Jornal do centro ed597

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 08 > À CONVERSA

Semanário 22 a 28 de agosto de 2013

pág. 10 > REGIÃO

Ano 12

pág. 06 > ABERTURA

pág. 14 > ECONOMIA

N.º 597

pág. 16 > EDUCAÇÃO

1 Euro

pág. 22 > DESPORTO pág. 24 > FEIRA S. MATEUS Publicidade

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 26 > CULTURA

Ver pág. 15

om

c Agora ço xxx re 0,80 Euros

pág. 17 > SUPLEMENTO

pág. 28 > EM FOCO

REGIÃO DE VISEU

pág. 30 > SAÚDE

Novo acordo ortográfico

| Telefone: 232 437 461

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Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

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Que o derby comece...

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Micaela Costa

∑ Académico de Viseu e Clube Desportivo de Tondela defrontam-se este domingo, no estádio do Fontelo | págs. 6 e 7


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Jornal do Centro 22 | agosto | 2013

praçapública rNo

palavras

deles

dia a dia um bombeiro luta pela sociedade, a troco de nada, e penso que a sociedade ainda não consegue valorizar o nosso voluntariado. ”

Tânia Ferreira Bombeira Voluntária, em entrevista ao Jornal do Centro

rSe, como disse o rEu gostava de saber rSinto uma grande Dr. Fernando Ruas, os candidatos têm que conhecer a toalha que cobre a mesa (orçamento municipal), eu acho que a mesma deve cobrir toda a mesa e não apenas o centro” José Junqueiro

o que pensa o Dr. Almeida Henriques sobre esta atribuição de subsídios, sobre este acto de caciquismo primário. O candidato do PSD não pode ter uma moral seletiva, não pode ter uma moral que aparece como bónus no OMO”

Candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal de Viseu

Candidato do CDS à presidência da Câmara Municipal de Viseu

Hélder Amaral

desilusão e uma frustração enorme quando olho para um autarca que está a um mês de se ir embora e o vejo neste disparate de espalhar dinheiro por tudo quanto é sítio”

José Junqueiro Candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal de Viseu

Consta-se para aí…

Editorial

… que o executivo da autarquia viseense terá adquirido a estrutura local do INATEL. A custo zero (!) – porque a terão vendido? Nesta altura não deveriam já ter já algum pudor em praticar determinados actos de gestão que se podem revelar danosos para os vindouros, mesmo que,

Paulo Neto

zem? Preparam as reuniões com a concelhia? Têm uma palavra – mesmo só de protesto – contra a autocracia? Ou serão meros “verbos de encher”? A uma semana do fim da estação chocha (a silly) aí estão, aprumados, garbosos, retempe-

o desemprego, a precariedade, o saque de impostos, a perda de direitos há muito adquiridos, o corte nas pensões de reforma, de viuvez, etc. Ou seja, a tal luz, se existe, só com óculos 3D se deve vislumbrar. Este governo continua a fazer de parvos todos os portugueses e vem agora, com a

Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

pular – daqueles que não têm culpas no cartório, em geral, o poder local – vêm fazer de contas que limpam a porcaria feita. E mesmo que a lixívia jorre a rodos, mesmo que o detergente caia em jactos, mesmo que o sabão amarelo seja às toneladas, no olfacto de todos persistirá o odor nauseabundo previamente exalado de todos os sectores moribundos da vida económica e social portuguesa. Até quando nos manteremos parvos?

DR

Viseu parece um aeroporto internacional. Mas é engano. Tratou-se apenas de um festival aéreo, de uma volta ao rectângulo, em bicicleta, com helicópteros e aviões e dos “canadairs” do costume no tenaz combate aos incêndios. A desgraça convive amavelmente com o divertimento. E nesta altura convém distrair o povo. Se ele pensa de mais na sordidez esboroada que o rodeia, pode deixar de assobiar, com as mãos nos bolsos, a olhar para o ar… ao que parece, sejam frutuosos para a meia dúzia do costume, os “aparelhistas” ou “aparelhados” que já estão na pole position para os lugares que entretanto aguardam lhes sejam concedidos. Estranho mesmo é o secretismo de que a coisa parece revestir-se, provocando-o até e talvez para anunciar mais esse triunfo no momento mais oportuno. Talvez na semana antes das eleições. Talvez para alguma estrutura de “desportistas” locais capitaneada por afilhados de A, B ou C… Sabe-se lá. Claro que isto é mera conjectura. A conjectura que a opacidade gera na equivocidade do agir. E por falar nisso, a CMV ainda tem vereadores da oposição? Quem são? O que fa-

rados, bronzeados, nédios e luzidios os “fundistas” do costume. Com a pedalada que se lhes conhece (alguns são grandes ciclistas, sprinters de montanha que já cortaram a meta e usam a camisola amarela há meses). Outros já abrem braços de triunfo no gesto de quem entrevê a axadrezada… Mas a vindima não acaba só ao contar e lavar dos cestos? A menos de um mês e meio das autárquicas este governo já faz milagres. Embora o seu significado seja construído em periclitantes engenharias financeiras, lá vêm os arautos da “luz ao fundo do túnel”. Só que os portugueses parecem cegos e só têm sentido a mão dos carteiristas,

varinha mágica, anunciar a entrada no paraíso, a todos quantos vivem o inferno do quotidiano, para minimizarem o previsível desastre eleitoral. Depois, voltam ao saque, mas só para início de 2014. É uma espécie de defeso no qual só os idiotas acreditarão. Umas tréguas mal compradas. Um aval concedido para quem tudo tem massacrado, sabe-se lá a rogo de quais inconfessáveis e misteriosos interesses. Entretanto, os escândalos sucedem-se. Os “exemplos” de contenção de gastos dados pelo governo acumulam-se. O rodopio de nomes in-credíveis à frente de pastas-chave tornouse uma rotina. Agora, a menos de mês e meio do sufrágio po-

Os políticos candidatos às autarquias esmeram-se na excelência das práticas e aparições. Se não custassem tanto dinheiro ao contribuinte, quase que se justificava ter eleições todos os anos. Isto é como os rituais de enamoramento dos pavões. Para acasalar mostram as mais belas e vistosas penas. Depois do coito, ou hibernam ou voltam ao seu natural… As agendas andam fracas, as ideias sofríveis, as intervenções medíocres… em geral. E quando não têm novidades, acusam-se e denunciam-se uns aos outros. Será que é este o esclarecimento a prestar ao eleitorado? Ou um eleitorado bom é cego, surdo e mudo?


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 22 | agosto | 2013

números

estrelas

Fernando Ruas

21.000 O número de bilhetes vendidos para o espetáculo do Tony Carreira. O concerto com mais bilhetes vendidos até à data na edição deste ano da Feira de S. Mateus.

Importa-se de responder?

Carlos Marta Presidente da Câmara Municipal de Tondela

Presidente da Câmara Municipal de Viseu

Perante as reacções públicas do PS e do CDS/PP e a ser verdade que Fernando Ruas andou a distribuir cheques de verbas superiores a 67 mil euros, antes da missa dominical, nas igrejas do Viso Sul e de S. João de Lourosa, a tratar-se de dinheiros públicos e a cerca de um mês das eleições autárquicas, estaremos perante um caso lamentável, lastimável e despudorado.

Deixa o seu lugar de presidente da autarquia com Tondela transfigurada no tocante a arquitectura urbana e aprazabilidade vivencial. Mas não esqueceu o resto do concelho, como agora aconteceu com a integral requalificação da estrada que liga Tondela ao Caramulo, num montante orçando os 3 milhões de euros.

Penso que a Proteção Civil deverá ou deveria ser algo que protegesse a comunidade civil de possíveis desastres, acidentes, calamidades… e já agora que protegesse também a dignidade humana e os seus respetivos direitos.

Piedade Costa

André Cardoso

Desempregada

Professor

Proteção Civil é uma atividade obrigatoriamente desenvolvida pelo Estado, envolvendo a comunidade, e por entidades públicas ou privadas com o objetivo de prevenir os riscos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, e de atenuar os seus efeitos e proteger as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram. Esta será a definição “oficial”. Para mim, Proteção Civil é um organismo que deverá ter como objetivo o estudo e a coordenação de uma resposta em caso de acidente grave ou catástrofe, com neJorge Pereira Médico cessidade de mobilização de diversas entidades, com chefias diferentes e que necessitam de uma orientação comum.

David Santiago

Ao completar 32 anos de existência, a autarquia local dotou esta ilustre instituição com uma nova sede, auditório, escola de música, etc., proporcionando assim a continuidade de uma carreira sempre ascendente no ensino da música aos mais jovens

O que é para si a Proteção Civil? É uma autoridade nacional que tem por objetivo ajudar em situações graves, tais como, os incêndios nestas época do ano, acidentes ou outro tipo de necessidades civis.

Opinião

Banda Musical 81 de Ferreirim Sernancelhe

Reconheço a Proteção Civil como uma das instituições de maior importância no nosso país, pois é ou deverá ser uma garantia de segurança para as populações .

Joana Baptista Técnica de Marketing

Uma lei criada para o não ser À mulher de César não lhe basta ser séria, é preciso parecê-lo! Esta frase, se invertida a lógica, lembra a nossa classe política e a sua forma de legislar. Se a frase fosse: À mulher de César não lhe basta parecer séria, é preciso sê-lo! – Tratarse-ia de alguém que, observando a nossa classe política e seus legisladores, percebera que parecer sério não chega, porque mais cedo que tarde se descobre a efectiva falta de seriedade. Lembrei-me da expressão alternativa quando estudava o processo de feitura da lei sobre a limitação de mandatos. Aproximam-se as eleições que fazem mexer as entranhas do poder local e demais caciqueiros,

mas continuam dúvidas sobre um sem número de candidaturas. Sabemos que seja qual for a decisão dos Tribunais, para onde foram dirigidos pedidos de recurso, é o Tribunal Constitucional quem tem a última palavra. Provavelmente apenas no dia 9 de Setembro veremos fumo branco sobre os candidatos. Até lá os eleitores ficam em suspenso por não saberem se devem levar a sério candidatos que antes de o poderem não ser já o eram ou, simplesmente, candidatos que o são antes de o poderem ser. Outdoors que costumam permanecer meses depois da ida às urnas, serão monumentos póstumos à nossa ridícula classe política.

Os nossos políticos vivem uma vida diferente da dos seus eleitores. Sem qualquer apego à realidade e aos problemas enfrentados pelo povo. É habitual ouvirmos políticos falarem nas “pessoas reais” e nos “problemas reais”. Fazem-no porque sabem que habitam e vivem numa realidade paralela. A lei que ninguém sabe explicar trata autarcas de um país diferente. Caciques que deixam de o ser quando se deslocam para o Concelho do lado. O problema essencial reside no facto de se interpretar se a limitação de mandatos se aplica a presidentes de Câmara ou da Câmara. O problema é outro. Saber se esta lei é Filha da Mãe ou Filha de Mãe. De for-

ma não menos prosaica, a verdade é que esta lei é filha da inteligência saloia da viradeira vigente. Santana Lopes e Paulo Rangel dizem, sobre a lei que escreveram em conjunto, coisas opostas. Os deputados demitem-se da sua função e preferem refugiar-se no cobarde conluio com os autarcas. Afinal são estes que escolhem os primeiros. Afinal nem sérios conseguem parecer. PS: Aproveito para fazer um esclarecimento. Em Trancoso, um dos candidatos à Câmara é meu homónimo. Não se trata da mesma pessoa. Em comum só teremos o gosto pela política. Acredito que nos diferencia o facto de apenas um conhecer o significado de tal palavra.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Ana Paula Duarte

Jornal do Centro 22 | agosto | 2013

(des)Humanidades A semana passada pouca ou nenhuma televisão vi, as poucas notícias que fui absorvendo ou me chegaram de boca ou pela internet, e tirando o flagelo evidente dos incêndios e das suas consequências, houve dois “casos” aos quais só consigo atribuir o epíteto de desumanos. Um dos casos, e sem dúvida o pior, foi o de um senhor caçador morador de um apartamento, onde mantinha pelo menos um dos cães que usava

para a caça. Esse cão, preso por curta corrente, foi avistado e fotografado enforcado, pendendo de uma varanda de um bloco de apartamentos. Apesar de ambos os meus avôs terem sido caçadores, não deve haver atividade (há quem chame desporto) que eu mais abomine. Apesar de não gostar de generalizar, e nunca se dever fazê-lo, o típico “caçador” é para mim alguém que sente prazer em causar a morte de um ser que não se

pode defender, e que por norma ainda transporta atrelados ao veículo que conduz cães esfaimados e pouco cuidados, que nos olham sempre com ar de quem precisa de socorro urgente. É portanto duplamente desumano! Como se não bastasse costuma ainda gabar-se dos seus feitos mais “gore”, e as aventuras e desventuras ensanguentadas e guinchadas são para si motivo para se vangloriar (eu preferiria dizer que são de vã gló-

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Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Opinião

Impressão

Da tribuna - Quero o meu Ruas de volta Nas últimas semanas, cumprindo a lei eleitoral, foram apresentadas as listas concorrentes aos órgãos autárquicos locais. A única novidade é que não há novidades. Ao analisar as listas, devemos ter em atenção os dois pontos levantados, neste jornal, pelo caro Joaquim Alexandre Rodrigues: i “nos lugares elegíveis para a câmara e assembleia municipal, o aparelhismo partidário mais seguidista e acrítico, polvilhado aqui

GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

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Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

e ali com um ou outro académico para enfeitar”; ii “nas listas de freguesia, generosidade e amor à comunidade”. Se nenhuma alma razoável terá dúvidas relativamente à generosidade inscrita no segundo ponto, o primeiro ponto será razão mais do que suficiente para transformar até o leitor mais apático num saudosista por antecipação. Numa primeira leitura, sobre as listas, se fosse republicano [na acepção ianque da palavra]

messiânico, ao mesmo tempo que moderava o meu entusiasmo relativamente ao fim do Ruísmo, resumia a minha reacção inicial a duas palavras “Choque” e “Pavor”. Se o leitor, neste momento, questiona: Foi desta que o Miguel vendeu a alma ao Ruísmo? Serei obrigado a responder com a prudência do costume: Nada de confusões meus caros, se por um lado nem todo o Ruísmo foi negativo, por outro lado, nem tudo que é

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Opinião

Propriedade

Cada dia que passa constituise numa surpresa. Já ninguém l iga à s evocações con sta ntes ao estado de crise decla rado, nem tão pouco ao ca la m itoso dispa rate de compor ta mento do n o s s o p ovo . Pe rde u - s e o sentido crítico, as mais elementares regras de boa convivência passaram ao rol dos assu ntos ig norados e fora m a rquivados em pastas, em loca l ba f iento e frio, onde apod re ça m , pa ra que prospere aqui-

O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

Minhocas sem cavadela lo a que temos vindo a assistir nas últimas décadas. Os telejorna is já não sabem que mais hão-de fazer para segurar o público na surda guerra das audiências. Desde o podre “jet set” (que é mais um jet um ou jet dois!) aos acidentes mais disparatados, a cenas explícitas de sexo, a imagens tenebrosas de violência , enf im, a t udo u m pouco têm v i ndo a deitar mão para garantir a assistência. Num sorvedouro de

princípios, como o são as televisões, tudo é possível. O que não pode faltar é o “pasto” de que se alimenta a “carneirada”. A esca lada n ão tem sido sustentada (como agora é “in” dizer-se). Os grandes lobbies que suportam as televisões “entraram mar adentro e perderam o pé”. A luta é de sobrevivência e de atenuação de prejuízos, não importa a que preço. Gente mais pressurosa, como u m a t a l Jud ite de Sou sa , jor-

Dessincronia social Já dei por mim a pensar várias vezes como as pessoas de agora não estão feitas para o “agora”. Suponho que todas as pessoas que viveram grandes épocas de transição tenham sentido isto: há um desajuste profundo entre as pessoas e o mundo que as pessoas estão a fazer. Os acontecimentos que vivemos hoje, à escala global e à escala local, mereciam melhor – não estamos à altura. A imprensa atira ao lado, os

políticos são uns mortos-vivos com discursos iguais ao século XIX e, enquanto se assiste à decadência da economia do salário, a generalidade da malta está preocupada com coisas próprias da economia do salário, como se fizesse todo o sentido. Temos, portanto, toda uma população a viver à margem dos tempos que se vivem. A não os acompanhar, a não catalisar a mudança para que a transição seja menos dolorosa. Há

que potenciar a adaptação, perpetuar o que existe num mundo que está a deixar de existir é deixar imensa gente em situação de marginalidade, pobreza, precariedade e morte. Tenho dificuldade, por exemplo, em perceber como podem estas autárquicas passar ao lado de tanta gente. Estas são, provavelmente, as eleições mais importantes dos últimos trinta anos. Estão a espoletar um braço-de-ferro entre eleitorado,


