Jornal do centro ed591

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Viseu Económico

UM JORNAL COMPLETO

N.º 3 JULHO | 2013 Suplemento Trimestral da AIRV

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 08 > À CONVERSA

Semanário 11 a 17 de julho de 2013

pág. 12 > REGIÃO

Ano 12

PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

.

pág. 06 > ABERTURA

591 DE 11 DE JULHO DE 2013 E NÃO

pág. 28 > EDUCAÇÃO

DO CENTRO, EDIÇÃO

1 Euro

DO SEMANÁRIO JORNAL

pág. 34 > CULTURA

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE

pág. 37 > EM FOCO

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 38 > SAÚDE pág. 40 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 43 > CLUBE DO LEITOR

·

om

c Agora ço xxx re 0,80 Euros

pág. 32 > DESPORTO

Nesta N estta ed edição diçã ão | Telefone: 232 437 461

N.º 591

pág. 30 > ECONOMIA

Novo acordo ortográfico

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

redacao@jornaldocentro.pt

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“O Grupo Visabeira é hoje uma empresa verdadeiramente multinacional, com mais de metade das suas receitas provenientes da área internacional”

Publicidade

Paulo Neto

∑ Paulo Varela, vice-presidente do Grupo Visabeira, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8, 9 e 10


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Jornal do Centro 11 | julho | 2013

praçapública rTemos todos, mui- rPara que não res- rRegisto,

palavras

deles

to a ganhar com a ligação entre empresas e escolas e o exemplo disso, é a ligação com o Instituto Politécnico de Viseu, que ao longo dos anos tem constituído um local privilegiado de recrutamento do Grupo”

tem dúvidas, o Grupo Visabeira tem um grande apego às suas origens. Sinal inequívoco disso mesmo, é o facto da nossa sede e todos os serviços centrais continuarem a ser em Viseu, onde tudo teve origem há 33 anos”

Paulo Varela Vice-presidente do Grupo Visabeira, em entrevista ao Jornal do Centro

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Opinião

contudo, a anunciada novidade de inclusão de reclusos para apoio ao dispositivo e que, por inexistir, se tornou num “bluff”, de mau gosto, e perfeitamente dispensável”

Paulo Varela

Rebelo Marinho

Vice-presidente do Grupo Visabeira, em entrevista ao Jornal do Centro

Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

r

Só a mesquinhez de alguns, que exercem a função pública, sem pudor, lançando suspeitas sobre quem dá lições de valores de vida, o afastam (Jorge Sobrado) de uma função que exercia. Fica a perder a Presidente da Assembleia da República” Almeida Henriques Candidato à Câmara Municipal de Viseu, na sua página pessoal do facebook

Canalha, de “canis”, cão? Nem pensar… Não é fácil falarmos sobre canalha. O estatuto que lhes confere a designação já é suficientemente elucidativo. Dantes, canalha era o vilão dos filmes de cow-boys. Aquele que ouvia o ápodo da boca num esgar de desprezo torcida de um John Wayne, antes de ouvir o derradeiro som, o do estampido do tiro que lhe punha fim, porque os canalhas mereciam morrer… “Canalha!”, vituperava de entranhas desfeitas, a amante enganada pela luz do seu olhar. Canalha era tão fado soado nas vielas escuras de Alfama, Mouraria, Bairro Alto… Era o destino tristonho e inevitável dos portugueses tangido com rude melancolia em cordas emocionadas e cantado aos sete céus de Lisboa pela rouquida voz dos perdidos. Canalha era o povo antes de Abril na boca túmida e “abatonada” das damas chiques da Lapa. Canalha era o epíteto carinhoso do mestre-escola, na aldeia fria, para o seu “rebanhozinho” espe-

vitado. Canalha, “a minha canalha”, era o triunfo orgulhoso de um pai para o seu rancho gaio de tropelias. Canalha fomos todos nós, um dia, miúdos em crescimento, alegres, fortes e ladinos, a enfiar batatas nos escapes delgados dos carros velhos para os ver tossicar estrepitando em intermitências de foguetório gaiteiro ou a assaltar a capoeira sempre ancha e franca do

Cónego Albano. Canalha era o tango de Gardel roçado em jactâncias ágeis nas boates de 70. Canalha era o amor roubado num ímpeto de coração atrevido, da namorada de um amigo, que o órgão é cego… Canalha era a malta da “cova funda” que bebia a tragos largos canadões de briol e arrotava “postas de fígado de cebolada”, para armar ao pingarelho. Canalha era o árbitro que nunca deixava ganhar a equipa de futebol caseira. Essa era a canalha. A de outrora. A de hoje formou-se em “partidarite, summa cum laude”, a maioria nas jotas para se reformar na política. São os filhos do oportunismo, do amiguismo, da incompetência, do jeitinho, do compadrio, do nãosei-fazer-mais-nada… A canalha de hoje tem poder, manda, estraga, corrompe, rói, destrói e é pior que um fogo selvagem pinheiral acima, devastando tudo à sua passagem. A canalha, hoje, veste fatos boss,

gravatas hermès, usa patek’s de ouro rosa e canetas montblanc, com aparo de platina, embora mal saibam assinar de cruz… A canalha de hoje, instruída nos corredores do lugar-tenentismo, não tem princípios, não tem decência, não tem ética, não tem valores, não tem moral… A canalha de hoje é o cancro “irrevogável” das sociedades, das democracias, do mundo livre, sem fundamentalismos ideológicos nem religiosos, apenas sendo portadores da virose egocêntrico-subserviente dos neo-liberalismos associais. A canalha de hoje adora em ara de Carrara o euro pútrido, é um clã cheiroso, com mordomias, motoristas, cartões-quase-de-ouro e vacuidade total nos cérebros ocos, luzidios de brylecreem. A canalha de hoje é uma praga letal. Viral. Uma elite de ralé. Uns patifes de colarinhos engomados. A canalhice é o seu modo de agir. Que saudades das vielas avinhadas de outrora…

Os Caminhos-de-ferro

Viajei milhares de vezes de comboio e ainda hoje entendo ser um meio de transporte excepcional sob vários pontos de vista. Em quarenta e quê anos de utilização frequente fui dando conta de como ali mudaram as coisas. Muitas coisas. Lembro-me de haver três classes distintas, com preços distintos e condições distintas, que iam dos bancos, ou assentos, de madeira, aos de tecido. Tudo sempre muito asseado e nas linhas com máquinas a vapor havia uns panos de algodão, que eram mudados, para que se encostasse a cabeça sem a encher de fuligem. Se algum troglodita punha os pés em

cima dos bancos defronte era chamado à atenção quer pelo passageiro comum quer pelos funcionários da “casa”, sem receio de ferir as susceptibilidades ou de uma resposta malcriada. As casas de banho estavam, a maioria das vezes, limpas e havia água para lavar as mãos. Também recordo que, mais tarde, hordas de gente selvagem invadiam indistintamente as várias carruagens, sem comprarem bilhete, ameaçando, ou mesmo agredindo, em magotes, o cobrador que aparecesse a fazer o seu trabalho. Hoje, as carruagens andam encardidas de lixo. Algumas máquinas locomotivas estão tão cheias de insectos mortos que

as cores mudaram. Enfim, tudo muda. Hoje, em “Conforto”, viajam, na sua maioria, os ferroviários. Com direito a fruir indiscriminadamente dos comboios, assim como a família próxima, tomam conta das conversas e do silêncio, põem pés em cima dos assentos defronte e “governam”, eles, o conforto – ou desconforto – dos demais, obrigandoos ao espectáculo das conversas sindicais, dos ódios, das coscuvilhices e por aí fora. Nas paragens, entram uns, saem outros, todos conhecidos, todos camaradas, todos sem classes, todos cheios de privilégios conquistados com a ajuda de sindicalistas que os representaram

durante décadas, trepando pelas nossas carteiras sem pudor e afectando milhões de concidadãos com as suas greves por direitos desiguais. Cínica, e afectadamente, mudaram os nomes às classes viageiras e agora, por exemplo, no caso do chamado “Pendular”, aparece a classe “Conforto” e “Turística”. Poder-se-á depreender que quem viaja em “turística” vai em bancos de faquir, ou em pé. Penso que ninguém perguntou aos utentes se prefeririam três tipos diferentes de bilhete para poderem escolher onde prefeririam deslocar-se, faltando com uma opção e condicionando uma li-


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 11| julho | 2013

números

estrelas

29.521

Número de veículos produzidos pela PSA Peugeot Citroën de Mangualde no primeiro semestre de 2013.

Jorge Miguel Meleiro Sobrado Ex-assessor do Gabinete da Presidente da Assembleia da República

Carlos Borges Diretor da Escola Secundária de Viriato

Sujeita à avaliação externa pela IGEC, obteve nos três domínios: resultados, prestação do serviço educativo, liderança e gestão, a classificação de Muito Bom.

Este técnico especialista tem passado nos últimos tempos por vários lugares de destaque em secretarias de Estado e na Assembleia da República, prestando, ao que se crê, em simultâneo, funções de assessoria de imprensa à candidatura de Almeida Henriques. Uma história que está a dar que falar...

O recém eleito presidente do Lions tem pela frente a tarefa de dar continuidade a um projeto prestigiado, pretendendo inovar, criando “rede” com outras instituições.

Como encara a situação política atual?

Importa-se de responder?

Eu considero que este governo deve cessar funções imediatamente. No que concerne a Vítor Gaspar e à sua demissão no início da semana passada penso que ele já se devia ter demitido há muito tempo uma vez que todas as suas medidas e todas as suas previsões falharam. Quanto a Paulo Portas, apesar de simpatizar com ele, penso que a sua demissão num dia para regressar no outro foi algo que não engrandeceu a política nacional.

Esta semana foi uma semana vergonhosa para a política nacional. Se já havia um afastamento entre as pessoas e os “nossos políticos” este fosso foi aumentado exponencialmente nestes últimos dias. Apesar da demissão de Vítor Gaspar ter sido uma machadada na pouca credibilidade que este governo ainda tinha, a putativa demissão com direito a regresso de Paulo Portas dececionou-me particularmente na medida em sempre lhe Alcino Santos reconheci uma certa lisura que, neste momento, foi posta em Aposentado causa pela sobreposição dos interesses partidários aos interesses nacionais.

Da semana passada destaco a saída do Vítor Gaspar a qual se ficou a dever sobretudo à sua não ligação política aos partidos que constituem a coligação. No que diz respeito a Paulo Portas penso que a sua atitude foi apenas uma forma de obter mais poder. Conclusão… Ficámos na mesma.

Na minha opinião a situação política atual está precisamente na mesma. Nada mudou. Apesar do ambiente confuso e pantanoso, com um entra e sai constante, não se promoveu nenhuma mudança efetiva no governo onde se pensasse efetivamente naquilo que é importante… Salvar o país.

Maria João Ferreira Consultora Imobiliária

Manuel Costa

Pedro Gonçalves

Programador

Contabilista

berdade primá ria aos utentes. Mas…o importante é acabar com as classes!!! Mesmo que sejam as dos bancos de combóio. Ou fazer greves cegas aos direitos e às condições dos demais trabalhadores de tantas empresas públicas ou privadas. Tirei da net excertos de jornais e notícias sobre as mordomias dos funcionários da CP pagos por nós. Aqui os deixo… 1. «Maquinistas têm 18 subsídios e CP deve 14 mi-

José Costa Presidente eleito do Lions Clube de Viseu

lhões por não pagar parte destes abonos. Oito subsídios são fixos e 10 são um sortido para aplicar nas mais variadas situações que surgem no dia-a-dia de um maquinista»; 2. «Só por se apresentar ao trabalho, cada maquinista recebe mais de seis euros por dia, devido ao subsídio de assiduidade»; 3. «Os diversos subsídios são resultado das negociações entre as várias administrações que têm passado pela empresa e os sindicatos de trabalhadores ao

longo dos anos. Ao todo, representam mais de metade – 54,3% – dos encargos totais com salários»; 4. «Apenas em subsídios de condução, a CP gasta cerca de quatro milhões de euros, aos quais se juntam 2,4 milhões de euros em prémios de condução e 3,3 milhões de euros em prémios de chefia»; 5. «Já as diuturnidades (subsídio por antiguidade) custam 3,3 milhões de euros à empresa e os gastos o pagamento por trabalho em dias de descan-

so não compensados ascendem aos 4,5 milhões de euros»; 6. «Os maquinistas da CP ainda só não recebem subsídio para respirar. Para o resto, fixo ou variável há subsídio numa empresa com prejuízos acumulados de muitos milhões. Cada vez que um maquinista da CP termina um período completo de trabalho recebe um prémio. Cada vez que conduz, manobra ou faz o acompanhamento de comboio tem direito

a um abono. Se o seu trabalho estiver organizado por escalas e turnos, há mais um subsídio. No fim do ano, se cumprir 200 ou menos dias completos de trabalho, ganha outro prémio atribuído em três tranches. Ao fim de cinco anos de casa, conquista um aumento no vencimento»; 7. «O tempo médio de escala dos maquinistas é de oito horas por dia, num total de 40 horas semanais. Mas, em média, o tempo de condução está entre as

três e as quatro horas diárias». O nosso País está enfermo. Gasto e exaurido por situações como estas. Deixou-se manietar pelo direito egoísta, cego e autista com que alguns fizeram e fazem as greves. Em jeito de saldo, direi que: Quem fez greves vive hoje pendurado e à custa muito e em todos os sentidos - daqueles que nunca tiveram direito a fazê-la. Pedro Calheiros


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Jornal do Centro 11 | julho | 2013

Imprevisibilidades Para quem nunca teve contacto com meteorologistas é difícil entender a triste sina a que estão sujeitos: quando erram toda a gente se lembra…quando acertam ninguém se lembra e ninguém os felicita! Este ano isso tornou-se mais notório que nunca, toda a gente se queixou das previsões de verão mais frio dos últimos 200 anos, mas agora com a vaga de calor que nos assolou tudo reclama… estranho é, o facto de apesar das queixas, tudo parecer contente com essa

suposta falha dos meteorologistas, a avaliar pela quantidade de fotos que circulam pelas redes sociais de praia, piscinas e outros veraneios demais. A imprevisibilidade do tempo meteorológico é uma consequência natural do planeta vivo e dinâmico em que vivemos. São também exemplo disso as cheias, os sismos, as erupções vulcânicas, e outros fenómenos naturais, em que a matemática apesar de toda a sua exactidão pode ajudar, mas não resolve. Tudo depende da estatísti-

ca, mas a estatística precisa de dados, muitos dados, para que comece a ter uma percentagem de erro pequena o suficiente que se possa aplicar a algo também tão pequeno como seja o intervalo de um dia, ou dias. E mesmo que cheguemos a um ponto de acerto bastante provável existem pequenos pormenores decorrentes do próprio planeta e dos seus habitantes que sempre farão variar todos os dados, por mais pequena que essa influência possa ser. É neste contexto que apare-

tam Manuel Maria Carrilho como “O Ministro da Cultura”, no meio disto a simpática Ana Paula Santana será sempre o elo mais fraco. Usando um critério bastante benevolente, os socialistas, tornaram-se mestres a “vender” Carrilho como o melhor Ministro da Cultura que este país já conheceu. Num dia ameno até podemos dar isso de barato. A realidade é que não tivemos muitos Ministros da Cultura e ser o melhor não significa necessariamente ser excelente, bom ou mesmo razoável,

dependerá sempre do termo de comparação. A governação de Carrilho, no seguimento de Santana Lopes, a exemplo dos países europeus mais dirigistas em termos culturais, institucionalizou o modelo MalrauxLang em detrimento do modelo anglo-saxónico; para Pacheco Pereira a diferença essencial entre Carrilho e Santana [o Pedro, nunca a Ana Paula] é de classe social, pois se um apoiava a “vanguarda” outro apoiava a “rectaguarda”. O modelo Malraux-Lang, tão querido ao centrão, assenta na po-

Infância a estudar a pueril trama. Porém, no actual (E)stado em que nos encontramos, as duas figuras que convém avaliar são Vítor Gaspar e Cavaco. Gaspar, o rosto da política de austeridade expansionista, saiu de um governo do qual queria sair há 8 meses. Ele, enquanto primeiro-ministro de facto, apoiado por Passos, Cavaco e Schäuble, ao re-

conhecer o falhanço total e inapelável da sua política (porque é isso que ele diz na carta de demissão, tornada pública pela modernista falta de decoro) e demitindo-se pela falta de apoio, que na verdade nunca lhe faltou, demonstrou, a todos que o queiram perceber, que a dimensão da sua incompetência só encontra igual na sua tamanha falta de patriotismo e res-

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Opinião

Da Tribuna

Departamento Marketing

A Cultura, nas suas diversas formas, parece ser o tema transversal a esta pré-campanha autárquica. Não há programa, evento, declaração ou mesmo interjeição que não passe por juras de amor eterno à nova modinha. Esta é uma situação que revela que a cultura na cidade está a ganhar uma dinâmica social à qual o actual executivo não conseguiu dar resposta conveniente. Se por um lado os sociais-democratas apresentam Dalila Rodrigues como cabeça de cartaz, por outro lado os Socialistas apresen-

Pedro Dinis pedro.dinis@shsgps.com

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Gerência Pedro Santiago

David Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga

União Portuguesa da Imprensa Regional

A paz podre Depois de uma semana em que a lógica e a prudência foram desafiadas até ao limite, começou nova semana e a acalmia esperada. Escrevo segunda-feira, antes do Presidente caucionar o novo figurino governativo. A importância dada a Cavaco Silva não é de somenos, até porque escuso tratar a questão Portas-Passos, pois, acredito, será a Psicologia ou uma Educadora de

O distanciamento feito mobilização Sempre me intrigaram as pessoas que vivem a sua vida como se à sua volta não houvesse variáveis que influenciassem a sua vida. Nunca fui capaz de viver numa redoma, de me sentir cativada pelo ócio ou pelo conforto da ignorância, nunca fui capaz de viver “uma vida normal”, de rotina respeitadora de um trabalho por objectivos salariais e um lazer que permitisse o devido descanso. É-me contra-natura, alimen-

to-me da energia da acção, defino-me à volta do pensamento crítico sobre o que nos rodeia, toda eu sou permeável ao que vivemos que faz o que somos. Não consigo acreditar que a vida é só uma combinação acidental de horas e de lugares que se ordenaram para me dar uma ilusão, mesmo que efémera, que alguma coisa está a acontecer. Não me cativa o heroísmo dos mártires poucos que se batem por

muitos. Os actos heroicos merecem sempre destaque porque são obra de uma pessoa só, ou de um grupo pequeno, o que suscita a americanizada admiração perante a excelência do indivíduo em oposição à inércia das massas. Assim, quando as pessoas não se mexem para serem uma das trinta e cinco mil assinaturas para se realizar uma auditoria à dívida, ou quando as pessoas não dão a sua assinatura (“porque outro al-


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ce muitas vezes o Efeito Borboleta, desenvolvido por Edward Lorenz em 1963, que se refere à dependência sensível às condições iniciais dentro da Teoria do Caos

e que é vulgarmente descrito e explicado como “o bater de asas de uma borboleta poder influenciar o curso natural das coisas, e talvez ser responsável por um tufão do outro lado do mundo”. Ora se uma coisa tão insignificante e diminuta à escala planetária pode tornar-se num fenómeno de proporções gigantes como não aceitar os imensos condicionalismos a que o tempo está sujeito? É por estes não simples factos, que se usa sempre a palavra “previsão” e não a “certeza” para a descrição meteorológica. Mais interessante ainda é

pegar na própria Teoria do Caos, que compreende sistemas complexos e dinâmicos rigorosamente deterministas, mas que apresentam um fenómeno fundamental de instabilidade chamado sensibilidade às condições iniciais e que, modulando uma propriedade suplementar de recorrência, torna-os não previsíveis na prática a longo prazo. A formação de uma nuvem no céu, por exemplo, pode ser desencadeada e desenvolver-se com base em centenas de factores como o calor, o frio, a evaporação da água, os ventos, o clima, condições do Sol,

os eventos sobre a superfície e inúmeros outros, dos quais destaco a actividade antrópica. Posto tudo isto, a previsibilidade é na sua essência bastante utópica, é quase como um jogo de sorte ou azar, é como o amor…nunca o prevemos mas podemos ter um dia a sorte de o viver, de o ver acontecer. Devemos por isso agradecer a sorte que temos quando os desgraçados dos meteorologistas acertam (e acontece mais do que aquilo que nos lembramos), tornando a imprevisibilidade da vida possível com uma simples previsão.

