Jornal do centro ed590

Page 1

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 08 > À CONVERSA

Semanário 4 a 10 de julho de 2013

pág. 12 > REGIÃO

Ano 12

pág. 06 > ABERTURA

pág. 16 > EDUCAÇÃO

N.º 589

pág. 20 > DESPORTO

1 Euro

pág. 22 > CULTURA pág. 26 > EM FOCO pág. 29 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

·

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 27 > SAÚDE

| Telefone: 232 437 461

om

c Agora ço xxx re 0,80 Euros

pág. 18 > ECONOMIA

Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

·

w w w.jornaldocentro.p t |

“Se nada for feito, este governo será o coveiro da economia portuguesa” ∑ Basílio Horta, deputado independente pelo PS e candidato à Câmara Municipal de Sintra, em entrevista ao

Paulo Neto

Jornal do Centro | págs. 8, 9 e 10


2

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

praçapública r

r

palavras

deles

Se não se pode fazer O empreendedorismo é um dos melhores política em instituições antídotos para comba- públicas, os empresáter os tempos difíceis” rios oferecem as suas instalações para que se possa fazer política”

r Talvez

não tivesse havido “Guimarães Capital da Cultura” se eu não tivesse entrado para a secretaria de Estado naquele momento”

Pedro Saraiva Presidente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (Apresentação do Clube Business Angels Viseu Dão Lafões, 26de junho)

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

mil milhões de juros, mais do que aquilo que gastamos com a Educação e Saúde”

Basílio Horta

Hélder Amaral Candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Viseu, em declarações à Lusa

rEstamos a pagar 8

Almeida Henriques Candidato do PSD à Câmara Municipal de Viseu,

Deputado independente pelo PS e candidato à Câmara Municipal de Sintra, em entrevista ao Jornal do Centro

O nosso Calisto… «Todos sabemos que ser professor é já por si uma profissão itinerante, provavelmente a mais itinerante das funções sociais do estado. Que o digam os professores dos quadros de zona pedagógica que nunca conheceram outra condição que não a da mobilidade. Ou mesmo os contratados que certamente reclamam a estabilidade que a mobilidade possa conferir.»

Li este naco saboroso de “langage de bois” (linguarejar político, senhor deputado) no blogue “O Olho do Gato”. Já não sou siderável nem de estarrecer com tretas de servidores da nação, mas de repente pensei se estaria perante a verdade factual ou uma partida do Alex. Como o Alex não seria disso capaz, mas sempre perplexo, fui em busca do artigo original. E lá estava escarrapachado o citado… Bom, dizer que é preciso ter lata, é redutor. Dizer que é preciso ser subserviente, é tautológico. Dizer que é preciso ser insensato, não faz jus à “coisa”. Dizer que é preciso ser pouco decente, é um eufemismo… A primeira verdade que nos ocorre é a que substanciou a atitude do deputado Pedro Alves ao sair do ensino (creio que foi professor e sindicalista activo) para se tornar servidor da nação, talvez para não desempenhar a “mais itinerante das funções sociais do estado”. Depois, sabendo que itinerante quer dizer errante, ambulante, viajante, percebi, de repente, eu que fui professor de todos os graus de ensino durante 38 anos, quão pouco errei, deambulei, viajei… Terei sido, pois, um mau docente. E depois, esta de ser “a mais itinerante das funções sociais do estado”, deixou-me também ciente de quão enganado ando,

pois julguei que esse era atributo e apanágio dos deputados-sobee-desce, dos autarcas que correm mundo na diáspora lusitana, como um que me lembro de mámemória ali dos lados de Azurara, de secretários de estado e de alguns ministros do governo. Mas devo estar enganado, porque estas devem apenas ser as mais itinerantes das funções do estado (sem social, que é o referente à satisfação dos indivíduos de uma sociedade, neste contexto, absolutamente insatisfeitos). E devemos congratular-nos porque os professores de quadro de zona pedagógica só conhecem a mobilidade, sendo esta o “carácter do que se pode mover ou ser movido” ou até a “inconstância, instabilidade, volubilidade”. Devemos congratular-nos que é dirigir felicitações a alguém, felicitar, regozijar, sentir alegria… porquê, senhor

deputado da nação? Se fosse com algo de positivo… ainda veríamos esteio e substância para o regozijo, mas neste caso… O senhor deputado faz festa com a desgraça, a fragilidade e a precariedade dos outros? E quando se refere, excedendo-se na “mística da coisa”, aos “contratados que certamente reclamam a estabilidade que a mobilidade possa conferir”, eu fico sem ar e perco o parco neurónio disfuncional que possuo face à teoria do mal-o-menos subjacente enunciada. A única estabilidade que a mobilidade pode conferir, se não falarmos de paralíticos, tem de ser mesmo a capacidade de andar sem cair, a firmeza, a segurança, a solidez, a constância, a permanência (o antónimo da “coisa”, percebe?). E aqui chegado pensei: O senhor deputado da nação gosta de desopilar, gosta de

fazer análise itinerante, gosta de mostrar quanto pensa, aprecia a jactância de um bom acto elocutório “chic a valer”, não de um Dâmaso Salcede, que era calino, mas de um portentoso e fero Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas… o senhor deputado é, aliás, a eloquência no seu estado original, como bem temos constatado pelas suas refulgentes intervenções parlamentares. Senhor deputado da nação, os professores, em Portugal, que têm vindo a ser diabolizados por lulus e cratos, sócrates e coelhos, dispensam agora essa sua defesa (?) “gauche” (desajeitada, senhor deputado), que mais não seria senão um insulto, se não fosse por si proferida… Assim, é anedota. O pudor é um belo adereço. Adorne-se com ele, se encontrar à medida da sua dimensão.


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 04| julho | 2013

números

estrelas

606

Número de pessoas que integram o dispositivo de combate a incêndios no distrito de Viseu.

José Junqueiro Candidadto do Partido Socialista à Câmara Municipal de Viseu

Muitas ideias se ouvem aos candidatos autárquicos, mas, até agora, a “taça” da originalidade vai para José Junqueiro ao pretender mudar o gabinete de presidente da câmara para a rua Direita.

Importa-se de responder?

Ao aceitar liderar o movimento impulsionador dos Business Angels em Viseu, este gestor de topo disponibiliza à comunidade a sua experiência empresarial profissional e os seus conhecimentos de gestor.

No ano passado já não tive hipótese de ir de férias. Este ano, como desempregado que sou, não vou de novo. O ordenado mal chega para as despesas diárias.

João Pedro Santos

Manuel Luís Silva

Empresário da restauração

Desempregado

Tenho vindo a fazer cortes nos gastos com as férias há já alguns anos, como a maioria dos Portugueses. Aproveito os dias de férias para descansar, pôr a leitura em dia e estar com a família, dando preferência a destinos nacionais.

Infelizmente, em tudo. Estou desempregada e o meu marido está de baixa.

Pedro Escada

Isabel Santos

Técnico de Markting

Desempregada

João Cotta Presidente da AIRV

Gestor escolar com firmadas provas ao longo de muitos anos, João Caiado foi eleito diretor do “mega” Agrupamento de Escolas Viseu Sul, que vai de Repeses a Silgueiros.

Que cortes fez no seu orçamento de férias? Este verão, todos.

Opinião

João Caiado Diretor do Agrupamento Viseu Sul

Paulo Varela CEO da Visabeira Global SGPS

Viseu pela positiva – Magna Carta da Região de Viseu É reconhecida a necessidade a nível nacional de políticas de longo prazo, que geram confiança e estabilidade. Estas políticas unem, dão coesão, dão previsibilidade e são indispensáveis num país credível. Infelizmente não existem, com as consequências sabidas por todos. Também a nível regional era importante um acordo deste género entre os principais partidos políticos regionais, PSD, PS, CDS, PCP e BE. Parece difícil mas deverá ser tentado, mesmo com os partidos mais à esquerda, em geral mais avessos a acordos deste tipo. A região de Viseu poderia dar o exemplo deste domínio. Esta Magna Carta deve ser orienta-

da para o desenvolvimento económico, social e cultural da região de Viseu. Todos sabemos que não estamos unidos em torno de causas regionais comuns. Os políticos eleitos, em particular os deputados, são em geral meros seguidores das políticas ditadas pelos seus partidos, esquecendo os interesses dos eleitores. Cada partido tem as suas propostas em áreas específicas e concretas. Mas existem causas maiores que devem ser objecto desta Magna Carta. Este acordo seria uma base comum de defesa dos interesses regionais, a nível nacional e internacional. Os autarcas e os deputados estariam vinculados a um conjunto de prin-

cípios, objectivos e valores que, em última instância, norteariam a sua actividade. Estamos a falar de uma estratégia regional para o investimento, para o ensino, para a saúde, para a cultura e para a área social. Este acordo de princípios, com objectivos definidos, deveria ser a voz comum de todos os eleitos. Temos uma região geograficamente pequena, tudo é próximo, tudo é vizinho. Por que razão temos estruturas e serviços redundantes, que a médio prazo não são sustentáveis? Os autarcas eleitos poderão certamente melhorar a vida dos seus cidadãos realizando mais projectos pela partilha de recursos. Nem todos podem fazer tudo, mas

juntos é possível fazer mais. Os partidos políticos a nível nacional regem-se pela manutenção do poder a qualquer custo, pela táctica imediata e não pela estratégia futura. Para as cúpulas a realidade fora de Lisboa conta pouco ou nada. Os deputados eleitos também se vinculariam a esta Magna Carta. Em todas as circunstâncias, os deputados teriam estes objectivos e princípios, acima de quaisquer outros. Seria o compromisso deles com quem os elegeu e neles depositou a sua confiança. Parece impossível de concretizar? Mas será o primeiro passo para a restauração da confiança dos cidadãos na classe política.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Geóloga mariasobral@gmail.com

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

Instrução primária ou primitiva? Antes de mais devo dizer que não sou professora do 1º ciclo, a vulga Primária, mas durante este ano letivo que agora se finda, fui formadora do Ensino Secundário Profissional e explicadora de várias disciplinas a alunos do 2º e 3º ciclo. Se no início me enervava a má preparação daqueles que tinha em mãos, mais tarde decidi tentar compreender o porquê, com o intuito de conseguir realmente ajudar…e as verdades com que me deparei não são fáceis de divulgar. Entendi e concluo

sem sombras de dúvidas que temos dois tipos de problemas diferenciados, que quando de mãos dadas se tornam irreversíveis: uma instrução primária completamente insatisfatória e o total desapego e indiferença dos pais relativamente ao percurso dos filhos. Exploremos a primeira, com factos concretos, quem sai da primária hoje em dia não sabe onde nascem e desaguam os rios, não sabem os distritos/ regiões/serras/paragens e apeadeiros (esta é compreensível já que é política

há muito tempo acabar com o meio de transporte mais bonito e limpo que já existiu), não sabem fazer contas de dividir com 2 números ou mais no divisor, não sabem a tabuada, não praticam o cálculo mental, não sabem o que é uma cópia ou um ditado. Eu também não gostava de cópias, e chegava a adormecer em cima dos cadernos… tal era o volume de deveres…e o meu pai lá me ajudava…uma das vantagens de termos uma letra muito parecida. O caderno de duas linhas é hoje uma

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Opinião

Que em Portugal se faça Brasil

Departamento Marketing Pedro Dinis pedro.dinis@shsgps.com

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

Distribuição Vasp

David Santiago

Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Como prometido, escrevo para falar do momento que se vive no Brasil. Porém falar do Brasil é falar da Turquia, dos BRIC e da génese humana. A população brasileira resolveu sair à rua e protestar contra o actual estado de coisas. O mesmo na Turquia. Tal avalanche poderia ser, aparentemente, exagerada, tendo em conta o facto destes países emer-

gentes estarem em plena fase de crescimento económico, com visíveis melhorias do nível de qualidade de vida. Também na China e na Rússia sentem-se, de forma mais ténue e espaçada , mov i mentos que indiciam uma aspiração por melhores condições de vida e maior liberdade. A Rússia, sabedora da deterioração social e produti-

va com o fim abrupto da URSS, olhou para o caso chinês e tem agido de forma a criar válvulas de escape às tensões na sociedade. Tal é perceptível de forma mais evidente na China. Começou ao nível económico com a introdução de “bolhas capitalistas” que permitiram, lentamente, atingir o actual poderio económico chinês. A Rússia, como a China, esperam

ção em favor de quem contava. Assim, o “aldra” punha algum tempero na conversa evitando desmandos ou a desacreditação de uma pessoa que, não querendo mais do que ter as atenções postas em si, caía na tentação de “f lorear” o conto. Foi o que me saiu da boca, há poucos dias atrás, quando a ouvir uma notícia, na rádio, sobre o estado crítico de “Madiba”. Madiba, ou Nelson Rolihlahla Mandela , é uma personalidade de

cariz inquestionável. Um lutador. Um Homem de grande estatura e que marcou, com a sua vontade e arreigamento aos seus ideais, uma época e um Povo, de tal forma que a sua constância e persistência o torna ra m um marco referencial e transversal a todo o resto do Mundo, valendo-lhe que a ONU tenha criado o Dia Internacional Nelson Mandela, como forma de relevar, a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia. Mas, há sem-

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

E-mail redaccao@jornaldocentro.pt

Opinião

Internet

Aldra !

www.jornaldocentro.pt

Quando era rapazote, havia o hábito, mais ou menos criticável, de interromper as falas dos colegas dizendo com vigor: - Aldra ! Era uma forma menos crespa de chamar a atenção a alguém que se estava a começar de “esticar” na narração de um facto, incrementando a verdade com aditivos aderidos e que se destinavam, a mais das vezes, a dar lustro, brilho e cor ao que se queria dizer, revertendo toda a aten-

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Opinião

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho União Portuguesa da Imprensa Regional

Politóloga

A minha terra é o único mundo na terra Há uns dias, passei por uma senhora e, numa conversa contextualizada, a senhora afirmavame a pés juntos que nada tinha que ver com a sua sede de concelho porque era “muito longe”. O seu concelho e a sua freguesia e, quem sabe, o seu mundo, eram só uma coisa: a sua pequena localidade no Portugal profundo. A sua freguesia deixara de ser

concelho no século XIX, antes, muito antes, da senhora ter nascido e sabido o que era o mundo. Mas para ela não havia concelho ou freguesia. Tudo o que havia era a sua terra, fosse lá o que fosse, e o voto na sua terra, fosse lá para que fosse. Fui apanhada desprevenida na conversa, o me acontece cada vez menos. Por todas as coisas

que esperava, esta aconteceu-me desta vez a título de uma grande chamada de atenção, daquelas que o quotidiano nos faz só para que não embarquemos em barcas próprias de mares romanescos e assentemos os pés na terra árida da realidade. Mas quem de bem é que poderia fazer um país à margem do país? Ninguém de bem nem por


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

Jornal do Centro 04| julho | 2013

coisa “vintage”, e é só olhar para a caligrafia dos alunos para ver que devia voltar a estar na moda! Tudo isso que me custava horrores quando o que eu queria era brincar, agradeço hoje de mãos postas, pois foi isso que me levou a ter uma caligrafia perfeitamente compreensível e equilibrada, e a nunca passar pela vergonha de alguém me corrigir uma palavra que fosse. Quando tenho testes e exames para corrigir, corrijo em média 3 a 4 dezenas (sim, dezenas) de erros, não porque seja minha obrigação, mas porque sinto a minha paixão pela

língua portuguesa a ser apunhalada sem dó nem piedade. Quando dou explicações de matemática seja em que ciclo for (2º ou 3º), tenho sempre que (re) avivar tudo o que compete ao 1º ciclo, e aí pergunto-me: mas que raio aprenderam vocês em 4 anos? Mas é literalmente pergunta retórica. Agora analisemos a segunda conclusão, os pais não se preocupam com o percurso escolar dos filhos, quando digo isto entenda-se que todos eles querem que os seus filhos sejam os melhores, no entanto não parecem fazer o melhor para que isso aconteça. Dar gad-

gets não é dar conhecimento! Devem-se dar coisas quando se trabalhou para elas: objetivo-recompensa. Entregam os filhos à escola logo pela matina e vão buscá-los ao final do dia, sem paciência para os ouvirem, entenderem, ou averiguarem das suas necessidades, a escola pode e deve ser muita coisa, mas nunca por motivo algum deveria substituir os pais como estes tanto querem. A escola deve servir para formar, incutir respeito e educação, sentimentos de partilha, de entendimento e solidariedade para com todos, diferentes, iguais ou

parecidos. Mas se esses valores não são explorados e cultivados em casa, nada pode transparecer na escola! Se um pai é desrespeitoso para com um professor, nunca mais o seu filho terá respeito a quem o ensina. Na minha altura, os pais iam à escola pedir para os professores arrearem nos filhos à mínima provocação, hoje os pais fazem esperas com os filhos para arrearem nos professores…o primário passou a primitivo, não sei quando aconteceu nem porquê, mas tem consequências, e não são nada boas, tal como as notas.

seguir um processo de pequenos passos que evite grandes manifestações ou revoluções que ponham em causa a evolução alcançada. Contudo em sociedades mais abertas os fenómenos acontecem de forma espontânea e imprevisível. No Brasil as pessoas mostram que, apesar da capacidade económica e dos milhões de pessoas retiradas da pobreza, pretendem melhorias no acesso à educação,

