Jornal do centro ed600

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

pág. 10 > REGIÃO

Semanário 12 a 18 de setembro de 2013

pág. 16 > ECONOMIA

Ano 12

pág. 19 > DESPORTO

com xxx Agorapreço 0,80 Euros

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA

N.º

pág. 22 > FEIRA DE S. MATEUS

1 Euro

pág. 23 > CULTURA pág. 26 > EM FOCO

novo

SEMANÁRIO DA

pág. 27 > SAÚDE pág. 29 > CLASSIFICADOS Publicidade

600

REGIÃO DE VISEU

pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

Novo acordo ortográfico

Paulo Neto

| Telefone: 232 437 461

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Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

redacao@jornaldocentro.pt

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Real Associação traz à Sé de Viseu o Coro do Queen’s College de Oxford | pág. 25

Inglês e Espanhol Publicidade

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Cursos em a iniciar Outubro


2

Jornal do Centro 12 | setembro| 2013

praçapública r

palavras

deles

Hoje fiquei com a ideia que a Câmara Municipal de Viseu pode servir muito mais os empresários do que aquilo que está a fazer atualmente”

Diogo Feio Eurodeputado CDS/PP, durante a visita feita às empresas do concelho

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

r

O Dr. Almeida Henriques consulta cartomantes e ouve consultores de outras regiões. Trazer a Viseu o Dr. Augusto Mateus, o homem que idealizou o aeroporto de Beja ou a área logística da Guarda com o sucesso que todos lhe reconhecemos, diz tudo de um candidato que não tem ideias próprias” Hélder Amaral

Candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Viseu, durante a visita feita às empresas do concelho

“A Via Sinuosa” Esta é a edição 600 do Jornal do Centro. A 09 de Junho de 2011, com o número 482, esta gerência e esta direcção invertia o irreversível processo de encerramento deste órgão de comunicação social. De nossa lavra e dos nossos colaboradores, depois disso, sem falhar uma edição, 118 mais saíram. Não precisamos dos parabéns de ninguém. Nós sabemos que estamos de parabéns e é quanto nos basta. Sabemos o muito que temos feitos e isso basta-nos. Sabemos os sacrifícios por que temos passado e isso basta-nos. Sabemos quão louvados e criticados somos e isso basta-nos. Sabemos que e por vezes, o veneno invejoso e ruim destila da bífida língua da qual menos esperávamos e isso basta-nos. O Jornal do Centro não fechou como muitos queriam. A todos o nosso respeito e consideração. É quanto nos basta! O Tribunal Constitucional, guardião da Lei das Leis, tornou-se de repente inimigo do actual governo. No entender deste, claro está, que convive mal com a Constituição da República Portuguesa, como aliás com outras leis em geral, por entender que, num Estado de Direito e Democrático, a Lei só é boa se for favorável aos seus intentos, mesmo que estes sejam desfavoráveis a 10 milhões de portugueses. Por seu livre arbítrio, o primeiro-ministro e acólitos arrasava tudo e construía um país a seu gosto, medida e contento dos seus sábios mentores, inspiradores e conselheiros. Mas a rábula está mal contada. O presidente da República, por discordar e/ou ter dúvidas sobre a legalidade de determinadas propostas de lei, requereu parecer ao TC. E este deu-o. Ponto final. Como questio-

nava o Gaspar da má-memória: “O que é que não perceberam?”. E porém, quem provoca e não acata a lei é um fora-da-lei. Estar nestas pré-condições é exemplo tão menos dignificante para todos nós, quanto oriundo de tal instância. Claro está, se calhar só para aqueles que ainda acreditam num Estado como representante legítimo de um povo. Ou já não é? Um SE com um penteado semelhante ao Professor Pardal, Catarino-qualquer-coisa, talvez dos Assuntos Fiscais (eles são tantos!), que muito clama contra quem zela pelas boas práticas administrativas e fiscais, “esqueceu-se” de entregar a sua certidão de rendimentos conforme normativo legal. Ninguém estranha que um membro do governo não cumpra a Lei. Estão acima da Lei. São impunes e imunes. Um estudo apresentado há dias num órgão de comunicação social, comparava Alemanha a Portugal. O trabalho era minucioso. Mas centremo-nos apenas no mais óbvio: D – 5,3% de desempregados; P – 17, 1%. D – 7,9% de desemprego jovem; P – 37,7%. D – 35,6 média de horas de trabalho semanal; P – 39,1. D – PIB Per Capita 122; P – 75… Talvez seja por todo este diferencial numérico que Paulo Portas transferiu as suas poupanças para o Deutsch Bank e não as investiu, por exemplo, na CGD que ainda é banca pública. Passos mandou os ministros para a rua. Calma! Não se ani-

rPreservar a identi- rE ali o vemos agodade e regulamentar a expansão, obviando a pressões no sentido de desvirtuar, descaracterizar e até destruir (paisagem urbana). Eles são os decisores (os políticos)”

ra (estátua de Aquilino Ribeiro), quem ele é por natureza, Homem da Escrita, a caneta ainda presa em sua mão, enxada lhe chama de tanto lavrar, o gesto franco de quem espera de porta aberta, o amigo que chegou. Ei-lo, disponível para conversar”

Álvaro Leite Siza Vieira

Alberto Correia

Arquitecto, em entrevista ao Jornal do Centro

Antropólogo, em artigo de opinião no Jornal do Centro

600 600 mem… Quer dizer, até 29 de Setembro a prioridade não é governar. É dar uma mãozinha, de N a S, de O a E, país fora, nas autárquicas. Mas em boa verdade até nos parece mais “bonito” do que andar a oferecer cheques nas missas.

Dia 17 e durante uma magra dezena de dias lançam-se os “cães à lebre”. Parece que haverá uma série de debates. Radiofónicos. Congratulamo-nos com isso e lembramos que a ideia foi de Hélder Amaral. Há quem ande nervoso. Cidadão informado é um eleitor consciente. A democracia ganha com isso. Os mais jovens – não, não são os das “jotas” – falam no voto em branco ou no voto do manguito… tão baixa para eles está a credibilidade dos políticos partidários. Em breve surgirá uma sondagem acerca das intenções de voto no concelho de Viseu. Há quem ande nervoso. Calmos e a gozar o panorama estão os 22% de indecisos… A apreciação que o Jornal do Centro tem feito sobre impostos municipais apresenta algumas surpresas. Afinal, parece que a tão apregoada e só por alguns vista qualidade de vida dos viseenses, é por eles paga a preço de ouro. Pelos contribuintes, claro

está! E ainda sobram uns milhões, saqueados das nossas carteiras em impostos, para os subsídiodependentes-em-época-de-campanha-eleitoral e para umas aplicaçõezinhas de capital na banca. Será no Deutsch Bank, também? Já que as feitas no BPN não correram lá muito bem… Pudera.

Aquilino Ribeiro vai ter uma estátua na Rua Formosa. Já tinha nome num parque da cidade muito apreciado pelos marginais da terra. E uma rua curtinha ali para os lados da Biblioteca Municipal. Agora sim, reconhecese-lhe mérito e valimento. Também a Alberto Correia que tem sido, de há muito, a alma mater, o mentor, animador e protagonista da ideia. Como sempre, agora que o trabalho está feito, perfilar-se-ão os “colas” do costume em bicos de pés para ficarem no retrato. Abençoados pseudo-académicos de pacotilha e insólitosleitores-aquilinianos que nunca terão lido um capítulo de obra do Mestre… A Cultura está a dar. Teremos direito a discurso políticoliterário da vereadora do pelouro, com citações de “A Retirada dos Dez Mil” (1938)? Ou Ruas aproveita para sair de cena (?!) citando umas passagenzinhas de “Humildade Gloriosa” (1954) ou de “Quando ao Gavião Cai a Pena” (1935)? Veremos.


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

números

30 mil

estrelas

Centro Hípico de Viseu Rio de Loba - Viseu

Álvaro Leite Siza Vieira Arquiteto - Porto

Veio a Viseu, a gracioso convite de amigos, prestar o seu primeiro contributo estético-funcional para a possível recuperação do Centro Histórico da cidade.

Mesmo com falta de apoios, o CHV não deixou cair a tradição, levando a cabo, com muito esforço e dedicação, o Festival Hípico da Feira de S. Mateus.

Número de visitantes na 8ª Edição do Caramulo Motorfestival.

Importa-se de responder?

Pela mão do seu presidente, Álvaro de Meneses e demais colaboradores, tem sabido marcar com discreta eficiência uma presença cultural distinta. Desta feita, na Sé de Viseu e com o coro do Queen’s College de Oxford dirigido por Owen Rees.

Qual a sua opinião acerca da fusão das três freguesias da cidade? Se pensada e executada numa ótica de promover uma melhor gestão dos recursos humanos, técnicos e materiais, penso que é uma boa solução, especialmente quando se trata de freguesias cujas fronteiras confinam. Contudo, penso que quando esta ideia tiver que ser posta em prática e implementada no terreno irão decerto surgir dificuldades que, como sempre, afetarão as populações.

Rodrigo Duarte Funcionário Público

Em primeiro lugar, devemos olhar ao modo como foi pensada esta medida: não se ouviram as populações e não se pensou que a criação destas mega-freguesias, como é o caso presente, poderia acarretar consequências gravosas naquilo que concerne ao serviço prestado às populações. Contudo, tenho esperança que, com o engenho que caracteriza as nossas gentes e com um bom presidente de junta, os problemas nascidos desta reforma possam ser em grande Isabel Dias medida atenuados. Técnica Superior

Penso que esta fusão de freguesias não foi a melhor das ideias. Se já hoje, para se resolver qualquer assunto nas juntas de freguesia, encontramos alguns problemas e muitas demoras, a fusão das três freguesias da cidade irá decerto acarretar imensos problemas aos seus utentes. Não tenho muita esperança que, nos primeiros tempos, a resposta seja tão eficaz quando comparada com a que temos atualmente. Maria João Ferreira Consultora Imobiliária

Opinião

Real Associação de Viseu

Eu posso dizer que considero esta medida positiva uma vez que, a união de pequenas freguesias, irá decerto rentabilizar os recursos existentes e irá traduzir-se em poupanças nas suas diferentes vertentes. Contudo, penso que quando se transformam freguesias de média dimensão em freguesias que são, em população, maiores que muitos concelhos, isso irá decerto trazer problemas de gestão que apenas podem ser supridos com um grande quadro Sérgio Silva Treinador de pessoal que anula as tão famosas poupanças.

Assim vai o mundo

1-Escrevo um dia antes da votação no Congresso americano e a dois dias da comunicação de Obama aos americanos. Poderá ser o início de uma intervenção militar na Síria. Voltarei, certamente, a este tema quando existirem mais informações. Enquanto as atenções dos Media e da comunidade internacional estão voltadas para Damasco, no Cairo vive-se um PREC reaccionário que pretende restabelecer o anterior estado de coisas. A situação no Egipto é a machadada final numa Primavera que não terá sido mais do que um dia solarengo a intervalar um triste Inverno. Tal como na Síria, onde ninguém pode garantir que a ortodoxia e o fanatismo sunita garantam um me-

lhor Governo do que o do ditador Assad, também no Egipto é impossível alguém dizer que Morsi e a Irmandade Muçulmana fossem o regime com que todos os egípcios, e por arrasto a comunidade internacional, sonharam aquando do início dos protestos que desencadearam a queda de Mubarak e, juntamente com a Tunísia, o início da Primavera Árabe. Todavia a realização de eleições democráticas tem a sua importância e significado. Quem escolheu Morsi, com maior ou menor ortodoxia, fê-lo de forma consciente. Entretanto, movimentos rebeldes, especialmente no Sinai, começam a reagir de forma mais violenta. Os generais querem retomar uma senda próxima do

regime de Nasser. O canal do Suez mantém a sua importância. Mas para já as atenções estão centradas na Síria e no estreito de Ormuz. 2-O Tribunal Constitucional (TC) decidiu como se esperava. A cobardia dos deputados colocou nas mãos, dos juízes do TC, uma decisão que não lhes competia. Competia aos legisladores da República, função essa, a de legislar, atribuída ao Parlamento, clarificar uma lei que, como escrevi anteriormente, foi escrita de forma enviesada exactamente com o propósito que agora se confirmou. Evidentemente os juízes tomaram a decisão que deles se esperava. Não iriam contrariar um direi-

to (o de um cidadão se candidatar a uma autarquia ou freguesia) que não estivesse clara e objectivamente restringido na lei. Desta feita não se ouviu o coro de críticas de há uma semana. Passos Coelho, que uma semana antes, do alto da sua demagoga e parca autoridade, fizera um ataque inusitado ao TC, preferiu, agora, o assentimento. Todos sabemos qual era o espírito da lei que, na altura, se pretendeu aprovar. Sobre isto também já escrevi. A verdade é que fomos, todos nós, enganados. A viradeira do regime vigente, teima em mostrar que é sempre possível continuar a escavar o buraco da falta de ética. David Santiago


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866 micaela.costa@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Geóloga mariasobral@gmail.com

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte

Jornal do Centro 12 | setembro| 2013

O Turismo que não se vê todos os dias A nossa televisão habituou-nos de tal forma a fornecer notícias deprimentes, que quando assim não são, o destaque que lhes dão é absurdamente mínimo. Portugal acabou de ganhar 9 dos 41 “óscares” do turismo para os quais estava nomeado nos World Travel Awards Europa, mais 3 do que na edição anterior, mas nem mesmo assim, estas distinções foram merecedoras do que mais de 3 minutos de antena, não se fazendo jus aos investimentos e esforços que

se têm continuado a verificar na área da hotelaria, e que apesar de também em crise é responsável por muito do dinheiro que vem vindo de fora e que tanta falta nos faz. O país foi declarado o destino europeu líder no golfe enquanto o Algarve se mantém imbatível como o melhor destino de praias. Novidade foi a distinção conquistada pela Madeira como melhor destino insular, enquanto Lisboa, que estava nomeada para a categoria principal de “melhor

destino”, conseguiu a distinção de destino ideal para escapadelas urbanas. Penso que qualquer uma das categorias, ou qualquer um dos visados (hotel, resort ou spa) era merecedor de uma reportagem para aqueles que cá dentro não conhecem, ajudando a que a máxima do “vá para fora cá dentro” pudesse ser acicatada por imagens que fizessem desejar visitar, estou certa que assim seria porque “os olhos também comem”. Mas….infelizmente, o sangue, guerra,

ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Opinião

Que inimigo é este que nos continua a roubar vidas?