lítica de grandes obras físicas –betão em bom português- e em grandes doses de subsídios ou apoios estatais como instrumento de combate à cultura pop-mainstream/subsídio-independente norte-americana, este modelo que conduziu à excepção cultural francesa, volta e meia ainda tem a capacidade de nos brindar com secas monumentais. Grosso modo financiar activamente foi o “Modelo Carrilho”. Em que se traduziu isto? Numa série de programas tais como a “Rede de Teatros Históricos”, “Rede Nacional de Teatros e Cineteatros” e a “Rede Municipal de Es-

paços Culturais”; desenvolvidos numa óptica de perpetuar o regime através da obra física. Tendo o Ministério da Cultura assumido compromissos para os quais não tinha capacidade de financiamento a médio-longo prazo, como entretanto a Troika fez questão de provar. Muitos destes programas foram implementados sem qualquer tipo de referências sobre as práticas culturais locais; sem que tenham sido desenvolvidos conteúdos programáticos específicos para cada localidade; sem estudos sobre a viabilidade dos equipamentos; sem uma estratégia cultural para o

território quer do ponto de vista do público como dos artistas. Chegados à segunda década deste século, das setenta salas da rede de cineteatros apenas sete cumpriam as exigências para ter acesso às verbas do QREN -ter cento e cinquenta eventos programados e cinco mil espectadores. Estamos, portanto, perante uma política que operou uma verdadeira revolução ao nível do edificado, mas que em pouco contribuiu para o desenvolvimento de práticas culturais, das artes e do espectáculo ou mesmo para uma educação social para a cultura. Tratou-se, antes de mais, de res-

ponder a uma execução orçamental – ao gosto de Bruxelas-, sem qualquer tipo de consequência no campo das ideias, do que de uma verdadeira política pública para a cultura. Este é o legado de Carrilho, “o melhor Ministro da Cultura”, numa terra em que ainda se confunde o construtor civil – o cavalheiro que constrói o Teatro- com o programador cultural – o cavalheiro que dá vida ao Teatro.

ponsabilidade. Ora, no momento em que fica provada a filosofia dos 4 I’s (incompetência, incapacidade, irresponsabilidade e impreparação), adensada com as tropelias de Passos e Portas, justificarse-ia uma clara mudança de rumo, natural e obviamente, apenas possível com novos protagonistas. É aqui que entra Cavaco. O Presidente perdeu toda e qualquer margem de ma-

nobra para poder intervir de forma efectiva, arriscando politicamente, depois de ter desbaratado a autoridade (auctoritas) inerente ao cargo que desempenha e mesmo aquela que havia, de forma exagerada e pouco assente na realidade, granjeado ao longo dos anos. Quanto à coragem política também não existe, pois que o Presidente é um institucionalista. Só Cavaco podia convocar eleições

antecipadas ou espoletar um governo de iniciativa presidencial. Não me venham falar da revisão constitucional de 82 porque a imaginação política não foi banida da Constituição. Seria plausível, senão desejável, que Cavaco instasse os partidos do arco da governação a entenderem-se, formando um governo que durasse, pelo menos, até ao fim do memorando. Seria perfeitamente aceitável a convocação de elei-

ções. O que não é aceitável é ficarmos sem governo, porque sempre é preferível um mau governo do que um nãogoverno, e, se dúvidas houvesse, sem Presidente, pois, como refere Ana Sá Lopes, será um “ministro sem pasta”. Viveremos em regime de protectorado sob as orientações de uma paz podre. Mas sobreviveremos porque o povo é bem melhor do que aqueles que nos representam.

guém o fará”) para viabilizar a candidatura de um grupo de cidadãos eleitores a umas eleições autárquicas, eu fico aborrecida. Por outro lado, tem sido particularmente gratificante, para mim, ver que um grupo, num determinado contexto, se mantém constante de há umas sete semanas para cá, quando comecei a acompanhar estas pessoas tão diferentes entre si, com níveis de instrução diferenciados, ideologias diversas… i.e., qualquer pessoa olharia para um gru-

po destes e duvidaria da sua capacidade de manter a coesão e de avançar nos seus objectivos. A realidade é que o “núcleo duro” era uma composição de vinte pessoas, o núcleo duro agora, neste momento tem mais de trinta e está sempre presente. Tenho a certeza de que há contágio de energia, que nos alimentamos uns aos outros com a força da comunidade. Sozinhas/os, há muito que o cansaço teria abrandado o ritmo. Em conjunto, abastecemos as baterias e persistimos

nos nossos objectivos. Satisfaz-me, especialmente, saber que, mesmo que não sejamos, ainda, a maioria, a mobilização em comunidade está a crescer. Por toda a parte, como cogumelos, o distanciamento do circo da Lisboa de São Bento resulta em tomarmos rédeas à nossa vida. Sei, também, que as élites ainda não se aperceberam totalmente disto. Preocupadas com as mobilizações do paradigma tradicional, as grandes ma-

nifestações, as ameaças de bomba e coisas que tais, esqueceram-se que as amarras do medo só têm o peso que nós lhes dermos e que, por toda a parte, há levantamentos populares que nem sabem que o são, mas que se erguem contra a escravatura e contra o medo. Paulo Portas, Passos Coelho, Cavaco Silva e outros que tais bem podem continuar a ir à missa e José Sócrates pode continuar na televisão. Nós, por cá, estamos a livrar-nos de vós.

Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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abertura

textos ∑ Emília Amaral

Época crítica já começou

Arquivo

Está a decorrer desde o dia 1 de julho a fase “Charlie” de combate a incêndios florestais, ou seja, a época crítica de um dos problemas que mais atinge o país nesta altura do ano. Apesar de se ter registado um fogo de grande dimensão em Nelas e outras ocorrências menos graves, e atendendo às altas temperaturas registadas esta semana, o distrito de Viseu tem estado “calmo” como descrevem os bombeiros. O último relatório provisório de incêndios florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas revela que no distrito de Viseu os 240 fogos que deflagraram este ano, entre 1 de janeiro e 30 de junho, consumiram 210 hectares de floresta, representando valores “substancialmente inferiores” às médias mensais das últimas décadas, embora os dados não englobem os incêndios dos últimos dias de julho. No distrito, os meios afetados para a temporada sofreram um aumento de recursos humanos e de meios terrestres de acordo com os dados fornecidos pelo Comando Operacional Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Viseu (ver página ao lado). Entre as novidades a nível nacional estão os Grupos de Reforço de Ataque Ampliado (GRUATA) e a participação de reclusos em ações de prevenção e vigilância. César Fonseca, comandante do CODIS Viseu acredita que “o dispositivo existente garante a resposta” necessário ao distrito. O dispositivo está pronto para o combate no terreno, mas quando se analisa a problemática dos incêndios no país, há especialistas que entendem que Portugal tem vindo a adiar o problema da prevenção, não investindo o suficiente na defesa da floresta para que diminuam os números dos incêndios florestais na época de verão. Baltazar Almeida, da Federação Nacional de Baldios, adianta que, tanto na prevenção como no desenvolvimento da atividade “enquanto os governos não assumirem que a floresta é uma atividade económica importante para o país nada vai mudar”. Para este especialista, também ligado à Balflora - Secretariado dos Baldios do Distrito de Viseu, a questão coloca-se quer nos baldios, quer nos particulares: “por mais que queiram, o preço baixo da madeira não permite o retorno suficiente para esse investimento”, reforça, ao criticar o Fundo Florestal Permanente resultante de uma taxa cobrada aos produtos petrolíferos em que depois, “os dinheiros são deslocalizados”. “Grande parte dos incêndios não tem origem humana ao contrário do que as pessoas possam pensar e isso resolve-se com prevenção. Só a saída de um avisão [para o fogo] paga uma equipa de sapadores florestais durante um ano que têm a função de ajudar na primeira intervenção e no rescaldo mas, no tempo que lhes fica, a sua atividade é de extrema importância”, exemplifica. Baltazar Almeida alerta que o próximo Quadro Comunitário deve ter em conta investimentos na floresta “até para evitar a entrada de material lenhoso” vindo de outros países e reparar o que não foi feito no atual QREN: “Foi um autêntico desastre”.

CIM ajuda a equipa bombeiros A Comunidade Intermunicipa l (CI M) Viseu Dão L a f ões apresentou uma candidatura ao QREN para equipar corporações de bombeiros dos catorze municípios que pertencem à CIM. A compra dos novos equipamentos vai ser financiada quase na totalidade por verbas comunitárias . Para o presidente da CIM Viseu

Dão lafões, Carlos Marta, esta candidatura conjunta é mais um sinal sobre o que vão ser as futuras competências agregadoras das comunidades intermunicipais. O presidente da CI M Dão Lafões acredita que o equipamento seja entregue ainda durante este ano às corporações de bombeiros.

Exemplo. Vários especialistas defendem que é urgente mudar a política de prevenção que tem existido de forma isolada. Assumem que os governos têm feito diversas tentativas mas também essas devem ir mais longe. E qual é a estratégia certa? Sem certezas, algumas autarquias tem vindo a efetivar apostas fortes, nomeadamente na região Dão Lafões. A par de Mortágua, Tondela e outros concelhos, Vouzela tem vindo a dar cartas nos últimos três anos. O vereador, Rui Ladeira assume que, juntamento com os investimentos, a estratégia tem passado por um trabalho em rede que envolve grande parte das instituições do concelho no sentido da prevenção. “A chave é o trabalho em rede. Todos os intervenientes têm permitido um trabalho articulado que tem dado bons frutos”, reforça. Um militar da GNR na reserva e um voluntário do Exército patrulham todos os dias a cavalo, entre as 17h00 e as 21h00, as principais áreas do concelho – um projeto inédito no distrito de Viseu que tem vindo a dar frutos. Em breve um agrupamento de escuteiros vai fazer a vigilância de algumas zonas ao fim de semana. Um protocolo com o Aeroclube de Viseu possibilita que uma avioneta sobrevoe duas vezes por dia o concelho, vigiando e monitorizando o território, ao mesmo tempo que consegue detetar eventuais focos de incêndio. Tratam-se de alguns projetos no terreno a par do aproveitamento de fundos comunitários para a implantação de outros investimentos na floresta.


Jornal do Centro

INCÊNDIOS FLORESTAIS 2013| ABERTURA 7

11| julho | 2013

Meios no distrito de Viseu afetos ao dispositivo de combate a incêndios 2013

Bombeiros 292 homens e 88 veículos

GNR A Rebelo Marinho, Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu

“Chegam-me notícias de falta de viaturas, nomeadamente de combate a incêndios” Que comentários lhe merece o dispositivo anunciado para época de incêndios deste ano que vai até setembro?

As variações registadas não têm, por si só, potencial para produzir impactos diferentes, e relevantes, na eficácia do combate. Registo, contudo, a anunciada novidade de inclusão de reclusos para apoio ao dispositivo e que, por inexistir, se tornou num “bluff”, de mau gosto, e perfeitamente dispensável. Nestas coisas de protecção e socorro, convém só anunciar o que é certo e só contar com o que está garantido. Convém referir que para além do dispositivo permanente, continua a haver um conjunto de homens e mulheres que voluntariamente se disponibilizam para o combate às chamas, engrossando aquele número. O meu comentário é de confiança nos bombeiros, no seu esforço e na sua coragem. Como estão os bombeiros de equipamentos/ meios?

Desde que se finaram os Planos de Reequipamento, a cargo da tutela e suportado por verbas do Orçamento do Publicidade

Estado, que as substituições de veículos, obedecendo a Bruxelas, começaram a rarear. O recurso em exclusivo a verbas do QREN, processo muito burocrático e demorado, não é a melhor resposta e não responde às necessidades reais e efectivas. Chegam-me notícias, de facto, de CBs (corporações de bombeiros) com falta de viaturas, nomeadamente de combate a incêndios. As associações de bombeiros continuam “falidas” como admitia no ano passado?

A situação financeira das AHBVs (Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários)/CBs é também o reflexo da situação que o país vive. Por dificuldades dos maiores financiadores destas casas-autarquias, empresas e populações- a sua situação financeira é má. Os atrasos nos pagamentos do serviços de saúde contribuem para o agudizar do problema. A concentração nos bombeiros do transporte de doentes hemodialisados veio atenuar um pouco os problemas financeiros, que continuam

preocupantes e a merecer um outro tratamento por parte da Liga dos Bombeiros e da tutela. Tem havido bombeiros suficientes para os fogos?

O distrito dispõe de cerca de 2.000 bombeiros em actividade. Diria que são bombeiros suficientes para situações de normalidade. Em situações excepcionais, o nosso distrito, como outros, vê-se, normalmente, confrontado com a necessidade de importar recursos humanos de outras zonas do País. É, contudo, prudente fazermos uma aposta séria e consequente no recrutamento de jovens e que nos permita consolidar e reforçar, a prazo, o nosso património humano. Como avalia o impasse na substituição do comando do CODIS de Viseu?

Não me parece avisado nem prudente que haja mudanças nas estruturas de comando e coordenação em plena fase Charlie, e se tenha deixado deslizar para tão tarde decisões tão importantes.

GIPS - 66 Elementos / 10 Veículos; EPNA - 75 Elementos / 20 Veículos; Postos de Vigia – 20 / 80 Elementos

Instituto da Conservação da Natureza e d a s Florestas Equipas de Sapadores Florestais (ESF) = 29 145 elementos / 29 Veículos

PSP 4 elementos / 2 Veículos

Tem a palavra

“Pensamos que o dispositivo existente no distrito garante resposta”

1. 2. 3. 4.

MeiosAéreos Centro de Meios Aéreos (CMA) Viseu

1 Heli-Médio CMA de Armamar

1 Heli-Ligeiro CMA de Santa Comba Dão

1 Heli Ligeiro, 1 Heli Pesado (Nacional)

Que balanço faz destes últimos dias no terreno?

Apesar do aumento do número de ocorrências, a resposta foi bastante positiva.

O dispositivo atual garante resposta?

Pensamos que o dispositivo existente no distrito garante a resposta necessária.

Quais são os reforços que destaca para este ano?

Os Grupos de Reforço de Ataque Ampliado (GRUATA).

Que problemas detetou durante as ocorrências dos últimos dias?

Condições meteorológicas adversas com temperaturas altas e ventos de leste.

5.

Os 20 postos de vigia estão a funcionar em pleno? Qual é a mais-valia?

Desde 1 de julho, início da Fase Charlie, que os 20 postos de vigia do distrito estão a funcionar durante 24 horas.

AFOCELCA 2 ESF = 6 elementos / 2 veíc u los

César Fonseca Comandante do CODIS Viseu

6. 7.

Quais são as expetativas até final da época crítica?

Espera-se que o dispositivo continue a responder como tem feito.

Que outros fogos além do de Nelas na sexta-feira já mereceram preocupação redobrada da vossa parte?

Todos os incêndios florestais merecem preocupação da nossa parte, até porque todos começam por ser pequenos, havendo, no entanto, situações que merecem outra monotorização, tais como os que ocorrem em zonas próximas de povoações e de áreas de povoamento florestal ou protegidas.


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à conversa “Os nossos produtos são comercializados em cerca de 50 países” Paulo Varela, nascido em Águeda em 1968, reside em Viseu, é casado, tem dois filhos e é licenciado em Direito. Tem um percurso extenso e relevante no Grupo Visabeira, desempenhando, entre outras, actualmente, funções de vice-presidente deste Grupo e também de administrador não-executivo da Portugal Telecom. Quais são os sectores de actividade mais importantes, no futuro próximo, para o Grupo Visabeira?

O Grupo Visabeira, desde a sua fundação, tem como core business a construção e manutenção de redes de telecomunicações e electricidade, um sector onde se especializou e ao qual dedicou toda a sua atenção, sem descurar, naturalmente, os outros sectores de actuação. Falo da energia em sentido amplo (gás e renováveis), do turismo, da indústria, da imobiliária e dos serviços. Contudo, as telecomunicações e a sua evolução exponencial têm permitido ao Grupo Visabeira e à Visabeira Global expandir o negócios e abraçar novos desafios e novos mercados. Nessa conformidade, dirlhe-ia que este será, estou convicto, um dos sectores de maior aposta nos próximos tempos. A comprovar esta minha perspectiva está o facto de nos últimos dois anos termos alargado a actividade a novos países de que a a Alemanha, o Reino Unido e a Suécia são exemplos.

No entanto, a Indústria é outro dos sectores que classifico como muito importante e ao qual estamos a dar muita atenção. Refiro-me, nomeadamente, ao Grupo Vista Alegre Atlantis que, como é sabido, integra a Visabeira desde 2009. Sendo uma marca de prestígio e com um elevado reconhecimento a nível internacional, tem merecido da nossa parte uma atenção especial. Desde que assumimos a sua gestão, a VAA conseguiu expandir-se para diversos mercados externos, numa aposta de internacionalização que consideramos como um dos pontos basilares para o futuro da empresa. Posso referir que abrimos lojas em países tão distintos como Inglaterra, Espanha, Tunísia, e Bielorrússia, para dar alguns exemplos, e criámos a VAA Brasil e a VAA EUA, países com um potencial incomensurável para a nossa sigla. Outro dos sectores ao qual pretendemos continuar a dar igualmente uma atenção especial é ao Turismo. Como é sabido, a Visabeira Turismo, tem unidades em Portugal e em Moçambique, um país, que de acordo com os indicadores económicos, tem um largo horizonte de crescimento nos próximos anos. É nesse sentido que está já em marcha a construção daquele que será o nosso sétimo hotel. Com efeito, o Girassol Tete, vai ser uma unidade hoteleira vocacionada, essencialmente, para os negócios, não descurando, naturalmente, a vertente mais turística e de lazer. Dir-lhe-ia, em súmula, que no tocante ao futuro estaremos sempre atentos

a novas oportunidades de negócio e que sejam catalisadoras de gerar mais-valias para o Grupo e para os seus accionistas. Em que países está hoje presente o Grupo Visabeira?

Para além de Portugal, Moçambique, França e Angola, os nossos principais países de actuação, estamos também presentes na Bélgica, Alemanha, Espanha, Suécia, Brasil, Estados Unidos da América, Caraíbas, Reino Unido, Marrocos e África do Sul. Para além da presença física nestes países, os nossos produtos são comercializados em cerca de 50 países.

r Para além

de Portugal, Moçambique, França e Angola, os nossos principais países de actuação, estamos também presentes na Bélgica, Alemanha, Espanha, Suécia, Brasil, Estados Unidos da América, Caraíbas, Reino Unido, Marrocos e África do Sul”

entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

Que prioridades perspectiva para o desenvolvimento regional de Viseu?

Uma das prioridades passa, na minha óptica, por trazer de novo a Viseu o caminho-de-ferro. Actualmente o comboio é a forma mais económica e menos penalizadora para o ambiente de transportar mercadorias e pessoas. A cidade de Viseu não deveria continuar excluída da rede ferroviária nacional. A melhoria da acessibilidade a Coimbra e à A1 é outra das prioridades, em termos de infra-estruturas, neste caso rodoviárias. Ao mesmo tempo é necessário criar as condições de atractividade, a diversos níveis, para que mais empresas surjam e se instalem na região. Esse é um dado determinante para criar emprego, gerar fluxos económicos e aumentar a competitividade da nossa região face ao resto do país. Uma região só consegue ombrear com as restantes se tiver um tecido económico forte, coeso e determinado. Como acha exequível captar o investimento industrial para a nossa região?

