Públicos e Fundações? Sim, que tenho eu a ver com isso? Quem “meteu os pés” que pague. E se não tem a totalidade da soma, o que é natural (fica só a comissãozita) pois que a entregue e o resto é pago em dias de cadeia. E a trabalhar em qualquer coisinha
útil, para custear o sustento e dar jus aos mal-amados idosos que não têm as mordomias dos presos. E, a talhe de foice, por falar em comissões nos negócios, diz-se maldosamente, vejam lá, que os políticos portugueses são, entre os demais concidadãos, os religiosos por excelência: - «Não fazem um negócio sem levar um terço!». E que faz o jornalismo? Dá a impressão de que as coisas enormes passam quase incólumes e despercebidas à imprensa. Ou melhor, só destapam a parte do véu que o patronato autoriza e que vai asse-
gurando o soldo. O jornalismo sério, de investigação, fica pelos ameaços. Fica a ideia de que dão uma pontuada na notícia e ficam a aguardar a evolução. Se alguém “pedir” para a “coisa” ficar por ali e cair no esquecimento pode haver solução, com custos, já se vê. Depois, o cerne das questões aparece, por vezes, na net. Nem sempre isento. Nem sempre completamente verdadeiro. Mas, muitas vezes, com realidades comprovadas que nos escapam, por completo. Gostaria de ver comentado o discurso da Presidente da Associação de profes-
sores de Português que afirmou que o insucesso das criancinhas no exame se deveu ao facto de terem de ir prestar provas fora, a outras escolas, e que, por tal, se desconcentraram. Tadinhas !!! Ninguém comenta esta atoarda? Pois eu sim: A mim acontece-me o mesmo. Quando saio de casa e vou almoçar fora, desconcentro-me, fico nervoso e… como, como, como. E da greve dos professores? Ninguém se candidata a uma avaliação séria e isenta?
dos para o coração da mesma porque junto transportam ruido, dióxido carbono e confusão… mas quando o autarca não tem esta visão o que faz senão política do betão? Quem vier atrás que apague a luz! - Na UOPG 1.3 referente ao Parque Linear de Santiago o caos proposto não podia ser pior. A planta de síntese não é conforme o executado no local, o projecto executado é diferente do orçamentado, o parque infantil que está ali a ser executado não respeita o desenho inicial o que significa que o Arquitecto de renome e responsável pelo projecto autorizou a alteração do mesmo porque não será de esperar que o medalhado “Melhor Autarca” da “Melhor Cidade” segundo a Europe Business Assembly incorra em flagrante violação dos direitos de autor em tal processo. Fernando Ruas terá por certo outros processos
mais interessantes com que se ocupar e, neste momento, considero ser mais importante ajudar o nosso autarca a acabar o mandato com dignidade. - Na UOPG 1.9 em frente ao Hotel Montebelo encontra-se aprovada uma área comercial e teve em tempos publicidade alusiva. Hoje é área verde e no novo PDM assume-se urbano. Em que ficamos? Se é, como é, espaço verde então terá sido por certo objecto de recepção provisória e definitiva no âmbito da operação urbanística em que se insere, mas, inépcia minha certamente, não localizei em acta alguma a deliberação de Câmara relativa a este assunto. E, aqui até dou de barato… a gente por vezes vê com mais facilidade a areia fina do que o muro ali construído com ela! - Na UOPG 3.10, zona da Estação Agrá-
ria de Viseu a norte da Qta da Carreira, são propostas alterações com base num protocolo de 1990 que não é incluído no PDM nem consegui localizar em lugar algum, mas o certo é que num espaço enquadrado pelo Rio Pavia e Parque Linear de Santiago, espaço público e com relevância em múltiplos aspectos, a especulação imobiliária tomará conta dele. Mas convenhamos, com a falta de oferta habitacional que por aí vai e com a política de revitalização do Centro Histórico, a construção de mais fogos e bairros é o que mais falta fará nos próximos vinte anos a Viseu. Uma mancha verde que ligue o Fontelo, Estação Agrária, Cava de Viriato com prolongamento à Quinta da Cruz não será proposta mais razoável para não dizer saudável? Com a devida reserva de um leigo na
matéria julgo não ter ficado longe da factualidade das questões acima levantadas para as quais, confesso não tenho resposta e para as quais no fórum próprio não deixarei de procurar obter para junto dos viseenses as dar a conhecer. O mais razoável, na minha modesta opinião, e dado que já se levou tanto tempo na revisão deste PDM seria suspendê-lo até que o novo executivo saído das eleições de 29 de Setembro o pudesse tomar como seu e à luz de cuidada análise reapreciar e ajustar em conformidade com as melhores soluções de garantia de futuro sustentado e sustentável para o concelho e para a vida com qualidade das suas gentes. Presumo que não será isso que irá acontecer porque a campanha está à porta e isso é que lhes importa. E depois, ainda há quem diga que Viseu está primeiro!
serviram apenas para notar a irrelevância do dia e da generalidade dos intervenientes. O discurso de Cavaco Silva, no Parlamento Europeu, de certa forma inspirado naquilo que havia sido o discurso de Florença, espelhou a inconstância duma figura outrora conhecida pelo pulso firme. Quando as discussões se centram, ainda, nas razões do último Conselho de Estado, através da revisionista defesa da bondade
de Cavaco por ser o único a perceber a importância do pós-troika, como se a questão não fosse o durante, tal como notou o próprio Cavaco, no PE, quando se referiu ao papel do FMI. Referência ainda para a vigente guerra entre Crato e professores, assunto sobre o qual todos opinam aquilo que desconhecem, onde uns e outros utilizam os alunos como arma de arremesso. Embriagados pela dita actualidade ne-
gligenciamos a verdadeira actualidade. A eleição do candidato mais moderado no Irão, a turbulência social na Turquia e a questão, não menos importante, das revelações feitas pelo norte-americano Snowden, são acontecimentos que influem directa ou indirectamente nas nossas vidas. Sei perfeitamente, apesar da limitação imposta pelos caracteres, que poderei ser criticado por escrever um artigo sem que
trate dos temas que considerei essenciais. Era exactamente a este dilema que eu me referia no início deste texto. Fica a garantia que na próxima semana, pelo menos, um destes três temas será tratado, a menos que a minha seriedade intelectual volte a ser corrompida pela politiquice e subsequentes agendas.
Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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20 | junho | 2013
Micaela Costa
abertura Não há crise que acabe com o espírito trambelo
São meses de dedicação e anos de tradição. São grupos de trabalho e mais de uma centena de pessoas a trabalhar arduamente para manter viva uma das mais antigas tradições da cidade de Viseu. No cortejo, sinal da modernidade dos dias de hoje, os carros de tração animal de outros tempos deram lugar aos “cavalos” dos tratores. Os enfeites tradicionais, em alguns casos, ainda se mantêm, mas são os carros alegóricos quem dão colorido ao desfile e encantam os milhares que anualmente preenchem as ruas de Viseu, por onde o cortejo passa ao longo de várias horas. Este ano, são nove os carros alegóricos. Criativos, elaborados, requintados. Tanto que quem vê lhes chama de “autênticas obras de arte”. Desde março, que dia e noite, mais de uma centena de pessoas, divididas em grupos de trabalho, prepara os carros que vão desfilar pela cidade na manhã de 24 de junho. A poucos dias da grande festa, no pavilhão da Associação de Atividades Tradicionais de Vildemoinhos, aumenta o ritmo e a concentração no trabalho, ansiosos por verem o produto final. Alfredo Costa, que no alto de um andaime cola peda-
ços de casca de eucalipto, num louva-a-deus com mais de nove metros de comprimento, é parco em palavras. Diz que quando está a trabalhar não gosta de falar, “a cabeça só pensa nisto”. Alfredo é um dos muitos participantes das Cavalhadas e um dos principais responsáveis por um dos três grupos participantes. Tem 49 anos, está desempregado e desde muito cedo que anda nesta coisa das Cavalhadas. “Comecei nestas andanças com 15/16 anos”, lembra. P rof i ssion a l mente , Alfredo esteve ligado à publicidade e mais tarde tornou-se carpinteiro. Fez o primeiro desenho para as Cavalhadas com 16 anos. Hoje, continua a desenhar, pinta, cola e projeta (com a preciosa ajuda de vários elementos) três dos nove carros a concurso (os que pertencem ao seu grupo de trabalho). As ideias, diz, surgiram de todo o lado e questionado sobre uma águia que dá vida a um dos carros foi rápido a responder que “não tem nada a ver com futebol. Vi uma “estátua” na loja do chinês e achei que podia dar um bom desenho para o carro”. Alfredo Costa é um dos exemplos acabado dos que, mesmo com o cansaço dos anos, se agarra na dedicação
e no amor à “tradição trambela” para continuar, ano após anos, a dar vida a carros com uma grandiosidade que não escapa ao olhar de todos. Para além do louva-adeus e da águia, estão a ser construídos ursos, um boneco lego e muitos outros, inspirados no tema deste ano: “Natureza”. Os carros têm quase todos a mesma base: ferro, cartão ou esponja. O que varia são os revestimentos que vão desde casca de árvores, cartão, flores e tantos outros materiais. Nesta 361ª edição nem a subida do clube do coração das gentes de Vildemoinhos, o Lusitano, ficou esquecida. Como acontece nos anos anteriores, o clube faz questão de participar no cortejo com
um carro, que desta vez é de maiores dimensões. Todos os carros artísticos vão a concurso e todos, sem exceção, ganham um prémio monetário. Orçamento. As Cavalhadas têm um orçamento de cerca de 60 mil euros. O avultado valor para a organização deste evento só é possível de suportar, segundo José Coelho, presidente da direção das Cavalhadas, “com a ajuda dos patrocinadores, empresas privadas e da Câmara Municipal de Viseu”. Este ano e dada a “conjuntura económica” a organização teve de reduzir custos. “São menos 10 mil euros de orçamento, em comparação ao ano passado”, afirmou José Coelho. Contudo fica a certeza de que “a qualidade continua a ser a mesma, porque o nosso povo merece e a tradição trambela também”, garantiu. Micaela Costa
José Coelho, presidente da direção, recorda momentos antigos e não esquece uma tradição que é um marco da cidade de Viriato.
História
∑ As Cavalhadas de Vilde-
moinhos, que conta este ano com a 361ª edição, remontam ao ano de 1652. Reza a história que na origem esteve uma “guerra” entre moleiros e agricultores, que “lutavam” pelas águas do Rio Pavia, em ano de seca. Foi na Capela de São João da Carreira que os moleiros de Vildemoinhos deixaram a promessa de que se a sentença da posse das águas lhes fosse favorável, iriam em romaria no dia 24 de junho agradecer ao santo
padroeiro, S. João Batista. E porque promessa é para se cumprir, volvidos mais de três séculos, no dia 24 de junho, a Capela de São João da Carreira recebe a visita prometida. E é aqui que tudo começa... Não há Cavalhada sem que os três cavaleiros deem três voltas à capelinha. Na frente o Alfere (que representa a parte nobre da população) e atrás os dois mordomos, seguidos pelos carros puxados a burros e a bois, que a tradição manda que se continue a cumprir.
Alfredo Costa é um dos muito populares que trabalha nas Cavalhadas. A primeira vez que participou tinha 15/16 anos.
Carro artistico do ano de 1950.
CAVALHADAS | ABERTURA 7
Jornal do Centro 20| junho | 2013
A 360ª edição das Cavalhadas de Teivas saiu à rua no passado fim de semana. A combinação perfeita criada pelo dia de domingo, pelas condições climatéricas ideais e pelas centenas de turistas que passeavam na cidade forneceram os “ingredientes” necessários para que este dia, em que esta “pequena” localidade se “passeia” pelo Rossio, se tornasse um sucesso. Milhares estiveram lá.
Sentados à sombra, nos passeios “à pinha”, a descansar nas esplanadas, todas as desculpas serviam para não se perder pitada. Os tradicionais cavaleiros, os carros alegóricos, tanto artísticos como tradicionais que “pediam” um levantar de cabeça, as artes ancestrais e a memória das gentes de Teivas mostraram-se à cidade. E esta adorou! Também a Dança da Morgadinha, um grandioso espetáculo musical e visual que se tornou ao
longo dos anos o momento pelo qual todos aguardavam fechou o desfile. As pessoas partiram e Teivas regressou a casa. No pavilhão da associação da “terra” comeram, beberam, festejaram e brindaram ao sucesso. Tinha sido um grande ano e restava agora sonhar com o momento em que S. João de Lourosa os fosse ajudar. E as Cavalhadas de Teivas tornarse-iam, assim, enormes. Enormes como o sucesso deste domingo. PM
Pedro Morgado
Teivas “brilhou” mais forte em dia de sol
Semelhanças e Diferenças CAVALHADAS DE TEIVAS E VILDEMOINHOS Desde longínquas idades se celebrou com festa esta transição de um agónico ciclo lunar para um dionísiaco ciclo solar marcada pelos ritos solsticiais do mês de Junho quando as manhãs se alvoroçam à alegre passagem de Deméter que recolhe no campo as primeiras espigas de trigo maduro e enfeita de papoulas vermelhas os cabelos que o vento estira enquanto Proserpina se atavia com os brincos de cereja que um pastor lhe deu. Mitologias antigas que se disfarçam mal nas ritualidades das nossas festas cristãs, fogueiras de ervas cheirosas, banhos santos, místicas decifrações das linhas do amor no reverdecer de uma alcachofra, romarias de gado em capelas, lendas de mouras e a busca de tesouros em penedos, procissões. E cavalhadas. Cavalhadas. Na origem serão jogos de nobreza com cavalos. Depois o termo foi apropriado pelo povo, fez fortuna e passou a designar certos folguedos onde o cavalo, se havia, era só pertenPublicidade
ça do povo na festa de um dia. Não sabemos, de ciência certa, quando aconteceu, em Teivas ou em Vildemoinhos, a primeira cavalhada. O padre Henrique Cid, alegre mistificador, descreve essa fantasiosa luta entre os moleiros de Vildemoinhos e os camponeses das hortas do Pavia, na margem da cidade, que se encerra graças à impossível sentença de um rei vagamente inspirado pelo milagreiro S. João venerado na sua capela da Quinta da Carreira que sempre foi pólo de romagem de gente da vizinhança. E os moleiros, alegres com o tornar das águas do Pavia, lá vão agradecer ao santo no festivo cortejo dessa aureolada manhã de S. João de 1652, e essa terá sido a primeira cavalhada entre tantas de um voto que há-de durar enquanto o mundo for mundo. E um chão de memórias se constrói sem que tenha existido esse facto primeiro, a judiciosa mas impossível sentença de um rei.
Teivas não se reclama de inventor concreto de uma qualquer fábula primeira e manda inscrever numa acta datada de 1957, representantes do povo ditando como se agora fosse lei, que foi em 1653 que aconteceu ali a primeira cavalhada de tão fluida memória. Séculos fora sem que haja qualquer pegada que ali nos leve, aos pequenos povoados, Teivas de viver agrícola, trinta fogos apenas em 1758, uma capelinha de S. Sebastião, apenas alegrias celebrando os frutos colhidos da terra e as festinhas do calendário, pouco mais; Vildemoinhos tinha a sorte de passar ali a estrada real, de ter águas de ribeira que moviam quase meia centena das mós que alimentavam de pão a gente da cidade e ali se compreendem as disputas dos moleiros com os campónios que a montante desviavam a corrente. E o voto ao santo, talvez. De Vildemoinhos ainda tardará notícia, mas a temos, clara, há mais de cem anos, nos jornais, de um animado
cortejo que ao jeito de voto se deslocava da aldeia à capela da Carreira com ruidosa travessia da cidade. E o nome já de cavalhada. De Teivas temos notícia, apenas de voz, das festivas caminhadas dos rapazes que em incerta data se travestem, alguns, com vestimenta de raparigas, na Dança que se chamou da Morgadinha e que depois ficou, emblemática, singular distintivo da cavalhada que apenas a partir de 1984 vem com regularidade à cidade de Viseu. De um lado temos a lenda, uma fantasiosa construção cheia de graça e depois, desde há longos anos um cortejo guiado por um alferes com dois mordomos a cavalo mimetizando gestos e trajes de nobreza, a capela visitada no cumprimento da promessa e ano por ano a actualização do cortejo integrado por carros alegóricos de formosa traça que celebram um auspicioso mundo novo ou evocam passados de glória, por carros que lembram o labor dos avós,
por instrumentos múltiplos de diversão e encantamento, os gigantones, a banda de música, o desfile de grupos etnográficos. Do outro lado, vindo de Teivas, temos agora um cortejo semelhante, alegorias e retratos de vida campestre, Zés-pereiras e cabeçudos, Ranchos Folclóricos e um povo de arrasto, vibrante e feliz e então, encerrando o cortejo, a Dança da Morgadinha, que ali reside o coração da Cavalhada. Porque é na Dança da Morgadinha que radica a originalidade, a identidade da gente de Teivas que ali se revê, como em espelho que lhe trace parcela larga da sua história. Pois que a Dança da Morgadinha chegou do Brasil enquanto terra de emigração de autóctones que ali a aperceberam, talvez no Nordeste onde aconteciam, levadas das tradições portuguesas, as animadas e vistosas festas juninas que lá tão caras eram às gentes das roças como aqui às populações camponesas. De lá se importou esta
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
dança, o folgazão rodopio dos pares que inicialmente eram só de homens, metade deles vestidos de mulheres, o colorido dos trajes e a roda larga das vestes baianas e os chapéus floridos. Deve ter chegado nos finais do século XIX ou já no XX, quando a emigração se começa a intensificar nestas partes da Beira. Depois vai por aí fora. Até consagrarse já na segunda metade do século XX. Duas histórias diferentes. Poéticas lendas e tradições não confirmadas. Nos dois casos a galhardia de dois pequenos povos que afirmam raízes. Que no ócio provam quão válido e fecundo é o seu trabalho. Com quanto de amor se construiu a sua história. Passam alegres, a cantar. Acenam-nos. Temos apenas de bater-lhes palmas.
