Jornal do Centro - Ed593

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UM JORNAL COMPLETO

Jornal do Centro

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25 | julho | 2013

Dia dos Avós

pág. 08 > À CONVERSA

Semanário 25 a 31 de julho de 2013

pág. 10 > REGIÃO

Ano 12

pág. 18 > EDUCAÇÃO

SER VENDIDO

SEPARADAM

ENTE.

Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucional, para comemorar o Dia dos Avós. O evento decorre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe. Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Terceira Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua. A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (presidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

N.º 593

25 DE JULHO

CENTRO , EDIÇÃO

593 DE

pág. 28 > DESPORTO

1 Euro

DO

pág. 30 > CULTURA

Sátão leva avós ao Cristo Rei

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lisboa. A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao Santuário do Cristo Rei. Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão.

pág. 33 > EM FOCO pág. 37 > CLASSIFICADOS

Nesta edição | Telefone: 232 437 461

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 35 > SAÚDE Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira

om

c Agora ço xxx re 0,80 Euros

DE

2013 E NÃO

PODE

pág. 24 > ECONOMIA

JORNAL

A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias. Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criativa, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha aldeia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós.

Paulo Neto

pág. 06 > ABERTURA

Supleme nto

ESPROS ER

E DO SEMANÁRIO

Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva

O teatro, o cinema, um concerto, ou um simples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de programas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles. No distrito de Viseu, são desenvolvidas várias atividades para assinalar a data:

DIRETOR

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria natureza, com a vida. Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar histórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

INTEGRANT

Passe um dia diferente com os seus avós

pais, e em muitos casos, os primeiros. São muitas vezes os avós, quem transmite os valores, os conhecimentos e a ternura que fica para sempre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família. São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmente estão ali, sempre. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

O É PARTE

O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família. O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer filhos, quer netos. É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

ESTE SUPLEMENT

especial

REGIÃO DE VISEU

pág. 39 > CLUBE DO LEITOR

Novo acordo ortográfico

·

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

redacao@jornaldocentro.pt

·

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“O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui»”

Micaela Costa

∑ João Luís Oliva, articulista do Jornal do Centro | págs. 8 e 9


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praçapública r Atiramos

palavras

deles

muitas pedras ao Terreiro do Paço, mas temos que perceber que também há terreiros do paço regionais”

Jorge Loureiro Diretor do CERV, em conferência de imprensa

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Opinião

Jorge Loureiro Presidente da AHRESP – Viseu

r

Ultimam ente, temos assistido a uma coisa curiosa: Andam a visitar as nossas obras, andam nos nossos eventos, parece que são deles, colam-se ao nosso trabalho e até já parece que são os primeiros defensores do dr. Fernando Ruas” Guilherme Almeida Vereador da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício de Almeida Henriques

rSe Engrácia Carrilho rProgramaram o Fes-

Fernando Ruas

tival de Jazz de Viseu em cima do Tom de Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tempo estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressamente propositada; agora lá que, à luz de anteriores polémicas, tal parece, não há qualquer dúvida…

Presidente da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício de Almeida Henriques

Crítico de arte, em artigo de opinião do Jornal do Centro

deixou a sua herança ao Partido Socialista ou ao CDS-PP, encontrou herdeiros muito fracos”

João Luís Oliva

Os Sforza de São Bento... Quase que nem me atrevo a escrever sobre o que se passou a nível nacional nestes últimos dias. O assunto está gasto. Centenas de comentadores com ar esperto e iluminado, por tudo quanto é meio de comunicação social têm dissecado os cadáveres, digo, a matéria em questão… Em boa verdade, Sócrates fez muita asneira. Coelho apresentou-se-lhe como alternativa, em coligação com Portas. Ganhou o poder. Dois anos depois, das mirabolantes promessas nada se viu, tudo se agravou e quase tudo ruiu. Se os portugueses estavam mal servidos de asno, pior ficaram de jerico. Entretanto, Portas, submarino de profundidade, agitou as turvas águas como só ele sabe fazer, num dia disse não, no outro sim e ficou-se por um talvez se… vice-primeiro ministro fosse nomeado. Cavaco, ex-primeiro ministro laranja propôs a salvação

nacional juntando ao inepto duo o partido que os portugueses excluíram nas urnas. Seguro, com o seu private club muito minado por putativos candidatos ao seu lugar e históricos opiniosos, lá foi fazer umas reuniõezinhas com os P&P (Passos e Portas) para se chegar à conclusão que nada havia a concluir que já não estivesse concluído: embarcar no Titanic depois do choque com o iceberg não era “salvação”, só mais lastro para o naufrágio. Cavaco, cada vez mais esotérico, foi fazer turismo inspiratório do tipo tibetano-ecológico-ornitológico. E se havia, em jeito de ameaça, proposto eleições para Julho de 2014, gorados os intentos, veio falar ao país durante 13 minutos para dizer as habituais vulgaridades temperadas com um “já não há eleições antecipadas”. Certo. Só haveria se fosse com a tríade, a duo não é necessário. Eles são bestiais e já provaram ser capazes de levar o

submarino a naufragar. Além disso, um toca bombo, outro ferrinhos e o presidente fica com o foguetório. Enquanto se servem copos de cicuta gelada que ninguém bebe – o tempo dos Sforza de Milão era outro – o povo paga e bufa (para dentro), proferindo em estóica surdina: “podia ser pior…!” Pela s auta rqu ia s joga-se tudo. O PS, a CDU e o BE têm esperança que o vírus nacional lhes traga os votos dos desenganados, desencantados e até zangados. As últimas sondagens publicadas sobre Viseu dizemnos que Almeida Henriques vai com 48,8%, José Junqueiro com 38,8%, o CDS/PP com 5,1%, o BE com 2 , 4% e a CDU com 2,2%. Uma surpresa porque a esta hora, Almeida Henriques já deveria ter convencido os indecisos, que são 20,4% e, no mínimo, já deveria estar numa confortável pole position com

68% de intenções de voto. O que pode significar, entre outras coisas, que o apoio de Ruas é uma maldição, que o povo não esquece o mal que o governo PSD lhes fez e que, mesmo com o apoio do establishment local, presidente, vereadores, regedores, directores de instituições subsídio-dependentes, inaugurações em barda et all, os indecisos aguardam nos flancos para se juntarem à coluna mais credível… Viseu está um Coliseu… Jazz, Jardins Efémeros, Curtas, Cinema às estrelas: um Festim! Quanto a Tondela, com o Tom de Festa, já ninguém estranha, pois é assim todo o ano. Na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, a festa é outra e com orquestra de câmara holandesa a tocar música do Barroco, naqueles magníficos jardins estilo inglês e francês do século XVIII, com muito mais que discreta competência.

Restauração e hotelaria, sectores injustiçados e perseguidos O arrendamento não habitacional na revisão do regime do arrendamento urbano, tem um impacto devastador na restauração e na hotelaria com consequencias a prazo, superior ao impacto do aumento do iva de 13% para 23% No que diz respeito ao mercado não habitacional, em especial na vertente “estabelecimento aberto

ao público”, o novo regime do arrendamento urbano tem promovido o desinvestimento, o encerramento dos estabelecimentos e a consequente perda de postos de trabalho. Veja-se a forma irrefletida como foi tratado o regime do arrendamento não habitacional que, como sabemos, comporta uma realidade absolutamente distinta do arrenda-

mento habitacional e que, por essa razão, deveria ter um tratamento objetivamente diferente. Nesta revisão, claramente o legislador não teve em consideração que, no arrendamento não habitacional (estabelecimentos abertos ao público), coexiste o direito de propriedade de raiz do local (do senhorio) e o direito de propriedade do próprio negócio (do arrendatário do imóvel).

É sabido que as mais marcantes características destes setores, são a estabilidade e a inamovibilidade, fatores desprezados por esta revisão, quer pela liberalização das rendas quer pela liberalização dos despejos. Os investimentos realizados nestes setores, como facilmente se compreende, não são passíveis de deslocalização e, em caso de encerramento, outras questões terão


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números

estrelas

600

Número de atletas esperados no Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo de Mangualde.

Importa-se de responder?

Carlos Salvador e Luís Belo Organizadores das Short Cutz de Viseu

José Rui Diretor artístico da ACERT

João Cotta Presidente do CERV

Estes dois amantes de cinema trazem para Viseu um projeto internacional de divulgação de curtas metragens, que até agora marcou presença em cidades como Lisboa, Barcelona, Londres, etc.

O CERV arranca em grande com o seu plano de atividades, ao desafiar candidatos às câmaras para estarem atentos às novas dinâmicas de atractividade urbana.

Tom de Festa excedeu-se batendo record de bilheteira dos últimos 23 anos, no dia do fecho desta edição.

Qual o simbolismo que confere ao Dia dos Avós (26 de julho)? Para mim é um dia carregado de simbolismo, eles são os nossos segundos pais. Faz por isso todo o sentido comemorar a data. Sempre recordei esse dia com os meus filhos.

Já sou avó, embora há pouco tempo. Ele está longe e quando chega são dias muito especiais. Para mim é sempre Dia dos Avós.

Olga Almeida

Irene Xavier

Bancária

Professora

O dia propriamente não possui qualquer simbolismo. Entendo que as pessoas mais idosas merecem todo o respeito, carinho e disponibilidade. Todos os dias são dias dos nossos avós.

Ricardo Coimbra

Dia da verdadeira existência da vida. A eles devemos o que somos, com muita história pelo meio.

Rui Maurício Professor

Engenheiro

mas resilientes de ser equacionadas e ter resposta, como é o caso do pagamento das indemnizações aos trabalhadores que perdem o seu posto de trabalho, por força de disposições relativas ao arrendamento do imóvel e que determinam o despejo do arrendatário e o fecho do estabelecimento.

Esta Lei veio assim criar novos constrangimentos às empresas economicamente saudáveis, bem como agravar a situação das que já se encontravam numa situação de fragilidade que, infelizmente, constituem a maioria, em contraciclo com os objetivos que se pretendem atin-

gir e em contradição com as políticas do Governo que, por um lado proclama a importância do apoio às PME´s e por outro, através da ameaça constante do despejo fácil, condena muitas destas empresas ao desinvestimento e mesmo ao encerramento, tendo como consequência

a recessão da nossa economia, a perda de postos de trabalho e o fracasso em termos de reabilitação urbana. Também quanto à invocação do argumento da necessidade de conservação e da reabilitação dos imóveis, refira-se, em abono dos empresários da Res-

tauração e da Hotelaria que essa é uma falsa questão, uma vez que, ao longo do tempo, e fruto das sucessivas exigências dos regimes jurídicos, quer em especial do Alojamento, mas também da Restauração e Bebidas, os espaços têm vindo a ser objeto de obras, normalmente a

cargo dos arrendatários. Este regime deve ser, de imediato, objeto de alteração, separando-se estas duas realidades, criandose um regime próprio que atenda às especificidades destes setores, mais justo e adequado, a bem do nosso Turismo e da nossa economia.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, (estagiária) micaela.costa@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Geóloga mariasobral@gmail.com

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

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ESPROSER - um ano em vinte Quando a Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) abriu as suas portas no ano letivo de 1993/1994 eu andava ainda no 8º ano e no ano anterior tinha sido aluna nas suas instalações como C+S, essa transição foi importante e memorável, pois a diferença nas condições físicas era notória, e a modernidade a que tivemos direito na nova C+S era altamente motivante. Quando a ESPROSER abriu as portas já não era aquela escola velhinha e gasta que tinha deixado para trás, afirman-

do-se com muito custo como alternativa e janela de oportunidade para quem por dificuldades económicas ou outro tipo de limitação, se encontrava entre a espada e a parede, e o abandono escolar era via de sentido único. O meu sonho académico de ser Geóloga pela Universidade de Coimbra, afastou-me por completo da opção de ingressar na ESPROSER, mas ditaria o destino que voltaria àquelas salas e corredores que tão bem conhecia. Com a abertura do Curso Técnico de Auxiliar de Saú-

de, apareceram novas disciplinas para as quais eram necessários formadores de outras áreas, e nessa necessidade enquadrou-se o meu currículo. Já era detentora de experiência na formação de adultos, mas ver-me em frente a turmas de 20 adolescentes foi uma experiência nova e que no início me deixou muito apreensiva, não porque achasse que não era capaz, mas sim pelo facto de exigirem muita atenção, e um cuidado especial para que a motivação fosse linha crescente, evitando a desistência

avaliação séria de cada candidatura partindo das suas acções de rua; dos sound bites, repetidos ad infinitum e sem qualquer critério pelos compagnons de route de sempre; ou muito menos através da previsibilidade formatada dos “encontros temáticos” a que apenas assistem os “ultras” e, ocasionalmente, um ou outro curioso. O verdadeiro pensamento político exige mais, exige muito mais. Exige leitura, exige tempo para ser estruturado, exige contraditório para o credibilizar. Com a calendarização de um debate fica a ganhar não só o eleitor, a cidade e a democracia, mas

também ficam a ganhar os candidatos que assim têm a oportunidade de frente a frente apresentar aquilo que os distingue. Ps: Dos candidatos, espero que recordem as palavras de Roger Scruton e se apresentem ao debate a “achar que o outro está enganado, em vez de ter a certeza que o outro está errado.”

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Opinião

Impressão

Da Tribuna 1. Debate: A candidatura de Hélder Amaral, na última semana, abriu a porta à realização de um debate. Quase de imediato as candidaturas de José Junqueiro e Manuela Antunes aceitaram o desafio. Em qualquer campanha, a ideia de que um debate será o “tira-teimas” final, a linha que separa os bons –sempre os nossos- dos maus –sempre os adversários- está algures entre o wishful thinking e a falsa ingenuidade, mas tal facto em nada diminui a necessidade que esta cidade tem de ser debatida. Se não vejamos, por um lado é praticamente impossível fazer uma

GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

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Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

E-mail redaccao@jornaldocentro.pt

Internet

2. Arte: Alguns estudiosos e bastantes curiosos defendem que a verdadeira arte apenas foi produzida em breves períodos históricos, por exemplo: na Grécia antiga, no Renascimento, ou até ao século XIX. Para

www.jornaldocentro.pt

Propriedade

Opinião

O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

David Santiago

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

Enquanto o pau vai e vem visitam-se as cagarras Finalmente vimos fumo…negro. Foram três semanas em que nada mudou para que tudo continue na mesma. A ideia de salvação ou, preferivelmente, inclusão nacional não vingou. Tendo em conta o nosso sistema partidário tal solução só poderia ser concretizável com uma atitude interventiva e pressionante do Presidente da República.

Porém, Cavaco Silva preferiu tentar colocar a responsabilidade do lado dos partidos, tentando, simultaneamente, ser o oráculo visionário de uma solução providencial e demitir-se de qualquer responsabilidade num eventual falhanço. As negociações falharam. Claro está que para esta negociação, ou qualquer outra, resultar é necessá-

rio que todas as partes envolvidas estejam interessadas em atingir algum acordo. Para tal exige-se uma cultura de diálogo e predisposição a cedências que levem as discussões a bom porto. Mas os pressupostos em cima da mesa eram, somente, a preocupação de salvar a face. Imperou o partidarismo em detrimento do país. Era, infelizmente, expectável. Nas próximas

O buraco da desigualdade preenchido pela violência Quando Assunção Esteves respondeu, de forma irreflectida, à atitude muito reflectida do grupo de manifestantes no Parlamento, as redes e os cafés uniram-se na condenação às suas palavras, condenação essa que rapidamente se tornou uma punição à sua condição de mulher. Assunção Esteves viu o seu nome associado a humilhação do foro sexual, aludindo a punições sexuais que esta deveria ter pelas suas pala-

vras (violência sexual, especialmente por via oral e anal), a humilhações verbais sobre as suas “teias” e o ser “mal-amada” e à exposição pública de uma foto sua em bikini. Por seu turno, a agora Ministra das Finanças, Maria Luísa Albuquerque, envolvida na polémicados swap, para além de envolvida num polémico governo, foi, segundo o Diário de Notícias, “mostrar o buraco”. Estava feita, assim, a punição

pública da Ministra. Também Angela Merkel viu uma alegada foto sua nua, na praia, a servir como punição pública da sua actuação como chanceler alemã e política europeia, tendo sido escrutinado o seu corpo e discutido os “castigos” que a senhora merecia, grande parte deles envolvendo pénis e objectos em forma de falo. Estas três pessoas estão sujeitas, naturalmente, à condenação da sua


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

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ou desapego. O início foi muito exigente, marcado pelo estigma da associação do ensino profissionalizante à pouca capacidade dos formandos, numa opinião generalizada, só ingressava numa escola profissional quem não era bom aluno ou não era querido em mais lado nenhum…mas orgulho-me de não me ditar por velhos preconceitos, e se por um lado é verdade que os formandos são todos carregados de muitas dificuldades (formação de base, ambiente familiar, dúvidas relativamente ao futuro), também são projetos inacabados e de mente aberta, que

se tocada da forma correta poderá ditar percursos promissores e tornarem-se adultos pelas mãos de quem os forma. Foi um ano em que começo a pensar que aprendi mais do que ensinei; aprendi a ser muito mais tolerante, a nunca julgar nenhum deles pelo que se observa à primeira vista, e que nunca podemos deixar os problemas que eles trazem todos os dias para a escola do lado de fora! A ESPROSER é cada vez mais uma referência de ensino e formação no concelho de Sernancelhe e limítrofes, mas como qualquer projeto em construção, ainda não é per-

feita, mas afirmo com toda a certeza que os formadores, os funcionários e a direção trabalham todos os dias, todas as horas e todos os minutos para que assim seja um dia. Os nossos formandos são sem dúvida filhos de todos nós, rimos e choramos com eles, por vezes mais do que os próprios pais, vemos neles potencialidades e oportunidades que outros desvalorizam, mas se o não fizéssemos ou o não conseguíssemos fazer, não formávamos, impúnhamos simplesmente matéria. Se findado este ano, e com a esperança de por lá continuar, tivesse que referir algo

que nos falta nesse caminho agreste para a perfeição, eu diria que era um gabinete de apoio Psicológico, com um técnico especializado para que os formandos pudessem libertar alguma da tensão e revolta que trazem de casa, traçando apoiados novas posições perante a vida e o futuro profissional que infelizmente não conseguem sozinhos, na impossibilidade de tal, cabe-nos a nós (formadores, funcionários e elementos da direção) juntar ao trabalho diário, o papel de amigos, ouvintes, confidentes e pacificadores das relações interpessoais.

estes cavalheiros o restante material – segundo eles, inútil- não poderá ser considerado arte no seu sentido mais nobre, sendo que toda a contemporaneidade dificilmente ultrapassa a pura fraude. De acordo com este ponto de vista, a arte contemporânea dificilmente entrará na grande linha evolutiva que constitui a história da arte. No pólo oposto, há quem afirme que só é digna de atenção a arte actual, ou seja, a arte pós-warholiana ou pós-conceptual, sendo tudo o resto obsoleto ou entendido como um freak show com o seu lugar reservado no cemitério das aberrações. Encontramos, portanto, a vanguarda contra a tradição, o novo contra o velho, o moderno

contra o académico. O meu entendimento sobre arte tem por base um relativismo moderado: sem tradição dificilmente haverá modernidade e cada obra deve ser julgada de acordo com o momento histórico em que foi produzida. Já a realidade mostra que vivemos numa época de pluralismo, com um forte pendor de cruzamento de ideias e interdependência produtiva. No mundo das artes nada sobrevive fora desta “rede”. Serve esta introdução para recordar tanto aos (e)leitores como aos candidatos autárquicos que, ao nível municipal, a responsabilidade de apoiar, desenvolver e potenciar esta rede de relações de cooperação entre os diversos

agentes cabe em larga medida à autarquia. Temos o museu Grão-Vasco, temos o Teatro Viriato, temos os Jardins Efémeros, o museu do Quartzo- com algum potencial-, o Jazz – graças ao Lugar do Capitão e à Girassol Azul- está a crescer, temos o público local. Falta um museu de arte contemporânea, um festival de Verão distintivo, diversificar a oferta - em termos qualitativos- e criar a dita rede de forma a dar alguma coerência e continuidade à programação. Só assim poderemos desenvolver novos padrões de “consumo” cultural, atrairemos novos públicos e afirmaremos Viseu como uma urbe moderna. Este Verão, espero que o (a) próximo(a) vereador(a) da

cultura me acompanhe num longo passeio estival por “Art Worlds” de Howard Becker: “O trabalho artístico, tal como qualquer actividade humana, envolve a acção conjunta de um largo, por vezes muito largo, número de pessoas. É através desta cooperação que a obra de arte […] continua a existir […].As formas de cooperação podem ser efémeras, mas frequentemente tornamse mais ou menos regulares gerando padrões de acção colectiva a que poderemos chamar um mundo da arte“.

eleições, dentro de um ou dois anos, o povo português terá a oportunidade de sinalizar aquilo que até agora se verificou. Doravante seremos governados por um governo em que ninguém, Presidente incluído, acredita. Seja a versão remodelada ou a anterior, será um governo, nas palavras de Cavaco e Gaspar, que não garante a “estabilidade e credibilidade” necessárias. As avaliações da troika e as deci-

sões do Tribunal Constitucional irão ditar mais ou menos instabilidade política e social. A única certeza é que a “imprevisibilidade” será uma constante mesmo depois do fim do programa de assistência. Mas Cavaco nunca falha e como ele sublinha “é essencial salvaguardar o espírito de abertura ao compromisso manifestado ao longo de uma semana de negociações interpartidárias” até porque “foram lançadas

sementes [que] irão frutificar no futuro”. Terá o Presidente descoberto o caminho? Sim, descobriu aquilo que o português mais apartidário e iletrado já percebeu há muito – que o segundo resgate a caminho exigirá, novamente, um amplo acordo dos partidos do arco da governação. O nosso país político viveu semanas insanas. Na decisiva semana de negociações

Cavaco refugiou-se, por entre cagarras, em discursos vagos e repletos de metáforasxonés. Foi um quadro elucidativo do personagem. Nos próximos dias importantes decisões terão de ser tomadas e Paulo Portas terá de, com solene urgência, escolher um gabinete de acordo com a sua gravitas política. Sugiro a Casa da Criança ou descentralizar para o Portugal dos Pequeninos.

actuação em praça pública. Todas três, em graus e matérias diferentes, desagradam a muita gente, são responsáveis pelo caos político que atravessamos na Europa e no Mundo e legitimam, em graus e matérias diferentes, um sistema destrutivo que não serve a ninguém. Facto é que todas são mulheres – e foi nessa condição que foram ridicularizadas em praça pública. A punição e a ridicularização surgem ambas associadas a violência sexual, perpetrada

por mulheres e homens que usam a violência sexual na linguagem para condenar a actuação destas três políticas. Sabemos que o insulto a homens se define pelo feminino, seja pela parecença (pareces uma menina), pela invocação do lado materno (filho da p***) e pela desvalorização da acção como sendo própria do sexo feminino e, portanto, inferior (falta de tomates, eunucos, falta de uma liderança viril). Sabemos que a própria

violência sexual quando usada contra homens se baseia no questionamento da sua masculinidade (logo, por oposição, à existência de feminilidade), recorrendo ao sexo anal para o expressar. E, sabemos, que, para as mulheres, este discurso extrema-se de uma forma verdadeiramente abominável. O uso da violência sexual, verbalizada ou não, é o extremo da violência contra as mulheres. São despojadas do seu ser – não são pessoas, são corpos, são buracos,

prestes a serem preenchidos, destruídos e reduzidos à sua desprezível existência por via do falo e objectos que se lhe assemelhem. As mulheres na vida política e na vida pública em geral encontram um ambiente hostil à sua participação na esfera pública e é horrorosamente frequente o discurso de ódio por via da violência sexual. É violência de género. Afinal, a presença de violência é a ausência de igualdade.

Miguel Fernandes politólogo atribunadeviseu@gmail.com

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura

Até jazz...

Viseu∑ 1º Festival de Jazz levou a cidade a tomar partido de um género musical a que não está habituada e garantiu segunda edição

Emília Amaral

O coletivo Gira Sol Azul invadiu o comboio turístico de Viseu na quinta-feira ao fim da tarde e envolveu os passageiros no universo da música jazz. Os músicos tocavam numa carruagem e os turistas acompanhavam nas outras duas, graças à dinâmica da responsável pela Associação Gira Sol Azul, Ana Bento ao disponibilizar instrumentos de fácil manipulação que qualquer um pôde tocar e experimentar, pais, filhos, portugueses, estrangeiros... “Isto é o jazz!” Entoava a Ana Bento, animando a viagem de fim de tarde que deu o pontapé de saída ao 1º Festival de Jazz de Viseu. Quem estava mais identificada com o passeio de comboio turístico para conhecer Viseu, admitiu que a ideia podia até ser replicada diariamente durante o verão. Foi também este o espírito com que surgiu o Festival de Jazz de Viseu, produzido pela Associação Gira Sol Azul, não para proporcionar diferentes concertos de jazz isolados durante quatro dias, mas envolver a cidade num género musical a que não está muito habituada. “É, assim, que temos a certeza de realizar um acontecimento que tem âncora numa prática já consolidada e alargar o campo de ouvintes e espetadores de um género musical para (ou) ver, contribuindo para uma cidade que deve ser isso mesmo: um lugar de cidadania e liberdade, onde se pode escolher e optar entre tudo o que nos é mostrado”, explicava o editorial de apresentação do evento.

A oferta foi variada: concertos, workshop de jazz e ações criativas. As melodias foram surgindo de vários pontos da cidade quase de manhã à noite em que o grande objetivo era juntar pessoas e interagirem à volta de uma banda de jazz. Nem sempre isso foi possível, os concertos concorridos do Parque Aquilino Ribeiro beneficiaram de um público interessado no género musical e de uma exposição de artesanato urbano a decorrer em simultâneo que se encaixava na perfeição no espirito do festival. Os espanhóis Xaranga Barafunda, atuaram ao final da tarde de sexta-feira numa rua que, sendo Formosa, esvazia com o fecho do comércio às 19h00 e restaram poucos assistentes para o espetáculo. Já os SinfoDixie apresentaram-se com um projeto próprio para animar qualquer tipo de evento, beneficiaram de uma dinâmica que as manhãs de sábado recuperaram na mesma Rua Formosa e sentaram público nas esplanadas que apreciou ouvir sonoridades de jazz tradicional enquanto saboreava o café da manhã. Os quatro dias de Festival foram como que uma experiência para perceber se Viseu pode no futuro vir a ter um grande festival de jazz. Ana Bento acredita que o caminho está aberto e o espetáculo do novo projeto “Ensemble” que encerrou o evento confirmou que a própria região está a trabalhar para fazer evoluir esta manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos.

∑ Shaker, reco-reco e flauta de punk. Chamam-se SACA SONS. São pequenos instrumentos de levar ao pescoço que “qualquer pessoa pode usar, brincar a sacar os sons produzindo melodias” e foram criados por Ana Seia de Matos, especificamente para o 1º Festival de Jazz de Viseu, que decorreu entre 18 e 21 deste mês. “Fizeram-me o convite para criar uma peça à volta do festival um pouco diferente das habituais. Inicialmente pensei que era engraçado ter instrumentos à venda, só que tinham de ser relativamente simples de eu construir e depois replicar já que tudo é feito artesanalmente. Veio a ideia de serem portáteis e de poderem ser pendurados ao pescoço”, adianta a criadora, natural de Viseu. Com “palhinhas” pretas, fita adesiva e fio preto nascem os SACA SONS, instrumentos originais em duas cores, preto e vermelho: “Como já tinha uma ideia do que ia fazer, fiz uma pesquisa e fui à procura de material que desse para fazer os três instrumentos. A produção não ficou

∑ “Ensemble” é o nome da nova banda constituída por músicos de Viseu, apresentada no encerramento do 1º Festival de Jazz de Viseu. O projeto, da autoria do pianista e compositor Joaquim Rodrigues, saiu finalmente da gaveta para projetar à cidade um reportório que em linguagem técnica se denomina “jazz com mais fusão” virado para o funk. Partiu dele (Joaquim Rodrigues) uma vontade de ter um projeto de qualidade e com força em Viseu”, adianta Ana Bento, responsável pelo festival. O “Ensemble” é composto por 11 elementos com a particularidade de haver sempre duas presenças convidadas. “É um projeto de amigos com prazer

cara, são mais as horas de trabalho”. Em exclusivo para o Festival de Jaz de Viseu, Ana Seia de Matos construiu 60 instrumentos (20 de cada), vendidos no festival a 3,5 euros. “Estes em particular não existiam se não se realizasse o festival”, reforça a criadora considerando que “um festival traz sempre outras coisas por arrasto, outros criativos e novas ideias a nascer”. EA

Filme musicado

Emília Amaral

Emília Amaral

“Ensemble”: Nova banda

Emília Amaral

SACA SONS: Criatividade no festival

Emília Amaral

de fazer música. Somos um núcleo de Viseu com uma relação de anos que ultrapassa a questão musical e só o facto de termos a oportunidade de estarmos juntos é mais do que dar um concerto”. Depois da estreia no Parque Aquilino Ribeiro o “Ensemble” conta continuar a participar em encontros e em espaços que apostam numa programação alternativa. EA

∑ A barriga da caravana Penelope - o Teatro Mais Pequeno do Mundo - transformou-se em cineteatro e levou ao parque da cidade centenas de crianças para assistirem ao pequeno filme de animação musicado ao vivo pela dupla Bruno Pinto (baixo) e Leonardo Outeiro (guitarra). O Teatro Mais pequeno do Mundo, da responsabilidade do encenador Graeme Pulleyn esteve estacionado no Parque Aquilino Ribeiro no dia da abertura do Festival de Jazz. EA


Jornal do Centro

FESTIVAIS DE MÚSICA | ABERTURA 7

Micaela Costa

25 | julho | 2013

Tom de Festa “aqueceu” Tondela ACERT ∑ 23.ª Edição manteve a matriz multicultural que caracteriza o festival desde os anos 90 Os sons quentes do Brasil e de Cabo Verde, dos Camarões e de Espanha, da Irlanda e de Portugal estiveram, uma vez mais, em Tondela pela mão da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) durante a 23.ª edição do Tom de Festa - Festival de Músicas do Mundo que decorreu na passada semana. A peça “Que Raio de Mundo”, oferecida pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro, uma iniciativa de teatro de rua realizada no jardim de Tondela, marcou o aquecimento e o arranque da edição deste ano antecedendo o tão aguardado “mergulho” para os quatro dias de música. Richard Bona, um dos maiores baixistas da atualidade, a multifacetada Cibelle, o espetáculo Contracorrente, uma criação d’Orfeu vencedor

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do Prémio Adriano Correia de Oliveira do Festival Cantar Abril 2013, a irlandesa Niamh Ní Charra, Banda Crebinsky, o viseense Luís Clara Gomes mais conhecido por Moulinex, o músico Tcheka de CaboVerde , uma referencia da música africana da atualidade, os Dead Combo e o grupo folk português Uxu Kalhus foram os nomes que, durante estes quatro dias, passaram pelo palco das músicas do mundo. Em conversa com o Jornal do Centro, Miguel Torres, da ACERT, justificou o longo percurso deste festival, que faz hoje parte integrante do ADN desta associação, com preocupação constante que a mesma dedica à procura incessante do momento ideal em que é possível juntar a matriz da ACERT, a sua capacidade criativa e a sua habilidade de atrair gentes de fora, para criar um aconteci-

mento cultural de relevo. “A ideia inicial era trazer projetos culturais e gente de fora do território para que o público de Tondela pudesse perceber ou pudesse, juntando-se a essa energia que vem de fora, criar novos acontecimentos. Hoje, este festival, é sobretudo um resumo daquilo que é o projeto ACERT, um espaço de grande criatividade, de grande liberdade, de grande energia em que podemos ver em interação constante a comunidade, a ACERT enquanto projeto cultural artístico e os artistas que vêm de fora”, destacou. Mas a edição deste ano não se ficou apenas por Tondela. Nascida de uma das múltiplas parcerias que a ACERT vem desenvolvendo, esta 23.ª edição do Tom de Festa realizouse em partilha com a Fundação Museu do Douro o que permitiu levar um dos

mais antigos acontecimentos desta natureza realizados no país também ao concelho da Régua, onde esteve presente de 17 a 21 de julho. Sendo a música a protagonista neste local de encontro de culturas, de gentes e de paixões partilhadas, Miguel Torres não quis deixar de destacar o enorme papel que o teatro, juntamente com estas novas valências e espaços, têm na génese e na vida desta instituição: “a ACERT a partir de um dado momento percebeu que o teatro é apenas um dos seus polos. Esta instituição é hoje muito mais do que isso. A sua capacidade de gerar acontecimentos culturais que têm um impacto na comunidade e que relevam, ao mesmo tempo, a importância da cultura como uma ferramenta de desenvolvimento do território. O teatro é entendido

hoje apenas como uma delas”, frisou. Num ano marcado pela criação teatral de “A Viagem do Elefante”, o programa manteve a sua matriz multicultural e um clara tendência que busca uma clara miscigenação entre povos e culturas, promovendo concertos e atividades que, como nos foi dito, tornam hoje a ACERT numa associação “muito ligada à comunidade, muito ligada às pessoas, mais vasta, mais abrangente, mais ambiciosa, mais rica mas, ao mesmo tempo, com os pés mais assentes na terra”. As exigências da produção deste festival, que este ano rondou os 100 mil euros, são entendidas pela organização como bastante viáveis e, sobretudo, como comportáveis dentro da realidade deste concelho e na vida desta associação compreen-

dendo, desde a gestão de meios - o cachet dos músicos, a coordenação com os parceiros e patrocinadores e todo o trabalho voluntário que, no final do evento, garantem a viabilidade do investimento ao mesmo tempo que “alavancam um retorno imediato para o concelho e contribuem ativamente para a dinamização da hotelaria, da restauração e do pequeno comércio”. “Este impacto, que muitas vezes não temos forma nem meios para aferir e medir convenientemente, é, principalmente nos dias que correm, um contributo muito importante para a comunidade local e, decerto, uma das razões pelas quais as gentes de Tondela se associam de alma e coração ao Tom de Festa”, referiu Miguel Torres, da ACERT. Pedro Morgado


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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

à conversa

entrevistas ∑ Micaela Costa

“O Tom de Festa é o espelho da ACERT na relação com o mundo” Recuando 23 anos, como nasce o Tom de Festa?

Micaela Costa

Quando foi criado tinha um sentido, tal como hoje, de refletir as várias vertentes de atuação da ACERT. Recordo-me que as primeiras edições tinham, não o perfil que tem hoje, das músicas do mundo, mas que refletia a ACERT. Tínhamos desde circo, espetáculos de rua a concertos musicais. Foi sempre criado como um local de encontro do público que frequentava a ACERT e o [público] exterior, do concelho, do distrito. E depois passou a ganhar esta dimensão, o das músicas do mundo.

A José Rui, diretor artístico da ACERT

E porque é que nasce esse conceito de músicas do mundo?

As músicas do mundo têm um sentido abrangente

e multicultural, é um espaço de solidariedade, de divulgação, não só das músicas, como das culturas. E achámos que esse era um conceito interessante a desenvolver, porque esse sentido da multiculturalidade, a ACERT também o reflete. Tondela não é uma cidade do interior, mas aberta ao mundo. Hoje em dia existem muitos festivais. Há 23 anos, era dos poucos. Como era nessa altura?

Qualquer projeto tem as suas distintas fases. Quando o criámos nunca tivemos a pretensão de sermos um dos primeiros, claro que é um fator diferenciador, mas não com a intenção de sermos melhor que outros, até porque na cultura isso não

existe. Existem sim, as particularidades e as diferenças entre projetos. Como se consegue manter um festival “vivo”?

que vivemos, de não se acomodar. E o Tom de Festa tem sentido essas dificuldades?

Um festival como este exige uma permanente inovação e criatividade. Não queremos que para o ano seja a repetição deste. A filosofia do projeto, os valores, as preocupações artísticas mantêm-se. O formato e a natureza de cada programação é que são diferentes. O festival tenta atualizar-se constantemente, sempre refletindo quem o faz. E, claro, resistindo e pensado que as inquietações e os sonhos são algo que não se pode adiar, mesmo com todas as contrariedades, com todas as dificuldades. À Cultura cabelhe o papel, neste momento

Tem. Permanentemente, não é de agora. Seria redutor dizer que o Tom de Festa está a passar dificuldades nesta altura de crise. Tanto quanto me lembro, fomos sentindo isso desde a primeira edição, quer de uma forma, quer de outra. Nunca, que eu me recorde, houve uma situação de estabilidade que nos permitisse realizar o Tom de Festa, ou outro projeto, com a tranquilidade desejável. Mas isso é o risco que corre um projeto que não se vende, que não vive de apadrinhamento, ou de estratégias com o poder, que tem uma preocupação de serviço público e que luta

tardos do Cardeal. Mas a vitalidade visível (e, sobretudo, sensível) do que, agora, «aqui» se passa resulta, a par de um aproveitamento das experiências do passado, da renovação do equipamento mental e material que sempre novas contemporaneidades exigem, perdidos tiques neo-realistas que alguns (feliz ou infelizmente, conforme os tempos) nunca ganharam. O Cineclube foi e é um sempre novo Cine-

clube, a saber acompanhar a mudança; o Trigo Limpo forjou a ACERT – sede de sociabilidade cultural, placa giratória de espectáculos e afectos – e profissionalizouse como Companhia de Teatro no final dos anos 80; o «velho» Teatro Viriato, reconstruído em todos os sentidos, deu lugar a uma âncora de programação das melhores produções nacionais e europeias de artes do palco, associado a uma das mais

VISEU, TONDELA, AQUI | Práticas culturais, territórios e poder O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, se encerram surpresa pelos acontecimentos que neles têm lugar – e a surpresa é sempre um elemento fundamental de manifestações culturais –, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui». De facto, a ACERT cumpre a continuidade de uma produção que já vai no seu vigésimo terceiro ano de realização e reconhecimento;

e a Associação Girassol Azul produz uma iniciativa programada pela Câmara Municipal de Viseu que, embora primeira em número de ordem, é o resultado de uma prática consolidada e geradora de públicos, regular, cuidada e rigorosa. Duas associações que integram núcleos artísticos – uma Companhia de Teatro profissional, a primeira, uma Escola de Música, a outra – e partilham cumplicidades no movimento cres-

cente de formação, criação e programação de práticas culturais a que «aqui» se assiste desde há alguns anos. Poucos se lembrarão de um quase arqueológico calendário de antigos teatros Viriato e Avenida e dos primeiros tempos do Cineclube; mas alguns ainda recordam, dos anos 60 e 70 do século passado, o pop-rock dos Tubarões, a oficina de teatro do CETEV, a livraria-galeria Tempo Livre e as circuns-

tâncias culturais proporcionadas pelo que então era (era…) o Clube de Viseu. Na memória de muitos está, porém, a grande volta que isto deu depois de Abril de 1974: a cooperativa livreira Que Fazer?, as companhias de teatro Centelha, C. T. de Viseu e Trigo Limpo; ou, a seguir, a revista ZUT, a Área Urbana e as experiências musicais, tão criativas como os próprios nomes, dos Lucretia Divina, Foragidos da Placenta, Bas-

“O festival é para continuar, se houver apoios”

Paulo Neto

Que balanço faz ao 1º Festival de Jazz?

