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Inglês e Espanhol UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 07 > À CONVERSA
Semanário 5a11desetembrode2013
pág. 10 > REGIÃO
Ano 12
pág. 06 > ABERTURA
pág. 14 > ECONOMIA
N.º 599
pág. 17 > SUPLEMENTO
1 Euro
pág. 29 > DESPORTO pág. 31 > CULTURA
novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 33 > EM FOCO pág. 35 > SAÚDE Publicidade
om
c Agora ço xxx re 0,80 Euros
pág. 26 > EDUCAÇÃO
REGIÃO DE VISEU
pág. 37 > CLASSIFICADOS
Novo acordo ortográfico
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Paulo Neto
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Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·
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“Esta é a minha região, estes são os meus bombeiros e, para mim, eles estão entre os melhores bombeiros do mundo” ∑ Lúcio Campos, tenente-coronel, Comandante Operacional do CDOS, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 7, 8 e 9
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Jornal do Centro 5 | setembro| 2013
praçapública rViseu é uma cida- r
palavras
deles
de que está cada vez menos conservadora. De repente a nova geração e a velha geração de pessoas mais curiosas para ver o que não conhecem”
Paulo Ribeiro Diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, 2 de setembro, conferência de imprensa da apresentação da nova temporada do Teatro Vitriato
Normalmente, quando alguém é apanhado, o cidadão comum tem a perceção que, em poucas horas, essa pessoa é libertada, porque tem problema psíquicos e/ou psicológicos, e pode continuar a sua ação criminosa”
rPosso garantir que rAinda não perdi a o que gastaram (o PS) em champanhe no Programa Polis é muito mais do que demos às associações. Não venham dizer que andamos a gastar dinheiro com quem nos ajuda”
Lúcio Campos
Fernando Ruas
Com. Oper. do Centro Distrital de Operações de Socorro de VIseu, em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da Câmara Municipal de Viseu, em reunião da Assembleia Municipal de Viseu
esperança de um dia ver nascer nesta terra (Viseu) uma bienal”
Paulo Medeiros Pintor, em entrevista ao Jornal do Centro
Editorial
Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
O país é uma labareda. E se pensarmos que, segundo o dicionário, labareda é uma “chama alta e intensa produzida por uma combustão viva”, temos tudo dito. Culpa-se a falta de humidade. Culpam-se as altas temperaturas. Culpa-se o vento… A gradação da calamidade é de tal ordem que este ano as vítimas mortais já fazem parte do cenário trágico de um Portugal a arder. O território de Viseu é particularmente propício ao fogo. Muita vegetação. Muita floresta por limpar. Enorme diversidade morfológica com acessos difíceis e alterações bruscas que vão da escarpa ao vale em poucas centenas de metros, criando adversidades acrescidas. O novo CODIS está a viver intensamente este problema. Os quatro mil bombeiros que temos no distrito são formidáveis e lutam até à exaustão total com meios, por vezes, pouco eficazes e carecidos de renovação. O Estado, segundo alguns analistas, aquele que gasta 700 milhões na compra de dois submarinos para dar uns mergulhos, não tem verbas para comprar, com metade desse montante, uma dúzia de Cannadairs de comprovada eficácia. O combate aéreo aos incêndios está concessionado a empresas privadas. Nos quartéis, na Força Aérea, há pilotos credenciados e angustiados por não poderem ajudar. Não têm ordens para o fazer. As árvores ardidas não perdem valor para as celu-
Paulo Neto
Isto é uma indústria próspera?
loses, mas a madeira é comprada a um terço do seu preço corrente. E por aí fora, até às reservas associativas e turísticas de caça. A Natureza e os seus ecossistemas têm sido barbaramente agredidos pelo Homem a cada ano que passa. Em breve estaremos a pagar a enorme factura dessas diligências. O clima altera-se. De quatro estações passámos a duas: Inverno e Verão. Frio e calor. A humidade, expelida pela massa arbórea, escasseia. A água falta. A desertificação não tarda. As espécies cinegéticas extinguemse. A sobrevivência da fauna e da flora acelera. A seguir vem o homem. Alguns também, em boa verdade, pouca falta cá fazem…
Nas redes sociais aparecem fotos de dois presumidos autores dos incêndios no Caramulo. Ar sorridente, bem trajados, copo de cerveja na mão. Escreve-se que um deles até colocou no youtube o filme da sua “façanha”. É perigosa esta onda de recriminação. Pode ser ou não infundada. Decerto que deve ser é investigada. Actualmente, perante a escassez da investigação criminal no âmbito da piromania, perante uma Justiça afónica, fala-se em justiça popular. Mal está uma sociedade de direito e democrática onde a opinião pública reclama fazer por suas mãos a justiça que não é feita por quem devia. Seguramente um retrocesso de séculos na civilização humana tão porfiadamente construída nos seus
valores. O sent i mento de i mpu n idade neste país é hoje de tal forma generalizado que começamos a recear, sem alarmismos, a crescente onda de violência e criminalidade que coze a lume brando no caldeirão ebuliente desta sociedade não-afectiva. Passos Coelho foi a correr ao Caramulo dizer perante as câmaras de TV que estava lá. No sítio da desgraça. Mais lhe valia tomar medidas para obviar profilacticamente à desgraça, evitando, depois, a maçada de interromper as suas férias para respirar o ar asfixiante que durante dias e noites todos nós respirámos. Mas o país está asf ixiado, não está, Pedro?
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 5 | setembro | 2013
números
estrelas
3000
Número de árvores oferecidas pelo Motorfestival à Serra do Caramulo.
Importa-se de responder?
Lúcio Campos Com. Oper. do Centro Distrital de Operações de Socorro de VIseu
Licá Jogador do Futebol Clube do Porto
O jovem atleta natural de Castro Daire foi convocado pelo selecionador nacional Paulo Bento para integrar equipa principal das quinas.
Há pouco nomeado, tem tido como recepção uma verdadeira “prova de fogo” que tem sabido comandar com eficácia e discrição.
Paulo Medeiros Pintor
Conjuntamente com outro artista português, representa o nosso país em Taiwan numa Exposição Coletiva Internacional de Pintura.
Quais as perspetivas para a campanha vitícola deste ano? A nossa opinião é que pode ser uma excelente campanha no Dão, existe uma boa relação de folhas vs cachos e à data os ácidos e açucares estão muito equilibrados. O ideal era uma noite de chuva moderada, que poderia transformar o potencial das uvas numa das melhores colheitas das últimas décadas, desde que a vindima se realize sem chuvas.
As temperaturas baixas da primavera adiaram a rebentação o que está a atrasar 1 a 2 semanas a maturação que só no início de Setembro começou a evoluir favoravelmente. Por outro lado o inverno e primavera chuvosos melhoraram as reservas de água no solo que garantem uma boa alimentação e vitalidade das plantas. Neste contexto, as videiras apresentam as folhas verdes com uma boa produção e uvas sãs com bagos um pouco mais pequenos que o habitual. Em termos qualitativos os mostos apresentam-se muiNuno Cancela de Abreu to equilibrados, aromáticos e os tintos com boa cor. Enólogo e Produtor Se o tempo se mantiver moderadamente quente e seco teremos com certeza uma vindima de excelente qualidade.
Ainda numa fase muito embrionária, uma vez que estamos a cerca de 20 dias da vindima, dias esses que podem alterar completamente o perfil dos vinhos, consideramos que se avizinha uma vindima idêntica à do ano anterior, quer em quantidade quer em qualidade. Esperamos receber uvas com boa relação açúcar/ácidos capazes de produzir tintos muito concentrados e com grande equilíbrio. Relativamente aos brancos esperamos vinhos frescos e com boa estrutura. Este ano, voltamos a percecionar melhor qualidade Jaime Murça nos encepamentos com mais de 10 anos e instalados em terrenos Enólogo mais férteis e com boa capacidade de campo, algo que se tem vindo a verificar no último triénio.
Este ano estamos perante uma vindima que vai ocorrer muito mais tarde, um pouco a lembrar os anos 70 e os anos 80. Já há muito tempo que não se verificava uma tão tardia ou seja, estamos talvez a falar de mais 15 dias do que no ano passado. No que concerne à quantidade este não será decerto um dos melhores anos, tendo mesmo o I.V.V. vaticinado apenas um aumento de cerca de 7% em relação ao ano anterior. Em termos de qualidade o ano vitícola foi muito interessante, bastante regular sem grandes incidências ao nível da sanidade Carlos Silva da vinha. Podemos, contudo estar perante um bom ano vitícola, uma Enólogo boa campanha, desde que consigamos atingir uma maturação plena e que a chuva se mantenha arredada da vindima.
Casimiro Gomes Produtor
Opinião
David Santiago
Atrás de tempo, tempo vem Terminou Agosto. O último mês foi ainda mais “silly” do que o habitual. Os briefings que deveriam ser diários, afinal, ao contrário dos incêndios, foram extintos. O secretário de Estado, Pais Jorge, foi “morto”, em pleno briefing, pelo colega Pedro Lomba. Judite de Sousa armou-se em paladino dos bons costumes para, poucos dias depois, mostrar, em Vale do Lobo, como está em forma e, sem tatuagens! Os incêndios regressaram nos últimos 15 dias, e com eles as habituais reportagens iniquas. O país debate o assunto. Procuram-se responsáveis e alternativas. Os juízes do Tribunal Constitucional (TC) decidiram sobre a requalificação da Função Públi-
ca. Seis não puderam votar. Estavam a banhos. Custa aceitar uma decisão, mesmo concordando com ela, vinda de uma instituição que se auto-descredibiliza desta forma. Chegou Setembro. Facilmente os fogos serão esquecidos. Sócrates continuará a lembrar como Passos garantiu, em campanha, tudo o inverso daquilo que fez e se propõe fazer. As autárquicas vão eleger mais do mesmo. Mas o importante será o “agora”. Escrevo à mesma hora em que acontece o único debate televisivo entre Merkel e o seu adversário do SPD, Steinbrück. Poderá ajudar à recuperação do último ou significar a machadada final da primei-
ra. Depois de 9 de Setembro poderemos ter uma intervenção militar na Síria. Ninguém pode garantir as consequências para países como Israel, Irão, Líbano ou Turquia. O clima de Guerra Fria, reacendido com Snowden, entre Estados Unidos e Rússia poderá escalar. O Egipto continua um PREC reaccionário, que visa restabelecer o status-quo do pré Primavera Árabe. Gibraltar não está resolvido. Reino Unido e Espanha irão manter a contenda. Nós abanamos as selvagens. O que suceder com Gibraltar, e as águas territoriais em torno do Penhasco, será importante para avaliar a razoabilidade das pretensões portuguesas quanto ao aumento da Zona
Económica Exclusiva. À Grécia vai chegar novo pacote de ajuda. A Portugal deverá chegar. Especialmente se Passos voltar a embater de frente com o TC. Agosto foi mais do mesmo daquilo a que nos habituámos. Em Setembro vai-se decidir muito daquilo que serão os próximos anos em Portugal, e no resto do mundo. Ninguém saberá dizer como vamos estar daqui a um ano. Arriscar previsões é um acto que envolve tanto de arrojado como de ridículo. Esperemos para ver e torçamos pelo melhor. Certo é em Agosto de 2014 estarmos todos, uma vez mais, a discutir responsabilidades e debater soluções para os sempre demasiados incêndios.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 5 | setembro| 2013
Coisas de mulher Depois de vários dias a pensar na questão dos piropos ainda não tenho uma opinião vincada, talvez porque apesar de considerar alguns ofensivos e desprestigiantes para a mulher, outros há que bem nos alimentam o ego, depende só de quem os profere, como e em que circunstância. Um piropo proferido por um trabalhador da construção civil com o fundo das costas de fora e barriga proeminente mal disfarçada pela camisola de alça pode não ser a melhor coisa de se ouvir, mas se for proferido por um bem-
posto engravatado com óculos escuros de marca e a agitar entre os dedos as chaves de um BMW, poderá saber bem, não? Independentemente da escolha de palavras usadas no piropo ser a melhor, ou ser completamente despropositada, todo o desconforto que possa causar está intimamente ligado a quem, e ao como. Sendo assim, não será isso também ofensivo e desprestigiante para o homem? Depois há ainda o facto de que talvez para a maioria de nós mulheres, o termo piropo não ser propriamente sinónimo
de assédio verbal, o assédio compreende uma situação em que nos encontramos encurraladas, por exemplo em meio profissional, enquanto o piropo é mais do género “palavras leva-as o vento”, e somos livres para o rebater, responder e até corresponder. Há ainda o “assobio-piropo”, que de uma forma recatada se diz tudo sem se dizer nada, também esse é assédio verbal? Ou será assédio sonoro? Uma das coisas que não consegui apurar nesta discussão, foi se também nós estaríamos inibidas de nos expressar
Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
Serviços Administrativos
Opinião
Sabina Figueiredo
Da Tribuna
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1. Fernando Ruas, o estimado Presidente do Município, em vésperas de deixar o lugar, teve uma atitude sob todos os prismas democraticamente saudável, abriu as portas da autarquia e apresentou as contas à comunicação social. Num registo pouco comum entre as autarquias nacionais, segundo as contas apresentadas, o município apresenta bastante saúde financeira sendo que para o próximo executivo este tema será um mal menor. Ter saldo positivo é bom? Sim, não há outra resposta. Numa altura de aperto financeiro,
Opinião
até como exemplo, é um sinal positivo. Portanto, Fernando Ruas está de parabéns? Bem, esta não é uma resposta de sim ou não. A minha geração, apenas através dos avós, recorda a política dos cofres cheios de ouro e uma sardinha para quatro, de 73 e isso é bom. A gestão, pertencendo às ciências sociais, será sempre alvo de discussão e encerra infinitas possibilidades. Será sempre boa ou má de acordo com o lado do cofre em que nos encontramos. A pergunta que como contribuintes podemos fazer é: Será o objectivo final, da gestão
autárquica, gerar lucro para aplicar num banco? A essa pergunta, que vale a simpática quantia de um milhão duzentos e vinte e quatro mil novecentos e cinquenta e três euros e vinte e quatro cêntimos desaparecida no BPP, a resposta mais correcta será, um indeciso, talvez. Se aplicamos o saldo no banco como alternativa a desbaratar em rotundas, funiculares, pilaretes e asfaltar o projecto de um Centro de Artes e Espetáculos é boa gestão; nada contra. No entanto, se temos saldo positivo e ao mesmo tempo corporações de
Do desprezo à falta de educação
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Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Estas duas circunstâncias, em que muita gente lavra, são de uma simbiose quase perfeita. Não vivem uma sem a outra e completam-se na perfeição. O quase a que me refiro sustenta-se na ignorância. Isto é: há gente que por falta de educação não entende que está a demonstrar desprezo e há outra que não calcula que desprezando comete uma enorme falta de educação. Propositadamente, imiscui-me, este ano, no meio de gente com quem pouco me dei durante a minha vida por razões várias, que nunca roçaram o desprezo, mas por não frequentar os mesmos locais nem ter amizades comuns. Andei por sítios muito bonitos, degustei belíssima comida e pousei a meditação onde jamais o tinha feito. Há sempre um outro mundo que nos aguarda, bem
Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional
o poderemos dizer, onde as pessoas interagem de forma desviado, segundo o conceito de uns, e na maior das normalidades, na perspectiva de outros. Extraí isto da internet, que acho ter muita oportunidade: «Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases: 1. “A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus.” 2. “Não tenho mais nenhuma esperança no fu-
turo do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível.” 3. “O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.” 4. “Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente... A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.” Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases e, então, revelou a origem delas: - a primeira é de Sócrates (470-399 a.C.) - a segunda é de Hesíodo (720 a.C.)
Viseu na linha do tempo A Feira de São Mateus marcava o pico das minhas férias de infância. Depois da praia, vinham as festas da Senhora do Castelo em Mangualde mas, principalmente, a tão esperada Feira Franca. Apesar da transformação/modernização de que o espaço foi alvo nos últimos anos, ainda é possível posicionar as memórias da Feira no local físico que nos rodeia e nos cheiros que se misturam, de farturas e
algodão doce, com o barulho intermitente de carrosséis devidamente fiscalizados pela ASAE, dos concertos devidamente licenciados e dos restaurantes cumpridores das melhores regras de higiene. O Fórum Viseu, bem ali ao lado, não deixa esquecer o quanto Viseu cresceu, mudou e se transformou, acompanhando o ritmo desenfreado da sociedade do consumo em Portugal, bem lá atrás nos anos 90, e, com
ela, a cidade mudou também as vidas das pessoas que, por ali, na Feira Franca, faziam muitas das suas compras mais relevantes. Antes de haver Zara Home ou de as pessoas se deslocarem ao IKEA em Matosinhos, antes dos hipermercados se vulgarizarem e serem uma exposição ou uma feira permanentes o ano inteiro, antes de tudo isso, o normal era as pessoas saírem da Feira Franca com a frota da loiça renovada lá em
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
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também é uma coisa que nos assiste, pode ser numa percentagem muito inferior, mas assiste. Esta linha que de tão ténue é confusa, entre o que é aceitável e o que não o é, talvez ficasse clara se em vez de controlarmos ou analisarmos o que está a ser piropo ou já é assédio, nos muníssemos de tabelas onde nos orientássemos, que teriam por exemplo uma escala que iria do Piropo Extremamente Bem Proferido ao Piropo Completamente Inaceitável Punido Como Assédio, só que como todas as tabelas de classificação, se quem classifica se baseia na sua própria opinião e nos seus
padrões de rigor e bom senso, ela seria completamente perfeita para uns/umas e desajustada para outros (as). Lá está, é muito complicado tratar este assunto, mas considerando que as mulheres se cuidam cada vez mais, usam cada vez mais saltos altos, saias diminutas e transparências, e se afirmam fortemente em meio profissional, talvez caiba a elas próprias, individualmente, considerar o que acham ofensivo ou não, o que é despropositado ou não, e no caso de se sentirem ofendidas por determinada expressão, podem sempre virar-se para o responsável e dizer: “Peço
imensa desculpa, mas penso que a sua escolha de palavras não foi a melhor! E que tal se usasse termos como (…), ou tentasse uma abordagem mais do género (…)? Para a próxima pense nisso!”. Tenho a certeza que o responsável entre a vergonha e a afronta, pensaria duas vezes antes do próximo abrir de boca, e a mulher além de se sentir forte, destemida e com sentido de dever cumprido, estaria a contribuir para que melhores piropos alegrassem os dias de outras, porque certo é que todas as mulheres gostam de ouvir um bom piropo de vez em quando!
nal, os viseenses foram considerados campónios iletrados. A população, e bem, optou por barafustar ou desvalorizar. A candidatura de Almeida Henriques, ao contrário das restantes que optaram por ignorar, advertiu o director do órgão de comunicação. Seria positivo se a última frase fosse uma caricatura, mas corresponde, tal como a “súcia do piropo”, ao avanço generalizado de uma visão restritiva das liberdades. Neste ponto, assistimos a uma es-
tranha aliança entre reaccionários e progressistas. Aqui, encontramos gente que até defende a liberdade de expressão, logo que esta adopte um conjunto de regras. Regras que em última análise a limitam, claro está. Há muita opinião e insulto escrito que devem ser rebatidas, no primeiro caso, e processados, no segundo caso. Mas, se a liberdade de expressão está em causa, os democratas, mesmo que alvo de ofensas, assumem a única posição válida,
a sua defesa. Considero o artigo de mau gosto, mas, caro Almeida Henriques, não desejo viver numa cidade em que apenas possa ser reproduzido, o que é “simpático” para nós. Fazer boa cara à selva que é a vida em sociedade é o primeiro passo para a vida democrática.
Bom, entender que há conflito de gerações é coisa que se dá de barato. Perceber que há formas diferentes de ver e sentir um mesmo facto é coisa simples. Concluir, por vezes, que é substancialmente diferente a base segundo a qual as pessoas observam o que se passa, nada tem de anormal (basta o uso de óculos ou a melena à frente dos olhos para distorcer o que se observa).