Neste aspecto temos que considerar dois níveis de actuação. Ao Estado compete legislar (ou colocar mais em prática o que já existe) no sentido de dar ao interior do País alguns benefícios fiscais, por forma a incentivar as empresas a considerar esse um factor importante para a sua localização. Só com vantagens a esse nível conseguiremos concorrer com o litoral, onde se concentra mais população, onde se está mais perto dos grandes centros urbanos,

onde as matérias se escoam mais facilmente devido à proximidade com os portos e aeroportos. Ao Poder Local, entenda-se às autarquias, caberá a tarefa de construir boas áreas industriais com boas infra-estruturas, onde, à semelhança do que de melhor existe no Mundo, os parques industriais tenham todas as condições para empresas e para as pessoas. A nível municipal também deverão haver incentivos para criação e fixação de empresas. É que assistimos hoje à deslocalização de muitas empresas, sobretudo multinacionais, que vão à procura de melhores condições no exterior. Esse fenómeno tem de ser travado.

Outro elemento importante na atracção de investimentos é a existência de mão de obra qualificada, pelo que o desenvolvimento das instituições de ensino, em articulação com o tecido empresarial, é condição indispensável. Quais os investimentos previstos pelo Grupo Visabeira para a região de Viseu?

Devo dizer, antes de mais, que a “região de Viseu”, entendida como área de actuação do Grupo Visabeira, vai neste momento de Satão a Ílhavo, passando por Penalva do Castelo, Mortágua ou Arganil. Nesta geografia em concreto, e apesar da conjuntura macroeconómica no nosso país ser particular-


PAULO VARELA | À CONVERSA 9

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mente desfavorável, temos diversos investimentos em curso. Um dos mais importantes, consiste na construção de nova fábrica, em Ílhavo (a Ria Stone) que vai produzir cerca de 30 milhões de peças anualmente, para o grupo IKEA, e representa um investimento de cera de 20 milhões de euros. Tratase de um projecto de grande alcance, uma vez que permitirá a criação de mais de centena e meia de postos de trabalho permanentes e a quase totalidade da produção terá como destino a exportação. Estamos também a aumentar a capacidade de produção da nossa unidade de fabrico de “pellets” em Arganil, designada Pi-

newells, que passará a ter uma capacidade próxima das 150.000 toneladas\ano, também comercializadas essencialmente nos mercados externos. Está também em fase de conclusão, em diversos concelhos da zona Centro, a construção pela nossa subsidiária Fibroglobal, das chamadas “RGN – redes de nova geração em zonas rurais”, ou seja, redes de fibra óptica, que permitirão a disponibilização de serviços de comunicações de banda larga, em zonas economicamente mais desfavorecidas e de menor densidade populacional. Trata-se de um investimento global de 43 milhões de euros, só na zona Centro, de grande importância estrutural para

o desenvolvimento da região e, por isso, comparticipado em grande parte pela União Europeia. Para além destes projectos, de natureza mais estrutural e maior dimensão, os nossos investimentos são, diria, diários. Quanto mais não seja por via da manutenção e modernização que as infra-estruturas que possuímos requerem. Estou a lembrar-me, na área do Turismo, do Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa no qual investimos nos último anos, alguns milhões de euros, na sua ampliação e criação de novas estruturas de apoio. Como já referi anteriormente, o Grupo Visabeira está atento em permanência ao surgimento de

oportunidades de negócio e, sempre que algo desperte interesse, procuraremos estudar a viabilidade de investimento.

tuto Politécnico de Viseu, que ao longo dos anos tem constituído um local privilegiado de recrutamento do Grupo.

Como encara a aliança entre o ensino superior e o sector empresarial?

Neste âmbito, que papel cabe ao ensino profissional?

Como referi, considero imprescindível a articulação entre o ensino superior e o tecido empresarial, no sentido de desenvolver as condições necessárias para que o sistema de ensino esteja, efectivamente, ao serviço do desenvolvimento económico da região e do País. Temos todos, por isso, muito a ganhar com a ligação entre empresas e escolas e o exemplo disso, é a ligação com o Insti-

Ora ai está outra vertente importantíssima, que tem sido algo descurada no passado recente. É que as empresas não necessitam apenas de licenciados. Precisamos de colaboradores que sejam bons juntistas, marceneiros, carpinteiros, electricistas, metalúrgicos, mecânicos, etc. E esses recursos devem sair do ensino técnico e profissional, que não deve sequer ser considerado como uma segunda opção ou segunda escolha, mas sim uma qua-

lificação profissional altamente dignificante, que em muitos casos até garantirá melhores condições de empregabilidade, ao ir de encontro às necessidades das empresas. No nosso caso particular, colocamos uma grande enfâse na formação de técnicos especializados em diversas áreas, mas com particular destaque nos sectores das telecomunicações e energia eléctrica. Qual o papel do Clube dos Business Angels de Viseu?

Permita-me que responda a essa questão começando por me congratular pelo facto de se ter criado o Clube Business Angels Viseu, uma aposta da CIM Viseu Dão Lafões e da AIRV – continua»


10 À CONVERSA | PAULO VARELA Associação Empresarial da Região de Viseu, ao qual tenho o grato prazer de presidir. Este é um clube de extrema importância nos tempos actuais, uma vez que tem como principal objectivo proporcionar aconselhamento técnico e suporte financeiro a empreendedores que pretendem criar novas empresas mas que não dispõem dos recursos para tal. Desta forma o Clube vai incentivar o crescimento do tecido económico da região, não só do ponto de vista do apoio financeiro mas, também, no suporte a diversos níveis, desde logo o da inovação. Com o nosso apoio, estou convicto, vão surgir mais empresas e empresários e, acima de tudo, mais emprego. Vai ser possível revitalizar o nosso tecido empresarial. Quando falávamos dos jovens licenciados do ensino superior, aqui está uma boa oportunidade de criarem o seu emprego por via do surgimento das próprias empresas. Porque anuncia o Grupo Visabeira investimentos avultados em cidades próximas (fábrica da Vista-Alegre e Hotel Vista-Alegre em Ílhavo) e não o faz na região de Viseu?

Devemos, antes de mais ter em linha de conta alguns aspectos. Primeiro, faz todo o sentido que a Ria Stone, designação da empresa que vai fabricar para a IKEA, se localize me Ílhavo, uma vez que sendo uma unidade da Vista Alegre beneficia da proximidade com a “casamãe” em todos os sentidos. Desde logo tem o suporte de “know-how” técnico e humano determinantes para a sua implementação e consolidação. Depois, é uma zona rica na matériaprima que utilizamos para a produção. Outro factor prende-se com a proximidade, sobretudo dos portos marítimos. Se o objectivo da Ria Stone é exportar praticamente a totalidade da sua produção, quanto mais perto estivermos dos pontos pelos quais se opera essa operação, tanto melhor. Quanto ao hotel da Vista Alegre, neste caso nem poderia ser noutro local, já que o mesmo está incluí-

do num projecto mais amplo. Vejamos. O nosso objectivo é requalificar o designado Bairro Operário da Vista Alegre, que inclui a construção do hotel, requalificação da Capela de Nossa Senhora da Penha de França, (padroeira da fábrica), do Teatro da Vista Alegre e dos espaços exteriores envolventes do complexo. O Palácio da Vista Alegre, que vai dar origem ao futuro hotel de 5 estrelas, é ali que existe. Logo, o investimento ao abrigo do grande projecto, tem que se feito lá. Para as pessoas menos conhecedoras, direi que a Vista Alegre tem um potencial enorme no âmbito do turismo. A fábrica e o museu são visitados por pessoas de todo o mundo, que pretendem conhecer uma das marcas de maior prestígio nacional. Muitos são coleccionadores e clientes da marca.. O hotel vai potenciar, ainda mais, essa procura. Convém, todavia, realçar que os maiores investimentos realizados pelo Grupo Visabeira, nas últimas 3 décadas, foram na região de Viseu, nomeadamente em hotéis, unidades fabris, imobiliário, e o próprio Palácio do Gelo Shopping, que consistiu no maior investimento até à data. Para que não restem dúvidas, o Grupo Visabeira tem um grande apego às suas origens. Sinal inequívoco disso mesmo, é o facto da nossa sede e todos os serviços centrais continuarem a ser em Viseu, onde tudo teve origem há 33 anos. Isto, não obstante, o Grupo Visabeira ser uma hoje uma empresa verdadeiramente multinacional, com mais de metade das suas receitas provenientes da área internacional. Está do ponto de vista pessoal, disponível para se envolver mais com a comunidade empresarial da nossa região e pôr ao serviço das nossas instituições a sua experiência empresarial, nomeadamente corporizando uma candidatura à presidência da AIRV, nas próximas eleições?

Estou, como sempre estive, totalmente disponível para colaborar com as diversas instituições e organizações que, na nossa re-

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gião, procuram dinamizar a actividade empresarial. Não penso que a candidatura à presidência da AIRV, ou qualquer outra função institucional ou associativa desse género, seja imprescindível para continuar a dar o meu contributo pessoal, partilhando as competências e a experiência profissional que uma grande organização como o Grupo Visabeira me permitiu adquirir ao longo dos anos. Paulo Varela é hoje vice-presidente do Grupo Visabeira, presidente do conselho de administração da Vista Alegre Atlantis, presidente do conselho de administração da Visabeira Global e detém mais de duas dezenas de cargos similares, inclusive de administrador do Banco Único, SA, de gerente da TV Cabo Angola, da Constructel, de administrador da Portugal Telecom, membro da direcção da AIRV, de membro do conselho geral da AEP, da AIP, etc… Quantas horas têm os seus dias, quantos dias têm as suas semanas e quantos meses têm os seus anos? Ou seja, como se concilia a vida de um cidadão de 44 anos com tantos cargos, em tantos países?

Essa conciliação faz-se devido ao enorme prazer que retiro da minha intensa actividade profissional, aliado à grande compreensão e apoio que a minha família sempre me proporcionou. As minhas responsabilidades profissionais e as funções que exerço requerem uma disponibilidade quase total e viagens permanentes. Proporcionamme, em contrapartida, o contacto com realidades e pessoas muito diversas e desafios constantes, o que tem sido particularmente enriquecedor em termos pessoais e profissionais. É precisamente este desejo de superação permanente, que me motiva e me incentiva a retirar o máximo partido de todo o tempo disponível. Diga-se também, em abono da verdade, que a imersão (quase) total no trabalho e as responsabilidades crescentes que tenho assumido na minha vida profissional, só tem sido possível, porque a minha mulher Isabel, consegue conciliar

a sua também exigente actividade profissional com a educação e acompanhamento dos nossos filhos Rita e Tiago, de uma forma absolutamente inigualável. Tenho, por isso, uma enorme dívida de gratidão para com a minha família, devido ao incansável apoio e encorajamento que me têm dado, que, espero, possa vir a saldar no futuro. A nova parceria entre a IKEA e a VA (Ria Stone) passa por uma nova fábrica de 20 milhões de euros que visa produzir mais de 30 milhões de euros/ano em peças de louça de grés para o grupo sueco. Quantos postos de trabalho vão criar? A localização geográfica, Ílhavo, em detrimento de Viseu, prende-se apenas com o facto de aquela ser berço da Vista Alegre?

Tal como já lhe referi o facto de a Ria Stone ser mais uma empresa do Grupo Vista Alegre Atlantis faz todo o sentido localizar-se em Ílhavo, além das razões também, já explicadas. Quanto aos postos de trabalho apontamos para cerca de centena e meia, numa fase inicial. Paulo Varela é ainda conselheiro Editorial do Jornal de Notícias. Em que consistem as suas funções?

Desde logo, considero uma honra e um privilégio muito grandes integrar o leque de personalidades deste país que o Jornal de Notícias convidou para o seu Conselho Editorial. Estamos a falar de figuras proeminentes da vida política, académica, empresarial, social, das artes e das ciências, com centro vital de actividade no Norte e Centro do País. O Conselho Editorial tem como missão apresentar sugestões e opiniões, no sentido de melhorar e aperfeiçoar o jornal, contribuindo para reforçar o seu papel como referência no norte do país. Não temos qualquer interferência no conteúdo editorial do jornal. Apenas somos chamados a expressar a nossa opinião sobre o diário e a darmos algumas ideias para o tornar, cada vez mais, uma voz ao serviço dos anseios e preocupações das populações e dos agentes económicos do Norte e Centro de Portugal.



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Emília Amaral

região INVESTIGAÇÃO

A Câmara Municipal de Viseu formalizou na quarta-feira, dia 3 de julho, a adesão ao Instituto Pedro Nunes (IPN), com o objetivo de impulsionar o tecido empresarial, através do apoio a empresas com ideias inovadoras e de base tecnológica. A cerimónia decorreu no edifício onde irá funcionar a incubadora de empresas, na Rua do Comércio (antigo quartel dos Bombeiros Voluntários), que está a ser alvo de uma requalificação orçada em mais de 600 mil euros. A parceria permite que, numa primeira fase, que está em curso, seja proporcionada formação a quadros residentes em Viseu, Publicidade

“para que depois possam prestar apoio às empresas da incubadora, quer para um plano de negócio ou até a para a avaliação da atividade”. Este apoio será dado às empresas da incubadora numa segunda fase, para que tenham viabilidade e “consigam andar sozinhas”. A presidente do IPN, Teresa Mendes resumiu que o objetivo é “ajudar a que essas ideias inovadoras se transformem em negócio”. Para o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas é “determinante a relação entre autarquias e instituições do saber”, justificando a parceria estabelecida com o IPN.EA

Emília Amaral

Viseu adere ao Instituto Pedro Nunes A José Costa tomou posse como presidente do Lions Clube de Viseu a 29 de junho

Novo presidente do Lions quer trabalhar em rede Missão ∑ Trabalho em defesa do bem-estar do outro exige novos colaboradores O novo presidente do Lions Clube de Viseu, José Costa quer ver o grupo reforçado com novos colaboradores, sobretudo mais jovens que tenham como missão apoiar a sociedade, e avançar com um projeto em rede com outras organizações da cidade. “ Gostava de ver mais gente disponível, porque numa sociedade cada vez mais competitiva onde o individualismo se impõe, é bom que as pessoas se envolvam em instituições não-governamentais e trabalhem realmente para os outros”, realçou José Costa. O também vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu, já assumia funções de número dois do Lions Clube de Viseu, tendo na semana passada substituído Palmira Lemos. O clube Lions é a maior organização não-governamental do mundo que tem como objetivo central o bem-estar dos outros, atendendo às necessidades das comunidades locais.

O Lions Clube de Viseu, inserido no Distrito Norte da organização, tem 35 anos de atividade e um percurso de destaque no trabalho desenvolvido na região em prol dos mais desfavorecidos. Entre as diversas ações, recorda-se o grande concerto solidário que aconteceu no ano passado com a colaboração de diversos grupos da cidade, em que os lucros foram canalizados para as juntas de freguesia, para que estas pudessem comprar medicamentos os munícipes mais carenciados. José Costa destaca o papel “de referência” de antigos presidentes, alguns deles já desaparecidos, como Carlos Anjos, Vitor Boga, Carmindo Lemos e a anterior dirigente, Palmira Lemos, mas assume que a sociedade atual exige ainda mais destas organizações não-governamentais. Nesse sentido, o dirigente pretende avançar com um novo projeto em rede, que permita ganhar escala nos apoios à sociedade:

“Temos várias organizações não-governamentais no terreno, mas normalmente tomam iniciativas por si só e quem já é voluntário no dia-a-dia pode reforçar esta partilha com outras instituições do género que permite um retorno ainda mais grandioso. Nesse contexto é nossa intenção partilhar com outras instituições, como o Rotary, a Caritas e outras, ao promover iniciativas que ganhem escala na ajuda à cidade”. José Costa avançou que vai “tentar trabalhar na organização de eventos que permitam a angariações de fundos para algumas instituições. Uma das ações já programadas é a Gala do Fado, em outubro, em que os lucros vão reverter para o Centro de Acolhimento Temporário de Viseu. “Haverá outras iniciativas ligadas à saúde, aos idosos e à área social em geral”, terminou. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Viseu. Uma viatura ligeira ardeu parcialmente na passada segunda-feira, dia 8, junto a um restaurante em Repeses, Viseu. O incêndio aconteceu quando o proprietário estacionou o carro e foi almoçar, tendo as chamas sido apagadas com um extintor do restaurante. A PSP de Viseu chamada ao local solicitou a comparência da Polícia Judiciária.

INCÊNDIO

Nelas. Umincêndio que deflagrou na madrugada de sexta-feira, dia 5, em Fontanheiras, Nelas, destrui vários hectáres de floresta e mato e ameaçou dezenas de casas dispersas na floresta. Um bombeiro sofreu queimaduras e outro ficou intoxicado com o fumo. No terreno andaram mais de 250 homens durante quase 24 horas.

DETENÇÕES

Viseu. A PSP de Viseu deteve um homem de 36 anos por violência doméstica, na sexta-feira, dia 5. No dia seguinte, a PSP deteve um outro homem 63 anos de idade por se encontrar em situação irregular no país.

DETENÇÕES

Nelas. A GN R de Mangualde deteve, em Lapa do Lobo, em flagrante delito, um jovem de 19 anos, por furto em interior de residência. “O mesmo faziase acompanhar por um indivíduo de 15 anos de idade, tendo este sido identificado e entregue a instituição de acolhimento.”acrescenta a GNR em comunicado. O arguido foi presente ao Tribunal Judicial de Nelas, tendo a decisão sido adiado para dia 15 de julho.


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VISEU | REGIÃO 13

11| julho | 2013

Estratégias No final de Junho, decorreu no Terreiro do Paço, em Lisboa, a 5ª edição do mega pic-nic promovido pelo Continente. O evento contou com a participação de 600 mil pessoas e permitiu alcançar mais um record do Guinness, com a elaboração de 5000 litros de gaspacho. Com o propósito de trazer o campo para a cidade, vários foram os cenários agrícolas criados. No Terreiro do Paço, foram instalados 1500 canteiros, 38 culturas agrícolas, introduzidas 137 árvores de fruto, povoado com 332 animais. A experimentação e a aplicação de algumas técnicas agrícolas foram possíveis de desenvolver na mega horta criada para o efeito. Trata-se de um evento com elevado reconhecimento nacional e várias foram as entidades governamentais que fizeram questão de estar presentes. Os participantes, em particular os mais jovens, adoraram a iniciativa onde se privilegiou a produção nacional. Um recente estudo sobre o futuro do consumo na Europa, elaborado pela Cetelem, aponta no sentido de uma larga maioria dos consumidores (72%) privilegiarem a intenção de comprar alimentos directamente aos produtores, evitando em muitos casos o canal mais utilizado, a grande distribuição. No entanto, em Portugal apenas 58% dos inquiridos estará disponível para adquirir bens em pequenas lojas de bairro. Trata-se de uma percentagem em tudo idêntica ao que se verifica a nível europeu (60%). Assistimos assim a uma paulatina mas inequívoca alteração em crescendo dos hábitos de consumo, neste caso da grande distribuição para o pequeno comércio. Em face destes dados, é fácil de constatar que as grandes superfícies já há algum tempo começaram

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

a alterar a sua forma e modelo de comunicar, procurando satisfazer vontades, desejos e anseios dos consumidores. O mega pic-nic, que não deixa também de ser um evento com forte pendor musical e de entretimento, é um claro exemplo a que se podem juntar as feiras de vinhos, enchidos e queijos disseminadas ao longo do ano. No caso do comércio tradicional, que para alguns se encontra num estado moribundo, talvez seja conveniente ponderar, entre outras medidas, uma possível alteração ou modificação do seu horário de funcionamento. Os dados agora vertidos e quantificados são uma prova evidente da alteração de tendências. Esta hipotética medida, a surtir efeito, demanda a união dos comerciantes numa dada área, mediante o desenho de estratégias consensuais para todos poderem sair a ganhar. Actos isolados apenas resultam em aumentos de custos. Numa estratégia conjunta, a AIP (com o apoio da AICEP, em parceria com a FIPA, PortugalFoods, Portugalfresh, Inovcluster, Agrocluster e Inovisa) está a organizar a futura participação de empresas portuguesas na Feira Alimentaria Brasil 2013, que decorrerá em São Paulo, de 16 a 19 de Setembro 2013. Trata-se de um evento de enorme importância e com forte impacto na América Latina, um espaço que temos vindo a conquistar. Num momento em que muitos fazem o balanço das perdas e ganhos a nível partidário e pessoal sobre a recente crise politica, talvez seja prudente e oportuno também a UE redefinir e emanar novas e proveitosas estratégias para poderem ser trilhadas e alcançadas por todos.