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ria)! Pois esse senhor, caçador e morador de apartamento, cansado talvez de tanto ouvir o mais normal dos lamentos que um cão exprime quando se encontra preso em diminuta varanda preso por diminuta corrente, o salvou de mais um dia de puro sofrimento, julgando que salvava os seus ouvidos, mas tornando-se à vista de todos os seus vizinhos e de quem o reconhece como morador de tal sítio, num perfeito animal desprovido de humanidade. Gosto de pensar que o animal da família canidae, estranhamente imbuído

de consciência humana e razão, suicidouse, para se salvar do real animal. Aprazme então perguntar e porque já muito tarda: Para quando leis que punam quem viola desumanamente e ou animalescamente os direitos dos seres que connosco humanos, são infelizmente obrigados a conviver?? Pergunta que espero deixe brevemente de ser pura retórica. O outro caso, apesar de ter caráter mais humanizado, ajudou a revelar que ninguém está livre de cair nos seus instintos mais animais, e neste caso numa inveja e des-

façatez inexplicável. Uma senhora doutora pivot de um bloco noticioso de horário nobre, pôs à mostra as garras de tal forma que parecia um filme de muito baixo orçamento ou de série B, só faltou o sangue e talvez um pouco de espuma nos cantos da boca, para que tivéssemos a certeza de que estávamos perante um animal raivoso. Mas, causando surpresa como só um verdadeiro humano por vezes consegue, o “puto” megamilionário, megatatuado e cheio de cognomes maledicentes, açaimou a dita senhora doutora

com a racionalidade e humanidade que ninguém ainda lhe tinha reconhecido, distraídos que estavam a olhar-lhe apenas para a pele. O humano, o animal, o racional, estão tão perto, que de tão longe se confundem mutuamente, e não raras vezes se nos apresentam embrulhados de tal forma, hierarquizados por degraus que descem ao mais fundo dos horrores, que surgem os mais vis exemplos de perfeita desumanização no animal mais racional de todos.

novo é bom. Vamos por partes. Porque é que o Ruísmo não foi assim tão mau? Se tivermos em conta um certo modelo de desenvolvimento, Ruas foi um autarca no mínimo competente. Entendeu o modelo de gestão dos anos 80/90, definiu a rota e seguiu o seu caminho. O problema – e aqui há sempre um problema, não é?-: Entretanto virámos de século, entrámos na segunda década do milénio, sem assistirmos a grandes alterações de fundo em termos de políticas públicas. Entrámos

com vontade no pós anos 90, liderados por um autarca que não envergonharia ninguém, no entanto, ano após ano fomos sendo ultrapassados tanto pelo tempo como por executivos autárquicos cada vez menos dinâmicos [o adjectivo, aqui, funciona como eufemismo], tudo isto sem queixumes por parte de uma oposição anónima. Porque é que nem tudo que luz é ouro? Porque fruto das circunstâncias temos a oportunidade, mas não a vontade, de mudança. Esta “não-vontade”

de mudança, que em parte será explicada pelo mero receio do desconhecido, que habita em cada um de nós, também é responsável pelo mofo que se apoderou dos partidos. Internamente, a fauna partidária, sobrevive graças a uma vigorosa dieta assente no tal “seguidismo acrítico aparelhista”, esta dieta além de garantir imutabilidade das coisas, evitando sobressaltos, elimina a possibilidade de qualquer tipo de pensamento crítico ou alternativa interna. A presença do acadé-

mico ocasional ou de um ou outro independente é justificada na exacta medida em que permite garantir a manutenção do status quo transmitindo ao mesmo tempo a falsa ideia de mudança e abertura ao exterior. Perdão cavalheiros, atendendo às vossas listas, se é para manter tudo na mesma prefiro o original. Quero o meu Ruas de volta.

n a l ista , n ão tem l i m ites . O “aparecer” não tem preço. Tudo é bom para servir de escada. De pessoas como o marido, que agora parece querer despachar, até factos noticiados , pa ssa ndo pela s ent rev istas e correspondentes fotograf ias (nem sempre muito próprias para uma Senhora, muito menos se casada, em revistas ditas cor-de-rosa (lagar de podridão onde se amassa a vida de gente para lhe extrair o suco com que se escrevem os a rt igos a f i n s) t udo tem ser v ido. A

última foi, como algumas pessoas terão dado conta , uma entrevista a u m rapa z r ico. V i i nc rédu lo, e descorti nei uma cena em que me pareceu ver um dragão de Komodo, com toda a sua baba pegajosa e peçonhenta, a querer desfazer um coelhito que, diga-se, demonstrou ter muita mais “estaleca” e provada categoria do que a ta l “drago n a”. A pa nópl i a de que stõ e s que colocou ao cidadão brasileiro são de um mau gosto e de um sectarismo que explica muita coisa no que

tange ao jornalismo que nos serve. Que teria querido aquela criatura provar e a quem? Ter-se-á farto de reprimir a sua f luídica esquerdice “e sg rav i l h a nte” du ra nte o c a samento com alguém de ideias mais conservadoras? Terá sido movida por um acesso incontido de inveja tor pe? Terá sido v íti m a de u m a c e s s o s ú b i to d e c a r ê n c i a , u m a neu rose ou u m si ntom a de enve l heci mento por v ia da menopausa? Já n ão tem out ros t r uques n a manga e esgotou o repertório? Ou

foi u m a a m á lga m a de t udo isto e de mais algumas como má-formação, frustração, recalcamentos vários e MF? É , de facto uma vergon ha . Uma inesgotável fonte de tristeza e um c a m i n ho er rát ico aquele que te mos vindo a presenciar. Não há necessidade de dar escavadel a s . A s m i n ho c a s apa re cem de todos os lados e i mpi ngem-se sem pudor e/ou respeito por quem quer que seja. Pedro Calheiros

élite política e poder judicial, gerando tensões antes inexistentes e inconcebíveis, ao mesmo tempo que está a trazer novos actores para o panorama político. Nada disto é novo, já aqui o falei, mas se assim o é porque é que está toda a gente a pensar da mesma maneira umas eleições que são tão diferentes de qualquer outra no passado próximo? Não só a pensar como a reagir de forma diferente: Viseu é o único distrito sem uma candidatura independente, ou de

grupo de cidadãos eleitores, para ser mais precisa. O que quer dizer que Viseu é, neste momento, no país, o último bastião do monopólio partidário – do paradigma tradicional. E isso não é lá muito bom. Mais uma vez, assola-me aquela de ser parte e compor um distrito ainda bafiento, com tanta resistência à mudança ou, simplesmente, ao diferente. Durante a faculdade, trouxe umas amigas a Viseu que, para mim, é das cidades mais bonitas que conheço. Também elas

a acharam muito bonita, mas lembro-me de uma colega me ter perguntado: “aqui não é costume vestirem-se cores?” Nunca tinha pensado nisso mas, naquele dia, olhei em volta e tirando uma ou outra adolescente mais ousada, o padrão cromático das gentes na rua era, de facto, muito escuro: cinzento e castanho, o que demonstra a nossa pouca diversidade – gravitamos, ainda, na pressão social de um conservadorismo no nosso modo de estar e de ser.

Alguns anos depois, como se tem visto não apenas pelas pessoas nas ruas mas também pelas dinâmicas emergentes da Sociedade Civil Viseense, que está a criar uma cultura urbana deliciosa e a romper com “a-mesma-maneira-de-fazer-tudo”, nota-se que estamos mais flexíveis e arrojadas/os. Mas, como todo o país, estamos ainda dessincronizadas/os – a dessincronia social do que fazemos com o que estamos a começar a ser.

Miguel Fernandes politólogo atribunadeviseu@gmail.com

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura

textos ∑ Micaela Costa

Domingo faz-se História no Fontelo

Espera-se casa cheia já este domingo, dia 25, no Estádio do Fontelo, para um jogo histórico. Pela primeira vez, no futebol viseense, duas equipas do distrito encontram-se para disputar um jogo de um campeonato profissional de futebol. Os protagonistas, Académico de Viseu e Clube Desportivo de Tondela, vizinhos e rivais, lutam pelos três pontos num jogo que se espera repleto de emoções. Pelas 17h00, e em partida a contar para a 4ª jornada da Liga 2 Cabovisão, defrontam-se o recém-promovido a esta divisão e o repetente Tondela. No fec h o d e s t a e d iç ã o a s duas equipas ainda tinham pela frente os jogos da terceira jornada (o Académico deslocava-se ao Funchal para jogar frente ao Marítimo B e o Tondela recebia em casa o Covilhã), mas a verdade é que os adeptos já só pensam no derby de domingo. R iva l id ade s à pa r-

te, o certo é que estes dois clubes, e este jogo, que embora não vá decidir nada, vão marcar a história do futebol de Viseu. São dois clubes com um longo historial. O Académico, mais antigo, nasceu em 1914, e aos poucos foi-se assumindo como o mais representativo de Viseu, e mesmo da região. Ainda como Clube Académico de Futebol (CAF), teve várias passagens pela então chamada I Divisão Nacional. A primeira participação remonta à longínqua época de 1978/79. Terminou então no 16º lugar. Duas épocas depois, em 80/81 nova participação. Foi então 13º classificado, tendo na época seguinte alcançado o 14º lugar. Regressa à I Divisão em 1988/89 onde não foi além da 20ª posição na tabela classificativa. Pela II Nacional – não havia ainda competições profissionais e o futebol estava dividido em três divisões -, voltou a marcar presença

em seis participações (90/91 (4º lugar), 91/92 (17º lugar), 93/94 (16º lugar), 95/96 (9º lugar), 96/97 (14º lugar), 97/98 (16º lugar). Na agora II Liga, a estreia acontece este ano. O Tondela, fundado em 1933, ainda não marcou presença na “liga rainha” do campeonato português, mas este é já o segundo ano que se faz representar na II Liga. A época passada foi mesmo o corolário de um percurso ascendente no futebol nacional nos últimos anos, onde se assumiu como um dos mais representativos no pa nora ma futebolístico do distrito. Embora a história destes dois clubes seja muito diferente, também pelo facto de “nascerem” em alturas distintas, o passado recente revela algumas parecenças. Ambos ganharam novo folego com os atuais presidentes. No Académico, António Albino, está na pre-

sidência desde 2005, altura em que liderou o processo de “fusão” com o Farminhão, clube do qual herdou os direitos desportivos, e lhe valeu a presença, automática na principal divisão do futebol distrital. É um dos responsáveis, após um período conturbado da história do CAF, pelo renascer do Académico. Desde que assumiu os comandados dos academistas levou a equipa dos distritais para o futebol profissional. Em 2005 os academistas encontravam-se na I Distri-

tal de Viseu (atual Divisão de Honra), subiram à III nacional, e o clube veio por aí a cima, com algum “sobe e desce” pelo meio, até que, finalmente, na época passada voltou a encher de orgulho os viseenses com a tão esperada subida às competições profissionais. Gilberto Coimbra, é o homem forte do Tondela. Comanda, com firmeza, o clube tondelense desde 2004 . O seu nome está fortemente associado ao crescimento do clube. Nesse mesmo

Resultados ∑ Recorde-se que a última vez que estas duas equipas se encontraram para disputar um jogo oficial, na segunda divisão, foi o Académico quem saiu vencedor. Na época de 2009/2010, a 11 de abril de 2010, também no Fontelo, os academistas arrecadavam os três pontos na 27ª jornada, curiosamente, no ano em que ficou num dos lugares de despromoção. Já o Tondela assumia um dos lugares cimeiros onde conseguiu a quarta posição na tabela classificativa. Na época seguinte subiria então à II Liga.

Sócios ∑ A evolução dos dois clubes também é notada no número de sócios. Académico e Tondela, com as sucessivas conquistas, cativam mais adeptos e contam hoje com cerca de 1000 no acaso dos academistas e 850 no caso do Tondela.

A

António Albino, presidente do Académico de Viseu

cdtontela.pt

DR

“Queremos os três pontos no jogo de domingo e em todos os jogos” “Representar o Académico numa altura em que fazemos história para o futebol do distrito é muito importante. Espero que seja um jogo bem disputado, dentro e fora das quatro linhas. Ter a casa cheia [Estádio do Fontelo] era outra das minhas alegrias, que superássemos os 7000 adeptos que estiveram no ano passado frente ao Anadia. Este é um momento de mais tranquilidade para a equipa, temos o plantel fechado e a partir daqui a equipa vai estar mais tranquila. Queremos os três pontos no jogo de domingo, em todos os jogos e, acima de tudo, muito fairplay”.

ano, o Tondela conquista a Taça Sócios de Mérito da Associação de Futebol de Viseu. No ano seguinte faz a ‘dobradinha’, ganhando para além da Taça, o campeonato da I Distrital. Regressa então aos nacionais de onde não voltou a sair. Em 2009 consegue o título de Campeão Nacional da 3.ª Divisão, subindo assim à 2.ª Divisão. Em 2011/2012, vence a Zona Centro e garante a subida à Liga de Honra, onde se encontra até hoje.

A

Gilberto Coimbra, presidente Clube Desportivo de Tondela


Jornal do Centro

Encontro Académico - Tondela | ABERTURA 7

22 | agosto | 2013

Micaela Costa

Micaela Costa

São eles quem manda

“Não vamos ser a equipa “Estamos conscientes do que queremos, ser uma equipa forte” dos coitadinhos” Derby à quarta jornada. Este é um jogo importante? Nesta altura, mais do que jogar com o Tondela, Por to ou Vitória de Setúbal, preocupa-me fazer uma equipa, porque é isso que nós ainda não somos. Desde o dia 2 de agosto que entraram vários jogadores, lesionaram-se outros, como é que um treinador sem 12 ou 13 jogadores consegue dar condição física, ritmo de jogo e estruturação, quando começa o campeonato a dia 11? Para um treinador é suicídio não conseguir apresentar a equipa, de que todos têm orgulho, a tempo e horas. A chegada do ponta-delança, Cafu, vai resolver alguns problemas? Quando um treinador é ofensivo precisa de um ponta-de-lança. Esse jogador demorou a chegar. A única opção foi esperar. Esta é a equipa possível, ou a equipa que queria? Esta é a equipa que vai atingir os níveis de qualidade que queremos, mas até lá vai-se estruturando de outras formas. Os jogadores vão ter que continuar a treinar, a ganhar ritmo. Tem sido muito duro ver os jogadores a quererem dar mais e a não conseguirem. Tenho um grande orgulho neles e na direção, na forma como deram condições

para que pudéssemos fazer o melhor, mesmo com todos os entraves. Mas, com o tempo, as pessoas vão perceber que foi uma fase inicial. A equipa do Académico vai jogar futebol, vai ter qualidade e vai ser um orgulho para esta cidade. Já tinha dito ao Jornal do Centro que não sabe o que é a manutenção… E é com essa ideia que eu continuo. O campeonato é muito longo, as equipas vão perder muitas vezes e ganhar muitas vezes. Só desce uma equipa, tanto alarmismo para quê? Uma coisa é a meio do campeonato não se mostrarem resultados, outra é numa fase inicial não dar rendimento, porque também não consegue. Não vamos ser a equipa dos coitadinhos, vamos ser uma equipa de qualidade. E eu, como treinador, vou estar aqui para dar o corpo às balas, mas não se esqueçam que se este foi o treinador que subiu o Académico, algumas qualidades deverá ter. Domingo será um jogo onde os adeptos vão querer a garra do Académico… O jogo com o Tondela é uma situação diferente, é um jogo onde queremos estar a 100%. Mas claro que não é em três ou quatro dias que vamos ficar

no nosso máximo. Vamos ter que disfarçar os problemas que temos, mas que vamos dar o máximo é certo, e falamos no jogo com Tondela e em qualquer outro jogo. O facto de jogar em casa é uma mais-valia? Pa ra quem gosta de pressão, e nós gostamos, o Fontelo é um ótimo sítio. E os nossos adeptos, a nossa claque, têm sido fantásticos, têm estado connosco, quer nos bons, quer nos maus momentos e isso é fantástico.

No início da época dizia que esperava que este fosse o ano de afirmação do Tondela. Afirmação em que sentido? A subida? Afirmação de uma equipa que começa a ser respeitada num campeonato em que eramos estreantes. Criámos espectativa na época passada, foi um ano bom, mas, para mim, o segundo ano é sempre mais complicado para quem sobe às ligas profissionais. Afirmação era importante, para estabilizar o clube.

O Filipe Moreira já treinou as duas equipas, que principais diferenças encontra? No Tondela fui muito b e m t r a t a d o e n o Académico de Viseu estou a ser. E isso é um motivo de orgulho para um treinador estar à frente de duas grandes equipas.

Mas acha que o Tondela é um forte candidato à subida? Não. Temos uma equipa mais competitiva do que o que tem sido, mas somos uma equipa que é “outsider” neste campeonato, porque não temos obrigações de nada. Há clubes com tradições e isso pesa muito. Esses sim são sérios candidatos.

Como treinador, o que pensa de Vítor Paneira? Não tinha uma boa relação com ele, porque na verdade também não nos conhecíamos. Mas nos últimos meses temos conversado várias vezes e está a dar-me um enorme prazer saber que tenho um colega como ele que é treinador de futebol. Está a ser uma agradável surpresa. Quero que ele seja feliz no Tondela, menos nos jogos contra o Académico [risos].