E é muito claro que o conhecimento, no seu sentido mais lato, aquele que tem a ver com a educação genérica (de boas maneiras, de ética, académica, etc,) refina o que percepciona pela capacidade analítica que daí advém. Por vezes, como agora, sentimos que andámos para trás. Que regredimos na forma de estar. Que perdemos elan na escalada pela felicidade e no relacionamento interpessoal. A mole de gente por onde interpenetrei é grossa. Malcriada a despropósito. Sempre mal disposta e célere a despejar uma linguagem de estiva, ornada das mais facetadas abordagens às coisas ligadas ao sexo, duma forma torpe, babosa, colérica
e, como soi dizer-se por aqui: badalhoca. Na “praia de Mangualde”, que visitei um destes dias, depois de, mais uma vez, me ter “admirado” com a estatuária dantesca que “embeleza” as fartas rotundas, observei, de perto, uma família constituída pelo casal (hétero) e um casal de filhos. Ela, mais velhita, andaria pelos 10 anos e o “caçula” não teria mais de 6 ou 7. Chegada a hora de abalar, a mãe ordenou que se preparassem e o pai ajudou, em reforço, com uma chuvarada de palavrões, do mais ordinário e baixo que se imagine, dirigindo-se expressamente aos filhos naqueles termos. Confesso que fiquei abismado. Triste, desiludido e profundamente apenado pelo
que se futura destas crianças no seu relacionamento com os pais, família, companheiros, professores, patrões e a forma como encararão a cidadania. Mas o pior é que presenciei igual em todos os lados e pela maioria das pessoas. Estou mal esclarecido e sou “do Restelo”? Talvez. Mas não me conformo com o rumo para onde nos dirigimos entre as varas de quem tinha o dever de sanar estes exageros e falta de respeito pelos demais e nada faz, tolhidos, também eles, na sua maioria, pela ignorância e completo desconhecimento entre o que é e o que deve ser.
casa, substituindo os pratos ou as assadeiras de barro partidas naquele ano. Compravam o enxoval nos grandes camisões abertos, onde se empoleirava o vendedor mais entusiasta dos melhores jogos de cama e de banho do país, garantindo ali haver o melhor e o mais barato. Há tempos que nos parecem ter sido há muito tempo, tempos em que as pessoas passavam a via-rápida, a IP5, a pé, depois de esta lhes ter cortado o caminho natural entre casa e as terras que cultivavam.
Mas não, são tempos do meu tempo, que sou demasiado nova para me lembrar da queda do muro de Berlim. Este é o meu tempo, e é o último tempo assim: um tempo que viu a sua infância marcada por esta Feira Franca e em que nos livros da escola primária aparecia o Amoreiras em destaque como a representação de “cidade”, e em que a Rua Sésamo enfatizava a diferença entre a “cidade” e o “campo”. No campo, onde eu pertencia, havia muita gente que nun-
ca tinha visto o mar, ou a cidade dos semáforos, do metro e dos comboios urbanos. Os diferentes espaços fazem haver muitos tempos diferentes e o tempo da terra onde nasci e cresci era muito diferente do tempo da “cidade”. Talvez por isso, sempre que aos fins-de-semana ou nas férias íamos, em família, à cidade, eu tinha a sensação de toda aquela estrada nos levava para outro tempo. Um tempo claramente “à frente”, porque o meu livro de escola dizia que o “Amoreiras”
era progresso e que “malhar o milho” era tradição. Talvez nos seja confortável – a nós, Beirões – ignorarmos o quão dessincronizados vivemos, ainda, de outros lugares ou achar que a Internet tornou os espaços todos iguais e que somos hoje contemporâneos da cidade, e dessa Europa que trouxe muito mais cidade à cidade. Mas somos, ainda, colonos de outro tempo, plantados num futuro que já conseguimos fazer o nosso presente...
em forma de piropo, apesar de o assédio ser mais vincado no sentido contrário e por norma as mulheres serem mais cuidadosas na escolha das palavras e na maneira como as expressam e onde, o assédio
bombeiros em dificuldades, um rio poluído, uma má rede de transportes urbanos, problemas de saneamento em algumas aldeias, miséria flagrante às portas da melhor cidade para viver e assistimos à atribuição de subsídios sem critério ou distinção aparente, é má gestão; nada a favor. Para a saúde do próximo executivo um mal menor pode vir a ser muito. 2. Na semana anterior, num jornal nacio-
- a terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C. - a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilónia e tem mais de 4000 anos de existência. Fantástico! Não mudou nada!»
Miguel Fernandes Politólogo atribunadeviseu@gmail.com
Pedro Calheiros
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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5 | setembro| 2013
abertura Os Impostos Municipais Aquilo que não sabia IMI ∑ Autarquia aderiu à “moda” e diminuiu as taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis mas espera arrecadar mais receita Viseu, setembro do ano passado, dia de sol. A um ano de cessar funções como presidente da autarquia, Fernando Ruas, em reunião com os jornalistas anunciava que o município tinha espaço de manobra para baixar a carga fiscal. Na mira do autarca e “em contraciclo com o resto do país”, estava a diminuição de um encaixe financeiro que representava cerca de 55% da receita em impostos diretos nesse ano: o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e a derrama, imposto que incide sobre o lucro das empresas, feita à custa das receitas da autarquia. Contudo, o anúncio oficial apenas surgiria em novembro. De uma penada só, Ferna ndo Ruas cumpria o que tinha prometido. Anunciou as medidas aprovadas a 13 de setembro, em reunião de câmara, e entretanto remetidas para apreciação à Assembleia Municipal: a redução do IMI de 0,7% para 0,6%, num máximo possível de 0,8%, para os prédios urbanos não avaliados, e uma descida dos 0, 4 para 0,35% num máximo que pode atingir os 0,5%, para os prédios urbanos avaliados. No caso da derrama, o autarca fez aprovar uma redução da taxa em 20% sobre os 1,35% aplicados às empresas cujo volume de negócios fosse inferior a 150 mil euros e manteve o valor de 1,5% para as restantes, as grandes empresas e os grandes grupos empresariais. Fernando Ruas, não só não deixou cair as medi-
das anunciadas em setembro, como foi mais longe. Em S. Salvador, durante a reunião descentralizada do executivo com os presidentes das 34 juntas de freguesia do concelho, anunciou a ba i x a no I R S , que dos 5% sobre a coleta líquida pertencentes à Câmara ofereceu um “desconto” de 20% aos residentes no ano de 2013, passando a receber apenas 4%, prometendo ao mesmo tempo a revisão de todas as taxas municipais e a fixação de tabelas com custos bem inferiores. O ano de 2013. Apenas
6 meses após a entrada em vigor destas medidas que tiveram como consequência uma baixa efetiva nos impostos municipais Fernando Ruas, que em 2014 andará “longe” dos lugares de decisão e afastado dos desti nos da autarquia, decidiu: propor uma nova redução do Imposto Municipal sobre I móvei s (I M I) para os 0,3% à Assembleia Municipal, aliviar a carga fiscal sobre os munícipes e, nas palavras de alguns candidatos à presidência da autarquia, “condicionar o futuro executivo”. Apesa r de todos os
ca ndidatos da oposição terem classificado esta proposta como uma “medida eleitoralista”, é visível nos programas eleitorais, da esquerda à direita, uma preocupação e uma atenção que, dizem, conduzirá a uma diminuição das taxas cobradas pela autarquia. No entanto, todos esqueceram uma frase sublinhada por Fernando Ruas: “as receitas do concelho continuam asseguradas”. Distraídos? Com esse grande feito em mente, apesar de navegar num mar de “baixas, de cartões e de promoções”, o autarca con-
tinuou sempre a zelar pela “boa saúde financeira” da sua câmara. Atentemos como o fez no IMI para 2013: O Imp osto Munici pal sobre Imóveis (IMI). Como já foi referido, o orçamento municipal para o presente ano contemplava a redução do IMI de 0,7% para 0,6%, para os prédios urbanos não avaliados, e uma descida dos 0, 4 pa ra 0,35% para os prédios urbanos avaliados. Façamos um exercício simples: tal, representaria no máximo uma redução de 0,1 no imposto cobrado em 2013 face a
2012, quando não conhecemos qual o universo de prédios urbanos avaliados e não avaliados. Se o va lor de IMI a cobrar inscrito no orçamento de 2012 rondava os 9,1 milhões de euros, poder-se-ia inferir que a perda máxima estimada para 2013 (-0,1) decorrente desta medida, seria aproximadamente no valor de cerca de 91 mil euros o que determinaria uma cobrança de IMI pouco acima dos 9 milhões de euros. Em vez disso, Fernando Ruas tem uma previsão muito mais realista e muito “mais amiga da autarquia”: inscrita no orçamento de 2013 o edil tem 13,4 milhões de euros, uma subida de 46,5% face ao orçamentado para 2012. Compreende-se a diferença entre os orçamentos. São 4,2 milhões de euros provenientes do processo de reavaliação dos imóveis para efeitos de IMI que determinou um agravamento deste imposto para cerca de 70% dos i m óve i s u r b a n o s d o País. Contudo, apesar dos resultados deste nosso exercício serem claros, não se compreende porque, conhecendo de antemão estas conclusões, Ruas, também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) que sempre se mostrou preocupado com o alívio do esforço fiscal das famílias, anda a baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) “aos bochechos”. Pedro Morgado
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à conversa conversa
∑P entrevista ∑ Paulo Neto / Pedrotexto Morgado fotografia ∑ J fotos ∑ Paulo Neto
“Somos uma região que “importa” bombeiros...” Lúcio Campos, 47 anos, actual Comandante Operacional do Centro Distrital de Operações de Socorro de Viseu, natural de Mioma, Sátão, frequentou o curso de Infantaria da Academia Militar entre 1985 e 1990. Desempenhou várias funções no RI 14 – Viseu tendo participado em algumas missões internacionais, nomeadamente nos Teatros de Operações do Sahara Ocidental no âmbito da ONU, no Kosovo no âmbito da NATO e na Bósnia-Herzegovina no âmbito da NATO e da EU. Desempenhou igualmente funções na Divisão de Operações do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) e entre 2010 e 2012 foi Comandante do 2º Batalhão de Infantaria da Brigada de Intervenção (2BI/ BrigInt). É casado e tem dois filhos. Qual é a designação do cargo que ocupa e quais os conteúdos funcionais/operacionais do mesmo?
Atualmente ocupo o cargo de comandante operacional distrital para o distrito de Viseu e é minha função levar a cabo uma gestão e a coordenação dos meios humanos e materiais existentes no distrito de todos os agentes da Protecção Civil (Bombeiros, Guarda Nacional Republicana - GNR, Polícia de Segurança Pública –PSP, Forças Armadas e Câmaras Municipais). Estamos a falar de quantas pessoas no distrito de Viseu?
No que concerne ao número de bombeiros, falamos num número que ronda os 4 mil efetivos que constitui, ao mesmo tempo, a nossa principal força. Temos, também, todos os outros agentes que colaboram na Protecção Civil. É esta, no fundo, a minha função. A coordenação de todos estes agentes, a coordenação dos meios de Pro-
que eu acompanhei durante parte da minha carreira, face às contingências e às restrições orçamentais, hoje muitos deles têm dificuldade em conseguir horas de voo durante a sua atividade normal. Tenho a certeza, mesmo por conversas que mantive a título particular com colegas dos três ramos (Exército, Marinha e Força Aérea) quando estive colocado no Estado Maior das Forças Armadas, que eles estariam interessados nessa opção uma vez que seria mais uma oportunidade para voar, era com certeza uma oportunidade de se sentirem mais úteis, nomeadamente neste momento difícil do combate aos incêndios. Portanto, a meu ver, aquilo que me pareceu destes contactos que tive ao longo da minha carreira é que, pessoalmente, os pilotos da Força Aérea Portuguesa gostariam de o fazer.
tecção Civil no distrito em prol da prestação do apoio, de garantir o maior e o melhor apoio na prestação do socorro às populações sendo este o grande objetivo. Acredita que existe gente a beneficiar destas situações de calamidade, dos incêndios?
É possível que exista. Essa realidade é falada e é comentada. Contudo, tenho que salientar que não existem provas que atestem cabalmente essa realidade mas, o senso comum assim o diz e, portanto, também não me custa nada admiti-lo. De acordo com um estudo recente, cerca de 30% das ignições ocorreram durante o período da noite e, dentro deste período, 75% aconteceram no período entre a meia-noite às duas da manhã. Porquê? Certamente porque neste período ainda existe muita gente na rua, há mais gente a movimentarse, a humidade ainda é reduzida e a temperatura ainda se mantem em padrões elevados. Apenas a partir das duas da manhã, a temperatura baixa, a humidade sobe e há menos gente. Portanto, este número, quando associado a outra realidade que revela que apenas um por cento dos fogos têm origem natural, empurra-nos para uma conclusão óbvia. Há analistas a centrarem-se nas quatro questões seguintes que pela sua pertinência abordamos. Porque é que o combate aos incêndios é totalmente concessionado a empresas privadas?
Essa é uma pergunta a que não lhe consigo responder e à qual não me cumpre responder. Isso configura uma opção do Estado, da sua inteira responsabilidade quanto à regulamentação e, portanto, compete ao Estado Português fazer essa avaliação. De facto, o que acontece é isso. Se, deveria ser assim, essa é outra questão. Acha que o Estado Português deveria ter apostado na compra de meios aéreos próprios,
Os meios aéreos de países como a Espanha e a França que estiveram empenhados no combate aos fogos em Portugal nas últimas semanas implicam o pagamento de alguma contrapartida por parte do Estado Português?
por exemplo, na compra de 12 aviões “Cannadair”?
As opções do Estado, como referi, apenas dizem respeito ao Estado Português. Contudo, aquilo que posso dizer relativamente a essa questão é que, de acordo com aquilo que temos assistido nos últimos dias na nossa região, no que concerne ao número de incêndios e atendendo à sua grande dimensão, tenho tido a oportunidade de assistir no terreno à ação dos aviões “Cannadair” e, comparativamente aos outros meios
que são usados, nomeadamente os helicópteros pesados, a sua ação é muitíssimo mais eficaz. Aproveito para salientar que aqui na região temos condições excecionais para o trabalho deste tipo de meios, uma vez que existe aqui perto a barragem da Aguieira. A Força Aérea Portuguesa (FAP) tem pilotos capacitados para o combate aos incêndios?
Os pilotos da Força Aérea Portuguesa, realidade
Quantoaoempenhamento dos meios aéreos referidos, a minha perceção é a seguinte: quando o número de incêndios ou a dimensão dos mesmos supera os meios existentes, há a necessidade de se avançar para uma situação em que a solidariedade internacional tem que imperar. Aquilo de que eu tenho conhecimento é que existem acordos bilaterais entre Portugal e Espanha, entre Portugal e França e, é no cumprimento destes acordos, que os meios têm atuado. Provavelmente devem existir contrapartidas quando tais situações se verificam mas essa é, refiro, um assunto que desconheço. Concorda com o facto de alguns terrenos poderem passar de rústicos a urbanos depois de ali ter lavrado um incêndio?
Posso apenas falar dessa questão a título estritamente pessoal. No meu entender essa seria uma situação que deveria de ser analisada e revista. O incêndio do Caramulo teve mão criminosa?
Sem querer tirar qualquer conclusão, uma vez que o inquérito ainda está em curso, o incêndio no Caramulo começou às 23h20 com sete ignições consecutivas, tendo de imediato começado os alertas dos vigias ali à volta. Isto diz-nos bastante sobre as causas que estiveram por trás deste flagelo. A segunda fase deste incêndio, aquela que começou no Guardão, já não. Aquilo que aconteceu no Guardão foi um terrível acidente. Do que sei, o incêndio teve o seu início durante uma operação de limpeza, quando um senhor andava a trabalhar para limpar os seus terrenos com uma moto-roçadora de disco e esta terá, provavelmente, embatido numa pedra e dado início ao fogo. Considera que é salutar o acompanhamento que as televisões fazem destas tragédias? Podem, ou não, estas imagens servir de motivação e/ou contribuir para a satisfação dos pirómanos?
Há quem diga que sim. Há quem diga que o facto destes alertas (o alerta amarelo, o alerta laranja e outros) estarem a ser veiculados e divulgados na comunicação social é um fator de estímulo que leva estas pessoas a avançar para o terreno e a darem início a estas calamidades. Devia o Estado tomar atitudes mais incisivas e mais assertivas no que concerne à floresta abandonada?
No que à prevenção diz respeito, o Estado deve e tem que ser um exemplo. Muito provavelmente, nas últimas décadas, daquilo que tem sido falado e tem sido escrito, não terá sido o melhor dos exemplos. Na minha opinião, contudo, o Estado Português deverá continua»
8 À CONVERSA | LÚCIO CAMPOS ser sempre o elemento impulsionador e o modelo de referência para que os restantes cidadãos, moralmente, não optem pela desculpa fácil de que se o Estado não faz eles também não têm que o fazer. Porque é que não existe vigilância permanente com forças militares nos meses de verão?
O Exército sempre se mostrou extremamente disponível para apoiar em tudo o que fosse necessário e ao qual fosse chamado. Existe neste momento o “Plano Lira”, um plano em que a intervenção dos militares é feita essencialmente no terreno com ações de vigilância, que podem, também, ser de apoio à consolidação, mas sobretudo ações de vigilância no local onde lavra um incêndio. Isto é, o incêndio está dominado e os militares avançam para ações de vigilância para, no fundo, prever e tentar evitar reacendimentos. No passado existiu também o “Plano Vulcano”. Este plano, que neste momento não está em prática, contemplava a utilização de equipas do Exército que estivessem colocadas em determinados pontos estratégicos, nomeadamente onde existem alguns pontos de observação e, a partir daí, fizessem patrulhas terrestres numa determinada área que, portanto, mostravam a sua presença em ações de visibilidade. Estiveram no Caramulo, estiveram na Serra do Crasto, em Vouzela e também noutros pontos do país essencialmente a norte. Que eu tenha conhecimento, esse plano deixou de vigorar desde há quatro ou cinco anos. Não faço ideia de quais as razões que levaram à sua suspensão. Nessa altura eu estava no Exército e, inclusivamente, cheguei a fazer parte dessas patrulhas há cerca de 10 anos. Não sei se terá sido por falta de verbas mas, garanto de certeza absoluta que, não foi por falta de disponibilidade dos militares. Acha que se investe o suficiente na prevenção e na investigação criminal deste tipo de delitos?
Essa questão, normalmente, deveria ser medida em termos de resultados. Não possuo dados, não tenho co-
nhecimento, se os resultados dos últimos tempos permitem ao Estado essa satisfação. Como cidadão tenho visto que têm sido conseguidos alguns resultados mas será que tem sido o suficiente? Será que não se devia investir um bocadinho mais? Provavelmente, sim. Que pensa da moldura penal que enquadra este tipo de crimes?
Essa questão foi abordada há poucos dias pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Mota Soares. O que é que o senso comum nos diz, o que é que as pessoas dizem? Normalmente, quando alguém é apanhado, o cidadão comum tem a perceção que, em poucas horas, essa pessoa é libertada, porque tem problema psíquicos e/ou psicológicos, e pode continuar a sua ação criminosa. Existe uma perceção de impunidade que tem que ser combatida. Provavelmente, a moldura penal é já adequada mas, não existe, no meu entender, a divulgação é necessária em termos de impacto na opinião pública dessas ocorrências, pois provavelmente, havendo essa divulgação, isso constituiria uma medida dissuasora para quem comete estes crimes. Acha que tem havido os adequados incentivos à limpeza das matas por parte do Estado?