Viseu novo e Viseu antigo vista a partir de um “click” Projeto ∑ “Viseu na Palma da Mão” continua a inovar A aplicação “Viseu na Palma da Mão”, desenvolvida por alunos e professoras da Escola Secundária Emídio Navarro (ESEN), que permite aos utilizadores visualizarem e manipularem objetos virtuais em contexto real, apontando o telemóvel para o foco pretendido na cidade, tem agora uma nova funcionalidade que possibilita dar a conhecer fotos antigas dos locais referenciados. Ou seja, o turista com a aplicação no seu telemóvel pode, por exemplo, apontar para o Rossio da cidade e visualizar como ele é atualmente e como foi há três décadas, quando tinha a estátua do Infante D. Henrique, duque de Viseu. “A nova funcionalidade de nome ‘Old Pictures’ assenta numa fusão fotográfica que, a partir de um click, sobrepõe à imagem atual uma foto antiga com o mesmo enquadramento o que permite colocar na palma da mão dos visitantes pedaços de recordações dos espaços mais emblemáticos da cidade”, acrescentam os autores do projeto numa nota à imprensa. Em paralelo com esta aplicação interativa funcional, o projeto disponibiliza

DR

Opinião

A “Old Pictures” é a nova funcionalidade a exposição de fotografia itinerante “De Geração em Geração, Viseu anda na Palma da Mão” que circula por vários espaços da cidade, nos meses de verão. A mostra permite ao turista visualizar 25 fotos antigas dos pontos de interesse referenciados na aplicação

ViseuMobile. As fotos antigas foram fornecidas pelo projeto “Viseu com Z” tendo a montagem sido feita pelos alunos do curso profissional de Multimédia da ESEN. Emília Amaral

Locais da exposição

∑ Palácio do Gelo: 13 de a 26 de julho ∑ Jardins Efémeros: 27 e 28 de julho ∑ Welcome Center: 1 a 31 de agosto ∑ Biblioteca Municipal: 2 a 30 de setembro ∑ IPV: 1 outubro a 30 outubro

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RUAS RECEBE PRÉMIO “BEST CITY” PARA VISEU O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas afirmou que deu por bem empregue a deslocação a 30 de junho e 1 de julho a Montreaux, na Suíça, para receber os prémios Best City (Melhor Cidade) e Melhor Autarca, atribuídos pela organização não governamental Europe Business Assembly (EBA). Fernando Ruas disse aos jornalistas no dia em que regressou do encontro, não entender a “confusão” instalada à volta do prémio: “Não tenho nenhum dado que me faça ter alguma preocupação”. O jorna l público tinha noticiado que “segundo vários relatos de jornalistas estrangeiros reproduzidos nas redes sociais, os prémios em causa são qualquer coisa entre o conto do vigário e a exploração da ‘pura vaidade’ dos distinguidos”. Fernando Ruas confirmou o pagamento de “3.400 libras” (cerca de quatro mil euros) de inscrição para participar no congresso onde os prémios foram entregues, mas adiantou que a cidade foi bem apresentada a mais de 100 especialistas “que acharam que tem todas as condições para vir a ser um destino espetacular para o turismo de saúde”. EA

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14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS

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Junqueiro continua na corrida à presidência da câmara “Se esta crise política acabar em eleições eu serei candidato à Câmara Municipal de Viseu e não serei candidato à Assembleia da República. Disse isso no início e tenho agora a oportunidade de reafirmar aqui este meu compromisso”, sustentou José Junqueiro à margem da conferência “Viseu Criativa”, que debateu as propostas inseridas no seu programa de candidatura à cidade. Proferida durante a passada sexta-feira, semana muito marcada pela instabilidade política em Portugal e pelo eventual cenário de eleições antecipadas, esta intenção de José Junqueiro ficou bem assente. “É uma palavra de confiança. Poderei ganhar ou perder a câmara mas não serei, em caso algum, candidato à Assembleia da República porque eu só assumo uma candidatura e, assumo a de Viseu”, asseverou o candidato Inserida nas ações de campanha da candidatura de José Junqueiro à presidência da Câmara Municipal de Viseu, Manuel Maria Carrilho, presidente da sua comissão de honra, teve a oportunidade de auscultar o encenador Ricardo Pais, Paulo Ribeiro e Joaquim Alexandre Rodrigues sobre Publicidade

as propostas apresentadas pelo candidato à cidade. “Não fecharão mais espaços de cultura em Viseu”. Esta foi uma das principais conclusões e o “compromisso maior” saído desta conferência-debate realizada na passada semana no auditório Mirita Casimiro. O candidato socialista assegurou ainda que irá empenhar-se pessoalmente, dedicando um trabalho redobrado às “marcas” desta que apelidou como a “cidade das histórias”, para que possa “dar uma nova vida a dois eventos seculares: as Cavalhadas de Vildemoinhos e à Feira de S. Mateus”, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o potencial turístico da Cava de Viriato, local que considera ter sido esquecido pelo executivo nos últimos 24 anos. “Falar na Cava de Viriato, nas Cavalhadas de Vildemoinhos ou na Feira de S. Mateus é falar de realidades que podem ser transformadas em algo que transcende o nosso território, que transcende o nosso país. É uma capacidade de internacionalização através da valorização histórica e daquelas que são as estórias que nós somos capazes de contar. É sobretudo uma inovação”, concluiu o candidato. PM

Falha de comunicação polemiza campanha de Almeida Henriques PSD ∑ “Colaboração” na campanha afasta assessor da Assembleia da República “Jorge Sobrado estará sentado na primeira fila no dia do lançamento do meu programa e continuará a exercer civicamente o seu direito de apoiar a minha candidatura como qualquer outro cidadão”, referiu o candidato do PSD, Almeida Henriques, depois do “terramoto” que atingiu, no início desta semana, a candidatura “Viseu Primeiro”. Jorge Miguel Meleiro Sobrado, assessor do Gabinete da Presidente da Assembleia da República, foi afastado esta semana depois de um jornal diário ter lançado a suspeita que o mesmo colaborava, na qualidade de assessor de imprensa, na campanha do candidato do PSD à Câmara de Viseu, A l meida Hen r iques , ex-secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional. Conforme foi noticiado por esse diário, o dire-

tor de campanha do PSD, e deputado eleito pelo círculo de Viseu Pedro Alves, “confirmou a participação de Jorge Sobrado”, chegando mesmo a informar os jornalistas daquele órgão de comunicação social que: “da comunicação trata o Jorge Sobrado, mas também pode falar comigo sobre a candidatura. Estou numa reunião, mas posso dar-lhe o contacto dele”. Apesar de até à hora de fecho da edição em papel não ser conhecido o despacho que fundamenta este afastamento, a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, não teve qualquer dúvida. Através de um e-mail enviado a todos os líderes parlamentares e endereçado aos deputados da Assembleia da República que são, ao mesmo tempo, candidatos à presidência da Câmara de Viseu, José Junqueiro (PS), Hélder

Amaral (CDS-PP) e Almeida Henriques (PSD), informou: “Tendo notícia de que um assessor por mim contratado estará a dar apoio a uma candidatura autárquica, decidi fazer cessar as suas funções no meu gabinete”. Contactado pela Jornal do Centro, o candidato do PSD, Almeida Henriques, considerou; “Jorge Sobrado é uma pessoa de grande nível, é uma pessoa com P grande e é das pessoas que eu prezo muito em ter nas dezenas de cidadãos que estão a apoiar e a desenvolver a minha candidatura Viseu Primeiro. Sei bem que isso causa algum incómodo aos meus concorrentes, o facto de estar a reunir à minha volta um conjunto tão elevado de pessoas, das mais qualificadas que o concelho tem, e que estão fortemente motivadas para participar neste programa. Isso é o que me importa”, destacou.

Fa l a ndo à m a rgem do fórum participativo “Viseu Primeiro”, realizado no hotel Grão Vasco na passada terça-feira, o candidato censurou os seus adversários diretos culpando-os pelos prejuízos pessoais causados a Jorge Sobrado. “As pessoas têm que se retratar, têm de ser homenzinhos e saber comportar-se na vida. Ao que eu sei, Jorge Sobrado, agastado com a situação, iria ele próprio demitirse uma vez que disse que não estava para aturar este tipo de coisas”, salientou o candidato. Centrando-se na c a mpa n h a , A l meid a Henriques lançou um considerando sobre a ação política dos seus adversários: “em vez de andarem a discutir as coisas que Viseu tem que discutir andam aí a procurar coisinhas e a atirar pedras a uns e a outros”. Pedro Morgado


ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 591 DE 11 DE JULHO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Viseu Económico N.º 3 JULHO | 2013

Suplemento Trimestral da AIRV


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Governação e financiamento Estabilidade e capitalização das empresas sários incentivos fiscais ao investimento, não especulativo, em capitais das empresas. Quem quiser investir a médio-longo prazo deve ser reconhecido pelo facto de correr riscos. É a forma mais sustentável de aumentar a solidez das empresas, o investimento e a criação de emprego.

Ter uma governação incapaz, errática, que não dê o exemplo é um veneno insidioso nas organizações”

Paulo Neto

O governo, a estrutura e o negócio, como diz o Prof. Luis Calleja da AESE, são as “três metades” indispensáveis para o bom funcionamento das empresas. Entende-se por negócio a actividade que a empresa desenvolve e ele comanda tudo. Por estrutura as pessoas e a forma como a empresa se organiza. O governo inclui o longo prazo isto é a estrutura acionista, os valores corporativos, a missão, a visão, a estrutura financeira e as políticas de sustentabilidade. Estas três partes têm de estar em equilíbrio para que uma empresa funcione e cresça. Um bom negócio pode ser afetado por uma estrutura desadequada, muito pesada ou por má governação por falta de capacidade financeira ou de liderança. Todos os negócios podem ser bons ou maus, depende da forma como são geridos. Mas a governação é a luz da organização. A governação tem dimensões imateriais e materiais. Os valores corporativos, a missão, a visão são duradouros, são a “alma” das empresas. A alma é o segredo do negócio, não se copia, é única, é inspiradora. É aquilo que une os colaboradores, aquilo que identifica as organizações. Os valores éticos da gestão de topo são fundamentais. Ter uma governação incapaz, errática, que não dê o exemplo é um veneno insidioso nas organizações. É fundamental ter uma estrutura accionista estável, que seja capaz de liderar e financiar a organização. Muitas vezes é recomendável separar

João Cotta Presidente da AIRV

a gestão do capital, para assegurar competência e profissionalismo, mas são os accionistas os donos e financiadores das empresas. As empresas Portuguesas estão muito apoiadas no financiamento bancário. Porquê? Não existem reais mecanismos alternativos de financiamento às empresas, através

do aumento dos capitais próprios. Em Portugal não temos verdadeiro capital de risco, pois de risco apenas têm o nome. Não existem incentivos fiscais ao aumento dos capitais próprios e a maior parte das empresas não têm dimensão para uma dispersão do capital em bolsa. O financiamento bancário começa a existir mas

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é muito caro. Portugal financia-se a taxas muito elevadas o que afecta a competitividade da economia nacional. A empresa sem uma boa estrutura de capitais próprios tem mais dificuldades em sobreviver. As poupanças em Portugal estão felizmente a aumentar muito. Temos de as dirigir para as empresas. São neces-


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CONVITE Conferência - Governação e Financiamento às Empresas 12 de julho 2013 - 17:15h - Hotel Montebelo, Viseu A AIRV - Associação Empresarial da Região de Viseu, em parceria com o Jornal do Centro vai realizar no próximo dia 12 de julho de 2013, uma conferência, com inicio às 17:15h no Hotel Montebelo em Viseu, com o seguinte programa:

17:15h - Receção dos participantes 17:30h - Abertura , João Cotta - Presidente da Direção da AIRV 17:45h - Apresentação do Programa FINCENTRO, Pedro Correia - CEC - CCIC 18:00h - Perspetivas de Financiamento Bancário às empresas , Luís Lagarto - Administrador da CA Consult - CCAM 18:15h - Notação de Risco, José Poças Esteves - SAER 18:30h - Garantia Mútua no Financiamento das PME: Passado recente e desafios, Marco Gonçalves - Norgarante 18:45h - A Importância dos Selos de Competência - Luís Filipe Costa - Presidente do IAPMEI 19:00h - Transmissão Empresarial, José Cardoso Matos e Marco Pinheiro - Bten 19:15h - Debate 19:30h - Encerramento, Pedro Saraiva - Presidente da CCDRC Certos de que este será um evento do interesse de V. Excelência, agradecemos o preenchimento da ficha de inscrição que se anexa e o seu envio para a AIRV. Faça a sua inscrição usando um dos seguintes contactos: AIRV - Edifício Expobeiras - Parque Industrial de Coimbrões - 3500 618 Viseu - Tel: 232 470 290 Fax: 232 470299 Email: geral@airv.pt Publicidade

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FINCENTRO O Projeto FINCENTRO resulta da identificação de uma falha de mercado crítica para o desenvolvimento do tecido empresarial, a saber: a ausência de intervenções específicas de atuação sobre a componente de financiamento de iniciativas empresariais. A componente de Financiamento das iniciativas empresariais não tem sido abordada como um fator de competitividade determinante conduzindo a uma mortalidade precoce de iniciativas/projetos e de empresas já existentes, por ausência de um enquadramento e estruturação adequadas. Conjugando uma escassez de recursos financeiros nos mercados resultante da debilidade em que se encontra o sistema financeiro com as atuais políticas públicas ativamente promovidas ao nível da disponibilização de novos instrumentos financeiros (de que são exemplos a dinamização do sistema de caucionamento mútuo, FSCR, Fundos Imobiliários e Fundos de Apoio à Concentração Empresarial), pelos órgãos competentes nacionais e regionais, o FINCENTRO constitui uma resposta integrada que visa atuar simultaneamente sobre a procura e oferta, em complementaridade e interligação com as políticas públicas e as iniciativas privadas, existentes ou em vias de implementação que atuam a montante das necessidades de financiamento. Tendo em consideração a abordagem metodológica definida e a forte articulação com as políticas públicas mencionadas, o FINCENTRO permite uma alavancagem importante de instrumentos já no terreno

ou a criar. Neste contexto, conjugando a abordagem baseada no ciclo de vida das empresas (todas as fases) com o desenvolvimento das economias locais, está contemplada a articulação com o IAPMEI no âmbito do FINICIA e do seu Eixo III – Iniciativas Empresarias de Interesse Regional, envolvendo a colaboração com o IAPMEI e as Autarquias da Região, numa perspetiva de diversificação das fontes de financiamento a alocar às iniciativas empresariais. Numa outra vertente está também prevista a articulação ao nível regional do Vetor 3 do FINCENTRO com a iniciativa de âmbito nacional promovida pelo IAPMEI na área da sucessão empresarial. O trabalho articulado e complementar entre o FINCENTRO e o IAPMEI potencia a alavancagem de resultados e a sua disseminação pelo tecido empresarial da Região. Os objetivos fundamentais que se pretende no âmbito do Projeto FINCENTRO são os seguintes: - Mobilizar o Tecido Empresarial para Dinâmicas de Desenvolvimento Empresarial Diferenciadas sustentadas em novos instrumentos financeiros. - Disponibilizar e Responder ao surgimento de iniciativas inovadoras quer em termos de novas atividades quer em termos de novos processos e produtos em atividades existentes, através da sensibilização para o recurso a soluções de financiamento de capital e dívida, suportadas em instrumentos colaterais de garantia. - Disponibilizar Soluções de Financiamento Integradas e Diversificadas (conju-

gação de recursos privados com recursos públicos, cofinanciados ou não). -Reduzirascondicionantes, conjugar e compatibilizar, de forma estruturada, a procura e a oferta de financiamento.

A componente de Financiamento das iniciativas empresariais não tem sido abordada como um fator de competitividade determinante conduzindo a uma mortalidade precoce de iniciativas/ projetos”

- Dinamizar e contribuir para a alteração do perfil de financiamento das empresas, baseado na disponibilização e utilização de produtos e instrumentos financeiros não tradicionais. - Implementar na Região uma Plataforma (originação, estímulo, estruturação e acesso a produtos, servi-

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ços e instrumentos diversificados de financiamento) com o objetivo de potenciar e apoiar as mudanças estruturais do tecido económico. - Importa relevar a complementaridade do projeto com os objetivos do Mais Centro no que concerne à oferta de apoio à criação e desenvolvimento de PME, incentivados através de outras iniciativas (avisos de concurso) promovidas pelo Programa. O FINCENTRO atua de forma crítica e focalizada sobre uma das componentes essenciais num processo de dinamização empresarial: o financiamento. Em síntese, o FINCENTRO, tendo uma focalização estratégica objetiva na falha de mercado identificada e uma abordagem metodológica que abrange todo o ciclo de vida das empresas (criação, desenvolvimento, consolidação e transmissão), não se substituindo deste modo a outras iniciativas que visem, em particular e por exemplo, a dinamização do empreendedorismo, constituindo-se antes como um instrumento estratégico de alavancagem dessas iniciativas numa visão integrada da dinamização empresarial. Assim, a estruturação de planos de financiamento inovadores, a criação de condições de diferenciação financeira positiva e a sensibilização, promoção e concretização de processos de transmissão contribui de forma objetiva para alavancar outras iniciativas de dinamização empresarial. O FINCENTRO, atuando numa perspetiva de alteração do paradigma de financiamento das empresas, apresenta uma forte articulação e complementari-

dade com outras iniciativas já em curso ou em vias de implementação, conforme se descreve na memória descritiva do projeto, sendo de realçar a sua articulação e complementaridade com: - Iniciativas focalizadas na 1º fase do ciclo de vida das empresas e no desenvolvimento das economias locais, quer no que concerne à criação de empresas, quer no que concerne a iniciativas empresariais de base local (sendo exemplo desta última a articulação com o Eixo 3 do Finicia); - Iniciativas focalizadas na 2º fase do ciclo de vida das empresas e no posicionamento competitivo designadamente no que concerne à estruturação de planos de melhoria que conduzam à atribuição de selos de competência e ao acesso a novos mercados de financiamento; - Iniciativas focalizadas na 3º fase do ciclo de vida das empresas designadamente no que concerne à sensibilização de empresários e agentes para a problemática da sucessão à promoção e concretização de dinâmicas empresariais através de processos de sucessão, fusões, aquisições e a mobilização de ativos (em parceria ativa com a iniciativa do Iapmei focalizada nesta temática);



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A notação de risco de crédito independente (rating) é uma opinião sobre a capacidade e vontade de uma entidade honrar, atempadamente e na íntegra, os compromissos financeiros sujeitos a rating. É uma opinião prospectiva, independente, neutral, fundamentada, rigorosa, sistemática, contínua e atempada. A independência é garantida pelo facto da notação ser atribuída por uma agência de rating, entidade sem ligação quer ao emitente, quer ao credor, que reúne profissionais especializados, altamente qualificados e experientes na análise de risco de crédito, metodologias testadas e procedimentos aprovados e registados junto da European Securities and Markets Authority (entidade reguladora europeia para o sector). Destaque-se que a fundamentação da notação atribuída engloba a utilização de informação confidencial da empresa, mantida confidencial pela agência de rating,

Os bancos estão muito pressionados ao nível da solvabilidade e estão forçados a reduzir a sua alavancagem”

mas ponderada na notação atribuída. O rating traduz-se assim numa enorme redução das assimetrias de informação entre a empresa e os seus actuais e potenciais investidores, contribuindo fortemente para a eficiência do mercado. O rating permite assim à empresa: - reduzir os seus custos de financiamento; - emitir divída directamente no mercado, reduzindo a sua dependência dos bancos; - distinguir claramente o risco da empresa do risco da República Portuguesa; - facilita a obtenção de crédito junto de fornecedores e aumenta a sua credibilidade junto dos clientes; - reduzir a necessidade de prestar garantias; e - melhorar a sua gestão, resolvendo as fraquezas detectadas durante a análise de rating. O rating é uma condição necessária para que as empresas portuguesas (que mantêm uma fortíssima concentração do seu endividamento nos bancos e no curto prazo) acedam a alternativas de financiamento (dívida desintermediada, grupada, internacional...), uma necessidade absoluta para o seu desenvolvimento num contexto em que: - o rating e os custos de financiamento da banca nacional acompanharam a profunda degradação ocorrida ao nível da República, o que foi transposto para as condições de financiamento da empresas nacionais; - os bancos estão muito pressionados ao nível da solvabilidade e estão forçados a reduzir a sua alavancagem; - perante a crise, os bancos acentuaram ainda mais o seu já tradicional enviesa-

DR

A Notação de Risco e as alternativas ao financiamento das Empresas

José Poças Esteves Sócio-gerente da SAER

mento para o investimento em dívida soberana e em dívida de grandes empresas; e - as evoluções regulatórias perspectivadas no âmbito de Basileia III e Solvência II que deverão aumentar as restrições de liquidez para dívida empresarial.

