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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
UM JORNAL COMPLETO
20
especial
Regresso às aul as
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
textos ∑ Micaela
está aí!
pág. 10 > À CONVERSA
Semanário 29 a 4 de setembro 2013
pág. 13 > REGIÃO
Ano 12
pág. 17 > ECONOMIA
N.º 598
pág. 19 > EDUCAÇÃO Poupar no mater ial e não no ensino
D e a c o rd o com um estudo do Observador C e t e l e m (q ue inquir iu p e s s o a s entre os 18 e 65 a nos, residentes em Por t uga No que toca à tinental, num l coneducação cada total de as famílias tendem vez mais adeptos. 60 0 ent rev a não Em 2012, ista s os comprar em olhar a custos, foram apenas falta. Refónicas, durante tele pois o im- 29% sultado: 94% o mês portante é dar das famílias das famíde junho), as o melhor ano e, no famílias aos seus educandos. anterior, a percen- lias terá de comprar por tug uesas liCon- tagem vros novos. vão gastudo, há sempre tar em média forma de ano, era de 24%. Este 525 poupar algum, uma em cada com o regresso euros sem três às auzir na qualidade redu- famílias tenta poupar las, um valor quer de momento no superior material, quer ao do ano passado de acom- manuais: de adquirir os (507 250 euros. panhamento 22% dos inquieuros). ao longo do Com gastos ridos pedem ano. pa i s ga st a r m a i s e le v a emprestaUma em cada sem a n a ldos sur quatro u m do a amigos O material em fa m í l i a s (2 ou familiag r upo de 1 4% ge mente com os alunos. segun- res 8%) prevê dos Comparativa e 19% compram da mão é um i nqui ridos, gastar entre dos exemmente ao em que pelas 250 e 500 segunda mão plos que ajuda ano anterior, contas pen euros. Já 17% (um total a carteira de o estudo sa gas da 42%). e não retira qualidade lação i rá tenta popu- mais de 750 euros. t a r concluiu que as famíde r fa zer No entanto, nem ensino aos alunos. lias vão gastar No face à s ne ce semNo es- pre é menos ssid ade s foi mesmo inquérito, d i n tudo do Observador possível encontrar heiro, pass com um orçamento ainda questionado am de Ce- todos os telem, estas é de qua nto uma média semanal manuais necesuma opção pretendem de sários os 23 euros que e, tem por vindo a ganhar isso, as fapara 18 euros mílias acabam por ter de
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Paulo Neto
pág. 06 > ABERTURA
Com o início do pais e encarr novo ano letivo à porta, apressam-se a egados de educação, ultimar os prepar para que os mais ativos grande mais umnovos comecem em ano recheado de aprendizagen Livros, cadern s. os, canetas, lápis, ápis, áp pis is, s,, mochi mochila, mo roupas, nada pode hiila, la a, ffa al alt llta ta tar a ar na lista de comprfaltar ass. as.
O regresso às aulas
DIRETOR
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Costa
1 Euro
pág. 23 > DESPORTO pág. 26 > CULTURA
novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 28 > FEIRA S. MATEUS
NESTA EDIÇÃO
om
c Agora ço xxx re 0,80 Euros
pág. 20 > REGRESSO ÀS AULAS
pág. 29 > EM FOCO
REGIÃO DE VISEU
pág. 31 > SAÚDE
Novo acordo ortográfico
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Paulo Neto
“No Caramulo respira-se a pura paixão pelos automóveis”
∑ Entrevista com Tiago Patricio Gouveia, um dos rostos da organização do Caramulo Motorfestival 2013 | págs. 10 à 12
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Inglês e Espanhol Rua dos Casimiros, 33 - Viseu Tel: 232 420 850 - information@ihviseu.com - www.ihviseu.com
Cursos em a iniciar r b Outu o
2
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
praçapública r
palavras
deles
Estimamos cerca de 30mil pessoas nos dois dias do evento (Caramulo Motorfestival) com um impacto de 600 mil euros repercutidos na região.
r
Para justificar a estrela que tive lá no vosso jornal ... Eu só tive uma estrela quando fui cadete miliciano, depois passei a ter duas no primeiro ciclo e depois acabaram-se as estrelas
Tiago Patrício Gouveia Organização do Caramulo Motorfestival em entrevista ao Jornal do Centro
rEle devia (Fernando rIsto Ruas) ter dignidade na saída, dignidade que só está ao nível dos grandes homens. O dr Fernando Ruas está a anos-luz, a galáxias desse registo.
Fernando Ruas
Hélder Amaral
Presidente da Câmara Municipal de Viseu em conferência de imprensa
Em declarações ao Jornal do Centro
parece o dr. Alberto João Jardim a fazer inaugurações, na véspera das eleições. Aqui, para já, não se correm as capelinhas, mas lá chegaremos.
Francisco Almeida Em declarações ao Jornal do Centro
Derradeiros espasmos…
Editorial
Paulo Neto
Há verdades que por serem tão evidentes se tonam quase invisíveis aos olhos da maioria dos cidadãos. A primeira é a da mutabilidade. O que é isto? É a mutação ou mudança. Mas tal faz parte da existência desde o surgimento do Homem! Claro. Porém, esta mu-
vertiginosamente acelerado. Por isso mesmo, as gerações mais novas já vêm dotadas de uma útil ferramenta: a percepção que ao durar pouco, o saber, gera, obrigatoriamente um novo conhecimento: o da continuidade e da adaptabilidade. Por outro lado, se a tecnologia
que, tecno excluídos, ultrapassarão o limiar da indigência e da pobreza, tornando-se uma população migrante e nómada, portadora de uma nova cultura: a da iliteracia e da violência. O confronto, a dar-se, será entre multidões de milhões de seres humanos esfomeados, bárbaros, que
do-se líder da informação global, divulgando para todo o mundo, ironicamente a partir do país mais poderoso do mundo, sistemática e porfiadamente, “a verdade árabe”. Talvez seja esta a visão de uma geopolítica próxima: o mundo árabe versus oriente, e, em redor, um séquito crescente de tribos domi-
dança tem uma característica específica: é aceleradíssima. Todos nós já a sentimos quando percebemos, por exemplo, que as novas tecnologias evoluem todos os dias. Compra-se o telemóvel ou o portátil mais avançado e, no mês seguinte, já aparecem produtos, mais sofisticados e mais baratos. Porém, se neste domínio fulcral quem ganha é o consumismo e os tecnocratas, quem perde é o Homem em geral, dotado de uma estrutura cognitiva mais “conservadora”, menos ágil e mais lenta do que a evolução circundante. Tal estado provoca fracturas graves e doenças novas, como por exemplo o “stress”, essa angústia adveniente da incapacidade de fazer e/ou adaptar-se às novas realidades emergentes num mundo
tem sido objecto de uma constante inovação e renovação, a demografia da Europa central tem sido alvo de uma sistemática quebra que, e segundo os peritos, levará a que em 2030 (dentro de magros 17 anos) uma em cada quatro pessoas tenha mais que 65 anos. Esta realidade, de tão gritante, torna-se ensurdecedora e letal para toda a estrutura social, tal como a conhecemos. Acresce que os países do G8 ou G9 (EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá, Rússia e, eventualmente China), em 2040 estarão imensamente ricos e dotados das mais evoluídas tecnologias de ponta, estando mais pobres os restantes países do mundo, havendo mesmo aqueles
nada têm a perder e milhares de cidadãos detentores de tecnologia de dominação maciça. Hoje, mais do que nunca, há que investir na economia do conhecimento e perceber que aí reside a diferença de todas as “cracias”. A diferença abismal entre o desenvolvimento e o sub-desenvolvimento. Actualmente, existem centenas de países a ficar cada vez mais periféricos. A periferia é um dos símbolos da pobreza. Como os “banlieues de HLM” na Europa ocidental e os “musseques” em África. Luanda, por exemplo. A Al Jazeera, a poderosa cadeia de TV árabe, aproveitando o declínio da CNN, comprando a Current TV de Gore, criou uma imensa cadeia mediática nos EUA, tornan-
nadas. Emerge um poder novo. O poder velho, símbolo de Detroit, num ápice, desapareceu em ruínas. O mundo futuro não terá muito a ver com a matéria-prima. Centrarse-á na matéria-cinzenta. E essa não precisa de milhares de hectares. Apenas do espaço de um cérebro… Voltando à nossa realidade, o autarca do futuro, se não encarar este novo paradigma global, está votado ao fracasso, conduzindo o seu território à total decadência. E porém, no século XXI, ainda os há estacionados no século XIX, a distribuir cheques nas missas em vésperas de eleições. O aviltamento é tão maior quanto praticado pelo presidente da Associação dos 308 Municípios portugueses.
DR
Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
números
44
O número de pessoas identificadas e detidas pela Polícia Judiciária, pela autoria do crime de incêndio florestal, até ao final do dia de terça-feira, 27 de agosto. Em Viseu foram detidos oito suspeitos em uma semana.
Importa-se de responder?
estrelas
Fernando Ruas Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Numa conferência de imprensa onde imperou o duvidoso esclarecimento, tentou, sem sucesso, explicar como se gastam os dinheiros públicos oriundos dos impostos cobrados aos munícipes.
Carlos Marta Presidente da Fundação do Desporto
Jorge Loureiro Presidente da AHRESP - Viseu
O autarca de Tondela foi nomeado Presidente da Fundação do Desporto que tem como objectivo promover e apoiar o desporto de alta competição.
Eleito para a Comissão Executivo do Turismo Centro de Portugal, vê reconhecido o seu empenhamento e mérito neste domínio.
Quais os preparativos que está a fazer para o regresso às aulas? Neste momento e enquanto aguardo a publicação dos horários estou a preparar, com os meus filhos, os cadernos, os livros, o material de educação física e a área de estudo em casa. Ao mesmo tempo estou a consciencializá-los de que a partir da próxima semana vão ter que trabalhar.
Já encomendei os livros, comprei o material escolar e o equipamento para educação física. Este ano, a despesa mais do que duplicou com a passagem do 1º para o 2º Ciclo. Está a ser um regresso às aulas mais dispendioso, mas sem surpresas com o filho colocado na escola que queria e com quem queria.
Sandra Trindade
Fernando Almeida
Estudante de psicologia (dois filhos, um no 3º Ciclo do Ensino Básico e outro no Secundário)
Desenhador técnico (um filho no 2º ciclo do Ensino Básico)
Os preparativos são os habituais: comprar livros, comprar material escolar e equipamento para educação física e começar a regular os horários. Estou a gastar mais dinheiro do que em anos anteriores e, por isso, a recorrer às marcas brancas sempre que posso.
Para além da aquisição dos manuais, vou comprando o material escolar mais básico. O facto de a minha filha entrar para o 12º ano, leva-nos a conversar muito sobre o peso que este ano vai ter no futuro dela, tendo para isso que se empenhar. Os alunos nesta altura ainda não têm bem essa perceção e é preciso insistir na ideia.
Paula Manecas
Paula Pereira
Educadora de infância (duas filhas no 3º Ciclo do Ensino Básico)
Professora (uma filha no 12º ano)
Opinião
David Santiago
Qual papel? A actualidade traz-me de volta, mesmo que por arrasto, à lei de limitação de mandatos. Soube-se, na última sexta-feira, da destruição de papéis (lembra a rábula do papel, qual papel? O papel…) incluídos na documentação relativa aos contractos swaps feitos por algumas empresas públicas. Até aqui nada anormal. Porém, tais papéis, segundo noticiou o Público, deveriam ficar guardados durante 20 anos. A manutenção dos documentos, ultrapassado o período de 3 anos, denominado por “conservação activa”, deveria manter-se durante mais 17 anos, em “arquivo intermédio”.
o Público se refere, e escuso citar, mar espírito da lei. é mais uma lei à portuguesa. É tal como a lei das autárquicas, e ou- O Ministério das Finanças tras, uma lei pouco clara e passível prontificou-se a esclarecer que “apede múltiplas interpretações. Num nas os relatórios de auditoria têm de regime tutelado pelos vários juris- ser conservados pelos prazos prestas, constitucionalistas e tudo o mais critos”. As Finanças garantem que que possam ser chamados, sempre “alguns papéis de trabalho foram imbuídos de grande intelecto e pos- destruídos”, de acordo com as “prásuidores de um discurso, tantas ve- ticas internas da IGF”. Tudo de acorzes, tão brilhante como inconclusivo, do com a mesmíssima portaria, poracabamos, invariavelmente, conde- tanto. Agora em que ficamos? A lei é nados a leis escritas numa lógica de omissa, ou então equívoca, pelo mepescadinha-de-rabo-na-boca. An- nos dentro dos limites daquilo que a damos sempre à volta e acabamos minha mente, formatada pela simplino mesmo sítio - na dúvida. Isto só cidade liberal anglo-saxónica, conseacontece porque o dolo está, as mais gue descodificar. Mas serei assim tão das vezes, presente naquilo que elo- desprovido de capacidade analítica e Como sempre, a portaria a que quentemente se convencionou cha- interpretativa? Talvez. Mas ninguém
tira da minha cabeça, consuetudinariamente limitada, que fizeram estas leis para ninguém as perceber. Isso tenho para mim como certo. Certo é que quem quiser investigar o processo dos swaps terá o seu trabalho dificultado. Menor documentação e, provavelmente, maior dificuldade no acesso à mesma. Quando tais dificuldades se apresentam, num país com menor juridicidade, apelaríamos às leis e à justiça como auxílio. Mas por cá as leis são feitas, mesmo, para ludibriar, enganar e encobrir. Ah, o Ministério acrescenta que “toda a documentação obtida” foi “transmitida à Procuradoria-Geral da República”. Assim fico mais descansado.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)
Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866 micaela.costa@jornaldocentro.pt
Pedro Morgado (estagiário) pedro.morgado@jornaldocentro.pt
Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com
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Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
Este fogo arde à vista de todos O concelho de Sernancelhe mais uma vez, e à semelhança dos anos anteriores é fustigado por um sem número de incêndios que obviamente têm mão criminosa, tal qual como a grande maioria daqueles que acontecem pelo país inteiro e ilhas. Considerando o número e intervalo temporal pelo qual se caracterizam, atrevome a dizer que todos nós convivemos todos os dias com incendiários e pirómanos! Basicamente andamos a deixar o país arder à vista! Se uns se desdobram em inquietudes, preo-
cupações, indignações, votos de pesar, partilhas dedicadas, outros dão a alma e a vida para que nada disto se multiplique ainda mais…valorosos soldados da paz, que bem mais do que da paz já são da vida e da sua manutenção. Mas e os outros? Aqueles que pela responsabilidade, posição e cargo deveriam transformar os números avassaladores que nos acompanham todos os verões, em números decrescentes e não crescentes? Bem, isso é o que cada um de nós, aqueles outros, que não sendo bombeiros,
nem incendiários, nem detentores de cargos de decisão, mas os principais sofredores e visados nos perguntamos continuamente….Porquê? Como é possível? Como não há solução? Mas nesse imenso palheiro que são as soluções que todos creem saber, deve haver uma reluzente agulha em que ainda a pessoa certa não se picou e consequentemente não a encontrou. Esta semana foi riquíssima em opiniões, uns decidiram lembrar o combate feito com meios aéreos da força aérea, parece-me uma boa ideia a re-
Departamento Gráfico Tânia Ferreira tania.ferreira@shsgps.com
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Opinião
Sabina Figueiredo
A “guerra” dos incêndios florestais
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Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461
“Os fogos f lorestais são uma guerra” (Sr. Jaime Soares, presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, 15/8/2013); “O país está actualmente numa guerra muito dura contra os fogos” e “em tempo de guerra não se limpam armas” (Ministro da Administração Interna, Sr. Miguel Macedo, 22/8/2013). Como dão a entender estas citações, sobre os “incêndios flores-
tais”, foi-se criando e desenvolvendo, a nível oficial (do Estado, da administração e até das instituições inerentes) e com progressiva generalização na comunicação social e na “opinião pública”, uma cultura que, para além de muito centralizadora, burocrática e judiciária (a “narrativa” dos incendiários não pode ser desvalorizada mas “explica” muito pouco e pode desviar as atenções do essencial), degenerou
em essencialmente militar(ista) e “bélica”. É certo que nesta matéria há muitos outros factores importantes a considerar, inclusive de ordem científica. Mas, provavelmente, pela progressiva míngua de uma cultura (e prática) de prevenção (incidindo especialmente em políticas agrícolas e florestais com uma perspectiva social e económica) sobre os “incêndios florestais”, indu-
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Opinião
Nas andanças que ultimamente tenho feito, em busca de bom mar e de sol com pouco vento, deparei-me com um conjunto de coisas com que me admirei, mais uma vez. Ao longo da costa, a sul da Figueira da Foz (de onde fugi para me livrar de mais sovas proxenéticas da Edilidade) vi praias muito bonitas, com trato, servidas por longas ciclovias e com uma boa parte das dunas protegidas com madeirame vertical e horizontal a servir de “manga” ao “gado” que não respeita ao indica-
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Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
Como o caranguejo.
Sílvia Vermelho Politóloga
ções escritas e a legislação vigente. Vi “companhas” de Arte Xávega em plena faina, com os preceitos tradicionais a serem seguidos e até alguns pescadores em trajo a rigor. Na Nazaré havia varinas com as suas sete saias e os homens com barrete, camisa de lã ao xadrez e meias grossas destacadas pelas calças arregaçadas. Espantei-me com a limpeza de algumas praias e … com a moldura humana, generalizada, que as frequenta. Um verdadeiro teatro de horrores. Gelhas, pregas, refolhos,
refegos, encorrilhas, carquilhas, dobras, pneus e correlhas, tudo com muita abundância e disfarçado com pedaços de tecido de cores estrambólicas, rutilantes, horrorosas. Chapéus de circo cocurutados em cabeças estranhas de penteados alienígenas em “pendant”com barretes de enormes palas direitas voltadas para as costas nuas onde um completo programa de figuras tatuadas dá um toque final incontornável. É o “Marvel” ao vivo. É a escorva para os pesadelos das crianças. É
Um ano, uma aventura Nesta mesma semana em que fez um a no que abri uma empresa, o número chegou como mais um murro no estômago: 65 mil jovens deixaram o país, u m nú mero i ntoler ável nu m país em que há 129 pessoas idosas por 100 jovens. Não sabemos muito bem o resultado do que será 4 em cada 10 jovens fora do mercado de trabalho. Pelo exemplo da Gré-
cia, e também pelo de Espanha, sabemos que vai piorar. Neste período de um a no (a i nda) não conseg ui empregar (mais) ninguém. É um facto. Mas, felizmente, tem havido a oportunidade de possibilitar certos trabalhos às pessoas que estão comigo. E, felizmente , tem h av ido a opor t u n idade de crescimento, a madurecimento e passos para a cons-
trução do amanhã. Trabalha-se para o Estado, é cer to, sendo que esse Estado daqui a pouco não é ninguém, já que são menos 65 mil. 7 em cada 10 eu ros dos nossos i mpostos pagam juros. Menos de 3 euros é o que sobra para a alavancagem da economia, para a saúde, para a educação, para a d ig n idade hu m a n a . Gera mos passivo sobre passivo, enterran-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
tomar, mas ainda a alargava mais, chamava a este assunto todo o apoio possível da nossa Defesa Nacional, primeiro porque se há coisa que mesmo com parco investimento conseguem fazer, é por as coisas na ordem; e segundo porque Defesa Nacional não é só para cenários de guerra, e mesmo que o fosse, esta é uma guerra que estamos definitivamente a perder! Não me quero alargar em divagações sobre os interesses económicos instalados à volta deste assunto, porque sobre isso pouco sei ou apenas me posso dedicar à adivinhação, pois provas não as há. Se á uns anos eram os
interesses da madeira, agora seriam os interesses à volta dos próprios meios de combate, ou até de criadores de gado…a verdade é que eles mudam conforme muda a saúde financeira de determinado sector de atividade, ligado direta ou indiretamente a este flagelo, que infelizmente não se compadece de que sector afeta positiva ou negativamente. A verdade é que se continua a gastar volumosas quantias para a prevenção e para o combate, e a realidade é só uma, não está a funcionar! Reconheço que pouco percebo do assunto, e o pouco que sei foi aprendido nos bancos da Universidade
e não em experiência de terreno, mas também tenho uma opinião: o problema dos incêndios não devia ser tratado entre um mês e outro, devia ser contínuo, trabalhado de Janeiro a Dezembro, com a limpeza de mato, plantações variadas para cortar ou limitar a evolução do fogo, clareiras abertas e caminhos desimpedidos, envolver as forças necessárias e pagar-lhes convenientemente ao longo de todo o ano, ter uma corporação de meios aéreos treinada e bem equipada que também auferisse um ordenado justo de Janeiro a Dezembro, e digo isto porque qualquer subcontratação é
sempre rodeada de desconfiança, e com razão. Se combater incêndios tem de ser uma profissão, então que o seja, mas de forma permanente, reconhecida, valorizada e paga justamente. Para aqueles que pelos vistos não sabem fazer contas, não perdemos só vidas nem bens, perdemos a qualidade do ar e o ar que respiramos, perdemos solo fértil que é levado com as próximas chuvas, perdemos riqueza na forma de milhões de toneladas de biomassa, perdemos biodiversidade, e perdemo-nos a todos nós um bocadinho, a cada ano que passa, pelo sofrimento que passamos
ziu-se esta cristalização política, administrativa e institucional (e comercial…) no paradigma da “guerra” dos incêndios florestais e (só) do seu “combate”, com consequente mobilização de cada vez mais meios pesadíssimos e caríssimos. Este ano, tal como em 2012, o dispositivo especial de combate aos incêndios florestais (DECIF), de Maio a Outubro, vai (-nos) custar 75 milhões de euros (M ) e já em 2011 e 2011 rondou os 100M .
