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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
UM JORNAL COMPLETO
suplemento
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 08 > À CONVERSA
Semanário 8 a 14 de agosto de 2013
pág. 12 > REGIÃO
Ano 12
SEPARADAMENTE
.
pág. 06 > ABERTURA
2013 E NÃO PODE
SER VENDIDO
pág. 17 > SUPLEMENTO
DE AGOSTO DE
JORNAL DO CENTRO , EDIÇÃO 595 DE 8 DO SEMANÁRIO
pág. 26 > EM FOCO
É PARTE INTEGRANTE
| Telefone: 232 437 461
1 Euro
pág. 24 > DESPORTO
novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 27 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE
Nesta edição
om
c Agora ço xxx re 0,80 Euros
pág. 22 > ECONOMIA
ESTE SUPLEMENTO
Micaela Costa
Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
N.º 595
pág. 21 > EDUCAÇÃO
REGIÃO DE VISEU
pág. 33 > CLASSIFICADOS
Novo acordo ortográfico
·
Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·
redacao@jornaldocentro.pt
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w w w.jornaldocentro.p t |
Viseu, uma cidade, uma Junta...
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∑ O Jornal do Centro ouviu os candidatos, Azevedo Pinto (PS), Diamantino Santos (PSD) e Jorge Azevedo (CDS-PP) | páginas 8, 9 e 10
2
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
praçapública rPrecisávamos de 2 rA região Viseu-Dão- rO 1º passo seria o da r A
palavras
deles
mil euros para comprar um projector (este é emprestado), uma tela em condições e som”
Lafões é o principal destino turístico de saúde e bem-estar, absorvendo cerca de 50 por cento do volume de negócios e de termalistas a nível nacional”
Carlos Salvador
Vice-presidente do Turismo do Centro, em entrevista ao Jornal do Centro
Shortcutz Xpress Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
Editorial
Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
maior fatia de investimento foi dirigida para a criação e desenvolvimento de microempresas com o apoio a 17 projetos no valor de cerca de um milhão de euros onde serão criados 38 postos de trabalho”
Jorge Loureiro
Guilherme Almeida
Vice-presidente do Turismo do Centro, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da ADDLAP, em cerimónia oficial de assinatura de contratos
Oh, my God! A s de sejad a s l i st a s dos c a nd id ato s à Câ m a r a e à A ssembleia Mu n icipa l de Viseu, mais ou menos aos soluços, em cima do prazo legal, aí estão.
Paulo Neto
Adriano Azevedo
definição de um produto de excelência, diferenciado e com raízes locais. Nessa matéria, não havendo nenhuma evidência, deveria ser em torno da gastronomia e dos produtos que se deveria construir um projecto de experimentação e experiência laboratorial de desenvolvimento”
Lista dos 9 primeiros à Câmara Municipal PSD 1. Almeida Henriques 2. Joaquim Seixas 3. Odete Paiva 4. João Paulo Gouveia 5. Guilherme Almeida 6. Ana Paula Santana 7. Fernando Marques 8. Ana Paula Madeira 9. Luís Lopes Lista dos 5 primeiros à Assembleia Municipal PSD 1. Mota Faria 2. João Cotta 3. Elisabete Farreca 4. Manuel Teodósio Henrique 5. Pedro Alves Desta lista do PSD percebe-se que a vereadora da cultura, património e turismo é uma ilustre desconhecida detentora “de vasta experiência e formação científica” na área (?), esposa do quase “histórico” Teodósio; que a educação e o ensino superior passou para uma licenciada especialista em direito bancário, de bolsa e de seguros; que Guilherme Almeida ficou em suspensão podendo não vir a ser eleito vereador; que Ana Paula Santana não será vereadora, assim como os seguintes. Para a Assembleia Municipal, a lógica da distrital interveio e estragou-se a lista com os núme-
ros 1 e 5, pelo menos. Lista dos 12 primeiros candidatos à Câmara Municipal CDS/PP 1. Hélder Amaral 2. Vítor Duarte 3. Joana Sousa 4. Francisco Neves 5. Maria do Carmo Soares 6. Paulo Medeiros 7. Maria Martins 8. António Portal Madeira 9. Paulo Rodrigues 10. Luís Canto Moniz 11. Paula Pereira 12. Carlos Soares. Desta lista, da qual só se prevê ser eleito Hélder Amaral (e é preciso dar-lhe sério), pouco ou nada se conhece dos restantes membros que a integram. O que nem é mau sinal… Lista dos 5 primeiros candidatos à Assembleia Municipal CDS/PP 1. Fernando Figueiredo 2. Carlos Cunha 3. Elsa Lemos 4. António Luís Martins 5. Graça Moniz. O Fer n a ndo Fig uei redo tem uma lista com “sentido”. Lista dos candidatos à Câmara Municipal pelo PS 1. José Junqueiro 2. João Paulo Rebelo 3. Rosa Monteiro 4. Adelino Aido 5. Andreia Coelho 6. Paula Nelas 7. Milton Lopes 8. Isabel Pais
9. Carlos Alberto Mendes 10. Ângela Girão 11. João Carvalho Duarte 12. José Pedro Saraiva 13. Teresa Merino 14. Alexandre Ribeiro 15. Valdemar Calhau Uma lista quse “limpa” de corredores da política. Vemos aqui um conjunto de nomes que singraram na vida sem passar pela dependência dos partidos. Quarenta e três por cento de mulheres e quarenta por cento de independentes já é obra para as exigências carreiristas partidárias. Não sabemos qual a distribuição de pelouros, mas há aqui “gente”… Lista dos 12 primeiro candidatos à Assembleia Municipal PS 1. António Augusto Espinha Ribeiro de Carvalho 2. António Amaro 3. Lúcia Silva 4. Alberto Ascensão 5. Carlos Martins 6. Cristina Fonseca 7. Pedro Baila Antunes 8 . A lfredo R ibeiro Gonçalves 9. Adelaide Modesto 10. José Cavaleiro 11. Manuel Mirandez 12. Catarina Durão. Inequivocamente, os três cabeças de lista para a Câmara Municipal são candidatos competentes. Se o resu lt ado for 4 – 4 – 1, Hélder Amaral poderá ser o vice presidente (como Por t a s v ice pr i mei ro m inistro…), o fiel da balança,
o homem que decide e desempata. O outro cenário será PSD - 5; PS - 4; CDS/PP - 0. Aqui, Hélder Amaral esvazia-se e terá que assum ir politicamente as consequências desta derrota. O cenário final poderá ser PS – 5; PSD – 4 … E a í, haveria muito treinador a ser transferido… Para a Assembleia Municipal, o PS tem um grande nome, o de Ribeiro de Carva l ho; o CDS/ PP tem u m aguerrido nome, o de Fernando Figueiredo e o PSD tem um bom segundo nome, o de João Cotta. Os dados estão lançados. Esperava-se muito mais do PSD. Hoje, já tenho saudades do meu preclaro amigo Américo Nunes. Depois de aman hã terei do meu v i zi n ho Fernando Ruas. Quando Almeida Henriques me disse que a sua lista seria de grande inovação, acreditei nele. Esta crença desvaneceu-se agora mesmo. Sa lvo a lg umas meritórias excepções, tem maratonistas a mais… Esta lista é eventualmente a do “chega-me-isso” do partido, o inefável Calisto, numa lógica do seu futuro partidário… Estamos falados. E agora, se me dão licença e pa ra desa nuvia r, vou assobiar para o ar: fiu, fiu, fiiiiiu, fiuuuuuuuu! PS: Os nomes foram-nos assim enviados pelos respectivos partidos políticos, com maior ou menor pormenor.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
8 números
estrelas
Jorge Azevedo Candidato à União das Freguesias de Viseu
Diamantino Santos Candidato à União das Freguesias de Viseu
Alexandre Azevedo Pinto Candidato à União das Freguesias de Viseu
Pela assunção da candidatura pelo CDS-PP à União das Freguesias de Viseu.
Pela assunção da candidatura peloPS à União das Freguesias de Viseu.
Pela assunção da candidatura pelo PSD à União das Freguesias de Viseu.
É a percentagem que o Turismo tem no PIB (Produto Interno Bruto).
Importa-se de responder?
Que vai fazer durante as suas férias em Portugal? Normalmente aproveito estas semanas de férias em Portugal para estar com toda a minha família que não vejo durante todo o ano e gosto de visitar algumas das zonas balneares, praias e rios para aproveitar o bom tempo. Também costumo sair imenso à noite com todos os meus amigos que estão em França mas que, muitas vezes, apenas vejo em Portugal.
Em Portugal todo o tempo é pouco. Costumo aproveitar para passar imenso tempo com os meus familiares e normalmente viajo uma semana para o Algarve para fazer praia. Quando estou na minha terra saio imenso com os meus amigos, vou até ás piscinas, estou em todas as festas da terra e aproveito o tempo da melhor maneira.
Bruno Rodrigues
Olivier Parente
Empregado Fabril
Engenheiro Informático
Vou aproveitar para estar o máximo de tempo possível com a família e os amigos. Quero também relembrar os bonitos locais da cidade e aproveitar para passear, apesar da crise que se faz sentir por todo o país.
Quero estar com a minha família. Aproveitar para sair à noite e beber uns copos com os meus amigos, pois em Portugal a cerveja é bem mais barata. Vou ainda tentar ir ao Estádio da Luz ver o meu glorioso Benfica.
Natacha Fernandes
José Pinto
Enfermeira
Manager de hotelaria
Opinião
David Santiago
No Mar Agosto é o mês por todos considerado a silly season. É a altura adequada para falar nas idas a banhos, no pôrdo-sol, cada dia mais magnífico que o anterior, no sal encrostado à pele e no quão bem isso sabe e faz, no peixe grelhado comido entre amigos, e em tudo aquilo a que nos habituámos, todos os anos, invariavelmente, com mais ou menos calor, a ouvir e ler. Não sou diferente. Também gosto de ir a banhos. Apesar de beirão sinto o mar como se a ele sempre tivesse sido habituado. Parece-me, não raras vezes, que todos os pedregulhos com os quais cresci, não foram senão cenários de uma viagem a caminho do mar. Não rejeito ser beirão nem lamento ter
crescido emparedado entre pedras e montes. As árvores, poucas, de que ainda me lembro, foram sendo queimadas e destruídas ao longo dos anos. É natural que fiquem, na memória, perenes, as pedras. Gosto de ser beirão. Sou-o orgulhosamente. Sinto que pertenço à serra e ao seu vento cortante. Apesar de gostar do peixe grelhado ainda não o troco pelo cozido à portuguesa, especialmente quando feito pela minha mãe e tia. Mas no mar sinto-me completo. Em cada mergulho, de cada vez que sou cuspido por uma onda, em todos os momentos de contemplação, sinto que a ele pertenço. Digo, por brincadeira, que sou filho do mar. Não o digo por
imodéstia ou obstinação. Nem sequer o faço para renegar o beirão que fui e sou. Digo-o, somente, porque em toda a inconsciência e infantilidade que trago comigo vejo-o como o meu derradeiro reduto. Talvez todos sejamos filhos do mar, não fôssemos portugueses e pais da globalização. Mesmo quem nunca viu ou cheirou o mar o defende intransigentemente. Criticam terse delapidado as pescas. Lembram a sardinha quando antigamente, e hoje talvez novamente, em dia de festa, era partilhada com o irmão mais novo, ao menos bem molhada em azeite. Todos teremos conhecido pessoas que vivem “como pobrezi-
nhos” e nunca visitaram o mar. Mas sentem-se suas gentes. Olham, como quem examina, o bacalhau de forma tão familiar como as batatas por eles semeadas, e apanhadas, naturalmente. Sabem que o bacalhau vem de outros mares que não o nosso. Falam da Noruega. Podem nem saber onde fica. Que interessa? Também nunca passaram por Sines nem sonharam com Sagres. Desconhecem, apenas, e talvez não seja pouco, que um só mergulho lava a alma e rejuvenesce. Que sabe tão bem que faz de nós crianças aos saltos, tombos e sorrisos tão genuínos quanto belos. E que importa isso quando falta a sardinha e o bacalhau?
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Ana Paula Duarte
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
Faia antiga, Faia nova, Faia sempre II Faz esta semana exatamente um ano que publiquei neste mesmo espaço um primeiro artigo com este título, na altura, além da história da construção da Barragem do Vilar e do que isso significou para a Aldeia da Faia, fiz também referência ao lançamento da primeira pedra para a construção do Centro Interpretativo Aldeia da Faia. Pois agora, volvido que está um ano, encho-me de orgulho em afirmar que no próximo dia 11 de Agosto proceder-se-á à inau-
guração do mesmo! A par com o Centro foi também criado um Percurso Pedestre, o Trilho Aldeia da Faia, que fica disponível para ser utilizado a partir do dia da inauguração, este contempla no seu percurso várias observações como: elementos da Faia antiga, a maior necrópole de sepulturas antropomórficas do concelho de Sernancelhe e “retratos” desenhados pela Albufeira do Vilar. A criação deste Centro é muito mais do que uma simples recuperação
de um edifício escolar abandonado, o seu projeto de arquitetura foi arrojado, tanto em termos de sustentabilidade ambiental na escolha dos materiais, como na funcionalidade do próprio edifício e o ambiente que ele cria ou recria no seu interior, foi-lhe acrescentado um elemento arquitetónico que faz lembrar uma concha ou taça, que estará sempre coberta de água na parte superior; no seu interior e enquanto vemos e ouvimos tudo o que se nos apresenta
ana.duarte@jornaldocentro.pt
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Opinião
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Tempos houve em que quem não tinha dinheiro disponível para ir de férias se dirigia a um qualquer banco e perguntava se haveria pacotes de empréstimos para esse fim. Não havia instituição de crédito que não estendesse uma passadeira vermelha e explanasse uma série de “budgets” adequados aos mais variados destinos e com contrapartidas “altamente “vantajosas, cheias de apelos ao imaginário e capazes de despoletar na mentalidadezinha um desejo irreprimível pelo destina idílico que a efabulação soprou. Havia, pois, uma crença indomável na capacidade de fazer face a esse tipo de gastos e a superar, com honra, os compromissos assumidos,
se mais não fosse pelo acesso garantido a outro crédito, também e sempre “altamente” vantajoso, de uma outra instituição bancária, de braços sempre abertos para “ajudar” nos percalços e armadilhas que a vida monta aos mais incautos. Uma das armadilhas mais bem urdidas da nossa época é, de facto, a situação que se criou com o consumo, os gastos bancariamente assistidos, a ideia do paraíso terrestre e a da abolição do conceito restrito e apertado de Honra, com recurso ao fomentado alheamento dos deveres de cidadania, de controlo dos deveres do Estado e dos políticos e de um “laissez faire, laissez passer” surdo, mudo e, a todos os títulos,
autista. A carneirice do seguimento de novelas, de programas bacteriologicamente infectantes como o Big Brother e outros, é reveladora, e testemunha,- de um abandono quase completo pelas coisas que suportam o bem-estar e que motivam o gosto pelas pequenas batalhas do diaa-dia e pelo adocicante gosto de vencer contra as rotinas, a podridão da preguiça e a descrença em nós mesmos. E é esse estado de espírito que esboroa as sociedades, em consequência do somatório de uma atitude individual desviada e seriamente comprometedora do futuro nosso e daqueles a quem pusemos no mundo e a quem temos faltado ao respeito, por inanição,
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Opinião
Propriedade
1. Militantes de Pavlov: Perdemos algum tempo a discutir a evidência de Passos Coelho e José Seguro serem as duas faces da mesma moeda. Tal facto, além do modesto entretenimento televisivo que proporciona, não seria necessariamente mau caso o valor facial da moeda fosse superior ao valor das jotas onde estes se fizeram “políticos” – atenção, as aspas estão aqui por algum motivo. A crise, exceptuando as causas internacionais, passa em grande medida pela partidocracia que se substituiu à
O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA
Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Opinião
Associação Portuguesa de Imprensa
Sílvia Vermelho União Portuguesa da Imprensa Regional
Da Tribuna
Politóloga
democracia desejada e que choca de frente com a qualidade das lideranças políticas. Sim, é verdade que os actuais líderes partidários, através da sua acção, não conseguem acrescentar qualquer valor- uma expressão em economês, que esta gente tanto preza- à causa pública. Não haja dúvidas neste momento o resultado é de soma zero. Alguns dirão que já não existem estadistas – uma espécie que por cá deu sinais de vida entre 74 e 86-, no entanto o panorama é mais negro. Já não há grandes ou médios políticos,
sobram os pequenos. Este problema é reflectido na vida local, sem qualquer tipo de distorção, antes pelo contrário, é ampliado, aos olhos do cidadão, tanto devido aos efeitos da proximidade como às fragilidades, mais profundas, dos aprendizes de feiticeiro. Quantos de nós não conhecem um ex-jota que construiu a vida na sombra do partido? Um outro que subiu na estrutura e a partir daí foi ganhando concursos sem ninguém perceber muito bem como? Aquele outro que, sem distinguir o partido do estado ou
A corrida às Autárquicas fechou as inscrições A 5 de Agosto, os tribunais de todo o país receberam os processos de candidatura às Autárquicas dos diversos partidos e grupos de cidadãos eleitores. As candidaturas independentes subiram 35%, quer estas se componham por “verdadeiras/os independentes” ou por dissidentes. As mulheres estão em minoria, novamente, com pouco mais de 10% das candidaturas. E o Movimento Revolução Branca continua nas
barras dos tribunais com providências cautelares às candidaturas dos chamados Dinossauros Autárquicos. A Imprensa Nacional despertou para a existência das candidaturas independentes, o que, por arrasto, levou comentadores a falar deste “fenómeno”. O comentário é uma desvalorização, ao remeter para as dissidências e a questionar o número das verdadeiras independências.