A Ana Bento, presidente da direção da Gira Sol Azul

Eu acho que no geral correu muito bem. O ser o primeiro também é um risco, já sabíamos que era um tipo de música, e que apesar de termos percebido que há um público ávido de atividades nesta área, ainda não está enraizado. Mas acho que os concertos tiveram muita gente, essas espectativas foram atingidas. As atividades que decorreram na rua, essas até superaram as espectativas, nomeadamente a do comboio, que refletiu que as pessoas gostaram da ideia, quando demos conta estava tudo a cantar e a participar. As sessões das escolas tiveram completamente esgotadas, com o Teatro Mais Pe-

queno do Mundo. O que não correu tão bem, ou que não teve a adesão que esperávamos foi o Workshop de Jazz. Este ano depositámos muitas espectativas, divulgámos mais cedo, houve mais parceiros, mas curiosamente foi o ano que tivemos menos inscrições. Pensamos que isso teve a ver com as datas. Nestas últimas quatro edições foi durante a semana, porque o público-alvo é, não só estudantes, mas também músicos profissionais e amadores. Passar isto para o fim-de-semana fez com que muitos músicos estivessem ocupados. Este é o primeiro festival de jazz. O que é que se pensa quando se arranca com um

projeto destes?

Eu sou uma pessoa otimista, até otimista de mais [risos]. Ultimamente tento ser mais realista, porque uma coisa é idealizar um projeto e acharmos que é bom e que faz sentido, outra é os meios para o concretizar. O mais difícil de fazer sobreviver é o workshop, que acarreta mais custos, tem muitos músicos: alojamento, refeições... e é sempre um risco. Há uma logística muito grande para concretizar um festival destes, e na verdade nós somos uma organização muito pequena [Gira Sol Azul] e tivemos sempre algum receio. No entanto, o facto de os concertos estarem assegurados pela Câmara, já era um grande alívio. E também

a parceria com o Conservatório, pois sem ele seria complicado realizar o workshop e até mesmo o piano que fez parte do concerto de sextafeira, da Paula Sousa Trio. O alojamento e alimentação também teve a ajuda de hotéis e restaurantes, o que foi fundamental. Sem esses apoios seria complicado organizar o festival?

Era impossível, então sem o apoio da Câmara era mesmo impossível. Como somos uma organização pequena também não nos aventurámos em fazer candidaturas, porque todo o trabalho que isso dá, muitas vezes, não vale a pena. E o tempo também não foi muito. Mas se não houvesse o apoio de to-


À CONVERSA 9

Jornal do Centro 25 | julho | 2013

pelo que está consignado na Constituição da Republica, o direito à Cultura. Praticamente desde o início têm sido trazidos ao festival grandes nomes de referência nacional e internacional. Isso marca a diferença?

Naturalmente. Têm passado nomes que logo à partida têm uma dimensão e projeção pública muito grande, como Milton Nascimento, Manu Dibango, mas também um outro conjunto de espetáculos que são marcantes para o público. De artistas e grupos, que até então eram desconhecidos. E o papel do Tom de Festa também é esse, revelar projetos mundiais que às vezes não têm a visibilidade que merecem. Hoje, se perguntar a alguns espectadores qual foi o espetáculo que mais os fascinou, dirão nomes que não são conhecidos dentro do “circuito normal”. Temos o exemplo de Compay Segundo que foi, dois anos antes do Buena Vista Social Club, um quase

anónimo. Quando esteve no Tom de Festa o seu concerto não acabou, os encores foram tantos que Compay Segundo saiu do palco e foi tocar para o pátio acústico. E claro que o público do Tom de Festa se sente muito orgulhoso por, dois anos depois o tal Compay Segundo se tornar aquele mostro. Esse é o objetivo do Tom de Festa? Dar ao espectador, alternativas?

Sem dúvida. Houve uma grande transformação do país, hoje as pessoas da zona interior têm alternativas próprias e essas alternativas foi o público quem as conquistou, através da sua adesão. Também é isso que diferencia o Tom de Festa de outros festivais, que jogam fundamentalmente com os nomes de cartaz e que têm alguma dinâmica comercial, onde os espetadores pagam, consideravelmente, para ver esses grande nomes. O Tom de Festa é um festival distinto, o que representa a bilheteira,

no que diz respeito ao orçamento, é insignificante. Então como se assegura economicamente o festival?

Através de parcerias e cumplicidades com os artistas, envolvendo um conjunto significante de apoiantes, em termos de empresas e instituições, que reconhecem que este trabalho é um trabalho de projeção da própria região. E o Tom de Festa já se tornou uma marca da região...

Sim. Eu até diria uma marca nacional. A dinamização cultural do país há muito que se passou a diferenciar dos acontecimentos terem lugar, só, nos grandes centros do país. Hoje há todo um mapa, uma geografia cultural descentralizada, que se fica a dever à atividade de todos os dinamizadores culturais que tomaram em mãos responsabilidades que caberiam muitas vezes aos governos.

Este é um festival que consegue captar diferentes públicos. Como é que se consegue “agarrar” tanta diferença?

Isso é o reflexo do que é a atividade da ACERT. Há duas semanas atrás, por exemplo, decorreram ateliês para as crianças, com duração de quinze dias e, no final apresentaram o seu próprio espetáculo. Daí que o público que está no Tom de Festa é de cidades onde nós desenvolvemos itinerância, público que vem atraído por um cartaz de alternativas culturais e artísticas. É público de uma comunidade com a qual trabalhamos, um público regional que se identifica com o trabalho da ACERT. E o Tom de Festa, por excelência, é um sítio de todos os públicos. Sentem que há mais ou menos público?

O que acontece, em termos de mais ou menos público, por vezes, são razões que nos ultrapassam. Não é

por acaso que este ano baixámos o valor das entradas. Temos noção do peso que teria o preço do bilhete numa família com um ou dois filhos. Nós criadores não pensamos só no espetáculo, temos que pensar em tudo o que o rodeia. Se não o fizermos estamos a decapitar parte de nós. Um projeto que dá muito trabalho.

Um grande trabalho da equipa da ACERT mas também de um conjunto de voluntários que a nós se associam, desde produção, implantação no espaço, de bem receber. É um trabalho que não está confinado apenas à equipa permanente da ACERT, mas a uma equipa mais abrangente, de associados, que dominam tão bem como nós os objetivos que pretendemos atingir. Já com a cabeça na 24ª edição?

Para já com a cabeça no outro projeto que temos, “A

Viagem do Elefante” [este sábado em Sortelha, no Sabugal]. E isto é não parar. Que balanço faz a mais uma edição do Tom de Festa.

Pensamos que estes quatro dias foram um êxito. Mas o Tom de Festa não acaba de maneira nenhuma no último dia. Aqui começa uma nova etapa. Até porque a ACERT são 365 dias e o Tom de Festa são quatro. E aquilo que desejamos é que todo o espírito que esteve presente nestes dias, quer no público, quer na organização, perdure ao longo de um ano. Mas temos noção que foi, de novo, um êxito e que não ficou confinado à qualidade dos concertos, mas à relação que mais uma vez se criou entre a ACERT e aqueles que foram felizes ao longo destes dias. O Tom de Festa é…

O Tom de Festa é o espelho da ACERT na relação com o mundo.

OPINIÃO | João Luís Oliva consagradas Companhias de Dança contemporânea do país; e os ensaios de criação artística – música e teatro, mas também literatura e artes visuais –, a sua herança e o cadinho cultural em que se forjou a consideração da diferença e da diversidade, foram alfobre de múltiplos projectos individuais e colectivos, de que se dispensa a enumeração, e realizações – profissionais ou amadoras, mas criteriosas – de práticas

culturais que hoje desafiam e emocionam, comovem ou divertem a comunidade com que se relacionam. O leitor atento deste escrito já notou, por certo, o uso e abuso do advérbio de lugar «aqui». É que só de forma absurda se podem localizar em fronteiras físicas, políticas ou administrativas (região ou zona, país, distrito ou município), os limites da (inter)acção cultural das comunidades sociais.

Patetas e ignorantes são, em tempo de eleições locais, declarações de candidatos ao poder municipal que dizem ser a actividade cultural de «Viseu» menor que a de «Lamego», propondo alternativas de gestão que julgam populares para o sitiozinho de que pretendem putativamente ser regedores. E ainda falam, à moda do fácil parolismo dominante, de «indústrias culturais», só lhes faltando o «empreendedoris-

mo», a «implementação», a «alavancagem» e as «janelas de oportunidade». E, já agora, as «maturidades»… Mas muito pouco avisadas são decisões dos realmente regedores que, embora sem grandes disparates culturais – após dois primeiros mandatos desastrosos na matéria –, e, depois disso, até mesmo com algum bom-senso relativamente a esses temas, programaram o Festival de Jazz de Viseu em cima do Tom de

Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tempo estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressamente propositada; agora lá que, à luz de anteriores polémicas, tal parece, não há qualquer dúvida… Enfim, rivalidades acanhadas e possidónias da vista curta do que deve ser um horizonte largo que compreenda a cidade como parte da geografia social e cultural em que se integra e com que

(quem), reciprocamente, partilha o sentido. Decidida e peremptoriamente se reafirma que o «aqui» é um grande espaço de urbanidade e este é o olhar indispensável à consideração das práticas locais na universalidade da vida cultural (da vida…). Bem dispensávamos gente do(s) poder(es) cujos projectosseresumamaorural epobremote(quenãoideia…), segundo o qual «a minha aldeia é melhor que a tua!».

dos era muito complicado.

gastos. Mas por outro lado, e como somos músicos, gostamos de tocar, de fazer música, de estar em palco.

meiro concerto, com os TGB, foi arriscado, é um projeto com uma formação pequena, e isso exige ao grupo uma dinâmica maior que prenda as pessoas e depois com instrumentos invulgares no jazz, tuba, guitarra e bateria. E o próprio estilo é mais “duro”, pouco característico daquilo que se idealiza no jazz. Quando olhei para o público e vi que era uma geração mais velha, entre os 60, 70 anos, pensei que não iriam aguentar duas músicas. A verdade é que o concerto durou mais de uma hora e ninguém saiu, muitos até estavam a bater o pé. Mas tanto nesta e como noutras atividades penso que conseguimos

chegar a muita gente.

lo, Mangualde e outros locais.

concertos de bandas profissionais e consequentemente mais variedade (mas para isso tem que haver dinheiro). Que tínhamos alargado o festival às escolas, porque acho que isso é importante na educação musical, são eles o futuro e se começarem a ver e a ouvir novas sonoridades é muito bom. E que o workshop tinha sido otimizado, pois achamos que esta é uma grande vertente que não queremos abandonar: a formação.

Há ajudas, mas por outro lado deve haver dificuldades…

Sem dúvida. Primeiro os recursos humanos, foi uma ginástica terrível conseguirmos ter tudo pronto, sem atrasos. Muito dos membros da organização também estavam a participar como músicos e tínhamos muitas vezes que nos desdobrar. Mas penso que nos safámos muito bem. A própria organização envolveu-se ativamente no festival. Isso é uma forma de estar ainda mais próximo do público?

Na realidade é uma forma de poupar dinheiro e de fazer com que aconteçam mais coisas com menos

Vai haver uma nova edição?

O festival é para continuar, se houver apoios, claro. Durante o festival foram muitos os momentos em que pensámos duas vezes em querer uma nova edição, mas era passageiro, vinha sempre alguém que dizia “então como é, para o ano?”. Sentimo-nos cansados mas o feedback do público e dos artistas, dãonos força. Na apresentação assumiram que queriam que este festival chegasse a toda a gente. Isso foi conseguido?

Eu acho que sim. O pri-

O facto de já terem sido organizados eventos de jazz, como as Quintas ao Jazz, também dinamizadas pela Gira Sol Azul, facilitou a relação com o público?

Sim. Principalmente depois desta primeira edição e das pessoas terem percebido a dinâmica que tentámos transmitir. A ideia de que não era apenas um concerto ao fim do dia, mas algo mais. As Jam Sessions nos vários bares, por exemplo, alargaram o leque de público. Havia muita gente que ia aos bares e só mais tarde ao local dos concertos. Sentimos que veio gente de vários sítios desde Penalva do Caste-

A ideia de terem levado o festival para vários pontos, para a rua, marcam a diferença?

Claro que sim. Um dos objetivos era chegar não só a quem gosta de jazz, e que assim não tem de se deslocar a outros sítios do país, mas a outras pessoas. Surpreender quem não conhece, que não está à espera, na rua, no comboio, num bar. É o velho ditado, “Não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé”. Daqui a um ano, quando voltarmos a conversar, sobre a segunda edição, o que gostaria de me poder dizer?

Que tinha havido mais

O Festival de Jazz de Viseu é?

São tantas coisas. Mas o festival é energia, para o público, para quem é surpreendido na rua, para os músicos. No fundo é energia, positiva.


Jornal do Centro

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25 | julho | 2013

região Consumo alimentar No actual contexto, o gasto com a alimentação ocupa um lugar de destaque no orçamento das famílias, num valor que atinge os 84%. Os dados do primeiro semestre de 2013 definem alguns dos produtos onde esta retracção está a ocorrer. O azeite sofreu uma redução de 25.7%, as farinhas 12%, a padaria 9.8%, a fruta 7.4%, a água mineral 5%, o leite 4.3%, o arroz 3.2%, o peixe 1.6% e o vinho 1.2%. Atentos a estas conjecturas, as diferentes organizações do sector têm vindo a desenvolver inquéritos para definir com maior rigor o comportamento dos consumidores. O estudo intitulado “Comportamento de compra de fruta e hortícolas em Portugal”, promovido pela FNOP (Federação Nacional das Organizações de Produtores de Fruta e Hortícolas) é disso o claro exemplo. O estudo aponta no sentido dos portugueses estarem a fazer compras mais faseadas ao longo da semana e em menor quantidade. Uma percentagem significativa dos consumidores (80%) utiliza os híper ou supermercados para se abastecer; os restantes optam por mercearias, frutarias, praças e mercados. A grande maioria dos consumidores adquire por semana 2 kg de fruta, 2 kg de vegetais e 1kg de produtos vegetais congelados e apenas uma pequena minoria (8%) consegue atingir os 5kg em fruta. Os portugueses definiram como principais critérios para a escolha destes bens: o preço, a cor, o país de origem e a aparência do produto. Embora o preço seja um factor determinante no acto da compra, no caso da fruta a grande maioria dos inquiridos (80%) denotaram preferência pela produção nacional. O preço da fruta é apenas referenciado em quarto lugar como factor de selecção. Atributos como o local de origem, a cor e o aspecto parecem ser preponderantes para a escolha.

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

Tendo por base os dados do estudo, é fácil perceber que toda a cadeia tem ainda margem de progressão. O que importa é que nestas situações todos possam sair a ganhar. Atenta a estas alterações, e não só, a Compal desenvolveu no seu Centro de Frutologia, durante este ano, um curso/ programa/concurso na área fruticultura. Do total das 200 candidaturas apresentadas, 12 foram seleccionadas e os 3 melhores projectos receberam uma bolsa no valor de 20 mil euros para investir nas explorações. A empresa assumiu ainda o compromisso de absorver toda a produção dos 3 projectos vencedores que têm por base a produção de pêssegos, ameixa, marmelos e romãs, matérias-primas indispensáveis para a empresa. Assim, triunfar é certamente mais fácil. Em termos económicos, esta iniciativa pouco impacto poderá representar na contabilidade da empresa (60 mil euros), mas é uma prova inequívoca do caminho que deverá ser traçado por todos. Com o propósito de poder amenizar algumas das maleitas por que muitos passam, o consumo de chocolate registou um aumentou (3.3%) face a 2011. Por ano, cada português consome apenas 2 kg desta iguaria, os espanhóis e italianos atingem os 3 kg e os ingleses e alemães deliciam-se com 10 kg. Nestes países, o chocolate é utilizado como um complemento à alimentação de base. Por cá, o seu consumo ocorre em momentos festivos e de modo ocasional. Por agora, o que necessitamos é um bom surtido desta e de outras iguarias para melhorarmos a nossa condição a todos os níveis. Guloseimas, venham elas.

Festival leva doçaria regional a Vouzela Doce Vouzela ∑ Quinta edição realiza-se este fim de semana Doceiros oriundos de toda a região vão juntar-se em Vouzela para divulgarem os seus doces tradicionais na 5.ª edição do festival de doçaria “Doce Vouzela” que se realizará este fim de semana, 27 e 28 de julho, no concelho. Este certame, promovido pela Câmara Municipal, no qual já estão inscritos cerca de 20 produtores de doces, tem novamente no seu cartaz o encontro de colecionadores de pacotes de açúcar, a ter lugar no dia 27 de julho, e a tradicional exposição de cake design à qual se juntam as várias demonstrações desta arte durante a tarde do dia 28. O “Doce Vouzela”, um dos principais eventos de verão do concelho, tem como principais objetivos a divulgação da doçaria regional e a promoção turística do concelho. Contudo, falar deste concelho e dos seus “sabores” obriga necessariamente a uma paragem para provar o seu ex-libris, o Pastel de Vouzela, que pode ser encontrado em todas ou quase todas as pastelarias da zona. De recheio de ovos único, envolto em massa finíssima de uma leveza incomparável, esta iguaria desfazse na boca a cada dentada e nasce das mãos e de um saber que atravessou gerações. Hoje esta receita está apenas na posse de três “casas” que fornecem toda a região. O Jornal do Centro esteve com os irmãos Vítor e Miguel Correia que, mantendo esta tradição familiar, encontraram no fabrico do pastel de Vouzela uma forma de vida e um modo de perpetuar a memória do pai que lhes “transmitiu”, desde tenra idade, esta riqueza regional.

Pedro Morgado

Opinião

A Vítor Correia é hoje um dos poucos “mestres” dos pastéis de Vouzela

“Nós somos hoje o maior produtor dos pastéis de Vouzela e os únicos que vendemos para fora da vila. Existem apenas dois outros fabricantes que centram toda a sua atividade numa ótica mais familiar mas é principalmente através do nosso trabalho que o nome da vila chega mais longe”, referiu Miguel Correia. Com uma produção bastante variável, muito dependente da altura do ano, esta fábrica produz normalmente cerca de 1200 pastéis por dia, o que equivale a aproximadamente 100 dúzias, que todas as manhãs são forçadas a abandonar os fornos e a viajar até às estantes e vitrinas de muitos cafés e pastelarias das redondezas. “Nestes últimos anos é de louvar o papel que a Câmara Municipal de Vouzela tem tido na divulgação e no apoio à promoção do pastel de Vouzela. A sua introdução nos eventos desportivos da região, o esforço que empreendeu para que os pastéis de Vouzela estivessem presentes na tomada de posse do atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, me-

recem-nos todo o aplauso uma vez que contribuem indelevelmente para a afirmação desta região e contribuem para a economia do concelho”, sustentou. Preservar e incrementar ao máximo a qualidade através de uma aposta forte em matérias-primas de primeira linha, conseguidas através do contato diário com os fornecedores, é uma promessa e uma preocupação constante nesta empresa familiar. Durante os dois dias do “Doce Vouzela” o concelho será palco de vários espetáculos musicais, observação astronómica pela FISUA - Associação de Física da Universidade de Aveiro, workshops de decoração de cupcakes e cakepops e de bombons de chocolate, uma mostra de doçaria, insufláveis, visitas de comboio turístico gratuitas e um percurso pedestre sendo novidade este ano o concurso de bolos de noiva que reserva para o vencedor um prémio monetário no valor de 250 euros. Pedro Morgado

JIBOIAS

Resende. ONúcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego da GNR apreendeu um casa l de jiboias, com aproximadamente 10 anos de idade, em Resende. Em comunicado, a GNR informou que as jiboias – com mais de três metros e 15 quilogramas – encontravamse ilegalmente em cativeiro, no interior de uma residência. Também em Castro Daire foram apreendidas duas serpentes, uma jiboia com dois anos de idade e 1,30 metros, e ainda uma serpente de milho com nove anos e 1,5o metros. “A falta de registo deste a n ima l constitui uma contraordenação ambiental grave, punida com uma coima que pode variar entre 12.500 ou 17.500 euros”, alertava a nota da GNR. EA

DETIDO

Viseu. A diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ) confirmou a detenção de um homem, de 29 anos, que terá sequestrado e violado uma mulher na zona de Viseu. A PJ informa em comunicado, que o homem foi identificado e detido pela “presumível prática dos crimes de sequestro, violação, dano e detenção de arma proibida”, ocorridos no início do mês de julho. Segundo a mesma fonte, o suspeito terá entrado na residência da vítima, uma mulher de 30 anos, durante a noite. “Dirigiu-se ao quarto onde esta se encontrava deitada e, como forma de intimidação, efetuou dois disparos contra a cama. De seguida, a vítima foi agredida, amarrada e violada”, revelou.



Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU | MANGUALDE foto legenda

25 | julho | 2013

Acampamento da JS regressou a Mangualde

Um grupo de populares, das paróquias de Cepões, Cavernães e Mundão, manifestaram-se à porta do Paço Episcopal, em Viseu contra a decisão do Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro, de querer mudar o pároco, que há 14 anos serve as três paróquias. À manifestação, que decorreu na sexta-feira ao fim da tarde, juntou-se o presidente da junta de Cavernães. Jorge Martins ainda espera que o Bispo de Viseu altere a decisão de retirar o Padre Caldeira da freguesia. Os serviços da Diocese revelaram que o Bispo só estará disponível para receber os representantes das paróquias em protesto no início do próximo mês de agosto. D. Ilídio Leandro é um dos nove bispos portugueses que participa nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Rio de Janeiro até domingo. EA Publicidade

A Juventude Socialista de Mangualde, em parceria com a Federação de Viseu da JS, promoveu o acampamento distrital da Juventude Socialista “JS Summer Weekend”, durante três dias. Após alguns anos de interrupção, o acampamento, que decorreu no recinto exterior do Hotel Senhora do Castelo e no espaço da Live Beach - Praia de Mangualde, voltou a juntar jovens socialistas tendo estado representadas todas as estruturas concelhias do distrito, com o objetivo de “promover o debate de ideias e de convívio e interação entre jovens que vivem diferentes realidades por toda a região”.

DR

Emília Amaral

Balanço ∑ Presidente da Federação diz que “a afirmação da juventude é particularmente relevante”

A JS Summer Weekend decorreu na sexta-feira, sábado e domingo “O JS Summer Weekend foi um excelente momento e uma grande oportunidade para conciliar política e convívio, num ano em que a afirmação da juventude é particularmente relevante”, afirmou o presidente da Federação da JS Viseu, Rafael

Guimarães no final do encontro. A par das várias iniciativas programadas mais de carater interno, o destaque foi para a conferência “Política Autárquica Jovem”, realizada na manhã de sábado, que teve como oradores

João Torres, secretário-geral da Juventude Socialista e Rui Braguez, Vereador na Câmara Municipal de Castro Daire e Coordenador da JS de Castro Daire. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt



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14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

Dois meses depois de ter começado a corrida eleitoral que irá definir quem será o próximo presidente da Câmara Municipal de Viseu, apenas Hélder Amaral, líder dos democratas-cristãos (CDS-PP), pontua. Nas últimas sondagens apresentadas na passada terça-feira pela Eurosondagem e publicadas num jornal diário, Almeida Henriques, candidato do Partido Social Democrata (PSD), vê encolher a margem que o separava do seu principal adversário alcançando agora um resultado de 48,8 por cento nas intenções de voto dos viseenses. O socialista José Junqueiro (PS), ex-secretário de Estado da Administração Local fica a dez pontos percentuais do PSD nas intenções de voto o que, até ao momento, se traduz numa divisão de mandatos de cinco para o PSD e quatro para o PS. Hélder Amaral reúne a preferência de 5,1 por cento do eleitorado enquanto Manuela Antunes do Bloco de Esquerda e Francisco Almeida da CDU vêm encolher ligeiramente a sua base de apoio para 2,4 e 2,2 por cento, respetivamente. Em comunicado de imprensa enviado às redações Almeida Henriques, candidato do PSD, reconheceu a importância das sonPublicidade

dagens como indicadores de opinião, reveladores de tendências que, não substituindo o voto, confirmam a liderança da candidatura Viseu Primeiro e a preferência maioritária dos viseenses em eleger Almeida Henriques como futuro presidente do município de Viseu. Ouvido pelo Jornal do Cento, o socialista José Junqueiro preferiu colocar a tónica no encurtar de distâncias ao mesmo tempo que salienta o papel fulcral que o CDS tem na definição do resultado final destas eleições: “se o CDS subir será mais fácil” apesar de “termos que ser nós a construir e a concentrarmo-nos neste caminho que decerto nos levará à vitória a 29 de setembro próximo”, referiu o candidato. “Almeida Henriques tem sido levado ao colo nas ações institucionais da autarquia. Utiliza o seu estatuto de Presidente da Assembleia Municipal para aparecer onde os seus adversários políticos não são convidados”, salientou. Em contraciclo a taxa de abstenção prevista sofre um aumento de quase 3 pontos percentuais (20,4 por cento) quando comparada com o último barómetro realizado pelas mesmas instituições no início do passado mês de junho (17,8 por cento). PM

Candidato do PSD teve o primeiro banho de multidão PSD ∑ Expocenter recebeu cerca de 1000 apoiantes da candidatura “Viseu Primeiro” Depois de ter avançado e apresentado antecipadamente cada candidato na sua freguesia, Almeida Henriques chamou cerca de mil pessoas ao jantar-comício das freguesias “Viseu Primeiro”, que teve lugar na passada segundafeira, para revelar o que lhe vai na alma: “se alguém tinha dúvidas da nossa força e da nossa unidade, tem hoje aqui uma resposta inequívoca. Somos uma grande equipa, somos um só”. António Guilherme Almeida, Mota Faria, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD e Fernando Ruas, mandatário de honra desta candidatura, subiram ao palco de onde pediram um empenhamento redobrado em torno da candidatura daquele que é, nas suas palavras, “de longe o melhor candidato” por Viseu. Aos apoiantes, que encheram o espaço multiusos Expocenter e ao presidente em funções o candidato enalteceu e agradeceu o legado que espera receber: “um legado de trabalho, de determinação, de honestidade, de competência. O legado de uma equipa onde todos os vereadores estiveram presentes e que contou

DR

PSD continua à frente mas perde eleitorado

25 | julho | 2013

com o trabalho de todos os presidentes de junta”, sustentou. Usando da palavra, o candidato destacou que foi o Partido Social Democrata (PSD) que fez esta mudança, não outros, não aqueles que no passado lutaram para que Fernando Ruas perdesse o mandato, não aqueles que sempre criticaram a obra feita e que hoje a consideram ímpar. Na intervenção que encerrou o comício, Almeida Henriques apresentou os candidatos às juntas de freguesia do concelho, realçando a importância que estes assumem na concretização do seu

programa, nomeadamente através do seu papel na implementação de uma política de proximidade. Candidatos às assembleias de freguesia - Abraveses: Pedro Miguel Costa Almeida; Bodiosa: Rui Manuel Santos Ferreira; Calde: José Fernandes; Campo: Carlos Lima; Cavernães: Jorge Martins; Côta: A ntón io Jesus Tavares da Fonseca; Fragosela: Arnaldo António Ferreira Gonçalves; Lordosa: Carlos Manuel Martins Correia; Mundão: Armando Nunes Santos Gomes; Orgens: Adérito Pais Cardoso; Povolide: José Manuel de Almeida Fer-

nandes; Ranhados: Luís Filipe Martins de Almeida Mendes; Ribafeita: Custódio Figueiredo Correia; Rio de Loba: Carlos Alberto Gama Henriques; Santos Evos: Fernando José Cardoso Rodrigues; São João de Lourosa: Carlos Almeida; São Pedro de France: Fernando Martins Machado; Silgueiros: José Marcelo; União das Freguesias de Barreiros e Cepões: António Tavares e Joana Santos; União das Freguesias de Couto de Baixo e Couto de Cima: Fernando Leitão e António Marques; União das Freguesias de Repeses e S. Salvador: José Coelho e José Ferrão; União das Freguesias de S. Cipriano e Vil de Soito: Aurélio Pereira Lourenço e Armando Esteves; União das Freguesias de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita: Manuel Jorge Nunes, José Silva e Cláudia Carvalho; União das Freguesias de Fail e Vila Chã de Sá: José Silva Pereira Fernandes e Carlos Cardoso e da União das Freguesias de Viseu: Diamantino Santos, Vitor Costa e Ana Maria Damião. Pedro Morgado

Capoulas Santos convidado pelo PS para apresentar as prioridades e os apoios à agricultura portuguesa O antigo ministro da Agricultura português Capoulas Santos, recentemente distinguido com o prémio de melhor deputado ao Parlamento Europeu de 2012 na área da agricultura e desenvolvimento rural, esteve presente no passado domingo na conferência-debate realizada na União Demarcada das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) a convite de José Junqueiro para apresentar as prioridades e os apoios para a agricul-

tura portuguesa a partir de 2014. Nesta iniciativa que contou com a presença de vários pequenos agricultores do concelho, José Junqueiro lançou as bases do seu compromisso com a fileira agrícola do concelho ao mesmo tempo que apresentou propostas concretas para a dinamização dos vinhos do Dão. A criação de um gabinete para o desenvolvimento rural que possa impul-

sionar decisivamente o desenvolvimento da agricultura e do meio rural de forma integrada, a criação de um parque florestal, a implementação de uma plataforma municipal de apoio à atividade agroflorestal e a implementação no território de uma bolsa municipal de terras foram algumas das propostas que o candidato considerou bastante pertinentes para a dinamização do setor e para a inversão do atual ciclo económico no

concelho de Viseu. Durante a sua intervenção o candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Viseu reforçou a sua aposta séria na dinamização da Feira de S. Mateus como grande certame do Dão ao mesmo tempo que prometeu lutar, caso seja eleito, pelo “regresso a casa” da cerimónia que distingue os melhores vinhos do Dão e que atualmente se realiza na Figueira da Foz. PM


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AUTÁRQUICAS 2013 | REGIÃO 15

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Manuela Antunes quer Viseu Capital Europeia da Cultura A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Viseu, Manuela Antunes, defendeu esta semana a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura. “Queria lançar um desafio à cidade, aos políticos e a todos os viseenses no sentido de prepararmos uma candidatura a Capital Europeia da Cultura. Decerto, com toda a gente a trabalhar poderão ser lançadas as bases e criadas as condições para o nascimento de um projeto ambicioso que possa lutar em pé de igualdade com outras cidades”, sustentou Manuela Antunes. Durante o lançamento da iniciativa “Sementeira Publicidade

2013” o Bloco de Esquerda (BE) abriu as portas da sede do partido, situada em plena zona histórica junto à Sé de Viseu, e revelou uma exposição temporária com o trabalho de seis “jovens” artistas entre pintores, escultores e cartoonistas que se junta assim ao evento multidisciplinar “Jardins Efémeros”, que decorre em Viseu de 22 a 28 de julho. “O Bloco pretende com esta ação associar-se a este espírito dos Jardins Efémeros e estar com a sede aberta todos os dias até às 23 horas para mostrar o trabalho destes artistas. Apesar do centro histórico parecer estar

Pedro Morgado

BE ∑ Candidata do Bloco desafiou os seus adversários políticos a unirem-se em torno de uma causa maior

A Sede do Bloco recebe exposição temporária durante os “Jardins Efémeros” cheio de gente hoje, esta não é a realidade o ano todo. A cidade não criou ainda as condições para termos muita gente no centro histórico e, por-

tanto, é fundamental a recuperação do património arquitetónico da cidade e a fruição desses edifícios recuperados como incentivo à criação e à mostra

de jovens artistas”, justificou a candidata. A professora de educação física referiu ainda que o bloco aguarda que lhe sejam apresentadas

ideias e projetos para o centro histórico que esta força política possa encaminhar e apoiar salientando contudo que, “sem o património recuperado se torna difícil instalar estes criadores” quando os prédios se encontram devolutos e em mau estado. Manuela Antunes, candidata do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara de Viseu tem nas próximas eleições de 29 de setembro como adversários Almeida Henriques (PSD), José Ju nqueiro (PS), Hélder Amaral (CDS-PP) e Francisco Almeida (CDU). Pedro Morgado


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25 | julho | 2013

especial

Dia dos Avós

O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família. O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer filhos, quer netos. É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

Passe um dia diferente com os seus avós Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias. Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criativa, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha aldeia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós. Publicidade

pais, e em muitos casos, os primeiros. São muitas vezes os avós, quem transmite os valores, os conhecimentos e a ternura que fica para sempre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família. São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmente estão ali, sempre. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria natureza, com a vida. Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar histórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

O teatro, o cinema, um concerto, ou um simples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de programas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles. No distrito de Viseu, são desenvolvidas várias atividades para assinalar a data:

Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucional, para comemorar o Dia dos Avós. O evento decorre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe. Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Terceira Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua. A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (presidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

Sátão leva avós ao Cristo Rei

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lisboa. A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao Santuário do Cristo Rei. Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão. Publicidade

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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

Poemas no Museu de Várzea de Calde

No âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Avós, a “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, Museu Etnográfico de Várzea de Calde, promove amanhã, 26, pelas 15h00, a atividade: “Chá e poesia”. Avós e netos vão ler poemas e mensagens, construindo diálogos e opiniões. Ambas as gerações conversam entre si, interagindo, trocando experiências, em momentos de convívio e de afetos. Em contexto museológico rural, as vivências dos mais velhos servirão de pretexto à construção de diálogo com os mais novos, para estes perceberem a evolução dos tempos e as vivências da atualidade. No final um momento de confraternização, com chá e biscoitos tradicionais da Aldeia. O evento tem limite máximo de crianças e avós: 26 As inscrições são gratuitas, com marcação prévia para o telefone: 232 911004 ou email: museu.varzea@cmviseu.pt

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DIA DOS AVÓS | ESPECIAL 17

surpresas para preparar aos avós

1. Avós e netos multiculturais ∑ Juntos pesquisem como se diz avó e avô em diversas línguas e criem uma pequena peça de teatro para poderem comunicar, com disfarces e acessórios alusivos a cada país, como se diz avós em inglês, italiano, francês, espanhol, indiano… um espetáculo ao qual os avós vão adorar assistir na primeira fila. Para os avós que estão longe, podem sempre filmar a peça e enviar este pequeno filme alusivo ao Dia dos Avós num CD por correio ou mesmo via email, ou outras plataformas.

2. Festa do pijama ∑ Será que a avó e o avô alguma vez tiveram oportunidade de participar numa festa do pijama? As crianças adoram este tipo de festa e, se for em honra dos avós, temos a certeza que também eles vão adorar esta surpresa inesperada preparada pelos netos. Quer pernoitem na casa dos avós ou na dos netos, o que não pode mesmo faltar são os pijamas, uma sala aconchegante, um bom filme ou jogos divertidos para fazer em família e algumas guloseimas para uma noite que será, certamente, inesquecível.

3. Regresso ao passado ∑ Se for viável, programem um dia de visita à terra natal dos avós, mas não contem nada sobre a viagem até chegarem ao local: assim será uma verdadeira surpresa! Façam várias paragens – as casas onde viveram, os sítios onde trabalharam, o local onde se conheceram e namoravam – e aproveitem para ouvir e divertirem-se com as histórias de antigamente que os avós vão certamente contar! Haverá melhor maneira de celebrar o Dia dos Avós do que homenagear as suas origens, as suas conquistas, a sua vida?

4. Viagem ao futuro ∑ Se preferirem uma viagem ao futuro ou, pelo menos, ao presente, surpreen-

Hora do Conto na Fnac Viseu

“Quantos mundos existem entre as páginas de um livro? Quantos novos amigos farás ao ler um capítulo? Descobre na Hora do Conto, histórias que nunca imaginaste serem possíveis”. Esta é uma proposta da Fnac que pode ser aproveitada para um momento entre avós e netos. “A Hora do Conto” é uma ação de animação e promoção do livro e da leitura para crianças, domingo, pelas 11h30, no Palácio do Gelo em Viseu. Publicidade

der a avó e o avô no Dia dos Avós pode passar por uma viagem a um local que sempre quiseram ir, mas nunca foram – uma cidade no vosso país, um parque natural próximo, uma estância balnear, uma capital europeia ou até outro tipo de destinos, mais acessíveis, e perfeitos para programar um Dia dos Avós memorável: um museu, um aqua parque, um dia num spa, um parque de diversões, o jardim zoológico, fazer campismo… esta é a data perfeita para realizar um dos sonhos dos avós, afinal de contas, eles merecem.

5. Comer fora, cá dentro! ∑ Para celebrar o Dia dos Avós com pompa e circunstância, ajude a pequenada a transformar a sala de jantar lá de casa, num lindo restaurante que terá alguns convidados de honra nessa noite – os avós! Não se esqueçam de uma decoração original, flores, velas, música ambiente e, claro, um delicioso menu. Pode envolver as crianças na preparação dos alimentos – escolhem algo que possa ser facilmente preparado e colocado no forno quando os avós chegarem, por exemplo. Uma alternativa é mandarem vir ou irem buscar comida a um bom take away e simplesmente dispor nas travessas e pratos mais bonitos lá de casa… o que conta é a intenção e esta é das melhores.


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educação&formação IPV: Ano lectivo de 2013-2014 Fernando Sebastião ∑ presidente do IPV Perante as vicissitudes que o mercado em geral tem proporcionado, com reflexos negativos em todos os âmbitos da vida dos portugueses, também o ensino superior é dessas incertezas vítima. Fomos ouvir Fernando Sebastião, presidente do IPV, no contexto das expectativas para o próximo ano lectivo.