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

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Tiragem média

Margarida Silva e Armando Silva

6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

Partilho este artigo com o meu pai porque também ele divide o seu coração com Pendilhe e Carregal do Sal. Pendilhe, nossa terra natal, queimada e vestida de negro; Carregal do Sal que, carinhosamente, nos acolheu, trajada de luto devido à fatalidade que atingiu o seu valoroso Corpo de Bombeiros. Todos os verões travamos uma verdadeira guerra civil contra o fogo! O fogo que nos rouba haveres, casas, sonhos e Vidas. Todos os anos este flagelo se repete, levando-me a pensar que é todos os anos a mesma coisa, parecendo que nada aprendemos com os erros do passado, parecendo que o

martírio é natural: vem o verão, vem o calor, vem o fogo… E todos os anos ardem matos, florestas, quintais, casas, animais e, tragicamente, morrem pessoas e outras ficam feridas. Este fatídico verão de 2013 faz-me correr lágrimas de desespero, de impotência e de sentimento de profunda injustiça. E, ainda, agora as lágrimas me caem… inconformada com a tragédia que assolou Carregal do Sal e com o fogo que queimou grande parte de Pendilhe. No dia 28 de Agosto regressei de férias, a Carregal do Sal. O Caramulo ardia. No dia seguinte, por volta da hora

do almoço, chegava a notícia da morte da Bombeira Cátia Pereira Dias, de Carregal do Sal. Incrédulos, íamos sabendo que a nossa bombeira não tinha escapado às terríveis labaredas que fustigavam o Caramulo e que já haviam roubado outras duas vidas. Sabíamos também que um militar da GNR estava ferido, bem como mais três bombeiros de Carregal do Sal. Chorávamos a morte da Cátia e rezávamos pela recuperação dos feridos, inconformados com a tragédia! No dia 02 de Setembro, recebi um telefonema do meu Pai. Pendilhe andava a arder. Nessa tarde, o fogo queimou

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião

Percorri a Serra do Caramulo, a começar das suas faldas e trepei até aos picarotos de onde se divisa a chapada poente e pensei que me tinha enganado no caminho. A paisagem está tão mudada que fui compelido a pensar que tenho de agradecer a quem colocou o fogo. Que mudou tudo de tal forma que esta é, só, mais uma mudança. Desta vez de paisagem. E que o renovo há-de ser, também, bonito. Cheio de viço, de cio, pungentemente forte, até que lhe ateiem o fogo, de novo. É a renovação que cria o choque de gerações por diferentemente se entender o que se trata de “cambança”. E, neste contexto, por força das circunstâncias, tenho de me habituar:

Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional

Ainda falta agradecer A. a aceitar que juntas de pessoas do mesmo sexo possam adoptar crianças (desculpar-me-ão, mas casal é, por definição, «1. conjunto de duas pessoas de sexo diferente: um casal de namorados; 2. marido e mulher: O casal divorciou-se. 3. macho e fêmea: um casal de pombos. 4. pequena povoação: um casal isolado na montanha» (isto a acreditar na internet); B. a entender que haja condenados a quererem exercer cargos públicos e, mais, que haja quem os apoie; C. que apareçam, ciclicamente, uma variedade de balões, dado o conteúdo e a sua substantividade, a proporem-se como primeiros-ministros e uma mole de “gente” atrás deles a baterem-lhe

palmas de apoio; D. que se façam campanhas eleitorais em locais para onde se fazem deslocar centenas de pessoas em autocarros a quem se paga uma refeição e um pequeno “abono”, aproveitando, assim, a miséria de quem carece de uma refeição (como aconteceu com o anterior PM); E. Que se retire às pessoas as prometidas reformas, que as fez trabalhar com o propósito de serem cumpridas e atingidas, e de lhes garantir o futuro (agora cada vez mais sombrio, frio no Inverno, famélico durante o ano e abstencionista na parte medico-medicamentosa); F. que haja franjas da sociedade que vivem como as lampreias, agarradas, sedentas e que

Dia negro para o Poder Local Tenho alguma dificuldade em perceber como as pessoas encaram como “questões de secretaria” o cumprimento da Lei, pois é pô-la ao nível de regulamentos ou regimentos, essas coisas que podem estar à mercê de chefes e hierarquias e que não têm a sua origem no Parlamento que, ao fim e ao cabo, deveria ser fonte idónea de uma legislação justa e adequada. Isto a propósito da crítica de que estavam a

tentar vencer os dinossauros na secretaria porque não os podiam vencer nas urnas. O Tribunal Constitucional decidiu que os dinossauros autárquicos podem continuar a sê-lo desde que noutros territórios. À luz da lei, e das quinhentas mil maneiras de a interpretar, poderia achar-se alguma lógica na decisão – apenas e só perante esta lei. Por si só, isolada, e na linha da fundamentação do Mo-

vimento Revolução Branca, é uma decisão escabrosa. Não só estamos perante a possibilidade do dito autarca ir fazer umas férias a outro concelho e voltar como admitimos, de vez, que os cargos políticos são profissões. Que ser autarca é uma profissão que, quanto muito pode ser regulada. Ora como é uma profissão política, o Parlamento, que se transformou numa espécie de Ordem dos Políticos, regulamentou-a


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manifestação contra o ministro sicrano e a política beltrano, e outras demais absolutamente deprimentes, continuam a ocupar mais de 90% da comunicação social, deixando-se as positivas, sim porque as há, para segundo plano, e o povo fica a pensar que só há empresas que fecham, que só há desinvestimento, mas na realidade todos os dias abrem novas empresas, novos produtos e novas tecnologias são desenvolvidas, novas ideias são implementadas; no turismo o mesmo se passa, há muitos e bons investi-

mentos todos os dias e estes prémios são o reflexo disso mesmo! Somos um país cheio de recursos naturais, que apesar de à beiramar plantados continuamos a explorá-lo muito pouco, e se não temos a capacidade económica ou a força empresarial necessária para a exploração dos georrecursos, então aproveitemos aquilo em que já somos minimamente bons, o turismo balnear e de lazer, se há uns anos muito se criticou uma certa campanha publicitária internacional, agora talvez não estejamos a gastar

o suficiente para nos vendermos lá fora. É imperativo vendermo-nos, vendermo-nos bem, captar investimento de grandes grupos turísticos e de viagens, fomentar e desenvolver uma estratégia de sustentabilidade e crescimento para um sector que poderá sem dúvida marcar a diferença nas contas que interessam fazer a cada final de ano. As nossas campanhas publicitárias internacionais estão gastas, são antigas, mas os prémios ganhos são recentes, são um reconhecimento e um mérito que deve ser usado

e abusado para nos vender. Gosto muito de ser o “paraíso à beira-mar plantado”, mas se para nos erguermos tivermos de ser o país dos resorts, dos spas, das termas, do golfe e dos desportos náuticos, que seja, tanto melhor, desde que acautelemos sempre a nossa individualidade cultural e preservemos o património ambiental de forma sustentável. Se os de fora nos vêm como destino de luxo, porque não haveremos nós de ver e vender os nossos maiores luxos; o sol, a praia e a simpatia?

mato, pinhal, quintais e chegou mesmo a ameaçar casas. Com a preciosa intervenção dos Soldados da Paz e ajuda da população, o fogo foi travado… Mas eis que, nessa madrugada, volta a reacender e, desde aí, tornou-se incontrolável. Durante o dia 03, ameaçou as quintas de Pendilhe. Contou-me o meu Pai que, naquela tarde, três ou quatro jovens de Pendilhe, com a sua valentia, conseguiram salvar a Quinta de Algodres. A sua proprietária foi evacuada pela GNR, toda a gente se foi embora, menos aqueles arrojados jovens que, desdobrando-se em louca correria, acudiam aqui e além, ora no solo, ora em cima dos telhados. Espaçadamente, eram engo-

lidos por enormes nuvens de fumo negro, que arrepiavam o meu Pai, quando de longe presenciava aquela azáfama e impotente para ajudar. Não conseguiu chegar ao local, as altas labaredas não lho permitiram, ficou de longe a assistir, com o coração nas mãos, temendo pelo pior… Realmente, só quem passa por momentos destes é que compreende que, por vezes, reagimos imprudentemente, não sabemos de onde nos vem a força, nem a coragem, mas tudo se faz para salvarmos, pelo menos, a nossa casa. Mas a crua verdade é que nem a nossa casa, nem a nossa floresta, nem o nosso mato vale sequer uma vida humana! O fogo continuou toda a tarde a devorar

mato e regressou com novo ataque a Pendilhe. Ao final do dia, as chamas teimavam em aproximar-se violentamente das nossas casas, quando recebemos a notícia da morte de Bernardo Cardoso. Lembramo-nos do Bernardo, de quando era bebé… Não podia ser! Que inimigo era este, com o qual lutávamos de frente, para salvar as nossas casas, e que nos acabara de roubar mais uma vida? Seria acidente? Seria mera fatalidade? Seria mão criminosa? Este verão já haviam sido seis bombeiros que perdiam a vida num combate desigual e injusto. Naquele momento, pensando naquelas vidas que haviam sido roubadas, encontramos força e coragem para enfrentar

este inimigo e conseguimos desviá-lo das habitações. À data que escrevo o artigo já morreram 8 bombeiros, morreu um jovem electricista a reparar o sistema eléctrico danificado pelo fogo e muitos são os feridos que se encontram a aguardar recuperação. Temos de vencer este inimigo! Temos de limpar as matas, de desenvolver uma política de verdadeira reordenação florestal, temos de agir, todos nós o devemos àqueles que pereceram e que, inocentemente, são vítimas dos incêndios florestais.

sugam até à morte a quem parasitam, num prado regido por gente eleita pelo “gado” que o habita e que tem como único propósito (dá essa impressão!) destruir o que está feito; G. que tenhamos um parlamento que não é capaz de se acertar para virar de patas para o ar uma Constituição antidemocrática, que cria desigualdades, é obsoleta, tendenciosa e profundamente desajustada ao povo a quem se destina por erro de concepção, na cópia de um modelo nórdico que está tão longe de nós como os honoráveis Bijagós; I. que despudoradamente os homens façam as suas necessidades por detrás de qualquer árvore ou candeeiro de rua sem

haver quem os impeça; J. que uns camafeus vendam o corpo, nas bermas de estradas e mesmo de ruas e que haja quem as procure…!!!; L. que chovam daqui para diante e até serem contados os magros votos que hão-de sobrar de uma abstinência maioritária (isto num país democrático!) mentiras, em forma de promessas e a maledicência quanto à execução de outros edis, crendo que mais alto fica quem mais enterra os circunvizinhos; N. que não se estude, discuta e promulgue uma lei anticorrupção no seio de centenas de deputados; O. que me queiram arrumar o carro em parques para os quais pago e me quase obriguem a deixar dinheiro de paga;

P. que seja, permanentemente, assediado por romenas a pedir esmola, cheias de odores “desérticos” e com uma lamúria que infecta os tímpanos; Q. que não se possa ir a um supermercado sem se ser abordado por alguém com um saco a pedir para que façamos aquilo que os seguidores de Abril nos prometeram durante estes já muito longos 39 anos, ou seja, cuidar dos mais carenciados; R. que não haja a consciência do caminho que trilhamos. Tudo mentira. Mas tudo em mudança, não é assim? Aplaudamos, ferverosamente, tudo o que se está a passar à nossa volta. Apoiemos os

nossos carrascos. Festejemos o tal de “25 de Abril” com o seu resultado final. Dêem-se vivas ao resultado da execução da impositividade de uma Constituição Revolucionária e aos seus 900 000 filhos desempregados. Da impunidade que ela criou em razão da Lei Penal vigente e do garantismo de todos e tudo quanto é desviado, marginal, em detrimento daqueles que cumprem, que se afirmam como cidadãos responsáveis, mas que são a minoria, cansada de remar contra a maré e de ser conotada com um tal de D Quixote de la Mancha. Pois se vale tanto o voto de um doido que põe fogos como o de um cidadão culto, com obra feita, para mim pouco mais há a dizer…! Pedro Calheiros

a seu bel-prazer e o Tribunal Constitucional deu o “ok” juridiquês a algo que em bom Português só se poderá chamar uma aberração. Há dias, na TVI 24, e por causa desta decisão, o vice-presidente do Movimento Revolução Branca, Pedro Pereira Pinto, esteve em debate com um autarca – essa tal recém-admitida profissão – Fernando Costa, o autarca-modelo. 27 anos à frente das Caldas da Rainha e foramno lá buscar para se candidatar a Loures,

para implementar o seu modelo de gestão numa câmara que desesperadamente precisa do super-autarca. A dual polity - a distinção entre política local e política central, essa coisa que a anglofonia estabeleceu como sua prática - já era suficientemente má em Portugal, ou melhor, inexistente. Como se não bastasse em Portugal a política local ser um trampolim para a política central, é, agora, um trampolim interconcelhio de produtos do sistema, estes super-autar-

cas que vão implementar o seu modelo feudal e de bom cacique noutros concelhos, deixando os aprendizes no seu lugar. Até porque, como disse Fernando Costa, “o 1º mandato é para estoirar, só lá para o 3º mandato é que dá para começar a fazer coisas”. De facto. Só no 3º mandato é que já se tem a rede de controlo suficientemente instalada para assegurar que se pode fazer tudo e mais alguma coisa sem questionamento, sem afronta, sem contraditório.

A decisão do Tribunal Constitucional é um desrespeito pelos três princípios: autonomia, descentralização e subsidiariedade, porque ao assumir que o território pode ser governado por super-autarcas que o encaram como “empresas públicas”, estamos a desrespeitar a unicidade do território, os interesses locais e, principalmente, a dizer que ele pode ser gerido por capatazes do Governo Central, que mais não são que os tentáculos partidários.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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abertura

textos ∑ Pedro Morgado

Viseu – A ameaça silenciosa Derrama ∑ Oito anos depois de Ginestal ter proposto uma baixa de impostos, empresas sentem a primeira “folga” na carteira Num país “distraído” com as eleições autárquicas de 29 de setembro, o concelho de Viseu não foge à regra. Para além da luta entre os ex-secretários de Estado José Junqueiro e Almeida Henriques pela liderança da Câmara de Viseu, na qual o deputado Hélder Amaral e os candidatos do Bloco de Esquerda e da CDU vão ter uma palavra a dizer, pouco mais parece acontecer. Parece… Durante muitos anos, Viseu, capital de distrito viveu “adormecida” enquanto os concelhos vizinhos se industrializavam, melhoravam as suas acessibilidades, criavam incentivos ao investimento privado e se tornavam competitivos. A “rivalidade” latente entre estes concelhos, antes apenas presente nos relvados, galgou “muros” e fronteiras e ganhou uma nova dimensão: como conseguir atrair e manter o investimento? A ameaça existe mesmo? No final de julho a dúvida acabou. A Scania Portugal, em comunicado, confirmava que os serviços prestados nas suas filiais de Vilar Formoso e de Viseu iriam ser transferidos de forma faseada para o

novo concession á r io construído em Mangualde para servir toda a região norte, com uma superfície total de 6600 metros quadrados. Esta orientação comercial do grupo Scania foi apenas mais um episódio nesta “guerra silenciosa” entre vizinhos do qual Viseu saiu, claramente, a perder. Os vizinhos.As relações “fraternas” entre estes concelhos são antigas e foram durante muitos anos bastante sólidas. A criação da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região Dão Lafões foi um marco nestas relações. Contudo, a força polarizadora de Viseu foi incapaz de travar a afirmação de outros centros urbanos desta região, como são os concelhos de Tondela e de Mangualde. O tempo e a resiliência de autarcas como Carlos Marta em Tondela e João Azevedo em Mangualde veio confirmar o papel de relevo e

consolidar a posição que estes concelhos hoje têm na vida económica do distrito. E os exemplos são flagrantes: Viseu tem, efetivamente, grandes empresas nas quais se destaca naturalmente o Grupo Visabeira, SGPS, SA, mas Mangualde, um concelho com cerca de um quinto da população de Viseu, tem também empresas de dimensão nacional: o Centro de Produção de Mangualde do Grupo PSA, uma unidade da Sonae Indústria - Produção e Comercialização de Derivados de Madeira SA e o grupo Patinter - Transportes e Logística que em 2010 investiu 27 milhões de euros na renovação da sua frota e nas instalações neste concelho, juntas criam milhares de postos de trabalho diretos.