Se tal será a grande verdade relativamente às candidaturas a órgãos municipais (Câmara e Assembleia), as candidaturas independentes às Freguesias já não serão tanto assim. Pese embora a tradição muito anterior à das candidaturas a nível Municipal (também porque, aqui, só se permitem candidaturas de grupos de cidadãos desde 2001), devemos reconhecer que é interessante cruzar esta
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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relativo à história da Aldeia da Faia, somos sempre acompanhados pelo doce ondular da água, em movimento e em som, como que se se tratasse de uma viagem ao interior da Barragem ou de uma visita à aldeia antiga, que foi a primeira a ser submersa no nosso país. O Centro Interpretativo Aldeia da Faia pretende ser ferramenta de estudo, de divulgação e preservação de tudo o que diz respeito à nova aldeia erigida com novas construções, e à velha que ficou submersa, permitindo interpretar toda a atividade de-
corrente deste acontecimento, salientando e realçando os aspectos sociais e económicos, evocando personalidades, usos, costumes e artesanato dominante, permitindo explorar positivamente as alterações do antes e pós barragem, e não se esgotando na sua essência com a inauguração, mas sim abrindo portas à investigação, à visita, ao acumular de elementos informativos que possam gerar novas exposições, novos filmes e outra e mais cultura. Quer-se para este Centro uma visibilidade e funcionalidade que o desta-
que como principal referência no turismo cultural e natural de toda a região. Penso que o que é de mais importante salientar, é que apesar de se pretender um impacto financeiro positivo na Aldeia e nas suas gentes, este Centro é totalmente desprovido do interesse de gerar receita, mas é no entanto, potenciador claro da valorização histórica e cultural, apaziguador do impacto ainda hoje sentido pela população que na década de 60 foi afetada pela construção da Barragem, e semente de futuro para as gerações
que apenas conhecem a Aldeia da Faia nova e que não carregam o estigma dos seus antepassados. Mas como nada disto se pode conseguir sem a presença humana, sem a criatividade e a opinião de muitos, convido muito humildemente a que todos reservem um dia para nos visitar! Poderia aqui divulgar todas as boas surpresas que a Câmara Municipal tem para nos presentear neste dia da inauguração, mas a surpresa é sempre um melhor caminho para a adoração e reconhecimento.
por egocentrismo, por imbecilidade cultivada, discutida e assumida como prova de merecimento a fruir do mundo que se criou, sobretudo nas últimas duas décadas. Como resultado, toda a gente esbraceja, berra, canta a Grândola Vila Morena, insulta e interrompe actos de Estado e promove outras acções que não passam pelo fincar de pés no chão e mãos-à-obra. Há um tipo de dança popular muito divulgada nos ranchos etnográficos que bem retrata, como não poderia deixar de ser, a forma como o nosso povo vive. Consiste em, no meio de todos os passos e reviravoltas, ba-
terem palmas a quem se coloca na frente de cada um. Então, o acerto coreográfico determina que, a dada altura, os bailarinos se encontrem de frente uns para os outros e batam palmas, Meia volta feita e repetese. É o destino que nos assola. Bater palminhas… sem dar conta de que o “monstro das bolachas” está de aguardo, disfarçado e bem escondido, calado e de olho bem aberto, com a mão na ponta do tapete para que o possa puxar ao mais pequeno desequilíbrio que possamos denotar. O tempo passou sorrateiro, aproveitado com régua, esquadro e compasso, para
que todos os percursos de vida pudessem ser confluentes, afunilados em procedimentos e agregados para o compressor final os meter na caixinha de onde, mesmo esgadanhando, não se podem libertar, voltando, de novo, à cíclica situação de escravatura, espartilhante e remissora do pecado em que se tornou viver e só viver, quando, ao contrário, deveria ser remiçora da moral que se perdeu. Muita gente que encontro de férias inspirou-me para escrever o que aqui fica dito pela quase completa ausência de interesse pela vida, pelos assuntos da Nação, pelas
decisões políticas e, resumindo, por tudo. Vem-se de férias, não porque se precise em função do trabalho ufano e desgastante, mas pelo desgaste implícito do empobrecimento na crença de quem somos, do que estamos aqui a fazer e da impunidade completa a que se chegou, manipulada por quem dividiu o Poder durante duas gerações de pessoas que deveriam ter herdado um riquíssimo acervo e só teve acesso aos despojos que um grupo de malfeitores deixou desprotegido.
ideologia de sound bite, chega a líder? A quantos não foi dito, sê meu aliado, assina a ficha, estuda Direito e nós cá estaremos para te “apoiar”? Exemplos desta natureza sobejam. Os jovens, que se fizeram dentro do partido, invariavelmente têm as mesmas preocupações – algo redutoras, que representam o pensamento mínimo que os acompanha ao longo da vida-: Qual o grupo que melhor salvaguarda a minha posição; Quem devo defender, quem devo atacar e em que altura; Qual o timing para avançar, qual o tempo para fazer de morto; a quem agradar, com quem discordar?
Também existe um outro lado, este bastante mais raro. Este lado, muito provavelmente, aos 16 leu Nietzche, aos 20 passou algum tempo com Larkin, e até pode ter algum interesse na Política – aqui sempre com P maiúsculo-; até pode entrar nas estruturas mas rapidamente entendem que as leituras não lhes falharam e, das duas uma, ou são vítimas dos interesses instalados ou se auto-excluem, conformados com aquilo que já sabiam sobre natureza humana. Meus caros, até bater no fundo não há nada a fazer.
2. Viver Viseu: Os Jardins Efémeros trazem a Viseu a brisa fresca da modernidade, como a modernidade é baseada na iluminação, são eles que por uma semana iluminam o centro histórico. Viseu, fruto da iniciativa privada, parece querer destacar-se das restantes cidades de média dimensão, cidades onde invariavelmente se peca por falta de uma dinâmica própria, fruto do principal atavismo luso – escassez de massa crítica. A cidade, paulatinamente, faz a transição de mera consumidora a produtora de eventos. Ao público, que percorreu o centro histórico, foi proporcionada segurança aliada a
um certo grau de excitação pré-estival; uma programação sólida e variada, composta por sofisticados espectáculos pós-pop. Tudo muito contemporâneo, como só através da arte é possível ser. Dos Jardins, que alargaram o leque da oferta cultural, espera-se que cresçam e mantenham o espírito indie que a política local, fruto da mais pura ignorância, procura institucionalizar à força. Que a cidade-fantasma, dos últimos anos, passe a memória-fantasma.
corrida cidadã à decisão à moda do freguês, literalmente, com o ataque brutal que o mapa autárquico das freguesias sofreu no último ano. Na ciência que é a adivinhação, não me admiraria que pudéssemos concluir que existe uma relação directa entre mexerem-nos na nossa identidade e a mobilização para tomar rédeas à nossa vida. E, por falar em identidade, o caso do cartaz do Bloco de Esquerda para a sua candidatura a Penafiel, feito primeiramen-
te com a imagem de Penafiel em Espanha (ou seja, com um castelo), é bem representativo do desrespeito que a política nacional tem pela política local. Enquanto se falar das candidaturas independentes do ponto de vista estritamente político, i.e., ao nível do Poder, o que envolve os processos de candidatura e eleitorais, perdemos o olhar da sociologia da participação. Mas, até agora, ainda não vi grande movimentação académica, nem mediática,
sobre o assunto. Aliás, num concelho que conheço, onde o PSD vai com sete mandatos no Poder e que uma sua (re)candidatura não é propriamente um acontecimento novo, a entrega das listas do PSD no tribunal foi recebida com pompa pela Imprensa, enquanto a primeira candidatura independente municipal da História do Concelho não teve lá ninguém. Prioridades. Agora, apressam-se as obras e as decisões nas Câmaras. Apesar não serem novi-
dade, têm direito a corta-fitas e a Imprensa. Como se fosse novidade. Como se ao termos os mesmos protagonistas ou seus compinchas fosse possível renovar o discurso e o comportamento. Como se houvesse pluralidade na cobertura noticiosa só pelo facto de se dar cobertura ao que todos os partidos políticos dizem e fazem. Como se a sua cultura organizacional não fosse tão idêntica que até os faz falar com o timbre treinado para soar igual. Como se…
Pedro Calheiros
Miguel Fernandes politólogo | atribunadeviseu@gmail.com
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
6
08 | agosto | 2013
abertura
textos e fotos ∑ Paulo Neto
O Turismo do Centro e a Região de Viseu 1.
Adriano Azevedo, que lhe diz o slogan “Um País por descobrir”?.Porque está ele por descobrir? Inoperância das estruturas do Turismo?
“Um País por descobrir” é o slogan encontrado pelo Turismo de Portugal no sentido de sensibilizar o mercado interno para a diversidade de produtos turísticos, de locais de excelência ou de destinos turísticos privilegiados que não fazem habitualmente parte das “marcas” mais con he c id a s m a s que têm história, encantos e património únicos. As estruturas regionais de turismo, no que confere à promoção regional, em conjugação com os Municípios, têm desenvolvido um trabalho de grande qualidade para dar a conhecer essa diversidade e diferenciação positiva aos olhos dos Portugueses tornando esses “sítios” destinos apetecíveis capazes de evidenciarem vantagens acrescidas e gerarem negócio que os torne sustentáveis.
2. Quanto e como afectaram o Turismo o pagamento nas ex-scut’s?
Esta problemática tem sido muito discutida na actividade económica e em particular no turismo. Trata-se, efectivamente, de uma medida que causou grande impacto na sua aplicação tendo mesmo afectado a imagem do País, particularmente em Espanha, nos procedimentos para adquirir o respectivo dispositivo de pagamento. O impacto continua a ser significativo porque as referências por parte dos turistas são de volume considerável com reclamações quer nos hotéis quer nos Postos de Turismo. É difícil contabilizar o impacto económico e a quantidade de turistas que deixaram de vir a Portugal, ou até mesmo no mercado interno, mas todos temos a percepção que foram números apreciáveis.
3.
determinantes para alargar o passo relativamente à captação de mais turistas.
Na região de Viseu, o que falta para atrair turismo?
A região de Viseu-DãoLafões é dos territórios do interior do País com mais potencial turístico porque tem um posicionamento geográfico de excelência, equidistante do oceano e de Espanha, e usufrui de um conjunto de dinâmicas e recursos singulares muito inovadores no sector do turismo. Tem-se verificado um grande esforço nos últimos anos, quer por parte do Turismo do Centro, quer por parte da CIM DãoLafões, em constituírem parcerias activas envolvendo os principais agentes do sector para uma estratégia de promoção devidamente alinhada no sentido de ter escala suficiente para constituir um destino turístico de referência. Falta, no entanto, que este território dê passos mais significativos naquilo que é a organização do produto, de preferência produtos compósitos, verdadeiramente inovadores que correspondam às necessidades de um turista mais exigente e informado. Uma outra lacuna que temos que corrigir a curto prazo é a região conquistar, criar e/ou reformular eventos de média e grande dimensão que sirvam de âncora a este destino e que tenham projecção nacional e internacional, tornandose igualmente uma cidade cosmopolita e abandonando preconceitosdeinterioridade. Em simultâneo devemos qualificar a oferta turística regional, comunicar a identidade da região e diversificar a procura turística internacional.
4. Que tipo de turistas temos e qual a sua origem?
Osturistasquevisitamaregião de Viseu-Dão-Lafões são, fundamentalmente, oriundos daEuropa,particularmentede Espanha(60porcento),França, Holanda, Itália, também do Brasil e, mais recentemente, há algumas centenas de Japoneses e Israelitas.
7. Qual a realidade do turismo termal na nossa região?
A
Adriano Azevedo, vice-presidentes do Turismo do Centro
5. Afaltadeaeroportonaregião 6.“Viseu é valor acrescentado Centro e a falta da linha férrea em Viseu são grandes obstáculos ao desenvolvimento turístico?
Sou da opinião que o aeroporto é uma questão que, na conjuntura em que vivemos, não se deve colocar até porque estamos a 60 minutos do Aeroporto do Porto e devemos avaliar estas situações pelo que conhecemos de erros noutras regiões do País. Temos de tirar proveito é de uma parceria forte com o Aeroporto do Porto e com a Entidade de Turismo do Norte relativamente à promoção do nosso território e à criação de um “crossselling” entre o Porto, Aveiro e Viseu e, eventualmente, Salamanca, por forma a afirmar o território de ViseuDão-Lafões. Já no que diz respeito à linha férrea sou completamente favorável a que este equipamento seja uma realidade próxima em Viseu, aproveitando o próximo Quadro Comunitário de Apoio, uma vez que o mesmo é determinante para a alavancagem da economia e onde o sector do turismo beneficiará directa ou indirectamente deste transporte.
para a marca Centro de Portugal”, referiu Pedro Machado em entrevista ao nosso jornal. Porém, ecomparativamentecomcidades como Aveiro e Coimbra vêem-se poucos turistas. Porquê?
Viseu é por demais importante para a marca Centro de Portugal. É a cidade da região Centro com melhor qualidade de vida, com melhor organização u rba n ística , com u m patrimón io h istórico e con st r u ído mel hor preservado, com uma dinâmica cultural bastante significativa. No entanto, não tem ainda a visibilidade histórica e turística de cidades como Aveiro e Coimbra. De Coimbra que vive muito da imagem da Universidade e de Aveiro que se destaca pela Ria e pelo Mar–vectoresfundamentais na região turística. O número de turistas em Viseu tem vindo a crescer e a diversificar-se em termos de origem, sendo que em algumas épocas do ano de 2013, particularmente na Páscoa, foi a cidade que mais cresceu a nível de atracção de turistas. O seu potencial é enorme e tenho a convicção que os próximos anos serão
A reg ião Viseu-Dão Lafões é o principal destino turístico de saúde e bemestar, absorvendo cerca de 50 por cento do volume de negócios e de termalistas a nível nacional. A região possui equipamentos moder nos de g ra nde qualidade, possui também técnicos devidamente qualificados, uma oferta hoteleira e gastronómica igualmente competitiva. Nos últimos anos, mercê da crise, este sector da actividade económica tem vindo a resistir saudavelmente, embora com algumas dificuldades inerentes à crise que atravessamos. S. Pedro do Sul continua a destacar-se no panorama regional e nacional como grande destino de saúde e de bem-estar, recebendo termalistas de todo o País, e encontrando-se numa fase de internacionalização já bastante avançada.
cional, constituindo-se como um destino apetecível e que possa servir de exemplo de boas práticas no sector.
9.
Fala-se hoje na necessidade, no âmbito do turismo, de agregar actores regionais. Ou seja, os homens das empresas, do comércio, do teatro, dos espectáculos, da cultura, do ensino superior… Isso está a ser feito na nossa região?
Sim. Este processo já se iniciou há cerca de um ano com reuniões entre a Entidade e a Agência de Turismo, as empresas nos vários âmbitos e as Autarquias para se encontrar a matriz de agregação. Mais recentemente, quer a Entidade de Turismo do Centro, quer a própria CIM Dão-Lafões, realizaram Encontros e Workshops múltiplos para a definição da estratégia do próximo Quadro Comunitário de Apoio, onde os diferentes atores pa r ti l ha ra m contributos determinantes.
10. A afirmação do turismo de
8.
Viseu passa exclusivamente pelo Vinho do Dão? Quais as outras propostas capazes de gerar atracção.
A grande medida de fundo no desenvolvimento do turismo em Viseu deve basear-se na qualificação e competitividade da oferta, através da modernização do agregado das empresas que atuam no sector do turismo, reforçando a sua capacidade competitiva para se af irmarem internacionalmente. A segunda grande medida deverá passar pela definição e aplicação de uma estratégia de “branding” internacional, incluindo canais de distribuição, aproveitando a experiência da Agência de Promoção Turística do Centro em articulação com as outras entidades do sector. Por fim, a terceira passará por qualificar o território turístico e definir eventos de projecção nacional e interna-
O Vinho do Dão é um produto de grande valia turística e, eventualmente, aquele que melhor identif ica a região. A afirmação do turismo de Viseu é mais do que o Vinho do Dão, daí a necessidade crescente da criação de produtos turísticos compósitos que envolvam obrigatoriamente o Vinho do Dão e as suas Quintas, com provas, animação, Workshops, etc., a área da saúde e do bem-estar, a área do património e animação e da aventura e natureza. E, assim, definidos estes produtos compósitos, devemos modernizá-los e colocá-los no mercado, com maior eficácia e com uma capacidade acrescida de adaptação às tendências de mercado promovendo a satisfação global do turista.
Aponte-me 3 medidas a implementarparaorápidoincremento turísticododistritodeViseu.
Jornal do Centro
TURISMO VISEU-DÃO-LAFÕES | ABERTURA 7
08 | agosto | 2013
Conversámos com Jorge Loureiro e Adriano Azevedo, dois homens do distrito, ambos vice-presidentes do Turismo do Centro. Jorge Loureiro, empresário e presidente da AHRESP Viseu e Adriano Azevedo vice-presidente da câmara municipal de São Pedro do Sul. Visámos clarificar alguns pontos desta área que é hoje relevante e uma das mais emergentes para a exequibilidade financeira de muitos municípios. Focámo-nos no Turismo em geral para nos aproximarmos do “nosso” território, quer seja o das cidades como o das vilas e aldeias, como produto, como marca que é preciso criar, saber vender, tornar estimulante e potenciadora da procura do turista nacional e internacional, percebendo que 8% do nosso PIB está no Turismo…
1.
De que modo as últimas inovações na área do Turismo, com os Business Angels, Taste Portugal (para o Douro e o Algarve) e Programa Valorizar podem ser implementados na nossa região com sucesso?
Dada a nossa falta de competitividade regional, porque estamos sujeitos a competição regional com Coimbra, Aveiro e outras cidades, qualquer programa ou acção que traga visibilidade e organização da oferta é claramente bem-vindo. Estes mecanismos, na sua diferenciação, são ajudas preciosas neste contexto de competitividade de Viseu Dão Lafões – NUT 3.
2.
Quais os prejuízos, numa óptica turística, do aumento do IVA para 23%?
Desde logo falhou, não alcançando aquele que era o seu objectivo: o aumento da receita fiscal. Em consequência dessa irreflectida e até irresponsável decisão, foram encerrados um sem número de restaurantes, muitos deles referências gastronómicas, e em alguns casos, a única referência de visitação de algumas localidades. Para além do impacto negativo que teve na destruição de postos de trabalho, com consequências ao nível da vida das pessoas e um peso acrescido nas contas da Segurança Social.
3. As dormidas nas unidades hoteleiras ascenderam a 6,3 milhões com 69% de origem no mercado externo (4,4 milhões), gerando um crescimento de 5,8% no total de dormidas. Ou seja mais 10,9% que no ano anterior, mas de estrangeiros. No mercado interno, com 1,9 milhões de dormidas verificou-se uma diminuição de 4,0%. Menos 81,8 mil. Causas desta quebra e quais os reflexos já sentidos no sector?
A nossa região tem uma dependência muito grande de dois mercados. À
cabeça, o mercado interno que é o principal destino do nosso turismo. Em segundo, o mercado espanhol. Em qualquer deles, a causa principal desta quebra resulta das dificuldades que estas duas economias têm vindo a sentir, reflectindo-se no poder de compra dos seus consumidores. A região Viseu Dão Lafões é uma das principais atingidas pela quebra dos dois mercados. Isto deve levar-nos a perceber que toda a nossa estratégia de promoção e de visibilidade não deve estar só focada num ou dois mercados emissores de turistas, mas numa pluralidade de mercados. Os reflexos visíveis na tal competição regional… no entanto, salientamos a resiliência com que as nossas empresas e instituições têm ido à luta registam alguns indicadores de bom desempenho, apesar de tudo.
4. Se 8% do nosso PIB está no Turismo e 10% da nossa mão-de-obra activa está no Turismo, se há um crescimento deste subsector, se é o maior exportador do país com o equivalente de exportações de 7 vezes a Auto Europa, por exemplo, porque é que não há mais apoio do governo a esta área? Aponte-me 3 medidas a implementar para o rápido incremento turístico do distrito de Viseu.
Os apoios não são directos a esta área. É bom saber que a região tem tido, a nível da procura de mecanismos para apoio aos investimentos, um bom desempenho. O apoio do governo situa-se essencialmente no apoio às campanhas de promoção e visibilidade. E isto tem acontecido, pelas empresas, através da entidade de Turismo do Centro e da Agência Regional de Promoção do Centro, onde as empresas da região têm tido um protagonismo relevante, tendo estado nos
área do Turismo este slogan se justifica?