à saúde, no fundo algo aproximado do estado-social. Na Turquia as pessoas aspiram a uma maior liberalização nos costumes, depois do retrocesso mais recente de Erdogan, talvez por já não aspirar uma entrada na UE. Infere-se de todas estas movimentações que a natureza humana, apesar das diferenças culturais, identitárias e geográficas é mormente a mesma. Mais do que a Primavera Árabe estas

manifestações podem, de facto, propiciar mudanças inesperadamente globais. A conjuntura internacional poderá reflectir um novo paradigma no que concerne ao método de produção e organização da sociedade nos países emergentes. Veremos como irão reagir países como a Indonésia, Coreia do Sul ou México. 2-Em Portugal tudo na mesma. Ficámos a saber (eu não sabia), por Se-

guro, que os Fundos Imobiliários e os Bancos estão isentos do pagamento de IMI, enquanto as pessoas, esmifradas pela fadiga fiscal, são obrigadas a pagar IMI’s injustos porque desadequados ao real valor das casas. Enquanto uns lutam pela criação do estado-social outros vêem-no esmorecer perante o ataque dos seus próprios governantes. Resta esperar que em Portugal se faça Brasil.

pre a tentação de, quando se trata de uma figuraça como a deste Homem, “pintar a “manta” e deduzindo-lhe, adrede, os erros, fazer deles uma espécie de Glória Imaculada, alva e asséptica. Já os chineses dizem que ao fazer-se uma árvore genealógica, volta não volta , poda-se-l he uma pernada. Assim é, de facto. O Madiba é mais um entre tantos seres, com virtudes e defeitos, com altos e baixos, angariando empatias e antipatias, fazendo dele uma personagem mais humana e menos endeusada,

apesar de, mais uma vez adrede, lhe esconderem as negatividades. É, no entendimento da maioria, uma referência positiva e simpática. E disso dá conta a imprensa que, muitas vezes inf lamada pela necessidade de “esticar a massa”, comete patetices que a descredibiliza e fragiliza, accionando, em automático, uma atitude de desconfiança. Um destes dias, informando sobre o crítico estado de saúde de Madiba, uma jornalista afirmou que uma tuberculose que ele teria contraí-

do no período em que esteve na cadeia, em 1988, era a principal causa da sua condição sanitária, nem se lembrando, ou sabendo, do surto de bacilo de Koch que atingiu a África naquela altura. Logo me saiu um aldra, espontâneo, mas acintoso, ao contrário daqueles da minha era de rapazola. Este era muito sentido e de profunda reprovação. Será que a jornalista quereria que o pobre Madiba, com 94 anos feitos, estivesse em condições para alinhar nos 100 metros barreiras nas olimpí-

adas da Etiópia? Poupem-me a mais “aldras”, tretas e manhosices. Ora agora, o Madiba, de 94 anos, estar a sofrer de uma tuberculose contraída há 25 anos! Há-de ir um dia, sim. De preferência quando ele quiser, dada a idade que tem. Mas não queiram que uma pessoa nascida em 1918 morra cheia de saúde. Já não há, mesmo, pachorra para o género.

bem podiam algum dia ter feito isto – alfabetizado a população para ler a propaganda do regime enquanto o regime seguia sozinho, deixando as pessoas fora dos seus processos administrativos, burocráticos e políticos. Os grandes objectivos da alfabetização passavam, essencialmente, pela mobilidade social que tal proporcionava, ao tornar as/os cidadãs/

ãos mais independentes e autónomos na sua interacção com o código universal da linguagem escrita. Mas, na realidade, o que temos é um Portugal cheio de mortos-vivos, que desconhecem o que são e o que fazem, que desconhecem o seu papel no sistema político que, ao fim e ao cabo, é o nosso ecossistema. Privou-se Portugal, deliberadamente, de conhecimento e de consciência

política, privou-se a pessoa portuguesa, a chamada cidadã ou cidadão, de saber, entender e ter acesso ao seu papel na organização social. Fez-se de Portugal um país de animais, pois só os animais obedecem ao seu instinto e aos ciclos do dia e da noite, da vida e da morte, sem a questionar, mudar e intervir no imediato. As bestas que fizeram de nós cordeiros, e que nos condenaram a este

estado de sobrevivência cruel, fizeram daquela senhora, nos seus ainda poucos sessenta anos, uma senhora que obedece aos ciclos que outros traçam – sem perguntar, sem saber. Não há crime maior que condenar um país ao embrutecimento e à inconsciência, ao marasmo do escuro e do vazio, à animalidade do instinto e do ciclo natural. Silvia Vermelho, do Portugal profundo.

Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

6

04 | julho | 2013

Micaela Costa

abertura

Business Angels em Viseu “Dinheiro há, assim haja bons projetos e bons empreendedores”. Dito desta forma nem parece que se está a falar de um país a passar por uma crise profunda. Mas o presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC), Pedro Saraiva explicou que ultimamente a banca lhe tem “transmitido a ideia de que já há mais liquidez do que houve no passado, é agora uma questão de preço, de qualidade e de risco dos projetos apresentados”. Também do lado dos incentivos comunitários, Pedro Saraiva reforçou que “ainda há dinheiro para aplicar”, inclusive nas áreas da inovação, do empreendedorismo qualificado, da investigação e desenvolvimento, no setor da internacionalização e, em particular, na área dos incentivos para microempresas do interior: “Falta termos cadeia acrescida de bons projetos”. O presidente da CCDRC Publicidade

falava na cerimónia de constituição do Clube Business Angels Viseu| Dão Lafões, no passado dia 26 de junho, que passa a ser presidido pelo vice-presidente do grupo Visabeira, Paulo Varela. Os clubes Business Angels surgem como uma alternativa à banca para o financiamento de projetos inovadores que queiram nascer no mercado, ao disponibilizar ainda um conjunto de apoios complementares, como formação e outros (ver caixa). O presidente da Federação Nacional de Associações Business Angels (FNABA), Francisco Banha seguiu a mesma linha de pensamento de Pedro Saraiva ao adiantar que a FNABA tem dinheiro para apoiar novos e válidos projetos de investimento o que é preciso é grande capacidade empreendedora. “Ainda temos disponível cerca de 29 milhões dos 42 milhões, até junho de 2015. Na região [Dão Lafões] há

grande capacidade empreendedora. Encontraremos alternativas para dinamizar alguns dos projetos”, sustentou. A FNABA, criada em 2000, disponibilizou nessa altura um fundo com “42 milhões de euros” para investir em novos projetos. Nos últimos 28 meses foram realizados 96 investimentos em 71 startups (geradores de emprego) com menos de três anos, no

montante global de 12,7 milhões de euros. Numa altura em que estão constituídos clubes de Guimarães ao Algarve, Francisco Banha defendeu a criação de instrumentos adequados na sua atividade para “uma maior intervenção junto do ecossistema empreendedor”. Pedro Saraiva acrescentou que os clubes Business Angels têm a vocação de suprir lacunas ao nível do

financiamento, têm risco associado”, têm um apoio não financeiro, mas têm uma outra particularidade importante para a região: “Eles têm uma base territorial local. Em Boston são quase ao nível de bairro, cada freguesia tem um clube Business Angels que reúne semanalmente com uma grande intimidade geográfica”. Para o presidente do Clube Business Angels de

Objetivos ∑ Facultar aos investidores a escolha de oportunidades de investimento nas áreas em que pretenderem atuar, bem como a sua participação em empresas que possuem necessidades financeiras e em projetos empresariais com potencial de desenvolvimento, crescimento e valorização. ∑ Facultar aos empreendedores o encontro com um conjunto de investidores privados para que possam angariar, além de capital, propósitos que transmitam a sua experiência dentro de um determinado setor, designadamente conhecimentos técnicos ou de gestão bem como o acesso a redes de contactos. ∑ Promover a intervenção dos Business Angels com aconselhamento empresarial aos empresários. ∑ Promover o conceito Business Angels, organizando conferências, congressos, seminários e outros eventos locais, nacional e regionais.

Viseu, a nova estrutura será “mais um caminho alternativo numa organização de gente que já é empreendedora”. Paulo Varela considerou que permite “colocar à disposição mais um conjunto de ferramentas que se transformem em negócios concretos e que sirva de motivação para os jovens que têm de se abalançar”. O Clube de Business Angels Viseu| Dão Lafões foi constituído através da Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões e da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV). Durante a cerimónia de constituição formalizaram a adesão ao clube, João Cotta, presidente da AIRV, Paulo Varela, vice-presidente da Visabeira e ainda os empresários, José Coelho, Adelina Sousa e Pedro Santiago. Em Viseu, o Clube Business Angels vai funcionar na sede da AIRV, no Parque Industrial de Coimbrões. Emília Amaral


Jornal do Centro

BUSINESS ANGELS | ABERTURA 7

04| julho | 2013

A principal razão, tal como referi na minha intervenção, tem a ver com o contributo que penso que eu, pessoalmente, poderei dar ao excelente trabalho que já aqui está a ser feito, quer pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões, quer pela própria Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), no sentido de promover o empreendedorismo na região. Tendo em consideração a experiência e os conhecimentos que fui adquirindo ao longo da minha vida empresarial enquanto gestor, penso que é uma oportunidade única para partilhar algo daquilo que fui aprendendo com as pessoas da região tentando criar, ao mesmo tempo, as condições e o incentivo para que apareçam bons projetos, criativos e inovadores e para que, juntos, os possamos desenvolver em parceria com todo o trabalho que está a ser feito por esta rede de empreendedorismo, esta rede regional que já está a funcionar e que tem vindo a fazer um trabalho excelente ao nível da própria formação escolar nestes concelhos. Penso que isto é o passo seguinte, digamos, deste processo que visa criar um verdadeiro espírito empreendedor na região. É evidente que, tendo algumas ocupações que me obrigam a estar em diferentes geografias, incumbências que fazem com que tenha que viajar regularmente para fora de Viseu e para fora do país, a passar mais de metade do meu tempo fora de Portugal, este meu compromisso não será, obviamente, uma tarefa fácil mas, também, como foi dito nós acabamos por encontrar sempre tempo para fazer aquilo que é importante e para fazer as coisas de que gostamos

A primeira razão é, sobretudo, porque penso que esta é mais uma excelente iniciativa e porque considero também que é através do empreendedorismo e do empreendedorismo “apadrinhado”, entre outras entidades pelo clube dos Business Angels, que se vai fazer a continuidade do sucesso da Região Centro. Apesar de esta constituir já uma região bastante empreendedora mas que, ainda assim, tem um desemprego elevado, apesar de ser hoje a região do país com menor taxa de desemprego ou uma região que consegue estar entre as 100 regiões mais inovadoras da europa, é por isto mesmo que eu considero que não faço mais do que a minha obrigação, dentro do que leio como sendo as grandes prioridades da região, ao vir “apadrinhar”, ao vir dar força, ao vir dar coragem às pessoas que aqui se juntaram e que querem ajudar a concretizar os sonhos, os projetos de criação de riqueza que várias pessoas ou entidades podem, a partir de agora, submeter à apreciação do Clube de Business Angels. Este clube, ao ficar agora ao serviço da região de Viseu e Dão Lafões merece, portanto, a minha atenção pessoal pois penso que esta é, sobretudo, uma ótima forma de ocupar o meu tempo ao estar aqui no lançamento de mais um excelente exemplo de afirmação da capacidade empreendedora na região Centro.

Este “ecossistema” é o que temos e é obviamente atendendo à nossa realidade que temos que lutar. Hoje ele podia ser melhor mas, também, podia ser muito pior. Considero, sobretudo, que ao termos boas empresas, bons autarcas, bom ensino, jovens qualificados, boas vias de comunicação, temos tudo aquilo que é necessário para esta ideia “singre”. Quando falamos de um ecossistema estamos a falar de relações. Como aqui foi dito este clube nasce “fruto” de um conjunto de relações, não nascemos sozinhos. De facto, da articulação da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões, da AIRV, do Instituto Politécnico de Viseu podemos vir a criar aqui uma boa rede de comunicação e uma plataforma de entendimento que irá, sem dúvida, ajudar a desenvolver esta região. Se tivéssemos um poço de petróleo aqui ao lado, isso ajudaria um pouco mais mas, não tendo isso, esta realidade obriga-nos a um maior trabalho para que esta região no futuro seja ainda mais empreendedora.

Pedro Manuel Tavares Saraiva Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC)

Carlos Marta Presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões

É sabido que foi Tendo a CCDRC um dos grandes um território de intervenção impulsionadores deste projeto. tão vasto, onde decerto existem Quando avançou com a criação tantas boas do clube foi fácil iniciativas, convencer os porque outros parceiros decidiu apoiar e entidades da pessoalmente esta em concreto? viabilidade desta ideia?

João Cotta Presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV)

Francisco Banha Presidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA)

O “ecossistema” Como é que económico desta se pensa cidade é o ideal fazer vingar o para o fomento do empreendedorismo, empreendedorismo? o capital de risco e os Business Angels na conjuntura económica atual?

Qual é a motivação pessoal que leva o CEO da Visabeira Global SGPS a liderar este movimento que pretende ajudar à criação de novas empresas?

Paulo Varela Presidente do Clube de Business Angels de Viseu | Dão-Lafões

Este clube está inserido no nosso plano regional de empreendedorismo e portanto, advém também, daquilo que nós conhecemos de outras regiões do país e de outras latitudes no panorama internacional. Entendemos que ele era essencial para alavancar iniciativas de empreendedores, de diferentes personalidades, de pessoas e jovens do distrito e, por isso, julgo que conseguimos tal como noutros projetos, uma boa parceria quer com o Instituto Politécnico, com os centros de emprego, com as associações de desenvolvimento, e com a AIRV no sentido de contactar as pessoas que, em termos nacionais e internacionais, trabalham nesta área para também em Viseu, podermos montar uma estrutura com estas características que permita de facto apoiar novas iniciativas, não só a constituição de empresas mas também o seu desenvolvimento e para que um conjunto significativo de pessoas, que também tem experiência nesta área, possa investir alguns dos recursos que tem disponíveis para apostar em novas ideias e novas áreas de negócio que são seguramente muito importantes para o futuro da nossa região. Nós temos um plano de ação para o empreendedorismo que, naturalmente, abarca várias iniciativas. Uma delas, o concurso de ideias e negócios das nossas escolas, quer básicas, secundárias ou profissionais, com muito sucesso que já vai no seu segundo ano e que, no primeiro ano deu 120 ideias e no seu segundo ano 130 ideias de negócio, poderão vir a ser naturalmente aproveitadas mas, também, no concurso ideias de negócio vocacionado e virado já para a população, numa articulação perfeita com as entidades que referi e com as quais queremos promover um diálogo constante, que possa permitir que um potencial investidor possa rapidamente ter acesso a apoio logístico e a apoio de investimento para a concretização destas ideias.

É fundamental porque, felizmente, conseguimos fazer todo este trabalho numa época onde havia maior criação de riqueza. Portanto, o trabalho foi feito antecipadamente e agora todo o tecido empreendedor nacional, os jovens empreendedores nacionais que hoje obrigatoriamente têm que encontrar oportunidades no mercado vão precisar muito de todas estas infraestruturas de apoio que foram criadas nomeadamente dos Business Angels. Neste momento tendo o país, nomeadamente o continente, coberto com clubes constituídos formalmente e contando com pessoas com muita experiência empresarial, como é o caso agora de Viseu, esta realidade vai ser um suporte fundamental para aqueles que pretendem empreender e tendo uma adequada estrutura de capitais desde o arranque. Isso é fundamental. Portanto, o futuro faz-se construindo, faz-se por nós e eu acredito que esta dinâmica que já tem alguns anos se possa propagar de forma positiva no mercado. Não me surpreendeu, portanto, que aqui em Viseu se juntassem pessoas e entidades com tamanha proeminência no campo dos negócios, uma vez que estas pessoas são grandes empresários que estão permanentemente a identificar oportunidades. Sendo esta uma oportunidade para estes desenvolverem novos negócios, entrar em novas áreas de negócio sem que tenham que ser eles a liderá-los e também de, de alguma forma, retribuírem à sociedade uma parte daquilo que esta sociedade lhes deu, algum do seu tempo e algum do dinheiro através da afetação de algum do seu capital a estes projetos.


8

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

à conversa

entrevista ∑ Paulo Neto / Micaela Costa fotos ∑ Paulo Neto

“A economia é um pouco como abrir um paraquedas, ou se abre a tempo ou se tem uma queda brutal ” Basílio Horta nasceu em Lisboa em 1943. Foi o fundador do Partido do Centro Democrático Social (CDS), foi candidato à Presidência da Republica, ministro do Turismo e Comércio, ministro da Agricultura e Pescas, ministro de Estado, presidente do concelho de administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), deputado independente do PS e é o atual candidato à Câmara de Sintra pelo Partido Socialista. Considera-se um democrata cristão, embora sinta que o rumo tomado pelo partido que ajudou a nascer já nada tem a ver com a sua fundação. Defende que os portugueses devem reivindicar os seus direitos e acredita que em Viseu palpita o coração da Nação. Em entrevista ao Jornal do Centro, Basílio Horta, passou em revista a situação empresarial da região de Viseu, falou do estado do país e da Europa e deixou claro que para se ter êxito, é preciso tentar. Como é que se passa da democracia cristã ao socialismo?

Eu continuo democrata cristão. Fui fundador do Partido do Centro Democrático Social (CDS), não do Partido Popular. O que aconteceu é que este partido, retomado recentemente pelo Paulo Portas, seguiu uma linha, que é respeitável, mas que não é a linha da fundação. E hoje, o partido, já não tem nenhum dos fundadores, eu fui dos últimos a sair. O meu divórcio não foi litigioso, tenho até amizade pelas pessoas que estão, o Hélder Amaral, por exemplo, que foi o meu número dois na campanha aqui em Viseu, mas ele seguiu outro caminho neste governo. Talvez se sinta confortável a não pagar o subsídio de férias que o Tribunal Constitucional manda pagar, talvez se sinta confortável a limitar as reformas, talvez se sinta confortável a matar a economia, como está a acontecer. Eu não poderia estar neste partido. Quanto ao Partido Socialista (PS)… Há uma coisa que se chama lealdade. Eu fui presidente da AICEP desde 2005 até 2011, tive uma ligação com o governo, nomeadamente com o primeiroministro, e sempre fui tratado exemplarmente. Na altura em que fui convida-

do para ser deputado independente era uma cobardia dizer que não. Gostando eu da política, do parlamento e do serviço público, entendi dizer que sim. Sinto-me muito confortável como independente, não sou socialista, sou democrata cristão dentro do grupo parlamentar socialista e agora como candidato à câmara apoiado pelo PS. Na sua intervenção, disse que “a candidatura de José Junqueiro é uma prova de coragem e de carácter”. Porquê?

