Jornal do centro ed589

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Inglês e Espanhol

Para Crianças e Adultos

tensivos Cursos in o em Julh

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ro e Setemb

Rua dos Casimiros, 33 - Viseu Tel: 232 420 850 - information@ihviseu.com - www.ihviseu.com

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE

DO DO SEMANÁRIO JORNAL

CENTRO, EDIÇÃO 589 DE 27 DE

JUNHO DE

2013 E NÃO PODE SER VENDIDO

UM JORNAL COMPLETO

SEPARADAMENTE.

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 27 de junho a 3 de julho de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO

Ano 12 N.º 589

pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 26 > DESPORTO

1 Euro

Micaela Costa

pág. 30 > CULTURA pág. 32 > EM FOCO

Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira

| Telefone: 232 437 461

pág. 36 > CLASSIFICADOS

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

“Vejo nas Forças Armadas uma forma de resolver os problemas concretos da Nação” DR

∑ Aguiar-Branco, ministro da Defesa Nacional,

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REGIÃO DE VISEU

pág. 39 > CLUBE DO LEITOR

·

em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 34 > SAÚDE

Nesta edição

om

c Agora ço xxx 0,80 Euros re

pág. 18 > ECONOMIA

Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

·

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2

Jornal do Centro 27 | junho | 2013

praçapública r Toda

palavras

deles

a gente se queixa hoje que não existe a capacidade operacional. Tendo nós que gastar menos com o pessoal, importa gastar bem melhor para que se possa, no futuro, ter uma maior capacidade para o produto operacional” Aguiar-Branco Ministro da Defesa Nacional, em entrevista ao Jornal do Centro

Editorial

rNos últimos 15/20 rEu ontem estava a rNinguém vai fazer anos assistimos a uma autêntica proletarização da função docente e isso é trágico para um país. Um país onde os professores não são respeitados é um país que está profundamente doente”

ouvir o Ministro Nuno mais nem melhor do Crato na televisão e que eu e do que a Dra. deu-me uns nervos... Isaura Pedro” Ele tem mentido” Carlos Marta Mário Nogueira

Presidente Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões

Secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof)

Francisco Assis Deputado e membro do Secretariado Nacional do PS, em entrevista ao Jornal do Centro

Lagarto terrível

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Esta semana não me apetece (um direito que me assiste!) escrever sobre as vicissitudes geográficas da apresentação do candidato Hélder Amaral. Foi um triste folhetim tipo “indian movie”. Ponto final. Esta semana não me apetece (um direito que me assiste!) escrever sobre o título que custou quatro mil euros à edilidade viseense para atestar a qualidade de vida da cidade. Parece uma novela brasileira filmada no Ceará, ou melhor “coronelizada” no nordeste. Ponto final. Eticamente é meu entendimento não bater num adversá-

rio que não sai das cordas e jaz no tapete com knockout. Assi m está o executivo camarário local. Em TKO (nocaute + que técnico). E se estremece “moribundando”, crê-se ser apenas o derradeiro espasmo. Almeida Henriques é um candidato-cidadão educado. Se não o fosse, decerto pediria a Fernando Ruas que fosse de férias para o Árctico até 29 de Setembro, em vez de andar a contabilizar votos para outro candidato-cidadão educado, Hélder Amaral, colateralmente “et pour cause” apoiando José Junqueiro, tam-

bém candidato-cidadão educado. Eles agradecem com cortesia e perguntarão até se podem fazer alguma coisa por AH. No distrito de Viseu há para aí uma dezena de autarcas que não se recandidatarão por força da lei nº 46/2005: ocorremnos os nomes de Carlos Marta, António Borges, José Mário Cardoso, Afonso Abrantes, António Carlos Figueiredo, Mário Ferreira, Leonídio Monteiro, Hernâni Almeida, Atílio Nunes, José Manuel Pereira Pinto… Todos eles aceitam com serenidade a lei em vigor – concordando ou dela discordando. Mostram

dignidade na actuação. Apoiam os candidatos que se perfilam para lhes suceder. Fazem a luta político-partidária com denodo. Pugnam pelos seus partidos e pelos seus territórios, que ostentam com clareza o dígito do seu “fazer”. E é assim em democracia. Fernando Ruas é o paradigma da razão que assistiu no espírito, na essência e na letra à lei da Limitação dos Mandatos Autárquicos. Foi por autarcas como ele que o “legislador legislou”. Não por serem “dinossauros”. Apenas por não saberem sê-lo!


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 27| junho | 2013

números

estrelas

70euros 000

É o orçamento mensal que o Académico de Viseu Futebol Clube precisa para época 2013/2014.

Importa-se de responder?

Acácio Pinto Escritor

O ex-governador civil e deputado do Partido Socialista apresentou o seu terceiro livro. Desta feita, no domínio da poesia, com fotografias de Margarida Martins e com o título “Essências”.

A Taça de Portugal de TRAP disputou-se no Campo de Tiro Carlos Tinoco, trazendo até nós os melhores atiradores nacionais e tendo ficado em segundo lugar o viseense José Gomes.

A autarquia de Penedono não poupa esforços na divulgação do seu concelho, recriando, uma vez mais a sua Feira Medieval.

Como celebra as festas dos santos populares? Participando nos eventos dinamizados na minha cidade e região de Viseu e no convívio com familiares e amigos.

Celebro com amigos próximos, com muita animação e com a folia que a época pede.

António Ramalho

Sónia Lopes

Sociólogo

Funcionária Pública

Com amigos e família em festas privadas comendo umas boas sardinhas assadas. Há muito tempo que não vou a Vildemoinhos às festas de S.João, pois já não vivo em Viseu, mas gostava muito dessa festa.

Tenho uma vida demasiado absorvente o que não me permite andar na diversão como gostaria. De qualquer das maneiras tento estar junto de quem gosto, a família, a namorada, os amigos e, se possível, apreciar o ambiente de algum arraial popular.

Paulo Neves

Arménio Pereira

Professor

Jornalista

Opinião

Carlos Esteves Presidente da Câmara Municipal de Penedono

Clube Caçadores e Pescadores da Beira

Eles não sabem

O documento interno do FMI, posto a circular pelo The Wall Street Journal, veio confirmar que a Grécia foi uma cobaia. A “operação grega era vista pelo FMI como uma moratória, uma forma de arranjar tempo para se coordenar com a União Europeia no desenho de uma estratégia para manter a crise afastada dos restantes membros da Zona David Santiago Euro”. Sucesso! Há cerca de um mês Lagarde anunciou que “dados recentes sugerem uma certa desaceleração do crescimento”, passando depois a enunciar a receita: “Mais atenção ao crescimento, emprego e equidade na vida económica” porque “precisamos de uma recuperação global e políticas personalizadas”. O FMI

descobriu a razão? Não. O FMI foi, desde o início, ainda com Strauss-Kahn, o elemento da troika a perceber a importância do crescimento e o perigo do excesso de austeridade. Em Abril de 2011 Kahn começa por avisar que “nem todos irão concordar com este discurso” (quanta razão ele tinha!), ao defender que “a consolidação pode diminuir o crescimento no curto prazo, e isto pode aumentar o desemprego de longa duração, transformando o que é um problema cíclico num problema estrutural”. Isto significa que “o ajustamento orçamental tem de ser feito tendo em atenção o crescimento”. Kanh foi mais longe ao responder, quando questionado sobre quais as medidas de austeridade a aplicar em Portugal, que “não

diria que são medidas de austeridade [pois] é preciso fazer algo para colocar as coisas em ordem, e todos sabemos que Portugal tem um problema na esfera orçamental que precisa ser resolvido. Mas o grande conjunto de medidas que julgo importantes são medidas viradas para o crescimento”. Infelizmente o FMI muda de opinião como quem muda de camisa, não apenas quando muda de líder. Lagarde que agora fala em crescimento, enquanto ministra da economia e candidata a líder do FMI, dizia, em Novembro de 2011, que “Portugal não vai apenas sobreviver, mas crescer” com o pacote de austeridade. Em Fevereiro de 2012 o DN noticiava que o “FMI admite exa-

geros na austeridade aplicada em Portugal”. Quem observa a evolução das posições da troika, conclui pela incongruência do FMI, pela incompetência da Comissão Europeia, patente nas declarações oblíquas de Durão Barroso, e percebe, facilmente, que não fora Mario Draghi e estaríamos bem pior. Até porque, ao contrário do que diz Vítor Gaspar, ninguém acredita que apesar do “amplo material” poderão “aprender com [os próprios] erros”. Estes líderes seguem numa montanha russa de desconhecimento, onde a adrenalina da ignorância tomou o lugar do saber e da prudência. Estamos entregues à bicharada.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Geóloga mariasobral@gmail.com

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Jornal do Centro 27 | junho | 2013

Funny Season Encontramo-nos a entrar naquela que é conhecida como a “silly season”, aquela altura do ano em que parece não acontecer nada de relevante, os jornais e revistas tornamse mais finos e os telejornais não têm tanto sangue como o normal. Mas isto só para quem anda desatento…já que continuamos a ter crise, troika, professores às turras com o governo (coisa que agora parece ser mais permanente que pontual!), lutas para seguir, como no caso turco ou brasi-

leiro….e muitas coisas mais. Só porque o sol finalmente apareceu e decidimos abrandar o nosso ritmo de interesse e informação não quer dizer que o mundo pare. Mas este ano a silly season é docemente acompanhada daquilo que chamo de “funny season”, a altura de campanha eleitoral autárquica. E porquê funny (engraçada)? Porque revela comportamentos, atitudes e súbitos “aparecimentos”, de muito e requintado humor. A política a nível nacional já por si só é muito

engraçada, e é bom que lhe achemos piada, porque se nos vamos a enervar, os nossos coraçõezinhos não resistiriam a tanta falta de dignidade e acima de tudo à total IMPUNIDADE que todos lhe reconhecemos. Tornouse a maior fonte de chacota, a maior fonte da piadética popular…apesar de triste ser o facto de que ao rirmos deles estarmos a rir de todos nós, a rir da incapacidade que temos de os impedir de fazerem tudo como querem, quando querem e a quem que-

cachimbo, desço a longa escadaria em mármore rosa, ao fundo o valete abre a porta. Do outro lado, dou de caras com um Lord inglês, gente de classe, que me vem condecorar por serviços (indefinidos) prestados à pátria. Não há tempo a perder, a cerimónia é realizada ali mesmo no jardim, em frente ao cão, ao instrutor de equitação, às pirâmides que mandei vir do Egipto e de uma centena de súbditos. Ouvem-se 12 salvas de canhão, na povoação mais próxima inicia-se uma festa de 24 horas com uma caça à raposa. No fim da cerimónia passo o devido cheque, coisa de pouca monta, algo na ordem das

3.800 libras. Termina o sonho, de volta à realidade. Quem tem ideias napoleónicas, mesmo que não frequente um psicanalista, pode ser autarca, não deve é usar dinheiros públicos para realizar sonhos privados. Agora, resta aguardar que toda a polémica, em torno do prémio de “Melhor Cidade” e “Melhor Autarca”, não passe da vergonha provinciana de ser um mero engano de tradução e não um excesso napoleónico de fim de mandato.

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Opinião

Serviços Administrativos

Da Tribuna

Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

1. Medalhas que não se usam ao peito: Caro leitor confesso que tenho um sonho recorrente. Este sonho começa invariavelmente numa manhã de nevoeiro. Eu durmo profundamente até que por volta das 11h, segundo o relógio de cuco, a campainha começa a tocar freneticamente. Passam cinco minutos, eu rebolo para a esquerda, rebolo para a direita, e acordo do meu sono de beleza. Visto o robe, calço os chinelos, faço sinal ao mordomo para servir um Gin Tónico, dou uma vista de olhos no pasquim local, a campainha teima em não dar tréguas. Com a calma natural aos cavalheiros acendo o

Departamento Marketing Pedro Dinis pedro.dinis@shsgps.com

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Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

2. Democracia é coisa de cavalheiros: As duas últimas semanas trouxeram o sal que faltava a cidade

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Gerência Pedro Santiago

João Paulo Rebelo Gestor

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

O PSD e os espaços públicos Há uns anos atrás, numa altura de Eleições Autárquicas, vi-me obrigado, na Assembleia Municipal, a defender o PS de uma inusitada acusação do PSD: como poderia o PS ter feito a apresentação da Comissão de Honra da sua candidatura autárquica no Museu Grão Vasco, numa tentativa de partidarização de uma respeitável instituição da cidade? Vejamos, para o PSD local era crime de lesa pátria o PS ter usado o Museu Grão Vasco para este efeito. Incauto, o leitor, poderá questionar-se: mas isso

foi feito “nas barbas” dos magníficos painéis de S. Vicente de Fora do Mestre Nuno Gonçalves? Falamos de uma espécie de comício com massas ululantes a pôr em perigo as obras aí expostas? Nada disso. Nos claustros do Museu Grão Vasco, com um serviço de cocktail tratado pela empresa que à data explorava o café/restaurante que aí funcionava, num final de tarde, militantes, simpatizantes, cidadãos (!) que partilhavam uma afinidade com o projecto político que o PS preconizava para o concelho conversaram,

trocaram ideias, encontraram-se, alguns conheceram-se, enfim, conviveram num ambiente agradável, usufruindo de um dos mais belos espaços da nossa cidade. Fizeram o que talvez centenas de vezes cidadãos fizeram por motivos tão díspares como encontros de propaganda médica, jantares de aniversário, visitas organizadas ao Museu seguidas de almoço ou jantar, apresentações de produtos comerciais, enfim, usufruíram, responsavelmente, daquele espaço.

Obrigada, docentes em greve! A minha Escola Secundária, que me acompanhou do 7º ao 12º, foi fundamental no meu desenvolvimento enquanto adolescente, estudante e cidadã. Tudo o que sou hoje foi, em muito, marcado pelos anos que passei na ESFA, nas experiências ricas de cidadania que tive através de todos os projectos em que me fui envolvendo e que fui, eu mesma, e em grupo, desenvolvendo. Atrás disso tudo, existiam professoras/es que, sem ne-

nhuma vantagem salarial acrescida ou para fins de carreira, estavam comprometidas/os com a educação para a cidadania, com o “saber pensar”. A minha mãe é uma dessas professoras. Conheço bem, por isso, o que é ser professora de uma escola pública e a forma como essa condição tem mudado e, com ela, a vida de todas as pessoas que desempenham essa profissão. Conheço bem a carga emo-

cional da profissão, as preocupações nocturnas com a preparação das aulas, dos projectos; as preocupações constantes com o bem-estar das/os alunas/os; o estado de alerta permanente a situações de dependência, violência, depressão e tantos outros problemas que as/os estudantes pudessem demonstrar; a activação das redes e o “mover mundos e fundos” para resolver alguma situação concreta; a mobilização para propor-


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

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rem. Mas se a política nacional é distante, a política local é quase dermatológica, então se for em pequenos concelhos do interior, em que toda a gente se conhece e guarda para as urnas os recalcamentos de 4 anos, afastem-se! Porque só há duas situações finais possíveis, a correta que é rir e aproveitar, ou a incorreta que é desatar à chapada por dá cá aquela palha… .o que para quem assiste, é nova fonte de risota! Mas falemos de teatros concretos, as inaugurações atrás de inaugurações já é muito básico, e até perfeitamente com-

preensível. Mas os problemas e deslizes pessoais de cada um, com particular enfoque em candidatos, antes usados em discurso, são agora usados em flyers que aparecem misteriosamente durante a noite, e esparramados em páginas de Facebook que brotam como cogumelos, e onde se professam palavreados completamente indignos de serem lidos quanto mais de serem revelados, tal é o desrespeito, falta de educação e assassínio da língua praticado pelas marionetas bem manietadas para o efeito. Mas aquilo que mais me fascina,

aquilo que me faz rir por dentro e por fora, são os ”aparecimentos”, esses deixam-me em êxtase, gente que passou 4 anos numa oposição (ou nem nela) completamente adormecida e deficiente, que nem moram nas localidades onde se candidatam, que não gastam lá um tostão porque a cidade é que é chique, e nem impostos para elas canalizam; mas apelam para quem quiser ouvir que vão resolver instantaneamente problemas que desconhecem de todo. Aparecimentos esses que se concretizam em festas e cafés onde surgem estendendo

mãos e entregando propaganda com cores que se lhe desconheciam…continuamente achando que o povo ainda é burro e indiferente às suas ações comprovativas de sede de poder, dinheiro e interesses. Que época tão rica em pessoas “silly” e acontecimentos “funny”. Todos nós gostamos de nos rir, exceto quando tem de ser de nós próprios e sem sermos os últimos, espera-se assim que os eleitores não fiquem “silly” à hora do voto, e não deixem as suas localidades nas mãos de um engraçado (“funny guy”) qualquer.