Considero que, muito provavelmente, até poderá haver. Aquilo que penso que não tem havido é uma inspeção, uma vigilância capaz daquilo que é, ou não feito. Dar incentivos e depois não verificar no terreno se, de facto, está a ser ou não feito, leva as pessoas que fazem a não fazer e as todas as outras a manterem a sua passividade face a este assunto. É bom que estes incentivos existam porque constituem uma mais-valia em termos de proteção e naquilo que concerne à prevenção dos incêndios florestais, mas penso também que se torna imperativo e necessário a existência de um maior controlo na aplicação destas medidas: em saber se as pessoas quando recebem estes incentivos cumprem e fazem aquilo com que se comprometeram. Sei, por aquilo que me dizem, que muita gente não
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fez absolutamente nada: não limpou, nem mandou limpar. Simplesmente ficou com o dinheiro. Depois, como não há este controlo, esta verificação apenas pode surgir da ida ao terreno para verificar os factos. Esta podia muito bem ser uma competência e um modo de afirmação nacional das próprias juntas de freguesia, mais um motivo que justificasse e legitimasse a sua existência.
r Hoje, os incêndios,
caracterizam-se pela sua violência extrema”
Fala-se tanto nas energias renováveis de que são exemplo as energias da biomassa. Investir nesta área não seria gerar riqueza e obstar a grande parte dos incêndios?
Pessoalmente penso que seria uma boa aposta em termos de futuro e com grandes implicações até na própria preservação ambiental. Contudo, tal como anteriormente referi, são opções e tarefas que cumpre ao Estado analisar e implementar. Os bombeiros, profissionais e voluntários, dispõem da acertada formação e dos adequados meios técnicos?
Apesar do pouco tempo que levo nestas funções, permito-me já tirar algumas conclusões: não foi por falta de formação que o imponderável aconteceu. Este foi um ensinamento que o terreno me deu nos últimos dias. O que se passou realmente nestas lamentáveis mortes e acidentes graves que aconteceram no Caramulo teve a ver, de facto, com as condições meteorológicas extremas que temos hoje: um clima muito seco, altas temperaturas, humidade muito baixa, ventos fortes normalmente de leste ou em que a direção mudava constantemente, foram apontados por gente experiente como a principal causa destes acidentes. Penso que não será uma questão de falta de formação nem de falta de meios. Se atendermos ao caso onde se registou a lamentável morte da jovem bombeira Cátia Pereira Dias, o chefe de equipa de Carregal do Sal é uma pessoa com quase 60 anos, portanto, uma pessoa muito experiente, a qual eu definiria como uma experiência enorme advinda de toda uma vida dedicada aos bombeiros. Tive a oportunidade de falar com ele depois do trágico acidente e ele re-
latou-me as circunstâncias: aquele local era de facto um vale mas que tinha aquele estradão largo. Os bombeiros entraram, posicionaram os meios, posicionaram-se, estava tudo sobre controlo e, em questão de segundos, viram-se envolvidos pelo fumo e pelas chamas, por tudo. Ele não encontrou explicação. Se fosse alguém novo nos bombeiros talvez eu ficasse céptico face ao relato mas, quando é alguém que tem uma experiência enorme e que tem, provavelmente 30 ou 40 anos de bombeiro, isso dá que pensar. Aquilo que tenho ouvido por parte dos corpos de bombeiros, é que as ignições, o início dos incêndios têm sido de uma violência tal que até mesmo os bombeiros ficam estupefactos. Ela não existia antes. No passado, segundo eles, os incêndios começavam mais lentamente. Hoje, caracterizam-se pela sua violência extrema.
Contudo, acho justo realçar que a eficácia dos nossos corpos de bombeiros, a que diariamente assistimos, apenas é possível pela ação conjunta da Guarda Nacional Republicana (GNR), do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (INCF) e das equipas de sapadores florestais. Ao integrar diferentes contingentes nos mais variados teatros de operações sempre lidou com situações difíceis e realidades complexas. Alguma vez pensou que seria em Portugal que iria “encontrar e combater” o mais temível inimigo e ter a oportunidade de ver um trabalho tão meritório como é o trabalho dos bombeiros?
Neste momento, aquilo que posso dizer é que estou extrema e profundamente impressionado com o trabalho dos bombeiros porque em primeiro lugar, levando em linha de conta que são
na sua maior parte pessoas voluntárias que de uma forma totalmente voluntariosa e gratuita aqui estão, vejo-os neste momento física e mentalmente a atingir um estado de exaustão porque, de facto, não têm tido tempo de recuperação. Os incêndios sucedem-se dia após dia, os meios materiais também começam a ceder, uma vez que esta nossa região é particularmente agressiva nalgumas zonas das quais destaco o Caramulo pela sua morfologia caracterizada por grandes declives e muito agressiva para as viaturas. Apesar da existência de inúmeras oficinas, há avarias mais graves que não se resolvem de um dia para o outro e, a falta de uma viatura, concerteza que afeta a operacionalidade dos homens no terreno como entendemos facilmente, combater um incêndio com três viaturas não é o mesmo que fazer esse combate apenas com uma. Esta situação dos meios é
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pos de exceção são necessárias medidas excecionais. Nós temos “importado” bombeiros e, infelizmente, morreram dois que não eram da nossa região: a Ana Rita, da corporação de Alcabideche e o Bernardo Figueiredo dos Bombeiros Voluntários do Estoril. Temos hoje imensas corporações a trabalhar connosco: de Aveiro, de Évora, de Beja e de outros pontos do país. Somos uma região que “importa” bombeiros, uma região que raramente pode enviar grupos de reforço para fora mas que, todos os anos, tem que receber o apoio de outras corporações de bombeiros. Porquê? O número de ignições, o número de ocorrências e a violência dos incêndios é tão grande que justifica e obriga à vinda desses reforços. Isto apenas comprova o facto de que o distrito de Viseu é uma região muito difícil na luta e no combate aos incêndios. Quantos hectares arderam já na região de Viseu?
agravada, como referi, pelo estado físico e mental de grande parte dos bombeiros e das restantes equipas envolvidas que se aproxima a passos largos da exaustão, sendo essa também uma das grandes preocupações do comando nacional que ainda esta semana pediu para que eu sensibilizasse e alertasse as câmaras municipais para esta situação. Telefonei aos presidentes de câmara e, de facto, aquilo que posso dizer é que se mostraram extremamente recetivos. Não consegui falar com todos pois algumas não me atenderam por um motivo ou outro, ou até mesmo porque não conheciam o meu número, mas a grande maioria atendeu e falando com os presidentes de câmara estes mostraram-se extremamente sensibilizados para esta realidade. Eles sabiam perfeitamente da realidade das coisas: que o estado físico e mental dos bombeiros já conheceu melhores dias, que nes-
te momento existem algumas dificuldades que urge ultrapassar. Apelei também à prevenção, ou seja, para que hoje mais do que nunca as câmaras pusessem em práticas todas as medidas e planos de proteção civil concelhios e municipais nomeadamente na área da prevenção, numa altura em que, todos sabemos, a situação é complicada. Evitar hoje um incêndio, nem que seja apenas um, pode configurar um alívio de carga enorme para os bombeiros do nosso distrito. Devo salientar que, de todas as câmaras com quem falei, não houve nenhum presidente que levantasse qualquer obstáculo a esta ideia. No Exército sempre esteve habituado a ver esforço e dedicação. Contudo, ver homens que no cimo de um monte tentam a qualquer preço debelar as chamas é algo que nos toca mais fundo não é?
De facto. Muitas vezes
julgámos que a dedicação, o empenho e a exaustão são companheiros apenas dos militares e de outras forças. Mas não, os bombeiros passam por situações extremamente difíceis, calores sufocantes, fumo, cansaço físico e psicológico e aquilo a que tive o privilégio de assistir e de constatar é que nós temos bombeiros muito bons nesta região. Nós somos beirões, continuo a achar que os beirões têm muitas qualidades e os nossos bombeiros revelam essas qualidades todos os dias. A nossa região é um local muito difícil para o trabalho dos nossos bombeiros. O distrito de Viseu, para além da morfologia do terreno, é um distrito que não tem zonas tampão e extremamente denso em termos de vegetação (mato e eucalipto), densamente arborizado onde não existem zonas de contenção. O Comando Nacional tem a noção que para estes tem-
Até ao dia 15 de agosto, de acordo com os últimos dados de que disponho, arderam no distrito de Viseu 5 mil hectares, contudo sabemos que vai ultrapassar largamente a área ardida do último ano e talvez mesmo a de há dois ou há três anos. Aquilo que me dizem é que nos estamos a aproximar dos níveis atingidos no ano de 2005 e ainda agora chegámos ao fim do mês de agosto. O ano de 2005 foi marcado por uma forte contestação popular que assentava na assunção de que os meios eram manifestamente insuficientes. É isso que acontece hoje?
Muito pelo contrário. Os meios existem e isso é hoje uma falsa questão. Nós temos meios humanos excelentes, também temos os meios materiais, temos os meios aéreos nacionais possíveis, temos sido reforçados com meios aéreos ao abrigo dos protocolos internacionais e tem sido feito o possível e o impossível para debelar este flagelo. Então o que falha?
Aquilo que se constata é que aquilo que falha é, inevitavelmente, a única variável que não controlamos: a Natureza. Neste momento as condições meteorológi-
cas são tão agressivas para quem combate os incêndios que, de facto, todos estes meios a determinada altura e depois de tantos dias se tornam insuficientes. Para além das vidas humanas que se perderam, que não têm preço, há alguma previsão dos custos materiais desta temporada de incêndios?
Até ao momento ainda não existem quaisquer dados fiáveis sobre essa matéria. Contudo, pelo número de ocorrências que tem havido, pela área ardida que é imensa concerteza que estamos a falar de muitos milhões de euros perdidos. A época de incêndios termina apenas a 30 de setembro mas, tal não significa que feche nesse dia, até porque se as condições meteorológicas assim o determinarem, o dispositivo terá que continuar. Torna-se por demais evidente que tudo isso implica custos acrescidos. Na sua ótica pessoal enquanto comandante quais as medidas que preconizaria para minorar esta calamidade?
Fala-se bastante em prevenção e eu penso que seria exatamente por esta vertente que o problema devia ser atacado. Uma melhor prevenção, uma melhor gestão das florestas, a existência de alguém dentro do Estado que com a participação de todos (das câmaras municipais, dos bombeiros, etc.), talvez até através da criação de um grupo de reflexão, tentasse ajustar medidas à realidade que temos hoje. Há ideias boas que surgem aqui mas que, por força das circunstâncias, ficam por aqui. Eu não tenho as competências delegadas necessárias para as poder implementar e resta-me apenas a firme convicção de que as mesmas poderiam, eventualmente, ser aproveitadas por este grupo de trabalho para que se repensasse um conjunto de medidas que pudesse ser aplicado a nível nacional. Há hoje a necessidade de toda esta realidade ser repensada, de parar com um conjunto de medidas avulsas que resolvem apenas o problema no imediato mas que têm fraca aplicabilidade na prevenção. Que mensagem gostaria
de deixar aos viseenses e às forças que estão a intervir no terreno?
Como referi, assumi estas funções com espírito de missão e, neste sentido, todos os viseenses e todos aqueles que comigo travam esta luta diária, devem saber que estou aqui para trabalhar até ao limite das minhas forças, capacidade e saber no sentido de conseguir fazer uma gestão dos meios humanos e materiais à disposição, mais eficaz para que o socorro às populações seja o mais célere e o mais eficaz possível. O meu grande objetivo, e penso que para todos os que ocupam e ocuparam este cargo, é que haja uma resposta efetiva que vá ao encontro das necessidades das pessoas quando as populações estão em perigo, quando necessitam de ajuda e quando necessitam urgentemente de apoio. Para atingir este grande objetivo é evidente que conto com todos os agentes da Protecção Civil do distrito. Tudo farei para dignificar todos os agentes que considero que devem ser dignificados e em especial todos os corpos de bombeiros que representam a nossa grande força. Os corpos de bombeiros terão sempre o meu apoio, num clima de diálogo constante e permanente, de abertura mas, essencialmente, de trabalho porque o que importa é que se contrua alguma coisa positiva. Se há diálogo, se há cooperação mas depois não se dá o passo em frente, todo o esforço, todo o trabalho desenvolvido torna-se inútil. Ao tentarmos dar o passo em frente, ao trabalharmos, ao tentarmos melhorar em todos os aspetos, assegurolhes que tudo aquilo que passe por mim, tudo aquilo em que possa dar o meu contributo, que possa ajudar a melhorar, podem contar comigo pois estou aqui para isso. Todos os assuntos que os corpos de bombeiros, que todos os outros agentes me queiram por e que eu possa resolver ou impulsionar para as entidades competentes, estou cá para isso mesmo. Esta é a minha região, estes são os meus bombeiros e, para mim, eles estão entre os melhores bombeiros do mundo.
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região Última Assembleia Municipal aprova novo PDM Apesar de uma recomendação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) para não ser votado o novo PDM para Viseu antes da aprovação pela Reserva Ecológica Nacional (REN), o Plano Diretor Municipal que vai orientar o concelho nos próximos anos foi mesmo aprovado pela Assembleia Municipal de Viseu (AMV) com 34 votos a favor, oito abstenções da bancada socialista e um voto contra do Bloco de Esquerda. Entre críticas ao novo documento, vozes em sua defesa, muita discussão pelo meio e os fundamentos técnicos do diretor do
Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara de Viseu, José Pais de Sousa, a AMV entendeu que não se devia adiar mais tempo a viabilidade do novo PDM, que está há mais de uma década para ser aprovado. A aprovação do PDM encerrou os trabalhos de uma reunião atípica desde o início como era de esperar, em que parte do tempo dos deputados foi gasto em despedidas, agradecimentos e reconhecimentos, em que o presidente da Câmara, Fernando Ruas chegou a emocionar-se e em que o presidente da Assembleia Municipal, Almeida Henriques, também candidato à autarquia viseense
pelo PSD disse só abandonar as funções quando começar a campanha eleitoral para as eleições autárquicas (17 de setembro). Fernando Ruas anunciou que deixará um saldo orçamental para a gerência seguinte superior a 22 milhões de euros, que permitiria pagar quase toda a dívida de médio e longo prazo. O autarca, que foi eleito pela primeira vez em 1989 e não se pode recandidatar devido à lei de limitação de mandatos, aproveitou a sua última Assembleia Municipal para explicar a situação “deveras positiva” das finanças da autarquia. Emília Amaral
Emília Amaral
Viseu ∑ Presidente da Câmara, Fernando Ruas anunciou que deixará um saldo orçamental superior a 22 milhões de euros
A A AMV ficou ainda marcada por uma homenagem aos bombeiros Aquilino Ribeiro com estátua na Rua Formosa
∑ O escritor Aquilino Ribeiro vai ter uma estátua em sua homenagem na cidade de Viseu, a primeira no país, erguida na sequência de uma proposta apresentada à autarquia pelo Centro de Estudos Aquilino Ribeiro (CEAR). O presidente, Fernando Ruas anunciou que a inauguração de escultura, na Rua Formosa, vai decorrer no próximo dia 13. “A escolha é muito semelhante à de Fernando Pessoa no Chiado (Lisboa) e o local é simbólico, numa rua muito ligada a Aquilino”, adiantou Fernando Ruas aos jornalistas. EA
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TONDELA | VISEU | VOUZELA | REGIĂƒO 11
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PATRIMĂ“NIO NATURAL DE VOUZELA RESULTA EM LIVRO A C â m a r a Mu n i cipal de Vouzela vai lançar em livro, esta sexta-feira, dia 6, o traba l ho intitulado “ Pat r i mĂłn io Nat ural – Ă rvores e Florestas do Concelho de Vouzelaâ€?. Trata-se de um projeto coletivo de quatro anos, do biĂłlogo Paulo Pereira, do fotĂłgrafo JoĂŁo Cosme, que contou ainda com o contributo dos tĂŠcnicos da auta rquia, da Universidade de Coimbra e de vĂĄrias entidades ligadas Ă ĂĄrea ambiental. A obra, financiada pela Associação DĂŁo, LafĂľes e Alto Paiva n o â m bito do P r o der, vai ser conhecida durante uma sessĂŁo marcada para as 15h00, no Cine-teatro JoĂŁo Ribeiro. EA
HistĂłria(s) da cidade discutem-se em congresso Habitar [PatrimĂłnio]∑ Evento decorre nos prĂłximos dias 20 e 21 “Habitar [PatrimĂłnio] – Viseuâ€? ĂŠ o congresso que decorre na cidade, nos prĂłximos dias 20 e 21 de setembro. Investigação cientificamente estabelecida e comprovada sobre a cidade, histĂłria e morfologia urbana, histĂłrias da cidade, Viseu na antiguidade e na idade mĂŠdia e a descoberta das entranhas da cidade, sĂŁo alguns dos temas do evento que estĂĄ integrado nas Jornadas Europeias do PatrimĂłnio 2013, subordinadas ao tema “PatrimĂłnio/ Lugaresâ€?. As comunicaçþes estarĂŁo a cargo do arquiteto Gonçalo Byrne, LuĂs
Silva Fernandes (painel Viseu Contemporânea), Liliana Castilho, Teresa Cordeiro e JoĂŁo Nunes (painel Viseu Moderna), Catarina Tente e Manuel LuĂs Real (painel Viseu Medieval) e Pedro Sobral (painel Viseu Antiga). A organização do congresso estĂĄ a cargo da Projecto Patri-
D VXD WHUUD GD VXD UXD 2X YDL 2 X YYDL YYRWDU" RWDUU"
món io, Mu seu Grão Vasco, Escola Superior de Educação do Instituto PolitÊcnico de Viseu e a Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional das Beiras. As inscriçþes realizamse atravÊs do correio electrónico: info@projectopatrimonio.com. Micaela Costa
DETIDO
Tondela. EstĂĄ em prisĂŁo preventiva o jovem suspeito de ter ateado o incĂŞndio florestal “de grandes dimensĂľesâ€? na serra do Caramulo e no qual morreram trĂŞs bombeiros. A PolĂcia JudiciĂĄria (PJ) informou em comunicado que o homem de 20 anos foi detido na sextafeira, dia 30 pela PJ, atravĂŠs do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro e da Directoria do Centro, com a colaboração do NĂşcleo de Protecção Ambiental da GNR de Viseu de Santa Comba DĂŁo. O suspeito terĂĄ ateado o fogo para se vingar da GNR. Segundo a PJ o jovem agiu “em colaboração com um outro indivĂduo, este emigrante e atualmente no estrangeiroâ€?, ateando “vĂĄrios focos de incĂŞn-
dio na Serra do Caramulo, nos concelhos de Vouzela e Tondela, no dia 20 de agosto, que se transformaram num fogo de grandes dimensþes e em cujo combate perderam a vida dois bombeiros� (O terceiro faleceu terça-feira no Hospital da Prelada). EA
ASSALTO
Viseu. Um funcionĂĄrio da Visabeira foi assaltado Ă s 10h00 de segunda-feira, Ă saĂda do Complexo Desportivo PrĂncipe Perfeito, em CabanĂľes, Viseu. O jornal Correio da ManhĂŁ conta que os assaltantes deixaram o funcionĂĄrio entrar no carro, apontaram-lhe a arma e exigiramlhe o dinheiro que transportava em vĂĄrias pastas pretas. O colaborador recolhia o dinheiro da faturação de fim de semana de unidades hoteleiras do grupo, em Viseu. A PSP e a GNR montaram uma operação de caça aos assaltantes, que Ă hora do fecho do JC nĂŁo tinham ainda sido encontrados. EA
Informe-se sobre o seu número de eleitor e o seu local de recenseamento: ‡ (QYLH XP SMS gratuito para 3838, FRP D PHQVDJHP 5( HVSDoR Q~PHUR GR &DUWmR GH &LGDGmR RX %LOKHWH GH ,GHQWLGDGH HVSDoR GDWD GH QDVFLPHQWR DQR PrV GLD
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12 REGIÃO | AUTARQUICAS
5 | setembro| 2013
Pedro Morgado
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Almeida Henriques Viseu pode vir a integrar Dirigentes nacionais a Rede Europeia de do CDS-PP apresentou listas Cidades Saudáveis rumam a Viseu à cidade
Depois de no mês passado António Almeida Henriques, candidato do PSD à presidência da Câmara de Viseu, ter anunciado a composição das listas da candidatura “Viseu Primeiro” para o executivo e assembleia municipais, foi a vez de a cidade conhecer os nomes e as caras que as integram. No evento oficial de apresentação das listas, que decorreu na passada terçafeira no Parque Aquilino Ribeiro, participaram Fernando Ruas, mandatário de honra da candidatura, e Marco António Costa, vicepresidente do PSD. Com uma palavra a dizer sobre o atual momento económico, em que os primeiros sinais de recuperação despontam no horizonte, Marco António Costa, também secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, enalteceu o mérito do candidato e “colega” enquanto governante. “Estou certo que Viseu ficará mais rica com a tua presença aqui mas acredita que todos nós sentimos que perdemos um grande amigo no Governo mas, particularmente, um extraordiPublicidade
nário e competente secretário de Estado da Economia que exerceu funções no momento mais difícil, quando era preciso carregar aos ombros um conjunto de reformas e de medidas estruturais que agora dão os primeiros sinais positivos”, frisou. Ladeado por apoiantes de peso e por cerca de três centenas de apoiantes o candidato, que Marco António Costa vaticinou para 12 anos à frente da autarquia, não desarmou e apontou os méritos da sua equipa. Esta equipa “que tem uma só ambição” tem, também, “as pessoas certas nos lugares certos e no tempo certo”, destacou Almeida Henriques. “É um verdadeiro fôlego novo para prosseguir, renovar e expandir o extraordinário legado que recebemos dos últimos 24 anos, com a liderança do Dr. Fernando Ruas”, sustentou. Nas eleições autárquicas de 29 de setembro vão disputar votos em Viseu, para além de Almeida Henriques (PSD), José Junqueiro (PS), Hélder Amaral (CDS/PP), Manuela Antunes (BE) e Francisco Almeida (CDU). PM