O te m p o ve i o p r e miar também o trabalho ao autarca de Tondela. No mesmo ano em que aba ndon a o ca rgo ao qual está impedido de se recandidatar este ano pela lei de limitação dos mandatos autárquicos, os frutos da sua dedicação ao fortalecimento económico do concelho são evidentes: o concelho de Tondela ocupa a sexta posição no ranking dos municípios portugueses de média dimensão com melhor eficiência económica, de acordo com os dados divulgados na última edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, e o “seu” concelho rece-

be em 2013 oito novos investimentos privados. Empresas como a Dicis, a Interecycling, Paula Longra, as Quintas Sirlyn, a Apiscaramulo, a Estadia Pacífica, a Joaninha e a Fresenius Kabi Portugal – Labesfal vão ao longo do ano realizar um investimento que rondará os 21 milhões de euros e criarão cerca de 286 postos de trabalho no concelho. Nada disto parece, no entanto, importar oa quem decide e go goHá verna em Viseu. Há ão quanto tempo nã não se ouve fa-

lar de um grande investimento no concelho? As pequenas “escaramuças”. É em março de 2013 que as relações entre Viseu e Tondela, entre Fernando Ruas e Carlos Marta, con hecem um novo patamar. O edil viseense, temendo a vinda


IMPOSTOS MUNICIPAIS | ABERTURA 7

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conversas

de Carlos Marta para o concelho como candidato autárquico, anunciou em plena Assembleia Municipal que ia pedir ao Governo que o Centro Hospitalar Tondela-Viseu fosse rebatizado, de modo a excluir o nome da cidade vizinha. Durante esta sessão, em que manteve quase sempre este registo, Fernando Ruas, chegou mesmo a afirmar que não permitiria que alguém lhe “ponha a pata em cima” o que, juntamente com a mudança do nome do hospital e a transferência da sede da Comunidade Intermunicipal Dão Lafões, levou Carlos Marta a exigir de

F Fern Fe ern rnan ando an do do Fernando Ruas um m pedido pedi pe diido did do de de desdesde s culpa dirigido às populapopu pula lações e às instituições de Tondela. Reveladores ou não, os sinais de desconforto de Fernando Ruas são refor-

çados pelas suas palavras: o edil não pretende deixar a “porta aberta” para que outros concelhos vizinhos possam vir a mandar em Viseu. Os 3 “ses” dos investidores. Atualmente, são três as grandes questões na mente dos investidores: as contrapartidas camarárias à fixação e à laboração das suas empresas, as infraestruturas rodoviárias e os impostos e taxas municipais. Se, no que concerne às infraestruturas rodoviárias, nenhum dos concelhos referidos se destaca positivamente ou negati-

v avam e nnmentte, te e , dada dada da da a su ssua u a pro p ro prox xi i mi mid d ade gedade ximidade o gráfi fica, em reográfica, llação la açã ção o aos concorrrentes, re ren ent nt s, o processo de ntes d deci de eci cisãão por parte dos decisão inv in vest stidores é baseado investidores na existência na exi xistência ou não de c ontrapartidas: a cedêncontrapartidas: cia de terrenos em áreas adaptadas ao investimento em causa, a realização de obras de infraestruturas, a cedência de edifí-

cios ou equipamentos, a isenção de taxas ou mesmo um apoio financeiro e a agilização da apreciação dos processos de licenciamento industrial e comercial. Se é impossível enumerar detalhadamente as contrapartidas camarárias constantes em cada um dos contratospro g r a m a a s si n ado s pela autarquia, torna-se evidente que Fernando Ruas “acordou tarde” para o problema. Apesar do autarca ter feito aprovar uma redução da taxa de derrama para 2013, imposto que incide sobre o lucro das empresas, em 20% sobre os 1,35% aplica-

dos às empre em esas c ujo vol lu m me e volu de negócios seja sejjaa inferior iinf nfer nf eriio ior ior a 150 mil euros e mantimant ma ntii do o valor de 1,5% para as restantes, as grandes empresas e os grandes g rupos empresariais, grupos M Ma ngualde é o concelho Mangualde do distrito que neste aspeto pode despertar uma maior atenção por parte dos investidores: tem uma taxa de 1% (tabela anexa). Não se pode, obviamente, estabelecer uma relação direta entre as opções da autarquia e a realidade empresarial do concelho. Contudo, podemos dizer que “acordou tarde” uma vez que, sabemos, esta questão sempre esteve em cima

da mesa . Já em 2005 , Miguel Ginestal, líder dos vereadores da oposição, alertava que “fazia todo o sentido que a taxa da derrama baixasse, como forma de atrair novos empresários, novas empresas para o concelho, combatendo desta forma o número de pessoas desempregadas”. Mas, esse não era o entendimento de Fernando Ruas. À época o edil não compreendeu a justificação socialista: “Sinceramente não percebo, já que são empresas de fora de Viseu que pagam a derrama, designadamente a EDP, a PT, a Caixa Geral de Depósitos e mesmo aquelas que a n -

dam a construir da co cons ons nsttr t r ui uir ir aass v iaa s rá rápi pid i das. das vias rápidas. São e São ssas que paessas gam a d ga gam errama”, disse derrama”, o pr pre resiiden idente da Câmara. presidente E m 2 013 0 13 , Fer n a ndo Ruas compreendeu e baixou a carga fiscal. Reduziu o Imposto Municipal sobre Imóveis, baixou a derrama e reavaliou as 14 folhas onde estão inscritas as taxas, as licenças e outras receitas do município de Viseu. A autarquia quer agora impulsionar o tecido empresarial do concelho e está a reconstruir um edifício na rua do Comércio, no centro histórico da cidade, onde vai instalar uma incubadora de empresas. Muito vai depender agora da vontade dos investidores.

“É necessário agilizar os prazos de licenciamento municipais atualmente muito longos e inexplicáveis nalguns casos. Não se pode esperar meses por uma licença municipal” Quais são os principais constrangimentos encontrados pelas empresas em Viseu? Na minha perspetiva os principais constrangimentos encontrados em Viseu podem resumir-se em breves palavras: falta, sobretudo, um parque industrial dotado das infraestruturas adequadas à instalação de indústria. Estando Viseu situado na zona central de Portugal, e perto da principal via rodoviária que liga Portugal a Espanha e à restante Europa a criação de um parque industrial e logístico faria todo o sentido, desde que fosse dotado de todas as infraestruturas à semelhança dos melhores parques industriais existentes em Portugal e Europa. Os preços dos terrenos nesse eventual parque industrial deveriam ser atrativos e proibir-se através de contratos de exploração a especulação imobiliária, que neste momento acontece com os terrenos nos atuais parques industriais, designadamente o parque industrial de Coimbrões. Também é necessário agilizar os prazos de licenciamento municipais atualmente muito longos e inexplicáveis nalguns casos. Não se pode esperar meses por uma licença municipal. . Podem os municípios limítrofes constituir uma ameaça que pode “tirar” a Viseu parte do seu tecido empresarial? Porquê? Essa já é uma realidade há muitos anos, pois as principais empresas industriais têm-se instalado nos concelhos limítrofes, em detrimento de Viseu. O concelho de Viseu tem muita pouca industria instalada comparado com Tondela, Nelas, Mangualde ou Oliveira de Frades. Isso deve-se precisamente à falta de infraestruturas adequadas em Viseu, ou à falta de condições atrativas para as industrias aqui se instalarem. ca industria instalada comparado com Tondela, Nelas, Mangualde ou Oliveira de Frades. Isso deve-se precisamente à falta de infraestruturas adequadas em Viseu, ou à falta de condições atrativas para as industrias aqui se instalarem. Empresário devidamente identificado que prefere manter o anonimato


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à conversa

entrevista e fotos ∑ Emília Amaral

“Normalmente os pais só vão à escola para ouvir dizer mal do seu filho e isto tem de mudar” Qual é a grande preocupação dos pais e das associações no arranque deste ano letivo 2013/2014?

Nós notamos que a escola está muito intranquila, em primeiro lugar, pelo facto de muitos dos cortes que se preveem na educação virem a acontecer na escola dos nossos filhos, nomeadamente, na questão dos assistentes operacionais, na redução das turmas, no aumento do número de alunos por turma o que na nossa perspetiva é um erro crato. Está mais do que provado que nos países onde houve um aumento do número de alunos por turma o insucesso é maior. A questão é para mim muito preocupante e os pais vão sentir isso no dia da apresentação, em que vão estar 26 alunos e praticamente não cabem na sala de aula. As escolas não estão construídas com salas para tal. O aumento do número de alunos por turma tem vindo a ser contestado pelas associações de pais, algumas delas com ações de protesto já marcadas. A Frapviseu está alinhada nesse protesto?

Nós como Frapviseu , nomeadamente através da CNIPE, já marcámos audiências com os grupos parlamentares e com os sindicatos de professores no sentido de tentar ver o que pode ser feito para evitar que estas coisas se agravem. Os pais não têm tempo para andar em manifestações, a não ser quando são obrigados e aí tomam as rédeas e assumem os seus compromissos. Durante este período de descanso de aulas, os pais trabalharam no sentido de assegurar que a matrícula dos seus filhos fosse garantida. Como houve redução de turmas criaramse problemas em algumas escolas, onde os alunos que

sobravam para além do número definido teriam que ser distribuídos por outras turmas de outros níveis de ensino. Nós não aceitamos isso, reivindicámos e as escolas em causa acabaram por retificar esta decisão. O que mudou?

As escolas foram obrigadas a cumprir o normativo e a preencher as turmas todas. Inclusive está prevista uma fiscalização para saber se os diretores das escolas cumpriram ou não [a nova normativa] quando as escolas têm especificidades próprias, em que nem todas as turmas podem ter esse número máximo de alunos. Nós sabemos como pais o clima que está nas escolas, entre aspas, de perseguição ao trabalho que foi feito nesta distribuição, para garantir os números do ministro, em que sabe que não pode ter mais do que “X” número de professores. Está em condições de confirmar que, no distrito de Viseu, não há alunos distribuídos por turmas de ciclos que não o seu, em consequência do aumento do número de alunos por turma?

Dos casos que tivemos conhecimento posso afirmar que os pais conseguiram evitar isso, tiveram que reivindicar e puseram mesmo em causa o arranque do ano letivo e as direções das escolas chamaram-nos para retificarem a decisão. Vejase ao ponto a que a situação chegou, primeiro põem os pais fora [do Conselho Pedagógico] e depois chamam-nos.

dade desejada. Nós temos a noção de que os professores fazem tudo para garantir a qualidade e a equidade, mas são os próprios profissionais de educação que colocam essas reservas. Estamos a falar, por exemplo, de uma turma do primeiro ano, com crianças de uma idade muito tenra, que vai ter 26 ou 27 alunos. Qualquer pessoa de bom senso percebe que é muito difícil trabalhar com cabeça tronco e membros. Isto vai ter repercussões no futuro. Se calhar os resultados que vão ser atingidos no final do ano vão estar muito aquém da qualidade desejada de uma escola para os nossos filhos. Este é um problema grave tal como a questão da oferta formativa. Está a falar da oferta formativa nas escolas públicas?

Exatamente. Acabaram com os cursos - há situações em que os cursos inclusive foram interrompidos a meio - e esses alunos apesar de terem dito que queriam continuar, foram para o ensino regular. Agora é novidade na primeira semana, mas quando vierem os primeiros resultados da avaliação cada aluno vai perceber que não está no lugar certo e que a escola não lhe dá essa oferta formativa que deseja. Nessa altura vão surgir os problemas e verificar que foi um erro. Há alunos em que a escola dita normal não lhes diz nada, a escola pública é que devia dar essa oferta formativa porque tem recursos humanos e materiais para isso. Este é um ano letivo atípico?

Que consequências prevê a Frapviseu face a este aumento do número de alunos por turma?

Prevemos que o ensino vai ficar aquém da quali-

Têm sido nos últimos anos e este é mais um. As alterações que existem nomeadamente na alteração das metas curriculares, o facto de a data dos exames

ser antecipada uma semana revela, mais uma vez, que as matérias dificilmente poderão ser dadas de forma consolidada, os alunos vão fazer exames à pressa e o Governo o que quer é isto, doa a quem doer, não olhando a meios para obter os fins. O Estado criou novas leis de orientações educativas nomeadamente a Revisão do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo em que as famílias serão livres de escolher, a partir de 2014/2015, entre escolas públicas e privadas para os filhos, com o Estado a financiar ambas as opções. Na vossa opinião o Estado deve financiar o ensino privado?

Nós, como pais e como Federação, temos uma opinião muito crítica relativamente a essa questão. Entendemos que o ensino privado tem que existir mas devem ser os pais a pagar e não o Estado. Hoje, um pai que queira ter um filho no ensino privado já pode optar mas paga e é assim que tem de ser. Se o Estado vier a financiar o ensino privado vai criar mais desigualdades, porque está a criar escolas de elite. Achamos que que este anúncio só se justifica com base em compromissos que o Governo já assumiu com os privados.

Rui António da Cruz Martins, de 48 anos, foi eleito presidente da Federação Regional das Associações de Pais de Viseu (Frapviseu) em 2012, mas integra o órgão desde 2008. Professor, consultor de empresas, assume ainda os cargos de secretário da direção da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) e de presidente da direção da associação de pais Apeagesátã. Com 23 anos de trabalho pela frente, a Frapviseu integra atualmente cerca de 30 associações dos distritos de Viseu, Guarda e Vila Real. temos dados precisos mas temos esse indicador muito preocupante. A escola pública está em risco?

Não creio que assim seja, porque a própria constituição diz que é um direito, agora, temos que lutar para que esta escola continue a existir.

Viseu está na linha da grande diminuição de alunos prevista no 1º Ciclo do Ensino Básico?

A rede pública é suficiente na área coberta pela Frapviseu?

No 1º Ciclo, no 2º e até no 3º Ciclo. Posso dizer que até há bem pouco tempo a Escola Viriato (secundária de Viseu) não tinha alunos para criar uma turma do 7º ano de escolaridade. Isto é muito grave e só se justifica com o facto de muitos pais ao emigrarem terem levado os filhos ou pelo menos é uma das razões. Neste momento não

Penso que sim. Neste momento existem é muitas escolas onde foi iniciado o processo de remodelação e depois parou, nomeadamente em Oliveira de Frades, em Lamego, na Grão Vasco em Viseu. Acho que continua a haver duas e três velocidades na escola pública o que na nossa opinião não garante a equidade, há escolas com realidades diferentes.

O pessoal não docente é insuficiente nas escolas?

Estamos a passar pela chamada mobilidade e é natural que, se até aqui os assistentes operacionais ficavam muito aquém das necessidades, corremos riscos de haver muita falta de assistentes operacionais. Apelamos aos pais para que não permitam que isso aconteça, que façam chegar à Frapviseu eventuais situações, de modo a exigir que nenhuma escola deixe de ter assistente operacional. Ainda no ano passado tivemos escolas onde só existe o professor que está sozinho e isso não pode acontecer. Não havendo esses auxiliares educativos a segurança dos nossos filhos pode estar em risco. A falta de assistentes operacionais regista-se mes-


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r [Com o aumento do

número de alunos por turma] os resultados que vão ser atingidos no final do ano vão estar muito aquém da qualidade desejada. Este é um problema grave”

Viseu. Os pais muitas vezes para tratar de um problema com o seu educando têm que recorrer à sede do agrupamento, o que não faz sentido. A Frapviseu concorda com o novo calendário escolar para 2013/2014?

A nossa preocupação é com a antecipação do exame. O alargamento do período de descanso de aulas letivas está devidamente justificado. Como está o panorama da violência nas escolas do distrito de Viseu?

As escolas têm trabalhado muito este tema. As situações de agressões físicas e verbais (bullying) sempre aconteceram nas escolas. Agora, apelamos é aos pais para que estejam atentos em casa, que falem com os filhos e, se por ventura detetarem alguma situação menos normal no seu filho, procurem saber o que se passa junto dos professores, porque temos a certeza que as escolas têm mecanismos para atuar de imediato. Temos que estar todos atentos, a família em primeiro lugar e as escolas, no sentido de perceber o que se está a passar. A participação dos pais na vida escolar não deve ser só ir à escola quando o alu-

mo nas grandes escolas?

Não temos indicadores mas se até agora já ficavam aquém e as escolas se confrontavam com situações pontuais, agora mais preocupados ficamos. Quais são as outras falhas básicas das escolas?