em claro défice de agitação. Para esta subida de temperatura política em muito contribuiu o facto de ter sido recusada, ao CDS-PP, a possibilidade de apresentar a candidatura de Hélder Amaral no Solar do Dão. Se por um lado a CRVD, entidade gestora do espaço, acedeu ao pedido centrista, por outro lado, a autarquia, decidida a ganhar a causa na secretaria, pela mão de Américo Nunes, fazendo-se valer de um obscuro regulamento aprovado na Assembleia Municipal, recusou a cedência do espaço. É este o erro original de Américo Nunes que desencadeia toda esta celeuma. Hélder Amaral, sem Sun Tzu à mão, optou pela bomba atómica, ao escolher o Rossio para a apresentação. A agora

desejada Praça da República é recusada pela autarquia e a respectiva queixa centrista seguiu para a Comissão Nacional de Eleições. Neste momento, entra em jogo a teoria do interesse mútuo [vai daqui um abraço ao Kissinger], a candidatura de José Junqueiro, plena de oportunidade, endossou o seu apoio às pretensões do Partido Popular; seguida de perto pelo Bloco de Esquerda; e o eterno contestatário PCP junta a voz ao coro de protestos; de Almeida Henriques apenas se ouviu um “Ninguém pode colocar-se acima da lei nem reclamar um estatuto de excepção.” (!?). Finalmente, a decisão da comissão nacional de eleições dá voto favorável aos centristas e a partir daí

as portas do Rossio, a Praça Tahir da democracia-cristã local, ficam abertas a qualquer tipo de acção partidária. Se numa primeira instância os vencedores desta contenda foram Hélder Amaral e a vida democrática, com o direito de reunião em espaços públicos a sair reforçado, numa segunda instância os derrotados são a autarquia, em toda a linha; a candidatura de Almeida Henriques, que pressionada faz um comunicado totalmente despropositado; e de novo o espaço público, pois tendo sido aberta a caixa de Pandora…

escritos para serem lidos. Regra geral são documentos extensos, escritos por gente sorumbática, num português indecifrável. O que acaba por não ser mau visto o seu destino é serem ignorados no pós-eleições. Como as eleições que se avizinham encerram a hipótese de uma mudança real, todos nos devíamos fazer o esforço de conhecer os programas apresentados. Claro, aqueles que relegam a cultura para as páginas dos fundos estão automaticamente excluídos de qualquer tentativa de leitura.

3. Programas Eleitorais: Como o povo bem sabe, os programas eleitorais não são

atribunadeviseu@gmail.com

Onde esteve então o motivo para a acusação? A organização tinha sido partidária, com fins, pasme-se!, políticos. Pois, estranho seria se o fim fosse vender timesharing num qualquer empreendimento algarvio… Anos volvidos, assistimos na passada semana a um episódio semelhante. O CDS/PP viu-se impedido de fazer a apresentação pública da sua candidatura à Câmara Municipal no Solar do Dão, outro espaço público de grande beleza do nosso concelho. A razão? A mesma, a organização de actividades em espa-

ço público, onde está investido dinheiro dos impostos pagos por todos nós, não está, em Viseu, à disposição dos partidos políticos. Nesta lógica os Partidos políticos são, mais ou menos, equiparados a associações de malfeitores. Este é o contributo do PSD local para a credibilização dos partidos e para ajudar a dignificar a classe política. Pior é depois a tentativa de se escudarem num regulamento aprovado em Assembleia Municipal com os votos do PS, CDS/PP e PSD para impedirem a

realização da referida apresentação no Rossio. Esclarecimento: o PS votou uma regulamentação que, no fundo consubstanciou o que já era um acordo de cavalheiros entre os principais Partidos, não afixar propaganda na Praça da República. Concordámos em dispensar “a sala de visitas” da cidade de cartazes, painéis, faixas e tarjas que em alturas eleitorais resultavam mais em poluição visual do que em eventual informação para os eleitores. Isto nada tem que ver com não permitir um evento como uma apresentação de candidatura. Naturalmente

haverá cartazes ou faixas, um palco ou palanque mas a sua existência no espaço dura um par de horas. A incongruência é tal que, por exemplo, o 1º de Maio é todos os anos comemorado no Rossio ou lembremo-nos da manifestação organizada para a reivindicação da Faculdade de Medicina para Viseu, não são (foram) manifestações políticas? Este episódio, de todo lamentável, apenas é útil por espelhar o provincianismo e tacanhez de algumas decisões que são tomadas pelo PSD em Viseu.

cionar às/aos estudantes momentos de contacto com outras realidades, de outra forma muito distantes do nosso meio rural (Assembleia da República, Parlamento Europeu etc.)… e claro, os milhares de testes escritos corrigidos (depois de construídos) todos os anos, as centenas de exames nacionais, o estudo e a actualização (da matéria, e muita legislação), a aprendizagem permanente para o ensino competente, a disponibilidade para ir à escola, fora de horas, e até rece-

ber em casa, alunas/os com dúvidas e de preparação para exames. O ataque aos direitos laborais desta classe é a lua. Os sindicatos são apenas o dedo que aponta para a lua. E, no entanto, toda a gente está mais preocupada com a insignificância do dedo do que com a omnipresença da lua. Falar dos problemas do sindicalismo português e do trauma das/os estudantes

são manobras de diversão, que nos distraem do essencial: a delapidação dos direitos das pessoas trabalhadoras, sejam elas professoras/es, lixeiras/os, empregadas/os dos CTT, da CP, da Carris, do Metro etc. A minha mãe é professora e tenho um especial orgulho nisso. Sempre pagou o seu material de trabalho, desde os acetatos ao computador, desde as canetas, às impressões, aos livros, à formação e até a chave das salas onde dá aulas. A minha mãe não trabalha 22 horas nem 40 horas.

Ser professora – como qualquer outra profissão/actividade em que se trabalhe com PESSOAS – é um trabalho contínuo, sem interrupções, 24/24 horas. A minha mãe todos os dias contribui para que milhares de vidas sejam melhores. E, com ela, dezenas de milhares de professoras/es. Bem-haja às/aos professoras/es com coragem pelo exemplo que nos dão de união e luta. Afinal de contas, pensar é saber quando dizer “não”.

Miguel Fernandes Politólogo

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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27 | junho | 2013

abertura

Micaela Costa

Tiro desportivo em Viseu cada vez com mais precisão

O tiro desportivo “é uma modalidade que envolve teste de precisão e velocidade no manejo de uma arma de fogo ou de ar comprimido”. Para quem desconhece este desporto, esta é a forma mais simples de o explicar. Contudo, quem o conhece, ou pelo menos já ouviu falar, sabe que há muito mais a dizer. O tiro ao prato (tiro desportivo) modalidade que

integra os tão conhecidos Jogos Olímpicos tem ganho, ao longo dos anos, muitos adeptos e sobretudo atiradores. Os resultados são evidentes, em provas nacionais e a nível internacional. Das várias medalhas já conseguidas por Portugal, nos Jogos Olímpicos, uma delas foi exatamente no tiro ao prato. No ano de 1976, em Montreal, Ar-

distinguidos em inúmeras provas. Recentemente, em maio deste ano, o viseense José Armando Sousa sagrou-se vencedor do Campeonato de Portugal de TRAP 2013. No passado fim-de-semana foi a vez de José Gomes, também atirador do clube de Viseu, arrecadar o segundo lugar na Taça de Portugal de TRAP (prova que se realizou em Viseu,

uma vez que na edição do ano anterior foi o viseense José Pereira o vencedor). O clube, que detém o Campo de Tiro Carlos Tinoco, na freguesia do Campo em Viseu, aproveitou a prova, que reuniu mais de 60 atiradores na cidade, para homenagear vários atletas. Uma prática que para António Antunes, presidente do Clube desde janeiro de 1996 e Pre-

Prémios: Taça da Federação em 2005; Taça da Confederação de Tiro; 2º Lugar no Campeonato da Europa; Vencedor da Copa da Europa; Taça do Mundo na Ind. de Madeiras modalidade de Fosso 58 anos Universal; Vencedor de vários campeonatos e outras taças; Vencedor do Campeonato Nacional de TRAP por equipas em 2013; 2º Lugar na Taça de Portugal TRAP no passado fim de semana.

Prémios: Vencedor do Campeonato Nacional de Fosso Olímpico (3ª Categoria) em 1997; Vencedor do Campeonato Nacional de TRAP (2ª Categoria) em 1998; Campeão Regional Norte em Fosso Universal em 1998; 5º Lugar na Taça de Portugal de Professor TRAP em 1998; 42 anos 3º Lugar na Taça de Portugal de TRAP em 2011; 3º Lugar na Taça de Portugal de TRAP em 2012; Campeão Nacional de TRAP (vencedor absoluto) em 2013; 4º Lugar na Taça de Portugal TRAP no passado fim de semana.

A

José Carlos Fonseca Pereira (Tinote)

A

José Miguel Stofel Santos

Vendedor 35 anos

sidente da Federação de Caça e Pesca do distrito de Viseu, onde o Clube se insere, “visa reconhecer e valorizar os atiradores que levam o nome do clube aos vários campeonatos e taças”. Uma modalidade que promete dar cartas e que economicamente, afirma António Antunes, “é positivo quer para a cidade, quer para a região”.

José Armando Silva Gouveia Sousa

José Manuel Ferreira Gomes

A

mando Marques trouxe para Portugal a medalha de prata. São vários os clubes e campos de tiro espalhados pelo país que tudo têm feito em prol da divulgação da modalidade. Em Viseu, é o Clube de Caçadores e Pescadores da Beira o responsável por esse trabalho. Com mais de 80 anos de “vida”, têm visto muitos dos seus atletas serem

Prémios: Dois prémios internacionais no Fitasc (Federação Internacional de Tiro com Armas Desportivas e de Caça); Vencedor da Taça de Portugal em Fosso Olímpico em 2010. 2º Lugar por equipas integrando a Seleção Nacional em 2012;

A

Comerciante de Madeira 47 anos Prémios: Vencedor da Taça Nacional de TRAP em 2012; Vencedor de várias provas nacionais este ano; Vencedor do Campeonato Nacional de TRAP por equipas em 2013.


Jornal do Centro

TIRO DESPORTIVO | ABERTURA 7

27| junho | 2013

“[A legislação] é o que mais atrofia o desenvolvimento da prática do tiro” Viseu culturalmente, sempre foi u ma cidade que esteve na linda da frente. E, há 80 anos atrás, quando o clube foi criado era para uma elite que tinha posses para este tipo de desporto. A partir dos anos 80, dois ou três sócios, uniram esforços e angariaram meios materiais para criar o espaço social onde estamos [Ca mpo de Ti ro ju nto ao Aeródromo]. São três hectares de terreno e um património de mais de 400 mil euros e que pertence ao clube. Quando foram criadas a s i n sta lações come çámos a perceber que para além da parte rere creativa, pois inicialmente servia para treinar a precisão na caça e passar algum tempo de lazer em competições de menor escala, tínhamos bon s at i radores , com capacidades para ir mais além e, com as instalações que dispúnhamos, tinham condições para treinar.

Qual a representação da modalidade no distrito?

Há recetividade por parte das pessoas à modalidade?

Apesar de o distrito ter vários atiradores, este desporto vê-se por clube. E, no caso do Clube de Caçadores e Pescadores da Beira, podemos dizer que é de referência.

Há uma postura social em relação a armas e a tiros, mistura-se tudo. Até o próprio uso das palavras, muitas vezes sem intenção, desvaloriza a modalidade, por exemplo “homem deu dois tiros”, ou “polícia caçou individuo com álcool” e isto faz com que quando se fala em tiro, se pense pelo lado negativo, quando, na verdade, este desporto tem dado grandes alegrias, até numa dimensão mundial.

Que evolução teve ao longo dos anos?

O tiro aos pratos teve uma grande evolução, não só no clube, no distrito, como a nível nacional, quer em termos de maquinaria e eficácia. E não podemos esquecer que é uma modalidade olímpica. No que diz respeito ao clube, teve uma evolução significativa, sobretudo na qualidade dos atiradores e das excelentes participações nos vários torneios ao longo destes anos.

ra ao público, quer a novos participantes quer a novos adeptos. O reconhecimento de atiradores premiados é uma forma de cativar novo público?

É fruto de uma estratégia do clube, queremos apoiar, até monetariamente, as equipas que representam o clube. Os atiradores que levam o nome do clube aos vários campeonatos e taças, e deixam sempre a sua marca, devem ser reconhecidos e valorizados. Há muita gente a praticar?

O que é que o clube tem feito para mudar essa ideia negativa?

Fazemos algumas atividades que enquadramos com maior abertura, que prossupõe um controlo e rigor. Fazemos for m ação pa ra a ca rta de caçador, ações de sensibilização na área da caça e pesca e fazemos, no que diz respeito ao tiro aos pratos, torneios com aber tu-

Mais do que se imagina. Mas foi criado um entrave muito grande. A lei das armas, lei 5, foi criada para juntar a legislação muito dispersa, e antiga, que havia sobre as armas. Mas parece que as leis são “o 8 ou o 80”, antes estava tudo disperso e agora parece que foi uma lei feita por quem não percebe nada disto. Houve uma tentativa de cópia de legislação estrangeira, já foi alterada três vezes e está uma autêntica manta de retalhos mal cozida. A legislação é o que mais atrofia o desenvolvimento da prática do tiro, quer desportivo, de precisão e outros. Na prática, de que forma e é que essa lei “atrofia”?

A ntes, se quisesse uma licença de uso e porte de arma ia à polícia e se fosse um bom cidadão, com um registo crimi-

Micaela Costa

A

Atiradores viseenses homenageados no passado fim-de-semana

A

DR

Como surge o Clube de Caçadores e Pescadores da Beira?

A

Taça de Portugal de TRAP 2013 decorreu em Viseu, no campo de tiro Carlos Tinoco nal limpo, davam a licença e pagava uma pequena quantia. Hoje em dia, vamos à polícia, temos que nos inscrever, depois fazemos um curso e uma prova e só depois o tiro e só por esta prova pagamse à volta de 100 euros. No final temos a licença que só é válida por cinco anos. No fundo dificultaram o acesso e subiram astronomicamente o preço. Temos também o problema da legislação face aos campos de tiro. É tão apertada que, por vezes, é impossível de suportar, há leis anteriores que até inviabilizam a lei atual. Problemas com as máquinas, com o próprio campo, levam a que muitos clubes não

António Antunes, presidente do Clube de Caçadores e Pescadores da Beira

façam várias atividades e que nem sequer consigam fazer a manutenção dos campos. E há muitos outros problemas. Esta lei foi sem dúvida um atrofio à própria lei, às receitas e à prática deste desporto. Este é uma modalidade que pode ser economicamente benéfica para o distrito?

Em termos de economia local sim, sem dúvida. No centro da cidade, mais um café menos um café, não representa muito, mas nos locais mais pequenos, onde os campos de tiro existem, um café faz toda a diferença. E as ótimas instalações no nosso campo traz regularmente muitas pessoas a Viseu. Temos o exemplo do restaurante naquele local, que emprega cinco pessoas e em dias de maior afluência, mais um ou dois. E este movimento é sem dúvida economicamente positivo, quer para a cidade, quer para a região. Micaela Costa


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à conversa

entrevista ∑ Pedro Morgado foto ∑ DR

“A condição específica do militar deve ser mantida” José Pedro Aguiar-Branco licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1980, ano em que iniciou o exercício da advocacia na primeira sociedade de advogados constituída em Portugal. Foi Ministro da Justiça do XVI Governo Constitucional. Deputado à Assembleia da República desde 2005 (X e XI Legislaturas), foi membro da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias na X Legislatura e Presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XI Legislatura. Entre Abril de 2010 a Junho de 2011 foi membro do Conselho Superior de Segurança Interna. Falou durante este congresso [Congresso Autárquicas 2013] nas marcas que distinguem o Partido Social Democrata (PSD) dos outros partidos. Contudo, podemos considerar que para além daquelas que apontou e que constituem o ADN do PSD faz ainda parte o seu enorme pendor autárquico. Qual é a mensagem que endereça a todos os candidatos do PSD que nesta altura difícil da vida do país se prontificaram para este combate?