Justifica plenamente. Os últimos números reconhecidos de Viseu Dão Lafões revelam um ligeiro crescimento, mas uma clara e evidente resistência na competição regional.
9.
Se Viseu tem das melhores acessibilidades para cidadãos portadores de deficiência. Se há 50 milhões de turistas no mundo com mobilidade reduzida, que é que já foi feito para a sua atracção, para os chamar até nós?
A Jorge Loureiro, vice-presidentes do Turismo do Centro principais certames nacionais e internacionais. 1ª medida: Maior integração e formatação da enogastronomia na perspectiva da Rota do Vinho do Dão; 2ª A oferta estruturada do produto turístico, integrando os vários actores da região Viseu Dão Lafões, na perspectiva do património, termalismo, paisagem, gastronomia, vinhos, turismo rural, etc. O que há necessidade de ser feito situa-se no âmbito do único chapéu por todos reconhecido: a Cim Dão Lafões criando um trabalho em rede congregador de todas estas ofertas, por forma a dar-lhes coerência enquanto produto turístico e uma sub marca regional coesa e diferenciadora; 3ª A realização de uma estratégia comunicacional e de proposta de valor para a diáspora portuguesa, que deverá ser o principal embaixador e promotor da nossa proposta turística, influenciando os consumidores das comunidades onde se insere.
5. Concorda com a medida
implementada pela câmara de Aveiro, de cobrar um euro a cada turista por actividade feita: exemplo, um passeio de moliceiro, uma visita a um museu, etc? Como é possível essa medida?
Discordo em absoluto. As empresas e os empresários já estão tão massacrados com taxas e impostos que já não têm espaço para mais ónus
6. Gastaram-se 50 milhões de euros na promoção externa em países de longa e média distância, quando, segundo o responsável pelo Turismo do Centro, “não há um plano para a promoção do nosso primeiro mercado que é a Espanha”. Como é isto possível?
Isto é possível porque, eventualmente, reagimos um pouco às debilidades que o mercado espanhol vinha acentuando em resultado da crise que o assolou. Por isso, sendo esse o nosso principal mercado externo e não tendo feito a tempo a devida diversificação de mercados-alvo, acabámos por ir “atrás do prejuízo”. Há que “corrigir o tiro” e apostar no reforço do papel do mercado interno e mercado
espanhol de proximidade fronteiriça, sendo mais selectivos no consumidoralvo e nas campanhas de promoção.
7.
Que medidas estão tomadas para a captação de turistas nacionais para a região de Viseu?
São as tradicionais, sendo que no âmbito do termalismo foi detectada a oportunidade, que está a ser trabalhada, nos mercados alemão e austríaco, na aposta de levar os nossos empresários deste sector a visitar complexos termais destes países, assim como foi contratada uma empresa alemã para promoção deste nosso produto termal, não só na perspectiva do consumidor, mas também na da actualização e modernização do nosso parque termal, visando adaptar este produto às novas tendências do consumidor internacional. Estamos com isto a dar passos largos no sentido da internacionalização desta oferta.
8. “Viseu faz bem” é um slogan da CIM. Também na
Até agora, que se saiba, neste nicho de mercado não foi feita nenhuma acção de promoção, pese embora existirem condições para uma aposta dos responsáveis, nomeadamente pela cidade de Viseu, por reunir as melhores condições para formatar um produto com estas características.
10.
Em Viseu, para além do turismo enogastronómico, patrimonial, cultural e termal, que outras possibilidades se desenham? Estão a ser exploradas?
O primeiro passo seria o da definição de um produto de excelência, diferenciado e com raízes locais. E nessa matéria, não havendo nenhuma evidência, julgo que deveria ser em torno da gastronomia e dos produtos que se deveria construir um projecto de experimentação e experiência laboratorial de desenvolvimento teórico e prático, que permitisse à região, a médio prazo, posicionar-se num campeonato onde a excelência, a inovação, a diferenciação e o pioneirismo tornassem a região num destino incontornável da enogastronomia. Exemplo disso fizeram os bascos, que têm cinco restaurantes conhecidos mundialmente e onde são programadas visitas oriundas de todo o mundo.
8
ALEXANDRE AZEVEDO PINTO
à conversa
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
entrevistas ∑ Emília Amaral
“A forma moderna de gerir instituições públicas é aproximar os eleitos dos eleitores” Tem a noção de que está a candidatar-se a uma freguesia com cerca de 25 mil pessoas, mais habitantes do que alguns concelhos do distrito?
Eu estou completamente disponível para estar a tempo inteiro na junta. Essa escala obriga-nos a pensar esse novo sujeito político de uma maneira diferente. As várias freguesias, agora associadas, são todas bastante diferentes e isso é exigente do ponto de vista da nova gestão. Eu proponho um orçamento participado que vai obrigar a que os eleitos do Partido Socialista e o futuro executivo da junta tenham necessariamente que partilhar a decisão. É uma estratégia de gestão ou mais do que isso?
Eu sou muito adepto da partilha de decisões. Não acho que, por sermos eleitos, tenhamos que governar durante quatro anos e no final desses quatro anos voltemos a ouvir a sociedade civil. A sociedade civil deve ser ouvida permanentemente, porque vai-nos ajudar a gerir a junta de freguesia. Uma nova freguesia como a União das Freguesias de Viseu que abrange toda a área urbana da cidade terá obrigatoriamente de ter um presidente a tempo inteiro na junta?
A escala é de tal ordem que isso é incontornável, para a junta ter uma gestão capaz. Para além do orçamento participativo quais são as restantes linhas força do programa de candidatura à União das Freguesias de Viseu?
Nós entendemos que a forma moderna de gerir as instituições públicas é aproximar os eleitos dos eleitores, porque é um contributo para ultrapassar as dificuldades
que hoje há no país. No início do mandato não vamos avocar toda a verba para o orçamento participativo, vamos dar uma percentagem do orçamento a essa possibilidade e ir aumentando ao longo do executivo. Entendemos que há aqui um processo de alguma pedagogia reciproca que é crescente. Como se faz essa partilha?
Temos previsto um conselho consultivo constituído pelas várias associações da freguesia – dinâmicas sociais que queremos aproveitar –, esse conselho consultivo vai ser um parceiro na decisão. Isso é desde logo uma mudança de paradigma, existem duas ou três freguesias no país que estão a funcionar com esse procedimento, nós vamos transpor para cá essa filosofia para ir implementando de uma forma faseada. Porque insiste tanto na implementação do orçamento participativo?
Os problemas atuais são de tal ordem que, a única forma que temos de procurar resolver e esbater um bocado o distanciamento entre os políticos e quem vota, é aproximar a sociedade civil dos problemas para que haja uma corresponsabilização que obrigue a uma maior exigência na transparência dos processos e aproxime as pessoas da política.
Qual é a componente de inovação?
Mais uma vez vai partilhar com parceiros locais e nacionais a resolução de problemas. Vamos tentar soluções inovadoras para problemas que não conseguimos resolver no passado. Aonde pensa criar a anunciada horta comunitária?
Mais do que uma resposta é fazê-lo em contraposição àquilo que está previsto em termos de PDM (Plano Diretor Municipal). Está pre previstapara os atuais terrenos municipais contíguos à Estação Agrária, que em termos de proposta de PDM estão potenciados como área de construção. Entendemos que, dada a localização,, a vocação, a qualidade das terras que lá estão e dada a realidade atual de excesso de oferta de fogos, podemos criar aí riqueza com hortas sociais e coletivas que poderão ser entregues a jovens casais para autoconsumo e para co-
O projeto anunciado HUB é uma resposta social?
São políticas inovadoras na área social em que vamos ter dois parceiros, um grande mecenas nacional e o Instituto de Inovação Social, que procurará resolver problemas que a freguesia tem ao nível de exclusão social, de emprego, de saúde (consultas dentárias), problemas de integração de algumas comunidades, portanto, é de alguma maneira uma resposta social que temos de encontrar.
mercialização, podendo colocar os produtos no Mercado 2 de Maio, por exemplo, em entidades coletivas e outras. É uma resposta social e não mais betão. Que outros projetos apresenta ao eleitorado?
Um progra ma de voluntariado social. Entendemos que há um conjunto de associações que já estão no terreno mas, muitas vezes, as respostas do voluntariado não são bem articuladas. Há muita gengen te disponível, mas as instituições não têm uma coordenação dessa rede de voluntariado. A junta de freguesia pode fazer essa coord de naçã ç o e todos os eleidenação tos, inclusive o to p pr esidente presidente de junta ,dedic ca rão carão uma parte do s e u tempo semanal ao voluntariado.
O que vai propor para a zona histórica?
Dado que um conjunto de pessoas que estão na lista veio do movimento de defesa do centro histórico de Viseu, entende-se que o centro histórico é incontornável do ponto de vista dos projeto prioritários da junta, mas queremos fazê-lo através de um programa de reabilitação funcional. A lógica é termos uma ocupação funcional daquilo que é o comércio, a habitação, a propriedade e o dia-a-dia da cidade, no fundo, é ter o centro histórico com vida durante todo o ano. O José Junqueiro (candidato do PS à Câmara de Viseu) avançou com uma proposta que partilhamos, a de passar para lá o atendimento e a Polícia Municipal e eu acrescento que, queremos ter a sede da junta no centro histórico. Se for eleito como vai resolver a questão da sede da junta?
O que está definido do ponto de vista legislativo é que a sede [da União das Freguesias de Viseu] se situa em Coração de jesus. A minha proposta é manter as duas abertas sem haver um acréscimo de custos. Colocar a sede no centro histórico é uma opção política. Ocentro histórico ocupa o coração do projeto da junta, sendo que os restantes dois locais não devem deixar de existir pelo menos numa fase inicial. Qual é o perfil da lista que o acompanha na candidatura?
A lista constituída por cerca de 44 pessoas tem metade de independentes e metade militantes do partido Socialista. Foi intencional?
DR
Alexandre Azevedo Pinto, 42 anos, economista, é candidato à União das Freguesias de Viseu pelo PS.
Foi intencional do ponto de vista daquilo que é o projeto. Este é um equilíbrio saudável. Os partidos têm o seu peso, mas a sociedade
civil tem energias e imputes muito positivos que pode dar. Eu não posso apregoar um entendimento com a sociedade civil na gestão da junta e depois resumi-lo ao aparelho. E a democracia hoje em Portugal só se faz dessa forma. Este diálogo de participação é um diálogo que vamos ter durante um mandato, assumo esse compromisso político. Como é que um ativista, exdirigente do Bloco de Esquerda e participante em vários movimentos políticos e de cidadania chega a candidatado nas listas do PS?
Num partido da esquerda democrática como é o Partido Socialista é possível alguém com esse perfil poder encabeçar um projeto destes. Também porque, um partido como o PS percebe que é necessário mudar um conjunto de coisas, não só dentro mas de fora para dentro. O Partido Socialista só está de parabéns por isso, porque esta candidatura à junta é um projeto inovador. Vamos ver se se transforma em votos, acredito que sim. Qual é a maior preocupação das pessoas?
É o lado negro do desemprego. E reforço o que José Junqueiro tem enfatizado: a criação de postos de trabalho só pode ser feita pelos privados. O que nós prometemos é ser uma junta competitiva para trazer para cá investimentos privados e, depois, enquanto isso não acontece, é ter respostas sociais. O que é que está a falhar mais no terreno destas três juntas urbanas da cidade?
Penso que é a falta de coordenação das respostas. Não faz sentido, por exemplo, uma junta de freguesia ter uma loja solidária, isso deve ser entregue a quem já faz, a junta deve coordenar as respostas de forma a não haver sobreposição.
DIAMANTINO SANTOS | À CONVERSA 9
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
A reorganização administrativa do território das freguesias fez com que a cidade de Viseu passasse a ter não três mas uma junta de freguesia para - União das Freguesias de Viseu - gerir uma área com mais de 25 mil habitantes, transformando-se no terceiro maior concelho do distrito de Viseu. Um não problema para os que acham que a cidade nem precisa de juntas de freguesia bastando-lhe a Câmara Municipal para ser gerida. Uma preocupação para alguns e um desafio para quem aceitou encabeçar uma lista às eleições autárquicas de 29 de setembro. Alexandre Azevedo Pinto concorre pelo PS, Diamantino Santos (atual presidente da Junta de Coração de Jesus) recandidata-se pelo PSD, Jorge Azevedo lidera a lista do CDS-PP, Luís Lopes concorre pelo BE e João Serra pela CDU. Ao longo destas duas semanas o Jornal do Centro entrevista os candidatos para dar a conhecer as linhas força dos projetos que querem para a cidade.
“Uma das coisas que dá qualidade de vida aos territórios é a segurança” Diamantino Santos, de 58 anos, professor, atual presidente da Junta de de Coração de Jesus, é candidato à União das Freguesias de Viseu pelo PSD. O que mais o surpreendeu neste primeiro mandato?
As dificuldades em que a população mergulhou. Já sabia que havia problemas sociais. Mesmo assim ficou surpreendido?
Fiquei surpreendido pela dimensão. Refiro-me mesma a zonas nobres, onde vivem casais que perderam os dois o emprego e hoje estão a passar por momentos complicados. Conseguiu dar resposta?
Se não fossem as instituições íamos ter muitas dificuldades. Estamos a falar da Cáritas, das Conferências de S. Vicente de Paulo, de associações instaladas no terreno, que são um suporte fundamental para o trabalho que queremos desenvolver. A partir de determinada altura optámos por uma estratégia de ajudar as pessoas, mesmo que isso nos custasse uma ou outra requalificação. Para nós as pessoas são a razão primeira da nossa existência enquanto autarcas. Mudou muito de discurso em relação há quatro anos em que apresentava uma aposta na requalificação.
Micaela Costa
Nem sinto que tenhamos deixado de fazer, o que nos propusemos é que está vertido no nosso programa de há quat r o anos atrás.
Hoje posso dizer que as requalificações que nos propusemos fazer foram conseguidas, apenas houve uma obra que não conseguimos concretizar, porque fomos apanhados pela crise, a construção do centro cívico, era uma obra emblemática que será possível concretizar-se de maneira diferente. Subjacente a isto, temos de continuar a apostar na educação. Muita de população habituou-se a viver do assistencialismo e entende isso como sendo um desígnio e nós não nos devemos resignar, por isso, temos feito ações muito dirigidas para a educação dessas pessoas. Conseguiu pôr a funcionar o Conselho de Cidadão, que tinha como objetivo alertar a junta para problemas na freguesia?
Se calhar não terá funcionado como gostaria, mas tivemos muitos contributos desses cidadãos que nos deram sugestões para o trabalho que estamos a fazer. Vamos continuar com esse conselho de cidadãos, porque a nossa gestão é
uma gestão participada. Eu não quero fazer nada imposto, tudo o que fazemos vai ao encontro das necessidades das pessoas e é muito discutido com as pessoas. É a cidadania participativa que torna os territórios mais equilibrados e inclusivos. Defendia uma nova dinâmica assente na participação dos cidadãos e conseguiu-o?
Modestamente julgo que conseguimos esse trabalho. As diferentes ações que fomos promovendo, a nossa forma de gerir o dia-a-dia foi uma forma de participar na inclusão das pessoas. Espero que os cidadãos percebam uma coisa fundamental: Nós fomos escolhidos por eles para dar corpo aos seus anseios, e esse gosto que está dentro de nós para enco en co ont n raar so ssoluluencontrar çõ ões p arra os ções para tterritórios te rrritórios que ge geri i mo os rimos advém
também de um respeito constante das pessoas que cá vivem. Se não for assim não faz sentido ser autarca. O cartão do residente chegou a ser implantado?
Não, mas a ideia está criada e espero implementá-lo na nova freguesia. Foi um crítico em relação à falta de segurança na cidade (assaltos, vandalismo…) o que foi feito desde aí para melhorar a segurança da freguesia?
Fui crítico, sou crítico e serei crítico. Uma das coisas que dá qualidade de vida aos territórios onde vivemos é a segurança. Ainda há falta de polícia a patrulhar a cidade?
Eu continuo a acreditar que sim. A cidade cresceu muito e os efetivos não cresceram na mesma proporção. Não estou a criticar as pessoas que cá estão porque temos uma boa relação com elas, sou crítico em relação à tutela que não olha para os nossos pedidos e nós sentimos que essa é uma questão muito sensível. Era um defensor da reorganização das freguesias. Está satisfeito com esta junção das três freguesias da cidade?
No nosso caso teríamos mais a perder se não avançássemos com uma proposta [do PSD] em sede da Assembleia Municipal. Essa pro posta reduziu per-
cas. Eu entendi que, a haver agregações, deveriam ser feitas em território urbano e, portanto, defendi este princípio de passar a haver uma freguesia urbana na cidade e ainda hoje acredito que seja uma solução boa. Vai exercer o cargo a tempo inteiro se ganhar as eleições a 29 de setembro?
Eu já exerço o cargo praticamente a tempo inteiro, mas, num território que aumenta exponencialmente, não vejo outra forma que não seja a do presidente de junta exercer o seu mandato a tempo inteiro. Quais são as linhas força desta nova candidatura?
O território da freguesia confunde-se com o território da cidade. Temos acompanhado muito de perto o nosso candidato à Câmara Municipal (Almeida Henriques) e identificamonos com o programa que ele traçou. A nossa primeira prioridade são as pessoas. O apoio e as dinâmicas sociais são fundamentais para trazer mais e melhor qualidade de vida às pessoas que vivem na freguesia. Vamos continuar a desenvolver os projetos que temos na intervenção social, como vamos também dar muita importância ao movimento associativo, porque se não for pujante vamos ter grandes dificuldades em satisfazer toda a vida comunitária. Depois, tentaremos dar um contributo para criar riqueza no sentido de vivermos melhor. Essa riqueza vem do tecido empresarial e não do Estado que vai ser cada vez mais magro e com menos recursos. Temos em mãos a questão do centro histórico que tem um problema grave e onde é preciso criar ideias novas em parceria com os cidadãos que lá estão e com os comerciantes, de forma a revitalizar. Essa é uma segunda prioridade,
revitalizar a economia local, fazendo uma coisa tão simples como tornar mais céleres os processos de licenciamento. Muitas vezes os processos burocráticos desanimam as pessoas a criar a sua própria empresa. Subjacente está também a requalificação dos espaços da cidade. Vai renovar a equipa?
Tinha que o fazer até pela nova realidade. Vamos para um novo ciclo e tínhamos que constituir uma equipa que incluísse elementos das três freguesias. Dois dos elementos das outras duas freguesias serão como que vice-presidentes?
Não terão esse cargo, mas serão duas pessoas que estão muito próximas de mim, continuando a ter a figura de secretário e de tesoureiro. Manuel Teodósio, dirigente da UGT / Viseu, foi anunciado como fazendo parte da lista para representar Santa Maria, mas o seu nome acabou por ser retirado. A polémica está ultrapassada?