Por altura da Taça da Liga disse que queria bons resultados, isso não aconteceu. No campeonato tem sido diferente. Os jogadores perceberam que é para levar a sério? Nós tínhamos o objetivo de passar a fase de grupos. Em termos de exibição não fomos constantes e consistentes. Nos três jogos estivemos sempre à frente no marcador, mas deixamonos empatar em dois e perder noutro, fomos a equipa que marcou mais golos e

acabámos por ficar no último lugar do grupo. Domingo realiza-se o primeiro derby deste campeonato. É um jogo importante? Na minha opinião é importante que dois clubes do distrito estejam representados nos campeonatos profissionais, independentemente das rivalidades que possam existir. Nós, treinadores e jogadores, queremos estar sempre à parte destas rivalidades. Queremos um bom jogo, temos respeito pelo Académico, que tem ótimos jogadores e muito bem orientados pelo Filipe Moreira, treinador que conhece a nossa casa. Acima de tudo queremos fairplay e que ganhe o melhor, neste caso o Tondela. Habituado a derbys como Benfica-Sporting, este é um jogo que causa ansiedade nos adeptos? Temosquenosabstrairdessa ansiedade. Quer jogadores querequipatécnica.Paranósé mais um jogo, são três pontos, tem peso pela rivalidade, mas nada mais do que isso. Estamos conscientes do que queremos: ser uma equipa forte e respeitar um adversário, que apesar denãoterentradobem no campeonato, é forte. Ocampeonatoestáacomeçar, mas fazendo uma comparação com o ano passado, como vê esta época? Temos os mesmo candidatos que o ano passado. BeiraMar, Moreirense, o Chaves,

Aves, Leixões, o Feirense. Há umasériedeequipasque,pelo peso que têm são inevitáveis candidatas à subida. Nós somos, de todos, o que tem menos história, mas vai ser competitivo. Faltam 40 jornadas e ainda é cedo para perceber o que pode acontecer. Vai ser um campeonato muito competitivo. NaTaçadaLiga,mostrava-se descontentecomaequipa.Está maissatisfeito? Estava descontente com o que estávamos a fazer, mas os jogadores estavam a trabalhar e empenhados. Estavam a tentar responder mas não conseguiam. Entrámos bem no campeonato, quando se ganha, a equipa fica mais moralizada. O importante é que não nos esqueçamos do nosso caminho. Como treinador o que pensa de Filipe Moreira? É um treinador competente, fez um bom trabalho em Tondela, esteve próximo de subir a equipa às competições profissionais. É um treinador experiente, que gosta de motivar os jogadores e espero que faça um bom trabalho a partir da quarta jornada, que não interfira no meu trabalho no domingo, porque nós vamos querer ganhar e certamente que ele também. Tenho um grande respeito pelo Filipe, temos conversado e es t a m o s c o nve n cidos de que é importa nte ter o Tondela e o Académico na liga prof issional.


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Jornal do Centro

Tânia Ferreira - Bombeira Voluntária

à conversa

22 | agosto | 2013

entrevistas e fotoa ∑ Paulo Neto

“Entrem para os bombeiros e talvez se apercebam que possivelmente existem pessoas em realidades bem piores que a nossa” Os incêndios tornaram-se uma praga sazonal. Todos os estios, de Norte a Sul de Portugal continental e ilhas, por todo o território onde ainda viceja zona verde ou madeira que arda, eles aí estão, destruindo milhares de hectares de florestas, casas e bens. O ecossistema é alterado; a paisagem torna-se descarnada e negra. Onde antes se erguiam florestas frondosas, hoje há cinza e rochedos

nus despontados de um solo negro. As espécies cinegéticas, gradualmente, vão vendo seus habitats naturais desaparecerem, começando, também e por esse motivo, a extinguir-se. O clima, sem a humidade e protecção das árvores vai-se alterando gradualmente, dando lugar a imprevisíveis alterações, a canículas exageradas, a secas inesperadas. Hoje, a agressão à natureza tem-se

cumprido como uma precisão e consequências que o presente já percepciona e o futuro imagina. Fala-se de mãos criminosas, de pirómanos (os doentes e os profissionais), de uma justiça branda, de inconfessáveis interesses materiais. Fala-se da falta de limpeza das matas. Constata-se que o Estado, detentor de muita floresta é grande incumpridor. Fala-se de muita coisa e pouco

se apura, num país dado à complacência, à desgraça e ao “podia ser pior”. Entretanto, todos os anos, morrem bombeiros no combate aos fogos. A indefinição de uma política consequente no sector tem sido cúmplice, por negligência, de medidas assertivas e de longo alcance. Os bombeiros têm sido, profissionais e voluntários, um dos travões possíveis à

catástrofe que todos os verões nos assola. Para lá da Protecção Civil, dos meios aéreos e demais estruturas de combate às chamas, procurámos, na base da pirâmide um jovem bombeiro, voluntário e do distrito, que nos pudesse dar a sua versão de um dia-a-dia escolhido por opção própria. E não precisámos de procurar muito, pois de entre os colaboradores do grupo em que

Para o acesso a esta causa, enquanto estagiário, apenas é necessário ter entre 18 e 45 anos e possuir de um atestado de robustez física. Existem também outras categorias a montante dos estagiários (cadetes e infantes) que permitem o acesso aos bombeiros a jovens a partir dos 14 anos de idade.

e dar? Oestágiodacarreiradebombeiro voluntário tem a duração mínima de um ano. Durante esse período de tempo há todo umlequedeformaçõesnasmais diversasáreasquenospermitem alicerçarasbasesparaodesempenho das nossas missões. São 250 horas de formação que procuram tocar nos pontos chave dosocorro:Introduçãoaoserviçodebombeiros,equipamentos, manobraseveículos,técnicasde socorrismo(TS),técnicasdesal-

vamento e desencarceramento (TSD),extinçãodeincêndiosurbanoseindustriaiseextinçãode incêndiosflorestais.Àexcepção dos módulos de TS e TSD, que sãoministradospelaEscolaNacional de Bombeiros (ENB), os módulos são abordados no decorrer das instruções do corpo debombeiros. Noentanto,nãosóoconhecimento teórico e prático são importantes, a responsabilidade e o respeito pelas hierarquias são tambémcolocadosàprova.

Aindanofinaldetodaestaformaçãoexisteumaavaliaçãocom aqualsepretendeaveriguarseo estagiário está ou não em condições de integrar a carreira de bombeirovoluntário.Essaavaliação,decarácterteórico-praticoé transversalatodososmódulose érealizadaperanteumjúricom um representante da ENB, um elementodecomandodaestruturaoperacionaldistritaldaprotecçãocivil,umrepresentanteda federaçãodistritaldebombeiros e o comandante do corpo

se insere o Jornal do Centro, deparámos com Tânia Ferreira, 24 anos, licenciada em Design de Comunicação e Produção Audiovisual, mestranda em Design Gráfico, estagiária na mesma área na Praxicenter, solteira, nascida e residente em Mangualde, a exercer funções de bombeira voluntária estagiária na corporação daquela cidade. PN

Porque quis ser bombeira? Na altura, quando entrei para os bombeiros voluntários de Mangualde, frequentava o segundo ano da minha licenciatura. À partida nem teria muita disponibilidade de tempo, pois só estava em Mangualde durante os fins de semana. No entanto o meu namorado e alguns amigos eram bombeiros e davam-me a conhecer esse mundo. Por sua vez comecei a frequentar o quartel e surgiu uma vontade de fazer parte desta missão, tendo sempre presente que seria um grande desafio e que me ia por à prova, em todas as vertentes e perante um grande numero de situações aos quais os bombeiros são chamados a comparecer. Como concilia o seu trabalho com esse voluntariado? Quando entrei para esta corporação, o comandante sempre nos disse que o facto de sermos bombeiros voluntários não pode constituir um impedimento à nossa vida pessoal. O voluntariado não pode roubar tempo à família, amigos ou ao nosso lazer, temos é de ter presente que precisamos sempre de um pedaço para comparecer no quartel. No meu caso disponho de algum tempo durante a semana, fora do horário do trabalho e tento compensar também aos fins de semana. Como se faz o acesso a essa “profissão”?

Que provas têm que fazer

de bombeiros. Como decorre a selecção dos candidatos? Ninguém é impedido de entrar para os bombeiros. Na realidade que conheço procura-se sempre dar oportunidade a todos aqueles que pretendam abraçar esta causa não olhando à religião, raça ou condição social. Posto isto, penso que a selecção dos candidatos ocorre


Tânia Ferreira - Bombeira Voluntária | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 22 | agosto | 2013

de uma forma natural. Aqueles que mostram interesse em entrar mas que depois não se identificam com a causa, ou que percebem que não possuem tempo para se dedicar a ela, acabam por sair de uma forma pacífica. A condição de estagiário permite isso mesmo, a saída a qualquer momento. Quais os deveres e os direitos de um bombeiro voluntário? Deveres - Respeitar todos os nossos superiores; - Cumprir as horas de serviço; - Comparecer nas formações que lhe são atribuídas; -Defenderointeressepúblicoeexercerasfunçõesquelhe forem confiadas; Direitos - Ter o equipamento de proteção individual; - Sermos respeitados; - Frequentar cursos e seminários tendo em vista a sua formação e aperfeiçoamento como bombeiro. Quanto tempo tem ao serviço da corporação? Sensivelmente dois anos e meio. Durante este período de tempo concluí já a formação de técnicas de socorrismo e técnicas de salvamento e desencarceramento. A introdução ao serviço de bombeiros e a formação de equipamentos, manobras de veículos vaise completando ao longo das instruções internas. Com isto fica apenas a faltar como formação, o módulo de extinção de incêndios urbanos e industriais e o de extinção de incêndios florestais. Existe uma carreira dentro dos BV? Qual? Dentrodosbombeirosexistem duas carreiras distintas: a de bombeiro voluntário e a de oficial bombeiro para aqueles que possuam um bacharelato ou licenciatura. Dentro dessas duas carreiras estamos organizados por graduações ou postos, comparando-se a um regime idêntico àquele que existe no ramo militar onde deve imperar o respeito por aqueles que possuem graduação superiores. No entanto, da progressão na carreira não advêm retribuições monetárias ou de qualquer outro tipo, apenas aumentam as responsabilidades e as exigências ao bombeiro.

muneração? Tínhamos a isenção das taxas moderadoras, mas neste momento nem isso. Apenas existe o reembolso do pagamento de propinas para aqueles que integrem o corpo activo (acima de bombeiros de 3ª classe) há mais de três anos. E esse

troca. Enriquece-me como pessoa, como ser humano, como cidadã.

Nestes meses de serviço que já detém, quais foram os melhores momentos passados? Nos bombeiros, infelizmente na maioria dos casos, os momentos de acção decorrem de uma alteração negativa na vida normalda sociedade, porém todas as ocorrências em que sinto que o nosso contributo foi essencial, dão-me um orgulho enorme. Claro que as situações que envolvem salvamentos de vidas humanas, proporcionamme uma satisfação ainda maior.

pagamento consiste apenas no valor de um ordenado mínimo por ano lectivo. No período dos incêndio florestais existem também equipas remuneradas de prevenção 24 horas por dia para qualquer eventualidade. No caso de Mangualde temos uma equipa de combate a incêndios (ECIN - 5 homens) e uma equipa de logística e apoio ao combate (ELAC - 2 homens). São equipas feitas mediante a disponibilidade de cada um com uma remuneração de 45 euros por cada 24 horas, ou seja, 1.87 euros / hora.

soa possa se ir integrando no quartel e ir frequentando as formações. Essa farda engloba: Dólmen, tee-shirt, calças, botas cinturão e um boné. Todo o resto do equipamento de protecção individual de cada bombeiros é cedido pela corporação ao longo da sua carreira.

E os piores? O meu percurso dentro desta instituição ainda é curto, mas já me apercebi que os piores momentos são quando se presta socorro a pessoas que de alguma forma nos marcam, pela sua situação, pela sua idade ou mesmo pela sua história de vida, e após o nosso contributo ficamos sem conhecer o desfecho da história dessas vítimas.

Existem algumas vantagens sociais, pessoais e profissionais decorrentes deste voluntariado? Existem sobretudo vantagens pessoais. Para mim ir aos bombeiros é como estar noutra realidade, é uma actividade completamente distinta da minha vida profissional, como que um refúgio onde me sinto bem, que me faz abstrair de tudo o resto. Preenche-me o facto de poder ajudar a sociedade sem pedir nada em

Quantos colegas, dentro da sua faixa etária, tem a corporação? A corporação dos bombeirosvoluntáriosdeMangualde, é um corpo de bombeiros tipo 1, ou seja possui quadro para 120bombeiros,sendoque,destes, uma média de 35 pessoas se encaixam na minha faixa etária (18-28 anos).

Que equipamento vos é atribuído? Quando aceitam voluntários na minha corporação é dada de imediato, uma farda completa para que a pes-

os bombeiros são alertados via SMS e com o toque da sirene para comparecer no quartel. É este (na minha opinião) o verdadeiro horário do bombeiro: dentro das suas possibilidades, deixar aquilo que está a fazer para, de uma forma inesperada e solidária, ir socorrer quem

passado alguém com um curso superior teria decerto uma carreira a seguir, hoje em dia uma formação superior já não serve de garantia para ninguém. Infelizmente o nosso estado anda a formar profissionais e a “convidá-los” a sair do país. No entanto

mais precisa.

temos de lutar pelo nosso futuro e, para isso, temos de apostar em sermos o mais profissionais possíveis e ainda mais importante que isso, mais polivalentes, mostrando assim às empresas que precisam de nós e que somos uma mais-valia.

O bombeiro está presente nos incêndios, na sua prevenção, nos acidentes, age no desencarceramento de vítimas, na condução de ambulâncias, etc. Como são capacitados para o cabal desempenho de todas essas funções? Além de todos os cursos de formação a realizar, o mundo dos bombeiros é um trabalho de equipa em todas as circunstâncias. Portanto procura-se sempre, na formação de equipas, colocar os bombeiros mais jovens em grupos de bombeiros com mais experiência, aproveitando esses momentosparaporàprovaos conhecimentose parabebera informaçãoeosensinamentos daqueles que já são uma referencia neste mundo do socorro. Deste modo pode-se concluir que nem só os cursos de formação são importantes.

Recebem algum tipo de re-

Qual o vosso horário de voluntariado? A forma de voluntariado nos bombeiros não tem horário. Somos chamados a intervir no socorro em momentos imprevisíveis. Como qualquer um pode perceber, os acidentes ou os incêndios não têm hora marcada. No meu corpo de bombeiros apenas existe a obrigatoriedade de cumprir com uma noite de serviço por mês e frequentar com assiduidade as instruções. Mas ser bombeiro não passa por cumprir só o horário determinado pelo corpo de bombeiros. Quando os efectivos no quartel não são suficientes para cobrir as necessidades de alguma ocorrência mais complexa que possa acontecer, todos

O que gostaria de ver mudado nos bombeiros voluntários, em geral? No dia a dia um bombeiro luta pela sociedade, a troco de nada, e penso que a sociedade ainda não consegue valorizar o nosso voluntariado. Compreendo que cada cidadão quando chama pelo socorro, em qualquer circunstância, requer o maior profissionalismo possível, mas nós também somos uma força que requeremos mais voluntários para as corporações, por vezes não somos suficientes. Outro aspecto que gostaria de ver melhorado é o papel das mulheres nos bombeiros, penso que ainda há um longo caminho a percorrer para que esse reconhecimento seja mudado. Como vê hoje os jovens da sua idade e o mercado de trabalho? Nos dias que correm um jovem da minha idade não tem a vida facilitada. No

Uma mensagem para os jovens como a Tânia... Nos dias que correm o voluntariado não é uma atividade que muitos pensem realizar. Em primeiro lugar as pessoas pensam em resolver a sua situação financeira, o seu futuro. Mas se pensarmos bem, o voluntariado pode ser benéfico em termos emocionais. Entrem para os bombeiros e talvez se apercebam que possivelmente existem pessoas em realidades bem piores que a nossa, talvez o voluntariado possa retribuir positivamente e ter um papel importante para o bem estar, para ter mais confiança e vencer na vida.