A mensagem que pretendo endereçar a estes candidatos pode ser dividida em três áreas fundamentais: Reforçar a ideia de que as eleições autárquicas são muito importantes para a afirmação do partido, são muito importantes para a complementaridade que todos temos que fazer nas políticas quer nacionais

quer locais para conseguirmos ultrapassar a situação de pré-bancarrota em que estivemos há cerca de dois anos e que, portanto, eu entendo a intervenção local e a intervenção nacional mais numa lógica de complementaridade do que numa lógica antitética.

Foram notícia esta semana os dois anos de governo deste executivo. Em jeito de balanço sumário o que é que já foi feito de substancial na área da Defesa para a otimização dos recursos alocados?

Há uma linha de atuação geral do governo que vai no sentido de combater o desperdício, evitar a duplicação de encargos, ter uma concentração de estruturas naquilo que pode ser organizado dessa forma e que, por via disso, permita ter uma gestão mais eficiente que possa gerar economias que são fundamentais ter nos dias de hoje ao nível da estrutura do estado. Na Defesa, em particular, foi isso também que nos conduziu ao longo desta ação de dois anos. Lembro, por exemplo, a questão dos hospitais militares onde estamos a fazer uma reestruturação que vinha a ser pedida desde o 25 de abril e que só agora é que foi possível realizar por via da ação deste governo, a construção de um único hospital para os três ramos das Forças Armadas, acabando com uma diversidade de valências que não eram economicamente desejáveis nem tinham qualquer reflexo do ponto de vista da qualidade da prestação de serviço, questões essas às quais importa hoje atender.

Por outro lado, a reforma 20/20 que nós apresentámos é, também, um processo que visa precisamente, por via da redução dos efetivos, uma alteração muito substancial no dispositivo, com reflexos quer no ramo da educação e do ensino militar quer no âmbito da concentração em termos de dispositivo de unidades e de comandos para que, no futuro, possamos ter umas Forças Armadas que sejam mais sustentáveis constituindo assim, portanto, uma linha, que não é uma linha de cortes, mas uma linha de redimensionamento que permite cumprir melhor as missões, tendo em vista, sobretudo, o que é fundamental ter, uma maior capacidade operacional. Toda a gente se queixa hoje que não existe a capacidade operacional. Tendo

r Em 2020

teremos umas Forças Armadas onde 60 por cento serão despesas com o pessoal, 25 por cento despesas em operação e manutenção e 15 por cento em investimento”

nós que gastar menos com o pessoal, importa gastar bem melhor para que se possa, no futuro, ter uma maior capacidade para o produto operacional. O que considera fundamental ter terminado quando terminar este mandato à frente da pasta da Defesa Nacional?

Conforme é do conhecimento público, o governo aprovou uma resolução em conselho de Ministros e, foi apresentada nos últimos dias, uma diretiva que também já foi publicada, as quais precisamos de levar à execução até 2015, onde está previsto e calendarizado quando e quanto é que temos reduzir em termos de efetivo, quando e quanto se deve fazer em termos orgânicos com fusões, que estão previstas, por exemplo, no Ministério da Defesa Nacional entre duas direções: a Direção Geral de Armamento e a Direção Geral de Recursos Humanos, em termos do dispositivo com a redução de 30 por cento do dispositivo no território nacional, em termos também daquilo que tem a ver também com a reestruturação e continuidade ao nível da saúde e ao nível do ensino militar. Portanto, tudo isto tem uma calendarização do ponto de vista das tais reformas estruturais que fazem com que, até 2015, nós possamos ter uma alteração que permita que em 2020 um rácio que é o seguinte: 60 por cento serão despesas com o pessoal, 25 por cento despesas em operação e manutenção e 15 por cento em investimento. No final do mês passado anunciou que foram autori-

zadas as promoções e as admissões nas Forças Armadas. Contudo, para estas sejam possíveis, as Forças Armadas terão que reduzir o seu efetivo para que não sejam aumentados os encargos com a rúbrica “pessoal”. Não é este um “presente envenenado” que incentiva as chefias a reduzir a base da pirâmide o que, “inevitavelmente”, lhes retirará no futuro a razão da sua existência?

Não. Se verificar irá comprovar que já existem despachos meus no sentido de promover a redução ao nível da macroestrutura das Forças Armadas. Há uma redução ao nível do número de oficiais generais, há a criação da figura

do Comodoro para a Marinha e do Brigadeiro-General nos restantes ramos para precisamente afunilar a lógica da macroestrutura reduzindo aí, também, concentrando nessa área tudo o que pode ser concentrado em termos de estrutura. Isto significa, precisamente, que a pirâmide por via desta reforma irá ser invertida em relação à realidade dos dias de hoje, tendo menos no topo e uma maior efetivo na base. Quando falei no corte na base da pirâmide queria referir-me à “tentação” no seio das Forças Armadas em tentar resolver este proble-


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ma sacrificando, sobretudo, o número de efetivos na classe de praças para, assim conseguir manter o número de efetivos e postos de comando no topo. Considera que esta “tentação” existe?

(Risos) Talvez houvesse no passado mas, agora, não. Viseu, na sua vertente militar (RI 14), antigamente pertencente à extinta RMN (Região Militar do Norte) sedeada no Porto nunca conseguiu, dada a distância, ter uma “voz” no contexto da Defesa Nacional. Hoje, fruto da reorganização do exército o RI 14 pertence à BLI (Brigada Ligeira de Intervenção - Coimbra) mas continua a não se afirmar

no panorama da defesa (os aprontamentos de forças nacionais destacadas são atribuídos a Chaves, Vila Real e Braga). Tendo Viseu um grande número das PANDUR existentes no país qual a razão para que a cidade não lhe veja atribuída um papel maior no aprontamento destas forças?

Nesta altura não gostaria de me pronunciar sobre esse tema por uma simples razão: no âmbito da reforma que eu anunciei, o Exército está precisamente a preparar neste momento uma proposta de reforma no que diz respeito a todo o dispositivo que é da sua responsabilidade e, essa proposta, quando me for

apresentada será objeto da nossa análise. Portanto, eu não queria comprometer-me com qualquer declaração definitiva antes de ouvir a proposta do Senhor Chefe do Estado-Maior do Exército. Nesta conjuntura em que se discutem medidas de contenção de custos e a maior ou menor intervenção do estado em determinadas áreas qual é, no seu entender, o papel do militar na nossa sociedade?

É fundamental. Num Estado de Direito Democrático a estrutura das Forças Armadas é um pilar absolutamente insubstituível

que tem funções e atribuições que são muito especiais no que diz respeito à própria soberania do Estado Português. Exemplos como as questões relativas à busca e salvamento, missões de interesse público que estão na ordem do dia e que constituem missões fundamentais, exercidas com grande êxito e aplauso por parte da sociedade no que diz respeito a este seu enorme papel de interesse público, tudo aquilo que diz respeito à participação e intervenção das forças nacionais destacadas, em que Portugal tem uma presença marcante em cenários tão importantes quanto os de

combate ao terrorismo, do combate à pirataria ou de natureza humanitária isto, portanto, só pode significar que a afirmação de Portugal, quer no seu território nacional no que diz respeito às matérias de interesse público quer no exterior em missões são a parte de Portugal nas operações da aliança NATO ou da União Europeia (EU) concedeu aos militares um novo papel que os tornam imprescindíveis. Portanto, a condição específica do militar deve ser mantida. Sendo um homem do Direito que “valores” encontrou nas Forças Armadas que conside-

ra justo enaltecer?

O que vejo nas Forças Armadas é uma capacidade para ter um sentido do interesse nacional, um sentido do interesse público, uma forma de organização, um modo de planeamento e de realização das missões que lhes estão destinadas que faz com que, sendo um homem do Direito e “vivendo” no Direito, possa realçar que encontro nas Forças Armadas uma forma de resolver os problemas concretos das pessoas, uma expressão muito real daquilo que é a resolução dos problemas concretos da Nação e das pessoas em particular.


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região

Emília Amaral (arquivo)

INCÊNDIO

A Oposição pede explicações sobre notícias de relatos reproduzidos nas redes sociais de que os prémios poderiam ser “conto do vigário”

Prémios Best City agitam Assembleia Viseu ∑ Fernando Ruas confirma pagamento da inscrição mas promete agir judicialmente caso se trate de uma burla O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas confirmou na última reunião da Assembleia Municipal que o município procedeu ao pagamento de uma inscrição para receber, em Montreaux, na Suíça, os prémios Best City (Melhor Cidade) e Melhor Autarca atribuídos pela European Business Assembly (EBA). Fernando Ruas concretizou que foram pagos “3.400 libras” (cerca de quatro mil euros) de inscrição para participar no congresso onde o prémio será entregue, dias 30 de

junho e 1 de julho, mas admitiu não receber os prémios de melhor autarca e melhor cidade caso se confirme que a instituição não existe. O jornal Público noticiou na edição de segunda-feira que “segundo vários relatos de jornalistas estrangeiros reproduzidos esta semana nas redes sociais, os prémios em causa são qualquer coisa entre o conto do vigário e a exploração da ‘pura vaidade’ dos distinguidos”. Com sede em Londres e delegações em vários países, a EBA envia, segun-

do os mesmos artigos citados pelo jornal, “centenas de cartas, sobretudo para países em desenvolvimento, anunciando que determinada instituição ou personalidade ganhou um prémio. Se o destinatário mostrar interesse, o processo desenrolase. O prémio não é pago enquanto tal: o que se paga é a divulgação da sua atribuição. As distinções são às centenas e diversificadas”. Nesta envolvência estão as autarquias de Viseu e de Viana do Castelo. A par de Fernando Ruas, também o

Classificação do Bairro Municipal negada

∑ A deputada do Bloco de Esquerda (BE), Manuela Antunes levou à Assembleia Muni-

cipal de Viseu (AMV) uma recomendação para que a autarquia desencadeie a abertura do processo de classificação do Bairro Municipal (bairro da cadeia) como património de interesse público, assim como, a suspensão da sua demolição. O bairro, construído na segunda metade da década de 1940, tem cerca de 100 fogos hoje considerados sem condições de habitabilidade. A autarquia decidiu deitar abaixo para construir no local vários blocos de apartamentos e realojar as famílias. O PS, através do deputado Jorge Adolfo, apoiou a medida do BE e reforçou que ainda é possível “olhar para o bairro de outra forma, não como um local de pobreza mas de história”, criando um projeto “que fosse até inovador para a cidade”. A AMV vai agora enviar a recomendação para a autarquia, mas Fernando Ruas insistiu que a Câmara está a dar resposta às necessidades dos moradores do bairro e irá continuar com a construção dos prédios. O autarca acrescentou que “a Câmara está a arranjar um número de casa (nove) para memória futuro” onde irão ficar sediadas associações e outros organismos. EA

socialista, José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo Já confirmou o pagamento de “3400 euros pela inscrição na EBA e pela utilização, durante cinco anos, da chancela da associação na promoção do concelho”, revela o diário. O caso chegou à Assembleia Municipal de Viseu pelo deputado do PS, Pedro Baila Antunes e pela deputada do Bloco de Esquerda, Manuela Antunes. “Gostaria que fosse esclarecido o valor pago, sem pôr em causa se o prémio é ou não entre-

gue por mérito”, solicitou a autarca. Seg u ndo Fer n a ndo Ruas o executivo conseguiu apurar que o evento já está pago. O autarca prometeu, no entanto, agir judicialmente se houver algo de caráter institucional que diga que a instituição não existe ou que foram alvos de “gato por lebre”: “Se assim for, nem lá vamos e metemos um processo em tribunal para sermos ressarcidos”, respondeu. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Redução do IMI com unanimidade

∑ Assembleia Municipal de Viseu aprovou por una-

nimidade a redução do valor da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 0,3% proposta pela autarquia , mas o executivo de Fernando Ruas não se livrou das críticas da oposição. O deputado do PS, Alberto Ascensão afirmou que a deliberação “vem com uma década de atraso” e com prejuízos irreparáveis. A bloquista, Manuela Antunes serviu-se de um discurso mais irónico: “estou supercontente por ir votar favoravelmente”. A deputada reforçou que o BE sempre defendeu a descida do IMI no concelho. O PSD, através do deputado Paulo Pereira, rematou que Viseu passa a ser uma das capitais do distrito com a taxa de IMI mais baixa, ao lado de Lisboa, Castelo Branco e Aveiro. EA

Vouzela. Um incêndio florestal ocorrido na segunda-feira à tarde, na Zona Industrial de Vouzela começou junto à Estrada Nacional 16 e chegou às portas de duas empresas da zona industrial. A corporação de bombeiros do concelho encaminhou para o local todos os meios que tinham ao dispor, mas por causa do vento forte, o dispositivo teve de ser reforçado. No combate ao fogo estiveram mais de 80 homens, apoiados por 24 veículos, um helicóptero e uma equipa de GIPS da GNR. As chamas destruíram cerca de cinco hectares de floresta e mato. EA

DETIDO

Viseu. Um jovem, de 23 anos, foi detido pela PSP de Viseu, por roubo e sequestro. O suspeito usava uma arma de brincar para cometer os crimes. A primeira vítima foi um rapaz, de 17 anos. O jovem ficou sem 65 cêntimos, todo o dinheiro que tinha no bolso. O detido sequestrou depois um condutor de um automóvel ameaçando com a mesma arma. O sequestro acabou quando a vítima passou por um grupo de amigos, onde se encontrava um agente da PSP, a quem pediu ajuda.

DETIDO

Mangualde. O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Mangualde deteve um homem de 25 anos residente em Tibaldinho por vários furtos de metais não preciosos em residências e de um veículo. O homem foi surpreendido pela GNR em Moimenta de Maceira Dão, no momento em que transportava cerca de 50 quilos de metais não preciosos furtados em habitações.



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Opinião

Feira do Mirtilo leva participantes à apanha do fruto silvestre Sever do Vouga ∑ Certame é a principal atividade de promoção turística do concelho A VI edição da Feira do Mirtilo de Sever do Vouga é inaugurada esta manhã de quinta-feira, dia 27 e prolonga-se até domingo. O certame, organizado pela Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga e pela Câmara Municipal, espera acolher no Parque Urbano da Vila cerca de 50 mil visitantes ao longo dos quatro dias do evento, considerado uma referência nacional na promoção do pequeno fruto silvestre. “A Feira do Mirtilo é, atualmente, a principal atividade de promoção turística de Sever do Vouga”, lembra a organização, ao anunciar para este ano a presença de cerca de 100 stands que vão apresentar o mirtilo “nas suas mais diversas formas, seja em fruto fresco, doces, compotas, licores ou em planta, entre outros”, descreve. A organização introduziu algumas novidades na Publicidade

A Feira decorre até domingo edição de 2013. Entre elas, está a possibilidade de ser o próprio visitante a colher o mirtilo num pomar e posteriormente adquirir o fruto que apanhou. A realização de um concurso do melhor pomar de mirtilo e um concurso gastronómico destinado aos expositores do certame são outras inovações deste ano. A “capital” do Mirtilo preparou, nesta edição, uma alargada área técnica no recinto da Feira, onde estarão instalados vários expositores. “Trata-se de

um espaço dedicado a todos quantos estejam diretamente ligados à produção e comercialização de mirtilo onde poderão ficar a par das mais recentes novidades acerca deste fruto. Esta novidade introduzida este ano traduz a forte aposta da AGIM na inovação e no conhecimento da cultura e comercialização do mirtilo, ainda mais vincada na realização do I Congresso Nacional do Mirtilo, a decorrer nos dias 28 e 29”, acrescenta a organização. Para os visitantes, as ati-

vidades propostas são variadas e podem ser frequentadas em família: percursos pedestres com visitas a plantações, ações de apanha do mirtilo em pomares, visitas técnicas a plantações, workshops de culinária com acompanhamento de nutricionistas, animação para crianças, passeio no “Vouguinha” com passagem por plantações e animação musical. Há ainda a oportunidade de degustar diversas iguarias confecionadas com mirtilo, tais como a bola de berlim, o pastel de nata, a sopa, o pão e a broa, o gelado, chocolates, crepes, pratos principais e diversos cocktails e champanhada de mirtilo. Os visitantes podem também visitar o espaço mirtilo e conhecer todos os expositores do certame desde os de natureza mais técnica aos expositores de artesanato e ofícios. Emília Amaral

Congresso internacional Sete especialistas internacionais irão marcar presença no I Congresso Nacional do Mirtilo que vai decorrer em Sever do Vouga nos dias 28 e 29 de junho, integrado na programação da Feira do Mirtilo. A organização pretende que o encontro seja uma referência no debate e partilha de conhecimentos relativos à produção e comercializaPublicidade

ção do fruto silvestre em Portugal. David Bryla (Estados Unidos), Andrés Armstrong (Chile), Juan Carlos García Rubio e Juan Carlos Miranda (Espanha), Piet Meerkerk (Holanda), Andrea Pergher (Itália) e Giz Gaskin (Reino Unido) estão confirmados como oradores. A sessão de abertura está marcada para as 9h00 de sexta-feira, 28.