No caso do professor Manuel Teodósio, acompanhou-nos e teve um contributo muito positivo, mas a determinada altura entendeu que não devia entrar e foi tudo pacífico sem qualquer polémica. Vitor Costa é o primeiro representa de S. José e Ana Maria Damião de Santa Maria que já exerce função de secretária da junta de Santa Maria. Tem algum projeto alternativo para a sede da Junta que vai ficar na Rua Miguel Bombarda?
As pessoas precisam dos locais abertos, precisam de ter os serviços disponíveis e seria muito mau que encerrássemos qualquer das sedes. O que importa é servir bem as pessoas, a seu tempo pensaremos na possibilidade de um edifício sede.
10 À CONVERSA | JORGE AZEVEDO
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
“Temos que vender [a marca] Viseu e maximizar tudo o que existe” Quando se pensava que Jorge Azevedo estava zangado com o partido surge com um novo projeto para a cidade. O que o levou a encabeçar a lista do CDS-PP?
Tem a ver com a cidade. Eu não estou preocupado com o partido nem com o Jorge Azevedo. Eu não tenho ajuste nenhum a fazer com ninguém, reconheci com humildade que devia estar disponível no momento em que o meu partido precisasse. Este é um momento difícil e há momentos na vida em que temos que dar a cara. Às vezes, temos que deixar o caminho livre, mas se as pessoas entenderam que eu seria a melhor pessoa [para encabeçar a lista], cá estou.. Os programas das candidaturas à União dass Freguesia de Viseu quase se e confundem. Todos dizem que a principal preocupação está nas pessoas, todos querem rem revitalizar o centro histórico…. rico…. Em que se diferencia a proposta de Jorge Azevedo? ?
Em primeiro o lugar, a diferença está mesmo nas pessoas que compõem a lista. Na sua maioria, são s, com elevaindependentes, da classificação ão profissioda experiênnal, com elevada de e no meio cia na sociedade ão pessoas académico. São ssadamente, que, desinteressadamente, decidiram e entenderam que este é o momento de dar esse seu contributo à cidade como cidadãos ativos, para que se possa ter uma cidade melhor. Houe que sentiu ve muita gente que é a hora e para mim já é uma vitória, porque conpe de persosegui este naipe nalidades para me acompago de muito nharem. Foi algo gratificante. Quais são as linhas nhas força desta nova candidatura?
Estamos muiito preocupa--
dos com as questões do património, que têm a ver com a revitalização. O que pensa fazer no centro histórico?
Resumidamente, o centro histórico tem que ter lojas âncora, tem que ter uma convivência salutar entre a parte comercial e a parte habitacional. Esta convivência não é pacífica mas o centro histórico tem que ser nobre em todos os sentidos. Devemos deslocar para ali os melhores arquitetos, os melhores engenheiros, as melhores lojas, as ideias de atratividade, embora o estacionamento seja um problema a equacionar. É um desafio, mas ali tem de conviver o presente com o passado. Independentemente de todos os candidatos falarem, revitalizar o centro histórico é uma obrigação moral e é um contributo que tem que ser dado à cidade. O que tem falhado?
O centro histórico foi modernizado mas devia ter havido uma maior preocupação com o que existia. Acho que deve haver uma discussão pública séria sobre a revitalização do centro histórico quer nos meios de comunicação social, quer na sociedade civil e, em conjunto, encontrar as melhores soluções deixando-nos de demagogia. O ambiente é outras das apostas do seu projeto.
Viseu tem uma estação de medição da qualidade do ar na zona da Balsa e, espero não estar enganado, não há conhecimento dos resultados. É importante apresentar esse trabalho. Pareceme que a estação está subaproveitada. Depois, Viseu pode ser um cluster de um pe-
queno bairro a surgir, que possa ter uma redução das emissões de CO2, que possa ser ecologicamente sustentável, que as pessoas possam usufruir dessa qualidade de vida como forma de vida , que tenha ciclovias de acesso às existentes. Até proponho criar ao lado dos sistemas de abastecimento de carros elétricos um parqueamento para bicicletas. Viseu tem que dar um salto na área do ambiente. E na educação?
Os presidentes de junta têm assento nos conselhos gerais das escolas e precisam de ter aí uma voz mais ativa. Uma pessoa que tenha menos recursos não responde como uma pessoa que tenha mais recursos e a escola também tem que os criar. Qual é a força de uma junta de freguesia neste aspeto?
Muita. O presidente da junta é o que está mais próximo da escola, dos pais e tem que ser um impulsionador, no fundo, é quem leva a comunidade para a escola e traz da escola para a comunidade as melhores respostas, para que a escola possa responder a todos os a nseios da sua comunidade. Também achaqueViseu
precisa de ter uma marca?
Os estudos valem o que valem, mas nós temos orgulho em ser de Viseu. Às vezes, quando saímos daqui e falamos com pessoas de outras cidades é que vemos aquilo que elas pensam da nossa. Acham que é bonita, que é bem organizada, que é excelência em gastronomia…
nos ao fim-de de semana até à hora em que os bares da zona histórica estão a funcionar. Depois, acho que a Cava de Viriato devia ser alvo de uma discussão para maximizar. Podíamos ter ali uma outra dinâmica, nós não vemos crianças [de outros pontos do país] na nossa cidade. Temos que vender Viseu e maximizar tudo o que existe.
E qual é a marca?
A marca é Viseu, não há outra. A cidade tem que ter uma marca, mas não pode ter essa marca por decreto. Temos de nos deixar de demagogia e encontrar, por exemplo, uma solução para o Mercado 2 de Maio, porque nenhum residente está satisfeito com o projeto. Temos outro problema com o atual mercado que precisamos de resolver, temos o problema do funicufunicu lar que, estando feito, é preciso rentabilizar, ou seja, encontrar uma plataforma p pa ra que esteja aberto para à noite pelo me-
Esteve de acordo com a reorganização administrativa que originou esta “mega” freguesia em Viseu?
Eu sou candidato depois da reorganização estar feita, portanto, é um assunto que não se me coloca. Se esta reorganização trará mais-valias? Eu acho que, quando se reorganiza, deve ser por todo, não se pode começar pelas juntas, chegar-se às câmaras e não se reorganizar. Agora temos freguesia com mais peso que alguns concelhos. Havia até quem defendesse que uma cidade não precisa da junta de freguesia.
Eu acho que a junta de freguesia faz sentido, porque tem um papel diferente, agora é preciso ficar bem definido quais são as funções da junta e da câmara. Deixou de ser o tempo em que os louros ficam só para uns, o importante é encontrar as melhores soluções e as melhores pessoas para os melhores sítios. Se for eleito como pensa resolver a questão da sede da junta?
Não faz sentido maximizar recursos e depois andar no jogo de
ter que se ir a Santa Maria levar a t-shirt de Santa Maria, ter que ir a S. José levar a t-shirt de S. José e ter que ir a Coração de Jesus levar o pin e o boné. A solução passa por discutir qual o melhor lugar para ficar sediada a junta, em função do acesso. Manter tudo como está é a solução mais fácil. O candidato do PS diz que quer levar a sede para o centro histórico…
Eu gostaria. Era o local mais nobre para sediar a junta, num prédio digno, sem grandes luxos mas funcional. Porque utilizou na sua apresentação os termos “repulsa pela falsa promessa”, manter-se “afastado de toda e qualquer trica”, “honestidade”, “inércia”?
O que quero dizer é que acabou o tempo da promessa fácil, o político que não cumpriu deve ser penalizado e deve fazer mea culpa por aquilo que não concretizou. Se eu fizesse um programa com 100 medidas e só executasse 10 demitirme-ia. O que falhou na gestão de quem presidiu até agora às três freguesias?
Falta algo de inovador na forma como se tratam determinadas situações. Temos que discutir ideias. Hoje as decisões mais parecem as coordenadas do GPS, o fontanário fica aqui, aquela obra vai para ali… As juntas plurais com representatividade é a melhor [gestão] que pode haver, seja em que lugar for, porque a negociação funciona sempre melhor. O político tem que ter a humildade de reconhecer que pode haver ideias melhores.
Paulo Neto
Jorge Azevedo, de 44 anos, professor, é candidato à União das Freguesias de Viseu pelo CDS-PP.
Jornal do Centro
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região
MORTE
VISEU. Uma mulher de 69 anos morreu na noite de domingo, dia 4, na sequência de uma queda da varanda de sua casa, com uma altura de dez metros. A vítima, que residia em Marzovelos, foi encontrada já sem vida quando os bombeiros municipais de Viseu chegaram ao local. Segundo moradores a vítima ter-se-à debruçado para falar com um conhecido que passava na estarada e desiquilibrou-se. A mulher, que deixa cinco filhos, sofria de uma depressão profunda.
DETIDOS
Nelas. Dois jovens de 18 e 19 anos de idade foram detidos na sexta-feira, na Estrada Nacional 234, pelo crime de roubo por esticão a uma mulher de 57 anos. Publicidade
Parque Ambiental está a nascer em Cavernães Objetivo∑ Preservar espécies protegidas como sobreiro e carvalho A Fre guesia de C a vernães no concelho de Viseu vai ter um Parque Ambiental numa área de 50 mil metros quadrados. “Trata-se de uma obra demasiado grande para ser só da freguesia. Vai ser uma mais-valia para todo o concelho, ombreando com o Parque da Aguieira” na cidade de Viseu, anunciou o presidente da junta, Jorge Silva durante a última reunião descentralizadas das juntas de freguesia do concelho, que aconteceu em Cavernães.
O Parque Ambiental de Cavernães tem por objetivo preservar espécies protegidas como o sobreiro e o carvalho. O investimento vai rondar os 100 mil euros e deve ficar concluído ainda este mês de agosto. “Vai ter um parque de merendas com uma zona relvada, caminhos internos com equipamentos de manutenção colocados ao longo dos cinco hectares. Terá casas de banho e parques de estacionamento”, informou. A ideia surgiu a partir da existência de um
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terreno contíguo à Casa Mortuária e ao cemitério, onde existem algumas espécies vegetais protegidas. “Contactámos uma paisagista que ficou encantada com a ideia e nos ajudou a criar este espaço”, adiantou. Jorge Martins assumiu que se continuar na junta de freguesia o projeto será para continuar com a criação de novas valências: “No futuro, gostávamos de colocar uma cascata e eletricidade”. Emília Amaral
Opinião
Ser filho e ser pai A minha condição de Pai atingiu a importância máxima aquando da perda do meu (11/08/2011). Até à data, o cenário que idealizava de Avó, Pai e Filho ir-se-ia perpetuar, o manter do airo. No entanto, o inesperável aconteceu e este novo facto obrigou-me a ser cada vez mais Pai e menos Filho. Uma lição muito dura de perceber e compreender. Dizer que vou tentar ser o mesmo Pai que o meu foi é muitoarriscadoeporventura denotada falta de humildade da minha parte. Dizer que os meus filhos vão ser iguais a mim ou à minha esposa é nivelar por baixo as suas capacidades e qualidades. Tenho presente a formação e os valores que lhes podemos transmitir mas o percurso é de cada um. A nós, cumprenos moldá-los e ir compondo as arranhadelas que derem nos pára-choques, alertando-os atempadamente para cada cenário, como fizeram connosco, mas acima de tudo mostrando os diferentes caminhos e os perigos existentes em cada um (e são cada vez mais diversos, rebuscados e menos evidentes). A preocupação com a educação dos filhos nos dias de hoje é seguramente igual à que os meus pais tiveram. Os assuntos são é eventualmente tratados e falados de um modo distinto e as exigências e solicitações mais diversificadas. A nossa condição de porto de abrigo, âncora, é cada vez mais vincada, dados os momentos que atravessamos. Os nossos filhos estão, por ventura, mais despertos para um conjunto de assuntos que no meu tempo nada nos dizia, digo eu… Sermos respeitados como pais é bastante diferente de sermos respeitados como professores. Vivi e vivo este facto dos dois lados. Os nossos filhos vêem-nos sempre como Pais e não como pretensos professores. A resposta ou a questão colocada é recorrente: “És o meu pai ou és
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
o meu professor?”. No entanto, a possível margem para errarem é muito inferior em face das actuais circunstâncias e do que desejamos para eles. Da prática das artes-marciais apreendi um grande ensinamento que talvez possa resumir tudo o que aqui foi dito: a excelência só se atinge quando o aluno supera o mestre. Se o contexto familiar é uma referência para alguns, o contributo dado pelos professores que cada um teve é uma marca e condição indeléveis. Em função das reduções, contenções e distorções que se estão a desenvolver nesta área, a sua situação é cada vez mais precária e para muitos pouco atractiva. Este grupo de notáveis pessoas tem e terá sempre a incumbência e obrigação de preparar as futuras gerações e, neste sentido, deverão ser correctamente acarinhados os que assim contribuem para isso. Se cortar, reestruturar e redimensionar é algo que foi assinado no memorando de entendimento com a Troika - e que agora irá recair sobre este grupo com gritantes consequências o que é que ainda está por fazer na fileira energética, nas devastadoras PPP e na fiscalidade e economia financeira, proteccionista e paralela? Quem é que ficaria a perder com os desejados cortes nestas áreas? Os alunos, os cidadãos ou uma pequena elite? Quantos alunos seriam influenciados com a aplicação destes cortes no imediato? Muitos. No meu caso, foi no bafo familiar que muito aprendi, e como já perdi o meu saudoso pai mas ainda vou tendo a minha querida e amável mãe que muito me instruiu o que não se consegue aprender nos diferentes níveis de ensino, aqui deixo o meu leal agradecimento a ambos.
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SÁTÃO | TONDELA | REGIÃO 13
08 | agosto | 2013
Rádio Sátão... agora Alive fm A Rádio Sátão emite há quantos anos?
A António Mendes, jornalista e director programação feita de raiz com os mais diversificados programas musicais, culturais, desportivos e informativos, os principais destaques vão para o inicio da manhã com um programa feito por dois jovens animadores e a informação que passou a ser atualizada de hora a hora. Quais os objectivos que lhes subjazem?
Há dois anos a esta parte, a Rádio Sátão começava a ser alvo de transformação, com o objetivo de ir mais longe, deixar de transmitir para os ouvintes do concelho de Sátão e abranger todo o distrito de Viseu, ai a necessidade de alteração de designação de Rádio Sátão para Alive fm.
A Alive fm traz ao mercado um novo conceito, uma nova imagem e uma nova perspetiva do que é a rádio, aliando a música á informação, e o gosto pela rádio ao prazer de comunicar A Alive fm é uma rádio adepta da mudança, do dinamismo e da inovação, o objetivo é lutar para marca a diferença porque os ouvintes assim o exigem e merecem.
Para além dela, há outras mudanças? Quais?
Qual o número médio estimado de ouvintes?
A Alive fm foi pensada para ir ao encontro dos ouvintes e clientes, neste sentido além de uma grelha de
Com este novo formato, a Alive fm, tem por objetivo manter os lugares cimeiros de audiência no distrito
Porquê esta mudança de nome?
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de Viseu, á semelhança da Rádio Sátão que ao longo de 21 anos consegui manter uma audiência fiel, a Alive fm sendo um projeto mais ambicioso, pretender ser a rádio local mais ouvida no distrito. Que público-alvo atingem e qual buscam atingir?
Com a nova grelha de programação a Alive fm, pretende abranger como publico alvo a faixa etária dos 20 aos 60 anos, a nova programação abrange vários tipos de musica, só como exemplo as noites são divididas para dois públicos-alvo, das 21 ás 23 horas a Alive fm tem um programa de musica HIT POP/ HOUSE e das 23 à uma da manhã musica dos anos 80 e 90. A Alive fm atualmente com uma equipa de 5 profissionais e 4 animadores voluntários, está neste momento com 17 horas de emissão em direto sendo as restantes 7 horas apoiados pelo programa de automatização. Paulo Neto
Paulo Neto
A Rádio Sátão fez no passado dia 10 de julho 21 anos, há quase duas décadas que o Centro de Formação Assistência e Desenvolvimento com sede na cidade da Guarda (CFAD) adquiriu o alvará da frequência 89.9 fm, esta era a única coisa que restava da então “pirata” Rádio Sátão, todo o equipamento tinha desaparecido inclusive a própria torre. Durante um ano, foram reunidos esforços para que a rádio passa-se a emitir, mas começar do zero não foi fácil, porque todo o equipamento teve de ser adquirido, incluindo um apartamento para estúdios de emissão, redações, sala de administração e receção.
Tondela no Anuário dos Municípios Portugueses 2011/2012 O presidente da Câmara de Tondela, Carlos Marta realçou na passada terçafeira, durante a conferência de imprensa que analisou o posicionamento do município de Tondela no ranking global dos municípios portugueses, o bom momento financeiro do município de Tondela no último triénio, de acordo com os dados tornados públicos na última edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. Segundo esta publicação, o concelho de Tondela ocupa a sexta posição no ranking dos municípios portugueses de média dimensão com melhor eficiência
económica e financeira e é hoje o primeiro classificado no distrito de Viseu. “Estes são resultados muito bons e que nos deixam naturalmente muito satisfeitos pelo excelente trabalho que conseguimos desenvolver, fruto de um grande trabalho de equipa e de opções estratégicas que se conjugaram no sentido de ter boas contas e ao mesmo tempo promover investimento para haver progresso e desenvolvimento”, lembrou. No momento em que o país atravessa uma grave crise económico-social e financeira, Carlos Marta realçou o empenhamento da autarquia na melhoria das condi-
ções de vida das populações referindo que, “contra ventos e marés”, o município de Tondela é “um daqueles que mais investimento está a levar a efeito”, conseguindo ao mesmo tempo descer taxas e impostos municipais, para as pessoas, empresas e instituições. O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, estudo que analisa as contas das câmaras municipais desde 2005, é uma publicação na qual participa o Tribunal de Contas, a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC), o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade e a Universidade do Minho.