Jornal do Centro

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região Monte Calvário deixa de ser “caminho pedregoso” gional ER 230 entre o A lto do Fungão -Mo lelos, Campo de Besteiros e Ca ra mulo, uma intervenção que contempl a obra s n a rede de saneamento, águas pluviais, iluminação pública, gás canalizado e telecomunicações no valor de u m m i l h ão de eu ros apenas em Campo de Besteiros, a infra-estrutura agora inaugurada, um investimento que rondou os 450 mil euros, reveste-se de u m a i mpor tâ ncia que o autarca entendeu salientar. “Esta obra é um exceciona l exemplo de re c up er aç ão , de re generação urbana, de qua lidade de vida e q ue s e g u r a m e n te s e tor n a rá nu m ca r tão de -v i sit a pa ra a f re guesia, para a Vila de Campo de Besteiros e para todo o concelho”, assegurou. A na lisa ndo o momento d i fíci l que o pa ís atravessa que colocou obstáculos à c o n c r e t i z a ç ã o ”d e

Pedro Morgado

O p r e s i d e n te da Câmara de Ton d e l a , C a rl o s Ma rta , esteve presente no passado do mingo na inaug uraç ã o d o n ov o e s p a ç o de conv ív io e c u lto religioso do Monte Calvário onde se mostrou “satisfeito e org ul hoso” pelo “trabalho not áve l ” d e s e nvolv id o pela auta rquia “em estreita colaboração” com as gentes locais, que está a t r a n s fo r m a r C a m p o de Besteiros “num ponto estratégico de desenvolvimento do concelho de Tondel a”. Enquadrada num conjunto de obras m a is a mplo no va lor de mais de 3 milhões de e u ro s , que i nc lu i a constr ução da Est a ç ã o d e Tr a t a m e n to de Á g u a s Re siduais (ETAR) da R ibeira, o centro escolar de Ca mp o de B e stei ros no valor de 1,2 milhões de euros, a requalif icação da est rad a re -

muitos compromissos assumidos pelo atual executivo num tempo económico muito diferente”, o autarca preferiu destacar o facto de, com a sua equipa, ter conseguido “cumprir os compromissos, os anseios, as expetativas e os sonhos de mu itos a nos” d a s popu l ações , ao mesmo tempo que, salientou , “o mu n icípio de Tondela ficou colocado em sexto lugar a nível nacional, do ponto de vista do equilíbrio f ina nceiro […] e em primeiro lugar no distrito de Viseu”. “Depois de fazermos estas infra-estruturas toda s , depois desta crise económica e social, termos estes resultados é um orgulho para esta câmara mun icipa l m a s t a mbém deve ser motivo de orgulho e uma satisfação para os homens e mulheres da nossa terra. Isso não nos impediu de fazermos obra, de termos boas contas e, ao mesmo tempo, ao l o n g o d e s te s q u a t r o anos sem o ter prometido, baixado ta xas e impostos municipais. Somos na nossa região, o município que

tem impostos e taxas municipais mais baixas”, frisou. Ao Jornal do Centro, o autarca a cumprir o seu terceiro e último m a n d a to , r e i te r o u a sua enorme satisfação p e l a fo r m a c o m o vê hoje ser reconhecido o trabalho da sua equipa e o bom momento f inanceiro que o município de Tondela atravessa, de acordo com os dados tornados públicos na última edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. “É com um sentimento de dever cumprido que vejo que con seg u i mos encontrar as melhores soluções pa ra os proble mas que foram surgindo o que nos permitiu c o n c r e t i z a r a e st r a tégia que estabelecemos para o concelho. Conseguimos cumprir uma grande parte dos compromissos que ass u m i m o s , a p e s a r de toda a crise económica e financeira que se abateu sobre o país o que, seria , event ua lmente, uma boa razão para arranjarmos desculpas para a obra não realizada mas, com as boas gentes do conce-

l ho, com a s i n st it u ições, com uma gra nde concer tação política, conseguimos um resultado que nos satisfaz, que nos honra e que nos permite encarar o futuro com confiança”, sustentou. Falando sobre a ef ic a z gest ão f i n a nceira do município, José António de Jesus, vice-presidente do município, destacou a importância de se ter conseg uido envolver os vários atores no desenvolvimento do concelho quando, em para lelo, se cria ra m os devidos meca n ismos de acompanhamento, como a receita para os bons resultados alcançados. “Esse é o grande mérito que se pode associa r a esta gestão autá rqu ica . Um a capacidade de i nterpretar os desaf ios e as necessidades da população, gerir com ra zoabi l id ade e com sentido de grande responsabilidade criando, ao mesmo tempo, a s cond ições de pacif icação nu m te mp o de c r i s e em que, norma lmente h á s e mpre , m a ior tensão, maior antago-

n ismo e pen so que o concel ho de Tondela deu um grande exemplo de como é possível fa zer esta gestão conci l ia ndo ta mbém os i nteresses socia is e do desenvolvi mento loca l. Na hora de abandon a r o ca rgo, Ca rlos Marta reaf irmou ainda a sua conf iança no traba l ho de José A ntónio de Jesus, candidato pelo Partido Social Democrata (PSD) à Câmara de Tondela, q ue n a s pa l av r a s do autarca é o homem indicado pa ra decidir e para traçar o futuro do concelho. “É uma pessoa muito bem preparada para este desaf io. Tem um g ra nde con heci mento d o c o n c e l h o , d a s su a s gente s que , n at u ra l mente , com op ções d i ferentes aqu i ou ali, como é lógico e natural, com novas ambições em função dos novos tempos que vivemos, é a pessoa n a qua l conside ro que os homens e as mulheres de Tondela podem ter verd adeira mente con f i a nç a”, revelou. Pedro Morgado


Jornal do Centro

Banda 81 de Ferreirim - Sernancelhe | REGIÃO 11

22 | agosto | 2013

A Ba nda Musica l 81 de Ferreirim, Sernancelhe, nasceu em 1981 c o m 5 4 a lu n o s . To r nou-se uma escola de música por onde têm pa ssado centen a s de joven s que a í i n ici ara m a sua aprendizagem e descobriram um instrumento que passou a fa z e r pa r te do seu quotidia no e formação ligada à música, em geral, para além da mais salutar ocupação de tempos livres. No passado dia 17 de Agosto foi i naug u rad a pelo aut a rc a José Má rio Ca rdoso a sua nova sede que passou a ocupar o espaço cheio de memória de todos quantos ali nasceram e estudaram as primeiras letras: a antiga Escola Primá ria . Numa obra assinada pelo a rqu itecto avei ren se João Greno, o espaço t ra n sfor mou-se nu m enorme auditório com excelentes condições acústicas, mais de 200 lugares sentados e, no piso super ior, d iver-

sos gabinetes para ensaio e expressão musical variada, porfiando assim no seu primeiro objectivo: ser u m luga r onde se en si n a e aprende. Num total de 250 mil euros investidos , foi n a s pa lav ra s do seu di rector e vereador da Câ ma ra de S er n a ncel he , Ca rlo s Sa ntos, um desejo de há muito ora concretizado, “Queremos que Ferreirim e esta Escola de Música sejam recon hecidas como um cent ro de for m aç ão, tanto na vertente humana, impondo os valores do respeito, trabalho, disciplina e orga nização, como na vertente da formação musica l, proc u ra ndo desenvolver capacidades de concentração, esta ndo provado que um a luno que estuda m ú s i c a te m m a i o r e s probabilidades de ter mel hor de semp en ho no ensino escolar.” Pera nte um auditó r io repleto de públ ico falou de seguida o

pre sidente d a aut a rqu i a pa ra se cong ratular com a obra feita, a sua qualidade, o seu simbolismo para todos qua ntos a li estuda m , dei xa ndo o convite à oposição crítica “para se rever na obra feita ao invés de dela desdenhar”. A B a nd a 8 1 de Ferreirim exibiu os seus ta lentos seg ui ndo -se uma apreceituada e animada confraternização. A autarquia de Sern a ncel he som a e se gue. Depois de em Jul ho ter i n aug u rado o Centro Interpretativo de Lamosa, em Agosto o Centro Interpretativo da Faia, acaba o mês com esta recuperação de u m ed i fício histórico, “novo ponto de encontro e convívio entre gerações, e uma escola de valores para a vida”, segundo Carlos Santos.

Paulo Neto

Paulo Neto

Ferreirim, Sernancelhe, para ouvir a Banda tocar


Jornal do Centro

12 REGIÃO | AUTÁRQUICAS

22 | agosto | 2013

Fernando Ruas anda a distribuir cheques na missa O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, esteve presente nas celebrações religiosas nas freguesias de S. João de Lourosa, Viso Sul e de Oliveira de Barreiros onde à entrada, pedindo a palavra, terá “oferecido” cheques no valor de milhares de euros a estas instituições, ao mesmo tempo que agradecia a confiança manifestada pelos católicos viseenses ao longo das últimas duas décadas. Segundo as informações a que o Jornal do Centro teve acesso, um cheque no valor de 50 mil euros, um segundo no valor de 17 mil e outro de cerca de 8 mil euros terão sido entregues pelo autarca às instituições religiosas das referidas freguesias. Foi com perplexidade que José Junqueiro, candidato pelo Partido Socialista (PS) à presidência do concelho, reagiu a esta situação que, salientou, está a “exaurir os dinheiros da autarquia”, criando um

“constrangimento para a administração” que irá resultar das eleições de 29 de setembro próximo. “Ninguém consegue entender que a um mês de abandonar o seu cargo, Fernando Ruas, desbarate dezenas de milhares de euros em cada acto público a que assiste. Esta situação não é, contudo, uma situação isolada. Também o seu vice-presidente, Américo Nunes, se encontra a celebrar contratos-programa que representam compromissos futuros para a autarquia. Entre subsídios, contratos-programa e atividades realizadas, conforme estamos a apurar, podemos estar perante um valor que talvez ultrapasse os dois milhões de euros o que, neste momento de pré-campanha eleitoral, não moraliza o uso dos dinheiros públicos e a ação de todos os detentores de cargos públicos”, destacou. Em comunicado enviado às redações, o centris-

ta Hélder Amaral, candidato do CDS à Câmara de Viseu, conotou a ação como um “repudiável acto de campanha” que, no entendimento da sua candidatura, configura mesmo o “grau zero da política local”. “O problema aqui não está na atribuição de subsídios, uma vez que eu enquanto candidato já tinha referido que eram necessários mais apoios para a rede social. Aquilo que Fernando Ruas tem que explicar é se irá distribuir valores semelhantes às restantes paróquias do concelho. O CDS apenas discute a forma que envergonha a autarquia, envergonha os viseenses e envergonha o poder local. Um presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, um político com a experiência de Fernando Ruas, que tenha algum respeito pelos princípios da ética e da moral católica, devia saber que quando se dá, deve-se dar com

Micaela Costa

Viseu ∑ Atribuição de subsídios a entidades religiosas no concelho está envolta em polémica

discrição e portanto devia ter dado no seu gabinete, com a transparência que se exige, explicando quais os critérios que usou para definir os montantes e os beneficiários”, frisou. A um semanário nacional, o edil Fernando Ruas

explicou que nada vê de estranho nas situações apontadas uma vez que as mesmas configuram apenas o normal apoio às associações e paróquias do concelho como”, salientou, “sempre fez nos últimos 24 anos”.

Contactado pelo Jornal do Centro, o departamento de comunicação da autarquia informou que ninguém estava disponível para prestar qualquer esclarecimento adicional. PM

Carlos Soares só pede um resultado em Repeses: a vitória sente […] e que tem problemas mais graves: problemas sociais de desintegração”, destacou. O candidato, pessoa que “vestiu esta camisola como poucos” e que ajudou o partido a “constituir listas noutras freguesias do concelho”, fez questão de salientar o enorme amor que nutre por Repeses como a principal motivação da sua candidatura. “Quando fui abordado e convidado pelo nosso candidato a presidente da Câmara, Hélder Amaral, pensei muito bem nessa ideia. Pensei, pensei e entendi ter chegado a hora de mais uma vez dar algo de mim pela minha terra. Quero dizer com isto, Pa-

radinha, Póvoa, S. Salvador, Vildemoinhos, Santarinho e Repeses. A minha terra é agora composta por todas estas povoações”, sustentou. Reconhecendo as dificuldades que o país atravessa, o candidato falou do futuro quando, assegurou, se conseguiu constituir uma “equipa equilibrada que inclui elementos de todas as povoações e freguesias” e que apresenta apenas os “melhores”. “Não vamos prometer obras de fachada, alcatrão, cimento ou rotundas mas vamos estar atentos às pequenas obras necessárias para o bom funcionamento do dia-a-dia de todas as

DR

Carlos Soares, histórico presidente e treinador do clube de futebol “Os Repesenses”, apresentou na passada semana a sua candidatura à Junta de Freguesia de Repeses e S. Salvador sob o olhar atento de muitos centristas. Hélder Amaral, candidato à presidência da autarquia, chamado “à titularidade” não desiludiu, esteve presente e rematou para golo. “O Carlos Soares, futuro presidente da Junta de Repeses e S. Salvador, terá um desafio enorme. Tem uma freguesia às portas da cidade, agora uma união de freguesias, que tem pessoas que não sentem Repeses como ele

povoações. Estes são tempos muitos difíceis em que o pouco dinheiro existente será sempre, mas sempre, para as pessoas”, frisou. Neste âmbito, a candidatura encabeçada por

Carlos Soares que “não é para dividir, mas sim para unir” está neste combate “para servir e não para se servir” das populações quando a “união das duas freguesias é aquilo que realmente importa”.

“Repeses tem algumas carências. Não sendo a freguesia mais necessitada, estas existem principalmente no apoio às instituições, aos lares, no apoio às crianças e aos idosos e também no apoio ao nosso clube de futebol que, de quando em quando, é completamente esquecido. São seis povoações, Paradinha, Póvoa, S. Salvador, Vildemoinhos, Santarinho e Repeses, que formam todo este território que exige o nosso esforço. Vai ser nestas áreas e nesta vastas povoações que nos vamos perder e nas quais vamos empenhar todas as nossas energias”, destacou Carlos Soares. PM


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REGIÃO 13

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Santa Cruz da Trapa tem roteiro em livro Após um ano de trabalho e algumas dezenas de viagens à terra que o viu nascer, Carlos Almeida, professor, escritor e artista plástico deu vida ao roteiro poético de Santa Cruz da Trapa, “Verso e Reverso”. Depois de realizar diversos trabalhos artísticos que podem ser encontrados em coleções particulares tanto no país como no estrangeiro, esta sua terceira obra poética é a homenagem de Almeida aos lugares que o viram nascer e crescer sob a forma de um roteiro poético onde cada poema encerra um “lugar de paixão e de peregrinação” desta pequena vila do concelho de S. Pedro do Sul. O projeto realizado entre 2012 e 2013, que incluiu a colocação de 12 esculturas de granito e xisto com versos evocativos aos “distintos lugares da freguesia”, foi apresentado no passado sábado em cerimónia no hotel rural Quinta do Pendão que contou com a presença do vice-presidente da autarquia, Adriano AzevePublicidade

do, José Coelho da quartzo Editora e da deputada Maria Ester Vargas, presidente da Assembleia Municipal de S. Pedro do Sul. “Como um livro não anda sempre debaixo do braço, julgámos pertinente fazer a homenagem a cada uma das povoações de forma a que as pessoas pudessem tropeçar nos poemas do Carlos Almeida. Pequenos excertos dos versos foram transformados em escultura e colocados em cada uma das povoações”, revelou o vice-presidente do município. Ad ria no A zevedo s a l ie n to u a i n d a q u e “por detrás destes versos”, deste roteiro granítico que “cobriu” algumas das povoações da freguesia, vive hoje “a memória, as gentes, a memória coletiva” de todos os h a bit a nte s de Sa nt a Cruz da Trapa. Os cenários impressionantes que acompanham cada poema em fotografia, trabalho do artista plástico Rui Costa, estão agora devidamen-

Pedro Morgado

Roteiro ∑ Versos gravados no xisto “falam” dos lugares

te assinalados, graças ao apoio da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), por estelas de granito e xisto. “É como um livro de poesia aberto que ninguém precisa de comprar. É, sobretudo um convite para todos aqueles que gostam de poesia, para quem gosta da nossa terra. Considero também que é um marco importante no próprio percurso do património da vila que se transforma numa lição de História e de património, da forma de estar e de sentir dos santacruzenses”, realçou o autor. Pedro Morgado

Opinião

Pescado As recentes notícias do INE apontam no sentido de uma diminuição da taxa de desemprego, o que para o governo constitui um poderoso elixir. A agricultura é um dos sectores apontados como responsável pela pertença alteração (+11 mil empregados). No entanto, algumas entidades têm colocado reticências e recomendam prudência na análise dos resultados. Factores como a sazonalidade das diferentes tarefas agrícolas muito frequentes neste período, o surgimento contínuo de centenas de jovens agricultores na área (embora o programa de apoio esteja agora suspenso) e, não menos importante, as recentes alterações fiscais que redundaram no início da actividade para muitos agricultores que não faziam parte das estatísticas, são condições que poderão não repetir-se. Assim, vamos aguardar pelo próximo trimestre para aferirmos a informação. A manter-se esta situação, a oposição fica desarmada. Os autarcas candidatos pelo PSD e CDS têm aqui uma poderosa arma de arremesso. Os diferentes argumentos esgrimidos irão por certo conduzir ao aumento da temperatura dos possíveis debates. E por falar em temperatura, o calor que se vislumbra como duradouro convida à plena degustação de muitas das iguarias existentes na nossa costa. Neste sentido, talvez seja prudente analisarmos os bens da pesca que importamos e exportamos. Tendo por base os valores de 2012, idênticos a 2011, podemos afirmar que, em termos da balança comercial,

a nossa taxa de cobertura é de apenas 55%. Isto é, importamos 1.485 mil euros e exportamos 818 mil euros de pescado. Embora os dados denotem desde já uma tendência notória, importa segmentar a informação. Na categoria “peixe fresco e refrigerado”, que representa o nosso modo de consumo mais generalizado, importamos 234 mil euros e exportamos 131 mil euros. No “peixe congelado” importamos 344 mil euros e exportamos 117 mil euros. No “peixe seco, salgado e fumado”, muito por culpa do bacalhau, importamos 316 mil euros e exportamos 69 mil euros. No grupo dos “crustáceos vivos, frescos, refrigerados e congelados” importamos 162 mil euros e exportamos 75 mil euros. Os moluscos vivos, frescos, refrigerados e congelados foram responsáveis pela importação de 213 mil euros e permitiram exportar 129 mil euros. Esta relação é apenas alterada no caso das conservas de peixe e preparados onde exportamos 183 mil euros e importamos 102 mil euros. O nosso maior parceiro de trocas comerciais no sector é a Espanha. Com a excepção dos peixes secos, salgado e fumados, nas restantes categorias Espanha é a nossa maior fonte de pescado. No entanto, no caso das exportações, este país é também o destino privilegiado (espaço intra-europeu). Fora da UE, podemos destacar pela sua importância e impacto o

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

mercado do Brasil, Angola e Estados Unidos. Os dados vertidos apontam no sentido de um notório desequilíbrio na balança comercial, situação que necessita de ser convenientemente estudada, reestruturada e alterada. Parece também fácil de concluir que um país como Espanha, que aderiu à UE na mesma altura, soube fazer um percurso muito diferente do nosso. A zona económica exclusiva portuguesa representa agora uma área equivalente a 40 vezes o território nacional. Trata-se de um amplo espaço que importa preservar, controlar e explorar. O mar nas suas diferentes vertentes (pesca, turismo e comércio internacional) necessita de ser dinamizado para se alterar um conjunto de cenários onde facilmente poderemos ser considerados importantes players mundiais. A história tem provado que sempre que nos viramos para o mar, tornamo-nos respeitados, líderes e, imaginese, capazes de poder dividir o mundo, como sucedeu. Nesta altura falta-nos estratégia, vontade ou recursos para alterar a situação?