A passo de caracol O recente episódio da substituição de bacalhau por peixe caracol, em précozinhados com a designação de “bacalhau com natas”, veio de novo abrir uma brecha na temática relacionada com a segurança alimentar. A investigação desenvolvida com o caso da substituição de carne de cavalo por carne de vaca desmembrou um conjunto de teias e enlaces que estavam adstritos a uma cadeia de distribuição alimentar, tida como controlada. Numa investigação tutelada pelo Diário de Notícias, foi possível verificar que, num conjunto de alguns dos produtos pré-cozinhados e à base de carne de vaca, onde se incluem os hambúrgueres, apenas foi possível detectar, e bem, carne bovina. A ser assim, parece notório que a fileira da carne de vaca poderá estar agora controlada. Relativamente ao caso do bacalhau com natas, o que foi possível determinar foi a não existência nem de bacalhau oriundo do Atlântico nem do Pacífico, mas sim a presença de peixe caracol. Trata-se de uma espécie que não figura na lista das 200 espécies comercializadas em Portugal, mas possível de ser utilizada a nível internacional. Para muitos, estamos na presença de uma fraude, uma vez que se procura substituir uma espécie de valor comercial muito inferior pelo nobre e fiel amigo de muitos portugueses. Todo este episódio pode, no entanto, acarretar outras consequências, visto desconhecer-se se a espécie em causa está controlada no âmbito dos possíveis vestígios e resíduos de ordem química, que importa controlar. Na situação em concreto, a utilização da designação “compre o que é nosso” causou alarme a muita gente. A questão que muitos podem colocar agora é: como é que um produto tido como nacional incorpora uma espécie que não é autorizada em Portugal e consegue ter direito a este selo? Tratar-se-á de um cenário recorrentes

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

nas marcas brancas, quando se pretende em muitas das situações baixar os custos de produção? Parece notório que a futura utilização destas chancelas, com forte impacto no consumidor, provavelmente carece de um enquadramento mais rigoroso. Portugal é o terceiro maior consumidor de peixe mundial, num total de 600 toneladas/ano, das quais 70 mil correspondem ao bacalhau. Várias entidades, desde os organismos governamentais e de controlo (ASAE), bem como os agentes ao nível da distribuição (APED), já vieram a público garantir o bom nível de segurança existente em toda a nossa cadeia alimentar. O que se conhece até à data é a existência de dificuldades no cumprimento dos planos de controlo de resíduos e pesticidas em alimentos impostos pela UE. A esta possível lacuna, acrescenta-se ainda o tempo que medeia (e pode atingir os dois anos) entre a recolha de amostras e a libertação de resultados. Deste modo, muitos dos alimentos que poderiam manifestar alguns problemas de ordem alimentar já há muito foram consumidos. Milhares de amostras de alimentos ficam por analisar em face dos diminutos recursos disponíveis em termos laboratoriais para este fim. Num momento em que se procura dimensionar ou redimensionar o peso e a importância do estado em muitos sectores, talvez seja conveniente apostar de forma definitiva nesta área. Assim, facilmente cumpriríamos os planos adoptados pela UE e evitar-se-iam as possíveis coimas a pagar, há muito perdoadas. A cadeia alimentar estaria seguramente mais controlada e rastreada e não seria necessário nem a destruição, nem muito menos o seu envio para outros países para aí se efectuarem análises.



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14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

27 | junho | 2013

Hélder Amaral “abre” as portas e janelas do Rossio O candidato do CDS à Câmara de Viseu, Hélder Amaral, apresentou publicamente a sua candidatura à autarquia, no final da tarde do passado sábado, em plena Praça da República (Rossio). Hélder Amaral, deputado eleito pelo círculo eleitoral de Viseu, que i n iciou a sua i ntervenção agradecendo ao Partido Comunista Português (PCP) pela disponibilização deste espaço para onde este partido tinha agendada uma exposição do aniversário de Álvaro Cunhal que adiou, rapidamente se “centrou” nas grandes questões da cidade: “Eu quero ser presidente da câmara de Viseu. Eu quero abrir as portas e janelas deste edifício para a rua ver melhor o que se passa lá dentro. Eu quero uma câmara transparente (…) Eu quero que esta câmara responda ao cidadão a tempo e a horas. Eu quero que cada cidadão que entre nesta câmara municipal se sinta respeitado”, afirmou. “Nenhum empresário que investe, que arrisca, que investe o seu dinheiro, que cria emprego e cria riqueza pagará um euro que seja de publicidade. Eu não posso aceitar que para alimentar o emprego de alguns, os empresários que criam emprego e criam riqueza tenham que pagar publicidade (…). A publicidade faz parte do negócio e, em Viseu, terão a publicidade que quiserem com regras é certo”, prometeu o candidato. Nesta ação centrista onde o líder dos democratas-cristãos, Paulo Portas, não marcou presença em virtude de ter tido que se deslocar à reunião informal do Conselho de Ministros em Alcobaça, ouviu-se, con-

tudo, a sua voz “amiga” que endereçou ao candidato um “apoio forte, expresso e visível” nesta ação de campanha à qual, referiu, “queria comparecer”. Presente esteve Telmo Correia, deputado e vice-presidente da bancada do CDS-PP, que ouviu da boca de Hélder Amaral o seu compromisso com a cidade: transformar a câmara numa entidade que facilite a vida aos empresários, que assuma um papel de liderança regional, que coopere com os seus vizinhos, que dê uma nova vida ao Mercado 2 de Maio, que tenha uma Feira de S. Mateus que se estenda a todas as aldeias e que faça das Cavalhadas de Teivas e de Vildemoinhos a “genuína” marca da cidade, essas são as prioridades, acrescentou Hélder Amaral. A apre s ent aç ão d a candidatura de Hélder Amaral, inicialmente agendada para os espaços exteriores ao Solar do Vinho do Dão e que incluía até um “Dão de Honra oferecido pela Comissão Vitivinícola do Dão, com o aval do seu presidente, Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura, teve assim que encontrar um novo local depois de a autarquia ter recusado a utilização deste espaço com a justificação de que o mesmo se tratava de um espaço público no qual a autarquia não podia permitir a realização de iniciativas de índole política. Tendo visto recusada esta sua pretensão, o candidato optou por alterar o local desta cerimónia para o espaço fronteiro à câmara municipal na Praça da República (Rossio) ao mesmo tempo que apresentava uma queixa à Comissão Nacional de

Pedro Morgado

CDS ∑ Como previsto a candidatura democrata-cristã “apresentou-se” à cidade na Praça da República

A Graça Canto Moniz, Fernando Figueiredo, Hélder Amaral, Telmo Correia e Carlos Pimentel Eleições (CNE). Face ao evoluir deste braço de ferro, Américo Nunes, Vice-Presidente da autarquia, realizou uma conferência de imprensa na qual lamentou que o candidato do CDS/ PP à presidência de Viseu desconhecesse o regulamento aprovado pela Assembleia Municipal que proibia propaganda político-partidária no Rossio. Alegando a existência deste regulamento, discutido por três vezes na Assembleia Municipal, sem nunca precisar que o mesmo foi difundido através do edital n.º 608/2010 publicado em Diário da República em 15 de junho de 2010, o social democrata Américo Nunes também, em momento algum, referiu que este regulamento contempla uma exclusão, prevista no seu artigo 3º, na qual é referida a sua não aplicabilidade à propaganda em campanha eleitoral, normalmente compreendida entre o 12.º dia anterior e que finda às 24 horas da antevéspera do dia designado para as eleições. Chamada a arbitrar a

Comissão Nacional de Eleições foi firme. Confirmou a “legalidade” da apresentação do candidato naquele espaço ao mesmo tempo que alertava a autarquia para que as autoridades administrativas não têm competência para regulamentar o exercício das liberdades públicas e em especial o exercício da liberdade de reunião, podendo, esta posição de “força” da autarquia violar o estatuído no artigo 18° n° 2 da Constituição da República Portuguesa (CRP) que preconiza que a lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições limitarse ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos. O momento da apresentação desta candidatura foi ainda marcado pela presença de um enorme “outdoor” do candidato do Partido Social Democrata, Almeida Henriques, ex-secretário de Estado do governo de

Passos Coelho. Colocado durante a noite na fachada do prédio que alberga a sede de campanha da candidatura “Viseu Primeiro”, 0 candidato não desperdiçou a “oportunidade” para mandar colocar “propa-

ganda” numa zona contígua a escassos 30 metros deste espaço nobre da cidade depois de, referindo-se a este braço de ferro, ter dito que ninguém estava acima da lei. Pedro Morgado

Discussão chega à Assembleia Municipal

∑ O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas deixou claro que para ele propaganda é toda e qualquer forma de comunicação, para reforçar a deliberação da Câmara de estar contra a ação da apresentação da candidatura de Hélder Amaral às eleições autárquicas pelo CDS-PP. O assunto foi discutido no período antes da ordem do dia da última reunião da Assembleia Municipal de Viseu (AMV). Fernando Ruas baseou-se no Regulamento Municipal de Propaganda, de fevereiro de 2009, para criticar a oposição de que não pode ter posições diferentes fora e dentro da AMV. “A Câmara deu resposta em função de uma deliberação da Assembleia Municipal tomada por unanimidade […] não podem tomar aqui uma posição e lá fora uma posição contrária. Temos que atuar de forma coerente”, adiantou. O autarca reconheceu, no entanto, que o regulamento municipal não se pode sobrepor-se à lei geral. O assunto foi levantado na AMV pela bancada do Partido Socialista. O deputado do PS, João Paulo Rebelo considerou a deliberação da autarquia “lamentável”, ao sublinhar que “todos os espaços públicos devem ser usufruídos pelos partidos e pelos cidadãos”. Esta opinião do deputado socialista serve para a Praça da República e para o Solar do Dão: “Uma marca de carros quando quer promover um [novo modelo] mete lá dentro uns carros e uma partido político não pode? O PS acha mal”. EA


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AUTÁRQUICAS 2013 | REGIÃO 15

27| junho | 2013

União das Freguesias de Viseu já tem candidato no PSD Diamantino Amaral dos Santos, atual presidente da freguesia de Coração de Jesus vai ser o candidato do Partido Social Democrata (PSD) à União das Freguesias de Viseu. A novidade foi apresentada pelo candidato do PSD à câmara municipal de Viseu, Almeida Henriques, num encontro com os jornalistas realizado na manhã da passada quarta-feira no hotel Casa da Sé. Esta “nova” freguesia viseense, que resulta da agregação de 3 das atuais, Coração de Jesus, Santa Maria e São José, no quadro da reforma Publicidade

administrativa que extinguiu 1.165 freguesias, terá um total de 27 mil habitantes o que a coloca, quando comparada com os concelhos pertencentes ao distrito, na terceira posição tendo em conta apenas o seu número de habitantes. “Com muita motivação e responsabilidade. Estamos a falar de uma freguesia com cerca de 27 mil habitantes e na qual os recursos não são iguais aos recursos de um qualquer município. Isto implica que todos aqueles que venham a trabalhar comigo, venham com uma grande motivação, uma gran-

Pedro Morgado

Freguesias ∑ Diamantino Amaral dos Santos quer “conquistar” a maior freguesia da cidade

A

Diamantino Santos presente neste encontro com os jornalistas de disponibilidade, num permanente arregaçar de mangas”, referiu o candidato a esta “mega freguesia”. Neste encontro com a

comunicação social Almeida Henriques aproveitou para reiterar o seu compromisso com a valorização do centro histórico da cidade, o qual, desta-

cou, tem um papel essencial para a promoção da cidade e para o trabalho dos próximos 10 anos que culminará com a candidatura de Viseu a Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). “Se nós queremos ser uma cidade de eventos, nós temos que ter um centro histórico dinâmico. A dinamização do comércio de proximidade com o estímulo ao aparecimento de lojas âncora que possam impulsionar o comércio existente, o repovoamento do centro histórico, a reabilitação urbana quer do ponto de

vista da fixação de estudantes […], quer com a fixação de jovens casais, a criação da incubadora no centro histórico”, acrescentou. O candidato à autarquia comprometeu-se ainda a manter os atuais espaços onde funcionam estas freguesias abertos, inseridos num programa de contato direto com a população, readaptando-os apenas para que os mesmos possam servir como “minibalcões de proximidade”, à semelhança daquilo que tinha sido já anunciado pelo seu adversário, José Junqueiro. Pedro Morgado


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Emília Amaral

educação&formação

A Distinções entregues na última sessão da Assembleia Municipal de Viseu

Conhecidos os primeiros vencedores do “Viseu Europa” Iniciativa ∑ Prémio criado pelo eurodeputado viseense António Correia de Campos Vinte e nove alunos de sete escolas do concelho de Viseu vencera m a primeira edição do prém io esco lar “Viseu na Europa”, criado pelo eurodeputado António Correia de Campos. Correia de Campos, ta mbém deputado na

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Assembleia Municipal de Vi seu (A M V) entregou as distinções a a lu nos e professores no início da sessão da AMV de segunda-feira. O eurodeputado destacou o “empenho das escolas ao conseg uirem animar as candi-

daturas” e a qualidade dos tralhados, propondo até a sua divulgação à comunidade. O pré m io de s t i n a se aos alunos do ensino secundá rio público, prof issional e superior das escolas do concel ho de Vi seu e pretende “promover o

conhecimento e o debate acerca do f u ncionamento da União E u r op e i a e d a s s u a s instituições”. “Fomentar o interesse dos estuda ntes do concel ho pela s pol íticas da Un ião e melhorar as suas capacidades de investigação

e metodologia de elaboração de trabalhos académicos em grupo, dando-lhes a possibilidade de visitarem o Pa rla mento Eu ropeu em Bruxelas”, são outros objetivos. “Ad e s ã o d e P o r t u gal à União Europeia – Prós e Contras”, “União

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Europeia”, “Viseu na Europa”, “O impacto dos fundos comunitários em Viseu”, “Daqui Viso Eu”, “Indo eu, indo eu... A caminho de... Viseu na Europa” e “Comité das Regiões” foram trabalhos premiados. Emília Amaral com Lusa



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economia Novo Mazda 6 e recém-lançado CX-5 apresentados à imprensa regional

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volvida com o objetivo de melhorar a eficiência e a sustentabilidade da nova geração de veículos da companhia) e o design “KODO a Alma do Movimento”. Este modelo apresentase com um ar desportivo, contudo uma frente mais imponente que a traseira, esteticamente bem desenhado e cujas linhas combinam com o ar dinâmico e citadino que a marca lhe quis dar, ao inspirar-se nos movimentos poderosos e suaves de animais como a chita. O interior está mais pobre

A Novo Mazda 6 do que se esperava, em tons negros e pouco vistosos. Na estrada o Mazda CX-5

corresponde às necessidades de qualquer condutor. Seguro, desinibido e adap-

tável a qualquer situação. O Mazda CX-5 tem como preço mínimo 31,456 euros, o que numa relação preço/ qualidade é uma opção bastante aceitável. O novíssimo Mazda6 é o segundo automóvel a incluir a gama completa da Tecnologia SKYACTIV e design KODO. Esteticamente mais bonito que o CX-5 e mais maduro. Cativa pelo interior e é impossível não reparar na pose baixa e larga que lhe confere uma estabilidade diferente do CX-5. O aspeto desportivo mantém-se mas

com um “ar” mais elegante e adulto. O Mazda 6 combina as mais avançadas funções de segurança com um consumo extraordinariamente baixo. O SKYACTIV-D de 2,2 litros possui uma baixa taxa de compressão dos motores diesel, com uma aceleração ágil que desafia os motores diesel convencionais. A marca nipónica está representada em Viseu pela Auto-Sueco Coimbra 2 Vehicles, na estra nacional 16 Viseu/Mangualde. Micaela Costa

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O Hotel Yeatman em Vila Nova de Gaia foi o palco para a apresentação, à comunicação social regional, do novo Mazda 6, bem como o recém-lançado Mazda CX-5. As ruas da cidade do Porto foram o caminho de testes, para conhecer de perto, e no terreno, as duas “máquinas” do construtor nipónico. O Mazda CX-5, que foi apresentado no passado mês de maio, é o primeiro modelo de produção a adotar a Tecnologia SKYACTIV (tecnologia desen-

Micaela Costa

Modelos∑ Gaia foi a “casa” da apresentação dos novos carros da marca nipónica, representada em Viseu pela Auto-Sueco Coimbra 2 Vehicles

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Micaela Costa

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 589 DE 27 DE JUNHO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira


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Suplemento CONCELHO PENEDONO

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Micaela Costa

Penedono tem história ...