Jornal do Centro
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Almeida Henriques apresenta a sua equipa “exemplar” O candidato do Partido Social Democrata (PSD) à Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, ex-secretário de Estado adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional e atual presidente da Assembleia Municipal de Viseu, apresentou na passada segunda-feira os nomes que compõem as suas listas para o executivo municipal e para a assembleia municipal. “É gratificante poderme apresentar às eleições com uma equipa desta qualidade, mulheres e homens com provas dadas, pessoas com percursos diferentes mas todos eles percursos de vivência na sociedade de Viseu”, rePublicidade
feriu. Esta equipa “exempla r ” n a s competências” e com um notável “posicionamento na sociedade civil”, é “uma nova equipa para um novo ciclo, um verdadeiro fogo novo para o nosso concelho”, destacou Almeida Henriques. Nascida da comissão estratégica Viseu Primeiro, equipa criada para definir e identificar as prioridades para o concelho a constar no programa eleitoral, de onde saíram metade dos candidatos ao executivo municipal, a lista de efetivos e suplentes apresentada pelo antigo secretário de Estado adjunto da Economia e Desenvolvimento
Pedro Morgado
PSD ∑ Listas para o executivo municipal e para a assembleia apresentadas na sede do partido no Rossio
Regional tem 13 rostos novos em 15 possíveis. Apenas Guilherme Almeida, vereador no atual executivo camarário com os pelouros da juventude, desporto e tempos livres e turismo e Ana Paula Santana, vereadora para a cultura, ciência e património, gestão geral e coo-
peração externa, integram o lote de escolhidos de Almeida Henriques ocupando a quinta e a sexta posição passando a gerir, se eleitos, os pelouros da juventude, desporto e tempos livres e bem-estar e o pelouro da educação e do ensino superior. Depois de A lmeida
Henriques, candidato a presidente e futuro responsável pelos pelouros do desenvolvimento económico e revitalização do centro histórico, surge o seu homem forte, Joaquim Seixas, diretor do Centro Distrital de Segurança Social de Viseu, que se ocupará das áreas da solidariedade social e do apoio às famílias. Odete Paiva e João Paulo Gouveia, respetivamente terceira e quarta escolha do candidato, são os nomes apontados para a cultura, património e turismo e para a agricultura, desenvolvimento rural e coesão local. A lista apresentada inclui ainda os nomes de Fernando Marques para
o território, urbanismo e regeneração urbana, Ana Paula Madeira para a justiça e desenvolvimento económico e Luís Lopes para o empreendedorismo, inovação e juventude. A lista à Assembleia Municipal aponta o médico José Mota Faria como o cabeça de lista e primeira opção. João Cotta, Elisabete Farreca, Manuel Teodósio Henriques, Pedro Alves, Cristina Paula Gomes, José Alberto Ferreira, José Ernesto da Silva, Sofia Pires, Paulo Pereira, Filipa Mendes, António Figueiredo, José Correia, Florbela Soutinho e António Lopes são os restantes nomes. Pedro Morgado
Jornal do Centro
AUTÁRQUICAS | REGIÃO 15
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direito de ser ouvidos sobre as propostas dos respetivos orçamentos e planos de atividade antes da sua aprovação na câmara municipal”, sustentou. Entendendo a ação desenvolvida pelo Bloco de Esquerda para a “melhoria da democracia portuguesa e da democracia local” como “um esforço reformista no plano da equidade e da justiça social”, Luís Lopes detalhou as prioridades do bloco para o concelho que “visam alterar o rumo que outros partidos escolheram para esta cidade” e que a afastou das principais capitais nacionais e europeias mais desenvolvidas. “O que nós pretendemos é uma cidade moderna e para
isto há muito a fazer. Temos que contribuir para as boas práticas na política municipal de habitação, assegurar a limpeza e a manutenção das vias e dos espaços públicos, apoiar todas as atividades culturais e desportivas, gerir melhor e conservar os equipamentos sociais e culturais e redefinir os critérios sociais nos processos de realojamento”, salientou. O “Junta-te às sextas”, um calendário de reuniões semanais com os viseenses, a criação de um boletim informativo para a imprensa local, a reabilitação urbana, o desenvolvimento de um programa que promova o comércio, o reforço da assistência domiciliária e a universidade sénior são algumas das propostas que o candidato quer ver concretizadas durante o seu mandato à frente da União de Freguesias de Viseu. PM
Expocenter “recebeu” as listas de Junqueiro PS ∑ Cerca de 600 pessoas estiveram presentes na sessão pública de apresentação Foi o culminar de dois meses de trabalho dedicados à cidade: José Junqueiro, candidato do Partido Socialista à autarquia de Viseu apresentou na passada segunda-feira no Expocenter as listas ao executivo municipal e à Assembleia Municipal de Viseu. “Aquilo que estamos hoje a propor ao nosso concelho é um novo ciclo, não é a continuação de um velho tempo. Quero dizer que as soluções apresentadas por Almeida Henriques são piores soluções do que as que existem atualmente. Nós queremos novas oportunidades, queremos sobretudo uma nova esperança para Publicidade
Pedro Morgado
O Bloco de Esquerda (BE) anunciou na passada semana que Carlos Vieira, professor e deputado municipal, é o seu candidato à Assembleia Municipal de Viseu, enquanto Luís Mouga Lopes será o “homem certo” para “gerir com transparência, rigor e eficácia” a União de Freguesias de Viseu. Durante um almoço com os jornalistas o candidato à assembleia municipal Carlos Vieira defendeu como prioritário a implementação no concelho de Viseu de um modelo que permita a consulta prévia do orçamento municipal pelos cidadãos, entendendo que já é tempo para que em Viseu “a lei seja cumprida”. “Uma vez que a maioria dos viseenses não fazem parte dos órgãos executivos, não assumem pelouros, poderes delegados ou outras formas de responsabilidade direta ou imediata, têm o
DR
BE na corrida à União das Freguesias de Viseu
as pessoas”, afirmou. João Paulo Rebelo, deputado na Assembleia Municipal de Viseu é o número dois da candidatura socialista ao executivo municipal. Em terceiro lugar aparece a professora do ensino superior e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Rosa Monteiro.
Adelino Aido, professor aposentado e Andreia Coelho, advogada e empresária, ocupam a quarta e a quinta posição da lista ao executivo municipal. Paula Nelas, Milton Lopes, Isabel Pais, Carlos Alberto Mendes, Ângela Girão, Alexandre Ribeiro, João Carvalho Duarte, Teresa Merino, José Pedro Saraiva e Waldemar Calhau são os nomes que fecham a lista. O cabeça de lista à Assembleia Municipal é António Ribeiro de Carvalho, ex-presidente da delegação de Viseu da Ordem dos Advogados. Pedro Morgado
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16 REGIÃO | AUTÁRQUICAS
Fernando Casimiro Florentino, atual presidente da Junta de Freguesia de Povolide eleito pelo Partido Social Democrata (PSD), esteve presente no passado domingo na apresentação do seu filho como candidato do CDS-PP à freguesia de Povolide situação que, referiu, decorre da forma como foram tratados os processos das candidaturas do PSD no concelho. “O candidato do PSD é um senhor que concorreu há quatro anos contra mim e que gastou cerca de 20 mil euros numa campanha simulando a compra de um autocarro para me derrotar. A concelhia do meu partido e o seu responsável, Guilherme Almeida, preferiram optar por ele, situação com a qual eu não posso concordar” referiu o presidente da freguesia de Povolide. Nesta iniciativa onde esteve presente o candidato à presidência do município de Viseu pelo CDS-PP, Hélder Amaral, o autarca, militante do Partido Social Democrata há cerca de 30 anos, confessou que não se revê na concelhia atualmente em funções nem nos seus atores. “Esta concelhia está entregue a uma malta que olha mais pelos seus interesses pessoais do que aos interesses do partido e isso eu não posso aceitar”, salientou. Questionado pelos jornalistas sobre a forma como decorreu este processo, Fernando Florentino referiu apenas a existência de duas reuniões onde lhe terá sido proposto o lugar de presidente da assembleia de freguesia posição que, referiu, Publicidade
“nunca poderia aceitar” dados os factos ocorridos na última campanha autárquica. “Vou estar nesta campanha ao lado do meu filho e ao lado do Hélder Amaral que considero, nesta campanha, o político mais lavado de todos eles. O Hélder Amaral é um político que não tem nada que se lhe possa apontar, enquanto o Partido Socialista por Viseu nunca fez nada […] e o candidato do PSD, Almeida Henriques, também não me diz nada pelo seu passado como empresário. Como político é aquilo que eu costumo chamar um político de concorrência”, sustentou. Entendendo a campanha que se avizinha como “muito difícil”, “muito dividida” e “bastante disputada” o autarca apelou a todos os intervenientes para que esta decorra num clima de elevação onde possa imperar o “respeito e a educação” deixando ao povo a decisão soberana, notando a existência de “problemas” noutros pontos do concelho. “Não só há problemas em Povolide como também em várias freguesias do concelho de Viseu. Eu falo pela minha. Sou presidente de junta há 20 anos, antes de o ser fui membro da assembleia, ocupei o lugar de presidente da assembleia no mandato do engenheiro Carrilho e, portanto, acho que a concelhia devia ter tido muito mais respeito por mim do que aquilo que teve e, por isso, neste momento, não estou com o PSD e tudo farei para que em Povolide o Partido Social Democrata perca as eleições”, rematou. PM
Hélder Amaral voltou ao Rossio CDS-PP ∑ Candidato apresentou o seu programa e prometeu uma campanha “porta-a-porta” O candidato do CDS à Câmara de Viseu, Hélder Amaral, apresentou na passada sexta-feira o seu manifesto eleitoral e desafiou as outras candidaturas a assumir um compromisso para aquele que apelidou como o “novo modelo de governação da cidade”, sublinhando a qualidade dos programas eleitorais apresentados pelos seus adversários. “Os programas das outras candidaturas são belíssimos. Porventura, muito ao estilo das páginas amarelas. Está lá tudo, mas, ainda assim, são como referi belíssimos programas. Assim, se temos todos programas que num ponto ou noutro são coincidentes, resta-me dizer que o que falta é discutir a vontade e as pessoas que encarnam e que dão a cara por cada um destes projetos”, salientou. No seu regresso à Praça da República, Hélder Amaral justificou aos militantes e simpatizantes democratas-cristãos a escolha deste local com a sua vontade de “dar este programa à cidade, ao concelho e às outras forças políticas” pelo que, sublinhou, não “fazia sentido fazê-lo numa sala fechada” em vez de se constituir como uma “candidatura no meio
Pedro Morgado
Eleições ao rubro em Povolide
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das pessoas” onde “esta quer estar” e que possa contribuir para colocar Viseu “no mapa”. “Eu gostava que Viseu fosse uma cidade onde acontecessem coisas. Viseu é um sítio onde acontece pouca coisa. Nós queremos preservar isso mas, queremos também que Viseu seja uma boa cidade para trabalhar, uma boa cidade para investir, uma boa cidade para estudar, uma boa cidade onde o país se reveja e da qual o país sinta orgulho”, afirmou. Criticando o candidato do PSD à Câmara de Viseu por avançar com esta sua candidatura “com esforço”, o democrata-cristão disse ter a maior compreensão por alguém “que faz uma ca ndidatura que não quer fazer” e que “traz uma ideia de liberdade,
uma ideia de progresso que é uma negação dos 24 anos de governação” socia l-democrata no concelho. “Porque é que alguém que está há tantos anos à frente da assembleia municipal, esteve na Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) nunca disse, nunca se manifestou, nunca se opôs, tenta ndo cumprir as ideias que agora nos apresenta? Eu tenho compreensão por quem vive num centralismo difícil e que, talvez por medo, não quer, em sentido figurado, ser corrido à pedrada”, sublinhou o candidato. Hélder Amaral, deputado eleito pelo círculo eleitoral de Viseu, acusou ainda o candidato socialista de ter “plagiado” o cartaz de José Sócrates que prometia
150 mil postos de trabalho ao mesmo tempo que, segundo o democrata-cristão, quer “fugir da câmara e colocar o gabinete na Rua Direita”. As medidas apresentadas durante esta ação do Partido Popular (CDSPP) centraram-se nas áreas da cultura, economia, turismo, solidariedade social, produtos endógenos e recursos naturais e sobre a administração municipal contando com a presença de Graça Canto Moniz Cultura, Vítor Duarte, Jorge, Cândida Ferreira, António Luís Martins e Carlos Pimentel. Deste manifesto nascido da “constatação de que estas eleições marcam em Viseu o fim de um longo ciclo de uma liderança política que há muito parou no tempo” destacam-se o desenvolvimento de um plano municipal de cultura, a criação de uma agência regional para o investimento, a reformulação radical do regulamento de taxas do município, o reforço dos programas de turismo sénior e a orientação dos departamentos técnicos do Município para a assessoria à criação de projetos privados de solidariedade, entre outras medidas. Pedro Morgado
Micaela Costa
Textos: Micaela Costa
Grafismo: Marcos Rebelo
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 595 DE 8 DE AGOSTO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
suplemento
Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
18 SUPLEMENTO
Um pouco de história… Recuamos ao tempo anterior à reconquista cristã (974 e 975) para conhecermos a origem de Santa Comba Dão. E ao ano de 982, era cristã e tempo de guerra entre Mouros e Cristãos, para vasculhar a origem do nome deste concelho do distrito de Viseu. Diz-se que uma Abadessa Beneditina, de seu nome Columba, teria sido martirizada, numa das incursões árabes sobre a Península Ibérica. Columba ficou Santa e o tempo tornou-a Santa Comba. As águas do Dão ditaram o resto. Mas a história de Santa Comba Dão começou muitos séculos antes. Há vestígios que remontam ao Paleolítico e há vestígios de ocupação Romana dispersos por vários locais: em Patarinho, Óvoa, onde provavelmente existia uma “Villae” Romana, no Passal das Igrejas de Couto de Mosteiro ou de Treixedo onde um olhar atento vislumbra restos de cerâmica Romanos. Diz-se ainda que as vias do Império cruzaram estas terras, há mesmo quem defenda que Vila de Barba tenha sido um povoado fortificado pelos Visigodos, que teriam ocupado o castro lá existente e a este lugar teriam chamado Borga. Santa Comba Dão tem história, perdida no tempo e que se mantem ao longo dos anos nas gentes, nas construções e em cada esquina do concelho. Visitar Santa Comba é viajar no tempo mas com um olhar atento no futuro.
Santa Comba Dão oferece segurança
Câmara Municipal situa-se no Largo do Município
Monumentos de destaque em Santa Comba Dão
Para além da história e da cultura que envolve Santa Comba Dão, a qualidade de vida e, acima de tudo a segurança, são mais-valias do concelho. A base da Proteção Civil e do INEM e ao nível da segurança e ordem pública a sede do destacamento da GNR (que faz Santa Comba, Tondela e Mortágua), os Gips e a equipa do SEPNA, são motivos suficientes para que as pessoas visitem e habitem em Santa Comba Dão.
Gastronomia A agricultura e a presença dos rios Mondego, Dão e Criz e as demais ribeiras e riachos estão diretamente relacionadas com a qualidade gastronómica da região. Desde espécies de peixes característicos da região, aos doces típicos e ao bom vinho, são tudo boas razões para quando for a Santa Comba Dão não deixar de se sentar à mesa.
A Igreja Matriz de Santa Comba Dão, datada do século XVIII, com estilo barroco, com duas torres sineiras
A Casa dos Arcos, solar ancestral dos barões de Santa Comba Dão, visitada pela rainha Catarina da Inglaterra em 1692, por D. Pedro II em 1704 e pelo infante D. Manuel em 1738, como o revela uma placa de mármore perto do portão
A Casa de Joaquim Alves Mateus, localizada próxima da Casa dos Arcos, datando originalmente de 1555, mas com reconstrução posterior do século XVIII, revelando características arquitetónicas renascentistas. Nesta casa terá nascido, em 1831, Joaquim de Alves Mateus, cónego e orador religioso de renome
A Ecopista do Dão que liga Viseu, Tondela e Vimieiro mediante uma ciclovia com 50 quilómetros.
Sugestões: Sopa Canja de galinha, Sopa à Lavrador, Sopa da Beira Alta, Sopa de couve lombarda com farinheira, Sopa de Favas com presunto salgado. Peixe Arroz de polvo de meia cura, Bacalhau à Lafões, Bacalhau assado com grelos à Santa Comba Dão, Bacalhau assado com migas, Bacalhau com broa, Bola de sardinha salgada, Caldeirada de peixe do rio, Ensopado de enguias, Faneca frita com arroz de grelos, Peixinhos da horta, Trutas grelhadas do rio Criz. Carne Arroz de cabidela de cabrito, Arroz de carqueja com galinha, Bola de milho com carne em vinha d’alhos, Chanfana de Borrego, Leitão grelhado à Senhora da Ribeira, Salada de orelha de porco. Doçaria Abóbora frita, beringela ou xeróvias, Argolas de aguardente, Arroz doce à moda antiga, Biscoitos de azeite, Filhós de abóbora-menina, Leite-creme à moda antiga, Maçãs assadas com castanhas.
Jornal do Centro
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SUPLEMENTO
“Ao perdermos o comboio da indústria temos que apostar nas potencialidades do turismo”
O que é que o concelho oferece ao nível da restauração e hotelaria? Na hotelaria, infelizmente, Santa Comba não tem muita oferta, e não é por falta de dinamismo da Câmara, que se tem esforçado para que haja investimento nesta área. Contudo também percebemos que devido às boas opções que existem nos arredores os empresários se retraiam um pouco, em especial num momento em que a situação económica e financeira não é a melhor. No que diz respeito à restauração temos uma oferta razoável, com restau-
rantes de referência, com um bom serviço e a preços competitivos. O que é que o município, as freguesias, oferecem a quem visita? Inicialmente tentamos sempre proporcionar a quem nos visita, seja nacional ou estrangeiro, um bom atendimento. O Posto de Turismo está preparado para ajudar e dar as melhores indicações. Temos locais de referência como a praia fluvial Senhora da Ribeira, a Ecopista do Dão para caminhadas e fazer passeios de bicicleta, temos um conjunto de monumentos em especial de arte sacra, no que diz respeito a igrejas e capelas, zonas históricas em praticamente todas as freguesias, e são esses locais que quem nos visita não pode deixar de visitar. De que forma vê a evolução do concelho? Sempre fui muito exigente, e nunca estou satisfeito com o que se faz, mas tenho que reconhecer que muita coisa foi feita. Volto a referir que o associativismo teve uma enorme dinamização, e sempre independente do poder político, nunca quis que os partidos políticos se colocassem à frente das Associações. Permitimos que o associativismo tenha todo o apoio para levar a cabo um conjunto de eventos, para que quem cá viva se sinta bem e que quem venha não tenha vontade de sair. Claro que depois há outra questão, que nos ultrapassa e que o país ainda não dá resposta. Só se consegue fixar jovens e outras faixas etárias se houver emprego e o grande problema em
Micaela Costa
Numa altura em que começam a chegar muitos emigrantes e turistas, de que forma o concelho se preparou? Este ano, e porque temos consciência que o turismo tem vindo a crescer e, aliás, temos notado na rua muito mais turistas, não só nacionais mas também estrangeiros, o que tentámos, logo no início do ano, foi coordenar um programa que abrangesse o concelho e que integrasse as Associações. Normalmente são essas estruturas que desenvolvem nas freguesias um conjunto de eventos, desde festivais de folclore, música e arraias populares. Por todo o lado vão decorrer atividades, durante todo o mês de agosto não há nenhum fim-de-semana que não tenha uma ou duas festas. Tentámos também que não se concentrasse só nesse mês, mas desde os finais de julho até setembro. Preparamos o concelho de maneira a que quem venha, tenha vontade de voltar e, claro, motivar a restauração, que é muito importante ser aproveitada nesta altura do ano. E até nesse setor são desenvolvidas várias atividades para aqueles que procurem outras opções, para além das festas.