Porque não temos dúvidas que a candidatura do partido socialista e do José Junqueiro é difícil. Como é sabido o Partido Social Democrata (PSD) tem a Câmara de Viseu há vários anos, tem uma implementação muito grande no concelho. Portanto esta candidatura do José Junqueiro é uma candidatura que faz a diferença, ganhadora, mas que nem por isso deixa de ser uma prova de coragem. É mais fácil ser candidato do Partido Socialista em outros concelhos. Vai acabar, ou não, a sua carreira onde muitos começam, candidato a uma câmara, neste caso à Câmara de Sintra. Porquê esta prova de fogo?

A Câmara de Sintra é a segunda maior do país,

com cerca de 400 mil pessoas. É uma câmara que tem agricultura, indústria, turismo, história, cultura e depois tem grandes desafios sociais. Nada melhor para um político que já não tem nada a provar, do que fazer esta aposta de dedicação ao serviço público e às pessoas. Estou disponível para pôr toda a minha experiência e trabalho em prol dos cidadãos. Se acharem que é útil votarem em mim, serei eleito e dedicarme-ei inteiramente a tentar ajudar a resolver os problemas. Não há nada melhor para um político em fim de carreira que acabar a servir os outros, olhar e ver que a sua política foi útil, como fiz na AICEP, quando, por exemplo, a PSA em Mangualde esteva para se ir embora e fizemos com que ficasse. E se eu amanhã conseguir em Sintra que uma empresa não se vá embora, se conseguir atrair uma boa empresa, conseguir que uma família desarticulada seja ajudada pela câmara, conseguir espaços melhores onde as pessoas tenham qualidade de vida, vou ficar muito satisfeito e é esta a razão da minha candidatura. “Geração bem preparada e muito desempregada”. Como resolver isto?

Retomando e estimulan-

do a economia. Se algumas pessoas deste governo tivessem que responder a essa pergunta a resposta era muito simples: com uma nova economia, deixar acabar as empresas e fazer outras, reformulando o Estado, pois o Estado presta serviço a mais. Destruía-se tudo e o que ficava?

Ficavam meia dúzia de grandes empresas, muitas delas estrangeiras que já cá estão, muitas delas chinesas, angolanas, algumas brasileiras, que tomam conta da economia portuguesa. Os nossos governantes, mais que a governarem o país estão a governar empresas estrangeiras?

Não poderíamos dizer isso porque estaríamos a ofender as pessoas. Mas o que podemos dizer é que este modelo que está a ser seguido leva imensuravelmente a esse efeito. Ou seja, a economia fica dominada por meia dúzia de grandes empresas, que depois levam consigo as mais pequenas. Há seguramente um preconceito ideológico neste modelo de economia de sociedade e de estado. Estamos a ver a economia a ser destruída, as empresas a fechar, o desemprego a aumentar, a divida ex-

terna a aumentar, o défice não controlado e a resposta é “mais do mesmo”. Estamos a ver as entidades patronais, as confederações que deviam ser a base de apoio deste governo que se diz de direita, a dizerem para o governo mudar de

rumo, e já nem falo dos sindicatos, e a resposta continua a ser a mesma. O governo é composto por um conjunto grande de ministros e secretários de estados. Há aqui um maestro, que pode ou não ser o


BASÍLIO HORTA | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 04| julho | 2013

der um emprego é uma tragédia, quem tem emprego, na situação em que está, fará tudo para não o perder. Mas creio que há limites, e não sabemos o que vai no espírito de muita gente, e aquilo que se está a passar todos os dias é suscetível de as pessoas começaram a irritar-se. Irritar-se é o eufemismo de quê?

De protestarem de uma maneira mais visível, de fazerem mais greves gerais, pararem o país, de colocarem o Presidente da República numa situação de ter que decidir alguma coisa. E o resultado destas eleições autárquicas pode ser uma demonstração pacífica da indignação das pessoas. Proferiu que os investimentos que têm sido feitos são os da venda do património público…

A EDP foi para os chineses, a REN também para os chineses. Agora a PT que fundiu com a OI, os CTT vão para o Brasil, a GALP nas mãos dos Angolanos, a ANA com investimento francês, a TAP que também vai ser vendida (vem cá a ministra Dilma). Portanto a maioria das privatizações das grandes empresas, que eram públicas, foram feitas atraindo investimento estrangeiro. Dizia Vítor Gaspar que isto é prova da confiança dos investidores estrangeiros em Portugal. Mas não, a prova de confiança seria se os investidores o fizessem de raiz, tal como a Pescanova ou o IKEA. Agora comprar empresas que eram património do estado não é a mesma coisa. Estão a ir os “cachuchos”, fica a carne ou só o osso?

primeiro-Ministro, que rege tudo isto?

Eu acho que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, em conjunto com a sua equipa, é realmente o autor e executor desta estratégia. Creio que o primeiro-ministro está cativo e

tem o seu destino junto a este ministro das Finanças. Mesmo dentro do seu próprio partido quando começa a ouvir as vozes dissonantes, que se fazem ouvir publicamente, e já nem falo do CDS, continua a manter esta linha. Se nada for feito

este governo será o coveiro da economia portuguesa, uma pessoa não justifica nem desculpa as responsabilidades que o primeiroMinistro e o governo têm. Porque se não concordam com o que têm, o melhor que podem fazer é substi-

tuir o ministro das Finanças, ou não votar nas medidas propostas. Como é que vê a apatia dos portugueses?

Não sei se será apatia. As pessoas estão a sofrer, estão com medo. Hoje, per-

O que está a acontecer à independência nacional é algo que nos deve preocupar a todos. Houve um memorando de entendimento que foi assinado e o partido socialista negociou e assinou, portanto não é sério que o partido socialista, que assinou e concordou, venha agora dizer que coisas que estão no memorando não devem sair. Coisa diferente é dizer que o memorando foi assinado numa certa época do país e do mundo, que entretanto muita coisa mu-

dou e que agora é necessário renegociar. E isso sim, se nós renegociássemos o memorando, noutras condições, devíamos ter posto em causa algumas privatizações, nomeadamente a dos CTT ou da TAP, ou da REN, que são aspetos essenciais de setores económicos ligados à soberania. Mas não foi renegociado, e como consta no memorado, nada mais há a fazer. A Europa de hoje é um descrédito? De que forma vê a exequibilidade de uma mudança e como poderia ser feita essa mudança?

Não sei responder seriamente a isso, porque prever o futuro em águas tão agitadas é quase impossível. A Europa é uma construção democrata cristã e socialdemocrata, que foi feita no tempo de grandes políticos, de grandes líderes europeus, de corações generosos e de visão alargada. O que aconteceu foi que, com o passar dos tempos, em vez de termos mais Europa tivemos menos Europa e mais burocracia e foi isso que nos levou a este estado. A certa altura os países não tiveram políticas comuns, cada um fez a política que entendeu. Durante muito tempo toda a gente entendeu que a divida portuguesa era igual à alemã ou à grega. E foi quando os gregos, a certa altura, se enganaram no défice do Estado, e perceberam que tinham uma dívida muito maior que a que declaravam, é que a Merkel disse que afinal já não era “nossa” mas grega. E foi aí que se percebeu que as dívidas não são todas iguais, e que a Alemanha começou a dizer que deixaria de pagar e muitas dessas dívidas foram feitas em benefício da Alemanha – e, a partir daqui, veio a política de sacrifícios. Quando, na verdade, a resposta deveria ter sido de uma maior construção europeia. E se essa construção existisse, haveria um Banco Central Europeu com outras funções, com uma política fiscal, de emprego e de investigação, diferentes. Agora há quem defenda mais Europa, para resolver este problema, mas há países que já querem é menos, que querem sair. Temos um grande problema dentro da Europa continua»


10 À CONVERSA | BASÍLIO HORTA que, na minha opinião, ou se muda, entrando numa Europa a sério, com políticas europeias, com uma integração europeia, ou pode haver um desmembramento da Europa e o fim do euro. Disse que é necessário que o governo saiba que o país está indignado. Como?

Através de manifestações, de greves pois estes são os mecanismos da democracia. Estas eleições podem ser outro grande momento, as pessoas que estão descontentes com este governo só têm dois caminhos, ou votam no partido socialista ou se abstêm, mas a abstenção é o voto que conta para este governo, portanto o único voto que o Presidente da Republica não pode ignorar é a vitória maciça do partido socialista. Um comentário a esta sua afirmação: “Em Viseu palpita o coração da Nação”.

Basta olhar para a Sé, para o centro histórico, é aqui que está a Nação portuguesa, no interior rural, nacionalista, apegado aos valores. Aqui se percebe o que foi, o que é e o que pode vir a ser o povo português. E é por isso que eu digo que em Viseu palpita o coração da Nação. E temos que estar preparados para tudo, há quem diga que a saída do euro é uma desgraça, realmente poderia ser uma desgraça, mas não nos podemos esquecer que mui-

r A zona

Centro, em conjunto com Aveiro é um fortíssimo contributo para o produto interno bruto português” tos portugueses já saíram do euro: aqueles que passam fome, que estão sem emprego e esses precisam de uma resposta. O que é que conhece da realidade empresarial da região Centro?

Conheço várias coisas. Há grandes empresas que estão aqui, na área dos serviços, de transportes, turísticas, do setor farmacológico. Há sem dúvida muitas empresas de grandes dimensões em Viseu. A zona Centro, em conjunto com Aveiro é um fortíssimo contributo para o produto interno bruto português.

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

Falava na PSA Mangualde. Como é que num contexto de crise, ainda se conseguem manter empresas destas dimensões?

Primeiro, conhecendo o que é que a PSA esperava de Portugal, depois pegando no avião, ir a Paris e falar com o presidente da PSA e dizer o que podíamos oferecer. Tendo uma mão-de-obra da melhor que há, muito melhor que a espanhola, com muito mais estabilidade e produtividade. Depois, quando a empresa quis alargar, havendo um presidente da Câmara que percebeu e que cortou um caminho público para poderem alarpreci gar a empresa, foi preciso um Governo que tivesse pago esse

caminho público, noutro sítio. Se não houvesse isto tudo a PSA tinhase ido embora. Nós para termos empresas aqui, temos que perceber as reivindicações e responder bem àquilo que pretendem, porque hoje em dia a competitividade é enorme. Temos o exemplo da Pescanova que está com problemas na internacionalização e que se não estivesse aqui estava no Chile, o mesmo acontece com a Embraer, que se não estivesse aqui estava em Espanha ou em Inglaterra. Por outro lado, só nos últimos anos, empresas filiadas na Associação CoCo mercial

de Viseu, fecharam cerca de 600. Aqui, o que é que o governo pode fazer?

A economia é um pouco como abrir um para quedas, ou se abre a tempo ou se tem uma queda brutal e eu tenho receio que o momento de o abrir já tenha passado. Mas se ainda formos a tempo, deveriam acabar com a austeridade, renegociar rapidamente os prazos de pagamento da divida, renegociar os juros. Estamos a pagar 8 mil milhões de juros, mais do que aquilo que gastamos com a Educação e Saúde. Que digam à Europa que nos estamos a afundar e que por este caminho não vamos conseguir pagar nada. Que coloquem dinheiro na economia, que ponham as pessoas a comprar, a ir aos cinemas, aos restaurantes, a ir às fábricas, claro que não ao mesmo nível de outros tempos, mas pelo menos retomarse-ia alguma economia. E, sobretudo que ponham a economia na agenda, e isso significa pôr a procura interna na agenda, que não deixem de fazer o fomento das e x -

portações, a diplomacia económica, mas que não se esqueçam que 70% da economia está aqui dentro e se não vêm isso, muito mais vai fechar. Fala-se muito em internacionalização e procura de novos mercados. Soube-se agora que a segunda maior economia [França] entrou em recessão e a Alemanha está parada. E agora?

Fomos nós quem começou esse caminho da diversificação de mercados. Agora temos que ir para fora da Europa, mas para isso não chega querer, temos que ter as empresas com competitividade para esses mercados. E para ter compe competitividade têm que existir produtos de melhor qualidade a preços mais baixos. Melhor qualidade em investigação e desenvolvimento de produto, fatores de produção, taxas de juros competitivas. Tem que haver crédito. Abrir portas sim, mas tem que haver quem depois queira entrar, tem que haver, sobretudo, competitividade interna. Como é que se cria emprego numa cidade como Viseu?

Investindo. Não há outra maneira. Organizando os jovens, pondo em prática o empreendedorismo, percebendo quem quer aumentar a produção e da r apoio a essas pessoas, fazer um “pack” de atração de investimento, entre tantas outras medidas. Mas é preciso tentar, só assim se terá êxito.



Jornal do Centro

12

04 | julho | 2013

região foto legenda

Tribunal absolve ex-presidente da Câmara de Castro Daire

DR

Realizou-se na passada sexta-feira o tradicional arraial popular da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu (APPACDM). A este 13º Arraial, que contou com a presença de cerca de 650 pessoas entre parceiros, fornecedores, clientes, associados, colaboradores e amigos, associaram-se também várias entidades locais como a Câmara Municipal de Viseu e o Centro Distrital de Segurança Social que, assim, quiseram aderir a esta iniciativa e, sobretudo, a esta causa. PM

Publicidade

A ex-presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, Eulália Teixeira e os vereadores do seu executivo, António Giroto e José Manuel Ferreira foram absolvidos das acusações de terem usado dinheiro da autarquia em benefício próprio e do PSD, na campanha para as eleições autárquicas de 2005, em que a autarca foi eleita presidente do executivo. A sentença foi conhecida na quarta-feira, dia 26 de junho. O processo, que se arrastava desde 2011, resultou de denúncias anónimas relativas quer a financiamentos da campanha, quer a outros ilícitos que poderiam configurar os crimes de tráfico de influências, participação económica em negócio, prevaricação e corrupção. Os três autarcas eram acusados pelo Ministério Público dos crimes de peculato e abuso de poder. Os crimes estavam relacionados com o facto de o pagamento de serviços prestados pela empresa “Sourcingest (Apoio a Organização de Empresas, Gestão Documental, Soluções Informáticas, Eventos e Comércio a Retalho, Ld)” no âmbito da campanha eleitoral para as autárquicas de 2005, ter sido feito pelo município de Castro Daire. O Tribunal de Castro Daire absolveu os arguidos da totalidade dos crimes de que estavam acusados. Segundo o Tribunal a empresa prestou apoio aos arguidos na campanha eleitoral autárquica de 2005, mas não foi provado que esses serviços tenham sido pagos

Arquivo

Decisão ∑ Não se provou que tivesse sido usado dinheiro do município para pagar campanha autárquica

A Eulália Teixeira pela autarquia. Para o advogado de defesa da antiga presidente da Câmara de Castro Daire, Artur Baião foi uma boa decisão. “[O Tribunal] Decidiu em conformidade e tomou em causa as regras quer do direito quer do interesse público. Acho que foi uma boa decisão”, adiantou. Artur Baião lembrou que não ficou dito em tribunal que “foi a própria engenheira Eulália que, ao entender que havia divergência entre a faturação da empresa em causa e os serviços efetivamente prestados, tomou a iniciativa de recusar esse pagamento muito antes deste processo ser conhecido, sanando eventuais irregularidades formais”. Eulália Teixeira considerou que, “perante tudo o que se presenciou durante o julgamento, era o resultado esperado” e “fez-se justiça”.

“Estou convicta que a maioria das pessoas que nos conhecem e nos acompanharam no trabalho autárquico era isto que esperavam, porque sabem que jamais haveria atitudes do género”, reforçou. Considerando que ainda não é a hora de avaliar os prejuízos, entendeu que “este foi um momento menos bom” na sua carreira de autarca. Márcio Santos, advogado de defesa dos antigos vereadores, partilhou da mesma opinião de que foi feita justiça “embora tardiamente, porque as pessoas são sempre penalizadas pelo processo”. “Estas pessoas ficaram claramente ligadas a um processo-crime na sequência de factos que eram imputados na altura em que eram autarcas e, embora tenham sido absolvidas, perante a opinião publica, a dúvida vai existir sempre”, acrescentou. Emília Amaral

Percurso de Eulália Teixeira

∑ Depois de ter sido vice-presidente do executivo de Castro Daire, Eulália Teixeira foi eleita presidente pelo PSD em 2005. Perdeu a Câmara em 2009 para o Partido Socialista e assumiu as funções de vereadora da oposição em regime de não permanência. Em outubro vai abandonar a vida de autarca, esclareceu, não em consequência do processo, nem por falta de convites “de pessoas do partido (PSD) e também de outros partidos”, mas em defesa da “renovação”.