Novidades na oferta formativa para o próximo ano: No próximo ano o IPV disponibiliza 36 cursos de licenciatura, 29 de mestrado e 22 cursos de especialização tecnológica. Como novidade na oferta destacamos o novo curso de Qualidade Alimentar e Nutrição a funcionar pela primeira vez na Escola Superior Agrária e vários cursos de especialização tecnológica na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego. Em relação ao ano anterior verificou-se apenas a redução dum curso na Escola Agrária mantendo-se nas restantes escolas a anterior oferta formativa. Número de vagas Para o ano letivo 2 012/2013 o I P V disponibiliza 1370 vagas

para as diversas licenciaturas, menos 8% que no ano anterior. Procurámos desta forma contribuir para um maior ajustamento da procura, situação que infelizmente não foi seguida pela grande maioria das instituições de ensino superior nem acautelada pelo Ministério da Educação. No ano passado ficaram no ensino superior público cerca de 8600 vagas por ocupar. É previsível que este ano o número de vagas sobrantes se mantenha ou seja superior. Espera-se uma redução de candidatos e a situação é agravada pelos maus resultados das provas de ingresso. Do meu ponto de vista o ajustamento da oferta formativa deve passar, não tanto pela redução do número de cursos, mas começar fundamentalmente pela redução global do número de vagas ao nível das diversas instituições de ensino superior, aproximando-as do número de candidatos. A redução de cursos, principalmente nas regiões onde não existem ofertas alternativas, conduz à redução de opções dos candidatos e pode levar ao encerramento de cursos que sejam relevantes para as

VIAS DE CONCLUSÃO ENSINO SECUNDÁRIO ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS_VISEU

ABERTAS as MATRÍCULAS ENSINO RECORRENTE EFA DUPLA CERTIFICAÇÃO EFA’s ESCOLARES Diversas UFCD

Tel. 232419820 Email geral@esam.pt

empresas e serviços locais. Esta opção de redução de vagas teria a vantagem de aproveitar a capacidade instalada nas várias regiões do país. Mantendo a situação continuaremos a ver as instituições do litoral onde está concentrada a maior parte da população a ter resultados mais favoráveis nas colocações e as do interior com menos alunos, com reflexos cada vez Publicidade

maiores no agravamento das assimetrias regionais. As instituições de ensino superior são, do meu ponto de vista, um instrumento privilegiado para a coesão do território nacional que não está a ser devidamente utilizado por falta de regulação do sistema. Expetativas do IPV e estratégias para superação da quebra da procura

Tal como referi, não é previsível que os resultados das colocações no concurso nacional sejam melhores que no ano anterior. Os resultados das candidaturas dependem, naturalmente, muito mais das opções dos candidatos do que das próprias instituições. Ao IPV cabe pugnar por oferecer aos candidatos uma formação da maior qualidade que os prepare para uma boa inserção no mercado de trabalho e garantir aos alunos as melhores condições para tirarem o seu curso. O IPV é hoje uma instituição de qualidade reconhecida a nível regional e nacional que atrai alunos não só da região, mas de todo o país. Possui em regra um nível de empregabilidade bastante elevado e um nível de satisfação, por parte dos empregadores, muito favorável. Infelizmente nem sempre se

tem verificado por parte dos candidatos ao ensino superior a preocupação de conhecerem com alguma profundidade as instituições e os cursos a que se candidatam. Constatamos este facto, com grande frequência, designadamente através do elevado número de candidatos que temos anualmente, nos regimes de mudança de curso e transferência, de estudantes colocados noutras instituições que pretendem prosseguir estudos no IPV. A nossa c aptaç ão de alunos não se esgota, por isso, no concurso nacional de acesso. Tal como referi, recebemos anualmente muitas dezenas de estudantes através dos regimes de mudança de curso e transferência bem como dos concursos especiais. Nestes concursos especiais estão englobados os candidatos já titulares de um curso superior ou de um curso de especialização tecnológica. Os cursos de especialização tecnológica têm sido a via de acesso predominante dos alunos provenientes do ensino técnico-profissional. Os estudantes que concluem os cursos de especialização tecnológica podem optar por ingressar no mercado de trabalho ou prosseguir estudos numa licenciatura da respetiva área de formação o que tem sido a opção mais frequente. No atual contexto não faz sentido a aposta no c r e s c i m e n to . A e s tr a tégia do IPV passa, por isso, pela consolidação e melhoria contínua da qualidade de formação e dos serviços que presta com a consciência de que o reconhecimento a relevância do IPV tem sido e continuará a ser no futuro um fator essencial para a captação de mais e melhores estudantes. Paulo Neto


ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 593 DE 25 DE JULHO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Suplemento

ESPROSER

Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira


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Suplemento ESPROSER

ESPROSER há 20 anos a formar

Jornal do Centro 25 | julho | 2013

Cursos Acompanhando os tempos e as necessidades do mercado a ESPROSER oferece diversos cursos garantindo formação de qualidade aos jovens. A Escola Profissional tem apostado, com sucesso e resultados, em áreas que proporcionam aos alunos estágios em mais de 60 empresas a nível nacional.

A Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) está prestes a comemorar 20 anos de existência. No próximo dia 29 de julho sopram-se as velas de vinte anos ao serviço da educação e do ensino profissional no concelho e na região. A ESPROSER nasce a 27 de setembro de 1993, por vontade da Câmara Municipal de Sernancelhe e da Associação Jornalística, herdando as antigas instalações da C+S, mesmo a tempo de ainda iniciar atividade nesse ano let ivo. Um

mês depois, a 28 de novembro, é inaugurada pelo Secretário de Estado da Defesa Nacional, António Figueiredo Lopes. A criação da ESPROSER foi alicerçada nos s e g u i n t e s o bj e t i vos : col mat ar a l acuna de ensino secundário no concelho, dar formação aos jovens, evitar que tivessem de deslocar-se para outros concelhos, estancar a emigração e criar uma massa trabalhadora especializada. Desde então muitos alunos têm passado pelas

instalações da ESPROSER, um estabelecimento de natureza privada e que tem como principal objetivo a formação para a integração na s o c i e da d e d e j ove n s profissionais tecnicam e n t e co m p e t e n t e s , conscientemente responsáveis e vocacionados para a sua profissão. A Escola Profissional de S er n a n ce l h e p r o p o rciona ainda uma preparação científica e técnica permitindo aos jovens a sua integração na vida ativa ou no prosseguimento de estudos.

A escola

A E S P R O S E R permanece nas instalações da Avenida das Tílias, no entanto o espaço foi completa mente remodelado, ganhando assim, ao longo dos tempos, condições de excelência para a atividade letiva. No passado ano letivo 2012/2013 sofreu uma intervenção ao nível do espaço exterior envolvente da escola, nomeadamente no que se refere à iluminação, estaciona-

mento e imagem. Ao nível das infraestruturas, a ESPROSER tem vindo a ajustar as suas instalações às necessidades das diferentes áreas que leciona. A t arefa pr ior it ár ia foi a cr ia çã o de espa ços específicos, devidamente equipadas em função dos cursos ministrados. Totalmente remodelada e adaptada, em 2004, a escola acolhe neste momento alunos oriundos de 16 concelhos.

A mel hor ia e amplia çã o das ins t a lações, permitiu atualmente possuir 12 salas de aul as nã o espe c í ficas, bem como espaços específicos, nomeadamente a biblioteca, o audi tór io, os l abora tórios (física/química, informática e de eletricidade), sala prática de mesa bar, sala maquetes, salas de autocad, cozinha, bar e espaço conv ív io e Pav ilhão multiusos.

Escola Profissional de Sernancelhe, das poucas no país que mantem vivo o ensino da obra de Aquilino Ribeiro Ao longo dos anos, mas muito particularmente na última década, a ESPROSER adotou como referência, para quem lá estuda, o convívio com o escritor sernancelhense, um das referências da literatura nacional, Aquilino Ribeiro. A participação no evento Feira Aquiliniana, para além de ter recuperado trajes a partir da obra aquiliniana, conseguiu transformar excertos dos seus livros em belas peças de teatro, interpretadas por alunos e formadores. A recolha gastronómica que vem materializando nos eventos municipais, servindo as iguarias que o Mestre imortalizou como sendo símbolos da Beira Alta (agora, e de forma mais evidente com o Curso Técnico de Restaurante/ bar). A iniciativa “Meio Século de Memórias (s)

– Uma geografia sentimental”, realizada em Sernancelhe no dia 25 de maio de 2013, evidenciou os ensinamentos do professor Armando Mateus e a qualidade dos alunos, tanto na confeção como no serviço a mais de uma centena de pessoas presentes no evento. Um roteiro aquiliniano pelo co n ce l h o d e S er n a n celhe, visitando os locais emblemát icos da sua v ida e obra, começou com uma passagem pela Biblioteca Munic ip a l Abade Vasco Moreira, seguiu-se uma visita ao Pátio onde pontua a casa onde nasceu, o Convento de Noss a S enhora da Assunção, palco do

Valeroso Mil ag re, o santuário da Lapa e o Colégio onde estudou, a Casa de Soutosa e, por fim, o Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Freixinho, são alguns exemples das atividades desenvolvidas.


Suplemento ESPROSER

Jornal do Centro 25 | julho | 2013

José Mário de Almeida Cardoso PresidentedaCâmaraMunicipalde Sernancelhe

José Mário de Almeida Cardoso, Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, é o grande mentor da criação da Escola Profissional de Sernancelhe- No já longínquo ano de 1993, ladeado pelo então Ministro Figueiredo Lopes, inaugurava as instalações do edifício escolar para que traria o contributo mais decisivo para a construção do Concelho de Sernancelhe no campo educacional, formativo e qualificativo. “ Recordo com grande alegria o ano de 1993 e os feitos que estão conseguimos alcançar para Sernancelhe. Numa época em que, à escassez de recursos somavam-se os números alarmantes da baixa escolaridade e do abandono precoce da escola, Sernancelhe não dispunha de ensino secundário. Para os jovens que queriam prosseguir os seus estudos para além do 9º ano, as alternativas estavam noutros concelhos ou mesmo em Viseu. Acredito que, muitos casos deixaram a escola porque estudar mais longe de casa acarretava despesas incomportáveis para os pais. Contrariando esta realidade negativa, a Escola Profissional veio colmatar uma lacuna no campo do ensino secundário, com a vantagem de ainda conferir uma profissão a quem a frequentava, e permitiu ao Concelho ultrapassar uma falha que muito o condicionava. O surgimento da ESPROSER permitiu ainda qualificar os nossos jovens em termos profissionais, que pese embora em áreas não inteiramente adaptadas ás necessidades de trabalho na nossa região, conseguiram alto grau de empregabilidade e potenciaram uma imagem de qualidade da Escola Profissional de Sernancelhe que muito a valorizou.

Por arrastamento, a Escola trouxe vitalidade e dinâmica ao Concelho. Assumindo-se como espaço de qualidade no ensino e referência para alunos, pais instituições e empresas, rapidamente foi geradora de iniciativas locais de enorme projecção e visibilidade. Lembro, a este propósito, as recolhas de sangue, pioneiras em escolas no nosso País, e que se tornaram nas mais importantes para o Hospital de Viseu, dada a participação e mobilização que geravam. Nos tempos atuais, a ESPROSER coordena iniciativas de grande importância socioeconómica e cultural no concelho, como é o exemplo do Festival da Amizade e a Feira Sementes da Terra. Estas dinâmicas, aliadas à juventude, assumem um peso e um significado extremamente importante em concelhos do interior do País, como é o caso de Sernancelhe. Tenho acompanhado, sempre de forma muito intensa e atuante, a Escola Profissional ao longo de seu percurso de 20 anos. Contudo, tenho que reconhecer que a última década se distinguirá pela equipa dirigente que assumiu os destinos da ESPOSER. O mérito como conseguiram incutir nos jovens que por lá passam a disciplina, a autoridade, o trabalho e o respeito é louvável. Se atendermos a que em certas alturas do nosso País houver pensadores que ousaram considerar que estes valores eram exclusivos das cidades e dos meios desenvolvidos, hoje todos reconhecem que só com estes valores é que Portugal conseguirá sair da crise em que mergulhou. Se há balanço que possa fazer-se de 20 anos a qualificar jovens, então a Escola Profissional de Sernancelhe pode orgulhar-se de ter conseguido que a qualidade da escola seja medida pelo sucesso dos seus alunos no mercado de trabalho, onde desvendam todas as suas capacidades e qualidades, quer como técnico qualificado quer como seres humanos com valores e princípios. Parabéns à Escola Profissional de Sernancelhe.

Carlos Silva Santiago Vice-presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe

Tendo assumido as funções de Vereador do Pelouro da Cultura no ano 2002, desde então estabeleceu contacto com a realidade da ESPROSER, na altura como vogal do Conselho de Direção. No ano 2006 e até 2011 foi Presidente do Conselho de Administração, exercendo atualmente as funções de Presidente do Conselho Geral de Supervisão da Escola Profissional. “A Escola Prof issional é u m d o s m a i s i m p o rtantes car tões- de -visita do nosso Co ncelho. Como espaço de formaç ã o o n d e ce nte n as d e jovens já completaram o seu percurso educativo, onde adquiriram uma profissão e ganharam as bases para ingressarem, com qualidade e distinção, no mercado de trabalho, a ESPROSER exerce uma função suprema na sociedade do nosso tempo: educar. Contudo, a ESPROSER tem trilhado um cami nho difícil mas sem nunca se desviar da rota que foi planeada. Os momentos menos positivos têm ser vido para se for tale cer, e os mo m e ntos b o ns tê m p e rmitido cimentar uma imagem interna e externa de qualidade, de rigor e de escola capaz de preparar jovens para o mercado de trabalho. De um modo geral, a Escola mantém a no ção da realidade que a circunda, das dificuldades que caracterizam o País e do momento em que importa gerir bem, manter a aposta na qualidade e nunca descurar a exigência no ensino e na formação. Uma Escola que con segue celebrar um pro-

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tocolo com a EDP para acolher es t a giários na área de eletricidade é exemplificativo da visibilidade que adquiriu e das boas referências de trab alho e cap acidade que os alunos dão. Uma Escola que, pese embora as dif iculdades eco nómicas do País, garante ins t alaçõ es de qua l i d a d e , co n d i ç õ e s a o s j ove ns , s e g u r a n ç a a o s pais e ensino de refe rência só p o de ser um espaço moderno, atento e capaz. Diferenciam-nos i m e n s o s a s p e t o s . Ta l vez um dos mais importantes nos últimos anos tenha sido a naturalidade com que a Escola abriu as suas portas e o seu conhecimento à sociedade. Não falo só da r e l a ç ã o co m o Co n c e lho de Sernancelhe ou as instituições locais. Refiro-me à capacidade de estabelecer parcerias com empresas reputadas, com possíveis empregadores credíveis no mercado e com entidades nas mais diversas áreas onde os alunos da E SPR OSER te r ã o o p o rtunidades para mostrar os seus conhecimentos e que são p er to de uma centena de empresas parceiras da Escola. Mas ref iro -me também à capacidade organizativa e de envolvimento dos seus diretores, formadores e colaboradores. Sempre dinâmicos, co ns e g u e m c a t i v a r o s jovens p ar a que even tos como a Feira Sementes da Terra e o Festival da Amizade sejam uma realização regional. Ano após ano, impulsionam eventos no Expo Salão e dão um contributo inestimável à Festa da Castanha, assumindo-se cada vez mais como prodígios na reinvenção do menu gastronómico deixado por Aquilino Ribeiro. É de credibilidade mas também de orgulho que falo quando me refiro à Escola Profissional de Sernancelhe”.

Ana Chaves, Jorge Figueiredo e Rui Guedes são os elementos do Conselho de Administração executivo da ESPROSER, cargo que ocupam há cerca de uma década. Volvidos dez anos, o balanço feito pelos diretores é otimista, mas sempre com “os pés bem assentes na terra”. “Localmente a ESPROSER é respeitada, na região é reconhecida, ganhou credibilidade, cotou-se como uma referência, ganhou capacidade de aproximação ao mercado de trabalho e é vista como geradora de empregabilidade para os alunos que a frequentam”, define Ana Chaves, que assume outra característica atual da escola: “Aos olhos das outras escolas, ganhámos voz; somos ouvidos, somos contactados como referência, o que é muito positivo e gratificante”. Jorge Figueiredo, diretor pedagógico, entende que “estas relações que mantemos, seja internamente, seja com o exterior, são preciosas no sentido em que somos olhados como referência”. Opinião semelhante é partilhada por Rui Guedes, responsável pela área financeira, que destaca as condições proporcionadas aos alunos como explicação para o sucesso: “As instalações são excelentes, estamos equipados com novas tecnologias, temos um rácio de computador por aluno elevado, a rede wireless cobre todo o espaço escolar, fomos das primeiras escolas a disponibilizar o livro de ponto on-line aos formadores, e que permite também aos pais saber, em tempo real, por exemplo, se o filho faltou a um aula, tendo os alunos acesso pela plataforma a toda a matéria de todos os módulos para poderem estudar”. É evidente a preocupação da direção da ESPROSER em estar sempre à frente no que respeita às necessidades do mercado de trabalho. Mais do que formar, é assumido por todos que a escola se preocupa em encontrar saídas para os alunos. Proporcionar-lhes, na primeira fase, um estágio

de qualidade é essencial. “O que define e avalia a Escola é o mercado de trabalho”, diz Ana Chaves, que demonstra, pelas parcerias com mais de 60 empresas a nível nacional, o trabalho que tem sido feito para proporcionar estágios aos alunos. Rui Guedes confidencia, por seu turno, que “temos a preocupação de criar competências aos alunos, mas também de garantir a sua empregabilidade. Temos das melhores empresas nacionais a acolher alunos da ESPROSER”, referindo-se ao Protocolo assinado com a EDP, e que se prolongará por vários anos, um sinal claro de que aquela empresa reconhece qualidade à formação ministrada pela Escola. Nunca descuidando “a formação social de cada aluno”, como refere Jorge Figueiredo, a ESPROSER não abdica do princípio do “rigor” que instituiu em 2003/2004. Para Rui Guedes, “o rigor é determinante para mantermos a gestão de qualidade que possuímos” e a explicação para que se mantenha o projeto educativo, que assenta, no entender de Ana Chaves, na “responsabilização e na permanente abertura da escola a toda a sociedade”. Conscientes de que o “mercado de trabalho já faz a distinção e já sabe onde escolher os jovens com boa formação”, como revela Jorge Figueiredo, entendem que o exemplo da ESPROSER é claro: “A Escola não tem de ser neutra perante a sociedade; deve ser participativa, defender os pilares em que acredita e transmiti-los; deve explicar, sem medos, que aposta em valores como a família e as competências sociais”, explica Ana Chaves. Como exemplo, Rui Guedes dá conta da mudança operada e que passa agora pela “aposta em diariamente transportar os alunos de fora do Concelho (e são mais de 60 por cento) de suas casas para a escola e ao fim do dia levá-los de regresso ao seio familiar. Acreditamos que é a forma mais saudável para eles e que é mais correto educar em parceria com a família”.


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O culminar de um ciclo A consolidação de conhec imentos , através de uma prova f inal , é o culminar de um ciclo, que embora termine deixa abertas as portas de um futuro que se quer brilhante. Este “fecho” é feito através de uma prova de aptidão profissional (PAP). A PAP, é um projeto de realização obrigatória para a conclusão dos cursos profissionais, sendo alicerçada numa essência transdisciplinar e integradora de todos os saberes e capacidades desenvolvidos ao longo da formação pelos formandos. Esta prova, em forma de um projeto pessoal, é estruturante do futuro profissional do aluno é centrado em temas e problemas por eles perspetivados. Nele devem ser investidos saberes e competências adquiridos no quadro de formação.

Relativamente ao presente Ano Letivo 2012/2013, alguns dos temas trabalhados foram os seguintes:

Técnico de Informática de gestão > GesMovies – Gestão de um clube de vídeo > Like – aplicação informática para gestão de uma loja roupa > InfoShop – web site de uma loja de informática > SoftGest – software de gestão > Care – aplicação informática para gestão de um hospital ao nível dos cuidados de enfermagem > GesPro – desenvolvimento de uma aplicação para gestão de uma biblioteca > GestMobil – software de gestão para uma loja de telemóveis

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Jornal do Centro 25 | julho | 2013


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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

economia Vinhos de Mangualde à conquista do mundo Não podia haver melhor forma de comemorar os 50 anos de atividade para a Adega Cooperativa de Mangualde, CRL que conquistar, durante a primeira metade do ano de 2013, cinco medalhas de ouro em vários concursos nacionais e internacionais. Apostando numa nova estratégia de comunicação que procura posicionar os vinhos desta adega num novo patamar de notoriedade, correspondente à qualidade atingida e reconhecida nos últimos anos, a Adega Cooperativa de Mangualde realizou na passada semana um encontro com jornalistas e clientes no restaurante “Cascata de Pedra” onde foi realizada um Publicidade

prova vertical de vinhos, conduzida pelo presidente e enólogo António Mendes e pelo enólogo Jaime Murça, na qual esteve presente João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde e Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola do Dão (CVR Dão), ex-ministro da Agricultura. Na vanguarda da promoção da excelência dos vinhos produzidos em Portugal, esta adega bateu recentemente um recorde em Itália ao atingir as 54 medalhas com o “Castelo de Azurara – Reserva 2010”, vinho tinto do Dão, uma delas de ouro, e arrecadando outra menção ouro com o vinho “Castelo de Azurara Touriga Nacio-

Pedro Morgado

Ouro ∑ Cinco medalhas em seis meses não são obra do acaso mas fruto de bastante trabalho e muita dedicação

nal 2010”, na XIIª edição do Concurso Enológico Internacional “La Selezione del Sindaco” O “Selezione del Sindaco” (a selecção do presidente) é um concurso enológico internacional organizado pela Citta del Vino, congénere italiana da Associação de Municípios Produtores de Vinho (AMPV), que decorreu de 30 de maio a 2 de junho na cidade italiana de Brindisi, tendo como

particularidade o facto de ser o único concurso internacional que contempla a participação conjunta de produtores e municípios e onde esta adega cooperativa se associou ao município que a acolhe, a autarquia de Mangualde. Para além dos prémios internacionais, esta instituição foi ainda distinguida no IV Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão Engarrafados” com duas me-

dalhas de ouro e três de prata, sendo o produtor mais premiado pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão). “Esta adega, uma das maiores da região, foi capaz de criar vinhos com alguma escala, uma vez que falamos de lotes com milhares de litros de vinho, que lhe garantiram prémios altamente prestigiados. Ganhar uma medalha de ouro no concurso de vi-

nhos do Dão é uma coisa muito séria já que seguimos as regras internacionais e temos um júri altamente independente e com provas dadas, maioritariamente formado por gente de fora, enólogos e críticos jornalistas, […] ao mesmo tempo que consegue alcançar as medalhas de ouro no concurso internacional em Itália e a medalha de bronze no concurso nacional Vinhos de Portugal”, realçou Arlindo Cunha. A Adega Cooperativa de Mangualde, constituída a 04 de dezembro de 1963, tem atualmente 751 associados dos quais 364 são associados com os quais trabalha regularmente. Pedro Morgado


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24 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Emília Amaral

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A Evento foi apresentado pela direção do CERV na passada segunda-feira

CERV debate “Dinâmicas de Atratividade Urbana” Conferência ∑ Primeiro iniciativa do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu aproveita época de autárquicas Mais do que promo ver projetos e ideias isoladas aplicadas aos centros urbanos, a pergunta que importa fazer é: qual é o objetivo? Para onde tem de se mobilizar toda uma região? Partindo desta base e num timing que assume não ser inocente, a dois meses das eleições autárquicas, a direção do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV) promove a conferência “Dinâmicas de Atratividade Urbana” esta sexta-feira, dia 26, às 15h00, na Associação Comercial do Distrito de Viseu, no sentido de alertar “quem vai chegar” que “os centros urbanos são a alma das regiões e devem ser cada vez mais uma preocupação para o futuro”, adiantou o presidente do CERV, João CotPublicidade

ta na apresentação do encontro. “O CERV também quer ser um agente promotor de ideias e, nesse sentido, esperamos que esta conferência seja uma fonte de ideias e de oportunidades para que os centros urbanos da nossa região se possam desenvolver e possamos executar boas práticas implementadas noutros locais”, acrescentou. A conferência vai contar com a participação de Carlos Martins, diretor Executivo Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, de Joaquim Pereira, co-autor do livro “ CityMarketing – My Place in XXI— Gestão Estratégica e Marketing de Cidades” e de Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal. “Vamos ter alguém que

vai analisar a atratividade urbana numa perspetiva académica, alguém que vai analisar numa perspetiva de experiência feita e, depois, alguém que vai falar sobre como tirar valor daquilo que é feito, a partir destas dinâmicas urbanas. No fundo [analisar] as três perspetivas: como planear, como fazer e como criar valor dos centros urbanos”, explicou João Cotta, reforçando que a conferência surge para “influenciar no sentido positivo aquilo que os futuros autarcas da região vão fazer nos próximos anos”. Na perspetiva do comércio, o projeto de Guimarães Capital Europeia da Cultura é para o CERV um exemplo a seguir, daí ter sido chamado ao debate. O presidente da As-

sociação Comercial e vice-presidente do CERV, Gualter Mirandez alertou que “o comércio é um fator de estabilidade dos centros urbanos”, mas: “temos que ser mais abrangentes, não nos podemos focar em demasia no comércio, a nossa primeira preocupação – e é o que o CERV está a tentar pôr no calendário – é a capacidade de atração no seu todo”. Uma ideia reforçada pelo diretor do CERV. Jorge Loureiro admitiu que o tema “está no centro das preocupações dos candidatos às câmaras municipais” ao considerar o tempo certo para que “possa ficar alguma coisa para influenciar decisões”. O também vice-presidente do Turismo Centro de Portugal adiantou que

do ponto de vista do produto turístico, “os residentes têm que estar no princípio da cadeia de preocupação” porque só serão bons centros urbanos se forem bons para as pessoas que lá vivem. Jorge Loureiro reforçou a necessidade de “perceber que nem tudo é em Viseu” há outras dinâmicas que devem ser trabalhadas no mesmo rumo e sublinhou a importância de aproveitar o que acon-

teceu em Guimarães: “É preciso que nos mobilizemos todos para um objetivo. Em Guimarães percebemos que toda a mentalidade mudou desde que se trabalhou no mesmo objetivo”. Dinâmicas de atratividade urbana para debater amanhã naquela que é a primeira grande ação do CERV. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Programa

∑ 15:00h - Receção dos participantes ∑ 15:20h - Abertura ∑ 15:30h - Carlos Martins, diretor Executivo Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura ∑ 15:50h - Joaquim Pereira, co-autor do livro “ City-

Marketing – My Place in XXI—Gestão Estratégica e Marketing de Cidades” ∑ 16:10h - Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal ∑ 16:30h - Debate ∑ 16:45h - Encerramento


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 25

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ExpOH com cartaz de peso Decorre de sábado, 24, até dia 4 de agosto a edição 2013 da ExpOH – Feira Regional de Oliveira do Hospital. Tony Carreira é o cabeça de cartaz, o popular cantor subirá ao palco do Parque do Mandanelho no penúltimo dia do certame, a 3 de agosto. Uma vez mais a organização aposta num diversificado cartaz que oferece música para todos os gostos e públicos. No arranque, cabe a Adriana Lua, brasileira com vários discos editados em Portugal, animar o público da região. No segundo dia da Feira Regional será a vez de David Carreira pisar o palco do Parque do Mandanelho, onde apresentará as suas mais recen-

tes canções. O conhecido cantor Quim Barreiros regressa a Oliveira do Hospital quarta-feira, 31. No dia seguinte, primeiro dia de agosto, a noite fica a cargo do Grupo AF – Alta Frequência, num espetáculo já habitual repleto de música, cor e animação. O Grupo AF continua assim a fazer o pleno na ExpOH, já que esteve presente em todas as edições realizadas. Dia 2 de agosto constituirá uma atração especial para os mais jovens, com a prata da casa a prestar provas no concurso municipal Soltem Talentos. A música seguirá pela noite dentro com o DJ Diego Miranda, bem conhecido interna-

DR

Certame ∑ Edição 2013 conta com a presença de Tony Carreira, David Carreira, Diego Miranda e muitos outros artistias, de 24 a 4 de agosto.

cionalmente. Tony Carreira será o centro das atenções no dia 3 de agosto, sábado,

quando brindar o público com um concerto para todas as idades, numa aguardada noite musi-

cal direccionada às famílias. A Festa do Emigrante, realizada em parceria com a Rádio Boa Nova e

a RDP Internacional, encerra o cartaz da ExpOH 2013, com atuações de vários grupos musicais concelhios e uma grande noite de fado. Além dos espetáculos no palco principal do Parque do Mandanelho, de realçar ainda a presença dos gr upos culturais concelhios, como tunas, filarmónicas, ranchos e grupos de cantares tradicionais, que irão animar o palco 2, instalado junto da zona da restauração, durante os nove dias do evento. Destaque ainda para o “Encontro Regional de Concertinas”, no dia 30 de julho, e o espetáculo noturno de Arte Equestre “Emoções Ibéricas”, no dia seguinte.

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Instituto Politécnico de Viseu

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA VISEU ANO LECTIVO: 2013/2015

MESTRADOS

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (CET)

QUALIDADE E TECNOLOGIA ALIMENTAR (5ª Edição)* TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO ANIMAL (2ª Edição)* PÓS-GRADUAÇÃO NUTRIÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR (2ª Edição)*

AGRICULTURA BIOLÓGICA PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL PRODUÇÃO AVÍCOLA TECNOLOGIA ALIMENTAR VITICULTURA E ENOLOGIA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

*1ª Fase de candidaturas: 15/07/2013 a 13/09/2013; *2ª Fase de candidaturas: 23/09/2013 a 18/10/2013

Candidaturas: 1ª Fase de candidaturas: 08/07/2013 a 31/08/2013 2ª Fase de candidaturas: 30/09/2013 a 07/10/2013

Informações[http://www.esav.ipv.pt

Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas, Ranhados, 3500-606 Viseu | Telefone 232 446 600


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26 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

25 | julho | 2013

CÂMARA DE MANGUALDE SIMPLIFICA PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PARQUE DE CAMPISMO DE MOIMENTA DA BEIRA ABRE PORTAS O parque de campismo da Barragem de Vilar, Moimenta da Beira, abriu as portas a 15 de julho.O complexo, situado à entrada do bairro da barragem e próximo da albufeira do Távora, inclui um parque de merendas, um parque infantil, duas piscinas, um campo de voleibol de praia, um polivalente desportivo e um parque de caravanismo. O recinto alberga ainda dois edifícios destinados a instalações sanitárias, balneários, zona de lavagem de roupa e louça, vestiários, servindo um deles de apoio ao campo de jogos e às piscinas, entre outras valências. EA Publicidade

Alterações recentes no Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social

DR

A Câmara de Mangualde tem em funcionamento um Sistema de Gestão Documental que visa reduzir o uso de papel como suporte de informação e arquivo e potenciar um aumento de produtividade e qualidade no atendimento ao munícipe. “O município, tendo em vista uma gestão pública mais eficaz, determinou a desmaterialização documental, transitando os documentos recebidos e produzidos para o novo sistema”, refere uma nota de imprensa da autarquia. Este sistema, que está a funcionar desde segundafeira, integra o processo de modernização administrativa que a Câmara tem vindo a desenvolver e “possibilita a desburocratização de procedimentos tendo em vista uma maior celeridade dos processos”. Lusa

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

A O certame contou com mais de uma centena de expositores

Aguiar da Beira juntou atividade económica e cultura durante quatro dias Evento∑ XII Feira das Atividades Económicas Cerca de 120 expositores participaram na XII Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira, que decorreu de 18 a 21 de julho. O certame apresentou-se com um programa para quatro dias composto pela representação de toda a atividade económica do concelho, do artesanato ao turismo rural, juntamente com concertos e espetáculos musicais. A Câmara Municipal, entidade organizadora

do certame destacou o Cortejo Etnográfico como um dos pontos altos do evento. O desfile teve a participação das 13 freguesias de Aguiar da Beira e das instituições de solidariedade social do concelho. Na quinta-feira, atuou a orquestra A.D.R.C. de Aguiar da Beira. Na sexta-feira, dia 19, o destaque em palco foi para o concerto dos Deolinda. No Sábado houve folclore seguido da atuação de Ana Malhoa e do orga-

nista Novo Ritmo. O último dia de feira, 21 de julho teve em palco o grupo de concertinas Clave de Sol e o grupo de Viseu HI-FI. Para a autarquia a Feira das Atividades Económicas é, por um lado, a forma encontrada para permitir às pessoas exporem o seu trabalho desenvolvido no concelho e, por outro, uma receção ao emigrante “antecipandose às festas de verão”. Emília Amaral

Uma portaria publicada ainda pelo ex-ministro das Finanças Dr. Vítor Gaspar e pelo ministro da Segurança Social Dr. Pedro Mota Soares (portaria nº 216-A/2013, de 2 de julho), determinou que, a partir de 3 de julho deste ano, sejam investidos em dívida pública portuguesa até 90% das verbas do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Trata-se de uma medida no mínimo “polémica”, que contraria alguns dos princípios mais básicos de investimento nos mercados financeiros… O FEFSS constitui um fundo, criado em 1989, com o intuito de garantir a estabilidade do pagamento de pensões, dispondo de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Desde 2002, parte dos descontos dos trabalhadores é canalizada para este fundo com o objetivo de criar uma “almofada” financeira que permita acautelar o pagamento de pensões por um período mínimo de dois anos. O Fundo é gerido pelo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS), obedecendo a sua gestão (pelo menos em teoria!) a um princípio de diversificação e a um conjunto de limites ao investimento. De entre esses limites ao investimento contava-se, até à publicação da portaria referida anteriormente, a obrigatoriedade do fundo apresentar uma quota mínima de 50% de investimento em títulos de dívida pública portuguesa, quota mínima essa que passou agora para os 90%. Apesar dos motivos apontados pelos responsáveis pela publicação desta portaria para justificar esta alteração (nomeadamente os níveis de taxas de juro particularmente “deprimidos” que os títulos de dívida pública dos Estados membros da OCDE em que o fundo investia e a imposi-

Ilídio Silva Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu isilva@estv.ipv.pt

ção resultante do Programa de Assistência Económica e Financeira), o que é facto é que esta medida não tem em conta alguns dos princípios mais básicos do investimento em mercados financeiros: a relação inversa entre rentabilidade/risco (se um investidor pretender aplicar as suas poupanças num produto financeiro com maior rentabilidade, deverá com certeza estar disposto a assumir também um maior risco; por outro lado, se um investidor não quiser investir em produtos financeiros com um risco elevado, então deverá estar disposto a obter uma rentabilidade menor) e a diversificação das aplicações (em vez de colocarmos todos os ovos que dispomos numa mesma cesta, devemos colocá-los em diversas cestas; deste modo, mesmo que uma ou duas cestas caiam ao chão e os ovos se partam, ainda continuamos a dispor dos ovos das outras cestas). Efetivamente, se a intenção desta alteração na política de investimento do FEFSS é tentar melhorar a rentabilidade dos ativos que detém, ao investir-se uma percentagem tão grande da sua carteira em títulos de dívida pública nacional está a expor-se o fundo a um risco demasiado elevado (se as avaliações do risco da dívida pública portuguesa já não eram muito favoráveis, em função do desempenho dececionante da execução orçamental, a atual crise política só veio agravar ainda mais a situação). Além disso, ao concentrar-se de forma tão acentuada os ativos do fundo em dívida pública portuguesa, uma evolução menos favorável destes títulos não só tem efeitos muito negativos na rentabilidade do fundo, como também poderá por em causa a própria finalidade da criação do fundo – assegurar a cobertura das despesas com pensões por um período mínimo de dois anos.



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desporto Futebol

DR

Futebol

João Alves no Académico O Académico de Viseu continua no mercado e assegurou um reforço sonante ao contrata r o i nternacional português João Alves. O médio está de regresso ao futebol nacional depois de ter estado ao serviço dos cipriotas do Omonia. O jogador de 32 anos, for m ado no Ch aves , passou também pelo SC Braga, Sporting e Vitória de Guimarães e faz agora parte das opções de Filipe Moreira. As atenções estão agora viradas para um Publicidade

p ont a - de -l a nç a q ue possa reforçar a equipa academista, numa altura em que também se fala da hipótese de contratação do lateral esquerdo Marco Lança, ex-Santa Clara. Este sábado, no Fontelo, joga-se a primeira jornada da Taça da Liga com o Académico a receber o Atlético, em pa r tida ma rcada para as 17h00. Quarta-feira, volta a jogar em casa com o Leixões, partida a contar para a segunda jornada. MC

“Não gostei, estou desiludido com a equipa, esperava uma equipa mais agressiva, mais pressionante, com outra dinâmica”. Este foi o desabafo de Vítor Paneira na conferência de imprensa, após o jogo de apresentação do plantel, frente ao Arouca, no passado sábado, no Estádio João Cardoso, em Tondela. A exibição não agradou ao treinador. A uma semana da primeira jornada da Taça da Liga, Vítor Paneira não esperava que a formação tondelense cometesse “erros primários que se aprendem na formação, nas escolinhas”, como o próprio afirmou. Foi evidente a superioridade do Arouca, recémpromovido à I Liga portuguesa de futebol. O Tondela até entrou bem e marcou primeiro, de penálti, com um golo de Piojo, mas os comandados de Pedro Emanuel rapidamente tomaram as rédeas do jogo e colocaram a nu algumas debilidades do Tondela. Falta gente na frente, problema que pode ser resolvido com a entrada de novos jogadores para a frente de ataque. Na apresentação, o presidente Gilberto Coimbra fez saber que durante esta semana deverão ser apresentados novos reforços, e que Vítor Paneira

CD Tondela

Agora já vai ser a doer

A

Apresentação oficial aos sócios terminou em derrota frente ao Arouca (1-3) e com Vítor Paneira a não gostar dos erros dos seus jogadores afirmou serem “três jogadores do meio campo para a frente”. Até ao fecho desta edição o clube, oficialmente, ainda não havia anunciado nenhum reforço, apenas tendo avançado a saída do médio Fábio Lopes que rescindiu o contrato que o vinculava ao clube até 2014. Este sábado começam os jogos “a doer” com a primeira jornada da Taça da Liga. A formação de Vítor Paneira defronta, em casa, o Desportivo das Aves, equipa que na época passada garantiu a quinta posição. Na próxima quartafeira, 31, segunda jornada, com o Tondela a viajar até aos Açores para defrontar o Santa Clara. Vítor Paneira, no lançamento a estas partidas, diz que a equipa vai ter que “entrar muito bem na Taça da Liga, com vontade de

vencer, com outra atitude, outra dinâmica e outra solidariedade, que não tem havido na equipa”. Na conferência de imprensa o técnico deixou ainda mais uma crítica aos

seus jogadores, afirmando que a pré-época foi “das vedetas” e que “vamos entrar agora na Taça da Liga e dos Campeões”. Micaela Costa

Época 2013/2014

∑ Equipa técnica

Vítor Paneira – Treinador Carlos Rego – Treinador adjunto André Mota – Treinador adjunto André Rafael – Preparador físico Paulo Cadete – Treinador do guarda-redes

∑ Plantel

Cláudio Ramos – Guarda-redes Armando – Guarda-redes R icardo Andrade – Guarda-redes Pedrosa – Defesa

Pica – Defesa Deyvison – Defesa Carlos André – Defesa Edson – Defesa João Vicente – Defesa Palmeira – Defesa Pedro Araújo – Defesa Fábio Pacheco – Médio Tiago Barros – Médio Márcio Sousa – Médio Calé – Médio Boubacar – Médio Ericson – Médio Jô – Avançado Piojo – Avançado Amuneke – Avançado Dally – Avançado Rúben Silvestre – Avançado


MODALIDADES | DESPORTO 29

Jornal do Centro 25 | julho | 2013

Futebol

O Lusitano de Vildemoinhos já começou a treinar. É a pré-época dos trambelos de preparação para a estreia no novo Campeonato Nacional de Seniores. Rui Cordeiro, que cont i nu a como técn ico, conta com um plantel com algumas caras novas e 13 renovações. Ficam da época passada os jogadores: Guilher-

me Maló, Miguel Lourenço, Fernando Belo, M a rco Toipa , Néné , Frank, João Faro, Tiago Henriques, Hugo Pires, Rui Madeira, Álvaro Dias, Diogo Braz e Luís Costa. Segunda-feira, 29, a equipa senior de Vildemoinhos f ica a con hecer o ca lendá rio do Ca mpeon ato Naciona l de Seniores,

bem como a equipa que irá defrontar na 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. Recordese que já tinha sido divulgado que o Lusitano fará parte da série D do novo campeonato da Federação Port u g ue sa de F uteb ol , onde estará também o Cinfães, o outro clube de Viseu neste campeonato. MC Publicidade

Atletismo

O atleta mangualdense, Vitor Salvador, sagrou-se campeão nacional de veteranos ao vencer o Campeonato Nacional de Veteranos de Pista Aberta, na categoria de M40, que decorreu no passado dia 13, no Luso. Na prova, que consiste em fazer 3000 metros obstáculos, participaram 25 atletas de diversas categorias. Vitor Salvador representa a Associação Senhora do Desterro de São Romão, é natural de Mangualde e tem 42 anos. Ficou em quarto

DR

Atleta mangualdense é campeão nacional

lugar na geral e em 2013 foi já vice-campeão de corta-mato, campeão de estrada 15 Km e alcançou o terceiro lugar no Campeonato Nacional de Veteranos de Pista Coberta.