Claro que a intervenção para, no momento, rapidamente e em força, dominar um incêndio vai ser sempre necessária e, nisso, não está em causa o quanto é sempre pouco enaltecer a coragem, abnegação e solidariedade humana e social dos bombeiros. Mas isso não pode fazer esquecer a importância da intervenção “lenta” que, durante todo o ano (e não só de Maio a Outubro, no período de DECIF), é necessário fazer em matéria de preven-
ção, talvez com um “DEPIF” (“dispositivo especial de prevenção de incêndios florestais”). Por isso, mesmo não discutindo – e, pelos vistos, isso também carece de discussão - que condições e natureza de estratégia preventiva (e não apenas “combatente”, “guerreira”) poderá (deverá) haver (também) nessa própria intervenção para debelar o incêndio, o certo é que esta progressiva cristalização no paradigma (só) do “combate”, talvez seja,
ainda que subliminar e indirectamente, um dos factores que – círculo vicioso tem inibido a saída desse (único) paradigma para (também) um outro de reflexão e acção política, administrativa e institucional (e comercial…) de análise, planeamento, organização, meios e gestão da prevenção dos incêndios florestais. Os incêndios florestais são, não uma “guerra”, uma questão militar, “bélica”, mas, essencialmente, uma questão económica e social.
a perdição das gaivotas, cujos cromossomas não têm na sua herança genética esse desvio tão acentuado quanto ao que agora vêem, e gritam, desesperadas, à espera que os “monstros” abandonem o seu habitat. Já ao passar pelas aldeias o espectáculo é diferente. As mulheres usam, de manhã, na rua, belos trajes de lutadores de boxe. Flamejantes robes acetinados ou em turco, de aplicações várias e dizeres diversos. Um encanto! Os homens, muitos deles voltaram ao seu estado primitivo, passeando-se de peito desnudado e de calças ao fundo
do rabo, dando clara mostra do “rego” numa atitude que não se sabe se é por ser moda ou por seguir o preceito das cadeias americanas em que aqueles que entregam o traseiro à paródia o assinalam pondo o cós bem para baixo. Enfim. Um verdadeiro desfile circense para todos nós e um regalo para os turistas que, felizmente, este ano são bastantes. Outra coisa que me causou espanto foi o facto de na maioria do troço de estrada ao longo das Matas de Leiria e do Urso não se poder andar a mais de 40 Kms/ hora. Digo eu que seja para não atropelar
algum pinheiro distraído que atravesse. Ou para dar uma claríssima indicação às pessoas de que a Lei não é para se cumprir, por ser estúpida. Haverá outra explicação? 40 kms/hora no meio do nada? Sem casas, nem movimento? É que não se vê qualquer movimento até porque o Estado, ali, tem mantido a limpeza das matas (em contraste com outros perímetros florestais). Os pinheiros são resinados “à morte” com inúmeras bicas. Alguns com oito caçoilos, contados por mim. A mata tem os dias contados. O nemá-
todo, serena e consistentemente, vai tomando conta da mancha f lorestal criando-lhe as nuances cromáticas que delatam a doença um pouco por todo o lado, denunciando o desleixe negligente das Autoridades Florestais que já foram Instituto e outras Coisas, e onde parece que só mudar o nome basta, deixando o essencial ser abafado pelo acessório ou mesmo pelo inútil. Para onde vamos? Não sei. Mas vamos como o caranguejo. Pedro Calheiros.
do o activo entre contas de números de que não escolhemos ser parte. Há u m a no, não tive “apoios ao empreendedorismo”. À data, já não era nada no sistema . Não era desempregada h á m a is de x meses , não era recém-licenciada, já tinha trabalhado antes, já tinha feito descontos e não queria exportar nem i nternaciona liza r. Tudo o que eu ti n h a era u m a ideia e t udo o que eu tenho, ainda, é a minha ideia – a
ideia de que conseguirei sobreviver não apenas a fazer o que gosto mas a intervir para mudar o mundo, que é como quem diz, contribuir para que as nossas comunidades sobrevivam e se potenciem. E faço-o, lamento dizê-lo, não apenas por uma ide i a r o m â n t ic a q u e c u lt ive i n a adolescência sobre a min ha vida . Faço-o pela minha sobrevivência, pela da minha irmã, e pelas nossas gerações. É um egocentrismo que
se vê obrigado a coex isti r com o humanismo. E, por isso, não posso deixar de pensar que há um realinhamento cósmico das prioridades: a nossa sobrevivência depende de uma profunda mudança social. A urgência do “ fa zer ” dita os dias. Não tem havido, é verdade, descanso ou férias. Como se pode ti ra r férias do que somos? É certo que esta experiência de trabalhar por conta própria não coinci-
de exactamente com o que eu tinha pensado para a minha vida adulta. Mas sou eu, por inteiro. E s t e t e x to n ã o é u m a h i s tó r i a de sucesso. É uma h istória de so brev ivência . E , por isso, pa rabén s à m i n h a empresa , que fez um ano. Parabéns aos que saíram, pel a cora gem . Pa rabén s aos que f ica m , pela resistência . Somos a s força s v iva s de u m mu ndo em muda nça .
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
6
29 | agosto | 2013
abertura
textos e fotos∑ Pedro Morgado
A Câmara Municipal de Viseu à lupa No momento em que a polémica distribuição de apoios às instituições do concelho vieram a lume na comunicação social, Fernando Ruas, o autarca de Viseu que cessa funções depois das eleições autárquicas de 29 de setembro, desvalorizou a questão negando qualquer ligação ao presente momento de pré-campanha eleitoral. Após muitos pedidos de esclarecimento vindos dos órgãos de comunicação social, Fernando Ruas “mandou chamar” os jornalistas à Praça da República e contrariou a ideia de que existiu uma relação direta entre as datas escolhidas para a entrega das quantias e o período de campanha, assegurando que estes foram alguns “dos muitos apoios que ainda tem para entregar pelas várias instituições do concelho”. Tentando perceber esta realidade e aferir que quantias existem ainda para entregar, este jornal dedicou-se à leitura das actas do município, da Assembleia Municipal e procurou analisar à lupa o orçamento municipal para o ano de 2013 de forma a comprovar a solidez financeira da autarquia que Fernando Ruas prega aos quatro ventos. A situação financeira do município “O candidato Almeida Henriques pode contar e sabe-o, pois acompanha isso como ninguém, que deixamos uma câmara sem esqueletos no armário. Há muita gente aí que, de vez em quando, nos manda farpas, gente que implica quando levamos os idosos à Quinta da Malafaia, que implica quando fazemos um convívio num qualquer lugar da cidade […]. Mas, apesar de tudo isto, eu posso-lhe dizer que deixamos uma câmara financeiramente
sólida por muitas ordens de razões”, referia há poucos meses o autarca. E, segundo alguns especialistas, Fernando Ruas não mentiu. Viseu é uma autarquia com boas contas. Ao que o JC conseguiu apurar, em fevereiro de 2013 o município possuía, entre receitas e capitais próprios, cerca de 20,5 milhões de euros e contabilizados como despesa 3,3 milhões de euros o que representava à época um saldo positivo de cerca de 17,2 milhões de euros. Como maiores rúbricas no seu passivo, a autarquia tinha dividas a fornecedores e outros credores no valor de cerca de 1,7 milhões de euros e possuía empréstimos contra-
ídos no montante de 24,9 milhões de euros. Apesar desta “conhecida” estabilidade financeira, Viseu ocupava em 2011 a 11.ª posição, em 308 concelhos, no ranking dos municípios com maior au mento de I mposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de acordo com os dados tornados públicos na última edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) Depois de em 2012 Fernando Ruas ter conseguido retirar o nome do concelho da lista de municípios com maior aumento de IMI, o autarca quer continuar à frente
dos tempos e vai propor à Assembleia Municipal uma nova redução para 0,3% da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos prédios urbanos avaliados, esperando mesmo assim arrecadar 13,4 milhões de euros. Contudo, alguns fiscalistas alertam que, apesar da promessa de tornar Viseu uma das capitais de distrito com a taxa de IMI mais baixa, através desta nova redução do imposto, as taxas de IMI só podem ser avaliadas comparativamente quando se conhecem os coeficientes de localização. Isto é, não podem ser comparados diretamente os valores de IMI do concelho de Viseu (0,35 %) e do concelho de Nelas
(0,50 %), dizendo que o valor a pagar em Viseu é inferior ao de Nelas uma vez que estes dependem dos respetivos coeficientes de localização. E é aqui que, referem, reside o problema. Ao que o Centro apurou, aquando da def inição das zonas pelos técnicos de Finanças, a autarquia apenas procedeu ao envio de uma carta topográfica não integrando os trabalhos. Na ausência de técnicos da câmara no terreno, as Finanças, com escassos recursos humanos, avaliaram pelo mapa. Assim se chegou a valores perto dos 120%, muito acima da média que Manuela Ferreira Leite fixara nos 80%.
O orçamento para 2013 “Temos também a ideia que a câmara é a instituição mais olhada, mais vista e mais analisada do concelho”, disse um dia Fernando Ruas. E não se enganou. De acordo com o documento aprovado na Assembleia Municipal a 21 de dezembro, a que o Jornal do Centro teve acesso, a autarquia e os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Viseu (SMAS) vão gerar uma receita de 82,8 milhões de euros, 58,1 milhões provenientes da autarquia e 24,7 milhões dos SMAS. Já na despesa, o município apresenta 32,6 milhões de despesas cor-
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rentes a que se somam 25 ,5 m i l hões nos custos com capital. A esse valor acrescem os 24,7 milhões destinados aos SMAS. No total o orçamento de 2013 apresenta um aumento de verbas que ronda os 7,5%, mais 5,7 milhões de euros que o orçamento do ano anterior. Em reunião de câmara, apenas Fernando Ruas e os vereadores do Partido Social Democrata (PSD) aprovaram
as linhas orçamentais, tendo os vereadores do Partido Socialista (PS) concedido o benefício da dúvida ao documento optando pela abstenção e justificando esta opção com a sua não participação e com a reserva que mantinham face às verbas que consideravam insuficientes, atribuídas ao capítulo da solidariedade social e saúde (845 mil euros) e destinadas à segurança (315 mil euros).
No exercício de 2012 a autarquia de Viseu foi reconhecida no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses como o segundo melhor município de média dimensão em termos de eficiência financeira, reconhecimento a que aludiu Fernando Ruas: “se analisarem o último anuário vêm que no último ano a Câmara de Viseu foi a segunda mais eficiente financeiramente do país. Está lá escar-
rapachado e não vale a pena. É isso que lá está”, disse. É no mesmo documento que encontramos as primeiras pistas sobre os valores que a autarqu i a prevê g a st a r no apoio às instituições do concelho: 1,4 milhões de euros. Na lista de entidades a apoiar que consta no orçamento municipal aparece o Teatro Viriato que receberá 380 mil euros dos cofres da autarquia,
935 mil euros destinados às associações culturais, desportivas e recreativas, apoios às instituições no valor de 373 mil euros e uma rúbrica “outros” com um orçamento de 69 mil euros. Nestas contas não foram contabilizados os 500 mil euros destinados ao apoio pré-escolar e ao 1º ciclo. O rasto do dinheiro Dos 935 mil euros destinados às associações
culturais, desportivas e recreativas, o Jornal do Centro seguiu o rasto e encontrou 694 mil euros, se contabilizadas as isenções concedidas pela autarquia. São, até ao momento, 24 as instituições que assinaram o contrato-programa de desenvolvimento desportivo numa mesma quarta-feira, 3 de abril de 2013. O Jor n a l do Cent ro mostra-lhe agora quem são e quais os montantes envolvidos...
A herança de Fernando Ruas Para além do habitual “deve e o haver” dos exercícios contabilísticos anuais há, contudo, uma realidade que escapa normalmente ao escrutínio público: os compromissos futuros. No intuito de travar e reduzir as dívidas em atraso no sector público,
o Governo regulamentou o end iv id a mento autárquico através da lei dos compromissos que ent rou em v i gor em feverei ro de 201 2 . Neste diploma consta a publicitação obrigatória dos compromissos pluria nua is, compro missos assinados pelas autarquias que implicam encargos em mais
do que um ano económico. Em Viseu as contas são fáceis de fazer. De acordo com os últimos dados disponíveis referentes a fevereiro de 2013, o próximo presidente terá que honrar compromissos assinados pelo executivo de Fernando Ruas no valor de cerca de 2,6 milhões de euros, a pa-
gar nos anos de 2014 (1,5 milhões de euros), 2015 (91 mil euros), 2016 e seguintes (1,1 milhões de euros).
qui a quatro anos, caso queira entrar na corrida autárquica, “não pede licença a ninguém”, responda às questões que se ouvem na rua: 1ª Será a sua autarquia um comércio que deve dar lucro, ou apenas a representante legal do poder local eleito para uma gestão eficaz e profícua dos dinheiros pú-
blicos? 2ª De onde “n a sce ram” os milhões a que hoje ch a m a m at ivos? São apenas fruto de uma gestão imaculada ou saíram da carteira dos munícipes e da tesouraria das empresas com IMI’s e derramas vultuosas? Fernando Ruas talvez responda daqui a quatro anos, talvez…
Questões finais Depois de conhecidos alguns dos números que tornam a autarquia viseense um “modelo de gestão”, talvez Fernando Ruas, o homem que da-
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O assunto em questão na boca dos candidatos... O Jornal do Centro foi ouvir os candidatos à pre-
Almeida Henriques
José Junqueiro
Hélder Amaral
Manuela Antunes
Francisco Almeida
sidencia da Câmara Municipal de Viseu, para as
proximas autárquicas de 29 de Setembro próximo.
Deixam-se as opiniões de Almeida Henriques-
PSD; José Junqueiro-PS; Hélder Amaral-CDS/PP;
Manuela Antunes-BE e Francisco Almeida-CDU.
Se a autarquia está a apoiar associações c u lt u r a i s , s o c i a i s e desportivas que atua m no nosso conce lho e se têm condições para o fazer neste momento, é porque tivemos uma boa gestão ao longo dos últimos anos.
Por outro lado, todos estes apoios são aprovados em reunião de exe c ut ivo e , que eu saiba, em momento nenhum os vereadores, nomeadamente do PS, vota ra m contra a atribuição destes subsídios. Independentemen-
te de estar a decorrer uma ca mpa n ha eleitoral, a verdade é que este executivo está no exercício pleno d a s suas funções e a fazer aquilo que sempre fez. Ao longo destes quat ro a nos sempre fo ram atribuídos subsídios por parte da au-
tarquia a este tipo de instituições. Há também aqui uma atuação concertada dos meus adversários para denegrirem a imagem do auta rca , do Dr. Fernando Ruas, que tem 24 a nos de serviço exemplar em prol da
auta rqu i a e acho de facto que é lamentável que se aproveitem do processo eleitoral para denegrir a imagem do auta rca e se utilize a Igreja como instrumento de combate político. Pa ra esse ped itório n ão dou.
O que se passou em Viseu, o que nos indicam os números, é que a situação é exatamente ao contrário, e que contraria aquilo que afirma o presidente da Câmara: ele não faz o mesmo todos os anos. E não faz o mesmo todos os anos até na quantidade porque aquilo que foi
o volume atribuído nesta altura, num período de campanha eleitoral, às entidades e aos movimentos associativos é, eventualmente, dez vezes mais do que aquilo que ele atribuiu no mesmo período à mesma entidade e ao mesmo movimento associativo. Esta atitude desmerece
o papel do autarca e é este tipo de comportamento que descredibiliza a política. Como autarca em fim de ciclo, Fernando Ruas, não devia proceder desta maneira. Não pode estar a tomar decisões que condicionem o seu sucessor e a administração que
vem a seguir, por exemplo nesta parte dos subsídios que andou a distribuir discricionariamente. Não deve fazer isto pois cria um constrangimento. Teimou em levar o Plano Diretor Municipal a votação na primeira semana de setº como também decidiu para o ano o que, ali-
ás, era uma proposta nossa que estava escrita há muito tempo, baixar o IMI com efeitos a partir de 2014. Ora, neste caso, deveria ter deixado para a próxima administração algum espaço de manobra para que livremente pudesse tomar a decisão que entendesse.
É ev idente que do ponto de vista formal a Câmara continua em pleno exercício de funções e, nessa perspetiva, do ponto de vista legal ela é livre de contratualizar e executar o seu plano de ação como entender. Por outro lado um executivo que quer
viver dentro da lei, que se move pelo primado da lei, ou seja, para quem a legalidade é um valor absoluto tem que perceber que no caso concreto de Viseu está perante um momento de mudança, mudança de protagonistas e mudança de modelo.
Os atos do Dr. Fernando Ruas, a assunção de compromissos, a afetação de verbas, a assunção de responsabilidades que podem por em causa de alguém que pode não fazer 20 anos de poder. Essa pessoa terá decerto legitimidade para ter um plano próprio, para ter ideias
suas, para qualquer que seja o partido poder dizer que quer mudar o ciclo. Ora esse ciclo fica afetado por um conjunto de compromissos que o Dr. Fernando Ruas já assumiu. Em parte é uma traição aos viseenses, é uma traição ao Dr. Almeida Henriques, é uma traição
ao Partido Social Democrata. A análise que eu faço é crítica. É que de facto o Dr. Fernando Ruas recusa para si próprio a limitação de mandatos mas dá sinais de querer limitar o mandato do Dr. Almeida Henriques.
Ti ra ndo a questão que poderiam estar já assumidos alguns compromissos e apenas ter surgido agora a oportunidade de os satisfazer antes de acabar o presente mandato, nós consideramos que este apoio tão direto à Igreja, apesar de esta se ter
substituído ao Estado no apoio social, era desnecessário. O B l o co co nsi d e r a , portanto, que nesta altura fazer este tipo de campanha, de distribuir cheques e salvaguardo sempre, como referi no início, que pudessem estar já protocolados antes,
não cai bem a ninguém, independentemente dos partidos ou das orientações ideológicas. Seria fundamental que em vez de se ir buscar dinheiro a rúbricas generalistas do orçamento camarário para prover estas questões, se tivesse formalizado estas despe-
sas, em orçamento para que as pessoas não viessem a saber pela comunicação social. Uma coisa é este ser votado e apesar dos partidos em minoria terem votado contra, estas medidas terem passado, com transparência uma vez que aqui acho que sobretudo não
se agiu da melhor forma, a forma de agir do senhor presidente da Câmara não foi a mais correta. Quanto aos comprom is s o s j á a s s u m i d o s pela autarquia é óbvio que isso limita imenso a ação do próximo executivo.
Se os cheques fossem do Dr. Fernando Ruas, ele podia dá-los quando e como muito bem entendesse mas, como o dinheiro é dinheiro público, é dinheiro da Câmara Municipal, feito nesta altura em plena campanha eleitoral isso configura um abuso.