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Norgarante: A garantia Mútua O que é a Garantia Mútua?

É um sistema privado de cariz mutualista de apoio às pequenas, médias e micro empresas (PME), que se traduz fundamentalmente na prestação de garantias financeiras na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições de preço e prazo adequadas aos seus investimentos e ciclos de atividade. Com o objetivo de impulsionar o investimento, desenvolvimento, modernização e internacionalização das PME, as Sociedades de Garantia Mútua (SGM) prestam ainda todas as outras garantias necessárias ao desenvolvimento da sua atividade nos sectores: *Industria *Comércio *Serviços *Construção *Turismo *Transportes

rantias necessárias no âmbito das relações comerciais. • Facilita a escolha das melhores soluções de financiamento e a obtenção do crédito em menos tempo. • Reduz o risco que a banca naturalmente atribui a estas operações,

permitindo assim diminuir o seu custo, obter prazos mais adequados e libertar plafonds de crédito adicionais. • Elimina ou reduz a necessidade de garantias reais ou pessoais dos sócios, com a redução dos custos que isso implica, por exemplo, em escritu-

ras e registos de hipotecas. • Apoia as empresas na análise da sua situação económico-financeira e na montagem de operações de financiamento com recursos a produtos mais sofisticados, como a emissão de obrigações.

Garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições de preço e prazo adequadas aos seus investimentos e ciclos de atividade”

Quem é a Norgarante?

A NORGARANTE é a maior sociedade de garantia mútua a operar em Portugal. Desde o início da sua atividade, e até 31 de Março de 2013, prestou 59 198 garantias, num total de 3 196 milhões de euros. Estas garantias foram prestadas em benefício de 31 000 empresas, que empregam cerca de 513 mil trabalhadores e que fizeram investimentos de 6 596 milhões de euros. A carteira de garantias viva é de 1 250 milhões de euros. Qua vantagens apresenta para as empresas?

• Disponibiliza as ga-

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Governação e financiamento às empresas

DR

A importância dos selos de competência

Luís Filipe Costa Presidente do Conselho Diretivo do IAPMEI

A relação entre os modelos de governação das empresas e a sua capacidade de acesso ao financiamento é um tema cada vez mais presente na abordagem das políticas públicas para a dinamização empresarial e financiamento. Num momento em que Portugal vive um dos períodos mais exigentes da sua história recente e, em que se enfrentam sérias dificuldades no acesso a financiamento, sobretudo por parte das PME, importa equacionar todos os fatores susceptíveis de contribuir para diminuir a perceção de risco e melhorar a comunicação com o mercado. Sabemos bem que os modelos de financiamento mais voltados para a acumulação de dívida do que para um saudável equilíbrio desta com o reforço dos capitais próprios, são modelos esgotados e insustentáveis. Sabemos também que as boas práticas de governo “empresarial” e a qualidade na relação das empresas com o mercado e com os seus stakeholders são matérias decisivas para a geração de confiança e para a melhoria do relacionamento das empresas com os mercados e, muito em particular, com o mercado financeiro. Apresentar-se ao mercado e aos potenciais financiadores com um modelo e uma prática de gestão que privilegia o rigor, a transparência e a responsabilidade social é já uma situação amplamente reconhecida como um importante fator de diferenciação positiva que contribui para facilitar o acesso ou as condições de financiamento. No IAPMEI acompanhamos com muita atenção as dinâmicas e as neces-

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sidades das empresas e asseguramos uma intervenção em domínios tão relevantes como o acesso ao financiamento, o apoio ao investimento, o reforço de competências, a qualificação de recursos e estratégias de negócios, a inovação e o redimensionamento, entre outros. Neste contexto e, porque acreditamos que esta é uma área fundamental para as PME, trabalhamos também na área da reputação e da confiança. Num período, como o atual, de dificuldades acrescidas e de maior incerteza, entendemos que o reforço destas áreas, através da promoção de iniciativas como a PME Líder e a PME Excelência, são ainda mais importantes do que em momentos de estabilidade e crescimento. Refiro-me aos dois “selos” promovidos pelo IAPMEI para conferir maior visibilidade ao mérito e às características distintivas das PME e que proporcionam um conjunto de benefícios diretos em serviços específicos de elevado valor para as empresas. Para além do reconhecimento público das suas boas práticas estas iniciativas dinamizam e promovem importantes processos de qualificação da sua comunicação com o mercado, assegurando uma melhor sinalização de um já significativo conjunto de empresas sólidas, competitivas e sustentáveis, presentes na economia portuguesa.

Importa equacionar todos os fatores susceptíveis de contribuir para diminuir a perceção de risco e melhorar a comunicação com o mercado”


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Transmissão Empresarial Transmissão Empresarial

Por “transmissão” entendem-se todas as operações que originem uma mudança de titularidade da propriedade das empresas, seja total ou parcial, abrangendo tanto as formas mais comuns de cessão de participações sociais ou de aumentos de capital com entrada de novos acionistas, como outras formas menos frequentes, como sejam o caso das fusões ou das cisões, mas que conduzem igualmente a alterações de propriedade nas entidades resultantes dessas operações. Tipos de Transmissão

A cessão de participações sociais pode assumir várias formas, dependendo do modelo adoptado pelo adquirente: • Aquisição simples, em que o adquirente compra directamente uma posição social; • Aquisição alavancada por recurso ao crédito, com constituição de garantias que habitualmente incluem a própria empresa a adquirir e que é vulgarmente conhecida pela sua designação em inglês de Leveraged Buy-Out (LBO), podendo ainda assumir derivações do termo, sendo a mais conhecida o Manage-

ment Buy-Out (MBO); • Aquisição por Fundos de Capital de Risco ou por Fundos de Reestruturação. Esta transmissão tem em regra um carácter temporário, normalmente entre 3 a 5 anos, e a aquisição envolve desde logo um acordo de saída do Fundo. Já no caso das Fusões, verifica-se uma junção de duas ou mais empresas, sendo normalmente empresas concorrentes, procurando obter dimensão crítica e economias de escala, ou empresas complementares, procurando obter eficiências nas suas cadeias de valor.

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Finalmente, as Cisões ocorrem quando as empresas retiram da sua órbita determinados ativos e passivos, normalmente constituindo unidades com uma atividade própria e com condições para serem valorizadas de uma forma integrada. As cisões ocorrem frequentemente com atividades não nucleares, sendo habitual estarem de alguma forma associadas a fusões e podendo ocorrer antes, quando podem dificultar a transmissão, ou depois da fusão, quando se verifica existirem redundâncias ou inflexões estratégicas. Sucessão e passagem do tes-

temunho

Sendo uma forma de transmissão natural é também uma das mais complexas, devido às características habituais dos fundadores de empresas, normalmente líderes carismáticos, mas também centralizadores, o que dificulta o processo de sucessão. Embora a sucessão hereditária seja a mais óbvia, não é necessariamente a mais adequada, pelo que o processo de sucessão deve ser alvo de reflexão e planeamento. José Cardoso de Matos | Marco Pinheiro BTEN – Business Talent Enterprise Network


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O motor do crescimento económico em Portugal encontra-se “gripado” desde o ano 2000. Urge inverter esta situação, por via do investimento em projectos inovadores, empreendedores e sustentáveis, geradores de emprego. Como nunca me canso de repetir, Coordenar e Desenvolver a Região Centro significa, antes demais, ajudar as nossas 70 mil empresas, com o orgulho de nelas encontrarmos mais de 100 que exportam anualmente acima de 15 milhões de euros, 369 PME Excelência ou 53 empresas gazela. Conhecidas que são as dificuldades de acesso ao crédito, por um lado, bem como as condições prati-

Temos imenso orgulho nos nossos empresários e nas nossas empresas. São elas que contribuem decisivamente para o saldo positivo da balança comercial regional”

cadas pelo sistema financeiro, por outro lado, temos procurado orientar a aplicação de fundos estruturais no sentido de ajudar a encontrar algumas vias alternativas complementares, incluindo: • a manutenção de candidaturas abertas ao nível dos sistemas de incentivos, direccionados para apoiar o empreendedorismo, apostas na inovação, qualificação e internacionalização das PME, que abrangem já mais de 1000 empresas; • a aceitação de candidaturas de microempresas do interior, através de uma das iniciativas do programa VALORIZAR, que até ao momento apoiou mais de 100 empresas, com uma inequívoca liderança assumida justamente por Viseu na adesão a esta medida; • a disponibilidade de mais de 100 milhões de euros para dinamizar a concretização de projectos de regeneração urbana sustentável, através da iniciativa JESSICA; • a concretização operacional, no curto prazo, de um fundo de investimento de base regional, dotado de 80 milhões de euros, para capitalização de empresas viáveis. Estamos deste modo a falar, apenas neste conjunto de iniciativas, de um total superior a 200 milhões de euros para aplicação imediata, em 2013, aqui ficando o desafio no sentido de virem a ser-nos apresentadas candidaturas com a maior brevidade possível. Mas não é apenas através de financiamento que a CCDR pode e deve ajudar o investimento na Região Centro, valendo a pena referir o grande esforço que temos vindo a desenvolver

DR

CRER no CENTRO de PORTUGAL

Pedro Saraiva Presidente da CCDRC

a outros níveis, contemplando: • uma grande proximidade na interacção e constante disponibilidade para estar com empresários e os respectivos movimentos associativos; • a adopção de 30 dias enquanto prazo de resposta perante todos os nossos utentes, verificando-se que em mais de 95% dos casos estamos a ser capazes de cumprir este objectivo; • uma intensa ausculta-

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ção de vários tipos de realidades empresariais na dinâmica de mobilização que está na génese do nosso planeamento do desenvolvimento regional para o horizonte temporal 20142020. Temos imenso orgulho nos nossos empresários e nas nossas empresas. São elas que contribuem decisivamente para o saldo positivo da balança comercial regional, para a circunstância de sermos a região com

menor taxa de desemprego em Portugal, ou ainda para sermos já uma das 100 regiões mais inovadoras da União Europeia. Prestando um constante tributo a esta dinâmica empreendedora, acreditamos que iremos ser capazes de afirmar cada vez mais uma Competitividade Responsável, Estruturante e Resiliente, e, por isso mesmo, faz também cada vez mais sentido CRER e investir no CENTRO de PORTUGAL!


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Sem informação não há decisão… universo global. O Estado, esse, há muito promete “grandes linhas” para o sector da comunicação social, para formação, inovação tecnológica, etc., mas… a realidade é que se mudam os governos e os governantes, muito se promete e nada se faz. E é também por essa negligente postura que a comunicação social vive tempos difíceis, no entendimento de muitos de que a liberdade é perigosa e a inovação um risco, para quem da opacidade faz viver, do incumprimento missão e do atavismo desígnio.

“ MA

Quando hoje se fala em “governação e financiamentos às empresas” temos presente que um órgão de comunicação social é uma empresa que vive do que produz e consegue vender. Vive da informação que veicula, vive da opinião plural que transmite, vive da investigação que porfiadamente aprofunda, vive dos seus leitores, assinantes e clientes que sabem quão importante é transmitir a sua oferta, a sua imagem, os seus conceitos, os seus conteúdos, os seus produtos. Em suma, um meio de comunicação social semanal como o Jornal do Centro é um canal eficaz de difusão de uma realidade regional e transregional. Toda a sociedade evoluída e próspera, em democracia, estimula e acarinha a existência de uma comunicação social activa, interventiva, isenta, plural, séria e descomprometida. Criativa, também. Capaz de alardear políticas sociais, autárquicas, empresariais e polisectoriais. Apesar disso, e se os empresários, na sua maioria lúcida e inovadora, têm essa percepção, se na maioria das 24 autarquias do distrito existe essa consciência nítida da imperiosa centrifugação de comunicação dos seus territórios e produtos endógenos, património e boas práticas políticas e sociais, ainda encontramos quem encare a CSR como um órgão subserviente, esmolando migalhas institucionais e balanceando suas opções em função da realidade virtual que lhes assiste. Os novos autarcas, juntamente com muitos dos seus pares que em Setembro cessarão funções, aqueles

Paulo Neto Director do Jornal do Centro

que não são tolhidos pela estreiteza de horizontes limitados, deverão acreditar em todos quantos comunicam para fora dos quatro cantos de um concelho, a transparência dos seus actos e o bom rigor e alcance do seu agir. Os autarcas e os empresários que assim pensarem estimularão uma comunicação social activa e livre. E essa é uma inquantificável riqueza para todos. Os outros, os que nada têm a

mostrar ou muito têm a esconder, esses, mais tarde ou mais cedo votados ao insucesso, receiam e detestam a liberdade de informar. O melhor activo de uma empresa é o seu capital de credibilidade e prestígio, os seus produtos, capazes de atrair investimento com retorno, gerar riqueza e tornarse factor da prosperidade de uma região, de um país. Mas também a sua governação. Sem critérios, objectivos, estratégias, a

ViseuEconómico 25

adaptação constante à mutabilidade do mercado, sem percepção nítida da sua evolução e/ou regressão, sem flexibilidade e sem um fundamento inquestionável de missão não existe governação. O Jornal do Centro insiste neste enfoque, enquanto embaixador junto de uma centena de milhares de leitores mensais, no papel, na internet, nas redes sociais, localmente, em Portugal e por todos os países deste

Toda a sociedade evoluída e próspera, em democracia, estimula e acarinha a existência de uma comunicação social activa, interventiva, isenta, plural, séria e descomprometida”



Um local de encontro de todos aqueles que desejam conjugar, em festa, plurais tons de enCantos conjuntos.

QUA 17 JULHO

QUI 18 JULHO

SEX 19 JULHO

SÁB 20 JULHO

Que Raio de Mundo

CIBELLE (Brasil)

NIAM NI CHARRA (Irlan a)

Tcheca (Ca o er e)

22:00, Palco 1

22:00, Palco 1

Contracorrente

Crebinsky (Espanha)

23:00, Palco 1

23:00, Palco 1

DEAD COMBO

Teatro R S. de Montemuro / 22:00, Jardim

RICHARD BONA (Camarões) 23:00, Palco 1

Informações e preços

22:00, Palco 1

23:00, Palco 1

Dj Moulinex

Uxu Kalhus

24:00, Palco Pátio

24:00, Palco Pátio

Mecenas

A ACERT ma es r ra nancia a por

aderneta/ dias Associados 12 / geral 2 Caderneta/4 dias Residentes no concelho de Tondela 16 € ilhete di rio 7. 0 € / Associados € Os residentes do concelho usufruem do bilhete ao preço de associado Gratuito para menores de 16 se acompanhados pelos pais. Bilheteira: 2ª a 6ª: 10-13h e 14-18h / Dias do Festival: 14:30 às 02h

organização ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr. Ricardo Mota; 3460-613 Tondela

WWW.ACERT.PT

Apoio


Jornal do Centro

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DR

educação&formação

A José Cesário, Adriano Azevedo e outros convidados de visita à Feira Criativa

Lusofonia levou “sons e tons” a S. Pedro do Sul Lusofonia ∑ Secretário de Estado das Comunidades esteve na conferência “O Valor Cultural e Económico da Língua Portuguesa” Realizou-se na passada semana em S. Pedro do Sul, pela primeira vez, o “Sons e Tons da Lusofonia” que encheu o concelho de cor e ritmos quentes vindos de paragens distantes. Organizado pela Câmara Municipal de S. Pedro do Sul em parceria com a Associação de Desenvolv i mento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), com o apoio da associação IUNA + Lusofonia, este encontro de culturas dos países de língua portuguesa, integrado nas festas da cidade, estendeu-se ao longo de todo o fim de semana tendo como ponto alto do programa a conferência “O Valor Cultural e Económico da Língua Portuguesa”, realizada no salão nobre do município. “A Língua Portugue-

sa sempre uniu estes diferentes países de uma forma muito forte. Na atualidade nós temos uma necessidade, não apenas a necessidade económica, mas uma necessidade que se prende sobretudo com o nosso passado histórico”, realçou o vice-presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Adriano Azevedo durante a sessão de abertura. “Esta mostra que se realizou aqui em S. Pedro do Sul procurou sensibilizar as diferentes comunidades que em interação formam o povo português, nomeadamente as comunidades governamentais, os executivos municipais e as pessoas, para que, através de um olhar mais atento e mais próximo, possamos aumentar o capital social e a con-

fiança”, sustentou. Diversas entidades oficiais de diferentes países como Moçambique, Angola, Cabo-Verde, Brasil e S. Tomé e Príncipe juntamente com o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, foram algumas das figuras presentes nesta conferência onde foi debatida a importância da Lusofonia na atualidade e o papel dos parceiros em múltiplas formas de cooperação, incluindo nas áreas dos bens transacionáveis e da circulação de pessoas. “No âmbito da Lusofonia os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPS) são hoje mais do que um somatório de países ou do que o simples som atór io de povos . Esta língua, com as suas diversidades e especifi-

cidades próprias, é hoje o elo de ligação entre estes povos quer ao nível das “nossas diferentes” culturas quer, sobretudo, quando se atende ao aspeto educacional. A língua une uma comunidade espalhada pelos quatro cantos do mundo com mais de 250 milhões de pessoas”, salientou. “Faz todo o sentido que os municípios e que as associações de desenvolvimento promovam iniciativas deste tipo. Hoje, não há territórios isolados. O desenvolvimento faz-se da troca constante, de uma permuta permanente, de uma comunicação persistente. A economia é aberta e em permanente circulação. Nós temos hoje um ativo que não conseguimos valorizar. Esse ativo é a Lín-

gua Portuguesa”, referiu o secretário de Estado das Comunidades. Enquadrado nas medidas desenvolvidas no âmbito de um projeto de cooperação transnacional com países de expressão portuguesa, o projeto “Cooperar em Português”, com financiamento comunitário através do Programa LEADER, é implementado neste território pela Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP) e visa essencialmente facilitar a troca de informação e experiências sobre os processos locais de desenvolvimento, numa perspetiva de transferência de saberes e abertura a novos mercados. Paralelamente a esta conferência, este evento contou com o roteiro

gastronómico da Lusofonia, as danças da Lusofonia, a música portuguesa, uma mostra de artesanato e pintura, a animação de rua (danças e workshops) e um vasto programa infantil que procurou transmitir às crianças estas diferentes culturas. “Tem de ser dado um maior incentivo ao eixo educacional, à componente cultural e à vertente económica uma vez que estas muito poderão contribuir para alavancar esta relação que é de parceria efetiva e não de tutela entre os diversos povos para que no futuro sustente um desenvolvimento muito mais integrador, capaz de melhorar a condição de vida de cada um dos povos”, concluiu o vice-presidente Adriano Azevedo. Pedro Morgado


Jornal do Centro

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35 meninos do Infantário da Obra Social da CMV visitaram o Jornal Prebuild premeia escolas de Viseu O Grupo Prébuild premiar as nove escolas vencedoras do concurso de pintura de azulejos “Vamos Pintar o Futuro de Portugal”, uma iniciativa que contou com a participação de cerca de três mil alunos de 192 escolas a nível nacional.