Karting

O piloto de Lafões vai marcar presença na Expofacic em Cantanhede, certame que apresenta este ano e pela primeira vez um espaço dedicado à modalidade do Karting. A pista de Karting montada numa área de 1800 metros quadrados é uma das novidades deste ano e está localizada junto à entrada de São João, onde diariamente estarão cerca de 20 karts de aluguer a cargo do Kartódromo de Oiã. Rodrigo Correia, fará

DR

Rodrigo Correia na Expofacic

as suas “demonstrações” sábado, pelas 21h00, domingo dpelas 17h00 e dia 3 de Agosto pelas 16h00. MC

Lusitano FC

Trambelos já trabalham para a nova época


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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

culturas Arcas da memória

expos

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA

Projeto internacional de curtas chegou a Viseu

Até 31 de julho, a exposição de artesanato, “Bel’Arte”, de Anabela Gomes ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até 3o de agosto, a exposiçãode fotografia, “Rios de Vida”, de João Cosme OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até 30 de agosto, a exposição de peças decorativas “Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim. VISEU ∑ Palácio do Gelo De 13 a 26 de julho, a exposição de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da cidade, numa “uma visão do antes e do depois” SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até 31 de julho, a exposição de pintura, “A Diversidade da Arte”, de Hugo Almeida

ShortCutz∑ Na mostra de curtas-metragens serão transmitidos filmes realizados por viseenses, realizadores nacionais e internacionais Depois de “nascer” em Lisboa, ter conquistado o Porto, Londres, Amesterdão, Barcelona e outras cidades europeias, o projeto internacional de divulgação de curtas-metragens está desde a passada sexta-feira em Viseu. “Esta é a forma mais conhecida em Portugal de divulgação das curtas, e uma das formas preferenciais dos realizadores para divulgarem os seus trabalhos”, explicou Carlos Salvador, um dos responsáveis por trazer o projeto para Viseu. A ShortCutz reúne u m conju nto de curtas-metragens que podem ser visionadas por todos os que, pelo menos até ao início de outubro, visitarem os jardins da Empório, morada de verão do evento. De quinze em quinze dias, com a próxima sessão marcada para sexta-feira, 2 de agosto, são projetadas duas curtas em competição, uma curta/projeto/realizador convidado e ainda uma curta estrangeira. Na primeira sessão mais de 50 pessoas marcaram presença num projeto que promete divulgar não só

Micaela Costa

∑ Posto de Turismo

projetos nacionais e internacionais como filmes realizados por viseenses. “Vamos ter vários filmes de realizadores viseenses”, adiantou Carlos Salvador. Luis Belo, é o outro responsável por trazer a Short Cutz para Viseu. Esta já não é a primeira aventura do viseense no mundo das curtas. Para além de ter vencido o concurso dinamizado pela escola Mariana Seixas, foi o criador das Curtas ao Tanque, projeto que no verão passado transmitiu filmes no local que agora serve de casa para as ShortCutz. “Deixámos as Curtas ao Tanque e passámos para este conceito mais alargado, que nos dá outras coisas, como por exemplo, acesso ao catálogo de todas as curtas, de todas as cidades onde há ShortCutz, o que possibilita oferecer, a quem nos visita, uma seleção de curtas que de outra forma

não conseguiríamos”. A ShortCutz Viseu tem contado com várias parcerias que tornam possível a realização deste projeto. “A Empório como residência de verão do evento, o restaurante Lanxeirão com as refeições para convidados de fora e o hotel Grão Vasco, têm sido parceiros fundamentais para que possamos dar aos viseenses o que de melhor se faz nas curtas”. Este projeto, que não tem quaisquer lucros financeiros, uma vez que as entradas são gratuitas, carece de algum material importante à transmissão dos filmes. Agora, e para que todos tenham as melhores condições, só fica a faltar um projetor, uma tela e colunas que, como explicou Carlos Salvador, “têm sido amavelmente emprestados”.

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h30, 23h50* Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h20 WWZ: Guerra Mundial 2D (M16) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h20, 16h45, 19h10 Monstros: A Universidade VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h30* WWZ: Guerra Mundial (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20, 21h00, 23h20* Turbo 2D

(M6) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 00h00* Wolverine (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h20* Batalha do Pacífico (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 00h00* Wolverine (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h50, 00h10* As vidas de Artur (CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h40, 16h00, 18h20 Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Micaela Costa

Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h05, 21h50, 00h25 Depois da Terra (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h20, 15h55, 18h30, 21h20, 00h05 Mestres da ilusão (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h15, 18h45

“O homem que plantava árvores” Chamava-se Elzéard Bouffier e ninguém saberia da exemplar saga deste homem, humílimo, persistente, herói de seu dia a dia, se não fora o precioso livro de Jean Giono – O Homem que Plantava Árvores – que eu li como leio sempre O Principezinho ou o Cântico dos Cânticos na sua densidade poética e de sonho. O título do livro resume, todavia, de uma forma bela, a biografia deste homem que perdeu ainda novo o único filho e a esposa e depois se retira com trinta ovelhas e um pacífico cão para uma inóspita encosta que dos Alpes desce para a Provença onde deu um sentido novo à sua vida, dádiva da natureza ou da Providência, em que parece crer, e que ele retribui, generoso até ao limite, plantando de vida a montanha onde as aldeias tinham sido abandonadas, onde os ribeiros tinham deixado de correr. Elzéard Bouffier levantava-se com a alva, confiava ao cão a guarda das ovelhas e lá ia subindo a serra, cada dia mais longe, enterrando as glandes dos carvalhos que seleccionara antes de adormecer. Nem todas as sementes nasciam, nem todas escapavam à seca ou aos roedores. Persistiu. Breve eram dez mil as pequenas árvores sobreviventes. Depois plantou faias. E áceres que não se adaptaram. E bétulas. E a montanha voltou a ter a cor verde e cinza da Primavera e a cor castanha dos Outonos. Os ribeiros secos começaram de

Turbo 3D (M6) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

novo a correr. Veio gente habitar outra vez as aldeias onde se refizeram os muros das casas, das hortas, da capela. Nasceram outra vez as flores. Sentiu-se o cheiro da alfazema nos canteiros. Elzéard Bouffier continuou o seu projecto enquanto a saúde lho permitiu. Morreu tranquilo em 1947. Deixava uma das mais sublimes heranças do nosso tempo!... Quando li este livro lembrei-me do exemplo de meu pai. A sua biografia também é curta. Lavrou terras onde cresceu o pão com que eu cresci. Foi também plantador de árvores. Lembro-me dos renques de macieiras que cresceram junto aos ribeiros da Quinta do Valbom. Das maçãs camoesas, bravo de Esmolfe, das inverniças, que outro nome não lhe dávamos e que eu saboreava, assadas, nas férias do Natal, e as cabaçais, e a doçura destas maçãs que a minha mãe repartia pelos vizinhos. E os pessegueiros que semeava pela vinha. E aquela cor da flor dos pessegueiros, a primeira que trazia a Primavera. E as figueiras da borda da vinha. E até uma roseira onde ele colhia rosas que levava a minha mãe, onde eu colhi também pétalas de rosa que espalhei ao vento e não sei bem se caíram sobre os cabelos de alguém. E as mimosas que eu plantei. E o destino que não fez de mim um lavrador!...

Estreia da semana

Sessões diárias às 21h00, 23h55 Batalha do Pacífico (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h30, 00h15 Miudos e Graúdos 2 (CB) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

Wolverine– Wolverine decide viajar até ao Japão para procurar respostas para as várias perguntas que tem sobre o seu passado.


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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

culturas O som e a fúria

Destaque

Já são conhecidos os vencedores do festival de curtas-metragens, Vista Curta, organizado pelo Cine Clube de Viseu e Empório. Dos quase 60 trabalhos a concurso foram 16 os comtemplados para se submeterem à apreciação do júri constituido por Nicolau Tudela, Teresa Eça e Joaquim Alexandre Rodrigues. O filme “Negro” de Jérémy Pouivet (2012), foi o vencedor da categoria melhor filme Vistacurta 2013. Negro, conduz o espéctador por uma viagem alucinante pela consciência de um homem, que sofre com a perda da sua filha e que o leva a uma vida rodeada de maus hábitos e angústia. É quase como uma espécie de dedicatória a todos aqueles que contemplam o negro, da noite. Na categoria escolar, cujo prémio reverte para a escola e não para os autores, o vencedor foi “A Lenda da Cabicanca”, de Carlos Pais e dos alunos do 6º A (2010/11)

Paulo Neto

O filme “Negro” vence Vistacurta 2013

da Escola Básica Padre José Augusto da Fonseca em Aguiar da Beira. A curta “A Lenda da Cabicanca” é uma história que os habitantes de Aguiar da Beira gostam de contar e que, de certo modo, é um dos seus emblemas. “Um dia uma ave nunca antes vista sobrevoava Aguiar da Beira…”. Com a ave chega o medo e para

o combater surge um herói pouco vulgar”. Na categoria de melhordocumentário o grande vencedor foi “Rua Direita, nº15”, de Hugo Santos (2013). O documentário retrata a arte de cortar e coser tecido, que há cerca de cinquenta anos se exerce no nº 15 da Rua Direita. Entre o novo e o antigo “fun-

dem-se as tendências e tradições”. O prémio para melhor ficção foi para Joana Beja Silva com “Ver de Ténue” (2013), que conta a história de Isabel, uma mulher consumida pela loucura e que vive para Fernando, o seu único amor. Tomando como espaço um Hospício, Verde Ténue é a visão de Isabel, presa a uma rotina que não a permite percepcionar com coerência a realidade, vendo Fernando como relógio humano que marca a passagem dos dias. Por último o melhor filme experimental foi ganho por Ana Seia Matos (2013) com “[NADA] ANDA”. E que como a própria explicou, são “imagens que ilustram a minha interpretação do que uma das grandes potências europeias, a Alemanha, acha que devemos fazer e do que acha que, por outro lado, nos devemos abster. Trata de identidade, a nossa, a minha.” Micaela Costa

Cinema “O Tesouro”, um filme de Gonçalo Silva e de Marcantonio Del Carlo, que conta com a participação dos atores Nuno Melo, Nuno Pardal, Diogo Lopes, Joaquim Nicolau, José Martins e Sara Barros Leitão, vai ser rodado no concelho de S. João da Pesqueira nos dias 2, 3 e 4 de agosto. A curta-metragem baseada no conto homónimo de Eça de Queirós surgiu no âmbito de um ciclo de

Arquivo

Filme “O Tesouro” rodado em S. João da Pesqueira

quatro curtas-metragens que serão rodadas no Douro, com o objetivo de revelar ao mundo a região e as suas gentes.

O filme vai ser exibido no Brasil, Alemanha e Itália. Marcantonio Del Carlo anunciou no domingo, durante a apre-

sentação do projeto, que a antestreia vai acontecer em S. João da Pesqueira, a 30 de agosto, integrada na Vindouro - Feira de Vinhos do Douro. “O Tesouro” é um filme de aventura em que os atores contracenam com os habitantes de S. João da Pesqueira. Para tal decorreu já um casting em que participaram cerca de 60 habitantes do concelho, no Cineteatro João Costa. EA

Maria da Graça Canto Moniz

Para Roma com amor Woody Allen tem já um lu- Pelo caminho diverte-nos. Este filme traz-nos várias gar cativo na lista das maiores referências cinematográ- personagens que, tal como ficas a nível internacional. em muitos filmes do realizaExplorando o fetiche ameri- dor, se encontram, de uma cano pelas grandes cidades forma ou de outra, mais ou europeias, e depois de “Ma- menos insatisfeitos com a tch Point”, “Vicky Cristina vida que levam. A insatisBarcelona” e “Meia-Noite em fação é, aliás, para o realizaParis”, Woody decidiu filmar dor a principal característica as esguias e sinuosas ruas de humana; é a última frustraRoma em “Para Roma, com ção, aquilo que nos impede Amor”. É muito fácil cair num de parar, de nos estabelecerlugar-comum quando fala- mos e de nos contentarmos mos sobre este realizador. E com o que de precioso já posisso pode acontecer quando suímos. Na procura da feliusamos adjetivos como “neu- cidade, nós, tal como Antorótico” ou “brilhante”, como a nio (Alessandro Tiberi), Jack partir de expressões do tipo: (Jesse Eisenberg), Giancarlo “um filme fraco de Woody é (Fabio Armiliato) e Leopolmelhor do que a média dos do (Roberto Benigni), preferioutros cineastas.” Ora, é isso mos a imponência do Coliseu, que sucede com “Para Roma, quando deveríamos vaguear com Amor”: é simplesmen- pelas ruas tortuosas e menos te um filme superior à maior conhecidas de Roma, como o parte das comédias que che- diz, a certa altura, John (Alec garam aos cinemas nos últi- Baldwin).“Para Roma, Com Amor” não é nenhum “Anmos tempos. A comédia romântica é nie Hall” ou “Manhattan”, o género onde Woody se nem chega a ser tão magnémove com grande facilidade tico como o recente “Meiae isso nota-se facilmente nes- Noite em Paris”. No entanto, te filme, não só pela ligeireza é um filme muito bom. Acicomo consegue abordar as ma de tudo, tem como princonstantes dificuldades das cipal trunfo uma mensagem relações humanas, mas tam- quetemtantodeactual,como bém pelo bom humor que in- de rico e profundo. Apesar de cute a todas as temáticas que poder ter sido filmado com compõem o filme. O talento maior rigor técnico (é frede Allen reside na sua capaci- quente vermos figurantes a dade avassaladora como ob- olhar directamente para a câservador. Observa homens, mara, por exemplo, ou sentirobserva mulheres e obser- mos a câmara a tremer viova cidades, descrevendo nos lentamente durante planos seus filmes, com um talen- da cidade de Roma), é imposto ímpar, a essência de cada sível encarar com indiferença um destes três intervenientes. a trama que organicamente Woody Allen conta as histó- se vai construindo. Woody rias de que gosta, como gosta. Allen did it again!

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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

culturas Artes

Destaque

Artesão de Penedono é o melhor a nível nacional

Já arrancou a terceira edição dos Jardins Efémeros

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uma força de alerta contra esse perigo, ao mesmo tempo que vê reconhecido o seu trabalho de artesão e o artesanato em junça da Beselga. “Ceira Filtro de Azeite em Junça”, foi considerada pelo júri, a melhor obra artesanal presente no concurso da FIA Lisboa 2013. EA

Está a decorrer, desde segunda-feira, e até 28 a terceira edição dos Jardins Efémeros. O evento, conta este ano com uma programação mais alargada, sete dias e sete noites. Também o espaço se “esticou” e este ano as ruas Direita, Formosa e do Comércio, assim como o Mercado 2 de Maio e o Adro da Sé são invadidos por um cenário verde e florido. O evento tem como objetivo divulgar e dar à cidade as múltiplas manifestações culturais como

o teatro, pintura, dança, instalações multimédia, música, gastronomia, cinema, conferências, literatura e fotografia. O centro da cidade transforma-se num verdadeiro jardim gigante e nesta edição nem uma cascata faltou. A par de todas as atividades culturais esta terceira edição contou ainda com a “preciosa” ajuda da arquitéta Joana Astolfi que fez algumas intervenções em lojas da Rua Direita. Micaela Costa

Micaela Costa

Evento∑ A zona histórica é durante sete dias e sete noites invadida por música e muita arte

DR

O artesão de Penedono, Ilídio Serôdio venceu o Prémio Nacional de Artesanato da FIA Lisboa com a obra da sua autoria “Ceira Filtro de Azeite em Junça”. A edição deste ano do prémio da Feira Internacional de Artesanato (FIA) foi subordinada ao tema “Entrelaçar – As artes de trabalhar e entrelaçar fibras vegetais”, como forma de alertar que se trata de um subsetor artesanal particularmente ameaçado pela concorrência de produtos similares importados e de baixo preço e carenciado de projetos de inovação”, revelou a organização. Ilídio Serôdio com a ceira de azeite em junça pode agora ser

A Centro histórico é até domingo um jardim gigante


Jornal do Centro

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em foco 23ª edição do Tom de Festa

Primeiro Festival de Jazz de Viseu, organizado pela Associação Gira Sol Azul, decorreu ao longo de quatro dias em diferentes locais da cidade.

Igual a si próprio o Tom de Festa voltou a proporcionar momentos únicos em Tondela, através da organização da ACERT. O festival levou à cidade músicas do mundo e um conjunto de outras atividades, nomeadamente, uma feira de produtos locais, um festival de curtas e uma exposição de fotografia.

Emília Amaral

Micaela Costa

Pedro Morgado

Paulo Neto

1º festival de Jazz de Viseu

Realizou-se na passada sexta-feira na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu (APPACDM) a festa portuguesa que contou com as atuações de Carlos Peninha, o grupo GiraFoles, Carlos Clara Gomes, Carla Linhares & Carlos Viçoso e o Grupo de Concertinas.

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Pedro Morgado

Festa Portuguesa na APPACDM


Jornal do Centro

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25 | julho | 2013

em foco Exposição de motas clåssicas de Lamosa Mais de duas centenas e meia de motociclos de todos os tipos vindos de toda a região juntaram-se na Zona Social e Desportiva de Lamosa. Com excelente organização, bar aberto, muitas animação e muita gente, este convívio saldou-se por um êxito que deixou muita marca de saudade em todos quantos, uma vez na vida, usaram este meio de transporte tão popular e pråtico.

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25 | julho | 2013

saúde e bem-estar Mais desporto e saúde em Sátão A Câ ma ra de Sátão vai realizar mais uma edição do evento “Sátão com Desporto e Saúde”, este sábad o , d i a 2 7, à s 1 8 h 3 0 , no l a r go d a fei r a de Ladário, na freguesia de São Miguel de Vila Boa. Do programa constam várias atividades. Uma caminhada, uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio d a o b e s id a d e c o m a ava l i a ç ã o d a te n s ã o a r teria l, glicém ia e índice de massa corporal, realizados por técnicos especializados d a Un id ade Mó vel de Saúde. Tr a t a - s e d e m a i s uma iniciativa do município que pretende

i ncent iva r a s pesso a s pa ra a pr át ic a do de spor to ao a r l iv re e pa ra os seus bene fícios na saúde. O evento é gratuito e será disponibilizado transporte gratuito no Largo de S. B er n a rdo, em Sátão, às 18h 15 . Se as cond i ç õ e s c l i m a té r i c a s não forem propícias, a d at a de rea l i z aç ão do evento s erá a lte rada. Para mais informações, os interessados devem contactar o Gabi nete de Desp o r to d o M u n i c ípi o d e S á t ã o a t r a vé s d o n ú m e r o d e t e l e fo n e 23 29 8 0 8 0 0 e cor reio eletrónico desporto@ cm-satao.pt.

Mangualde associa-se à campanha “Brincar e Nadar em Segurança” Objetivo∑ Alertar os pais e assim diminuir os riscos de acidentes nas piscinas O Ce ntro de Informação Autárquico ao Consumidor (CIAC) de Mangualde associou-se à campanha “Brincar e nadar em segurança” da Direção-Geral do Consumidor, como forma de alertar os pais e educadores para a adoção de procedimentos e de comportamentos que ajudem a diminuir os riscos de acidentes nas piscinas e a divulgar a norma portuguesa sobre requisi-

tos de segurança de vedações e acessos. A Direção-Geral do Consumidor é extensa nas recomendações deixadas através da campanha, mas reforça um apelo con-

siderado básico: “nenhum equipamento de segurança substitui a vigilância”. O alerta é para manter as crianças sob a vigilância permanente e efetiva de um adulto.

CAMPANHA CONTRA DOENÇA VENOSA CRÓNICA Estima-se que cerca de dois milhões de mulheres portuguesas, com mais de 30 anos, sofram de doença venosa crónica e que grande parte da população portuguesa ainda desconheça os principais sintomas e sinais subjacentes à doença, desvalorizando as suas consequências e encarando-a unicamente do ponto de vista estético. O número é avançado pela Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, entidade que está a promover a segunda fase da campanha “Veias Saudáveis?”. A mesma tem como objetivo promover o diagnóstico e tratamento precoce da doença e está presente em todas as instituições dos cuidados de saúde primários do país, até setembro.


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36 SAÚDE

25 | julho | 2013

Opinião

Apneia do sono: problema grave de saúde pública (I) O que é a apneia do sono? A apneia do sono caracteriza-se por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores, que condicionam uma ausência (apneia) ou redução importante (hipopneia) do fluxo oro nasal. Resulta numa incapacidade para manter a permeabilidade da via aérea durante o sono, devido ao colapso da faringe no decurso da inspiração favorecido pela perda de tónus

muscular dos músculos da faringe. Estes episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior provocam queda na saturação da oxihemoglobina e despertares transitórios, levando a uma fragmentação do sono, com diminuição ou mesmo ausência do sono profundo, ocasionando um sono de má qualidade, não reparador. Enquanto na apneia há uma obstrução completa do

fluxo aéreo oro nasal com duração igual ou superior a dez segundos, na hipopneia há uma diminuição do fluxo de 30% ou mais, com igual duração, acompanhada de queda da saturação de oxigénio igual ou superior a 3%. Ambas as situações têm consequências de maior ou menor gravidade para o doente de acordo com o número e a duração dos eventos. A Síndrome de Apneia

Obstrutiva do Sono (SAOS) é a causa mais frequente de hipersonolência diurna subdiagnosticada. Calcula-se que a sua prevalência na população em geral seja cerca de 7%. O excesso de peso, o consumo de álcool antes de dormir, o uso de sedativos que, além de interferirem com as fases do sono, diminuem como o álcool a permeabilidade da via aérea e algumas patologias como o hipotiroidis-

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mo, constituem importantes fatores de risco.

Elevado risco para SAOS. Há grupos identificados como de elevado risco para SAOS, devendo a sua abordagem diagnóstica e terapêutica ser prioritária. Indivíduos obesos, sexo masculino, mulher pós menopausa, tendência familiar ou genética, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, sobretudo quando responde mal aos anti hi-

Simões Torres Pneumologista Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão

pertensores, diabetes, alterações do ritmo cardíaco, AVC, profissões de elevado risco de acidentes laborais e rodoviários, entre outros, devem merecer atenção mais cuidada. (Continua no próximo artigo)


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CLASSIFICADOS 37

25 | julho | 2013

EMPREGO Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Ajudante de cozinha Ref. 588108766 – São Pedro do Sul Pretende-se ajudante de cozinha.

Pretende-se cozinheira com experiência. Mecânico de máquinas agrícolas Ref. 588108771 – Castro Daire Mecânico de máquinas agrícolas com ou sem experiência.

Cozinheira Ref. 588125974 – São Pedro do Sul

Soldador Ref. 588125836 – Oliveira de Frades Pretendem-se jovens com o 12º ano, nível 4, para soldadura, com possibilidade de trabalhar por turnos.

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Eletromecânico de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela Servente florestal Ref. 588103953 – Tondela Candidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.

Motosserrista Ref. 588110820 – Mortágua Pretende-se pessoa com mínimo de 12 meses de experiência. Cortador de carnes Ref. 588127890 – Tondela

Engenheiro civil Ref. 588126549 – Mortágua Ladrilhador (azulejador) Ref. 588126350 – Carregal do Sal Experiência como ladrilhador.

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Calceteiro Ref. 588085625- Tempo Completo Mangualde

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Operador de Registo de Dados Ref. 588119967 - Tempo Completo Viseu

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Cozinheiro Ref. 588100986 - Tempo Completo - Viseu

Operário fabril Ref. 588112628- Tempo Completo – Sátão

Cabeleireiro Ref. 588124235 - Tempo Completo - Viseu

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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2013 / 2014

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Jornal do Centro

38 CLASSIFICADOS

25 | julho | 2013

INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIO Augusto Monteiro, 90 anos, casado. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 2ª Publicação

1ª Publicação

Maria de Assunção Pereira, 86 anos, viúva. Natural e residente em Contenças de Baixo. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. José Augusto Jesus, 65 anos, casado. Natural e residente em Roda, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Emília Fontes Laranjeira, 91 anos, viúva. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 22 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agostinho de Oliveira, 89 anos, viúvo. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Abel Pereira, 80 anos, viúvo. Natural de Santiago de Piães, Cinfães e residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 11.00 horas, para o cemitério de São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia. Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503 Fernando Lourenço, 91 anos, casado. Natural e residente em Bodiosa a Nova, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Manuel Alves Peixoto Carvalho, 70 anos, casado. Natural de Ancede, Baião e residente no Rio de Janeiro, Brasil. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. José António Figueiredo de Almeida, 34 anos, solteiro. Natural e residente em Sul, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 24 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Sul. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

Manuel Maria Correia, 98 anos, viúvo. Natural e residente em Pindelo de Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. Ana Maria da Cruz Serra Baptista Valverde, 62 anos, casada. Natural de Coimbra e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Maria do Nascimento Costa, 91 anos. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 10.30 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria José Sares Marques Monteiro, 69 anos, casada. Residente em Cavernães. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 9.00 horas, para o cemitério local.

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

João Oliveira de Sousa, 82 anos, casado. Residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. Maria Helena de Jesus dos Santos, 70 anos, casada. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vildemoinhos. Alexandre Rodrigues Martins, 50 anos, solteiro. Residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Bodiosa. Jorge António das Neves Calisto Cerqueira, 61 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 16.30 horas, para o crematório de Viseu. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131


Jornal do Centro 25 | julho | 2013

clubedoleitor

39

DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

HÁ UM ANO

Desacordo autarcográfico

EDIÇÃO 541 54 | 277 DE JJULHO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 27 de julho a 2 de agosto de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA

nho esperança que me dê algumas … creditações, como ao sr. “doutor” Relvas. Mas, calc u l ados i n t e r e s s e (s) d e u n s p a r t id o s , c ó modo desinteresse de out ros e , t a lvez , responsabilidade limitad a d a pre sidênc i a d a A ssembleia da República (AR), esta, a AR, também f icou “muda”, não promovendo nem re c t i f ic aç ão nem i n te r pre t a ç ã o d a lei . E assim, vai, com certeza (ai vai, vai,…), aparecer por aí um rol sem limites de outras teorias. Por exemplo, a de que a lei, porque não foi publicada a sua let ra “genu í n a” (com “d a” em ve z do de, segundo o que diz o PR), esta lei, … não é legal, não vale nada. Ora , justa mente, é t a mb ém esta (muito suspeita…) teoria, a de que Lei Nº 46/2005 “ n ão va le n ad a”, que nos suscita aqui a pertinência do famigerado “acordo ortográ f ico”. É que ta mbém este, o “acordo ortográ f ico”, porque realmente não está em vigor (e não é aqui o espaço para simular um chatérrimo “parecer” sobre isso), não vale nada. O que, aliás, vai f icar claríssi mo qu a ndo, dent ro em breve, em plenário da AR, for discutida a petição (“Pela desvinculação de Portugal ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990) que, juntamente com 621 1 outros cidadãos, me orgulho de ter assinado.Por um lado, para “dinossauros”, políticos e tribunais (incluindo o Constitucional), augura-se (mais) u m a d e p r e s s i v a “e s pira l” jurídico -autá rquica de providências cautelares, acórdãos e recursos, incluindo recursos a candidatos … “intercalares”. Por outro, para a Língua Portug uesa , cria-se a es-

pera nça da reposição da sua dignidade histórica e sociológica e c o r r e c ç ã o f i loló g ic a e et i mológ ic a , com a cl a r i f ic aç ão le ga l do aba ndono of icia l do (des)”acordo ortográfico”. Desconfio que “os mercados” vão f ica r ainda mais ba ra lhados com (mais) esta(s) “ i n stabi l id ade(s)” de sinal contrário. É que, simultaneamente, ne st a que st ão d a “ l im itação de ma ndatos aut á rqu icos”, temos , p or u m l ad o , u m d e sacordo autárquico e, por outro, um desacordo ortográfico. Em conclusão: um desacordo autarcográfico. João Fraga de Oliveira Funcionário público (aposentado) Publicidade

Ano 11 N.º 541

pág. 16 > ECONOMIA

1,00 Euro

pág. 18 > DESPORTO

SEMANÁRIO DA

pág. 21 > CULTURA pág. 23 > SAÚDE

REGIÃO DE VISEU

pág. 25 > CLASSIFICADOS pág. 27 > CLUBE DO LEITOR

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n a (m á) moda , contrapartidários. Quanto a m i m , n ão estou de acordo com (mais) esta “espiral” de … desacordos. Acho, mesm o , q ue t udo i s to s e deve a haver … acordo a mais. Explico. Como se sabe, em resultado de u m a i n fel i z Reso lução do Conselho de M i n ist ros de 8 de Janeiro de 2011 , a partir de Janeiro de 2012 , com a aplicação do dito “acordo or tog rá f ico” ( AO), c o m e ç o u u m a “g uerra” (quase) sem limites às consoantes ditas “mudas”. Dos lim ite s d o s d o c u m e n tos oficiais e das escolas, esta exterminação de (quase) tudo o que é “mudo”, ultrapassou todos os limites e, agora, muito por artes da “mão invisível”, a “matança” das consoantes (ditas) “mudas” já não tem limites, para além de (escandaloso!) nas e s col a s , no s jor n a i s , nas televisões, nos pa n f letos , nos ca r tazes, etc.Terá daí resultado, para muita gente (portugueses e não só), uma progressiva e genera lizada desva lorização de tudo o que na or tog ra f i a d a L í n g u a Portuguesa é “mudo”. Não já só d a s con so antes (ditas) “mudas” mas, inclusive das voga is “mudas”, como é o caso da vogal “e” na preposição “de”. E deve ser por isso que, agora, certos políticos, ainda que inconscientemente (ou talvez não…), desvalorizam o e “mudo” no “de” em presidente de câ ma ra ou de ju nta, mesmo se essa voga l e “muda” fa la , – e b em -, d i z endo (s u s tentando a interpretação de que) o “espírito do legislador ” era , genuinamente, naquela lei, pretender limitar a três sucessivos os mandatos, quaisquer mandatos, autárquicos. É a minha teoria e até te-

pág. 14 > EDUCAÇÃO

| Telefone: 232 437 461

·

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

·

www.jornaldocentro.pt |

“Está em causa a estabilidade governativa!” ∑ Carlos Marta, presidente executivo da CIM Dão Lafões preocupado com a situação do país, durante a apresentação do projeto Plano de Ação para a Promoção do Empreendedorismo na Região Dão Lafões. | págs. 6 e 7

Nuno André Ferreira

Vai por aí uma “espira l” d isc u rsiva sobre a lei de ”limitação de mandatos autárquicos”. Sendo a L ei 46/2 0 0 5 , cujo objecto é, literalmente, a “limitação de mandatos” (epígrafe do artº 1º), há quem defenda, naturalmente, que … “l i m ita m a ndatos”, quaisquer mandatos, a três sucessivos.Porém, há também quem diga que só limita mandatos em determinada câmara municipal ou junta de freguesia. Multiplicam-se, mais ou menos d iscorda ntes, pareceres, comentá r ios , opi n iões , d issertações e, não tardará, teses de mestrado e doutoramento. Começa mesmo já a formar-se no ar (e na terra, aliás, nas “terrinhas”) mais uma “espiral”, esta de processos judiciais. E até uma revolução “ bra nca” (o que di ria S te n d h a l d i s to , q u a se 200 anos depois do seu emp ol g a nte Vermelho e Negro?) já está desencadeada. A partir do Porto, como quase sempre…Há mesmo quem garanta ter já começado mais uma guerra … aos “dinossauros”, por risco de invasão de (muitas) … “pastagens”. O Presidente da República (PR), em vez de limitar, alargou os limites da barafunda ao “esclarecer” que houve um “erro” na publicação da tal lei no Diário da República (DR). Disse o PR que terá havido um “erro” da “imprensa Nacional” (que of ici a l mente publ ic a o DR) e, assim , onde, no texto publicado da lei, consta presidente de câ m a ra mu n icipa l ou de junta de freguesia, “deveria” constar presidente “da” câmara ou “da”junta. Por isso (m a s n ão só…), g ra ssam por aí grandes desacordos. Interpartidários, intrapa rtidá rios e, até, como agora está

pág. 10 > REGIÃO

precisamos que o governo nos venha ve ∑ “Nós não precisamos, dizer o que devemos fazer” (Carlos Marta)

∑ “Eu não tenho que estar na Assembleia numa lógica de yes man” (Acácio Pinto)

∑ “Continuo um acérrimo defensor da limitação de mandatos dos deputados” (João Carlos Figueiredo)

∑ Trinta e nove escolas fecham portas no distrito de Viseu

∑ Sara Sousa penta campeã nacional de infantis ∑ Alunos de Castro Daire desenvolvem jogo inovador ∑ “A Costura de Clemente” vence festival de curtas ∑ Fim-de-semana com músicas do mundo (Tom de Festa)


tempo

JORNAL DO CENTRO 25 | JULHO | 2013

Hoje, dia 25 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 26 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 14ºC. Sábado, 27 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 11ºC. Domingo, 28 de julho, aguaceiros. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 12ºC. Segunda, 29 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 10ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Quinta, 25

Viseu ∑ Última reunião descentralizada, do mandato de Fernando Ruas, com as juntas, na Freguesia de Cavernãe, às 10h00, na Sede da Junta.

Sábado, 27

Mangualde ∑ Receção ao Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo, que decorre na cidade até domingo, às 11h30. São esperados cerca de 600 atletas naquela que é a mais importante prova do calendário de competições jovens da Federação Portuguesa de Ciclismo. Vouzela ∑ Passeio pedestre, às 9h00, para conhecer os encantos da Nossa senhora do Castelo. Um percurso com cerca de oito quilómetros de distância e um nível de dificuldade médio/ baixo.

Terça, 30

Mangualde ∑ Reunião do Conselho Local de Ação Social de Mangualde (CLASM) aberta a toda a comunidade, no Auditório da Câmara Municipal de Mangualde, às 14h00. Publicidade

Sernancelhe organiza IX Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra Programa∑ Nove dias de atividade económica e espetáculos Arranca no sábado, dia 27 e prolonga-se até 4 de agosto, a IX edição do Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, em Sernancelhe. O cartaz deste ano conta com nomes como João Pedro Pais, Fernando Rocha, Henrique Matos, Leandro e José Cid. A organização é da responsabilidade da Associação Sementes da Terra, da Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe, da Associação dos Funcionários do Município de Sernancelhe e da ESPROSER - Escola Profissional de Sernancelhe, com o apoio do Município e de outras instituições. Durante os nove dias, o certame mantém a aposta na vertente comercial e reforça a exposição de stands, tas-

DR

∑agenda

quinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis. “A zona da Fei ra e Central de Camionagem de Sernancelhe transformar-se-á num mega recinto de espetáculos e animação, confirmando o Festival da Amizade como um certame visitado por milhares de pessoas de todo o país, em especial emigrantes que por esta altura se encontram de férias no

nosso País”, reconhece a autarquia numa nota à imprensa. Sobre a Feira Sementes da Terra, a organização destaca a iniciativa pela “importância económica, tanto local como regional, para a qual estão já inscritas mais de 100 empresas dos mais diversos sectores de atividade”, nomeadamente empresários locais. Emília Amaral

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Progresso Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

1. Este texto tem três fontes: (i) um conjunto de fotografias extraordinárias de Paula Magalhães e Fernando Rodrigues sobre dois bairros de pobres de Viseu: o Bairro de Santiago e o Bairro da Cadeia; (ii) uma análise do Bairro da Cadeia feita em 2003 por David Ferreira; (iii) uma recensão sobre o último livro de John Gray, “The Silence of Animals: On Progress and Other Modern Myths” que põe em causa a ideia do “progresso”. A acção do filme “Ágora”, de Alejandro Amenábar, passa-se no século IV no Egipto então dominado por Roma, e tem como pano de fundo a luta entre o saber politeísta defendido pela filósofa Hypatia, guardado em rolos na Biblioteca de Alexandria, e o saber monoteísta cristão, liderado por Cyril, guardado no livro sagrado. Os cristãos, na ofensiva, eram o novo, e o novo, quando substitui o velho, é bárbaro. A certa altura, na tentativa de evitar males maiores, aconselham a grande mulher: «Converte-te, Hypatia, senão Cyril ganha...» «Ele já ganhou...», respondeu ela, realista. Não há nada que sobreviva às acções destrutivas da barbárie do novo e do tempo. Como sabia Hypatia, «ele já ganhou». Ele, aquilo a que se chama progresso. O novo substitui o velho. E o devir implacável do tempo arruina o novo e o velho. A barbárie e o tempo ganham sempre. E só há duas maneira de lhes atardar a vitória — através da memória e do trabalho. Lembrar e trabalhar são o calhau que o homem/Sísifo está condenado a arrastar pelo monte do tempo acima. Há ideias de se preservar, no Bairro da Cadeia, algum deste Portugal dos Pobres numa espécie de Portugal dos Pequeninos. Seja. Nada contra. 2. A câmara de Viseu calendarizou o “I Festival de Jazz de Viseu” para os exactos dias do “Tom de Festa” em Tondela. Tenho a certeza que no futuro, seja com José Junqueiro seja com Almeida Henriques, tal estupidez não se torna a repetir.


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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

Jornal do Centro

16

25 | julho | 2013

Dia dos Avós

pág. 08 > À CONVERSA

Semanário 25 a 31 de julho de 2013

pág. 10 > REGIÃO

Ano 12

pág. 18 > EDUCAÇÃO

SER VENDIDO

SEPARADAM

ENTE.

Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucional, para comemorar o Dia dos Avós. O evento decorre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe. Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Terceira Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua. A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (presidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

N.º 593

25 DE JULHO

CENTRO , EDIÇÃO

593 DE

pág. 28 > DESPORTO

1 Euro

DO

pág. 30 > CULTURA

Sátão leva avós ao Cristo Rei

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lisboa. A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao Santuário do Cristo Rei. Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão.

pág. 33 > EM FOCO pág. 37 > CLASSIFICADOS

Nesta edição | Telefone: 232 437 461

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 35 > SAÚDE Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira

om

c Agora ço xxx re 0,80 Euros

DE

2013 E NÃO

PODE

pág. 24 > ECONOMIA

JORNAL

A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias. Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criativa, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha aldeia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós.