Estamos perante uma participação do Dr. Fernando Ruas na campanha eleitoral. A Câmara Municipal de Viseu andou a distribuir cheques a diversas entidades, em plena campanha eleitoral, e isso é, no meu entender, um abuso e, um abuso que precisa de ser
denunciado. Se a decisão de atribuir agora este ou aquele subsídio, inatacável do ponto de vista legal e formal, já no plano ético é bastante questionável. Isto parece o Dr. Alberto João Jardim a fazer inaugurações na véspera das
eleições. Aqui, para já, não se correm as “capelinhas” a fazer inaugurações mas, lá chegaremos. A questão é que o que tem sido feito pela Câmara Municipal de Viseu nos últimos mandatos é um conjunto de obras a esmo, que parece que não têm
um fio condutor, sem nenhuma visão estratégica para o desenvolvimento do concelho e todo o dinheiro já empenhado em compromissos futuros não está decerto posto ao serviço das pessoas que aqui vivem e trabalham.
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à conversa
Tiago Patrício Gouveia - Caramulo Motorfestival 2013 entrevistas e fotoa ∑ Paulo Neto
“Estamos a 15 dias do evento e já esgotou tudo, turismos rurais, casas de campo, hotéis, pensões.” O Caramulo Motorfestival vai na sua 8ª edição e, sempre a crescer, tornou-se uma referência já internacional sendo um evento dedicado aos automóveis e motociclos, clássicos e desportivos, combinando a competição com um conjunto de acções lúdicas e turísticas. Tiago Patrício Gouveia, neto do fundador da colecção de automóveis antigos do Museu do Caramulo falou connosco sobre esta edição 2013.
colecções e com a finalidade do Museu do Caramulo. Tivemos ainda a felicidade de coincidir com os objectivos da Câmara Municipal de Tondela e até do Turismo do Centro, naquilo que são os seus alvos de desenvolvimento. Tiago Patrício Gouveia é hoje o rosto que associamos a este Motorfestival. Apenas ele?
que o trabalho está distribuído por estas pessoas que mencionei. O meu primo e o meu irmão fazem exactamente o mesmo trabalho que eu faço e têm a mesma autonomia e responsabilidade. Não são o rosto conhecido do evento, mas sim a pedra basilar desse evento.
Neste Motorfestival é quando muito o rosto. O próprio evento é muito mais
Em torno deste trio e dos colaboradores que referiu, existem quantas pessoas mais a preparar, nos bastidores, este evento?
que isso. Conta com a preciosa ajuda do meu primo João Lacerda, do meu irmão Salvador Patrício Gouveia, de todos os nossos colaboradores, do Museu do Caramulo, especialmente a Elisabete Rodrigues, o António Ferreira, que trabalha na Automobilia e mais outras pessoas. Neste núcleo principal, se não fosse a ajuda deles, este evento seria impensável, porque se eu posso ser o rosto, seguramente
Temos um grupo de cerca de trinta voluntários, que são um dos rostos invisíveis. Têm um líder que vai trabalhando connosco ao longo do ano, mais acentuadamente nestes últimos dois meses. Temos os nossos colaboradores do Museu que trabalham também para esta Associação e que, continuadamente, ao longo de todo o ano estão a preparar o evento. Porque acaba um e começa outro, literalmen-
te. No ano passado, o evento acabou oficialmente no domingo, para nós acabou na 4ª feira, porque há toda a desmontagem que faz dele parte integrante. E nesse mesmo dia fomos à operadora de telecomunicações tratar de assuntos que não tinham corrido particularmente bem e de seguida, na 4ª feira de Setembro de 2012 começámos a tratar a edição de Setembro de 2013. Arrancou precisamente três dias
dos nós comungamos. O Museu do Caramulo, iconicamente, é associado a esta colecção de automóveis, mas é muito mais do que isso, apesar das pessoas virem ao Caramulo, fundamentalmente, ver os carros…
O Caramulo é mais conhecido pelos automóveis. É um comentário que ouvimos muito porque as pessoas ficam admiradas quando conhecem a excelente colecção de arte. É irónico,
1960 que se inaugura o anexo onde está o resto da colecção automóvel. Felizmente que se incorporou esta colecção automóvel, pois é ela que traz a maior parte dos nossos visitantes e nos dá renome. Sendo a principal fonte de financiamento a bilheteira, isso é importantíssimo. Acabámos de fotografar e ensaiar um Mercedes-Benz 300 SL, de 1955, mais conhecido como “gullwing” pelas suas
Nos bastidores do Caramulo Motorfestival 2013. Quem organiza esta grande festa do automóvel clássico em Portugal?
É a Associação de Eventos do Caramulo. É uma Associação criada exactamente para promover este evento e mais alguns que aqui organizamos. Mas é este que tem maior impacto nesta Associação, que o organiza em parceria com o Museu do Caramulo e com o Targa Clube, que trata da parte desportiva na montanha. Envolve naturalmente mais entidades. Contamos sempre com o apoio muito directo da Junta de Freguesia, através de meios humanos e materiais, de ajuda na preparação, durante o evento e na manutenção. Igualmente, a Câmara de Tondela com meios humanos, equipamento, financiamento e depois todos os nossos parceiros: o Jornal do Centro, Público, parceiros na áreas dos seguros, patrocinadores como a ENI e todos os outros parceiros que nos ajudam a pôr de pé este evento. Como nasceu esta ideia do Motorfestival?
Nasceu de fazer um festival que valorizasse o Caramulo, o Museu do Caramulo, o concelho de Tondela, o distrito de Viseu e, eventualmente até com impacto nacional. Mas nasceu com uma primeira premissa de se criar um evento âncora na divulgação deste destino e relacionado com aquilo que já aqui fazíamos: ou seja, relacionado com as nossas
depois do fecho do evento a edição do ano seguinte. De onde lhe vem a “doença” dos automóveis clássicos?
Não faço ideia mas tenho uma boa pista… O meu avô João Lacerda transmitiu muito bem essa “doença”, mas de entre todos os netos, acho que eu tive mais aptidão para o lado mecânico e técnico. A minha área de formação académica é a engenharia mecânica à qual juntei esta paixão da qual to-
porque o Museu começou como uma colecção de arte, inaugurado em 1953, com o meu tio-avô Abel Lacerda, que morreu em 1957 com 36 anos, tendo já reunido um espólio de cerca de 500 obras de arte e conseguido financiamento para a construção deste edifício, que foi inaugurado em 1959 e só a partir desta data é que aparece a colecção automóvel. Já a colecção de arte existia exposta há 6 anos. É em
portas abrirem para cima, como as asas de um ganso. Para além de ser uma peça mítica tem alguma história especial?
Não. Não tem uma história muito especial. Nunca participou em corridas muito a sério e veio novo para Portugal. Isto para além da história do modelo em si que é relevantíssima… Qual é o carro, de entre as peças expostas ou não, que é o mais glorioso em termos de passado histórico, nas corridas?
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De corridas, teria que referir a Bugatti 35 B. Veio nova para Portugal pela mão do Henrique Leffel, correu em Portugal na altura e fora, no Brasil até, e cá se manteve desde sempre. Não trocou de mãos, não andou por outros países o que é muito importante. Nestes carros de corrida havia uma enorme tendência de trocar componentes com outros modelos. Este carro é completamente original. É o que se chama “matching numbers”. Os números batem todos certos porque ela nasceu com este número de motor e de chassis. Trocavam motores entre eles. São iguais mas não são os originais. E esta tem essa peculiaridade. Este carro fez muitas provas em Portugal. Chegou a fazer o Quilómetro Lançado, na Avenida da Liberdade e muitas outras corridas que hoje já não existem mas lhe concederam um palmarés estimável. O seu avô, o Dr. João Lacerda competiu em diversas provas de renome internacional. Quer lembrar algumas?
Sim, competiu nas Mil Milhas, cinco vezes no Monte Carlo. Na altura, competir no Monte Carlo era pegar no carro onde andava no dia-a-dia com a família e ir fazer o rali. Acho muita piada a isso e a esse espírito de “gentlemam driver”, completamente descomplicado, cumprido com uma “arrastadeira”, um Citröen 15 cavalos fiscais, 6 cilindros e com um DKW, o original Audi. Correu com um Jaguar XK120, correu com o Porsche, com o Alfa Romeo e ainda com outros carros. E foi porque na altura não existiam equipamentos de segurança: cintos, capacetes, fatos, correndo um risco altíssimo, chegou a uma altura da sua vida, depois de casar e ter filhos, que percebeu que não deveria continuar a correr pelo risco que isso implicava e é então que nasce a sua vontade de começar a coleccionar. Arranjou uma maneira de saciar o seu interesse pelos automóveis começando a coleccionar automóveis antigos. É daí que nasce esta colecção, fruto do seu gosto pelas corridas e do seu circunstancial afastamento. Quantas pessoas atraiu o Motorfestival 2012 ao Caramulo?
Estimamos que cerca de 30 mil pessoas nos dois dias
do evento. 15 mil pessoas por dia, com um impacto de cerca de 600 mil euros repercutidos na região. Por alto e só para facilitar um bocado as contas, se cada pessoa, em média gasta aqui 20 euros (uns dormem, comem, etc.) durante o fim-de-semana, 30 mil pessoas dá 600 mil euros. Penso que a média é mais alta, mas para sermos muito conservadores ficamos por aqui. Este evento mexe com restauração, cafés, hotéis… Recordo que no ano passado, havia unidades hoteleiras lotadas a 30 quilómetros…
Estamos a 15 dias do evento e já esgotou tudo, turismos rurais, casas de campo, hotéis, pensões. No concelho de Tondela está tudo esgotado. Também no concelho de Oliveira de Frades há muito acolhimento esgotado e, neste momento, já estamos a ocupar muitos quartos em Viseu. Estive recentemente a falar com um director de hotéis em Viseu e confirmou-me que para este fim-de-semana já tem instalações com uma forte ocupação. Percebe-se que há uma relação directa com este evento. A importância deste evento neste território é reconhecida pelos autarcas e pelo Turismo, em geral?
Sem dúvida. Provavelmente a única entidade que não reconhece é mesmo o Governo. O governo Português, basicamente, proibiu a câmara de Tondela de apoiar directamente a Fundação Abel e João de Lacerda para este evento. Não reconhece a importância deste evento, fazendo-o à revelia de todos os outros intervenientes. Nós queremos ser apoiados e necessitamos de ser apoiados para que o evento possa ter esta dimensão. A câmara municipal de Tondela reconhece o seu interesse e a sua mais-valia e quer apoiar e só mesmo o Governo é que se mete no meio e não deixa isso acontecer. De resto toda a gente vê neste evento uma mais-valia, uma grande utilidade, incluindo o Turismo do Centro. Infelizmente todas estas entidades têm estado a passar por cortes orçamentais que as obriga
a rever os seus orçamentos internos, acabando por ter o seu grau de envolvimento e de acção menorizado por estas limitações que lhes são impostas. Mas nós sabemos que temos todo o seu apoio e que estas entidades nos ajudam a ter o maior sucesso. Se houvesse um pouco mais de estabilidade e certas entidades conseguissem ter mais recursos à sua disposição, não tenho qualquer dúvida que nos apoiariam de uma forma mais significativa, podendo nós com esse apoio ir mais além. Temos muitos objectivos que não alcançamos porque há limitações. Por outro lado, fazemos um esforço enorme para encontrar apoio na esfera privada e porque achamos que não devem ser apenas as entidades públicas a apoiar, e mesmo com as dificuldades temos conseguido algum apoio. O caso da italiana ENI que se nos juntou este ano, a Central de Cervejas, com a Sagres que nos dá um apoio importante, a Garagem Lopes que nos apoia desde a primeira hora de forma muito importante. Temos ainda pequenos apoios de outras entidades privadas, o que se traduz numa situação de equilíbrio entre o sector público e o privado. Isso para nós é um grande orgulho, um garante da estabilidade deste evento e sua continuidade nos anos futuros, porque não estamos a depender exclusivamente de um ou de outro. Conseguimos garantir um espectro de apoios mais alargado que nos dá alguma segurança. O conjunto de eventos, se centrado no automóvel, é variado. Temos a Rampa, o Rali, os Passeios Históricos, desde o Viseu- Caramulo, o Salamanca-Caramulo, os passeios Ferrari, Porsche, Land-Rover, Harley-Davidson, Targa Clube, ACP Clássicos. Há a Feira da Automobilia, as Raiadas. Em suma, uma concentração enorme de actividades realizadas em curto tempo…
Claro. Por isso é que lhe chamamos Festival e não Rampa. Se fosse uma Rampa pura e dura não teria nada disto. Isto é verdadeiramente um Festival no sentido em que tem uma quantida-
12 À CONVERSA | Tiago Patrício Gouveia - Caramulo Motorfestival 2013 de diferente de actividades a acontecer, de outras entidades como as enunciadas que se envolvem no evento e nele participam aumentando o interesse pelo que aqui se desenvolve. A Feira da Automobilia, numa área diferente das corridas e já com umas largas dezenas de expositores que trazem produtos de toda a ordem: venda de peças, venda de serviços, miniaturas… Daqui decorre uma inequívoca prova: este evento chama toda a gente que gosta de automóveis clássicos. Não é só velocidade, corridas, não é só para aqueles que têm os veículos… é aberto a todos quantos têm esta paixão e encontram aqui o seu momento…
Sem dúvida. Está mais do que provado e a Feira da Automobilia consubstancia essa ideia. Lá encontra ofertas especializadas e específicas e se estes expositores voltam ano após ano é porque o público, os seus clientes, também cá estão. Essas pessoas interessadas e coleccionadoras, por vezes também coleccionadores de veículos antigos e que são os clientes destes expositores da Automobilia, estão cá neste evento. Mas também temos a consciência de que o evento é visitado por muita gente fora dessa esfera mais
especializada: famílias, pessoas que encontram aqui um ponto de interesse para ver algo de diferente e que não estão directamente envolvidas neste meio dos veículos históricos ou de competição. A organização também desenha o evento a pensar neles. Repetimos vezes sem conta que é um evento também dirigido para as famílias. Temos o parque para as crianças, com os insufláveis; temos uma zona com desportos outdoor, temos a exposição permanente de arte do Museu de Caramulo, o hotel oferece a parte do “spa e do animacorps”. Temos a capacidade, durante estes dois dias, de satisfazer a pessoa conhecedora e que gosta deste meio mas também conseguimos entreter aquele elemento do casal, que nem sempre é a mulher, que não está tão envolvido neste meio e quer passar aqui um fim-de-semana no Caramulo sem ter uma relação tão directa com os automóveis. No Caramulo, durante todo o ano, respira-se muito o ar puro e a pura paixão pelos automóveis. Mas durante este fim-de-semana esse ar está saturado… Também têm sabido trazer aqui nomes grandes de ontem e de hoje da competição automóvel. Dá-me al-
guns nomes para este 2013?
Todos os anos tentamos trazer novos nomes que se associam ao evento dandolhe o ar da sua graça. Este ano contamos com um expiloto de fórmula I, Fritz d’Orey, brasileiro, que vai estar cá a correr num Ferrari 458 Itália, um carro actual, numa categoria de velocidade. Nós não estamos cingidos estritamente aos veículos históricos, urge dizê-lo, estamos abertos a veículos interessantes, bons, diferentes, que convivem aqui com os antigos, como se vê no Campeonato Nacional de Montanha, que tem as “barquetas” perfeitamente actuais, a fazerem tempos fantásticos com Tiago Reis, Pedro Salvador, João Fonseca e outros pilotos… Mas na Rampa Histórica do Caramulo fazemos esse mix. Temos automóveis dos anos 20 a 2013. Procuramos ter carros que respeitem ao máximo a sua originalidade, que tenham o máximo possível de palmarés, de pedigree e que sejam o mais originalmente preparados e desenhados para competição, de modo a que o público reconheça nos participantes e nos seus veículos uma proposta de alta categoria, de grande interesse. Temos ainda nomes como
Rodrigo Gallego, Ernesto Neves e muitos outros. Para concluirmos, quantas pessoas espera ter este ano?
O que temos constatado nos últimos anos é a consolidação deste evento. O Caramulo Motorfestival vai para a sua 8ª edição. Quem vem já há muito marcou na agenda. É difícil haver pessoas que não o conheçam. Ao fim de 8 anos já toda a gente ouviu falar do Caramulo Motorfestival. Já estabilizámos. Ninguém o pode ignorar. As campanhas de divulgação que fazemos são em meios especializados e generalistas. Mesmo as pessoas arredadas deste meio têm dele conhecimento, já ouviram falar. Estamos numa fase de maturidade em que o número já estabilizou nestes dois últimos anos e nós perspectivamos que se mantenha. Vai ser então mais um sucesso?
Claro. Para darmos um salto no número de visitantes necessitaríamos de aumentar o investimento no evento e conseguir cativar outro tipo de concorrentes mais internacionais, ter uma produção maior no evento… mas isso acarretaria um custo que nesta fase é impossível de angariar. O número está estabilizado e nós te-
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
mos feito constantemente pequenos investimentos na produção e melhoria do evento, decorrentes do que vamos percepcionando e da nossa capacidade de investir. Fazemo-lo pouco a pouco, devagarinho, de uma forma consolidada, assertiva, sem falhas e sem riscos. Não podemos correr o risco de ter um resultado negativo na exploração do evento. Não teríamos capacidade, nas nossas estruturas, de aguentar com esse embate. Tem que ser tudo feito com os pés bem assentes no chão e todos anos, ir melhorando, melhorando, melhorando… Essa é a nossa perspectiva. Se pudéssemos fazer uma comparação entre a 1ª e esta 8ª edição, iríamos ver que em termos de produção de evento, do acautelar do conforto dos visitantes, de criar novas zonas de recepção de público, de atentar nos pormenores que fazem a diferença, descobríamos que conseguimos que o visitante tenha uma experiência personalizada, enriquecedora e que saia daqui satisfeito e contente com o que viu e que tenha usufruído dessa experiência confortavelmente. Temos acautelada a qualidade dos serviços, segurança, etc. É pois uma diferença abissal, brus-
ca, grande, a existente entre a edição 1 e esta 8ª edição. Esta diferença é uma “escada” feita ao longo de 8 anos. Sempre a melhorar. Sempre a reinvestir com novidades todos os anos. E este ano não é excepção, mas confirmação. Os fardos de palha, o pacote clássicos, uma credencial que pode ser adquirida e dá acesso a duas zonas de acesso limitado. O evento é aberto a toda a gente. Todos podem ver tudo. Não temos bilheteira nem acessos controlados. Temos apenas dois pontos de acesso controlado onde o visitante pode encontrar mais algum conforto e que é impossível de disponibilizar para 30 mil pessoas, havendo essa diferenciação da credencial, que pode ser adquirida no próprio dia do evento e permite descontos no Museu, possibilidade de adquirir refeições no espaço do Claustro do Museu por um preço mais reduzido. No parque de pré-partida vamos acabar com o gradeamento metálico por acharmos que é demasiado frio e dá uma ideia de contenção. Queremos uma estrutura mais soft e vamos substituí-lo por um gradeamento de madeira branca tipicamente americana… são pormenores que marcam a diferença…
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Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
De corridas, teria que referir a Bugatti 35 B. Veio nova para Portugal pela mão do Henrique Leffel, correu em Portugal na altura e fora, no Brasil até, e cá se manteve desde sempre. Não trocou de mãos, não andou por outros países o que é muito importante. Nestes carros de corrida havia uma enorme tendência de trocar componentes com outros modelos. Este carro é completamente original. É o que se chama “matching numbers”. Os números batem todos certos porque ela nasceu com este número de motor e de chassis. Trocavam motores entre eles. São iguais mas não são os originais. E esta tem essa peculiaridade. Este carro fez muitas provas em Portugal. Chegou a fazer o Quilómetro Lançado, na Avenida da Liberdade e muitas outras corridas que hoje já não existem mas lhe concederam um palmarés estimável. O seu avô, o Dr. João Lacerda competiu em diversas provas de renome internacional. Quer lembrar algumas?
Sim, competiu nas Mil Milhas, cinco vezes no Monte Carlo. Na altura, competir no Monte Carlo era pegar no carro onde andava no dia-a-dia com a família e ir fazer o rali. Acho muita piada a isso e a esse espírito de “gentlemam driver”, completamente descomplicado, cumprido com uma “arrastadeira”, um Citröen 15 cavalos fiscais, 6 cilindros e com um DKW, o original Audi. Correu com um Jaguar XK120, correu com o Porsche, com o Alfa Romeo e ainda com outros carros. E foi porque na altura não existiam equipamentos de segurança: cintos, capacetes, fatos, correndo um risco altíssimo, chegou a uma altura da sua vida, depois de casar e ter filhos, que percebeu que não deveria continuar a correr pelo risco que isso implicava e é então que nasce a sua vontade de começar a coleccionar. Arranjou uma maneira de saciar o seu interesse pelos automóveis começando a coleccionar automóveis antigos. É daí que nasce esta colecção, fruto do seu gosto pelas corridas e do seu circunstancial afastamento. Quantas pessoas atraiu o Motorfestival 2012 ao Caramulo?