Neste momento penso que as falhas têm a ver com a falta de recursos financeiros atribuídos em termos de orçamento. Quando se diz que a escola pública é gratuita, não o é na realidade. Os pais continuam a financiar os estudos quer na compra de materiais escolares - embora haja já boas práticas e campanhas de materiais reutilizáveis – quer para que se possam fazer visitas de estudo, etc… A escola não tem recursos. Estamos a chegar a um momento em que os

pais ou pagam ou não se faz e os pais têm cada vez menos dinheiro para suportar essa despesa. O apelo que fazemos é para os pais não terem vergonha de comunicar que têm falta de recursos, de modo a em conjunto ultrapassarmos esses constrangimentos. Uma máxima das associações de pais é de que “quanto maior for a participação dos pais na vida escolar dos seus educandos, maior será o sucesso e os resultados destes”. Quais são os obstáculos colocados ainda aos pais?

A própria lei afasta os pais da escola. Há exemplos de boas práticas, mas contrariamente àquilo que se diz, o mais comum é que as escolas não querem que os pais vão à escola e está provado que isso é um erro. No terreno, o associativis-

mo é algo cada vez mais difícil de ser desenvolvido e quando vemos estas medidas de agregações de escolas, em que muitas vezes a escola sede fica demasiado distante da escola onde se encontra o seu filho, a associação de pais dessa escola acaba por definhar porque a própria elei obrigou que a associação se desorganizasse. Há muitas escolas que foram eleitas com diretores cujos pais não tiveram oportunidade de intervir nesse processo, portanto, foram jogos de bastidores, em que os pais estão lá representados mas só foram realizadas algumas assembleias, porque tinha que ser eleito o diretor e não se olhava a meios para obter os fins. Para que os pais tenham assento nesse órgão devem ser eleitos numa assembleia de pais. Em al-

no se porta mal. Admite existirem casos de bullying nas escolas do distrito de Viseu?

É evidente casos pontuais. Felizmente nunca tivemos nenhum caso crítico, e salientamos aqui projetos inovadores de escolas com boas iniciativas, por exemplo, de receber os novos alunos, para eliminar todas as barreiras à entrada, criando bons laços entre colegas. Os pais estão hoje mais próximos ou mais afastados da escola?

A escola tem que fazer muito trabalho nesse sentido. A escola para ter os pais presentes tem que criar estratégias de modo a fazer com que os pais vão à escola, porque são muito poucos os casos em que os pais são chamados à escola para lhes darem os parabéns, normalmente os pais só vão à escola para ouvir dizer mal do seu filho e isto tem de mudar. Tem que haver uma mudança de cultura pedagógica, há já bons exemplos, mas as agregações, a própria lei, afastam cada vez mais os pais da escola. Agora, nós como pais temos que lá ir e este é um apelo que faço para o sucesso dos nossos filhos.

guns casos foram mandatados pelo candidato a diretor, isto passou-se no terreno. O papel da Associação de Pais é muito importante, necessário e indispensável para que uma escola funcione desde que abre as suas portas até quando encerra. Qual o balanço que faz dos “mega-agrupamentos” a funcionar há pouco mais de um ano?

Não trouxeram até agora nada de novo, pelo contrário, para os pais só têm trazido dissabores. Por exemplo?

Nomeadamente o facto de o apoio personalizado estar cada vez mais longe. Temos casos em que o diretor do agrupamento nem sequer conhece a escola, nomeadamente em

r Até há bem pouco tempo a

Escola Viriato (secundária de Viseu) não tinha alunos para criar uma turma do 7º ano de escolaridade”


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região Grumapa promove festa de angariação

A Filipa Guerra,

presidente da Grumapa

le divertido para todas as idades, ficando a seleção das peças de roupa, tanto das crianças como dos adultos a cargo de lojas e marcas locais. A animação será assegurada pelo cantor Tiago Cunha, escola de dança IAM, Leonor Albuquerque e grupo de dança, Marco Gaio dj Marques e os Alma Lusa. Os presentes também terão a oportunidade de se inscrever num sorteio solidário onde entre outros prémios poderão ganhar uma estadia no Algarve. MC

DR

foto legenda

Foi inaugurada, no passado dia 4 , a nova ponte pedonal sobre o rio Pavia. Esta estrutura permite a ligação entre o parque da Feira de S. Mateus e a Rua Serpa Pinto, próximo do atual edifício do Orfeão de Viseu. A obra protótipo foi inaugurada pelo presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, na presença de entidades locais e nacionais. A contrução da estrutura resultou da colaboração entre a Viseu Novo e uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.

Emília Amaral

A associação Mangualdense de proteção de animais abandonados Grumapa, Grumapa, promove sábado, dia 14, a partir das 17h00, na praia de Mangualde Live Beach ,um conjunto de atividades com vista à angariação de fundos para os seus hóspedes de quatro patas. A abrir o evento, um desfile canino. Segundo Filipa Guerra, presidente da instituição, o objetivo é que “cães e donos desfilem juntos”. O convite é aberto a todos os cães, sejam de raça ou não, “até porque ao contrário do que acontece neste tipo de desfiles aqui não serão avaliadas as características físicas dos animais, mas sim a cumplicidade entre estes e os donos”, afirmou. A eleição da miss e do mister Grumapa, é outra das atividades, mas aqui os amigos de quatro patas ficam na plateia. Trata-se de um desfi-

ANTIGOS ALUNOS DOS SEMINÁRIOS DA DIOCESE DE VISEU VOLTAM A REUNIR

A “6thEuropeanGreenwaysAwards” decorre hoje e amanhã no hotel Montebelo

Ecopistas europeias recebem prémios em Viseu Novidade ∑ Gala reune representantes de ecopistas de vários países e acontece pela primeira vez em Portugal A cidade de Viseu, vai acolher esta quinta e sexta-feira, a Gala 6thEuropeanGreenwaysAwards que se realiza pela primeira vez em Portugal. O Hotel Montebelo irá receber nesses dias representantes de ecopistas de vários países europeus. Trata-se de um evento organizado pela Associação Europeia de Vias Verdes que visa galardoar as ecopistas que mais se destacaram nos últimos dois anos e acontece este ano em Portugal no âmbito da Ecopista do Dão, através de uma candidatura ao evento da Comunidade Intermunicipal Viseu, Dão Lafões (entidade gestora da Ecopista do Dão). O objetivo é promover exemplos de boas práticas, o desenvolvimento destas infraestruturas e a sua utilização por um maior número de pessoas. Na Gala vão ser entregues os prémios a cerca de 20 instituições nas categorias de “excelência” e “iniciativas exemplares”. A Ecopista do Dão candidatou-se ao prémio “excelência”.

O presidente da CIM Dão Lafões, Carlos Marta disse na conferência de imprensa de apresentação do evento que está confiante que a Ecopista do Dão irá ser galardoada, na medida em que é hoje uma das melhores ecopistas europeias. Segundo Carlos Marta, a ecopista do Dão é, nesta altura, “a maior do país”, ocupando 49,2 quilómetros do antigo ramal ferroviário do Dão, nos concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão. Na sua opinião, há boas hipóteses de vencer o prémio, “não só pelo piso, mas também pelos equipamentos e infraestruturas à volta”. O vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes, anunciou que, atendendo à grande procura que a ecopista tem nas zonas mais urbanas, a mesma será prolongada em dois quilómetros na capital de distrito, desde o Parque Urbano da Aguieira “até ao Fontelo, aproveitando também as intervenções Polis”.

Carlos Marta avançou que, beneficiando da presença de representantes de várias instituições em Viseu, no dia seguinte à entrega dos prémios vai decorrer um seminário para discutir a criação de produtos turísticos à volta das ecopistas. Para o também presidente da Câmara de Tondela, no próximo quadro comunitário de apoio, “a ecopista do Dão terá oportunidade de ter recursos financeiros para fazer a respetiva internacionalização, promoção e divulgação”. Carlos Marta considerou que a Gala 6thEuropeanGreenwaysAwards é por isso um evento “significativo para Viseu e para a região”. “O objetivo é trazer gente para os nossos territórios. Está provado que os turistas que vêm às nossas ecopistas têm um excelente valor acrescentado, um excelente poder de compra”, concluiu. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

A A ssoci aç ão dos A ntigos A lunos dos Sem i ná rios da Dio cese de Viseu volta a juntar antigos colegas numa confraternização anual que acontece no terceiro sábado de setembro e já dura há 31 anos. Este ano, o encontro dos antigos alunos decorre dia 21 de setembro, feriado municipal de Viseu e que, por isso, terá uma dinâmica especial como anuncia a organização: “Vamos aproveitar para reviver, troca r ideias, conviver como pessoas às quais um passado mais ou menos comum dá um sent i mento de pre sença, de comunidade que celebra tempos, acontecimentos, lugares, pessoas que deixaram marcas na sua vida”. Sob o lema “traz um amigo também”, o encontro do dia 21 está marcado para as 9h30, com uma receção no Seminário Maior de Viseu. Às 10h30 é cele br ad a a t r ad ic io nal eucaristia e, uma hora depois, decorre um percurso cultural com visita à exposição “Ícones Russos” patente no Museu Grão Vasco. Nos Claustros do Seminário Maior vai ser servido um almoço de confraternização. Para a tarde está agendada a assembleia geral da Associação dos Antigos Alunos dos seminários da Diocese de Viseu, terminando o encontro anual com um dão de honra servido às 16h30. Os interessados devem confirmar a presenta através do email: aaasdvisdir@gmail. com, ou pelos números 960084039, 965766943, 966466411 e 968750163. EA


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12 REGIÃO | VISEU | TONDELA

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Opinião

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

INCÊNDIOS

A educação alimentar é um processo de aprendizagem com notório impacto nas sociedades. Em termos mundiais, e segundo os recentes dados divulgados pela FAO, é possível afirmar que ¼ das crianças sofre de má nutrição. A mesma fonte estima que 26% das crianças do mundo se encontram subnutridas, 2 mil milhões de pessoas sofrem de deficiências de um ou mais micronutrientes e 1,4 mil milhões tem excesso de peso. Destas, 500milhões são obesas. Em Portugal, no ano de 2012, foram sinalizadas 13 mil crianças com necessidade alimentar. O programa PERA (programa escolar de reforço alimentar), com impacto ao nível do pequeno-almoço, resultou da estreita colaboração dos Ministérios da Educação e da Igualdade e Segurança Social e de um alargado conjunto de entidades que colaboraram nesta iniciativa. Empresas como Jumbo, Sumol+Compal, Danone, Jerónimo Martins, Lactogal, Nestlé, Dia, Lidl. E.Leclerc cuidaram de doar bens alimentares. Nesta iniciativa, foram consumidos 17 mil iogurtes/semana, 28 mil pacotes de leite/mês, 23 mil doses de farinhas alimentares, 30 mil pacotes de sumos e néctares/período e pão, felizmente aos milhares. A empresa de transportes Luís Simões, SA tratou de fazer chegar os alimentos às escolas e empresas do Grupo Portucel, Soporcel, Colomer Portugal, BP e Lions Club suportaram muitos dos pequenos-almoços servidos. Este louvável esforço teve como resultado final a melhoria do rendimento de 50% dos alunos beneficiados. Uma aposta ganha que importa repetir. A par desta profícua iniciativa, durante os vários períodos de férias (Natal,

Páscoa e Verão) muitas escolas abriram também as suas cantinas para servir almoços aos seus estudantes. Uma iniciativa que merece ser aplaudida. Se o problema da falta de alimentos, que grassa em muitas famílias, é uma enorme ferida nacional a que muito acodem, o excesso de peso da população estudantil é uma chaga que tende a aumentar. Segundo a plataforma contra a obesidade infantil, 32% das crianças entre os 7 e os 9 anos têm excesso de peso e 14% são já consideradas obesas. Num estudo realizado em 2012, no universo da população estudantil, foi também possível apurar que apenas 2% ingere fruta fresca diariamente. A ser assim, talvez seja premente melhorar a formação ministrada aos alunos a nível alimentar, no sentido de alterar e melhorar o seu comportamento. O tema da alimentação nas várias vertentes, as experiências a desenvolver com alimentos, o domínio das suas diferentes cores, sabores e odores, o apoderamento da gastronomia local e a correcta utilização dos diferentes ingredientes e nutrientes na confecção são experiências que se interessa implementar e cimentar nas escolas. A ligação à terra, o desenvolvimento rural, as visitas às explorações agrícolas locais devem também fazer parte desta aprendizagem. Esta será provavelmente uma das maneiras de reeducar a sociedade em termos alimentares e de melhorar as pontes com os agentes económicos de cada região, a fim de preservar o nosso património gastronómico ímpar a nível mundial, que a não ser assim fica irremediavelmente perdido. Boa alimentação, bons resultados.

Emília Amaral

Educação alimentar

A Casa da Calçada, imóvel de interesse público, foi comprado pela autarquia

Casa senhorial vira núcleo museológico Viseu ∑ Família Keil do Amaral e autarquia celebram protocolo Na Casa da Calçada, uma das famosas casas senhoriais de Viseu, localizada em pleno centro histórico, nas traseiras do Museu Grão Vasco, vai nascer em breve um núcleo museológico dedicado aos Keil do Amaral, uma família com fortes ligações a Viseu, que tem vindo a marcar a cultura portuguesa ao longo de seis gerações. Para tal a Câmara Municipal de Viseu e a família Keil do Amaral acabam de assinar um protocolo. Nesse documento a família Keil do Amaral disponibiliza ao município, por um prazo de 20 anos, um vasto património artístico com coleções ímpares, entre elas uma coleção de instrumentos musicais do compositor Alfredo Keil, a se-

gunda mais importante do país, que poderá futuramente ser vista na Casa da Calçada. “O município prepara-se para ceder parte do edifício que se irá transformar em museu”, acrescenta a nota descritiva da autarquia. O edifício do século XVIII (1757), classificado como imóvel de interesse público em 1978, foi adquirido pela autarquia no início do ano por 260 mil euros. Atualmente apresenta sinais de degradação, devendo agora sofrer obras de reabilitação orçadas em 500 mil euros. Naquele espaço vai poder ver-se uma exposição permanente com um vasto espólio artístico de seis gerações da família, e apreciar exposições temporárias.

No museu serão recordados 12 membros da família, todos eles figuras que se destacaram no mundo das artes, tais como Alfredo Keil, - pintor, musico, compositor, autor da música que seria mais tarde feita hino nacional de Portugal, - o arquiteto Francisco Pires Keil do Amaral, que participou na assinatura do protocolo e vai acompanhar as obras de reabilitação do edifício, e a bailarina Leonor Keil casada com o coreógrafo, Paulo Ribeiro, atualmente responsável pelo desenvolvimento de projetos de âmbito pedagógico na escola Lugar Presente em Viseu. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Tondela. O Governo aprovou uma resolução que autoriza oito municípios afetados pelos incêndios ocorridos na serra do Caramulo e em Picões (Bragança) a recorrer ao Fundo de Emergência Municipal. Estes municípios vão agora poder recorrer ao fundo de emergência municipal, assim como pedir empréstimos para fazer face aos prejuízos. Segundo dados provisórios divulgados no passado domingo pelo Jornal de Notícias, As chamas que lavraram durante mais de duas semanas destruíram 60% da Serra do Caramulo (mais de nove mil hectares), nos concelhos de Vouzela, Olivei ra de Frades, Águeda e Tondela. Neste incêndio morreram quatro bombeiros. A autarquia de Tondela anunciou que já foi activado o Fundo de Emergência Municipal, que vai compensar a população pelos prejuízos do fogo, depois de feito o levantamento pelo Instituto Nacional de Estatística. EA

ESPANCADO

Viseu. Um homem de 32 anos foi agredido por popula res e entreg ue à GN R de Vi seu , por suspeita de fogo posto. O homem, lituano, foi surpreendido perto da meia noite de sexta feira junto a uma fogueira que terá provocado o incêndio florestal em Almargem no concelho de Viseu. De acordo com a GNR, o fogo só não teve maiores proporções devido à intervenção dos populares e dos bombeiros. Desde o início do ano, o Comando Territorial de Viseu já identificou 60 pessoas suspeitas de incêndios f lorestais quer por neg l igênci a quer por dolo. EA



14 REGIÃO | ENTREVISTA

Jornal do Centro 12 | setembro| 2013

A convite estritamente pessoal de um amigo, Jorge Azevedo, o arquitecto Álvaro Leite Siza veio a Viseu, com a arquitecta Inês Ribas conhecer de perto a realidade do Centro Histórico da cidade e dos espaços envolventes. Desde o Mercado 1 de Maio – obra de seu pai, o arquitecto Siza Vieira – até às ruas Direita e Formosa, Sé, Praça D. Duarte, etc., Álvaro Leite Siza teve oportunidade de ver, apreciar criticamente e delinear algumas estratégias possíveis para a revitalização/recuperação dos espaços em causa. Foram seis horas passadas a ver, conhecer e a falar. O Jornal do Centro deixa o apontamento… Depois deste passeio pela Zona Histórica de Viseu, pelas ruas Direita e Formosa, depois de termos visitado a Sé e o espaço envolvente, que comentários lhe ocorrem sobre esta zona e seu potencial?