Paulo Neto

pág. 06 > ABERTURA

Supleme nto

ESPROS ER

E DO SEMANÁRIO

Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva

O teatro, o cinema, um concerto, ou um simples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de programas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles. No distrito de Viseu, são desenvolvidas várias atividades para assinalar a data:

DIRETOR

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria natureza, com a vida. Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar histórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

INTEGRANT

Passe um dia diferente com os seus avós

pais, e em muitos casos, os primeiros. São muitas vezes os avós, quem transmite os valores, os conhecimentos e a ternura que fica para sempre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família. São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmente estão ali, sempre. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

O É PARTE

O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família. O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer filhos, quer netos. É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

ESTE SUPLEMENT

especial

REGIÃO DE VISEU

pág. 39 > CLUBE DO LEITOR

Novo acordo ortográfico

·

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

redacao@jornaldocentro.pt

·

w w w.jornaldocentro.p t |

“O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui»”

Micaela Costa

∑ João Luís Oliva, articulista do Jornal do Centro | págs. 8 e 9


2

Jornal do Centro 25 | julho | 2013

praçapública r Atiramos

palavras

deles

muitas pedras ao Terreiro do Paço, mas temos que perceber que também há terreiros do paço regionais”

Jorge Loureiro Diretor do CERV, em conferência de imprensa

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Opinião

Jorge Loureiro Presidente da AHRESP – Viseu

r

Ultimam ente, temos assistido a uma coisa curiosa: Andam a visitar as nossas obras, andam nos nossos eventos, parece que são deles, colam-se ao nosso trabalho e até já parece que são os primeiros defensores do dr. Fernando Ruas” Guilherme Almeida Vereador da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício de Almeida Henriques

rSe Engrácia Carrilho rProgramaram o Fes-

Fernando Ruas

tival de Jazz de Viseu em cima do Tom de Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tempo estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressamente propositada; agora lá que, à luz de anteriores polémicas, tal parece, não há qualquer dúvida…

Presidente da Câmara Municipal de Viseu, no jantar Comício de Almeida Henriques

Crítico de arte, em artigo de opinião do Jornal do Centro

deixou a sua herança ao Partido Socialista ou ao CDS-PP, encontrou herdeiros muito fracos”

João Luís Oliva

Os Sforza de São Bento... Quase que nem me atrevo a escrever sobre o que se passou a nível nacional nestes últimos dias. O assunto está gasto. Centenas de comentadores com ar esperto e iluminado, por tudo quanto é meio de comunicação social têm dissecado os cadáveres, digo, a matéria em questão… Em boa verdade, Sócrates fez muita asneira. Coelho apresentou-se-lhe como alternativa, em coligação com Portas. Ganhou o poder. Dois anos depois, das mirabolantes promessas nada se viu, tudo se agravou e quase tudo ruiu. Se os portugueses estavam mal servidos de asno, pior ficaram de jerico. Entretanto, Portas, submarino de profundidade, agitou as turvas águas como só ele sabe fazer, num dia disse não, no outro sim e ficou-se por um talvez se… vice-primeiro ministro fosse nomeado. Cavaco, ex-primeiro ministro laranja propôs a salvação

nacional juntando ao inepto duo o partido que os portugueses excluíram nas urnas. Seguro, com o seu private club muito minado por putativos candidatos ao seu lugar e históricos opiniosos, lá foi fazer umas reuniõezinhas com os P&P (Passos e Portas) para se chegar à conclusão que nada havia a concluir que já não estivesse concluído: embarcar no Titanic depois do choque com o iceberg não era “salvação”, só mais lastro para o naufrágio. Cavaco, cada vez mais esotérico, foi fazer turismo inspiratório do tipo tibetano-ecológico-ornitológico. E se havia, em jeito de ameaça, proposto eleições para Julho de 2014, gorados os intentos, veio falar ao país durante 13 minutos para dizer as habituais vulgaridades temperadas com um “já não há eleições antecipadas”. Certo. Só haveria se fosse com a tríade, a duo não é necessário. Eles são bestiais e já provaram ser capazes de levar o

submarino a naufragar. Além disso, um toca bombo, outro ferrinhos e o presidente fica com o foguetório. Enquanto se servem copos de cicuta gelada que ninguém bebe – o tempo dos Sforza de Milão era outro – o povo paga e bufa (para dentro), proferindo em estóica surdina: “podia ser pior…!” Pela s auta rqu ia s joga-se tudo. O PS, a CDU e o BE têm esperança que o vírus nacional lhes traga os votos dos desenganados, desencantados e até zangados. As últimas sondagens publicadas sobre Viseu dizemnos que Almeida Henriques vai com 48,8%, José Junqueiro com 38,8%, o CDS/PP com 5,1%, o BE com 2 , 4% e a CDU com 2,2%. Uma surpresa porque a esta hora, Almeida Henriques já deveria ter convencido os indecisos, que são 20,4% e, no mínimo, já deveria estar numa confortável pole position com

68% de intenções de voto. O que pode significar, entre outras coisas, que o apoio de Ruas é uma maldição, que o povo não esquece o mal que o governo PSD lhes fez e que, mesmo com o apoio do establishment local, presidente, vereadores, regedores, directores de instituições subsídio-dependentes, inaugurações em barda et all, os indecisos aguardam nos flancos para se juntarem à coluna mais credível… Viseu está um Coliseu… Jazz, Jardins Efémeros, Curtas, Cinema às estrelas: um Festim! Quanto a Tondela, com o Tom de Festa, já ninguém estranha, pois é assim todo o ano. Na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, a festa é outra e com orquestra de câmara holandesa a tocar música do Barroco, naqueles magníficos jardins estilo inglês e francês do século XVIII, com muito mais que discreta competência.

Restauração e hotelaria, sectores injustiçados e perseguidos O arrendamento não habitacional na revisão do regime do arrendamento urbano, tem um impacto devastador na restauração e na hotelaria com consequencias a prazo, superior ao impacto do aumento do iva de 13% para 23% No que diz respeito ao mercado não habitacional, em especial na vertente “estabelecimento aberto

ao público”, o novo regime do arrendamento urbano tem promovido o desinvestimento, o encerramento dos estabelecimentos e a consequente perda de postos de trabalho. Veja-se a forma irrefletida como foi tratado o regime do arrendamento não habitacional que, como sabemos, comporta uma realidade absolutamente distinta do arrenda-

mento habitacional e que, por essa razão, deveria ter um tratamento objetivamente diferente. Nesta revisão, claramente o legislador não teve em consideração que, no arrendamento não habitacional (estabelecimentos abertos ao público), coexiste o direito de propriedade de raiz do local (do senhorio) e o direito de propriedade do próprio negócio (do arrendatário do imóvel).

É sabido que as mais marcantes características destes setores, são a estabilidade e a inamovibilidade, fatores desprezados por esta revisão, quer pela liberalização das rendas quer pela liberalização dos despejos. Os investimentos realizados nestes setores, como facilmente se compreende, não são passíveis de deslocalização e, em caso de encerramento, outras questões terão


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números

estrelas

600

Número de atletas esperados no Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo de Mangualde.

Importa-se de responder?

Carlos Salvador e Luís Belo Organizadores das Short Cutz de Viseu

José Rui Diretor artístico da ACERT

João Cotta Presidente do CERV

Estes dois amantes de cinema trazem para Viseu um projeto internacional de divulgação de curtas metragens, que até agora marcou presença em cidades como Lisboa, Barcelona, Londres, etc.

O CERV arranca em grande com o seu plano de atividades, ao desafiar candidatos às câmaras para estarem atentos às novas dinâmicas de atractividade urbana.

Tom de Festa excedeu-se batendo record de bilheteira dos últimos 23 anos, no dia do fecho desta edição.

Qual o simbolismo que confere ao Dia dos Avós (26 de julho)? Para mim é um dia carregado de simbolismo, eles são os nossos segundos pais. Faz por isso todo o sentido comemorar a data. Sempre recordei esse dia com os meus filhos.

Já sou avó, embora há pouco tempo. Ele está longe e quando chega são dias muito especiais. Para mim é sempre Dia dos Avós.

Olga Almeida

Irene Xavier

Bancária

Professora

O dia propriamente não possui qualquer simbolismo. Entendo que as pessoas mais idosas merecem todo o respeito, carinho e disponibilidade. Todos os dias são dias dos nossos avós.

Ricardo Coimbra

Dia da verdadeira existência da vida. A eles devemos o que somos, com muita história pelo meio.

Rui Maurício Professor

Engenheiro

mas resilientes de ser equacionadas e ter resposta, como é o caso do pagamento das indemnizações aos trabalhadores que perdem o seu posto de trabalho, por força de disposições relativas ao arrendamento do imóvel e que determinam o despejo do arrendatário e o fecho do estabelecimento.

Esta Lei veio assim criar novos constrangimentos às empresas economicamente saudáveis, bem como agravar a situação das que já se encontravam numa situação de fragilidade que, infelizmente, constituem a maioria, em contraciclo com os objetivos que se pretendem atin-

gir e em contradição com as políticas do Governo que, por um lado proclama a importância do apoio às PME´s e por outro, através da ameaça constante do despejo fácil, condena muitas destas empresas ao desinvestimento e mesmo ao encerramento, tendo como consequência

a recessão da nossa economia, a perda de postos de trabalho e o fracasso em termos de reabilitação urbana. Também quanto à invocação do argumento da necessidade de conservação e da reabilitação dos imóveis, refira-se, em abono dos empresários da Res-

tauração e da Hotelaria que essa é uma falsa questão, uma vez que, ao longo do tempo, e fruto das sucessivas exigências dos regimes jurídicos, quer em especial do Alojamento, mas também da Restauração e Bebidas, os espaços têm vindo a ser objeto de obras, normalmente a

cargo dos arrendatários. Este regime deve ser, de imediato, objeto de alteração, separando-se estas duas realidades, criandose um regime próprio que atenda às especificidades destes setores, mais justo e adequado, a bem do nosso Turismo e da nossa economia.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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ESPROSER - um ano em vinte Quando a Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) abriu as suas portas no ano letivo de 1993/1994 eu andava ainda no 8º ano e no ano anterior tinha sido aluna nas suas instalações como C+S, essa transição foi importante e memorável, pois a diferença nas condições físicas era notória, e a modernidade a que tivemos direito na nova C+S era altamente motivante. Quando a ESPROSER abriu as portas já não era aquela escola velhinha e gasta que tinha deixado para trás, afirman-

do-se com muito custo como alternativa e janela de oportunidade para quem por dificuldades económicas ou outro tipo de limitação, se encontrava entre a espada e a parede, e o abandono escolar era via de sentido único. O meu sonho académico de ser Geóloga pela Universidade de Coimbra, afastou-me por completo da opção de ingressar na ESPROSER, mas ditaria o destino que voltaria àquelas salas e corredores que tão bem conhecia. Com a abertura do Curso Técnico de Auxiliar de Saú-

de, apareceram novas disciplinas para as quais eram necessários formadores de outras áreas, e nessa necessidade enquadrou-se o meu currículo. Já era detentora de experiência na formação de adultos, mas ver-me em frente a turmas de 20 adolescentes foi uma experiência nova e que no início me deixou muito apreensiva, não porque achasse que não era capaz, mas sim pelo facto de exigirem muita atenção, e um cuidado especial para que a motivação fosse linha crescente, evitando a desistência

avaliação séria de cada candidatura partindo das suas acções de rua; dos sound bites, repetidos ad infinitum e sem qualquer critério pelos compagnons de route de sempre; ou muito menos através da previsibilidade formatada dos “encontros temáticos” a que apenas assistem os “ultras” e, ocasionalmente, um ou outro curioso. O verdadeiro pensamento político exige mais, exige muito mais. Exige leitura, exige tempo para ser estruturado, exige contraditório para o credibilizar. Com a calendarização de um debate fica a ganhar não só o eleitor, a cidade e a democracia, mas

também ficam a ganhar os candidatos que assim têm a oportunidade de frente a frente apresentar aquilo que os distingue. Ps: Dos candidatos, espero que recordem as palavras de Roger Scruton e se apresentem ao debate a “achar que o outro está enganado, em vez de ter a certeza que o outro está errado.”

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Opinião

Impressão

Da Tribuna 1. Debate: A candidatura de Hélder Amaral, na última semana, abriu a porta à realização de um debate. Quase de imediato as candidaturas de José Junqueiro e Manuela Antunes aceitaram o desafio. Em qualquer campanha, a ideia de que um debate será o “tira-teimas” final, a linha que separa os bons –sempre os nossos- dos maus –sempre os adversários- está algures entre o wishful thinking e a falsa ingenuidade, mas tal facto em nada diminui a necessidade que esta cidade tem de ser debatida. Se não vejamos, por um lado é praticamente impossível fazer uma

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2. Arte: Alguns estudiosos e bastantes curiosos defendem que a verdadeira arte apenas foi produzida em breves períodos históricos, por exemplo: na Grécia antiga, no Renascimento, ou até ao século XIX. Para

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

David Santiago

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

Enquanto o pau vai e vem visitam-se as cagarras Finalmente vimos fumo…negro. Foram três semanas em que nada mudou para que tudo continue na mesma. A ideia de salvação ou, preferivelmente, inclusão nacional não vingou. Tendo em conta o nosso sistema partidário tal solução só poderia ser concretizável com uma atitude interventiva e pressionante do Presidente da República.

Porém, Cavaco Silva preferiu tentar colocar a responsabilidade do lado dos partidos, tentando, simultaneamente, ser o oráculo visionário de uma solução providencial e demitir-se de qualquer responsabilidade num eventual falhanço. As negociações falharam. Claro está que para esta negociação, ou qualquer outra, resultar é necessá-

rio que todas as partes envolvidas estejam interessadas em atingir algum acordo. Para tal exige-se uma cultura de diálogo e predisposição a cedências que levem as discussões a bom porto. Mas os pressupostos em cima da mesa eram, somente, a preocupação de salvar a face. Imperou o partidarismo em detrimento do país. Era, infelizmente, expectável. Nas próximas

O buraco da desigualdade preenchido pela violência Quando Assunção Esteves respondeu, de forma irreflectida, à atitude muito reflectida do grupo de manifestantes no Parlamento, as redes e os cafés uniram-se na condenação às suas palavras, condenação essa que rapidamente se tornou uma punição à sua condição de mulher. Assunção Esteves viu o seu nome associado a humilhação do foro sexual, aludindo a punições sexuais que esta deveria ter pelas suas pala-

vras (violência sexual, especialmente por via oral e anal), a humilhações verbais sobre as suas “teias” e o ser “mal-amada” e à exposição pública de uma foto sua em bikini. Por seu turno, a agora Ministra das Finanças, Maria Luísa Albuquerque, envolvida na polémicados swap, para além de envolvida num polémico governo, foi, segundo o Diário de Notícias, “mostrar o buraco”. Estava feita, assim, a punição

pública da Ministra. Também Angela Merkel viu uma alegada foto sua nua, na praia, a servir como punição pública da sua actuação como chanceler alemã e política europeia, tendo sido escrutinado o seu corpo e discutido os “castigos” que a senhora merecia, grande parte deles envolvendo pénis e objectos em forma de falo. Estas três pessoas estão sujeitas, naturalmente, à condenação da sua


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ou desapego. O início foi muito exigente, marcado pelo estigma da associação do ensino profissionalizante à pouca capacidade dos formandos, numa opinião generalizada, só ingressava numa escola profissional quem não era bom aluno ou não era querido em mais lado nenhum…mas orgulho-me de não me ditar por velhos preconceitos, e se por um lado é verdade que os formandos são todos carregados de muitas dificuldades (formação de base, ambiente familiar, dúvidas relativamente ao futuro), também são projetos inacabados e de mente aberta, que

se tocada da forma correta poderá ditar percursos promissores e tornarem-se adultos pelas mãos de quem os forma. Foi um ano em que começo a pensar que aprendi mais do que ensinei; aprendi a ser muito mais tolerante, a nunca julgar nenhum deles pelo que se observa à primeira vista, e que nunca podemos deixar os problemas que eles trazem todos os dias para a escola do lado de fora! A ESPROSER é cada vez mais uma referência de ensino e formação no concelho de Sernancelhe e limítrofes, mas como qualquer projeto em construção, ainda não é per-

feita, mas afirmo com toda a certeza que os formadores, os funcionários e a direção trabalham todos os dias, todas as horas e todos os minutos para que assim seja um dia. Os nossos formandos são sem dúvida filhos de todos nós, rimos e choramos com eles, por vezes mais do que os próprios pais, vemos neles potencialidades e oportunidades que outros desvalorizam, mas se o não fizéssemos ou o não conseguíssemos fazer, não formávamos, impúnhamos simplesmente matéria. Se findado este ano, e com a esperança de por lá continuar, tivesse que referir algo

que nos falta nesse caminho agreste para a perfeição, eu diria que era um gabinete de apoio Psicológico, com um técnico especializado para que os formandos pudessem libertar alguma da tensão e revolta que trazem de casa, traçando apoiados novas posições perante a vida e o futuro profissional que infelizmente não conseguem sozinhos, na impossibilidade de tal, cabe-nos a nós (formadores, funcionários e elementos da direção) juntar ao trabalho diário, o papel de amigos, ouvintes, confidentes e pacificadores das relações interpessoais.

estes cavalheiros o restante material – segundo eles, inútil- não poderá ser considerado arte no seu sentido mais nobre, sendo que toda a contemporaneidade dificilmente ultrapassa a pura fraude. De acordo com este ponto de vista, a arte contemporânea dificilmente entrará na grande linha evolutiva que constitui a história da arte. No pólo oposto, há quem afirme que só é digna de atenção a arte actual, ou seja, a arte pós-warholiana ou pós-conceptual, sendo tudo o resto obsoleto ou entendido como um freak show com o seu lugar reservado no cemitério das aberrações. Encontramos, portanto, a vanguarda contra a tradição, o novo contra o velho, o moderno

contra o académico. O meu entendimento sobre arte tem por base um relativismo moderado: sem tradição dificilmente haverá modernidade e cada obra deve ser julgada de acordo com o momento histórico em que foi produzida. Já a realidade mostra que vivemos numa época de pluralismo, com um forte pendor de cruzamento de ideias e interdependência produtiva. No mundo das artes nada sobrevive fora desta “rede”. Serve esta introdução para recordar tanto aos (e)leitores como aos candidatos autárquicos que, ao nível municipal, a responsabilidade de apoiar, desenvolver e potenciar esta rede de relações de cooperação entre os diversos

agentes cabe em larga medida à autarquia. Temos o museu Grão-Vasco, temos o Teatro Viriato, temos os Jardins Efémeros, o museu do Quartzo- com algum potencial-, o Jazz – graças ao Lugar do Capitão e à Girassol Azul- está a crescer, temos o público local. Falta um museu de arte contemporânea, um festival de Verão distintivo, diversificar a oferta - em termos qualitativos- e criar a dita rede de forma a dar alguma coerência e continuidade à programação. Só assim poderemos desenvolver novos padrões de “consumo” cultural, atrairemos novos públicos e afirmaremos Viseu como uma urbe moderna. Este Verão, espero que o (a) próximo(a) vereador(a) da

cultura me acompanhe num longo passeio estival por “Art Worlds” de Howard Becker: “O trabalho artístico, tal como qualquer actividade humana, envolve a acção conjunta de um largo, por vezes muito largo, número de pessoas. É através desta cooperação que a obra de arte […] continua a existir […].As formas de cooperação podem ser efémeras, mas frequentemente tornamse mais ou menos regulares gerando padrões de acção colectiva a que poderemos chamar um mundo da arte“.

eleições, dentro de um ou dois anos, o povo português terá a oportunidade de sinalizar aquilo que até agora se verificou. Doravante seremos governados por um governo em que ninguém, Presidente incluído, acredita. Seja a versão remodelada ou a anterior, será um governo, nas palavras de Cavaco e Gaspar, que não garante a “estabilidade e credibilidade” necessárias. As avaliações da troika e as deci-

sões do Tribunal Constitucional irão ditar mais ou menos instabilidade política e social. A única certeza é que a “imprevisibilidade” será uma constante mesmo depois do fim do programa de assistência. Mas Cavaco nunca falha e como ele sublinha “é essencial salvaguardar o espírito de abertura ao compromisso manifestado ao longo de uma semana de negociações interpartidárias” até porque “foram lançadas

sementes [que] irão frutificar no futuro”. Terá o Presidente descoberto o caminho? Sim, descobriu aquilo que o português mais apartidário e iletrado já percebeu há muito – que o segundo resgate a caminho exigirá, novamente, um amplo acordo dos partidos do arco da governação. O nosso país político viveu semanas insanas. Na decisiva semana de negociações

Cavaco refugiou-se, por entre cagarras, em discursos vagos e repletos de metáforasxonés. Foi um quadro elucidativo do personagem. Nos próximos dias importantes decisões terão de ser tomadas e Paulo Portas terá de, com solene urgência, escolher um gabinete de acordo com a sua gravitas política. Sugiro a Casa da Criança ou descentralizar para o Portugal dos Pequeninos.

actuação em praça pública. Todas três, em graus e matérias diferentes, desagradam a muita gente, são responsáveis pelo caos político que atravessamos na Europa e no Mundo e legitimam, em graus e matérias diferentes, um sistema destrutivo que não serve a ninguém. Facto é que todas são mulheres – e foi nessa condição que foram ridicularizadas em praça pública. A punição e a ridicularização surgem ambas associadas a violência sexual, perpetrada

por mulheres e homens que usam a violência sexual na linguagem para condenar a actuação destas três políticas. Sabemos que o insulto a homens se define pelo feminino, seja pela parecença (pareces uma menina), pela invocação do lado materno (filho da p***) e pela desvalorização da acção como sendo própria do sexo feminino e, portanto, inferior (falta de tomates, eunucos, falta de uma liderança viril). Sabemos que a própria

violência sexual quando usada contra homens se baseia no questionamento da sua masculinidade (logo, por oposição, à existência de feminilidade), recorrendo ao sexo anal para o expressar. E, sabemos, que, para as mulheres, este discurso extrema-se de uma forma verdadeiramente abominável. O uso da violência sexual, verbalizada ou não, é o extremo da violência contra as mulheres. São despojadas do seu ser – não são pessoas, são corpos, são buracos,

prestes a serem preenchidos, destruídos e reduzidos à sua desprezível existência por via do falo e objectos que se lhe assemelhem. As mulheres na vida política e na vida pública em geral encontram um ambiente hostil à sua participação na esfera pública e é horrorosamente frequente o discurso de ódio por via da violência sexual. É violência de género. Afinal, a presença de violência é a ausência de igualdade.

Miguel Fernandes politólogo atribunadeviseu@gmail.com

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura

Até jazz...

Viseu∑ 1º Festival de Jazz levou a cidade a tomar partido de um género musical a que não está habituada e garantiu segunda edição

Emília Amaral

O coletivo Gira Sol Azul invadiu o comboio turístico de Viseu na quinta-feira ao fim da tarde e envolveu os passageiros no universo da música jazz. Os músicos tocavam numa carruagem e os turistas acompanhavam nas outras duas, graças à dinâmica da responsável pela Associação Gira Sol Azul, Ana Bento ao disponibilizar instrumentos de fácil manipulação que qualquer um pôde tocar e experimentar, pais, filhos, portugueses, estrangeiros... “Isto é o jazz!” Entoava a Ana Bento, animando a viagem de fim de tarde que deu o pontapé de saída ao 1º Festival de Jazz de Viseu. Quem estava mais identificada com o passeio de comboio turístico para conhecer Viseu, admitiu que a ideia podia até ser replicada diariamente durante o verão. Foi também este o espírito com que surgiu o Festival de Jazz de Viseu, produzido pela Associação Gira Sol Azul, não para proporcionar diferentes concertos de jazz isolados durante quatro dias, mas envolver a cidade num género musical a que não está muito habituada. “É, assim, que temos a certeza de realizar um acontecimento que tem âncora numa prática já consolidada e alargar o campo de ouvintes e espetadores de um género musical para (ou) ver, contribuindo para uma cidade que deve ser isso mesmo: um lugar de cidadania e liberdade, onde se pode escolher e optar entre tudo o que nos é mostrado”, explicava o editorial de apresentação do evento.

A oferta foi variada: concertos, workshop de jazz e ações criativas. As melodias foram surgindo de vários pontos da cidade quase de manhã à noite em que o grande objetivo era juntar pessoas e interagirem à volta de uma banda de jazz. Nem sempre isso foi possível, os concertos concorridos do Parque Aquilino Ribeiro beneficiaram de um público interessado no género musical e de uma exposição de artesanato urbano a decorrer em simultâneo que se encaixava na perfeição no espirito do festival. Os espanhóis Xaranga Barafunda, atuaram ao final da tarde de sexta-feira numa rua que, sendo Formosa, esvazia com o fecho do comércio às 19h00 e restaram poucos assistentes para o espetáculo. Já os SinfoDixie apresentaram-se com um projeto próprio para animar qualquer tipo de evento, beneficiaram de uma dinâmica que as manhãs de sábado recuperaram na mesma Rua Formosa e sentaram público nas esplanadas que apreciou ouvir sonoridades de jazz tradicional enquanto saboreava o café da manhã. Os quatro dias de Festival foram como que uma experiência para perceber se Viseu pode no futuro vir a ter um grande festival de jazz. Ana Bento acredita que o caminho está aberto e o espetáculo do novo projeto “Ensemble” que encerrou o evento confirmou que a própria região está a trabalhar para fazer evoluir esta manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos.

∑ Shaker, reco-reco e flauta de punk. Chamam-se SACA SONS. São pequenos instrumentos de levar ao pescoço que “qualquer pessoa pode usar, brincar a sacar os sons produzindo melodias” e foram criados por Ana Seia de Matos, especificamente para o 1º Festival de Jazz de Viseu, que decorreu entre 18 e 21 deste mês. “Fizeram-me o convite para criar uma peça à volta do festival um pouco diferente das habituais. Inicialmente pensei que era engraçado ter instrumentos à venda, só que tinham de ser relativamente simples de eu construir e depois replicar já que tudo é feito artesanalmente. Veio a ideia de serem portáteis e de poderem ser pendurados ao pescoço”, adianta a criadora, natural de Viseu. Com “palhinhas” pretas, fita adesiva e fio preto nascem os SACA SONS, instrumentos originais em duas cores, preto e vermelho: “Como já tinha uma ideia do que ia fazer, fiz uma pesquisa e fui à procura de material que desse para fazer os três instrumentos. A produção não ficou

∑ “Ensemble” é o nome da nova banda constituída por músicos de Viseu, apresentada no encerramento do 1º Festival de Jazz de Viseu. O projeto, da autoria do pianista e compositor Joaquim Rodrigues, saiu finalmente da gaveta para projetar à cidade um reportório que em linguagem técnica se denomina “jazz com mais fusão” virado para o funk. Partiu dele (Joaquim Rodrigues) uma vontade de ter um projeto de qualidade e com força em Viseu”, adianta Ana Bento, responsável pelo festival. O “Ensemble” é composto por 11 elementos com a particularidade de haver sempre duas presenças convidadas. “É um projeto de amigos com prazer

cara, são mais as horas de trabalho”. Em exclusivo para o Festival de Jaz de Viseu, Ana Seia de Matos construiu 60 instrumentos (20 de cada), vendidos no festival a 3,5 euros. “Estes em particular não existiam se não se realizasse o festival”, reforça a criadora considerando que “um festival traz sempre outras coisas por arrasto, outros criativos e novas ideias a nascer”. EA

Filme musicado

Emília Amaral

Emília Amaral

“Ensemble”: Nova banda

Emília Amaral

SACA SONS: Criatividade no festival

Emília Amaral

de fazer música. Somos um núcleo de Viseu com uma relação de anos que ultrapassa a questão musical e só o facto de termos a oportunidade de estarmos juntos é mais do que dar um concerto”. Depois da estreia no Parque Aquilino Ribeiro o “Ensemble” conta continuar a participar em encontros e em espaços que apostam numa programação alternativa. EA

∑ A barriga da caravana Penelope - o Teatro Mais Pequeno do Mundo - transformou-se em cineteatro e levou ao parque da cidade centenas de crianças para assistirem ao pequeno filme de animação musicado ao vivo pela dupla Bruno Pinto (baixo) e Leonardo Outeiro (guitarra). O Teatro Mais pequeno do Mundo, da responsabilidade do encenador Graeme Pulleyn esteve estacionado no Parque Aquilino Ribeiro no dia da abertura do Festival de Jazz. EA


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FESTIVAIS DE MÚSICA | ABERTURA 7

Micaela Costa

25 | julho | 2013

Tom de Festa “aqueceu” Tondela ACERT ∑ 23.ª Edição manteve a matriz multicultural que caracteriza o festival desde os anos 90 Os sons quentes do Brasil e de Cabo Verde, dos Camarões e de Espanha, da Irlanda e de Portugal estiveram, uma vez mais, em Tondela pela mão da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) durante a 23.ª edição do Tom de Festa - Festival de Músicas do Mundo que decorreu na passada semana. A peça “Que Raio de Mundo”, oferecida pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro, uma iniciativa de teatro de rua realizada no jardim de Tondela, marcou o aquecimento e o arranque da edição deste ano antecedendo o tão aguardado “mergulho” para os quatro dias de música. Richard Bona, um dos maiores baixistas da atualidade, a multifacetada Cibelle, o espetáculo Contracorrente, uma criação d’Orfeu vencedor

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do Prémio Adriano Correia de Oliveira do Festival Cantar Abril 2013, a irlandesa Niamh Ní Charra, Banda Crebinsky, o viseense Luís Clara Gomes mais conhecido por Moulinex, o músico Tcheka de CaboVerde , uma referencia da música africana da atualidade, os Dead Combo e o grupo folk português Uxu Kalhus foram os nomes que, durante estes quatro dias, passaram pelo palco das músicas do mundo. Em conversa com o Jornal do Centro, Miguel Torres, da ACERT, justificou o longo percurso deste festival, que faz hoje parte integrante do ADN desta associação, com preocupação constante que a mesma dedica à procura incessante do momento ideal em que é possível juntar a matriz da ACERT, a sua capacidade criativa e a sua habilidade de atrair gentes de fora, para criar um aconteci-

mento cultural de relevo. “A ideia inicial era trazer projetos culturais e gente de fora do território para que o público de Tondela pudesse perceber ou pudesse, juntando-se a essa energia que vem de fora, criar novos acontecimentos. Hoje, este festival, é sobretudo um resumo daquilo que é o projeto ACERT, um espaço de grande criatividade, de grande liberdade, de grande energia em que podemos ver em interação constante a comunidade, a ACERT enquanto projeto cultural artístico e os artistas que vêm de fora”, destacou. Mas a edição deste ano não se ficou apenas por Tondela. Nascida de uma das múltiplas parcerias que a ACERT vem desenvolvendo, esta 23.ª edição do Tom de Festa realizouse em partilha com a Fundação Museu do Douro o que permitiu levar um dos

mais antigos acontecimentos desta natureza realizados no país também ao concelho da Régua, onde esteve presente de 17 a 21 de julho. Sendo a música a protagonista neste local de encontro de culturas, de gentes e de paixões partilhadas, Miguel Torres não quis deixar de destacar o enorme papel que o teatro, juntamente com estas novas valências e espaços, têm na génese e na vida desta instituição: “a ACERT a partir de um dado momento percebeu que o teatro é apenas um dos seus polos. Esta instituição é hoje muito mais do que isso. A sua capacidade de gerar acontecimentos culturais que têm um impacto na comunidade e que relevam, ao mesmo tempo, a importância da cultura como uma ferramenta de desenvolvimento do território. O teatro é entendido

hoje apenas como uma delas”, frisou. Num ano marcado pela criação teatral de “A Viagem do Elefante”, o programa manteve a sua matriz multicultural e um clara tendência que busca uma clara miscigenação entre povos e culturas, promovendo concertos e atividades que, como nos foi dito, tornam hoje a ACERT numa associação “muito ligada à comunidade, muito ligada às pessoas, mais vasta, mais abrangente, mais ambiciosa, mais rica mas, ao mesmo tempo, com os pés mais assentes na terra”. As exigências da produção deste festival, que este ano rondou os 100 mil euros, são entendidas pela organização como bastante viáveis e, sobretudo, como comportáveis dentro da realidade deste concelho e na vida desta associação compreen-

dendo, desde a gestão de meios - o cachet dos músicos, a coordenação com os parceiros e patrocinadores e todo o trabalho voluntário que, no final do evento, garantem a viabilidade do investimento ao mesmo tempo que “alavancam um retorno imediato para o concelho e contribuem ativamente para a dinamização da hotelaria, da restauração e do pequeno comércio”. “Este impacto, que muitas vezes não temos forma nem meios para aferir e medir convenientemente, é, principalmente nos dias que correm, um contributo muito importante para a comunidade local e, decerto, uma das razões pelas quais as gentes de Tondela se associam de alma e coração ao Tom de Festa”, referiu Miguel Torres, da ACERT. Pedro Morgado


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à conversa

entrevistas ∑ Micaela Costa

“O Tom de Festa é o espelho da ACERT na relação com o mundo” Recuando 23 anos, como nasce o Tom de Festa?

Micaela Costa

Quando foi criado tinha um sentido, tal como hoje, de refletir as várias vertentes de atuação da ACERT. Recordo-me que as primeiras edições tinham, não o perfil que tem hoje, das músicas do mundo, mas que refletia a ACERT. Tínhamos desde circo, espetáculos de rua a concertos musicais. Foi sempre criado como um local de encontro do público que frequentava a ACERT e o [público] exterior, do concelho, do distrito. E depois passou a ganhar esta dimensão, o das músicas do mundo.

A José Rui, diretor artístico da ACERT

E porque é que nasce esse conceito de músicas do mundo?

As músicas do mundo têm um sentido abrangente

e multicultural, é um espaço de solidariedade, de divulgação, não só das músicas, como das culturas. E achámos que esse era um conceito interessante a desenvolver, porque esse sentido da multiculturalidade, a ACERT também o reflete. Tondela não é uma cidade do interior, mas aberta ao mundo. Hoje em dia existem muitos festivais. Há 23 anos, era dos poucos. Como era nessa altura?

Qualquer projeto tem as suas distintas fases. Quando o criámos nunca tivemos a pretensão de sermos um dos primeiros, claro que é um fator diferenciador, mas não com a intenção de sermos melhor que outros, até porque na cultura isso não

existe. Existem sim, as particularidades e as diferenças entre projetos. Como se consegue manter um festival “vivo”?

que vivemos, de não se acomodar. E o Tom de Festa tem sentido essas dificuldades?

Um festival como este exige uma permanente inovação e criatividade. Não queremos que para o ano seja a repetição deste. A filosofia do projeto, os valores, as preocupações artísticas mantêm-se. O formato e a natureza de cada programação é que são diferentes. O festival tenta atualizar-se constantemente, sempre refletindo quem o faz. E, claro, resistindo e pensado que as inquietações e os sonhos são algo que não se pode adiar, mesmo com todas as contrariedades, com todas as dificuldades. À Cultura cabelhe o papel, neste momento

Tem. Permanentemente, não é de agora. Seria redutor dizer que o Tom de Festa está a passar dificuldades nesta altura de crise. Tanto quanto me lembro, fomos sentindo isso desde a primeira edição, quer de uma forma, quer de outra. Nunca, que eu me recorde, houve uma situação de estabilidade que nos permitisse realizar o Tom de Festa, ou outro projeto, com a tranquilidade desejável. Mas isso é o risco que corre um projeto que não se vende, que não vive de apadrinhamento, ou de estratégias com o poder, que tem uma preocupação de serviço público e que luta

tardos do Cardeal. Mas a vitalidade visível (e, sobretudo, sensível) do que, agora, «aqui» se passa resulta, a par de um aproveitamento das experiências do passado, da renovação do equipamento mental e material que sempre novas contemporaneidades exigem, perdidos tiques neo-realistas que alguns (feliz ou infelizmente, conforme os tempos) nunca ganharam. O Cineclube foi e é um sempre novo Cine-

clube, a saber acompanhar a mudança; o Trigo Limpo forjou a ACERT – sede de sociabilidade cultural, placa giratória de espectáculos e afectos – e profissionalizouse como Companhia de Teatro no final dos anos 80; o «velho» Teatro Viriato, reconstruído em todos os sentidos, deu lugar a uma âncora de programação das melhores produções nacionais e europeias de artes do palco, associado a uma das mais

VISEU, TONDELA, AQUI | Práticas culturais, territórios e poder O Tom de Festa, em Tondela, ou o Festival de Jazz de Viseu, se encerram surpresa pelos acontecimentos que neles têm lugar – e a surpresa é sempre um elemento fundamental de manifestações culturais –, já não surpreendem pelo facto de se realizarem «aqui». De facto, a ACERT cumpre a continuidade de uma produção que já vai no seu vigésimo terceiro ano de realização e reconhecimento;

e a Associação Girassol Azul produz uma iniciativa programada pela Câmara Municipal de Viseu que, embora primeira em número de ordem, é o resultado de uma prática consolidada e geradora de públicos, regular, cuidada e rigorosa. Duas associações que integram núcleos artísticos – uma Companhia de Teatro profissional, a primeira, uma Escola de Música, a outra – e partilham cumplicidades no movimento cres-

cente de formação, criação e programação de práticas culturais a que «aqui» se assiste desde há alguns anos. Poucos se lembrarão de um quase arqueológico calendário de antigos teatros Viriato e Avenida e dos primeiros tempos do Cineclube; mas alguns ainda recordam, dos anos 60 e 70 do século passado, o pop-rock dos Tubarões, a oficina de teatro do CETEV, a livraria-galeria Tempo Livre e as circuns-

tâncias culturais proporcionadas pelo que então era (era…) o Clube de Viseu. Na memória de muitos está, porém, a grande volta que isto deu depois de Abril de 1974: a cooperativa livreira Que Fazer?, as companhias de teatro Centelha, C. T. de Viseu e Trigo Limpo; ou, a seguir, a revista ZUT, a Área Urbana e as experiências musicais, tão criativas como os próprios nomes, dos Lucretia Divina, Foragidos da Placenta, Bas-

“O festival é para continuar, se houver apoios”

Paulo Neto

Que balanço faz ao 1º Festival de Jazz?

A Ana Bento, presidente da direção da Gira Sol Azul

Eu acho que no geral correu muito bem. O ser o primeiro também é um risco, já sabíamos que era um tipo de música, e que apesar de termos percebido que há um público ávido de atividades nesta área, ainda não está enraizado. Mas acho que os concertos tiveram muita gente, essas espectativas foram atingidas. As atividades que decorreram na rua, essas até superaram as espectativas, nomeadamente a do comboio, que refletiu que as pessoas gostaram da ideia, quando demos conta estava tudo a cantar e a participar. As sessões das escolas tiveram completamente esgotadas, com o Teatro Mais Pe-

queno do Mundo. O que não correu tão bem, ou que não teve a adesão que esperávamos foi o Workshop de Jazz. Este ano depositámos muitas espectativas, divulgámos mais cedo, houve mais parceiros, mas curiosamente foi o ano que tivemos menos inscrições. Pensamos que isso teve a ver com as datas. Nestas últimas quatro edições foi durante a semana, porque o público-alvo é, não só estudantes, mas também músicos profissionais e amadores. Passar isto para o fim-de-semana fez com que muitos músicos estivessem ocupados. Este é o primeiro festival de jazz. O que é que se pensa quando se arranca com um

projeto destes?