O candidato do PS à presidência da Câmara de Viseu, José Junqueiro, anunciou esta semana em conferência de imprensa a sua intenção de candidatar Viseu à Rede Europeia de Cidades Saudáveis, caso venha a ser eleito. A educação para a saúde, as boas práticas, prevenir e combater os comportamentos de risco e promover a acessibilidade da população aos serviços de saúde são os objetivos imediatos do projeto apresentado pelo candidato socialista, que atualmente já cobre 22% da população em território nacional. “É um objetivo e uma ambição incluir Viseu na Rede Europeia de Cidades Saudáveis, de forma a que venha a ser considerado nacional e internacionalmente um município acreditado nas boas práticas na área da saúde”, salientou. Durante a conferência, o ex-secretário de Estado, anunciou que a candidatura de Viseu assenta em três eixos:” Estabelecimento de parcerias com as estruturas locais, reforço das dinâmicas de intervenção da rede social na
área da saúde e a promoção de políticas ativas”. Segundo explicou, também a criação de um centro oncológico e o estabelecimento de um projeto-piloto que permita dar uma resposta às famílias carenciadas, são projetos que quer ver implementados no concelho. “Queremos ta mbém uma promoção conjunta com os serviços de saúde locais para superar a falta de médicos nas extensões de saúde e ainda um programa de saúde oral e de combate à obesidade”, frisou. Em Portugal a Rede Europeia de Cidades Saudáveis, uma associação de municípios que tem como principal objetivo a promoção da saúde e a qualidade de vida das comunidades, existe desde 1997, conta atualmente com 29 municípios associados. O candidato do PS à câmara de Viseu declarou ainda ser prioritário um reforço das unidades de saúde móvel que permita efetuar rastreios e o transporte de idosos às consultas nos serviços de saúde. PM
Adolfo Mesquita Nunes, dirigente nacional do CDSPP e atual Secretário de Estado do Turismo, esteve ao lado de Hélder Amaral no passado domingo para a apresentação do compromisso desta candidatura com o turismo, naquela que constituiu a primeira visita programada dos dirigentes nacionais do CDS-PP a Viseu. Hélder Amaral, deputado eleito pelo círculo eleitoral de Viseu, defendeu que “as boas acessibilidades rodoviárias, a elevada riqueza gastronómica” e a localização do concelho, no “coração de uma das importantes regiões demarcadas vitivinícolas nacionais” justificam um olhar mais atento que o futuro executivo camarário deve aproveitar e promover quando, frisou, “a promoção de Viseu como destino é feita de forma deficiente e pouco articulada”. “Por evidente indefinição estratégica ou simples inércia, Viseu não é hoje uma cidade amiga do turista, falhando nos mais elementares aspetos: a informação”, salientou. Durante os contatos que estabeleceu nas visitas à
Casa da Sé e ao Palácio dos Melos, dois emblemáticos empreendimentos hoteleiros localizados no centro histórico, o candidato centrista defendeu ainda a ideia da criação de mecanismos e instrumentos de apoio às empresas turísticas que possam ser fatores de competitividade empresarial e geradores de emprego. Hélder Amaral sublinhou ainda que a candidatura do CDS-PP à Câmara do Viseu é contra a criação de qualquer taxa “de índole turística”. Referindo-se a esta questão, o dirigente nacional do CDS-PP, Adolfo Mesquita Nunes, reiterou esta ideia salientado o esforço que tem feito, enquanto governante, para abolir as taxas turísticas. “Respeito a autonomia que as autarquias têm para decidir as taxas mas considero que todos os custos de contexto adicionais a incidir sobre o setor do turismo são dispensáveis. Tenho-me esforçado no Governo para eliminar algumas delas e espero que as autarquias reconheçam ao turismo a importância económica que este tem”, frisou. PM
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REGIÃO 13
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Comunicar através da arte em Mangualde
Opinião
A salicultura O sal marinho é um elemento de notória importância na conservação e na alimentação. Em tempos, a sua utilização estendiase ainda aos campos de terapia de muitas doenças e era utilizado na mumificação egípcia. A salicultura desenvolveu-se em toda a costa mediterrânica e chegou da Babilónia à China. No território nacional, a extracção de sal sofreu um notório desenvolvimento com a ocupação romana. A técnica por cá utilizada na concentração e cristalização é o resultado de um processo secular. O prato gastronómico romano, que granjeou fama em todo o império, resultava de uma pasta de peixe e/ou de atum, envolvendo ervas aromáticas com sal proveniente de Portugal (Garum Ibérico). Durante o império romano, o sal foi frequentemente utilizado para o pagamento de uma parte da remuneração dos guerreiros. A palavra salário (salarium argentum, pagamento em sal), encontra aqui a sua génese. Dada a sua escassez, este elemento sempre foi pago a “peso de ouro”. Algumas das revoluções sociais de maior impacto a nível mundial, tais como a rebelião francesa (1340) que constituiu o embrião para a revolução francesa (1789), bem como a “marcha de sal” realizada por Gandhi em 1930 na India, tiveram como alvo o sal, dadas as taxas a pagar por este bem e o seu controlo ou monopólio. Em Portugal, a produção de sal iniciou-se a norte, na foz dos rios Lima e Vouga e com a conquista do território aos mouros baixou até ao Algarve. Durante o período dos descobrimentos, a sua produção era apenas permitida e circunscreviase a Portugal para o domínio do seu monopólio. Actualmente a produção nacional de sal encontra-se praticamente delimitada à região do Algarve (97%), mas são ainda possíveis de avistar vários salgados desde a ria de Aveiro até à foz do Guadiana. Em 2012, na região algarvia, em 670 hectares produziram-se 87
Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
mil toneladas, um estrondoso acréscimo na ordem dos 88% face a 2011. O regresso a esta actividade é a resposta dada pelas suas gentes, dado o gritante nível de desemprego que assola a região, mas decorre também do prestígio e valor alcançado com a “flor do sal” aí produzida. Na região Centro a sua extracção encontra-se centralizada na Figueira da Foz, numa área de 31 hectares que alcança as 738 toneladas. No estuário do Sado, e em particular em Alcácer-do-Sal, numa área de 48 hectares produzemse 2.340 toneladas. A indústria do sal foi também responsável pelo desenvolvimento de embarcações e utensílios específicos para a arte. Em Aveiro, os barcos destinados ao transporte dão pelo nome de “mercantil”, o mexer do sal ficou conhecido por “rer”, e por terras do Tejo e do Sado as algas com elevado poder depurador, que muito melhoram a sua qualidade eram e ainda são utilizadas na edificação do chão das salinas, conhecido por “feltro”. Por terras da beira, o comércio de sal encontra-se também ligado à profissão do almocreve, que Aquilino Ribeiro tão bem retractou no livro “ O Malhadinhas” personagem rústica, grosseira, algo manhosa, sentimental e com apurado sentido de justiça, que não se coibia de utilizar a navalha, bem como o pau (do qual era um exímio jogador) para resolver muitos dos problemas com que se deparava nas andanças entre Aveiro e as “Terras do Demo”. Um mundo rural e agrícola retratado com singular respeito. Num momento em que muito se debate a economia e a estratégia do mar, aqui está um dos muitos elementos que importa acarinhar e explorar nas vertentes histórica, turística e gastronómica.
A partir deste mês de setembro, Mangualde terá a oportunidade de conhecer novas abordagens, novos estilos, novas criações culturais e de explorar novas formas de comunicação pela arte e pela cultura, através de uma nova aposta da autarquia, que surge pelas mãos da AMARTE – As-
sociação pelo Movimento, Arte e Terapia. Para tal foi assinado um protocolo de parceria entre a associação e a Câmara que visa promover a formação em arte, a promoção da saúde pela arte e a promoção de eventos culturais e artísticos. Para o presidente da Câ-
mara de Mangualde, João Azevedo “é uma clara aposta no desenvolvimento cultural e artístico do concelho. A atuação da AMARTE prende-se com as vertentes da formação em arte, promoção da saúde pela arte e promoção de eventos culturais e artísticos. A oferta de formação permanente
abrange participantes dos três aos 99 anos e passa por várias técnicas de dança, teatro e uma oficina de pais para leitura em família. Oferece terapia mediada pela arte nas expressões musical, corporal e lúdica e pontualmente outras atividades como ateliês e workshops de várias áreas. EA
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Nos seus 19 anos de existência, a ADD – Associação de Desenvolvimento do Dão, sempre se assumiu como agente activo na promoção e no desenvolvimento rural integrado e auto-sustentado da sua zona de intervenção, que inclui os concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão. Pela sua natureza de associação de direito privado sem fins lucrativos e pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido em prol do desenvolvimento local, foi-lhe concedido, desde 2001, o estatuto de Entidade de Utilidade Pública. Tem como missão a melhoria da qualidade de vida das suas populações e a criação de condições para fixação das famílias nas localidades de origem, quer através da recuperação patrimonial, criação de infra-estruturas de apoio à família, quer através da promoção da criação do próprio emprego e infra-estruturas de comunicação, no sentido da construção de uma imagem actual, positiva e atractiva de pertença ao mundo rural. Nesse mesmo sentido, paralelamente, a Associação tem apoiado a criação e modernização de micro e pequenas empresas, fomentado o auto-emprego, perseverando, sempre que possível, no uso dos produtos endógenos e recursos naturais nos quais estes concelhos são ricos. A renovação do tecido empresarial com estruturas mais pequenas e, por consequência mais flexíveis, está a apresentar-se como uma resposta positiva aos novos desafios impostos por uma crescente crise económica. A ADD para cumprir o seu objectivo global desenvolveu um conjunto diversificado de competências para as populações locais, tais como: desenvolvimento de estratégias de acção, divulgação e informação de ajudas ao desenvolvimento local, sensibilização e dinamização/animação do território, formação e aquisição de competências em diversas áreas, empreendedorismo feminino, gestão e execução de programas. Este modelo de actuação construído pelos actores locais e o uso de uma abordagem territorial ascendente e participativa permitiu à ADD, ter o reconhecimento do seu valor, por parte dos seus parceiros e das instituições locais, regionais e nacionais, enquanto agente catalisador da mudança de condições de vida e de construtor de uma nova imagem do mundo rural. Do trabalho desenvolvido realçam-se algumas intervenções, que deram um contributo para a sustentabilidade e competitividade dos territórios, em diversos eixos: Formação: toda a formação desenvolvida teve em conta as necessidades existentes criando respostas direccionadas e adaptadas ao público em causa. Assim: •Escolas-Oficina, no âmbito das artes tradicionais da região, direccionadas para desempregados de longa duração, com baixa escolaridade. •Programa FORAL destinada a funcionários da administração local, dando respostas às lacunas sentidas dentro de cada sector dos municípios. •NOW (New Opportunities for Women) e o MULHER+, especificamente ligados à problemática do desemprego feminino e igualdade de género no acesso ao trabalho. •63 Acções de Sensibilização Florestal, no âmbito da Medida 6 do PAMAF, destinadas aos agricultores e produtores florestais e foram frequentadas por mais de 1700 pessoas. TIC - Tecnologias de Informação e Conhecimento: •RDIS – PME’s do Dão (1994-1996), em parceria com o CET de Aveiro, consistiu no desenvolvimento de Catálogos Electrónicos para diversas PME da zona de intervenção da ADD; •WOLF - Internet and WWW Opportunities in Less Favoured Regions (1995-1998), foi um projecto-piloto a nível europeu, co-financiado pelo FEDER, para a promoção e comercialização de produtos através do desenvolvimento de sites para PMEs na Grécia, Itália, Espanha, Alemanha, Irlanda e Portugal. O projecto teve como responsável nacional a PT, através do CET de Aveiro, tendo a ADD sido a entidade responsável, a nível europeu, pela gestão financeira. •Informática Infantil (1997-2000) – em colaboração com o CESAE e Câmaras Municipais. Teve como objectivo, envolver crianças e professores de 60 escolas do 1º ciclo e infantários, para o uso da informática. Gestão de Programas de Desenvolvimento Local: •Centro Rural Alto Dão (1998-2003) integrado nos Programas IDL/PPDR foram apoiados 24 projectos públicos e privados e ainda a publicação de um Roteiro intitulado “...Na Alma de Um Povo”. •Acção 7 AGRIS – Planos de Intervenção (2002-2008) – Acção 7 – Valorização do Ambiente e do Património Rural; Subacção 7.1 – Recuperação e Valorização do Património, da Paisagem e dos Núcleos Populacionais em Meio Rural. Estes Planos de Intervenção para várias freguesias, permitiram projectos de requalificação de espaços públicos, recuperação de construções rurais de traça tradicional e preservação e valorização paisagística dos espaços rurais. •Acção 8 AGRIS – Plano de Acção (2004-2006) – Ovinicultura para a Produção de Queijo - Com este projecto pretendeu-se principalmente, promover e valorizar a ovinicultura e a produção do Queijo Serra da Estrela. •LEADER: a ADD desde 1996 foi a entidade reconhecida para gerir, a nível local e no território onde intervém, o Programa LEADER nas suas diferentes fases: •PIC LEADER II (1996-2001) – convencionado pelo montante de 3.421.753,57€. O financiamento previsto permitiu a implementação de 88 projectos num montante total de 4.600.797,00€. •PIC LEADER + (2002-2007) - o Leader + foi convencionado em de 3.300.000,00€ e permitiu, a aprovação de cerca de 100 projectos, no Vector 1 e Vector 2, com um investimento total superior a 5.300.000,00€.
•LEADER/PRODER (2007-2013) – O LEADER/PRODER iniciou a sua real execução nos finais de 2009 decorrente de um complexo processo de adjudicação do Eixo 3 aos GAL. Com um orçamento, até à data, disponível 7.319.504,22€ de despesa pública, prevê-se que até ao final do programa em Dezembro de 2013, seja possível aprovar investimentos num montante superior a 13 milhões de euros. No período de concursos entre 2009 e 2012 foram aprovados 102 pedidos de apoio, num montante total de investimento de 10.917.352,58€ e com um apoio público directo de 6.858.720,52€. Estes 102 projectos criarão cerca 200 postos de trabalho. No primeiro trimestre de 2013 o GAL/ADD abriu concursos às acções 3.1.2, 3.1.3, 3.2.1 e 3.2.2, tendo recepcionado 54 pedidos de apoio com um investimento previsto de 5.271.584,86€, prevendo-se a criação de 87 postos de trabalho. Estes PA estão em processo de selecção. Num período de profunda crise económica o LEADER/PRODER apresenta-se como uma ferramenta fundamental na sustentabilidade das economias rurais derivado, em grande parte, pela adequação da metodologia à realidade do território, bem como da proximidade e assistência da Equipa Técnica Local aos potenciais promotores (agricultores, cooperativas, IPSS´S, autarquias locais, microempresas, associações, etc.), havendo um acompanhamento desde a ideia à concretização do projecto. Para mais informações contacte a ADD em www.add.pt e pelo telefone 232642632.
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economia Consultório Jurídico
Nelas vai receber o maior certame da Região Demarcada do Dão Uma centena de expositores, entre eles mais de 30 produtores de vinho do Dão, mas também artesãos, associações, produtores de queijo Serra da Estrela e representantes da gastronomia da região vão estar presentes na edição deste ano da Feira do Vinho do Dão em Nelas, que começa esta sexta-feira e decorre até domingo, dia 8, na Praça do Município. Considerado o principal evento em termos da Região Demarcada, a feira, adianta a autarquia, procura todos os anos “potenciar a posição estratégica de Nelas, bem no centro da região demarcada” assim como homenagear quem produz vinho no Dão, contando com milhares de visitantes por ano. A 22ª edição da Feira do Vinho do Dão é inaugurada na sexta-feira, às 16h00, numa cerimónia marcada para o Auditório do Multiusos de Nelas, onde haverá uma homenagem a personalidades ligadas ao vinho, através da Confraria dos Enófilos do Dão. Na ocasião será
Arquivo
Objetivo∑ Potenciar a posição do concelho e homenagear produtores de vinho
A Lançamento 1ªpedra do Centro Interpretativo do Vinho e da Vinha Dão, dia 6 ainda assinado um protocolo entre a CVRDão e a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão-Lafões, para a implementação da Rota dos Vinhos do Dão. A Cerimónia vai igualmente servir para o lançamento da primeira pedra do Centro Interpretativo do Vinho e da Vinha Dão - Lusovini. No centro da feira, em espaço próprio, decorrem ao longo dos três dias provas de formação sobre chocolate, os benefícios
do mel, o azeite, o amassar do pão, o queijo Serra da Estrela, a cozinha infantil, entre outras. A a nimação é ta mbém uma constante, assim como as atividades desportivas e lúdicas. O destaque desta edição vai para a presença do programa “Somos Portugal”, da TVI, que vai fazer a sua transmissão em direto, no domingo, entre as 14h00 e as 20h00. Outra das atracões é o espetáculo do Teatro Hábitos, a partir das
21h30, seguido do espetáculo “Fado a Dois”, com Carla Linhares e Carlos Viçoso. À semelhança dos anos anteriores, a organização tem parceria com a CP Comboios de Portugal, que oferece transfer desde a estação de comboio até ao recinto do evento a quem utilizar a linha da Beira Alta para se deslocar ao certame. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
O Booking.com, um dos sites mais famosos na internet para efetuar reservas em hotéis de todo o mundo, atribuiu uma distinção à Casa da Sé, hotel de charme situado no coração do centro histórico de Viseu. A distinção deve-se ao facto de “ter mantido um elevado padrão de qualidade com a pontuação 9.2”, refere uma nota à imprensa. A distinção é concedida aos hotéis que atingem uma classificação supe-
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Hotel Casa da Sé distinguido pelo Booking
rior a 8 numa escala de 1 a 10, “o que representa um elevado grau de satisfação por parte dos clientes que deram uma nota à Casa da Sé, com base na sua estadia, resultando na classificação ‘soberbo’, de acordo
com a escala daquele portal de reservas”, acrescenta o comunicado. A Casa da Sé localizada na Praça D. Duarte, no coração do centro histórico, abriu ao público em 2011 após a recuperação de um
edifício do século XVIII, “que está hoje recheado de antiguidades e obras de arte, um dos mais relevantes investimentos privados da última década no Centro Histórico de Viseu”. A direção do empreendimento recorda que o hotel de charme “tem acumulado várias distinções internacionais, tendo já recebido este ano o Certificado de Excelência do TripAdvisor, o maior site internacional de viagens”. EA
Nelly Branco Advogada nellybranco-48522c@adv.oa.pt
Como e quando comunicar ao senhorio a denúncia de um Contrato de Arrendamento? Várias são as vezes em que somos abordados no escritório com este problema, pelo que entendemos ser interessante alertar sobre as consequências de uma eventual denuncia mal operada. Salientamos que cada caso tem as suas especificidades, pelo que, nunca deverá deixar de consultar um prof issional do foro, o(a) Advogado(a). Ora, a título de exemplo, passamos a expor um caso em concreto: O A ntón io (a r rendatário/inquilino) arrendou um apartamento pa ra habitação ao Joaquim (senhorio) em 01 de Janeiro de 2013. E m 3 0 de A gosto de 2013 o António decide casar e quer procurar um apartamento com melhores condições de habitabilidade, para assim, residir com a sua futura esposa. Todavia, preocupado por ter ainda um contrato que o vincula por um período de três anos, não sabe o António se pode comunicar ao senhorio a sua saída nesta data, e podendo, como o deve fazer. Como proceder? Muitas vezes, numa base de boa-fé e confiança entre as partes, é costume os intervenientes facilitarem os termos da comunicaç ão e pen sa rem que um simples telefonema ou conversa a informar é suficiente para a denúncia do contrato produzir efeitos. O que poderá ser válido numa base negocial, mas à cautela o que a Lei diz não é isso…
Assim, deverá o António comunicar por escrito, por carta registada com aviso de recepção, para a morada do senhorio que consta do Contrato de Arrendamento, de que pretende denunciar o mesmo com uma a ntecedência de 60 dias (neste caso em concreto) do termo do contrato, uma vez que, já decorreram seis meses desde a sua celebração, não sendo necessário apresentar qualquer ou eventual justificação. Todavia, caso já tivesse decorrido um ano ou mais de duração efectiva deste Contrato de Arrendamento, o António teria de comunicar ao senhorio para a morada que consta do mesmo, por carta registada com aviso de recepção, a sua saída com uma antecedência de 120 dias. Nestes termos, caso se pretenda denunciar um contrato de arrendamento, as partes intervenientes deverão preocupar-se com o período de duração efectiva do contrato, préaviso e com a formalidade exigida para tal, a carta registada com aviso de recepção, sob pena de assistir ao senhorio o direito de exigir o paga mento das rendas correspondentes ao período em falta, e não ser possível ao arrendatário provar que comunicou de uma forma válida e eficaz a sua denúncia. Informado, conseguirá melhor proteger os seus interesses.