É muito bonita. Tem uma carga histórica forte. Houve uma construção em épocas remota expressiva. Gostaria de me situar primeiro no contexto desta visita. Conheço o Jorge Azevedo há alguns anos e há muito tempo já tínhamos falado de aspectos inerentes a esta cidade. Um deles prendeu-se com certo descontentamento existente com alguma apatia que se tem verificado, por exemplo, em relação ao comércio e outros pontos muito importantes da cidade e que agora, com a descentralização, os centros comerciais, o crescimento periférico, etc., têm atraído grande parte da população e têm tornado aquela região histórica e monumental menos movimentada. Para que não caia numa situação de núcleo fantasma, tive algumas conversas com o Jorge e vim aqui para sentir tudo isto, mais uma vez. Já conhecia a cidade e agora vim ver que hipóteses haveria para poder revitalizar e dar a dignidade que merece a todo este centro. É neste papel de amizade e de desafio levantado através deste amigo já de longa data, que

Paulo Neto

Álvaro Leite Siza Vieira e o Centro Histórico de Viseu

venho aqui ver, ouvir e pensar sobre o futuro. Aquilo que viu e ouviu permitiu-lhe formar uma primicial opinião? Vamos imaginar este cenário: pegue na Rua Direita e revitalizea, redignifique-a. Que lhe ocorre de momento para um incipiente trabalho? Antes de mais quero referir que compreendo a descentralização e a comodidade dos centros comerciais. É um conceito contemporâneo com muitas vantagens: o estacionamento, o ar climatizado, os espaços cobertos. Há muitas pessoas que nem sequer lá vão para comprar e dinamizar o comércio. Vão passear. É muito cómodo. É preciso inverter isso. O que é preciso é criar expressão, chamadas de atenção que possam voltar a sugestionar as massas e a população de forma a revitalizar o espaço, como é pretendido, mas, por exemplo, é importante o estacionamento mas sem criar impacto e conflito. Depois, é importante também, para mim, preservar o património, classificá-lo e sobretudo estabelecer regras para que não haja subversões, para que aquilo tenha e mantenha a dignidade subjacente. Entretanto poderia haver uma ideia arrojada em relação à criação de alguma comodidade semelhante à que existe nos centros comerciais, para além do es-

tacionamento, que permitisse, também no inverno e noutras épocas do ano, uma facilidade de circulação e de utilização. Está a falar concretamente em zonas cobertas?

Falou-se nisso. É uma ideia que surgiu e poderia ser possível, mas sem interferir radicalmente, que não asfixiasse e não causasse problemas a alguns moradores existentes. Por outro lado, era qualquer coisa que permitisse premiar a luz e não descaracterizasse. Uma intervenção que não desvirtuasse mas que resolvesse os problemas práticos de utilização. Em relação a questões programáticas, é importante que se estabeleçam ali pólos dinamizadores e centralizadores de pessoas, para além do comércio, criadoras de alguma dinâmica e animação, de forma a que as pessoas queiram espontaneamente vir ou voltar. Foi a primeira vez que viu, in locu, a recuperação do antigo Mercado Municipal, obra de seu pai?

Foi a primeira vez. Qual foi a impressão visual que lhe provocou?

Acho que está muito bem. Os edifícios, a cor, a pintura, etc., tem um ar muito romântico. Está muito depurado, de caixilharias, etc. Não desvirtua o tradicio-

nal. Está muito contextualizado. Mas as coisas não se revitalizam apenas pela intervenção em desenho, pelo respeito, pela sensibilidade. É preciso um suporte programático forte, que puxe investidores e empresários para o local de forma a que as pessoas venham. Se for uma obra muito bem feita, por si só, as pessoas vão vêla, acham muito interessante, sentem, depois, se não houver um funcionamento adequado, acabam por ser visitas ocasionais e acaba por poder desertificar. É o que me têm dito. Não tenho acompanhado o que se tem factualmente passado em relação à animação daquele espaço. Mas tendo sido um mercado e ignorando para onde terá ido o mercado original, considero arriscado e perigoso retirar essa utilização original, que tinha uma força tradicional e um impacto muito grande na cidade, acontecendo que as pessoas se descentralizam para o outro esquecendo-se daquele. É um risco grande. Aquilo que vi adaptava-se à possibilidade de voltar a trazer o mercado da cidade para o centro, para aquele local. Não vejo porque é que ele terá que ser descentralizado, mas isso já é um outro debate. Mas não esqueçamos ainda que muitas pessoas que viviam no centro histórico passaram a ir viver para as periferias. Se dantes ali ha-

via muitos moradores que, rapidamente e num passeio bonito a pé iriam fazer as suas compras, neste momento, vivendo na periferia, não vão para o centro. Se há os centros comerciais nas periferias, porque é que o mercado tradicional não se há-de manter no centro? Podia ser interessante. Mas atenção… estou aqui de visita e a falar de questões que teriam de ser muito estudadas para evitar riscos para os próprios comerciantes do mercado. Tinha que ser ponderada por consultores, gente ligada a cestas matérias. Do conhecimento que tem de Viseu acha-a uma cidade com potencial para fazer grandes coisas em termos de arquitectura urbana?

Acho que sim. Mas também não é preciso gastar muito dinheiro para se tomarem grandes posições. É uma questão de se terem boas ideias, porque a cidade, por si só, tem um potencial enorme. Depurar, restaurar, etc., seria o mote. Viseu tem-se expandido, tem crescido muito. É uma cidade com uma certa autonomia, também, com um sentido de comunidade forte… há pois que revitalizar e dar dinamização ao centro histórico. Não venho dar ideias de gastar muito dinheiro. Estamos num contexto económico difícil, mas com ideias, com dis-

cussão, criatividade, debate com muitas pessoas, poderse-ão fazer coisas positivas e sobretudo algumas que possam inverter algumas estagnações que estejam a acontecer, do ponto de vista urbanístico, nesta cidade. O património é aquilo que temos de mais valioso e nem sempre há uma consciência muito lúcida em relação a estes aspectos e é de grande responsabilidade preservá-lo bem. Não fazer coisas pouco reflectidas. Viseu cresceu muito e está a padecer dos problemas que se têm levantado noutras cidades maiores e da mesma dimensão. A cidade começa a ter consciência da responsabilidade que existe perante a sua carga histórica original sendo pois preciso pensar sobre esta problemática também levantada em muitos outros centros urbanos… Mas, Viseu tem salvação?

Espero que tenha. Isso tem a ver não só connosco arquitectos, com o nosso ofício, o desenhar, estruturar, enquadrar, proporcionar, etc., mas tem a ver também com a classe política, os empresários. Estamos cá todos e temos de nos relacionar uns com os outros para conseguir fazer as coisas bem. Os políticos têm aqui um papel de grande responsabilidade, porque independentemente das cores, todos eles devem ter uma consciência clara para estabelecer regras precisas, regulamentos, etc., sem grandes extrapolações, para preservar a essência das coisas. Preservar a identidade e regulamentar a expansão, obviando a pressões no sentido de desvirtuar, descaracterizar e até destruir. Eles são os decisores. Havendo regras sérias, coerentes, bem pensadas, transversais, com bons técnicos na retaguarda, torna-se mais difícil estragar, tirar dignidade. Vivemos no presente mas não é possível avançar para o futuro sem uma consciência lúcida do passado. Daí decorre uma inspiração que nos possa projectar no futuro, inovando. Paulo Neto


AUTÁRQUICAS | REGIÃO 15

Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

Hélder Amaral visitou empresas do concelho CDS ∑ Candidato centrista quer que Viseu seja uma autarquia “amiga” do investimento No intuito de conhecer melhor a realidade empresarial no concelho de Viseu, Hélder Amaral levou a cabo, na passada semana, uma série de visitas na companhia do vice-presidente e Eurodeputado do CDS-PP, Diogo Feio. “Hoje com a ajuda do eurodeputado Diogo Feio, que tutela a área da economia e do sistema financeiro no Parlamento Europeu, viemos conhecer as dificuldades de investimento no interior, viemos ao encontro de dois ou três exemplos de empresas que se conseguiram internacionalizar e viemos conhecer o outro lado”, salientou. Depois de ter constatado que “a autarquia é pouco sensível aos problemas das empresas”, o candidato do CDS-PP à Câmara de Viseu quer revolucionar a forma de

agir do município para a qual preconiza um “simplex autárquico”. “Muitos dos empresários com quem falámos hoje referiram isto: nunca encontraram na autarquia de Viseu, nunca encontraram no atual executivo camarário, qualquer clima ou sentimento que propiciasse o investimento. […] É esta a proposta que temos para a cidade: um simplex autárquico”, sustentou. Hélder Amaral sublinhou que, defender este simplex é “ser radicalmente contra qualquer aumento de impostos” ao mesmo tempo que, sublinha, a autarquia deve reduzir todas as taxas municipais. “Se a Câmara tem boa saúde financeira isso tem que ser útil para as empresas, têm que trazer consequências positivas para a vida dos vi-

seenses”, destacou. Ainda numa empresa de congelados da cidade, o eurodeputado Diogo Feio destacou a experiência e o trabalho do candidato na vertente económica ao mesmo tempo que, disse, “sempre defendeu Viseu acima de tudo e se bateu pela defesa do interior”. “Algo que o Hélder Amaral sempre me disse e que eu hoje notei com muita pertinência foi que não basta ter infraestruturas: é importante que elas existam no concelho mas é hoje preciso dar-lhes rentabilidade. A autarquia e as empresas não devem estar de costas voltadas. O município deve facilitar na burocracia, deve facilitar nos licenciamentos, deve estar ao serviço da economia”. Pedro Morgado

Pedro Morgado

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, esteve presente em Viseu, no passado fim de semana, durante um comício do partido onde foram apresentadas publicamente as ideias dos seus candidatos à União das Freguesias de Viseu (Luís Mouga Lopes), à Assembleia Municipal (Carlos Vieira) e à presidência da Câmara Municipal de Viseu (Manuela Antunes). Catarina Martins criticou duramente o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que rejeita uma leitura nacional dos resultados destas eleições autárquicas, lembrando quem é o candidato apresentado pelo Partido Social Democrata (PSD). “Há nas eleições autárquicas do dia 29 de Setembro, naturalmente, uma leitura nacional. Aqui em Viseu sabem-no bem: têm um can-

didato que estava no Governo e que depois saiu do Governo para ser candidato autárquico. Não sei se ele quer fazer de conta que não tem nada a ver com o que se está a passar no País mas, eu julgo que ele não engana ninguém”, disse. Nu m a i n te r ve n ç ã o marcada pela confiança, a líder bloquista lembrou a “responsabilidade” das próximas eleições autárquicas: “as primeiras eleições realizadas depois de vinda da troika” quando, referiu, são conhecidas as propostas do “Luís, do Carlos e da Manuela”.

Dirigindo-se aos bloquistas, Catarina Martins sublinhou: “Apenas daremos a volta se estivermos presentes. Cada um e cada uma que não estiver presente não fará nada para sair da crise, pelo contrário, resigna-se a um País que empobrece”, lembrou. Nas eleições autárquicas de 29 de setembro vão disputar votos em Viseu, para além de Manuela Antunes (BE), Almeida Henriques (PSD), José Junqueiro (PS), Hélder Amaral (CDS/ PP) e Francisco Almeida (CDU). PM

Junqueiro insiste nas prioridades para Viseu A A poucos dias da realização das eleições autárquicas das quais sairá o próximo “senhor” da Praça da República, o candidato do PS à presidência da Câmara de Viseu, José Junqueiro, aumentou a pressão, mudou todos os cartazes de campanha e determinou o rumo que quer ver seguido pela sua equipa. “As pessoas estão fartas de quezílias. As pessoas têm problemas e aquilo que as pessoas esperam de nós é que esta equipa possa responder aos seus anseios. Aquilo que fazemos aqui é isso mesmo: estamos a responder aos seus problemas em concreto, estamos a fazer aquilo que as pessoas querem”, disse. José Junqueiro, o homem a quem António José Seguro incumbiu a tarefa de “conquistar” o coração do chamado Cavaquistão, respondeu a Fernando Ruas que recentemente tinha feito mira ao PS. “Ao presidente da Câmara, Fernando Ruas, eu gostava de dizer com estima que,

Pedro Morgado

Pedro Morgado

Bloco de Esquerda lembrou o passado de Almeida Henriques

apesar de perceber essa inquietação, o juízo de valor que faz sobre se o PS merece ou não merece estar na Câmara de Viseu, quem vai decidir sobre isso não será ele, serão as pessoas, serão todos os viseenses”, frisou. Até ao fim da campanha eleitoral, “nesta etapa que agora começa”, as prioridades de José Junqueiro centram-se em quatro eixos nos quais promete não dar tréguas aos seus adversários: “Criar indústrias e fixar empresas, Viseu na rede de municípios familiarmente responsáveis, um concelho com uma escola do 1º ciclo a tempo inteiro, Economia Social, inovação, empreendedorismo e governar bem ouvindo as

pessoas. Já Manuel Maria Carrilho, presidente da Comissão de Honra da candidatura “Mais emprego, melhor futuro”, lançou aquelas que considera ser “as ideias importantes” sobre o momento, sobre a oportunidade destas eleições e sobre o significado nacional que é necessário “fixar, reter e insistir” nestas últimas “três semanas de combate”. “Nós temos hoje aqui reunidas três coisas fundamentais: temos um bom programa, temos uma boa equipa e temos uma liderança forte. É, portanto, altura de concretizar esta possibilidade que a democracia nos oferece… De mudar”, concluiu. PM


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Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

economia

Publicidade

uma fruição mais apelativa dos locais”. No plano de atuação estão selecionadas 10 montras. Durante o mês de agosto foram intervencionadas quatro vitrinas devendo o processo estar concluído até final do mês. “Durante a implementação do projeto, [que conta com a colaboração de uma técnica de design para a concretização do plano de atuação] verificou-se que algumas lojas não possuíam, por exemplo, qualquer logo-

tipo alusivo à imagem identificativa dos referidos estabelecimentos, o que fez com que a Viseu Novo trabalhasse nesse sentido, acrescenta a Viseu Novo. No processo de intervenção dos espaços, “ tem havido o cuidado de ser mantida a preservação da imagem (tradicional) das lojas, dando um toque de inovação aos mostruários, por forma a sensibilizar os lojistas a disporem, de forma mais apelativa, os seus produtos”. EA