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economia Mel do Caramulo vai ter festa A Associação de Apicultores da Serra do Caramulo (AASC) vai promover este domingo, dia 25, a Festa do Mel no Parque das Festas de Santa Margarida. O evento divide-se entre a venda do mel e de outros produtos da serra, nomeadamente, o artesanato, a realização de provas de degustação, conversas sobreabelhasemel,mastambém a animação musical. O objetivo é “promover o que melhor se produz na serra do Caramulo,omel,tendocomo metaadefesaevalorizaçãode umprodutoregional”,adianta o presidente da AASC, Isidro Ferreira. A apicultura na serra do Caramulo,temassumidoum Publicidade

papel de destaque na economiadaregião.Segundoosnúmeros da AASC, quatro concelhos da região (Tondela, Oliveira de Frades, Vouzela e Águeda) produzem anualmentemaisde12toneladasde melquerapidamenteseesgota no mercado. “São cada vez mais os produtoresqueprocuramnaapicultura uma forma de complementar os seus rendimentos”, reconhece o presidente. A AASC procura com a festa do mel e outros eventos incentivaragricultoresaproduzirem mais mel. “Em relação aos jovens apicultores há cada vez mais adesões a esta atividade, uns através de projetos do PRO-

DR

Promoção∑ Certame de domingo visa a e valorização do produto regionalque tem cada vez mais produtores

A A festa decorre no Parque de Santa Margarida durante o dia DER (Programa de Desenvolvimento Rural do Continente), outros por sua conta. Só este ano registamos sete

novosapicultores, queprocuramnaapiculturaumaforma de completar os seus rendimentos”, reforça.

Na sétima edição vão estar 10 apicultores de vários pontos da serra do Caramulo com o seu mel, “já conside-

rados por muitos o ouro da montanha”. Haverá ainda 12 expositores com doces regionais, artesanato, bolas de sardinha, licores, etc. O programa da Festa do Mel da serra do Caramulo contempla a iniciativa conversas sobre abelhas e mel com a participação dos Amigos das Abelhas, às 10h30 e um almoço regional às 13h00. Durante a tarde atuam no palco do certame, o grupo de concertinas Casconha, o grupo Pé na Terra e o grupo Convinha Tradicional. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 15

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Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

O/Um futuro – mais imaterial, estratégico e competitivo – das cidades Nas últimas três décadas, perante o Pedro Baila Antunes Docente do Instituto Politécnico de défice griViseu - baila@estv.ipv.pt tante que nesse plano se verificava em Portugal, as políticas urbanas focaram-se no investimento maciço em infraestruturas e equipamentos. O desenvolvimento urbano foi assim aferido com a obra pública no espaço urbano; diga-se, alavancado pela subsidiação europeia a fundo perdido. Independentemente de um novo horizonte com menores recursos financeiros, deterioração do estado social e maior exigência europeia em investimento urbano reprodutível, verifica-se atualmente uma alteração natural de paradigma de competitividade das cidades no sentido de estas se moldarem eficazmente a um mundo em transfiguração relativamenPublicidade

te abrupta. Num enquadramento de assunção clara do imaterial no planeamento e gestão autárquica, José Mendes, no livro O Futuro das Cidades, desenvolve a conceção da Cidade Incubadora, fundamentada em cinco dimensões de sucesso das cidades competitivas: inovação, inteligência, autenticidade, sustentabilidade e conectividade. Não descurando as outras dimensões, as cidades deverão estimular aquelas que são o seu maior potencial, pelos ativos tangíveis e intangíveis já disponíveis ou por aqueles que possam vir a adquirir, tendo em vista uma especialização competitiva. Para isso, deverão identificar a sua vocação e estabelecer os desafios aos quais terão de responder e isto num quadro de uma estratégia concertada entre todos os agentes lo-

cais e regionais, incluindo a participação vital dos cidadãos. Com base nestes pressupostos de Cidade Incubadora que, como refere José Mendes, deve ser “coroada pelo tridente visão-liderançamarca”, é interessante realizar um exercício prospetivo de diferenciação potencial de Viseu relativamente a cidades de dimensão idêntica. Em Viseu, destaca-se a dimensão da Sustentabilidade, patente no propalado ativo matricial de cidade ambientalmente exemplar – com qualidade de vida –, que deve ser no entanto sustentada no plano económico. A este nível, a floresta e as energias alternativas, como, em parte, já o são o Vinho do Dão e as termas, podem constituir a força motriz económica, geradora de riqueza e emprego. Por outro lado, é também

inegável a dimensão significativa da Autenticidade, com o centro histórico e o património, a cultura popular e a religião, a gastronomia e os eventos (vide as Cavalhadas e a Feira de São Mateus), que importa exponenciar contemporaneamente. Já a Inovação e a Inteligência (leia-se conhecimento e – retenção de – talento) têm de ser proativamente mais incentivadas. Poderá não ser difícil; veja-se, na vertente artístico-cultural, o excelente exemplo dos Jardins Efémeros. É também essencial a Conectividade regional com os concelhos adjacentes para se alcançar uma massa crítica e umadimensãoquepermitam tornar a região e a cidade num player a nível nacional, quiçá europeu; uma cidade geo-estrategicamente localizada no coração de Portugal.


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educação&formação Lamego: Colégio da Imaculada Conceição fechou portas a 1 de agosto As por tas do Colégio da Imacu lada Conceição de Lamego estão mesmo fechadas desde o dia 1 de agosto, tal como se previa, p o r f a lt a d e a lu n o s . A direção do colégio, fundado em 1927, assumiu em meados de ju l ho que era i n su stentável manter o colégio de portas abertas com menos de 200 a nos , tendo este a no re ce bido ap en a s 17 0 inscrições. De acordo com o presidente da Associação de Pais, Luís Pinto “a notícia foi dada de for m a abr upta de uma manhã para uma ta rde” sem qua lquer i n for m aç ão prév i a e apa n hou de sur presa pais, funcioná rios e professores. Os encarregados de educação vira m-se obrigados a pedir a transfe-

rência dos a lunos, já fora da fase de matrículas, para outras escolas do concelho, os cerca de 30 profissionais do colégio (professores e f u ncion ários) foram para o desemprego. “Os pais foram apanhados desprevenidos, mas penso que tudo se foi resolvendo de form a n at u r a l , o m a ior problem a é o nú me ro de desempregados que o encer ra mento gerou . H av i a l á f u ncionários a trabalhar há ma is de 20 a nos e professores que de um dia para o outro f icaram sem chão”, adiantou ao Jornal do Centro o presidente da Associação de pais. Lu í s P i nto ad m it iu que “havia r umores” de problem a s f i n a nceiros na instituição, mas os pais nunca co-

locaram a hipótese do colégio fechar as portas: “Não houve qualquer informação, quer aos pais quer ao corpo docente, não houve qualquer reunião prévia para se tentar encontra r a lternativas, não houve um sinal sequer, foi tudo um pouco estranho”. A instituição de ensino, com 86 anos, fundada em 1927 pelas irmãs franciscanas, funcionava desde 2007 como um estabelecimento de ensino particular e cooperativo da empresa Fascínio das Pa lavras- Lda , lecio nando desde a creche ao secundário. No ano passado foi a mel hor escola do distrito de Viseu, no ranking dos exames do ensino básico, em 2011 dispunha de 240 a lunos, mas o nú mero terá v i ndo a

Banco de livros em Viseu A Câmara Municipal de Viseu vai manter em funcionamento no próximo ano letivo o Banco Municipal de Livros Escolares. O projeto, em funcionamento no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (antigos moinhos da Balsa), visa proporcionar às famí-

lias carenciadas, escolas, IPSS e associações de solidariedade a possibilidade de usufruírem de manuais escolares usados, em condições de serem reutilizados. Para tal é necessário as pessoas contribuírem doando os manuais que já não usados lá em casa. Em 2012, a autarquia

conseguiu, com a campanhas de recolha de manuais usados, ajudar mais de 40 famílias, tendo sido emprestados 256 manuais e encaminhou, até agora mais de 5 500 manuais para várias Instituições. EA

DR

Crise ∑ Diminuição do número de alunos na origem do encerramento ∑ Cerca de 30 pessoas ficaram desempregadas

A O estabelecimento de ensino foi fundado em 1927 pelas irmãs franciscanas. A ordem vendeu o colégio a particulares em 2007

diminuir nos últimos anos. O Jorna l do Centro tentou o contacto com a direção do Colégio, mas tal não foi possível. Desde que a notícia do encerra mento do estabelecimento de ensi no se tornou pú-

blica, a presidente da instituição escusou-se sempre a falar para a comunicação social. Com o encerramento do Colégio da Imaculada Conceição, o concelho de Lamego passa a dispor apenas de uma instituição de

ensino privada do ensi no bá sico e sec u ndá rio, o Colégio de La mego, fundado em 1859 , propriedade da Província Portuguesa da Ordem Beneditina. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Estágio de música em Vouzela Vouzela recebe, de 2 a 6 de setembro, a sétima edição do Estágio de Música, promovido pela Associação Cultural e Recreativa de Vouzela. Fagote, trombone, saxofone, oboé, tuba, clarinete, percussão, flauta, trompa e trompete são os instrumentos disponíveis neste estágio.

O mesmo termina com um concerto final, no dia 6, pelas 21h30, no Cineteatro João Ribeiro. A organiza pretende com esta iniciativa”promover o contacto com novos repertórios e dar a possibilidade aos alunos de adquirirem noções básicas importantes

para o seu desenvolvimento musical e artístico”, escreve numa nota à imprensa. As inscrições (45 euros) podem ser efetuadas até 26 de agosto para o mail acrvouzela@gmail.com, pelos telemóveis 914157 234 ou 964 813 831 ou pelo facebook em acrvvouzela. EA


ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 597 DE 22 DE AGOSTO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Micaela Costa

SUPLEMENTO

Textos: Micaela Costa Grafismo: Tânia Ferreira


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Detalhes de um concelho onde é bom viver Com um vasto “currículo” histórico, o concelho de Penalva do Castelo, tem vários testemunhos de povos como os Lusitanos, Romanos e Árabes. A Anta e abrigos pré-históricos do Penedo de Com, Castro da Serra da Paramuna, são exemplos de mo numentos que conduzem a memória a outros tempos.

As paisagens e a alma beirã conferem a este concelho uma riqueza natural e humana que convidam a visitar. São vários os produtos endógenos que caracterizam este como um dos concelhos marcantes do distrito de Viseu. A maça Bravo de Esmolfe, uma variedade que terá aparecido na aldeia de Esmolfe, no concelho de Penalva do Castelo, há cerca de 200 anos é já um dos frutos mais apreciados não só pela região, como pelas gentes de todo o país. O queijo Serra de Estrela, outro dos ex-libris,

tem uma área geográfica de produção que abrange os concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia e algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu. O vinho “Dão de Penalva do Castelo”, é outro dos elementos que enriquece a mesa de qualquer apreciador deste, tão conhecido, néctar. Quem visitar Penalva do Cas-

telo não pode deixar de passar pelos vários percursos pedestres que convidam a descobrir os recantos mais encantadores que este concelho tem para oferecer: o percurso arqueológico de Esmolfe que se inicia junto ao cruzeiro de Ildefonso, permite observar as alminhas das eiras que se encontram assentes numa ara votiva anepígrafa. Passando pela necrópole medieval, Anta do Penedo do Com e ainda o Penedo do Com, um abrigo natural, sob um penedo de granito de grandes dimensões. Mais aci-

ma a Serra da Paramuna, onde se situa o Castro da Paramuna ou dos Mouros, e uma gravura rupestre. O Caminho dos Galegos, percorrido durante séculos por peregrinos que caminhavam em busca de Santiago de Compostela (Galiza, Espanha), onde prestavam homenagem junto da sepultura do Apóstolo, é constituído por um lajeado de acentuada antiguidade, provocada pelo desgaste de múltiplas passagens, marcando profundamente a pedra granítica. A freguesia de Mareco foi durante séculos proprieda-

de da Ordem de Santiago, sendo os seus habitantes “reguengueiros encabeçados”. Nesta localidade, existe ainda a antiga casa da Ordem, que possui gravada na ombreira da porta uma estilizada cruz de Santiago, cruzada por dois cajados de peregrino. Por fim a rota da Senhora da Ribeira, situada na freguesia de Pindo, que possibilita a observação do património natural e monumental da Freguesia de Pindo. Esta rota permite observar recursos naturais de rara beleza como a agricultura, avifauna, rio e floresta.

Um concelho interventivo Da educação, à cultura, do desporto, à ação social, a Câmara Municipal de Penalva do Castelo tem investido e apostado no desenvolvimento de todas estas áreas. A criação de cidadãos responsáveis e socialmente ativos foi, e é, o grande objetivo dos representantes de um concelho conhecido pelos bons músicos. Carlos Ferreira Santos, vereador de pelouros como educação, cultura, desporto e planeamento e ordenamento do território, passou em revista as principais mudanças e evoluções conseguidas ao longo destes anos.

Educação: “Investimentos na requalificação dos diversos edifícios escolares, do pré-escolar e 1º ciclo. O município não optou por um centro escolar de raiz, preferiu requalificar edifícios já existentes em diversas zonas do concelho. Existem condições físicas para um ensino de qualidade, resultado de uma relação estreita entre o município e o agrupamento de escolas e numa articulação com as diversas instituições nomeadamente os centros sociais paroquiais, juntas de freguesias e associações que apoiam na implementação de uma rede de transportes. De salientar a disponibilização de refeições e o alargamento de horário em vários estabelecimentos, numa tentativa de responder às necessidades dos encarregados de educação. Uma aposta na criação de um ensino de qualidade e de darmos apoio a todas as nossas crianças, através de melhores condições, quer infraestruturais quer de recursos humanos.”

Desporto: “Demos um salto de gigante nas infraestruturas desportivas. Desde a piscina coberta e a exterior (um investimento de 1 milhão e meio de euros) que veio corresponder a uma das lacunas que existia ao nível desportivo. Neste momento está em curso um investimento na requalificação do parque desportivo da Cerca, um campo que vai ter um relvado sintético, uma parceria entre a Câmara Municipal e o Sport Clube Penalva do Castelo. Este é um trabalho que vai dar uma resposta muito importante, pois este é um espaço utilizado diariamente por cerca de 200 jovens, é aí que estão todas as camadas de formação do Sport Clube Penalva do Castelo e das equipas sénior do Clube Desportivo de Roriz e acreditamos que com estas modificações possam usufruir outras associações. Por outro lado de salientar a dinâmica desportiva com a criação dos Jogos Desportivos que possibilitaram a diversificação da prática do desporto nas mais variadas modalidades (futebol, ténis, atletismo, btt, andebol, basquetebol e outras). Temos também apoiado as várias associações para que possam dinamizar o desporto em Penalva do Castelo.”

Cultura: “Um dos pontos fortes do concelho é a música. Com o apoio de várias paróquias e associações temos investido naquilo que é uma das marcas de Penalva do Castelo. Culturalmente a música tem sido uma grande aposta, temos várias escolas e os resultados desse investimento tem sido visível. Temos vários grupos musicais, de salientar uma banda que tem mais de 150 anos, que funcionam fruto desta aposta que foi feito ao longo destes 15/20 anos. Costuma-se dizer que um povo sem música é um povo sem vida e em Penalva do Castelo há vida. De salientar ainda a construção da Biblioteca Municipal, que tem feito um ótimo trabalho de dinamização cultural e implementado um vasto conjunto de atividades, como a leitura. Criámos o sábado na biblioteca, onde decorrem várias atividades, direcionado para os mais novos mas que possibilita uma partilha entre várias gerações.”


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“É preciso perceber que é fundamental criar riqueza e sermos empreendedores” Que balanço faz o suficiente para marcar lidade de ter criado destes anos à fren- a diferença. essa evolução? te da Câmara MuniEvoluiu e com uma dicipal de Penalva do E o que é que não ferença signif icativa . Castelo? fez, que gostaria de Evolui-mos ao nível económico de forma sustenTenho que fazer um ba- ter feito? Muita coisa, mas há que virar a página e quem vier a seguir espero que faça ainda me-

tável, Penalva do Castelo em 2010 foi dos concelhos que, entre os 179 municípios, ficou em primeiro lugar no ranking em termos de eficiência financeira e nos

E de que forma é que Penalva do Castelo pode criar mecanismos para manter as pessoas?