Eu sou uma pessoa otimista, até otimista de mais [risos]. Ultimamente tento ser mais realista, porque uma coisa é idealizar um projeto e acharmos que é bom e que faz sentido, outra é os meios para o concretizar. O mais difícil de fazer sobreviver é o workshop, que acarreta mais custos, tem muitos músicos: alojamento, refeições... e é sempre um risco. Há uma logística muito grande para concretizar um festival destes, e na verdade nós somos uma organização muito pequena [Gira Sol Azul] e tivemos sempre algum receio. No entanto, o facto de os concertos estarem assegurados pela Câmara, já era um grande alívio. E também

a parceria com o Conservatório, pois sem ele seria complicado realizar o workshop e até mesmo o piano que fez parte do concerto de sextafeira, da Paula Sousa Trio. O alojamento e alimentação também teve a ajuda de hotéis e restaurantes, o que foi fundamental. Sem esses apoios seria complicado organizar o festival?

Era impossível, então sem o apoio da Câmara era mesmo impossível. Como somos uma organização pequena também não nos aventurámos em fazer candidaturas, porque todo o trabalho que isso dá, muitas vezes, não vale a pena. E o tempo também não foi muito. Mas se não houvesse o apoio de to-


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pelo que está consignado na Constituição da Republica, o direito à Cultura. Praticamente desde o início têm sido trazidos ao festival grandes nomes de referência nacional e internacional. Isso marca a diferença?

Naturalmente. Têm passado nomes que logo à partida têm uma dimensão e projeção pública muito grande, como Milton Nascimento, Manu Dibango, mas também um outro conjunto de espetáculos que são marcantes para o público. De artistas e grupos, que até então eram desconhecidos. E o papel do Tom de Festa também é esse, revelar projetos mundiais que às vezes não têm a visibilidade que merecem. Hoje, se perguntar a alguns espectadores qual foi o espetáculo que mais os fascinou, dirão nomes que não são conhecidos dentro do “circuito normal”. Temos o exemplo de Compay Segundo que foi, dois anos antes do Buena Vista Social Club, um quase

anónimo. Quando esteve no Tom de Festa o seu concerto não acabou, os encores foram tantos que Compay Segundo saiu do palco e foi tocar para o pátio acústico. E claro que o público do Tom de Festa se sente muito orgulhoso por, dois anos depois o tal Compay Segundo se tornar aquele mostro. Esse é o objetivo do Tom de Festa? Dar ao espectador, alternativas?

Sem dúvida. Houve uma grande transformação do país, hoje as pessoas da zona interior têm alternativas próprias e essas alternativas foi o público quem as conquistou, através da sua adesão. Também é isso que diferencia o Tom de Festa de outros festivais, que jogam fundamentalmente com os nomes de cartaz e que têm alguma dinâmica comercial, onde os espetadores pagam, consideravelmente, para ver esses grande nomes. O Tom de Festa é um festival distinto, o que representa a bilheteira,

no que diz respeito ao orçamento, é insignificante. Então como se assegura economicamente o festival?

Através de parcerias e cumplicidades com os artistas, envolvendo um conjunto significante de apoiantes, em termos de empresas e instituições, que reconhecem que este trabalho é um trabalho de projeção da própria região. E o Tom de Festa já se tornou uma marca da região...

Sim. Eu até diria uma marca nacional. A dinamização cultural do país há muito que se passou a diferenciar dos acontecimentos terem lugar, só, nos grandes centros do país. Hoje há todo um mapa, uma geografia cultural descentralizada, que se fica a dever à atividade de todos os dinamizadores culturais que tomaram em mãos responsabilidades que caberiam muitas vezes aos governos.

Este é um festival que consegue captar diferentes públicos. Como é que se consegue “agarrar” tanta diferença?

Isso é o reflexo do que é a atividade da ACERT. Há duas semanas atrás, por exemplo, decorreram ateliês para as crianças, com duração de quinze dias e, no final apresentaram o seu próprio espetáculo. Daí que o público que está no Tom de Festa é de cidades onde nós desenvolvemos itinerância, público que vem atraído por um cartaz de alternativas culturais e artísticas. É público de uma comunidade com a qual trabalhamos, um público regional que se identifica com o trabalho da ACERT. E o Tom de Festa, por excelência, é um sítio de todos os públicos. Sentem que há mais ou menos público?

O que acontece, em termos de mais ou menos público, por vezes, são razões que nos ultrapassam. Não é

por acaso que este ano baixámos o valor das entradas. Temos noção do peso que teria o preço do bilhete numa família com um ou dois filhos. Nós criadores não pensamos só no espetáculo, temos que pensar em tudo o que o rodeia. Se não o fizermos estamos a decapitar parte de nós. Um projeto que dá muito trabalho.

Um grande trabalho da equipa da ACERT mas também de um conjunto de voluntários que a nós se associam, desde produção, implantação no espaço, de bem receber. É um trabalho que não está confinado apenas à equipa permanente da ACERT, mas a uma equipa mais abrangente, de associados, que dominam tão bem como nós os objetivos que pretendemos atingir. Já com a cabeça na 24ª edição?

Para já com a cabeça no outro projeto que temos, “A

Viagem do Elefante” [este sábado em Sortelha, no Sabugal]. E isto é não parar. Que balanço faz a mais uma edição do Tom de Festa.

Pensamos que estes quatro dias foram um êxito. Mas o Tom de Festa não acaba de maneira nenhuma no último dia. Aqui começa uma nova etapa. Até porque a ACERT são 365 dias e o Tom de Festa são quatro. E aquilo que desejamos é que todo o espírito que esteve presente nestes dias, quer no público, quer na organização, perdure ao longo de um ano. Mas temos noção que foi, de novo, um êxito e que não ficou confinado à qualidade dos concertos, mas à relação que mais uma vez se criou entre a ACERT e aqueles que foram felizes ao longo destes dias. O Tom de Festa é…

O Tom de Festa é o espelho da ACERT na relação com o mundo.

OPINIÃO | João Luís Oliva consagradas Companhias de Dança contemporânea do país; e os ensaios de criação artística – música e teatro, mas também literatura e artes visuais –, a sua herança e o cadinho cultural em que se forjou a consideração da diferença e da diversidade, foram alfobre de múltiplos projectos individuais e colectivos, de que se dispensa a enumeração, e realizações – profissionais ou amadoras, mas criteriosas – de práticas

culturais que hoje desafiam e emocionam, comovem ou divertem a comunidade com que se relacionam. O leitor atento deste escrito já notou, por certo, o uso e abuso do advérbio de lugar «aqui». É que só de forma absurda se podem localizar em fronteiras físicas, políticas ou administrativas (região ou zona, país, distrito ou município), os limites da (inter)acção cultural das comunidades sociais.

Patetas e ignorantes são, em tempo de eleições locais, declarações de candidatos ao poder municipal que dizem ser a actividade cultural de «Viseu» menor que a de «Lamego», propondo alternativas de gestão que julgam populares para o sitiozinho de que pretendem putativamente ser regedores. E ainda falam, à moda do fácil parolismo dominante, de «indústrias culturais», só lhes faltando o «empreendedoris-

mo», a «implementação», a «alavancagem» e as «janelas de oportunidade». E, já agora, as «maturidades»… Mas muito pouco avisadas são decisões dos realmente regedores que, embora sem grandes disparates culturais – após dois primeiros mandatos desastrosos na matéria –, e, depois disso, até mesmo com algum bom-senso relativamente a esses temas, programaram o Festival de Jazz de Viseu em cima do Tom de

Festa, de Tondela, que tinha calendário há muito tempo estabelecido. Pode não ter sido uma decisão expressamente propositada; agora lá que, à luz de anteriores polémicas, tal parece, não há qualquer dúvida… Enfim, rivalidades acanhadas e possidónias da vista curta do que deve ser um horizonte largo que compreenda a cidade como parte da geografia social e cultural em que se integra e com que

(quem), reciprocamente, partilha o sentido. Decidida e peremptoriamente se reafirma que o «aqui» é um grande espaço de urbanidade e este é o olhar indispensável à consideração das práticas locais na universalidade da vida cultural (da vida…). Bem dispensávamos gente do(s) poder(es) cujos projectosseresumamaorural epobremote(quenãoideia…), segundo o qual «a minha aldeia é melhor que a tua!».

dos era muito complicado.

gastos. Mas por outro lado, e como somos músicos, gostamos de tocar, de fazer música, de estar em palco.

meiro concerto, com os TGB, foi arriscado, é um projeto com uma formação pequena, e isso exige ao grupo uma dinâmica maior que prenda as pessoas e depois com instrumentos invulgares no jazz, tuba, guitarra e bateria. E o próprio estilo é mais “duro”, pouco característico daquilo que se idealiza no jazz. Quando olhei para o público e vi que era uma geração mais velha, entre os 60, 70 anos, pensei que não iriam aguentar duas músicas. A verdade é que o concerto durou mais de uma hora e ninguém saiu, muitos até estavam a bater o pé. Mas tanto nesta e como noutras atividades penso que conseguimos

chegar a muita gente.

lo, Mangualde e outros locais.

concertos de bandas profissionais e consequentemente mais variedade (mas para isso tem que haver dinheiro). Que tínhamos alargado o festival às escolas, porque acho que isso é importante na educação musical, são eles o futuro e se começarem a ver e a ouvir novas sonoridades é muito bom. E que o workshop tinha sido otimizado, pois achamos que esta é uma grande vertente que não queremos abandonar: a formação.

Há ajudas, mas por outro lado deve haver dificuldades…

Sem dúvida. Primeiro os recursos humanos, foi uma ginástica terrível conseguirmos ter tudo pronto, sem atrasos. Muito dos membros da organização também estavam a participar como músicos e tínhamos muitas vezes que nos desdobrar. Mas penso que nos safámos muito bem. A própria organização envolveu-se ativamente no festival. Isso é uma forma de estar ainda mais próximo do público?

Na realidade é uma forma de poupar dinheiro e de fazer com que aconteçam mais coisas com menos

Vai haver uma nova edição?

O festival é para continuar, se houver apoios, claro. Durante o festival foram muitos os momentos em que pensámos duas vezes em querer uma nova edição, mas era passageiro, vinha sempre alguém que dizia “então como é, para o ano?”. Sentimo-nos cansados mas o feedback do público e dos artistas, dãonos força. Na apresentação assumiram que queriam que este festival chegasse a toda a gente. Isso foi conseguido?

Eu acho que sim. O pri-

O facto de já terem sido organizados eventos de jazz, como as Quintas ao Jazz, também dinamizadas pela Gira Sol Azul, facilitou a relação com o público?

Sim. Principalmente depois desta primeira edição e das pessoas terem percebido a dinâmica que tentámos transmitir. A ideia de que não era apenas um concerto ao fim do dia, mas algo mais. As Jam Sessions nos vários bares, por exemplo, alargaram o leque de público. Havia muita gente que ia aos bares e só mais tarde ao local dos concertos. Sentimos que veio gente de vários sítios desde Penalva do Caste-

A ideia de terem levado o festival para vários pontos, para a rua, marcam a diferença?

Claro que sim. Um dos objetivos era chegar não só a quem gosta de jazz, e que assim não tem de se deslocar a outros sítios do país, mas a outras pessoas. Surpreender quem não conhece, que não está à espera, na rua, no comboio, num bar. É o velho ditado, “Não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé”. Daqui a um ano, quando voltarmos a conversar, sobre a segunda edição, o que gostaria de me poder dizer?

Que tinha havido mais

O Festival de Jazz de Viseu é?

São tantas coisas. Mas o festival é energia, para o público, para quem é surpreendido na rua, para os músicos. No fundo é energia, positiva.


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região Consumo alimentar No actual contexto, o gasto com a alimentação ocupa um lugar de destaque no orçamento das famílias, num valor que atinge os 84%. Os dados do primeiro semestre de 2013 definem alguns dos produtos onde esta retracção está a ocorrer. O azeite sofreu uma redução de 25.7%, as farinhas 12%, a padaria 9.8%, a fruta 7.4%, a água mineral 5%, o leite 4.3%, o arroz 3.2%, o peixe 1.6% e o vinho 1.2%. Atentos a estas conjecturas, as diferentes organizações do sector têm vindo a desenvolver inquéritos para definir com maior rigor o comportamento dos consumidores. O estudo intitulado “Comportamento de compra de fruta e hortícolas em Portugal”, promovido pela FNOP (Federação Nacional das Organizações de Produtores de Fruta e Hortícolas) é disso o claro exemplo. O estudo aponta no sentido dos portugueses estarem a fazer compras mais faseadas ao longo da semana e em menor quantidade. Uma percentagem significativa dos consumidores (80%) utiliza os híper ou supermercados para se abastecer; os restantes optam por mercearias, frutarias, praças e mercados. A grande maioria dos consumidores adquire por semana 2 kg de fruta, 2 kg de vegetais e 1kg de produtos vegetais congelados e apenas uma pequena minoria (8%) consegue atingir os 5kg em fruta. Os portugueses definiram como principais critérios para a escolha destes bens: o preço, a cor, o país de origem e a aparência do produto. Embora o preço seja um factor determinante no acto da compra, no caso da fruta a grande maioria dos inquiridos (80%) denotaram preferência pela produção nacional. O preço da fruta é apenas referenciado em quarto lugar como factor de selecção. Atributos como o local de origem, a cor e o aspecto parecem ser preponderantes para a escolha.

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

Tendo por base os dados do estudo, é fácil perceber que toda a cadeia tem ainda margem de progressão. O que importa é que nestas situações todos possam sair a ganhar. Atenta a estas alterações, e não só, a Compal desenvolveu no seu Centro de Frutologia, durante este ano, um curso/ programa/concurso na área fruticultura. Do total das 200 candidaturas apresentadas, 12 foram seleccionadas e os 3 melhores projectos receberam uma bolsa no valor de 20 mil euros para investir nas explorações. A empresa assumiu ainda o compromisso de absorver toda a produção dos 3 projectos vencedores que têm por base a produção de pêssegos, ameixa, marmelos e romãs, matérias-primas indispensáveis para a empresa. Assim, triunfar é certamente mais fácil. Em termos económicos, esta iniciativa pouco impacto poderá representar na contabilidade da empresa (60 mil euros), mas é uma prova inequívoca do caminho que deverá ser traçado por todos. Com o propósito de poder amenizar algumas das maleitas por que muitos passam, o consumo de chocolate registou um aumentou (3.3%) face a 2011. Por ano, cada português consome apenas 2 kg desta iguaria, os espanhóis e italianos atingem os 3 kg e os ingleses e alemães deliciam-se com 10 kg. Nestes países, o chocolate é utilizado como um complemento à alimentação de base. Por cá, o seu consumo ocorre em momentos festivos e de modo ocasional. Por agora, o que necessitamos é um bom surtido desta e de outras iguarias para melhorarmos a nossa condição a todos os níveis. Guloseimas, venham elas.

Festival leva doçaria regional a Vouzela Doce Vouzela ∑ Quinta edição realiza-se este fim de semana Doceiros oriundos de toda a região vão juntar-se em Vouzela para divulgarem os seus doces tradicionais na 5.ª edição do festival de doçaria “Doce Vouzela” que se realizará este fim de semana, 27 e 28 de julho, no concelho. Este certame, promovido pela Câmara Municipal, no qual já estão inscritos cerca de 20 produtores de doces, tem novamente no seu cartaz o encontro de colecionadores de pacotes de açúcar, a ter lugar no dia 27 de julho, e a tradicional exposição de cake design à qual se juntam as várias demonstrações desta arte durante a tarde do dia 28. O “Doce Vouzela”, um dos principais eventos de verão do concelho, tem como principais objetivos a divulgação da doçaria regional e a promoção turística do concelho. Contudo, falar deste concelho e dos seus “sabores” obriga necessariamente a uma paragem para provar o seu ex-libris, o Pastel de Vouzela, que pode ser encontrado em todas ou quase todas as pastelarias da zona. De recheio de ovos único, envolto em massa finíssima de uma leveza incomparável, esta iguaria desfazse na boca a cada dentada e nasce das mãos e de um saber que atravessou gerações. Hoje esta receita está apenas na posse de três “casas” que fornecem toda a região. O Jornal do Centro esteve com os irmãos Vítor e Miguel Correia que, mantendo esta tradição familiar, encontraram no fabrico do pastel de Vouzela uma forma de vida e um modo de perpetuar a memória do pai que lhes “transmitiu”, desde tenra idade, esta riqueza regional.

Pedro Morgado

Opinião

A Vítor Correia é hoje um dos poucos “mestres” dos pastéis de Vouzela

“Nós somos hoje o maior produtor dos pastéis de Vouzela e os únicos que vendemos para fora da vila. Existem apenas dois outros fabricantes que centram toda a sua atividade numa ótica mais familiar mas é principalmente através do nosso trabalho que o nome da vila chega mais longe”, referiu Miguel Correia. Com uma produção bastante variável, muito dependente da altura do ano, esta fábrica produz normalmente cerca de 1200 pastéis por dia, o que equivale a aproximadamente 100 dúzias, que todas as manhãs são forçadas a abandonar os fornos e a viajar até às estantes e vitrinas de muitos cafés e pastelarias das redondezas. “Nestes últimos anos é de louvar o papel que a Câmara Municipal de Vouzela tem tido na divulgação e no apoio à promoção do pastel de Vouzela. A sua introdução nos eventos desportivos da região, o esforço que empreendeu para que os pastéis de Vouzela estivessem presentes na tomada de posse do atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, me-

recem-nos todo o aplauso uma vez que contribuem indelevelmente para a afirmação desta região e contribuem para a economia do concelho”, sustentou. Preservar e incrementar ao máximo a qualidade através de uma aposta forte em matérias-primas de primeira linha, conseguidas através do contato diário com os fornecedores, é uma promessa e uma preocupação constante nesta empresa familiar. Durante os dois dias do “Doce Vouzela” o concelho será palco de vários espetáculos musicais, observação astronómica pela FISUA - Associação de Física da Universidade de Aveiro, workshops de decoração de cupcakes e cakepops e de bombons de chocolate, uma mostra de doçaria, insufláveis, visitas de comboio turístico gratuitas e um percurso pedestre sendo novidade este ano o concurso de bolos de noiva que reserva para o vencedor um prémio monetário no valor de 250 euros. Pedro Morgado

JIBOIAS

Resende. ONúcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego da GNR apreendeu um casa l de jiboias, com aproximadamente 10 anos de idade, em Resende. Em comunicado, a GNR informou que as jiboias – com mais de três metros e 15 quilogramas – encontravamse ilegalmente em cativeiro, no interior de uma residência. Também em Castro Daire foram apreendidas duas serpentes, uma jiboia com dois anos de idade e 1,30 metros, e ainda uma serpente de milho com nove anos e 1,5o metros. “A falta de registo deste a n ima l constitui uma contraordenação ambiental grave, punida com uma coima que pode variar entre 12.500 ou 17.500 euros”, alertava a nota da GNR. EA

DETIDO

Viseu. A diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ) confirmou a detenção de um homem, de 29 anos, que terá sequestrado e violado uma mulher na zona de Viseu. A PJ informa em comunicado, que o homem foi identificado e detido pela “presumível prática dos crimes de sequestro, violação, dano e detenção de arma proibida”, ocorridos no início do mês de julho. Segundo a mesma fonte, o suspeito terá entrado na residência da vítima, uma mulher de 30 anos, durante a noite. “Dirigiu-se ao quarto onde esta se encontrava deitada e, como forma de intimidação, efetuou dois disparos contra a cama. De seguida, a vítima foi agredida, amarrada e violada”, revelou.



Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU | MANGUALDE foto legenda

25 | julho | 2013

Acampamento da JS regressou a Mangualde

Um grupo de populares, das paróquias de Cepões, Cavernães e Mundão, manifestaram-se à porta do Paço Episcopal, em Viseu contra a decisão do Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro, de querer mudar o pároco, que há 14 anos serve as três paróquias. À manifestação, que decorreu na sexta-feira ao fim da tarde, juntou-se o presidente da junta de Cavernães. Jorge Martins ainda espera que o Bispo de Viseu altere a decisão de retirar o Padre Caldeira da freguesia. Os serviços da Diocese revelaram que o Bispo só estará disponível para receber os representantes das paróquias em protesto no início do próximo mês de agosto. D. Ilídio Leandro é um dos nove bispos portugueses que participa nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Rio de Janeiro até domingo. EA Publicidade

A Juventude Socialista de Mangualde, em parceria com a Federação de Viseu da JS, promoveu o acampamento distrital da Juventude Socialista “JS Summer Weekend”, durante três dias. Após alguns anos de interrupção, o acampamento, que decorreu no recinto exterior do Hotel Senhora do Castelo e no espaço da Live Beach - Praia de Mangualde, voltou a juntar jovens socialistas tendo estado representadas todas as estruturas concelhias do distrito, com o objetivo de “promover o debate de ideias e de convívio e interação entre jovens que vivem diferentes realidades por toda a região”.

DR

Emília Amaral

Balanço ∑ Presidente da Federação diz que “a afirmação da juventude é particularmente relevante”

A JS Summer Weekend decorreu na sexta-feira, sábado e domingo “O JS Summer Weekend foi um excelente momento e uma grande oportunidade para conciliar política e convívio, num ano em que a afirmação da juventude é particularmente relevante”, afirmou o presidente da Federação da JS Viseu, Rafael

Guimarães no final do encontro. A par das várias iniciativas programadas mais de carater interno, o destaque foi para a conferência “Política Autárquica Jovem”, realizada na manhã de sábado, que teve como oradores

João Torres, secretário-geral da Juventude Socialista e Rui Braguez, Vereador na Câmara Municipal de Castro Daire e Coordenador da JS de Castro Daire. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt



Jornal do Centro

14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS 2013

Dois meses depois de ter começado a corrida eleitoral que irá definir quem será o próximo presidente da Câmara Municipal de Viseu, apenas Hélder Amaral, líder dos democratas-cristãos (CDS-PP), pontua. Nas últimas sondagens apresentadas na passada terça-feira pela Eurosondagem e publicadas num jornal diário, Almeida Henriques, candidato do Partido Social Democrata (PSD), vê encolher a margem que o separava do seu principal adversário alcançando agora um resultado de 48,8 por cento nas intenções de voto dos viseenses. O socialista José Junqueiro (PS), ex-secretário de Estado da Administração Local fica a dez pontos percentuais do PSD nas intenções de voto o que, até ao momento, se traduz numa divisão de mandatos de cinco para o PSD e quatro para o PS. Hélder Amaral reúne a preferência de 5,1 por cento do eleitorado enquanto Manuela Antunes do Bloco de Esquerda e Francisco Almeida da CDU vêm encolher ligeiramente a sua base de apoio para 2,4 e 2,2 por cento, respetivamente. Em comunicado de imprensa enviado às redações Almeida Henriques, candidato do PSD, reconheceu a importância das sonPublicidade

dagens como indicadores de opinião, reveladores de tendências que, não substituindo o voto, confirmam a liderança da candidatura Viseu Primeiro e a preferência maioritária dos viseenses em eleger Almeida Henriques como futuro presidente do município de Viseu. Ouvido pelo Jornal do Cento, o socialista José Junqueiro preferiu colocar a tónica no encurtar de distâncias ao mesmo tempo que salienta o papel fulcral que o CDS tem na definição do resultado final destas eleições: “se o CDS subir será mais fácil” apesar de “termos que ser nós a construir e a concentrarmo-nos neste caminho que decerto nos levará à vitória a 29 de setembro próximo”, referiu o candidato. “Almeida Henriques tem sido levado ao colo nas ações institucionais da autarquia. Utiliza o seu estatuto de Presidente da Assembleia Municipal para aparecer onde os seus adversários políticos não são convidados”, salientou. Em contraciclo a taxa de abstenção prevista sofre um aumento de quase 3 pontos percentuais (20,4 por cento) quando comparada com o último barómetro realizado pelas mesmas instituições no início do passado mês de junho (17,8 por cento). PM

Candidato do PSD teve o primeiro banho de multidão PSD ∑ Expocenter recebeu cerca de 1000 apoiantes da candidatura “Viseu Primeiro” Depois de ter avançado e apresentado antecipadamente cada candidato na sua freguesia, Almeida Henriques chamou cerca de mil pessoas ao jantar-comício das freguesias “Viseu Primeiro”, que teve lugar na passada segundafeira, para revelar o que lhe vai na alma: “se alguém tinha dúvidas da nossa força e da nossa unidade, tem hoje aqui uma resposta inequívoca. Somos uma grande equipa, somos um só”. António Guilherme Almeida, Mota Faria, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD e Fernando Ruas, mandatário de honra desta candidatura, subiram ao palco de onde pediram um empenhamento redobrado em torno da candidatura daquele que é, nas suas palavras, “de longe o melhor candidato” por Viseu. Aos apoiantes, que encheram o espaço multiusos Expocenter e ao presidente em funções o candidato enalteceu e agradeceu o legado que espera receber: “um legado de trabalho, de determinação, de honestidade, de competência. O legado de uma equipa onde todos os vereadores estiveram presentes e que contou

DR

PSD continua à frente mas perde eleitorado

25 | julho | 2013

com o trabalho de todos os presidentes de junta”, sustentou. Usando da palavra, o candidato destacou que foi o Partido Social Democrata (PSD) que fez esta mudança, não outros, não aqueles que no passado lutaram para que Fernando Ruas perdesse o mandato, não aqueles que sempre criticaram a obra feita e que hoje a consideram ímpar. Na intervenção que encerrou o comício, Almeida Henriques apresentou os candidatos às juntas de freguesia do concelho, realçando a importância que estes assumem na concretização do seu

programa, nomeadamente através do seu papel na implementação de uma política de proximidade. Candidatos às assembleias de freguesia - Abraveses: Pedro Miguel Costa Almeida; Bodiosa: Rui Manuel Santos Ferreira; Calde: José Fernandes; Campo: Carlos Lima; Cavernães: Jorge Martins; Côta: A ntón io Jesus Tavares da Fonseca; Fragosela: Arnaldo António Ferreira Gonçalves; Lordosa: Carlos Manuel Martins Correia; Mundão: Armando Nunes Santos Gomes; Orgens: Adérito Pais Cardoso; Povolide: José Manuel de Almeida Fer-

nandes; Ranhados: Luís Filipe Martins de Almeida Mendes; Ribafeita: Custódio Figueiredo Correia; Rio de Loba: Carlos Alberto Gama Henriques; Santos Evos: Fernando José Cardoso Rodrigues; São João de Lourosa: Carlos Almeida; São Pedro de France: Fernando Martins Machado; Silgueiros: José Marcelo; União das Freguesias de Barreiros e Cepões: António Tavares e Joana Santos; União das Freguesias de Couto de Baixo e Couto de Cima: Fernando Leitão e António Marques; União das Freguesias de Repeses e S. Salvador: José Coelho e José Ferrão; União das Freguesias de S. Cipriano e Vil de Soito: Aurélio Pereira Lourenço e Armando Esteves; União das Freguesias de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita: Manuel Jorge Nunes, José Silva e Cláudia Carvalho; União das Freguesias de Fail e Vila Chã de Sá: José Silva Pereira Fernandes e Carlos Cardoso e da União das Freguesias de Viseu: Diamantino Santos, Vitor Costa e Ana Maria Damião. Pedro Morgado

Capoulas Santos convidado pelo PS para apresentar as prioridades e os apoios à agricultura portuguesa O antigo ministro da Agricultura português Capoulas Santos, recentemente distinguido com o prémio de melhor deputado ao Parlamento Europeu de 2012 na área da agricultura e desenvolvimento rural, esteve presente no passado domingo na conferência-debate realizada na União Demarcada das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) a convite de José Junqueiro para apresentar as prioridades e os apoios para a agricul-

tura portuguesa a partir de 2014. Nesta iniciativa que contou com a presença de vários pequenos agricultores do concelho, José Junqueiro lançou as bases do seu compromisso com a fileira agrícola do concelho ao mesmo tempo que apresentou propostas concretas para a dinamização dos vinhos do Dão. A criação de um gabinete para o desenvolvimento rural que possa impul-

sionar decisivamente o desenvolvimento da agricultura e do meio rural de forma integrada, a criação de um parque florestal, a implementação de uma plataforma municipal de apoio à atividade agroflorestal e a implementação no território de uma bolsa municipal de terras foram algumas das propostas que o candidato considerou bastante pertinentes para a dinamização do setor e para a inversão do atual ciclo económico no

concelho de Viseu. Durante a sua intervenção o candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Viseu reforçou a sua aposta séria na dinamização da Feira de S. Mateus como grande certame do Dão ao mesmo tempo que prometeu lutar, caso seja eleito, pelo “regresso a casa” da cerimónia que distingue os melhores vinhos do Dão e que atualmente se realiza na Figueira da Foz. PM


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AUTÁRQUICAS 2013 | REGIÃO 15

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Manuela Antunes quer Viseu Capital Europeia da Cultura A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Viseu, Manuela Antunes, defendeu esta semana a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura. “Queria lançar um desafio à cidade, aos políticos e a todos os viseenses no sentido de prepararmos uma candidatura a Capital Europeia da Cultura. Decerto, com toda a gente a trabalhar poderão ser lançadas as bases e criadas as condições para o nascimento de um projeto ambicioso que possa lutar em pé de igualdade com outras cidades”, sustentou Manuela Antunes. Durante o lançamento da iniciativa “Sementeira Publicidade

2013” o Bloco de Esquerda (BE) abriu as portas da sede do partido, situada em plena zona histórica junto à Sé de Viseu, e revelou uma exposição temporária com o trabalho de seis “jovens” artistas entre pintores, escultores e cartoonistas que se junta assim ao evento multidisciplinar “Jardins Efémeros”, que decorre em Viseu de 22 a 28 de julho. “O Bloco pretende com esta ação associar-se a este espírito dos Jardins Efémeros e estar com a sede aberta todos os dias até às 23 horas para mostrar o trabalho destes artistas. Apesar do centro histórico parecer estar

Pedro Morgado

BE ∑ Candidata do Bloco desafiou os seus adversários políticos a unirem-se em torno de uma causa maior

A Sede do Bloco recebe exposição temporária durante os “Jardins Efémeros” cheio de gente hoje, esta não é a realidade o ano todo. A cidade não criou ainda as condições para termos muita gente no centro histórico e, por-

tanto, é fundamental a recuperação do património arquitetónico da cidade e a fruição desses edifícios recuperados como incentivo à criação e à mostra

de jovens artistas”, justificou a candidata. A professora de educação física referiu ainda que o bloco aguarda que lhe sejam apresentadas

ideias e projetos para o centro histórico que esta força política possa encaminhar e apoiar salientando contudo que, “sem o património recuperado se torna difícil instalar estes criadores” quando os prédios se encontram devolutos e em mau estado. Manuela Antunes, candidata do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara de Viseu tem nas próximas eleições de 29 de setembro como adversários Almeida Henriques (PSD), José Ju nqueiro (PS), Hélder Amaral (CDS-PP) e Francisco Almeida (CDU). Pedro Morgado


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especial

Dia dos Avós

O Dia dos Avós, que se celebra amanhã, 26, é não mais que uma forma de homenagear quem, muitas vezes, não é só avô ou avó. É a forma de demonstrar o carinho e o apreço por aqueles que marcam e são importantes na vida de qualquer família. O papel dos avós vai muito além da atenção e amor dedicado aos netos. São os avós que muitas vezes apoiam afetivamente e até financeiramente quer filhos, quer netos. É costume ouvir dizer que os avós são os segundos

Passe um dia diferente com os seus avós Viseu junta avós e netos na Biblioteca Dom Miguel da Silva A Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva comemora o Dia dos Avós com histórias para avós lerem aos netos, baseado no livro de Isabel Stiwell, uma atividade intergeracional que visa estimular o diálogo entre gerações e a recolha e partilha de memórias. Depois de A Hora do Conto, avós e netos vão partilhar as suas vivências através de um conjunto de atividades: expressão criativa, “Avô, como era no teu tempo?”, “Palavras para a minha mãe”, de José Luís Peixoto, “Ela canta pobre ceifeira” e “Ó sino da minha aldeia” de Fernando Pessoas fazem parte das leituras poéticas e Cantigas do Nosso Tempo: “Mocidade, mocidade”, “Olhos castanhos”, “O malmequer” e ainda tempo para uma prenda para os avós. Publicidade

pais, e em muitos casos, os primeiros. São muitas vezes os avós, quem transmite os valores, os conhecimentos e a ternura que fica para sempre marcada nos mais pequenos. São muitas vezes os avós quem cuidam, que aconchegam e que marcam a história de uma família. São os avós que muitas vezes preparam a mochila, levam à escola, levam a passear, ou que simplesmente estão ali, sempre. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a ex-

periência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas, com a própria natureza, com a vida. Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus avós e dizer o quanto se lembra deles. Aproveite para passear com eles, contar histórias, ou “largar” umas gargalhadas. Aproveite para conversar, cuidar e, se infelizmente já não os tiver, cuide de quem o faz feliz.

O teatro, o cinema, um concerto, ou um simples passeio por locais que sabe que eles vão gostar, são algumas possibilidades de programas diferentes para fazer com os avós. Sair da rotina, fazer-lhes uma surpresa, convidar para almoçar ou jantar fora, oferecer um presente são alternativas para comemorar com os avós um dia inteiramente dedicado a eles. No distrito de Viseu, são desenvolvidas várias atividades para assinalar a data:

Avós conversam sobre os netos em Sernancelhe Amanhã, realiza-se o II Encontro Interinstitucional, para comemorar o Dia dos Avós. O evento decorre no Santuário da Senhora da Saúde, situado na Freguesia de Fonte Arcada em Sernancelhe. Estão convidadas todas as IPSS de Apoio à Terceira Idade dos concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tábua. A comemoração é organizada pelos Arciprestados de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço Pelas 10h30 uma sessão de acolhimento, no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, seguida da eucaristia (presidida pelo Bispo de Lamego, António Couto, pelas 11h00. Do programa faz ainda parte um almoço, pelas 12h00 e uma tarde de convívio a partir das 14hoo.

Sátão leva avós ao Cristo Rei

O Município de Sátão assinala mais uma vez o Dia Internacional do Idoso e oferece um passeio gratuito no dia 25 de agosto, a todos os idosos do concelho com idade igual ou superior a 65 anos, tendo como destino o Santuário de Cristo Rei, em Lisboa. A população sénior terá a oportunidade de participar na Eucaristia e realizar uma visita ao Santuário do Cristo Rei. Todos os interessados devem fazer a sua inscrição obrigatória, até ao dia 10 de agosto, nas Juntas de Freguesia e no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão. Publicidade

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Poemas no Museu de Várzea de Calde

No âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Avós, a “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, Museu Etnográfico de Várzea de Calde, promove amanhã, 26, pelas 15h00, a atividade: “Chá e poesia”. Avós e netos vão ler poemas e mensagens, construindo diálogos e opiniões. Ambas as gerações conversam entre si, interagindo, trocando experiências, em momentos de convívio e de afetos. Em contexto museológico rural, as vivências dos mais velhos servirão de pretexto à construção de diálogo com os mais novos, para estes perceberem a evolução dos tempos e as vivências da atualidade. No final um momento de confraternização, com chá e biscoitos tradicionais da Aldeia. O evento tem limite máximo de crianças e avós: 26 As inscrições são gratuitas, com marcação prévia para o telefone: 232 911004 ou email: museu.varzea@cmviseu.pt

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DIA DOS AVÓS | ESPECIAL 17

surpresas para preparar aos avós

1. Avós e netos multiculturais ∑ Juntos pesquisem como se diz avó e avô em diversas línguas e criem uma pequena peça de teatro para poderem comunicar, com disfarces e acessórios alusivos a cada país, como se diz avós em inglês, italiano, francês, espanhol, indiano… um espetáculo ao qual os avós vão adorar assistir na primeira fila. Para os avós que estão longe, podem sempre filmar a peça e enviar este pequeno filme alusivo ao Dia dos Avós num CD por correio ou mesmo via email, ou outras plataformas.

2. Festa do pijama ∑ Será que a avó e o avô alguma vez tiveram oportunidade de participar numa festa do pijama? As crianças adoram este tipo de festa e, se for em honra dos avós, temos a certeza que também eles vão adorar esta surpresa inesperada preparada pelos netos. Quer pernoitem na casa dos avós ou na dos netos, o que não pode mesmo faltar são os pijamas, uma sala aconchegante, um bom filme ou jogos divertidos para fazer em família e algumas guloseimas para uma noite que será, certamente, inesquecível.

3. Regresso ao passado ∑ Se for viável, programem um dia de visita à terra natal dos avós, mas não contem nada sobre a viagem até chegarem ao local: assim será uma verdadeira surpresa! Façam várias paragens – as casas onde viveram, os sítios onde trabalharam, o local onde se conheceram e namoravam – e aproveitem para ouvir e divertirem-se com as histórias de antigamente que os avós vão certamente contar! Haverá melhor maneira de celebrar o Dia dos Avós do que homenagear as suas origens, as suas conquistas, a sua vida?

4. Viagem ao futuro ∑ Se preferirem uma viagem ao futuro ou, pelo menos, ao presente, surpreen-

Hora do Conto na Fnac Viseu

“Quantos mundos existem entre as páginas de um livro? Quantos novos amigos farás ao ler um capítulo? Descobre na Hora do Conto, histórias que nunca imaginaste serem possíveis”. Esta é uma proposta da Fnac que pode ser aproveitada para um momento entre avós e netos. “A Hora do Conto” é uma ação de animação e promoção do livro e da leitura para crianças, domingo, pelas 11h30, no Palácio do Gelo em Viseu. Publicidade

der a avó e o avô no Dia dos Avós pode passar por uma viagem a um local que sempre quiseram ir, mas nunca foram – uma cidade no vosso país, um parque natural próximo, uma estância balnear, uma capital europeia ou até outro tipo de destinos, mais acessíveis, e perfeitos para programar um Dia dos Avós memorável: um museu, um aqua parque, um dia num spa, um parque de diversões, o jardim zoológico, fazer campismo… esta é a data perfeita para realizar um dos sonhos dos avós, afinal de contas, eles merecem.

5. Comer fora, cá dentro! ∑ Para celebrar o Dia dos Avós com pompa e circunstância, ajude a pequenada a transformar a sala de jantar lá de casa, num lindo restaurante que terá alguns convidados de honra nessa noite – os avós! Não se esqueçam de uma decoração original, flores, velas, música ambiente e, claro, um delicioso menu. Pode envolver as crianças na preparação dos alimentos – escolhem algo que possa ser facilmente preparado e colocado no forno quando os avós chegarem, por exemplo. Uma alternativa é mandarem vir ou irem buscar comida a um bom take away e simplesmente dispor nas travessas e pratos mais bonitos lá de casa… o que conta é a intenção e esta é das melhores.


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educação&formação IPV: Ano lectivo de 2013-2014 Fernando Sebastião ∑ presidente do IPV Perante as vicissitudes que o mercado em geral tem proporcionado, com reflexos negativos em todos os âmbitos da vida dos portugueses, também o ensino superior é dessas incertezas vítima. Fomos ouvir Fernando Sebastião, presidente do IPV, no contexto das expectativas para o próximo ano lectivo.