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Jornal do Centro 20 | junho | 2013
à conversa
entrevista e fotos ∑ Emília Amaral
“Faltou uma visão estratégica para o desenvolvimento desta região” Porque decidiu avançar com uma candidatura pela CDU à Câmara de Viseu?
quicas de 29 de setembro pode pôr em causa a continuidade do atual Governo?
Em primeiro lugar, o facto de ser o cabeça de lista à Câmara Municipal de Viseu pela CDU resulta de um convite do Partido Comunista Português e do Partido Ecologista Os Verdes. Os dois partidos em coligação CDU entenderam propor-me e eu aceitei com normalidade, depois de pensar umas horas.
Claro. E as eleições autárquicas são também uma oportunidade para os portugueses mostrarem um cartão vermelho a quem tem andado a desgovernar o país há muitos anos. Agora é o PSD/CDS mas já foi o Partido Socialista. A situação que o país vive resulta das políticas que têm vindo a ser seguidas pelo PSD e pelo CDS como mandatários da troika, mas é verdade que o Partido Socialista tem responsabilidades recentes na situação a que o país chegou.
E porque aceitou quando já tinha sido candidato em 2001?
Por duas razões. Em primeiro lugar para continuar a contribuir para uma mudança de política no plano nacional e derrotar o pacto de agressão que tem vindo a empobrecer os portugueses e o país. Esse é um dos objetivos, um outro, é levar a voz da CDU aos órgãos das autarquias do concelho de Viseu contribuindo, também dessa forma, para elevar o bem-estar e a qualidade de vida de todos os viseenses. Esta candidatura tem alguma motivação especial?
Estas são duas motivações. Objetivamente não são as eleições para as autarquias locais que decidem a mudança de política ou a mudança de governo mas são um forte empurrão para pôr este Governo na rua. Também sei que uma significativa votação da CDU pode dar um forte empurrão nesse objetivo de mandar este Governo do PSD/CDS para a rua. Por outro lado, é claro que essa mudança de política no plano nacional é decisiva para ultrapassar e resolver alguns problemas que afetam o concelho e a região. Só com uma mudança será possível mobilizar recursos e meios, alterar orientações que possam beneficiar o concelho e a região de que Viseu é o polo central. O resultado das eleições autár-
Está a concorrer contra três deputados da Assembleia da República (Almeida Henriques, Hélder Amaral e José Junqueiro). Isso é bom ou é mau?
É mais uma razão para os derrotar, porque eles também são responsáveis pelo que está a acontecer ao país, dois deles até já foram secretários de Estado e outro (Hélder Amaral) é deputado da maioria com responsabilidades. Não são os cidadãos do concelho de Viseu, que vêm todos os dias os salários a encolher, que vivem a degradação das condições de vida com o encerramento de empresas, os responsáveis pela situação a que chegou o país. O que recorda da experiência que teve como candidato à Câmara de Viseu em 2001?
Em 2001 fui candidato à Câmara de Viseu, em 2009 fui candidato à Câmara Municipal de Vouzela e considero a experiência interessante. Obriga a reforçar o contacto com as pessoas. Devido à minha vida quotidiana falo todos os dias com as pessoas em várias situações, mas o facto de ser candidato a umas eleições autárquicas reforça essa necessidade de continuar a falar com as pessoas e é o que tem
vindo a acontecer. Acredita que os resultados vão ser surpreendentes como muitos analistas políticos têm dito?
Para mim não constituirá propriamente uma surpresa. Só se os portugueses não estivessem todos no seu perfeito juízo e eu acho que estão. Os portugueses vão dar uma lição a esta gente que tem vindo a desgovernar o país e eles merecem levar essa lição. No caso do concelho de Viseu, ainda antes de a CDU ter apresentado a minha candidatura, recebia todos os dias incentivos das pessoas. Havia cidadãos que vinham ter comigo a pedir para ser candidato e isso, de alguma forma, também me incentivou. Agora, depois da candidatura ter sido anunciada não saio à rua sem que alguém me venha apertar a mão dizendo: “força”, “não desista”, “conte comigo”. A candidata do Bloco de Esquerda, Manuel Antunes também diz isso. CDU e Bloco de Esquerda têm papéis diferentes a assumir no concelho?
Não me pronunciarei sobre o papel que outras forças políticas queiram ter nestas eleições autárquicas. Nós temos como projeto não fazer promessas, mas assumir compromissos. Vamos afirmar aquilo pelo que nos vamos bater: pela requalificação da zona mais velha da cidade, o centro histórico e tudo o que está à volta; pela criação da universidade pública de Viseu, se esse combate tem caras eu sou uma delas e vamos continuar a bater-nos por isso; pela ligação de Viseu à rede ferroviária nacional - essa até é uma questão com alguma piada, porque agora toda a gente defende isso, mas quem a trouxe para o debate foi a CDU há uns anos, através de uma iniciativa na Associação Comercial de Viseu em que esteve o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa,
com vários especialistas na área dos transportes; vamos continuar a bater-nos pelo fim das portagens na A25 e na A24 e vamos continuar a bater-nos pela construção do matadouro. Se formos órgãos autárquicos melhor, porque temos melhores condições para o fazer, se não for possível, será na rua, na Assembleia da República, ou onde pudermos ter espaço. Que comentário lhe merece esta constatação de que os vários candidatos estão a englobar no seu discurso e na sua lista de propostas assuntos que já se discutem há muito, mas nunca foram concretizados. São afinal as medidas estratégicas para o concelho e que têm sido adiadas?
Isto significa que Viseu e a região à volta têm vivido de pequenas obras, de uma rua ali e outra acolá, de algumas estradas, por vezes, mal requalificadas como a ligação Viseu/Sátão da A229 que é uma vergonha da responsabilidade do Partido Socialista. Reconheçase que algumas coisas foram feitas, pois quem está na Câmara 24 anos alguma coisa havia de ter feito, agora, em relação à criação de uma visão estratégica para o desenvolvimento do concelho, não aconteceu nada. Do nosso ponto de vista é preciso para o desenvolvimento estratégico, que Viseu que tenha uma universidade pública. Que modelo de universidade defende a CDU para Viseu?
Importa dizer que o PCP já apresentou, por duas vezes, projetos na Assembleia da República e aqueles que hoje defendem esta possibilidade , na altura, votaram contra. O último projeto que o PCP apresentou na Assembleia da Republica tem muitos pontos de contacto com aquilo que hoje se diz a partir do Politécnico de Viseu.
A universidade tem que ser criada a partir do Instituto Politécnico?
E deve. Como se justifica que cidades e regiões muito mais pequenas do que a nossa tenham uma universidade e Viseu não a tenha. É por estar a 100 quilómetros de Coimbra ou menos de Aveiro? Isso não justifica nada, é uma visão pequena das coisas. Portanto foram feitas pequenas obras, mas do ponto de vista estratégico nada aconteceu para o desenvolvimento do concelho e da região. Qual foi o papel da Câmara? Nenhum. Qual foi o papel dos deputados que agora são candidatos no concelho de Viseu? Votar contra questões estratégicas para o desenvolvimento do concelho e da região. Votaram contra a questão da universidade pública, o PCP apresentou na Assembleia da República uma proposta para incluir uma verba pequena no Orçamento de Estado para estudar economicamente a ligação de Viseu à Rede Ferroviária Nacional e votaram contra, votaram contra em defesa da abolição de portagens… Há meia dúzia de questões estratégicas, integradas numa visão integrada desta região, incluindo o plano do turismo, em que não aconteceu nada. Reivindica um plano para o turismo. Quer explicar?
Viseu só tem a ganhar se estiver de braço dado com outros concelhos, mais concretamente, com as Termas de S. Pedro do Sul, com as Termas de Alcafache e com o Caramulo, se estiver de braço dado com as regiões do Douro, do Montemuro e com Lamego. Precisamos de ter uma visão mais larga do ponto de vista turístico e de outros, como por exemplo do setor da agricultura. Importa dizer que neste concelho, depois do encerramento do matadouro e até há poucos meses, segundo
FRANCISCO ALMEIDA | À CONVERSA 9
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um levantamento feito pelas estruturas regionais da agricultura, desapareceram 23 mil cabeças de gado. Isso tem a ver com o quê?
Toca diretamente as pessoas que vivem exclusivamente da agricultura, as pessoas para quem a atividade agrícola é um complemento do rendimento e tem a ver até com o país, se deixarmos de produzir temos de importar aquilo que se podia produzir cá dentro. O matadouro revolvia o problema?
Não é a única solução. Mas uma coisa é ter o matadouro no concelho que seria importante para um conjunto de concelhos aqui à volta, outra coisa é ter que ir ao norte para fazer o abate dos animais, criando dificuldades e aumentando a despesa dos produtores. Quem anda pelo poder vive de conversa fiada, ou seja, passa a vida a falar das coisas, mas e depois? É a eles que podem ser assacadas responsabilidades.
r Depois do
encerramento do matadouro [...] desapareceram 23 mil cabeças de gado”
r Eu até
tenho dúvidas que o concurso [dos transportes públicos] esteja a ser cumprido”
Então têm razão os críticos que consideram que falta projetar Viseu a médio prazo, que falta planeamento para evitar situações como a degradação do comércio local?
Imagino que as coisas não tenham sido feitas a esmo, agora, o problema é que as pessoas para viverem nesta região precisam que haja atividade económica e que haja investimento. A situação que vivemos hoje no concelho e no distrito resulta muito mais do que foi feito no plano nacional do que das políticas locais, mas a questão é que são os mesmos. Terá havido algum planeamento, mas a ideia global que possa empurrar o desenvolvimento da nossa região para que se viva aqui melhor, não aconteceu. Se analisarmos as estatísticas do INE, o poder de compra fica muito abaixo da média nacional. Um autarca como Fernando Ruas tinha obrigação de interferir na criação desse tal plano global de que fala?
É claro que tinha e teve continua»
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PRO
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SER
Cursos Profissionais (10º a 12º Anos) Auxiliar de Saúde Restauração: Restaurante / Bar Instalações Eléctricas Electrónica, Automação e Computadores Francisco Manuel de Almeida, de 54 anos, natural de Vouzela, professor do ensino básico e sindicalista. É coordenador do Sindicato dos Professores da Região Centro no distrito de Viseu e membro do Conselho Nacional e do Secretariado Nacional da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Nos últimos anos, tem também dado a cara por outras lutas, sendo o porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 e um dos dinamizadores do movimento “Pela criação da Universidade Pública de Viseu”, temas que promete abordar durante a campanha eleitoral autárquica. Foi candidato à Câmara de Viseu em 2001. Passados 12 anos, diz que as motivações que o levam a abraçar uma nova candidatura à Câmara de Viseu são as mesmas, porque considera que o plano estratégico global que defende para o concelho está por concretizar.
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10 À CONVERSA | FRANCISCO ALMEIDA condições para isso. Teve maiorias claríssimas na Câmara de Viseu, era presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses e tinha também largas responsabilidades num dos partidos da maioria (PSD). Esperava-se que algumas destas coisas tivessem avançado. Hoje, que visão existe para a região? Umas pequenas guerras de capela de saber quem manda. Insisto muito nesta ideia de que faltou uma visão estratégica para o desenvolvimento desta região. É disparate avançar com a construção de um metro de superfície que ligue a região de Lafões a Viseu? Essa é uma proposta da sua candidatura e não sendo disparate tem algo de megalómana para quem a ouve a ser apresentada de forma isolada.
Mas temos outras cidades do país com soluções semelhantes. Há dois ou três movimentos pendulares quotidianos para a cidade: Lafões, Tondela e Sátão. E porquê a região de Lafões? Porque na região de Lafões estão as termas mais frequentadas do país e da Península Ibérica. Uma ligação do metro de superfície para aquela região podia servir para o transporte quotidiano de muitas pessoas para Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul, e podia servir para que um conjunto vasto de pessoas que frequenta as termas pudesse ter Viseu como um outro sítio para estar. Acho que precisamos de uma visão de conjunto para esta região toda. Não estamos a dizer que isto é uma coisa que tem de começar a ser feita amanhã e que esteja pronta daqui a meio ano, este conjunto de questões estratégicas para o concelho têm que começar a ser pensadas e planeadas mesmo que algumas dessas questões demorem algum tempo a concretizar. Mas há autarquias que se fartaram de criar projetos e hoje estão endividadas. Fernando Ruas sai sem “esqueletos no armário” como ele próprio tem repetido.
É bom que as câmaras tenham uma boa situação financeira mas ter algumas dívidas não deixa de ser saudável. Não faz sentido ter dinheiro com uma situação social como a que temos, com
Jornal do Centro 20 | junho | 2013
terrados oito mil milhões de euros. Juntando-lhe o BPP dá 10 mil milhões de euros e se lhe juntarmos agora o Banif, podemos afirmar que as dificuldades pelas quais o país está a passar não resultam de ter mais ou menos freguesias, estamos todos a empobrecer, estamos todos a ver definhar empresas à nossa volta, estamos a ver serviços públicos a encerrar para enriquecer alguns.
cada vez mais gente a recorrer à sopa dos pobres, com um número de desempregados a crescer, com quase metade dos jovens no desemprego, com o pequeno comércio a falir. Alem disso, a Câmara tinha obrigação de ter ido mais longe na recuperação do núcleo central da cidade. Na apresentação da candidatura criticou o modelo de reuniões descentralizadas entre as juntas de freguesia e a Câmara que foi usado durante duas décadas por Fernando Ruas. Porquê?
Os ecos que me chegam é que se tratam de reuniões para discutir o buraco ali e acolá, o caminhão que está estacionado há muito tempo e que pode lá apodrecer… a ideia era interessante se fossem reuniões descentralizadas que servissem para aproximar o poder local das pessoas, para aproximar o poder local das freguesias, se servisse para que se percebesse na Câmara Municipal que muitas aldeias do concelho estão longe do Rossio. Provavelmente vão à reunião e nem tomam contacto com os problemas daquela freguesia. Eu pergunto, falam com as pessoas? Tentam perceber um conjunto de problemas e dificuldades? Foram lá perceber que o centro de saúde ou a extensão de saúde não tem médicos? E depois, a Câmara fez alguma coisa junto das entidades públicas para resolver esse problema? Foram lá conhecer as dificuldades que cria a inexistência de um matadouro? Não, a Câmara Municipal de Viseu tinha obrigação de ir mais longe. Levar o Rossio às aldeias é levar condições de vida às populações rurais, é preciso que alguma qualidade de vida que existe na zona urbana seja levada também para as aldeias e a verdade é que ainda temos aldeias sem saneamento básico. A extinção de freguesias é vista pela CDU como um “ataque ao poder local”. Porquê?
Acho uma coisa ab solutamente espantosa que o ex-ministro tenha avançado com uma alteração deste tipo, acabando com muitas juntas de freguesia no momento em que elas eram mais precisas. Num momento em que aumentam os
O que é que isso tem a ver com as eleições autárquicas?
Tem muito a ver. A vida quotidiana das pessoas do concelho de Viseu é feita de extensões de saúde que não têm médicos, de escolas do 1º Ciclo que fecharam e do pagamento de portagens para pagar rendas milionárias às concessionárias. É uma roubalheira institucionalizada. Nós vamos colocar tudo isto no debate da campanha eleitoral. Não podemos falar em tudo nesta entrevista, mas Viseu não tem um mercado local. A praça da cidade tem três lojas a funcionar, o resto está tudo abandonado. A rede de transportes do concelho de Viseu é uma área que tem merecido fortes críticas dos utentes e da CDU. Qual é o modelo que a coligação tem para apresentar?
r Na apresentação da
candidatura da CDU estiveram representantes de outras forças políticas com o cartão de militante no bolso” problemas sociais, num momento em que há um conjunto de gente mais nova a emigrar e a deixar os pais idosos sozinhos, no momento em que toda esta situação social grave se verifica, acaba-se com estruturas que desempenham um papel importante na resolução destes problemas.
Tratou-se de uma medida avulsa?