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16 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
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Clareza no Pensamento
Moda em Mangualde
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Tempo e dinheiro
Evento∑ Desfile pretende divulgar e dinamizar o comércio local Decorre hoje, dia 5, a segunda edição do evento Mangualde Fashion. Pelo segundo ano consecutivo a Câmara Municipal de Mangualde dinamiza e promove o comércio local através da realização de um desfile de moda. A iniciativa, que decorre pelas 21h00, no Largo Dr. Couto, integra-se no programa das Festas da Cidade. São várias as lojas e marcas que participam no evento. Pelo palco da moda “desfilam” roupas e acessórios, ourivesarias e relojoarias, sapatarias, cabeleireiros, maquilhadoras, óticas e fotógrafos. Para além da autarquia mangualdense a organização conta com o apoio da Associação EmpresaPublicidade
A Pelas 21h00 no Largo Dr. Couto rial de Mangualde e do Alfaiate António Luís. São várias as marcas que já aderiram ao MangualdeFashion 2013: Mazur, Concreto, Maria Bonita – Vestuário e Acessórios, Rodeo Company Kids, Rodeo Company Sportswear, Alcofinha,
Vitó Moda Jovem, XOCK - Comércio de Vestuário, PTN Store, Carlinha Pronto-a-vestir, Galerias Morais, Nani Noivas, Sapataria Fernandos, Dia D Bijuteria, Pereirinha Ourivesarias, Vitó Cabeleireiros, Ana Coelho Cabeleireiros e SPA, Cabe-
leireira Fátima Abrantes, Nova Gente Cabeleireiros, Dineia Cabeleireira, Espelho Mágico Cabeleireiro, Salão Minda, Ergovisão, Grupo Optivisão, Grupo Ótico OMB, ISO 800 e Estúdios Visor. Micaela Costa
FESTIVAL DAS ÁGUAS DE SÃO PEDRO DO SUL DECORRE ESTE FIM-DE-SEMANA Numa organização da Termalistur – empresa municipal que gere a maior estância termal da Península Ibérica, o Festival das Águas, promove as potencialidades das àguas das Termas de São Pedro do Sul, de hoje, dia 5 até domingo. O evento, é palco do lançamento da primeira linha de dermocosmética das Termas de São Pedr o do Sul e recebe vários artistas do munco da música e da magia. O rio Vouga é o local escolhido para os espetáculos, que se realizam num palco flutuante. Shout (6 de Setembro), André Sardet (7 de Setembro), um show de moda com a apresentação de coleções de designers nacionais, bem como um espetáculo de magia de Luís de Matos (8 de Setembro), são algumas das atrações do festival. O evento conta ainda com a presença de diversas figuras públicas, estando previsto para hoje um Flash Mobe, workshops e animação de rua. MC
Este artigo resulta do cruzamento de três acontecimentos recentes na minha vida: o visionamento de um filme, a leitura de um livro e o falecimento prematuro e totalmente inesperado de um amigo de longa data. Segundo um velho e conhecido ditado, tempo é dinheiro. Ora, isto parece traduzir uma igualdade entre tempo e dinheiro, o que é enganador. O tempo é muito mais valioso do que o dinheiro. Por várias razões. Desde logo, porque o stock de tempo de cada um de nós é limitado. Pior: é desconhecido. Eu não sei qual é o meu tempo de vida. Por outro lado, se eu tiver mais tempo posso ganhar mais dinheiro, mas o oposto não é exatamente verdadeiro. O facto de ter mais dinheiro pode dar-me alguma flexibilidade relativamente à forma como uso o meu tempo mas na verdade não me cria (mais) tempo (de vida). Não sendo possível criar tempo, apenas posso decidir como alocar aquele de que disponho – e que não sei quanto é. Ou seja, enquanto que o dinheiro pode ser renovado (desde que eu tenha tempo), o tempo não (mesmo que eu tenha dinheiro). Cada hora, cada minuto, cada segundo que passa, não volta. Eu posso pedir dinheiro emprestado e certamente haverá quem mo empreste, em menor ou maior quantidade, mais caro ou mais barato. Mas infelizmente não consigo que alguém me empreste tempo (para que eu aumente o meu stock). Isto deveria ser suficiente para que cada um de nós usasse o tempo de que dispõe de forma extremamente sensata. Porém, não é isso que se constata. Arrisco a dizer: pelo contrário. É dolorosa a forma como algumas pessoas desperdiçam o seu tempo, abusando de procrastinação e cronófagos pessoais. Depois, temos a nossa (portuguesa) crónica e doentia falta de pontualidade (seria interessante tentar quantificar os seus custos globais). Mas o que mais custa é ver como o tempo de algumas pessoas é desperdiçado, contra a sua vontade e até o bem comum, devido a imposições de terceiros, com poder hierárquico sobre elas. Em certas profissões é realmente doloroso. Mas isso dava para outro artigo…
Rogério Matias rogerio.matias@estv.ipv.pt
Recentremo-nos no tema de hoje: tempo e dinheiro. Custa a compreender como é que tanta gente trata o dinheiro com tanto cuidado (muitas vezes até de forma doentia, obsessiva) e o tempo de forma tão negligente. É para mim incompreensível como é que tantas pessoas abdicam de tempo para ganhar mais dinheiro. Não me refiro àquelas que, infelizmente, precisam absolutamente de o fazer – necessitam de abdicar de muito tempo para, em troca, obter pouco dinheiro. Refiro-me àquelas que, não necessitando na verdade de mais dinheiro, continuam, patologicamente, a dar mais valor ao dinheiro do que ao tempo. Algumas nunca terão tempo para usufruir desse dinheiro. Talvez não lhes sobre tempo sequer para pensar que de um momento para o outro podem ficar sem tempo – logo, sem dinheiro. Infelizmente, o mundo é maioritariamente governado pela ganância. Associada ao dinheiro, entenda-se. No fundo, não foi ela que desencadeou esta enorme crise à escala planetária? Um pequeno número de pessoas fez mau uso do seu tempo e estragou o stock de tempo disponível (a vida) de muitos milhões de pessoas, em muitos casos, de forma definitiva e irremediável. Como o mundo seria melhor se cada um de nós pudesse alocar uma pequena parte do seu tempo, ajudando outros a troco de nada, apenas pela satisfação de o fazer!... 1. Na origem deste artigo estiveram, de alguma forma, o filme “In Time” de Andrew Niccol (2011; título em Portugal: “Sem tempo”), o livro “Time Value of Life”, de Tisa L. Silver (2011; não traduzido para Português) e o inesperado falecimento recente do meu amigo António, à data Presidente da Direção da Associação de Antigos Alunos do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, cuja memória evoco. 2. Este artigo ficará disponível no blogue Clareza no Pensamento (http://www.clarezanopensamento.blogspot.com) onde poderá ser objeto de comentários.
SUPLEMENTO
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 599 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo
Com 21 edições a Feira Industrial e Comercial do Concelho de Tondela (Ficton) é uma referência regional e uma verdadeira montra de projeção das potencialidades e mais-valias do concelho de Tondela. A edição de 2013, que decorre de dia 13 a 16, invade a cidade para mais um certame que conta com vários espetáculos musicais, culturais e atividades desportivas e várias cerimónias religiosas e de consagra-
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Total T t l stands t d ocupados
ção de instituições locais, como é o caso dos Bombeiros Voluntários de Tondela. Quanto à programação musical destacamse diversos nomes do panorama nacional: Emanuel (dia 13), Amor Electro (dia 14), Samuel Úria e The Gift (dia 15) e Orquestra Aeminium (dia 16). E porque divulgar o concelho é um dos principais objetivos da Ficton, também vários artistas do concelho vão marcar presença no palco da Feira Industrial e
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SUPLEMENTO TO
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Comercial do Concelho de Tondela. Ao recinto da festa regressam as tão conhecidas tasquinhas, que reúnem o movimento associativo do concelho e oferecem a todos os visitantes o que a região tem de melhor, a gastronomia e as tradições. Também as freguesias do concelho estão representadas em mais uma edição da Ficton, nos st ands da Feira das Freguesias, um espaço de encontro e promoção
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do território. Assim como exposições que estarão dentro e fora do Pavilhão Municipal, onde se destacam os produtos locais como o ar tesanato e a produção agroalimentar, além dos expositores ligados ao tecido empresarial. Ao longo de quatro dias Tondela recebe muita animação e sobretudo milhares de visitantes que vão fazer desta, mais uma edição de sucesso.
FICTON em números
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Stands St d de d empresas
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Stands de doçaria e artesanato
38
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Stands de freguesias
Stands - Tenda ao sabor ( produtos endógenos)
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A Ficton surge após a extinção das Festas da Mata, promovidas, na altura, pelos bombeiros voluntários e que representavam um acontecimento único, aguardado por todos com grande expectativa. Com a evolução das Festas da Mata e a aceitação por parte do público, o município decide criar, já no início dos anos 80, uma mostra capaz de ter uma maior e melhor capacidade de divulgação das forças económicas e movimento associativo. É desta vontade que nasce a Feira Industrial e Comercial do Concelho de Tondela (Ficton). Já como Ficton, a festa foi, ao longo do tempo, ganhando outras raízes e outra força. Num primeiro momento realizaram-se em espaços mais próximos do centro da cidade, o então conhecido Espaço da Mata, hoje parque urbano e depois passou para uma zona junto ao tribunal. Com o crescimento e a projeção da Ficton e com o aparecimento do pavilhão desportivo municipal, o município pôde assim reconfigurá-la, tornando-a ano após ano um dos momentos marcantes do concelho de Tondela.
9 Tasquinhas do T movimento associativo
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Empresas Empre de Exposição automóvel
Associações Associaç envolvidas
9 Bares do movimento B associativo
2000 Aves em exposição num total de 150 espécies
6 Empresas de animação infantil, e vendedores diversos (Espaço exterior)
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José António Jesus, vice-presidente da Câmara Municipal de Tondela
“QUEREMOS QUE A FICTON SEJA A Ficton tem sido, ao longo destes anos, uma montra do concelho de Tondela?
de de vida, de atração e liderança. É preciso perceber que as pessoas querem aceder ao emprego e á qualidade de vida. Acima de tudo penso que E nesse sentido a Ficton está a tem sido um grande palco de dar um enorme contributo para projeção. Esta montra tem que reforçar a imagem do conceser vista pelo espaço de inte- lho. ração, e não uma observação O que torna a Ficton, diestática. Queremos que a Ficton seja um espaço de parti- ferente de todas as outras lha, de comunicação, de rela- festas/feiras da região? cionamento, de fortalecimento Do ponto de vista da oferta da identidade local, que inevi- musical, naturalmente que estavelmente assenta na matriz tes artistas também estão nos das suas gentes. A Ficton é um melhores palcos do país. O que espaço de vivências, nas suas a torna diferente é o ambiente múltiplas vertentes. Cada ano que se vive. Olharmos no rosque passa qualquer acrescento to das pessoas e perceber que é um ganho e nunca uma per- vivem esta altura como um peda em relação a edições an- ríodo de afirmação. O facto de teriores. valorizarmos a gastronomia local, a relação com o nosso moE nestes 21 anos, fo- vimento associativo. De há uns ram mais os ganhos que anos a esta parte temos, de forma rotativa, várias associaas perdas? Eu penso que há sempre ga- ções locais que dinamizam o nhos quando somos capazes espaço da gastronomia, atrade projetar aquilo que somos. vés das tasquinhas (9 nesta Vivemos num território compe- edição). Há também espaços titivo, vivemos numa sociedade de bares, onde estão mais 14 onde a diferenciação é funda- associações e isso mostra bem mental e o sermos capazes de a capacidade agregadora que a mostrar o que somos, o que Ficton tem, não só como monqueremos seguir, é a nossa tra da cidade, mas de todo o principal arma para que seja- concelho e por isso, para nós, mos únicos e diferentes. Claro esta é sem dúvida uma festa que sempre com respeito pe- do concelho. los demais, sempre com uma É portanto desejo do perspetiva de interajuda, de saber gerir um território onde m u n i c í p i o q u e a F i c os interesses e os recursos se t o n m o s t r e t o d a s a s cruzam com outros concelhos. potencialidades do conÉ fundamental que o poder de- celho… É fundamental, ao ponto de mocrático local, seja capaz de afirmar a vertente onde se pos- termos aqui representadas assa projetar aquilo que somos, sociações de freguesias que sem por em causa aquilo que distam 40km da sede de concelho. Em paralelo incremenos outros querem ser. tamos uma mostra, dedicada A Fic ton ganha hoje às freguesias, onde ai também essa ideia de “competiti- vão mostrar as suas mais-vavidade” e “diferença” na lias, bens, atividades. A Ficton é sem dúvida a montra do conregião? Esse é um objetivo central. celho, no seu todo. Temos um Tondela pela sua localização território considerável e achae tecido empresarial tem uma mos que a construção de polos posição liderante em relação à de desenvolvimento é fundacapacidade atrativa, em par- mental para que o concelho se ticular no setor da indústria e valorize como um todo. isso para nós é determinante. Acredita que a Ficton é A Ficton, mais do que a oportunidade de negócio que se pro- uma forma de afirmar a porciona para alguns setores própria região centro? Acredito que projetos como industriais, é acima de tudo uma afirmação que contribui estes podem ajudar a valoripara o sentimento de qualida- zar e a projetar o que somos.
Temos que nos convencer que temos que ser os primeiros defensores daquilo que somos, para que possamos afirmar o porquê de sermos diferentes. E mostrar que nem sempre nos centros urbanos estão as melhores oportunidades. Temos que conseguir mostrar que temos capacidade empreendedora, que temos as condições para sermos vencedores, se nos resignarmos, estamos a dar um passo atrás.
A Ficton é já uma marca de Tondela… A Ficton é uma valorização que envolve muitos parceiros, desde o comércio, à indústria, juntas de freguesia, entre muitos outros. E esta ajuda de todos é uma construção muito importante para que Tondela se evidencie.
Quais as maiores dificuldades para organizar um evento como este? Envolve uma capacidade de organização e de coordenação assinalável. Obviamente que a experiência e os parceiros, que ao longo dos anos trabalham connosco, é muito importante. O crescimento da Ficton é considerável e o espaço acaba por ser um dos maiores obstáculos e isto leva-nos a que tenhamos uma imaginação muito forte. Contudo dispersar a Ficton faria com que o evento perdesse o encanto. Em cada momento temos que encontrar soluções para as novas dificuldades.
Quanto tempo é preciso para organizar a Ficton? Começamos a planificar após a edição anterior. Há um primeiro momento em que se reflete e se pensa o que fazer no ano seguinte. A quatro meses do evento começa-se a trabalhar de forma mais vincada.
Quantas pessoas estão envolvidas neste projeto? Há um conjunto de serviços, como o espaço expositivo e estrutura de palco, que são realizados por empresas. Mas depois há um conjunto de 10 a 15 pessoas que trabalham na organização do evento propriamente dito e poucos dias antes
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É preciso perceber que as pessoas querem aceder ao emprego e á qualidade de vida. E nesse sentido a Ficton está a dar um enorme contributo para reforçar a imagem do concelho”
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UM ESPAÇO DE PARTILHA” do início da feira, há número considerável de colaboradores que permitem que tudo fique devidamente pronto.
Um valor que acima de tudo tem repercussão na capacidade de gerar um excelente retorno naquilo que é a capacidade empreendedora, de atração, e Ao longo dos anos sen- de reforço de identidade. Este tiu-se um aumento de vi- é um investimento necessário para que possamos mostrar sitantes? Se houve tempos em que na que somos atrativos. Ficton se notava um ou dois dias que atraiam mais pessoas, nos últimos anos percebese que os visitantes já não escolhem, vêm todos os dias. E isso deve-se à diversidade de oferta. E esse número já não é só de pessoas do concelho, mas de muitos outros pontos da região e até do país.
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Com todo este crescimento, com a qualidade do cartaz, a verdade é que a entrada é livre. Esta é uma opção estratégica, embora já tenhamos equacionado que alguns dias poderiam ter um custo, ainda que com um valor simbólico. Mas acreditamos que essa possibilidade poderia restringir a dimensão da Ficton. Temos equacionado esse tema, a relação custo/beneficio tem sido estudada, mas até agora temos concluído que a vantagem está do lado da entrada livre. Mas seja qual for a decisão, o que pretendemos é que não haja restrição a ninguém, para que todos possam continuar a vir à Ficton.
150 mil euros [orçamento Ficton 2013]”
É para continuar a ser atrativa que a Ficton não descora a escolha do cartaz?
A programação cultural da Ficton procura equilibrar duas componentes, por um lado um cartaz com artistas da primeira linha nacional, que sejam referência, que estejam com uma boa projeção nacional, mas também procuramos sempre associar-lhe uma possibilidade de grupos locais se afirmar no espaço da Ficton. Este equilíbrio tem tornado o programa muito interessante, e aliado a tudo isto existem as nossas asQual é o orçamento para sociações, instituições e grupos de música popular que a realização da Ficton. A Ficton tem um custo ele- divulgam a nossa identidade vado no que diz respeito à es- local, as nossas raízes e cultutrutura. Depois tem outra parte ra. O que queremos é chegar a de logística desenvolvida com todo o público. recursos próprios, como é o caso da zona das tasquinhas, Quais as expectativas a rede de luz e água. Tudo é para mais uma edição? Esperamos que este projeto feito numa lógica de procurar respostas sustentáveis e eco- continue a corresponder áquilo nomicamente mais vantajosas. que para nos é mais importanOs custos da Ficton repartem- te: um momento de festa, de se em três fatias, cujo peso é afirmação e convívio. Quererelativamente igual: logística mos naturalmente que atraia de stands, cartaz e depois a mais pessoas, mas acima de parte associada ao alojamen- tudo que quem venha possa to, serviço de catering e toda divertir-se e que sinta vontade a promoção, o somatório an- de viver em Tondela. dará muito próximo dos 150 C omo convidaria a s mil euros.