Santa Comba é que o emprego está muito virado para o setor dos serviços, o setor público, pois a indústria é residual, e como é exatamente o setor público que está em crise há dificuldades de fixar pessoas e isso é preocupante. Falava em investimento. Que áreas, para além da hotelaria, teriam sucesso? Já fizemos essa análise e chegamos sempre à mesma conclusão. Ao perdermos o comboio da indústria temos que apostar nas potencialidades do turismo, e para isso nós temos oferta. Somos dos poucos concelhos do país com três rios, Dão, Criz e Mondego. Um espelho de água com a dimensão que tem a Albufeira da Aguieira permitirá, seguramente, que alguns investimentos se façam ao longo destas linhas de água. Neste momento está já em publicação o Plano de Pormenor da Senhora da Ribeira, instrumento de planeamento sem o qual não é possível avançar com qualquer investimento, e que prevê a construção de um empreendimento turístico até 400 camas. É lógico que sabemos que levará o seu tempo a realizar-se, mas as bases estão lançadas. Estamos a elaborar outro Plano de Pormenor para o Granjal, frequesia de Treixedo, com vista a definir as regras para um investimento numa zona termal. O furo está concluído, assim como os estudos de caracterização das águas,
tendo sido atribuída a concessão da exploração à Câmara Municipal. Para alavancar um projeto que seja diferenciador da oferta existente, estamos a preparar um protocolo de cooperação com uma empresa da área, de modo a garantir o sucesso deste projeto. Um projeto que se deseja abrangente e que cruze várias idades e para isso pensamos em ligar o complexo termal do Granjal à Senhora da Ribeira para o turismo de lazer, à Ecopista para o turismo de natureza e eventualmente num futuro projeto sobre Salazar ao turismo cultural. A cultura é um ponto forte do concelho? Na área da música temos executantes que têm prémios internacionais. E temos alimentado esse sucesso. Desde o primeiro ciclo tentamos motivar para que assim seja. Fizemos recentemente um m espetáculo promovido pelo conservatório, que nasceu do sucesso dessas atividades, o espetáculo “Oliver Twist”, que encheu três vezes o auditório de Carregal do Sal e o de Santa Comba e isto para uma região como a nossa é um feito, tivemos inclusive con-
vidados ligados à musica que ficaram satisfeitos e admirados com a qualidade dos nossos jovens músicos. Tivemos também um espetáculo com várias pessoas com deficiências que chegou a ir a Lisboa e com muito sucesso. É na sequência desta ligação que o concelho tem com a música que se preparam para ter, na Escola Profissional, um curso ligado a essa área? Sem dúvida. Para já ainda não foi aprovado, mas estamos com bons indícios para que isso aconteça. Este ano saem cerca de 50 alunos do conservatório, aqueles que têm possibilidades financeiras vão para Espinho ou Castelo Branco, os outros não tem essa oportunidade. E neste sentido achamos que os nossos alunos merecem poder seguir o que gostam, sem sair daqui. Estão a começar as festas do concelho. Mais um ano que dão às pessoas momentos de diversão. É mais um ano em que vamos minimizar o
impacto financeiro das festas, ou seja, vamos continuar a captar o mesmo público, mesmo sem grandes nomes, mas com menos gastos. E também porque queremos dinamizar a zona antiga optamos por trazer as festas para a zona da Câmara e, durante esses dias, há uma dinâmica muito grande, o centro histórico volta a estar ocupado por gente, os cafés estão abertos até mais tarde, as pessoas divertem-se, estão tranquilos porque não têm que se deslocar de carro e esta é uma opção que tem dado resultados, quer financeiros quer no agrado de todos os presentes. Um dos espetáculos que vamos fazer e que já no ano passado teve um grande sucesso é uma noite de fados junto à Câmara. O que é que a autarquia vai continuar a fazer para dar boas condições para quem vive e visita o concelho? Cada vez mais temos que apostar nas pessoas. O grande investimento em obras está feito, Santa Comba tem mais de 98% da rede de saneamento concluída, agora há que direcionar o investimento para ajudar as pessoas, com investimentos de proximidade, desde passeios limpos, buracos na estrada tapados, parques que precisem de obras. Pequenas mudanças mas que tornam o concelho mais equilibrado e com melhores condições.
v João Lourenço, presidente da câmara municipal de Santa Comba Dão
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20 SUPLEMENTO
Festas da cidade 2013 Santa Comba Dão recebe de 14 a 18 de agosto (quarta-feira a domingo) mais uma edição das Festas da Cidade. A iniciativa, que é já uma marca da região, traz ao Largo do Município (local onde se tem realizado a festa nos últimos dois anos), bem como ao centro histórico da cidade, muita música, teatro, dança e artes circenses, uma novidade para este ano. As Festas da Cidade 2013 contam ainda com um atelier de atividades infantis, com teatro, pinturas faciais e um “cantinho” para leitura de contos infantis. Uma oficina de percussão da responsabilidade da Expressart’ – Escola d’ Artes do Município de Santa Comba Dão e uma oficina com “lixo” que se transforma em instrumentos musicais. Para além de todas essas componentes, como já vem sendo hábito, o certame conta ainda com diversas tasquinhas e espaços de associações concelhias.
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Ribeira em Festa
Dia da Juventude
Junto à Ribeira, música tradicional com o Grupo de Cantares Mó d’Antiga, um concurso de Karaoke, com os Big Smile, a banda Banda DaGiro, o rock puro dos anos 70, 80 e animação a cargo do Dj Paulo Lopes
Pelas 19h00, Filipa Duarte, poetisa natural de Tondela, apresenta a sua nova obra “Singulares e Eternos”, na esplanada do café (junto ao Largo do Município) acompanhada da banda Be Flet. E ainda o Grupo de Cantares ”Viver a Música”, danças latinas, os Against The Law, Red Line e uma novidade da edição deste ano com arte circense itinerante e espetáculo de fogo.
agosto
15 agosto
Noite Portuguesa
Noite Nostálgica
16 agosto
O terceiro dia de certame reúne um conjunto de bandas “antigas” com música dos anos 80, KTZ e Banda Play. Animam ainda a Sociedade Filarmónica Fraternidade de São João de Areias e o Rancho Folclórico dos Açores
18 agosto
Noite do Emigrante
17
agosto
Santa Comba Dão é um concelho marcado pela emigração e imigração, como forma de homenagear todos aqueles que regressam e saem da sua terra a organização decidiu dedicar esta noite a todos eles. A animação fica a cargo da Tuna Santo Estêvão, A La Carte com dança contemporânea, os Rock ‘N’ Riders, os Day Tay e ainda o DJ Paulo Lopes
O certame encerra com um dia dedicado ao folclore, às 18h00 a Tarde de Folclore, com As Lavadeiras do Mondego, da Póvoa dos Mosqueiros, os Os Alegres de Treixedo e o Rancho Folclórico e Etnográfico de São Joaninho. Espaço ainda para teatro português com a companhia de Teatro da Serra de Montemuro e a peça “Que raio de Mundo”. À noite uma serenata de Fado no Largo da Câmara, Fado Em Si.
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educação&formação Sindicato “aponta o dedo” aos contratos de associação nos colégios privados Turmas ∑ Setor público perde alunos no concelho de Viseu, enquanto que o privado se mantém sem reduções. SPRC fala em “ataque à escola pública” Na passada quinta-feira, dia 1, o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) realizou uma conferência de imprensa onde salientou o desagrado perante os contratos de associação nos colégios privados, exigindo condiões iguais para os dois sistemas de ensino. Para Francisco Almeida, coordenador do SPRC, estes contratos, que permitem o funcionamento de turmas nos colégios privados pagas integralmente pelo estado, levam a que o contribuinte suporte duas Publicidade
vezes o ensino. “O dinheiro dos contribuintes está a pagar o funcionamento de quatro escolas privadas e também das escolas [públicas] ”. Para Francisco Almeida, “é indispensável repensar a existência dos contratos de associação, não é rever esses contratos, mas acabar com eles”. Sustentando que “os alunos do Colégio da Via Sacra, Colégio do Instituto Piaget, Escola Profissional Mariana Seixas e Escola Profissional de Torredeita cabem todos nas escolas públicas do concelho
de Viseu, sem que estas fiquem sobrelotadas”. A conferência de imprensa surge na sequência da decisão do Ministro da Educação e Ciência (MEC) em reduzir as turmas e cursos, às escolas e agrupamentos de escolas públicas. O sindicato dos professores refere-se a esta solução como “um brutal ataque à escola pública”, uma vez que “em relação aos colégios privados do concelho de Viseu não foram decididas reduções de turmas”. Apontando o dedo aos
gastos com o setor privado. “Cada turma com contratos de associação dos colégios privados custou aos
Números
contribuintes 85.280 euros, enquanto no ensino público, uma turma custou 70 mil euros”, afirmou Luís
Lobo, da SPRC. Micaela Costa
∑ Ensino privado. “Os colégios de Viseu mantêm para 2013/2014 as mesmas turmas de 2012/2013, apesar de existir uma redução do universo de alunos”, afirmou o Sindicato. O Colégio da Via Sacra com 19 turmas, o Colégio do Instituto Piaget com 21 turmas - incluindo um Curso de Educação e Formação (CEF). ∑ Ensino público. O Agrupamento de Escolas Viseu Sul perde este ano 200 alunos. Em reunião escolar, com os serviços regionais da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), ficaram decididas 42 turmas do 1º ciclo, o MEC aprovou apenas 38. Para a educação pré-escolar ficaram decididas 16 turmas, com o MEC a reduzir para 16. A Escola Emídio Navarro vai perder uma turma do 7º ano e três turmas do 10º, contabiliza-se uma perda de alunos de cerca de 25%. No Agrupamento de Escolas Viseu Norte foram decididas 121 turmas dos diversos setores de educação e ensino, tendo o MEC aprovado 106, menos 15 turmas. Nas Escolas EB 2,3 de Abraveses e de Vil de Souto (que integram este agrupamento) Dados do Sindicato dos Professores da Região Centro faltam alunos para preencher as turmas dos 5º e 7º anos.
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economia
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A José Mário Cardoso, presidente da CM Sernancelhe Está em 32º lugar a nível nacional no que respeita a menor volume com juros e encargos financeiros pagos em 2011/12; Está em 35º lugar com menor passivo exigível (dívida) em 2012; Está entre os municípios cujas entidades do sector empresarial local (ESPROSER) não apresenta endividamento no final do
exercício de 2011. Se prensarmos que “Em 2012 faltava liquidez a 58% dos municípios portugueses para pagarem as suas dívidas, pois 179 municípios apresentavam situação de liquidez negativa”, segundo os autores do Anuário, Sernancelhe é olhada como exemplo, com respeito e admiração pela exemplaridade da sua gestão. PN
Pedro Morgado
Através dele muito fica a nu. Nas suas 325 páginas são analisados os 308 municípios portugueses. Oportunamente voltaremos a esta temática. Para já, um destaque mais centrado, em Sernancelhe, mas que poderia também abranger, e por ordem alfabética, Carregal do Sal, Mortágua, Penalva do Castelo, Penedono, Sátão e Tondela… Sernancelhe é o único município do país sem compromissos por pagar no final do ano económico de 2012; É o único município do país sem compromissos assinalados para os anos seguintes; Encontra-se em 24º lugar entre os municípios que apresentam menor peso de despesas com pessoal nas despesas totais;
Paulo Neto
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2011/12 não mente…
ADDLAP assina 30 contratos e cria 68 postos de trabalho Dão Lafões ∑ Território vai beneficiar de 4 milhões de euros de investimento A Associação de Desenvolvimento, Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP) assinou na tarde da passada sextafeira 30 contratos com os promotores da sua área de intervenção, respeitantes aos pedidos de apoio recebidos no âmbito do último concurso ao Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), no valor total elegível de cerca de 4 milhões de euros e que corresponde na prática a um investimento público de cerca de 2,4 milhões de euros. Durante a cerimónia realizada no Solar do Dão em Viseu, Guilherme Almeida, presidente da ADDLAP, apelou aos promotores presentes para que “avancem rapidamente” e “criem postos de trabalho” uma vez que estes projetos devem estar executados e concluídos no terreno antes de 30 de julho de 2014 sob pena de se perder o investimento comunitário. “Torna-se agora necessário que estes empresários, estas instituições e estes promotores veri-
fiquem se têm as condições financeiras necessárias para avançar com o projeto proposto uma vez que todo o investimento inicial deverá ser realizado com capitais próprios ficando depois estes promotores a aguardar o reembolso dos cerca de 60 por cento comparticipados pelos fundos comunitários”, disse. Este investimento apoiado por verbas comunitárias e nacionais mas que compreende também uma forte componente privada nos concelhos pertencentes à área de intervenção desta associação, Viseu, S. Pedro do Sul, Vouzela, Vila Nova de Paiva e Oliveira de Frades privilegiou a atuação em cinco eixos fundamentais: diversificação de atividades na exploração agrícola, criação e desenvolvimento das microempresas, desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer, serviços básicos para a população rural e na conservação e na valorização do património rural. “A maior fatia de inves-
timento foi dirigida para a criação e desenvolvimento de microempresas com o apoio a 17 projetos no valor de cerca de um milhão de euros onde serão criados 38 postos de trabalho, constituindo a segunda principal área de intervenção a conservação e valorização do património rural com a aprovação de sete candidaturas e um investimento de 516 mil euros”, reiterou. O presidente desta associação de desenvolvimento rural referiu ainda a existência de 15 candidaturas a aprovar na modalidade de “overbooking”, fora dos limites orçamentados, que servem o propósito de colmatar a desistência de um qualquer projeto ou o aproveitamento de fundos remanescentes. Três outros contratos respeitantes aos projetos aprovados pela ADDLAP durante esta fase de candidatura serão assinados oportunamente uma vez que os procedimentos de contratação ainda não se encontravam concluídos. Pedro Morgado
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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 23
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UDACA CONCLUI PROJECTO DE FORMAÇÃO ESPECIALIZADA, COM TAXA DE EXECUÇÃO ELEVADA
Piscinas de Lamego já reabriram
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Combate à exclusão e desenvolvimento local Em estudo recentemente divulgado Alfredo Simões (“Estratégia para a Promoção do EmpreEscola Superior de go e a Dinamização do Desenvolvimento Docente naTecnologia de Viseu Local enquanto Esteios da Inclusão Soasimoes@estv.ipv.pt cial”), a Caritas Portuguesa põe em causa a política do Estado de combate à pobreza. A falha do Estado residirá no facto dessa política assentar numa lógica assistencialista. Esta organização reclama, para além da política de subsídios, politicas sociais capazes de responder ao problema do desemprego, já que entre os novos pobres se destacam os desempregados que não encontram alternativas no mercado de trabalho (Publico, 18/06). Indo para além do diagnóstico da situação, este estudo defende uma ação integrada e um trabalho de inclusão destas pessoas na vida ativa, sendo capazes de gerar riqueza e emprego. Para o efeito, a Caritas aponta a necessidade de agir em três áreas, a saber: Rede Básica de Proteção Social, Promoção do Emprego e Desenvolvimento Local. A atuação nestas três áreas, defende a Caritas, deve ser feita em diferentes dimensões, nomeadamente junto dos indivíduos e famílias, deve ser integrada localmente, deve ter uma visão multidimensional e deve promover a concertação multisetorial. Não se trata, pois, de uma “velha” atuação, tradicional, mas antes de um programa de intervenção que faz apelo à participação de todos, dos indivíduos, das organizações, da sociedade e do Estado. Não se trata daquilo a que costumo chamar de um “foguete”, de uma ação luminosa, brilhante, mas que se esvai rapidamente sem criar condições de sustentação. Ao contrario, é um plano para a ação que tem como objetivo a ajuda imediata mas principalmente a construção de projetos de vida em sociedade. Naturalmente que as situações de urgência, quantas vezes no limite da condição humana, necessitam de assistência imediata e esta deve ser assegurada por uma rede de proteção em que Estado e cidadãos têm o seu papel. Mas, por outro lado, importa que haja possibilidades de criar condições de empregabilidade para os indivíduos e, para isso, é necessário conhecer bem o contexto local, ser capaz de desenvolver formações que capacitem as pessoas e satisfaçam as necessidades identificadas. Por outro lado, importa promover o empreendedorismo de cada um, facilitar a criação de empresas sociais de âmbito local, alargar a todos eles o acesso a programas de desenvolvimento económico. Neste estudo, a Caritas indica uma Bolsa de potenciais negócios e outras atividades suscetíveis de gerarem negócios em áreas tão diversas como no ambiente, no turismo, na floresta e na agricultura, no comércio, nos serviços às pessoas e às famílias e muitos outros que caíram em desuso mas que importa valorizar como, aliás, está a acontecer noutros países da Europa. Não vivendo nós num contexto favorável ao combate à pobreza, pelo contrário, é importante que, pelo menos, sejamos capazes de mudar de rumo quando vemos que o que temos feito é ineficaz.
As Piscinas descobertas do Complexo Municipal de Lamego já reabriram e reservam para esta época balnear muitas atividades e momentos divertidos. Para este fim-de-semana (sábado) está já marcado uma atuação da Orquestra de Lamego com mais de trinta músicos a tocarem sobre o painel de água. No próximo dia 23 a atuação repete-se. Desde julho até ao final de agosto as piscinas de Lamego estão abertas ao público e, até ao momento, Paulo Correia um dos responsáveis afir-
mou que “a recetividade tem sido fantástica e esperam-se mais de 40 mil pessoas, os mesmos indicadores que no ano
passado”. Refer iu a i nd a que “este ano os preços mantêm-se , por uma questão social”.
No âmbito do subprograma 4.2.1 – Formação Especializada PRODER a Udaca, em parceria com a Entidade Formadora FNWAY CONSULTING, sediada em Abraveses, deu como concluído um projecto de formação com uma taxa de execução que ultrapassa os 90%. As acções tinham como destinatários pessoas com o grau de licenciatura e possuidoras de propriedades agrícolas. O projecto teve início no ano de 2011, sendo o curso de Gestão de Empresa Agrícola – Planeamento, Controlo e Análise de Investimos (140 horas) o mais solicitado e realizado.