Foi uma parvoíce. Nem do ponto de vista financeiro faz sentido para o país. Pode dizer-se que a reforma permite ter menos não sei quantos presidentes de junta, mas tudo somado no distrito de Viseu dá quanto? O que é a sério é que no BPN, no final deste ano, estão en-
Vale a pena dizer que quem pela primeira vez falou nesta necessidade de organização de transportes públicos em Viseu foi a CDU, num debate promovido pela TSF, no Hotel Montebelo. Lembro-me de o candidato do PSD (Fernando Ruas) ter dito: “Olha uma boa ideia da CDU”. Era organizar uma verdadeira rede concessionada ou não. O concurso dos atuais transportes públicos foi feito em 1994 e foi adjudicado em 1995. Os transportes públicos foram sempre insuficientes mas ultimamente suprimem-se linhas, suprimem-se horários, as queixas chegam-nos todos os dias e agora chegámos a uma situação em que os transportes públicos não servem o concelho. Eu até tenho dúvidas que o concurso, aberto em 1994 ,esteja a ser cumprido e se não estiver a ser cumprido alguma coisa tem que acontecer. Que campanha se avizinha?
Na CDU nunca viram nem vão ver grandes outdoors com as caras dos candi-
datos a fazer uma campanha eleitoral espetáculo. Estão em causa milhares de euros, é uma vergonha que isto se faça quando há tanta gente a passar mal e fica mal a alguns que ainda há pouco tempo apelavam à contenção dos gastos na campanha eleitoral. Vamos privilegiar o contacto com as pessoas e no dia 29 de setembro são as pessoas que vão decidir quem querem na Câmara e na Assembleia Municipal. Sabemos que a CDU está a crescer, mas a sondagem é feita no dia das eleições. As expetativas são maiores do que aquelas que deu a sondagem nacional do Jornal de Notícias (50% Almeida Henriques; 39,3% José Junqueiro; CDS-PP 3,6%; 2,6%; PCP; 2,1 BE)?
Essa sondagem vale o que vale até porque foi feita antes de se conhecerem todos os candidatos à Câmara de Viseu. Eu arrisco dizer que vamos ter um resultado eleitoral muito bom nas próximas eleições autárquicas. Na apresentação da candidatura da CDU estiveram presentes representantes de outras forças políticas com o cartão de militante no bolso e fizeram questão que se soubesse que apoiavam a candidatura da CDU. As listas da CDU vão ter independentes?
A grande maioria, em regra, são pessoas independentes, gente que está revoltada com a situação que se vive no país, gente que está incomodada com o marasmo do concelho de Viseu do ponto de vista da falta de uma visão de desenvolvimento e de crescimento do concelho. Já temos listas fechadas em 20 freguesia do concelho e as outras irão aparecer rapidamente com algumas surpresas. O objetivo é contribuir para que se viva melhor em Viseu e para derrotar esta política. A 29 de setembro seria um candidato vencedor se conseguisse que resultado?
Se conseguíssemos eleger homens e mulheres da CDU para os órgãos autárquicos do concelho de Viseu, tanto para a Assembleia como para a Câmara e para as freguesias. Estou convencido que vamos conseguir. Não é uma questão de fé, resulta de conversas de ruas com as pessoas.
Jornal do Centro
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20 | junho | 2013
região Opinião
Perspectivas 2013-2020
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
crescimento da produção agrícola mundial, passando dos 2.1% para os 1.5%. Este cenário é o resultado de um aumento contínuo dos custos de produção, com particular destaque para as medidas a serem adoptadas na componente ambiental. A área reservada à prática agrícola sofrerá um abrandamento, dada a escassez dos terrenos para esse fim, mas com ganhos constantes na sua produtividade que minimizam esta situação. O aumento da população mundial terá como alvo a Ásia Central, a que se juntam a Europa de Leste e a América Latina. Nestes locais, registar-se-á também um maior consumo alimentar e vislumbram-se gastos que se situam entre os 20% e os 50% do orçamento das famílias. Por cá, a agricultura está definitivamente na moda. Das mais altas individualidades institucionais e governamentais passando por comentadores, associações e os próprios agricultores, todos falam sobre a agricultura. Provavelmente com discursos e perspectivas bastante diferentes do que era no passado, do que é no presente, mas em muitos casos conjecturando a sua importância no futuro. O conhecimento e domínio da sua importância a nível mundial, europeu e nacional são alguns dos aspectos a equacionar para quem quer e deseja estar no sector. Assim, importa meditar sobre o que correu menos bem e evitar, se possível, a disseminação e propagação dos erros e das esbaforidas tendências em que alguns podem estar a entrar. Se para muitos a agricultura está na moda, talvez seja importante e necessário perceber, antecipar e desenhar as suas tendências.
AGRESSÃO
Paulo Neto
O estudo elaborado pela FAO e OCDE intitulado “Perspectivas agrícolas 20132020” desenvolve o conjunto de cenários para os próximos anos relativamente à agricultura e ao consumo alimentar a nível mundial. De uma forma sucinta, define as regiões onde se irá registar o maior aumento da produção agrícola, com um destaque particular para a Europa de Leste e a América Latina. Tratase de duas regiões em vias de desenvolvimento que têm vindo a apostar numa agricultura de pendor tecnológica, com o objectivo de aumentar os níveis de produtividade. Em 2022, os maiores exportadores de cereais, oleaginosas, arroz, óleos vegetais, açúcar, carne e peixe serão oriundos destas regiões. Na América Latina, o motor de desenvolvimento continuará a ser o Brasil, que se vai tornar num dos maiores fornecedores mundiais. No caso do açúcar, um bem indispensável para muitos, este país será responsável por mais de 50% da sua produção mundial. O etanol, um dos seus principais derivados, o seu peso atingirá os 80%. Por essas paragens, o etanol há muito é utilizado como uma alternativa aos combustíveis convencionais. A utilização de matériasprimas de origem agrícola para a produção de biocombustíveis e biodiesel parece inevitável, com taxas de crescimento de 4% ao ano. Em 2022, 22% do total de açúcar será transformado em biocombustíveis. Estes irão ainda incorporar 15% de óleos vegetais e 12% de cereais. No caso concreto do biodiesel, a sua futura produção e consumo parece estar apenas adstrita à UE. O crescente interesse dos agricultores por estas culturas advém da cotação em alta destas matérias-primas e da espectável manutenção dos preços neste período. O referido estudo adverte ainda para uma ligeira diminuição do ritmo de
A
Um dos ex-libris da cidade de Viriato ganha forma no século XII, em pleno reinado de D. Afonso Henriques
Sé de Viseu e Casa do Passal alvos de requalificação Candidatura ∑ DDRC pretende revitalizar monumentos através de fundos comunitários A Sé de Viseu e a Casa do Passal, onde viveu o antigo cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, situada em Cabanas de Viriato, no concelho de Carregal do Sal, são dos monumentos na lista de projetos de reabilitação apresentados pela Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) para a obtenção de fundos eu-
ropeus, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que termina em 2015. Através de uma candidatura a fundos comunitários pretende dar-se uma “nova cara”, a estes e outros monumentos, como a Sé da Guarda e a Sé de Leiria, os conventos de Santa Claraa-Nova, em Coimbra, e de Semide, no concelho
de Miranda do Corvo. Além destes, a DRCC também apresentou a candidatura de projetos para o próximo quadro comunitário de apoio (2014-2020) para património em risco, conservação e requalificação, envolvendo um montante da ordem dos 45 milhões de euros. MC/Lusa
Ponte pedonal vai ligar Rua Serpa Pinto ao recinto da Feira A sociedade de reabilitação urbana Viseu Novo iniciou na segunda-feira, dia 17 a construção de uma ponte pedonal que fará a ligação entre a Rua Serpa Pinto e o Parque da Feira de S. Mateus, sobre o Rio Pavia, em Viseu. A ponte terá 13 metros de extensão e será constituída por 19 painéis de laje em material compósito, betão armado e aço. O projeto resultou de
uma colaboração entre a Viseu Novo e o departamento de Engenharia Civil e Arquitetura do Instituto Superior Técnico
da Universidade Técnica de Lisboa, “no seguimento de uma investigação sobre estruturas hídricas”. EA
Mangualde. Um indivíduo de 49 anos, foi detido por militares da GNR em Ançada, por agredir elementos daquela força de segurança. Segundo as autoridades, os militares deslocaram-se àquela localidade, depois de terem recebido queixas de que o i nd iv íduo est a r i a a provoca r desacatos junto a uma residência. Chegados ao local os agentes foram agredidos.
ACIDENTE
Viseu. Um homem de 49 anos perdeu o cont r olo do m oto c ic lo que condu z i a , ac abando por se despistar. Viria a ser detido por condução sob o efeito de álcool. O indivíduo apresentava u ma ta xa de 3 ,01 gramas de álcool por litro de sangue.
DETIDOS
V iseu. Trê s joven s , com idades entre os 1 6 e 1 8 a nos , fora m detidos pela PSP por suspeita de tráfico de estupefacientes. Segundo as autoridades as detenções foram feitas junto a um estabeleci mento de ensino, por elementos d a E squ ad ra de Intervenção e Fiscal i zação Pol icia l , no âmbito de uma ação de combate ao tráf ico e consumo de droga. Foram apreendias mais de uma centena de doses de haxixe e cocaína. E ainda um moin ho, que no seu i nter ior apre sent ava vestígios de droga e mais de cem euros em numerário.
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14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013
Jornal do Centro 20 | junho | 2013
O Bloco de Esquerda anunciou no passado dia 18 os cabeças de lista aos três concelhos que formam a região de Lafões: Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela. Mário Pereira é o candidato a Oliveira de Frades, Maria do Carmo Bica candidatase a S. Pedro do Sul e Marco Mendonça “almeja” a câmara municipal de Vouzela. Três candidaturas, um objetivo comum: gerir os três municípios em permanente articulação de políticas e de projetos, de forma a potenciar recursos e sinergias. Em suma, termi-
nar com um “presente” em que estes municípios não cooperam, não juntam forças nem recursos. Em vez de partilharem, desgastam-se e é, nas palavras dos candidatos, “aquilo que no futuro importa mudar”. Este objetivo, um “manifesto” conjunto, define seis áreas de intervenção como prioritárias naquele que é o programa intermunicipal para Lafões: a cultura, a mobilidade, o desenvolvimento económico e inovação, a agricultura e a floresta, a organização dos serviços públicos e a democracia e a participação. PM
José Junqueiro ataca Governo “Quando o Governo decidiu manter escondido o não pagamento dos subsídios de férias, nós não podemos ficar calados. (…) Isso prejudica o nosso comércio de proximidade e a economia do nosso concelho”. Foi assim que o candidato à Câmara Municipal de Viseu, José Junqueiro, exigiu o imediato pagamento do subsídio de férias (13º mês) quando, salientou, “os recursos existem” e apenas assistimos à “criação de medidas alternativas àquilo que são os falhanços das políticas deste Governo”. Em declarações aos jornalistas, na sua sede de campanha, durante a passada semana, o candidato veio reprovar “o facto de o governo recorrer novamente à administração pública e aos funcionários públicos” para equilibrar as contas medida que, considera, compromete seriamente a economia deste concelho “que vive Publicidade
dos serviços e do comércio de proximidade”. “O governo ao ameaçar estes funcionários e pensionistas que lhes vai retirar 10 por cento daquilo que é o seu rendimento atual cria um enorme constrangimento, um clima de falta de confiança às famílias e um efeito devastador na nossa economia local”, José Junqueiro não consegue entender como é possível que “aqueles que se candidatam em seu nome, que protagonizaram ou protagonizam estas políticas” não tenham a coragem de as denunciar. O candidato a Viseu revelou ainda que, até final do mês de julho serão conhecidos todos os nomes que irão constituir a equipa à câmara municipal e à assembleia municipal salientando o facto de até ao momento, apenas o programa participado e as ideias do PS se encontrarem em discussão nesta cidade. PM
Pedro Morgado
BE avança para Lafões
A Auditório da Universidade Católica recebeu “pesos-pesados” do PSD
“Tocou a formar” na distrital do PSD Distrital ∑ Ministro da Defesa e dois secretários de Estado estiveram em Viseu Se a relevância do distrito pudesse ser comparada, a nível nacional, à importância que o estreito de Ormuz tem para o mundo então, poderíamos dizer que, no passado sábado o Partido Social Democrata (PSD) deslocou para Viseu um porta-aviões, um cruzador e dois navios-patrulha, respetivamente José Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa Nacional, Jorge Moreira da Silva, vice-presidente da comissão política nacional do PSD e dois secretários de Estado. No congresso “Autárquicas 2013”, realizado no auditório da Universidade Católica Portuguesa (UCP), a distrital do PSD, liderada por Mota Faria, acolheu estes reforços de Lisboa que assim vieram “ajudar” à motivação dos candidatos às 24 câmaras do distrito que incluem nestas eleições três candidaturas independentes, Mortágua, Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva, e oito coligações com o CDS-PP respetivamen-
te Ci n f ães , L a mego, Mangualde, Moimenta da Beira, Nelas, Penalva do Castelo, Resende e Tabuaço. Entendendo que as autarquias desempenham um papel fundamental numa lógica de proximidade que é necessário preservar para que o país, “este petroleiro se vá encaminhando na direção correta“, José Pedro Aguiar-Branco defendeu que o PSD tem que fazer um esforço acrescido no sentido de vencer estas autárquicas. “Nós consideramos os atos eleitorais, nomeadamente este ato eleitoral, muito importante. (…) É pela importância que estas eleições têm que nós temos que fazer tudo para as poder ganhar”, disse o ministro. Num cla ro apelo ao “cerrar de fileiras” Aguiar-Branco acrescentou: “discordar é diferente de pensar sair do partido, discordar é diferente de participar em candidaturas contra o partido. O país não tem tempo para alimentar
amuos e não tem tempo para que com esses amuos se enfraqueça a intervenção cívica do nosso partido”. Neste momento em que o partido, como salientou o ministro da Defesa Nacional, se vai apresentar às autárquicas de 29 de setembro com a “cara bem lavada” e da qual “não tem vergonha”, José Pedro AguiarBranco referiu que “este é, também, um momento muito exigente para o Partido Social Democrata”, notou. “Este é o momento em que temos que temos que estar juntos porque a campanha vai ser difícil mas, é por ser difícil que nós estamos aqui, porque se fosse fácil não seríamos do PSD”, disse. Em declarações neste congresso, Fernando Ruas, um dos sete autarcas que este ano terminam o seu mandato e que não se podem recandidatar dada limitação imposta pela Lei 46/2005 de 29 de Agosto, deixou um conselho ao partido para que este não embarcasse numa distin-
ção entre os “autarcas do futuro” e os autarcas do passado até porque, referiu, “ninguém garante que não venham aí outros autarcas do passado”. O atual presidente da Câmara Municipal de Viseu aproveitou ainda a sua intervenção neste congresso para tecer considerações sobre a alternativa socialista: “os cidadãos não têm nenhuma razão para confiar o poder local ao Partido Socialista” pois, disse, “isso seria privilegiar o prevaricador (…) uma vez que todos sabemos muito bem a que nos conduziu aquele discurso da narrativa e aquela filosofia”. Com a apresentação formal dos candidatos do PSD e a homenagem aos autarcas que têm que abandonar forçosamente as funções governativas nas suas autarquias o PSD lançou definitivamente a corrida às 24 câmaras que constituem o distrito mais laranja do país. Pedro Morgado
16 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013
Jornal do Centro
DR
20 | junho | 2013
A José Junqueiro, Edmundo Martinho e Rosa Monteiro apresentaram propostas sociais para Viseu
José Junqueiro apresenta propostas concretas para a área social PS ∑ Primeiras medidas no âmbito do apoio social para o concelho foram apresentadas pelo candidato do PS O candidato a Viseu, José Junqueiro, apresentou no passado sábado um conjunto de propostas para as políticas sociais do concelho, numa ação que contou com a participação do Dr. Edmundo Martinho que, entre muitas outras responsabilidades, foi Presidente do Instituto de Segurança Social e integra hoje o Observatório da Segurança Social, da Associação de Segurança Social, em Genebra. De entre as propostas anunciadas por Rosa Monteiro, professora universitária e investigadora
do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, no âmbito das políticas sociais destacam-se no apoio a idosos a loja móvel de cidadania, o serviço de bricolage solidária e o programa +Alerta (em parceria com a GNR), no reforço da capacidade da sociedade civil e das instituições a otimização da rede social e na vertente da promoção de um concelho mais amigo das crianças o programa “Almoço é connosco” e o programa “Mais Volutariado – Menos Solidão”. “Não precisámos de 10
anos nem muito menos de 20 para termos uma ideia muito concreta de um programa social que seja concertado e que mobilize todas as instituições. Cá está ele. Moderno, mobilizador e capaz de responder aquilo que é, afinal, uma resposta ao diagnóstico social de Viseu”, frisou o candidato. Destaque também para o anúncio de uma futura intervenção da autarquia no apoio ao transporte dos mais idosos, de um novo serviço de proximidade, da implementação do “Prémio prestígio Viseu inovação” dirigido
às instituições da cidade com trabalho nesta área e a promoção do acesso das crianças do meio rural ao desporto e à cultura, medidas que o candidato considerou fundamentais para a “criação” de uma cidade mais “amiga” das pessoas. Falando numa casa que “ajudou a construir” e para a qual, realçou o candidato, suportou politicamente a transferência de centenas de milhares de euros, o auditório da paróquia do Viso, o convidado Edmundo Martinho aprovou e “assinou” este compromisso da candi-
datura de José Junqueiro para com os viseenses ao qual se referiu como “uma excelente síntese das respostas públicas que importa implementar ou reforçar no concelho”. Referindo-se ao programa de ideias que o Partido Socialista (PS) apresentou à cidade, Edmundo Martinho entendeu realçar o seu “carácter rigoroso, moderno e inovador” que se reflete em medidas concretas e enalteceu a clareza do compromisso de José Junqueiro quanto ao modo de implementação no terreno ao mesmo tempo que
aproveitou para responder a várias questões colocadas por muitos responsáveis das IPSS´s presentes e aos anseios dos candidatos às Juntas de Freguesia do concelho de Viseu. “Lamento apenas não poder comentar o programa de outros adversários políticos porque eles, simplesmente, não existem e seria, certamente, enriquecedor se houvesse uma ideia sobre estas matérias para além daquilo que não foi feito”, rematou José Junqueiro. Pedro Morgado
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VILA NOVA DE PAIVA | REGIÃO 17
Jornal do Centro 20| junho | 2013
Dia de emoções “enche” Praia Fluvial de Fráguas Certa de duas dezenas de pescadores e muitos curiosos concentraramse no passado sábado nas margens do Rio Paiva, em Fráguas, concelho de Vila Nova de Paiva, atraídos pelas trutas que “invadiram” esta praia fluvial. Integrado no programa do 2º Festival da Truta que decorreu de 14 a 16 de junho, este dia sucedeu assim às ações de repovoamento levadas a cabo nos rios Paiva, Côvo, Mau e Ribeira do Rebentão e às quais “se juntaram as crianças do agrupamento de escolas de Vila Nova de Paiva numa ação de sensibilização para a proteção dos recursos naturais deste concelho”, referiu o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, José Morgado, que se associou ao evento participando nesta “pescaria”. Três minutos bastaram para que a primeira truta “saltasse” das águas límPublicidade
Pedro Morgado
Feira da Truta ∑ Segunda edição arrastou centenas de pessoas a esta freguesia de Vila Nova de Paiva
A Festival promoveu os produtos de qualidade e genuínos das terras do Alto Paiva pidas do Paiva, um dos rios mais limpos da Europa, às mãos de um hábil participante, pouco passava das 8h45 da manhã, num dia longo em que ninguém foi para casa “de mãos a abanar”. Esta segunda edição organizada em parceria pelo município de Vila Nova de Paiva, pelos clubes de caça
e pesca e pela junta de freguesia de fráguas contou com o apoio da Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), que “canaliza” para este concelho verbas provenientes dos quadros comunitários de apoios e na qual o município tem assento no órgão de direção. Publicidade
Para além do pendor gastronómico deste peixe, que José Morgado quer ver associado a este concelho como “marca distintiva” do território, o edil salientou a importância dos abundantes cursos de água como a maior riqueza desta região, destacando o incessante trabalho que a autarquia tem
levado a cabo na inventariação, na proteção e sobretudo na divulgação das particularidades da fauna e flora que caracterizam o concelho de Vila Nova de Paiva no intuito de aproveitar estes recursos como uma âncora que possa potenciar o desenvolvimento local. O programa desta ini-
ciativa integrou ainda a Marcha Solidária Contra o Cancro, na qual os participantes realizaram o percurso Vila Nova de Paiva – Fráguas, onde foi aproveitado o cenário da Praia Fluvial para um merecido descanso e para assistir à atuação do Grupo Folclórico, Cultural e Recreativo de Alhais. A sombra das árvores plantadas nos anos 70 pelo Professor Augusto Reis Amaro, o bom tempo que se fez sentir, o almoço convívio, o bom presunto da região, a mostra de produtos locais e de artesanato, as diferentes atuações culturais e musicais, as tasquinhas gastronómicas e as concorridas pausas para o “mata-bicho” foram, assim, a real motivação que tirou de casa estes “pescadores de fim de semana”. A pesca… Apenas o pretexto. Pedro Morgado
18 REGIÃO | VISEU
Jornal do Centro 20 | junho | 2013
O Parque do Fontelo Fontanello foi uma herdade legada e vendida em 1122 por Maria Seseriquiz ao prior D. Odório e à Sé de Viseu, e em 1149 adquirida por 25 morabitinos, na sua globalidade pelo já então bispo de Viseu a Exemena Mendes. As extremas eram as seguintes: “Confronta com Gumirães e daí segue pela estrada que vai para Travassós e também por aquele rego de água que entra no Fontelo vindo do riacho de Regueira; daí segue para S. Miguel e de outro lado confronta com Toda.” (Aires Pereira do Couto, Fontelo, Subsídios para a sua História, ed. CMV, 1991)
A origem do nome pode vir de fontanal, fontanário, fontenário, fontanela ou, numa perspectiva mais lírica fonte + elo, que em hebraico significa = a Deus… Sem dúvida, fons, fontis a dar fonte.