Museu Municipal de Penedono

Artesanato em junça típico da freguesia de Beselga

“Pedaços” de história na freguesia de Antas

Piscinas municípais

Castanha a principal marca gastronómica da região

Museu Póvoa Lagar na freguesia de Póvoa de Penela

O concelho de Penedono, uma vila do distrito de Viseu, na região Norte e sub-região do Douro, sede de um município, com nove freguesias, é muito mais do que isso. O concelho de Penedono é história e são recantos carregado de memórias de outros tempos. São antigas as histórias de ocupação humana. A cultura dolménica, os Romanos, os povos oriundos do leste europeu, os muçulmanos foram deixando marcas, que o tempo não apagou e que fazem deste concelho um dos mais históricos do distrito. As antas (que dão nome a uma das freguesias) são um bom exemplo disso mesmo, assim como os castros e o imponente castelo. E é com estórias que Penedono mantém a tradição. O Mercado Magriço, que se realiza há já vários anos na vila de Penedono, foi “roubar” o nome a Álvaro Gonçalves Coutinho, o célebre Magriço, um dos doze cavaleiros lusitanos que defenderam a honra de doze damas inglesas e eternizado por Luís de Camões no poema épico “Os Lusíadas”, e que dizem, ter nascido no castelo de Penedono. São várias as construções que atestam a grandeza do espólio histórico deste concelho, nomeadamente a ponte românica, na freguesia da Beselga, a calçada romana, na freguesia do Ourozinho e, na vila, a fonte quinhentista, as forcas, a antiga casa dos Paços do Concelho e Cadeia, onde funcionam alguns serviços municipais, o imóvel em cantaria q u e a co l h e p r e s e n t e m e n t e a e s t a l a g e m d e Penedono, o Solar dos Freixos, edifício que após primorosa e fidedigna recuperação, alberga os Paços do Concelho e demais serviços públicos e o Cine-Forum que serve de palco às diversas realizações culturais. Os linhos e bordados, da freguesia de Antas, os tapetes de lã e algodão, da freguesia de Castainço, as miniaturas em madeira e cestaria em vime, da freguesia de Póvoa de Penela, a latoaria da povoação de Adobispo e as ceiras e capachos em junça da freguesia da Beselga, são o artesanato e a memória viva destas gentes. A castanha é uma das principais marcas gastronómicas e que regista uma grande colheita anual, chegando a ser exportada para os Estados Unidos da América, entre outros mercados. O vinho e o azeite são outros produtos explorados. Quem vai a Penedono é levado numa capsula do tempo e sente-se muitas vezes em plena época medieval. A arquitetura daqueles tempos, que se tem mantido, mistura-se com a visão dos dias de hoje e conferem ao concelho um local de visita obrigatória. O concelho de Penedono tem beleza histórica, cultural e natural e tem, sobretudo, o afago daquelas gentes que sentem o orgulho em ser penedonense.

Dolmen da capela do Sr. do Monte na freguesia de Penela da Beira


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Suplemento CONCELHO PENEDONO

“É preciso que o Estado mude a forma como olha para estes concelhos do interior”

Micaela Costa

resolução do problema. O que a Câmara faz é apoiar as famílias após o nascimento das crianças, como é o exemplo de não terem que pagar a refeição nas escolas, comparticipamos n os l i v r os e s co l a r e s , damos um k it escol ar com mater ial diverso, at r ibuimos bol sas de estudo após o 9ºano, etc. E é nesta perspetiva que achamos que devemos ajudar.

> Carlos Esteves, presidente da Câmara Municipal de Penedono Carlos Esteves, enfermeiro de profissão é o atual presidente da Câmara Municipal de Penedono. A terminar o seu primeiro mandato e prestes a realizar o evento que marca o concelho e a vila de Penedono, a Feira Medieval, o autarca passa em revista estes quatro anos de presidência e desvenda alguns “segredos” de mais uma edição dedicada às tradições de outros tempos. Que balanço faz deste pr imeiro mandato na autarquia? Penso que o balanço terá que ser feito pelas pessoas, no dia das eleições, nas urnas . Mas para mim, objetivamente, nestes quatro anos, cumpr i prat ica mente todos os propósitos a que me propôs

aquando da minha candidatura, que foi servir a população de Penedono e ir ao encontro da satisfação das suas necessidades humanas básicas. Ao longo destes quatro anos, o que foi feito para garantir essas necessidades? Melhorámos toda a parte ambiental desde a rede de abastecimento de água à remodelação do saneamento básico. No empreendedorismo e emprego, criámos uma á r e a d e a co l hi m e n t o empres ar ial (em fase de conclusão), que vai permitir a instalação de diversas empresas e atividades. Sabemos que não vai conseguir resolver todos os problemas, mas vai cer tamente criar muitos postos de trabalho.

O desemprego é uma das preocupações da autarquia? Sem dúvida. Não temos capac idade de f ixação de pessoas. A iniciativa privada é quase inexistente e precisamos que comece a aparecer. Precisávamos que houvesse quem quisesse investir e nós [autarquia] não fugimos a qualquer tipo de parceria, arriscamos se esse for o caso. Mas também é preciso que o E s t ado mude a forma como olha para estes concelhos do interior, devia haver uma atenção mais cuidada e que criasse mecanismos que incent ivassem as pessoas a v irem para o inter ior e depois cá estaríamos nós para criar as restantes condições. O grande problema é que os nossos governantes não conhecem a realidade do interior do país.

O que é que Penedono tem feito para que seja um concelho ativo? A iniciativa que vamos realizar na próxima semana [Feira Medieval] é um grito no sentido de afirmar uma identidade que temos e que é muito própria. Iniciativas deste género são uma forma de marcarmos presença, de afirmar um território. Mas temos um grande problema com a demografia. Cada vez nascem menos crianças e isso pode por em causa o futuro. Compreendo que as famílias, os jovens adultos não queiram ter filhos, não está fácil para eles. O que é que a Câmara tem feito para ajudar esses jovens adultos? Acredito que a política dos mil euros para quem tem f il hos não seja a

E no que diz respeito à saúde, cultura e turismo, o que tem sido feito? A saúde não é da responsabilidade da autarquia, aquilo que fazemos é apoiar as entidades institucionais em programas de rastreio, recentemente a autarquia deliberou conceder uma viatura para o centro de saúde, disponibilizamos d u a s h a bi t a çõ e s q u e salvaguardem a vinda de profissionais na área da saúde, enf im, tentamos apoiar no que nos é possível. Na área da cultura achamos que são as instituições da área que a devem promover. Contudo estamos sempre empenhados em trabalhar no sentido de fomentar e apoiar tudo o que tenha a ver com atividades culturais. O turismo é a indústria mais importante a ser explorada n e s t e co n ce l h o . N ã o precisa de uma área empresarial para se instalar porque ele próprio se afirma. E esta é outra preocupação da autarquia, levar o nome do concelho para fora. Manter a Feira Medieval é um exemplo dessa preocupação? Si n t o q u e e s t a é j á uma marca. Somos um t e r r i t ó r i o p e q u e ni n o mas acredito que esta é uma feira que já se af irmou na reg ião, no país . E es t amos até a passar a fronteira. Este ano temos uma parceria com Cidade Rodrigo, há

armas medievais que no fim-de-semana a seguir à nossa feira vão para lá e em contrapar t ida teremos cavaleiros vindos de Espanha. Que iniciativas diferentes vão marcar esta edição? A feir a vai es t a r n o mesmo espaço, apenas terá um terreno anexo novo onde se vai co n s t r u i r u m e s p a ç o para os combates a cavalo, que também é uma inovação. Temos, de ano para ano, trabalhado para que seja uma feira cada vez mais próxima do que era noutros tempos, queremos um maior realismo. Estamos também a rever o assalto ao castelo (que ocorre n o s á ba do) , m el h o rámos o sistema de som, queremos que as pessoas possam ver o que se está a passar numa distância considerável , talvez com écrans e estamos a fazer de tudo para que as pessoas não saiam com as expectativas defraudadas. E temos também uma inovação no dia da abertura [sexta] com um momento de boas vindas a todos os cavaleiros que até nós virão. Vai ser candidato às próximas autarquias. Quais as espectativas? Primeiro vou encarar es t a s n ovas elei çõ es de cabeça erguida. Vão exist ir duas grandes preocupações: a empregabilidade através da cr iação de programas que fomentem o emprego apoio real e co n s t a n t e a q u e m s e proponha a t rabal har na área do empreen dedor ismo e a outra vertente tem a ver com o ambiente, saúde pública e qualidade de vida. Para além destes meus propósitos, continuar a servir as pessoas do meu concelho.


Suplemento CONCELHO PENEDONO

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Feira Medieval, uma viagem no tempo A Feira Medieval de Penedono, um evento que se tem vindo a realizar nos últimos anos, é um dos grandes exemplos do “resgate” da vivência de outros tempos. De 5 a 7 de julho, a zona do Castelo e toda a sua área envolvente ganha os cheiros, as roupas e a verdadeira vivência dos tempos medievais. O Castelo de Penedono (Monumento Nacional desde 1910) é uma das for talezas referidas na célebre doação de D. Flâmula (ou Chamôa Rodrigues) ao Mosteiro de Guimarães, em 960, o que assegura ter sido, por essa altura, um ponto de incontornável importância na defesa e organização da Beira Alta Interior. Quem percorre todo o ambiente e espaço por onde se realiza o evento, fica com a sensação momentânea de voltar a esses anos. Os mendigos, comediantes, comerciantes, os

espetáculos de rua, o combate de esgrima, o malabarismo com fogo, o assalto ao castelo deixam no ar a misticidade que se vivia na época medieval. A Feira Medieval surge pela primeira vez através de uma iniciativa da Escola Eb 2/3 de Penedono (atual Agrupamento de Escolas Álvaro Gonçalves Coutinho), numa feira que envolveu a comunidade escolar. Estávamos em 2001. No ano a seguir a autarquia viria a ser contactada por promotores turísticos agências que pretendiam proporcionar aos seus colaboradores um dia medieval. Com o já bem-sucedido evento escolar e com todos estes pedidos a Câmara aproveitou os “sinais” que “evidenciavam que era uma ideia a explorar”, como explicou o presidente da autarquia Carlos Esteves. Desde então, que no primeiro fim-de-semana do mês de julho, a autarquia de Penedono, realiza o evento mais marcante do concelho e da vila.


Desen nvolvimento o Local A ADD – A Associação dee Desenvolvim mento do Dão com sede em m Penalva do C Castelo, tem vvindo a desennvolver um conjunto de esfforços para contrariarr a degradaçãão económica e financeira dos concelhoos da sua áre ea de interven nção (Aguiar da Beira, Pen nalva do Castelo, Nelas, Manguald de e Sátão). Um dos instrum mentos que m muito contribuuiu para esse esforço foi o Programa dee Iniciativa Co omunitária LEA ADER, bem como o acctual Eixo 3 d do PRODER ao o fazer uso da a metodologiaa de interven nção LEADER. Ao permitir sse que os terrritórios definaam as suas prioridade es, está se a ccontribuir paraa que as polítiicas de desenvvolvimento se ejam as mais p participativas possíveis. Foi assim possível, desd de 1994, apoiar mais de 28 80 projectos dde investimentto, num monttante superiorr a 20 milhões de euros. O sector das microemp presas e das IInstituições Particulares de e Solidariedadde Social liderram todo o processo p de innvestimento, na medida em que são estas as entidades e quee no território o mais contrib buem para a criação de postos de trab balho. Apesar r da actual co onjuntura e do o reduzido orçamento afecto aos mais recentees concursos do d GAL/ADD no âmbito do o Eixo 3 do PRODER, P consstatou se, um ma vez mais, a a força das diferentess entidades do o território ao o serem apressentadas 53 ppedidos de apo oio, num tota al de investimeento de 5,2 m milhões de eurros, que se pretende venham, den ntro dos limittes da lei, a somar se ao s já aprovados (100 PA num n investim mento de 11,2 2 milhões de euros até 31/12/201 12). Dando segguimento às p políticas de deesenvolvimen nto entretantoo definidas paara o actual quadro de proggramação, a A ADD e os seuss parceiros estão a de esenvolver um m conjunto dee estudos/pro ojectos com oo objectivo de e estimular a actividade tuurística e a pro odução/comeercialização dos produ utos de qualidade, em curso o no âmbito d da Acção 3.5.22 do PRODER, pelo que desttacamos o segguinte: x

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Estudo da Ofe E erta e Procuraa Turística no o território daa ADD, este estudo pretend de determinaar a qualidade e da oferta e d da procura turística nestee território. O O estudo terá como objecttivo último a criação de rotas/percursoos que permiitirão ao turissta melhor circular e iden c ntificar o alvo da sua visita. Neste sentiddo, apelamos a todos quan ntos sintam qque podem co ontribuir posiitivamente para este trab p balho, que ace edam ao porttal da ADD em m www.add.p pt e preencham o questionnário aí dispon nível. Este traabalho está a ser realizado a o com a colabo oração da Socciedade Portu guesa de Inovvação. Marketing Tur M rístico – Umaa visão para o o Futuro, prettende se com este trabalho o, criar as conndições para que todo o processo de promoção p e d divulgação seja sustentado em bases sóólidas e ajustaadas à realida ade e necessiddades dos aggentes económ micos e do potencial p turissta. Este trabalho está a se er realizado ccom a colaboração da Univversidade Cattólica Portugu uesa – Pólo Regional R da Beiras. B In novar na Agrricultura – Um ma Aposta no o Futuro, num m período em m que a agricultura, por coonstrangimen ntos associado os à actual conjuntura, c esstá a ser alvo o de atenção redobrada (ppor um lado sob s pressão na n produção dde qualidade e a preços ajustados a à procura, p por o outro pela creescente conscciência de qu e o futuro também passa pela agricultuura enquanto o actividade económica, e geradora de e g mprego e de riqueza), o GA AL/ADD entenndeu como úttil, a realização deste “estuudo”. Objectivva se com estee trabalho, a a criação um manual que oriente, quem m procura ouu já encontra na agricultura um meio dde vida, em todas as etap pas da sua actividade, a deesde a instalaação à come ercialização, ppassando pelaas questões legais e fiscaais. O presen nte trabalho está a ser desenvolvido p d pelo Instituto Politécnico de Viseu – Escoola Superior A Agrária de Vise eu. Comércio C de proximidade, este tem siido uma preoocupação do GAL/ADD, pe elo que foi ddado início a um grupo de trabalho in nstitucional, q que permitiráá criar uma metodologia dee trabalho qu ue induza e orriente a pequuena produção o e crie mecaanismos de escoamento e p para os excedentes do agricultor em esspaço de proxximidade. Será efectuado eentretanto um m trabalho piiloto numa freguesia ou m mais freguesia a definir. Sector empres S sarial, será igu ualmente alvo o de especial atenção, atraavés da adjudiicação de um conjunto de workshops deestinados a auxiliar o emp a presário nas su uas actuais dificuldades, coontribuindo paara o dotar de e novos instruumentos de conhecimento para fazer face aos novoss desafios, principalmente munindo o dee conhecimen ntos que perm mitam antever r a mudança.