Estimamos que cerca de 30 mil pessoas nos dois dias
do evento. 15 mil pessoas por dia, com um impacto de cerca de 600 mil euros repercutidos na região. Por alto e só para facilitar um bocado as contas, se cada pessoa, em média gasta aqui 20 euros (uns dormem, comem, etc.) durante o fim-de-semana, 30 mil pessoas dá 600 mil euros. Penso que a média é mais alta, mas para sermos muito conservadores ficamos por aqui. Este evento mexe com restauração, cafés, hotéis… Recordo que no ano passado, havia unidades hoteleiras lotadas a 30 quilómetros…
Estamos a 15 dias do evento e já esgotou tudo, turismos rurais, casas de campo, hotéis, pensões. No concelho de Tondela está tudo esgotado. Também no concelho de Oliveira de Frades há muito acolhimento esgotado e, neste momento, já estamos a ocupar muitos quartos em Viseu. Estive recentemente a falar com um director de hotéis em Viseu e confirmou-me que para este fim-de-semana já tem instalações com uma forte ocupação. Percebe-se que há uma relação directa com este evento. A importância deste evento neste território é reconhecida pelos autarcas e pelo Turismo, em geral?
Sem dúvida. Provavelmente a única entidade que não reconhece é mesmo o Governo. O governo Português, basicamente, proibiu a câmara de Tondela de apoiar directamente a Fundação Abel e João de Lacerda para este evento. Não reconhece a importância deste evento, fazendo-o à revelia de todos os outros intervenientes. Nós queremos ser apoiados e necessitamos de ser apoiados para que o evento possa ter esta dimensão. A câmara municipal de Tondela reconhece o seu interesse e a sua mais-valia e quer apoiar e só mesmo o Governo é que se mete no meio e não deixa isso acontecer. De resto toda a gente vê neste evento uma mais-valia, uma grande utilidade, incluindo o Turismo do Centro. Infelizmente todas estas entidades têm estado a passar por cortes orçamentais que as obriga
a rever os seus orçamentos internos, acabando por ter o seu grau de envolvimento e de acção menorizado por estas limitações que lhes são impostas. Mas nós sabemos que temos todo o seu apoio e que estas entidades nos ajudam a ter o maior sucesso. Se houvesse um pouco mais de estabilidade e certas entidades conseguissem ter mais recursos à sua disposição, não tenho qualquer dúvida que nos apoiariam de uma forma mais significativa, podendo nós com esse apoio ir mais além. Temos muitos objectivos que não alcançamos porque há limitações. Por outro lado, fazemos um esforço enorme para encontrar apoio na esfera privada e porque achamos que não devem ser apenas as entidades públicas a apoiar, e mesmo com as dificuldades temos conseguido algum apoio. O caso da italiana ENI que se nos juntou este ano, a Central de Cervejas, com a Sagres que nos dá um apoio importante, a Garagem Lopes que nos apoia desde a primeira hora de forma muito importante. Temos ainda pequenos apoios de outras entidades privadas, o que se traduz numa situação de equilíbrio entre o sector público e o privado. Isso para nós é um grande orgulho, um garante da estabilidade deste evento e sua continuidade nos anos futuros, porque não estamos a depender exclusivamente de um ou de outro. Conseguimos garantir um espectro de apoios mais alargado que nos dá alguma segurança. O conjunto de eventos, se centrado no automóvel, é variado. Temos a Rampa, o Rali, os Passeios Históricos, desde o Viseu- Caramulo, o Salamanca-Caramulo, os passeios Ferrari, Porsche, Land-Rover, Harley-Davidson, Targa Clube, ACP Clássicos. Há a Feira da Automobilia, as Raiadas. Em suma, uma concentração enorme de actividades realizadas em curto tempo…
Claro. Por isso é que lhe chamamos Festival e não Rampa. Se fosse uma Rampa pura e dura não teria nada disto. Isto é verdadeiramente um Festival no sentido em que tem uma quantida-
12 À CONVERSA | Tiago Patrício Gouveia - Caramulo Motorfestival 2013 de diferente de actividades a acontecer, de outras entidades como as enunciadas que se envolvem no evento e nele participam aumentando o interesse pelo que aqui se desenvolve. A Feira da Automobilia, numa área diferente das corridas e já com umas largas dezenas de expositores que trazem produtos de toda a ordem: venda de peças, venda de serviços, miniaturas… Daqui decorre uma inequívoca prova: este evento chama toda a gente que gosta de automóveis clássicos. Não é só velocidade, corridas, não é só para aqueles que têm os veículos… é aberto a todos quantos têm esta paixão e encontram aqui o seu momento…
Sem dúvida. Está mais do que provado e a Feira da Automobilia consubstancia essa ideia. Lá encontra ofertas especializadas e específicas e se estes expositores voltam ano após ano é porque o público, os seus clientes, também cá estão. Essas pessoas interessadas e coleccionadoras, por vezes também coleccionadores de veículos antigos e que são os clientes destes expositores da Automobilia, estão cá neste evento. Mas também temos a consciência de que o evento é visitado por muita gente fora dessa esfera mais
especializada: famílias, pessoas que encontram aqui um ponto de interesse para ver algo de diferente e que não estão directamente envolvidas neste meio dos veículos históricos ou de competição. A organização também desenha o evento a pensar neles. Repetimos vezes sem conta que é um evento também dirigido para as famílias. Temos o parque para as crianças, com os insufláveis; temos uma zona com desportos outdoor, temos a exposição permanente de arte do Museu de Caramulo, o hotel oferece a parte do “spa e do animacorps”. Temos a capacidade, durante estes dois dias, de satisfazer a pessoa conhecedora e que gosta deste meio mas também conseguimos entreter aquele elemento do casal, que nem sempre é a mulher, que não está tão envolvido neste meio e quer passar aqui um fim-de-semana no Caramulo sem ter uma relação tão directa com os automóveis. No Caramulo, durante todo o ano, respira-se muito o ar puro e a pura paixão pelos automóveis. Mas durante este fim-de-semana esse ar está saturado… Também têm sabido trazer aqui nomes grandes de ontem e de hoje da competição automóvel. Dá-me al-
guns nomes para este 2013?
Todos os anos tentamos trazer novos nomes que se associam ao evento dandolhe o ar da sua graça. Este ano contamos com um expiloto de fórmula I, Fritz d’Orey, brasileiro, que vai estar cá a correr num Ferrari 458 Itália, um carro actual, numa categoria de velocidade. Nós não estamos cingidos estritamente aos veículos históricos, urge dizê-lo, estamos abertos a veículos interessantes, bons, diferentes, que convivem aqui com os antigos, como se vê no Campeonato Nacional de Montanha, que tem as “barquetas” perfeitamente actuais, a fazerem tempos fantásticos com Tiago Reis, Pedro Salvador, João Fonseca e outros pilotos… Mas na Rampa Histórica do Caramulo fazemos esse mix. Temos automóveis dos anos 20 a 2013. Procuramos ter carros que respeitem ao máximo a sua originalidade, que tenham o máximo possível de palmarés, de pedigree e que sejam o mais originalmente preparados e desenhados para competição, de modo a que o público reconheça nos participantes e nos seus veículos uma proposta de alta categoria, de grande interesse. Temos ainda nomes como
Rodrigo Gallego, Ernesto Neves e muitos outros. Para concluirmos, quantas pessoas espera ter este ano?
O que temos constatado nos últimos anos é a consolidação deste evento. O Caramulo Motorfestival vai para a sua 8ª edição. Quem vem já há muito marcou na agenda. É difícil haver pessoas que não o conheçam. Ao fim de 8 anos já toda a gente ouviu falar do Caramulo Motorfestival. Já estabilizámos. Ninguém o pode ignorar. As campanhas de divulgação que fazemos são em meios especializados e generalistas. Mesmo as pessoas arredadas deste meio têm dele conhecimento, já ouviram falar. Estamos numa fase de maturidade em que o número já estabilizou nestes dois últimos anos e nós perspectivamos que se mantenha. Vai ser então mais um sucesso?
Claro. Para darmos um salto no número de visitantes necessitaríamos de aumentar o investimento no evento e conseguir cativar outro tipo de concorrentes mais internacionais, ter uma produção maior no evento… mas isso acarretaria um custo que nesta fase é impossível de angariar. O número está estabilizado e nós te-
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mos feito constantemente pequenos investimentos na produção e melhoria do evento, decorrentes do que vamos percepcionando e da nossa capacidade de investir. Fazemo-lo pouco a pouco, devagarinho, de uma forma consolidada, assertiva, sem falhas e sem riscos. Não podemos correr o risco de ter um resultado negativo na exploração do evento. Não teríamos capacidade, nas nossas estruturas, de aguentar com esse embate. Tem que ser tudo feito com os pés bem assentes no chão e todos anos, ir melhorando, melhorando, melhorando… Essa é a nossa perspectiva. Se pudéssemos fazer uma comparação entre a 1ª e esta 8ª edição, iríamos ver que em termos de produção de evento, do acautelar do conforto dos visitantes, de criar novas zonas de recepção de público, de atentar nos pormenores que fazem a diferença, descobríamos que conseguimos que o visitante tenha uma experiência personalizada, enriquecedora e que saia daqui satisfeito e contente com o que viu e que tenha usufruído dessa experiência confortavelmente. Temos acautelada a qualidade dos serviços, segurança, etc. É pois uma diferença abissal, brus-
ca, grande, a existente entre a edição 1 e esta 8ª edição. Esta diferença é uma “escada” feita ao longo de 8 anos. Sempre a melhorar. Sempre a reinvestir com novidades todos os anos. E este ano não é excepção, mas confirmação. Os fardos de palha, o pacote clássicos, uma credencial que pode ser adquirida e dá acesso a duas zonas de acesso limitado. O evento é aberto a toda a gente. Todos podem ver tudo. Não temos bilheteira nem acessos controlados. Temos apenas dois pontos de acesso controlado onde o visitante pode encontrar mais algum conforto e que é impossível de disponibilizar para 30 mil pessoas, havendo essa diferenciação da credencial, que pode ser adquirida no próprio dia do evento e permite descontos no Museu, possibilidade de adquirir refeições no espaço do Claustro do Museu por um preço mais reduzido. No parque de pré-partida vamos acabar com o gradeamento metálico por acharmos que é demasiado frio e dá uma ideia de contenção. Queremos uma estrutura mais soft e vamos substituí-lo por um gradeamento de madeira branca tipicamente americana… são pormenores que marcam a diferença…
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região Opinião
Mangualde em festa
Notas do Pastor
Certame∑ Decorrem de 31 a 5 de setembro as Festas da Cidade e de 7 a 8 de setembro a Festa da Senhora do Castelo
DR
A tradição volta a cumprir-se na cidade de Mangualde e de sábado, dia 31, a 8 de setembro, as ruas enchem-se de visitantes para mais uma edição das Festas da Cidade e da Festa da Senhora do Castelo. Durante os vários dias de certame são muitas as iniciativas que se dividem por vários locais da cidade, desde o largo Dr. Couto, largo do Rossio, Estádio Municipal, Livebeach e Senhora do Castelo. As Festas da Cidade, que abrem estes oito dias de festividades, decorre de sábado, dia 31, a quinta-feira, dia 5. Do programa fazem parte várias atividades, nomeadamente a mostra de produtos regionais, que decorre durante todo o primeiro dia de certame, no Largo Dr. Couto e que tem como objetivos a valorização, a promoção e o escoamento dos produtos da região. Ainda durante o dia de sábado os visitantes têm a possibilidade de assistir ao desfile de Bandas Filarmónicas (pelas 14h00 no Largo Dr. Couto), ao IV Torneio Jovem Internacional de Xadrez (14h30 no Largo do Ros-
A Esperam-se milhares de visitantes nos oito dias das festas tradicionais sio), ao jogo de futebol de veteranos (no Estádio Municipal, pelas 16h30), à atuação do grupo “TGV”, (no Largo Dr. Couto, pelas 21h30) e a muitas outras atividades. Para o segundo dia, domingo, está agendado um Encontro de Folclore, o tão conhecido Festival das Sopas e a animação do grupo de concertinas “Os Lusitanos” e do grupo “AS BAND”, tudo no Largo Dr. Couto. O grupo “Função Públika” sobe ao palco do largo Dr. Couto, segunda-feira, dia 2, pelas 21h30. Terça-feira, de destacar
INCENDIÁRIOS
Viseu. A Polícia Judiciária (PJ) deteve na última semana, no distrito de Viseu oito homens, suspeitos de atearem fogos em diversos concelhos. No dia 20 de agosto foi detido um homem de 26 anos suspeito de ter ateado um incêndio florestal em Vouzela. Dois dias depois, a PJ deteve o presumível autor de dois crimes de incêndio florestal, ocorridos na noite de 20 de agosto, na localidade de Garrucha, Tondela.
a noite de magia, pelas 21h30. Já na quarta-feira, as atenções viram-se para o Warm up 20º Mngualde HardmetalFest, com a participação das bandas “Enchantya” e “Processing Cut Model”. A iniciativa decorre na Livebeach, pelas 21h30. Para o último dia de festas, quinta-feira, o largo Dr. Couto “veste-se” a rigor para o MangualdeFashion, que decorre pelas 21h30. No programa da Festa da Senhora do Castelo, que decorre nos dias 7 e 8 de setembro, sábado e domingo, destaca-se a pro-
Na sexta-feira, dia 23, a PJ deteve um homem de 44 anos (agricultor) e outro de 33 anos (militar) alegadamente, autores de vários crimes de incêndio florestal, ocorridos recentemente no concelho de Mangualde em que arderam dezenas de hectares de mato e floresta. Na passada segunda-feira, dia 26 foram detidos mais dois suspeitos de atearem fogos em Cinfães e Lamego. Já na terça-feira, a diretoria do Centro da PJ anunciou ter detido um jo-
cissão de velas a partir da Capela de Nossa Senhora da Conceição (sábado pelas 20h30), a atuação da escola de ballet e dança infantil de Mangualde (sábado pelas 21h30) e do grupo musical “Kayene Show” (pelas 21h30). Domingo, a manhã fica reservada para as atividades religiosas (das 9h00 às 11h00 as confissões no Santuário e pelas 11h00 a missa campal). Pelas 15h00, a tarde é de folclore e a encerrar o certame, pelas 21h00, atua o grupo musical “3ª Geração”. Micaela Costa
vem de 19 anos como presumível autor de um incêndio, ocorrido na tarde do dia 26, na localidade de Vila Pouca, Santa Comba Dão e um outro de 23 anos em Resende. No corrente ano e até ao fecho da edição do Jornal do Centro (dia 27) a Judiciária procedeu no país à identificação e detenção de 44 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal. Todas as detenções têm sido efetuadas com a colaboração da GNR. EA
1. Em férias, o Pastor nunca pode esquecer nem abandonar a sua Diocese nem as suas preocupações pastorais, centradas na vida das pessoas e das comunidades que lhe estão confiadas. Assim, neste Verão tão longo e com tão intenso calor, são os fogos e os acidentes das viagens de férias, as notícias que, por vezes, constituem os principais destaques e preocupações: nas comunidades e nas famílias que têm pessoas em viagem e haveres em perigo. Nestes últimos dias, os fogos em diversos lugares da Diocese de Viseu têm sido notícias diárias, ao longo de semanas e, por vezes, com trágicas consequências. Estão, nestas últimas, os acidentes que vitimaram uma Senhora bombeira que faleceu na Serra do Caramulo e um acidente que causou ferimentos graves no Senhor Presidente da Junta de freguesia de Queirã. Alguns outros acidentes e, igualmente, com alguns feridos. Como cristão e bispo de Viseu, rezo pela paz e descanso, no Senhor Jesus, da falecida bombeira – Ana Rita Pereira, de Alcabideche. Rezo, também, pelos seus familiares. Igualmente rezo pelas rápidas melhoras do Senhor Presidente da Junta de freguesia de Queirã, uma das vítimas do fogo na nossa região e diocese de Viseu e, igualmente, pelas rápidas melhoras
INCÊNDIO
Tondela. A vereadora da Câmara de Tondela, Carla Pires prevê que tenha ardido uma área superior a 1500 hectares no concelho, na sequênci a do s doi s i ncêndios que lavraram durante quatro dias na Serra do Caramulo, que atingiram os concelhos de Tondela e Vouzela e onde morreram dois bombeiros. Um dos incêndios começou em Silvares
Bispo Ilídio Leandro
de todas as outras pessoas feridas. 2. Também em férias, muitos dos nossos migrantes vão e vêm, visitando os seus familiares e gozando alguns dias de merecido descanso, nas suas terras de origem e junto das suas famílias e dos seus amigos. A todos – aos que regressam aos trabalhos e aos que vêm ou vão para gozar as merecidas, justas e necessárias férias – quero desejar um bom período de descanso junto dos seus familiares e, reiniciando o trabalho, um bom ano. Saúde, paz, alegria e trabalho desejo a todos – condições para uma sã esperança na construção de uma vida pessoal e familiar. 3. Neste e em qualquer ano – quem são os culpados dos fogos? Não, esta (acusação) não é a via certa para resolver os problemas – tantos e tão graves – que eles causam. Há muitos responsáveis e importa apurar essas responsabilidades. Porém, as diversas vias – educativa, formativa, recreativa e fruitiva – vendo as florestas como um bem a preparar, a estimar e a prevenir e olhandoas como dons da criação para todos, são as vias que alterarão procedimentos e olhares interesseiros e vingativos.