DESALOJADO

Oliveira de Frades. Um homem ficou desalojado, na segunda-feira, na sequência de um incêndio numa habitação no concelho de Oliveira de Frades. De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, o incêndio urbano ocorreu por volta das 8h20, na povoação de Espindelo, na freguesia de Ribeiradio. “A habitação ficou completamente destruída”, explicou, acrescentando que o homem desalojado será acolhido em casa de familiares. EA

INCÊNDIO

Distrito. Dois incêndios em mato, que deflagraram na madrugada de sábado no distrito de Viseu, mobilizavam, quase duas centenas de bombeiros e 46 veículos operacionais. De acordo com dados da página eletrónica da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Destriz, no concelho de Oliveira de Frades, o incêndio em mato, com duas frentes, foi combatido por mais de 90 bombeiros, com o apoio de 23 viaturas. Em Meã, concelho de Vouzela, também lavrou um fogo em mato com duas frentes ativas, desde as 2h38, combatido por mais de 100 homens e 23 veículos. Além dos dois incêndios no distrito de Viseu, considerados mais significativos, estiveram em curso, mais sete fogos, totalizando nove. EA/ Lusa

MORTO

Viseu. Uma mulher de 58 anos morreu e dois homens ficaram feridos, na quartafeira, dia 26 de junho, num choque violento de duas viaturas ligeiras contra um camião, no IP5, em Viseu. A colisão ocorreu no sentido Viseu – Aveiro. A vítima mortal viajava numa das viaturas ligeiras. Uma hora depois, a circulação no antigo IP5 encontrava-se ainda condicionada. EA



Jornal do Centro

14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

04 | julho | 2013

Paulo Neto

Viseu vai ser o terceiro polo cultural do país

A

Basílio Horta foi o convidado de mais um debate-conferência da candidatura do PS à Câmara de Viseu

Junqueiro quer gabinete da presidência na Rua Direita Medidas ∑ José Junqueiro apresentou novidades e reforçou o programa eleitoral Mudar o Gabinete do Presidente da Câmara Municipal para a Rua Direita, bem como as instalações da Universidade Sénior, reestruturar o Mercado 2 de Maio, com o objetivo de “impulsionar o comércio de proximidade” e criar uma feira todos os sábados para venda de produtos frescos, de forma a “envolver os produtores locais” foram as novidades da candidatura do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal de Viseu. As medidas foram apresentadas em mais um debate-conferência, desta vez com o tema “Combater o desemprego, fomentar o investimento” que decorreu na Associação de Comerciantes do Distrito de Viseu. Na ação José Junqueiro fez-se acompanhar por Basílio Horta, deputado independente do

PS, candidato à Câmara de Sintra e ex-presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que comentou as medidas propostas pelo PS para estimular a atividade económica das empresas e o combate ao desemprego. Foram vários os comerciantes e apoiantes da candidatura que marcaram presença em mais uma discussão pública do programa eleitoral autárquico do partido socialista. Na sua intervenção, José Junqueiro, sublinhou a importância da economia e do emprego, no desenvolvimento do distrito de Viseu, tendo por base o lema da campanha “Mais emprego, melhor futuro”. Os setores empresariais e industrial foram outros dos temas debatidos e que para o candidato são áreas onde pretende apostar. “Queremos ser o apoio

dos empresários…queremos seguir o caminho da industrialização”, sublinhou. José Junqueiro voltou ainda a lançar a debate as propostas eleitorais de uma das áreas estratégicas de programação da candidatura: economia, crescimento e emprego. Reiterando temas como a gestão dos parques industriais, “através da troca de metros quadrados por postos de trabalho e com facilidades fiscais”, a reforma fiscal municipal, a regeneração urbana, o abrandamento fiscal no IMI e IRS para as famílias e para as empresas na Derrama, a requalificação permanente dos recursos humanos, a Viaverde para o investimento e a criação de um centro de apoio à atividade económica. Micaela Costa

“Alcançar com as pontas dos dedos as estrelas para permanecer com a ponta dos pés em terra firme” foi a comparação escolhida por Almeida Henriques, candidato do Partido Social Democrata à presidência da câmara de Viseu, ao abraçar o desafio de fazer de Viseu o “terceiro polo cultural do país. Este foi o desígnio “primeiro” apresentado na passada sexta-feira, durante a sessão do Fórum Pa rticipativo inteiramente dedicada ao tema da cultura que contou com Dalila Rodrigues, Paulo Ribeiro e Fátima Eusébio como oradores convidados. Perante um auditório que teve o mérito de juntar na Associação Comercial de Viseu muitos dos representantes das instituições culturais do concelho, alguns artistas e programadores culturais da cidade, Almeida Henriques a p r e s e n to u d e z p r o -

postas que irá assumir como compromissos no seu programa eleitoral a apresentar no próximo dia 13 de julho. De entre os compromissos avançados para a área da cultura destacam-se a criação de uma programação cultural em rede, que integre a conceção e o marketing de uma agenda cultural municipal, a criação do Festival Internacional da Música e da Dança de Viseu e a criação do Festival de Literatura da Beira Alta, que possa potenciar as capacidades literárias existentes na região. O lançamento de uma secretaria das artes, a incubação de indústrias criativas no centro histórico, o apoio a cooperativas culturais e artísticas, o concurso de ideias criativas para a região, um apoio à internacionalização de talentos através do programa “Viseu Invest”, o estudo para a radicação do cen-

tro de investigação folclórica nacional e a criação de um Conselho Municipal Consultivo para a Cultura são outras das apostas apresentadas por esta candidatura. Naquela que o candidato considerou como a su a “ pa sserel le de t a lento s ”, foi objet ivo “primeiro” auscultar o pensamento destas três figuras do panorama cultural, Dalila Rodrigues, vice-presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Paulo Ribeiro, coreógrafo e Fátima Eusébio, coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu. Alguns dos presentes lamentaram ao Jornal do Centro não ter ouvido da boca do candidato “propostas concretas no âmbito da ação futura e provas de um apoio e de um compromisso verdadeiro com as entidades e instituições que hoje fazem cultura nesta cidade”. PM

Hélder Amaral aposta no contato direto com as pessoas O candidato do CDS-PP à presidência da Câmara de Viseu, Hélder Amaral, defendeu que pretende apostar numa campanha que privilegie o contacto direto com empresários, associações e população. “Vou apostar num modelo de rua a rua, porta a porta, empresário a empresário, que privilegie o contacto direto com o maior número de pessoas possível”, sustentou. No final de um dia de reuniões com agentes culturais e empresários, Helder Amaral explicou à agência Lusa que este tipo de encontros serve para testar “um conjunto de possíveis soluções”. “Só precisa de fazer diagnóstico quem não conhece o concelho de Viseu. Por isso, o importante é encontrar soluções para as dificuldades que me são transmitidas”,

revelou. O candidato do CDS-PP avançou que o programa eleitoral irá dar prioridade à economia, englobando o turismo e a agricultura, a cultura, educação e desporto e, ainda, a ação social. Entre os compromissos de Hélder Amaral, está o não pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) na zona histórica da cidade de Viseu, na condição dos seus proprietários realizarem obras que sejam necessárias nos edifícios. “Os proprietários que não cuidam prejudicam toda a gente. Por isso, é preciso incentivar a que requalifiquem os seus edifícios”, alegou. A última visita do dia foi a uma empresa do setor automóvel, com cerca de 45 anos de existência.

“A economia é uma das nossas prioridades”, disse o candidato, acrescentando que não terá tempo “de ir a todos os sítios”, mas que vai “tentar visitar o maior número de empresas que conseguir”. Na sua opinião, fazer política nas empresas não é crime, já que são os empresários que têm as soluções económicas. “Se não se pode fazer política em instituições públicas, os empresários oferecem as suas instalações para que se possa fazer política”, concluiu. As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 29 de setembro e, no concelho de Viseu, além da de Hélder Amaral, são já conhecidas as candidaturas de Almeida Henriques (PSD), José Junqueiro (PS), Francisco Almeida (CDU) e Manuela Antunes (BE). Lusa


Jornal do Centro

TONDELA | CASTRO DAIRE | REGIÃO 15

04| julho | 2013

Opinião

Vai aquecer Os dados apurados pelo INE voltam a colocar o sector agroalimentar em destaque no que diz respeito às exportações. No primeiro trimestre de 2013 e em comparação com o período homólogo, o sector cresceu 7%, mais do dobro da média nacional. Nestes três meses as exportações nacionais foram responsáveis pela diminuição do défice da nossa balança comercial em 730 milhões de euros. Num recente estudo promovido pela DECO sobre o consumo em hipermercados, o Jumbo foi eleito o espaço detentor dos melhores preços. O Pão de Açúcar surge em segundo lugar na lista das superfícies comerciais mais baratas, seguido do Continente e do Continente Modelo. O estudo em causa comparou 50.617 artigos em 81 concelhos. O cabaz criado para o efeito procurou retractar da melhor forma o actual espectro económico do país, dividido nas seguintes categorias: mercearia, drogaria, frutas, legumes, carne e peixe. Os produtos de marca própria foram responsáveis por 20% do total das compras. Os preços mais baixos foram possíveis de encontrar nas grandes metrópoles (Lisboa, Porto e ainda em Vila Real). Os mais caros registaram-se na Guarda e em Bragança. Em relação aos hipermercados, talvez seja importante acrescentar que a promissora taxa criada em 2012, com o propósito de financiar a fiscalização de toda cadeia alimentar, apenas conseguiu apurar até à data 2 milhões de euros. As entidades pretendem no entanto obter um valor muito superior e próximo dos 18 milhões de euros. O valor angariado até ao momento resulta apenas e só da generosa contribuição dos estabelecimentos de pequena dimensão. Neste sentido, muito dos artigos em análise poderão ainda não repercutir os custos de contexto desta taxa. Em relação a este assunto, o que se sabe é que o governo procura agora acelerar a sua cobrança nos grandes espaços. A partir de 1 de Julho, em

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

empresas com facturação superior a 100 mil euros, passa a ser necessário fornecer à autoridade tributária todos os dados para a emissão das guias electrónicas destinadas ao transporte de mercadorias. Várias associações ligadas ao sector da distribuição e do agroalimentar já vieram a público requerer a suspensão destas novas regras de transporte, dada a burocracia que a operação irá acarretar. Em muitos casos, aludem a uma possível escassez de bens para os consumidores, ou a atrasos e prazos de entrega muito pronunciados. Por parte das autoridades, o que se pretende é o controlo e a diminuição drástica de muita da economia paralela que habitualmente circula, uma vez que cada guia emitida irá redundar numa futura factura. A ser assim, outros valores vão ser possíveis de apurar e provavelmente a diminuição dos impostos (IRC, IRS e IVA), defendida por todos os partidos, contribuintes, sindicatos e organizações patronais, poderá estar a ser cozinhada. No caso da restauração tratar-se-ia de um agradável bálsamo. Por cá o tempo parece ter aquecido de forma notória. O ministro das finanças, Dr. Victor Gaspar, apresentou a sua demissão. Muitos gostariam que tivesse sido substituído pelo actual ministro da saúde, Dr. Paulo Macedo, um conhecedor profundo do ministério com provas dadas. Neste momento, o que todos almejam é uma nova e refrescante brisa vinda de vários quadrantes. O episódio dos swaps vai fazer correr ainda muita tinta. As condições meteorológicas que para alguns ditaram o nosso abrandamento económico já não se verificam, agora seguem-se os fogos. Até Outubro a temperatura não deve abrandar e a ser assim muitas surpresas estarão na calha. Aguardemos para ver o que aí vem.

“Hortinhas solidárias” nascem em Tondela Projeto∑ Dar formação a desempregados, promover a agricultura e ajudar instituições Vários terrenos que se encontravam desocupados na cidade de Tondela estão a ser usados para promover a agricultura, ganhando nova vida através de um projeto que dá formação nesta área a pessoas desempregadas ou com uma situação profissional instável. “Hortinhas solidárias” resulta de uma parceria entre a Câmara de Tondela, o Instituto de Emprego e a Formação Profissional (IEFP) e a Confagri - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal. Dois meses depois do

OS VERDES QUESTIONAM “ESTADO DE ABANDONO” DE ETAR DE CASTRO DAIRE O grupo parlamentar Os Verdes questionou o Governo sobre o “estado de abandono” da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) das Termas do Carvalhal, na freguesia de Mamouros, no concelho de Castro Daire. Na pergunta que entregou na Assembleia da República, o deputado José Luís Ferreira questiona o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território se “tem conhecimento da situação de abandono da ETAR” e se ela “está dimensionada para a população e para atividades existentes nas Termas do Carvalhal”. Uma delegação do partido ecologista Os Verdes esteve recentemente no local, tendo constatado “o mau estado da ETAR e a falta de manutenção desta infraestrutura, que se encontra ao abandono há largo tempo”, o que diz ser “percetível observando a maquinaria com parafusos caucionados e enferrujados”. EA/Lusa

arranque do projeto, será cumprido um dos objetivos do projeto: instituições de solidariedade social e famílias carenciadas vão receber couves, o primeiro produto resultante do trabalho de 20 formandos. “Quisemos juntar no mesmo projeto a formação no setor agrícola, o ganho de competências dos formandos e também ajudar quem mais precisa no nosso concelho”, justificou à agência Lusa a vereadora da Câmara de Tondela, Carla Pires. O projeto resultou da constatação de que havia pessoas que gostariam de Publicidade

se dedicar à agricultura, mas “a sua formação de base não é ligada ao setor agrícola”. Outras até já tinham uma vivência neste setor, mas com o projeto vão “valorizar os seus conhecimentos de modo a tornar a sua produção mais rentável”, no que diz respeito ao tipo de plantas, à maneira como se dispõem e como é feita a rega, exemplificou. Segundo Carla Pires, as pessoas ganham competências para melhorar a sua economia familiar, ao produzir o que vão consumir no dia-a-dia, e podem até vir a criar o seu próprio emprego. Carla Pires avançou

que a ideia é “manter este projeto ao longo dos próximos anos, criando uma variedade e uma rotatividade de culturas e de formações, de maneira a que as pessoas efetivamente possam ter conhecimentos em várias áreas”. Depois de, nesta primeira fase, o projeto ter apostado na formação no domínio da horticultura, a intenção é abraçar outro tipo de culturas, mesmo de sequeiro, para tentar dar uma formação o mais diversificada possível”, explicou a vereadora. Emília Amaral/Lusa


Jornal do Centro

16

04 | julho | 2013

educação&formação

Emília Amaral

João Caiado toma posse no Agrupamento de Escolas Viseu Sul

“Brincar com Arte” recebido no Forum

2013 - 2017 ∑ Continuar a desenvolver a qualidade do serviço público de educação é o principal objetivo

dentemente da escola do agrupamento que frequentam, lutar por assegurar as melhores condições de estudo e de trabalho a todos os elementos da comunidade escolar, cumprir e fazer cumprir os deveres e os direitos e incentivar a

participação de todos os membros da comunidade educativa. Isabel Maria Neto das Neves foi eleita Subdiretora. Como adjuntos tomaram posse Virgínia Maria Rodrigues, Vitor Almeida e José Pereira de Sousa.

Este “mega agrupamento” reúne, desde o ano passado, os agrupamentos de Silgueiros e Repeses, formando assim o Agrupamento de Escolas Viseu Sul.

o desenho é reproduzido para a tela. Graça Magalhães, dinamizadora do projeto, adiantou que, este ano, resolveram chamar os pais ao jardim-deinfância para colaborarem também com uma obra de arte. A exposição dos trabalhos esteve patente até terça-feira no centro comercial Forum Viseu. O projeto “Brincar com Arte” foi criado há quatro anos tendo, recentemente, sido alargado aos alunos mais novos. EA

Nuno Ribeiro vence prémio escolar Dr. Fernando Amaral

Micaela Costa

Publicidade

DR

Publicidade

O jardim de Infância de Abraveses, do Agrupamento de Escolas Viseu Norte levou esta semana ao centro comercial Forum o resultado de um processo criativo que envolve crianças, pais e professores. O projeto chama-se “Brincar com Arte”. O ponto de partida desta vez foi a obra do pintor e ilustrador austríaco, Hundertwasser. As crianças desenham em papel e, depois, em conjunto com as educadoras,

Micaela Costa

“Continuar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido de acordo com o projeto de intervenção continuidade na qualidade”, foi o desejo de João Caiado no momento da tomada de posse do Conselho Geral Transitório como diretor do Agrupamento Viseu Sul, para o quadriénio 2013 - 2017. João Caiado referiu que pretende continuar a desenvolver a qualidade do serviço público de educação aprestado pelo agrupamento, promover o sucesso educativo e prevenir o abandono escolar, promover a equidade social criando condições para a concretização da igualdade de oportunidades para todos os alunos, indepen-

WWW.CINECLUBEVISEU. PT PA R C EI R O S I N S T I T U C I O N A I S

A P O I O S D I V U LG AÇ ÃO

O aluno, Nuno Vouga Ribeiro, do 12º ano do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, em Lamego, foi o vencedor da edição deste ano do Prémio Escolar Dr. Fernando Amaral, subordinado ao tema “O Pensamento Social do Dr. Fernando Amaral aplicado à Realidade Atual”. O júri considerou que o seu trabalho “cumpriu os critérios de avaliação previamente divulgados

e a adequação ao tema proposto a concurso, desenvolvendo, de modo pertinente, aquilo que seria o pensamento social do Dr. Fernando Amaral, aplicado à realidade atual”. Nesta terceira edição, o va lor pecuniá rio a atribuir ao vencedor foi de mil euros, entregue durante a sessão ordinária da Assembleia Municipal de Lamego de 28 de junho. EA