Fotos: Paulo Neto
“Parque desportivo do Fontelo” O Parque Desportivo do Fontelo, considerado o pulmão da cidade, constitui-se como uma área privilegiada para a prática de actividades físicas de lazer e competição. A sua centralidade em relação à cidade, os seus excelentes acessos, a sua diversidade de instalações e espaços desportivos tornam-no num complexo desportivo de elevada procura pelos viseenses. Integra o Estádio Municipal, Pista de Atletismo, Complexo de Piscinas, Pavilhão Desportivo, Circuitos de Manutenção, entre vários campos de futebol relvados e salas de desporto. Hoje, o Parque Desportivo do Fontelo assume-se como fundamental no desenvolvimento do desporto de formação de vários clubes do concelho, nomeada-
mente nas modalidades de Futebol, Basquetebol, Andebol, Atletismo, Natação e Voleibol, assim como local de realização de inúmeras actividades desportivas de organização municipal.” (site CMV) “Ocupando uma vasta área a nascente da cidade, fazia parte da Quinta do Paço dos Bispos, que teve o seu maior esplendor no século XVI, com o bispo D. Miguel da Silva. A mata é rica em espécies vegetais e arvores (castanheiros e carvalhos) que devem ter acompanhado toda a história de Viseu no último milénio. O bispo D. Gonçalo Pinheiro mandou edificar ali uma pequena capela dedicada a S. Jerónimo de que apenas restam ruínas e memórias. Na parte mais baixa, com melhor aptidão agrícola, instalou-se a Estação Agrária de Viseu. A parte restante constitui o maior espaço verde público da cidade e tem sido utilizada para implantação de importantes equipamentos de lazer e desporto. Possui hoje um estádio, com bancadas renovadas, piscinas, courts de ténis, pavilhão polivalente, vários campos de treinos e ainda um parque de campismo e um parque infantil. Junto ao antigo Portal do Fontelo constitui-se a sede do Instituto português da Juventude.” (pesquisa net)
Hoje, o Parque do Fontelo é uma área com mais de 10 hectares no coração da urbe, com centenas de espécies centenares a constituir a sua flora. Hoje, o Parque do Fontelo é uma sub-área urbana de Viseu, sub-aproveitada, mal cuidada e quase desprezada. A limpeza não impera. Todos os arruamentos a montante do espaço central estão
descuidados, descurados, mal tratados, o material de apoio às crianças, vulgo, parque infantil, é de má qualidade, as estruturas de apoio aos possíveis circuitos de manutenção estão deterioradas e num trouxemouxe pouco dignificante. A mata está por limpar e é uma reserva combustível terrível e incontrolável em caso de incêndio. O painel de azulejos representando S. Pedro, de Vasco Gonçalves ou Grão Vasco está há muito tempo vandalizado, mutilado, semi-destruído. A “gaiola” que já teve algumas espécies cinegéticas capturadas está abandonada. Os tanques de outrora, em granito rectangular estão ao abandono, tendo até um sido levado por um empreiteiro, há anos, para o pátio de um centro comercial da cidade. A nascente que deu nome ao local é
um emaranhado de silvas. Os muros circundantes, nomeadamente os fronteiros ao Bairro de Santa Eugénia e a Gumirães esboroam-se com o tempo e as más práticas pedestres. A falta de vigilância e a densidade da vegetação maninha tornam o espaço num local propício a actos atentatórios da integridade de praticantes de desporto de manutenção, nomeadamente femininos. Há notícia de violações ali ocorridas. Mas, como se tal já não bastasse, o Parque de Campismo que lhe fica adjacente, propriedade da CMV foi há muito encerrado, está entregue aos escuteiros e deixou de cumprir o seu objectivo básico e inicial para contragosto e desgosto de muitos turistas, campistas e caravanistas que nos visitam, tornando um flop uma das promes-
sas eleitorais do executivo autárquico e fazendo de Viseu uma das poucas cidades que não está dotada de tal infra-estrutura. O elencar destes factos não carreia uma crítica negativa. Antes pretende ser um alerta a quem de direito para fazer o muito que nunca foi feito por aquele espaço que é um magnífico “pulmão” da cidade, que tem 10 hectares de área, oitocentos e muitos anos de História e um papel fulcral a cumprir em prol da qualidade de vida dos munícipes e turistas visitantes. Todo aquele espaço carece de empenho, de planos adequados à conservação, manutenção e dignificação. Aquele espaço pode tornar-se no melhor local de desporto, passeio ao ar livre, exploração botânica, cultura e lazer da cidade de Viseu. Pena que a autarquia
o olhe com menoscabo. Senhor presidente da autarquia: deixar os cofres da câmara com saúde e dinheiro no banco é exemplo de boa gestão (embora não entendamos a autarquia como uma mercearia que existe para dar lucros ao merceeiro), mas espaços públicos, de real qualidade e potencial desprezados é política de pouco alcance, visão curta e tacanhez. É bom que os vindouros saídos de 29 de Setembro tenham ideias para aquele espaço e consigam dinamizá-lo, levar lá os viseenses, torná-lo num lugar de convívio, desporto, aprazibilidade e qualidade de vida. Afinal, Viseu não é a apregoada cidade com mais qualidade de vida de Portugal e arredores? Paulo Neto
Jornal do Centro
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20| junho | 2013
especial
Férias de Verão 2013
Com a chegada das férias de verão muitos pais e educadores se deparam com a difícil tarefa de manter os mais novos ativos sem lhes retirar o tempo de diversão e de brincadeira. A paragem da atividade letiva deve ser compensa-
da por atividades lúdicas mas que fomentem e mantenham a criança ou o jovem ativo. Cada vez mais os programas de férias promovidos pelas Câmaras municipais, associações, instituições privadas, entre outras, são a opção
mais viável. Hoje em dia existem já inúmeras possibilidades de escolha, no entanto, todas elas têm um só objetivo: promover a cooperação, a entreajuda e o espírito de equipa, bem como fomentar a
textos ∑ Micaela Costa
autonomia, a iniciativa e a criatividade das crianças e jovens, apelando à participação ativa. No especial desta semana deixamos algumas sugestões para ocupar as férias dos mais novos. Até porque a saúde mental deles agradece!
Castro Daire com atividades socioeducativas
Desporto e cultura em Mangualde recebe Moimenta da Beira mais uma edição das
O Programa de Atividades Sócio Educativas destinado às crianças do pré-escolar e do 1º CEB de Castro Daire. Na passada segunda-feira iniciaram para o grupo do 1º CEB e no dia 8 de julho inicia para o grupo do pré-escolar e prologamse até ao início do novo ano letivo. Para tal, excetuando as atividades ao ar livre são aproveitados e rentabilizados um conjunto de recursos e equipamentos municipais,
As Férias Desportivas e Culturais regressam a Moimenta da Beira, uma organização da autarquia com o apoio da Escola Profissional e do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira. A próxima semana (de 25 a 29) está reservada para as crianças dos 6 aos 10 anos e de 1 a 5 do próximo mês de julho para jovens entre os 12 e os 17 anos. Do programa fazem parte jogos desportivos no estádio municipal, provas de orientação na Quin-
designadamente, piscinas, biblioteca, museu e espaço internet. Com este programa de atividades o município pretende proporcionar às crianças atividades de ocupação saudável dos tempos livres, através da participação em atividades lúdicas, desportivas e culturais, e simultaneamente, contribuir para a sua integração social, promover o espírito de entreajuda e fomentar a capacidade criadora e o espírito de iniciativa.
ta do Ribeiro, canoagem, slide e atividades radicais na albufeira da Barragem de Vilar e deslocações aos parques aquáticos de Vila Real (para os mais novos) e de Amarante (para os mais velhos). As inscrições já estão abertas: até amanhã, 21, para o programa da próxima semana e até dia 28, para a segunda semana de férias desportivas e culturais e devem ser feitas na Câmara Municipal (254 520 074), no pavilhão, na biblioteca ou nas piscinas.
Mortágua promove programas de verão para os jovens A semelhança de anos anteriores, o Município de Mortágua dinamiza durante os meses de julho e agosto, vários programas ocupacionais de verão dirigidos aos jovens que estão em tempo de férias escolares. As Férias Ativas, que decorrem entre 1 e 20 de julho, dirigem-se a crianças e jovens com idades entre os 6 e 16 anos. O programa vai proporcionar atividades desportivas e lúdico-pedagógicas diversificadas, aliando animação e convívio. As atividades decorrerão em espaços tão diversos como Piscinas, Pavilhão e Campos de Ténis Municipais, Campo de JoPublicidade
gos da Gandarada, Centro Educativo, Barragem da Aguieira, entre outros. Realizam-se desportos individuais (ténis, ténis de Mesa, badminton, natação, ginástica, atletismo), desportos coletivos (basquetebol, voleibol, andebol, futebol, jogos pré desportivos) e ainda jogos aquáticos, canoagem, gincana de bicicleta, corrida de carrinho de rolamentos, visionamento de filmes e karaoke. Para além das habituais atividades desportivas, irão ser realizadas um grupo de atividades como forma de quebrar a rotina, trazendo valor acrescentado para o programa, como
exemplo, apresenta-se a confeção de biscoitos ou construção de carrinhos de rolamentos. Outra das propostas é o JEF - Jovens estudantes em férias, que proporciona a 100 jovens residentes no concelho, com idades entre os 14 e os 19 anos, a possibilidade de desenvolverem, em colaboração com o Município, ações de caráter cívico, ocupando assim validamente o seu tempo livre de férias, com a vantagem de receberem um subsídio individual por cada dia efetivo de trabalho, o que poderá contribuir para um resto de férias diferentes. O programa decorre entre 1 de
julho e 23 de agosto, dividido em quatro quinzenas. Pelo sétimo ano consecutivo, o Município patrocina a participação de um grupo de jovens estudantes do concelho na Universidade Júnior, uma iniciativa da Universidade do Porto. Durante uma semana, entre 30 de junho e 5 de julho, 50 estudantes do 8º, 9º, 10º e 11º vão ter a oportunidade de conhecer e viver o ambiente de uma Universidade, participar em oficinas científico - pedagógicas, conviver com outros jovens de todo o País. O Município assegura todos os custos a nível de transporte, alojamento e propina de inscrição.
Férias Desportivas Como já vem sendo hábito a Câmara Municipal de Mangualde promove mais uma edição das Férias Desportivas de Verão. A iniciativa decorre de 15 a 26 de julho, das 9h00 às 17h30 e destina-se a crianças e jovens entre os 8 e os 14 anos de idade. De entre as várias propostas destacam-se as atividades desportivas, a praia de Fráguas, piscinas municipais, praia artificial
“Live Beach”, parque de campismo de Vouzela e parque temático “Mundo em festa”. Todos os interessados já se podem inscrever, sendo que para a primeira semana até dia 5 de julho e para a segunda até 12 de julho. As inscrições devem ser efetuadas nas Piscinas Municipais de Mangualde ou através do email desporto@cmmangualde.pt ou 232 619 820.
Férias em movimento em Viseu
Estão já em curso várias atividades organizadas pelo município de Viseu ligadas ao desporto e ao lazer. As manhãs desportivas, que decorrem até 28 de julho, no Parque Urbano de Santiago, integram várias modalidades, desde zumba, body
balance, boddy combat entre outras. A partir das 9h15 o Parque Urbano enche-se de música e muita animação. Até 14 de julho decorre a 22ª edição dos Jogos Desportivos, em vários espaços da cidade e reúnem 27 modalidades para todas as idades.
20 ESPECIAL | FÉRIAS DE VERÃO
Jornal do Centro 20 | junho | 2013
Mathnasium ajuda Férias criativas na “4 Art” a descobrir a matemática em tempo de férias Está provado que com a chegada do verão e das férias, uma parte da matéria aprendida ao longo do ano escolar é esquecida. Na matemática, uma disciplina que não permite falhas, esses “deslizes de verão” podem tornarse muito perigosos. Para evitar tais situações o Mathnasium tem Programas de Férias semanais que incluem o plano individual de treino e atividades lúdicas para o aluno aprender a gostar de Matemática com jogos de raciocínio e lógica, para recuperar as bases matemáticas, aperfeiçoar e consolidar as competências já adquiridas e preparar o próximo ano letivo. Como complemento do programa específico de recuperação, consolidação e preparação das competências matemáticas adaptadas a cada aluno, através de um diagnóstico no 1 .º dia , há
momentos reservados a jogos de tabuleiro, xadrez e outros, e Origami. Ao jogar, os participantes inventam, aprendem, interagem, negoceiam, estimulam a curiosidade e aumentam a autoestima. Ganhando e perdendo, aprendem a lidar em grupo com o sucesso e as frustrações, o que lhes va i perm itir apura r a concentração, a atenção a tudo o que os rodeia e a melhorar o desempenho. Mantém o bem-estar físico, emocional e aprende e consolida os fundamentos da matemática. Os Programas de Férias (de 17 de junho a 13 de setembro de segunda a sextafeira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.) mostram ao aluno como a matemática pode fazer sentido, praticando o programa individual de treinos e jogando jogos de tabuleiro. Mais informações através dos contactos: 232 449 178 / 964 044 149.