Novidades na oferta formativa para o próximo ano: No próximo ano o IPV disponibiliza 36 cursos de licenciatura, 29 de mestrado e 22 cursos de especialização tecnológica. Como novidade na oferta destacamos o novo curso de Qualidade Alimentar e Nutrição a funcionar pela primeira vez na Escola Superior Agrária e vários cursos de especialização tecnológica na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego. Em relação ao ano anterior verificou-se apenas a redução dum curso na Escola Agrária mantendo-se nas restantes escolas a anterior oferta formativa. Número de vagas Para o ano letivo 2 012/2013 o I P V disponibiliza 1370 vagas

para as diversas licenciaturas, menos 8% que no ano anterior. Procurámos desta forma contribuir para um maior ajustamento da procura, situação que infelizmente não foi seguida pela grande maioria das instituições de ensino superior nem acautelada pelo Ministério da Educação. No ano passado ficaram no ensino superior público cerca de 8600 vagas por ocupar. É previsível que este ano o número de vagas sobrantes se mantenha ou seja superior. Espera-se uma redução de candidatos e a situação é agravada pelos maus resultados das provas de ingresso. Do meu ponto de vista o ajustamento da oferta formativa deve passar, não tanto pela redução do número de cursos, mas começar fundamentalmente pela redução global do número de vagas ao nível das diversas instituições de ensino superior, aproximando-as do número de candidatos. A redução de cursos, principalmente nas regiões onde não existem ofertas alternativas, conduz à redução de opções dos candidatos e pode levar ao encerramento de cursos que sejam relevantes para as

VIAS DE CONCLUSÃO ENSINO SECUNDÁRIO ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS_VISEU

ABERTAS as MATRÍCULAS ENSINO RECORRENTE EFA DUPLA CERTIFICAÇÃO EFA’s ESCOLARES Diversas UFCD

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empresas e serviços locais. Esta opção de redução de vagas teria a vantagem de aproveitar a capacidade instalada nas várias regiões do país. Mantendo a situação continuaremos a ver as instituições do litoral onde está concentrada a maior parte da população a ter resultados mais favoráveis nas colocações e as do interior com menos alunos, com reflexos cada vez Publicidade

maiores no agravamento das assimetrias regionais. As instituições de ensino superior são, do meu ponto de vista, um instrumento privilegiado para a coesão do território nacional que não está a ser devidamente utilizado por falta de regulação do sistema. Expetativas do IPV e estratégias para superação da quebra da procura

Tal como referi, não é previsível que os resultados das colocações no concurso nacional sejam melhores que no ano anterior. Os resultados das candidaturas dependem, naturalmente, muito mais das opções dos candidatos do que das próprias instituições. Ao IPV cabe pugnar por oferecer aos candidatos uma formação da maior qualidade que os prepare para uma boa inserção no mercado de trabalho e garantir aos alunos as melhores condições para tirarem o seu curso. O IPV é hoje uma instituição de qualidade reconhecida a nível regional e nacional que atrai alunos não só da região, mas de todo o país. Possui em regra um nível de empregabilidade bastante elevado e um nível de satisfação, por parte dos empregadores, muito favorável. Infelizmente nem sempre se

tem verificado por parte dos candidatos ao ensino superior a preocupação de conhecerem com alguma profundidade as instituições e os cursos a que se candidatam. Constatamos este facto, com grande frequência, designadamente através do elevado número de candidatos que temos anualmente, nos regimes de mudança de curso e transferência, de estudantes colocados noutras instituições que pretendem prosseguir estudos no IPV. A nossa c aptaç ão de alunos não se esgota, por isso, no concurso nacional de acesso. Tal como referi, recebemos anualmente muitas dezenas de estudantes através dos regimes de mudança de curso e transferência bem como dos concursos especiais. Nestes concursos especiais estão englobados os candidatos já titulares de um curso superior ou de um curso de especialização tecnológica. Os cursos de especialização tecnológica têm sido a via de acesso predominante dos alunos provenientes do ensino técnico-profissional. Os estudantes que concluem os cursos de especialização tecnológica podem optar por ingressar no mercado de trabalho ou prosseguir estudos numa licenciatura da respetiva área de formação o que tem sido a opção mais frequente. No atual contexto não faz sentido a aposta no c r e s c i m e n to . A e s tr a tégia do IPV passa, por isso, pela consolidação e melhoria contínua da qualidade de formação e dos serviços que presta com a consciência de que o reconhecimento a relevância do IPV tem sido e continuará a ser no futuro um fator essencial para a captação de mais e melhores estudantes. Paulo Neto


ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 593 DE 25 DE JULHO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Suplemento

ESPROSER

Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira


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Suplemento ESPROSER

ESPROSER há 20 anos a formar

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Cursos Acompanhando os tempos e as necessidades do mercado a ESPROSER oferece diversos cursos garantindo formação de qualidade aos jovens. A Escola Profissional tem apostado, com sucesso e resultados, em áreas que proporcionam aos alunos estágios em mais de 60 empresas a nível nacional.

A Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) está prestes a comemorar 20 anos de existência. No próximo dia 29 de julho sopram-se as velas de vinte anos ao serviço da educação e do ensino profissional no concelho e na região. A ESPROSER nasce a 27 de setembro de 1993, por vontade da Câmara Municipal de Sernancelhe e da Associação Jornalística, herdando as antigas instalações da C+S, mesmo a tempo de ainda iniciar atividade nesse ano let ivo. Um

mês depois, a 28 de novembro, é inaugurada pelo Secretário de Estado da Defesa Nacional, António Figueiredo Lopes. A criação da ESPROSER foi alicerçada nos s e g u i n t e s o bj e t i vos : col mat ar a l acuna de ensino secundário no concelho, dar formação aos jovens, evitar que tivessem de deslocar-se para outros concelhos, estancar a emigração e criar uma massa trabalhadora especializada. Desde então muitos alunos têm passado pelas

instalações da ESPROSER, um estabelecimento de natureza privada e que tem como principal objetivo a formação para a integração na s o c i e da d e d e j ove n s profissionais tecnicam e n t e co m p e t e n t e s , conscientemente responsáveis e vocacionados para a sua profissão. A Escola Profissional de S er n a n ce l h e p r o p o rciona ainda uma preparação científica e técnica permitindo aos jovens a sua integração na vida ativa ou no prosseguimento de estudos.

A escola

A E S P R O S E R permanece nas instalações da Avenida das Tílias, no entanto o espaço foi completa mente remodelado, ganhando assim, ao longo dos tempos, condições de excelência para a atividade letiva. No passado ano letivo 2012/2013 sofreu uma intervenção ao nível do espaço exterior envolvente da escola, nomeadamente no que se refere à iluminação, estaciona-

mento e imagem. Ao nível das infraestruturas, a ESPROSER tem vindo a ajustar as suas instalações às necessidades das diferentes áreas que leciona. A t arefa pr ior it ár ia foi a cr ia çã o de espa ços específicos, devidamente equipadas em função dos cursos ministrados. Totalmente remodelada e adaptada, em 2004, a escola acolhe neste momento alunos oriundos de 16 concelhos.

A mel hor ia e amplia çã o das ins t a lações, permitiu atualmente possuir 12 salas de aul as nã o espe c í ficas, bem como espaços específicos, nomeadamente a biblioteca, o audi tór io, os l abora tórios (física/química, informática e de eletricidade), sala prática de mesa bar, sala maquetes, salas de autocad, cozinha, bar e espaço conv ív io e Pav ilhão multiusos.

Escola Profissional de Sernancelhe, das poucas no país que mantem vivo o ensino da obra de Aquilino Ribeiro Ao longo dos anos, mas muito particularmente na última década, a ESPROSER adotou como referência, para quem lá estuda, o convívio com o escritor sernancelhense, um das referências da literatura nacional, Aquilino Ribeiro. A participação no evento Feira Aquiliniana, para além de ter recuperado trajes a partir da obra aquiliniana, conseguiu transformar excertos dos seus livros em belas peças de teatro, interpretadas por alunos e formadores. A recolha gastronómica que vem materializando nos eventos municipais, servindo as iguarias que o Mestre imortalizou como sendo símbolos da Beira Alta (agora, e de forma mais evidente com o Curso Técnico de Restaurante/ bar). A iniciativa “Meio Século de Memórias (s)

– Uma geografia sentimental”, realizada em Sernancelhe no dia 25 de maio de 2013, evidenciou os ensinamentos do professor Armando Mateus e a qualidade dos alunos, tanto na confeção como no serviço a mais de uma centena de pessoas presentes no evento. Um roteiro aquiliniano pelo co n ce l h o d e S er n a n celhe, visitando os locais emblemát icos da sua v ida e obra, começou com uma passagem pela Biblioteca Munic ip a l Abade Vasco Moreira, seguiu-se uma visita ao Pátio onde pontua a casa onde nasceu, o Convento de Noss a S enhora da Assunção, palco do

Valeroso Mil ag re, o santuário da Lapa e o Colégio onde estudou, a Casa de Soutosa e, por fim, o Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Freixinho, são alguns exemples das atividades desenvolvidas.


Suplemento ESPROSER

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José Mário de Almeida Cardoso PresidentedaCâmaraMunicipalde Sernancelhe

José Mário de Almeida Cardoso, Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, é o grande mentor da criação da Escola Profissional de Sernancelhe- No já longínquo ano de 1993, ladeado pelo então Ministro Figueiredo Lopes, inaugurava as instalações do edifício escolar para que traria o contributo mais decisivo para a construção do Concelho de Sernancelhe no campo educacional, formativo e qualificativo. “ Recordo com grande alegria o ano de 1993 e os feitos que estão conseguimos alcançar para Sernancelhe. Numa época em que, à escassez de recursos somavam-se os números alarmantes da baixa escolaridade e do abandono precoce da escola, Sernancelhe não dispunha de ensino secundário. Para os jovens que queriam prosseguir os seus estudos para além do 9º ano, as alternativas estavam noutros concelhos ou mesmo em Viseu. Acredito que, muitos casos deixaram a escola porque estudar mais longe de casa acarretava despesas incomportáveis para os pais. Contrariando esta realidade negativa, a Escola Profissional veio colmatar uma lacuna no campo do ensino secundário, com a vantagem de ainda conferir uma profissão a quem a frequentava, e permitiu ao Concelho ultrapassar uma falha que muito o condicionava. O surgimento da ESPROSER permitiu ainda qualificar os nossos jovens em termos profissionais, que pese embora em áreas não inteiramente adaptadas ás necessidades de trabalho na nossa região, conseguiram alto grau de empregabilidade e potenciaram uma imagem de qualidade da Escola Profissional de Sernancelhe que muito a valorizou.

Por arrastamento, a Escola trouxe vitalidade e dinâmica ao Concelho. Assumindo-se como espaço de qualidade no ensino e referência para alunos, pais instituições e empresas, rapidamente foi geradora de iniciativas locais de enorme projecção e visibilidade. Lembro, a este propósito, as recolhas de sangue, pioneiras em escolas no nosso País, e que se tornaram nas mais importantes para o Hospital de Viseu, dada a participação e mobilização que geravam. Nos tempos atuais, a ESPROSER coordena iniciativas de grande importância socioeconómica e cultural no concelho, como é o exemplo do Festival da Amizade e a Feira Sementes da Terra. Estas dinâmicas, aliadas à juventude, assumem um peso e um significado extremamente importante em concelhos do interior do País, como é o caso de Sernancelhe. Tenho acompanhado, sempre de forma muito intensa e atuante, a Escola Profissional ao longo de seu percurso de 20 anos. Contudo, tenho que reconhecer que a última década se distinguirá pela equipa dirigente que assumiu os destinos da ESPOSER. O mérito como conseguiram incutir nos jovens que por lá passam a disciplina, a autoridade, o trabalho e o respeito é louvável. Se atendermos a que em certas alturas do nosso País houver pensadores que ousaram considerar que estes valores eram exclusivos das cidades e dos meios desenvolvidos, hoje todos reconhecem que só com estes valores é que Portugal conseguirá sair da crise em que mergulhou. Se há balanço que possa fazer-se de 20 anos a qualificar jovens, então a Escola Profissional de Sernancelhe pode orgulhar-se de ter conseguido que a qualidade da escola seja medida pelo sucesso dos seus alunos no mercado de trabalho, onde desvendam todas as suas capacidades e qualidades, quer como técnico qualificado quer como seres humanos com valores e princípios. Parabéns à Escola Profissional de Sernancelhe.

Carlos Silva Santiago Vice-presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe

Tendo assumido as funções de Vereador do Pelouro da Cultura no ano 2002, desde então estabeleceu contacto com a realidade da ESPROSER, na altura como vogal do Conselho de Direção. No ano 2006 e até 2011 foi Presidente do Conselho de Administração, exercendo atualmente as funções de Presidente do Conselho Geral de Supervisão da Escola Profissional. “A Escola Prof issional é u m d o s m a i s i m p o rtantes car tões- de -visita do nosso Co ncelho. Como espaço de formaç ã o o n d e ce nte n as d e jovens já completaram o seu percurso educativo, onde adquiriram uma profissão e ganharam as bases para ingressarem, com qualidade e distinção, no mercado de trabalho, a ESPROSER exerce uma função suprema na sociedade do nosso tempo: educar. Contudo, a ESPROSER tem trilhado um cami nho difícil mas sem nunca se desviar da rota que foi planeada. Os momentos menos positivos têm ser vido para se for tale cer, e os mo m e ntos b o ns tê m p e rmitido cimentar uma imagem interna e externa de qualidade, de rigor e de escola capaz de preparar jovens para o mercado de trabalho. De um modo geral, a Escola mantém a no ção da realidade que a circunda, das dificuldades que caracterizam o País e do momento em que importa gerir bem, manter a aposta na qualidade e nunca descurar a exigência no ensino e na formação. Uma Escola que con segue celebrar um pro-

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tocolo com a EDP para acolher es t a giários na área de eletricidade é exemplificativo da visibilidade que adquiriu e das boas referências de trab alho e cap acidade que os alunos dão. Uma Escola que, pese embora as dif iculdades eco nómicas do País, garante ins t alaçõ es de qua l i d a d e , co n d i ç õ e s a o s j ove ns , s e g u r a n ç a a o s pais e ensino de refe rência só p o de ser um espaço moderno, atento e capaz. Diferenciam-nos i m e n s o s a s p e t o s . Ta l vez um dos mais importantes nos últimos anos tenha sido a naturalidade com que a Escola abriu as suas portas e o seu conhecimento à sociedade. Não falo só da r e l a ç ã o co m o Co n c e lho de Sernancelhe ou as instituições locais. Refiro-me à capacidade de estabelecer parcerias com empresas reputadas, com possíveis empregadores credíveis no mercado e com entidades nas mais diversas áreas onde os alunos da E SPR OSER te r ã o o p o rtunidades para mostrar os seus conhecimentos e que são p er to de uma centena de empresas parceiras da Escola. Mas ref iro -me também à capacidade organizativa e de envolvimento dos seus diretores, formadores e colaboradores. Sempre dinâmicos, co ns e g u e m c a t i v a r o s jovens p ar a que even tos como a Feira Sementes da Terra e o Festival da Amizade sejam uma realização regional. Ano após ano, impulsionam eventos no Expo Salão e dão um contributo inestimável à Festa da Castanha, assumindo-se cada vez mais como prodígios na reinvenção do menu gastronómico deixado por Aquilino Ribeiro. É de credibilidade mas também de orgulho que falo quando me refiro à Escola Profissional de Sernancelhe”.

Ana Chaves, Jorge Figueiredo e Rui Guedes são os elementos do Conselho de Administração executivo da ESPROSER, cargo que ocupam há cerca de uma década. Volvidos dez anos, o balanço feito pelos diretores é otimista, mas sempre com “os pés bem assentes na terra”. “Localmente a ESPROSER é respeitada, na região é reconhecida, ganhou credibilidade, cotou-se como uma referência, ganhou capacidade de aproximação ao mercado de trabalho e é vista como geradora de empregabilidade para os alunos que a frequentam”, define Ana Chaves, que assume outra característica atual da escola: “Aos olhos das outras escolas, ganhámos voz; somos ouvidos, somos contactados como referência, o que é muito positivo e gratificante”. Jorge Figueiredo, diretor pedagógico, entende que “estas relações que mantemos, seja internamente, seja com o exterior, são preciosas no sentido em que somos olhados como referência”. Opinião semelhante é partilhada por Rui Guedes, responsável pela área financeira, que destaca as condições proporcionadas aos alunos como explicação para o sucesso: “As instalações são excelentes, estamos equipados com novas tecnologias, temos um rácio de computador por aluno elevado, a rede wireless cobre todo o espaço escolar, fomos das primeiras escolas a disponibilizar o livro de ponto on-line aos formadores, e que permite também aos pais saber, em tempo real, por exemplo, se o filho faltou a um aula, tendo os alunos acesso pela plataforma a toda a matéria de todos os módulos para poderem estudar”. É evidente a preocupação da direção da ESPROSER em estar sempre à frente no que respeita às necessidades do mercado de trabalho. Mais do que formar, é assumido por todos que a escola se preocupa em encontrar saídas para os alunos. Proporcionar-lhes, na primeira fase, um estágio

de qualidade é essencial. “O que define e avalia a Escola é o mercado de trabalho”, diz Ana Chaves, que demonstra, pelas parcerias com mais de 60 empresas a nível nacional, o trabalho que tem sido feito para proporcionar estágios aos alunos. Rui Guedes confidencia, por seu turno, que “temos a preocupação de criar competências aos alunos, mas também de garantir a sua empregabilidade. Temos das melhores empresas nacionais a acolher alunos da ESPROSER”, referindo-se ao Protocolo assinado com a EDP, e que se prolongará por vários anos, um sinal claro de que aquela empresa reconhece qualidade à formação ministrada pela Escola. Nunca descuidando “a formação social de cada aluno”, como refere Jorge Figueiredo, a ESPROSER não abdica do princípio do “rigor” que instituiu em 2003/2004. Para Rui Guedes, “o rigor é determinante para mantermos a gestão de qualidade que possuímos” e a explicação para que se mantenha o projeto educativo, que assenta, no entender de Ana Chaves, na “responsabilização e na permanente abertura da escola a toda a sociedade”. Conscientes de que o “mercado de trabalho já faz a distinção e já sabe onde escolher os jovens com boa formação”, como revela Jorge Figueiredo, entendem que o exemplo da ESPROSER é claro: “A Escola não tem de ser neutra perante a sociedade; deve ser participativa, defender os pilares em que acredita e transmiti-los; deve explicar, sem medos, que aposta em valores como a família e as competências sociais”, explica Ana Chaves. Como exemplo, Rui Guedes dá conta da mudança operada e que passa agora pela “aposta em diariamente transportar os alunos de fora do Concelho (e são mais de 60 por cento) de suas casas para a escola e ao fim do dia levá-los de regresso ao seio familiar. Acreditamos que é a forma mais saudável para eles e que é mais correto educar em parceria com a família”.


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O culminar de um ciclo A consolidação de conhec imentos , através de uma prova f inal , é o culminar de um ciclo, que embora termine deixa abertas as portas de um futuro que se quer brilhante. Este “fecho” é feito através de uma prova de aptidão profissional (PAP). A PAP, é um projeto de realização obrigatória para a conclusão dos cursos profissionais, sendo alicerçada numa essência transdisciplinar e integradora de todos os saberes e capacidades desenvolvidos ao longo da formação pelos formandos. Esta prova, em forma de um projeto pessoal, é estruturante do futuro profissional do aluno é centrado em temas e problemas por eles perspetivados. Nele devem ser investidos saberes e competências adquiridos no quadro de formação.

Relativamente ao presente Ano Letivo 2012/2013, alguns dos temas trabalhados foram os seguintes:

Técnico de Informática de gestão > GesMovies – Gestão de um clube de vídeo > Like – aplicação informática para gestão de uma loja roupa > InfoShop – web site de uma loja de informática > SoftGest – software de gestão > Care – aplicação informática para gestão de um hospital ao nível dos cuidados de enfermagem > GesPro – desenvolvimento de uma aplicação para gestão de uma biblioteca > GestMobil – software de gestão para uma loja de telemóveis

Suplemento ESPROSER

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economia Vinhos de Mangualde à conquista do mundo Não podia haver melhor forma de comemorar os 50 anos de atividade para a Adega Cooperativa de Mangualde, CRL que conquistar, durante a primeira metade do ano de 2013, cinco medalhas de ouro em vários concursos nacionais e internacionais. Apostando numa nova estratégia de comunicação que procura posicionar os vinhos desta adega num novo patamar de notoriedade, correspondente à qualidade atingida e reconhecida nos últimos anos, a Adega Cooperativa de Mangualde realizou na passada semana um encontro com jornalistas e clientes no restaurante “Cascata de Pedra” onde foi realizada um Publicidade

prova vertical de vinhos, conduzida pelo presidente e enólogo António Mendes e pelo enólogo Jaime Murça, na qual esteve presente João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde e Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola do Dão (CVR Dão), ex-ministro da Agricultura. Na vanguarda da promoção da excelência dos vinhos produzidos em Portugal, esta adega bateu recentemente um recorde em Itália ao atingir as 54 medalhas com o “Castelo de Azurara – Reserva 2010”, vinho tinto do Dão, uma delas de ouro, e arrecadando outra menção ouro com o vinho “Castelo de Azurara Touriga Nacio-

Pedro Morgado

Ouro ∑ Cinco medalhas em seis meses não são obra do acaso mas fruto de bastante trabalho e muita dedicação

nal 2010”, na XIIª edição do Concurso Enológico Internacional “La Selezione del Sindaco” O “Selezione del Sindaco” (a selecção do presidente) é um concurso enológico internacional organizado pela Citta del Vino, congénere italiana da Associação de Municípios Produtores de Vinho (AMPV), que decorreu de 30 de maio a 2 de junho na cidade italiana de Brindisi, tendo como

particularidade o facto de ser o único concurso internacional que contempla a participação conjunta de produtores e municípios e onde esta adega cooperativa se associou ao município que a acolhe, a autarquia de Mangualde. Para além dos prémios internacionais, esta instituição foi ainda distinguida no IV Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão Engarrafados” com duas me-

dalhas de ouro e três de prata, sendo o produtor mais premiado pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão). “Esta adega, uma das maiores da região, foi capaz de criar vinhos com alguma escala, uma vez que falamos de lotes com milhares de litros de vinho, que lhe garantiram prémios altamente prestigiados. Ganhar uma medalha de ouro no concurso de vi-

nhos do Dão é uma coisa muito séria já que seguimos as regras internacionais e temos um júri altamente independente e com provas dadas, maioritariamente formado por gente de fora, enólogos e críticos jornalistas, […] ao mesmo tempo que consegue alcançar as medalhas de ouro no concurso internacional em Itália e a medalha de bronze no concurso nacional Vinhos de Portugal”, realçou Arlindo Cunha. A Adega Cooperativa de Mangualde, constituída a 04 de dezembro de 1963, tem atualmente 751 associados dos quais 364 são associados com os quais trabalha regularmente. Pedro Morgado


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24 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Emília Amaral

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A Evento foi apresentado pela direção do CERV na passada segunda-feira

CERV debate “Dinâmicas de Atratividade Urbana” Conferência ∑ Primeiro iniciativa do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu aproveita época de autárquicas Mais do que promo ver projetos e ideias isoladas aplicadas aos centros urbanos, a pergunta que importa fazer é: qual é o objetivo? Para onde tem de se mobilizar toda uma região? Partindo desta base e num timing que assume não ser inocente, a dois meses das eleições autárquicas, a direção do recém-criado Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV) promove a conferência “Dinâmicas de Atratividade Urbana” esta sexta-feira, dia 26, às 15h00, na Associação Comercial do Distrito de Viseu, no sentido de alertar “quem vai chegar” que “os centros urbanos são a alma das regiões e devem ser cada vez mais uma preocupação para o futuro”, adiantou o presidente do CERV, João CotPublicidade

ta na apresentação do encontro. “O CERV também quer ser um agente promotor de ideias e, nesse sentido, esperamos que esta conferência seja uma fonte de ideias e de oportunidades para que os centros urbanos da nossa região se possam desenvolver e possamos executar boas práticas implementadas noutros locais”, acrescentou. A conferência vai contar com a participação de Carlos Martins, diretor Executivo Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, de Joaquim Pereira, co-autor do livro “ CityMarketing – My Place in XXI— Gestão Estratégica e Marketing de Cidades” e de Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal. “Vamos ter alguém que

vai analisar a atratividade urbana numa perspetiva académica, alguém que vai analisar numa perspetiva de experiência feita e, depois, alguém que vai falar sobre como tirar valor daquilo que é feito, a partir destas dinâmicas urbanas. No fundo [analisar] as três perspetivas: como planear, como fazer e como criar valor dos centros urbanos”, explicou João Cotta, reforçando que a conferência surge para “influenciar no sentido positivo aquilo que os futuros autarcas da região vão fazer nos próximos anos”. Na perspetiva do comércio, o projeto de Guimarães Capital Europeia da Cultura é para o CERV um exemplo a seguir, daí ter sido chamado ao debate. O presidente da As-

sociação Comercial e vice-presidente do CERV, Gualter Mirandez alertou que “o comércio é um fator de estabilidade dos centros urbanos”, mas: “temos que ser mais abrangentes, não nos podemos focar em demasia no comércio, a nossa primeira preocupação – e é o que o CERV está a tentar pôr no calendário – é a capacidade de atração no seu todo”. Uma ideia reforçada pelo diretor do CERV. Jorge Loureiro admitiu que o tema “está no centro das preocupações dos candidatos às câmaras municipais” ao considerar o tempo certo para que “possa ficar alguma coisa para influenciar decisões”. O também vice-presidente do Turismo Centro de Portugal adiantou que

do ponto de vista do produto turístico, “os residentes têm que estar no princípio da cadeia de preocupação” porque só serão bons centros urbanos se forem bons para as pessoas que lá vivem. Jorge Loureiro reforçou a necessidade de “perceber que nem tudo é em Viseu” há outras dinâmicas que devem ser trabalhadas no mesmo rumo e sublinhou a importância de aproveitar o que acon-

teceu em Guimarães: “É preciso que nos mobilizemos todos para um objetivo. Em Guimarães percebemos que toda a mentalidade mudou desde que se trabalhou no mesmo objetivo”. Dinâmicas de atratividade urbana para debater amanhã naquela que é a primeira grande ação do CERV. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Programa

∑ 15:00h - Receção dos participantes ∑ 15:20h - Abertura ∑ 15:30h - Carlos Martins, diretor Executivo Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura ∑ 15:50h - Joaquim Pereira, co-autor do livro “ City-

Marketing – My Place in XXI—Gestão Estratégica e Marketing de Cidades” ∑ 16:10h - Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal ∑ 16:30h - Debate ∑ 16:45h - Encerramento


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 25

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ExpOH com cartaz de peso Decorre de sábado, 24, até dia 4 de agosto a edição 2013 da ExpOH – Feira Regional de Oliveira do Hospital. Tony Carreira é o cabeça de cartaz, o popular cantor subirá ao palco do Parque do Mandanelho no penúltimo dia do certame, a 3 de agosto. Uma vez mais a organização aposta num diversificado cartaz que oferece música para todos os gostos e públicos. No arranque, cabe a Adriana Lua, brasileira com vários discos editados em Portugal, animar o público da região. No segundo dia da Feira Regional será a vez de David Carreira pisar o palco do Parque do Mandanelho, onde apresentará as suas mais recen-

tes canções. O conhecido cantor Quim Barreiros regressa a Oliveira do Hospital quarta-feira, 31. No dia seguinte, primeiro dia de agosto, a noite fica a cargo do Grupo AF – Alta Frequência, num espetáculo já habitual repleto de música, cor e animação. O Grupo AF continua assim a fazer o pleno na ExpOH, já que esteve presente em todas as edições realizadas. Dia 2 de agosto constituirá uma atração especial para os mais jovens, com a prata da casa a prestar provas no concurso municipal Soltem Talentos. A música seguirá pela noite dentro com o DJ Diego Miranda, bem conhecido interna-

DR

Certame ∑ Edição 2013 conta com a presença de Tony Carreira, David Carreira, Diego Miranda e muitos outros artistias, de 24 a 4 de agosto.

cionalmente. Tony Carreira será o centro das atenções no dia 3 de agosto, sábado,

quando brindar o público com um concerto para todas as idades, numa aguardada noite musi-

cal direccionada às famílias. A Festa do Emigrante, realizada em parceria com a Rádio Boa Nova e

a RDP Internacional, encerra o cartaz da ExpOH 2013, com atuações de vários grupos musicais concelhios e uma grande noite de fado. Além dos espetáculos no palco principal do Parque do Mandanelho, de realçar ainda a presença dos gr upos culturais concelhios, como tunas, filarmónicas, ranchos e grupos de cantares tradicionais, que irão animar o palco 2, instalado junto da zona da restauração, durante os nove dias do evento. Destaque ainda para o “Encontro Regional de Concertinas”, no dia 30 de julho, e o espetáculo noturno de Arte Equestre “Emoções Ibéricas”, no dia seguinte.

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Instituto Politécnico de Viseu

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA VISEU ANO LECTIVO: 2013/2015

MESTRADOS

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (CET)

QUALIDADE E TECNOLOGIA ALIMENTAR (5ª Edição)* TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO ANIMAL (2ª Edição)* PÓS-GRADUAÇÃO NUTRIÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR (2ª Edição)*

AGRICULTURA BIOLÓGICA PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL PRODUÇÃO AVÍCOLA TECNOLOGIA ALIMENTAR VITICULTURA E ENOLOGIA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

*1ª Fase de candidaturas: 15/07/2013 a 13/09/2013; *2ª Fase de candidaturas: 23/09/2013 a 18/10/2013

Candidaturas: 1ª Fase de candidaturas: 08/07/2013 a 31/08/2013 2ª Fase de candidaturas: 30/09/2013 a 07/10/2013

Informações[http://www.esav.ipv.pt

Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas, Ranhados, 3500-606 Viseu | Telefone 232 446 600


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26 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

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CÂMARA DE MANGUALDE SIMPLIFICA PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PARQUE DE CAMPISMO DE MOIMENTA DA BEIRA ABRE PORTAS O parque de campismo da Barragem de Vilar, Moimenta da Beira, abriu as portas a 15 de julho.O complexo, situado à entrada do bairro da barragem e próximo da albufeira do Távora, inclui um parque de merendas, um parque infantil, duas piscinas, um campo de voleibol de praia, um polivalente desportivo e um parque de caravanismo. O recinto alberga ainda dois edifícios destinados a instalações sanitárias, balneários, zona de lavagem de roupa e louça, vestiários, servindo um deles de apoio ao campo de jogos e às piscinas, entre outras valências. EA Publicidade

Alterações recentes no Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social

DR

A Câmara de Mangualde tem em funcionamento um Sistema de Gestão Documental que visa reduzir o uso de papel como suporte de informação e arquivo e potenciar um aumento de produtividade e qualidade no atendimento ao munícipe. “O município, tendo em vista uma gestão pública mais eficaz, determinou a desmaterialização documental, transitando os documentos recebidos e produzidos para o novo sistema”, refere uma nota de imprensa da autarquia. Este sistema, que está a funcionar desde segundafeira, integra o processo de modernização administrativa que a Câmara tem vindo a desenvolver e “possibilita a desburocratização de procedimentos tendo em vista uma maior celeridade dos processos”. Lusa

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

A O certame contou com mais de uma centena de expositores

Aguiar da Beira juntou atividade económica e cultura durante quatro dias Evento∑ XII Feira das Atividades Económicas Cerca de 120 expositores participaram na XII Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira, que decorreu de 18 a 21 de julho. O certame apresentou-se com um programa para quatro dias composto pela representação de toda a atividade económica do concelho, do artesanato ao turismo rural, juntamente com concertos e espetáculos musicais. A Câmara Municipal, entidade organizadora

do certame destacou o Cortejo Etnográfico como um dos pontos altos do evento. O desfile teve a participação das 13 freguesias de Aguiar da Beira e das instituições de solidariedade social do concelho. Na quinta-feira, atuou a orquestra A.D.R.C. de Aguiar da Beira. Na sexta-feira, dia 19, o destaque em palco foi para o concerto dos Deolinda. No Sábado houve folclore seguido da atuação de Ana Malhoa e do orga-

nista Novo Ritmo. O último dia de feira, 21 de julho teve em palco o grupo de concertinas Clave de Sol e o grupo de Viseu HI-FI. Para a autarquia a Feira das Atividades Económicas é, por um lado, a forma encontrada para permitir às pessoas exporem o seu trabalho desenvolvido no concelho e, por outro, uma receção ao emigrante “antecipandose às festas de verão”. Emília Amaral

Uma portaria publicada ainda pelo ex-ministro das Finanças Dr. Vítor Gaspar e pelo ministro da Segurança Social Dr. Pedro Mota Soares (portaria nº 216-A/2013, de 2 de julho), determinou que, a partir de 3 de julho deste ano, sejam investidos em dívida pública portuguesa até 90% das verbas do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Trata-se de uma medida no mínimo “polémica”, que contraria alguns dos princípios mais básicos de investimento nos mercados financeiros… O FEFSS constitui um fundo, criado em 1989, com o intuito de garantir a estabilidade do pagamento de pensões, dispondo de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Desde 2002, parte dos descontos dos trabalhadores é canalizada para este fundo com o objetivo de criar uma “almofada” financeira que permita acautelar o pagamento de pensões por um período mínimo de dois anos. O Fundo é gerido pelo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS), obedecendo a sua gestão (pelo menos em teoria!) a um princípio de diversificação e a um conjunto de limites ao investimento. De entre esses limites ao investimento contava-se, até à publicação da portaria referida anteriormente, a obrigatoriedade do fundo apresentar uma quota mínima de 50% de investimento em títulos de dívida pública portuguesa, quota mínima essa que passou agora para os 90%. Apesar dos motivos apontados pelos responsáveis pela publicação desta portaria para justificar esta alteração (nomeadamente os níveis de taxas de juro particularmente “deprimidos” que os títulos de dívida pública dos Estados membros da OCDE em que o fundo investia e a imposi-

Ilídio Silva Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu isilva@estv.ipv.pt

ção resultante do Programa de Assistência Económica e Financeira), o que é facto é que esta medida não tem em conta alguns dos princípios mais básicos do investimento em mercados financeiros: a relação inversa entre rentabilidade/risco (se um investidor pretender aplicar as suas poupanças num produto financeiro com maior rentabilidade, deverá com certeza estar disposto a assumir também um maior risco; por outro lado, se um investidor não quiser investir em produtos financeiros com um risco elevado, então deverá estar disposto a obter uma rentabilidade menor) e a diversificação das aplicações (em vez de colocarmos todos os ovos que dispomos numa mesma cesta, devemos colocá-los em diversas cestas; deste modo, mesmo que uma ou duas cestas caiam ao chão e os ovos se partam, ainda continuamos a dispor dos ovos das outras cestas). Efetivamente, se a intenção desta alteração na política de investimento do FEFSS é tentar melhorar a rentabilidade dos ativos que detém, ao investir-se uma percentagem tão grande da sua carteira em títulos de dívida pública nacional está a expor-se o fundo a um risco demasiado elevado (se as avaliações do risco da dívida pública portuguesa já não eram muito favoráveis, em função do desempenho dececionante da execução orçamental, a atual crise política só veio agravar ainda mais a situação). Além disso, ao concentrar-se de forma tão acentuada os ativos do fundo em dívida pública portuguesa, uma evolução menos favorável destes títulos não só tem efeitos muito negativos na rentabilidade do fundo, como também poderá por em causa a própria finalidade da criação do fundo – assegurar a cobertura das despesas com pensões por um período mínimo de dois anos.



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desporto Futebol

DR

Futebol

João Alves no Académico O Académico de Viseu continua no mercado e assegurou um reforço sonante ao contrata r o i nternacional português João Alves. O médio está de regresso ao futebol nacional depois de ter estado ao serviço dos cipriotas do Omonia. O jogador de 32 anos, for m ado no Ch aves , passou também pelo SC Braga, Sporting e Vitória de Guimarães e faz agora parte das opções de Filipe Moreira. As atenções estão agora viradas para um Publicidade

p ont a - de -l a nç a q ue possa reforçar a equipa academista, numa altura em que também se fala da hipótese de contratação do lateral esquerdo Marco Lança, ex-Santa Clara. Este sábado, no Fontelo, joga-se a primeira jornada da Taça da Liga com o Académico a receber o Atlético, em pa r tida ma rcada para as 17h00. Quarta-feira, volta a jogar em casa com o Leixões, partida a contar para a segunda jornada. MC

“Não gostei, estou desiludido com a equipa, esperava uma equipa mais agressiva, mais pressionante, com outra dinâmica”. Este foi o desabafo de Vítor Paneira na conferência de imprensa, após o jogo de apresentação do plantel, frente ao Arouca, no passado sábado, no Estádio João Cardoso, em Tondela. A exibição não agradou ao treinador. A uma semana da primeira jornada da Taça da Liga, Vítor Paneira não esperava que a formação tondelense cometesse “erros primários que se aprendem na formação, nas escolinhas”, como o próprio afirmou. Foi evidente a superioridade do Arouca, recémpromovido à I Liga portuguesa de futebol. O Tondela até entrou bem e marcou primeiro, de penálti, com um golo de Piojo, mas os comandados de Pedro Emanuel rapidamente tomaram as rédeas do jogo e colocaram a nu algumas debilidades do Tondela. Falta gente na frente, problema que pode ser resolvido com a entrada de novos jogadores para a frente de ataque. Na apresentação, o presidente Gilberto Coimbra fez saber que durante esta semana deverão ser apresentados novos reforços, e que Vítor Paneira

CD Tondela

Agora já vai ser a doer

A

Apresentação oficial aos sócios terminou em derrota frente ao Arouca (1-3) e com Vítor Paneira a não gostar dos erros dos seus jogadores afirmou serem “três jogadores do meio campo para a frente”. Até ao fecho desta edição o clube, oficialmente, ainda não havia anunciado nenhum reforço, apenas tendo avançado a saída do médio Fábio Lopes que rescindiu o contrato que o vinculava ao clube até 2014. Este sábado começam os jogos “a doer” com a primeira jornada da Taça da Liga. A formação de Vítor Paneira defronta, em casa, o Desportivo das Aves, equipa que na época passada garantiu a quinta posição. Na próxima quartafeira, 31, segunda jornada, com o Tondela a viajar até aos Açores para defrontar o Santa Clara. Vítor Paneira, no lançamento a estas partidas, diz que a equipa vai ter que “entrar muito bem na Taça da Liga, com vontade de

vencer, com outra atitude, outra dinâmica e outra solidariedade, que não tem havido na equipa”. Na conferência de imprensa o técnico deixou ainda mais uma crítica aos

seus jogadores, afirmando que a pré-época foi “das vedetas” e que “vamos entrar agora na Taça da Liga e dos Campeões”. Micaela Costa

Época 2013/2014

∑ Equipa técnica

Vítor Paneira – Treinador Carlos Rego – Treinador adjunto André Mota – Treinador adjunto André Rafael – Preparador físico Paulo Cadete – Treinador do guarda-redes

∑ Plantel

Cláudio Ramos – Guarda-redes Armando – Guarda-redes R icardo Andrade – Guarda-redes Pedrosa – Defesa

Pica – Defesa Deyvison – Defesa Carlos André – Defesa Edson – Defesa João Vicente – Defesa Palmeira – Defesa Pedro Araújo – Defesa Fábio Pacheco – Médio Tiago Barros – Médio Márcio Sousa – Médio Calé – Médio Boubacar – Médio Ericson – Médio Jô – Avançado Piojo – Avançado Amuneke – Avançado Dally – Avançado Rúben Silvestre – Avançado


MODALIDADES | DESPORTO 29

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Futebol

O Lusitano de Vildemoinhos já começou a treinar. É a pré-época dos trambelos de preparação para a estreia no novo Campeonato Nacional de Seniores. Rui Cordeiro, que cont i nu a como técn ico, conta com um plantel com algumas caras novas e 13 renovações. Ficam da época passada os jogadores: Guilher-

me Maló, Miguel Lourenço, Fernando Belo, M a rco Toipa , Néné , Frank, João Faro, Tiago Henriques, Hugo Pires, Rui Madeira, Álvaro Dias, Diogo Braz e Luís Costa. Segunda-feira, 29, a equipa senior de Vildemoinhos f ica a con hecer o ca lendá rio do Ca mpeon ato Naciona l de Seniores,

bem como a equipa que irá defrontar na 1ª Eliminatória da Taça de Portugal. Recordese que já tinha sido divulgado que o Lusitano fará parte da série D do novo campeonato da Federação Port u g ue sa de F uteb ol , onde estará também o Cinfães, o outro clube de Viseu neste campeonato. MC Publicidade

Atletismo

O atleta mangualdense, Vitor Salvador, sagrou-se campeão nacional de veteranos ao vencer o Campeonato Nacional de Veteranos de Pista Aberta, na categoria de M40, que decorreu no passado dia 13, no Luso. Na prova, que consiste em fazer 3000 metros obstáculos, participaram 25 atletas de diversas categorias. Vitor Salvador representa a Associação Senhora do Desterro de São Romão, é natural de Mangualde e tem 42 anos. Ficou em quarto

DR

Atleta mangualdense é campeão nacional

lugar na geral e em 2013 foi já vice-campeão de corta-mato, campeão de estrada 15 Km e alcançou o terceiro lugar no Campeonato Nacional de Veteranos de Pista Coberta.