DESEN NVOLVIMEN NTO É UM LO ONGO PERCU URSO FEITO EM COOPERRAÇÃO


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24 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Pedro Morgado

27 | junho | 2013

A Carlos Marta e Isaura Pedro estiveram presentes na sessão de abertura

Interior 2.0 reúne “notáveis” e apresenta soluções CIM Dão Lafões∑ Principais desafios e soluções inteligentes para os territórios do interior debatidos em conferência Realizou-se no passado dia 22 de junho, sábado, a Conferência Interior 2.0 – (re)pensar estratégias para o interior. Este debate organizado em parceria pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões e pelo Município de Nelas colocou em cima da mesa os principais desafios das regiões do interior do país ao mesmo tempo que apresentou soluções inteligentes que podem ajudar a promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo de esta que é uma parte significativa do território. Entendido como impor ta nte n ão apen a s pela sua temática mas também pelo tempo em que este tema é discuti-

do, em pleno contexto de crise, este momento obriga, no entender da CIM Dão Lafões, a experimentar coisas novas que trarão no futuro valor acrescentado a estas regiões. No painel da manhã, moderado por Ricardo Sousa, CEO na empresa ColorElephant, estiveram presentes Frederico Lucas que apresentou o seu conceito “Novos Povoadores – Empreender no Interior”, um projeto apoiado pela EDP que procura levar famílias do litoral para o interior e Luis Matias da Câmara Municipal de Penela, município que é um dos cinco membros portugueses que integram a Rede Europeia de Living Labs (EnoLL), que

apresentou o papel do seu modelo de “rebanho virtual” na proteção do seu produto endógeno – o queijo Rabaçal. E ste pr i mei ro pa inel contou ainda com a participação de Nuno Gaspar Oliveira do ISG Busi ness School que defendeu a integração da i novação socia l e ambiental, naquilo que apelidou como uma “economia verde”, que poderá alavancar o desenvolvimento futuro e Catarina Selada, responsável pelo departamento Cidades e territórios da Inteli, que mostrou como se podem criar as cidades do futuro no interior do país. Do segundo painel, realizado durante a tarde, constou a apresentação

e o concurso de ideias Interior 2.0 que recolheu da sociedade civil as ideias para o desenvolvimento do interior do país e as apresentações de Pedro Homem, João Ministro e Miguel Vicente da Microsoft. Na abertura da conferência “Interior 2.0”, realizada no edifício multiusos em Nelas, Carlos Marta, presidente Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões, que integra 14 municípios, aproveitou para felicitar “vivamente” a autarca Isaura Pedro por: “neste tempo de dificuldades, de problemas, de crise (…) ter sabido resistir a estas dificuldades e a esta crise, lutando e trabalhando com coragem e determinação (…). O concelho de

Nelas, um dos mais industrializados da nossa região, tem conseguido manter empresas, tem conseguido manter emprego e, portanto, é fundamental que este trabalho se possa articular com todas as entidades para que possamos resistir a esta crise mantendo serviços e mantendo as empresas”, referiu o autarca. “Quando estamos a 45 minutos de Aveiro, a 50 minutos da Figueira da Foz, duas horas de Lisboa, uma hora do Porto e a duas horas de Salamanca não podemos dizer que estamos no interior”, salientou. “Ninguém vai fazer m a is nem mel hor do que eu e do que a Dra. Isaura. (…) Vamos ter é que fazer diferente

do que aquilo que fizemos nos últimos anos. (…) O desafio que todos nós temos pela frente, sobretudo aqueles que vão ter responsabilidades governativas e autárquicas nos próximos tempos é, seguramente, fazer diferente. E fazer diferente será criar condições para que nos nossos territórios se possa criar riqueza e se possa criar emprego”, acrescentou. O encerra mento da conferência teve lugar pelas 17h00 após a discussão participada sobre quais as soluções para a interioridade e um debate sobre o futuro destes territórios, que representam 95 por cento do país. Pedro Morgado



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Jornal do Centro 27 | junho | 2013

desporto Canoagem TAÇA REGIONAL DISPUTA-SE EM SERNANCELHE

Basquetebol

Micaela Costa

Torneio internacional de sub20 em Tondela

O Pavilhão Municipal de Tondela recebe a partir de amanhã, até domingo, um torneio internacional de basquetebol em seleções sub20. Inserido nas comemorações dos 100 anos de basquetebol em Portugal, a cidade de Tondela, recebe as seleções de Portugal, Hungria e Grã-Bretanha. Para a equipa das quinas o evento serve ainda de preparação para o Campeona-

to da Europa, Divisão B, que se realiza entre os dias 12 e 21 de julho, na Roménia. Sexta-feira, pelas 21h00, Portugal defronta a seleção da Grã-Bretanha, sábado, às 17h30 jogam as seleções da Hungria e Grã-Bretanha, e no domingo, pelas 17h30, Portugal volta a jogar, desta vez contra a Hungria. Os jogos, que vão decorrer no Pavilhão Municipal de Tondela, têm entrada livre. MC

Boccia

Atleta de Sátão é bi-campeão Europeu

Fernando Ferreira, natural de Ferreira D´aves, no concelho de Sátão, é bicampeão Europeu em Boccia na categoria BC2. O atleta voltou a revalidar o título europeu ao derrotar Abílio Valente, na final, depois de ter batido o britâniPublicidade

co Nigel Murray nas meiasfinais. Portugal fechou a participação no Europeu com três medalhas de ouro, sendo uma dela a de Fernando Ferreira. A equipa portuguesa conquistou ainda mais duas medalhas de prata. MC

Futebol

António Albino ameaça bater com a porta Académico ∑ Atual corpo diretivo recusa recandidatar-se caso não hajam apoios financeiros. Nova Assembleia Geral marcada para 5 de julho “Sem dinheiro não posso seguir”. Foi desta forma que António Albino, atual presidente do Académico de Viseu, explicou aos sócios, que “enquanto não houver apoios financeiros”, não vai recandidatar-se à direção do clube. A Assembleia Geral (AG), que decorreu na passada sexta-feira, e que tinha por objetivo a eleição do novo corpo diretivo, acabou por não se realizar e serviu de alerta por parte da atual direção, que frente a quatro dezenas de sócios, afirmou não querer continuar a liderar a estrutura desportiva enquanto não sentir o apoio das várias entidades municipais e privadas. O Académico, que subiu à Segunda Liga esta época, vê-se a braços com encargos financeiros que,

segundo António Albino, rondam os “70 mil euros mensais” e que não consegue suportar “sem as verbas necessárias”. A direção lançou algumas críticas à autarquia, chegando a explicar aos sócios que tinha marcado uma reunião com Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, e nunca chegou a falar com o autarca, tendo sido recebido pelo vereador do Desporto, Guilherme Almeida, de quem não recebeu as garantias que desejava ao nível do apoio financeiro da autarquia e dos “timings” para que o dinheiro chegasse ao clube. Segundo António Albino as negociações com as entidades municipais “duram há três semanas” e nada foi ainda resolvido. Sobre o tema, Fernan-

do Ruas afirmou na Assembleia Municipal (que decorreu na segunda-feira) que “a Câmara não vai deixar de responder afirmativamente em termos financeiros”, assumindo “o compromisso de apoio até outubro”. Afirmou ainda que a autarquia vai “entregar o prémio de subida aos dois clubes [Académico e Lusitano]”. Na AG, a direção, lembrou ainda que é preciso angariar mais sócios (atualmente com 800) e que desde que o clube garantiu a subida apenas seis novos sócios entraram no Académico. Dois dos quais, afirmou um sócio, “nem sequer são de Viseu”. A nova AG está marcada para o dia 5 de julho. Micaela Costa

A Federação Portuguesa de Canoagem escolheu, pelo segundo ano consecutivo, a Vila da Ponte, em Sernancelhe, para a realização da prova da Taça regional Centro Maratonas/ Esperanças. É já este domingo, 30, que mais de uma centena de praticantes da canoagem, rumam a Sernancelhe, numa iniciativa que conta com a organização da Associação de Canoagem de Aveiro e Núcleo Desportivo e Cultural Vila da Ponte. Apoiam também o evento, o município de Sernancelhe, a junta de freguesia de Vila da Ponte, os Bombeiros Voluntários de Sernancelhe e de Penedono. MC

Andebol S. PEDRO DO SUL RECEBE ENCONTRO NACIONAL O Encontro Nacional de Andebol em minis feminino, destinado a crianças entre os 9 e os 10 anos decorre em S. Pedro do Sul de 4 a 7 de julho. No encontro vão participar 22 equipas, num total de 350 atletas. A prova é organizada pela Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul em parceria com a Federação de Andebol Portugal, Associação de Andebol de Viseu, câmara municipal, junta de freguesia e Agrupamento de Escolas. MC


MODALIDADES | DESPORTO 27

Jornal do Centro 27| junho | 2013

Automóveis

Futebol

Prova de Perícia de Lamego com inscrições abertas

Planteis ganham forma entre renovações e reforços Académico Bruno Loureiro, é a mais recente renovação da equipa treinado por Filipe Moreira. Na dúvida, e segundo apurámos junto de fonte ligada ao clube, está a continuidade do capitão Calico. Em causa estarão desencontros de verbas entre o clube e o jogador. A mesma fonte acrescentou, no entanto, que “estão ainda a decorrer negociações e está tudo em aberto”. Quanto à notícia avançada pelo jornal “A Bola”, sobre o interesse academista em Pateiro, o avançado que jogou no Rio Ave e que está sem clube. A direção do Académico afirmou que “não é verdade”.

Dally é o novo reforço apresentado pelos tondelenses. O avançado, de 26 anos, vem do Desportivo das Aves depois de ter representado clubes como Camacha, Beira-Mar e Mirandela. Fora do plantel da época passada, ficam Materazzi (pediu para rescindir por razões familiares), Backar, Dyego Sousa, Tiago Carneiro, Luís Aurélio e Fonseca.

Lusitano No clube de Vildemoinhos está garantida a continuidade do técnico Rui Cordeiro, que na sua segunda época a orientar a equipa senior, fez regressar o Lusitano aos nacionais de futebol. Rui Cordeiro renovou o seu vínculo ao clube por mais uma temporada. Publicidade

cdtondela.pt

Tondela

D e c or re no próx imo dia 7 de julho, em Lamego, a Prova de Perícia Cidade de Lamego “ António Nobre “. As inscrições estão já abertas e decorrem até dia 5 de julho, devendo ser feitas no Clube Automóvel de Lamego. Segundo o regulamente serão admitidos na prova os automóveis ligeiros, transformados ou não, e divididos por diferentes classes: Classe 1, viaturas com carroçaria mini ou com motor mini e tração á frente; Classe 2, viaturas não mini com tração à frente; Classe 3, viaturas com tração traseira e motor à frente Classe 4, viaturas de tração traseira e motor atrás e Classe 5, Taça feminina do Troféu Challenge. Podem participar na

prova todos os condutores portugueses e estrangeiros que possuam carta de condução emitida há pelo menos um

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ano. A Prova de Perícia terá início às 12h00, e será disputada em cinco tentativas por Piloto.MC


D Originais de Pedro Luz no Lugar do Capitão

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culturas expos

Jornal do Centro 27 | junho | 2013

No âmbito das Quintas ao Jazz, o Lugar do Capitão recebe hoje, 27, Pedro Luz e o seu trio que apresentam composições originais, pelas 21h30

Arcas da memória

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal

As festas do mês de junho

Carlos Paredes

Até 31 de julho, a exposição

Alberto Correia

de escultura e pintura, “Era

Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

um Sonho...Era uma Noite”, de Artur Aleixo Homenagem a Aquilino Ribeiro

∑ Salas de Exposições Temporárias

Até 28 de junho, a exposição “Novos Cenários” VISEU ∑ Instituto Piaget Até 25 de junho, a exposição internacional, coletiva e itenerante da II Semana Internacional de Educação Artística da UNESCO TONDELA ∑ Mercado Velho

“A infinita procura” no Museu Grão Vasco Livro ∑ Joaquim e Francisca “visitaram” o museu André Alves e Helena Marques foram os dois oradores convidados que estiveram presentes na apresentação do livro “A infinita procura”, de João Carlos Marques, que teve lugar durante a tarde do passado sábado no Museu Grão Vasco. Retratando o grande amor de Joaquim e Francisca, nascido de uma afinidade estabelecida enquanto crianças, esta obra personifica a luta pela sobrevivência de um amor que teve como símbolo o World Trade Center e que

tem que lidar, com o seu desmoronamento, com a derrocada de todas as esperanças na sequência dos atentados do 11 de Setembro. O autor, João Carlos Ferreira Marques, nascido nesta cidade há 51 anos trabalha atualmente para o Ministério da Justiça, sendo este amor pela escrita um “affair” que lhe ocupa os tempos livres a par da execução de esculturas em ferro, com as quais tem participado em diversas exposições. “As minhas ideias são

a matéria-prima capital, com que produzo as mais variadas criações. Porque antes que sejam materializadas - ou ainda que o não sejam - já elas existem na intrépida oficina da minha mente. E é através da escrita, dos vitrais, da escultura em ferro, ou de outros singelos artefactos que tento expressar e compartilhar um pouco do sucesso dessas conceções. ”, referiu o autor sobre o seu trabalho.

VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h30, 00h05* Birro (CB) (Digital)

Homem de Aço (CB) (Digital)

WWZ: Guerra Mundial (CB) (Digital)

Homem de Aço (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h10, 16h55, 21h10, 23h55* Os estagiários (M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h15* A Ressaca - Parte III (M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h10, 21h50, 00h30* Mestres da ilusão (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h00, 23h30* Monstros: A Universidade VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h10, 19h20 Garfield - Um festival de comédia (CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h45, 17h30, 21h40, 00h30* WWZ: Guerra Mundial (M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h10, 21h50, 00h30*

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10*

Até 30 de junho, a exposição do NARV (Núcleo de Arquitetos da Região de Viseu), uma evolução da produção arquitetónica do distrito SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura De 23 de junho a 21 de julho, uma exposição de fotografia, a “Distância que Existe…”, de Leandro Guardado

roteiro cinemas

Sessões diárias às 14h20, 17h20, 21h20, 00h20*

Pedro Morgado

Sessões diárias às 14h20, 16h45, 19h20, 21h40, 00h05* Operação gerónimo: A caça ao Bin Laden (Digital) Sessões diárias às 14h00,

“ O Junho é o mês da alegria na serra. A Primavera esplendia com todo o seu fulgor, e as suaas tintas, no mato o amarelo do tojo e da giesta, o vermelhopúrpura das urzes e rosmaninho, o branco da esteva e bela-luz, no centeal o ocre palhetado de verde, enchiam os olhos. Cantavam por toda a parte os pássaros, que eu deixara de ver havia muitos meses e agora as suas vozes soavam aos meus ouvidos como aleluias”. Aquilino Ribeiro , in Um Escritor Confessase No mês de Junho é tempo de solstício, é o tempo em que a natureza se carrega de promessas de vinho e de pão. Os primeiros agricultores chamaram-lhe Terra-Mãe e os pastores f izeram dessa deusa a patrona dos rebanhos. Foram eles quem inventou as festas grandes de Ve-

17h10, 21h10, 00h20* Velocidade Furiosa 6 (M12) (Digital)

rão, foram eles quem acendeu, a vez primeira, fogos de bela-luz e rosmaninho, foram eles quem dançou, noite fora, à luz de uma fogueira. Foi um pastor, talvez, quem prometeu à sua amada, a vez primeira, que a alcachofra que lhe dera iria abrir em flor pela manhã. Tão pouco mudou nas festas populares!... Ainda arde nas fogueiras alecrim e rosmaninho, as moças ainda espreitam o renascer de uma alcachofra ao madrugar, ainda há quem colha no campo as orvalhadas, quem apanhe ervas milagrosas para chás. A terra permanece ainda portadora de um “mana”, essa estranha energia que faz rebentar as plantas e as fontes, que solta os faunos pelos montes, que faz cair “estrelinhas de pastor”, que faz cantar o cuco ao vir Abril. Aquilino Ribeiro celebra, no seu jeito, esta Terra-Mãe de Neolítico de quem ficou sempre adorador.