Ana Paula Duarte

Muito calor e outra tanta curiosidade... O director conversou com ele e explicou-lhes os rudimentos da função; o gráfico exemplificou com umas capas feitas na hora, com eles enquanto personalidades. As comerciais falaram de vendas... E lá se fora m , alegres e divertidos mais seus três monitores, até à próxima. O futuro ia ali...

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3º CICLO

O seu filho em boas mãos x ENSINO REGULAR – 7º 8º e 9º ANOS x

PRÁTICAS TÉCNICO-COMERCIAIS (CEF tipo 3)

x ARTES VISUAIS x CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS x CIÊNCIAS SOCIOECONÓMICAS

CURSOS CIENTÍFICOHUMANÍSTICOS

ENSINO SECUNDÁRIO

x LÍNGUAS E HUMANIDADES x TÉCNICO DE APOIO À GESTÃO DESPORTIVA x TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE x TÉCNICO DE INFORMÁTICA DE GESTÃO x ANIMADOR SOCIOCULTURAL

CURSOS PROFISSIONAIS (NIVEL IV)

x TÉCNICO DE MARKETING x TÉCNICO DE RECURSOS FLORESTAIS E AMBIENTAIS ESCOLA SECUNDÁRIA DE VIRIATO Estrada Velha de Abraveses 3510-204 VISEU Telefone: 232 418 330 | Telefax: 232 418 331 E-mail: esviriato@mail.telepac.pt

Entre as premiadas estiveram as escolas EB 2,3 Grão Vasco e o Agrupamento de escolas Tondela Cândido Figueiredo, de Tondela, tendo recebido o segundo e terceiro prémios, no valor de dois e mil euros, respetivamente.


Jornal do Centro

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economia Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Pedro Morgado

Os anjos não têm sexo, mas têm dinheiro para investir em… empresas

A Adelina Margarida Sousa, o rosto do Palato Wine Bar

Palato Wine House – Três anos a desvendar os sabores do Dão Vinhos ∑ Uma embaixadora na promoção do melhor que esta região tem para oferecer “Deus apenas criou a água, o homem fez o vinho” disse o sábio Vitor Hugo. Hoje, degustar um copo deste néctar deixou de ser uma tradição presente apenas nas típicas tascas escondidas em recantos escuros e ganhou uma nova áurea, uma dimensão mais cosmopolita que se “espalhou” por todo o centro histórico da cidade de Viseu e pelos “afamados” bares da Sé. Contudo, falar desta realidade é falar, obrigatoriamente, do Palato Wine House. O “Palato” é, desde sempre, o espaço que melhor interpreta o conceito de Wine Bar ao qual aliou uma cozinha despretensiosa com petiscos variados. Em plena Praça D. Duarte, no coração da cidade “velha”, desde o final de 2009 que todas as

noites se abrem as portas para um espaço moderno e sofisticado, muita conversa e vinhos de eleição. “Foi precisamente por considerarmos que existia um vazio neste mercado, estando nós numa região demarcada de vinhos, e sentindo que havia um interesse crescente pelo beber vinho e pelo conhecimento desses vinhos que o Palato Wine House surgiu naturalmente ”, disse ao Jornal do Centro Adelina Margarida Sousa, a responsável pelo espaço, lembrando que até esse momento este “não era um conceito conhecido em Viseu”. “Quando abrimos a porta do Palato, bebiamse aqui sobretudo vinhos do Douro, vinhos mais redondos aos quais as pessoas estavam mais

habituadas. Contudo, aos poucos, temos notado o aumento das vendas dos vinhos da região sendo, neste momento com toda a certeza, os néctares do Dão os vinhos mais vendidos”, sustentou. Esta casa de vinhos, única no seu conceito, rapidamente entrou nos hábitos de uma franja alargada de público, acolhendo “gente” dos 20 aos 80 anos, cumpre assim um “papel educacional em relação ao mundo dos vinhos ao mesmo tempo que estreita os laços que a unem a esta região” conseguindo em cada “tertúlia”, a cada noite, atrair novos consumidores para o vinho a copo. “Foi para isso que surgiu o Palato”. Para apostar exclusivamente na promoção dos vinhos portugueses e para divulgar os vinhos da sua

reg ião. Da sua ca r ta constam hoje cerca de 300 referências que vão “do Dão ao Douro, do Alentejo à Bairrada, da península de Setúbal à Madeira e onde os verdes Alvarinho não “pecam” por falta de comparência. Todas as regiões têm aqui o seu espaço sem esquecer os espumantes nacionais, Champagnes e uma oferta variadíssima de vinhos do Porto”, frisou a responsável. Neste espaço aberto das 20 horas às 4 da manhã, onde o dia e noite se tocam, a oferta é variada e acessível, podendo qualquer cliente degustar uma boa sangria ou mesmo um bom vinho a partir de apenas 1,90 euros por copo o que “obriga” decerto a uma visita. Pedro Morgado

Enquanto promotor da empresa SAKPROJECT fiz dezenas de apresentações pelo país. O objetivo era mais ambicioso do que anunciar que fabricamos provavelmente as melhores caneleiras de futebol do mundo. Depois de anos de investimento por parte dos seus promotores, a SAKPROJECT precisava de capital adicional para internacionalizar o conceito. Foi por isso necessário reunir com clubes de Business Angels de norte a sul. Estes clubes não são mais do que grupos de investidores, maioritariamente empresários, que se associam para investir em novos projetos, esperando uma rentabilidade elevada a médio prazo. Sim, porque para rentabilidades reduzidas, teriam a banca como solução. Durante esse tour pelo país, várias vezes lamentei o facto de não poder realizar uma destas apresentações na nossa região, dada a inexistência de um clube. É verdade que eles são relativamente recentes em Portugal, e mais ainda nas regiões do interior, mas pareciame desagradável o facto de um empreendedor querer desenvolver a sua empresa no interior e ter de procurar ajuda no litoral. Pois bem, no passado dia 26 de junho o problema foi resolvido! Foi constituído o Clube de Business Angels Viseu | Dão Lafões. Liderado por gente com provas dadas em grandes desafios empresarias, abre-se a oportunidade ao apoio local a novos projetos. E note-se que esse auxílio não vem, nem deve vir, apenas na forma de capital. A experiência dos gestores que o compõem é uma mais-valia inestimável deste clube. É agora importante darlhes projetos onde investir! E ideias de negócio não de-

Luís Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

verão faltar por aí! Contudo, sem querer desmotivar, aviso que neste processo nem tudo é simples. Expor de forma consistente uma ideia de negócio é uma tarefa exigente. A maioria dos Business Angels, e não me espantaria que estes ‘nossos’ procedam da mesma forma, rejeita de imediato todo o projeto apresentado de forma deficiente. Como já referi, o ‘júri’ destes clubes é composto por empresários, e o seu tempo é muito valioso, pelo que não o perderão com alguém impreparado. Não basta uma boa ideia num powerpoint colorido. O empreendedor tem de fazer contas, refletir e preparar-se para responder a inúmeras perguntas. Na internet encontramse websites que ensinam a preparar uma apresentação deste tipo. Para ter uma amostra das questões possíveis e do quanto é necessário ser-se rigoroso na análise ao negócio, recomendo a série Lago dos Tubarões, a passar na SIC RADICAL (Shark Tank da ABC). Trata-se de um reality show americano no qual empreendedores apresentam ideias de negócio a investidores, com a vantagem de não ser apresentado pela Teresa Guilherme. Se por outro lado tem muito dinheiro e não sabe exatamente o que lhe fazer, para além de me ligar para receber aconselhamento (onde coloquei eu o contacto da Aston Martin?), poderá juntar-se a este excelente Clube de Business Angels. Juntos vão seguramente ganhar e dar a ganhar muito dinheiro, mas mais importante ainda, estarão a contribuir para o tecido empresarial e para o emprego em Viseu e na região Dão-Lafões. Façamos então uma prece pelo sucesso destes anjos. Oremos…


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 31

11 | julho | 2013

Artesanato urbano e animação no centro da cidade O Parque Aquilino Ribeiro, junto ao Rossio, recebe até dia 21, a Feira de Artesanato Urbano. O evento, integrado no programa cultural da cidade, Viseu Naturalmente, e que teve a primeira edição há quatro anos, traz ao centro da cidade vários artesãos que pretendem divulgar e comercializar o seu trabalho. O número de participantes tem vindo a aumenta r ao longo dos a nos, assim como os produtos apresentados. Para quem gosta de peças originais, diferentes e a preços convidativos Publicidade

Micaela Costa

Evento ∑ Decorre até dia 21 no Parque Aquilino Ribeiro

pode e deve passar pelo parque da cidade entre as 10h00 e as 23h00. Para além das várias

“casinhas” de produtos artesanais o evento disponibiliza um programa musical que visa

animar todos aqueles que passarem pela Feira de Artesanato Urbano. Já amanhã, 12, pelas 21h30 o grupo musical 4Coustic vai animar o parque. Sábado, à mesma hora, os viseenses T E DxYout h@Vi seu , oradores que partilham talentos, sonhos e descobertas, prometem motivar todos aqueles que visitarem a feira. Domingo, pelas 11h00, o ateliê, Sala do Ser, das 16h00 às 18h00, animação de rua com a companhia Ânimus e pelas 17h00 música com os Índice. Micaela Costa Publicidade

PSA Mangulde produz quase 30 mil veículos no primeiro semestre A PSA Peugeot Citroën de Mangualde produziu perto de 30 mil veículos durante o primeiro semestre do ano, aumentando a sua produção em mais de 18%, comparativamente com o mesmo período do último ano, informou a empresa. Em comunicado, a PSA de Mangualde, informouque encerrou a atividade do primeiro semestre de 2013 com uma produção de 29.521 veículos (Citroën Berlingo e Peugeot Partner). “Com esta produção, superior em 18,5% em relação ao primeiro semestre de 2012, atingirá um volume de vendas de 265 milhões de euros contra 225 milhões de euros em 2012”, revelou a empresa, acrescentando que cerca

de 96% tem como destino a exportação. Até ao final do ano, a empresa prevê “uma produção de aproximadamente 57.000 veículos”, mais 30% que em 2012. “O volume de vendas deverá ser de aproximadamente 500 milhões de euros”, revela. Ainda no comunicado, a PSA de Mangualde avança que os investimentos entre janeiro e junho de 2013 atingiram 1,5 milhões de euros, destacando neste campo “a integração de operações feitas no exterior, aumentando assim o valor acrescentado nacional; a melhoria das condições de trabalho e a melhoria do processo de produção em termos de produtividade e qualidade”. MC/Lusa


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Jornal do Centro 11 | julho | 2013

Micaela Costa

desporto Sporting B no jogo de apresentação do Académico de Viseu É já amanhã, 12, que o Académico de Viseu faz a apresentação aos sócios, em jogo frente ao Sporting B, no Estádio do Fontelo, pelas 19h30. A formação orientada por Filipe Moreira tem pela frente um jogo amigável, mas nem por isso uma tarefa facilitada. A equipa leonina ficou em 4º lugar na época passada e, não fosse a impossibilidade de promoção, era uma das candidatas a ocupar os lugares de subida. Com os calendários das competições da Segunda Liga já conhecidos a equipa de Lisboa, só volta a pisar o relvado dos academistas em março do próximo ano, no jogo da segunda volta. Antes, a 27 de outubro, é o Académico quem se desloca a casa do Sporting B. Os jogos da época 2013/2014 começam a 11 de agosto com os academistas a deslocarem-se a Moreira de Cónegos, para defrontar o Moreirense. Na quarta jornada (25 de agosto) recebem em casa o Tondela, para o primeiro grande dérbi da

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temporada. Antes, a 27 de julho, o início da Taça da Liga com o Académico a receber o Leixões e o Tondela a jogar em casa com o Farense. Académico que vai reforçando o plantel que estará perto de ser “fechado”. Cláudio, defesa central que nas últimas três temporadas vestiu a camisola do Gil Vicente, assinou por uma época com os academistas. De fora das opções de Filipe Moreira está Kifuta, que não renovou. Quem “renovou” foi António Albino, presidente do clube, que depois de ameaçar bater com a porta, foi a eleições na passada sexta-feira e mereceu a confiança dos sócios para continuar na presidência. É o seu quinto mandato, com António Albino a afirmar que “só continuando o trabalho que tem sido feito até aqui é que se vai manter o engrandecimento do Académico”. Sublinhando que “esta é uma equipa que tem honrado a história do Académico”. MC

DR

Futebol

Karting

Prova atribulada para o jovem piloto viseense Acidente ∑ Rodrigo Correia resistiu a tudo, até a ser “abalroado” por um adversário Não foi fácil o fim-desemana para Rodrigo Correia, o jovem piloto de Lafões, em mais uma prova a contar para o Campeonato Nacional de Karting, em Viana do Castelo. Primeiro, um episódio onde o piloto da CAMPOaves foi “abalroado” por um piloto adversário, logo na primeira curva, após a partida, quando ocupava o terceiro lugar. Rodrigo Correia ficou com problemas físicos num braço, obrigando-o a fazer uma prova de sacrifício a

conduzir só com um braço. Também o chassis Birel do seu Karting sofreu danos, deitando por terra todo um trabalho de afinações feito ao longo do fim-de-semana, assim como o próprio motor Puma 85 do kart que ficou afetado no seu rendimento. Tudo indicava que a corrida estivesse perdida, mas o jovem de Oliveira de Frades não desanimou, esqueceu as dificuldades e retomou a corrida na cauda do pelotão. Rodrigo Correia conse-

guiu terminar a Final da Categoria Cadete em 6º. No f i n a l da prova , Rodrigo Correia, afirmou que apesar de ter sido uma corrida conturbada, não desistiu. “Foi uma corrida difícil, com dores (…) apesar de ter sido empurrado para último depois do toque do meu adversário logo na primeira curva, fiz tudo para retomar a corrida e recuperar até onde consegui”. Quanto ao incidente físico o jovem piloto referiu: “espero que o braço recupere rápido para

continuar a treinar e a fazer as demonstrações e divulgação da modalidade, quer de kart, quer de Moto4”. No final deixou os devidos agradecimentos “aproveito para agradecer mais uma vez a todos, público, amigos, equipa, comunicação social e patrocinadores”. Rodrigo Correia tem a última prova do ano a contar para o Campeonato Nacional em setembro no Circuito de Karting do Algarve, em Portimão. Micaela Costa


MODALIDADES | DESPORTO 33

Jornal do Centro 11| julho | 2013

Futebol

O coordenador técnico da Associação de Futebol de Viseu (AFV), e treinador das seleções distritais, Francisco Neto, obteve a segunda melhor nota do curso “UEFA Pro” – IV nível da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que se realizou de 20 de maio a 21 de junho, em Quiaios. Entrou pa ra a A F V em 2001 como treinador das seleções e em 2007 foi convidado a assumir o cargo de coordenador técnico distrital da AFV. Concluiu agora o mais elevado nível de forma-

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ção de treinadores, que lhe permite treinar qualquer equipa em qualquer competição de futebol, com uma nota de 16,6 valores. Questionado sobre a possibilidade de voos mais altos, Francisco Neto, afirmou que o principal objetivo foi “terminar a formação como treinador. Não foi com o propósito de ir para algum lado. Estou bem onde estou e sinto-me realizado”, acrescentou, mas sem descartar a possibilidade de analisar novos desafios. Contudo, reafir-

DR

Francisco Neto entre os melhores no curso da FPF

ma, que neste momento está satisfeito com o trabalho que desenvolve. “Sinto que ainda tenho muito a dar ao futebol na região. Mas como é lógico todos ambicionamos

o melhor, mas essa não é a minha prioridade. Não ando à procura de nada, mas claro que se aparecessem propostas as iria analisar, mas tinham que ser muito aliciantes. Pois

estou muito satisfeito com o meu trabalho e revejome naquilo que faço”. O viseense ficou à frente de treinadores como Paulo Fonseca (Futebol Clube do Porto), Sérgio Conceição (Académica), Nuno Espírito Santo (Rio Ave), entre outros. O resultado mais elevado (17 valores) foi conseguido por Filipe Almeida, preparador físico que acompanhou Vítor Pereira, antigo treinador do FC Porto, para o Al-Ahli Jeddah, da Arábia Saudita. Micaela Costa

Futsal VISEU 2001 JÁ PREPARA A NOVA ÉPOCA A equ ipa de f utsa l do Viseu 2001 vai sofrer profundas alterações pa ra a próxima temporada. O plantel va i continua r a ser orientado por Roger Augusto, técnico que ingressou no clube na parte f inal da época, mas será uma equipa bem diferente da que terminou a temporada passada. Conf irmadas estão as saídas de Rui Rocha, Luís, Cláudio, Caldeira, Daniel, Nuninho, Gilberto e Balão. Quem continua é Miguel, o capitão de equipa. O clube anunciou em comunicado que, brevemente, serão conhecidas renovações e novas contratações. A equipa iniciará os trabalhos de preparação no dia 12 de agosto. MC


D Concerto dos GNR em Oliveira de Frades

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culturas expos

Jornal do Centro 11 | julho | 2013

A banda portuguesa de rock, GNR, que atuam sábado, são os cabeça de cartaz deste ano das Festas do Concelho de Oliveira de Frades. O humorista Herman José também vai marcar presença no evento que decorre no Largo da Feira

Arcas da memória

Destaque

Cavalhadas de Teivas e Vildemoinhos uma saudável emulação

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Posto de Turismo Até 31 de julho, a exposição de artesanato, “Bel’Arte”, de Anabela Gomes ∑ Auditório Municipal Até 3o de agosto, a exposiçãode fotografia, “Rios de Vida”, de João Cosme OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até 30 de agosto, a exposição de peças decorativas “Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim. VISEU ∑ Palácio do Gelo De 13 a 26 de julho, a exposição de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da cidade, numa “uma visão do antes e do depois” SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até 31 de julho, a exposição de pintura, “A Diversidade da Arte”, de Hugo Almeida

DR

Carlos Paredes

A Baixista sobe ao palco da 23ª edição no primeiro dia

Richard Bona regressa ao Tom de Festa 17 a 20 de julho ∑ Festival de músicas do mundo em Tondela é dos mais antigos do país. Depois de ter estado no Tom de Festa, em 2007, Richard Bona, um dos maiores nomes da ‘old music’ a nível mundial, regressa a Tondela no primeiro dia do festival, que decorre na próxima semana, de 17 a 20. Na apresentação pública do evento, Miguel Torres, um dos responsáveis da Associação Cultutal e Recreativa de Tondela (ACERT), sublinhou que “a programação para o Tom de Festa deste ano é muito diversificada e vai ser surpreendente, apresentando músicos de grande qualidade”. No evento, organizado pela ACERT, com o apoio da Câmara Municipal de

Tondela, e que conta este ano com a 23ª edição, marca também presença, um espétaculo de rua do Teatro Regional da Serra de Montemuro, no primeiro dia do evento. No dia seguinte, a brasileira Cibelle, uma multiinstrumentista que vive em Londres e no dia 19, Niam Ni Charra, com música celta e irlandesa e ainda as fanfarras de Crebinsky, uma banda da Galiza (Espanha). Sábado, 20, sobe ao palco o Dj Moulinex, residente em discotecas de Munique, Nova Iorque e Sidney. “Já tínhamos algumas aspirações em trazê-lo a Tondela, pois foi um jovem que cresceu na ACERT, porque é fi-

lho do músico Carlos Clara Gomes, que trabalhou muito connosco”, revelou Miguel Torres. No último dia do Tom de Festa, chega de Cabo Verde a voz de Ttcheca, um dos músicos que fez parte da última tournée de Cesária Évora. O encerramento estará a cargo da música tradicional dos Uxu Kalhos. O festival, um dos mais antigos do país, vai contar ainda com uma série de atividades complementares, nomeadamente uma feira de produtos locais, um festival de curtas e uma exposição de fotografias.