DR

A empresa Viseu Novo -,Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu está a modificar, desde julho e até final de setembro, algumas montras, pertencentes à sua zona de intervenção no centro histórico da cidade. A iniciativa decorre até ao final deste mês de setembro no âmbito do projeto “Viseu Tradicionalmente… a Inovar Montras”. A ideia é “melhorar a sua ornamentação, reaproveitando os produtos inerentes de cada estabelecimento comercial”, revela a Viseu Novo numa nota à imprensa. No mesmo comunicado a empresa adianta que o objetivo final é “contribuir para uma maior atratividade, no que diz respeito aos espaços intervencionados e às ruas, possibilitando à população,

DR

Projeto da Viseu Novo inova montras

Novo Sprinter na Finiclasse Mercedes∑ Líder nas inovações de segurança e dispõe de um leque variado de sistemas de assistência à condução A Finiclasse, em Viseu, já tem disponível a nova Mercedes, Sprinter. Potente e fiável, esta nova gama, é mais do que um veículo, apresenta-se como um verdadeiro parceiro. A mais recente geração do Sprinter faz justiça à sua histórica de liderança em termos de inovação e surpreende novamente com os sistemas de segurança, motores que cumprem com as normas Euro VI e com ba i xos consumos de combustível, bem como um design verdadeiramente marcante. O novo Sprinter é líder nas inovações de segurança e dispõe de um leque variado de sistemas de assistência à condução. Este é o primeiro veículo comercial ligeiro com assistente de vento lateral de série, ativo a partir dos 80km/h,

mantendo a viatura na faixa de rodagem, quando o veículo é exposto a fortes rajadas de vento lateral.A collision prevention assist, suporta o condutor em caso de travagem de emergência através da assistência BAS PRO, que fornece a força de travagem necessária para evitar a colisão, se possível (ativo a partir dos 30km/h). O assistente de ângulo morto, suporta o condutor nas mudanças de faixa de rodagem aumentando a segurança. Fornece um aviso óptico na forma de um sinal vermelho no espelho exterior, assim que se encontrem veículos dentro do respetivo ângulo morto. Adicionalmente é emitido um aviso acústico, assim que o condutor ignora o óptico e liga o respetivo pisca (também ativa partir dos 30 km/h. O assistente de faixa

de rodagem, fornece aviso óptico e acústico em caso de passagem acidental por cima da marcação da faixa de rodagem, reconhecida pela camara multifunções no para-brisas do veículo. Pode ajudar a evitar acidentes, por exemplo, causados por pequenas distrações (ativo a partir dos 60 km/h). Por fim, o assistente de máximos permite uma melhor condução noturna e aumenta o nível de segurança. Dependendo do trânsito assegura a melhor iluminação possível da estrada. Previne o encandeamento pelos máximos dos restantes utilizadores da estrada. Torna a vida do condutor mais facilitada uma vez que liga e desliga os máximos automaticamente. Disponível com faróis de Halogénio e Bi-Xenon. Ativo a partir dos 35 km/h.


INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 17

Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

Centro Interpretativo acaba de nascer em Nelas A primeira pedra do Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão (CIVD) que se vai chamar “Nelas Wine & Culture – Lusovini by Pedra Cancela”, foi lançada na passada sexta-feira. Um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros da distribuidora de vinhos portugueses Lusovini sedeada na antiga adega de Nelas, que tem como objetivo atrair turistas nacionais e internacionais à região ao recuperar os principais períodos da história vinícola do Dão. “Esse é que é o grande desafio, trazer turistas. Há muitas camas disponíveis na região, em excesso. Se conseguirmos fixar as pessoas por uma noite é valor agregado que cá fica. A região ganha e os nossos vinhos também”, justificou o presidente do grupo Lusovini, Casimiro Gomes. OCIVD – que deverá esta r a f u nciona r em 2015 e prevê empregar cerca de 25 pessoas numa primeira fase – vai ser construído num

Emília Amaral

Vinho do Dão∑ Atrair turistas nacionais e internacionais à região

A

Lançamento da primeira pedra decorreu após a abertura da Feira do Vinho do Dão armazém da década de 60 pertencente às instalações da antiga adega de Nelas, que a Lusovini comprou para instalar a sua sede. Este será “adaptado com elementos contemporâneos e com acessibilidades, com a ga st ronom i a , com os produtos regionais, mas muito assente nas novas tecnologias”, com a ajuda de professores universitários, adiantou Casimiro Gomes, lembrando que embora o vinho e a vinha sejam o centro da atenção, não serão esquecidas outras atividades da região, nem as suas gentes.

A Lusovini exporta 75% da atividade empresarial, é a principal distribuidora de vinhos portugueses para os mercados lusófonos, sobretudo Angola e Brasil, e ainda para os mercados do Norte da Europa, dos Estados Unidos da América e asiático. A maioria dos vinhos que distribui resulta de parcerias entre a empresa, produtores e enólogos portugueses. No Dão, o destaque vai para os vinhos Pedra Cancela, do produtor e enólogo João Paulo Gouveia. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Emília Amaral

Nova tentativa para implementar a Rota do Vinho do Dão

∑ A abertura da Feira do Vinho do Dão, em Nelas ficou marcada este ano pela homenagem feita ao enólogo Fernando Guedes, o líder da segunda geração da família fundadora da Sogrape, mas também pela assinatura de um protocolo entre a Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRDão) e a Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões com vista à implementação da Rota do Vinho do Dão. Já em 2000 tinha havido uma tentativa de pôr de pé o projeto que não vingou.

Desta vez a Rota do Vinho do Dão, um investimento de perto de 400 mil euros, vai contar com uma comparticipação de 85% do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) sendo o restante suportado pela CIM Dão Lafões e pela CVRDão em partes iguais. “A entrada da CIM Dão Lafões permitiu que a comparticipação do FEDER aumentasse de 70% para 85%”, esclareceu o presidente da CIM, Carlos Marta. Sendo o Dão a única região demarcada que ainda não tem uma rota a funcionar, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Pedro Saraiva considerou ser “um contributo válido” ao lembrar que “o vinho não se esgota naquilo que é como produto, mas em vários ingredientes que conjugados só podem correr bem”. EA

Consultório Jurídico

Insolvência de Pessoas Singulares A actual crise económica e financeira tem-se traduzido no sobreendividamento das famílias portuguesas. Trata-se de uma realidade demasiado presente no nosso dia-a-dia e que tem levado muitos cidadãos a questionar se o pedido de insolvência pessoal será a melhor solução a adoptar. Pelo que, através do presente artigo, procuraremos descortinar o conceito de “Insolvência de Pessoas Singulares”, bem como explicar os seus efeitos. A insolvência traduz-se na incapacidade das pessoas poderem honrar os seus compromissos financeiros. A apresentação à insolvência ou o pedido de declaração desta faz-se através de uma petição escrita, apresentada junto do Tribunal competente, na qual são expostos os factos que integram os pressupostos da declaração requerida. Assim, o desenvolvimento deste processo poderá seguir um de dois caminhos: a apresentação de um plano de pagamentos aos credores ou o pedido da “exoneraPublicidade

ção do passivo restante”. O primeiro consiste na negociação com os respectivos credores de um plano de pagamentos, ou seja, traduz-se numa verdadeira reestruturação do passivo (dívidas) do devedor, que deverá acautelar devidamente os interesses dos credores de forma a obter a respectiva aprovação. Caso o referido plano seja aprovado pelos credores, o juiz procederá à sua homologação por sentença, cumprirse-á o disposto no mesmo e declarar-se-á a insolvência do devedor. O segundo, e no pressuposto de não ter sido aprovado e homologado um plano de insolvência, consubstancia-se na possibilidade dada ao devedor de ser exonerado do pagamento dos créditos sobre a insolvência que não forem integralmente pagos no decorrer do respectivo processo, ou, nos cinco anos posteriores ao encerramento daquele. Por outras palavras, o devedor, enquanto pessoa singular, poderá obter uma segunda oportunidade de vida, perdoando-se todas as dívidas que não

Emanuel Simões Advogado emanuelsimoes-47624c@adv.oa.pt

foram pagas ao longo daqueles cinco anos. No entanto, existem dívidas das quais o devedor não fica desonerado, tendo de as liquidar, nomeadamente: os créditos por alimentos; os créditos por multas, coimas, créditos tributários, entre outros créditos que se encontram previstos na Lei. Por fim, é importante que se perceba que a “exoneração do passivo restante” não é um regime ao qual se possa e deva recorrer de ânimo leve. Pelo contrário, para que o insolvente possa beneficiar do mesmo torna-se necessário, entre outros, que aquele não tenha causado de uma forma consciente sérios prejuízos aos credores, ou seja, é conveniente que o seu comportamento se tenha alicerçado na base da seriedade e boa-fé no que concerne à origem da sua situação económica.


18 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

Clareza no Pensamento

Forum Viseu comemora aniversário “vestido” a rigor Moda ao cubo∑ Evento recebe caras conhecidas como Bárbara Guiy Baron e Isabel Figueira g marães, Ricardo Guedes, Pedro Guedes, Kelly O centro comercial Forum Viseu está este mês a comemorar o oitavo aniversário. Para assinalar a data decorre de amanhã (dia 13) até domingo o evento “Moda ao cubo”. O objetivo é apresentar, de uma forma original e diferente, a nova coleção outono/inverno, das lojas presentes no Forum. D u ra nte t rês d i a s , quatro cubos gigantes transparentes estão expostos na Alameda do Forum Viseu. Em três destes cubos, os modelos exibem as coleções. Cada cubo é apadrinhado por uma figura pública. Pedro Guedes, Ricardo Guedes e Kelly Baron que estão no respetivo cubo. Já o quarto cubo será dedicado aos aconselha mentos de moda (fashion adviser, maquilhagem, cabelos), para que os visitantes possam gratuitamente, obter os melhores conselhos para estarem na moda. Bárbara Guimarães Publicidade

adora será a apresentadora ando de serviço, ficando usical a animação musical a cargo da DJ Isabel Figueira. O pr i mei ro d i a de mod a , tem i n ício à s 17h00 (com o DJ Set de a), pelas Isabel Figueira), o Cubo 18h00, Moda ao uedes, com Ricardo Guedes, Pedro Guedes, Kelly re B a ron e a apre rsentadora Bárbara Guimarães. O evento termina àss 22h00. No sá-0 bado, das 15h00 y às 19h00, Kelly Ba ron, a DJ Isabel Figuei-ra e o momen-to fashion advi-ser (conselhoss

de mo d a). D o mingo é a vez de Gued Ricardo Guedes, com animação de Isabel Figueiras e sessão de consultador consultadoria. Micaela Costa C

Estacionamento gratuito até ao fim do mês

∑ O Forum Viseu prolongou, até 30 de setembro, a oferta de duas horas de estacionamento (iniciativa, que começou no mês de maio). O Forum oferece duas horas em que os visitantes podem passear, ir ao cinema ou fazer as suas compras, sem terem de se preocupar com o valor do parque de estacionamento. Esta iniciativa não é possível de acumular com outras ofertas do parque de estacionamento existentes.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Programa “estágios-emprego” Um a op or t u n id ade para jovens desempregados e entidades promotoras. A P o r t a r i a nº 2 04 B/2013, de 18 de Junho, veio criar a Medida Est á g io s- empre go, que substitui os programas a nteriores no â mbito dos estágios profissionais. Não dispensando a leitura da Porta ria , pretende-se apresentar, neste trabalho, os aspetos mais relevantes do referido diploma que entrou em vigor em 18 de Julho de 2013. Destinatários: jovens com idades compreendidas entre os 18 e 30 anos e a i nd a p e ssoa s com mais de 30 anos, desde que verificados certos requisitos. Tipos de estagiários: a) Jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, inclusive, inscritos como desempregados no IEFP e que sejam detentores de uma qualificação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do QNQ (reproduzido no quadro final); b) Pessoas com idade superior a 30 anos, desempregados, à procura de novo emprego, no IEFP, desde que tenham obtido há menos de três anos uma qualificação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do QNQ e não tenham registos de remunerações na Segurança Social nos doze meses

anteriores à entrada da candidatura; c) Jovens entre 31 e 35 anos, inclusive, inscritos como desempregados no IEFP e que sejam detentores de uma qualificação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do QNQ , no caso de estágios na agricultura. Podem ser dispensados dos níveis de qualif icação referidos no QNQ: a) As pessoas com deficiência e incapacidade; b) Os desempregados que i ntegrem fa m í lia monoparental; c) Os desempregados cujos cônjuges ou pessoas com quem vivam em união de facto se encontrem igualmente desempregados, inscritos no IEFP. Entidades promotoras: podem candidatar-se ao programa pessoas singulares ou coletivas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, as autarquias locais, as comunidades intermunicipais e as áreas metropolitanas, e ainda as entidades que integram o setor empresarial do Estado ou o setor empresarial local. Duração do estágio: o estágio tem a duração de 12 meses não prorrogáveis.

difere consoante o nível QNQ a saber: Nível 2: 419,22€ Nível 3: 503,06€ Nível 4: 544,99€ Nível 5: 586,91€ Níveis 6, 7, 8: 691,71€ Os estagiários podem ainda usufruir do subsídio de alimentação, subsídio de transporte e ainda de seguro de acidentes de trabalho. Apoio às entidades: A comparticipação do IEFP, para as entidades promotoras é em regra de 80%. No entanto, poderá atingir os 100%, para o primeiro estagiário ou os 10 primeiros estagiários, em várias situações, nomeadamente o pedido de estágios até 31/12/2013, que se enquadrem em certas áreas, ou no caso de se tratar de IPSS. A partir de 201 4 a comparticipação para todas as entidades passará a ser de 80%. Candidaturas: As entidades candidatas ao programa “Estágios-Emprego”, devem ter a sua situação regularizada perante a Administração Tributária e a Segurança Social. As candidaturas devem ser efectuadas através de submissão electrónica, no Portal Net Emprego, do I E F P. José Manuel Oliveira

Bolsa de estágio: O valor da bolsa de estágio

Docente do Instituto Politécnico de Viseu jmo@estv.ipv.pt


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Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

desporto Liga 2 Cabovisão P 13 13 13 12 12 11 9 9 8 7 7 7 6 6 5 5 4 4 3 3 3 2

J 6 6 5 6 6 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 5 5 6 6 6

V 4 4 4 4 4 3 3 3 2 2 2 2 1 2 1 1 1 1 0 0 0 0

E 1 1 1 0 0 2 0 0 2 1 1 1 3 0 2 2 1 1 3 3 3 2

D 1 1 0 2 2 0 2 2 1 2 2 2 1 3 2 2 4 3 2 3 3 4

GMGS 14 4 10 2 7 3 10 8 8 11 5 1 7 4 7 6 5 7 5 5 8 5 4 3 8 6 4 7 3 4 2 4 4 8 2 6 6 9 3 6 2 8 1 8

5ª Jornada Desp. Aves Marítimo B SC Braga B Penafiel Leixões Portimonense Trofense Moreirense Tondela Sp. Covilhã Santa Clara

0-1 0-0 3-2 1-1 3-0 4-0 1-1 0-1 2-1 1-0 2-0

FC Porto B Feirense Chaves Benfica B Sporting B Atlético CP Beira-Mar UD Oliveirense U. Madeira Ac. Viseu Farense

6ª Jornada -

Trofense Chaves Farense Oliveirense Feirense U. Madeira Beira-Mar Sporting B Atlético CP Benfica B FC Porto B

Penafiel Sp. Covilhã Ac. Viseu Tondela SC Braga B Marítimo B Portimonense Santa Clara Desp. Aves Leixões Moreirense

Camp. Nacional de Seniores - Serie D 1 Lusitânia 2 S. João Ver 3 Lusitano FCV 4 AD Grijó 5 Cinfães 6 Cesarense 7 Anadia 8 Sp. Espinho 9 Bustelo 10 Estarreja