Karting

O piloto de Lafões vai marcar presença na Expofacic em Cantanhede, certame que apresenta este ano e pela primeira vez um espaço dedicado à modalidade do Karting. A pista de Karting montada numa área de 1800 metros quadrados é uma das novidades deste ano e está localizada junto à entrada de São João, onde diariamente estarão cerca de 20 karts de aluguer a cargo do Kartódromo de Oiã. Rodrigo Correia, fará

DR

Rodrigo Correia na Expofacic

as suas “demonstrações” sábado, pelas 21h00, domingo dpelas 17h00 e dia 3 de Agosto pelas 16h00. MC

Lusitano FC

Trambelos já trabalham para a nova época


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culturas Arcas da memória

expos

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA

Projeto internacional de curtas chegou a Viseu

Até 31 de julho, a exposição de artesanato, “Bel’Arte”, de Anabela Gomes ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até 3o de agosto, a exposiçãode fotografia, “Rios de Vida”, de João Cosme OLIVEIRA DE FRADES ∑ Biblioteca Municipal Até 30 de agosto, a exposição de peças decorativas “Um Toque de Imagina-

ção”, de Edna Alvim. VISEU ∑ Palácio do Gelo De 13 a 26 de julho, a exposição de 25 fotos dos princi-

pais pontos de interesse da cidade, numa “uma visão do antes e do depois” SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até 31 de julho, a exposição de pintura, “A Diversidade da Arte”, de Hugo Almeida

ShortCutz∑ Na mostra de curtas-metragens serão transmitidos filmes realizados por viseenses, realizadores nacionais e internacionais Depois de “nascer” em Lisboa, ter conquistado o Porto, Londres, Amesterdão, Barcelona e outras cidades europeias, o projeto internacional de divulgação de curtas-metragens está desde a passada sexta-feira em Viseu. “Esta é a forma mais conhecida em Portugal de divulgação das curtas, e uma das formas preferenciais dos realizadores para divulgarem os seus trabalhos”, explicou Carlos Salvador, um dos responsáveis por trazer o projeto para Viseu. A ShortCutz reúne u m conju nto de curtas-metragens que podem ser visionadas por todos os que, pelo menos até ao início de outubro, visitarem os jardins da Empório, morada de verão do evento. De quinze em quinze dias, com a próxima sessão marcada para sexta-feira, 2 de agosto, são projetadas duas curtas em competição, uma curta/projeto/realizador convidado e ainda uma curta estrangeira. Na primeira sessão mais de 50 pessoas marcaram presença num projeto que promete divulgar não só

Micaela Costa

∑ Posto de Turismo

projetos nacionais e internacionais como filmes realizados por viseenses. “Vamos ter vários filmes de realizadores viseenses”, adiantou Carlos Salvador. Luis Belo, é o outro responsável por trazer a Short Cutz para Viseu. Esta já não é a primeira aventura do viseense no mundo das curtas. Para além de ter vencido o concurso dinamizado pela escola Mariana Seixas, foi o criador das Curtas ao Tanque, projeto que no verão passado transmitiu filmes no local que agora serve de casa para as ShortCutz. “Deixámos as Curtas ao Tanque e passámos para este conceito mais alargado, que nos dá outras coisas, como por exemplo, acesso ao catálogo de todas as curtas, de todas as cidades onde há ShortCutz, o que possibilita oferecer, a quem nos visita, uma seleção de curtas que de outra forma

não conseguiríamos”. A ShortCutz Viseu tem contado com várias parcerias que tornam possível a realização deste projeto. “A Empório como residência de verão do evento, o restaurante Lanxeirão com as refeições para convidados de fora e o hotel Grão Vasco, têm sido parceiros fundamentais para que possamos dar aos viseenses o que de melhor se faz nas curtas”. Este projeto, que não tem quaisquer lucros financeiros, uma vez que as entradas são gratuitas, carece de algum material importante à transmissão dos filmes. Agora, e para que todos tenham as melhores condições, só fica a faltar um projetor, uma tela e colunas que, como explicou Carlos Salvador, “têm sido amavelmente emprestados”.

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h30, 23h50* Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h20 WWZ: Guerra Mundial 2D (M16) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h20, 16h45, 19h10 Monstros: A Universidade VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h30* WWZ: Guerra Mundial (M16) (Digital) Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20, 21h00, 23h20* Turbo 2D

(M6) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 00h00* Wolverine (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h20* Batalha do Pacífico (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 00h00* Wolverine (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h50, 00h10* As vidas de Artur (CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h40, 16h00, 18h20 Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)

Micaela Costa

Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h05, 21h50, 00h25 Depois da Terra (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h20, 15h55, 18h30, 21h20, 00h05 Mestres da ilusão (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h15, 18h45

“O homem que plantava árvores” Chamava-se Elzéard Bouffier e ninguém saberia da exemplar saga deste homem, humílimo, persistente, herói de seu dia a dia, se não fora o precioso livro de Jean Giono – O Homem que Plantava Árvores – que eu li como leio sempre O Principezinho ou o Cântico dos Cânticos na sua densidade poética e de sonho. O título do livro resume, todavia, de uma forma bela, a biografia deste homem que perdeu ainda novo o único filho e a esposa e depois se retira com trinta ovelhas e um pacífico cão para uma inóspita encosta que dos Alpes desce para a Provença onde deu um sentido novo à sua vida, dádiva da natureza ou da Providência, em que parece crer, e que ele retribui, generoso até ao limite, plantando de vida a montanha onde as aldeias tinham sido abandonadas, onde os ribeiros tinham deixado de correr. Elzéard Bouffier levantava-se com a alva, confiava ao cão a guarda das ovelhas e lá ia subindo a serra, cada dia mais longe, enterrando as glandes dos carvalhos que seleccionara antes de adormecer. Nem todas as sementes nasciam, nem todas escapavam à seca ou aos roedores. Persistiu. Breve eram dez mil as pequenas árvores sobreviventes. Depois plantou faias. E áceres que não se adaptaram. E bétulas. E a montanha voltou a ter a cor verde e cinza da Primavera e a cor castanha dos Outonos. Os ribeiros secos começaram de

Turbo 3D (M6) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

novo a correr. Veio gente habitar outra vez as aldeias onde se refizeram os muros das casas, das hortas, da capela. Nasceram outra vez as flores. Sentiu-se o cheiro da alfazema nos canteiros. Elzéard Bouffier continuou o seu projecto enquanto a saúde lho permitiu. Morreu tranquilo em 1947. Deixava uma das mais sublimes heranças do nosso tempo!... Quando li este livro lembrei-me do exemplo de meu pai. A sua biografia também é curta. Lavrou terras onde cresceu o pão com que eu cresci. Foi também plantador de árvores. Lembro-me dos renques de macieiras que cresceram junto aos ribeiros da Quinta do Valbom. Das maçãs camoesas, bravo de Esmolfe, das inverniças, que outro nome não lhe dávamos e que eu saboreava, assadas, nas férias do Natal, e as cabaçais, e a doçura destas maçãs que a minha mãe repartia pelos vizinhos. E os pessegueiros que semeava pela vinha. E aquela cor da flor dos pessegueiros, a primeira que trazia a Primavera. E as figueiras da borda da vinha. E até uma roseira onde ele colhia rosas que levava a minha mãe, onde eu colhi também pétalas de rosa que espalhei ao vento e não sei bem se caíram sobre os cabelos de alguém. E as mimosas que eu plantei. E o destino que não fez de mim um lavrador!...

Estreia da semana

Sessões diárias às 21h00, 23h55 Batalha do Pacífico (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40, 21h30, 00h15 Miudos e Graúdos 2 (CB) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

Wolverine– Wolverine decide viajar até ao Japão para procurar respostas para as várias perguntas que tem sobre o seu passado.


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culturas O som e a fúria

Destaque

Já são conhecidos os vencedores do festival de curtas-metragens, Vista Curta, organizado pelo Cine Clube de Viseu e Empório. Dos quase 60 trabalhos a concurso foram 16 os comtemplados para se submeterem à apreciação do júri constituido por Nicolau Tudela, Teresa Eça e Joaquim Alexandre Rodrigues. O filme “Negro” de Jérémy Pouivet (2012), foi o vencedor da categoria melhor filme Vistacurta 2013. Negro, conduz o espéctador por uma viagem alucinante pela consciência de um homem, que sofre com a perda da sua filha e que o leva a uma vida rodeada de maus hábitos e angústia. É quase como uma espécie de dedicatória a todos aqueles que contemplam o negro, da noite. Na categoria escolar, cujo prémio reverte para a escola e não para os autores, o vencedor foi “A Lenda da Cabicanca”, de Carlos Pais e dos alunos do 6º A (2010/11)

Paulo Neto

O filme “Negro” vence Vistacurta 2013

da Escola Básica Padre José Augusto da Fonseca em Aguiar da Beira. A curta “A Lenda da Cabicanca” é uma história que os habitantes de Aguiar da Beira gostam de contar e que, de certo modo, é um dos seus emblemas. “Um dia uma ave nunca antes vista sobrevoava Aguiar da Beira…”. Com a ave chega o medo e para

o combater surge um herói pouco vulgar”. Na categoria de melhordocumentário o grande vencedor foi “Rua Direita, nº15”, de Hugo Santos (2013). O documentário retrata a arte de cortar e coser tecido, que há cerca de cinquenta anos se exerce no nº 15 da Rua Direita. Entre o novo e o antigo “fun-

dem-se as tendências e tradições”. O prémio para melhor ficção foi para Joana Beja Silva com “Ver de Ténue” (2013), que conta a história de Isabel, uma mulher consumida pela loucura e que vive para Fernando, o seu único amor. Tomando como espaço um Hospício, Verde Ténue é a visão de Isabel, presa a uma rotina que não a permite percepcionar com coerência a realidade, vendo Fernando como relógio humano que marca a passagem dos dias. Por último o melhor filme experimental foi ganho por Ana Seia Matos (2013) com “[NADA] ANDA”. E que como a própria explicou, são “imagens que ilustram a minha interpretação do que uma das grandes potências europeias, a Alemanha, acha que devemos fazer e do que acha que, por outro lado, nos devemos abster. Trata de identidade, a nossa, a minha.” Micaela Costa

Cinema “O Tesouro”, um filme de Gonçalo Silva e de Marcantonio Del Carlo, que conta com a participação dos atores Nuno Melo, Nuno Pardal, Diogo Lopes, Joaquim Nicolau, José Martins e Sara Barros Leitão, vai ser rodado no concelho de S. João da Pesqueira nos dias 2, 3 e 4 de agosto. A curta-metragem baseada no conto homónimo de Eça de Queirós surgiu no âmbito de um ciclo de

Arquivo

Filme “O Tesouro” rodado em S. João da Pesqueira

quatro curtas-metragens que serão rodadas no Douro, com o objetivo de revelar ao mundo a região e as suas gentes.

O filme vai ser exibido no Brasil, Alemanha e Itália. Marcantonio Del Carlo anunciou no domingo, durante a apre-

sentação do projeto, que a antestreia vai acontecer em S. João da Pesqueira, a 30 de agosto, integrada na Vindouro - Feira de Vinhos do Douro. “O Tesouro” é um filme de aventura em que os atores contracenam com os habitantes de S. João da Pesqueira. Para tal decorreu já um casting em que participaram cerca de 60 habitantes do concelho, no Cineteatro João Costa. EA

Maria da Graça Canto Moniz

Para Roma com amor Woody Allen tem já um lu- Pelo caminho diverte-nos. Este filme traz-nos várias gar cativo na lista das maiores referências cinematográ- personagens que, tal como ficas a nível internacional. em muitos filmes do realizaExplorando o fetiche ameri- dor, se encontram, de uma cano pelas grandes cidades forma ou de outra, mais ou europeias, e depois de “Ma- menos insatisfeitos com a tch Point”, “Vicky Cristina vida que levam. A insatisBarcelona” e “Meia-Noite em fação é, aliás, para o realizaParis”, Woody decidiu filmar dor a principal característica as esguias e sinuosas ruas de humana; é a última frustraRoma em “Para Roma, com ção, aquilo que nos impede Amor”. É muito fácil cair num de parar, de nos estabelecerlugar-comum quando fala- mos e de nos contentarmos mos sobre este realizador. E com o que de precioso já posisso pode acontecer quando suímos. Na procura da feliusamos adjetivos como “neu- cidade, nós, tal como Antorótico” ou “brilhante”, como a nio (Alessandro Tiberi), Jack partir de expressões do tipo: (Jesse Eisenberg), Giancarlo “um filme fraco de Woody é (Fabio Armiliato) e Leopolmelhor do que a média dos do (Roberto Benigni), preferioutros cineastas.” Ora, é isso mos a imponência do Coliseu, que sucede com “Para Roma, quando deveríamos vaguear com Amor”: é simplesmen- pelas ruas tortuosas e menos te um filme superior à maior conhecidas de Roma, como o parte das comédias que che- diz, a certa altura, John (Alec garam aos cinemas nos últi- Baldwin).“Para Roma, Com Amor” não é nenhum “Anmos tempos. A comédia romântica é nie Hall” ou “Manhattan”, o género onde Woody se nem chega a ser tão magnémove com grande facilidade tico como o recente “Meiae isso nota-se facilmente nes- Noite em Paris”. No entanto, te filme, não só pela ligeireza é um filme muito bom. Acicomo consegue abordar as ma de tudo, tem como princonstantes dificuldades das cipal trunfo uma mensagem relações humanas, mas tam- quetemtantodeactual,como bém pelo bom humor que in- de rico e profundo. Apesar de cute a todas as temáticas que poder ter sido filmado com compõem o filme. O talento maior rigor técnico (é frede Allen reside na sua capaci- quente vermos figurantes a dade avassaladora como ob- olhar directamente para a câservador. Observa homens, mara, por exemplo, ou sentirobserva mulheres e obser- mos a câmara a tremer viova cidades, descrevendo nos lentamente durante planos seus filmes, com um talen- da cidade de Roma), é imposto ímpar, a essência de cada sível encarar com indiferença um destes três intervenientes. a trama que organicamente Woody Allen conta as histó- se vai construindo. Woody rias de que gosta, como gosta. Allen did it again!

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Jornal do Centro 25 | julho | 2013

culturas Artes

Destaque

Artesão de Penedono é o melhor a nível nacional

Já arrancou a terceira edição dos Jardins Efémeros

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uma força de alerta contra esse perigo, ao mesmo tempo que vê reconhecido o seu trabalho de artesão e o artesanato em junça da Beselga. “Ceira Filtro de Azeite em Junça”, foi considerada pelo júri, a melhor obra artesanal presente no concurso da FIA Lisboa 2013. EA

Está a decorrer, desde segunda-feira, e até 28 a terceira edição dos Jardins Efémeros. O evento, conta este ano com uma programação mais alargada, sete dias e sete noites. Também o espaço se “esticou” e este ano as ruas Direita, Formosa e do Comércio, assim como o Mercado 2 de Maio e o Adro da Sé são invadidos por um cenário verde e florido. O evento tem como objetivo divulgar e dar à cidade as múltiplas manifestações culturais como

o teatro, pintura, dança, instalações multimédia, música, gastronomia, cinema, conferências, literatura e fotografia. O centro da cidade transforma-se num verdadeiro jardim gigante e nesta edição nem uma cascata faltou. A par de todas as atividades culturais esta terceira edição contou ainda com a “preciosa” ajuda da arquitéta Joana Astolfi que fez algumas intervenções em lojas da Rua Direita. Micaela Costa

Micaela Costa

Evento∑ A zona histórica é durante sete dias e sete noites invadida por música e muita arte

DR

O artesão de Penedono, Ilídio Serôdio venceu o Prémio Nacional de Artesanato da FIA Lisboa com a obra da sua autoria “Ceira Filtro de Azeite em Junça”. A edição deste ano do prémio da Feira Internacional de Artesanato (FIA) foi subordinada ao tema “Entrelaçar – As artes de trabalhar e entrelaçar fibras vegetais”, como forma de alertar que se trata de um subsetor artesanal particularmente ameaçado pela concorrência de produtos similares importados e de baixo preço e carenciado de projetos de inovação”, revelou a organização. Ilídio Serôdio com a ceira de azeite em junça pode agora ser

A Centro histórico é até domingo um jardim gigante


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em foco 23ª edição do Tom de Festa

Primeiro Festival de Jazz de Viseu, organizado pela Associação Gira Sol Azul, decorreu ao longo de quatro dias em diferentes locais da cidade.

Igual a si próprio o Tom de Festa voltou a proporcionar momentos únicos em Tondela, através da organização da ACERT. O festival levou à cidade músicas do mundo e um conjunto de outras atividades, nomeadamente, uma feira de produtos locais, um festival de curtas e uma exposição de fotografia.

Emília Amaral

Micaela Costa

Pedro Morgado

Paulo Neto

1º festival de Jazz de Viseu

Realizou-se na passada sexta-feira na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu (APPACDM) a festa portuguesa que contou com as atuações de Carlos Peninha, o grupo GiraFoles, Carlos Clara Gomes, Carla Linhares & Carlos Viçoso e o Grupo de Concertinas.

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Pedro Morgado

Festa Portuguesa na APPACDM


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25 | julho | 2013

em foco Exposição de motas clåssicas de Lamosa Mais de duas centenas e meia de motociclos de todos os tipos vindos de toda a região juntaram-se na Zona Social e Desportiva de Lamosa. Com excelente organização, bar aberto, muitas animação e muita gente, este convívio saldou-se por um êxito que deixou muita marca de saudade em todos quantos, uma vez na vida, usaram este meio de transporte tão popular e pråtico.

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25 | julho | 2013

saúde e bem-estar Mais desporto e saúde em Sátão A Câ ma ra de Sátão vai realizar mais uma edição do evento “Sátão com Desporto e Saúde”, este sábad o , d i a 2 7, à s 1 8 h 3 0 , no l a r go d a fei r a de Ladário, na freguesia de São Miguel de Vila Boa. Do programa constam várias atividades. Uma caminhada, uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio d a o b e s id a d e c o m a ava l i a ç ã o d a te n s ã o a r teria l, glicém ia e índice de massa corporal, realizados por técnicos especializados d a Un id ade Mó vel de Saúde. Tr a t a - s e d e m a i s uma iniciativa do município que pretende

i ncent iva r a s pesso a s pa ra a pr át ic a do de spor to ao a r l iv re e pa ra os seus bene fícios na saúde. O evento é gratuito e será disponibilizado transporte gratuito no Largo de S. B er n a rdo, em Sátão, às 18h 15 . Se as cond i ç õ e s c l i m a té r i c a s não forem propícias, a d at a de rea l i z aç ão do evento s erá a lte rada. Para mais informações, os interessados devem contactar o Gabi nete de Desp o r to d o M u n i c ípi o d e S á t ã o a t r a vé s d o n ú m e r o d e t e l e fo n e 23 29 8 0 8 0 0 e cor reio eletrónico desporto@ cm-satao.pt.

Mangualde associa-se à campanha “Brincar e Nadar em Segurança” Objetivo∑ Alertar os pais e assim diminuir os riscos de acidentes nas piscinas O Ce ntro de Informação Autárquico ao Consumidor (CIAC) de Mangualde associou-se à campanha “Brincar e nadar em segurança” da Direção-Geral do Consumidor, como forma de alertar os pais e educadores para a adoção de procedimentos e de comportamentos que ajudem a diminuir os riscos de acidentes nas piscinas e a divulgar a norma portuguesa sobre requisi-

tos de segurança de vedações e acessos. A Direção-Geral do Consumidor é extensa nas recomendações deixadas através da campanha, mas reforça um apelo con-

siderado básico: “nenhum equipamento de segurança substitui a vigilância”. O alerta é para manter as crianças sob a vigilância permanente e efetiva de um adulto.

CAMPANHA CONTRA DOENÇA VENOSA CRÓNICA Estima-se que cerca de dois milhões de mulheres portuguesas, com mais de 30 anos, sofram de doença venosa crónica e que grande parte da população portuguesa ainda desconheça os principais sintomas e sinais subjacentes à doença, desvalorizando as suas consequências e encarando-a unicamente do ponto de vista estético. O número é avançado pela Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, entidade que está a promover a segunda fase da campanha “Veias Saudáveis?”. A mesma tem como objetivo promover o diagnóstico e tratamento precoce da doença e está presente em todas as instituições dos cuidados de saúde primários do país, até setembro.


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36 SAÚDE

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Opinião

Apneia do sono: problema grave de saúde pública (I) O que é a apneia do sono? A apneia do sono caracteriza-se por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores, que condicionam uma ausência (apneia) ou redução importante (hipopneia) do fluxo oro nasal. Resulta numa incapacidade para manter a permeabilidade da via aérea durante o sono, devido ao colapso da faringe no decurso da inspiração favorecido pela perda de tónus

muscular dos músculos da faringe. Estes episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior provocam queda na saturação da oxihemoglobina e despertares transitórios, levando a uma fragmentação do sono, com diminuição ou mesmo ausência do sono profundo, ocasionando um sono de má qualidade, não reparador. Enquanto na apneia há uma obstrução completa do

fluxo aéreo oro nasal com duração igual ou superior a dez segundos, na hipopneia há uma diminuição do fluxo de 30% ou mais, com igual duração, acompanhada de queda da saturação de oxigénio igual ou superior a 3%. Ambas as situações têm consequências de maior ou menor gravidade para o doente de acordo com o número e a duração dos eventos. A Síndrome de Apneia

Obstrutiva do Sono (SAOS) é a causa mais frequente de hipersonolência diurna subdiagnosticada. Calcula-se que a sua prevalência na população em geral seja cerca de 7%. O excesso de peso, o consumo de álcool antes de dormir, o uso de sedativos que, além de interferirem com as fases do sono, diminuem como o álcool a permeabilidade da via aérea e algumas patologias como o hipotiroidis-

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mo, constituem importantes fatores de risco.

Elevado risco para SAOS. Há grupos identificados como de elevado risco para SAOS, devendo a sua abordagem diagnóstica e terapêutica ser prioritária. Indivíduos obesos, sexo masculino, mulher pós menopausa, tendência familiar ou genética, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, sobretudo quando responde mal aos anti hi-

Simões Torres Pneumologista Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão

pertensores, diabetes, alterações do ritmo cardíaco, AVC, profissões de elevado risco de acidentes laborais e rodoviários, entre outros, devem merecer atenção mais cuidada. (Continua no próximo artigo)


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CLASSIFICADOS 37

25 | julho | 2013

EMPREGO Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Ajudante de cozinha Ref. 588108766 – São Pedro do Sul Pretende-se ajudante de cozinha.

Pretende-se cozinheira com experiência. Mecânico de máquinas agrícolas Ref. 588108771 – Castro Daire Mecânico de máquinas agrícolas com ou sem experiência.

Cozinheira Ref. 588125974 – São Pedro do Sul

Soldador Ref. 588125836 – Oliveira de Frades Pretendem-se jovens com o 12º ano, nível 4, para soldadura, com possibilidade de trabalhar por turnos.

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Eletromecânico de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela Servente florestal Ref. 588103953 – Tondela Candidato com ou sem experiência para trabalhos em serração de madeira.

Motosserrista Ref. 588110820 – Mortágua Pretende-se pessoa com mínimo de 12 meses de experiência. Cortador de carnes Ref. 588127890 – Tondela

Engenheiro civil Ref. 588126549 – Mortágua Ladrilhador (azulejador) Ref. 588126350 – Carregal do Sal Experiência como ladrilhador.

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Calceteiro Ref. 588085625- Tempo Completo Mangualde

Cozinheiro Ref. 588127361 - Tempo Completo - Viseu

Operador de Registo de Dados Ref. 588119967 - Tempo Completo Viseu

Cozinheiro Ref. 588095989 – Tempo Completo – Penalva do Castelo

Pedreiro Ref. 588111207- Tempo Completo Viseu

Vendedor ao Domicílio Ref. 588123061- Tempo Parcial – Viseu

Cozinheiro Ref. 588100986 - Tempo Completo - Viseu

Operário fabril Ref. 588112628- Tempo Completo – Sátão

Cabeleireiro Ref. 588124235 - Tempo Completo - Viseu

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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38 CLASSIFICADOS

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INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIO Augusto Monteiro, 90 anos, casado. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 2ª Publicação

1ª Publicação

Maria de Assunção Pereira, 86 anos, viúva. Natural e residente em Contenças de Baixo. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. José Augusto Jesus, 65 anos, casado. Natural e residente em Roda, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 Emília Fontes Laranjeira, 91 anos, viúva. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 22 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agostinho de Oliveira, 89 anos, viúvo. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Abel Pereira, 80 anos, viúvo. Natural de Santiago de Piães, Cinfães e residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 11.00 horas, para o cemitério de São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia. Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503 Fernando Lourenço, 91 anos, casado. Natural e residente em Bodiosa a Nova, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa. Manuel Alves Peixoto Carvalho, 70 anos, casado. Natural de Ancede, Baião e residente no Rio de Janeiro, Brasil. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. José António Figueiredo de Almeida, 34 anos, solteiro. Natural e residente em Sul, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 24 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Sul. Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda. S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

Manuel Maria Correia, 98 anos, viúvo. Natural e residente em Pindelo de Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros. Ana Maria da Cruz Serra Baptista Valverde, 62 anos, casada. Natural de Coimbra e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Viseu. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Maria do Nascimento Costa, 91 anos. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de julho, pelas 10.30 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria José Sares Marques Monteiro, 69 anos, casada. Residente em Cavernães. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 9.00 horas, para o cemitério local.

(Jornal do Centro - N.º 593 de 25.07.2013)

João Oliveira de Sousa, 82 anos, casado. Residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. Maria Helena de Jesus dos Santos, 70 anos, casada. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vildemoinhos. Alexandre Rodrigues Martins, 50 anos, solteiro. Residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 20 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Bodiosa. Jorge António das Neves Calisto Cerqueira, 61 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de julho, pelas 16.30 horas, para o crematório de Viseu. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131


Jornal do Centro 25 | julho | 2013

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

HÁ UM ANO

Desacordo autarcográfico

EDIÇÃO 541 54 | 277 DE JJULHO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 27 de julho a 2 de agosto de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA

nho esperança que me dê algumas … creditações, como ao sr. “doutor” Relvas. Mas, calc u l ados i n t e r e s s e (s) d e u n s p a r t id o s , c ó modo desinteresse de out ros e , t a lvez , responsabilidade limitad a d a pre sidênc i a d a A ssembleia da República (AR), esta, a AR, também f icou “muda”, não promovendo nem re c t i f ic aç ão nem i n te r pre t a ç ã o d a lei . E assim, vai, com certeza (ai vai, vai,…), aparecer por aí um rol sem limites de outras teorias. Por exemplo, a de que a lei, porque não foi publicada a sua let ra “genu í n a” (com “d a” em ve z do de, segundo o que diz o PR), esta lei, … não é legal, não vale nada. Ora , justa mente, é t a mb ém esta (muito suspeita…) teoria, a de que Lei Nº 46/2005 “ n ão va le n ad a”, que nos suscita aqui a pertinência do famigerado “acordo ortográ f ico”. É que ta mbém este, o “acordo ortográ f ico”, porque realmente não está em vigor (e não é aqui o espaço para simular um chatérrimo “parecer” sobre isso), não vale nada. O que, aliás, vai f icar claríssi mo qu a ndo, dent ro em breve, em plenário da AR, for discutida a petição (“Pela desvinculação de Portugal ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990) que, juntamente com 621 1 outros cidadãos, me orgulho de ter assinado.Por um lado, para “dinossauros”, políticos e tribunais (incluindo o Constitucional), augura-se (mais) u m a d e p r e s s i v a “e s pira l” jurídico -autá rquica de providências cautelares, acórdãos e recursos, incluindo recursos a candidatos … “intercalares”. Por outro, para a Língua Portug uesa , cria-se a es-

pera nça da reposição da sua dignidade histórica e sociológica e c o r r e c ç ã o f i loló g ic a e et i mológ ic a , com a cl a r i f ic aç ão le ga l do aba ndono of icia l do (des)”acordo ortográfico”. Desconfio que “os mercados” vão f ica r ainda mais ba ra lhados com (mais) esta(s) “ i n stabi l id ade(s)” de sinal contrário. É que, simultaneamente, ne st a que st ão d a “ l im itação de ma ndatos aut á rqu icos”, temos , p or u m l ad o , u m d e sacordo autárquico e, por outro, um desacordo ortográfico. Em conclusão: um desacordo autarcográfico. João Fraga de Oliveira Funcionário público (aposentado) Publicidade

Ano 11 N.º 541

pág. 16 > ECONOMIA

1,00 Euro

pág. 18 > DESPORTO

SEMANÁRIO DA

pág. 21 > CULTURA pág. 23 > SAÚDE

REGIÃO DE VISEU

pág. 25 > CLASSIFICADOS pág. 27 > CLUBE DO LEITOR

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n a (m á) moda , contrapartidários. Quanto a m i m , n ão estou de acordo com (mais) esta “espiral” de … desacordos. Acho, mesm o , q ue t udo i s to s e deve a haver … acordo a mais. Explico. Como se sabe, em resultado de u m a i n fel i z Reso lução do Conselho de M i n ist ros de 8 de Janeiro de 2011 , a partir de Janeiro de 2012 , com a aplicação do dito “acordo or tog rá f ico” ( AO), c o m e ç o u u m a “g uerra” (quase) sem limites às consoantes ditas “mudas”. Dos lim ite s d o s d o c u m e n tos oficiais e das escolas, esta exterminação de (quase) tudo o que é “mudo”, ultrapassou todos os limites e, agora, muito por artes da “mão invisível”, a “matança” das consoantes (ditas) “mudas” já não tem limites, para além de (escandaloso!) nas e s col a s , no s jor n a i s , nas televisões, nos pa n f letos , nos ca r tazes, etc.Terá daí resultado, para muita gente (portugueses e não só), uma progressiva e genera lizada desva lorização de tudo o que na or tog ra f i a d a L í n g u a Portuguesa é “mudo”. Não já só d a s con so antes (ditas) “mudas” mas, inclusive das voga is “mudas”, como é o caso da vogal “e” na preposição “de”. E deve ser por isso que, agora, certos políticos, ainda que inconscientemente (ou talvez não…), desvalorizam o e “mudo” no “de” em presidente de câ ma ra ou de ju nta, mesmo se essa voga l e “muda” fa la , – e b em -, d i z endo (s u s tentando a interpretação de que) o “espírito do legislador ” era , genuinamente, naquela lei, pretender limitar a três sucessivos os mandatos, quaisquer mandatos, autárquicos. É a minha teoria e até te-

pág. 14 > EDUCAÇÃO

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Novo acordo ortográfico

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“Está em causa a estabilidade governativa!” ∑ Carlos Marta, presidente executivo da CIM Dão Lafões preocupado com a situação do país, durante a apresentação do projeto Plano de Ação para a Promoção do Empreendedorismo na Região Dão Lafões. | págs. 6 e 7

Nuno André Ferreira

Vai por aí uma “espira l” d isc u rsiva sobre a lei de ”limitação de mandatos autárquicos”. Sendo a L ei 46/2 0 0 5 , cujo objecto é, literalmente, a “limitação de mandatos” (epígrafe do artº 1º), há quem defenda, naturalmente, que … “l i m ita m a ndatos”, quaisquer mandatos, a três sucessivos.Porém, há também quem diga que só limita mandatos em determinada câmara municipal ou junta de freguesia. Multiplicam-se, mais ou menos d iscorda ntes, pareceres, comentá r ios , opi n iões , d issertações e, não tardará, teses de mestrado e doutoramento. Começa mesmo já a formar-se no ar (e na terra, aliás, nas “terrinhas”) mais uma “espiral”, esta de processos judiciais. E até uma revolução “ bra nca” (o que di ria S te n d h a l d i s to , q u a se 200 anos depois do seu emp ol g a nte Vermelho e Negro?) já está desencadeada. A partir do Porto, como quase sempre…Há mesmo quem garanta ter já começado mais uma guerra … aos “dinossauros”, por risco de invasão de (muitas) … “pastagens”. O Presidente da República (PR), em vez de limitar, alargou os limites da barafunda ao “esclarecer” que houve um “erro” na publicação da tal lei no Diário da República (DR). Disse o PR que terá havido um “erro” da “imprensa Nacional” (que of ici a l mente publ ic a o DR) e, assim , onde, no texto publicado da lei, consta presidente de câ m a ra mu n icipa l ou de junta de freguesia, “deveria” constar presidente “da” câmara ou “da”junta. Por isso (m a s n ão só…), g ra ssam por aí grandes desacordos. Interpartidários, intrapa rtidá rios e, até, como agora está

pág. 10 > REGIÃO

precisamos que o governo nos venha ve ∑ “Nós não precisamos, dizer o que devemos fazer” (Carlos Marta)

∑ “Eu não tenho que estar na Assembleia numa lógica de yes man” (Acácio Pinto)

∑ “Continuo um acérrimo defensor da limitação de mandatos dos deputados” (João Carlos Figueiredo)

∑ Trinta e nove escolas fecham portas no distrito de Viseu

∑ Sara Sousa penta campeã nacional de infantis ∑ Alunos de Castro Daire desenvolvem jogo inovador ∑ “A Costura de Clemente” vence festival de curtas ∑ Fim-de-semana com músicas do mundo (Tom de Festa)


tempo

JORNAL DO CENTRO 25 | JULHO | 2013

Hoje, dia 25 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 13ºC. Amanhã, 26 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 14ºC. Sábado, 27 de julho, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 11ºC. Domingo, 28 de julho, aguaceiros. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 12ºC. Segunda, 29 de julho, céu limpo. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 10ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Quinta, 25

Viseu ∑ Última reunião descentralizada, do mandato de Fernando Ruas, com as juntas, na Freguesia de Cavernãe, às 10h00, na Sede da Junta.

Sábado, 27

Mangualde ∑ Receção ao Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo, que decorre na cidade até domingo, às 11h30. São esperados cerca de 600 atletas naquela que é a mais importante prova do calendário de competições jovens da Federação Portuguesa de Ciclismo. Vouzela ∑ Passeio pedestre, às 9h00, para conhecer os encantos da Nossa senhora do Castelo. Um percurso com cerca de oito quilómetros de distância e um nível de dificuldade médio/ baixo.

Terça, 30

Mangualde ∑ Reunião do Conselho Local de Ação Social de Mangualde (CLASM) aberta a toda a comunidade, no Auditório da Câmara Municipal de Mangualde, às 14h00. Publicidade

Sernancelhe organiza IX Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra Programa∑ Nove dias de atividade económica e espetáculos Arranca no sábado, dia 27 e prolonga-se até 4 de agosto, a IX edição do Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra, em Sernancelhe. O cartaz deste ano conta com nomes como João Pedro Pais, Fernando Rocha, Henrique Matos, Leandro e José Cid. A organização é da responsabilidade da Associação Sementes da Terra, da Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe, da Associação dos Funcionários do Município de Sernancelhe e da ESPROSER - Escola Profissional de Sernancelhe, com o apoio do Município e de outras instituições. Durante os nove dias, o certame mantém a aposta na vertente comercial e reforça a exposição de stands, tas-

DR

∑agenda

quinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis. “A zona da Fei ra e Central de Camionagem de Sernancelhe transformar-se-á num mega recinto de espetáculos e animação, confirmando o Festival da Amizade como um certame visitado por milhares de pessoas de todo o país, em especial emigrantes que por esta altura se encontram de férias no

nosso País”, reconhece a autarquia numa nota à imprensa. Sobre a Feira Sementes da Terra, a organização destaca a iniciativa pela “importância económica, tanto local como regional, para a qual estão já inscritas mais de 100 empresas dos mais diversos sectores de atividade”, nomeadamente empresários locais. Emília Amaral

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Progresso Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

1. Este texto tem três fontes: (i) um conjunto de fotografias extraordinárias de Paula Magalhães e Fernando Rodrigues sobre dois bairros de pobres de Viseu: o Bairro de Santiago e o Bairro da Cadeia; (ii) uma análise do Bairro da Cadeia feita em 2003 por David Ferreira; (iii) uma recensão sobre o último livro de John Gray, “The Silence of Animals: On Progress and Other Modern Myths” que põe em causa a ideia do “progresso”. A acção do filme “Ágora”, de Alejandro Amenábar, passa-se no século IV no Egipto então dominado por Roma, e tem como pano de fundo a luta entre o saber politeísta defendido pela filósofa Hypatia, guardado em rolos na Biblioteca de Alexandria, e o saber monoteísta cristão, liderado por Cyril, guardado no livro sagrado. Os cristãos, na ofensiva, eram o novo, e o novo, quando substitui o velho, é bárbaro. A certa altura, na tentativa de evitar males maiores, aconselham a grande mulher: «Converte-te, Hypatia, senão Cyril ganha...» «Ele já ganhou...», respondeu ela, realista. Não há nada que sobreviva às acções destrutivas da barbárie do novo e do tempo. Como sabia Hypatia, «ele já ganhou». Ele, aquilo a que se chama progresso. O novo substitui o velho. E o devir implacável do tempo arruina o novo e o velho. A barbárie e o tempo ganham sempre. E só há duas maneira de lhes atardar a vitória — através da memória e do trabalho. Lembrar e trabalhar são o calhau que o homem/Sísifo está condenado a arrastar pelo monte do tempo acima. Há ideias de se preservar, no Bairro da Cadeia, algum deste Portugal dos Pobres numa espécie de Portugal dos Pequeninos. Seja. Nada contra. 2. A câmara de Viseu calendarizou o “I Festival de Jazz de Viseu” para os exactos dias do “Tom de Festa” em Tondela. Tenho a certeza que no futuro, seja com José Junqueiro seja com Almeida Henriques, tal estupidez não se torna a repetir.


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