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Serviço de Formação Profissional
Viseu
APRENDIZAGEM 2013 Oferta Formativa no Sistema DUAL Destinatários -Jovens com idade inferior a 25 anos - Entrada com habilitação igual ou superior ao 9º ano sem conclusão do 12º ano. - Saída 12.º ano e
Nível 4 de Qualificação Profissional
Curso
Local
Data
Técnico de Logística
Viseu
Setembro
Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores
Viseu
Setembro
Técnico Auxiliar de Saúde
Viseu
Setembro
Técnico de Eletrónica e Telecomunicações
Viseu
Outubro
Técnico de Instalações Elétricas
Viseu
Outubro
Técnico de Turismo Ambiental e Rural
Viseu
Outubro
Técnico de Cozinha e Pastelaria
Viseu
Outubro
INSCREVE-TE CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VISEU Serviço de Formação Profissional de Viseu Parque Industrial de CoimbrõesApt5121 Telefone 232 483250 Fax 232 479049 Email: cf.viseu@iefp.pt
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Jornal do Centro 08 | agosto | 2013
desporto
Futebol TONDELA ARRANCA CAMPEONATO FRENTE AO BRAGA-B No arranque da II Liga os tondelenses vão até Braga defronta a equipa que, na época passada, terminou no 15º lugar. No campeonato 2012/2013, nos jogos em que as equipas se defrontaram, o Tondela venceu ambas as voltas. A primeira vitória por três bolas a zero, em terreno adversário e em casa por duas bolas a uma. Esta é uma estatística que a equipa de Vítor Paneira vai querer repetir, depois de ter abandonado a Taça da Liga de forma precoce, onde não conseguiu vencer nenhuma jornada (perdeu frente ao Santa Clara por 2-1, empatou a uma bola com o Desportivo das Aves e por 2-2 frente ao Farense) e ficou-se pelo último lugar do Grupo B. Santa Clara e Farense, passaram à fase seguinte. Fausto Lourenço, avançado que veio do FK Atyrau (Cazaquistão) é o mais recente reforço da equipa de Tondela e jogou em equipas como o FC Porto (formação), Académica e Leixões. Publicidade
Maratona começa em Moreira de Cónegos A Taça da Liga é passado no Académico de Viseu. A equipa olha agora em frente para uma longa maratona de 42 jogos na II Liga de futebol 2013/2014. Na Taça da Liga que, oficialmente, abriu a época desportiva de futebol, o desempenho da equipa academista não foi suficiente para que o clube fosse além dos três jogos da primeira fase. Foi a primeira vez que o clube viseense participou nesta competição e fica no “rescaldo” uma vitória (frente ao Atlético por uma bola a zero), duas derrotas (perdeu por 1-0 contra o Penafiel e por 1-2, frente ao Leixões) e o terceiro lugar no Grupo C (de onde saíram apurados o Penafiel e o Leixões). Agora, Filipe Moreira e os seus jogadores estão totalmente focados no campeonato da Segunda Liga – há ainda a Taça de Portugal -, que começa já este domingo, fora de casa. Pela frente o Académico tem o Moreirense, equipa que foi, na passada época, despromovida do escalão principal do futebol português. Em declarações
Micaela Costa
Micaela Costa
Futebol
A Guarda-redes Hélder Godinho já treina com a equipa ao site oficial do clube, Filipe Moreira sublinhou que este é um adversário de peso, que “fez uma préépoca de qualidade, está em primeiro lugar na Taça da Liga, e que se assume como o principal candidato à subida esta época”. Consciente que a equipa ainda está “em construção” Filipe Moreira afirmou que “independentemente do potencial dos outros”, a preocupação nesta altura é formar “uma equipa, um grupo e uma famí-
lia”. O treinador fez ainda uma apreciação positiva ao desempenho da sua equipa, salientando que “já demonstra qualidade em termos de jogo”. Destacando que, para já, não consegue “alimentar um jogo de continuidade em função da falta de ritmo”. A poucos dias de começar a competição o plantel não está fechado. Hélder Godinho, tudo indica, deverá ser reforço para defender as malhas
do Académico. O guardaredes, ex-Santa Clara, tem já treinado com a equipa, embora oficialmente, no fecho desta edição, ainda não havia confirmação da sua contratação. Será assim o regresso a Viseu, onde defendeu a baliza do Académico nas época de 1999/2000 e 2003/2004. Resta agora saber que poderá estar de saída já que não é de todo crível que Filipe Moreira queira quatro guarda-redes no plantel. Quem também poderá
estar de saída é o defesa Diogo Vila, que não tem marcado presença nos treinos academistas, assim como Samir que, ao fecho desta edição, também não estava a treinar. Novidade do final da passada semana o regresso do defesa-central Thiago Pereira que assinou até final da época. Quanto à tão discutida necessidade de mais um ponta-de-lança no plantel, o treinador é perentório: “não se consegue ir buscar um jogador que financeiramente se encaixe no que é a realidade do clube. Sabemos que podemos hipotecar um ou outro jogo, mas não hipotecamos uma época porque são 42 jornadas, ainda por cima quando só desce uma equipa”. Filipe Moreira pede aos sócios e adeptos “paciência” e “compreensão”, considerando que o Académico “está a construir, em competição, uma equipa” e que não exijam “demasiada responsabilidade” nesta fase de estruturação. Micaela Costa
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Festival Aéreo de volta a Viseu O Aeroclube de Viseu organiza mais um ano o Festival Aéreo de Viseu. O evento, que se realiza domingo, dia 11, decorre no Aeródromo Gonçalves Lobato e integra-se no programa da Feira de São Mateus. Este é um evento desportivo que reúne na cidade milhares de espectadores e centenas de aeronaves nacionais e estrangeiras. A edição de 2013, não será diferente com os céus da cidade a serem palco de várias provas aéreas e de muitas manobras. A sessão de abertura está Publicidade
marcada para as 15h00 e sobem aos céus, pelas 15h15, os praticantes de aeromodelismo (Hélice e Jato). Às 15h45, performance de ultraligeiro e pelas 16h00 a primeira demonstração de acrobacias. Logo a seguir demonstração da Aeronave STOL e pouco depois do reboque de manga. Pelas 16h50 mais acrobacias, desta vez a duo e aeronaves clássicas. A festa aeronáutica termina pelas 18h00 com voos de divulgação, abertos ao público. Micaela Costa
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em foco
Pousada de Viseu encheu-se de amor
Micaela Costa
“Venha casar connosco”, foi o evento que reuniram, nos dias 31 de julho e 1 de agosto, na Pousada de Viseu, centenas de curiosos. Ao longo dos dois dias, foram divulgadas em workshops e vários stands todas novidades e as dicas para quem está a pensar casar, com a participação de vá rias empresas de Viseu. A iniciativa contou ainda com um desfile de noivas e culminou com o corte do bolo de casamento.
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D Sofia Portugal em Mortágua
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culturas expos
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Sexta e sábado pelas 21h30, o novo projeto de Sofia Portugal, “Maria Terra”. Uma recolha de músicas antigas com uma nova “cara”, para ver e ouvir no Centro de Animação Cultural.
Arcas da memória
Destaque
O Chafariz do Arco. Mitologia e história VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes
Até 3o de agosto, a exposiçãode fotografia, “Rios de
DR
Vida”, de João Cosme OLIVEIRA DE FRADES
cinco municípios
XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada traz Andrea Venturi a Viseu
VISEU
Evento∑ Decorre de 9 de agosto a 22 de setembro no pavilhão Multiusos em Viseu
∑ Museu Municipal Até 31 de agosto, a exposição ““Um Rio Com Vida”
que resulta de um conjunto de trabalhos realizados por diversas escolas de
∑ Galeria de Exposições do IPDJ
Até 31 de agosto, a exposição exposição de artes plásticas “Arte Nostra Damos”
SÁTÃO ∑ Casa da Cultura De 4 a 31 de agosto a mostra de artesanato (tapeçaria, arraiolos, madeira, rendas de bilros, cestaria e artesanato urbano), de vários artesãos do concelho de Sátão
Começa sábado, 9, mais uma edição do Salão internacional de Banda Desenhada de Viseu. O evento, organizado pelo Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (GICAV), integra a programação da Feira de São Mateus e decorre até 22 de setembro no pavilhão Multiusos em Viseu. Como já vem sendo hábito o evento traz à cidade vários nomes internacionais da BD. Este ano, o conhecido artista italiano Andrea Venturi é o convidado. Sábado, está presente numa sessão de autógrafos, a partir das 17h30, com outros artistas (Santos Costa, Miguel Rebelo, João
Amaral, Pedro Emanuel). Este Salão Internacional de Banda Desenhada (BD), que se realiza de dois em dois anos, visa divulgar e promover as “histórias aos quadradinhos” e, esta integração nas festas da cidade, procura estabelecer uma ligação entre os criadores e os amantes da BD. A 18ª edição pretende ainda destacar o “Universo dos Franzines da BD em Portugal”, apresentando exposições e autores/editores representativos deste fenómeno editorial. Geraldes Lino, crítico, editor e colecionador, é o anfitrião deste salão, distinguido com o Prémio Animarte BD, pelo trabalho desen-
volvido na divulgação e promoção dos artistas. Geraldes Lino vai apresentar uma exposição de fanzines da sua coleção particular e a exposição “Corto Maltese no século XXI”, a partir do Franzine Efeméride, do qual é editor. João Amaral, também distinguido com o Prémio Animarte BD e ligado a Viseu, tem em exposição alguns dos seus trabalhos. Para além destas exposições, muitas outras vão integrar o XVIII Salão Internacional, que tem início pelas 17h00 no 1º andar do Multiusos na Feira de São Mateus.
A Gaiola Dourada (CB) (Digital)
16h30, 19h00, 21h30, 00h00* Os Smurfs 2D (CB) (Digital)
Sessões diárias às 21h10, 23h50 Wolverine (M12) (Digital 3D)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h30, 15h55, 18h20 Gru o maldisposto 2 2D (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h00, 23h50* Batalha do Pacífico (M12) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 18h00, 21h20, 00h10* Wolverine (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 22h00, 00h30*
Sessões diárias às 13h40, 16h15, 18h45, 21h40, 00h20 Mestres da ilusão (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h00, 19h20 Turbo 2D (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h50, 00h05* Submarino Fantasma (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h00,
PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 11h00 (dom.), 14h10, 16h30, 19h00, 21h30, 00h10 A Gaiola Dourada (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h20, 18h40 Gru o maldisposto 2 (M6) (Digital)
Micaela Costa
Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h30, 22h00, 00h20 Red 2 - Ainda mais perigosos (M12) (Digital)
O gracioso chafariz hoje conhecido como Fonte de S. Francisco, um dos mais representativos especímenes do mobiliário urbano de Viseu, associa um quadro vivencial de que se guarda quase só a memória das aguadeiras que ali enchiam os seus cântaros e de passantes que ali se dessedentavam antes da viagem. Não menos interessante é esse quadro de imaginário que lhe associamos desde que o inventivo Camilo ali fez acontecer o heróico episódio da luta de Simão Botelho contra os atrevidos guardiães de Teresa Albuquerque ou esse outro que da mina cavada exclusivamente para abastecimento da mãe d´água fez inventar o secreto túnel que desceria do velho castelo sedeado onde hoje pousa a catedral, tradição recentemente activada pelo autor da romanesca traça de O Crime da Poça das Feiticeiras. Curiosa ainda a poética leitura que o humaníssimo cura da Sé que em 1758 escreve as Memórias da sua paróquia faz desse tão habitual retrato que configura a fonte como lugar de amoroso encontro (lembre-se A Fonte de Ricardina) recordando o enlevo de quem, das fronteiras janelas da casa fidalga dos Albuquerques, repara em as moças que vão à fonte. A história todavia é outra e é ainda o cura Manuel Lopes de Almeida que ao escrever a memória da sua paróquia em 20 de Julho de 1758 (Memórias Paroquiais, 1758) nos descreve a topografia da cidade ao redor da medieva Porta dos Ca-
Miudos e Graúdos 2 (M12) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
valeiros onde, no exterior, um tanque abastecido com água descida de um vizinho quintal situado no interior da muralha dava de beber a cavalos e outros animais de serventia enquanto no interior se via um chafariz com um bom artefacto de bem e lavradas pedras com uma grande e notável bacia de onde se recolhem as águas que por duas bicas se comunica uma nascente de boas águas que dentro do quintal já dito se comunica para o mesmo chafariz. Apressando a história convém dizer que este chafariz tem seu início em 1741 quando a vereação do Senado Municipal decide aplicar na sua construção os 19. 000 réis tirados a uma ladrão na Feira Franca. Quantia módica (um litro de azeite valeria pouco mais de 100 réis) que seria em breve suprida com verbas camarárias enquanto provisão real não permitisse recurso a outras rendas e, costumes da época, a ajuda de trabalho braçal dos homens de enxada dos lugares do termo convocados para vir abrir a vala da água, o que nem sempre se fazia de boa vontade como aconteceu com os homens de Mundão que foram multados por não terem comparecido. O que é certo é que a cidade, poucos anos passados, em 1758, bebia já das frescas águas do chafariz do Arco.
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Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h00 O Mascarilha (M12) (Digital)
Sessões diárias às 21h50, 00h30
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O Mas carilha – A história de “The Lone Ranger” é ambientada no Velho Oeste e centra-se num polícia de patrulha fronteiriça (Armie Hammer) que foi atacado e deixado para morrer por um grupo de criminosos, tendo sido salvo por um índio comanche chamado Tonto (Johnny Depp).
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culturas Destaque
Shortcutz Xpress Viseu
O que é este projecto?
CS: Somos duas pessoas que precisam de sentir que o sítio onde vivem, a cidade onde vivem é o centro do seu mundo. Pensamos que o centro do mundo é Londres ou Nova Iorque e que estando em Viseu estamos longe de tudo. Temos que fazer acontecerem coisas em Viseu que nos permitam, sobreviver, neste contexto. Temos aqui um acto de sobrevivência cultural?
CS: Acho que estou a falar pelos dois. E os Shortcutz porquê? Tivemos uma pequena experiência com as Curtas, da responsabilidade do Luís, para o qual ele me convidou, que pode ter sido uma espécie de laboratório. Esta mar-
CS: Exacto. Temos costas suficientemente direitas para, mesmo recebendo um apoio institucional, continuarmos a ter autonomia. CS: Venha o apoio, mas sem cangote… Temos duas ou três pequenas parcerias. Mas apoios… Precisavam de quanto? 80 mil euros?
(gargalhadas) CS: Precisávamos de 2 mil euros para comprar um projector (este é emprestado), uma tela em condições e som.
Paulo Neto
Com Carlos Salvador e Luís Belo. The headless nun, de Nuno Sá Pessoa e O rapaz que ouvia pássaros, de Inês Rueff e João Seguro. O Shortcutz é um movimento internacional de curtas-metragens e é parte integrante do LABZ que é uma plataforma internacional e multidisciplinar de promoção e divulgação de talentos na área da cultura urbana. “ Pretende ser uma revolução urbana de ideias, projectos e pessoas na área das curtas-metragens …” Fomos falar com Carlos Salvador e Luís Belo, os rostos locais destas iniciativas que acontecem, exclusivamente, em Lisboa, Porto, Londres, Berlim, Amesterdão, Barcelona e Madrid. A exibição, com web msg dos cineastas envolvidos aconteceu às 21h30, ao ar livre, num espaço recreativo sito à Estrada Velha de Abravezes. O público acorreu e a noite correu célere. Ao fim, aquecidos por um merecido chá, ouvimos os responsáveis pelo evento.
ca não é nossa. Estamos a representar uma marca o que gera uma responsabilidade maior. As Curtas são fundamentalmente uma forma de fazer cinema acessível?
CS: É um bocadinho redutor, porque existem grandes cineastas que continuam a ter um gozo enorme em fazer uma curta-metragem, como um grande romancista pode escrever um conto. LB: Uma curta-metragem é acessível porque é mais fácil, mais rápida e não tem tantos custos como fazer um filme. Agora há conceitos que não exigem mais tempo para serem bem pensados. Quantidade não é qualidade. Se eu conseguir passar a minha mensagem numa curtametragem não preciso de um filme para o fazer. Podemos falar aqui, então, numa prática de despojamento, de essencial?
LB: Cada realizador tem o seu conceito. O facto de terem surgido câmaras de filmar mais acessíveis ao público arrasta mais gente criativa e com ideias que possa criar. Daí essa democratização dos meios a fazer que haja mais gente,
não só grandes cineastas como criativos a porem em prática. Aí, sim, está mais acessível o material que resulta no formato. Os Shortcutz é o meio de todas essas pessoas, dos “grandes” aos criativos, mostrarem o que estão a realizar.
em Portugal não há hipótese de ex isti r u m circuito comercial para elas, sendo necessário criar circuitos alternativos para que os filmes curtos sejam vistos.
Os Shortcutz estão ao alcance de qualquer cidadão?
CS: As escolas de cinema?
LB: Nós estamos receptivos a receber qualquer pessoa e gostamos de convidar outros projectos para lá dos que estão em competição. CS: As curtas metragens estão acessíveis a qualquer pessoa. A proliferação de escolas de cinema, em Portugal, tem muito a ver com isso. Há um investimento mas não é desmesurado.
De cinema e não só. Temos aqui a Escola Profissional Mariana Seixas…
O cinema está na moda, recorrentemente?
CS: Estamos falar de Viseu ou de Portugal? Estamos a falar de Portugal e de Viseu.
CS: Em Viseu é recente. Não consigo explicar. O Shortcutz mais a ntigo é o de Lisboa . Tem quase três anos. D a n te s j á s e f a z i a m curtas-metragens, mas provavelmente chegaram à conclusão de que
Para lá do “modismo”, as escolas têm dado o seu contributo?
CS: Eles vira ra mse pa ra o ci nem a h á dois anos com o curso Multimédia, virado para outras vertentes de web design… Se entendo, o ensino profissional tem tentado ser criativo e diversificado a sua oferta…
CS: A Escola Mariana Seixas é uma excepção. Aquilo que se está a massificar em termos de ensino mais relacionado com as curtas-metragens é ao nível do ensino superior. Existem em Portugal, assim por alto, dez faculdades onde se t raba l ha em ci nem a . O objecto que sai são curtas-metragens. A nível básico, secundário e profissional, quando existe, é excepção. A sis-
tematização é a nível do superior. Quais são os vossos objectivos, aqui em Viseu?
LB: Muito simples… divulgar curtas-metragens, ser uma plataforma para essa divulgação. Não temos essa plata forma e este será o nosso contributo, neste domínio do cinema, e, se possível, durante todo o ano. Os dados estão lançados. O difícil é aguentarmonos . CS: Temos que tentar sobreviver. No início pareceu-nos muito fácil, recebemos dezenas de curtas-metragens. Várias dezenas, por forma a enchermos a programação até Outubro. Mas depois… temos um longo inverno pela frente… LB: Começámos com uma almofada para dar continuidade ao projecto. Agora a nossa expectativa é que, com estas sessões e a adesão do público, possamos receber mais curtas para poder divulgar. Que apoios institucionais têm?
LB: Nenhum! Isso dá-vos muita autonomia e outras tantas aflições…
A CMV já vos apadrinhou, estimulou?
CS/LB: Não, não… CS: O Luís tenta sempre ser um passarinho livre (isto é um elogio!), mas eu tento puxá-lo à terra. Nós temos um topos, um eixo geográfico. As coisas estão neste momento a acontecer em Viseu… A CMV muitas vezes não acarinha os projectos porque os desconhece…
CS: O Shortcutz está a começar sendo um projecto que quer afirmar a sua continuidade. Se calhar, daqui a 3 ou 4 meses já temos bagagem para chegar ao pé de uma instituição e dizer: “Nós existimos, nós fazemos…!” Vocês, dentro de 3 ou 4 meses terão uma autarquia nova e cheia de “pica” para fazer coisas no domínio da cultura. Os autarcas hoje já perceberam que a cultura dá votos… e é um movimento transversal que congrega muita gente. O futuro?