(Tondela) e o outro em Nogueira (Vouzela). As autoridades chegaram me smo a pen s a r que ambos se tivessem “tocado”, o que não chegou a acontecer. Para Carla Pires, os dados avançados são “números estimados muito por alto”, adiantando que só na próxima semana haverá valores concretos sobre a área a rdida daquele que é c o n s id e r a d o u m d o s maiores incêndios do país este verão. EA
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Opinião
Micaela Costa
Aquacultura
A Pedro Adão, José António Jesus, Carla Pires e Celícia Fragoso na apresentação do programa
Ficton aproxima-se Tondela∑ Cartaz da edição deste ano aposta nos artistas nacionais A 21ª edição da Ficton - Feira Industrial e Comercial do concelho de Tondela - decorre de 13 a 16 de setembro. Para este ano esperamse cerca de 50 mil visitantes, número que o vice-presidente, José António Jesus, adiantou aos jornalistas na apresentação pública, de uma das principais feiras do distrito. Div u lga r “as potencialidades económicas, culturais e sociais do município” é o grande ob-
jetivo da Ficton, que conta este ano com mais de uma centena de expositores: 80 são instituições e empresas, com stand no pavilhão, vários stands das associações e freguesias e ainda as tão conhecidas tasquinhas. O cartaz da 21ª edição “é uma aposta em artistas portugueses”, adiantou José António Jesus. Emanuel (dia 13), Amor Electro (dia 14), The Gift e Samuel Úria (dia 15) e Orquestra Arminium e
Hi-Fi (dia 16), são alguns dos artistas que sobem ao palco da Ficton. Tondela será ainda “um palco que chegará a todo o mundo”, como afirmou o vice-presidente, uma vez que no dia 15, o Ficton vai ser transmitida em direto na SIC, com o programa “Portugal em Festa”. Como já vem sendo hábito vários recordes são batidos durante a transmissão do referido programa e para Tondela está lançado o desafio
para o maior número de frangos assados. A abertura oficial da feira, na noite de dia 13, fica a cargo de Pedro Saraiva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro. Berta Cabral, secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional (dia 15) e Miguel Macedo, ministro da Administração Interna (dia 16), são outras das personalidades que marcam presença na feira. Micaela Costa
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Micaela Costa
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Hélder Amaral, candidato à Câmara de Viseu, pelo CDS-PP, Fernando Figueiredo cabeça de lista à Assembleia Municipal, Jorge Azevedo, candidato à União das Freguesias de Viseu, Joana Lemos, Vítor Duarte e Elsa Lemos, também candidatos aos três órgãos autárquicos, visitaram no dia 23 de agosto, as instalações do Jornal do Centro. A visita integrou-se num conjunto de contactos com os vários órgãos de comunicação social do concelho. Em conversa com o diretor, Paulo Neto, os candidatos sublinharam a importância que os meios de comunicação social têm na economia local. Hélder Amaral afirmou que “esta visita não é para pedir nada”: “Queremos demonstrar o respeito que temos pelo trabalho de divulgação do distrito”. MC
O crescimento da população mundial demanda uma oferta de alimentos em maior quantidade e qualidade. Os recursos naturais escasseiam e não são capazes de responder à actual procura. Neste sentido, a FAO defende como indispensável e sustentável o desenvolvimento de sistemas alternativos à actual produção. O sector da pesca espelha este fenómeno. Nos últimos 40 anos, o consumo de peixe aumentou 70%. Portugal sustenta o terceiro lugar no seu consumo e a aquacultura é já responsável por metade do peixe e marisco produzido a nível mundial. O peixe foi a última das espécies a ser domesticada pelo Homem. Em 2011, a produção nacional em aquacultura atingiu as 10 mil toneladas e movimentou 68.200 mil euros. A taxa de crescimento da actividade a nível nacional é de 2 dígitos (+11.5% em relação a 2010). A aquacultura em água salgada é o modo mais utilizado, sendo ainda possível criar trutas em águas doces. O regime intensivo desenvolve-se em tanques em terra, junto à costa. Em Portugal, o regime semi-intensivo é responsável por 50% da produção de dourada, robalo e pregado. As rias Formosa, do Alvor e de Aveiro são os locais eleitos e possuem inigualáveis condições naturais para o seu desenvolvimento. A prática em offshore (plataformas em alto mar) é também uma realidade em crescendo. O sistema semi-intensivo, desenvolvido em grandes estruturas naturais (tanques), permite obter um peixe de elevada qualidade em função das densidades utilizadas, da constante renovação de água e da correcta dosagem da alimentação fornecida. O consumo de pescado de aquacultura encontrase no entanto imbuído de alguma desconfiança por parte do consumidor que ignora os requisitos indispensáveis à sua produção. Um dos factores mais controlados e de maior impacto é a alimentação facultada aos peixes. O tipo de alimento fornecido encontra-se devidamente controlado e rastreado e os vulgares antibióticos utilizados
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
como promotores de crescimento foram erradicados em 2006. Os estudos desenvolvidos desde 2001 pela DECO atestam e certificam a excelente qualidade do pescado produzido. Os peixes oriundos da aquacultura nacional possuem uma quantidade acrescida de Ómega 3 (ácidos gordos polinsaturados), facto muito apreciado em termos nutricionais e até à data não foram detectados vestígios de promotores de crescimento. Assim, se produzimos um bem de elevada qualidade, se existem investidores nacionais com vontade de abraçar a actividade, se o sistema se encontra controlado, se possuímos uma costa e estuários propícios à actividade, se temos conhecimento na área, como é que só produzimos 10 mil toneladas enquanto Espanha vai já nas 230 mil? Vários constrangimentos têm inibido o crescimento da actividade até à data. As licenças de exploração, sempre de carácter provisório, duram apenas 10 anos. Em Espanha são de 30 anos e pretende-se passar para os 65 anos. O pedido de licenciamento industrial arrasta-se entre infindáveis pareceres (6 anos). Por outro lado, a lei que regulamenta o ordenamento territorial e costeiro encontra-se em “banho-maria” nos espaços onde é possível instalar as unidades. Pese embora todas as limitações, existem investimentos que são um sucesso, ou não. Em Mira, em terrenos da rede natura, a Pescanova instalou uma unidade para criar pregado (7 mil toneladas/ano), num investimento de 140 milhões de euros. Portugal entrou com 40 milhões. Em 2 anos todo o processo estava concluído (2007-2009). A unidade produz actualmente apenas 3 mil toneladas e a empresa atravessa graves problemas financeiros, tendo já despedido muito dos colaboradores. Os desejados postos de trabalho já eram. Assim, muito está por fazer a vários níveis.
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REGIÃO 15
29 | agosto | 2013
Turismo Centro de Portugal com novos órgãos sociais
DR
O distrito de Viseu ∑ tem três representantes, um dos quais na Comissão Executiva, Jorge Loureiro
A Tomada de posse dos orgãos sociais Decorreu no passado dia 23 a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Turismo Centro de Portugal, nas instalações do Teatro da Vista Alegre, em Ílhavo. A cerimónia foi presidida pelo Senhor Secretário de Estado do Turismo – Adolfo Mesquita Nunes. Pedro Machado, anterior presidente da TCP, renova a liderança da instituição, agora num modelo territorial alargado a 100 municípios e por um período de cinco Publicidade
anos. Com uma estratégia assente em 6 grandes eixos (Sustentabilidade e Coesão Territorial | Desenvolvimento e Qualificação da Oferta/Produtos | Empreendedorismo, Inovação e Diferenciação | Internacionalização e Dinamização dos Mercados E x ter nos | Marketing, Promoção e Comercialização | Investigação, Desenvolvimento e Formação), e perante uma plateia com empresários e autarcas vindos de todo o território regional, o presi-
dente da TCP destacou o crescimento que o sector turístico tem tido na região Centro (aumento das dormidas em mais de 7%) ao longo dos últimos quatro anos, assim como, a importância da coesão territorial e da cooperação institucional e empresarial para o aumento da competitividade e do crescimento da economia. Tendo sido mandatário da candidatura o Comendador Mário Pereira Gonçalves, tem na Mesa da Assembleia , como
presidente Joaqu i m Moräo, presidente da Câmara de Castelo Branco e como secretário Joäo Paulo Barbosa de Melo, presidente da Câmara de Coimbra. A Comissâo Executiva é presidida por Pedro Manuel Monteiro Machado e constituída pelos seguintes membros: José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Ílhavo e actual candidato a Aveiro, Paulo Homem Fonseca, presidente da Câmara de Ourém (Fátima), Jorge Lourei-
ro, pela AHRESP e Paulo Jorge Marques Inácio presidente da Câmara de Alcobaça. O Conselho de Marketing é integrado por Adriano Azevedo (ATP) ; Alexandre losé Marto Pereira (Fátima Hotels); Antonio Luís Vaz da Veiga Camöes ( I M B H o t e l s /A H P) ; Iosé Arimateia (Visabeira Turismo); Paulo Alexandre Bernardo Fernandes (ADXISTUR) ; Pedro Cunha Rosa Costa Ferreira (APAVT) e Telmo Henrique Cor-
reia Daniel Faria (Rio do Prado). É fundamental a representação do distrito de Viseu com Jorge Loureiro, Adriano Azevedo e José Arimateia, neste órgão agora potenciado com a passagem de 48 para 100 municípios. De notar ainda a ausência da Câmara de Viseu que não se fez representar na eleição, nem por Fernando Ruas, nem por nenhum vereador em sua delegação. PN
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16 REGIÃO | TONDELA - SERNANCELHE
29 | agosto | 2013
Carlos Marta foi nomeado por Marques Guedes
presidente da Fundação do Desporto
Paulo Neto
Carlos Marta, presidente da Câmara Municipal de Tondela e da Comunidade Intermunicipal Viseu, Dão-Lafões foi nomeado presidente da Fundação do Desporto uma fundação privada, com utilidade pública que se destina a promover e apoiar o Desporto, em particular o da Alta Competição. Tem um parceiro público, o Estado, parceiros institucionais como o Comité Olímpico de Portugal e Municípios, parceiros privados (GALP, EDP, Central de Cervejas, RTP, entre outros). Funciona em Lisboa e era liderada por Luís Santos, antigo Presidente da Federação Portuguesa de
A Carlos Marta novo Presidente da Fundação do Desporto
Andebol. A Fundação de Desporto irá também no futuro coordenar todos os Centros de Alto Rendimento (CAR) em Portugal. Existem neste momento 9 Centros – Viana do Castelo, Anadia, Montemor-o-Velho, Rio Maior, Golegã, Peniche, Caldas da Rainha, Tomar, Jamor/ Oeiras e Vila Real de Santo António. A tomada de posse foi na 4ª feira, em Lisboa, na Secretaria de Estado do Desporto e Juventude, tendo o convite para presidir à Fundação sidofeito pelo Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, que tutela o Desporto, Marques Guedes. PN
Pedro Morgado
Sernancelhe apoia Carlos Silva
A Milhares de pessoas presentes no Expo Salão para apoiar Carlos Silva Carlos Silva, candidato do Partido Social Democrata (PSD) à autarquia de Sernancelhe, recebeu no passado domingo um apoio incontestável de milhares de sernancelhenses durante a sessão de apresentação das listas à Câmara, à Assembleia Municipal e às assembleias de Freguesia do concelho. Nesta enorme ação de campanha em que os candidatos se perfilaram para o sprint final na corrida autárquica nas “Terras do Demo”, Carlos Silva contou com a presença e o apoio dos sociais-democratas Hermínio Loureiro,
José Mário Cardoso, José Laranja Pardal, Joaquim Seixas e o presidente da distrital laranja, Mota Faria. O autarca de Oliveira de Azeméis e ex-presidente da Liga de Clubes de Futebol, Hermínio Loureiro, não faltou à “chamada” e enalteceu a coragem do jovem, ao qual se referiu como “o homem certo” para liderar os destinos do concelho nos próximos quatro anos “Vim a Sernancelhe por duas razões essenciais: pela proximidade, pelas minhas ligações familiares a esta terra e, acima de
tudo, por acreditar no projeto liderado pelo Carlos Silva. Este é um jovem com muita experiência que é merecedor de todo este apoio”, salientou. Já Carlos Silva, encontrou uma resposta simples para a enorme adesão popular que arrastou para o Expo Salão todo o concelho: o facto de o seu projeto ser “indelevelmente um trabalho de continuidade” que procura dar “seguimento a todo o trabalho feito” nos últimos anos pelo autarca José Mário Cardoso, que cessa funções depois das autárquicas de 29 de setembro. PM
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economia Consultório Jurídico
Festival das Águas” lança linha de dermocosmética
O processo de actualização de rendas para contratos de arrendamento habitacionais celebrados antes de 15 de Novembro de 1990
Advogado
Datas ∑ Decorre de 5 a 8 de setembro e une o espetáculo musical com as potencialidades da água termal
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O processo de actualização de rendas para contratos de arrendamento habitacionais celebrados antes de 15 de Novembro de 1990 Neste espaço do Jornal do Centro vamos abordar uma parte do processo de actualização das rendas (só para contratos habitacionais celebrados antes de 15 de Novembro de 1990) que tem fundamento legal no Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU). No entanto, não deixamos de aqui sublinhar a importância de recorrer à consulta de um profissional do foro, o Advogado, tendo sempre presente que cada caso tem as suas especificidades. Uma das dúvidas que mais têm sido suscitadas no nosso escritório tem que ver com a actualização das rendas quando estamos perante um inquilino que tem idade igual ou superior a 65 anos. Imaginemos o seguinte caso: o senhorio comunica
Micaela Costa
A
Adriano Azevedo, presidente do conselho de administração da Termalistur de dermocosmética” e, mover o maior destipor outro, “terem sido no turístico termal do as suas qualidades (físi- país enquanto destino ca, química e terapêuti- de grande concentração ca) que transformaram de termalistas naquilo as Termas de S. Pedro que é a componente do do Sul no que são hoje”, termalismo clássico ou acrescentou. terapêutico, mas também “Entre 2013 e final de hoje em dia com uma 2014 a Termalistur vai percentagem muito acenlançar três linhas distin- tuada na componente de tas de produtos de der- saúde e bem-estar”. mocosmética. Haverá Adriano Azevedo gauma quarta linha numa rantiu ainda que o Fesfase posterior, já em 2015, tival das Águas se repara homem”, afirmou alizará novamente no Adriano Azevedo. próximo ano. Micaela Costa Com este festival, a Termalistur “não pretende mais do que pro-
DR
O “Fe st iva l da s Águas”, evento que decorre de 5 a 8 de setembro é o “palco” do lançamento da primeira linha de dermocosmética criada a partir das águas das Termas de São Pedro do Sul. A Termalistur, empresa municipal que gere as Termas de S. Pedro do Sul, anunciou na segunda-feira, dia 26, que durante quatro dias o festival vai promover as potencialidades das suas águas, num certame que vai receber artistas do mundo da música e até da magia. O rio Vouga é o local escolhido para os espetáculos musicais, que se realizam num palco flutuante. Shou (dia 6), André Sardet (dia 7) e Luís de Matos (dia 8), são alguns dos convidados do “único evento dedicado às águas termais no nosso país”, explicou Adriano Azevedo, presidente do conselho de administração da Termalistur. A realização do festival deve-se ao facto de, por um lado, a água ser o que “dá origem aos produtos
Pedro Ruas
por correio registado com A/R ao inquilino o novo valor da renda, o tipo e a duração do contrato, o valor da habitação avaliada pelas finanças e ainda uma cópia da caderneta predial urbana. Neste caso, o senhorio indica ao inquilino que o valor patrimonial fixado pelas Finanças é de 40.000 euros e que pretende fazer uma actualização da renda para 222 euros (1/15 do valor patrimonial). O inquilino tem 70 anos e o rendimento anual do seu agregado familiar (RABC) é de 6300 euros, o que corresponde a um rendimento mensal de 450 euros. Por regra, se o inquilino não concordar e porque tem mais de 65 anos, o senhorio não pode obrigar o inquilino a abandonar a habitação, pois o contrato mantém-se em vigor, podendo haver apenas uma actualização do valor da renda. Qual a actualização máxima que pode ser efectuada neste caso?
Considerando os rendimentos do agregado familiar, o valor de renda máximo que o senhorio pode aplicar é 10% do RABC (uma declaração que deve ser requerida junto das Finanças para fazer prova perante o senhorio), ou seja, 45 euros que se mantém fixo durante o período de 5 anos (mas muita atenção, o comprovativo do RABC deve ser remetido todos os anos ao senhorio no mesmo mês em que foi alegado e deve ser igualmente acompanhado pelo comprovativo da idade). Caso o valor actual da renda seja superior, mantém-se a mesmo valor. No fim deste período de 5 anos, a lei estabelece que o inquilino pode ter uma protecção social, designadamente através de subsídio de renda, de habitação social ou de mercado social de arrendamento, nos termos e condições a estabelecer em lei própria.
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18 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
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Penalva do Castelo mostrou os seus vinhos Vinho∑ Concelho com a maior produção na região promoveu os seus vinhos O município de Penalva do Castelo levou a cabo, no passado sábado, a XII Prova Técnica de Vinhos, na qual procurou mostrar alguns dos mais apreciados e medalhados néctares produzidos nesta região de excelência do Vinho do Dão. Foram 12 os vinhos objeto de prova e de apreciação neste evento que procurou divulgar melhor o fruto do trabalho dos produtores engarrafadores do concelho. A Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, a Casa da Ínsua, a Quinta do Serrado, a Adega da Corga e a Quinta da Vegia foram os produtores escolhidos para a ação realizada em dois momentos distintos: no
hotel de charme Casa da Ínsua e na Adega Cooperativa de Penalva do Castelo. “É isto que temos vindo a fazer de há 12 anos a esta parte e que, penso, tem alcançado algum êxito. É hoje necessário reforçar a fileira dos vinhos, é necessário darlhe uma nova dinâmica para que se consiga fazer com que os vinhos de Penalva acompanhem a recuperação fantástica que foi feita nas vinhas”, referiu Leonidio Monteiro, presidente da autarquia. Para o autarca, ações como a prova técnica desempenham hoje um papel fundamental no aumento da “produção e na colocação dos vinhos no mercado” e no
apoio aos pequenos vitivinicultores quando a vitivinicultura é cada vez mais um elemento primordial no desenvolvimento do concelho. “Nós temos de facto apoiado os pequenos agricultores e esta realização é a prova de que procuramos apoiar, incentivar os produtores de vinho, apoiar todos aqueles que se dedicam à vinha e aos produtos vitivinícolas. É esse o nosso objetivo e é essa a nossa obrigação também. Agora, realço, que o trabalho não tem sido fácil e é um trabalho que temos que ir desenvolvendo ao longo do tempo e eu estou certo que isso irá continuar a ser feito uma vez que ainda há pouco tempo a Adega Cooperati-
AEm Penalva prova-se a excelência do Dão va que representa muitos pequenos produtores fez um investimento significativo, naturalmente para a melhoria das condições de trabalho, para a melhoria da qualidade do vinho”, salientou
Leonídio Monteiro entendeu ainda realçar a importância da Casa da Ínsua para a economia de toda uma região. “A existência da Casa da Ínsua tem desenvolvido extraordina ria-
mente o turismo aqui e m Pe n a lva e n a r e gião. Este espaço conseguiu, sobretudo, dar uma vertente turística e atual a um espaço tradicionalmente agrícola”, frisou.
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1R GLD 29 de setembro, GHFLGH VH R IXWXUR GD 9DL ¿FDU GH 9 DL ¿ ¿FDU G GH E UDoRV EUDoRV FFUX]DGRV" UX]DG GRV"
1mR ¿TXH GH EUDoRV FUX]DGRV 1mR GHL[H TXH RV RXWURV HVFROKDP SRU VL Tome uma atitude. Vote.
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educação&ciĂŞncia ColĂŠgio da Via Sacra defende contratos de associação Objetivo ∑ Para o responsĂĄvel da instituição, garantem “a liberdade de aprender e de ensinarâ€? Depois de, no dia 1 de agosto, o Sindicato dos Professores da RegiĂŁo Centro (SPRC), ter “apontado o dedoâ€? aos contratos de associação nos colĂŠgios privados (que permitem o funcionamentodeturmasnasinstituiçþesprivadas pagasintegralmente pelo Estado), foi a vez de um dos colĂŠgios privados deViseu,oColĂŠgiodaViaSacra, defender a continuidade dos referidos contratos. Para Paulo Machado, diretor adjunto do colĂŠgio, os contratos de associação (de que usufruem desde 1998) nĂŁo sĂŁo um “ataque Ă escola pĂşblicaâ€?, como o SPRC afirmou, mas sim “a garan-
tia de um princĂpio que estĂĄ na constituição, a liberdade de aprender e a liberdade de ensinar. Os pais tĂŞm o direito de escolher o ensino que querem dar aos filhos. E os contratos de associação sĂŁo uma forma de qualquer pessoa frequentar a instituição que quiserâ€?. Paulo Machado, demonstrou ainda o desagrado pelas vĂĄrias afirmaçþes referidas pelo SPRC. “Ao contrĂĄrio do que foi referido pelo SPRC, a instituição de ensino tem apenas 16 turmas (do 5Âş ao 9Âş ano) e nĂŁo 19. TambĂŠm o custo por cada turma diz nĂŁo estĂĄ correto. “Ao contrĂĄrio do que afir-
maram, o valor de que dispomos ĂŠ de 85.288 euros e nĂŁo 85.280 eurosâ€?. “E devemos sublinhar que mantivemos as turmas mas vamos ter um corte de cinco %, jĂĄ a partir de janeiroâ€? Quanto ao custo por turma, de 70 mil euros, no setor pĂşblico, Paulo Machado lança um desafio. “Deem 70 mil euros a cada uma das escolas de Viseu e do paĂs. Uma coisa ĂŠ certa, o Estado vai poupar muito dinheiro, mas por outro lado as escolas vĂŁo entrar em derrapagemâ€?. Paulo Machado explicou ainda que “quando o estado atribui o financiamento para as 16 turmas,
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esse valor ĂŠ para muito mais do que isso. É para pagar a professores, limpezas, luz, ĂĄgua e investimento. No caso do setor pĂşblico os 70 mil euros sĂŁo sĂł para as turmas, as restantes despesas sĂŁo asseguradas de outra formaâ€?. O responsĂĄvel pelo ColĂŠgio da Via Sacra, a funcionar desde 1908, terminou dizendo que “isto ĂŠ uma questĂŁo que nĂŁo se prende com a qualidade de ensino, mas com quem ĂŠ dono ou nĂŁo. Quando na verdade o que deveria interessar era a qualidade de ensinoâ€?. Micaela Costa
Autarquia assume refeiçþes escolares As crianças matriculadas no PrĂŠ-Escolar e 1Âş Ciclo do concelho de MortĂĄgua - um universo de 392 alunos- vĂŁo continuar a beneficiar de refeiçþes escolares gratuitas, no prĂłximo ano letivo. A medida assumida pela Câmara de MortĂĄgua ĂŠ baseada em polĂticas sociais de “grande preocupação no apoio Ă s famĂlias, com crianças e jovens em idade escolarâ€?. â€œĂ‰ uma medida de apoio Ă s famĂlias, como tantas outras que temos mantido, e que nĂŁo ĂŠ motivada essencialmente por razĂľes sociais, mas sim como um investimento na educação e no melhor futuro para os nossos filhos e netosâ€?, justifica o presidente da Câmara Municipal, Afonso Abrantes, ao lembrar que
o apoio ĂŠ para todas as crianças, independentemente da situação econĂłmica do respetivo agregado familiar. “SĂŁo medidas que podemos tomar, porque fizemos sempre uma gestĂŁo muito rigorosa e eficaz dos recursos, temos uma situação financeira que permite ao municĂpio dar este apoio e aliviar esses encargos sobre as famĂlias. Portanto, estamos a cumprir aquilo que consideramos ser uma obrigação do municĂpio, porque a nossa prioridade fundamental sĂŁo as pessoasâ€?, acrescenta o autarca As refeiçþes escolares sĂŁo gratuitas em MortĂĄgua desde 2011, abrangendo todo o PrĂŠ- Escolar e 1Âş Ciclo do Ensino BĂĄsico. EA
Informe Informe-se sobre o seu número eleitor e o seu local de de eleit recenseamento: recense ‡ (QYLH XP ‡ (QYLH XP SMS gratuito para 3838, FRP D PHQVDJHP 5( HVSDoR Q~PHUR GR FRP D PHQ &DUWmR GH &LGDGmR RX %LOKHWH GH ,GHQWLGDGH &DUWmR GH HVSDoR GDWD GH QDVFLPHQWR DQR PrV GLD
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especial
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Regresso às aulas
textos ∑ Micaela Costa
Com o novo ano letivo à porta, pais e encarregados de educação, apressam-se a ultimar os preparativos para que os mais novos comecem em grande mais um ano recheado de aprendizagens. Livros, cadernos, canetas, lápis, mochila, roupas, nada pode faltar na lista de compras.