“Dar asas à imaginação” e incentivar a criatividade, são as propostas da “4 Art”, localizada na Quinta de Santo Estevão, em Viseu. O desenho a pintura e as técnicas artísticas são as principais áreas que as várias oficinas criativas disponibilizam. Os workshops, que têm a duração de uma manhã ou de uma tarde, são outras das opções para todos aqueles que queiram aproveitar as férias para pôr em prática as habilidades artísticas. A fusão de vidro volta a fazer parte do programa, depois de nos anos anteriores se ter revelado uma das oficinais mais apreciadas pelos mais novos. A produção de pratos, que no final podem ser levados para casa, arrecadam Publicidade
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A Matemática que faz sentido! Abertas inscrições para o Verão.
Tal como num ginásio se desenvolve o corpo, no MATHNASIUM desenvolve-se o raciocínio.
Aproveita as férias do Verão, para… … RECUPERAR as bases matemáticas, … APERFEIÇOAR as competências, …PREPARAR o próximo ano lectivo, … APRENDER a gostar de Matemática, … JOGOS de raciocínio e lógica. R. Dr. Alexandre Lucena e Vale Viseu (junto à Escola E.B. Grão Vasco) 964 044 149 - 232 449 178 www.mathnasium.pt
melhores crítias m cas. c Pintura de tecido, tela e cerâ mica , bem como oficina de fantoches, bijutefa ria em papel são outras d das possibilidades poder encontrar que vai p na 4 Art. Os mais pequenos não ficam de fora do programa de férias criativas, e dos 4 aos 6 anos têm disponível um atelier de pintura e cerâmica, numa atividade que permite estar em família, uma vez que requer a presença de um adulto. A grande maioria das atividades está indicada para crianças a partir dos 6 anos, salvo algumas exceções, que impliquem trabalhos mais minuciosos. As inscrições têm as seguintes datas: para os dias entre 2 a 15 de julho, até 22 de julho; para o programa entre 16 a 31 de julho, efetuam-se até 6 de julho e para os que pretendem participar de 1 a 15 de julho, até 20 de julho. Mais informações através do contacto 965 591 145.
Atividades lúdicas e pedagógicas na ESTGV A Summer School (ou Escola de Verão) tem por objetivo proporcionar aos estudantes do ensino básico (idade superior a 8 anos) e secundário a oportunidade de fazerem experiências divertidas em diversas áreas e participarem em inúmeras atividades lúdicas e pedagógicas. Organizado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV), o evento decorre durante dois dias consecutivos, na semana de 1 a 5 de julho, nas instalações desta escola superior do Instituto Politécnico de Viseu. As atividades a realizar abrangem as áreas da engenharia eletrotécnica, da matemática, da engenharia mecânica, da engenharia e gestão industrial, da engenharia das madeiras, do design de mobiliário e da engenharia do ambiente – “O mundo da eletrónica”, “A engenharia é o motor do mundo”, “Do projeto ao objeto”, “Da água suja à água limpa”, “Aventuras matemáticas”, “Histórias de fim de tarde” e “Memórias de outras
infâncias”. Além das experiências nestas áreas científicas haverá ainda tempo para se divertirem com atividades lúdicas e pedagógicas diversas, como por exemplo jogos de minigolfe, jogo da malha, condução de moto 4 elétrica, atividades experimentais, entre muitas outras. Os alunos participantes serão acompanhados durante todo o programa por engenheiros que os ajudarão nas diversas atividades. Os monitores irão ainda assegurar o cumprimento, por parte dos participantes, das regras de saúde, higiene e segurança. As inscrições estão abertas até ao dia 22 de junho de 2013 (sexta-feira) e são limitadas a um número máximo de participantes. Este evento tem um custo de 10 euros por participante correspondente ao valor dos dois almoços e a um seguro de acidentes pessoais, que cobre todas as atividades desenvolvidas nos dois dias de participação. Inscrições e informação adicional sobre a Summer School: www.estgv.ipv.pt
FFITNESS promove férias ativas Embora o desporto deva ser praticado durante todo o ano, o período de férias letivas é uma boa opção para reforçar a prática desportiva. O ginásio Ffitness, localizado na urbanização Vale Rio, tem em vigor uma promoção até ao final do mês de junho que oferece três prémios a todos os clientes que levarem amigos. O Ffitness está também presente este fim-de-semana na Feira do Desporto, que decorre no Parque Radial de Santiago, com várias atividades relacionadas com a prática de desporto. No sábado, 22, decorre o
Open Day e os clientes e amigos, habilitam-se a ganhar uma viagem à Suécia. A Live Beach em Mangualde também vai receber atividades organizadas pelo Ffitness. Mais informações através do contacto 232 413 046.
FÉRIAS DE VERÃO | ESPECIAL 21
Jornal do Centro 20| junho | 2013
Opinião
Nestas férias não te esqueças dos teus dentes!
Teatro Viriato organiza oficina para as férias escolares de verão I M A L AV R A de R aquel Balsa é a of icina que o Te at ro V i r i ato está a promover para os mais novos (entre os 9 e os 12 anos), nos dias 3, 5, 8 e 9 de julho. Através de fotografia, colagens, do desenho ou Publicidade
da manipulação de materiais naturais, Raquel Balsa, propõe um reencontro com a palavra, a partir da sua imagem e do seu elemento mais si mples: a letra . Os mais novos são desafiados a partir à procura
da letra no espaço que os rodeia , em objetos do dia-a-dia, para criar o seu próprio alfabeto visual. A oficina decorre das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00 e tem uma lotação de 12 participantes.
Olá! Tens lavado os teus dentinhos todos os dias? E à noite também? Espero que sim, uma vez que é necessário faze-lo senão vão aparecer muitas cáries nos teus dentes (especialmente se fores muito guloso ou gulosa). A cárie caracteriza-se primeiro pela formação de um pequeno ponto preto na superficie do dente que depois evolui para um grande buraco, provocando muitas dores. Ela é provocada pelas bactérias (bichinhos que não se veêm ao olho nu) que estão bem coladinhas aos dentes. Quando lavas os dentes estás a tirar as bactérias e os alimentos que ficaram nos dentes. Por isso não te podes esquecer de lavar os dentes! Deves aproveitar as férias para ir ao médico dentista fazer uma revisão, ou seja, para veres se está tudo bem com os teus
dentes. Assim vais saber se andas a lavá-los mal, assim-assim ou muito bem! Vai ser engraçado! Indicações aos pais. A primeira consulta ao médico dentista deve ser efectuada antes que a criança tenha algum problema dentário. Assim aconselha-se a que os pais marquem uma consulta para que lhes sejam transmitidos os cuidados de higiene oral e alimentação que devem ter com o seu filho, evitando assim possíveis cáries. Assim, se os pais tiverem seguido os conselhos dados pelo médico dentista, a criança muito provavelmente não terá cáries e as consultas de controlo/revisão servirão não só para fazer uma avaliação do estado dos dentes, da sua cronologia de erupção e detectar precocemente algum problema oral como também para a
Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt
criança se habituar ao ambiente de um consultório dentário e recordar a sua ida ao dentista como uma boa experiência. Mais ainda, se possível deve recorrer a um médico dentista especializado em crianças, ou seja, a um odontopediatra, uma vez que este está sem dúvida mais habilitado a transmitir-lhe os cuidados necessários e a a fazer tratamentos dentários em crianças. Além disso, o ambiente do consultório/clínica deste está mais orienatdo para as crianças e estas sentemse logo mais integradas e à vonatde, diferentemente do consultório de um médico dentista generalista que é já por si assustador para elas!
Jornal do Centro
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DR
educação&formação
“A fábrica de sucesso” que venceu a melhor ideia de negócio Inovação ∑ Impressora 3D desenvolvida na EPSM apenas encontra rival na Universidade de Aveiro A Escola Profissional Mariana Seixas (EPSM), prestigiada escola da cidade, venceu há dias a segunda edição do “Concurso Intermunicipal de Ideias de Negócio | Escolas Empreendedoras” promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões. Sendo a promoção do espírito de iniciativa e empreendedor nos jovens em idade escolar o objetivo primeiro desta meritória ação da CIM Dão Lafões, para Gonçalo Ginestal, diretor pePublicidade
dagógico da EPSM, este facto tornou imperativa a participação da “sua escola”, uma vez que a elevada exigência e a qualidade desta competição entroncavam também com os valores da criatividade, do empreendedorismo, da competitividade e da responsabilidade que são, desde cedo, incutidos a todos os alunos nesta instituição. “Aqui trabalha-se com muita exigência, com muito rigor, com muito empenho e com muita dedicação em todos os pro-
jetos a que concorremos. Para nós não há fins de semana. Esta é uma escola que está sempre em pleno funcionamento e que pauta a sua conduta pelo rigor e pela exigência. E isso faz a diferença”, referiu o seu diretor. Mas, o que mudou na vida da Escola Profissional Mariana Seixas quando vê distinguido pela CIM Dão Lafões o seu projeto como o melhor de entre as cerca de 130 ideias de negócio, representativas dos 14 municípios? Nada. “Apenas
se integram os saberes no sucesso e na vida desta escola e se segue em direção ao próximo projeto”. Pa ra A ndré Sobra l, Rui Paredes e Sara Fernandes, agora em estágio curricular em empresas do concelho, construir um protótipo de uma impressora 3D a partir de hardware livre e criar todo o modelo de negócio que lhes permitiu granjear a confiança e arrecadar este prémio concedido pela CIM Dão Lafões, não é mais que o primeiro passo nesta
área. “Inovar no design e apostar comercialmente nesta impressora” é para estes finalistas do curso de Multimédia da EPSM uma possibilidade muito forte uma vez que é nesta área que “se sentem realizados”. Este projeto coordenado pelo professor Paulo Nabais, com a colaboração dos professores Ana Cristina Peixoto e Carlos Bispo, ao partir de uma sessão de “brainstorming” na qual todos os alunos participaram, transporta não só o saber
e o mérito destes vencedores mas também o trabalho de todos aqueles que deram ao projeto um “pouco de si”, referiu Paulo Nabais. “Esta forma de estar em que impera a ideia de que todos conseguimos fazer sempre mais e melhor”, asseverou o seu diretor, granjeou o reconhecimento e a confiança da cidade nesta escola, patente nas cerca de 300 inscrições que já existem para o próximo ano letivo. Pedro Morgado
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economia Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Isenção de IMI para 2013 Ilídio Silva
Micaela Costa
Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu isilva@estv.ipv.pt
Viskott apela à reconstrução sustentável Workshop∑ Isolamento térmico pelo exterior e utilização de produtos naturais para o isolamento foram os temas A Viskott, empresa de construção civil, de Viseu, organizou na passada sexta-feira, 14, um workshop com o tema “Reconstrução Sustentável”. A ação, que teve lugar no edifício Soíma, na Escola de Negócios de Viseu, abordou as vantagens do isolamento térmico pelo exterior e a utilização de produtos naturais para o isolamento térmico e acústico. O Grupo Marilina e o Grupo Corticeira Amorim marcaram presença e ex-
puseram aos presentes as várias técnicas. O objetivo da ação foi incentivar e sublinhar a importância da reabilitação das habitações, numa altura em que a construção de raiz vai perdendo força face à situação económica. Ao reabilitar-se uma habitação deve ter-se em conta técnicas que a tornem mais sustentável, desde a colocação de uma impermiabilização correta, para que se possa poupar em quecimento e
arrefecimento do espaço, tintas de maior duração, entre outras alterações. O sistema Therm Innov foi a solução apresentada no que diz respeito ao isolamento térmico pelo exterior, que se destina à aplicação de fachadas de edifícios residenciais, industriais ou de serviços. O sistema tem como principais vantagensa melhoria do conforto térmico do edifício, no inverno e no verão, redução do consumo energético associado às necessidades de aquecimento no inver-
no e arrefecimento no verão, eliminação das pontes térmicas, redução do risco de condensações no interior das habitações e prevenção do risco de aparecimento das manchas de fungos nas paredes e nos tetos, proteção das alvenarias, maior estabilidade da estrutura do edíficio, melhoria da impermeabilidade das fachadas e possibilidade de reabilitar edifícios sem desalojar os seus habitantes. Micaela Costa
Udaca apresenta novas colheitas de Branco e Rosé A UDACA- União de Adegas Cooperativas do Dão, lança amanhã, 21 , novas colheitas de vinhos brancos e rosé. O evento rea li za-se pelas 17h30 no Salão Nobre da empresa e pretende apresentar as novas colheitas de Irreverente Branco 2012, Irreverente Rosé 2012 e Dom Divino Branco 2012. A UDACA tem parti-
cipado na edição de 2013 de alguns dos prestigiados concursos de vinhos de âmbito Internacional e Nacional e conquistou diversas medalhas: no âmbito da participação no “11º Concurso Internacional de Vinos Bacchus 2013”, realizado em Madrid, foi medalhado a ouro o Adro da Sé Reserva 2005. O concurso “Challenge Internatio-
nal du Vin” reconheceu mérito ao Adro da Sé Reserva 2009, dignando-a com a medalha de bronze. No “Concours Mondial Bruxelles” foi distinguido o Touriga Nacional 2008, com medalha de Ouro. Ao nível Nacional, o Udaca Colheita 2010 e o Irreverente Tinto 2010 conquistaram a medalha de Prata e Bron-
ze, respetivamente, no “Concurso Vin hos de Portugal 2013”. Também recentemente, a Udaca foi também contemplada no Conc u rso “ I nter w i ne I nternational Wine and Spirits Challenge” em Guang Zhou , com o t í t u l o “ B e s t Ta s t i n g Award” (Melhor prova) pelo vinho tinto União. MC
Em tempos de crise, qualquer poupança que consigamos realizar é sempre oportuna, sobretudo se estivermos a falar de agregados familiares com menos rendimentos. O artigo 48º do EBF (Estatuto dos Benefícios Fiscais) permite, em certas circunstâncias, a isenção do pagamento do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). Vejamos então em que condições se poderá solicitar o pedido de isenção de IMI neste contexto e como fazê-lo. O que diz afinal o artigo 48º do EBF? O artigo 48º do EBF prevê a isenção de IMI para os prédios rústicos e urbanos destinados a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar desde que sejam respeitadas algumas condições. Quais as condições que se devem verificar para que se possa beneficiar desta isenção? De acordo com o artigo 48º do EBF, para que os sujeitos passivos beneficiem desta isenção de IMI, é necessário que: os prédios sejam efetivamente afetos a habitação própria e permanente; o rendimento anual bruto total do agregado familiar, englobado para efeitos de IRS (do ano anterior àquele a que respeita a isenção), não seja superior a 2,2 vezes o valor anual do IAS – Indexante de Apoios Sociais (2,2 x 475 x 14 = 14.630 euros); e o VPT (Valor Patrimonial Tributário) global da totalidade dos prédios rústicos e urbanos pertencentes ao sujeito passivo não exceda 10 vezes o valor anual do IAS (10 x 475 x 14 = 66.500 euros).
O que terei de fazer para benef iciar desta isenção de IMI? Em primeiro lugar, talvez seja conveniente verif icar se o seu agregado familiar cumpre as condições acima referidas. Em caso afirmativo, para beneficiar da isenção de IMI no ano de 2013, deverá apresentar um requerimento, devidamente fundamentado, até ao dia 30 de junho de 2013. Onde poderei obter a minuta do pedido de isenção de IMI? A minuta do pedido de isenção de IMI poderá ser obtida no Portal das Finanças (www. portaldasfinancas.gov. pt), na opção “Apoio ao Contribuinte; Modelos e Formulários; IMI; Pedido de Isenção”. Deverá então abrir o formulário, preencher os campos com os dados em falta e que se apliquem à situação que pretende tratar, imprimir o documento e assinar. O requerimento poderá ser entregue no Serviço de Finanças da área do prédio ou remetido por correio (de preferência, registado), em duplicado, acompanhado de fotocópia do cartão de contribuinte. Nota final. De acordo com o artigo 122º (Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro) – Normas transitórias no âmbito do EBF, no seu nº 1, até que o valor do IAS atinja o valor da retribuição mínima mensal garantida em vigor para 2010, mantémse aplicável este último valor para efeito da indexação prevista no artigo 48º do EBF. Deste modo, utilizámos nos cálculos o valor de 475 euros (retribuição mínima mensal para o ano de 2010) e não o valor do IAS para 2013 (419,22 euros).