P 6 4 4 3 3 3 3 1 1 0

J 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

V 2 1 1 1 1 1 1 0 0 0

E 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0

D 0 0 0 1 1 1 1 1 1 2

GMGS 2 0 7 5 7 5 5 4 2 1 4 4 5 6 1 2 2 4 2 6

2ª Jornada Bustelo S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourousa

1-1 4-4 3-1 4-2 1-0

Sp. Espinho Lusitano Estarreja Anadia Cinfães

3ª Jornada Sp. Espinho Bustelo Lusitano FCV Estarreja Anadia

-

-

Cinfães S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa

Futebol - Taça de Portugal

Equipas de Viseu já conhecem adversários Realizou-se na passada segunda-feira, 9 de setembro, o sorteio da segunda eliminatória da Taça de Portugal. Os jogos, marcados para

o próximo dia 22, colocam frente-a-frente Académico de Viseu - Nogueirense, Lusitano - CF Benfica, Tondela - Torres Novas e Estarreja - Cinfães. MC

A Claque protestou com tarjas e ccânticos “anti” presidente, no passado domingo Futebol

Académico no Algarve sem direção

Viseu2001

1 Moreirense 2 Leixões 3 FC Porto B 4 Tondela 5 Chaves 6 Penafiel 7 Sp. Covilhã 8 SC Braga B 9 Atlético CP 10U. Madeira 11 Portimonense 12Santa Clara 13Benfica B 14Sporting B 15Marítimo B 16Desp. Aves 17Ac. Viseu 18Oliveirense 19Beira-Mar 20Trofense 21Feirense 22Farense

Futebol Feminino - Taça de Portugal

Viseu 2001 vence Ferreirense

Decisão ∑ Cânticos da claque irritaram presidente que pediu a demissão O Académico joga este domingo no Algarve, em partida a contar para a sexta jornada da Liga 2 Cabovisão, de futebol. A equipa de Viseu defronta o Farense, atual último classificado. Os academistas viajam até ao sul do país com uma derrota na bagagem (perderam em jogo antecipado da 7ª jornada por duas bolas a uma frente ao Chaves) e sem direção. António Albino, presidente do clube desde 2003, apresentou o pedido de demissão no domingo passado, após o jogo com os flavienses. Em causa estão desentendimentos entre a claque do Académico e a direção. Os acontecimentos remontam ao passado dia 25, no derby, Académico-Tondela. Nessa partida, a claque terá proferido cânticos ofensivos à equipa adversária que mereceram a desaprovação da direção academista e que levaram António Albino a um pedido de desculpas público

aos tondelenses. A claque, que não concordou com a postura assumida pelo órgão máximo do clube, recusou-se a acompanhar o Académico no jogo seguinte, frente à Covilhã. Os comportamentos, reprovados pela direção, incluem ainda lançamento de petardos, que custaram ao clube mais de 500 euros de multa. Como penalização, foi decidido pela direção “cortar” com a oferta de convites para os jogos aos membros da claque. No passado domingo só entraram no estádio do Fontelo meia hora após o início da partida e fizeram-se acompanhar por tarjas onde podia ler-se “com ou sem convites estamos vivos” e “sintam a diferença”. Durante o jogo e também no final, foram ainda proferidos alguns cânticos que terão desagradado ao presidente do clube, que decidiu pedir a demissão, situação na qual foi acompanha, de forma solidária, pelos restantes elementos

da direção. Em comunicado enviado às redações podia ler-se: “uma vez que não considera [António Albino] estarem reunidos todos os pressupostos fundamentais para a sua permanência no clube, pede de imediato a sua demissão”. O Jornal do Centro (JC) tentou contactar os membros da claque, que preferiram não comentar o caso, remetendo-se ao silêncio. O JC, sabe ainda que António Albino estará nesta altura no Algarve, mas para descansar. Até ao fecho desta edição nenhuma posição, que contrarie a atual decisão do presidente, foi conhecida. Ficando a dúvida se António Albino vai, ou não, comparecer em Faro, no jogo, como presidente do clube, ou mesmo se vai sentar-se na bancada, como simples adepto. A partida está marcado para as 11h15, com transmissão na Benfica Tv. Micaela Costa

A equipa de futebol feminino do Viseu 2001 começou em grande na Taça de Portugal. Em jogo a contar para a 1ª eliminatória foi a Anadia vencer por 3-0 o Ferreirense. Nesta ronda i n icia l Publicidade

faltam ainda ir a jogo 20 equipas, como jogos repartidos pelos dias 21 e 22 de setembro e 20 de outubro. E ste foi o pr i mei ro jogo em competições of ici a i s de st a époc a . MC


20 DESPORTO

Jornal do Centro 12 | setembro| 2013

Hipismo

Centro Hípico de Viseu recebeu Festival Equestre Feira de S. Mateus

Festival ∑ Apesar da falta de apoios, instituição de Viseu fez cumprir a “tradição Pelo vigésimo sétimo ano consecutivo o Centro Hípico de Viseu, a Câmara Municipal de Viseu e a Expovis - Promoção e Eventos, Lda., uniram esforços para que em Viseu tivesse lugar uma prova equestre integrada no programa da Feira de S. Mateus. O evento realizado no passado fim de semana nas instalações do Centro Hípico de Viseu, na freguesia de Rio de Loba, contou com a presença de cerca de 100 cavaleiros, entre atletas federados e não federados, oriundos dos mais diversos pontos do País. Conceição Azevedo, cuja vida foi desde cedo dedicada ao Centro Hípico de Viseu, projeto que ajudou a fundar, é um dos rostos por detrás da organização deste festival equestre. “Vieram cavaleiros de Vila Real, de Coimbra, de Oliveira de Azeméis e isso, como sempre, exigiu de todos nós um esforço acrescido, quer para aqueles que estiveram empenhados nos jú-

ris, quer também os que participaram nas tarefas inerentes ao normal funcionamento do festival”, explicou. A responsável destacou e enalteceu a este respeito, “o apoio que a Câmara Municipal de Viseu disponibilizou na parte logística, na preparação dos campos, com mãode-obra para a limpeza do terreno, para a montagem da bancada […] independentemente do facto de ser, ou não, um evento de dimensão nacional”, e o apoio financeiro que a Expovis concede a esta ação, apoios sem os quais “decerto a realização deste evento não seria possível”. Depois das 26 edições do Concurso Nacional de Saltos Feira de São Mateus, uma prova nacional de obstáculos aberta aos escalões federados, a escassez de apoios financeiros angariados levou a organização a optar pela realização de um festival equestre. “Este ano decidimos não fazer um concurso nacional porque encon-

tramos algumas dificuldades em encontrar os apoios necessários, patrocínios por parte das empresas que neste momento têm algumas dificuldades, e optámos pela realização deste festival regional”, reconheceu. “A realização de um festival hípico com esta configuração era a única opção viável para não deixar cair esta tradição” afirmou Conceição Azevedo, acrescentando que caso se optasse pela forma inicial, tal “implicaria sempre o pagamento de um prize money de cerca de 9 mil euros e todo um conjunto de despesas inerentes à deslocação do júri da Federação”. Apesar da ausência de uma “almofada” financeira que permitisse a realização do evento nos moldes conhecidos, a organização apostou forte e levou a cabo o tradicional passeio equestre, realizado no sábado, e um domingo dedicado inteiramente à prova de obstáculos. Foi neste derradeiro dia de provas que, logo pela

manhã, os jovens talentos oriundos das escolas deste centro hípico federado, “naturais da cidade de Viseu, da Guarda, de Oliveira de Frades, de Oliveira de Azeméis”, mostraram a sua mestria nas provas de varas no chão, prova de 50 cm, prova de 80 cm e prova de 1 m. “Realizamos todos os anos uma prova para os miúdos inscritos na nossa escola, não federados, para lhes dar uma oportunidade de mostrarem aquilo que aprenderam ao longo do ano, antes de se iniciarem nas provas federadas”, salientou. Dentro do leque da oferta formativa que as escolas do Centro Hípico de Viseu disponibilizam aos seus alunos, a responsável salientou a preocupação social que “move todo este projeto” especialmente no que toca à “componente da hipoterapia que, dispondo de técnicos com formação adequada, se concretiza nos inúmeros protocolos já estabelecidos com entidades como a Associação Portuguesa para

as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA), a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu (APPACDM) e a Escola do Sátão”. “Esta relação que as crianças estabelecem com os animais, este trabalho de equipa com o professor, com os colegas desta escola, o fazer determinadas tarefas que não passam só pelo saltar, o saber como se aparelham os cavalos, constitui, no meu entender, um passo decisivo para a formação destas crianças enquanto pessoas”, frisou. Manuela Figueiredo, que montou o cavalo “Wolkar Itapuã”, foi a primeira classificada na prova Expovis que terminou no tempo de 60,14 segundos. Já na prova rainha, a prova de obstáculos Câmara Municipal de Viseu, António Matos Almeida sagrou-se campeão com os tempos de 76,56, 77,69 e 77,07 segundos. Pedro Morgado

Bruna Soares 9 anos

Porquê escolheste o hipismo?

Eu escolhi o hipismo porque a minha mãe já praticou esta modalidade e também porque eu, desde pequena, adoro cavalos. Há quanto tempo praticas esta modalidade? Eu pratico hipismo há cerca de dois anos, desde os sete anos de idade. Vais continuar? O que queres ser quando cresceres?

Claro que sim. Quando crescer quero ser equitadora. Ficaste contente com a classificação que obtiveste hoje?

Sim. Mas, mais importante foi ter aqui toda a minha família neste dia.


MOTORES | DESPORTO 21

Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

Milhares no Motorfestival Foram milhares os visitantes que, no passado fim-de-semana, subiram à Serra do Caramulo para assistir a mais uma edição do Caramulo Motorfestival. Este ano o evento teve um contorno especial pois esteve associado à angariação de fundos para a reflorestação da Serra do Caramulo, chegando mesmo a prestar uma homenagem aos bombeiros que combateram os incêndios, fazendo uma subida da rampa com alguns bombeiros e crianças na centenária auto-bomba Delahaye de 1913. Este ano o Prémio João Lacerda 2013, um prémio de carreira com o nome do fundador do Museu do Caramulo, distinguiu Ernesto “Nené” Neves. O Jornal do Centro marcou presenta nesta 8ª edição e falou com algumas figuras deste Motorfestival. Rui Veloso, o pai do rock português, foi o convidado deste ano e subiu a Rampa do Caramulo ao volante do clássico Citroën DS “Boca de sapo”. Pedro Salvador, um dos pilotos com melhor currículo em provas de velocidade, sobretudo em provas de rampa, voltou a conquistar o primeiro lugar na Rampa do Caramulo (Campeonato de Portugal), no seu Juno CN 11. Sofia Mouta é a única mulher a participar na prova de montanha, ao volante de um BMW 320i. MC

Sofia Mouta Piloto

O que a motiva a marcar presença num desporto que se diz de homens?

Ser mais rápida do que eles [risos]. Desde pequena que sempre gostei deste desporto e no que toca aos corredores homens são sempre muito atenciosos. Já não é uma estreante nesta prova...

Micaela Costa

Estive no ano passado com este carro [BMW 320i], há dois anos com um Ford Sierra e há quatro com um Peugeot 306. É uma prova que gosto bastante, sobretudo pelo ambiente. O traçado também é fantástico, é pena este ano estar meio queimado mas vamos todos contribuir para reflorestar o Caramulo, através de doações. Mas todo o espetáculo que o Caramulo envolve é extraordinário. Por mim fazia dois Motorfestival por ano.

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Rui Veloso Cantor

Predro Salvador Piloto

Esta é a primeira vez que vem ao Caramulo Mortorfestival. O que está a achar?

Habituado a vencer, o que é que ainda o motiva?

Estou a gostar bastante. O ambiente é fa ntá st ico, estou a conhecer o espaço, mas é sem dúvida um evento de referência do mundo automóvel . Frequento vários eventos, conheço várias pessoas do mundo automóvel e sempre tive um grande contacto com este “mundo”. Faz-se acompanhar de um “Boca de Sapo”. Porquê a escolha deste carro?

Por acaso não fui eu que escol h i , foi herdado de família. Cresci com ele, gosto bastante do carro e agora resta-me tratar bem dele.

Quando aquilo que nos move não é só o estar presente, mas sim a paixão pelos automóveis e pelas corridas, já é uma boa motivação. Há um desafio enorme que para mim não tem a ver com concorrência, tem a ver comigo mesmo, gosto de fazer sempre mais e melhor, bater os meus tempos e a vitória é a consequência disso mesmo. Está habituado a ganhar no Caramulo. Está é uma prova que tem um significado especial?

Tem. O Caramulo é uma das principais provas da época, mesmo que não faça o campeonato de montanha faço questão de estar sempre presente, porque tem um ambiente único. O traçado em si não é nada de especial, mas todo o ambiente é fantástico. É ótimo ver que de ano para ano está a crescer.

Um desporto que não vai abandonar...

Como se ganha o gosto pelo desporto automóvel?

Estamos já a trabalhar para a próxima época, não neste carro, porque a habituação não foi fácil. Mas espero poder continuar e que os patrocinadores mantenham a conviança em mim.

Não sei explicar. É um bichinho que nasce connosco e que depois vamos alimentando. É um desporto complicado, quando dependemos de patrocínios, mas tentamos fazer sempre o melhor para que confiem em nós.