Micaela Costa

lanço extremamente positivo. Nestes últimos 12 anos foi uma autêntica revolução em varias áreas, onde se conseguiu um trabalho fantástico. A colaboração da Câmara, dos empresários que aqui investiram no turismo, as coletividades e instituições da área social foram fundamentais. Modificámos por completo a face da vila, criámos novas centralidades, lançámos uma zona empresarial que vai ter uma dinâmica

importante. Acredito que mais do que fazer melhor, é fazer diferente.

Quando fala em revoluções, fala em quê? Na rede viária, na regeneração urbana, na ação social, na área do desporto e cultura. No que diz respeito a infraestruturas na área da saúde. Sentimos que as pessoas se apercebem dessas mudanças, especialmente os nossos emigrantes e é isso que me deixa feliz, pois reparo que contribui para uma evolução significativa do meu concelho e embora não tenha feito tudo o que queria, fiz

lhor. Quando iniciei funções comecei com a eletrificação, esgotos, abertura de caminhos e hoje, felizmente, as preocupações vão ser outras. Temos neste momento centros sociais paroquiais, IPSS. Há uns anos atrás não tínhamos nada, hoje temos cinco Centros de Dia e as pessoas têm melhores condições. A partir de agora as preocupações têm que ser outras, tais como o desenvolvimento turístico, infraestruturas culturais e desportivas, tudo virado para o turismo e desenvolvimento económico.

Sai com a tranqui-

ta a produção de vinho, queijo Serra da Estrela, azeite, maça bravo de Esmolfe e muitos outros produtos, mas este é um trabalho que exige muito e que não tem a recompensa devida. E, por isso, muitos jovens e adultos tiveram que emigrar, mas até esses criaram riqueza, mas o que queríamos era que criassem riqueza, mas que pudessem estar aqui.

últimos três anos, dos 183, estamos em terceiro lugar a nível nacional. E isto deixa-nos satisfeitos porque temos a perspetiva futura, quem vier vai poder continuar sem ter que pagar dívidas. E, para além disso, temos património, temos terrenos e infraestruturas valiosas.

Temos que ser inovadores, temos que conseguir criar o próprio emprego e normalmente quando isso acontece criam-se ainda mais postos de trabalho. Em Penalva do Caste lo de ve m o s potencia r os produtos endógenos que temos direcionando-os para o turismo. Temos o exemplo da Casa da Ínsua, que era uma casa senhorial, ligada à agricultura, e que se transformou num hotel de charme, tem criado riqueza e trazido muitas atividades. E isso dignifica não só Penalva, como a região e o país. É preciso perceber que é fundamental criar riqueza e sermos empreendedores.

Sente que os muníNo que diz rescipes ganharam me- peito aos produtos lhor qualidade de endógenos, como vida? é que a Câmara os As pessoas gostam de potenciou ao longo viver em Penalva do Cas- destes anos? telo. Temos apenas um senão, que tem a ver com o emprego. Penalva é um concelho extremamente agrícola, onde se salien-

Avançámos com feiras temáticas de divulgação dos nossos produtos. A maça bravo de Esmolfe é um produto que tem

uma excelência reconhecida, mas que estava esquecida e, há uns anos atrás, quando comecei a bater à porta da Direção Regional da Agricultura, diziam que era uma variedade muito específica, com qualidade mas com uma especificidade muito própria e que não ia ter muito futuro, a verdade é que hoje é reconhecida e uma referência. No início de outubro temos uma festa dedicada à maça. Temos também a feira do queijo Serra da Estrela, que divulga a qualidade do mesmo e a feira do vinho do dão, onde marcamos uma diferenciação e que tem obtido medalhas e reconhecimento do nosso bom vinho. Há ainda outra variedade de produtos como o azeite, a castanha, milho e tantos outros que merecem ser potenciados.

Para quem visita o concelho, o que pode encontrar? Recuperámos todos os nossos monumentos, que dizem respeito ao turismo religioso, procurámos criar vários percursos pedestres, melhorámos o património edificado (Anta do Penedo do Com) e vimos reconhecido o Mosteiro de Santo Sepulcro, como monumento de interesse público, o primeiro na Península Ibérica onde poderá aqui haver algumas novidades. Mas volto a dizer que temos que potenciar ao máximo aquilo que temos.

em termos da regeneração urbana, a criação de um espaço próprio para a feira semanal. A aposta na biblioteca municipal, que é um espaço de referência, a evolução a nível desportivo com a colocação de relvado sintético no antigo campo municipal da Cerca e a construção das piscinas de interior e exterior. Tudo isto foram passos que me deram alegria neste trabalho, que é duro, mas que quando vemos o resultado é satisfatório.

O que é que vai deixar saudade? Eu vou continuar a ter uma atividade interventiva no concelho, claro que com outra intensidade. Vou regressar ao meu escritório de advocacia e quero continuar a ajudar o meu concelho, a terra que eu escolhi. Penso que tenho o dever cívico de continuar a trabalhar, apenas não será com a responsabilidade de presidente de câmara. E dessa forma não vou sentir saudade, porque quero continuar presente.

A política vai continuar a fazer parte da sua vida? Eu queria-me afastar completamente, mas fui “empurrado” para continuar na Assembleia Municipal, mas claro que são duas posições completamente diferentes. Um presidente de câmara tem outras funções e se as quiser desempenhar bem, tem que estar 100% disponível, posso dizer que já cheguei a atender o telefone às 3 da manhã para ajudar a resolver problemas, mas sempre o fiz com gosto, e isso é gratificante.

Se tivesse que destacar um momento que o marcou ao longo destes quase 20 Viver em Penalva anos, o que destaca- do Castelo é… ria? É bom . Cada vez dá Muitos. Tive muitas boas experiências, desde a eletrificação de várias povoações, avançar com obras da circular, obras

m a i s g o s to v ive r e m Penalva do Castelo e isso é comprovado por todos aqueles que nos visitam.


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Festas do concelho

PENALVA DO CASTELO De 22 a 25 de agosto Penalva do Castelo vai estar em festa. A par da música, gastronomia e muita animação, o município apostou na divulgação dos produtos endógenos da região e das suas gentes. A 12ª prova técnica de vinhos Dão de Penalva, uma iniciativa que se realiza em simultâneo com as festas do concelho, tem como objetivo promover e a dar a conhecer aquele que é um dos produtos mais significativos do concelho. As festas assumem ainda um papel de divulgação das bandas

e músicos do concelho, como forma de dar a conhecer ao público o que de melhor se faz e se aprende em Penalva do Castelo. Mara Pedro e João Bota são ainda alguns dos nomes convidados para animar as noites do certame, ambos oriundos do distrito de Viseu. A par das “bandas da casa”, Leandro, músico do panorama nacional, marca também presença nas festas de Penalva do Castelo.

Sociadade Filarmónica Recreio Santamarense (AÇORES)

Espetáculo de Fado com

Grupo Lua Cheia

Grupo TZ Music

LEANDRO

XII Prova Técnica de Vinhos “ Dão de Penalva”

JOÃO BOTA & Gang Band com “João Ginga”

GRUPO AF DJ VEE

Festa de São Genésio (17:00)

GRUPO REPÚBLIKA

MOJO com André Silva e



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desporto

DR

TROFÉU ORIENTAÇÃO SENHORA DO CASTELO EM MANGUALDE

A Depois de ter vencido o II Torneio Pedr Marques, o Lusitano tem pela frente o novo Campeonato Nacional de Seniores que começa já domingo, 25 Futebol

Lusitano e Cinfães estreiam-se em casa

SUPERTAÇA DE ANDEBOL JOGA-SE SÁBADO

CNS ∑ Campeonato começa com os trambelos a receberem o Bustelo e os cinfanenses o Cesarense O novo Campeonato Nacional de Seniores (C N S) c o m e ç a e s t e domingo, dia 25. Na série D estão Cinf ães e Lusita no de Vi ldemoi n hos , a s du a s ú n ica s equ ipa s de Viseu na competição. Os trambelos estreiam-se em casa, frente ao Bustelo, enqua nto o Cin f ães recebe o Cesarense. No Ci n f ães , Fláv io das Neves foi substituído por João Manuel Pinto, antigo jogador de Belenenses e Futebol Clube do Porto. Cinf ães viu sair al-

guns dos seus principa is jogadores como o g u a rd a -re de s Tr i g uei ra pa ra o Un i ão da Madeira, o capitão de equipa Joel, para o Cov i l h ã , o ava nçado goleador Ser ra , pa ra o S a l g uei ro s 0 8 , a s sim como Rúben Neves que se transferiu para o Desportivo das Aves da II Liga. E n t r e o s r e fo r ç o s , nomes como o ava nç a d o B r u n o Te i x e i r a , e x- Fa m a l ic ã o , o e x t r e m o d i r e i to , d e 28 anos, Vieirin ha, mel hor m a rcador do Felg uei ra s , com 15 golos , e que h á du a s

épocas jogou no Tondela. Pa ra a defesa , foi contratado o latera l esquerdo Pedro Rodrigues, que na época passada disputou o Ca mpeonato Nacional de juniores pelo Leixões. O s m é d io s M i g u e l Guedes (Moimenta da Beira) e Mário Pereira (Leça) foram também contratados. No Lusitano de Vildemoinhos, que mantém Rui Cordeiro c o m o t r e i n a d o r, h á u m a equ ipa com vários reforços, e ta mbém com uma mão

cheia de saídas do plantel da época passada . Sergin ho, que terminou a ca rreir a , C o r v e l o (p a r a o Ca rrega l do Sa l) e a i nda M a rcos , João Borges, Paulo Listra, Cristiano R ibeiro e Friday Ngbe deixaram o Lusita no. E nt re os reforços há jogadores com experiência nos naciona is como João Paulo, central ex-Nogueirense, Nuno Olivei ra , o g ua rda-re des ex-Académico de V i s e u , de onde c he gou também o avançado Johhny, e ainda um outro ex-academista,

Mangualde acolhe, nos próximos dias 7 e 8 de setembro, o Troféu Orientação Senhora do Castelo. Trata-se de uma prova da Taça de Portugal, nível 2, cujo percurso atravessa Mangualde e Chãs de Tavares. A competição é organizada pelo Clube de Orientação de Viseu e conta com o apoio da Câmara Municipal de Mangualde, da Orientovar e da Vitalis. No dia 7 de setembro, entre as 12h30 e as 17h00 realiza-se a prova de orientação pedestre na Senhora do Castelo e entre as 21h00 e as 23h00 o Sprint noturno no centro da cidade de Mangualde. No dia seguinte, domingo, entre as 9h30 e as 12h30 decorrerá a prova de orientação pedestre em Chãs de Tavares. Pelas 13h00 tem lugar a entrega de prémios. Informações e inscrições em www.coviseunatura.pt/trofeuOriSenhoraCastelo/ e através do email trofeusenhoracastelo@coviseu-natura. pt

o avançado David Nunez que jogou meia época no Nogueirense. Há a i nda outros reforços como E m anuel Poças, defesa exPrainha, ou Marcel, o avançado que brilhou no Castro Daire, que esteve a t rei n a r no Académico de Viseu, mas que assinou pelo Lusitano. H á a i n d a t r ê s e xjuniores, Rui Lourei ro , R e n ato L op e s e Lu í s A l meid a , que i nteg ra m ta mbém o pl a nte l do s t r a m b e los. Micaela Costa

Decorre sábado, dia 24, no Pavilhão do Inatel, as finais da Supertaça de Andebol. Para as 15h00 está marcada a partida da equipa feminina, com as campeãs em título, Alavar iu m , f rente à s venc e d o r a s d a Ta ç a d e Portugal, Madeira Sad. A segunda Supertaça, disputa-se às 18h00 e coloca frente a frente o campeão nacional Futebol Clube do Porto e o Sporting, vencedor da Taça de Portugal. As partidas são transmitidas, na Bola TV. MC


MODALIDADES | DESPORTO 23

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Futsal

Campeonato Mundial em Lamego

Viseu 2001 arrecada 4º lugar em torneio

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Decorre este domingo, dia 24, o XIX Campeonato Mundial Ultimate Full Contact. O evento, organizado pela Federação Portuguesa de Full Contact em parceria com o Plano Nacional de Ética no Desporto e Câmara Municipal de Lamego, e com o apoio do Complexo Desportivo de Lamego , Instituto Português do Desporto e Juventude, é integrado nas Festas da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, e tem lugar em ringue armado na Av. Dr. Alfredo Sousa, no recinto das festas. O campeonato realizase desde 1988 e este ano serão apurados vinte Campeões do Mundo nas várias categotrias de peso (-59Kg, -63,5Kg, -67Kg, -69Kg,

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WUFC

A

Prova, que se realiza desde 1988, decorre domingo, dia 24, na Av. Dr. Alfredo Costa -72,5Kg, -75Kg, -78,5Kg, -82,5Kg, -84,5Kg, -88,5Kg, -91,5Kg, +91,5Kg), divididos em competição nas regras K-1 (3 rounds x 3 minutos) e Ultimate Full Contact – Free Fight/Vale Tudo (1 round x 10 minutos).

O evento desportivo, reúne vários combates de alto nível técnico-tático, físico e psicológico. Os combates eliminatórias têm início às 16h00, seguindo-se dos quartos de final, meias-finais e com-

bates finais com início às 22h00. Do programa consta ainda a cerimónia de abertura, com apresentação das equipas e atuação da banda musical “Heavy Joker’s”. Micaela Costa Publicidade

O Viseu 2001 disputou no passado fim-desem a n a o Tor neio de Futsal Summer Cup, em Tábua. A equipa viseense viu o campeão nacional Sporting sair vencedor (derrotou o Rio Ave por 4 a 1) no torneio em que terminou em 4º lugar. Os viseenses perderam no sábado com o Rio Ave, por 4 a 2, e restou-lhes o jogo de consolação, frente ao Boavista, equipa que havia sido derrotado pelo Sporting.

O Viseu 2001 acabaria por ir para o intervalo a vencer a formação do Boavista por 2 a 0, mas, na segunda parte os boavisteiros conseguiram chegar ao empate e levar o jogo para prolongamento. O Boavisca acabaria por marcar o 3-2 mas a mas a 20 segundos do final os viseenses chegaram à igualdade final (3-3). As duas equipas foram a penaltis, mas foi o Boavista, quem saiu vencedor. MC


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especial

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Feira de São Mateus 2013

Dia dos Bombeiros Voluntários assinalado esta quinta-feira O tradicional Dia dos Bombeiros Voluntários de Viseu na Feira de S. Mateus assinalase esta quinta-feira, dia 22, em que os lucros da bilheteira do certame revertem para a Associação Humanitário do corpo de voluntários. “Quem vai neste dia à Feira está a ajudar os B ombei ros Volu nt ários de Viseu, que tanto precisam destas receitas extraordinários para equipamento e ouPublicidade

tros melhora mentos, portanto, quantas mais pessoas estiverem, melhor”, apela o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, Valdemar Freitas. E m pa lco va i esta r este ano, a partir das 22h00, a cantora Ruth M a r l e n e . Va l d e m a r Freitas explica que a escolha do artista é da associação, acreditando sempre que leva muitos visitantes ao certame:

“Os artistas nunca vêm de forma gratuita mas temos a noção de que levam um preço mais modesto por ser para os bombeiros”. A lém da cabeça de ca r ta z , o espetác u lo musica l começa com a atuação da Tuna dos Bombeiros Voluntários de Viseu, composta por cerca de 20 elementos pertencentes ao corpo ativo. Emília Amaral

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Apelo∑ Presidente da Associação lembra que “quem vai neste dia à Feira está a ajudar os Bombeiros”

A Ruth Marlene e a Tuna dos Bombeiros em palco

De 1980 aos nossos dias “Feira de S. Mateus de 1980 aos nossos dias” é o nome da exposição que pode ser visitada no recinto do certame, até ao dia 22 Publicidade

de setembro. A mostra retrata três décadas da história de um certame que tem 621 anos.