26 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
Jornal do Centro
Leandro Cardoso
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Feira da Vitela voltou à Queirã A Giesteira, peque no lugar da freguesia de Queirã, concelho de Vou zela , recebeu no passado fim de semana, de 14 a 16 de junho, a XV edição da Feira da Vitela de Lafões, um certame que pela sua tradição congregou uma vez mais o município, a junta de freguesia, o centro social paroquial e todas as associações culturais em torno de uma ideia de sucesso ímpar nesta região: a divulgação da sua vitela. Este evento, descenPublicidade
dente direto da antiga feira da Giesteira que contou 50 edições antes de acolher a Feira da Vitela de Lafões, agora na sua XV edição, aliou à sua enorme tradição gastronómica, ao valorizar a cozinha regional, um programa diversificado com um forte pendor cultural e recreativo. Durante os três dias do certame em que, seg undo Joaquim Mendes, presidente da junta de freguesia de Queirã, merece ser destacado o
compromisso das gentes da terra para com esta iniciativa, foi ainda possível assistir ao concurso pecuário de gado bovino, ovino e caprino, às provas de atletismo e BTT, ficando a tarde de domingo inteiramente reservada aos muitos eventos culturais, à música tradicional e ao folclore. O aut a rc a , u m dos principais criadores e impulsionadores desta ação, que aproveitou para reiterar a sua recandidatura à presi-
dência da junta dizendo que em setembro irá perguntar novamente ao povo “se este quer que a gente continue a trabalhar”, realçou a enorme adesão da comunidade empresarial através da presença de 34 entidades comerciais e culturais da região. Na abertura da feira da vitela, evento que projeta este “produto” regional da marca “Lafões”, que decorreu no fim de tarde da passada sextafeira, estiveram presentes muitos autarcas da
freguesia, os vereadores da câmara de Vouzela Rui Ladeira e Eugénia Liz, diversos representantes das instituições do concelho e o deputado eleito pelo círculo eleitoral de Viseu, Acácio Pinto do PS. O encontro de música tradicional e de Folclore, a marcha popular da freguesia, a apresentação coreográfica do grupo de ginastas e karaté do Queirã Fit e a feira de insufláveis foram algumas das novidades no programa deste ano que
“arrastaram” largas centenas de curiosos a esta freguesia durante todo o fim de semana. Além dos visitantes, o au mento do nú me ro de expositores para mais de 40 levou a organização a considerar esta uma das “melhores edições de sempre” da feira , que foi uma “demonstração de grande vitalidade” desta pequena freguesia de Vouzela, “apesar da crise”. Pedro Morgado
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desporto 6ª edição da Feira do Atleta viseense Desporto no Parque medalhado no Urbano de Santiago Campeonato Nacional Judo
Decorre este fim-de-semana a 6ª edição da Feira do Desporto de Viseu. O evento organizado pelo Município de Viseu, e que conta com a colaboração de mais de duas dezenas de instituições do concelho, terá lugar no Parque Urbano de Santiago nos dias 21, 22 e 23 de junho. A abertura oficial da Feira está marcada para as 17h00 de sexta-feira, seguida de uma visita oficial aos 24 stands, estando agen-
João Sá , judo c a do Dínamo Clube da Estação subiu ao pódio no passado dia 15 de ju n ho , no P i n h a l N o v o (S e t ú b a l ) , n o Campeonato Nacional de Judo 2013 - Sub-23 + 90 Kg. O jovem de apenas 1 7 a no s a r re c adou a medalha de bronze no este escalão para atletas até aos 23 anos. MC
dada a sessão de encerramento para dia 23 (domingo) pelas 18h45. Nestes 2 dias e meio de Feira do Desporto serão realizadas mais de 60 atividades destinadas a todas a faixas etárias da população, num evento que visa, além da promoção da prática desportiva, aumentar o nível de notoriedade das instituições do concelho. O programa de atividades pode ser consultado em www.cm-viseu.pt.
Tertúlia Desportiva traz jogadores da I Liga a Viseu
“O percurso para a alta competição” é o tema da tertúlia, que decorre amanhã, 21, no Palácio do Gelo. No evento marcam presença vários jogadores da I Liga de futebol, entre os quais
o viseense Licá, recente reforço do Futebol Clube do Porto, além de outros jogadores, e velhas glórias, como Neno, que defendeu as balizas do Benfica e Vitória de Guimarães. MC
Prova de Perícias em Mangualde Decorre domingo, 22, pelas 1 4h30, em Mangualde o Troféu de Perícias “Chama 2013”. A prova de perícia au-
tomóvel, que se realiza junto às Piscinas Municipais de Mangualde, vai conta r com a presença de Jorge Almei-
d a , pi lo to d a c a s a , e vencedor absoluto do Troféu Nacional de Perícias 2012. A prova é organiza-
da pela Câmara Municipal de Mang ualde e Sla lom Clube de Portugal, e está integrada no calendário oficial da
Federação Portuguesa d e A u to m o bi l i s m o e Kart. A iniciativa, que já no distrito de Viseu já marcou presença
em Tabuaço, a lém de M a n g u a ld e , v a i a i n da passar por Lamego, Sátão e Resende. MC
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MODALIDADES | DESPORTO 29
Jornal do Centro 20| junho | 2013
Futebol
Hugo Lopes volta a subir ao pódio
Planteis ganham forma entre renovações e reforços
Micaela Costa
Automóveis
Hugo Lopes somou segunda vitória na Iniciação no Campeonato de Portugal de Offroad. Em Sever do Vouga repetiu a vitória conquistada umas semanas antes em Lousada. O jovem viseense ainda teve um percalço numa manga, onde foi obrigado a desistir, mas na final liderou durante toda a corrida. Nos Super Cars, o seu pai, José Cruz, viu-se a braços durante todo o fimde-semana com problemas de pressão no turbo Publicidade
do seu Peugeot 306 T16, mas acabou por conquistar o terceiro lugar e subir ao pódio. Nos Super 2000, divisão mais concorrida do campeonato, João Oliveira conseguiu a presença entre os 8 pilotos que disputaram a final A, terminando na 7ª posição no que foi um fim-de-semana bem conseguido para o piloto viseense. O campeonato segue agora para Mação, nos dias 6 e 7 de julho. MC
Académico
Tondela
Ibraima So é mais um jogador a renovar contrato com o Académico de Viseu, e volta assim a ser opção para Filipe Moreira na nova época. O guineense naturalizado português, de 25 anos, foi dos mais utilizados na época passada. Junta-se na lista de renovações, além de Nuno Ricardo e Zé Rui, a Tiago Gonçalves, que também acertou com o clube a sua continuidade no Académico de Viseu. O defesa central viseense assinou por uma época. Na lista de reforços, e até ao fecho desta edição, estavam oficialmente confirmadas as contratações de Leonel Alves, médio esquerdo de 25 anos, um velho conhecido de Filipe Moreira, de quem foi jogador há duas épocas no Tondela, além de Tiago Rosa, defesa lateral direito de27 anos, ex-União de Leiria, e também já treinado pelo actual técnico academistas no Mafra. A outra contratação é Paulo Monteiro, defesa central de 28 anos, e que jogava no Santa Clara dos Açores.
Calé, médio ofensivo brasileiro de 24 anos, ex- Leixões, Kevin Amuneke, avançado nigeriano de 27 anos, que esteve ao serviço do Trelleborgs (Suécia) e Deyvison, defesa brasileiro de 24 anos, que alinhava nos turcos do Kartalspor, são reforços no Desportivo de Tondela. Deyvison reencontra Boubacar, com quem jogou há duas épocas na Turquia, que vai continuar a ser opção para Vítor Paneira.
Lusitano Depois de seis épocas no Lusitano Futebol Clube, de Vildemoinhos, onde foi capitão de equipa, Serginho decidiu colocar um ponto final na sua carreira. O jogador despede-se do clube com duas subidas de divisão (em 2008/2009 subiu ao escalão maior da AF Viseu e em 2012/2013 fez parte do plantel que conquistou a Divisão de Honra e a subida ao Campeonato Nacional de Seniores). De saída estão também Marcos Bastidas, João Borges, Paulo Listra, Cristiano Ribeiro e Friday Ngbe. Já Álvaro Dias, jogador que chegou ao clube durante a temporada passada, vindo do Académico de Viseu, renovou contrato com os trambelos.
30 DESPORTO | ANDEBOL
Jornal do Centro 20 | junho | 2013
ASSOCIAÇÃO DE ANDEBOL DE VISEU
A Associação de Andebol de Viseu, comemorou no passado fim-de-semana 25 anos. Nasceu em 1988. Embora a modalidade já existisse no distrito, esteve até então integrada na antiga Associação de Desportos. Em junho desse ano, ganhou autonomia e teve como primeiro presidente Valdemar Santos. Arrancou com três clubes filiados: Associação Académica de Viseu, Clube Académico de Futebol, e a Associação Recreativa e Cultural de Oliveirinha (Carregal do Sal). Hoje, passados 25 anos, tem 18 clubes filiados, 62 equipas em competição e mais de 1200 praticantes. Joaquim Escada é o atual presidente da Associação de Andebol e em conversa com o Jornal do Centro passou em revistas o estado da modalidade no distrito, os momentos marcantes da Associação e os desejos para o futuro de uma Associação que, para Joaquim Escada “apoia, impulsiona e dá ideias” mas que não esquece “o trabalho de terreno que é apenas mérito dos vários clubes”. Que crescimento teve a Associação nestes 25 anos?
O nosso objetivo foi sempre engrandecer o andebol. Há momentos em que é preciso fazer sacrifícios e outros em que estamos mais folgados, mas temos que aceitar e perceber que só assim construímos uma história. Mesmo aqueles que não conseguiram ser tão felizes como estamos a ser neste momento, foram importantes para termos chegado até aqui. E no que diz respeito à modalidade no distrito?
A Associação foi criada Publicidade
com três clubes. No ano de 1997, quando chegámos, tínhamos quatro, já tivemos 20 e agora estabilizámos nos 18. Queremos pelo menos um clube por concelho, ou seja 24, mas sabemos que não é fácil. Podemos dizer que crescemos, não só em número de clubes mas também em atletas e em trabalho. Temos uma base de formação também muito boa e agora é trabalhar para continuar a evoluir. E de que forma a Associação pode ajudar no aumento de clubes?
Incentivando os jovens, pois são eles que alimentam os clubes. Nós tentamos fazer um trabalho integrado, com a finalidade de chegar a muitos locais. Temos projetos junto das escolas, este ano movimentamos 8 mil jovens. Depois temos apostado na formação nos Centros de Formação de professores, para incentivar a criação de torneios interescolas. Assim como os protocolos com as Câmaras Municipais, que têm colaborado bastante com a Associação, que são pontes para a criação de novos clubes. A Associação tem ao longo destes anos organizado vários eventos a nível nacional e internacional. Esta é uma aposta?
Sem dúvida. Desde sempre tivemos uma perspetiva, que é a de criar a ligação entre o trabalho de base que estamos a fazer com as referências do andebol. Come-
çamos junto dos mais novos a organizar eventos de cariz nacional, que lhes possibilitem ganhar alguma experiência. Promovemos junto dos clubes a criação de torneios que tragam equipas de referência, para que os jovens percebam que têm capacidades para jogar com boas equipas, e isso até já permitiu que fossem campeões nacionais. E depois trazemos as referências maiores do andebol nacional e internacional, com equipas seniores. Como é o caso do torneio de São Mateus, a vinda das seleções nacionais (femininas e masculinas) que andam pelo distrito a fazer jogos de apuramento para os campeonatos da europa e mundiais. Que momentos marcaram este quarto de século?
São vários. De destacar quando os clubes foram campeões, o alargamento das equipas de andebol, a adesão do 1º ciclo, a vinda para a Sede, o campeonato mundial que organizámos e, sem dúvida, as comemorações destes 25 anos. Como correram os festejos?
Foi u m d i a mu ito marcante. Não quisemos fazer a típica festa de cortar o bolo e cantar os parabéns. A ideia foi juntar muitos adeptos da modalidade (cerca de 600 jovens) e proporcionar a prática do desporto. Estiveram também várias figuras da história da Associação que fazem e fi-
Micaela Costa
“Queremos, pelo menos, um clube por concelho”
A Joaquim Escada, presidente da Associação de Andebol de Viseu zeram parte da evolução e da implementação do andebol no distrito. E aproveito para agradecer a todos os que acreditam em nós. Quais são os próximos eventos?
Estamos a preparar um momento alto em agosto, nos dias 24 e 25. Não podemos ainda revelar muita coisa, mas pode-se adiantar que são sete equipas nacionais e para além dos jogos vai haver uma grande festa. Se daqui a 25 anos lhe voltasse a perguntar como está a modalidade no distrito o que gostaria de dizer?
Que tínhamos uma base alargada de praticantes, em todos os concelhos do distri-
to de Viseu. Escalões de formação, femininos e masculinos, a participar nos campeonatos nacionais. Que tínhamos equipas seniores a disputar o campeonato da primeira divisão, atletas nas seleções nacionais e a serem cobiçados para irem para as principais equipas. Que as escolas dos distritos tinham muitos jovens a praticar a modalidade. E, fundamentalmente, que estávamos a ser um impulsionador e parceiro, na melhoria da cultura desportiva. MC
Jornal do Centro
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em foco VIII Encontro Nacional de Smarts em Viseu
O clero, a nobreza, os mestres de ofício e os servos da gleba “assentaram arraiais” em Lamego. Ao longo de três dias e três noites o tempo “voltou” atrás e a cidade foi palco de uma evocação histórica do comércio, das artes e dos ofícios medievais. Milhares de pessoas por ali foram passando ao longo do passado fim de semana para se incorporarem nessa festa, uma das recriações históricas mais importantes do Norte do país, e na abertura ao público do castelo como espaço museológico após a conclusão da intervenção efetuada no local no âmbito do projeto de regeneração urbana Viver Lamego. Vestida a rigor, a “pátria” de todos os lamecenses transformou-se num ambiente efervescente e repleto de animação onde as ruas e ruelas da zona alta da cidade eram, ao mesmo tempo o palco de eleição para os “jogos de destreza e perícia, reinos de armas e preitos de vassalagem a D. Afonso”, para além de “bailias e folguedos com músicos”. Cavaleiros e donzelas, regateadores e mercadores, artesãos e artífices fizeram desta feira um sucesso que bateu todos os recordes na afluência de visitantes. PM
A Finiclasse recebeu no dia 16 de junho cerca de 30 viaturas e 60 pessoas nas suas instalações. Foram efetuados testes drives com Smart fortwo, Smart eletric drive e ebike. Seguiu-se uma visita ao centro histórico de Viseu, almoço no Fontelo, passeio pela região e uma visita ao museu do Quartzo. No final houve oferta de brindes da marca e patrocinadores às pessoas presentes.
DR
Feira “catapulta” Lamego para o passado
DR
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ADICES /Cooperar em Português /Lusofonia Jornadas Técnicas - 24.Junho.2013 - 14h30 - Santa Comba Dão Espaço de Eventos Restaurante Cota Máxima
Triângulo Atlântico - Dinâmicas de Investimento Brasil - Moçambique - Portugal
PROGRAMA
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DESTINATÁRIOS: Associações de Desenvolvimento Local Empresários e Organizações dos territórios parceiros
Organização: ADICES /Parceiros Cooperar em Português e Lusofonia Apoio: AICEP Parceiro: Restaurante Cota Máxima
Inscrições: Adices 232880 080 / adices@adices.pt
14H30 - Abertura – Direção da ADICES Ana Souto - Dueceira - Chefe do Projeto Cooperar em Português Jorge Rodrigues - ADIRN - Chefe do Projeto Lusofonia 14H45 – Início dos trabalhos - Comunicações: João Pedro Alves - Apoios à Internacionalização (AICEP) Simão Sevene - Presidente da AJAM - Assoc. dos Jovens Agricultores de Moçambique Vera Lyra - Consultora Especialista em Dinâmicas de Desenvolvimento - Universidade Federal da Baía - Brasil Amélia Zambeze – AMRU (Associação das Mulheres Rurais) – Moçambique Rodrigo Lyra – Especialista em Design Social (artesanato, turismo e economia social) – Brasil 16H30 – Debate 17H00 – Encerramento
D Quartzo do Brasil no Museu do Quartzo
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culturas expos
Arcas da memória
Destaque
Doutor s… “Especialista em amor”
∑ Auditório Municipal Carlos Paredes
Até 31 de julho, a exposição de escultura e pintura, “Era um Sonho...Era uma Noite”, de Artur Aleixo ∑ Salas de Exposições Temporárias
Até 28 de junho, a exposição “Novos Cenários” VISEU ∑ Instituto Piaget ção internacional, coletiva e itenerante da II Semana Internacional de Educação Artística da UNESCO TONDELA ∑ Mercado Velho Até 30 de junho, aexposição do NARV (Núcleo de Arquitetos da Região de Viseu), uma evolução da produção arquitetónica do distrito SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura De 23 de junho a 21 de julho, uma exposição de fotografia, a “Distância que Existe…”, de Leandro Guardado
A Susana Santos (na imagem) junta-se a Jorge Queijo e Maria Mónica
Trompete, bateria e vídeo no Lugar do Capitão Quintas ao Jazz ∑ Junho marca o encerramento da primeira temporada
Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h20, 00h20* Velocidade Furiosa 6 (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h10, 21h50, 00h30* WWZ: Guerra Mundial (CB) (Digital)
Era uma destas tardes quentes que entretanto medeiam a fresquidão de algumas atmosferas inusitadas para este tempo de finais de Primavera que requer a quentura benfazeja do sol para o amadurecimento das cerejas e o dourar de algumas das últimas searas que lavradores saudosos ainda gostam de ver amadurar nas courelas trazidas de uma herança antiga. Eu atravessava uma das praças da cidade, vazia na modorra da tarde. Um rapaz, era ainda um rapaz, era negro de cor, daquela cor que referimos do azeviche, dizemos nós, e que atravessava a praça, como eu, aproximou-se de mim e estendeu-me, com gentileza, um pequeno papel que eu aceitei. Pequenos rectângulos que toda a gente conhece. Colocam-nos nos nossos carros. A mim também. Mas este, assim entregue, quis guardá-lo e guardo-o ainda. Tinha um nome, um título abreviado e em vez de aspas uma estrela e um crescente. Depois a declaração do especializado mester do portador - “Especialista em amor”. E foi isto que me chamou a atenção embora se alongasse a listagem de serviços eventualmente a prestar e a que não dei grande atenção ou porque descrente da solução que por ele me seria apresentada, tal a questão financeira que certo ministro do reino só me agrava, o jogo onde vou perdendo uns eurozitos no euromilhões, maus olhados, mal de in-
As Quintas ao Jazz recebem esta edição Susana Santos Silva, uma das poucas mulheres a dominar o trompete. A ela junta-se Jorge Queijo na bateria e Maria Mónica a manipular vídeo em tempo real. O concerto realiza-se no Lugar do Capitão (Bar/restaurante), em Viseu, hoje, 20, pelas 21h30, no âmbito da primeira temporada de programação Quintas ao Jazz, desenhada pela
associação cultural Gira Sol Azul. “É preciso não refletir, não organizar e não poluir sonicamente, a não ser que seja esse o desejo imediato”, avisa Susana Santos Silva. Sem um horizonte à vista e vagueando por caminhos extensos entre o free-jazz e o experimentalismo não conceptual, a trompete e bateria relacionam-se numa intimidade musical orgânica. Dois músicos residentes
no Porto, com experiências musicais ecléticas e formas singulares de sentir o mundo acompanhados com vídeo em tempo real de Maria Mónica. O primeiro álbum está na forja e contará com serigrafias de Maria Mónica. O mês de Junho marca o encerramento da primeira temporada de Jazz.