Desen nvolvimento o Local A ADD – A Associação dee Desenvolvim mento do Dão com sede em m Penalva do C Castelo, tem vvindo a desennvolver um conjunto de esfforços para contrariarr a degradaçãão económica e financeira dos concelhoos da sua áre ea de interven nção (Aguiar da Beira, Pen nalva do Castelo, Nelas, Manguald de e Sátão). Um dos instrum mentos que m muito contribuuiu para esse esforço foi o Programa dee Iniciativa Co omunitária LEA ADER, bem como o acctual Eixo 3 d do PRODER ao o fazer uso da a metodologiaa de interven nção LEADER. Ao permitir sse que os terrritórios definaam as suas prioridade es, está se a ccontribuir paraa que as polítiicas de desenvvolvimento se ejam as mais p participativas possíveis. Foi assim possível, desd de 1994, apoiar mais de 28 80 projectos dde investimentto, num monttante superiorr a 20 milhões de euros. O sector das microemp presas e das IInstituições Particulares de e Solidariedadde Social liderram todo o processo p de innvestimento, na medida em que são estas as entidades e quee no território o mais contrib buem para a criação de postos de trab balho. Apesar r da actual co onjuntura e do o reduzido orçamento afecto aos mais recentees concursos do d GAL/ADD no âmbito do o Eixo 3 do PRODER, P consstatou se, um ma vez mais, a a força das diferentess entidades do o território ao o serem apressentadas 53 ppedidos de apo oio, num tota al de investimeento de 5,2 m milhões de eurros, que se pretende venham, den ntro dos limittes da lei, a somar se ao s já aprovados (100 PA num n investim mento de 11,2 2 milhões de euros até 31/12/201 12). Dando segguimento às p políticas de deesenvolvimen nto entretantoo definidas paara o actual quadro de proggramação, a A ADD e os seuss parceiros estão a de esenvolver um m conjunto dee estudos/pro ojectos com oo objectivo de e estimular a actividade tuurística e a pro odução/comeercialização dos produ utos de qualidade, em curso o no âmbito d da Acção 3.5.22 do PRODER, pelo que desttacamos o segguinte: x

x

x

x

x

Estudo da Ofe E erta e Procuraa Turística no o território daa ADD, este estudo pretend de determinaar a qualidade e da oferta e d da procura turística nestee território. O O estudo terá como objecttivo último a criação de rotas/percursoos que permiitirão ao turissta melhor circular e iden c ntificar o alvo da sua visita. Neste sentiddo, apelamos a todos quan ntos sintam qque podem co ontribuir posiitivamente para este trab p balho, que ace edam ao porttal da ADD em m www.add.p pt e preencham o questionnário aí dispon nível. Este traabalho está a ser realizado a o com a colabo oração da Socciedade Portu guesa de Inovvação. Marketing Tur M rístico – Umaa visão para o o Futuro, prettende se com este trabalho o, criar as conndições para que todo o processo de promoção p e d divulgação seja sustentado em bases sóólidas e ajustaadas à realida ade e necessiddades dos aggentes económ micos e do potencial p turissta. Este trabalho está a se er realizado ccom a colaboração da Univversidade Cattólica Portugu uesa – Pólo Regional R da Beiras. B In novar na Agrricultura – Um ma Aposta no o Futuro, num m período em m que a agricultura, por coonstrangimen ntos associado os à actual conjuntura, c esstá a ser alvo o de atenção redobrada (ppor um lado sob s pressão na n produção dde qualidade e a preços ajustados a à procura, p por o outro pela creescente conscciência de qu e o futuro também passa pela agricultuura enquanto o actividade económica, e geradora de e g mprego e de riqueza), o GA AL/ADD entenndeu como úttil, a realização deste “estuudo”. Objectivva se com estee trabalho, a a criação um manual que oriente, quem m procura ouu já encontra na agricultura um meio dde vida, em todas as etap pas da sua actividade, a deesde a instalaação à come ercialização, ppassando pelaas questões legais e fiscaais. O presen nte trabalho está a ser desenvolvido p d pelo Instituto Politécnico de Viseu – Escoola Superior A Agrária de Vise eu. Comércio C de proximidade, este tem siido uma preoocupação do GAL/ADD, pe elo que foi ddado início a um grupo de trabalho in nstitucional, q que permitiráá criar uma metodologia dee trabalho qu ue induza e orriente a pequuena produção o e crie mecaanismos de escoamento e p para os excedentes do agricultor em esspaço de proxximidade. Será efectuado eentretanto um m trabalho piiloto numa freguesia ou m mais freguesia a definir. Sector empres S sarial, será igu ualmente alvo o de especial atenção, atraavés da adjudiicação de um conjunto de workshops deestinados a auxiliar o emp a presário nas su uas actuais dificuldades, coontribuindo paara o dotar de e novos instruumentos de conhecimento para fazer face aos novoss desafios, principalmente munindo o dee conhecimen ntos que perm mitam antever r a mudança.

DESEN NVOLVIMEN NTO É UM LO ONGO PERCU URSO FEITO EM COOPERRAÇÃO


18

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

economia Clareza no Pensamento

Júri atribui 36 medalhas aos “Melhores Vinhos do Dão Engarrafados” Concurso∑ Em dois dias foram avaliadas 104 mostras. Quatro vinhos conqu i st a ra m o P rém io Prestígio no IV Conc u rso “O s Mel hore s Vin hos do Dão Engarrafados”, promovido pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR do Dão). Vinha Paz, com um vinho branco e outro tinto, AllGO e CS Seabra foram as marcas que ar-

recada ra m o prém io pri ncipa l. O jú ri de cidiu ainda atribuir 13 medalhas de ouro e 19 medalhas de prata. Durante o concurso, que decorreu nos dias 25 e 26 de junho, o júri avaliou 104 amostras de 34 produtores. “Um número bastante superior ao do ano passado, uma vez que, em 2012,

o concurso teve a participação de apenas 53 vinhos. O aumento de participação denota a importância que este concurso tem atingido”, adianta a CVR do Dão numa nota à imprensa. O júri foi composto por dois elementos da Câmara de Provadores da CVR do Dão,

Publicidade

por quatro representantes das Câmaras de Provadores do Instituto do Vinho do Porto, das CVR’s da Beira Interior, dos Vinhos Verdes e da Bairrada, por um provador representante da Confraria dos Enófilos do Dão e por duas provadoras e jornalistas da imprensa especializada.

HOTEL DO CARAMULO LEVA GASTRONOMIA PORTUGUESA A ITÁLIA

Ao comprar qualquer formação de valor igual ou superior a 400€ no nosso centro de formação

5 dias de férias para si e mais 5 amigos!

Contacte-nos para mais informações

FORMAÇÃO

O Hotel do Caramulo e o seu chef, João Pereira foram convidados a representar a gastronom ia portug uesa no “Popoli Pop Cult Festival”, um encontro de c u lt u ra med iter râ n ica com espetáculos de música e da nça, most ra s ga st ronóm ica s e a r te sa n ato de todo o mundo, que decorreu de 28 a 30 de junho, em Bagna ra di Romagna, Itália. “Pa ra a mostra gastronómica o Chef João Perei ra prepa rou u m menu especial que repre s e n t a s s e , p o r u m lado, a tradição à mesa portuguesa de norte a sul e, por outro, o que de ma is emblemático se come no nosso país”, ad i a nt a a d i re ç ão do Hotel do Caramulo em comunicado. “Vitela assada à Dão Lafões” e “bacalhau à zé do pipo” foram dois pratos da região presentes nas várias sugestões de João Pereira. EA

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Democracia Participativa Conta-se, que um prestigiado prémio nobel de economia, um dia, numa das suas aulas, propôs aos seus alunos soluções para sa lva r u ma empresa que passava por momentos difíceis. Depois de vários alunos proporem diferentes soluções para a empresa, o professor quis saber, o que proporia um dos seus melhores alunos. - Professor, primeiro de tudo, o nível de endividamento da empresa é demasiado alto, logo fechava as fábricas que a empresa tem no México e em Portugal. Isto permitiria cortar cerca de 800 postos de trabalho e poupar o equivalente aos juros da dívida. Cortava, ainda 20% nos postos de trabalho das fábricas em Espanha… - Basta! Vociferou o professor. – Basta! Vá imediatamente para a rua! - Mas…professor … – respondeu o aluno, bastante cabisbaixo. - Saia da sala imediatamente! O aluno pegou nos livros e encaminhouse para a porta. Quando estava para abrir a porta de saída, ouviu o professor, ainda visivelmente enfurecido. - Isto é para que sinta o mesmo que sentiriam aqueles que, injustamente mandaria para a rua. L embrei-me de st a história (perdoem-me por não me recordar do nome do nobelizado), agora que o nosso Governo se prepara para o maior despedimento coletivo de que há memória. Será feito, sem ter h av ido qua lquer tipo de discussão públ i c a e s e m a d e v i -

da justif icação sobre os postos de trabalho a cortar. Se dispõem, internamente, dos números que permitirão justificar quais os serv iços do estado que têm postos de trabalho a mais, não os divulgam. Mais estranho é que é o mesmo Estado a exigir ao sector privado que constem de qua lquer processo de despedimento, o(s) motivo(s) justificativo(s). Seria de exigir o mesmo por parte do Estado. Ora, é precisamente o Governo a não querer discutir que estado social podemos e queremos ter. O Governo avança apenas com um número de despedimentos pa ra p oupa r de sp e sa , sem que se sa iba se toda essa poupança de despesa se traduzirá em poupança efetiva . Convém lembra r que, para que toda a poupança em pessoal se torne efetiva, será necessá rio que não ex i st a perd a de ef iciência nos serviços prestados pelo Estado e que os danos colaterais não mitiguem essa poupança. Tal só poderia ser verif icado, a partir da análise de estudos apresentados e discutidos publicamente. O Governo prefer iu apre sent a r nú meros d i sper sos: 30000, 50000,…, despedimentos. Única justificação: baixar a despesa pública. Parece -me pouco pa ra a m a ior refor m a do Estado desde o 25 de Abril. Uma democracia participativa merece mais.

José Bastos Docente do Instituto Politécnico de Viseu Bastos66@estv.ipv.pt


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 19

04 | julho | 2013

A Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP) juntou, na passada sexta-feira, os principais responsáveis pela área da hotelaria e da restauração no evento “Mesas Primorosas” que marcou o encerramento da formação de técnico de mesa e bar. Este curso estruturado em três unidades de curta duração com uma carga horária total de 100 horas, resultou de uma parceria entre esta entidade e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), sendo financiado através do Programa Operacional Potencial Humano (POPH) - que faz parte do QREN e tem financiamento comunitário. Durante o “Mesas Primorosas”, ação que procurou traduzir num único evento aberto aos convidados, todos os conhecimentos veiculados aos 20 formandos nas técnicas de serviço, na Publicidade

preparação de bebidas e no serviço de vinhos, Jorge Loureiro, delegado de Viseu da AHRESP, revelou que este curso decorreu da identificação de uma oportunidade e da necessidade sentida pelos profissionais dos ramos da hotelaria e da restauração no sentido de aprender a utilizar novos produtos e novas técnicas, cada vez mais procuradas e “exigidas” pelos clientes. “Também a dinamização dos vinhos, o realce da excelência dos vinhos do Dão, foi uma das apostas desta parceria, uma vez que se sabia existir nalguns restaurantes e nos seus profissionais algum desconhecimento das marcas e das melhores referências regionais na área dos vinhos”, sustentou. Entendido pelos formandos como “uma boa forma de qualificação” que permitiu “ganhar novas competências e estar mais

Pedro Morgado

“Mesas Primorosas” uniram hotelaria e restauração

A ADDLAP encerra mais uma formação POPH preparado” para um mercado de trabalho “cada vez mais exigente”, este curso foi direcionado quer para os quadros de algumas das maiores empresas da região quer, também, para jovens desempregados que já trabalharam ou tiveram no passado experiências neste ramo. Quando “todas as entidades envolvidas entendem que na região de Viseu existem lacunas nesta área às quais importa responder

[…] esta associação, no âmbito das candidaturas que submete ao POPH, procura complementar os cursos ministrados pelo centro de emprego com formações mais simples e mais rápidas mas que são, contudo, mais centradas e que dotam os profissionais da hotelaria e da restauração das ferramentas necessárias ao seu trabalho diário”, referiu o presidente da ADDLAP, Guilherme Almeida. “Temos tido a noção que, Publicidade

nesta área em especial, tem havido uma elevada taxa de empregabilidade e, é sobretudo por isto que no momento em que fazemos as nossas candidaturas temos dado especial enfoque a estas temáticas. Nos outros concelhos, Vila Nova de Paiva, Vouzela, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul apostamos sobretudo em áreas como os produtos tradicionais, a agricultura, no turismo rural e na informática […] uma vez que o POPH quando nos aprova as candidaturas tem a noção e sabe, através dos seus estudos, das necessidades mais prementes de cada um destes concelhos, sustentou o presidente. A qualidade da formação ministrada, o empenho e a escolha criteriosa dos formadores, a transversalidade das temáticas, o aproveitamento dos saberes dos formandos e a experiência que esta associação de de-

senvolvimento tem nas candidaturas, no planeamento e na execução deste tipo de ações, que no presente período de programação contou já cerca de duas centenas de formandos, foram no entender de Carlos Mões, responsável pela área de restauração da Visabeira Turismo e Nelson Mota da Casa Arouquesa, as razões para o sucesso deste curso cuja procura excedeu inicialmente as vagas previstas. Ao Jornal do Centro e à margem deste evento, Jorge Loureiro, delegado de Viseu da AHRESP, referiu ainda que a reposição do IVA à taxa dos 13 por cento na restauração está no centro das preocupações desta associação ao mesmo tempo que, anunciou, este assunto tem nos últimos tempos sido tema de intenso trabalho com o governo. Pedro Morgado


20

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

desporto Foi oficialmente apresentada, no passado domingo 28, a Volta a Portugal Liberty Seguros 2013. A 75ª edição decorre entre os dias 7 e 18 de agosto e vai terminar na cidade de Viseu. A competição, que celebra este ano as Bodas de Diamante, vai ter um pelotão constituído por 18 equipas (seis nacionais e doze estrangeiras) e que têm pela frente 1607,2 km distribuídos ao longo dos onze dias de competição. A Volta Liberty Seguros começa em Lisboa, com um contrarrelógio por equipas, passa pela região da Serra da Estrela e termina em Viseu. Percurso da Volta a Portugal 2013:

07 agosto Prólogo: Lisboa-Lisboa, 5 km (CRE) 08 agosto 01ª etapa: Bombarral-Aveiro, 203,3 km 09 agosto 02ª etapa: Oliveira de Azeméis-Viana do Castelo, 187,9 km 10 agosto 03ª etapa: Trofa-Fafe, 164,4 km 11 agosto 04ª etapa: Arouca-Mondim Basto (Senhora da Graça), 181,4 km 12 agosto 05ª etapa: Lousada-Oliveira do Bairro, 177,3 km 13 agosto Dia de Descanso 14 agosto 06ª etapa: Sertã-Castelo Branco, 180 km 15 agosto 7ª etapa: Termas de Monfortinho-Gouveia, 176,3 km 16 agosto 8ª etapa: Oliveira do Hospital-Seia (Torre), 166,3 km 17 agosto 9ª etapa: Sabugal-Guarda, 35,3 km (CRI) 18 agosto 10ª etapa: Viseu-Viseu, 130 km Publicidade

Futebol

Filipe Moreira quer Académico ganhador na II Liga Com o plantel quase fechado o Académico de Viseu já começou a preparar a nova época desportiva 2013/2014. A bola já rola no Estádio Municipal do Fontelo com os treinos diários orientados por Filipe Moreira. O treinador, que levou a equipa na época passada à subida aos campeonatos profissionais de futebol, não esconde a ambição com que encara este início dos trabalhos no Académico de Viseu. Quando questionado sobre objectivos de manutenção, Filipe Moreira é categórico: “Eu não sei o que é manutenção, só sei o que é ganhar.” Sobre as perspetivas para a nova temporada, afirmou estar a fazer tudo de acordo com aquilo que o clube estabeleceu como plano para esta época. “Para já, ainda estamos com poucos dias de treino. Daqui a um mês estaremos melhor. É um bebe que está a nascer”, acrescentou. Filipe Moreira sublinhou ainda que espera “que haja muita alegria e paixão nas pessoas em voltarem aqui [Estádio do Fontelo] e em sentir o seu académico num patamar diferente”. Os novos reforços foram apresentados esta segunda-feira, 1, em conferência de imprensa. Sabe-se agora que dos 23 jogadores que integram o Académico de Viseu, 15 eram novas contratações, sendo que um dos atletas vem das camadas de formação dos academistas. O médio, de 19 anos, Dino Besirovic, que jogou nas duas épocas anteriores nos juniores, é filho do conhecido jogador Nail Besirovic, que vestiu a camisola do Académico de Viseu (1992/1994) e ainda de equipas como BeiraMar, Leixões, Espinho e Farense.