Estreia da semana

Sessões diárias às (11h20 Dom.), 14h10, 16h35, 19h00, 21h20, 23h45* Monstros: A Universidade (CB) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h15* WWZ: Guerra Mundial (M12) (Digital 3D) Legenda: *sexta e sábado

Garfield - Um festival de comédia – Há muito o campeão de talentos do Festival de Comédia, acredita que este ano só poderá ganhar como sempre com seu número de comédia habitual. O problema é que a sua parceira (e namorada) Arlene quer mudar o número.



D Musical “A Pequena Sereia” em Viseu

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culturas O som e a fúria

Jornal do Centro 27 | junho | 2013

O mercado 2 de maio, recebe hoje, 27, pelas 20h00 o musical “A Pequena Sereira”

Literatura

“Essências” - O novo livro de Acácio Pinto

O Retorno

A descolonização é uma data que vem na História, mas que não se arruma nela num capítulo. Eu podia até dizer que sou, no século XXI, filha dela. Sou Portuguesa mas podia ser Moçambicana se os meus pais não tivessem retornado. Além disso, a minha educação foi muitíssimo inf luenciada pelo espírito africanista (não africânder) da minha mãe que, ainda miúda, veio-o uma vez à “metrópole” vestida com u m fato de macaco que muito chocou os olhares portugueses. A descolonização foi um processo longo e com sequelas que permanecem como feriadas ainda por cicatrizar para algumas pessoas. É um capítulo da História, sim, mas ainda em aberto. O Retorno, da escritora Dulce Maria Cardoso, é sobre esse capítulo. Publicado em Portugal em 2011, é uma narrativa (no verdadeiro sentido do termo) delicada, sobre perder e amadurecer, que conta o difícil percurso de Rui, um jovem que sai de Angola em 1975, no período tumultuoso que antecedeu a independência do país, e a sua adaptação à vida em Portugal. O livro é um retrato do último dia de uma família portuguesa em Angola e da sua dramática

integração no destino: à noite tomarão um avião que aterrará na metrópole de vez. No livro, o Pai e a Mãe são “retornados”. Os filhos, serão “desenraizados”, perderam a identidade e as raízes; a metrópole não tem a substância da memória mas tem, isso sim, a dos sonhos e dos mitos como o das raparigas que fazem brincos de cerejas, como o romance começa por descrever, o inverno com neve, os cachecóis e luvas de lã, que apenas faziam parte das ilustrações dos livros mas que preenchiam sonhos e ideias de Lisboa, da Europa. Galardoado com o Prémio Especial da Crítica nos Prémios LER/ Booktailors 2011, este é o quarto romance de Dulce Maria Cardoso, já em 2009 distinguida com o Prémio Europeu de Literatura pelo romance “Os Meus Sentimentos”. Apesar dos prémios, o Retorno está longe de ser um livro “politicamente correcto” o que, na minha perspectiva, ainda é mais maravilhoso. Apesar de ser um romance, tem quase estatuto de documento histórico na forma como se aproxima do terreno pós-colonial. De resto, Dulce Maria Ca rdoso é uma das principais escritoras contemporâneas portuguesas.

Paulo Neto

Maria da Graça Canto Moniz

No passado dia 23, na FNAC de Viseu, Acácio Pinto apresentou o seu terceiro livro, “Essências”, desta vez numa abordagem do género lírico com fotografias de Margarida Martins, o rosto de “Abraços”. Muito público e uma mesa onde pontificou o autor, Francisco Assis, o deputado socialista, José Rui, da Acert, um “diseur” de elevado gabarito e a representante das Edições Esgotadas. Falámos com Acácio Pinto, brevemente, acerca deste seu novo livro. “Essências” -- uma passagem da narrativa (“Intimidades Traídas”), para a lírica. Como se deu esta mudança de género?

Será que essa narrativa, “Intimidades traídas”, não era já ela prosa poética? Não sei, portanto, se houve mudança de género ou se não estaremos mera-

mente ante um formalismo diferente de apresentação do texto. Narrativa ou lírica? Ambos ficção. Completa-se a obra com fotografias de Margarida Martins. Porquê? Achou o texto insuficiente?

Não. Só que, por vezes, acontecem casamentos felizes. Neste caso estamos perante uma ajuda recíproca e uma complementaridade entre duas formas de comunicar. A fotografia ou a imagem, como quisermos, abre novas viagens, franqueia outros olhares, permite outras visões, inspira mais texto à leitura dos leitores, verdadeiros destinatários da palavra, das palavras. Sendo que o inverso também é verdadeiro. Na circunstância permito-me deixar uma palavra de apreço à Margarida Martins pela per-

mais do que isso. Estão para além do seu estrito significado. São partidas para viagens rumo aos Abertura e 4 partes de um territórios das essências. percurso: Terra/Solidão; Àqueles espaços donde Ar/Confissão; Água/Ex- tudo brota: a poesia, a múpiação; Fogo/Paixão... sica, as cores e até as forSe os 4 primeiros itens se mas do mundo. A via para cingem aos 4 elementos lá chegar pode ser sacra da Natureza, os 4 corres- ou secreta, sempre única e pondentes são o quê? Um diferente das demais e de caminho da cruz? Uma todas as outras partidas! via-sacra? De que forma se Ou não seja cada homem processa este percurso? um singular ser entre toOs “correspondentes” dos os seus pares. Um peraos quatro elementos são manente peregrinador.

missão da associação das suas fotos ao texto. Ou do texto às fotos?

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Jornal do Centro 27| junho | 2013

culturas O apresentador - Francisco Assis... De seguida, o Jornal do Ce nt r o co nve r s o u co m Francisco Assis, deputado e membro do Secretariado do PS, que aqui estava na sua qualidade de amigo pessoal do autor. Francisco Assis, um homem do Norte, 48 anos, político polémico e interventivo. O que o traz a Viseu?

Vim aqui para participar na apresentação do livro de um amigo e colega, o Acácio Pinto, que lança hoje um livro de poemas que eu prefaciei. Concedeu-me essa honra e eu prefaciei-lho com gosto e vim aqui participar numa belíssima cerimónia de apresentação. O Acácio, para além da sua actividade política, tem-se revelado também um criador, nomeadamente nesta componente literária. Vem então como leitor atento, crítico literário. E “Essências”, este livro de Acácio Pinto é o quê, em síntese?

É um pequeno livro de poemas em que, para sintetizar, estão presentes as suas inquietações subjectivas, a relação entre essa inquietação subjectiva e o mundo, quer o mundo físico, quer o social e humano. Por aqui perpassa um espírito inquieto, aberto ao mundo, um espírito que sente e que mantém uma relação dialéctica permanente com o universo nas suas múltiplas relações. Uma bela obra agora editada e associada a fotografias da Margarida Martins. No seu percurso biográfico, Francisco Assis, tem uma licenciatura em Filosofia, um período como professor, como o mais jovem presidente de câmara, a de Amarante, deputado à AR, ao parlamento europeu e, agora, membro do Secretariado Nacional e próximo do secretário-geral do PS.

Deste amplo percurso qual a sincronia que considera mais importante?

Gostei de desempenhar todas as funções, na vida política e também como professor de Filosofia e numa universidade privada, de História das Ideias Políticas, durante quase dez anos. Deixei de o ser por manifesta incompatibilidade com o desempenho de funções políticas, estava na altura no parlamento europeu. Desempenhei já várias funções no PE, fui líder parlamentar do PS, presidente da Câmara de Amarante. Se foram funções de natureza muito diversa, gostei de as desempenhar todas e constituíram momentos muito importantes da minha vida. Em 23 de Maio último proferiu umas afirmações muito polémicas e contestadas a um órgão de comunicação social. Cito: “Considero ignóbil a convocação de uma greve de professores para o primeiro dia de exames nacionais. É como se os médicos

decidissem fazer greve às urgências hospitalares. Incompreensível, indigna, inaceitável.” Francisco Assis é um homem que semanticamente não tem qualquer desculpa. Fala aqui como ex-professor, cidadão ou político partidário?

Fa lo como cid ad ão e como professor. Um professor é sempre professor. Hoje não exerço a actividade docente mas não excluo exercê-la um dia. Eu compreendo a luta dos professores e estou solidário com muitas das suas reivindicações. Tenho-o dito, também. O que eu não acho é que seja adequado fazer as greves na altura dos exames. O exame é um momento absolutamente decisivo no período escolar e deve ser, de alguma maneira, sacralizado em relação a esse tipo de intervenção social. E por isso julgo que terei sido mal compreendido, eu não manifestei nenhuma aversão às lutas dos professores, solidarizei-me com os professores muitas vezes, mesmo quando

apoiei o anterior Governo e quando os professores estiveram em luta chamei a atenção da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, não concordando com a linguagem utilizada e com a forma como os professores foram tratados. Nós precisamos de professores respeitados na sociedade e em condições de desempenharem de forma cabal a sua função, que é essencial e imprescindível. Por isso, apenas me limitei a falar da questão da greve aos exames, sem qualquer outro tipo de acrimónia. Isso passará com o tempo, porque perceberão que a minha preocupação com os professores é de outra ordem. Até porque a greve é um direito consignado na Constituição da República….

Claro. Eu não discuto a legitimidade da greve. Nunca pus isso em causa. Pronunciei-me sobre a oportunidade da realização de uma greve aos exames. Continuo a pensar o mesmo e julgo que os pro-

fessores prejudicam a sua causa quando fazem uma greve aos exames. Acha então que uma greve deve ser feita em dia de efeitos mínimos?

Não são efeitos mínimos. Uma greve dos professores tem sempre muitos efeitos. Se há greves que têm efeitos são as dos professores. Julgo que os exames pelo que significam no percurso escolar de um aluno, e em particular os exames do 12º ano, não deviam ser tratados desta forma, um pouco displicente do meu ponto de vista. Na minha posição não há nenhuma guerra com os professores, mas somente uma posição de salvaguardar a dignidade da função docente, que é uma coisa que me preocupa sobremaneira no nosso país. Nos últimos 15/20 anos assistimos a uma autêntica proletarização da função docente e isso é trágico para um país. Um país onde os professores não são respeitados é um país que está profundamente doente.

Mas uma das maiores diabolizações da classe veio de uma ministra do seu partido político, Maria de Lurdes Rodrigues…

Eu sempre discordei do seu tipo de discurso. Houve momentos em que o governo do PS permitiu que se instalasse um discurso muito negativo em relação aos professores, que até poderia ter sido visto e interpretado como discurso ofensivo. Não teria sido essa a intenção, mas não há dúvida que o efeito era o de desqualificar um pouco a função docente aos olhos dos portugueses. E isso é trágico. É criminoso. Eu sempre me pronunciei contra isso. O Francisco Assis nunca fez greve?

Fiz . Já f iz greve enquanto professor. Participei até numa das primeiras greves gerais. Era o professor Cavaco Silva primeiro-ministro e eu fiz greve nessa altura. Paulo Neto


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27 | junho | 2013

em foco Cavalhadas de Vildemoinhos alegram a cidade

A Câmara Municipal de Viseu realizou na passada quinta-feira, 20 de junho, a entrega dos prémios respeitantes à edição de 2013 das Marchas dos Santos Populares. Categoria - Marchas Infantis 1º Lugar - Associação de Solidariedade Social de Farminhão; 2º Lugar - Jardim-Escola João de Deus; 3º Lugar - Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola e Jardim de Infância de Moselos. Categoria - Marchas Juvenis 1º Lugar - Escola Básica Integrada e Secundária Jean Piaget; 2º Lugar - Jardim-Escola João de Deus. Categoria - Marchas Séniores 1º Lugar - Associação Folclórica Cultural e Recreativa Verde Gaio de Lordosa; 2º Lugar - Associação Social e Recreativa de Santiago.

Como já vem sendo hábito as Cavalhadas de Vildemoinhos voltaram a encher as ruas da cidade na manhã de 24 de junho. Foram milhares os que não perderam “pitada” do cortejo mais emblemático da cidade, que celebrou este ano a 361ª edição. A atriz Maria João Abreu foi a convidade especial deste ano.

Pedro Morgado

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FORMAÇÃO


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27| junho | 2013

em foco UDACA apresenta “novo estilo de vinhos do Dão”

Micaela Costa

A UDACA - União de Adegas Cooperativas do Dão, apresentou na passada sexta-feira, as novas colheitas de vinhos brancos e rosé. “Um novo estilo de vinhos” que permite a combinação com diferentes pravos e que segundo os responsáveis se pretende de “elegante maturidade”.

Feira do Desporto pôs Viseu a mexer Durante o passado fim-de-semana o Parque Radial de Santiago foi palco de mais uma edição da Feira do Desporto. Várias entidades e associações estiveram também representadas de forma a divulgares os seus serviços. Dança, musica, animação e boa disposição foram as palavras de ordem.


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27 | junho | 2013

saúde e bem-estar Caminhada ecológica em Tondela A Câmara de Tondela organiza no próximo domingo, dia 30, a Caminhada Ecológica - Concentração dos Projetos SAÚDE EM DIA – 2013. Trata-se de uma caminhada que propõe diversas alternativas de distância (quatro, sete ou 12 quilómetros) indo ao encontro das capacidades de cada participante.

A iniciativa propõe ainda iniciativas paralelas, colocando à disposição um itinerário envolvente que “alia o urbano ao rural, o betão à terra batida dos caminhos fazendeiros e a paisagem citadina à natureza envolvente de rios e ribeiros com os sons calmos e relaxantes das suas águas debruçadas envolvidas pelos perfumes cam-

pestres das mais variadas flores e inicio de verão”, adianta a autarquia em comunicado. O ponto de encontro é no Parque Urbano de Tondela, a partir das 8h00. As equipas do Centro Municipal de Marcha e Corrida e do Centro de Saúde de Tondela farão os testes de saúde a todos os interessados. EA

“Sátão com Desporto e Saúde” este sábado Incentivo ∑ Os benefícios de práticar desporto ao ar livre A Câmara de Sátão vai realizar a terceira edição do evento desportivo “Sátão com Desporto e Saúde”, este sábado, dia 29, às 18h30. A auta rqu i a pretende desta vez descentralizar o evento pelo concelho e, como tal, as vá rias iniciativas desportivas vão realizar-se no largo da Feira de Lamas, na Freguesia de Ferreira de Aves. Do programa constam atividades como uma caminhada com

SOS VOZ AMIGA

800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS

um percurso de cerca de 6/7 quilómetros d e d i f ic u ld a d e b a i xa / média, uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio da obesidade com a avaliação da tensão arterial, de glicémia e índice de massa cor pora l, por parte de técnicos especializados da Unidade Móvel de Saúde. “Esta é mais uma iniciativa desportiva do município que pretende incentivar as pessoas à prática do desporto ao

ar livre e para os seus benefícios na saúde”, adianta o executivo de Sátão numa nota à imprensa. Os interessados em participar na iniciativa gratuita “Sátão com Desporto e Saúde” devem contactar o Gabinete de Desporto do Mu n ic ípio de Sát ão através do número de telefone 232980800 e correio eletrónico desporto@cm-satao.pt. Emília Amaral


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SAÚDE 35

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Direção Geral da Saúde alerta para os dia de calor As temperaturas dos últimos dias que têm ultrapassado os 35 graus em alguns distritos do país e as previsões de temperaturas elevadas pelo menos até ao fim de semana levaram a Direção-Geral da Saúde a deixar recomendações às pessoas na sua página da internet, alertando que o calor esperado pode ter efeitos nocivos para a saúde. No distrito de Viseu as

temperaturas vão continuar a subir aos 31 graus em dias de céu limpo, de acordo com os valores previstos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Esta quinta-feira, dia 27 há ainda o aviso de risco “muito elevado” do Índice Ultravioleta. A subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, aconselha que se evite a exposição solar nas horas de maior calor, o uso

de roupas que cubram a maior parte do corpo, a ingestão de mais água ou sumos de fruta, e o recurso ao protetor solar, a óculos de sol e chapéu, sublinhando igualmente que se deve evitar a exposição das crianças ao sol. A radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança, segundo o IPMA. EA

Portugueses diminuem 0 sal mas estão acima do aconselhado Os portugueses conseguiram ouvir o alerta e estão a reduzir o sal, mesmo assim, ainda consomem o dobro da quantidade de sal aconselhada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Cada português consome em média cerca de dez gramas de sal por dia, quando o aconselhado é que não ultrapasse os cinco gramas diárias (dois gramas de cloreto de sódio). O último estudo feito em Portugal divulgado pelo

jornal Público, foi realizado em 2012 pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), através do método de análise da urina. As conclusões indicam que a ingestão média é de 10,7 gramas de sal por dia, enquanto estudos de 2006 revelavam uma ingestão de 11,9 gramas. A Direcção-Geral da Saúde está a trabalhar numa nova Estratégia para a Redução do Consumo de Sal na Alimentação em Portugal. A diminuição pode

ser explicada, em parte, por os consumidores estarem mais conscientes dos riscos do uso excessivo de sal, mas o consumo doméstico representa apenas cerca de 30% do total, confirmando que a indústria está igualmente sensível ao problema. De registar uma redução do sal nos cereais de pequeno-almoço, por exemplo, e também nas marcas brancas de super e hipermercados nacionais. EA


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36 CLASSIFICADOS

27 | junho | 2013

EMPREGO

IMOBILIĂ RIO

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Outros operadores de måquinas de imprimir - Artes gråficas. Tarouca - Ref. 587820907 Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazĂŠm. Lamego - Ref. 587857844

Ajudante de cozinha. SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira - Ref. 587869870

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Centro de Emprego de DĂŁo LafĂľes. Serviço de Emprego de SĂŁo Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 SĂŁo Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Cozinheira / cozinheiro Ref. 588095066 – São Pedro do Sul Cozinheira/o com experiência.