Sessões diárias às 13h30, 16h00, 18h30 Max e os Dinossauros VP (M6) (Digital)
Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h00, 23h30* Monstros: A Universidade VP (CB) (Digital)
Velocidade Furiosa 6 (M12) (Digital)
Os estagiários (M12) (Digital)
Sessões diárias às 11h00 (Dom.), 13h20, 15h50, 18h20 Epic - O Reino Secreto V.P. (M6) (Digital)
Sessões diárias às (11h20 Dom.), 14h10, 16h35, 19h00, 21h25, 23h50* Monstros: A Universidade VP (CB) (Digital 3D)
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10* WWZ: Guerra Mundial (CB) (Digital 3D)
Sessões diárias às 21h50, 00h30* A Ressaca - Parte III (M16) (Digital)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00, 16h25, 18h50, 21h30, 23h55* A Ressaca - Parte III (M16) (Digital)
20 | junho | 2013
Durante este mês o Museu do Quartzo destaca um exemplar com moscovite proveniente do Brasil.
VILA NOVA DE PAIVA
Até 25 de junho, a exposi-
Jornal do Centro
Sessões diárias às 21h10, 00h10* Além da escuridão: Star Trek (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h10, 21h40, 00h25* Os estagiários (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h00, 16h55, 21h00, 00h20*
Micaela Costa micaela.costa@jornaldocentro.pt
Sessões diárias às 13h10, 15h55, 18h40, 21h20, 00h00*
Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h10, 21h40, 00h15* Mestres da Ilusão (M12) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
veja, julgo que não mereceria isso de ninguém, tabaco que não fumo, álcool, só pouco, às vezes e às refeições. Lia-me a sorte, previa o meu futuro, mas eu julgo que o meu destino em definitivo foi traçado. Depois falava de justiça, coisa que os tribunais ainda andam a aprender. Amor, finalmente. “Não sofra mais por amor”, terminava assim. Como? E eu não acreditei no pobre rapaz que me deixou morada e outros contactos no rectângulozinho de papel. Que de mal de amor penaremos sempre. Dos que perdemos, dos pais, dos avós, dessa saudade que ninguém mitiga. De um amor de companheirismo, que cada um leva e sofre como pode. O amor dos filhos. Que dizer disso agora? Temos de vê-los partir para longe, estranhas pátrias que o não são para eles e de coração partido ficamos. E a mim acontece. E o amor por esta terra, por esta pátria?! Dedicamoslhe uma vida de trabalho. E o quisemos fecundo. E honesto. E estes novos “pais da pátria” que acham que isso não valeu! Que me perdoe a descrença o rapaz tranquilo que naquela tarde me estendeu o rectângulo de papel como se a minha felicidade ali estivesse contida. Se o tornar a ver vou dizer-lhe que está tudo bem. Mas não está.
Estreia da semana
WWZ: Guerra Mundial – Gerry Lane (Brad Pitt) é um funcionário das Nações Unidas, que percorre o mundo numa corrida contra o tempo para tentar parar uma pandemia zombie que ameaça dizimar a humanidade.
Jornal do Centro 20| junho | 2013
culturas
D Xutos e Pontapés em Cinfães
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O grupo de rock português, Xutos e Pontapés atuam em Cinfães domingo, 23.
Micaela Costa
Destaque
A Apresentação pública do novo projeto artístico da ACERT contou com a presença da autarquia e do Turismo do Centro
Trigo Limpo recria Salomão de Saramago São mais de cinco metros de altura e seis de comprimento, de uma estrutura em vime e madeira, pois dizem os mentores que “os materiais ligados à terra têm mais simbolismo”. Salomão, assim se chama o elefante que ganhou vida em Tondela, pelas mãos dos artistas do Trigo Limpo teatro ACERT. O elefante Salomão, que “saltou” da história, “A viagem do elefante”, do escritor José Saramago, é o mote para a nova produção artística da companhia de teatro. O espetáculo de rua do Trigo Limpo conta com a coprodução musical da Flor de Jara (Espanha), com Luís Pastor, a dar voz e mãos à guitarra. O cantautor criou com José Saramago “Nesta Esquina
do Tempo”, um livro/disco em que musicou os seus poemas e que encerra com a voz do nosso escritor. Esta viagem, que também contou com a inteira colaboração da Fundação José Saramago, vai percorrer, a partir de dia 29, várias localidades, de Portugal e até de Espanha. Este é um projeto ambicioso, mas que demonstra a capacidade de sonhar que sempre caracterizou a companhia. “Este projeto faz uma síntese do que é o trabalho da ACERT. Continuamos a manter esta enorme capacidade de sonhar”, sublinhou Miguel Torres da ACERT. Uma equipa fixa de atores, técnicos e produtores, num total de mais de 20 pessoas, vai deslocarse por nove localidades,
percorrendo um caminho, tal como fez Salomão de Saramago. A aventura começa em Figueira de Castelo Rodrigo, vai depois para São João da Pesqueira, Pinhel, Sortelha (Sabugal), Fundão, Castelo Branco, Tondela e por fim Madrid (Espanha). Todas estas paragens vão tornar o espetáculo único, como explicou Zé Rui Martins da ACERT: “cada espetáculo é único. Em cada paragem juntamse à nossa equipa cerca de 80 pessoas locais”. A “arquitetura de cada localidade” também será “integrada no espetáculo” assim como grupos tradicionais de cada regiãoque vão “oferecer ao espetáculo uma identidade local”, como é o caso dos bombos
de Lavacolhos no Fundão, as adufeiras de Monsanto em Castelo Branco e as concertinas de Figueira de Castelo Rodrigo. O grande objetivo do espetáculo é que este “não se confine apenas ao dia da apresentação”, para isso o grupo de teatro deslocase para as localidades na terça-feira que antecede o sábado, dia do espétaculo. “Há sempre um processo de construção que tem de deixar marcas”, explicou o ator e encenador Pompeu José. “Temos que lá estar cinco dias [em cada localidade] para deixar a doença, para deixar o nosso bichinho”, acrescentou. Para já a organização do espetáculo está a preparar uma digressão que se prolongue até 2015, pois como José Rui Martins explicou,
“o objetivo é potenciar ao máximo o espetáculo”. “Seria um erro fazer uma produção desta natureza para esgotar numa temporada, porque mesmo o próprio investimento é avultadíssimo”. Segundo José Rui, as partes do projeto que são quantificáveis atingem cerca de 200 mil euros, contudo “há muita coisa que não entra nestas contas”. Catalunha e Bilbau são localidades que também já mostraram interesse em levar o Salmão e, para já, “as possibilidades estão em cima da mesa”, afirmou a organização. A criação de todo o projeto, para além de todo o trabalho e dedicação depositado pelo Trigo Limpo, teve o apoio da Direção Geral das Artes, do Turis-
mo do Centro e da Câmara Municipal de Tondela. Na apresentação pública do espétaculo, Pedro Machado, do Turismo do Centro, sublinhou que este é um projeto que “o turismo é a indústria dos sorrisos e dos sonhos” e que interpretam neste projeto “um sonho de valor acrescentado e que pode provocar no consumidor do turismo aspetos adicionais para a atratividade da região”. José António Jesus, vicepresidente da autarquia e vereador da cultura, referiu que “esta é uma iniciativa que projeta Tondela para o país” e “é um projeto e uma estrutura criativa determinantes para o território”.
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Micaela Costa
D 500 anos do Foral de D. Manuel em Viseu
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culturas
O som e a fúria
Pelas Ondas da Rádio Crónicas Soltas
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20 | junho | 2013
Decorre na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva a conferência “Viseu: Território e administração nos inícios do século XVI, por José Adolfo Marques. A iniciativa está marcada para amanhã, 21, pelas 21h30
Destaque
Olegário Fernandes nascido em Alvite, quem em linha recta prolonga o extenso planalto da Serra da Nave até às fímbrias de Vila Nova de Paiva, parte integrante das Terras que Aquilino baptizou do Demo, sita a pouco mais de duas léguas corridas da “velha Barrelas de um sino”… é um estimado “paivense” por opção própria e adopção de todos quantos o são de facto e com ele conviveram nestas últimas décadas. Olegário Fernandes, com quem tive o prazer de privar em muitas e amenas cavaqueiras, publicou as suas crónicas de um tempo curto mas rico, a 57 textos cingidos e proferidas aos microfones da Rádio Escuro, a emitir ondas em 98.0, daquele terreno sobranceiro ao campo da bola, no Alto do Facho, porfiadamente, há 26 anos, para os concelhos em redor. E o resultado final aqui
Jornal do Centro
está, em livro lavrado, com capa alusiva a outras peregrinações da nossa geografia sentimental: a Serra da Lapa encanecida pela neve ladroa, useira e costumeira e, no seu interior,
um conjunto de textos de temática heterogénea, que vai desde personagens locais, nas suas bizarrias e competências, até aos políticos malévolos e benévolos das nossas praças, Publicidade
A “excepção cultural” Maria da Graça Canto Moniz
sem e s quecer i n st it u ições de mérito, crises de valores e reflexões profundas e assisadas acerca deste mundo tão bulhento quanto insensato… Olegário Fernandes, uma vida inteira de serviço público, aposentado como inspector principal da IGF, homem probo e límpido, deixa-nos na sua escrita o princípio que avoca: “Nem tudo p que se sente é para ser dito publicamente, mas tudo o que se diz deve sentirse e deve exprimir-se sem peias nem amarras. Nesta base, em que sempre vivi, assentaram as linhas que escrevi.” A nossa homenagem a este homem da Nave e à sua escrita escorreita, elegante e frontal. Paulo Neto
No início deste ano os EUA iniciaram negociações com a União Europeia (UE) para a criação de uma zona de comércio livre entre os dois lados do Atlântico. Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, só vê vantagens no acordo: “criação de empregos de grande qualidade, impulsionar o crescimento dos dois lados sem tirar dinheiro do bolso dos contribuintes”. O problema, caro Schulz, é a Cultura. Melhor, a Europa – sua identidade e sobrevivência. O objetivo da criação de uma zona de comércio l iv re é a eliminação das tarifa s, quota s e prefe rências que recaem sobre a maior parte dos bens importados e exportados entre os países que participam do acordo. Assim, dizem os entendidos, estimula-se o comércio entre as parte por meio da especialização, da divisão do trabalho e da vantagem comparativa do David Ricardo. Em 1988, a Comissão Europeia introduziu as conhecidas regras da “excepção cultural” (também adoptadas nas negociações da Organização Mundial do Comércio), segundo as quais os filmes e os trabalhos audiovisuais são tratados de maneira diferentes dos demais produtos comerciais. Afinal,… são obras do espírito! Ora, isto permite aos Estados-Membros apoiar, através de vários mecanismos nacionais, a promoção da cultura,
que, até há bem pouco tempo, era um dos objetivos políticos da UE. Mas, se aquele acordo for aprovado, tanto o cinema como a música se banalizam e passam a ser tratados como produtos comerciais comuns. Já hoje, 60% dos filmes exibidos nos cinemas do lado de cá do Atlântico são produções de Hollywood, o que irá acontecer quando o cinema europeu ficar sem apoio público? O Godard e o Trufaut devem andar às voltas na tumba. Daqui para a frente, o que signif icará “vanguarda”, “avant-garde”? Pois, claro,… “EUA”. Mais de sete mil realizadores de cinema assinaram uma carta aberta de apoio à exceção cultural, incluindo nomes de prim e i r o pl a no c o m o Michael Haneke, Almodóvar, Ken Loach, Cristian Mungiu, os irmãos Dardenne, Andrzej Wajda, Agnieszka Holland, Krzysztof Zanussi, ou Jerzy Skolimowski. Ficaram esquecidas as palavras entusiastas do Presidente Barroso que assegurava, em 2005, que “na escala de valores, a cultura vem á frente da economia”. O que terá acontecido ao slogan da Comissão Europeia: “A europa ama o cinema”? Caro leitor, morreu. Como morreram todos os ideais que um dia fundaram esse assombro metamorfoseado a que chamam UE. O coração da Europa, o seu legado sociocultural, vai a leilão. Get ready.
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saúde e bem-estar CHEGADA DO VERÃO ASSINALADA EM VISEU COM EVENTO DE “FITNESS”
Serviço urgente de farmácia está em causa na vila de Cinfães Falência ∑ Uma das duas farmácias fechou as portas ∑Semana sim, semana não, utentes obrigados a recorrer a outro concelho A vila de Cinfães está sem farmácia de serviço permanente semana sim semana não. Uma das duas farmácias existentes na vila encerrou em consequência de um processo de falência e a única farmácia a funcionar “está proibida pelo Infarmed de alargar o seu horário de serviço urgente para além do que lhe estava anteriormente atribuído” obrigando a que a dispensa urgente de medicamentos seja assegurada apenas em uma de cada duas semanas.
A denú ncia é feita pela Comissão Concelhia de Cinfães da CDU. A CDU explica numa nota à imprensa que “em semana não os doentes atendidos na urgência de Cinfães ou arriscam esperar pelo horário de normal funcionamento da farmácia ou fazem uma viagem forçada de dezenas de quilómetros até Marco de Canaveses, Resende, Castro Daire, … onde estiver a farmácia de serviço mais próxima”. Para a CDU trata-se
A CDU diz que é um “problema de saúde pública” de “uma limitação inaceitável” e de “um pro-
blema de saúde pública” que “prejudica se-
riamente a população necessitada” e reclama que a situação seja revista “com a urgência que se impõe”. “A p o p u l a ç ã o d e Cinfães tem necessidade de serviço de farmácia em permanência. Só nos falta agora que, para além do nosso isolamento, do desemprego, da perda de rendimentos, nos queiram também tirar a possibilidade de adquirir medicamentos quando deles necessitamos”, conclui. Emília Amaral
A chegada do ve rão va i, ser assi nalada em Viseu, na s e x t a -fe i r a , d i a 2 1 , com uma mega aula de “f itness” organizada pela Câmara de Viseu , em pa rceria com três ginásios. O evento “Fitness Welcome Summer”, que está integrado na Feira do Desporto, decorrerá no P a r q u e Ur b a n o d e Sa nt i a go e tem entrada livre. O “ F i t n e s s We l come Summer” tem início marcado para as 23h00 e uma duração aproximada de duas horas.