O regresso às aulas está aí! D e a c o rd o c o m u m estudo do Observador C e t e l e m (q u e i n q u i r iu p e s s o a s e n t r e o s 18 e 65 a nos, residentes em Por t uga l continental, num total de 60 0 ent rev ista s tele fónicas, durante o mês de junho), as famílias por tug uesas vão gastar em média 525 euros com o regresso às aulas, um valor superior ao do ano passado (507 euros). Uma em cada quatro fa m í l i a s (2 8%) prevê gastar entre 250 e 500 euros. Já 17% da população i rá tenta r fa zer face à s ne ce ssid ade s com um orçamento de
250 euros. Com gastos m a i s e le v a d o s s u r ge u m g r upo de 1 4% dos i nqui ridos, que pelas contas pensa gastar mais de 750 euros. No mesmo inquérito, foi ainda questionado qua nto pretendem os
pa i s ga st a r sem a n a lmente com os alunos. Comparativamente ao ano anterior, o estudo concluiu que as famílias vão gastar menos din heiro, passam de uma média semanal de 23 euros para 18 euros
Poupar no material e não no ensino No que toca à educação as famílias tendem a não olhar a custos, pois o importante é dar o melhor aos seus educandos. Contudo, há sempre forma de poupar algum, sem reduzir na qualidade quer de material, quer de acompanhamento ao longo do ano. O material em segunda mão é um dos exemplos que ajuda a carteira e não retira qualidade de ensino aos alunos. No estudo do Observador Cetelem, esta é uma opção que tem vindo a ganhar
cada vez mais adeptos. Em 2012, foram apenas 29% das famílias e, no ano anterior, a percentagem era de 24%. Este ano, uma em cada três famílias tenta poupar no momento de adquirir os manuais: 22% dos inquiridos pedem emprestado a amigos ou familiares e 19% compram em segunda mão (um total de 42%). No entanto, nem sempre é possível encontrar todos os manuais necessários e, por isso, as famílias acabam por ter de
os comprar em falta. Resultado: 94% das famílias terá de comprar livros novos.
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REGRESSO ÀS AULAS | ESPECIAL 21
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Comprar online
Dicas para o ajudar a poupar: 1- Poupe ao longo do tempo. Planeie com antecedência os gastos extraordinários, reservando dinheiro para os mesmos. Desta forma, quando chegar a esta época, não terá de perder tempo a pensar no assunto.
As tradicionais papela rias ou as gra ndes superfícies co merciais continuam a ser o espaço de eleição para as compras escolares. No e n t a n to , a i n t e r n e t começa a ganhar terreno na hora dos enc a r re g a do s de e du cação escol herem o local onde vão fazer as suas compras. No estudo do Cetelem, em 2011 , 7% das fa m í l i a s f i z era m a s suas compras na internet, em 2012 já for a m 8% e , e ste a no, 1 2 % deverão con se g u i r adqu i r i r o m a-
2- Compare preços antes de comprar. A oferta no mercado é variada, assim como os preços. Faça uma lista do material que precisa e verifique os preços. 3- Compre livros online. Os manuais escolares são a despesa mais cara nesta altura. Por isso, muitas editoras fazem descontos para quem compra os livros online. 4- Compre o material escolar por fases. Para gerir melhor o orçamento familiar, opte por fazer as compras por fases. Numa primeira fase dê prioridade ao material indispensável. Ou seja, não é necessário comprar tudo no início do ano, aliás, muitos cadernos podem ser comprados no mês seguinte. Pode evitar assim fazer compras de impulso, que também são um erro frequente nesta altura do ano.
“Regresso às Aulas em Segurança” O Ministério da Economia não quis deixar de dar uma ajuda às famílias portuguesas e lanPublicidade
çou um guia com dicas sobre como poupa r,ou sobre os d i reitos dos pa is n a hora de compra r m a-
terial. O guia “Regresso às Aulas em Seg u ra nça”, pode ser consultado no site da direção-geral do
c o n s u m id o r (D G C) e d a A sso ci aç ão Portuguesa de Empresas de Distribuição (A PE D). Publicidade
terial sem ter de sair de casa . No caso em que o e st ud a nte é o inquirido, a opção pel a compra on l i ne tem mais expressão: e s te a n o 3 0 % d e ve rão fazer as compras em frente ao comput ador.
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22 ESPECIAL | REGRESSO ÀS AULAS
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Planear um bom regresso às aulas Se para os mais novos o começo do ano letivo pode ser uma verdadeira animação, para os mais adultos é muitas vezes uma verdadeira dor de cabeça. Deixamos-lhe algumas dicas para que não entre em pânico! Adaptação à rotina Uma das coisas que mais custa, tanto a pais como a filhos, é ter que acordar mais cedo para conseguir ter tudo pronto e chegar às aulas a tempo. Para começar mesmo bem, coloquem o despertador para uns 10 minutos mais cedo de forma a entrar melhor neste período
de adaptação. Uma semana antes de as aulas começarem, comece a deitar os miúdos mais cedo para que se vão habituando a acordar mais cedo também. Estabelecer horários para o dia de escola, trabalhos de casa, TV, banhos e deitar. Colocar um calendário familiar numa área comum, como a cozinha por exemplo, onde cada um possa escrever as suas atividades. Mentalização Se os vossos filhos vão mudar de escola ou não gostam muito de a frequentar, é sempre bom ter antecipadamente uma conversa positiva sobre os amigos, as brincadeiras e tudo o que poderão aprender. Tudo para que eles vejam a escola de forma otimista.
Organização
Aproveitem o ritmo mais lento antes do início do ano letivo para se organizarem: Se já têm documentos da escola para preencher, agora é uma ótima altura para tratar disso Tenha os boletins das vacinas à mão. O melhor é mesmo passar para o computador todos os documentos importantes. Depois é só imprimir quando for preciso. Se já tiver acesso ao horário de todo o ano, aproveite para assinalar na agenda
quando são as férias escolares e datas festivas. A estratégia de deixar tudo preparado à noite para no dia seguinte ser mais fácil é ótima. Escolha as roupas e deixe a mochila preparada para o dia seguinte. Compras Comprar o material escolar antes do início do ano letivo – geralmente as escolas entregam listas. Compre também etiquetas para marcar o material com o nome das crianças. É sempre uma ótima ideia comprar as roupas que já sabem que vão precisar para o próximo Outono/Inverno. O melhor é aproveitar o período de férias para arrumar os armários dos filhos e pôr de parte tudo o que já não cabe ou
está estragado. Ao reduzir a desordem, será mais fácil selecionar as roupas. Dê o que já não precisa a instituições ou conhecidos. Roupa de escola – se usam bibes ou fardas, compre com antecedência e marque as peças com o nome. Alimentação saudável Se tem de fazer o almoço ou a merenda organize com antecedência um plano com ideias saudáveis para levar para a escola. Com planeamento, compras e um esforço extra na cozinha ao fim-de-semana, tudo se vai tornar mais fácil. Algumas ideias rápidas e
criativas para tornar a merenda escolar saudável e divertida: Para as crianças mais novas, use formas de biscoitos para fazer sanduíches engraçadas Corte legumes como pepino ou cenoura Coloque fruta na merenda escola, peras, maçãs, mora ngos, ent re outras. Pode optar pela peça de fruta inteira ou de forma divertida, cortada e colocada como se fosse uma espetada. Os filhos mais velhos já podem ajudar a embalar os seus almoços. Planear todas as refeições, incluindo os jantares, ajuda a evitar idas desnecessárias ao supermercado.
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desporto Futebol
Académico vence duelo 2 LIga Cabovisão ∑ Academistas somam três pontos frente ao Tondela A 4ª jornada da Liga 2 Cabovisão ficou marcada pelo derby do distrito de Viseu, entre Académico e Tondela. Saiu vencedora a equipa da casa, ao derrotar os tondelenses por duas bolas a uma. O Académico, somou assim a primeira vitória no campeonato (recordese que garantiu um ponto na jornada passada e nas duas primeira não pontuou) enquanto o Tondela averbou a segunda derrota, consecutiva, depois de duas vitórias no arranque do campeonato, a Sporting de Braga B e Marítimo B.
O estádio do Fontelo, foi o palco do tão aguardado embate entre duas equipas vizinhas e rivais, que só voltam a encontrar-se, em jogo da segunda volta, em Tondela, na 25ª jornada, a 19 de janeiro, isto se entretanto o sorteio da Taça de Portugal não “emparelhar” as duas equipas. Com os três pontos, o Académico subiu à 14ª posição, com quatro pontos, e tem agora pela frente, domingo, dia 1, a formação do Covilhã. Os serranos, orientados por Francisco Chaló, já esta época venceram em Tondela, e recebem o Académico ins-
talados no 8º lugar, mãos apenas mais dois pontos que os viseenses, depois de vitórias frente ao Braga B e Tondela e com desaires com Moreirense e Marítimo B. Já a equipa de Vítor Paneira, também no domingo, recebe em casa o União da Madeira, equipa do ex -Académico de Viseu, Calico, Os tondelenses ocupam a 9ª posição, com seis pontos, e têm pela frente o 7º classificado, equipa que empatou com o Moreirense, perdeu frente ao Braga B e venceu o Santa Clara e o Desportivo das Aves. Micaela Costa
A Tondela e Académico jogam domingo a 5ª jornada Publicidade
Futsal
ABC Nelas prepara nova época A equipa de futsal do ABC de Nelas, já está a preparar a época, para a participação na série B do Campeonato Nacional da 3ª Divisão. Em comunicado, a direção do clube garante um plantel que mantém “a aposta na formação do clube, bem como de jovens jogadores do concelho e da região, polvilhada com alguns jogadores mais experientes”. No comunicado, pode ler-se ainda que, para esta época, a equipa vai lutar “pelos lugares cimeiros” que asseguram a permanência nos nacionais da época seguinte. A equipa técnica continua a ser liderada por Augusto Assunção, sendo ainda constituída por Marito (treinador adjunto) e Bruno Peixoto (treinador de guarda-redes). Augusto Assunção vai ainda exercer a função de diretor técnico de
todo o Futsal do ABC de Nelas, desde os Petizes até aos Seniores. O Plantel está quase def inido, havendo no entanto um ou dois lugares por definir, com jogadores que vão fazer a pré-época, estando ainda prevista a entrada de mais um guardaredes. A equipa diretiva é constituída por Carlos Jorge Matias (diretor desportivo da secção de futsal competição do ABC de Nelas), Hugo Moura (diretor desportivo adjunto da secção de futsal competição do ABC de Nelas), Bruno Almeida (diretor equipa sénior/delegado aos jogos) e João Reis (diretor equipa júnior/apoio equipa sénior). A estrutura médica é coordenada pelo médico do clube, Dr. Jorge Alves (Médico do Clube), e o acompanhamento e cuidados de saúde e fisioterapia estão a cargo da Dr.ª Ma-
ria Ferreira (Fisioterapeuta/Clínica Fisioterapia Planycorpo). MC Plantel: Rafa – Ala (ABC de Nelas) Edú – A la (A BC de Nelas) R icardin ho – A la (ABC de Nelas) Mário Faria – Fixo/Ala (ABC de Nelas) Rodrigo Santos “Popa” – Ala (ABC de Nelas, Júnior de 2º ano) Gonçalo Sobral – Fixo (ABC de Nelas, Júnior de 1º ano) Berto – Universal – (ex-Viseu 2001) Pedro – Ala – (ex-Casa Benfica Castro Daire) Luís Vaz – Guarda-Redes (ex-Viseu 2001) Fabin ho – Fixo/A la (ex-Prodeco) Cruz – Pivot – 20 anos (ex-Viseu 2001) Russo – Universal (exMiro)
24 DESPORTO | Futebol P J 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3
V 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0
E 1 1 1 0 2 1 1 0 0 0 0 2 2 1 1 1 2 2 2 2 1 1
D 0 0 0 1 0 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2
GMGS 4 0 6 3 12 2 4 7 5 3 6 2 4 3 6 4 6 7 4 4 4 4 7 5 2 3 3 5 3 4 4 5 2 4 5 8 2 6 0 4 1 3 1 5
Futebol - Campeonato Nacional de Seniores
Cinfães e Lusitano entram com o pé direito Começou no passado domingo, dia 25 , o novo Ca mp e on ato Nacional de Seniores. A jogar em casa, as equipas do distrito de Viseu, Cinfães e Lusitano, que fazem parte da série D, estrearamse em grande. Arrecadaram os três pontos nu ma entrada com o pé direito na competição. O Cinfães, que vem de vá r i a s ép o c a s n a II Div isão Naciona l, venceu por duas bolas a zero o Cesarense, formação de Aveiro, Os golos, surgira m aos m i nutos 2 7 e 43 , com assinatura do reforço Vieirinha, jogador que há duas épocas jogava no Tondela e foi na temporada passada o goleador do
4ª Jornada Atlético CP UD Oliveirense Chaves Feirense Sporting B Farense U. Madeira Ac. Viseu Sp. Covilhã Benfica B FC Porto B
0-0 0-3 1-0 0-1 1-0 0-0 1-1 2-1 2-0 3-0 0-0
Beira-Mar Leixões Marítimo B Santa Clara Trofense Desp. Aves Moreirense Tondela SC Braga B Portimonense Penafiel
5ª Jornada -
Desp. Aves Marítimo B SC Braga B Penafiel Leixões Portimonense Trofense Moreirense Tondela Sp. Covilhã Santa Clara
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FC Porto B Feirense Chaves Benfica B Sporting B Atlético CP Beira-Mar Oliveirense U. Madeira Ac. Viseu Farense
Felgueiras, com 14 golos, e de Hélio, um dos que se mantiveram no c l u b e d o pl a n t e l d a época passada. De regresso aos ca mpeon atos n acio na is de futebol, passados 18 anos, o Lusita no ta mbém ga ra ntiu os três pontos na 1ª jor n ada , com u m a vitória por três a um, frente à formação do Bustelo. Foi na sequência de u m ca nto batido por Johnny (ex-Académico de Viseu) que Belo cabeceou pa ra o primeiro golo do encont ro, a ci nco m i nutos do f i na l da pri mei ra pa r te . O s t ra mbelos saíram para o intervalo a vencer por 1-0. Viria o Bustelo a assinalar a igualdade, aos 66
Lusitano FC (facebook )
2 Liga Cabovisão 1 Penafiel 10 2 FC Porto B 10 3 Moreirense 10 4 Chaves 9 5 Atlético CP 8 6 Leixões 7 7 U. Madeira 7 8 Sp. Covilhã 6 9 Tondela 6 10Sporting B 6 11 SC Braga B 6 12Benfica B 5 13Desp. Aves 5 14Ac. Viseu 4 15Marítimo B 4 16Portimonense 4 17Trofense 2 18Beira-Mar 2 19Feirense 2 20Farense 2 21Santa Clara 1 22Oliveirense 1
Jornal do Centro
A
Depois de vencerem a 1ª jornada, os trambelos voltam a jogar dia 8 de setembro (frente ao São João de Ver) assim como o Cinfães (frente ao Lus. Lourosa) minutos, na marcação de uma grande penalidade. Ma rcelo, não facilitou e bateu Guilherme Maló. Poucos m i nutos depois (74’) Joh n ny volta a colo car a formação de Vildemoinhos na frente, com Álvaro, de penálti, a fechar o marcador para o Lusitano aos 88
minutos. A 2 ª jor n ad a jo g a s e a p e n a s n o pr óx i mo dia 8 de setembro, com o Cinf ães em Lourosa a defronta r o Lusitâ n ia (que venceu o Sporting de Espinho por 0-1 , na 1ª jornada) e o Lusitano a viaja r até São João de Ver (terreno onde
na passada época o Académ ico de Viseu garantiu a subida aos ca mpeonatos prof issionais de futebol). O São João de Ver, venceu o Esta rreja na 1ª jornada, com o mesmo resultado que o Lusitano (1-3). Micaela Costa
Futebol - Taça de Portugal
Castro Daire e Sampedrense vão a jogo na 1ª eliminatória Camp. Nacional de Seniores - Serie D 1 Lusitano 2 S. João Ver 3 Cinfães 4 Anadia 5 Lus. Lourosa 6 AD Grijó 7 Sp. Espinho 8 Bustelo 9 Estarreja 10 Cesarense
P 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0
J 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
V 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0
E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1
GMGS 3 1 3 1 2 0 3 2 1 0 2 3 0 1 1 3 1 3 0 2
A 1ª eliminatória da Taça de Portugal, jogase este domingo, pelas 16h00. Das seis equipas do distrito de Viseu, que mar-
cam presença na prova, Castro Daire e Sampedrense são as únicas que disputam esta eliminatória inicial. Recorde-se que o Lusitano e Cinfães fica-
ram isentos e automaticamente apurados para a 2ª Eliminatória, enquanto Académico de Viseu e Tondela só marcam presença na Taça de Portu-
gal numa fase mais adiantada. Castro Daire e Sampedrense têm pela frente duas equipas fortes. A equipa do Norte do distri-
to vai jogar a Fátima (equipa que marca presença no Campeonato Nacional de Seniores) e a formação de São Pedro do Sul, vai a Sacavém. MC
Bustelo S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa
2ª Jornada Bustelo S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa
-
-
Sp. Espinho Lusitano Estarreja Anadia Cinfães
Micaela Costa
3-1 1-3 3-2 2-0 0-1
Micaela Costa
1ª Jornada Lusitano Estarreja Anadia Cinfães Sp. Espinho
No passado sábado, dia 23, o pavilhão do Inatel, em Viseu, foi palco das Supertaças de Andebol. Na Supertaça feminina saiu vencedora, pela 15ª vez, a formação da Madeira Sad (28-25), frente à Alavarium. No masculino, foi o Sporting quem levou para a capital portuguesa a taça, depois de ter vencido o campeão nacional, Porto, por 33-32.
BTT - Maratona | DESPORTO 25
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
BTT
www.alldaypalace.pt.