Micaela Costa

Ciclismo VISEU CONSAGRA VENCEDOR DA 75ª VOLTA A PORTUGAL

Eram 15 reforços, mas agora, no fecho desta edição, são apenas 14. Rui Burguette, lateral direito exOriental foi apresentado, mas já não faz parte das escolhas de Filipe Moreira. Na conferência foram ainda revelados os jogos de apresentação do plantel. Destaque para o jogo de apresentação aos sócios, no próximo dia 12, com os academistas a receberem no Fontelo o Sporting B, pelas 18h00. Jogam depois com o Chaves, dia 17, pelas 19h30. Já este sábado, no Campo 1º de Maio, os academistas têm uma primeira “pelada” frente a uma equipa de exjogadores do Académico de Viseu, em jogo no Fontelo pelas 17h00, seguindo-se, dia 10 um jogo contra uma formação de jogadores da empresa Bestfut. Amanhã, 5, pelas 21h00 há nova Assembleia Geral para eleição de novos órgãos sociais no clube. Recorde-se que, há duas semanas, a Assembleia foi anulada pois a atual direção recusou recandidatar-se por falta de garantias de apoios financeiros. Micaela Costa

Académico 2013/2014

∑ Equipa técnica

Treinador principal – Filipe Moreira Treinador adjunto – Joaquim Rodrigues Preparador físico – Carlos Simões Treinador de Guarda-Redes – Rui de Carvalho

∑ Plantel

Guarda-Redes Ricardo Janota – ex Atlético Clube de Portugal Rodrigão – ex Pêro Pinheiro Nuno Ricardo - Renovação Defesas Tiago Rosa – Lateral Direito ex Leiria SAD José Augusto - Lateral Direito – ex Leixões Paulo Monteiro – Defesa Central - ex Santa Clara Yuossuf – Defesa Central – ex Académica de Coimbra Tiago Gonçalves – Defesa Central - Renovação Diogo Vila – Defesa Central ex Naval 1º de Maio

Raul Martins – Lateral Esquerdo - ex Naval 1º de Maio Médios Capela – Médio Defensivo – ex Oliveirense Ibraima – Médio Defensivo - Renovação Nani – Médio Centro – ex Desportivo de Portugal Dino Besirovic – Médio Centro – ex Júnior Bruno Loureiro – Médio Ofensivo - Renovação To m é M e n d e s – M é d i o Ofensivo - ex Tondela Leonel – Médio Esquerdo ex Sertanense Ricardo Ferreira – Médio Esquerdo - Renovação Luisinho – Extremo Direito – Renovação Zé Rui – Extremo Esquerdo – Renovação Avançados Ouatara – Avançado - ex Académica de Coimbra Samir – Ponta de Lança – ex Feirense


MODALIDADES | DESPORTO 21

Jornal do Centro 04| julho | 2013

Automóveis

Rodrigo Correia regressa à competição

Tondela estreia-se contra Beira-Mar Já começou a pré-época da equipa comandada por Vítor Paneira. Depois de quase dois meses sem futebol, o plantel profissional tondelense regressou ao relvado e já treina no Estádio Municipal de Tábua. De fora do plantel ficou Tomé, que chegou a acordo com o clube para a rescisão do contrato que era válido por mais uma época, tendo assumido já compromisso com o Académico de

Viseu. Os jogos amigáveis já estão marcados e este sábado o Tondela recebe o Beira-Mar, em Tábua, pelas 17h00. Dia 10, pelas 17h00, os tondelenses deslocam-se à Covilhã para defrontar a equipa da casa, que depois recebem no dia 18, no local de estágio, em Tábua, também pelas 17h00. Dia 20, o jogo de apresentação, com o recém-promovido à I Liga, Arouca. MC

6 e 7 de julho ∑ Viana do Castelo é o próximo desafio para o jovem piloto de Lafões Rodrigo Correia, piloto de K a r ti ng de O l i ve i r a d e F r a d e s , com apenas 9 anos de idade, regressa já no s á bado à comp e tição no Kartódromo de Viana do Castelo, depois do pódio conquistado na seg unda prova do campeonato, em Leiria. No Minho decorre a terceira prova do ano e penúltima do ca mpeonato de 2013. Rodrigo Correia está a disputar o Campeonato Nacional – Troféu do Futuro de Karting

DR

Futebol

2 0 13 e comp ete com um kart de chassis Birel e motor Puma 85. A prova e Viana do Ca stelo, or ga n i z ad a

Publicidade

Automóveis

DR

Moimenta “encheu” para o Nacional de Trial 4x4

O Campeonato Nacional Trial 4x4, que decorreu no passado domingo em Leomil, concelho de Moimenta da Beira, recebeu cinco mil espectadores. Pedro Costa e Filipe Alves estrearam-se no lugar mais alto do pódio, tornando-se na terceira

equipa diferente a vencer esta temporada, concluída que foi a terceira jornada do Campeonato Nacional de trial 4x4. A organização do evento esteve a cargo da secção de Todo Terreno do Clube Desportivo de Leomil. O período da manhã

foi reservado ao prólogo, para formação das grelhas de pa rtida de c a d a c l a s s e . No C N Trial4x4, a Nissan Navara de Pedro Costa foi mais veloz e garantiu a «pole», na frente do Suzuki de Paulo Campos e do Jeep Proto de Ricardo Lourenço. MC

pelo Spor t Clube do Por to, pont ua ta mbém pa ra os ca mpe on atos de I n iciação, Juvenis, Júnior, X30 e

X30 Shifter, num total de 18 corridas. Ro d r i go Cor rei a e os re st a nte s pi lotos da Categoria Cade te disputarão 9 voltas ao circuito, num total de 10 quilómetros, nas duas provas de qualif icação, e 11 voltas na Final. O s t rei nos e a pr imei ra prova de qualificação são no sábado, 6, e a segunda prova de qualificação, e a corrida f ina l, no do mingo. Micaela Costa


D Tom Zé no Teatro Viriato

22

culturas expos

Arcas da memória

Destaque

Carlos Paredes

Até 31 de julho, a exposição de escultura e pintura, “Era um Sonho...Era uma Noite”, de Artur Aleixo OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até 30 de agosto, a exposição de peças decorativas “Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim. VISEU ∑ Palácio do Gelo De 13 a 26 de julho, a exposição de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da cidade, numa “uma visão do antes e do depois” SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura Até 21 de julho, uma exposição de fotografia, a “Distância que Existe…”, de Leandro Guardado

De 18 a 21 ∑ Vários pontos da cidade recebem concertos e muita animação Nomes como TGB (de Sérgio Carolino, Mário Delgado e Alexandre Frazão), e Paula Sousa Trio com a sua convidada especial Rita Martins, vão marcar presença no 1º Festival de Jazz em Viseu, que decorre de 18 a 21 de julho. A iniciativa, da Associação Gira Sol Azul, promete trazer muita música e animação à cidade. O Parque Aquilino Ribeiro foi o palco escolhido para os principais concertos, contudo, e como sublinhou Ana Bento da Gira Sol Azul, “o objetivo é atingir vários públicos e por isso o festival vai estender-se a outros pontos da cidade”. O bar/restaurante Maria Xica, o Brother’s Bar e o Lugar do Capitão, são os espaços comerciais onde o festival vai chegar, bem como às ruas da cidade e até ao comboio turístico. A ideia é “que as pessoas sejam apanhadas de surpresa e disfrutem do evento”, acrescentou. O evento, embora esteja na sua primeira edição, não é uma iniciativa pioneira na cidade. Como lembrou Ana Bento “as Quintas ao Jazz, no Lugar do Capitão, os workshops de jazz, bem como os “fins-de-semana de jazz” que integravam o programa Viseu Natural-

Micaela Costa

∑ Auditório Municipal

A Uma iniciativa da Girasol Azul com o apoio da Câmara de Viseu, Conservatório de Música e que integra a 5ª edição Workshop de Jazz mente, têm mostrado que Viseu tem um público diversificado, ávido de coisas novas e que está atento ao que se passa”. Neste contexto, e porque é o momento de “dar um salto maior”, a Gira Sol Azul em parceria com a Câmara Municipal de Viseu,

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h20* Homem de Aço (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h40, 19h05, 21h30, 23h55* Gru o maldisposto 2 (CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h55, 21h10, 00h05* Os estagiários (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h10, 19h20 Garfield - Um festival de comédia (M4) (Digital) Sessões diárias às 21h50, 00h30* Bairro (M16) (Digital)

organizam quatro dias inteiramente dedicados ao Jazz. O 1º Festiva de Jazz conta ainda com a ajuda do Conservatório de Música de Viseu, local onde decorrem os workshops de jazz. Micaela Costa

5ª edição Workshop de Jazz

∑ Integrado no 1º Festival de Jazz estão os já conhecidos workshops de jazz, este ano na quinta edição. De 18 a 20, das 10h00 às 18h30, no Conservatório de Música de Viseu. Os estudantes, músicos, profissionais ou amadores, têm a oportunidade de participar numa formação intensiva de três dias com uma componente prática muito forte. Orientado por sete músicos, do panorama nacional e internacional, o workhop pretende dotar os formandos da técnica instrumental e vocal especifica do jazz. As inscrições já estão a decorrer.

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h00, 21h40, 00h15* WWZ: Guerra Mundial (M6) (Digital)

04 | julho | 2013

O compositor brasileiro regressa a Viseu desta vez para apresentar o novo disco “Tropicália Lixo Lógico”. O concerto está marcado para quarta-feira, 10, pelas 21h30, no Teatro Viriato.

1º Festival de jazz em Viseu VILA NOVA DE PAIVA

Jornal do Centro

O pinheiro de S. João (Retorno à festa de Vildemoinhos) Os festejos estivais do nosso tempo que rememoram as festivas celebrações solsticiais de culturas de que a nossa ficou herdeira e devedora concentram-se, em sua natureza diversa, na alongada noite de véspera de S. João, nela confluindo as crenças à volta do orvalho e da água, os banhos santos rituais, as práticas e sortes divinatórias com ervas e plantas, as cascatas, os manjares cerimoniais, as cavalgadas, cavalhadas e jogos de canas, as ritualidades à volta do fogo, estas porventura as mais expressivas. Mais comum, nestes festejos, é o costume das fogueiras, transversal que ele é a todo o território nacional, ainda que com diferenças regionais, tais as da natureza da fogueira que pode ser grande e colectiva, pequena e familiar, as das ervagens utilizadas, rosmaninho, alecrim ou bela-luz, mas sempre, sempre ervas aromáticas, as da finalidade cumprida que, tornandose sempre lúdica, se acrescenta com as propriedades profiláticas obtidas com o saltar podendo o fumo evitar sarna ou sarampo, com as virtualidades propiciatórias que têm a ver com casamento mais ou menos demorado e ainda com intenções divinatórias, tábua com doze mancheias de sal passadas sobre o lume indi-

Redenção (CB) (Digital)

Homem de Aço (M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* WWZ: Guerra Mundial (M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h30* Operação gerónimo: A caça ao Bin Laden (M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00 (dom.), 13h30, 15h50, 18h10, 21h10, 23h30 Gru o maldisposto 2 (CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00* Mestres da ilusão (M12) (Digital)

Sessões diárias às (11h20 Dom.), 14h10, 16h40, 19h20 Monstros: A Universidade (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h10, 21h30, 23h50

Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10*

Legenda: *sexta e sábado

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h00, 23h30* Monstros: A Universidade VP (M6) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

cando a quantidade da água ressoada o curso anual das chuvas. A queima do pinheiro também é diferente por aí fora. Em Vildemoinhos a árvore festiva implanta-se no Largo da aldeia. Um pinheiro adulto fincado no chão, mais de dez metros de alto, braçados de rosmaninho colhidos na Serra d’Alte, nos lados do Nascente, lá onde nasce o sol, prendem-se os molhos de rosmaninho com cordel nos braços cortados da copa arvorada, outra pilha, perfumada, à sua volta, no chão, onde a festa, à volta, terá seu lugar. Quase sobre a meia-noite, mordomo antigo, autoridade agora chamada, uma chama atiçada e a luz de um sol primordial toca os corações da gente, alvoroça os sentidos e vá de bailar, às vezes até que a manhã se anuncie. Bailes de roda, o fumo subindo, houve sempre beijos trocados e promessas, promessas de amor. E uma mesa posta, franca e aberta no chão de um terreiro, num topo de viela, numa rua estreitinha, duas mãos estendendo-nos fatia de pão, caneca de vinho, um jeito de mão que, na noite sagrada, tem jeito de abraço.

Estreia da semana

Gru o maldisposto 2 – A nova e super divertida aventura com o (reformado?) super-vilão Gru, as suas adoráveis meninas, os hilariantemente imprevisíveis Mínimos… e um grupo de novas e escandalosamente divertidas personagens


Jornal do Centro 04| julho | 2013

culturas

D Visitas especiais ao Museu Almeida Moreira

23

Decorrem sábado, 6, pelas 15h00, as visitas especiais ao Museu Almeida Moreia. As exposições a visitar são: “Almeida Moreira faces da vidacidade”, por Henrique Almeida, “ Questões de Género“, por Graça Abreu.

Entrevista

“Eu não troco uma obra por um carro” Comemorou recentemente 60 anos de idade e 45 anos de carreira com a realização de trabalhos ao vivo em bares da zona histórica de Viseu. O que o motivou?

Que uma coisa é fazer uma pintura em estúdio, outra coisa é fazer ao ar livre. Fiz esta pintura rápida ao ar livre para dizer que não é fácil, não pelo facto de estar a fazer o quadro em público, mas pelo despertar cultural e o interesse pela cultura, ou seja, vê-lo nascer num período de tempo que tem que ser curto senão as pessoas cansam-se. Qual foi a receção?

Se fosse, por exemplo, no Algarve estava tudo cheio de gente à minha volta. Em Viseu não aconteceu isso. Porquê?

Tem a ver com a formação cultural das pessoas. Se perguntares a alguém se sabe quem é o Pedro Albuquerque, ninguém sabe. Quem é Pedro Albuquerque?

Em 1979 foi considerado o maior cartoonista do mundo na Bulgária, e Viseu não viu. Em 1994 vem no dicionário enciclopédico da Lello & Irmão como um dos melhores especialis-

Pedro Albuquerque lança “Aquilino Sem Palavras” Os atrasos e recuos na edição de um livro por causa dos direitos de autor foram o suficiente para o autodidata, Pedro Albuquerque, natural de Viseu, se servir do seu “imaginário espontâneo” como define o produtor, José Luís Ferreira e criar não 26 quadros como inicialmente estava previsto, mas 220 obras e desenhar o livro “Aquilino Sem Palavras”. No ano em que está a assinalar 60 anos de idade e 45 anos de carreira, Pedro Albuquerque espera que o livro seja editado até dezembro. Nesta altura encontrase “pendurado na Tipografia Beira Alta, pronto para sair”. “Antes de Aquilino entrar no Panteão pediramme para fazer uns desenhos sobre a obra “O Malhadinhas” no mes-

Gostava de ter a obra exposta em Viseu?

A Pedro Albuquerque está a desenvolver um novo trabalho de monocromática está ainda no segredo dos deuses – que é monocromática. Chama-se “Aura” do álbum de Miles Davis e vou fazer com essa obra o mesmo circuito das outras. São trabalhos que medem 1,10 Viseu trata mal os seus artis- metros por 1,70 metros e tas? dois metros por 1,30 metros. Trata, quando tem esta Vou dar a hipótese de pôr outra coisa: Viseu tem a no Museu Grão Vasco, n o melhor nata em cultura nas Museu de Lamego… ou vai várias áreas desde o Grão para o Museu da Califórnia, Vasco. Um dia fui a Caldas ou para Montereau na Suíça Rainha, encontrei o Museu se não os quiserem cá. Almeida e Silva e pensei Voltou à monocromática? para mim: em Viseu há um [pintor]. Entrei, comecei a Eu sou um pintor de pesver a obra e verifiquei que quisa, vou evoluindo dentro era mesmo o Almeida e Sil- do meu conceito, tentando va de Viseu. Questionei lá não repetir a pintura que os os responsáveis que me ex- outros fazem. Nem vou anplicaram que o Almeida e dar uma vida inteira a pinSilva foi embora magoado tar Viseu. com a cidade. Se eu quisesE depois da monocromática? se fazer uma exposição coQuero voltar ao figuratiletiva no Museu Grão Vasco vo, embora o abstrato me barravam-me já a entrada. tenha dado um certo gozo. Depois do livro “Aquilino sem O abstracionismo tem uma Palavras” e da sessão de “pin- particularidade. O artista tura rápida”, que outros traba- se desenhar bem e se soulhos está a desenvolver? ber pôr luz cria abstratos Estou a fazer uma obra – espetaculares. tas da Europa em iluminuras e pergaminhos, e Viseu não viu. O mesmo que tem um museu vivo nos Estados Unidos com o nome dele e Viseu também não viu…

Quem é que não gosta? Não queria era entrar em controvérsia. Eu tenho acompanhado manifestações de pintura ao ar livre, porque sou apologista deste tipo de pintura. Em Viseu ninguém ousava pintar na rua e, sem querer, comecei a impô-la no conceito de Mário Silva. Mas há uma novidade: está previsto, em breve, abrir uma galeria no centro da cidade onde pode ser apreciada a obra de Pedro Albuquerque e de toda a gente. A primeira exposição será mesmo uma coletiva só de artistas de Viseu, de Almeida e Silva a Orlando de Oliveira. Isto é que é fazer a arte funcionar. Eu já venho a juntar obra desde os 21 anos e tenho em vista criar uma fundação a quem quero fazer uma doação de obra. Porquê uma fundação?

Primeiro porque andei uma vida inteira a juntar obra e é um crime não estar à vista. Segundo, aquela obra faz com que eu me complemente. Eu não troco uma obra por um carro, não troco uma obra por um terreno, para mim a obra tem que ser de acesso, as pessoas têm direito a vê-la. Emília Amaral

mo estilo de D. Quixote. Houve umas guerras por causa dos direitos da obra e, enquanto estava à espera, fui continuando a desenhar até que deixou se ser “O Malhadinhas” e passou a ser o beirão”, revela. Tudo começou há seis anos. À medida que ia lendo as obras do escritor das Terras do Demo, Pedro Albuquerque ia desenhando e o produto final retrata os ambientes, as personagens, o escritor e muito mais: “Retrata o beirão. Tem o prefácio, o título e não tem mais uma palavra”, descreve. “O que acho piada no Aquilino Ribeiro é a transcrição do beirão, por isso é que me deu gozo fazer o trabalho que fiz. Serve-se da linguagem do beirão para escrever muita coisa”, acrescenta. EA

DR

Com que imagem ficou deste trabalho pintado nos vários bares de Viseu?

Não é fácil, mas também não é difícil. Tenho uma galeria privada em casa onde recebo algumas pessoas. Eu poderia expor a obra em público, mas era preciso que houvesse um espaço.

Emília Amaral

Como 60 anos só se fazem uma vez tinha que os marcar. Nos sítios onde passava fazia quadros. Comecei na Gelataria da Praça a pintar com gelado, a seguir estive no bar Casa da Boneca, depois no Água Benta, fui ao Irish Bar, ao Obviamente Bar, passei pelo Sai De Rastos e terminei no Palato. Em cada um pintei um trabalho. Depois, sortearam-se os quadros pelos presentes. Estava a fazer uma rápida e comecei a verificar que afinal tinha tudo a ver com a onda aquiliana.

É dono de um enorme acervo parte dele guardado por colecionadores e amigos, mas como e aonde se pode conhecer a obra de Pedro Albuquerque?