EXPOSIÇÃO ITINERANTE “CHAMPIMÓVEL” Está patente nas festas da cidade, até domingo, dia 25, a exposição itinerante “Champimóvel: O Futuro da Ciência”. A exposição interativa , da Fundação Champalimaud, é um simulador móvel que promove uma viagem em 3D pelo futuro da ciência. Reconhecido como um dos projetos mais originais da ciência educativa, o “Champimóvel”, está pela primeira vez na cidade de Viseu, e é uma ação de divulgação destinada a crianças entre os nove e os 14 anos. O projeto pretende ser uma experiência tridimensional, interativa e lúdica com base num filme de aproximadamente 25 minutos transportando tecnologia de ponta científica. Tem ainda como objetivo envolver ativamente os presentes, através de um conjunto de atividades de modo a manter o interesse pela ciência. O simulador está aberto a toda a população que queira participar nesta viagem pelo futuro. MC


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FEIRA DE SÃO MATEUS 2013 | ESPECIAL 25

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Programa Semanal De 15 a 21 de agosto

Dia 22 (Quinta-feira) Palco Luz

(23h00) 5ª do Rock: Motim e Promethevs

Espaço EDP

Dia 23 (Sexta-feira)

(14h30) Atelier

(Dia APPACDM) (22h00) Banda RX

Culinária (máximo 15 crianças) Palco 1 (22h00) Ruth Marlene Palco Água

Dia 24 (Sábado)

Dia 25 (Domingo)

Palco Luz Espaço EDP (14h30) Atelier: Horta Pedagógica (máximo 15 crianças) Palco 1 (22h00) Ray Band

Palco 1

2.5€ Palco Água (20h00) Desfile de

Amigos

moda: “Noite de Prata”

Feira)

(15h00) Luís Represas

Dia 27 (Terça-feira)

2,5€ Palco Luz (15h00) Patinho Paf (máximo 20 crianças) (22h00) Canário &

Palco 1: HI-FI

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M ateu s , nu m a no em que comemora 37 anos de ca rrei ra . O ca ntor português desde cedo se interessou pela música, aos 13 anos comprou a sua primeira g u it a r ra . M a s foi em 1976 que ga n hou visibilidade no pa norama musical quando f u n d o u o s Tr ov a nte , uma das ba ndas ma is in f luentes na música portug uesa , juntam e n te c o m Jo ã o G i l , João Nu no Repre sa s , Ma nuel Fa ria e A rtur Costa. Anos mais tarde, em 1992 , os Trova nte se param-se e Luís Represas iniciou a sua c a r r e i r a a s olo . P a r tiu para Havana onde compôs u m dos m a i s re con hecidos duetos nacionais: Feiticeira. Após uma digressão por todo o pa ís e n c h e u p o r du a s ve zes a sa la do Col iseu dos Recreios e produ z iu o d i sco “Cu m plicidades”, com a col a b or aç ão do pi a n i s ta Bernardo Sassetti e

de Dav y Spilla ne. Em 1998 lançou o disco “A h o r a d o lo b o” e d oi s anos depois edita o álbu m “Cód i go Verde” que inclui o tão co nhecido tema “O lado bom da saudade”. Luís Represas foi também o responsável pelo single com o tema “Quero uma casa deste ta ma n ho”, pa ra a conhecida marca de relógios Swatch. Em 2003 editou o álbu m “Fora de Mão” e a 9 de Ju n ho de 2 0 0 5 foi condecorado com a Comenda da Ordem do Mér ito, p or Jor ge

Sa mpa io então P residente da República. Em 2008 lançou o disco “Olhos nos Ol hos”, i nteg ra l mente g r avado e m C uba , onde contou com a pa rticipação especia l da brasi lei ra , Si mo ne, dos cubanos Pablo Milanés e Liuba Maria Hévia, entre outros. “ S i s u d o A m á ve l ” é o s i n g le d e a pr e s e n tação do último disco conhecido de Luís Represas em colaboração com o também ex-Trovante, João Gil. MC

(22h30) 4ª FNAC: O MARTIM

Canário & Amigos animam noite de domingo

Luís Represas no palco principal

Depois dos concertos que levaram ao reci nto da Fei ra de São Mateus m i l ha res de pessoas, a 621ª edição do certame recebe mais um grande nome da música portuguesa, Luís Represas. A abri r a fei ra esteve a fadista Ca r m in h o , q u e a p r e s e n to u aos v i seen ses o m a i s recente álbum “Alma” e, no passado f im-desemana, Tony Carreira , u m dos ca ntores ma is queridos do público português, “viajou” pelos 25 a nos de carreira, onde cantou sucessos como “sonhos de menino” e “A m i n h a ve l h a g u i t a r r a ”. N a p l a t e i a e s t i vera m mais de 20 mil pessoas, que não se c a n s a r a m de “c a nt a rolar” as músicas que marcam os já extensos anos de carreira deste português que um dia sonhou ser cantor. Sábado, dia 24 , é a vez de Lu ís Represa s subi r ao pa lco pri ncipa l da Fei ra de São

Palco 1 (22h00) CRASSH StreetShow Palco Luz

Palco Luz (23h00) 3ª da Luz: Ludgero Rosas

Dia 26 (Segunda-

A O espetáculo do antigo vocalista dos Trovante está marcado para as 22h00

Dia 28 (Quarta-feira)

Domingo, o palco fica a cargo de Augusto Canário & amigos. Um grupo unido pelas concertinas, é conhecido pelo reportório com um misto de cantigas com letras e melodias tradicionais e cantares ao desafio. O grupo, liderado por Aug usto Ca ná rio, um nome que conta com quaPublicidade

se três décadas de ligação à música tradicional/popular, é constituído por mais 12 elementos: Cândido Miranda, Jorge Viana, Rui Jaco, José Lima, Rui Lopes, João Ferreira, Sérgio Mirra, Herman Ribeiro, Vitor Costa, Miguel Rodrigues, Mara Mourão e Marta Azevedo. MC


D Exposição sobre a obra de Pessoa

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culturas expos

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A Biblioteca municipal D. Miguel da Silva, em Viseu tem patente uma mostra bibliográfica da obra de Fernando Pessoa. Com esta mostra a biblioteca pretende assinalar a passagem dos 125 anos do nascimento do escritor.

Arcas da memória

Destaque

MESTRE ALBINO RIBEIRO – HISTÓRIA DA LETRA “A” A propósito da Casa da Ribeira

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até 3o de agosto, a exposiçãode fotografia, “Rios de

OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal Até 31 de agosto, a exposição ““Um Rio Com Vida”

que resulta de um conjunto de trabalhos realizados por diversas escolas de cinco municípios

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Vida”, de João Cosme

A “Danças Europeias” é das iniciativas em que o público é chamado a participar

“Palcos Livres” chama pessoas ao centro histórico Viseu∑ Iniciativa decorre em sete palcos, às sextas e sábados, até setembro

VISEU ∑ Galeria de Exposições do IPDJ

Até 31 de agosto, a exposição exposição de artes plásticas “Arte Nostra Damos”

SÁTÃO ∑ Casa da Cultura De 4 a 31 de agosto a mostra de artesanato (tapeçaria, arraiolos, madeira, rendas de bilros, cestaria e artesanato urbano), de vários artesãos do concelho de Sátão

Os Palcos Livres, iniciativa que está a animar o centro histórico de Viseu às sextas-feiras e aos sábados, ainda tem mais três fins de semana pela frente, com uma programação que promete grande leque de ações, em que o público é chamado a ver criações únicas e, por vezes, a participar, como aconteceu na sexta-feira passado, com as “danças europeias”. No palco quatro esquinas da Rua Formosa, dezenas de pessoas entraram na dança ao longo da noite. Com produção artística da associação cultural Zumzum, os Palcos Livres apresentam e st a s ex t a -fei r a , d i a

23 , às 21h00, a performance audiovisual “No Meu Tempo” de Filipe Lopes,no centro histórico. Às 21h30, o espetáculo “Teatro da Fachada” (Zunzum) estreia-se com início na Janela D. Duarte. A música está reservada para as 22h00, no palco das conchas (Largo da Misericórdia) com Ismael Silva – Vibrafone. Às 22h45 Carlos Peninha & José Cardoso atuam no palco D. Duarte. O palco Miradouro recebe mais uma sessão de cinema shortcutz, às 22h30. As músicas do mundo voltam ao palco 4 esquinas (Rua Formosa) às 22h50. A noite termina com os concertos na varanda da

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h45, 21h20, 00h15* Dá & Leva (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h00, 21h50, 00h25* Aviões VP (M6) (Digital) Sessões diárias às13h40, 16h10, 18h45, 21h30, 00h10* Elysium (CB) (Digital) Sessões diárias às 13h30,

15h50, 18h10 Gru o maldisposto 2 2D (M6) (Digital) Sessões diárias às21h10, 00h00* Wolverine (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h00, 19h20 Turbo 2D (M6) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h20* Mestres da ilusão (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 22h00, 00h30* A Gaiola Dourada (M12) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h20, 17h15, 21h20, 00h15 Os Instrumentos Mortais – A Cidade dos Ossos (M12) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h45, 21h10, 23h55 Jobs (CB) (Digital)

Gira Sol Azul, no Largo Pintor Gata, às 23h15. A noite de sábado está reservada para mais um espetáculo de concertos na varanda, às 21h30, na Praça D. Duarte. O Jazz vai marcar presença no Rossio às 22h00 com a Fanfarra Zunzum. Às 23h30 repete-se o trabalho “Teatro da Fachada” (Zunzum) e Ismael Silva regressa com música ao palco 4 esquinas, às 22h45. Nathan Waks & Tuli Seijer dão o tom à música do mundo, na Praça D. Duarte, às 23h15. Os “palcos Livres terminam a 7 de setembro. Emília Amaral

Sessões diárias às 11h00*(*Dom.), 14h00, 16h25, 18h45 Aviões VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 11h10*(*Dom.), 13h30, 16h00, 18h30 Os Smurfs 2 (M6) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 17h00, 20h50, 00h00 O Mascarilha (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h00,

Ainda conheci Mestre Albino, oleiro de Ribolhos, que a vida deixou no já distanciado ano de 1985. Oleiro desde os oito anos, desde que o pai o senta nos joelhos e lhe deixa os dedos curiosos mergulhar na argila tenra do campo da roda. Albino Ribeiro sentiu que era macia a argila, que era quente o colo do pai, mais que os caminhos da Escola para onde seguia, às vezes descalço ou com tamancos ferrados em neves de inverno. Albino Ribeiro não quis voltar à Escola. Tinha aprendido apenas a desenhar a letra “A”. Foi ajuda do pai nos precários tempos da sua infância, que infância quase não houve, tão depressa homem se fez. Em breve partia com o pai e o burrico por caminhos de Cristo, demorados às vezes, por feiras da redondeza, soltos pregões de loiça, aldeãs à espera, magras moedas, mais vezes a louça se trocava por justas medidas de frutos da terra, feijão, batatas ou castanha. A lbino R ibeiro nascera na Póvoa, S. Pedro de Paus, no concelho de Resende, alfobre, por muitos anos, de oleiros que dali debandaram, buscando trabalho, para

23h30 Red 2 - Ainda mais perigosos (M12) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

outras paragens. Como aconteceu com o pai de Albino que a sorte trouxe para as margens de Ribolhos. Até que as saudades da terra o levaram de novo, ia Albino nos dezasseis anos. Albino ficou, oleiro de jorna com um novo patrão que deixa aos vinte anos, entrado nas “sortes”, quando novos caminho tentou. Glória, uma mocinha nova, ficara chorando e Albino viu. Foi a g r ic u ltor no Ribatejo. Seis anos. E sem a paciência de Jacob voltou a Ribolhos. Glória tinha vinte anos. E casou com a prometida. Nove filhos. E a roda sempre lavrando. Clientes à porta, na feira, na boca das ruas, aldeias fora do Douro e da Beira. Púcaras, panelas, caçoilas, alguidares, assadores de castanhas, cafeteiras, talhas, potes do mel, bilhas. Louça negra apetecida pelo inigualável paladar que as cozinheiras tiravam da comida. Albino Ribeiro assinou muitas das peças apondo-lhes no bojo, a fundo ponteado, o desenho que em menino aprendera de uma afortunada letra “A”.

Estreia da semana

Sessões diárias às 21h40, 00h20 Percy Jackson e o Mar dos Monstros (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 11h20*(*Dom.), 14h10, 16h30, 19h00, 21h30, 00h10 A Gaiola Dourada (M12) (Digital 3D) Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

Os Instrumentos Mortais - A Cidade dos Ossos – Clary Fray, uma adolescente aparentemente normal, descobre que é descendente de uma linhagem de caça demónios.


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culturas

D Noites de música no Forum

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O grupo Índice vai estar dia 28 no Forum Viseu a participar na iniciativa nas noites de música promovidas pelo centro comercial, às quartas-feiras. O encontro está marcado para as 21h30.

O som e a fúria

Destaque

Lamego recebe espetáculo de sonoridades em pipas de vinho

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D e s a f i ado p elo d iretor artístico do projeto Entre Margens, o percussionista, Hugo Menezes idealizou um espetáculo de percussão “made in” Douro, envolvendo materiais e músicos da região, que está a ser apresentado em várias cidades e chega este sábado a Lamego. Para a execução do “Sons do Douro” foram transformadas duas dezenas de pipas de vinho em instrumentos musicais. O projeto musical inovador descobriu sonoridades em pipas de vinho e procura promover

o encontro entre a música popular e a percussão contemporânea. A sonoridade das pipas recicladas será semel h a nte à do t ípico bombo, num tom mais intenso. “Conseguimos mais sonoridades do que

um bombo simples e, ao mesmo tempo, também se aproximam do taiko [tambor japonês], que é um tambor muito semelhante à pipa de 500 litros, tocado ao alto por dois músicos, um de cada lado”, explica Hugo

Menezes numa nota à imprensa. Nesta performance, participa mais de meia centena de músicos, com idades compreendidas entre os 14 e os 53 anos, dos concelhos de Vila Real, Peso da Régua, Alijó, Lamego, Tarouca e Armamar. “A ideia é fazermos um espetáculo que começa com uma arruada destes grupos de bombos. Segue-se a peça com as pipas, de aproximadamente 15 minutos, e, no final, queremos tocar uma música em conjunto”, revela Hugo Menezes. EA

Teatro

A Fnac Viseu volta a promover a maratona fotográfica, dia 21 de setembro. Durante 24 horas, os participantes da quinta edição do evento irão percorrer a cidade através de sete pontos de encontro ao longo do dia. As inscrições para participar no concurso estão abertas até 8 de setembro e decorrem no balcão de fotografia da Fnac Viseu. A organização revela que a iniciativa “tem como principal objetivo promover um convívio entre entusiastas da fotografia” e anuncia que em cada paragem será dado um tema específico para os partici-

DR

Fnac Viseu organiza maratona fotográfica de 24 horas

A As inscrições decorrem até 8 de setembro pantes explorarem o espaço em termos de fotografia. O ponto de partida da maratona vai acontecer no centro comercial Palácio do Gelo, às 10h00 do dia 21 de setembro. O último

ponto de encontro e tema anunciado será às 3h00 do dia 22, terminando a maratona às 10h00 desse dia. O vencedor da maratona recebe uma máquina fotográfica NIKON REFLEX

D3200. Para o segundo prém io está prev ista uma máquina fotográfica NIKON HIBRIDA e para o terceiro prémio uma NIKON COOLPIX L820. EA

Maria da Graça Canto Moniz

Séries, guerra e alterações sociais Desde há um ano para cá que as séries de televisão quase substituíram o lugar que os filmes ocupam nas minhas horas de lazer. Mas a escolha não é só minha. Já em 1995 um tal de Bruce Fetts, jornalista norte-americano, apresentava razões de peso para que a televisão (o “small screen”, como lhe chama) vencesse o “big screen” do cinema. Entre essas razões uma é óbvia: ficar em casa é mais confortável, mais barato e mais facilmente, depois de um zapping, se encontra um programa/filme/série do nosso agrado. Foi um remake de 2010, de Upstairs Downstairs (1971-1975), que conta a história da Família Bellamy, que me agarrou nos últimos tempos. Passada no entre guerras, e um pouco em linha com Downton Abbey ou Brideshead, a série relata um assunto que sempre me intrigou: a forma como a sociedade (as classe sociais) se transformou por causa das tragédias da guerra, sobretudo da primeira grande guerra. E refiro-me, em particular, às alterações do “status quo” que “la noblesse obligue” e às profundas mudanças nas relações entre as pessoas. Resumidamente: deixou de haver o Up e Down nas relações sociais; o lugar no mundo da criadagem

resignada e daquela nobreza altiva, retratada na série, deixou de ser tão bem delimitado. No remake da família Bellamy a mudança que vem detrás, da primeira guerra mundial, é anunciada no último episódio da série: os empregados da casa divertiam-se enquanto cantavam uma música cujo refrão é “os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres” até que, na cena seguinte, se vê anunciada, clara e inequivocamente, a transformação social. Em conversa com o Duque de Kent, o personagem principal (Sir Hallam) explica a barulheira dos empregados dizendo que “em breve tudo voltará ao esquema normal”. Respondendo, o Duque de Kent explica que: “Deixou de haver esquema normal. Enquanto esta guerra durar, somos todos criados uns dos outros”. Pois é… as duas grandes guerras vieram pôr fim a uma longa era, insustentável a si mesma e questionada pelas mudanças do mundo pós-guerra. A guerra mostrou que cada um pode ter uma outra função na sociedade, que todos temos funções igualmente importantes em tempos de calamidade e que a vida do mordomo vale tanto como a do conde, sobretudo porque a bala que entra num também entra no outro.

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22 | agosto | 2013

em foco Santa Comba Dão Acolheu as Festas da Cidade

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As Festas da Cidade de Santa Comba Dão, uma iniciativa da Câmara Municipal, tiveram lugar entre os dias 14 e 18 de Agosto no Largo do Município e espaços envolventes pelo segundo ano consecutivo.

Paulo Neto

Em Ferreirim, Sernancelhe, velha Escola recuperada recebe Banda Musical


Jornal do Centro 22 | agosto | 2013

em foco Gala do Comércio homenageou lojas e personalidades locais

Micaela Costa

A Associação Comercial de Viseu organizou na passada sexta-feira a Gala do Comércio. Música, luz, animação e moda foram alguns dos ingredientes que marcaram o evento que visou homenagear comerciantes de Viseu. A apresentação ficou a cargo da conhecida atriz Sónia Brazão. Na Gala foram distinguidos o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, Américo Nunes, vice-presidente da autarquia e a empresa Volter, pelo destaque que tem na região.