Um valor que vale a pena despender…
pessoas a visitarem a Ficton? Descubram-nos!
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A F ic ton result a de um cres cimento nat ural, um crescimento sustent ado, que foi solidificando e que foi procurando ganhar o incremento de novas dinâmicas. Para além de uma festa, com espetáculos musicais, ganhou novas áreas de afirmação, associadas à projeção da atividade económica, do tecido associa-
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Sexta
A abertura oficial da Ficton está marcada para sexta, dia 13, pelas 19h30, com a presença de Pedro Saraiva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). A animação do primeiro dia de certame fica a cargo da Banda Tribal (20h00), Som D’Côco (21h30) e de Emanuel (22h45).
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Sábado
O segundo dia de festas (sábado, 14) inicia com atividades desportivas, outras das marcas da Ficton. O I torneiro de futebol sub-10 realiza-se no complexo desportivo do Estádio João Cardoso, em Tondela, pelas 9h30. Às 16h00 a associação Motoclub “U zibb’s”, fazem uma demonstração Freestyle, onde dão asas à imaginação, em segurança, pelas 16h00. Ainda para este dia, mais um momento importante, que a autarquia não quis deixar de assinalar: a sessão de entrega de prémios aos melhores alunos das escolas do 2º e 3º ciclo, secundárias e profissionais de Tondela, no auditório, na Acert, pelas 18h00. À noite, pelas 21h00, a Ficton reserva uma mega aula de Zumba e pelas 22h45 a atuação do grupo português, Amor Eletro. A festa só acaba depois dos dj’s MTM abandonarem a cabine, onde chegam pela 1h30.
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tivo, da identidade local com o seu ar tesanato, com os produtos locais e com a força empreendedora dos empresários. S ão as diferentes ver tentes que tornam a Ficton o principal patamar de afirmação do concelho. E é pela necessidade de evidenciar o que de melhor este con-
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celho oferece e de homenagear quem, ano após ano, trabalha para uma const ante evoluç ão do ter ritório, que a F ic ton tem vários eventos as so ciados à feir a, propriamente dita. Já es te sábado (dia 7 ), o município procede à inauguração da “Praça Besteiros” e 2 ª fase do Par-
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que Urbano de Tondela, pelas 21h0 0. A inda, par te integrante da Ficton, o elefante S alo mão, depois de passar por Figueira de Castelo Rodrigo, S ão J o ão da Pesqueira, Pinhel, S o r telha, Fundão e C astelo B ranco, regressa a casa para duas sessões no sábado e domingo (dias 7 e 8), pelas 21h4 5. A via-
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g e m d o e l e f a n t e é um e s p e t á c ul o d a a u t o r i a d a A sso ciaç ão Cultural e R e creativa de To ndela ( A C E R T ) e que se ba seia na o bra “A viagem d o elefante”, de J o sé S aramago (uma his tór ia s o bre um paquider me i n d i a n o q u e, n o s é c u l o X V I , c a mi n h o u d e L i s b o a a Viena de Áustria). O espetáculo do Trigo Limpo teatro
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Domingo
Domingo o certame começa com mais uma atividade desportiva, o VII passeio de cicloturismo “Freguesias no Pedal”, pelas 8h30 e pelas 9h15 a 1ª caminhada Labesfal/ Fresenius Kabi. Pouco depois mais um momento onde se assinala a interajuda e responsabilidade associativa do município de Tondela. Pelas, 10h30, comemora-se o 31º aniversário da Associação dos Combatentes do Ultramar, uma associação a nível nacional, sediada no concelho de Tondela e que está, de há uns tempos para cá num espaço cedido pelo município. Este é um espaço que permite ter um serviço médico, para aqueles que ainda sofrem de patologias de stress de guerra, uma associação que em muito orgulha o concelho. Nas comemorações, que decorrem no auditório municipal, pelas 11h00, estará presente a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Naiconal, Berta Cabral. Ainda no domingo e como forma de levar Tondela ao mundo, a Ficton vai ser transmitida através do canal nacional SIC e do programa Portugal em Festa (com início pelas 14h00). No âmbito do desafio levado a cabo em todos os programas que têm sido realizados pela SIC, em Tondela o record que se vai tentar bater é o maior número de frangos assados. Atividade que se associa à Festa do frango, um evento que já se tornou uma tradição dado que o frango tem uma grande importância a nível económico, desenvolvimento industrial e agrícola, pois estiveram sediadas no concelho várias empresas de transformação de cereais e rações. Também os restaurantes se associam ao evento disponibilizando nas suas ementas vários pratos cujo “ingrediente” principal é o frango. A animação fica a cargo de Samuel Úria, pelas 21h30 e dos The Gift, pelas 23h00.
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Segunda
No último dia de festividades, dia 16, segunda-feira, dia do feriado municipal, para além de várias atividades que decorrem ao longo do dia, destacam-se a sessão solene da comemoração do 90º aniversário dos bombeiros voluntários de Tondela, que contará com a presença de Miguel Macedo, ministro da Administração Interna (pelas 15h00); a inauguração da regeneração urbana do centro histórico de Tondela, obra que requalifica áreas pedonais, coloca novas infraestruturas de água, gaz, luz, saneamento e comunicações e que criou um parque de estacionamento (pelas 18h00); a cerimónia oficial do feriado municipal, pelas 18h15, onde se entregam galardões municipais e a atuação da Orquestra AEMINIUM, pelas 21h30 e dos Hi-Fi, pelas 22h30.
AC E R T realiza-se em coprodução musical com a Flor de J ara ( E spanha ) e tem como parceira a Fundaç ão J o s é S a r a m ag o. A v i ag e m d o e l e f a n t e p a r t e d e p o i s para Lisboa (nos dias 14 e 15 de setembro) e termina a viajem no país de “nuestros hermanos”, em R ivasVaciamadrid ( Espanha), no dia 21.
TONDELA UM CONCELHO EM MOVIMENTO
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educação&formação Escola de Natação de Mangualde com aulas diversificadas Reabertura ∑ Nova temporada a partir de 1 de outubro A Escola Municipal de Natação de Mangualde reabre à comunidade para a nova temporada 2013/2014, no próximo dia 1 de outubro.As aulas decorrem no complexo das Piscinas Municipais até 5 de julho de 2014, com interrupção no período do Natal (23 e 31 de dezembro). A autarquia revela que a oferta é diversificada e contempla as diferentes faixas etárias: aulas para bebés (dos 3 aos 5 anos), crianças (menores de 14 anos) nas categorias, adap-
A Escola vai continuar a realizar os festivais anuais tação meio aquático CN0 Iniciação e CN0+ Aprendizagem, níveis 1 (aprendizagem), 1+ / 2 / 3 (apren-
dizagem e aperfeiçoamento) e adultos (maiores de 14 anos) nas categorias de adaptação meio aquático
(iniciação) e níveis 1 / 2 / 3 (aprendizagem e aperfeiçoamento). Para além das aulas de natação é ainda possível frequentar aulas de hidroginástica, hidro + hidro + natação, hidroginástica sénior, reabilitação e pilatos. Durante a temporada vão ainda realizar-se os tradicionais festivais anuais como o Festival de Natal (15 de dezembro de 2013), Festival dos Peixinhos (6 de abril de 2014) e Festival de verão (29 de junho de 2014).
Câmara atribui 15 bolsas de estudo em prol do talento A Câmara Municipal de Viseu vai abrir concurso para atribuição de cinco bolsas de estudo a alunos que se encontram a frequentar o Lugar Presente – Companhia Paulo Ribeiro. As candidaturas abrem na próxima segunda-feira, dia 9 e decorrem até 20 de setembro. Também para o Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão a autarquia abre concurso no mesmo período para a atribuição de 10 bolsas de estudo Com esta medida a autarquia adianta em comunicado que pretende “encorajar e desenvolver
os valores culturais, de solidariedade social e o apoio a jovens valores que demonstram talento e aptidão” nas áreas da música e da dança. O boletim de inscrição, e o regulamento encontram-se disponíveis no Centro Municipal da Juventude/Divisão de Promoção, Desenvolvimento e Comunicação (Escadinhas de Santo Agostinho) e em www. com-viseu.pt. EA
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Instituto Politécnico de Viseu
ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA VISEU ANO LECTIVO: 2013/2015
MESTRADOS
CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (CET)
QUALIDADE E TECNOLOGIA ALIMENTAR (5ª Edição)* TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO ANIMAL (2ª Edição)* PÓS-GRADUAÇÃO NUTRIÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR (2ª Edição)*
AGRICULTURA BIOLÓGICA PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL PRODUÇÃO AVÍCOLA TECNOLOGIA ALIMENTAR VITICULTURA E ENOLOGIA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
*1ª Fase de candidaturas: 15/07/2013 a 13/09/2013; *2ª Fase de candidaturas: 23/09/2013 a 18/10/2013
Candidaturas: 1ª Fase de candidaturas: 08/07/2013 a 31/08/2013 2ª Fase de candidaturas: 30/09/2013 a 07/10/2013
Informações[http://www.esav.ipv.pt
Quinta da Alagoa, Estrada de Nelas, Ranhados, 3500-606 Viseu | Telefone 232 446 600
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Componente escolar e cívica de mãos dadas em nova escola de futebol Moimenta da Beira ∑ Projeto multidisciplinar foi apresentado no sábado Em Moimenta da Beira nasceu uma nova escola de futebol, criada pelo Clube Desportivo de Leomil. Os promotores revelam que é um projeto com “ fundamentos e princípios diferentes, onde a componente escolar e cívica dos jovens será valorizada e pesará na hora da adesão”. O projecto, multidisciplinar, que “não pretende apenas dar importância à competição foi apresentado oficialmente no sábado no auditório municipal padre Bento da Guia, Publicidade
A A nova escola nasce no Clube Desportivo de Leomil em Moimenta da Beira. A cerimónia serviu também para anunciar o nome da nova escola de
futebol, o regulamento, os objectivos a médio e curto prazo e outras novidades que “vão dar ao
projecto mais conteúdo” termina o comunicado do Clube Desportivo de Leomil. Publicidade
Mariana Seixas e FundaçãodoCaramulo assinam parceria A Escola P rof issio na l Ma ria na Seixas (EPMS), em Viseu e a Fundação Abel e João de Lacerda- Museu do Caramulo celebraram, uma parceria com vista à concretização de projetos de cooperação entre as duas instituições. A EPMS revela em comunicado que o acordo engloba a cooperação em projetos audiovisuais para o Canal História, Caramulo Motorfestival e no Museu do Caramulo. “Os alunos da Escola Profissional Mariana Seixas vão ter a oportunidade de desenvolver os seus projetos visando a realização da prova de aptidão profissional, bem como a sua formação em contexto de trabalho no Museu do
Caramulo”, acrescenta a nota à imprensa. “As duas instituições reiteraram a necessidade de cooperação e colaboração numa época de profunda crise económica, dando assim um claro sinal de rentabilização de espaços, potenciando futuras iniciativas e proporcionando também aos jovens a oportunidade de conhecerem instituições de referência regional e nacional”, termina.EA
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especial
Feira de São Mateus 2013
Musidanças invade Viseu Agenda∑ Dias 10 e 11 os sons da lusofonia chegam ao recinto do certame Criado em 2000, em Lisboa, o Festival Musidanças viaja agora até Viseu. O evento, que visa divulgar artistas da Lusofonia é também um dos responsáveis pela apresentação e revelação de alguns artistas reconhecidos no panorama nacional. Nos próximos dias 10 e 11 os sons da lusofonia e do mundo invadem o recinto da Feira de São Mateus. O Mu sid a nç a s tem
Programa Semanal De 15 a 21 de agosto
como palco o espelho de água e a ele sobe o som tradicional português e de outros países à qual se alia a música do mundo (world fusion). Além dos concertos, esta festa contará com workshops de danças tradicionais e com a presença de grupos de música portuguesa que atuam nos dois palcos principais da feira e ainda pelo recinto. O cartaz desta 13ª edição conta com nomes que já fizeram parte da programa-
Dia 5 (Quinta-feira) 2.5€ Palco 1 (22h00) Alafum - Padre Vítor e os diatónicos Palco Água (23h00) 5ª do Rock: Smoking beer e The Backturbo Dia 6 (Sexta-feira)
Palco Luz (15h00) Atelier: Artes criativas(máximo 15 crianças) Palco Água (20h30) Desfile de moda - “Noivas de S. Mateus”
ção de festivais como Musicas do Mundo de Sines, Andanças, Byonritmps, L Burro y L Gueiteiro entre muitos outros. O dia 10 va i conta r com a presença dos grupos Finka Pé (Cabo Verde), Lindu Mona (Angola), Atma (Portugal). No Mazurka Band (Portugal) e Karrossel (Portugal). No segundo dia do Festival sobem ao palco os viseenses Girafoles, Cabace (Angola), Nação Vira Lapa (Portugal), Recanto (Portugal) e Gira Palco 1 (22h00) Banda de Cinfães Dia 7 (Sábado) 5€ Palco Luz (17h30) Apresentação do livro “Coisa da nossa terra” de Miguel Almeida Palco 1 (22h00) Pedro Abrunhosa Dia 8 (Domingo) 2,5€ Palco Luz (15h00) Patinho PAF (máximo 20 crianças) Palco 1 (16h00) Festival de
Sol (Portugal). Para além de todos os artistas convidados a organizaçao do Musidanças quer ainda transformar o recinto no palco da maior “jam session” do mundo. Apelando a todos que participem trazendo o seu tambor, djambé, guitarra, harpa, violino, adufe, ferrinhos e concertinas. O grande objetivo é que o público seja também um artista do festival. Micaela Costa
folclore S. Mateus Palco 1 (22h00) Quim Barreiros
Dia 9 (Segunda-Feira)
Palco Luz (21h00) Tertúlia - “A feira de S. Mateus, ontem e hoje” Palco 1 (21h30) Associação Cultural de Vila Meã Carregal do Sal Palco 1 (22h30) Tunadão 1998 - Tuna do Instituto Politécnico de Viseu
Dia 10 (Terça-feira)
Pedro Abrunhosa e Quim Barreiros sobem ao palco este fim-de-semana Sábado e domingo canta-se em portug uês no pa lco principa l da Fei ra de São Mateus, com duas voz e s emblem át ic a s d a música portuguesa. Sábado, dia 7, Pedro A br u n ho s a , autor de “Se eu fosse um dia o te u ol h a r ”, “ Momento” e muitos out ros ê x ito s s o b e a o p a lc o às 22h00. Domingo é a vez do popular Quim B a r rei ros br i nd a r os espectadores com muitos dos seus con hecidos tem a s . “A Cabr it i n h a ” , “A g a r a g e m da vizinha”, são algu-
m a s d a s mú sica s que o cantor, acompanhado pelo seu acordeão, não deixará de cantar no placo principal, pelas 22h00. A i nd a no dom i n go, a programação da 621ª edição da Feira de São Mateus, integra no palco principal, pelas 1 6 h 0 0 , o Fe s t i v a l d e Folclore São M ateus , com a presença do Racho Folclórico de Lordosa , R acho Folclórico de Pascoa l, R acho Folc lór ico de P i nde lo e Silg ueiros e do R a c h o Fo l c l ó r i c o d e Mou re de M ad a len a . MC
Festival Musidanças (14h30) Palco Luz Atelier culinária (máximo 15 crianças) (20h00) Recinto da Feira - Finka Pé (world music) (20h30) Tasquinhas Grupo de Cantares (21h30) Palco 1 - Lundu Mona (world music) (21h30) Palco Água - No Mazurka Band (tradicional) (23h00) Palco 1 - ATMA (world music) (23h00) Palco Água -
Karrossel (tradicional)
Dia 11 (Quarta-feira)
(20h00) Recinto da Feira- Girafoles (tradicional) (20h30) Tasquinhas Grupo de Cantares (21h30) Palco 1 Cabace (world music) (21h30) Palco Água Recanto (tradicional) (23h00) Palco 1 - Nação Vira Lata (world music) (23h00) Palco Água Gira Sol (tradicional) (24h00) Palco Luz - 4ª FNAC: Primitive Reason
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desporto P J 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 4 5 5 5 5
V 4 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 1 2 1 1 1 1 1 0 0 0 0
E 1 2 1 1 0 0 0 0 2 1 1 3 0 2 2 1 1 1 3 3 3 2
D 0 0 1 1 2 2 2 2 1 2 2 1 3 2 2 2 3 2 2 2 2 3
GMGS 7 3 5 1 12 3 9 2 7 4 8 8 7 6 6 10 5 7 8 5 5 5 8 6 4 7 3 4 2 4 3 3 3 6 2 5 6 9 3 5 2 6 0 6
5ª Jornada Desp. Aves Marítimo B SC Braga B Penafiel Leixões Portimonense Trofense Moreirense Tondela Sp. Covilhã Santa Clara
0-1 0-0 3-2 1-1 3-0 4-0 1-1 0-1 2-1 1-0 2-0
FC Porto B Feirense Chaves Benfica B Sporting B Atlético CP Beira-Mar UD Oliveirense U. Madeira Ac. Viseu Farense
6ª Jornada -
Trofense Chaves Farense Oliveirense Feirense U. Madeira Beira-Mar Sporting B Atlético CP Benfica B FC Porto B
Penafiel Sp. Covilhã Ac. Viseu Tondela SC Braga B Marítimo B Portimonense Santa Clara Desp. Aves Leixões Moreirense
Camp. Nacional de Seniores - Serie D 1 Lusitano 2 S. João Ver 3 Cinfães 4 Anadia 5 Lus. Lourosa 6 AD Grijó 7 Sp. Espinho 8 Bustelo 9 Estarreja 10 Cesarense
P 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0
J 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
V 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0
E 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1
GMGS 3 1 3 1 2 0 3 2 1 0 2 3 0 1 1 3 1 3 0 2
1ª Jornada Lusitano Estarreja Anadia Cinfães Sp. Espinho
3-1 1-3 3-2 2-0 0-1
Bustelo S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa
2ª Jornada Bustelo S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa
-
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Sp. Espinho Lusitano Estarreja Anadia Cinfães
Futebol
Académico e Tondela antecipam jogos Liga 2 Cabovisão ∑ Receitas da partida dos tondelenses reverte para os bombeiros das corporações de Tondela e Campo de Besteiros A paragem dos campeonatos de futebol, devido aos compromissos da seleção nacional, deixaria Académico e Tondela “de folga” este fim-de-semana, no entanto as equipas do distrito de Viseu optaram por antecipar os jogos da 7ª jornada (que de-
correriam no dia 18). Domingo, a bola rola no estádio do Fontelo em Viseu, com o Académico a receber o Clube Desportivo de Chaves e o Tondela, no estádio João Cardoso, a defrontar o Feirense, num jogo carregado de simbolismo pelo caráter solidá-
rio que lhe está associado. A direcção do Tondela decidiu que a receita da partida vai reverter a favor dos bombeiros das corporações de Tondela e Campo de Besteiros. Na última jornada resu ltados d i ferentes para as duas equipas. O
Académico foi à Covilhã perder por uma bola a zero e o Tondela venceu, em casa, o União da Madeira, por duas bolas a uma. Ambas terminaram o jogo com 10, devido a expulsão. Fausto, no Tondela, e Capela, no Académico, fora das op-
ções para este domingo. Jogada s a s pr i meiras cinco jornadas, o Tondela está em 6º lugar, com nove pontos e o Académico ocupa, para já, a 17ª posição com quatro pontos. Micaela Costa
Voleibol
Bárbara Gomes integra as campeãs nacionais A jovem internacional, Bárbara Gomes, formada no Cardes, já é jogadora da equipa que se sagrou, na passada época, Campeã Nacional de Juvenis Femininos, a formação do Colégio Rosário, do Porto. Depois de ter sido chamada para as seleções nacionais de Portugal, nos
escalões de cadetes e juvenis femininos, Bárbara Gomes abraça agora um novo desafio nas campeãs nacionais. A atleta viseense é uma baixa importante na equipa do Cardes (Viseu), uma das formações mais representativas de voleibol feminino na região. MC
Futebol-TaçadePortugal SORTEIO DA 2ª ELIMINATÓRIA É NASEGUNDA-FEIRA
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Segunda-feira, dia 9, é dia de sorteio para a Taça de Portugal. Depois de na primeira eliminatória da prova rainha do futebol português, Castro Daire e Sampedrense terem sido afastados da competição (Castro Daire perdeu 2-0 frente ao Fátima e Sampedrense por 3-0 frente ao Sacavenense), chegou a vez das restantes equipas do distrito conhecerem os seus adversários. Segunda eliminatória já com equipas da II Liga. Assim, Académico de Viseu e Tondela, além de Cinfães e Lusitano, que ficaram isentos na primeira ronda, vão ficar a saber quem vão defrontar em mais uma ronda da Taça de Portugal. MC
DR
Liga 2 Cabovisão 1 FC Porto B 13 2 Penafiel 11 3 Moreirense 10 4 Leixões 10 5 Sp. Covilhã 9 6 Tondela 9 7 SC Braga B 9 8 Chaves 9 9 Atlético CP 8 10Portimonense 7 11 U. Madeira 7 12Benfica B 6 13Sporting B 6 14Marítimo B 5 15Desp. Aves 5 16Santa Clara 4 17Ac. Viseu 4 18Oliveirense 4 19Beira-Mar 3 20Trofense 3 21Feirense 3 22Farense 2
A Atleta viseense (em baixo, quarta da esq.) veste camisola do Colégio Rosário
30 DESPORTO | ENTREVISTA
Jornal do Centro 5 | setembro| 2013
“Tentámos criar uma equipa com qualidade para enfrentarmos esta nova fase” Acho que não se perdeu um grande jogador, reconheço as minhas limitações e sabia que não poderia alcançar muito mais como jogador. E, aliás, ser treinador sempre foi um sonho meu. Já tinha reunido as condições mínimas para começar, inclusive no último ano em que joguei, treinava ao mesmo tempo a equipa júnior do Sampedrense. No final do ano, a direção queria que eu ficasse como jogador mas eu disse que não. Optei por agarrar a carreira de treinador, ainda joguei dois meses no Lusitano, mas quando o Sampedrense me convidou para treinar, não recusei. Saiu do Sampedrense e vai treinar o Lusitano, que fez regressar aos nacionais, quase duas décadas após a última participação. Sente que já ganhou um lugar na história do clube?