Emília Amaral

Perfil ∑ Filho do conhecido mestre Albuquerque e influenciado pela mãe pintora amadora miniaturista, Pedro Albuquerque, autodidata, é dono de uma obra plural espalhada por todo o mundo e considerado um dos melhores especialistas da Europa em iluminuras e pergaminhos

A Pedro Albuquerque pintou com gelado, na Gelataria da Praça, ao celebrar os 60 anos


24

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

culturas Movimentos “invisíveis” na preparação dos Jardins Efémeros

Os Jardins Efémeros estão a construir-se. O trabalho do dia-a-dia ultrapassa a parte física, pois estes jardins são feitos de e para pessoas. De ideias, de partilhas e de momentos que marcam todos aqueles que os constroem. Um trabalho final para ser usufruído de 22 a 28 de Julho, mas que até lá já está a acontecer um pouco por toda a parte. “Todos estão a dar o seu melhor para se apresentarem à cidade”. Quase uma centena de artistas e criadores estão a “viver e a sentir” a cidade. Um dos projectos mais visíveis é o que está a ser feito na Rua Direita. Com a orientação da arquitecta Joana Astolfi, alunos do curso de Arquitectura da Universidade Católica de Viseu estão a transformar 15 lojas ao longo desta artéria que liga dois espaços geográficos da cidade. Centenas de histórias já partilhadas, tesouros descobertos, espaços visitados, ideias discutidas e projectos que já começam a ter forma. “Momentos preciosos de rara sintonia artística e cumplicidade”, conforme explicam os intervenientes neste projecto que já está a dar uma nova vivência à rua que “Não acaba aqui”. Outro trabalho que pretende deixar ficar uma marca é o que está a ser di-

DR

A menos de um mês do início dos Jardins Efémeros, a cidade de Viseu não pára. Um programa feito por e para gente de Viseu e não só. Sete dias para ocupar a cidade. Orgaização faz apelo a criadores locais e concerto inaugural vai ser na Igreja da Misericórdia

A Intervenções na Rua Direita já começaram. 15 lojas foram seleccionadas no âmbito do projecto “Rua Direita. Esta Rua não Acaba aqui” rigido por Tiago Pereira. A Música Portuguesa a Gostar dela Própria (MPAGDP) é o nome do projecto que o músico tem desenvolvido por todo o país e que, agora, em Viseu, está a trabalhar com os artistas locais. Nos últimos dias estão a ser captadas imagens e sons de várias expressões musicais, desde sons polifónicos, passando pelo ska, punk e fado. O projecto final é o de ser elaborada uma banca de som da região de Viseu para ficar no projecto MPAGDP. Para os Jardins Efémeros será montado um espectáculo de música electrónica a partir destas recolhas que será apresentado ao público a 27 de Julho na Praça D. Duarte.

tórico de Viseu, estes Jardins também são feitos de instalações que convocam a região e o que de melhor ela tem. Inspirada na actividade vitivinícola e cultura popular, o gabinete de Arquitectura do Rossio e a DPX Design estão a trabalhar numa instalação à qual foi dado o nome “Entre Aduelas”. E precisamente porque são 120 aduelas, 200 caixas de vinho e uma parreira com videiras, além de madeira de pinho nacional, os materiais utilizados para construir uma peça de 38 metros que ficará localizada nas “quatro esquinas”, no cruzamento entre as ruas Formosa e Direita. Um espaço para produtores do vinho Dão darem a conhecer o seu produto, um dos ex-libris da economia da região, ao mesmo tempo que Criadores locais Além das 150 toneladas de o público pode usufruir de espécies arbóreas que vão provas e de música. Também para ser usutransformar o centro his-

A Instalação de homenagem ao vinho do Dão vai ter 38 metros de comprimento e construída com aduelas de pipos e madeira nacional fruído, mas por aqueles que gostam de comunicar, o colectivo Luís Seixas e Tiago Lopes estão a construir o “Megafone”. A partir de barrotes e solho de madeira maciça em pinho nacional esta instalação ficará localizada no penedo da Sé, Largo de Santo Teotónio, e servirá de palco para alguns dos concertos musicais que vão acontecer durante os Jardins. Ainda para os criadores locais, a organização dos Jardins Efémeros tem feito o apelo para a participação em várias iniciativas que vão decorrer entre 22 e 28 de Julho. Entre ela, as dos mercados abertos e o projecto “Nada a Fazer”. “Já recebemos candidaturas de Londres e do Brasil, por isso, até agora estamos contentes com o ponto de situação. No Mercado de jovens criadores ainda temos lugares disponíveis

principalmente para as áreas dos livros e música em 2.ª mão. Quanto ao Mercado do Som, já temos várias candidaturas, mas gostávamos de ter mais de Viseu”. Oficinas Estes são alguns dos projectos que estão a ser preparados para ocupar Viseu e as suas gentes. Uma pequena amostra do que está a acontecer (muitos artistas estão também a ultimar as suas performances) e do que vai estar disponível para o público. À semelhança das edições anteriores, estes Jardins têm nas oficinas o momento de maior partilha com o público. E este ano são mais de 20 e pensadas para todos os tipos de público independentemente da idade, escolaridade e sector profissional. A fotografia, curso para agentes culturais e artistas, dança cria-

tiva, yoga, desenho, teatro, cozinha natural, cinema, urbanismo e paisagismo, entre outras, são algumas das áreas. As inscrições já estão abertas e vale a pena espreitar o que há para fazer na página oficial dos Jardins Efémeros. Ao longo dos sete dias de Julho, haverá ainda lugar para a música, conferências, teatro, dança e cinema, num programa feito de “ideias frescas”. Na área da música as propostas são também elas diversificadas e vão ocupar espaços como o claustro da Sé e do Museu Grão Vasco, o terraço sobre o funicular, a Praça D. Duarte, o Mercado 2 de Maio e o Largo S. Teotónio. Concerto Inaugural na Igreja da Misericórdia O concerto inaugural terá lugar no dia 22 na Igreja da Misericórdia. Uma performance com David Cranmer e imagem de André Cepeda. Entre os dias 5 e 7, os artistas estarão cá para os ensaios gerais. “A minha proposta artística neste programa é um contraste entre, por um lado, a exuberância e alegria do Barroco e, por outro, qualquer coisa mais sombria na música da escola francesa da segunda metade do século XIX e da primeira do século XX.”, explica David Cranmer. “Esta é uma programação e um projecto que reflectem um conjunto diversificado de produções. Um projecto cultural a trabalhar para a cidade”.

Publicidade

João, Aderente

‘‘MAIS QUE UM CAFÉ, É UM PONTO DE ENCONTRO COM A CULTURA.’’ Fnac. Impossível não aderir

10% DESCONTO. NO FNAC CAFÉ. PARA ADERENTES*. PA

Sandra Oliveira Produtora e organizadora do evento Jardins Efémeros


25

Jornal do Centro 04| julho | 2013

culturas O som e a fúria

Variedades

Maria da Graça Canto Moniz

Já somos 28 A data à qual escrevo este texto (1 de Julho) marca a adesão da Croácia à União Europeia, o primeiro protagonista da Guerra dos Balcãs a aderir àquela entidade. Pois é, mais um para o folclore europeu. Mais um… em recessão desde 2009, com uma ta xa de desemprego que ronda os 20% e com a dívida cotada como “lixo” pelas agências de notação. Passamos a 28, cada vez mais próximos, se não em termos sociopolíticos pelo menos em termos de crise económica. Se os tempos fossem outros, a adesão seria motivo de festa para o povo croata. Mas a Europa está tão podre que apenas 7% dos croatas querem assistir ao fogo-de-artifício em celebração da adesão. Bem vistas as coisas, a única mudança imediata para os Croatas ocorreu à meia-noite local, quando a inscrição “alfândega” foi retirada simbolicamente da fronteira com a Eslovénia, até à data o único país da ex-Jugoslávia na UE, ao passo que foi colocado um placard alusivo à UE na fronteira com a Sérvia. Para países como a Croácia, governados durante anos por elites irresponsáveis terceiro mundistas, a Europa representa uma ilusão: um quadro institucional e político que, a mais ou menos longo prazo, assegurará o bem-estar e garantirá o Estado de Direito. Será mesmo assim? Infeliz-

mente, tenho angustiosas dúvidas…. Talvez assim fosse há dez anos, quando aquele país iniciou o processo de adesão. Hoje, dificilmente a UE assegurará o bem-estar socioeconómico e mesmo político de um país. É uma questão de exemplos: quanto ao primeiro, em Espanha quase 55% dos jovens estão desempregados. Na Grécia… 85%! E, no resto da Europa, o panorama não é melhor: um em cada quatro jovens não tem emprego. Quanto ao segundo, já aqui escrevi sobre o que se passa na Hungria em termos de reformas constitucionais. Já para não falar na substituição de princípios-chave, na origem do “projecto europeu”, como a solidariedade, pelo medo, dúvida e desconfiança. E n f i m , a s c abecin has pensa ntes em Bruxelas devem assimilar que a questão do alargamento não se resume à integração dos países candidatos (em linha de espera ficam a Islândia, a Turquia, a Macedónia, Montenegro, Albânia, Sérvia, Kosovo e Bósnia). Importa olhar para os 27 e saber se serão capazes de ultrapassar as suas dificuldades, de salvar a sua coesão. Se assim não for, como poderá a UE ser capaz de receber novos países no estado de pobreza em que se encontra? Apesar de tudo, uma coisa é certa: a Croácia vira, deste modo, a página (e as costas) à Guerra.

“Cinema na cidade” regressa de 22 a 25 de julho Aproveitando a pausa na sua programação regular, o Cine Clube de Viseu sai à rua com mais uma edição da iniciativa “Cinema na Cidade”, de 22 a 25 de julho. No centro histórico de Viseu, mais propriamente na Praça D. Duarte, vai poder verse filmes como “Amigos Improváveis” (dia 22), “A i nvenção de Hugo” (dia 23) e Moonrise Kingdom” (dia 25). “Ci nem a n a Cidade” é uma das atividades culturais com mais tradição, tendo sido a sua primeira edição em 1982.

Concertos 4.julho | 21h30 Mara Pedro apresenta o trabalho “Fado Alma do Mundo” no Teatro Viriato em Viseu 5.julho | 21h30 Ga l a de Ó pera com Carla Caramujo, no Teatro Viriato 6.julho > 8h30 às 18h45 A Praça da República, a Rua Formosa, o Mercado 2 de Maio e a Rua Direita, recebem o encontro de Artes “Encontrarte em Viseu 2013” > 22h00 A Orquestra Ligeira do Exército atua no Adro da Sé


26

Jornal do Centro 04 | julho | 2013

em foco Feira do Mirtilo consolida-se como evento de dimensão nacional

Mais de uma centena de praticantes da canoagem, rumaram à Vila da Ponte, em Sernancelhe, no passado domingo. A iniciativa que contou com a organização da Associação de Canoagem de Aveiro e do Núcleo Desportivo e Cultural Vila da Ponte, trouxe à localidade a prova da Taça Regional Centro Maratonas/Esperanças.

A VI edição da Feira do Mirtilo de Sever do Vouga recebeu entre 30 a 40 mil visitantes e foram vendidas cerca de dez toneladas de mirtilo durante os quatro dias do evento. Números que para a organização, a cargo da AGIM - Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga e da Câmara Municipal de Sever do Vouga, representam o consolidar de um evento que é já uma referência a nível nacional no setor do mirtilo e o maior cartão turístico do concelho de Sever do Vouga.

DR

Taça Regional disputou-se em Sernancelhe

House Moments - Colaboradores e estagiários

Ana Paula Duarte

Paulo Neto

A House Moments concluiu mais uma formação em contexto de trabalho/estágio, com três alunos do agrupamento de escolas de Carregal do Sal, Fábio Rocha, Jessica Silva e Filipa Gomes, na área de Técnico de Termalismo, tendo decorrido um jantar convívio num dos restaurantes da cidade. Esta é uma das váris formações ministradas e a decorrer no House Moments Saúde & SPA.


Jornal do Centro

27

04| julho | 2013

saúde e bem-estar Rastreio de cancro da mama em Viseu dura nove meses Dados ∑ Em Portugal morrem quatro mulheres e surgem 11 novos casos por dia. O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Ca ncro (N RCLPCC) prepara-se para avançar com um mega rastreio de cancro de mama no concelho de Viseu. A partir dia 26 deste mês e até abril de 2014 , a NRCLPCC lança o apelo às mul here s do Concel ho e com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos, para participarem no programa , lembra ndo que

SOS VOZ AMIGA

800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS

“o c a n c r o d a m a m a não pode ser evitado e a melhor resposta é o ra st reio. O ex a me é rápido, g r at u ito e pode salvar a vida”. “Atualmente em Portugal, com uma população feminina de cinco m i l hõ e s , su r gem 4 .500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja, 11 novos casos por dia. Morrem quatro mulheres por dia com esta doença”, alerta a NRCLPCC. A Un i d a d e M ó ve l

de Mamograf ia Digital vai estar de portas abertas junto ao Centro de Saúde de Viseu I , de seg u nda a sexta-feira, das 9h 00 às 1 2h30 e das 1 4 h00 às 17h00. As mulheres com inscrição atualizada no seu centro de saúde receberão uma carta-convite com a indicação da data e hora de realização do exame. Emília Amaral


Jornal do Centro

28 SAÚDE

04 | julho | 2013

Opinião

JS Clínica médica “Anima” famílias carenciadas

Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt

A JS Clínica Médica lançou no passado sábado, em parceria com a Cáritas Diocesana de Viseu, o “projeto Anima” que visa promover a realização de consultas gratuitas à população carenciada do concelho de Viseu. O anúncio do lançamento deste projeto foi feito pelo próprio médico Jorge Silva durante o evento de inauguração das novas instalações da JS Clínica Médica que sofreram uma profunda intervenção visando a melhoria das condições existentes e o aumento da sua área total. “Nós achamos que as empresas têm uma função social importante a desempenhar. Há, infelizmente, cada vez mais pessoas que não têm acesso aos cuidados de saúde ou, quando estes lhes são oferecidos,

existe sempre o problema da deslocação. […] Foi a pensar nesta nossa função social que resolvemos procurar um parceiro que nos desse o saber fazer, que nós não temos, na sinalização das pessoas que precisam, onde é que elas estão, como havemos de chegar até elas, e que pudesse promover o seu transporte até nós. No caso presente a Cáritas Diocesana de Viseu a quem muito agradecemos”, salientou o clínico. A prestação de cuidados de saúde não só no âmbito dos cuidados médicos mas também nas áreas da psicologia, da medicina física e de reabilitação, da enfermagem, dos tratamentos de fisioterapia e da medicina dentária serão complementados no futuro com “ações de angaria-

DR

Saúde ∑ Protocolo com a Cáritas Diocesana garante cuidados de saúde gratuítos

A

Ampliação das instalações permitem hoje ajudar os mais carenciados ção de fundos que visam o financiamento e a aquisição de material específico como cadeiras de rodas ou outras áreas da saúde que impliquem elevados custos de material médico serão o nosso contributo gracioso para esta causa”, acrescentou. “A duplicação do espaço total, a criação de mais

gabinetes de atendimento, a melhoria das condições existentes e uma quadruplicação da zona de ginásio e fisioterapia” são algumas das melhorias a destacar resultantes desta intervenção que marcou o 7.º aniversário da clínica, revelou Jorge Silva. Referindo-se a esta recente remodelação a ad-

ministradora, Ana Rita Silva, apesar de esperar um consequente aumento na procura dos serviços desta clínica, preferiu colocou a tónica na melhoria da qualidade do serviço prestado e na valorização da proximidade com os seus clientes sendo estas sim, no seu entender, as reais condições que decerto impulsionarão o crescimento futuro. “Temos agora mais horas de consulta para as diversas especialidades porque, finalmente, temos espaço para garantir isso e, acima de tudo, na área da fisioterapia crescemos bastante tendo agora um ginásio com outras condições que nos permitem sobretudo tratar outro tipo de patologias”, destacou. Pedro Morgado

A importância da correcção ortodôntica precoce A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a má oclusão como o 3º maior problema dentário de saúde pública. Muitos destes problemas, podem já ser observados na dentição decídua e caso não seja realizada nenhuma medida interceptiva, irão permanecer na dentição mista (dentição em que há presença de dentes de leite e definitivos) e na dentição definitiva. O tratamento realizado na época na dentição decídua ou no início da dentição mista (fase interceptiva) tem como objectivo minimizar ou eliminar problemas esqueléticos, dentários e musculares, antes que a erupção da dentição definitiva esteja completa. Este tratamento pode reduzir a necessidade de extracção de dentes definitvos e, por vezes, cirurgia ortognática. O tratamento precoce visa assim desenvolver as condições normais de crescimento e desenvolvimento da oclusão da criança, com o objectivo de evitar futuramente, severos problemas como, arcos dentários de pequeno tamanho, erupção incorrecta dos dentes da frente e mordida cruzada (quando em contacto, os dentes inferiores ficam por fora dos dentes superiores, de um ou ambos os lados, diferentemente do normal.


Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 29

04| julho | 2013

O Crédito Agrícola Vale do Távora e Douro pretende recrutar Promotores Comerciais Requisitos: - Profissionais com experiência na área comercial (factor eliminatório); - Experiência e/ou conhecimento no sector bancário; - Disponibilidade para trabalhar em regime de comissões a recibos verdes; - Residentes na área da acção do Crédito Agrícola Vale do Távora e Douro (factor de exclusão); - Capacidade de atrair clientes, detecção de negócios; proactividade e dinamismo; Área de Acção: Concelhos de Trancoso, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tabuaço e Armamar Contacto para Candidatura: sara.rodrigues@creditoagricola.pt

ZÉ DA PINHA Vende Pinha

(Sacos c/ mais de 50 pinhas) Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira. Terra para Vasos (Sacos 5Kg.) Aparas de madeira para lareira e grelhador. T. 967 644 571 | zedapinha2011@gmail.com Escola Secundária de Emídio Navarro Tel. 232 480 190 Fax 232 480 199 Telem. 963705552

Ensino Secundário Cursos Científico-Humanísticos cos Ciências e Tecnologias Ciências Sócioeconómicas Línguas e Humanidades

Cursos Profissionais

INVESTE NO TEU

FUTURO

Técnico de Apoio à Infância

7º, 8º e 9º anos Ensino Regular e Ensino Artístico Especializado de Música e Dança

Técnico de Energias Renováveis Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos Técnico de Multimédia Técnico de Secretariado Técnico de Gestão

2013 / 2014

Ensino Básico 3º Ciclo

Cursos EFA Escolar Nível Secundário Tipo B Tipo C


Jornal do Centro

30 CLASSIFICADOS

04 | julho | 2013

INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIO João Aires Alves Pereira, 77 anos, viúvo. Natural de Poiares, Vila Real e residente em Campo Benfeito, Gozende, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vila Seca de Poiares, Peso da Régua. Agostinho de Almeida, 62 anos. Natural e residente em Savariz, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Reriz.

1ª Publicação

2ª Publicação

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Abel Loureiro Pereira, 79 anos, casado. Natural e residente em Casal Sandinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Alcafache. Ilda dos Prazeres, 88 anos, viúva. Natural e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Espinho. (Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

Maria de Lurdes Amaral Figueira, 87 anos, viúva. Natural e residente em Santo André, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Américo Ramos de Almeida, 76 anos, casado. Natural e residente em Freixiosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Freixiosa. 1ª Publicação

Fernanda dos Santos Coelho, 96 anos, viúva. Natural e residente em Santo Amaro de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Licínio Fernandes da Cal, 72 anos, viúvo. Natural e residente em Benfeitas. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 11.00 horas, para o cemitério local.

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

2ª Publicação

Maria Laurinda Ferreira da Costa, 64 anos, solteira. Natural e residente em Ameixas. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Paços de Vilharigues. Joaquim Soares, 82 anos, casado. Natural e residente em Cercosa. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Campia. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

2ª Publicação

Ana Jesus Assunção, 80 anos, viúva. Natural de Tarouca e residente em Quintela, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 27 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721 Joaquim de Oliveira Cardoso, 73 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de junho, pelas 11.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Maria Seliz de Almeida Sousa, 92 anos, viúva. Residente em Povolide. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 8.30 horas, para o cemitério local.

(Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)

Olívia de Jesus, 88 anos, solteira. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. José Gonçalves da Silva, 72 anos, casado. Natural de Mundão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Mundão. Maria Cristina Pereira da Costa Pita Martins Rebelo, 70 anos, viúva. Residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Parada de Gonta. Américo Lopes do Carmo, 84 anos, casado. Residente em Rio de Loba, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de junho, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. Susana Maria Rodrigues da Silva Ribeiro, 43 anos, viúva. Residente em Travassós de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba. Maria dos Prazeres Ferreira, 97 anos, viúva. Residente em Moçamedes. O funeral realizou-se no dia 3 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 590 de 04.07.2013)


Jornal do Centro 04| julho | 2013

clubedoleitor

31

DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

HÁ UM ANO

Opinião sobre “Opinião do Coronel Fernando Figueiredo, Novo PDM, Velho Ciclo” de 20/06/2013

EDIÇÃO 538 53 | 6 DE JJULHO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

suplemento

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 538 DE 6 DE JULHO DE 2012

E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Ensino Superior

Politécnico de Viseu constrói pontes para a vida

O que não é admissivel é o Presidente da Câmara e o Presidente da Assembleia Municipal Drº Almeida Henriques, andarem a enganar os viseenses, sendo disso prova o pedido de esclarecimento da Deputada Municipal do BE, cuja resposta indica que tal espaço estava negociado para espaço verde. Porque se assim é, então terá que ser dada resposta aos viseenses, onde consta a recepção provisória e definitiva da respectiva urbanização, em termos de Deliberações e Actas, acrescento eu, de vital importância para outros esclarecimentos, que bem citados são naquele artigo de opinião. Quanto à UOPG 3.10, que se localiza na Estação Agrária de Viseu, entre o Bairro da Quinta da Carreira e o Parque Linear de Santiago, mais uma vez tenho que louvar a atitude do Coronel Figueiredo, com a qual concordo integralmente e que naturalmente não vou repetir. Seja neste, ou nos restantes assuntos, atrás descritos e muitos outros não referidos, que naturalmente terão que ser objecto de debate, desde já faço um desafio a todos os intervenientes na decisão final, Vereadores, Deputados Municipais, e porque não a Ministra da Agricultura, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, pela tutela que tem nos assuntos versados, que sejam devidamente clarificados, para que a transparência e equidade, sejam a marca da nossa Câmara. Aliás, seria importante até saber porque razão, são propostos outros espaços da Estação Agrária para urbanizar. Fica ainda público desafio ao actual Presidente da A M, Drº Almeida Henriques, pelas funções que desempenha, e onde passam todos estes assuntos, a esclarecer todos os viseenses, pois todos so-

mos chamados nas causas públicas, à participação civica e transparência de todas as decisões, ( e ao pagamento de impostos!!). Não vou naturalmente, parafrasear um candidato, quando diz que a prioridade “é libertar os cidadãos de Viseu da Câmara Municipal”, mas fazer um repto, para esclarecer estes e outros assuntos de tão ou maior gravidade, antes da aprovação final pela AM, é na àrea do território, que se desenvolvem as politicas activas de emprego, regeneração urbana, politicas sociais, e não politicas de betão etc... O futuro de Viseu a isso nos obriga.

| Telefone: 232 437 461

Nuno André Ferreira

ar de Santiago, o mesmo faz parte do Plano de Pormenor da Cava de Viriato, mandado executar pelo Exmº Senhor Primeiro Ministro António Guterres, através do Gabinete da Expo, ao Arqº Gonçalo Byrne, tendo sido aprovado pela Câmara Municipal, Assembleia Municipal e homologado pelo Governo.Também por consulta na Câmara Municipal, verifico, que o aprovado, não corresponde ao executado no local. Aliás é fundamental esclarecer, alguns assuntos muito relevantes, ou seja porque razão foram adjudicadas todas as obras e no local não se encontram materializadas. No local está a ser executado um parque infantil, cuja implantação constava em local que está por concluir. Também não consta qualquer alteração, no plano de pormenor, que permita a execução do parque infantil, onde está a ser executado. Deram uma resposta esfarrapada, para o seu atraso, de que os equipamentos, não estavam conforme. Afirmo eu de que qualquer equipamento que se fabrica e referente aos parques infantis, estão todos certificados, pelo que seria importante saber o que se pretende esconder, ou então por em consulta pública o processo de concurso, proposta adjudicada, a que toda a Administração Publica está vinculada, para que todos nós possamos ter conhecimento de toda a verdade. Já agora deixo a questão se o Arqº Byrne, deu autorizção para alteração do seu projecto e o mesmo está publicado em D R, tendo em conta que não consegui descobrir tais elementos. Quanto ao UOPG 1.9, a àrea verde em frente ao Hotel Montebelo, está consagrada a construção, seja no PP eficaz, seja na proposta de alteração, pelo que assiste ao seu proprietário, legitimamente construir, quando entender.

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) é cons- cinco unidades orgânicas e que abrangem te- tro lado, tem procurado apresentar-se como um ção na vida ativa, centro de artes (CAFAC), tituído por cinco escolas superiores – Esco- mas tão diversos como a energia biomassa, as centro de múltiplas formações. Construir pon- aula magna, estúdios de televisão, televisão la Superior de Educação, Escola Superior de práticas profissionais dos professores de Ma- tes para a vida é um dos seus lemas. on-line e, muito brevemente, do novo paviTecnologia e Gestão de Viseu, Escola Superior temática, o contributo do Turismo Rural para o Para isso, o IPV dispõe de condições que lhão multiusos. Agrária, Escola Superior de Tecnologia e Ges- desenvolvimento local ou a gestão agronómica potenciam uma formação de excelência, onde Em termos de apoio apoio social merecem tão de Lamego e Escola Superior de Saúde. e ambiental de chorumes. os espaços sociais, de lazer e de apoio aos destaque as três residências de estudantes, A qualificação de alto nível, a produção e diDotado de uma rede formativa abrangente, alunos, se conjugam em perfeita harmonia refeitórios, bares e snack-bares, as bolsas de fusão do conhecimento, bem como a formação o Politécnico de Viseu congrega a excelência com as infraestruturas de ensino dos varia- estudo e outros apoios educativos, bem como cultural, artística, tecnológica e científica dos da formação ministrada por um corpo docente dos cursos e áreas de investigação, equipa- espaços de lazer e de bem-estar: campo de fuseus estudantes, num quadro de referência in- qualificado, com condições ímpares de estudo das com o mais sofisticado material tecnoló- tebol relvado, courts de ténis, campo de miniternacional, fazem parte dos objetivos da ins- e investigação. gico: laboratórios, salas de aula, centros de golf, polivalentes descobertos, zonas verdes e tituição que procura desenvolver e participar Ao longo da sua existência, o organismo tem- informática, centros de documentação e in- parques de estacionamento. em atividades de ligação à sociedade. A este se assumido como motor de desenvolvimento formação, biblioteca digital e campus virtual No IPV os alunos têm ainda a possibilidade propósito merecem destaq 14 j t i ífi

·

Semanário 6 a 12 de julho de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > ECONOMIA pág. 16 > SUPLEMENTO pág. 24 > DESPORTO pág. 27 > EM FOCO pág. 28 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE pág. 33 > CLASSIFICADOS pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

Ano 11 N.º 538

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

redacao@jornaldocentro.pt

·

www.jornaldocentro.pt |

“Há neste momento dois nomes ganhadores: Manuel Maria Carrilho e José Junqueiro” ∑ João Azevedo, presidente da Federação do PS Viseu, em entrevista

| págs. 6 e 7

ao Jornal do Centro

Publicidade

Da leitura do artigo de opinião, que o Coronel Fernando Figueiredo, propôs à reflexão de todos os viseenses, apráz registar, a convicção e defesa profunda do interesse público, conhecimento das matérias versadas, não só neste como outros artigos, a que já nos habituou. Por razões que se prendem, não só com uma vida dedicada aos problemas do Concelho de Viseu, como de profissão, não podia ficar indiferente, e tomar posição pública sobre tão importante assunto, pelo que deixo, neste local a minha profunda admiração e gratidão ao autor. Quanto aos temas versados, procedi a uma análise aos assuntos no local, desloquei-me à Câmara Municipal, (CM) onde consultei, os desigados Planos de Pormenor, (PP) em linguagem recente, Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, (UOPG) consultei o novo regulamento e planta de ordenamento, que esteve em discussão pública e que guardo em casa. Quanto ao UOPG 4.12, confirmei integralmente o que o citado, tão dignamente refere, ou seja o Ministro Valente de Oliveira e Primeiro Ministro (PM) Cavaco e Silva, proibiram determinantemente a executar as quatro faixas, passeios, separador central, e rotunda na Quinta do Soqueiro (no designado espaço dos Serviços Florestais)- Resolução do Conselho de Ministros 173/95, quando da aprovação do PDM em 1995. Qual não foi o meu espanto, quando no novo regulamento, nada consta, mas escondido na planta de ordenamento, lá aparecem as quatro faixas, rotunda, separador central e passeios etc... Concordando com a análise feita no artigo em apreço, fica a dúvida, do que se pretende esconder com tal insistência? Quanto ao Parque Line-

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

NESTA EDIÇÃO

históri nas ∑ “Quero quee o PS tenho um resultado histórico autárquicas de 2013” (João Azevedo)

∑ “Sernancelhe é, de facto, terra de cultura” (Carlos Silva)

∑ Assembleia encomenda estudo ao IPV para integrar proposta de reorganização das freguesias

∑ Moradores de loteamento protestam contra abertura de bar

∑ Certificado de Acessibilidade apresentado em Viseu ∑ Diretor (João Caiado) reune “mega” agrupamento na Aula Magna do IPV por falta de espaço

Viseu, 27 de Junho

∑ Produtores de frutos vermelhos garantem escoamento (Mangualde)

António André

LAZER DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 4 DIFERENÇAS)

SUDOKU 5

2 2

8

7 3

9 7

1

1 8

6

1

3

7

2

3

8

6

2

9

6

7

9

5

3

4 7

1

2

6

5

3

8

9

1

6

5

1

4

4

9 1

8 4 8

7

6

2

4

8

9

4 4

2

1

5

9

6

2

1


tempo

JORNAL DO CENTRO 04 | JULHO | 2013

Hoje, dia 4 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 35ºC e mínima de 21ºC. Amanhã, 5 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 22ºC. Sábado, 6 de julho, céu com periodos muito nublado. Temperatura máxima de 34ºC e mínima de 24ºC. Domingo, 7 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 35ºC e mínima de 25ºC. Segunda, 8 de julho, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 35ºC e mínima de 24ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Sexta, 5

Viseu ∑ O Aqua-Bar Fontelo propõe durante o verão espetáculos musicais, nas noites de sexta e sábado. Esta sexta atuam os “Ray Band” e no sábado os “Rock 4 You”.

Sábado, 6 Lamego ∑ Rota de Santiago – Concelho de Lamego, percorrida durante dois dias. Primeiro dia, início na Vila do Mezio (ainda dentro do concelho de Castro Daire) e término em Lamego. No segundo dia, início em Lamego e final no Lugar do Torrão (Junto à ponte pedonal Lamego-Régua). S. João da Pesqueira ∑ Espectáculo de teatro de rua inspirado na obra literária, “A viagem do elefante” de José Saramago, co-produzido pela companhia de teatro Trigo Limpo ACERT e pela Flor de Jara (Espanha), às 22h00, na Praça da República.

Domingo, 7 Viseu ∑ “Arraial Beirão”ao almoço, integrado na campanha de angariação de fundos para a continuação das obras da Igreja Madre Rita, em Jugueiros.

Publicidade

“Sinto que já é uma marca”

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Penedono∑ Feira Medieval arranca na sexta-feira e vai até domingo A partir de sexta-feira, dia 5 e até domingo, a zona do Castelo de Penedono (monumento nacional) e toda a área envolvente ganham os cheiros e a vivência dos tempos medievais. Durante três dias a vila volta a usufruir da Feira Medieval, um evento que, segundo a autarquia, tem ganho participantes de ano para ano. A Feira Medieval surge pela primeira vez em 2001, através de uma iniciativa da Escola EB 2/3 de Penedono, num certame que envolveu a comunidade escolar. No ano seguinte a autarquia foi contactada por promotores turísticos que pretendiam proporcionar aos seus colaboradores um dia medieval. Para o presidente da Câmara de Penedono, Carlos Esteves tratavamse de “sinais” que “evidenciavam que era uma ideia a explorar”. E, desde então, no primeiro fim de semana do mês de julho, a autarquia, realiza o evento mais marcante do concelho. “Sinto que esta é já uma marca. Somos um territó-

rio pequenino mas acredito que esta é uma feira que já se afirmou na região, no país e estamos até a passar a fronteira, adiantou o autarca. Este ano a Câmara estabeleceu uma parceria com Cidade Rodrigo (Espanha), que permite a troca de figurantes e adereços: “Há armas medievais que no fim de semana a seguir à nossa feira vão para lá e em contrapartida teremos cavaleiros vindos de Espanha”. O centro histórico, de

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Acordos de cavalheiros

DR

∑agenda

Olho de Gato

características ímpares, vai ser percorrido por nobres, monges, cavaleiros, guerreiros, mercadores, almocreves, jograis e outros intervenientes. As tabernas vão encherse de visitantes, as ruas vão ser animadas com os pregões das vendedeiras, o som das ferramentas de artesãos e os sonoros anúncios dos arautos completam o cenário, havendo ainda espaço para uma ceia medieval. Emília Amaral

1. Na semana passada, lembrei aqui que, depois do “caso” da apresentação da candidatura de Hélder Amaral, estava em risco “a boa tradição da sala de visitas da cidade, o Rossio, ser território livre de partidarices”. Aquela “boa tradição” está, de facto, em risco. O PCPViseu emitiu um comunicado a afirmar o seu direito inaleável à “liberdade de expressão” e apelidando de “regulamento lei da rolha” o regulamento que disciplina a propaganda aprovado em assembleia municipal em 2009. A verdade é que aquele meu “partidarices” não foi feliz. “Nem parece de um democrata”, malharam-me com alguma razão num comentário no blogue Olho de Gato. Eis o que penso: o espaço público pode e deve ser usado pelas organizações da sociedade e, portanto, pelos partidos. Os partidos não são “associações de malfeitores”, como bem lembrou João Paulo Rebelo neste jornal. Hélder Amaral, ao fazer a sua apresentação à frente da câmara, esteve bem. Quem não esteve bem foi a câmara ao ter tentado impedir esse acto partidário. Já quanto à parafernália propagandística — faixas, pendões, cartazes, bandeirolas e demais ruído visual que não esclarece ninguém –, o ideal era que continuasse em vigor o “acordo de cavalheiros” que tem mantido o Rossio “território livre” dessas “partidarices”. No que diz respeito à “sala-de-visitas” da cidade, o regulamento aprovado em 2009 foi o formalizar de algo a que só bastava um aperto de mão entre responsáveis partidários. De acordo, caríssimos cavalheiros do PCP? 2. Hélder Amaral é a melhor solução que o CDS tinha para a candidatura à câmara de Viseu. Ora, nestas últimas semanas, o candidato centrista tem parecido uma solução que anda à procura do problema. Enquanto dá tiros de pólvora seca. Na “guerra civil” desencadeada à direita, Hélder Amaral tem-se focado no dr. Ruas, mas o seu problema agora está em Almeida Henriques.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.