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saúde e bem-estar Posto médico de apoio às vítimas do stress de guerra abre em breve Tondela ∑ Núcleo da Associação de Combatentes do Ultramar assinou protocolo que faltava com Ministério da Defesa c ion a r n o núc le o d a Associação Nacional do Combatentes do Ultramar, em instalações construídas de raiz ao lado da sede da ANCU, que funciona na antiga escola da cidade cedida pela autarquia de Tondela. No posto médico vão dar apoio aos antigos combatentes dois médicos, um psic ólo g o e u m a a s s i s tente soci a l , at ravés de con su lt a s g rat u itas especializadas em stress pós-guerra.

A valência destinase sobretudo a antigos combatentes da zona Centro e da região do Douro, seja m ou não sócios da ANCU. O posto méd ico de Tondela é o qui nto a ent ra r em f u ncion amento no país, uma vez que só existem estruturas de apoio semelhantes em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

DR

O posto médico d e a p oi o à s v ít i m a s d o stress pós-traumático de guerra de Tondela, anunciado há mais de um ano, deverá entrar em funciona mento dentro de pouco tempo. A Associação Nacional do Combatentes do Ultramar (ANCU) assinou no final de julho o protocolo com o Ministério da Defesa, uma diligência burocrática que impedia a abertura daquele equipamento. O gabinete vai fun-


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SAÚDE 31

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SERVIÇOS > Cuidados de Higiene e Conforto; > Acompanhamento 24h; > Fisioterapia e Reabiltação Geriátrica; > Cuidados de enfermagem > Refeições > Consulta Gerontológica

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32 SAÚDE

As piscinas descobertas de Lamego promovem já no pró ximo domingo, 25 de agosto, à s 17h0 0, u m a s e s s ã o d e b o dyCombat, organizada em conju nto com o ginásio Londrino Gym. O espaço que anua l m e n te c o nv id a m i l ha res de visita ntes para um mergulho r e f r e s c a nte , t a m b é m v a i a c o l h e r u m To r neio de Duplas de Vo l e i b o l d e P r a i a , em parceria com a A s s o c i a ç ã o d e Vo leibol de Viseu, no próximo dia 31 de agosto. Os interessados devem i nscrever-se até dia 28, na sede de st a A s so c i aç ão, situada no edifício do Bloco da Fei ra , ou at ravés do seg u i nte e-mail: secretaria. av v@gmail.com .

PERIGOS DA FALTA DO PEQUENO ALMOÇO

Enfermeiros de Viseu aderem ao CUIDAR Objetivo ∑ Premiar projetos de melhoria contínua da qualidade Dez enfermeiros do distrito de Viseu concorreram este ano ao concurso CUIDAR, criado pela Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE), para premiar projetos desenvolvidos por profissionais de enfermagem. A segunda edição do concurso abarca este ano os distrito de Viseu e Aveiro, tendo recebido 34 candidaturas, dos distritos de Aveiro (24 candidaturas) e Viseu. “A maioria das candidaturas reporta-se a cuidados diferenciados, no total de 29. Apenas cinco projetos a concurso incidem

em cuidados primários, quatro deles desenvolvidos no distrito de Aveiro e um no de Viseu”, revela a organização numa nota à imprensa. Na sua primeira edição, em 2012, foram 19 os projetos a concurso, da autoria de profissionais ligados a instituições de saúde dos distritos de Castelo Branco e Guarda. Este concurso, que em 2014 abarcará os distritos de Coimbra e Leiria, “foi lançado para premiar projetos de melhoria contínua da qualidade desenvolvidos por enfermeiros nas instituições de saúde dos seis distritos da Região Centro, abrangidos

Emília Amaral

PISCINAS DE LAMEGO COM BODYCOMBAT

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pela SRC”, adianta a nota à imprensa. No dia 1 de outubro o júri selecionará os oito projetos finalistas, que serão apresentados num colóquio a realizar a 29 de novembro. A encerrar esse colóquio serão distinguidos os três

projetos vencedores com os prémios “Excelência”, “Competência” e “Inovação”, atribuindo-lhes montantes pecuniários de 1.500, 1.000 e 500 euros, respetivamente. Emília Amaral

Um estudo div ulgado nos Estados Unidos concluiu que os homens que não tomam o pequeno-almoço desenvolvem maior risco de sofrer um ataque cardíaco. A i nvestigação, que contou com a participação de 27 mil homens, most rou que aquele s que não comiam nada du ra nte a s pr i mei ra s horas da manhã tinham 27% mais hipóteses de ter um ataque cardíaco, ou morrer por doença coronária, do que os que se alimentavam. O s h o m e n s , q u e t in ham entre os 45 e 82 anos, participaram na investigação que monitorizou resultados entre 1992 e 2008.


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CLASSIFICADOS 33

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INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIO Maria de Lurdes de Jesus Oliveira, 80 anos, viúva. Residente em Mundão. O funeral realizou-se no dia 18 Agosto, pelas 15:30 horas, para o Cemitério de Mundão.

António Bernardo Correia Magalhães, 45 anos, casado. Natural de S. Miguel de Vila Boa Satão e residente na Suíça. O funeral realizou-se no dia 18 Agosto, pelas 16 horas, para o Cemitério de Satão.

Manuel Fernando Marques Cardoso, 82 anos, viúvo. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 16Agosto, pelas 15:00 horas, para o Crematório de Viseu.

Arminda de Jesus da Fonseca, 81anos, casada. Residente em Moure de Carvalhal. O funeral realizou-se no dia 14 Agosto, pelas 19 horas, para o Cemitério Moure de Carvalhal.

Aires Lopes Rodrigues, 92 anos, viúvo. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 19 Agosto, pelas 16 horas, para o Cemitério Velho de Viseu. Ulisses Fernando do Couto Sacramento, 90 anos, viúvo. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 Agosto, pelas 16.30 horas, para o Cemitério Velho de Viseu. Juvelina Lopes, 85 anos, viúva. Residente em Moselos. O funeral realizou-se no dia 16 Agosto, pelas 19 horas, para o Cemitério do Campo. José Esteves Alexandre, 84 anos, casado. Residente em Vildemoinhos. O funeral realizou-se no dia 15 Agosto, pelas 16.30 horas, para o Cemitério de Vildemoinhos.

Faleceu Ulisses Sacramento Fa l e c e u e m V i s e u (13 /8) Ulisses Sacramento, um artista cuja carreira foi amordaçada pelo anterior regime . Poster ior mente , foi delegado de informação médica. Filho de Manuel Sacra mento , u m Vise ense activista dos primeiros passos do futebol d a cid ade e d a construção e inaugur a ç ã o do e s t á d io do Fo n t e l o e i r m ã o d o C a rl o s S a c r a m e n to , ba nc á r io refor m ado em Cascais

Um aplauso para o Ulisses Sacramento, Para seu irmão Ca rlos e resta nte fam í lia a s nossa s condolências

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131 Adélia Henriques Querida, 89 anos, solteira. Residente na Povoa de Sobrinhos. O funeral realizou-se no dia 18 Agosto, pelas 17.30 horas, para o Cemitério de Barbeita. Manuel Da Silva Duarte, 70 anos, Viúvo. Residente em Nesperido. O funeral realizou-se no dia 19 Agosto, pelas 18.30 horas, para o Cemitério de Povolide. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952

Faleceu Idalécio Rodrigues Sebastião Faleceu a 13 de A g o s to de 2 0 1 3 , Id a lécio Seba st i ão, n a scido a 11 de dezembro de 1 9 2 4 , e m P e r ei r a , freg uesia de Cor tegaça, concelho de Mortágua Tin ha dois f il hos: Fernando Lopes Rodrigues Sebastião e Celso Lopes Rodrigues Sebastião. Ao s f a m i l i a re s e n dereça mos os nossos pêsames.


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clubedoleitor Acessos ao Bairro de Santo Estevão

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

HÁ UM ANO

Vandalismo na Cava do Viriato

EDIÇÃO 545 | 24 DE AGOSTO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRETOR

Semanário 24 a 30 de agosto de 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > ECONOMIA pág. 16 > DESPORTO pág. 18 > CULTURA pág. 22 > EM FOCO

Ano 11 N.º 545

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

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pág. 23 > SAÚDE pág. 25 > CLASSIFICADOS pág. 26 > NECROLOGIA pág. 27 > CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461

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REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

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Nuno André Ferreira

Viseu anda à Volta

ão de Viseu está com outra vida” (António (A ∑ “Orfeão Vicente) ∑ Deputados do PSD preocupados com Centro de Estudos Vitivinícolas ∑ “Terras do Demo” (espumante) é fenómeno de vendas ∑ A propósito de património e do incêndio no Santuario da Lapa ∑ Milhares de pessoas presentes nas Festas de São Bernardo, Sátão ∑ Estudo recomenda radioterapia para Viseu ∑ Associação de Apicultores incentiva à produção de mel

su a A

passear e de indiscutível valor histórico. A câmara municípal de Viseu tem ali um espaço do qual bem se pode orgulhar . Lamentável é que os vândalos que infestam a cidade se tenham dado ao meticuloso trabalho de escavacar 80% dos pontos de iluminação ali colocados para orientação noturna. Assim, não há orçamento que resista.

pá gi na ...

Toda a zona envolvente da Cava do Viriato, em Viseu, é um local muito aprazível para estar,

Manuel A.Figueiredo

LAZER

Função pública, unidade de negócios da “empresa” “Se não temos dinheiro para pagar salários e pensões, o que fazemos? O que fazem as empresas: reduzem pessoas e baixam salários”, disse o sr. Passos Coelho na “festa do Pontal”, sobre a “redução de efectivos na função pública”. O sr. Passos Coelho (PC), presidente do PSD (esperemos que o sr. primeiro-ministro não pense o mesmo, valha-nos a “pluralidade de opiniões”…), ainda que mero “apoiante” do Governo, talvez (já) reconheça que este está “sem governança” e, por isso, preconiza um “ajustamento” gestionário. Pa ra PC , o Estado é uma “empresa” e, logo, a função pública é uma “unidade de negócios” … da “empresa”. Provavelmente, já que é isso que pensa da Constituição da República (sobretudo do Artigo 266º e seguintes), até pensa que a função pública é (mais) um “risco” ou, mesmo, que deveria ser “riscada” da

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Paulo Neto

Exmos. Senhores: Há 22 anos a residir no Ba irro de Sa nto Estevão e quer me desloque a pé para Abrave se s , quer pa ra a cid ade , v i a A g u ieira, quer ao supermercado Continente, não ex iste u m ú n ico pa sseio para peões, qualquer uma das ruas muito estreitas é ladeada de muros altos, cheios de silvas,com pouca iluminação onde o trânsito é feito nos dois sentidos. Só por milagre ainda ninguém foi esmagado. Seria opotuno ouvir os politícos sobre o assunto, para assim orientarmos o sentido do voto. Obrigado pela atenção.

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DEscreva-nos para:

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… “empresa”. Até parece que, para ele, o que a função pública produz tem tanto valor como panelas de pressão, rolhas, martelos e foices (em prateleiras separadas, claro…), fraldas para bébé, alicates, roscas, produtos financeiros e outros mais “empreendedores”. E não saúde, educação, justiça, segurança social, segurança pública e outros serviços humana e socialmente essenciais à Vida (que não apenas à “vidinha”) das pessoas. Para PC, os cidadãos (e contribuintes) talvez sejam meros clientes da “empresa”, não lhe interessando se “mercam” estes serviços essenciais se roscas ou panelas de pressão. E os funcionários públicos, apesar de serem eles que “produzem”, que garantem estes serviços públicos essenciais, talvez os considere meros “activos” que devem degenerar em hiperactivos para gerar “desactivados”, perdão, “requalificados”, isto é, “inactivos”,

ou seja, despedidos. E como n a “gestão” (e nos soutiens) é mais importante o que se esconde do que o que se mostra, PC omite o que se passa noutras “secções” da ”empresa”: juros agiotas que se pag a m , m á gover n a nç a (perdão, “má gestão”) do “administrador-executivo” e do (ex)”chefe de secção” sr. Gaspar, BPN, SWAP, PPP, assessorias “especializadas”, corrupção, privilégios financeiros e fiscais, desigualdades sociais. Mas, pronto! Para o sr. Passos Coelho, os funcionários públicos não são trabalhadores úteis, muito menos pessoas. Downsizing com eles, visando a progressiva extinção da respectiva … “unidade de negócios”, da função pública. Para “salvação” do país, perdão, … da “empresa”.

DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)

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João Fraga de Oliveira Funcionário público (aposentado)

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tempo

JORNAL DO CENTRO 22 | AGOSTO | 2013

Hoje, dia 22 de agosto, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 15ºC. Amanhã, 23 de agosto, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 14ºC. Sábado, 24 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 16ºC. Domingo, 25 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 17ºC. Segunda, 26 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 18ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Quinta, 22

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Alemanha

Penalva do Castelo ∑ Abertura das Festas do concelho que decorrem até domingo.

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Viseu ∑ XXII Concentração Motard S. Mateus 2013, a partir das 21h00, no parque desportivo do Fontelo. O evento decorre durante dois dias.

Sábado, 24 Tabuaço ∑ Festival da Aldeia Vinhateira de Barcos. Dia 25 decorre o 4º passeio equestre “A cavalo pelas vinhas do Douro”.

DR

Sexta, 23

A Festividades terminam a 9 de setembro

Procissão com caraterísticas únicas no mundo regressa a Lamego

Domingo, 25 Tondela ∑ Festa do Mel da serra do Caramulo, no Parque de Festas Santa Margarida, inaugurada às 10h30. Viseu ∑ Bárbara Guimarães apresenta o livro “Páginas do Páginas Soltas”, às 16h00, na FNAC Viseu.

Segunda, 26 Santa Comba Dão ∑ Abertura do Festival das Artes, que decorre até dia 30 com teatro, música, dança, exposições e tertúlias, ateliers e oficinas de formação artística. Publicidade

Festas da cidade∑ Nossa Senhora dos Remédios começa hoje Não é por acaso que é conhecida como a “cidade dos remédios”. Lamego é o centro das atenções a 8 de setembro pelas majestosas celebrações em honra da sua padroeira: Nossa Senhora dos Remédios. Tudo começa às 10h00 com a missa festiva no Santuário. Às 16h00 decorre a Procissão do Triunfo que sai da Igreja das Chagas, percorrendo algumas das principais ruas da cidade, e termina na Igreja de Santa Cruz. Os andores, armados sobre carros, são puxados

por juntas de bois, segundo uma tradição muito antiga e com caraterísticas únicas no mundo. Durante o dia haverá arruadas pelos vários grupos de bombos da região. Mas a data marca o ponto alto dos 19 dias das festas da cidade, que arrancam esta quinta-feira, dia 22 e terminam a 9 de setembro. A abertura oficial das Festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios 2013 está marcada para hoje às 21h30, antes, às 10h00 pode assistir-se à tradicional leitura do con-

vite à participação dos cidadãos de Lamego e seu termo, feito pelo arauto pelas ruas da cidade. Este ano, faz ainda parte do programa da abertura, a inauguração da rotunda Rui Valadares, às 18h00. Ao longo de mais de duas semanas, os dias repa r tem-se ent re o programa popular com concertos e outras iniciativas culturais e o programa religioso (30 de agosto a 7 de setembro). Emília Amaral

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Qual das duas eleições de Setembro é mais importante para Portugal: as da Alemanha a 22 (onde Angela Merkel vai ganhar), ou as nossas autárquicas a 29 (onde Seguro, ou tem uma vitória clara, ou é melhor mudar de emprego). Na minha análise, as nossas autárquicas são muito mais decisivas para o nosso país, apesar dele se encontrar nas mãos dos credores. É que os fundamentais da política germânica não mudam numas eleições. Num ensaio publicado na última The New York Review Of Books, Timothy Garton Ash descreve a “banalidade do bem” alemã. A Alemanha tem um sistema institucional descentralizado, cheio de “pesos” e “contra-pesos”, com um banco central e um tribunal constitucional poderosos, o que obriga os políticos ao compromisso, e que funciona como vacina contra o regresso de populismos totalitários que tanto dano causaram à Alemanha e ao mundo. Passaram vinte e três anos sobre a reunificação alemã. Vamos continuar a ter uma Alemanha burguesa, liberal e moderada, e relutante em assumir o papel de liderança da “Europa”. As caricaturas de Merkel com bigodinho ou capacete nazi, comuns nas manifs dos países corruptos do Mediterrâneo, são um disparate. Quem souber um mínimo de história, perceberá a importância desta declaração de 2011 de Radek Sikorsky: “Vou ser provavelmente o primeiro ministro dos negócios estrangeiros polaco na história a dizer isto, mas aí vai: receio menos o poder alemão do que começo a recear a inactividade alemã.” A “Europa”, comandada por um barrosal pigmeu, precisava de um eixo franco-alemão a funcionar tão bem como no tempo de Kohl e Miterrand, um eixo capaz de introduzir democracia no monolito burocrata de Bruxelas. Não é provável que aconteça algo nesse sentido. Mas o problema não estará em Merkel, mas sim no patético Hollande e no tradicional imobilismo auto-convencido da política francesa.


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