Servente – construção civil Ref. 588108731 – Oliveira de Frades Servente para trabalhos de construção civil.

Motosserrista Ref. 588094743 – São Pedro do Sul Motosserrista com experiência.

Ajudante de cozinha Ref. 588108766 – São Pedro do Sul Pretende-se ajudante de cozinha.

Mecânico de mĂĄquinas agrĂ­colas Ref. 588108771 – Castro Daire Mecânico de mĂĄquinas agrĂ­colas com ou sem experiĂŞncia.

Centro de Emprego de Dão Lafþes. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Eletromecânico de eletrodomĂŠsticos Ref. 587889139 – Tondela Eletromecânico/Reparador de eletrodomĂŠsticos para trabalhar linha branca, com experiĂŞncia. Carpinteiro de limpos Ref. 588106398 – MortĂĄgua Candidato com experiĂŞncia.

Pedreiro Ref. 588107547 – Mortågua Com experiência. Pedreiro Ref. 588112547 – Carregal do Sal Preferencialmente com experiência.

Eletricista Ref. 588110752 – Tondela Eletricista preferência com experiencia de contagem da EDP.

Engenheiro eletrotÊcnico de sistemas de energia Ref. 588107407 – Mortågua Experiência em turbinas eólicas, fluência em inglês e disponibilidade para trabalhar cerca de 80% do tempo no estrangeiro.

Auxiliar de limpeza Ref. 588102432 – MortĂĄgua Para funçþes de empregada de andares, com experiencia de maquinas de lavar roupa.

Cabeleireiro Ref. 588093888 – Tondela Com formação e experiĂŞncia mĂ­nima de 2 anos

Ajudante de padaria Ref. 588109906 – MortĂĄgua Ajudante familiar Ref. 588109906 – MortĂĄgua Trabalhador nĂŁo qualificado Ref. 587994466 – Tondela Com ou sem experiĂŞncia para trabalho em serração de madeira Empregado de mesa Ref. 588102440 – MortĂĄgua PreferĂŞncia por candidatos com formação na ĂĄrea de mesa e bar e experiĂŞncia. Servente florestal Ref. 588103953 – Tondela Para trabalho com moto roçadouras.

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. JosÊ da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Calceteiro Ref. 588085625 - Tempo Completo Mangualde

Condutor Måquina Escavação Ref. 588100519 - Tempo Completo - Viseu

Mecânico AutomĂłveis Ref. 588109395- Tempo Completo – Viseu

Pedreiro Ref. 588111207 – Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro Ref. 588092929 - Tempo Completo – Viseu

TÊcnico Vendas Ref. 588102476 - Tempo Completo – Viseu

Cozinheiro Ref. 588091789- Tempo Completo Viseu

Pedreiro Ref. 588112553 - Tempo Completo – Viseu

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informaçþes ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situaçþes em que a oferta de emprego publicada jå foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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- T3 como novo, Junto Ă fonte cibernĂŠtica, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00â‚Ź 967 826 082

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- Snack-bar “modernoâ€? – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00â‚Ź 917 921 823 - CafĂŠ/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00â‚Ź 969 090 018

- Andar moradia T3 Santiago, boas ĂĄreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00â‚Ź 969 090 018

- Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00â‚Ź 967 826 082

- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00₏ 917 921 823

- Andar moradia T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00â‚Ź 967 826 082

- Loja Cidade c/ 40m2, Ăłtima localização, w.c. montras 200,00â‚Ź 232 425 755

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00â‚Ź 969 090 018

- Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira, aquecimento 600,00â‚Ź 232 425 755

- Snack-bar “modernoâ€? – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00â‚Ź 917 921 823

- T2 St.Âş EstevĂŁo, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00â‚Ź 969 090 018

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O CrÊdito Agrícola Vale do Tåvora e Douro pretende recrutar Promotores Comerciais Requisitos: - Profissionais com experiência na årea comercial (factor eliminatório); - Experiência e/ou conhecimento no sector bancårio; - Disponibilidade para trabalhar em regime de comissþes a recibos verdes; - Residentes na årea da acção do CrÊdito Agrícola Vale do Tåvora e Douro (factor de exclusão); - Capacidade de atrair clientes, detecção de negócios; proactividade e dinamismo; à rea de Acção: Concelhos de Trancoso, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tabuaço e Armamar Contacto para Candidatura: sara.rodrigues@creditoagricola.pt

Mooreiche Nr2052089 Nussbaum Nr2178007

Mahon Nr2097013

Unibraun Nr8518 Grau Nr7155 Antracyt Nr70161

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&217$&726 919 030 288 232 622 162 232 109 666

Largo Pedro Cabral, 7 3530-135 MANGUALDE Rua 20 de Setembro, 130 3560-157 SATĂƒO marcelinofradique@gmail.com


Jornal do Centro

INSTITUCIONAIS 37

27| junho | 2013

1ª Publicação

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)

(Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)


Jornal do Centro

38 CLASSIFICADOS

27 | junho | 2013

INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIO José Morgado Pereira, 55 anos, casado. Natural e residente em Moura Morta, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 24 de junho, pelas 8.30 horas, para o cemitério de Moura Morta.

2ª Publicação

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238

1ª Publicação

Carlos Rodrigues, 79 anos, casado. Natural e residente em Santa Margarida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 17 de junho, pelas 19.15 horas, para o cemitério de Lamelas. Alcídio Morgado Marques, 57 anos. Natural e residente em Vilar, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Vilar. Martinho Henrique Gomes Almeida, 83 anos, casado. Natural e residente em Ester, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 24 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Ester. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358 (Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)

Augusto Almeida, 89 anos, viúvo. Natural de Chãs de Tavares, Mangualde e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 22 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Chãs de Tavares. Ascensão Santos Correia, 79 anos, casada. Natural e residente em Tabosa, Fornos de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 23 de junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão. Joaquim Cardoso de Carvalho, 100 anos, viúvo. Natural e residente em Mesquitela, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 23 de junho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Mesquitela.

1ª Publicação

Isilda de Almeida Sousa, 85 anos, viúva. Natural e residente em Contenças de Baixo, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 23 de junho, pelas 20.00 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães. Maria Alcina Rodrigues de Sousa Ferreira, 86 anos, viúva. Natural de Viseu e residente em Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 24 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu. (Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Emílio Lopes Correia, 76 anos, casado. Natural e residente em Cercosa. O funeral realizou-se no dia 25 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Campia.

(Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 João de Almeida Cardão, 83 anos, casado. Natural de São José, Viseu e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Viseu. Rita Rosa, 91 anos, viúva. Natural de Santa Maria, Viseu e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542

1ª Publicação

Manuel Joaquim Alegre Marques, 78 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Manuel Lopes de Almeida, 85 anos, viúvo. Natural e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 22 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses. Manuel da Encarnação Marques, 82 anos, viúvo. Natural e residente em São Salvador. O funeral realizou-se no dia 24 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério local. Laura Lopes, 94 anos, viúva. Natural e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 26 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 589 de 27.06.2013)


Jornal do Centro

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DEscreva-nos para:

27| junho | 2013

clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

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HÁ UM ANO EDIÇÃO 537 | 29 DE JUNHO DE 2012 Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Semanário 29 de junho a 5 de julho de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ECONOMIA pág. 17 > MOTORES pág. 24 > DESPORTO pág. 27 > EM FOCO pág. 28 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

Ano 11 N.º 537

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REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

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“Ao interior, tudo pode acontecer” ∑ Fernando Carneiro, presidente da Câmara de Castro Daire, comentou e as preocupações da população, durante e depois

o estado do concelho

da visita do Presidente da República, Cavaco Silva

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Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Sil inaugura i Parque P Urbano Ub em Castro C ∑ Cavaco Silva Daire

∑ Quinta do Soqueiro: A fauna e a flora aqui tão Paulo Neto

perto…

∑ Bioparque de Carvalhais: O bem-estar e a Natureza num Parque com Vida

Há meses, o esconso semideiro e o emplastro erguido são recepção à Praça Dom Duarte, ao cimo da Rua do Comércio. Nem duvidamos do que está escrito no taipal já recoberto de grafitis: “Viseu a melhor cidade para viver.” Acreditamos que dali vai sair obra... Mas ó senhor presidente, porquê tanta demora? Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt Publicidade

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∑ Mortágua e Vouzela sem ambulância do INEM ∑ Depois de meio século, a Auto Sueco Coimbra é agora Ascendum

∑ Feira do mirtilo leva milhares a Sever do Vouga ∑ Douro debate futuro da agricultura ∑ Feira Medieval de Penedono recria história da terra


tempo

JORNAL DO CENTRO 27 | JUNHO | 2013

Hoje, dia 27 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 15ºC. Amanhã, 28 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 14ºC. Sábado, 29 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 17ºC. Domingo, 30 de junho, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 17ºC. Segunda, 1 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 17ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda Sexta 28

Viseu ∑ Sessão de esclarecimento para a Criação do Próprio Emprego, às 15h00, no Centro de Emprego de Viseu. Viseu ∑ Primeira Maratona Multimédia - 48 Shortmedia, organizada pela Escola Mariana Seixas, traz à cidade 12 grupos, para filmar curtasmetragens na cidade. Vouzela ∑ 13º Festival da Escola de Natação com a presença de 120 participantes, às 19h00, na Piscina Municipal de Vouzela. Carregal do Sal ∑ Ação de informação sobre Violência Doméstica, às 21h00, no Salão Nobre dos Paços do concelho.

Sábado 29 Viseu ∑ 50º aniversário da Associação Cultural e Recreativa de Boaldeia com uma programação variada de atividades.

Domingo 30 S. Pedro do Sul ∑ Passeio de clássicos, com caráter lúdicocultural, que percorrerá alguns dos locais mais emblemáticos e pitorescos do concelho, com partir às 8h00, do edifício dos Paços do Concelho.

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Olho de Gato

Business Angels chega a Viseu

O “caso” Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Direção∑ Vice-presidente da Visabeira, Paulo Varela preside ao Clube A Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões e a Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) acabam de constituir o Clube de Business Angels Viseu| Dão Lafões, tornando-se o décimo segundo clube a ser criado a nível nacional. O novo Clube de Business Angels é presidido pelo vice-presidente do Grupo Visabeira, Paulo Varela e integra a Federação Nacional das Associações de Business Angels (FNABA). Considerados verdadeiros agentes económicos pela relevância que estes podem vir a ter no meio empreendedor português, os clubes Business Angels ganharam maior expressão no ano passado e nesta altura já existem 12 organizações espalhadas por todo o país, integrando a FNABA. Os clubes Business Angels, constituidos por socios/investidores individuais, - empresários ou gestores de reconhecida experiência no mundo empresarial -, funcionam como uma organização que faz a ponte entre empreendedores e investidores facilitando a concretização de

negócios através de operações sindicais e da disponibilidades de um conjunto de mecanismos de apoio. “O dr. João Cotta, por exemplo, pode estar interessado em investir num determinado projeto, mas sabemos que é uma pessoa muito difícil de contactar. O clube tem mecanismos para assegurar o acesso”, exemplificou Francisco Banha, presidente da FNABA. Para a CIM Dão Lafões trata-se da concretização de mais um projeto que faz parte do plano de ação da Comunidade Intermunicipal, enquadrado na Rede Regional de Empreendedorismo Dão Lafões. Nuno Martinho, secretário executivo da CIM Dão Lafões adiantou ao Jornal do Centro que “é mais uma fonte de financiamento para os projetos” que estão a ser desenvolvidos. “Pretende ser o arranque de uma iniciativa que visa diversificar a oferta de soluções de financiamento ao dispor dos empreendedores da região, seja na constituição seja na alavancagem das suas empresas”, reforçou. O presidente da FNABA deposita “grande confian-

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

ça” no Clube Business Angels da região, avançando que é constitutido por empresários ligados a grandes empresas que podem “passar o conhecimento dos projetos empreendedores”. Francisco Banha acrescentou que esta organização permite ainda aos empresários o “acesso a melhores práticas no mercado”, num país em que “a maior parte dos investidores não sabe identificar os melhores projetos para investir”. Nesta altura vários empresários da região já integram o clube. A sessão pública de constituição do Clube de Business Angels Viseu | Dão Lafões estava marcada para quarta-feira. Esta notícia de apresentação do organismo foi elaborada um dia antes do evento em que Viseu ficou a conhecer experiências de sucesso de clubes com características semelhantes. Em dois anos, os clubes Business Angels conseguiram efetivar 96 investimentos em 71 empresas do país, representando 12,7 milhões de euros. Emília Amaral

1. As campanhas eleitorais autárquicas são uma festa da democracia, com dezenas de milhar de candidatos. É neste “exército” que assenta o essencial da nossa participação cidadã. É verdade que se cometem, nestas alturas, muitas asneiras, se estraga muito dinheiro e surge um outro “caso” que faz correr rios de tinta. Contudo, o saldo é positivo. Muito do que de bom tem o país deve-se ao trabalho dos seus autarcas, trabalho muitas vezes não remunerado. É o caso de 93% dos presidentes da junta, cujo trabalho dedicado e gracioso o doutor Relvas e a direita decidiram desprezar, extinguindo freguesias à bruta numa lei miserável. A grande corrupção que levou este país à bancarrota não está nas câmaras nem nas juntas, a corrupção está em Lisboa, está no sistema mediático, está nos governos, está no parlamento, está na grande advocacia dos negócios, está nas empresas públicas, está nas pêpêpês e demais rentismos que parasitam o estado. 2. Eis os factos do primeiro “caso” destas autárquicas: (i) Hélder Amaral pediu o Solar do Dão para a apresentação da sua candidatura; (ii) Arlindo Cunha, o presidente da comissão vitivinícola do Dão, disselhe que sim; (iii) a câmara meteu o bedelho, proibiu a utilização daquele belo edifício, deixando pendurados Arlindo Cunha e Hélder Amaral; (iv) este, por pirraça, foi fazer o número para debaixo da janela do dr. Ruas; (v) Almeida Henriques, numa tentativa de controle de danos, veio depois dizer que, também ele, foi impedido de usar o Solar do Dão. Não se percebe: Arlindo Cunha disse sim a Hélder Amaral e disse não a Almeida Henriques? A câmara também meteu o bedelho? Anda tudo doido? Uma coisa é certa. Havia a boa tradição da sala de visitas da cidade, o Rossio, ser território livre de partidarices. Depois desta reacção de Hélder Amaral à mesquinhez da câmara, essa tradição vai ser mais difícil de se manter.


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