São Pedro do Sul invadido por bicicletas
Decorre este fim-desemana, dias 31 de agosto e 1 de setembro, o evento All Day Palace. Durante 24 horas, São Pedro do Sul, vau ser capital do BTT, onde são esperados muitos concorrentes para este evento que, das 12h00 de sábado às 12hoo de domingo, vão percorrer um percurso de 5,22 km, em circuito fechado. Está garantida, entre outros, a presença de Nuno Matos, que participou na edição deste ano da Volta a Portugal e Tiago Ferreita, campeão nacional de maratonas. Com a organização da Fundação INATEL, das termas de São Pedro do Sul e do Palace Hotel, esta é uma iniciativa que
pretende reunir os entusiastas do desporto, quer do BTT, quer de outras modalidades que vão também ser praticadas ao longo do evento. Isto porque a organização, para além das 24 horas BTT, disponibiliza ainda, de forma gratuita, atividades como canoagem, um torneio de jiu-jitsu, slide/rappel, torneio de basquetebol, torneio de ténis e aulas de cycling. Na noite de sábado, a organização está preparar uma festa convívio, aberta a toda a comunidade, que terá início pelas 22h00, no Campo de Gerós. Mais informações em www.alldaypalace.pt. MC
Atletismo
“Os Ribeirinhos organizam 33ª Meia Maratona
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Nos seus 19 anos de existência, a ADD – Associação de Desenvolvimento do Dão, sempre se assumiu como agente activo na promoção e no desenvolvimento rural integrado e auto-sustentado da sua zona de intervenção, que inclui os concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão. Pela sua natureza de associação de direito privado sem fins lucrativos e pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido em prol do desenvolvimento local, foi-lhe concedido, desde 2001, o estatuto de Entidade de Utilidade Pública. Tem como missão a melhoria da qualidade de vida das suas populações e a criação de condições para fixação das famílias nas localidades de origem, quer através da recuperação patrimonial, criação de infra-estruturas de apoio à família, quer através da promoção da criação do próprio emprego e infra-estruturas de comunicação, no sentido da construção de uma imagem actual, positiva e atractiva de pertença ao mundo rural. Nesse mesmo sentido, paralelamente, a Associação tem apoiado a criação e modernização de micro e pequenas empresas, fomentado o auto-emprego, perseverando, sempre que possível, no uso dos produtos endógenos e recursos naturais nos quais estes concelhos são ricos. A renovação do tecido empresarial com estruturas mais pequenas e, por consequência mais flexíveis, está a apresentar-se como uma resposta positiva aos novos desafios impostos por uma crescente crise económica. A ADD para cumprir o seu objectivo global desenvolveu um conjunto diversificado de competências para as populações locais, tais como: desenvolvimento de estratégias de acção, divulgação e informação de ajudas ao desenvolvimento local, sensibilização e dinamização/animação do território, formação e aquisição de competências em diversas áreas, empreendedorismo feminino, gestão e execução de programas. Este modelo de actuação construído pelos actores locais e o uso de uma abordagem territorial ascendente e participativa permitiu à ADD, ter o reconhecimento do seu valor, por parte dos seus parceiros e das instituições locais, regionais e nacionais, enquanto agente catalisador da mudança de condições de vida e de construtor de uma nova imagem do mundo rural. Do trabalho desenvolvido realçam-se algumas intervenções, que deram um contributo para a sustentabilidade e competitividade dos territórios, em diversos eixos: Formação: toda a formação desenvolvida teve em conta as necessidades existentes criando respostas direccionadas e adaptadas ao público em causa. Assim: •Escolas-Oficina, no âmbito das artes tradicionais da região, direccionadas para desempregados de longa duração, com baixa escolaridade. •Programa FORAL destinada a funcionários da administração local, dando respostas às lacunas sentidas dentro de cada sector dos municípios. •NOW (New Opportunities for Women) e o MULHER+, especificamente ligados à problemática do desemprego feminino e igualdade de género no acesso ao trabalho. •63 Acções de Sensibilização Florestal, no âmbito da Medida 6 do PAMAF, destinadas aos agricultores e produtores florestais e foram frequentadas por mais de 1700 pessoas. TIC - Tecnologias de Informação e Conhecimento: •RDIS – PME’s do Dão (1994-1996), em parceria com o CET de Aveiro, consistiu no desenvolvimento de Catálogos Electrónicos para diversas PME da zona de intervenção da ADD; •WOLF - Internet and WWW Opportunities in Less Favoured Regions (1995-1998), foi um projecto-piloto a nível europeu, co-financiado pelo FEDER, para a promoção e comercialização de produtos através do desenvolvimento de sites para PMEs na Grécia, Itália, Espanha, Alemanha, Irlanda e Portugal. O projecto teve como responsável nacional a PT, através do CET de Aveiro, tendo a ADD sido a entidade responsável, a nível europeu, pela gestão financeira. •Informática Infantil (1997-2000) – em colaboração com o CESAE e Câmaras Municipais. Teve como objectivo, envolver crianças e professores de 60 escolas do 1º ciclo e infantários, para o uso da informática. Gestão de Programas de Desenvolvimento Local: •Centro Rural Alto Dão (1998-2003) integrado nos Programas IDL/PPDR foram apoiados 24 projectos públicos e privados e ainda a publicação de um Roteiro intitulado “...Na Alma de Um Povo”. •Acção 7 AGRIS – Planos de Intervenção (2002-2008) – Acção 7 – Valorização do Ambiente e do Património Rural; Subacção 7.1 – Recuperação e Valorização do Património, da Paisagem e dos Núcleos Populacionais em Meio Rural. Estes Planos de Intervenção para várias freguesias, permitiram projectos de requalificação de espaços públicos, recuperação de construções rurais de traça tradicional e preservação e valorização paisagística dos espaços rurais. •Acção 8 AGRIS – Plano de Acção (2004-2006) – Ovinicultura para a Produção de Queijo - Com este projecto pretendeu-se principalmente, promover e valorizar a ovinicultura e a produção do Queijo Serra da Estrela. •LEADER: a ADD desde 1996 foi a entidade reconhecida para gerir, a nível local e no território onde intervém, o Programa LEADER nas suas diferentes fases: •PIC LEADER II (1996-2001) – convencionado pelo montante de 3.421.753,57€. O financiamento previsto permitiu a implementação de 88 projectos num montante total de 4.600.797,00€. •PIC LEADER + (2002-2007) - o Leader + foi convencionado em de 3.300.000,00€ e permitiu, a aprovação de cerca de 100 projectos, no Vector 1 e Vector 2, com um investimento total superior a 5.300.000,00€.
DR
•LEADER/PRODER (2007-2013) – O LEADER/PRODER iniciou a sua real execução nos finais de 2009
Decor re no próx imo dia 8 de setembro, a 33ª Meia Maratona de Viseu. O evento, mais uma vez, é organizado pelo grupo desportivo “Os Ribeirinhos”, com partida marcada para as 10h00. A prova de estrada, com os pouco mais que 21 quilómetros desta distância, vai ter um percurso quase inteiramente plano. Ao mesmo tempo, com uma extensão de 6 mil metros, decorrem a
Mini Maratona e Caminhada. A 33ª Meia Maratona de Viseu vai ter início na Feira de São Mateus, com sete escalões no sexo masculino e um escalão único no que respeita ao sexo feminino e é indicada para todos os interessados com idade a partir dos 20 anos. As inscrições são feitas exclusivamente online, no site da organização, até segunda-feira, dia 2.
decorrente de um complexo processo de adjudicação do Eixo 3 aos GAL. Com um orçamento, até à data, disponível 7.319.504,22€ de despesa pública, prevê-se que até ao final do programa em Dezembro de 2013, seja possível aprovar investimentos num montante superior a 13 milhões de euros. No período de concursos entre 2009 e 2012 foram aprovados 102 pedidos de apoio, num montante total de investimento de 10.917.352,58€ e com um apoio público directo de 6.858.720,52€. Estes 102 projectos criarão cerca 200 postos de trabalho. No primeiro trimestre de 2013 o GAL/ADD abriu concursos às acções 3.1.2, 3.1.3, 3.2.1 e 3.2.2, tendo recepcionado 54 pedidos de apoio com um investimento previsto de 5.271.584,86€, prevendo-se a criação de 87 postos de trabalho. Estes PA estão em processo de selecção. Num período de profunda crise económica o LEADER/PRODER apresenta-se como uma ferramenta fundamental na sustentabilidade das economias rurais derivado, em grande parte, pela adequação da metodologia à realidade do território, bem como da proximidade e assistência da Equipa Técnica Local aos potenciais promotores (agricultores, cooperativas, IPSS´S, autarquias locais, microempresas, associações, etc.), havendo um acompanhamento desde a ideia à concretização do projecto. Para mais informações contacte a ADD em www.add.pt e pelo telefone 232642632.
D Festival de Música Moderna de Lamego
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culturas expos
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
TRC ZuigurFest 2013 regressa a Lamego com música moderna, esta sexta-feira e sábado. Memória de Peixe, os Loosers e os Ermo são as três bandas em palco. O festival vai funcionar no Teatro Ribeiro Conceição e na Rua da Olaria.
Arcas da memória
Destaque
SINOS DE ALDEIA. O TOQUE A REBATE
VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes
Até 3o de agosto, a exposiçãode fotografia, “Rios de
OLIVEIRA DE FRADES ∑ Museu Municipal Até 31 de agosto, a exposi-
Emília Amaral
Vida”, de João Cosme.
ção ““Um Rio Com Vida”
que resulta de um conjunto de trabalhos realizados por diversas escolas de cinco municípios.
Bárbara Guimarães lança livro em Viseu Mote ∑ “Mais do que um livro de entrevistas é um livro de conversas soltas”
VISEU Bárbara Guimarães reuniu admiradores e alguns amigos mais próximos de Viseu, na FNAC do Palácio do Gelo, na tarde de domingo, dia 25, para dar a conhecer o seu primeiro livro, Páginas do Páginas Soltas, com testemunhos de 30 personalidades que passaram pelo seu programa Páginas Soltas, da SIC Notícias. Ao longo de quatro anos, Barbara Guimarães conversou com grandes escritores, pintores, músicos, atores, jornalistas... O programa permitiu transpor o conceito para livro onde estão relatadas conversas com José Saramago, Bernardo Sasseti, Graça Morais, Ricardo Pais, José
Hermano Saraiva e muitos outros. Tal como aconteceu durante o programa, a apresentação em Viseu desenrolou-se à volta de uma conversa informal entre Barbara Guimarães, o jornalista, Clemente Pais da Silva e o público que assistia à apresentação, em que as frases soltas da autora, as perguntas do público e as notas do jornalista deram a conhecer o Páginas do Páginas Soltas. “Mais do que um livro de entrevistas é um livro de conversas soltas”, adiantou Bárbara Guimarães ao reconhecer que “é uma biblioteca ambulante”. Ao longo das 252 páginas, são sugeridas perto de 60
obras, propostas por convidados que levou ao programa e em que a única exigência feita era que levassem um livro de que tivessem gostado. A conversa com José Saramago dá o mote à obra. Para Bárbara Guimarães é uma entrevista de uma simplicidade extrema mas recorda outras conversas como a de Eduardo Prado Coelho a falar da sua receita de marmelada, o bom momento que Ricardo Pais proporcionou ao levar o livro Feiticeiro de Oz de onde saía um castelo para ser visto a três dimensões e o encenador colocou os óculos próprios em pleno programa, entre muitas outras. Emília Amaral
VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h00,16h30, 18h50 Fuga do Planeta Terra 2D VP (M6)
Elysium (CB) (Digital)
00h15* Mestres da ilusão (M12) (Digital)
Mortais – A Cidade dos Ossos (M12) (Digital)
Sessões diárias às 21h20, 00h10 ( 6ª e Sáb.) Dá & Leva (M16)
Sessões diárias às 21h10, 23h50* Wolverine (M12)
Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h00 Aviões VP (M6) (Digital)
Sessões diárias às 14h10, 16h50, 19h20, 21h50, 00h20 Kick – Ass 2 - Agora é a Doer (M16) (Digital)
∑ Galeria de Exposições do IPDJ
De 2 a 27 de setembro, exposição de pintura de
Daniel Barreiros “Metamorphósis”. SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até 31 de agosto mostra de artesanato (tapeçaria, arraiolos, madeira, rendas de bilros, cestaria e artesanato urbano), de vários artesãos do concelho de Sátão.
roteiro cinemas
Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h30, 00h10*
Sessões diárias às 13h30, 15h55, 18h10 Gru o maldisposto 2 2D (M6) (Digital)
Sessões diárias às 21h40,
Sessões diárias às 14h30, 17h00, 19h10, 22h00, 00h30* A Gaiola Dourada (M12) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 19h00 (exceto à 5ª feira), 21h00 One Direction - This Is Us (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 21h10, 23h50 Os Instrumentos
Sessões diárias às 14h20, 16h50, 19h20, 21h50, 00h20 RPG (M16) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h45, 21h30, 00h15 Jobs (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h10 (dom), 14h00, 16h35, 19h10, 21h40, 00h10 Trip de Família (M16) (Digital)
Nestes calamitosos tempos em que a tragédia dos incêndios destrói o singular rosto deste belo país que reconhecemos como pátria, desfeiteia a paisagem das aldeias, consome habitações e o granjeio de uma vida, martiriza o animoso corpo de bombeiros que heroicamente combate, desgastado, o danoso flagelo, arriscando vidas, e algumas se perderam já, arriscando integridade, e a de tantos já foi tocada, ao ouvir o aflitivo som das sirenes, eu recordo o inquietante badalar dos sinos da torre da igreja da minha aldeia que a voz do povo que ali aprendi chamava de “toque a rebate”. Que os sinos da aldeia tinham muitas vozes, tinham todas as vozes do povo, feitas vida. Badalar de domingo, toques festivos, convidando paraamissadaalegremanhã. João da Adélia, a gente sabia que era ele o sineiro. E os “toques de rezar”, a devoção da Tia Leonor, mal desperta a madrugada, e ao cair da noite, osilêncioquesefazia,orações balbuciadas, a bênção pedida aospais,àmadrinha.Eanoite de Natal prolongada e o contínuo badalar durante a procissão da Santa Luzia. E os sinos quetocavamumtriste“toque de dobrar” sempre que um freguêsmorria,somalegrese era um “anjinho” que partia, emvãotentandodarânimoà mãe que ficava desolada. E o chamar do povo quando os gados, pelo S. João, vinham
Sessões diárias às 11h10 (dom), 14h30, 16h45, 18h50 Aviões VP (M6) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
ao Adro para fazer a romaria, quando ali se construía o tabuado do “leilão”, quando se elegia o cargo de “louvado”, quando eram horas de as mulheres levarem o “jantar” que ao meio-dia estava ganho pelos cavadores e no Verão pelos ceifeiros. Como eu me lembro do toque dos sinos da minha aldeia!... Que do “toque a rebate” também me lembro. Rarasvezesaconteceu.Incêndio que se acendera na morada de um vizinho, que todos eram vizinhos, na aldeia, da MoitadistanteaoBalcãoAlto ou à Rua do Cieiro. Lembrome das mulheres que carregavam baldes de água. E nunca eu esqueci nem o aflitivo badalar do sino, nem os gestos das mulheres nem, nessas horas, a solidária aflição de minha mãe. Que me lembre nunca eu vi incêndio em pinhal, nenhum rolheiro de pão alguma vez ardeu, nem palheirolevantadonodesvão das eiras. Na minha aldeia cheia de gente hoje quase não mora ninguém. Já não há medas de pão. Apagaram-se os fornos que gastavam lenha. Os giestais já cobrem os caminhos. E às vezes acontece que arde um pinheiral. Não tocaram sinos “a rebate”. Tocam, depois, “a dobrar”, no nosso coração!...
Estreia da semana
Sessões diárias às 11h00 (dom), 13h30, 16h00, 18h30 (5ª feira) Os Smurfs 2 (M6) Sessões diárias às 11h20 (dom), 14h10, 16h25, 18h45, 21h20, 23h45 A Gaiola Dourada (M12) (Digital 3D) Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado
RPG (novo filme português) Steve Battier, um multimilionário idoso e com uma doença terminal, aceita a proposta de uma empresa – RPG. A troco de um elevado valor monetário oferece a clientes a possibilidade de voltarem a ser jovens...
Jornal do Centro 29 | agosto | 2013
culturas
D Exposição mostra 60 anos do Museu do Caramulo
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Como forma de celebrar os seus 60 anos, o Museu do Caramulo tem patente uma exposição de fotografia na Fnac Viseu. No mesmo espaço pode ser apreciada uma moto Peugeot de 1927. Esta mostra pretende ainda assinalar mais uma edição do Motorfestival.
O som e a fúria
Destaque
Maria da Graça Canto Moniz
Emília Amaral
E o disco do verão é…
A Márcia leite, Liliana Rodrigues, Joana Sevivas, Ana Morgado, Maria Aguiar e Tânia Catarino na interpretação
“Teatro de Fachada” abriu as janelas manuelinas de Viseu Zunzum ∑ Conceito produzido em especial para cenários urbanos e rurais A adesão do público à estreia de “Teatro de Fachada” surpreendeu até os autores da nova criação da associação Zunzum. Na sexta-feira à noite, ao longo de cerca de uma hora, o público entrou numa viagem ao passado e foi convidado a conhecer janelas manuelinas da cidade de Viseu. Em jeito de cortejo, o espetáculo começou na Rua D. Duarte, naquela que é conhecida como a mais formosa janela de Viseu aberta no século XVI no edifício onde se pensa que pode ter nas-
cido o rei D. Duarte. Deslocou-se depois à Rua da Nossa Senhora da Boa Morte, desceu à Rua Direita e voltou a subir para terminar na Rua Escura. Um conceito produzido em especial para as fachadas dos edifícios, cenários urbanos e rurais, com o objetivo de recuperar o passado e refletir sobre o presente, em que, nesta primeira abordagem, João Sevivas escreveu os primeiros textos pensados para algumas janelas da cidade de Viseu. “Janelas como abertura
para o mundo, como marca de uma época, de classes, de géneros, de famílias. A condição da mulher. Anseios, sonhos, liberdades”, adiantou a Zunzum na nota de apresentação do projeto, que convidou as pessoas a “caminharem nas ruas históricas da cidade” durante 60 minutos para melhor conhecerem o centro histórico de Viseu. Com textos de João Sevivas, “Teatro de Fachada” tem encenação de André Cardoso e Teatro Onomatopeia, músi-
ca da Fanfarra Zunzum e interpretação de Márcia leite, Liliana Rodrigues, Joana Sevivas, Ana Morgado, Maria Aguiar e Tânia Catarino. O espetáculo integrouse na programação dos “palcos livres”, que decorre às sextas-feiras e aos sábados à noite, até 7 de setembro. Uma proposta de animação do centro histórico de Viseu em complemento da Feira de S. Mateus, com a assinatura da Zunzum.
Em Santa Comba Dão está a decorrer até 7 de setembro o Festival das Artes, apadrinhado este ano pela atriz Lídia Franco. O encontro oferece espetáculos de teatro, música,
dança, exposições e tertúlias, ateliês e oficinas de formação artística para todas as idades. Para hoje e amanhã está agendada a Oficina de Dramaturgia com Norberto Ávila, às
15h00, na Casa dos Arcos. No sábado destaque para o espetáculo “FUGA” do Teatro Experimental de Intervenção de Alvarim , às 21h00, na Casa da Cultura. EA
Emília Amaral
Artes
Festival das Artes de Santa Comba Dão
Nem sempre gostei de música soul ou de R&B mas tudo mudou quando conheci a Amy Winehouse. Foi o meu Pai quem me apresentou o vozeirão (“uma tipa estupenda”, segundo ele) que cantava “Back to Black”, “Love is a Losing Game”, …. Enfim, sou estupidamente lamechas no que toca a Winehouse pelo que me vou conter. De qualquer forma, Amy morreu, é certo, mas o momento presente é um dos mais ricos da história do R&B, periferia e vizinhos. Quem? Bem, a dupla britânica AlunaGeorge esclarece qualquer dúvida a priori. Mais? Miguel e Frank Ocean (imperdível o segundo) e as mais recentes (e eloquentes) expressões pop que Justin Timberla ke encont rou . Mas a lista não termina aqui: James Blake e os Disclosure vieram estimular as ligações do R&B com a música de dança. Mas voltando ao busílis do meu texto, durante o último ano e meio, Aluna Francis e George Reid foram conquistando território e liderança nos tops com singles como “White Noise”, “Attracting Flies”, “You Know
You Like It” ou “Your Drums, Your Love”. Quem acompanha este trajecto não será surpreendido por “Body Music”. E ainda bem. É um primeiro álbum que tem a simplicidade da música que chega directamente aos corações e que é partilhada pela cabeça; é pop inteligente que mexe com o corpo sem exigir uma pista mas que se adapta a qualquer horário do dia. As referências da dupla passam por Flying Lotus, Timabaland e Neptunes numa mescla de possibilidade electrónicas e escolas R&B. O resultado? Um conjunto magnífico de canções. Com álbuns destes não me venham dizer que a evolução musical está estagnada! O disco é sobretudo um manifesto de diversidade da música pop e que revela a abertura deste género musical a novos desafios e rumos. Um álbum pop é isto: directo, objectivo, homogéneo. “Body Music” é tudo isso. Será este o disco do verão? Os AlunaGeorge, que tocaram na última edição do Optimus A live, volta m a 25 de Novembro para um concerto no Lux, em Lisboa.