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Jornal do Centro
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20 | junho | 2013
Câmara de Vouzela incentiva idosos à prática de exercício físico
A Escola de Negócios das Beiras, em Viseu, vai promover um curso de suporte básico de vida com práticas em manequim de reanimação, este sábado, dia 22, entre as 10h00 e as 17h00. O enfermeiro Nelson Martins, especialista da unidade de cuidados intensivos coronários do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, vai explicar como em momentos problemáticos cada segundo é fundamental, e ensinar a prestar os primeiros socorros que podem garantir a sobrevivência de alguém. EA
DR
DR
Curso ensina a prestar os primeiros socorros
Programas∑ A mensagem é de que o desporto não tem idade Cerca de 100 seniores do concelho de Vouzela participaram na quinta-feira, numa camin hada que ma rcou o encerramento do projeto “Ginástica de Manutenção”, do programa “Desporto não tem Idade”, uma iniciativa da Câmara Municipal que decorre desde Outubro de 2010 e que este
ano envolveu duas centenas de seniores de 10 freguesias do concelho. Na sexta-feira, dia 14 a autarquia encerrou o projeto “Hidrosénior”. A a t i v i d a d e c o n to u com a presença de cerca de 30 seniores e teve lugar na Piscina Municipal local onde decorreram as aulas durante
este ano letivo. Com estas iniciativas, o Município de Vouzela revela que pretende “fomentar o convívio e a prática regular de atividade física no público mais velho” Os projetos deverão regressar ao concelho em outubro. Emília Amaral
EM CASO DE INTOXICAÇÃO
808 250 143 chamada local
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CLASSIFICADOS 37
20| junho | 2013
EMPREGO
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Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126
Fiel de armazĂŠm. Lamego - Ref. 587857844
Ajudante de cozinha. SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira - Ref. 587869870
Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100
Centro de Emprego de Dão Lafþes. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt
Cozinheira / cozinheiro Ref. 588095066 – São Pedro do Sul Cozinheira/o com experiência.
Motosserrista Ref. 588094743 – São Pedro do Sul Motosserrista com experiência.
Mecânico de mĂĄquinas agrĂcolas Ref. 588108771 – Castro Daire Mecânico de mĂĄquinas agrĂcolas com ou sem experiĂŞncia.
Centro de Emprego de Dão Lafþes. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
Eletricista Ref. 588106508 – Tondela Eletricista para trabalhos em construção civil.
Carpinteiro Ref. 587994466 – Tondela Candidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.
Eletromecânico de eletrodomÊsticos Ref. 587889139 – Tondela Eletromecânico/Reparador de eletrodomÊsticos para trabalhar linha branca, com experiência.
Canalizador Ref. 588107411 – Tondela Canalizador com experiência.
Engenheiro eletrotÊcnico de sistemas de energia Ref. 588107407 – Mortågua Experiência em turbinas eólicas, fluência em inglês e disponibilidade para trabalhar cerca de 80% do tempo no estrangeiro.
Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. JosÊ da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Pedreiro Ref. 5881084176 – Tempo Completo - Viseu
Cozinheiro Ref. 588103407 - Tempo Completo – Viseu
Cozinheiro Ref. 588107888- Tempo Completo Viseu
Ajudante Cozinha Ref. 588104643 - Tempo Completo – Viseu
Condutor Måquina Escavação Ref. 588100519 - Tempo Completo - Viseu
Montador/calibrador Pneus Ref. 588092863- Tempo Completo – Viseu
TÊcnico Vendas Ref. 588103549 - Tempo Completo – Viseu
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- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00₏ 917 921 823
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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informaçþes ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situaçþes em que a oferta de emprego publicada jå foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
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38 CLASSIFICADOS
20 | junho | 2013
INSTITUCIONAIS
OBITUÁRIO Luzia Isidora Vaz, 94 anos, casada. Natural de Cujó, Castro Daire e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.
1ª Publicação
Rosa de Sousa Teixeira Barbosa, 89 anos, viúva. Natural de Terras do Bouro, Braga e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de junho, pelas 19.30 horas, para o cemitério de Mamouros, Castro Daire.
2ª Publicação
António Condeço, 95 anos, viúvo. Natural e residente em Ribolhos, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 17 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Ribolhos. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Umbelina Lopes de Almeida, 86 anos, viúva. Natural e residente em Abrunhosa do Mato, Cunha Baixa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato. Álvaro Ferreira da Silva Castelo, 89 anos, solteiro. Natural e residente em Travanca de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 16 de junho, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Travanca de Tavares. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Américo Cruz Loureiro Nelas, 84 anos, casado. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 15 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097 José Gouveia, 89 anos, casado. Natural e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 15 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério local. (Jornal do Centro - N.º 587 de 13.06.2013)
Maria do Céu, 92 anos, casada. Natural e residente em São Vicente de Lafões. O funeral realizou-se no dia 18 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252
(Jornal do Centro - N.º 588 de 20.06.2013)
1ª Publicação
Nair Jesus Amaral, 83 anos, viúva. Natural e residente em Pedrosas, Sátão. O funeral realizou-se no dia 13 de junho, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Sátão. Maria Adelaide Coelho Pereira, 57 anos, casada. Natural e residente em Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de junho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Santos Evos.
Natália Teixeira Garcia Agente de Execução
EDITAL DE VENDA
Silvina de Jesus, 77 anos. Natural e residente em Vila Cova, Sátão. O funeral realizou-se no dia 15 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão.
2ª Publicação
Afixado em ..…/…../….. A Agente de Execução, Processo: 322/06.7TBOFR
Maria Helena Alves de Carvalho, 64 anos, casada. Natural e residente em Barreiros, Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Barreiros.
N/Referência: PE/387/2006 Data: 04/06/2013 Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, Crl. Executados: Casimiro da Silva Nunes e outro
Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503
Processo n.º 322/06.7TBOFR Tribunal Judicial de Oliveira de Frades – Secção Única FAZ SE SABER que nos autos acima identificados, encontra se designado o dia 26 de Junho de 2013, pelas 14:30 horas no Tribunal Judicial de Oliveira de Frades para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento na secretaria, pelos interessados na compra do seguinte bem: Verba Única Prédio rústico, constituído por terreno de cultura com videiras, mato, sobreiros e castanheiros, com 4650 m2, sito no Lugar de Vessada e Testada, freguesia de Campia, concelho de Vouzela, inscrito na matriz sob o nº 2552 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Vouzela sob o n.º 6891/20110404. O bem pertence ao executado: Casimiro da Silva Nunes, residente em Destriz, 3680 042 Oliveira de Frades. Valor Base: 18.150,00 euros. Serão aceites as propostas de melhor preço acima da quantia correspondente a 70% do valor base. Não se encontra pendente oposição à execução. Não foram reclamados créditos. É fiel depositário, que os deve mostrar a pedido, Casimiro da Silva Nunes, residente em Destriz, 3680 042 Oliveira de Frades. Albergaria a Velha, 04 de Junho de 2013
(Jornal do Centro - N.º 588 de 20.06.2013)
Ana Maria Rodrigues de Almeida, 43 anos, solteira. Natural de Santa Cruz da Trapa, São Pedro do Sul e residente em França. O funeral realizou-se no dia 14 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927
1ª Publicação
Maria Luísa Marques Silvestre, 55 anos. Natural de São Pedro, Gouveia e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de junho, pelas 15.30 horas, para o crematório de Viseu. Mariana Augusta dos Santos, 73 anos, viúva. Natural de São João de Lourosa, Viseu e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542
A Agente de Execução,
(Jornal do Centro - N.º 588 de 20.06.2013)
(Jornal do Centro - N.º 588 de 20.06.2013)
Maria do Céu Coelho, 96 anos. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de junho, pelas 10.00 horas, para o cemitério local. Carlos Alberto Bonifácio Gonçalves, 46 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de junho para o crematório de Viseu. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
Jornal do Centro
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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
HÁ UM ANO
Trabalho com direitos
EDIÇÃO 536 | 22 DE JUNHO DE 2012
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DIRETOR
| Telefone: 232 437 461
João Fraga de Oliveira Inspector do trabalho (aposentado)
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 13 > EDUCAÇÃO pág. 15 > ESPECIAL pág. 18 > ECONOMIA pág. 20 > DESPORTO pág. 23 > EM FOCO pág. 24 > CULTURA pág. 26 > SAÚDE pág. 28 > CLASSIFICADOS pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
Semanário 22 a 28 de junho de 2012
- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP
Ano 11 N.º 536
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
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www.jornaldocentro.pt |
∑ Cecília Meireles, Secretária de
Bernardo Coelho
Estado do Turismo, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9
i ter praia i para ter turistas i e turismo” ∑ “Não é preciso (Cecília Meireles)
∑ “Internacionalizar e aumentar exportações” para
pá gi na ...
das entidades empregadoras), criação de condições para aumento de maior desregulação, falta de cumprimento da lei no domínio das relações e condições de trabalho: salários em atraso ou inferiores aos mínimos legais ou contratuais, não declaração ou subdeclaração de remunerações à Segurança Social e ao fisco, desregramento da duração e organização dos tempos de trabalho, más condições de segurança e saúde do trabalho, clandestinização ou dissimulação das relações de trabalho (como no caso dos falsos “recibos verdes”), não reconhecimento de direitos associados à maternidade e parentalidade, à condição de trabalhador estudante, à actividade sindical, etc.. Ma is , esta crescente desregulação laboral não põe apenas em causa a dignidade das pessoas que trabalham e o Estado de Direito. Consubstancia também um problema económico, visto que, como dumping social que de facto é, constitui concorrência empresarial desleal. Mais do que nunca, sem dúvida, face à preocupante “espiral” de desemprego, é pertinente que se clame por “ traba lho”. Mas, pelo que precede, ta mbém por “direitos”. Por isso, repete-se, dados os valores humanos, sociais e económicos que lhe estão subjacentes, é importante, é premente, que social e politicamente se dê mais atenção (e acção…) a este clamor por “trabalho com direitos”.
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UM JORNAL COMPLETO
“Os fluxos turísticos não se controlam por decreto”
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recebe qualquer subsídio de desemprego). Lá “dentro”, os baixos salários, a precariedade e, por via da desregulamentação que, objectivamente, toda esta mais recente legislação de trabalho consubstancia, a crescente desprotecção legal. De que são exemplos (há mais) a facilitação dos despedimentos, a redução das respectivas indemnizações e a cobertura legal para maior precarização do trabalho (trabalho a termo, temporário e dito “independente”). Isso faz com que, na “penumbra” dos locais de trabalho, as pessoas, sentindo-se legalmente desprotegidas, não só não exercitem os seus direitos em matéria de condições de trabalho como nem sequer os reivindiquem perante a entidade empregadora. Ou, mesmo, se inibam de denunciar às autoridades ou tribunais a sua violação. Esta situação, potenciada pelo escandaloso nível (crescente) de desemprego e pela difícil situação económica das empresas, está a criar um “caldo” para práticas de “gestão” em que a desregulação, o incumprimento da legislação do trabalho (mesmo “flexibilizada”) é entendida como instrumento de “competitividade” (ou de sobrevivência empresarial). A f i n a l , d a “f lexibilização” da legislação do traba l ho, apresentada e “concertada” politicamente como meio de “combate ao desemprego”, não tem - é desnecessário recordar as estatísticas - resultado mais crescimento e emprego. Tem, isso sim, resultado eliminação ou diminuição de direitos sociais e, acrescendo a outros factores (entre os quais predominam insuficiências de qualificação e ou de ética e ou responsabilidade social
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CARTA DO LEITOR
A
“Trabalho com direitos”. É a frase, o cartaz, o clamor que mais frequentemente se lê pelas paredes e se ouve e lê nos cartazes de qualquer manifestação sindical. Leu-se e ouviuse, destacada e gritada, no último Primeiro de Maio e, certamente, vai de novo ler-se e ouvir-se na próxima greve geral de 27 de Junho. Apesar de assim banalizado por tão repetido, é necessário dar mais atenção social e política a este clamor por “trabalho com direitos”. Com um milhão e meio de desempregados, não surpreende que se clame por “trabalho”. Mas, por “direitos”, com tanto direito, tanta legislação do trabalho que tem sido publicada, pode causar estranheza (re)clamarse por mais “direitos”. Todavia, já assim não é se se reconhecer que, pelo menos na última década, apesar de “pacotes” e mais “pacotes” de Direito do Trabalho (DT), tem diminuído, e muito, a garantia de trabalho com direitos. Invertendo o sentido da evolução do DT, desde há mais de um século, a orientação dessa legislação tem sido a da desregulamentação no sentido da continuada eliminação ou diminuição de direitos e, assim, fragilização dos trabalhadores nas relações de trabalho. Quer no sector privado, quer no sector público. Mas o que interessa de sobremaneira destacar é que, perversamente, esta profusão (e confusão …) de legislação laboral está a contribuir para induzir o seu próprio incumprimento. De facto, nos locais de trabalho (empresas e administração pública), é crescente a insegurança e o medo. Cá “fora”, está o desemprego, com cada vez menor apoio social (quase meio milhão de desempregados não
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DEscreva-nos para:
20| junho | 2013
pôr “Portugal a Crescere” (Almeida Henriques)
∑ Portugal Digital... para quando? ∑ Vitela é de Lafões! ∑ CIM convida a “provar” a região Dão Lafões ∑ Vigília junto ao centro de saúde de Nelas contra a falta de médicos e enfermeiros
∑ Castro Daire: presidente da Câmara ameaça cortar
A24 se tribunal encerrar ∑ Sernancelhe ao som dos acordes da guitarra clássica
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JORNAL DO CENTRO 20 | JUNHO | 2013
Hoje, dia 20 de junho, céu nublado. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC. Amanhã, 21 de junho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 9ºC. Sábado, 22 de junho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 10ºC. Domingo, 23 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC. Segunda, 24 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 11ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Sexta 21
A guerra civil
Viseu ∑ Festa de Vildemoinhos que decorre durante quatro dias.
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Mangualde ∑ 1ª Edição da prova de resistência urbana de BTT “Mangualde Urban Race”. Mortágua ∑ Schwinn Cycling, no Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa.
Domingo 23 Sátão ∑ Passeio de automóveis e motos clássicas com concentração no Largo São Bernardo a partir das 9h00.
segunda 24 Viseu ∑ 361º Cortejo das Cavalhadas de Vildemoinhos.
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Emília Amaral
Sábado 22 Viseu ∑ Percursos Pedestres: Rota dos Moinhos d Água D’Alte, em Torredeita, pelas 17h00.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
CDS muda ação de campanha para o Rossio Última∑ Câmara de Viseu “não quer” Hélder Amaral na CVR Dão Depois do executivo camarário de Viseu ter informado que a cerimónia de apresentação do candidato do CDS-PP, Hélder Amaral, à presidência da autarquia não se poderia realizar no Solar do Dão, esta ação está agora agendada para as 17h00 de sábado, na Praça da República (Rossio). Alegando ir contra o regulamento que proíbe a cedência de espaços públicos para ações partidárias, o executivo passou por cima da decisão do presidente da
Comissão Vitivinícola do Dão, Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura, que tinha previamente autorizado esta cedência para, e sobre o evento, o inviabilizar. Tal situação conduziu a direção de campanha do CDS-PP a apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), encontrando e apresentando como alternativa o espaço fronteiro à câmara municipal de Viseu. Tendo conhecimento dessa decisão, esta, inviabilizou novamente
esse local alegando que “há um regulamento que foi aprovado na Assembleia Municipal e segundo o qual o Rossio não deve ser utilizado para ações partidárias”, referiu Américo Nunes, Vice-Presidente da autarquia, à Agência LUSA. Até à hora de fecho da edição, ao que nos é dado saber, extremadas as posições verifica-se um “braço-de-ferro” entre os dois intervenientes de desfecho imprevisível. Pedro Morgado
A primeira página do Jornal do Centro de há duas semanas dava destaque a uma afirmação fortíssima de Hélder Amaral, o candidato do CDS à câmara de Viseu: “A minha prioridade é libertar os cidadãos de Viseu da Câmara Municipal”. Uma manchete assim é helicópteros no ar, é cheiro a napalm pela manhã, é música de Wagner, é uma declaração de guerra total. Não se estranhe que o candidato centrista tenha ido buscar o indómito coronel Fernando Figueiredo para o acompanhar nesta guerra civil à direita, nesta guerra entre os partidos do governo, começada em Viseu mas que se vai espalhar ao país. Aquela entrevista de Hélder Amaral vai fazer história. O dia das autárquicas vai ser o início de uma nova era. Primeiro o CDS vai “libertar os cidadãos de Viseu” das perfídias da câmara PSD, depois será o país. Como tão bem explicou Hélder Amaral no seu bombardeamento, o voto nas autárquicas vai libertar os viseenses de “uma câmara astronómica que tudo ocupa, toma conta da vida das pessoas e seca toda a iniciativa”, vai livrá-los de uma assembleia municipal dirigida por Almeida Henriques “sem discussão livre de ideias” e sem “liberdade”, vai exterminar um “núcleo de interesses” laranja “onde está toda a gente bem à conta do contribuinte” e, acima de tudo, vai acabar com um “concelho do favor e do medo”. Repete-se: esta guerra civil à direita não se fica só pelo solo sagrado que vai de Calde a Fail, de Torredeita a Povolide. A partir de 29 de Setembro a coligação que nos governa estará por um fio. Inspirado no heróico exemplo beirão, Paulo Portas em cima desse fio, seguro nos passos, ou por Seguro ou por Passos logo se há-de ver, naquela noite vai lançar a bomba atómica perante o país atónito. Naquela noite, ou a hecatombe da direita é grande e Gaspar perde o emprego, ou a hecatombe da direita é avassaladora, e é Passos quem perde o emprego.