Quando alcançamos grandes feitos obviamente que ficamos imortalizados na história do clube. Ficarei eu, como treinador, mas sem dúvida que o grande feito se deveu aos jogadores fantásticos que tínhamos na época passada e ao espirito de sacrifício que tiverem ao longo de todo o campeonato. Mas quem terá que ficar imortalizado são os jogadores, o treinador apenas se alia. Publicidade
sas ambições passam por manter o clube nesta divisão, esse é o principal objetivo, mas se, aliado a isso, conseguirmos algo mais interessante, melhor, até porque a minha ambição, aliada à competência de quem tenho ao meu lado, está a trabalhar para isso.
Considera-se um treinador da nova geração? Sente que o seu exemplo pode abrir portas à aposta em jovens treinadores e acabar com a ideia de que havia meia dúzia de “consagrados” que iam rodando entre os principais clubes?
Na nossa região já se perdeu um pouco isso. As direções já começam a apostar na qualidade e na competência dos treinadores jovens. Claro que não se põe em causa a competência e experiência dos treinadores mais antigos. Mas sem dúvida que houve um fenómeno muito grande, não só na região, mas no país, quando apareceu o Mourinho e a partir daí surgem vários jovens treinadores, como André Villas-Boas, Domingos, Paulo Fonseca ou Leonardo Jardim. Nesse momento as direções viram que a escolha não estava só na maturidade e na experiência. Que treinadores tem como referências?
Já dizia Louis Van Gaal que “O melhor treinador é o maior dos ladrões”. Tentamos beber umas ideias de uns e de outros, mas o importante é depois conseguir aplicá-las e adequá-las às nossas ideias e aos nossos princípios. Sem dúvida que me baseei em grandes treinadores como Mourinho, André Villas-Boas, Leonardo Jardim, que trouxeram novidades na qualidade de treino. Depois tenho
Entrou no campeonato a vencer. Este é o espírito que quer transmitir?
Entrar a vencer dá mais confiança, agora temos que olhar para o futuro e perceber que não é sempre assim. Temos que continuar com a nossa humildade, espírito de equipa e jogar com orgulho à camisola e dar tudo em campo, no fundo seguir o lema do Lusitano “juntos somos mais fortes”.
Rui Cordeiro, treinador da equipa senior do Lusitano Futebol Clube, Viseu
Micaela Costa
Deixou de jogar antes dos 30 anos para se tornar treinador. Perdeu-se um grande jogador ou ganhou-se um grande treinador?
referências internacionais, como Pepe Guardiola, Louis Van Gaal e Alex Ferguson. E na região, tem referências?
Eu tive alguns treinadores, e esses foram importantes na minha evolução, ensinaram-me muito, o caso do Sérgio Nunes, Luís Almeida e do Silva, que foi meu treinador e com quem acabamos por ser campeões. O Lusitano reforçou-se esta época com vários jogadores ex-académico e outros com experiência nos nacionais. É
um plantel que lhe dá garantias de uma época tranquila ou o objetivo vai além da manutenção?
Queremos sempre mais, temos é que saber onde estamos e que realidade é que temos, e a realidade do Lusitano é de uma equipa amadora que acabou de subir dos distritais para um campeonato nacional, onde muitas equipas, na série onde estamos inseridos, são quase todas profissionais ou semi-profissionais. Mas obviamente que tentámos criar uma equipa com qualidade para enfrentarmos esta nova fase. As nos-
O Lusitano tem campo com relva natural, mas treinar e jogar no relvado nem sempre é possível. Essa limitação pode influenciar o rendimento da equipa?
Influencia sempre, o rolar da bola é diferente, o bater da bola é diferente, o pisar dos jogadores é distinto. Como é que isso se pode resolver?
É muito difícil, porque não temos campo sintético. O Lusitano ao passar para competições profissionais depara-se com algumas dificuldades, tem poucos recursos e o estádio é do clube, não é camarário, todo o tratamento da relva, da manutenção é por con-
ta do clube. Ao contrário de outras equipas, como o Académico, não temos mais campos para treinar e claro que havendo melhor campo, o desempenho é melhor. Mas não tendo outra hipótese vamo-nos adaptando e aproveitando a experiência e polivalência dos nossos atletas. O Lusitano tem equipas jovens nos nacionais. Na época passada teve uma equipa de juniores que ficou perto do título distrital e da subida. A integração de jogadores da formação na equipa principal é um objetivo?
Para mim não faz sentido que um clube que trabalha a formação de uma forma tão afincada não passe jogadores das camadas juniores para a escalão senior. Foi uma exigência minha à direção para que isso aconteça, os jovens têm que sentir que se trabalharem podem integrar a equipa senior. Desde que começou este novo desafio o que é que tem dito aos seus jogadores?
Sobretudo tento passar uma base de atitude, confiança. Há quatro fatores pelo qual eu me guio no mundo do futebol: ambição, rigor, competência e paixão e em todos os jogos vou passando para os jogadores isso mesmo. Não somos profissionais, mas já que gastamos aqui tanto tempo, mesmo de forma amadora, só temos é que dar o nosso máximo. Micaela Costa
D Palco Livres na reta final
Jornal do Centro 5 | setembro | 2013
culturas VISEU ∑ Multiusos da Feira de S. Mateus
Até 22 de setembro, XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada do GICAV.
VISEU ∑ Galeria de Exposições do IPDJ
De 2 a 27 de setembro, exposição de pintura de
Daniel Barreiros “Metamorphósis”. RESENDE ∑ Museu Municipal Durante o mês de setembro, exposição de fotografia “Sensibilidades” da autoria de Eduardo Pinto.
SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura Até 7 de setembro, exposição fotográfica “A Flor da Pele”, de Alexandre Sampaio.
TONDELA ∑ Mercado Velho Setembro, exposição de fotografia “Olhares”, o mais recente projecto de Fernando Costa.
A iniciativa Palcos Livres que tem animado o centro histórico de Viseu às sextas-feiras e aos sábados termina dia 7, com um concerto de música do mundo de Guto Pires (Guiné Bissau), às 23h00, no Palco 4 Esquinas. Mas a próxima sexta-feira e sábado propõem ainda vários espetáculos em diferentes palcos.
Arcas da memória
Destaque
Seis estreias na nova temporada do Teatro Viriato Novidade ∑ Paulo Ribeiro admitiu que os viseenses estão mais curiosos para verem aquilo que não conhecem “Antes fazíamos uma programação de gabardina, que nos resguardava dos pingos da chuva e raramente arriscávamos com produções. Desta vez, entramos em estreias que não só têm em conta os artistas mas a própria cidade”. Esta foi a melhor imagem encontrada pelo diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, para apresentar a nova temporada do Teatro, com seis estreias absolutas, anunciada na passada segundafeira. “Para além de cumprir todos os objetivos a que o Teatro se destina demos um passo maior, porque apostámos numa coisa que nunca fizemos”, adiantou Paulo Ribeiro na apresentação da programação do último quadrimestre do ano, ao assumir o “momento inédito” na medida em que nunca antes se tinha programado no Viriato “com uma plataforma tão alargada de estreias”. Para Paulo Ribeiro é a consequência da cidade ser hoje “menos conservadora” e ter um público mais curioso, mais crítico
Emília Amaral
expos
A“O grande salão” abre a temporada a 20 de setembro e mais exigente. “Terceira Idade, Uma Comédia de Guerra” (4 e 5 de outubro), do Teatro Praga “Sangue na Guerra/Guelra/Guerra” (11 e 12 de outubro) de Fernando Giestas e “Vissaium” (19 e 22 de outubro) uma produção com direção de Maria Gil que se faz a partir de Viseu são as três primeiras estreias do Teatro Viriato. Depois, no âmbito da plataforma de dança New Age, New Time estreiam “Solo Para Leonor”, de Tânia Carvalho (16 de novembro), “Criação em Tempos Difíceis”, de Paulo Ribeiro (23 de novembro, a confirmar) e “Ficar no Silgelo”, de Clara Andermatt (13 e 14 de dezembro).
Paulo Ribeiro destacou também na programação a repetição da mostra “New Age, New Time”, uma plataforma de dança que dá a conhecer as “linguagens muito próprias” dos coreógrafos portugueses. “No ano passado foi muitíssimo interessante. Não só a população respondeu muito bem, como tivemos imensas pessoas, programadores, que até se deslocaram do estrangeiro para vir acompanhar o trabalho destes portugueses”, sublinhou. O espetáculo de teatro “O grande salão”, de Martim Pedroso vai abrir a temporada a 20 de setembro.
(Digital)
Sessões diárias às 11h10*(*Dom.), 14h30, 16h45, 19h00 Aviões VP (M6) (Digital)
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h15,16h40, 18h50 Fuga do Planeta Terra 2D VP (M6) Sessões diárias às 1h00, 23h30* Kick – Ass 2 Agora é a doer (M16) (Digital) Sessões diárias às14h00, 16h30, 19h00, 21h30, 00h00* Elysium (CB) (Digital) Sessões diárias às14h30, 16h50, 19h10, 21h40,
23h50* A Gaiola Dourada (M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20 Gru O mal disposto 2 2D VP (M6) Sessões diárias às 21h20, 00h10 ( 6ª e Sáb.) Dá & Leva (M16) Sessões diárias às 13h50, 16h10, 18h30 Aviões VP (M6) (Digital) Sessões diárias às21h10, 00h30* Mestres ilusão (CB)
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Sessões diárias às14h40, 17h00, 19h20, 21h50, 00h10* R.I.P.D. - Agentes do outro Mundo (M12) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10* Armas Perigosas (M12) Sessões diárias às 15h00, 18h00, 21h10, 00h05* O Mordomo (M12Q) (Digital)
Emília Amaral
Sessões diárias às 21h50, 00h20* RPG (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h35, 19h10, 21h40, 00h30* Trip de Família (M16) (Digital) Sessões diárias às 11h00*(*Dom.), 13h40, 16h10, 18h30*
Rua Formosa. Aquilino Ribeiro e um chão de memórias Quase sobre a véspera da implantação de uma estátua, em Viseu, homenagem de há muito requerida, a Aquilino Ribeiro, vem ao caso evocar algumas das memórias do escritor para justificar o lugar escolhido para a mesma, a Rua Formosa. Que, da cidade, são muitas as memórias que Aquilino deixou. Que ele por aqui estanciou nos tempos da irrequieta juventude, estudante de Filosofia a preparar-se com explicações para o exame, aqui o retiveram pelo tempo de pouco mais de um mês, prisioneiro, aqui volta depois de um segundo exílio. Mil vezes aqui voltou nas idas e vindas, ao passar para Soutosa, aqui descia bastas vezes e a afeição pela cidade que por si é demonstrada tem eco profundo no encontro demorado com amigos, nos textos numerosos que podem compendiar-se em muitos dos seus livros, mais extensos nas “Arcas Encoiradas” onde dá mais funda razão da história da cidade antiga, empenhado que também ele se sentia em tornar Viseu cidade nova. De amigos se fala que passavam palavra quando o Mestre vinha e é voz que era ali que se juntavam, na Rua Formosa. Abria-lhe as portas o Mário Matos, “Pirolito” de alcunha que vinha já de longe, quase se tornava nome de família. Mário Ferreira Matos, alfaiate de gabarito que fizera sua aprendizagem em Londres e que das modas de
Os Smurfs 2 VP (M6) (Digital)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
Paris se apropriava nas viagens que fazia, herda de seu pai a oficina que por mais de meio século se manteve na Rua Formosa antes de transitar para seu último pouso na Avenida Gulbenkian onde vem a fechar, sem novos herdeiros do ofício. Mário Matos, porte fidalgo, diligente participante de actividades cívicas na urbe, reúne à sua volta, numa franca camaradagem, distintas figuras das elites locais e são algumas destas figuras que irão constituir o emblemático grupo que rodeará Aquilino Ribeiro sempre que este vem à cidade com a necessária demora. Arnaldo Malho, Moreira de Figueiredo, Gilberto de Carvalho, Pinto de Campos e tantos mais serão dos mais assíduos junto à franqueada porta da alfaiataria onde Aquilino talhara sua primeira véstia em 1923 e tão de feição lhe caíra que irá manter-se fiel à oficina do amigo até finais da sua vida, mais de quarenta anos passados. A composição do monumento que eternizará no bronze o acolhedor gesto do escritor no seu gabinete de escrita assinalará o lugar, o vizinho lugar desse velho estanciar de Aquilino no chão da Rua Formosa, que jamais, a partir de agora, permanecerá igual.
Estreia da semana
Sessões diárias 21h00, 23h30* One Direction - This Is Us (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às11h20*(*Dom.), 14h10, 16h25, 18h45, 21h20, 23h45* A Gaiola Dourada (M12) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado
O Mordomo – Traça as mudanças dramáticas que abalaram a sociedade Americana, desde o movimento pelos Direitos Civis, até à Guerra do Vietname, e a forma como essas mudanças afetaram a vida e a família deste homem.
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culturas
D Festas populares de Nossa Senhora do Viso
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O Vicariato de Nossa Senhora do Viso, em Viseu vai realizar as Festas Populares nos dias 6, 7 e 8. O evento começa com Noite de Fados, no salão polivalente da Igreja de Nª. Senhora do Viso, às 21h00. O objetivo é estabelecer uma maior relação social entre os habitantes dos bairros do Viso Norte, Viso Sul e de Santa Eugénia.
O som e a fúria
Destaque
Artista de Viseu vai representar Portugal em Taiwan
Emília Amaral
Coletiva∑ Paulo Medeiros considera “gratificante” estar numa exposição onde se cruzam o Oriente e o Ocidente A obra do artista plástico viseense, Paulo Medeiros volta a Taiwan para participar na exposição coletiva International Tsai-mo Hat Art Exhibition em Da Dun Cultural Center of Taichung City, entre 14 de setembro e 2 de outubro, onde vão estar patentes trabalhos de artistas de todo o mundo, e Portugal estará representado através da obra de dois artistas nacionais. “A oportunidade de expor em Taiwan surgiu quando comecei a trabalhar com a galeria O+O sedeada em Valência (Espanha) que tem muitos projetos em várias partes do mundo”, adianta Paulo Medeiros ao explicar que um dos objetivos é “cruzar o Oriente com o Ocidente”. Para o artista plástico que aos 12 anos veio de Moçambique para Viseu já com a paixão de pintar “é sempre gratificante saber que alguém lá tão longe dá valor ao que se faz” e admite ser “mais um canal” para mostrar a obra: “É um espaço onde está gente de muito lado e estão representadas várias culturas, portanto, ao sabermos que Portugal está também representado com um trabalho que é nosso sabem muito bem”. A coletiva de Taiwan atribui a cada exposição anual um tema específico em que os participantes terão de limitar as suas obras. Este ano foi escolhido o chapéu como tema base. Paulo Medeiros usou uma técni-
Jornal do Centro
ca mista e pintou uma tela de dois metros por metro e meio. “O trabalho que fiz foi à base de colagem em que fui buscar padrões da nossa cultura como o galo de Barcelos, os bordados do Minho... e apliquei na composição. Vê-se o nacional e o tema chapéu com vários esquemas de montagem: São momentos especiais em que só tenho pena de não poder contactar diretamente [com a exposição]”, completa. A tranquilidade das palavras é transportada para os seus trabalhos, que apresentam temas transversais. O próprio reconhece que tudo o que o rodeia o inspira: “Qualquer pormenor, as vivências das pessoas, o
nosso espaço, momentos inte- sideram que “a cidade trata ressantes da cidade como foi a mal os artistas da terra”. “Viseu é capaz de ser a chegada dos chineses, é tudo”. única capital de distrito que “Ainda não perdi a espe- conheço que não tem um rança de ver nascer uma espaço público para expor bienal [em Viseu]. Paulo os trabalhos do artista da Medeiros, de 48 anos, técni- terra. Eu não condeno que co do Instituto Politécnico se exponha em cafés, bade Viseu faz das artes plás- res ou em outros espaços ticas a sua segunda ativida- comerciais, mas Viseu dede desde 1989. Tem partici- via ter um centro cultural”, pado em exposições indivi- adianta Paulo Medeiros que duais e coletivas de norte a tem um sonho: “ainda não sua do país e no estrangeiro perdi a esperança de um dia “de Itália ao Brasil”, os seus ver nascer nesta terra uma trabalhos estão expostos bienal. Há muitos anos que por várias instituições, par- se anda a falar nisso, mas é ticipou em diversas bienais necessário dar o pontapé de como a de Vila Nova de saída, porque a cidade meCerveira há dois anos, mas rece e tem que ser uma coisa em Viseu “contam-se pelos que envolva todas as instituidedos de uma mão” os con- ções nomeadamente de ouvites para expor os seus tra- tros concelhos do distrito”. balhos, e é por isso que se Emília Amaral junta ao grupo dos que con-
“Jobs” é uma oportunidade falhada Maria da Graça Canto Moniz
Sabemos que na década de 70 foi inventado o Mac pela mão de Steve Jobs e que este deixou este mundo há quase dois anos. O que nós não sabíamos é que era possível fazer um filme tão foleiro sobre a vida de um dos empresários mais bem-sucedidos do mundo que, a par do seu rival e amigo de longa data Bill Gates, conseguiu mudar radicalmente o mundo empresarial e o ramo tecnológico graças a produtos tão inovadores e avançados, como o Ipod ou o Iphone. É por isso que “Jobs” (2013), realizado por Joshua Michael Stern, é uma oportunidade perdida. Pensará o leitor que esta pseudo crítica cinéfila anda mais uma vez a ver “intelctualóidices” e não consegue aceitar como bom um filme comercial sobre uma personalidade que tanto caiu no goto no mundo Ocidental. Bom, em minha defesa, o próprio Steve Wozniak, cofundador da Apple e uma das pessoas mais próximas de Jobs, compareceu na estreia do filme e saiu da sessão com duras críticas à representação de Jobs a cargo de Ashton Kutcher. Concordará comigo quando digo que Kutcher é um actor fraco. Parece que Kutcher fez um enorme esforço para “entrar” na personalidade que se propu-
nha representar, decidiu até seguir a mesma dieta de Jobs, à base de frutas, e acabou por ser hospitalizado poucos dias antes das filmagens. Mas suspeito que muito do que há de errado no filme veio da própria visão que Ashton tem de Jobs, cuja real personalidade nunca parece vir ao de cima. Seria melhor um actor como Guy Pearce ou Sam Rockwell para representar todas as complexidades do personagem sem, no entanto, as descrever verbalmente. Mas creio que isto está além das capacidades de Kutcher. Por isto, o filme torna-se mais num trabalho cronológico sobre a Apple e o advento dos computadores pessoais do que sobre o homem que Jobs foi. Concordo, porém, que a culpa não pode ser toda atribuída ao desinspirado e desesperante desempenho de Kutcher. Acrescelhe um guião sem ideias e uma direcção sem grande valor. Falta nesta tela aquele espírito combativo característico das grandes cinebiografias de Hollywood; falta paixão, magnetismo, emoção (positiva e negativa) e um trabalho de câmara imaginativo. Por exemplo, não se compara com “A Rede Social”, de David Fincher, uma outra cinebriografia de um geek tecnológico que mudou o mundo com um produto tecnológico. Enfim, uma oportunidade perdida, é o que é!