Sessões diárias às 13h30, 16h15, 21h40, 00h20* Os estagiários (M12) (Digital)

16h05, 18h30, 21h00, 23h30* Monstros: A Universidade VP (M6) (Digital)

Mestres da ilusão (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h30, 17h35, 21h10**, 22h00* Homem de Aço (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h15, 21h20, 00h05* Antes da Meia-Noite (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h05, 21h30, 23h55* Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Sessões diárias às 19h00 Bairro (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h15, 21h50, 00h25* WWZ: Guerra Mundial (M6) (Digital) Sessões diárias às 13h40,

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h15, 16h40, 19h10, 21h30, 00h00 Depois da Terra (CB) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20

Micaela Costa/Lusa

Sessões diárias às 14h30, 17h10, 21h10, 23h50 WWZ: Guerra Mundial 2D (M16) (Digital)

Volto hoje ao tema das Cavalhadas que, realizadas sob o signo festivo de S. João, integram com a gama diversa de actos – cortejo alegórico, queima de ervas cheirosas em fogueiras familiares ou colectivas, manducações, etc. – o antiquíssimo ciclo das festividades solsticiais. Fogueiras de paz, sempre. Coisa que me parece não ter acontecido, em absoluto, nesta quadra estival, transgredida, alguém me confessou, a natural emulação que existe entre as festas sanjoaninas de Teivas e as de Vildemoinhos. E eu não estranhei a óbvia frustração da gente de Teivas e da sua Associação, já que eu próprio li a meia dúzia de linhas da primeira página de um jornal transcrita no livro oficial das Cavalhadas de Vildemoinhos e estremeci nesse momento, porque aquilo jamais poderia escrever-se num Semanário Independente, porque aquilo só por distracção poderia ter sido recolhido pelo organizador do referido livro. Afecto vindo de longe me liga às Cavalhadas de Vildemoinhos, eu que não sou trambelo. A Associação de Vildemoinhos sabe disso. E me honro partilhando textos, tentando compreender a sua bonita história, ajuizando há muitos anos da valia dos carros do Cortejo, indo às vezes em romaria a S. João da Carreira com os Cavaleiros, vendo arder o rosmaninho do pinheiro. Assisto, quando posso ao Corso das Cavalhadas de Teivas, participei em actos festivos do pequeno povoado, fui convidado para júri dos seus carros. Governo Civil, em seu tem-

(M6) (Digital 3D)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

po, Câmara Municipal, Departamento de Turismo ou Inatel, etc. apoiam as duas Cavalhadas, representamse nas festas ou nos júris. O texto do jornal ofendeu institucionalmente esta gente toda, a mim também, mais ofendeu Teivas. E saiba-se que há outras Cavalhadas pelo país fora do Minho aos Açores. Que as duas histórias têm desenvolvimentos diferentes? Tudo bem. Mas ninguém sabe do princípio de nenhuma delas. Trata-se deste soberbo imaginário de que a nossa personalidade, individual e colectiva, se constrói. Somos filhos de mitos e de lendas. Não há mourinhas em penedos para despertar em dia de S. João. Mas é bonito crer que alguma delas nos confia o seu tesouro. Como no milagre de Ourique da nossa história nacional, como na Ilha dos Amores onde desejaríamos desembarcar, como no paraíso onde Adão viveu e que não foi assim. Deixemos a todos a fantasia e o direito à sua festa. Deixemos que estas duas comunidades vivam intensamente as suas tradições. Que as estudem. Ao jornal cumpre antes divulgá-las. Com verdade. Claro que ninguém me pediu o sermão. Só desejo que as duas Associações empenhadas se encontrem em paz. Que o Jornal faça, porventura, o que terá de fazer e saberá. Vivam as Cavalhadas de Teivas e de Vildemoinhos!...

Estreia da semana

Sessões diárias às 21h00, 00h10 Homem de Aço (M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h30, 15h55, 18h20, 21h50, 00h30 Redenção (M16) (Digital)

Sessões diárias às (11h20 Dom.), 14h00, 16h25, 18h50, 21h20, 23h40 Monstros: A Universidade (M6) (Digital)

Sessões diárias às 11h00 (dom.), 13h50, 16h10, 18h30 Gru o maldisposto 2

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

Depois da Terra – Há mais de mil anos atrás, um súbito e devastador cataclisma obrigou os humanos a trocarem o Planeta Terra pela colónia Nova Prime. O lendário General Cypher Raige (Will Smith) regressa finalmente a casa após ter cumprido com sucesso uma importante missão militar para o governo local.


Jornal do Centro 11| julho | 2013

culturas

D Alunos de Apolo dão música no Rossio

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Quarta, 17, o grupo Alunos de Apolo vão estar no Rossio pelas 22h00.

O som e a fúria

Destaque

“Pauliteiritos” ganham escala ao vencerem prémio EDP Solidária

Emília Amaral

DR

Tradição em Abraveses ∑ Grupo que detem arte única do jogo do pau quer atrair mais crianças

A Presidente da direção do Centro Cívico e Social “Os Pauliteiritos de Abraveses”, Rui Almeida

Fundado a 12 de setembro de 1954, o Grupo Típico Regional Infantil “Os Pauliteiritos de Abraveses”, em Viseu, que oferece em cada espetáculo uma arte única em Portugal baseada no jogo do pau, foi um dos vencedores da décima edição do programa EDP Solidária. O programa anual tem como objetivo o apoio a projetos que melhorem a qualidade de vida de pessoas socialmente desfavorecidas, a integração de comunidades em risco de exclusão social e a promoção do empreendedorismo social. “Os Pauliteiritos” de Abraveses como centro cívico e social apresentaram o projeto “Cultura e Tradição para a Solidariedade, Coesão e Inclusão na Medida Inclusão pela Arte e pelo Desporto”. O projeto visa criar oficinas de expressão artística para crianças, jovens e pessoas com deficiência e reabilitar o espaço físico onde decorrerão as atividades. O presidente da direção do

Centro Cívico e Social “Os Pauliteiritos de Abraveses”, Rui Almeida acrescenta que o prémio permite ao grupo “criar escala” e, sobretudo “captar mais crianças” para aprenderam a atividade do pau, a partir de ações lúdicas. “Com este programa EDP Solidária vamos criar mais oficinas e vamos fazer chegar atividades às escolas e aos jardins-de-infância, que de outra forma não as teriam, porque em Abraveses há um défice de oferta”, acrescenta. O projeto dos “Pauliteiritos” está orçado em 17 mil euros. O EDP Solidária 2013 comparticipa em 75% e a Câmara de Viseu disponibilizou-se para contribuir com os restantes 25%: “Vamos aplicar em mobiliário, acabamentos de algumas obras, compra de instrumentos musicais…, fazer com que tudo isto se sustente nos próximos anos e atrair gente nova”. Emília Amaral

História

∑ A história tem quase 59 anos, sendo que em 12 anos não se fez história, porque o projeto esteve parado, mas há dois anos um grupo de “Pauliteiritos” retomou a atividade da associação. Um projeto que nasceu pelas mãos do antigo presidente da Câmara de Viseu. O tenente-coronel António da Silva Simões fundou o grupo para ajudar crianças desfavorecidas a quem, juntamente com a mulher, ensinava música, canto, dança e “tudo mais”. A força da ideia ganhou notoriedade regional, nacional e internacional. Hoje, ao mesmo tempo que está em atividade o grupo infantil, o grupo de cantadores de janeiras e o grupo dos Zés Pereiras, a Associação colabora com 181 crianças em contexto escolar e recupera a sede. Trata-se de um projeto de reabilitação e ampliação a concretizar em diferentes fases. No interior do edifício estão as antigas cadeiras do Teatro Viriato que se vão manter e estão concretizados trabalhos de reconstrução graças à mão de obra comunitária. “Somos entidade bolseira de trabalho comunitário e temos aqui ao sábado pessoas que cumprem penas levas em regime aberto. Com a nossa mão-de-obra, com materiais oferecidos e com algumas ajudas fomos reconstruindo devagarinho, descreve Rui Almeida, lembrando os protocolos entretanto assinados com a autarquia de Viseu e com a Direcção Geral de Reinserção Social.EA

Maria da Graça Canto Moniz

A originalidade das férias O Verão está aí para ficar, finalmente. Porém, para mim, tal como o conheci em criança, o Verão deixou de existir. Era o sinónimo de fim de aulas, de meses ininterruptos de férias. Havia tempo para tudo. Liam-se livros e viam-se filmes e, mais importante, havia tempo para desperdiçar, havia a possibilidade de simplesmente fazer nada. Vivemos em tempos pouco dados à inactividade e aos silêncios. Mais velhos e mais novos estão sempre activos, sempre à “procura de fazer coisas”, não entendem os prazeres do ócio. Será que é o espírito dos tempos que apenas se coaduna com assuntos sérios e que impõe um qualquer dever aos portugueses no sentido de não desperdiçarem o seu precioso tempo? As férias não deviam ser um espaço em branco, dedicado ao tempo, ao corpo, a abusos e preguiças? Portugal tem as mais bonitas e melhores praias da Europa e, contudo, à excepção deste e daquele, os portugueses só vão à praia no Verão. Melhor, no Verão os portugueses ficam obcecados pela praia. Lá vão eles, à solta, pelas estradas fora, a correr sei lá para onde. Segue-se o tormento diá-

rio: uma eternidade para ir às compras de manhã, outra para ir desencantar uma praia que sirva aos seus intentos; estacionam o carro e percorrem quilómetros na areia escaldante até encontrar o spot perfeito. Aliás, o metro quadrado perfeito. Frio, chuva? Não interessa. Filhos, brinquedos, toalhas, chapéu-de-sol, farnel, cães. Carrega o carro, descarrega o carro. Isto tudo, em rebanho – síndrome do qual sofremos, infelizmente. Multidões, todos em cima uns dos outros; centenas de pessoas seminuas, nas mesmas posições, a mirar o sol. Porquê? O bronze, caro leitor, o bronze. O Verão, para a gente, tem um único propósito: exige um trabalho continuado para receber a medalha do bronze. Regressados desta odisseia, inicia-se a última etapa: a comparação discreta e meia frouxa das medalhas que cada um tem no peito. Como disse há um tempo atrás um senhor jornalista português: a primeira medida de um governo responsável seria devolver o sentido original das férias aos portugueses. Temo, sinceramente, pelo meu bem-estar quando sou arrastada pelo rebanho. É assunto sério, senhor leitor.

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culturas

Jornal do Centro

20 Fingers no palco do Teatro Viriato

11 | julho | 2013

Amanhã, 12, o duo a quatro mãos, dos pianistas João Vasco e Eduardo Jordão, 20 Fingers “De Mozart a Chico Buarque”, no Teatro Viriato, pelas 21h30

Música

Micaela Costa

Pedro Morgado

Destaque

A Atrapalharte, companhia de Coimbra, dá vida à criação de Leonor Barata

“E depois do adeus”? Música ∑ Adro da Sé “tocou o céu” durante a atuação da Orquestra Ligeira do Exército “Inesquecível” foi a palavra que mais se ouviu entre a impressionante moldura humana que se juntou, no passado sábado, no Adro da Sé para ouvir a Orquestra Ligeira do Exército (OLE). Enquadrado no programa “Viseu Naturalmente” este concerto, promovido pela autarquia e pelo núcleo de Viseu da Liga dos Combatentes, conseguiu traduzir durante os seus 90 minutos de duração uma “viagem” pelos 34 anos desta orquestra “ao serviço da afirmação e da valorização do nosso património cultural”, criando uma interação singular com o público presente. “Destinado a um público muito heterogéneo, neste sítio fantástico que Viseu possui, procurámos interpretar temas do foro da orquestra ligeira, temas do reportório Big Band, temas da música portuguesa, que foram bastante aplaudidas pela plateia, temas do repertório ligeiro que, juntos, formam um atuação muito transversal construída especialmente para a cidade de Viseu”, revelou o Major João Caires Basílio, chefe e maestro da Orquestra Ligeira do Exército desde 2012. Esta orquestra, considerada uma das maiores orquestras portuguesas de música ligeira, é com-

posta por cinco saxofones (flauta, clarinete), quatro trompetes (fliscorne), quatro trombones, dois teclados, duas violas, bateria, percussão e os seus três vocalistas: João Campos, Cindy Ferreira e Raquel Monteiro. Desenvolvendo um trabalho notável na recolha, instrumentação e difusão de temas de raiz popular, esta orquestra é hoje considerada como uma verdadeira “embaixadora” do Exército Português junto da sociedade civil que, sustenta o Major João Basílio, muito deve aos “arranjadores, Vicente Andrade, José Miranda (pianista desta orquestra), Jaime Oliveira e Carlos Marques que ao pegarem nos temas originais dos grandes intérpretes nacionais lhes conseguem vestir uma nova roupagem” mais adequada à sua estrutura tipo BigBand e ao incansável trabalho do Sargento-Chefe Fernando Vidal, o operacional da orquestra, que dirige e articula todos os detalhes logístico-administrativos, que permitiu que esta orquestra se apresentasse, neste espaço nobre da cidade de Viseu, com uma atuação “mais forte, mais vibrante e com mais músculo”, disse. Jump, Big Spender, Maria Vida Fria, Depois do Adeus e Senhora do Mar

foram alguns dos temas que, depois das 22 horas de sábado, levaram ao rubro as largas centenas de pessoas presentes que, auscultadas pelo Jornal do Centro, quiseram deixar de viva voz a sua mensagem ao executivo viseense, representado pelo seu vice-presidente Américo Nunes, para que “continue a apostar na vinda desta orquestra, às terras de Viriato”. No que diz respeito ao futuro o maestro João Basílio, que acumula esta função com a chefia da Banda do Exército, revelou alguns dos pensamentos que, no seu entender, poderiam projetar o nome desta orquestra ainda mais longe como: “a gravação de um cd, um trabalho com a televisão ou a deslocação desta orquestra aos teatros de operações, onde os nossos militares partilham a sua realidade diária com contingentes americanos, franceses e ingleses, o que constituiria decerto uma mais-valia para o nome e para a imagem do Exército Português”. “Viremos sempre que Viseu o quiser” foi a promessa deixada em jeito de “até já” pela Orquestra Ligeira do Exército, na voz do seu maestro, ao repto lançado pela cidade. Pedro Morgado

Termas de S. Pedro do Sul inspiram peça de teatro “Água Passadas” ∑ Em representação até 21 de julho, de terça a domingo em duas sessões, às 17h00 e 21h00. S ão 90 minutos de uma verdadeira viagem pela história das Termas de São Pedro do Sul. Uma espécie de “visita-guiada”, que pretende mostrar ao espectador os locais mais emblemáticos e os acontecimentos mais marcantes da história das maiores termas do país e da Península Ibérica. “Águas Passadas”, assim se chama a nova representação da companhia de teatro, de Coimbra, Atrapalhar-te, e que nasce de um convite da Termalistur, empresa que gere as termas. A peça, que está desde a passada quinta-feira, em S. Pedro do Sul, é uma criação de Leonor Barata, que foi professora de três dos quatro elementos do grupo, no curso de Teatro do Colégio S. Teotónio, em Coimbra. Apesar de estar ligada à dança, Leonor Barata, aceitou o desafio, por acreditar que “o cruzamento de linguagens diferentes torna o espetáculo mais interessante e gratificante”. Diogo Geraldes, Ricardo Figueiredo, Paulo Ribeiro e Fernando Alves, dão vida a várias personagens que, ao longo de sete espaços distintos, entre eles as ruinas romanas, o museu e as ter-

mas, vão conduzindo o espectador numa viagem pela história de Portugal e de S. Pedro do Sul. “Estas termas são ricas em dados históricos. Os episódios de D. Afonso Henriques, que vinha curar-se a estas águas e da rainha D. Amélia que também procurava S. Pedro do Sul, deu-nos material para criarmos a peça. Este distanciamento histórico entre estas duas personagens da história de Portugal é a base do trabalho”, explicou Paulo Ribeiro. A receção à Rainha D. Amélia, que chega para a inauguração da estância termal, e que tem à sua espera um marquês, um conde e um duque que chega de Paris, é a cena inicial de “Águas Passadas”. A partir daqui, e durante cerca de uma hora e meia, “é feito um percurso carregado de cenas caricatas”. “Até um

assassinato muito famoso em S. Pedro do Sul vai ser retratado na nossa peça”, concluiu. Ao longo da representação os quatro atores vão criando cenas que permitem a interação do público para que façam parte do espetáculo. “O público participa ativamente na peça, quisemos tornar a nossa produção interativa, pois acreditamos que esta ligação é fundamental para que possamos crescer e sobretudo porque queremos que as pessoas se sintam parte do espetáculo”, sublinhou Ricardo Figueiredo. A peça que, de forma divertida, pretende dar a conhecer a história das termas, vai estar em S. Pedro do Sul até dia 21 de julho, de terça a domingo, com duas apresentações, às 17h00 e às 21h00. Micaela Costa

Companhia de Coimbra “invade” S. Pedro do Sul

∑ Os Atrapalharte “nascem” em 2010, enquanto três dos quatro elementos frequentavam o curso de teatro no Colégio de S. Teotónio, em Coimbra. Em 2012 os Atrapalharte criam o espetáculo infantil “As (Des)Aventuras de Serafim e Malacueco”, que percorreu o país de Norte a Sul e que foi visto por cerca de 31 mil crianças. Para já a companhia está em S. Pedro do Sul com a peça “Águas Passadas”, mas está já a preparar “uma nova produção para os mais novos”, afirmou Fernando Alves.


Jornal do Centro

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em foco Por terras do Magriço

Paulo Neto

Os dias 5, 6 e 7 de Julho foram curtos para acolher os muitos milhares de forasteiros que acorreram à Feira Medieval de Penedono. Toda a vila se recobriu de um ambiente histórico ficcionado aos sabores da época e não faltou, no pátio interior da Câmara Municipal, uma ceia ao espírito do passado remoto, em termos gastronómicos e lúdico-recreativos, que fez as delícias dos inúmeros convivas. Desde falcoaria a requebradas bailadeiras árabes e bufões espirituosos, até ao camelo e aos cruzados de passagem para a Terra Santa, a animação deu o mote e o tom, num fim-de-semana muito diferente e divertido Um modo inteligente de centrifugar o bom nome do Concelho chamando a si o reconhecimento, o desenvolvimento e a notoriedade.