CS: Sobreviver. LB: Trazer mais realizadores. Ter uma casa fixa. Ter uma tela e um projector. Temos o apoio do Hotel Grão Vasco e do Lanxeirão, mas temos muitos limites… Paulo Neto
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culturas
D Carminho na Feira de São Mateus
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Sábado, 10, a fadista Carminho anima a segunda noite da festa da cidade, Feira de São Mateus, que decorre até dia 22 de setembro
O som e a fúria
Sernancelhe inaugura Centro Interpretativo Aldeia da Faia
Uma gaiola portuguesa, com certeza
Decorria o ano de 1965 quando, por força da construção da Barragem de Vilar, todo o povoado da Aldeia da Faia foi deslocado para um ponto mais elevado. Debaixo da água f icaram algumas construções e muitas memórias que ainda perduram. Volvidos 48 a nos, e com o objetivo de explicar a história da aldeia, antes e depois da constr ução da ba rragem, é criado o Centro Interpretativo Aldeia da Faia. O museu do arquiteto sernancelhense Paulo Albino dos Santos, “nasce” do aproveita-
DR
Destaque
A Evento decorre domingo, 11, pelas 16h00 mento do ed i fício da antiga escola primária e é inaugurado domingo, dia 11, pelas 16h00. A obra está orçada em
perto de 200 mil euros, comparticipados em 60 por cento pelo PRODER – Subprograma 3 – Medida 3.1 e 3.2.
O programa de inauguração tem início pelas 16h00 com a receção no Cent ro I nterpretativo A ldeia da Faia por António Caiado, presidente da Junta de Freguesia da Faia e José Mário Cardoso, presidente da Câ m ara Mu n icipa l de Serna ncel he. À s 16h30 a inaug uração do Centro. Pelas 17h00, visit a g u i ad a aos vá r ios espaços e meia hora depoi s todos os pa rticipa ntes são convidados a visualizar filmes temáticos, “Mestre Caiado” e “A ldeia da Faia”. Às 18h00 um lanche convívio. MC
Artes
Chega ao fim o primeiro ciclo de fotografia em Lamego O primeiro Ciclo de Fotografia do Museu de Lamego termina este fimde-semana (9 e 10). Provar como a imagem pode ser uma simbiose de emoção, comoção, criação, comunicação, inovação e paixão é a proposta de José Pedro Martins. “Fé | Faith” é o título da exposição que José Pedro apresenta, partindo das palavras de Virgínia Wolf: “nada apaixona mais o coração do Homem do que o desejo de fazer partilhar a sua fé”. O artista iniciou a sua atividade em 1981, tendo desde então participado em inúmeras exposições individuais e coletivas, tanto em Portugal como
A José Pedro Martins, com a exposição “Fé | Faith”, encerra ciclo, este fim-de-semana. no estrangeiro. Do seu currículo, além de trabalhos publicados em revistas da especialidade, faz ainda parte a edição do livro de fotografia “O Perfume da Tradição”. Ainda durante o fim-
de-sema na e da fotograf ia para o cinema, o Pátio do Museu recebe mais um filme do génio do suspense. Depois de “39 Degraus”, entra em cena “A casa encantada”, produção
que ma rca o encontro de Hitchcock com Gregory Peck e Ingrid Bergman e que guarda um dos momentos mais fascinantes do realizador, com a conceção da sequência do sonho do protagonista por Salvador Dali. O Museu de Lamego convida a recordar, até 15 de agosto, o homem, o escritor, o jornalista, o político, o militar, Pina de Morais. A vida e obra do autor duriense, que teve na defesa da região uma das suas maiores causas, está em exposição no Ciclo de Escritores “Douro em Letras”. A entrada em todas as atividades é livre. MC
Maria da Graça Canto Moniz
Já está a dar que falar a primeira longa-metragem de Ruben Alves que retrata a vida dos emigrantes portugueses. Nesta “Gaiola Dourada” Maria (Rita Blanco) e José Ribeiro (Joaquim de Almeida) vivem há cerca de 30 anos na casa da porteira no rés-do-chão de um prédio num bairro parisiense respeitável e distinto. Ela é uma excelente e dedicada porteira enquanto ele é um chefe de obras fora de série. Com o passar do tempo, o casal tornou-se indispensável no dia-a-dia dos que com ele convivem. São tão apreciados e estão tão bem integrados que, no dia em que surge a possibilidade de concretizarem o sonho quase esquecido das suas vidas - regressar a Portugal em excelentes condições - ninguém quer deixar partir os Ribeiro. Dirão alguns que é um filme cliché imiscuído de uma portugalidade excessiva, gratuita e até mesmo ridícula. Mas creio que a intenção foi mesmo essa: pegar na imagem cliché do emigrante português, desconstruí-la e apresentá-la com apontamentos satíricos ainda que ternos e sinceros. O equilíbrio entre o drama sério e a abordagem humorística é mantido com elegância, embutindo esta “Gaiola” da capacidade mágica de nos fazer recordar jocosamente dos nossos hábitos mais característicos. O núcleo-duro do filme de-
bate-se com um paradoxo simples no qual se revêm não só as comunidades emigrantes, mas a maioria dos comuns dos mortais – o trabalho suado e dedicado de uma vida inteira, que inclusive habitua aqueles que connosco se relacionam, serve o propósito de oferecer melhores condições de vida mas acaba também por, repetidamente, impedir um condigno aproveitamento das melhores aventuras da vida. Por outro lado, Alves, também ele filho de emigrantes, está bem atento a considerações sociais, levantado questões relativamente aos valores familiares e à própria natureza do processo de emigração: a integração, a quebra de laços com a origem, e a saudade de um tempo tão distante que se sente indistinto na memória gasta pelo tempo. Neste filme documentam-se os portugueses mas não de uma forma “telenovesca” como acontece noutros filmes portugueses (penso no “Sangue do meu sangue”, do João Canijo). Em filmes como este corre-se um enorme risco: o de se retratar exageradamente o nosso portuguesismo falseando, por vezes, a própria realidade. Mas a verdade é que o cinema, por mais realista que pretenda ser, pode captar uma realidade, uma cultura, de modo honesto e verosímil. Este filme é a prova disso.
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saúde e bem-estar Rastreios auditivos gratuitos em Viseu MiniSom∑ Unidade móvel vai estar junto à Câmara Municipal, hoje a amanhã (8 e 9), com o objetivo de sensibilizar a população para os riscos associados à perda de audição e alertar para a importância de um diagonóstico precoce A unidade móvel da MiniSom vai estar hoje, 8 e amanhã em frente ao Tribunal de Trabalho, junto à Câmara Municipal de Viseu, para realizar rastreios auditivos gratuitos. Seg u ndo d ados re centemente divulgados pela Organização Mundial de Saúde a perda auditiva afeta um em cada três idosos. Para combater e a ler ta r a população viseense a MiniSim rea liza rastreios abertos a toda a população, para que todos os que se deslo-
carem à unidade móvel possam avaliar o estado da sua audição. Esta iniciativa pretende informar e sensibilizar a população da região pa ra os fator e s d e r i s c o a s s o ciados à perda auditiva, assim como alertar para a importância de um diagnóstico precoce como fator decisivo numa reabilitação eficaz e detetar casos ainda não diagnosticados na zona. Em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial
de Saúde, cerca de 360 milhões de pessoas são afetadas pela perda de audição, a maioria sem estarem corretamente diagnosticadas e reabilitadas. E , nos próximos anos, estima-se que este valor aumente ainda mais devido, sobretudo, a exposição elevada a ruído, sendo premente desenvolver campanhas de sensibilização. dentes naturais como em reabilitações através de próteses ou implantes. Micaela Costa
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SAÚDE 31
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Visages aposta na inovação de tratamentos A Visages, localizada na Rua dos Casimiros, está na cidade de Viseu há sete anos. Apresenta-se como um espaço de referência na área da medicina dentária e, recentemente, em áreas diretamente relacionadas com a estética e reabilitação dento-facial, desde nutrição, clinica geral e psicologia. No último ano a Visages, e como forma de “melhorar a qualidade quer dos utentes quer dos profissionais de saúde”, como explicou a gerente e médica dentista, Alba Moura Gonçalves, tem apostado na inovação de tratamentos e de diagnóstico. A aquisição da máquina I-Cat, única na cidade, é a mais recente procura de evolução, no que à medicina dentária diz respeito. A I-Cat permite a realiza-
ção de um exame cujas informações são idênticas às de uma TAC, com a vantagem de emitir menos radiação. Esta técnica, utilizada para visualizar estruturas densas, como ossos, dentes ou formações cálcicas, é uma mais-valia ao diagnóstico rápido e mais assertivo de patologias oro-faciais, como por exemplo lesões, dentes supranumerários, quistos. Avalia ainda a extensão e a gravidade desses problemas. A I-Cat oferece tratamentos mais rigorosos, com um maior conforto para o paciente, pois disponibiliza ao profissional de saúde uma reconstrução em três dimensões da face e do maxilar, permitindo, por exemplo, a colocação virtual de implantes. A grande vantagem da ICat é que possibilita a qual-
Micaela Costa
Objetivo ∑ Nova máquina e programa prometem dar melhores condições aos utentes e aos profissionais de saúde
A Alba Moura Gonçalves, gerente da Visages e Miguel Moura Gonçalves, diretor clinico quer médico dentista utilizar esta máquina, estando a Visages disponível para tal cedência. “Esta possibilidade de utilização por outros dentistas é uma maisvalia quer para os utentes, quer para a região. Evoluir na medicina dentária é o
nosso objetivo e não queremos fechar essa possibilidade a ninguém”, sublinhou Miguel Moura Gonçalves, diretor clinico da Visages. Para além desta nova máquina, possui ainda um novo programa, Nobel Gui-
de, que em conjunto com as indicações das imagens da I-Cat, permite fazer a cirurgia de colocação de implantes guiada. Assim, o posicionamento virtual dos implantes possibilita perceber o número, o tamanho e a posição prévia dos mesmos
nos maxilares, para que não hajam incisões ou pontos de sutura, aumentando assim o conforto dos utentes, diminuindo o tempo de cicatrização e permitindo uma reabilitação estética mais rápida dos dentes no mesmo dia. “Este também é um programa que pode ser utilizado pelos restantes colegas”, referiu Miguel Moura Gonçalves”. A Visages possui ainda o T-Scan que permite fazer a análise digital de oclusão, ou seja, marca em sensores digitais a maior ou menor pressão que os dentes exercem nas arcadas, permitindo o ajuste e impedindo que os dentes exerçam uma força exagerada, tanto em dentes naturais como em reabilitações através de próteses ou implantes. Micaela Costa
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CLASSIFICADOS 33
08 | agosto | 2013
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INSTITUCIONAIS
OBITUÁRIO Armando Pereira Rodrigues, 85 anos, viúvo. Natural e residente em Vale Abrigoso, Mezio, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 1 de agosto, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Mezio.
Norbert Michel Johann Peter Troes, 76 anos, casado. Residente em Póvoa de Sobrinhos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de agosto, pelas 16.30 horas, para o crematório de Viseu.
João Teixeira de Oliveira Dias, 49 anos, casado. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de agosto, pelas 16.45 horas, para o cemitério local.
António João Monteiro, 76 anos, viúvo. Residente em Pala, Pinhel. O funeral realizou-se no dia 4 de agosto para o cemitério de Pala.
O Grupo de Cidadãos Eleitores UNIDOS POR TREVÕES E ESPINHOSA (U.PT.E.) vem, nos termos e para os efeitos do artigo 21.º da Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, comunicar que constitui Mandatário Financeiro.
Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
Sofia Alexandra Pinto Simões Bastos
Maria Hermínia Lopes Gralheiro Marques, 64 anos, casada. Natural e residente em Póvoa de Montemuro, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 7 de agosto, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Montemuro. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Maria Alice de Jesus Pereira, 69 anos, casada. Natural de Couto de Baixo e residente em Freixiosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 31 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Freixiosa. Maria Vivina Jesus Cruz Pereira, 76 anos, casada. Natural e residente em Gandufe, Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Espinho. Delfim da Costa Coelho, 87 anos, casado. Natural e residente em Vila Garcia, Fornos de maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Fagilde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 António Ferreira, 93 anos, casado. Residente em Cercal, São João da Serra. O funeral realizou-se no dia 4 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São João da Serra. José Luís Maia Rodrigues, 55 anos, casado. Residente em Cajadães. O funeral realizou-se no dia 5 de agosto, pelas 9.00 horas, para o cemitério local. Maria das Dores Tomás, 92 anos, viúva. Residente em Pereiras. O funeral realizou-se no dia 5 de agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões. José Marques da Silva, 75 anos, casado. Residente em Couço. O funeral realizou-se no dia 5 de agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões. Maria Odete da Silva Bordonhos, 77 anos, viúva. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 6 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Maria da Piedade Rodrigues Fernandes, 82 anos, viúva. Natural e residente em Pindelo de Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 6 de agosto, pelas 16.30 horas, para o crematório de Silgueiros. Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268 Guilherme dias Ribeiro, 80 anos. Natural de Sandomil, Seia e residente em Fragosela de Baixo. O funeral realizou-se no dia 23 de julho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Prime. João Henriques de Almeida, 80 anos. Natural de Lobelhe do Mato, Mangualde e residente em Fragosela de Cima. O funeral realizou- se no dia 26 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Fragosela. Manuel Luís Martins Lopes, 93 anos, casado. Natural da Aldeia do Bispo, Sabugal e residente em Abraveses. O funeral realizou- se no dia 27 de julho, pelas 12.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Alda Maria Correia de Seara Loureiro, 47 anos, divorciada, Natural de Rio de Loba e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Barbeita. Francisco Manuel Basílio, 73 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952 João Carlos Soares Pessoa de Amorim, 83 anos, casado. Residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 30 de julho, pelas 15.30 horas, para o crematório de Viseu. Alda do Carmo Ferreira, 61 anos, viúva. Residente em Travassós de Baixo. O funeral realizou-se no dia 2 de agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba. Leonor Isabel Tavares dos Santos, 10 anos. Residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 2 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Maria Leonor do Vale, 92 anos, viúva. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.
1ª Publicação
Eleição para as Autarquias Locais - 2013
(Jornal do Centro - N.º 595 de 08.08.2013)
tempo
JORNAL DO CENTRO 08 | AGOSTO | 2013
Hoje, dia 8 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 10ºC. Amanhã, 9 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 18ºC. Sábado, 10 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 20ºC. Domingo, 11 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 20ºC. Segunda, 12 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 20ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Quinta, 8 agosto
Rendas
Vouzela ∑ Concurso de Karaoke “Alma na Voz”, na Alameda D. Duarte de Almeida, às 22h00
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Sexta, 9 agosto Viseu ∑ Abertura da Feira de São Mateus, com a presença do presidente da Câmara, Fernando Ruas
Sábado, 10 agosto Moimenta da Beira ∑ Primeira feira de velharias e latoar, das 8h30 às 12h00. O evento coincidie com a Feirinha Terra de 10 de agosto, e terá lugar, durante a manhã, na Praceta Comandante Requeijo, em frente à agência da Caixa Geral de Depósitos Cinfães ∑ Fim de Semana Radical, na aldeia da Serra de Montemuro. Durante dois dias, várias atividades desde Air Bungee, Slide, Paintball e Tiro Viseu ∑ Decorre, pelas 21h30, nas Termas de Alcafache, um workshop de teatro de rua Publicidade
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Buraka Som Sistema nas festas de Mortágua Certame∑ XXIII Festa da Juventude anima município de 13 a 17 agosto Concertos, mais de 30 tasquinhas com gastronomia tracicional, atividades desportivas e recreativas e muita animação invadem Mortágua de 13 a 17 de agosto. Buraka Som Sistema é um dos nomes do panorama musical português que vão marcar presença nesta XXIII Festa da Juventude. A animação do primeiro dia de certame fica a cargo de várias bandas de Mortágua, Blemish, Scape e Smoking Beer. Quarta-feira, dia 14, sobe ao palco a fadista Carminho. Para quinta-feira está reservado 0 evento desportivo “XIII Grande Prémio Mortágua de Ciclismo”, num percurso de
108,4km. A concentração junto à CâmaraMunicipal está marcada para as 12h00 e a partida às 14h00. A prova tem a duração de cerca de 2 horas e meia. À noite os portugueses Virgem Suta, animam os presentes. Já os Buraka Som Sistema sobem ao palco na noite de sexta-feira. A animação do último dia de certame fica a cargo do conhecido cantor popular português, Emanuel. Sexta-feira e sábado, realiza-se o IV Torneio de Tiro aos Pratos, no Campo de Tiro do Parque Industrial, com os treinos a decorrer na sexta e a prova no sábado das 10h00 às 19h00. E ainda a Gala Internacional de Folclore com início pelas 21h00, com a presença do Rancho
Folclórico Casa do Povo de Glória do Ribatejo, Grupo Folclórico das Terras da Feira (Casa da Gaia), Rancho Folclórico e Etnográfico de Vale de Açores, Rancho Folclórico da Casa do Povo do Livramento (Açores), Grupo Etnográfico Rusga de Joane e Ballet Tradicional Kilandukilo (Angola). Integrado na XXIII Festa da Juventude decorre a XV Feira das Associações, uma união das associações do concelho que divulgam a cultura e identidade concelhia. As tasquinhas abrem diariamente às 20h00 e os concertos têm início às 23h00. A entrada no evento é livre. Micaela Costa
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Os gestores das empresas públicas são a nata da nata da terceira república. Têm todas as vantagens e não têm nenhuma desvantagem: não são escrutinados como são os governantes, não perdem fins-de-semana em estopadas partidárias, não recebem telefonemas de presidentes de concelhia, não são sequer afectados pela alternância dos governos pois têm contratos milionários blindados contra essas eventualidades. Todo o ministro em exercício sabe que a sua qualidade de vida só começa quando passar a ser ex-ministro e puder ingressar num pinguento conselho de administração. Um parêntesis para assinalar a superior inteligência de António Vitorino do PS que conseguiu passar logo à qualidade de “ex” sem (quase) ter sido ministro. Para além da ladroagem das PPP, conheceu-se agora que a aristocracia que tem governado as empresas públicas nos fez perder milhares de milhões de euros em swaps. O centrão dos negócios tem andado a lançar nevoeiro sobre o caso. A artilharia passista e socrática tem-se focado no “quando” a ministra das finanças conheceu o buraco dos swaps. Ora, o que de facto interessa saber é “quando” se abriu o buraco, “quanto” é o buraco, “quem” é que o abriu. Há alguma luz que se pode deitar sobre este nevoeiro: — swaps contratados até à falência do Lehman Brothers (14/9/2008), feitos nos tempos em que o “subprime” era sexy, podem ser colocáveis na prateleira de “azares de gestão”; — depois da falência do Lehman Brothers e do que se soube das práticas da banca de investimentos, qualquer contratualização de swaps exóticos não tem perdão: os responsáveis devem ser demitidos. Se tivéssemos justiça, deviam ser presos. Não temos. Veja-se o caso do BPN. Para terminar, tanto esta pouca vergonha dos swaps como a das PPP, para além de ilustrarem a voracidade egoísta das nossas elites, mostram também que o actual capitalismo financeiro vive cada vez mais de rendas que do lucro. Isto é, precisa de corromper a decisão política.