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em foco No passado domingo a cidade de Viseu recebeu mais um encontro das tão conhecidas 4L. Pelas ruas da cidade passearam vários amantes desta carrinha que é um ícon do mundo automóvel.
Mangualde está em festa desde o passado sábado, dia 31 de agosto. O programa repleto de animação prolonga-se até ao próximo domingo, dia 8. Milhares de apreciadores provaram as melhores sopas da região na IV edição do «Festival de Sopas de Mangualde» e assistiram aos espetáculos de mais uma edição das festas da cidade.
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DR
Milhares nas festas de Mangualde
DR
Viseu invadida por 4L
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em foco All Day Palace trouxe bicicletas a São Pedro do Sul
A “VINDOURO – Festa Pombalina”, que terminou no passado fim de semana, em São João da Pesqueira, atraiu mais público em comparação com as passadas edições. A Câmara Municipal de São João da Pesqueira, que organiza o evento, faz um balanço muito positivo e regista a grande afluência de público que a generalidade das ações do programa registou. A emissão do programa “Aqui Portugal”, da RTP 1, conduzida sábado por Sónia Araújo e Hélder Reis, em direto de S. J. da Pesqueira, foi a emissão mais vista do programa, desde o início do ano, com mais de 520.000 espetadores.
DR
Tiago Ferreira
Decorreu no passado fim-de-semana o evento All Day Palace. Durante 24 horas São Pedro do Sul foi a capital do BTT com vários concorrentes a percorrer um percurso de 5,22km, em circuito fechado.
Vindouro - Festa pombalina” atraiu mais público na 11ª edição
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saúde e bem-estar Delegação de Viseu da Liga Portuguesa Contra o Cancro inaugurada hoje É inaugurado esta quinta -feir a, d i a 5 o Gabinete de Higiene e Saúde da Câmara Municipal de Viseu e da delegação de Viseu da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Os dois equipamentos fa zem pa r te do projeto autá rquico Vi seu em Mov i mento - Gerações Saudáveis e vão f u ncion a r no primeiro andar do edifício Solar dos Peixotos. Quanto à delegação
d e V i s e u d o Nú c l e o Regional do Centro da Liga Portuguesa contra o Ca ncro (LPCC) a Liga já tin ha a nunciado em maio a abertura deste novo serviço, acrescentando na ocasião que o espaço vai servir para juntar os vários serviços da Liga. Trata-se da segunda dele g aç ão n a re g i ão Cent ro, tendo a pr im e i r a a b e r to p o r t a s e m Ave i r o , h á c e rc a de doi s a nos . Até ao
f i n a l do a no a L P CC pretende abrir dele g a ç õ e s e m g r a n de pa rte das capitais de distrito da zona centro. Em Avei ro, o espaço foi cedido pela Misericórdia e em Viseu é cedido pela Câmara Municipal”. A delegação de Viseu vai contar com o cont r ibuto do Mo vimento Viver e Vencer, con st it u ído p or um grupo de voluntár i a s que já sof rera m
de cancro de mama e agora dão apoio a outras mulheres que passam pelo mesmo. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, disse aos jornalistas que a cedência do espaço é uma decisão que lhe “agrada de sobremaneira”,por ser “um bom serviço, numa área tão sensível”, ao destacar o papel de prevenção que será prestado naquele espaço. Emília Amaral
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Solar dos Peixotos∑ Equipamento partilha espaço com Gabinete de Higiene e Saúde da Câmara Municipal
A Delegação vai ser apoiada por grupo de voluntariado
Jornal do Centro
36 SAÚDE
A albufeira de Vilar, em Moimenta da Beira recebeu a classificação de zona balnear ou praia fluvial pela primeira vez, quase meio século depois de ter surgido, em 1965. Segundo a Câmara Municipal o estatuto atribuído pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território foi conseguido na “na sequência da construção da barragem de Vilar, naquele troço do rio Távora”. A área da praia fluvial (zona de banhos) ocupa toda a margem da atual zona de recreio e lazer da albufeira, junto à pedreira. A época balnear decorre até 15 de setembro, sempre sob a vigilância de elementos do corpo ativo dos bombeiros voluntários. A Câmara delimitou, com boias, a área de água do rio, para melhor perceção dos banhistas, e requalificou o espaço em terra com equipamentos desportivos. EA
Ginásio leva crossFit a Santa Comba Dão Programa ∑ Treino de força com a finalidade de melhorar a capacidade física O Ginásio FG em Santa Comba Dão abre a próxima época com uma nova modalidade até agora não praticada em Santa Comba Dão. O programa de treino de força e de condicionamento físico crossFit está disponível naquele espaço de saúde e bem-estar. O crossFit tem como finalidade melhorar a capacidade física de qualquer pessoa. No ginásio estão igualmente disponíveis diversas aulas de grupo como o cycling, o step, a aeróbica, a bola suíça, a manutenção, a musculação ou o
DR
ALBUFEIRA DE MOIMENTA RECEBE CLASSIFICAÇÃO DE SONA BALNEAR
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squash. O Ginásio FG encontrase aberto ao público durante a semana entre as 9h00
e as 12h30 e das 16h00 às 22h00. Aos sábados funciona das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 20h00.
SERVIÇOS > Cuidados de Higiene e Conforto; > Acompanhamento 24h; > Fisioterapia e Reabiltação Geriátrica; > Cuidados de enfermagem > Refeições > Consulta Gerontológica
Licença de funcionamento nº 05/2013
> Terapias de estimulação cognitiva > Deslocações ao exterior > Assistência especializada em demências (alzheimer) Av. da Bélgica Lote 151 R/C Direito 3510-159 | Viseu T. 962672144 | 912559157 E. geral@idadeativa.pt
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CLASSIFICADOS 37
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Ref. 588125974 – São Pedro do Sul Pretende-se cozinheira com experiência. Empregado de mesa Ref. 588108766 – São Pedro do Sul
Cozinheira/o
Enviar CV para: Centro de Estudos “Uma Mente Brilhante”, Rua das Minas, nº3 - Abraveses - 3515-131 Viseu ou uma-mente-brilhante@hotmail.com
T. 965 231 754 F. 232 426 569 E. geral@shformacao.pt
Pretende-se ajudante de cozinha. Soldador Ref. 588125836 – Oliveira de Frades Pretendem-se jovens com o 12º ano, nível
Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt
Pedreiro Ref. 588120569 - Tempo Completo - Viseu
Cozinheiro Ref. 588140270 Tempo Completo – Viseu
Cozinheiro Ref. 588142268- Tempo Completo – Mangualde
Canalizador Ref. 588140707 – Tempo Completo – Viseu
Ajudante Cozinha Ref. 588142162 - Tempo Completo Mangualde
Pedreiro Ref. 588138192 - Tempo Completo – Viseu
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
Jornal do Centro
38 CLASSIFICADOS
5 | setembro| 2013
OBITUÁRIO
Faleceu em Cascais Cecília Maria Loja e Silva da Rocha Pereira, tesoureira das Finanças Públicas. Na s c id a e m 3 1 - 0 8 - 1 9 47, f a le c id a a 3 0 08 -2013 , foi casada com Aug usto da Ro cha Pereira, tesoureiro da Fazenda Pública de Cascais, aposentado e pai de Filipe Augusto Silva da Rocha Pereira e Bruno Mig uel Silva da Rocha Pereira. Era cunhada do director do Jornal do Centro. O Jornal do Centro e todos os seus colaboradores manifestam a profunda expressão do seu pesar.
Joaquim Clemente Rodrigues, 79 anos, casado. Natural e residente em Casal da Torres, Currelos. O funeral realizou-se no dia 26 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Currelos.
Augusto Carvalhal, 92 anos, casado. Natural e residente em Custelhão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 29 de agosto, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.
Rosa Borges da Cunha Dias, 78 anos, casada. Natural e residente em Pinheiro. O funeral realizou-se no dia 27 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Papízios.
Adília Ferreira Domingos, 96 anos, solteira. Natural e residente em Baltar de Baixo, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.
Ana Pereira Sousa Abrantes, 75 anos, casada. Natural e residente em Cabanas de Viriato. O funeral realizou-se no dia 30 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.
Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238
Cátia Pereira Dias, 20 anos, solteira. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 31 de agosto, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Currelos. Daniel Alexandre Jesus Antunes, 31 anos. Natural e residente em Currelos. O funeral realizou-se no dia 3 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415
Maria Cidália, 93 anos, viúva. Residente em Corujeira, Cambra. O funeral realizou-se no dia 24 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cambra. Paulo Jorge Laranjeira Fernandes, 40 anos. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 26 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. José Ferreira da Silva, 80 anos, viúvo. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 28 de agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.
Maria Camila Fernandes, 79 anos, viúva. Residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 3 de setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. Ag. Fun. Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252
Ana Violante Soares, 88 anos, viúva. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Ilda dos Santos Pinheiro, 79 anos, viúva. Residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 3 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Pascoal. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542
Albertina de Jesus Soares, 82 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Hen r iq ue Jo sé Mor ei r a de Figueiredo y Torres, 53 anos, casado. Natural de Viseu e residente
em Ranhados. O funeral realizouse no dia 29 de agosto, pelas 14.30 horas, para o crematório de Viseu. Adelino Coelho Lopes, 62 anos, casado. Natural de Viseu e residente em Prime. O funeral realizou-se no dia 1 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Prime. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952
Alzira Soares Mota, 64 anos, casada. Residente em Póvoa da Medronhosa, São Salvador. O funeral realizou-se no dia 21 de agosto, pelas 15.00 horas, para o crematório de Viseu. Zulmira Amara, 84 anos, casada. Residente em Vasconha, Queirã. O funeral realizou-se no dia 21 de agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Queirã. Clotilde de Jesus Pedro, 77 anos, casada. Residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 21 de agosto, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Bodiosa. Maria Pereira da Silva, 96 anos, casada. Residente em Vila Chã de Sá. O funeral realizou-se no dia 21 de agosto, pelas 18.30 horas, para o cemitério local. Maria da Trindade, 91 anos, viúva. Residente em Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 23 de agosto, pelas 10.30 horas, para o cemitério local. José Lopes da Costa, 58 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de agosto, pelas 16.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. Maria Alice Nelas, 80 anos, solteira. Residente em Repeses. O funeral realizou-se no dia 24 de agosto, pelas 18.30 horas, para o cemitério novo de Repeses. Hélder Gonçalves dos Santos, 59 anos, casado. Residente em Barbeita. O funeral realizou-se no dia 30 de agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério local. José Manuel Brites Agostinho, 73 anos. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de setembro, pelas 10.30 horas, para o cemitério velho de Viseu.
Faleceu em Viseu Henrique José Moreira de Figueiredo y Torres, arquitecto. Nascido em 1959, foi casado com Francisca Pais da Costa Vasconcelos Peixoto e pai de Henrique Maria Vasconcelos Peixoto y Torres e Francisco Maria Vasconcelos Peixoto y Torres. O Jornal do Centro e todos os seus colaboradores manifestam a profunda expressão do seu pesar.
Humberto Liz, 84 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu. Maria de Jesus, 83 anos, viúva. Natural de Abraveses e residente em Moure de Carvalhal. O funeral realizou-se no dia 1 de setembro, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Moure de Carvalhal. Ag. Fun. Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131
Jornal do Centro
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5 | setembro | 2013
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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
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HÁ UM ANO
DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 10 DIFERENÇAS)
EDIÇÃO 547 | 7 DE SETEMBRO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
Inglês e Espanhol
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Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA
Semanário 7 a 13 de setembro de 2012
pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > SUPLEMENTO
Ano 11 N.º 547
pág. 21 > ECONOMIA pág. 26 > DESPORTO pág. 29 > CULTURA
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SEMANÁRIO DA
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pág. 32 > SAÚDE pág. 34 > CLASSIFICADOS pág. 35 > CLUBE DO LEITOR
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Caramulo
A grande festa dos Clássicos
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Nuno André Ferreira
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∑ Novo Hospital de Lamego - Uma ansiada realidade em diferentes perspectivas ∑ “O museu do Caramulo foi dos primeiros a abrir ao público na Europa” (Tiago
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Patrício Gouveia) ∑ “Estamos com a cidade rodeada de fogos o que prova que a política florestal falhou” (Francisco Louçã) ∑ Viseu no mapa dos maiores incêndios registados este ano no país ∑ PS quis saber quem pagou Jardins Efémeros ∑ Futuro da restauração discutido em Viseu Publicidade
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FESTIVAL EQUESTRE Feira de São Mateus 7 e 8 de Setembro de 2013
Centro Hípico de Viseu
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9.oo - Encontro de cavaleiros 9.30 - Saída do Centro Hípico de Viseu 12.30 - Chegada ao C. H. V. 13.30 - Almoço no C. H. V.
APOIO INSTITICIONAL :
Dia 8 (Domingo) Prova de obstáculos Manhã 9.30 - Inicio das Provas i Varas no Chão i Prova de 50 cm i Prova de 80 cm i Prova de 1 m Tarde 15.00 - Inicio das provas i Prova de 1,10 m i Prova de 1,20 m
M// ANOS M/6 M NOS NOS NO
Dia 7 ( Sábado) Passeio Equestre
UMA PRODUÇÃO DO
COPRODUÇÃO MUSICAL
PARCERIA
APOIO
APOIO NA DIVULGAÇÃO
PROMOTOR LOCAL
ORGANIZAÇÃO :
O TRIGO LIMPO É FINANCIADO POR
tempo
JORNAL DO CENTRO 5 | SETEMBRO | 2013
Hoje, dia 5 de setembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 27ºC e mínima de 17ºC. Amanhã, 6 de setembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 11ºC. Sábado, 7 de setembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 8ºC. Domingo, 8 de setembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 18ºC e mínima de 10ºC. Segunda, 9 de setembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 11ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
Sábado, 7
Vouzela ∑ O projeto AnimaSénior da Câmara Municipal de Vouzela vai promover, o passeio anual sénior a Fátima e à praia da Nazaré. Lamego ∑ Quarta Marcha e Corrida da Mulher Duriense, a partir das 10h30, no Parque Isidoro Guedes (Alameda).
www.caramulo-motorfestival.com
∑agenda
Olho de Gato
O iceberg Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@gmail.com
A Rui Veloso é uma das figuras que vai subir a Rampa do Caramulo
Motorfestival realiza-se este fim-de-semana no Caramulo Evento ∑ Organização oferece 3000 árvores à Serra do Caramulo
Domingo, 8 Lamego ∑ Dia da Nossa Senhora dos Remédios com a majestosa Procissão de Triunfo em que os andores são armados sobre carros puxados por juntas de bois, às 16h00, a partir da Igreja das Chagas. Carregal do Sal ∑ Iniciativa Zumbathon, às 10h00, no Estádio Nossa Senhora das Febres com as modalidades de zumba e zumba kids. As receitas revertem a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Viseu ∑ 32ª Meia Maratona de Viseu, organizada pela associação “Os Ribeirinhos”, às 10h00.
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http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Depois do triste incidente que abalou a Serra do Caramulo, este fim-desemana o Motorfestival volta a devolver a alegria que é caracteristica por aquela região. A organização já afirmou que está garantida a segurança do espaço para a realização do evento e vai oferecer 3000 árvores para ajudar na reflorestação da Serra. O Caramulo Motorfestival, um dos mais reconhecidos eventos dedicados aos automóveis e motociclos clássicos e desportivos, decorre entre os dias 7 e 8. Do programa fazem parte várias atividades que combinam a competição, ações lúdicas e turísticas. A Rampa do Caramulo (pontoável para o Campeonato de Portugal de Montanha), conta este
ano com mais de 80 automóveis históricos (55 nas categorias de velocidade e de regularidade, e 28 no Campeonato de Portugal de Montanha). O percurso da Rampa, sinuoso e bem asfaltado, tem uma extensão de 2,8 kms. O Rally Histórico Luso-Caramulo, o passeio histórico Viseu-Caramulo, a colecção de automóveis, motociclos, velocípedes e miniaturas do Museu do Caramulo, a feira de automobilia, a concentrações de automóveis e motociclos clássicos, o
passeio de Ferraris são outras das muitas atividades que o evento disponibiliza ao longo dos três dias. Várias pilotos, artistas e músicos apaixonados por veículos de duas, ou quatro rodas , também vão marcar encontro no Caramulo Motorfestival. Rui Veloso, o pai do rock português é umas das figuras que vai subir a Rampa do Caramulo ao volante de um clássico Citroën DS “Boca de sapo”. Micaela Costa
Estrela desta edição
∑ O raríssimo Ferrari 225 Sport Spider Vignale de 1952, que foi conduzido pelo lendário piloto Vasco Sameiro durante a época de 1952, onde brilhou nos Circuitos da Boavista, Vila Real e Vila do Conde, é a estrela desta edição. A última vez que este automóvel pisou solo Português foi em 1954. Publicidade
1. Na semana passada, tratou-se aqui da parte visível do iceberg das autárquicas: as “ideias”, as “listas” e a “comunicação” dos candidatos, isto é, tratou-se dos factores que eles controlam. Há uma parte escondida desse iceberg que nenhum dos candidatos controla: a política nacional. No fim do mês, o eleitorado vai ter a primeira oportunidade para dizer o que pensa dos dois anos do governo PSD-CDS. É verdade que a “rua” tem falado: faz um ano em 15 de Setembro, a multitude do “Que se lixe a troika!” demoliu a TSU-tira-aos-trabalhadores-para-dar-aos-patrões. É verdade que as sondagens mostram um afundamento da popularidade do governo. Só que a “rua” e as sondagens não contam. Já o que as pessoas vão dizer nas eleições autárquicas conta. Vai ou não vai haver um cartão amarelo a Pedro Passos Coelho? António José Seguro errou ao ter apostado tudo no divórcio entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Em devido tempo, chamou-se aqui a esse erro “deriva estratégica”. O líder do PS tem agora três semanas para mostrar se, politicamente, vale alguma coisa. Vamos ter três semanas de manobras de informação e contra-informação. Muita aldrabice. Muita verdade. O costume. Depois do último chumbo do tribunal constitucional, quando é que Paulo Portas vai pintar de verde a célebre “linha vermelha” da TSU dos reformados, para todos e não só para os reformados da função pública? 2. Uma aldeia tem um largo. Uma cidade tem muitos. Embora menos kitsch e parola agora com José Moreira, mesmo assim a Feira de S. Mateus sempre procedeu como se Viseu fosse uma aldeia e que aquele certame fosse “o” largo da cidade. Não é. Era só o que faltava que fosse. É por isso que não surpreende o sucesso dos “Palcos Livres”, bem concebidos e bem organizados pela Zunzum, e que, nos fins-de-semana, têm enchido de gente vários largos do centro histórico de Viseu.