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saúde e bem-estar Casa de Saúde São Mateus e Universidade Católica assinam protocolo Objetivo ∑ Disponibilizar à comunidade um serviço diferenciado na área da medicina dentária, evitando assim que as pessoas se desloquem a outras cidades Foi assinado, na passada sexta-feira, um protocolo entre a Casa de Saúde São Mateus e o Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa, com o objetivo de disponibilizar à comunidade “um serviço diferenciado e que ofereça melhores condições na área da medicina dentária, evitan-

do que as pessoas tenham que se deslocar a outras cidades”, explicou Rui Mendes, coordenador do curso de Medicina da Universidade Católica e diretor da Clínica Universitária. Numa fase inicial, o acordo de colaboração entre as duas entidades, visa intervir “nas áreas mais cirúrgicas e

A

Rui Mendes, Carlos Lemos, Aires Pereira de Couto, Nuno Barroso e Aldina Coimbra Lemos assinalam acordo entre as duas entidades primeiros cuidados de bloco operatório, através de um serviço de consultas de medicina dentária mais avançadas. Posteriormente pretende-se apostar na área da formação usando recursos científicos e pedagógicos”, acrescentou. Rui Mendes sublinhou ainda que esta parceria foi o “reconhecimento mútuo das potencialidades das duas instituições”, pois “não faz sentido duplicar recursos” quando se pode trabalhar em sinergia. Referindo que esta é uma forma de abrir a instituição à comunidade e de “ir além daquilo que é a atividade normal, o ensino”. Aires Couto, responsá-

vel pelo Centro Regional das Beiras da Universidade Católica, lembrou que este protocolo de colaboração é o reconhecimento quer do potencial do capital humano da Universidade, quer da experiência de uma das instituições de referência na área da saúde da região. Durante a sessão de assinatura do protocolo, Rui Mendes afirmou ainda que esta ligação pode tornar “Viseu a capital da Medicina Dentária”. Carlos Lemos, responsável pela Casa de Saúde São Mateus não quis deixar de lembrar a “grande responsabilidade que vai ser trabalhar com a Católica”. O responsável avançou que esta colaboração é a continuação do trabalho que tem sido feito para melhorar e readaptar a Casa de Saúde São Mateus, nos últimos anos: “Este é um projeto novo que pretende integrar a readaptação que temos vindo a fazer”. Micaela Costa


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SAÚDE 39

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Ambulância de Suporte Imediato de Vida inicia atividade em Moimenta Uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) iniciou este mês, actividade no Serviço de Urgência Básica (SUB) de Moimenta da Beira. Este novo equipamento visa melhorar a assistência pré-hospitalar às vítimas de acidente e doença súbita na área de influência do SUB, bem como

assegurar um adequado transporte inter-hospitalar a esses doentes críticos assistidos no respetivo SUB. As SIV funcionam já segundo o novo modelo de partilha de recursos humanos entre o INEM e os Serviços de Urgência. Na prática, as Instituições vão partilhar os seus recursos humanos, potenciando-se sinergias existentes nestes dois

serviços. Os enfermeiros que constituem a tripulação da ambulância SIV desempenham também funções nas urgências onde o meio está sedeado. Com esta nova ambulância SIV o INEM passa a ter 36 unidades deste tipo, em todo o país, cuja tripulação é composta por um técnico de ambulância de emergência e um enfermeiro.


Jornal do Centro

40 CLASSIFICADOS

11 | julho | 2013

IMOBILIÁRIO - T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755 - T1 dpx - jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823 - T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755 - T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018 - T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823 - T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018 - T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00€ 967 826 082

pado 850,00€ 917 921 823 - T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755 - Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755 - Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018 - Andar moradia T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082 - Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira, aquecimento 600,00€ 232 425 755 - Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755 - Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equi-

- Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018 - Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00€ 967 826 082 - Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755 - Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€ 917 921 823 - Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018 - ARMAZEM – Junto à Cidade, com 300m2 cobertos, 4 frentes, 1000m2 descobertos, 250,00€ 967 826 082

O Crédito Agrícola Vale do Távora e Douro pretende recrutar Promotores Comerciais Requisitos: - Profissionais com experiência na área comercial (factor eliminatório); - Experiência e/ou conhecimento no sector bancário; - Disponibilidade para trabalhar em regime de comissões a recibos verdes; - Residentes na área da acção do Crédito Agrícola Vale do Távora e Douro (factor de exclusão); - Capacidade de atrair clientes, detecção de negócios; proactividade e dinamismo; Área de Acção: Concelhos de Trancoso, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tabuaço e Armamar Contacto para Candidatura: sara.rodrigues@creditoagricola.pt

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CLASSIFICADOS 41

11| julho | 2013

EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907 Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira Ref. 587823653

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Ajudante de cozinha Ref. 588108766 – São Pedro do Sul Pretende-se ajudante de cozinha.

Motosserrista Ref. 588094743 – São Pedro do Sul Motosserrista com experiência.

Cozinheira Ref. 588069128 – São Pedro do Sul Pretende-se cozinheira com experiência.

Mecânico de máquinas agrícolas Ref. 588108771 – Castro Daire Mecânico de máquinas agrícolas com ou

sem experiência. Servente – construção civil Ref. 588108731 – Oliveira de Frades Servente para trabalhos de construção civil.

Condutor de máquina de escavação Ref. 588121949 – São Pedro do Sul Pretende-se condutor de máquina de escavação.

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Eletromecânico de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela Eletromecânico/Reparador de eletrodomésticos para trabalhar linha branca, com experiência.

Carpinteiro Ref. 587994466 – Tondela Candidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.

Servente florestal Ref. 588103953 – Tondela Candidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.

Carpinteiro de limpos Ref. 588106398 – Mortágua Carpinteiro de limpos com experiência (requisito obrigatório).

Cabeleireiro Ref. 588109626 – Tondela Pretende-se pessoa com, no mínimo, 5 anos de experiência.

Motosserrista Ref. 588110820 – Mortágua Pretende-se pessoa com mínimo de 12 meses de experiência.

Engenheiro eletrotécnico de sistemas de energia Ref. 588107407 – Mortágua Experiência em turbinas eólicas, fluência em inglês e disponibilidade para trabalhar cerca de 80% do tempo no estrangeiro.

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Pedreiro Ref. 588085165 - Tempo Completo Mangualde

Cozinheiro Ref. 588092929- Tempo Completo Viseu

Cozinheiro Ref. 588107888 - Tempo Completo – Viseu

Pedreiro Ref. 588114747- Tempo Completo – Mangualde

Empregado Mesa Ref. 588105908 – Tempo Completo – Sátão

Pintor Construção Civil Ref. 588109336 - Tempo Completo - Viseu

Arquitecto Ref. 588106620 - Tempo Completo – Viseu

Empregado Mesa Ref. 588121987 - Tempo Completo – Viseu

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

Escola Secundária de Emídio Navarro Tel. 232 480 190 Fax 232 480 199 Telem. 963705552

Ensino Secundário Cursos Científico-Humanísticos cos Ciências e Tecnologias Ciências Sócioeconómicas Línguas e Humanidades

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7º, 8º e 9º anos Ensino Regular e Ensino Artístico Especializado de Música e Dança

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2013 / 2014

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42 CLASSIFICADOS

11 | julho | 2013

INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIO Silvina da Conceição, 83 anos, casada. Natural de Lalim, Lamego e residente em Ribolhi- Agência Funerária Cruz e Costa, Lda. nhos, Mamouros, Castro Daire. O funeral re- Penalva do Castelo Tel. 232 642 582 alizou-se no dia 7 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Mamouros. Isidro Nunes de Oliveira, 92 anos, viúvo. Natural da Guarda e residente em Viseu. O funeral Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda. realizou-se no dia 6 de julho, pelas 16.00 hoCastro Daire Tel. 232 382 238 ras, para o cemitério velho de Viseu.

EDITAL

MINUTA DE ANÚNCIO Cedência de edifício para adaptação a estabelecimento de restauração e bebidas, denominado “Fornos do Rei”, enquadrado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico de Penedono

Faz-se saber que o Município de Penedono deliberou na sua reunião de Câmara de 17 de junho de 2013 a cedência de edifício, do qual é proprietário, incluindo projeto para o espaço, nas seguintes condições base: x Condições Gerais:

Maria do Céu, 83 anos, viúva. Natural e residente em Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 8 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Espinho.

Maria Luísa de Assunção Tomás Cabeceiro Pinho, 83 anos, casada. Residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 9 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097

Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542

Virgílio Dias da Costa, 84 anos, casado. Natural e residente em Soutinho, Arcozelo das Maias. O funeral realizou-se no dia 7 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Arcozelo das Maias.

Maria Vera Josefina Sá, 90 anos. Natural de Ranhados e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 9 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Viseu.

O proponente assume prosseguir o objectivo de desenvolvimento turístico do Concelho de Penedono, na área da restauração. x Condições Especificas: O proponente assume realizar todas as obras necessárias, mediante projecto já aprovado, no edifício, sito na Praça 25 de Abril, em Penedono, para abertura de espaço de restauração e bebidas, devendo, em concertação com o Município, ter em consideração o conceito medieval plasmado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico de Penedono; Estima-se que as obras necessárias rondarão o montante de EURO: 155.000,00; O proponente poderá contar com todo o apoio municipal para, se assim o entender, vir a apresentar candidatura aos fundos comunitários para o sector (QREN ou QEC); O proponente compromete-se a criar postos de trabalho, através de recrutamento de residentes no concelho, podendo contar com os apoios à criação de emprego em vigor no Município; O imóvel será cedido a título de comodato pelo período de vinte e cinco anos, data a partir da qual, pelo uso e fruição do imóvel, poderá ser devida uma retribuição, mediante o que vier a ser acordado pelas partes, sendo que na falta de acordo o

Agência Funerária Balula, Lda. Glória Ferreira, 90 anos, viúva. Residente em Viseu Tel. 232 437 268 Reigoso. O funeral realizou-se no dia 8 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. Clara Rodrigues, 92 anos, viúva. Residente em Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério local. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

imóvel reverterá para o Município sem direito a qualquer indemnização, designadamente a título de benfeitorias; x Serão bonificadas e privilegiadas as propostas que integrem uma visão empresarial alinhadas com o Plano Estratégico de Desenvolvimento

Turístico

de

Penedono.

(O

Plano

poderá

ser

consultado

em

http://www.cm-

penedono.pt/documentos/turismo/PEDTPND.pdf). x Informação e Documentação: Qualquer informação adicional pode ser obtida junto da Presidência pessoalmente ou através do endereço electrónico geral@cm-penedono.pt. x

Prazo e Local: As propostas deverão ser remetidas ou apresentadas, mediante carta fechada, até ao dia 31 de julho de 2013, dirigidas ao Município de Penedono, Largo da Devesa 3630-253 Penedono. O Presidente da Câmara

_________________________________________________ (António Carlos Saraiva Esteves de Carvalho)

Ernesto Francisco Joaquim Claro, 81 anos, casado. Natural e residente em Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 7 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério local.

Arminda da Encarnação Marques Nunes Oliveira, 38 anos, casada. Residente em Mundão. O funeral realizou-se no dia 7 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Abílio Marques de Figueiredo, 50 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente na Suíça. Belmiro da Fonseca, 85 anos, viúvo. Natural O funeral realizou-se no dia 7 de julho, pelas e residente em Castelo de Penalva. O funeral 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. realizou-se no dia 8 de julho, pelas 19.00 hoFrancelina do Carmo Silva, 80 anos, viúva. ras, para o cemitério local. Residente em Esculca, Viseu. O funeral reaJosé Carneiro de Albuquerque, 87 anos, viúvo. lizou-se no dia 8 de julho, pelas 18.30 horas, Natural de Castelo de Penalva e residente em para o cemitério velho de Rio de Loba. Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. julho, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Viseu Tel. 232 423 131 Casal das Donas, Penalva do Castelo.


Jornal do Centro

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11| julho | 2013

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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

FOTO DA SEMANA

HÁ UM ANO EDIÇÃO 539 | 13 3 DE JJULHO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

NESTA EDIÇÃO especial

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Desportos de Aventura

Dão Lafões: uma região cheia de aventura! O concelho de Viseu e, de for- culpas para não dar uma escapama mais alargada, a área Dão dinha e conhecer os recantos enLafões, são ricos em sugestões cantados que a região tem para para disfrutar de momentos ple- oferecer. Aldeias históricas, renos de animação. Para todos os cantos idílicos, rios de águas que querem passar umas férias límpidas e florestas cheias de ou mesmo apenas um fim de se- vida são alguns dos elementos mana diferente, a região convida que compõem o cartaz de um a um mundo de experiências ten- concelho e de um distrito que tadoras e cheias de adrenalina. têm tanto para oferecer. Canoagem, slide, rapel, ponOriginalidade é uma presença tes de cordas, passeios pedestres obrigatória. Em Castro Daire, ou de orientação, escalada… são por exemplo, o rio Paiva conviapenas algumas das opções para da a experimentar o rafting, enconhecer um distrito pleno de quanto o Canyoning se impõe vida e atividades que envolvem nos rios Teixeira e Pombeia dose certa de aventura. ra. E porque não experimentar Em pleno Centro de Portugal, a Salto Pendular em Ponte de Dão Lafões - com os seus quatro Cabaços ou os inúmeros perrios e cinco serras – disponibiliza cursos pedestres que a zona aos visitantes e não só um convi- tem para oferecer? Há deste para despertar o espírito aven- portos de aventura para todos tureiro que existe em cada um os gostos e um leque alargado de de nós. Com uma paisagem de empresas preparadas para orgarara beleza, são vários os moti- nizar a sua incursão no mundo vos que fazem com que seja pro- da adrenalina. pícia à prática de desportos atiAgora é só seguir algumas das vos e de natureza. sugestões que lhe apresentamos, E com as férias à porta e o cli- equipar-se com vestuário e calm a a conv ida r a pa ssa r m a is çado confortáveis e partir à destempo ao ar livre, já não há des- coberta. A região espera por si!

Nuno André Ferreira

| Telefone: 232 437 461

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Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 13 a 19 de julho de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO pág. 15 > ESPECIAL pág. 18 > EDUCAÇÃO pág. 19 > ECONOMIA pág. 22 > DESPORTO pág. 24 > CULTURA pág. 26 > EM FOCO pág. 27 > SAÚDE pág. 29 > CLASSIFICADOS pág. 30 > NECROLOGIA pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

Ano 11 N.º 539

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

redacao@jornaldocentro.pt

·

www.jornaldocentro.pt |

“No atual contexto a criação da universidade pública de Viseu, a ocorrer, passa necessariamente pela evolução do IPV” ∑ Fernando Sebastião, presidente da Instituto Politécnico de

Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

| págs. 8 a 10

∑ Milhares dee viseenses provam “Dão Lafões” ∑ “Somos muito rigorosos na creditação da experiência profissional” (Fernando Sebastião)

∑ Junta (Santa Maria) preocupada com insegurança à Paulo Neto

porta da escola

O emblemático herói Viriato está com a sua integridade física em perigo. As armas dos seus guerreiros, talvez de tanta facada darem, ou gastaram a lâmina ou a entortaram completamente. Não haverá uma alma caridosa que faça a vital reparação? Falta-nos o Mestre Malho... Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt

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∑ Bombeiros Municipais reclamam reforço de meios ∑ Labesfal entre as 10 melhores da Região Centro ∑ Feira Medieval de Penedono superou as expetativas da organização

∑ Deputados do PS questionam nomeação do novo diretor clínico (CHTV)

∑ Tamanho único do mobiliário das escolas prejudica alunos


tempo

JORNAL DO CENTRO 11 | JULHO | 2013

Hoje, dia 11 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 17ºC. Amanhã, 12 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 18ºC. Sábado, 13 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 17ºC. Domingo, 14 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 19ºC. Segunda, 15 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 18ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda Sexta, 12

Viseu ∑ O Aqua-Bar Fontelo continua a propor, durante o verão, espetáculos musicais, nas noites de sexta e sábado. Esta sexta atuam os Black White e no sábado a banda Shutter Down. Carregal do Sal ∑ III feira social, entre as 10h00 e as 16h00, nas traseiras do Julgados da Paz.

Sábado, 13 Moimenta da Beira ∑ OFestas de S. Tiago, em Leomil, a partir das 14h00. Viseu ∑ Comemorações do Dia dos Viriatos, dia em que foi inaugurado o actual Quartel do Regimento de Infantaria nº14 (RI14), em 1951. As cerimónias começam às 10h30.

Domingo, 14 Mangualde ∑ “Em quarto crescente… noites de encontro com as artes em mente”, apresenta diversas artes, desde literatura, música, artes plásticas e teatro, até 20 julho. Inaugurada às 21h30.

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http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Olho de Gato

“Governação e Financiamento às empresas” debate-se esta sexta-feira Conferência∑ AIRV e Jornal do Centro promovem nova iniciativa A Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) em parceria com o Jornal do Centro promove esta sexta-feira, dia 12, uma conferência subordinada ao tema “Governação e Financiamento às Empresas. O encontro tem início às 17h30, no Hotel Montebelo, em Viseu e junta à mesma mesa vários especialistas no tema. O objet ivo é abordar intervenções específicas de atuação sobre a componente de financiamento de iniciativas empresariais que, segundo a organização, “não tem sido abordada como um fator de competitividade determinante, condu-

zindo a uma mortalidade precoce de iniciativas/projetos e de empresas já existentes, por ausência de um enquadramento e estruturação adequadas”. D ep oi s d a aber t ura da sessão pelo presidente da AIRV, João Cotta, Pedro Correia do Conselho Empresarial da Centro apresenta o programa FINC E N T RO . S e g u e m se as intervenções de Luís Lagarto, administrador da CA Consult sobre “perspetivas de financiamento bancário às empresas”, de Vitor Figueiredo, diretor da companhia portuguesa de rating-empresa do grupo SaeR,

sobre “noção de risco” e de Marco Gonçalves da Norgarante sobre “garantia mútua no financiamento das PME: passado recente e desafios”. O presidente do I A PM EI , Luís Costa vai falar da “importância dos selos de competência”. José Cardoso Matos e Marco Pinheiro da Bten abordam a “transmissão empresarial”. Depois do debate, cabe ao presidente da Comissão de Coorden ação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva encerrar a conferência. Emília Amaral

Pneus Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

O último editorial de Paulo Neto, intitulado “O nosso Calisto”, foi inspirado num post do blogue Olho de Gato dedicado a Pedro Alves e à visão que o deputado do PSD tem da profissão docente. Com algumas tesouradas necessárias para caber, ficam aqui as três etapas do merecido elogio que fiz e enderecei, no blogue felino, ao ilustríssimo deputado: 1. «Todos sabemos que ser professor é já por si uma prof issão itinerante, provavelmente a mais itinerante das funções sociais do estado.» O ilustríssimo deputado Pedro Alves segue, e segue muito bem, a doutrina Ricardo Araújo Pereira que considera que bons profs são profs nómadas, ciganos, perdão, de etnia cigana. 2 . «Q ue o digam os professores dos quadros de zona pedagógica que nunca conheceram outra condição que não a da mobilidade.» Ora aí está a doutrina Ricardo Araújo Pereira no seu esplendor: como os profs são nómadas, são ciganos, perdão, são de etnia cigana, como eles nunca conheceram outra condição que não a de nómadas, de ciganos, perdão, da etnia cigana, então eles que arranjem umas Ford Transits, ele há feiras, perdão, ele há escolas separadas por centenas de quilómetros. 3. «Ou mesmo os contratados que certamente reclamam a estabilidade que a mobilidade possa conferir.» Devo -lhe dizer que adoro este seu raciocínio, caríssimo e ilustríssimo Pedro Alves, “a estabilidade que a mobilidade possa conferir”. À terceira leitura, finalmente, percebi-o, meu caro. O algoritmo mental que executa com este seu “a estabilidade que a mobilidade possa conferir” é sofisticado: é um raciocínio pneumático. O que o ilustríssimo Pedro Alves quer dizer é que a “estabilidade” na “mobilidade” só se obtém com uns bons pneus. Esteja descansado, meu caro: os profs arranjam uns bons pneus quando receberem o subsídio de férias. Lá mais para o Natal.


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