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João, Aderente
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especial
Feira de São Mateus 2013 Domingo é dia da criança
Expensive Soul e Kika animam fim-de-semana Agenda∑ Ricardo Azevedo também marca presença no domingo Demo e New Max, os vocalistas de uma das bandas mais conhecidas do público jovem português, sobem ao palco da Feira de São Mateus sábado, dia 31. Os Expensive Soul, banda que nasce em 1999, mas que só em 2004 lançam o primeiro álbum (B.I.), prometem não deixar ninguém indiferente com os ritmos do r’n’b, soul, funk, hip hop e reggae. “O amor é mágico”, “Eu
não sei”, ou o mais recente single “Cupido”, são algumas das músicas que vão fazer parte do reportório da banda portuguesa. Os Expensive Soul e a sua banda Jaguar Band, atuam pelas 22h00, no palco principal. Domingo, a a nimação fica a cargo da jovem cantora, natural do Porto, Kika. Com apenas 15 anos, é já considerada uma promessa mundial. “Guess
A Concertos decorrem no palco principal it’s alright” foi o seu primeiro single, do seu único álbum “Alive”. Kika, a artista portuguesa que canta em inglês, sobe ao palco principal pelas 21h30.
Pelas 23h00 é a vez do também cantor português, Ricardo Azevedo, autor da conhecida música “Pequeno T2”. Micaela Costa
Embora o dia da criança se comemore no dia 1 de junho, a Feira de São Mateus, integra há já vários anos, um dia especial para os mais novos, na sua progra mação. Este ano, domingo, dia 1 de setembro, foi o momento escolhido para proporcionar aos mais pequenos um dia diferente. A partir das 16h30, no Palco Luz, no espaço EDP, cantam-se histórias, com a iniciativa Cantadora D’Estórias.
A atriz Sofia Froes, a conhecida professora Rita, do bairro do Panda (programa transmitido no canal infantil Panda), promete entreter os mais novos com as histórias que traz para contar. A iniciativa repetese pelas 18h00. Ambas as sessões estão limitadas a um máximo de 30 crianças. Pelas 20h00, realizase um desfile de moda pa ra os m a is novos , intitulado “A moda não tem tamanho”. MC
Projeto viseense “Fado & Jazz” no palco principal
O quinteto de Paulo Lima, com o projeto “Fado & Jazz”, marcam presença sexta-feira, dia 31, no palco principal da Feira de São Mateus em Viseu, pelas 22h00. Fado & Jazz é um projeto musical idealizado e concretizado pelo pianista e compositor viseense, Paulo Lima. A iniciativa junta cinco
Programa Semanal De 15 a 21 de agosto
Dia 29 (Quinta-feira) 2.5€ Palco 1 (22h00) Deolinda Palco Água (23h00) 5ª do Rock: Stone Crows e Hunter’s Vault Dia 30 (Sexta-feira) Palco Luz (14h30) Atelier: Pintura (máximo 15 crianças) Dia 31 (Sábado) 2.5€ Palco Luz (16h30) Cantadora
D’Estórias (com Sofia Froes - máximo 30 crianças) (18h00) Cantadora D’Estórias (Sofia Froes máximo 30 crianças)
Palco 1
(22h00) Expensive Soul
Dia 1 (Domingo) 2,5€ Palco Luz (16h30) Cantadora D’Estórias (com a atriz Sofia Froes, a professora Rita do Bairro do Panda -
músicos com diferentes experiências, que cruzam as suas influências musicais, fazendo de cada concerto um espetáculo original. A jovem, natural de Viseu, Catarina Rocha, dá voz ao projeto. O objetivo é passar a mensagem do Fado de uma forma mais abrangente, unindo dois estilos, o fado e o jazz. MC máximo 30 crianças) (18h00) Cantadora D’Estórias (com a atriz Sofia Froes, a professora Rita do Bairro do Panda máximo 30 crianças) Palco Água (20h00) Desfile de moda: “A moda não tem tamanho”
Palco 1 (21h30)
Kika
(23h00) RicardoAzevedo
Moradia V5, Ginasio,sauna,espaços exteriores com churasqueira,pátio, jardim,terraço. Santiago 135.000,00 € Rua Eça de Queiroz, nº 12, Viseu (junto à loja do cidadão)
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Dia 2 (Segunda-Feira) Palco 1 (22h00) Banda “Soma e Segue”
Dia 27 (Terça-feira) Palco Luz (14h30) Atelier: Horta Pedagógica (máximo 15 crianças) Palco 1 (21h00) Amigos da Farra (22h30) Rancho Folcolórico de Orgens
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Palco Luz (23h00) 3ª da Luz: Bassab
Dia 28 (Quarta-feira) Palco Luz (14h30) Atelier: Pintura (máximo 15 crianças) Palco 1 (22h00) Fado a 2 Palco Luz (22h30) 4ª FNAC: O meu melro
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em foco Centenas nas festas de Penalva do Castelo
Motas invadem Viseu
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em foco Gala de andebol distingue personalidades
Publicidade
Tabuaรงo em festa
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saúde e bem-estar Caminhada em Tondela dá continuidade ao projeto “Parceiros para a Saúde” A Câmara de Tondela dá continuidade ao projeto de combate ao sedentarismo e à promoção de h ábitos de vida saudáveis no concelho, com a realização da 1ª Caminhada Labesfal - Fresenius Kabi, dia 15 de setembro, a partir das 8h00. A iniciativa integrase no projeto “Parceiros para a Saúde”, desenvolvido pelo Centro Municipal de Marcha e Corrida de Tondela (C M MC T ) “ v i s a ndo a congregação de es-
forços e capacidades que viabilizem o funcionamento dos projetos de prática de exerc íc io f í sic o a o s s e gmentos populacionais mais idosos e tendencialmente mais sedentários”, adianta numa nota à imprensa. A empresa que d á n o m e a o e ve n t o , sedeada em Santiago de Besteiros, é especializada em produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. A Labesfal - Fresenius Kabi entra nesta corrida
como forma de promover hábitos de vida saudáveis. A par da caminhada, está igualmente empenhada no desenvolvimento de “Saúde em Dia” um outro projeto autárquico em curso em Tondela. A 1ª Caminhada Labesfal - Fresenius Kabi é u m a nov idade do programa deste ano da FICTON (Feira Indust r ia l e Comercia l do concelho), que vai decorrer de 13 a 16 de setembro. À organização juntaram-se as fregue-
sias de Tondela, Nandufe, Canas de Santa Ma ria e outras instituições culturais. Os participantes irão percorrer cerca de 1 2 quilómetros. O itinerário está def inido pelas três freguesias, contemplando alguns troços de estrada e “caminhos rurais onde a paisagem e a natureza são a companhia permanente”. As inscrições decorrem até 11 de setembro. Emília Amaral
DR
Parceria∑ Labesfal - Fresenius Kabi adere à iniciativa, marcada para 15 de setembro e integrada no programa da FICTON
A Concentração marcada para as 8h00, na FICTON
Jornal do Centro
32 SAÚDE
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Lamego caminha com fins solidários Motivação ∑ 4ª Marcha e Corrida da Mulher Duriense, dia 7 de setembro, pre-
O Centro Municipal Marcha e Corrida de Lamego promove dia 7 d e s e te m b r o m a i s uma edição da Marcha e Corrida da Mul her Duriense. A iniciativa solidária pretende homenagear as mulheres do Douro ao motivá-las para a prática de atividade física de uma forma saudável. A prova tem uma distância de cinco quilómetros, sem fins competitivos, e contará com a presença de atletas de destaque do nosso país. Após o desgaste físico, os partici-
pantes têm à sua disposição o Espaço Saúde que proporcionará rastreiros de saúde gratuitos, massagens e outros exercícios. Integrada na programação das festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios, a 4ª Marcha e Corrida da Mulher Duriense inicia-se pelas 10h30, no Parque Isidoro Guedes (Alameda). Cada participante terá de paga r dois euros, sendo que metade reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo
DR
tende motivar para a prátiva de exercício físico.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro apoiada nesta ação Regional do Norte. Todas as atletas mulheres federadas e não federadas são convidadas a preencher o formulário do evento. Os homens também se podem inscrever, desde
que o façam em conjunto com um elemento feminino (criança ou adulto). A organização espera mais de um milhar de participantes. Emília Amaral
EM CASO DE INTOXICAÇÃO
808 250 143 chamada local
SOS VOZ AMIGA
800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
Tratamos-lhe da Saúde... Todos os dias!
Apresente os seus serviços aos nossos leitores
CHAMADA GRÁTIS
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SAÚDE 33
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Centro de Saúde de Moimenta da Beira com nova viatura O Centro de Saúde de Moimenta da Beira dispõe de uma nova viatura para transporte de enfermeiros e médicos nas visitas efetuadas ao domicílio de doentes acamados do concelho. A viatura especializada foi cedida pela Câmara Municipal através de um
protocolo assinado recentemente entre o presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira, e o presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte, Luís Castanheira Nunes. “Todos os cidadãos têm direito, por igual e sem
exceções, aos cuidados e prestações de saúde. É um direito constitucional. E é por isso que tomamos esta iniciativa de levar a casa dos doentes acamados, a saúde que necessitam”, argumentou José Eduardo Ferreira. EA
A partir do dia 1 de setembro, as Unidades de Saúde Familiar (USF) Grão Vasco, Infante D. Henrique, Viriato, Viseu Cidade, Lusitânia e Alves Martins com alargamento de horário durante a semana e aos sábados, vão passar a encerrar mais
cedo. As unidades que funcionavam até às 22h00 passam a fechar às 20h00 de segunda a sexta-feira e, aos sábados, deixam de estar abertas até às 17h00 para passarem e encerrar às 13h00.EA
Arquivo Jornal do Centro
USF com novo horário a partir de domingo
Opinião
Cuide da sua saúde oral! Joana Jácome Higienista Oral CMDV Fresh Up
A carie e a gengivite são evitadas se não houver a acumulação d e pl a c a b a c te r i a n a e formação de tá r taro. A forma mais ef ic a z de ev it a r a s do enças a nteriormente referidas é adota ndo uma boa higiene oral. Para tal, é necessário f a z e r f io d e n t á r i o e escovar diariamente. Em certos casos deve complementar-se com o uso de escovilhão e bochechos adequados ao problema. As escovas de dente s m a i s a c on s e l h á veis são as escovas de dureza macia a média, pa ra uma mel hor remoção da placa bacteria na e não provo -
ca r trauma gengiva l, que acontece quando se utiliza uma escova dura. A cabeça da escova deve ser pequena pois consegue atingir mais f a c i l m e n te to d a s a s áreas da boca incluindo os dentes posteriores de difícil acesso. As escovas eléctricas são uma boa alternativa , qua ndo utilizadas correctamente. Estas podem fazer um trabalho melhor na e scova gem dos dentes, pa rticula rmente para pessoas que têm dificuldades em escovar ou tenham menos destreza manual. Ambas as escov a s (c o n v e n c i o n a l
ou elé c t r ic a) devem ser t rocada s qua ndo apresentarem os f ilamentos tortos. A pasta dentífric a d e ve s e r a d a p t a da a cada caso. Actua l m e n te e x i s te u m a g ra nde va riedade de pastas dentífricas adequadas a várias situações. Ta l c o m o a p a s t a dentífrica, cada caso é um caso e existe uma grande variedade de elixires. No que di z respeito a cria nças, estas devem realizar diariamente um b o c he c ho com f lúor de forma a ev ita r a cárie dentária que preva lecem ma is em crianças.
Jornal do Centro
34 CLASSIFICADOS
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JULHO AGOSTO
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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informaçþes ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situaçþes em que a oferta de emprego publicada jå foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
Jornal do Centro
clubedoleitor
Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
CARTA DO LEITOR
HÁ UM ANO
Bom senso e eleitoralismo
EDIÇÃO 547 | 7 DE SETEMBRO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
E se a i sto se a l i a rem a s anunciadas (e prestigiadas) c a n d id a t u r a s f a l h a d a s de
trário das outras listas que fora m apresentada s , a m inha não é uma lista de apa-
b o s Vo g a i s d a C o m i s s ã o Política Distrital de Viseu; nº 5 - Guilherme Almeida e
A n a Pau la Ba r ros e Da l i la Rodrigues, torna-se por demais evidente a esmagadora
relho, lista de pessoas com um percurso essencialmen-
nº 6 – A n a Pau l a Sa nt a n a , respectivamente Presiden-
força do “aparelho” na composição das listas “ i mpos-
te vivido na política, nem é também uma lista de pesso-
te e Vice-Presidente da Com i ssão Pol ít ic a d a Secç ão
tas” a Almeida Henriques. Já q u a n to à s p e s s o a s “ à
as que se fossem eleitas teria m nessa f unção o seu 1º emprego”.
de Vi seu ; Acrescem a i nd a os nomes de dois Presidentes de Junta em f im de man-
p r o c u r a d e 1 º e m p r e g o ”, obvia mente que isso não se aplica ao PS no que ta n-
Tais afirmações, com que tenta valorizar a sua lista e desva lor i z a r a s rest a ntes , carecem de verdade e de rigor, que há que não deixa r passar em claro. Quanto a não se tratar de uma “lista de aparelho”, trata-se de uma evidente inverdade. A tít u lo de meros exem-
dato. À Assembleia Municipal: nº 1 – Mota Faria, Presidente da Comissão Política Distrital; nº 3 – Elisabete Farreca, Vogal da Comissão Política da Secção de Viseu; e nºs 4 e 5 , Manuel Teodósio Hen r ique s e Pe d ro A lve s , a mbos D ele gados ao Conselho Distrital.
ge aos luga res elegíveis da s sua s l ista s . O que é fáci l de comprova r. Seria bom que o bom s e n s o pr e v a le c e s s e s o br e o eleitora lismo e não se tenta sse vender gato por lebre . Ribeiro de Carvalho, Ca ndidato à Assembleia
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SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico
- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP
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Caramulo
A grande festa dos Clássicos
| páginas 8 e 9
∑ Novo Hospital de Lamego - Uma ansiada realidade em diferentes perspectivas
∑ “O museu do Caramulo foi dos primeiros a abrir ao público na Europa” (Tiago Patrício Gouveia)
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DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)
Ano 11 N.º 547
pág. 32 > SAÚDE pág. 34 > CLASSIFICADOS pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
| Telefone: 232 437 461
Municipal na lista do PS
LAZER
Semanário 7 a 13 de setembro de 2012
pág. 21 > ECONOMIA pág. 26 > DESPORTO pág. 29 > CULTURA Publicidade
nº 2 – Joaquim A ntónio Ferreira Seixas e nº 4 - João Pau lo L opes G ouvei a , a m-
Paulo Neto
pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > SUPLEMENTO
Nuno André Ferreira
ções menos cer tas ou pelo menos discutíveis: “Ao con-
DIRETOR
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA
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um “percurso essencialmente vivido na política” …
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Tel: 232 420 850 UM JORNAL COMPLETO
pá gi na ...
PSD: À Câmara Municipal:
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Inglês e Espanhol
Tudo, obviamente, persona lidades que não f izera m
su a
escreveu o ca nd idato do PSD à Câmara Municipal de Viseu, entre outras af irma-
plos, temos os seg ui ntes ca ndidatos nas listas do
A
Num depoimento ao “Jornal do Centro” de 15.08.2013,
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DEscreva-nos para:
29 | agosto | 2013
∑ “Estamos com a cidade rodeada de fogos o que
prova que a política florestal falhou” (Francisco Louçã) ∑ Viseu no mapa dos maiores incêndios registados este ano no país ∑ PS quis saber quem pagou Jardins Efémeros ∑ Futuro da restauração discutido em Viseu
tempo
JORNAL DO CENTRO 29 | AGOSTO | 2013
Hoje, dia 29 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 15ºC. Amanhã, 30 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 17ºC. Sábado, 31 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 17ºC. Domingo, 1 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 17ºC. Segunda, 2 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 19----ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda
O melhor do Douro volta à Festa Pombalina
Sexta, 30
Viseu ∑ A associação Zunzum promove a terceira edição de Visitas Bem Passadas, no Rossio, às 21h30. O espetáculo integra-se na iniciativa Palcos Livres.
Pesqueira ∑ Recriação histórica a partir da figura de Marquês de Pombal
Viseu ∑ Campeonato Nacional de Júniores C: Académico de Viseu Associação Desportiva Sanjoanense, às 17h00, Campo 1ª de Maio, Fontelo. Viseu ∑ Concerto de Carlos Clara Gomes, no palco das conchas (Largo da Misericórdia), às 22h30.
Domingo, 1 de setembro Viseu ∑ Encontro renault 4L, na Avenida da Europa.
Segunda, 2 de setembro Viseu ∑ Exposição “Esboços de Rua” para ver no espaço Lugar do Capitão. Mangualde ∑ Inauguração da exposição de pintura Espatulando de Nara Abrantes, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandra Alves. A mostra pode ser visitada durante o horário de funcionamento da Biblioteca. Publicidade
DR
Sábado, 31
A O Objetivo do evento é promover o vinho do Porto e a região “Grande parte do melhor que tem o Douro” vai ser apresentado nos próximos dias - 30 e 31 de agosto e 1 de setembro - em S. João da Pesqueira, ou seja, no coração da região demarcada. A Câmara Municipal promove mais uma edição da VINDOURO - Festa Pombalina, uma iniciativa que tem a produção da Essência do Vinho, da Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro e da empresa de animação turística Criseya. A par das tradicionais provas de vinhos, do leilão de vinhos generosos, de workshops temáticos, de conversas sobre vinhos, e de um conjunto de atividades para “descobrir o vinho e a região “a Vindouro recria anualmente momentos históricos do século XVIII a partir da imagem de Marquês de Pombal como uma das fi-
guras mais marcantes da história do Douro. “Os visitantes poderão contactar com dezenas de produtos locais no Mercado Pombalino, assistir ao sempre imponente e animado Desfile Pombalino (dia 31, às 16h30) e também inscrever-se no Jantar Pombalino (dia 31, às 21h00), concretiza a autarquia em comunicado à imprensa.
Em termos musicais, os Uskadkasa atuam dia 30, às 22h00, no Anfiteatro Municipal. Dia 31 será a vez de a VINDOURO receber o espetáculo de Mickael Carreira, também no Anfiteatro Municipal, às 22h00. A inauguração oficial da VINDOURO está marcada para sexta-feira, às 14h00. Emília Amaral
Olho de Gato
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Um mês Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Falta exactamente um mês para as autárquicas. Olhe-se para o que se passa no concelho de Viseu. Não há nada a dizer ainda sobre Manuela Antunes, do bloco, e Francisco Almeida, da CDU, uma vez que eles reservaram as suas energias para Setembro. Já os candidatos do CDS, do PS e do PSD não foram de férias. Com os melhores outdoors, o combativo Hélder Amaral tenta ser eleito o nono vereador, desempatador das votações na câmara. Não parece nada fácil. O candidato à assembleia municipal do CDS, Fernando Figueiredo, autor do melhor blogue local, não é homem de aparelho como são todos os outros cabeças-de-lista. Nele reside alguma da pouca esperança que a próxima assembleia municipal venha a ter algum interesse político. Fraco no marketing e nas redes sociais, José Junqueiro tem-se fixado com competência nos temas da economia, do emprego e dos problemas sociais. Os quatro primeiros nomes da lista da câmara são sólidos. Como aqui já foi referido, Junqueiro procurou que a lista para a assembleia municipal não lhe fizesse sombra, nem tivesse mais votos do que ele. Com uma campanha competente e com meios, António Almeida Henriques tem apostado tudo em capitalizar o justificado orgulho que os viseenses sentem pela sua terra e tem tido a sorte de os outros candidatos o deixarem sozinho nesse tópico. Na lista para a câmara, pôs o presidente da concelhia laranja à frente de Ana Paula Santana, deixando-a num lugar inelegível, o que, para além de um erro, é uma demonstração de fraqueza. Almeida Henriques, ao escolher Mota Faria para cabeça-de-lista à assembleia municipal em vez de João Cotta, teve exactamente a mesma estratégia de Junqueiro. Como há uma parte do eleitorado que faz questão de repartir os seus três votos autárquicos por partidos diferentes, ou Junqueiro ou Almeida Henriques, um deles vai ser ultrapassado em votos pelo seu candidato à assembleia municipal.