Jornal do Centro

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12 | setembro| 2013

especial

Feira de São Mateus 2013

Feira na reta final 621ª edição∑ Certame termina a 22 de setembro. Ainda sobem ao palco Mónica Ferraz, Miguel Angelo e Richie Campbell Pedro Abrunhosa, foram algumas das caras da música portuguesa que subiram ao palco principal da Feira de São Mateus. Pelo palco Luz e Palco Água, os estilos alternativos e as músicas do mundo ofereceram noites de verdadeira animação, aos milhares de presentes ao longo do certame. Mas, porque a feira não é só animação musical, muitas foram as atividades desenvolvidas ao longo de 45 dias e 44 noites de festa. Desporto, exposições, ateliers, mostras de produtos

Programa Semanal De 15 a 21 de agosto

Dia 12 (Quinta-feira) 2.5€

Palco 1 (22h00) Mónica Ferraz

Dia 13 (Sexta-feira)

Palco Luz (15h00) Atelier: Horta pedagógica(máximo 15 crianças) Palco Água 6ª A MEXER (organização Ffitness Health Club) (18h00) Aula de Zumbatomic (crianças dos 4 aos 12 anos) (19h00) Aula de Jiu-Jitsu (crianças e adultos) (21h00) Mega aula de body

tradicionais, banda desenhada e muito mais, fizeram as delícias dos visitantes. A pouco mais de uma semana, ouvem-se os últimos artistas, visitam-se pela última vez as várias “barraquinhas” ou desfruta-se de um petisco na zona da restauração. Món ic a Fe r r a z , que sobe ao palco esta noite (dia 12) e Miguel Angelo (sábado), fazem parte do programa para

combat (22h00) Demonstração de fitness e dança Palco 1 (22h00) Música Gospel Dia 14 (Sábado) 2,5€ Palco Luz (18h00) Apresentação do livro “Arnaldo Malho - O poeta do ferro” de Alberto Correia Palco 1 (22h00) Miguel Ângelo Dia 15 (Domingo) 2,5€ Palco Luz (15h00) Atelier: Artes criativas (máximo 15 pessoas) Palco 1 (22h00) Sons do Minho

Dia 16 (Segunda-Feira)

Palco Luz (15h00) Patinho PAF (máximo 20 pessoas) Palco 1 (22h00) Dado em si (23h00) Banda Play

Dia 17 (Terça-feira)

Palco 1 (22h00) Coro Mozart Palco Luz (23h00) 3ª da Luz: Filho da Mãe

Dia 18 (Quarta-feira)

Palco 1 (22h00) Fernando Pereira “Prof.s & Stores” Palco 1

este fim-de-semana. Richi Campbell, considerado o maior cantor de reggae português da atualidade, é, nesta reta final, um dos mais aguardados a subir ao palco da Feira de São Mateus. Sexta-feira, dia 20, o menino bonito do reggae e soul, não vai deixar de cantar temas como “That’s How We Roll”, “Get With You” ou “Blame It On Me”. Richi Cam-

pbell tem no seu currículo nomes como Kimani Marley (filho do Bob Marley), com quem já gravou, abriu o concerto de Nas & Damien Marley, no pavilhão Atlântico (atual Meo Arena) e encheu o Campo Pequeno no concerto com o internacional Alborosie. Agora é a vez de Viseu receber um dos mais promissores músicos português da atualidade. Micaela Costa

A Richie Campbell sobe ao palco dia 20 de setembro

(22h00) 4ª FNAC: Tape Junk

Dia 19 (Quinta-feira)

Palco 1 (22h00) Orquestra de Acordeãos de Viseu Palco Água (23h00) 5ª do rock: Even Time e Vício M

Dia 20 (Sexta-Feira) 5€

Palco Água (20h30) Desfile-concurso Mini Miss Feira de S. Mateus (dos 3 aos 6 anos; 7 aos 11 anos e 12 aos 18 anos) Palco 1 (22h00) Richie Campbell

Dia 21 (Sábado) - Dia do Município de Viseu

(10h00) Igreja de Nossa Senhora

foto legenda

Micaela Costa

A pouco mais de uma semana para o final da 621ª edição da Feira de São Mateus “queimam-se os últimos cartuchos”. Quem ainda não foi aproveita para visitar uma das mais antigas feiras do país, quem já foi regressa ao recinto para fazer as devidas despedidas. Pelos três palcos já passaram centenas de artistas, percorrendo os mais variados estilos, do fado, ao popular, do hip-hop ao rock. Carminho, Tony Carreira, Expensive Soul, Luis Represas, Quim Barreiros e

Enquadrado na programação desportiva da Feira de São Mateus, decorreu no passado sábado, dia 7, o XIX Torneio Futebol Veteranos de Viseu. As equipas participantes foram a Associação Veteranos de Viseu, União Desportiva da Tocha e Veteranos SAD - Évora. Saiu vencedora a formação da Tocha (de equipamento preto na foto) que levou para casa o troféu de mais um torneio que tem como objetivo incentivar a atividade física e promover a saúde e bem-estar, assim como o convívio.

da Conceição - Missa Solene em honra de S. Mateus e procisão (11h30) Salão Nobre dos Paços do Município - Sessão Solene Dia do Municipío (13h00) Almoço do pessoal da Câmara Municipal de Viseu e Serviços Municipalizados (21h30) XIII Encontro de coros de S. Mateus Palco 1 (22h00) Micaela / Zé do Pipo

Dia 22 (Domingo)

(16h00) Festival de Folclore - CCD 500 (21h00) Tuninha da Associação de Chãos


Jornal do Centro 12 | setembro | 2013

culturas expos

D “Reality” no Cine Clube de Viseu

As sessões do Cine Clube de Viseu estão de regresso. No grande ecrãn, na próxima terça-feira, dia 17, “Reallity”, de Matteo Garrone, um dos filmes-sensação do ano.

Arcas da memória

Destaque

“Avatares da memória” – Um singular álbum de retratos

VISEU ∑ Multiusos da Feira de S.

A propósito de um novo livro de Jaime Gouveia

Mateus

Até 22 de setembro, XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada do GICAV.

VISEU ∑ Galeria de Exposições do IPDJ

Daniel Barreiros “Metamorphósis”. RESENDE ∑ Museu Municipal Durante o mês de setembro, exposição de fotografia “Sensibilidades” da autoria de Eduardo Pinto.

SANTA COMBA DÃO ∑ Casa da Cultura Até 7 de setembro, exposição fotográfica “A Flor da Pele”, de Alexandre Sampaio.

TONDELA ∑ Mercado Velho Setembro, exposição de fotografia “Olhares”, o mais recente projecto de Fernando Costa.

DR

De 2 a 27 de setembro, exposição de pintura de

A A peça tem direção cénica de Martim Pedroso

“O grande salão” abre temporada Teatro Viriato ∑ Dia 20 e 21 (pelas 21h30) sobe ao palco uma comédia criada a partir da rede social, Facebook A nova temporada do Teatro Viriato começa já na próxima sexta-feira, dia 20. Ao palco sobe uma comédia criada a partir da famosa rede social Facebook, (o espétaculo repete no sábado, dia 21, pelas 21h30). “O Grande Salão” é um espetáculo-cabaret, que se aproveita de comments, diálogos e emo-ticons expressivos. Festivo, descartável e fugaz, mas também um espaço de ref lexão, de purga e lamentação, este é um salão onde todos entram sem bater à porta. E quem não entra é porque

teima em ficar de fora. “O Grande Salão” é um lugar-manifesto para alguns, para outros um “muro das lamentações” dos tempos modernos. Apresenta-se como um spot de voyeurs, de ativistas e românticos, mas também de apoca-lípticos e de cínicos. O objetivo é construir um discurso sobre este espetáculo que é o mundo, usando a poética e política. “O Grande Salão” é um ato criativo coletivo com direção cénica de Martim Pedroso. Esta peça, a par de mais

cinco, são as estreias para este quadrimestre do Teatro Viriato. Como sublinhou Paulo Ribeiro, diretor-geral e de programação do Teatro, na apresentação de mais uma temporada este é um “momento inédito”, na medida que este espaço cultural nunca antes tinha apostado “numa plataforma tão alargada de estreias”. Sustentando esta decisão no facto de “a cidade ser menos conservadora” e ter um público mais curioso, mais crítico e mais exigente.

A Gaiola Dourada (M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 23h50* Mestres ilusão (M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h00, 23h40* Armas e Perigosas (M12)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 00h05* Elysium (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h10, 19h30, 21h50, 00h10* R.I.P.D. - Agentes do outro Mundo (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h40, 00h20*

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Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20 Gru - O mal disposto 2 2D VP (M6) Sessões diárias às 21h20, 23h45 ( 6ª e Sáb.) Dá & Leva (M16) Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h40 Aviões VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h40, 19h00, 21h30, 00h00* Paranoia (M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h10, 00h10* Ataque ao poder (M12)

Micaela Costa

Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h00* Ronaldo o bárbaro (M16) (Digital)

“Avatares da memória”! Chamei ao livro um “Álbum de Retratos” e foi assim que eu o li, a mesa de trabalho por regaço, página a página lentamente desdobrada. E “espelho de Alice” eu senti que o livro era. Uma mágica porta cerrada sobre as costas e depois, como fantasia, uma aldeia, e outra, e outra, algumas feitas vila, todas pertença do Município de Moimenta da Beira, Terras do Demo ou suas margens, e as suas luminosas paisagens oferecendo-se sobre vigilantes cerros, arejados altiplanos, planície tranquila ou correnteza de rio. Carapito, Alvite, Rua, Vilar ou Granja do Paiva e o claro entendimento que nos fica da rusticidade do casario das que pousam mais na serra ou do cuidado lavor dos canteiros das que se plantaram no vale, das ondeantes veredas trepando escarpas e outeiros ou dos caminhos de pé posto na direitura do chão, dos pinheirais que as ventanias agitam ou dos renques de fruteiras que medram nas terras baixas, da ardorosa luta na conquista de um chão de lavrar ou na posse feliz das úberes terras que se cavam com menos suor. Terras de homens que chamaram pátria sua a estas terras, desde as orcas, desde os castros, desde que

Trip de Família (M16) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

as estradas romanas as atravessaram, desde que os antigos reis as libertaram de usurpadores. Terras que seus filhos guardam ainda como herança, reserva da memória dos pais de mil maneiras guardada. Lendas, rifões, dialecto, muros que agasalharam hortas ou reveladores da existência de castelo esboroado, torre de igreja ou convento, marco de posse, forno de pão, pelourinho, bicas de fonte, cruzeiro, alminhas, ofício de pastor ou saber-fazer de cesteiro. Jaime Gouveia percorreu todos os caminhos das aldeias, os velhos e os novos, interrogou velhas memória e desenhou-lhes, às terras povoadas, um retrato de corpo inteiro, tal e qual como se faz com os retratos dos avós, retrato não de barro, como Javé fez no Paraíso, mas de palavras e como Javé soprou sobre a sua criatura e o seu verbo, a sua escrita com dourada pena infundiu a este corpo, a este livro, a alma que o habita e que só descobrirá quem o vier a ler com o coração. Álbum de Retratos. E roteiro de viagem que também é. Antologia será sempre. Porque são clássicos estes textos. Quer dizer, serão sempre modernos. Para ler.

Estreia da semana

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Paranoia – Um intenso thriller sobre os bastidores da “alta-roda” da tecnologia, e de um mundo fatal de ganância e fraude.


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culturas Opinião

A Rua Formosa. As Memórias de Aquilino Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

Quando Aquilino Ribeiro desce pela primeira vez a Viseu no já adiantado ano de 1902 vestindo tão só roupagens de serra, a cidade que primeiro anteviu da alongada estrada que trazia, vinda dos rumos de Nascente, e que mais tarde descreverá, evocando essa memória antiga, na Geografia Sentimental, oferecialhe o impressivo recorte das torres da Sé, da Igreja da Misericórdia, do pesado negrume do antigo Colégio, a crista da cidadela de onde se desprendia a mancha escura dos telhados, o branco dos muros caiados, um xadrez incerto que mal deixava perceber o labiríntico correr das ruas, das quelhas, das vielas com escaleirinhas, das quintãs que ainda havia. Mas, nesse tempo, a cidade havia ganho uma diferente face que olhava a Sul a lonjura de outra serra, a da Estrela, face configurada a um mais largo chão onde se desenhara o traçado ortogonal dos arruamentos que cresciam entre o S. Martinho e o Baixo Massorim. Os Paços do Concelho, de tão recentes que a patine do tempo os não tomara ainda, erguiam-se a deslado, no velho Rossio de Mansorim e, gerando uma nobilitada face ao Passeio de D. Fernando, extremavam esta mancha de uma fervilhante cidade nova, burguesa e mercantil, e dali partia, ao jeito de um moderno decumanus, a rua que fora chamada de Maria Pia, celebrando Augusta Rainha de Portugal e que o novo regime político, uma vez implantado em 1910, faz designar, por deliberação da Comissão Administrativa do Senado reunida em 20

de Outubro e presidida por António Barroso Pereira Vitorino, Rua Formosa. M ítico luga r, a Rua Formosa, cujas portas se abriam, rompendo ao Sul, levando à estrada que o fontismo rompera em 1868, entre a austera arquitectura do Grémio de Viseu e o magnificente edifício do Banco de Portugal implantado entre os anos de 1921 e 1930 com risco do arquitecto João de Moura Coutinho P. C. L. de Almeida d’Eça num trajecto de singular interesse onde era marca maior a graciosa construção do Mercado 2 de Maio com a obraprima do seu portão de ferro forjado e o edifício do Banco Nacional Ultramarino com projecto assinado pelo arquitecto Ernesto Korrodi, duas memór i a s que a gora apenas podem colher-se num álbum de retratos. Porta a porta abre-se uma história, mágico espelho de Alice que leva a confins do tempo, passos marcados na poeira dos anos que às vezes se perdem porque deixou de haver o jeito dos velhos contadores. De f resca memór i a lembra-se ainda o Café Rossio, pouso de estudantes que quase andavam para doutor, de comerciantes com negócio endi n hei rado, do “chá frio” que às senhoras se servia. Mais longe o Santa Cruz, e a tertúlia que reunia nos seus fundos, a Pastelaria Santos e a sua larga vidraça de matar curiosidade, a “Cova Funda” que não ficava longe, o Café Bijou, a Pensão Rambóia onde pousaram volframistas, o Horta, como se dizia, inaugurador do bolo-rei, das castanhas de ovos

vendidas em caixinhas, do chocolate quente ao chegar da meia tarde. E o Banco Agrícola e Industrial Viseense, a Farmácia Confiança, a Oliveira, a Alfaiataria Académica que também teve o nome de Alfaiataria Pirolito, o Depósito de Tabacos da Família Canto Moreira, a Chapelaria Lis de tanta fama, a Ourivesaria Brinca que ainda se guarda na família, o Girão, o João Paulo, os Lanifícios, o Germano, apaixonado mestre da fotografia, um engraxador, o polícia sinaleiro e a ida e vinda das mulheres com cestos carregados e os seus pregões que se ouviam, vindos do Mercado e o borborinho da gente nas manhãs de terça-feira que Aquilino Ribeiro assimilou ao remoinho do Chiado. Venham por alturas de

Setembro, escreve Aquilino nas “Arcas Encoiradas”, que encontram a Rua Formosa, o seu Chiado, coalhada de forasteiros. Em certos dias tem-se a impressão de que Lisboa se mudou para ali. Os cafés regorgitam, nas ruas não há lugar onde estacionar mais um carro. Santo Deus, que vem fazer tanta gente? Pois, espairecer e admirar as várzeas, os monumentos, Viriato, o Museu Grão Vasco, trocar duas larachas com o Mário Matos ou encomendar dois ferros de arte ao Arnaldo Malho. Que das memórias de Aquilino se trata. A Rua Formosa sempre em seu caminho, rotinas familiares cumpridas no Mercado vizinho, D. Jerónima comprando guloseimas para o filho pequeno na Pastelaria Horta, e ali ao lado Mário Ferreira Ma-

tos estendendo amostras de fazendas num balcão. Ao longo de anos demorados que se estendem, que saibamos, de 1923 a 1963, Aquilino Ribeiro mantém uma estreita relação com Mário Ferreira Matos, de profissão alfaiate, conhecido pela alcunha de “Pirolito”, que a família há muito assumira, desconhecese a razão. Tem uma história longa, por mais que dela não saibamos o princípio, esta relação entre Aquilino e o seu alfaiate que se torna amigo, que se torna confidente, a avaliar pela súmula de mais de meia centena de cartas que Aquilino do mesmo guardou, datada a primeira de 12 de Janeiro de 1923, selada a última no ano de 1963, pouco antecedendo a data da morte do escritor.

M á r io M ato s t a l h a sempre com mestria os fatos do amigo, desdobra, quando necessário, as desgastadas samarras que o filho mais velho usava, mais o pai, é mediador na compra de castanheiros que o escritor quer plantar na sua terra e de livros a outros amigos destinados, é visita habitual no pátio da Soutosa, é companheiro em visita à Lapa, e generosamente recebe, dedicados, os livros do Mestre de que às vezes faz criterioso comentário. Mário Matos, a sua oficina, fronteira quase às antigas portas do Mercado, torna-se, em Viseu, o marcado lugar de encontro de quantos devotam ao Mestre das Letras o apreço de que ele se tornara merecedor. Francisco de Almeida Moreia, José de Almeida e Silva, Arnaldo dos Santos Malho, Cristóvão José Moreira de Figueiredo, Gilberto de Carvalho, José Coelho também, que Aquilino se lhe confessa devedor da cópia de importante manuscrito, aparecem por ali quando uma voz corre anunciando que Aquilino Ribeiro vem ou vai para Soutosa ou desce à urbe nas demoradas estadias de Verão. Rua Formosa. Ganhou foros de memória aquele chão. E ali o vemos agora, quem ele é por natureza, Homem da Escrita, a caneta ainda presa em sua mão, “enxada” lhe chama de tanto lavrar, o gesto franco de quem espera de porta aberta, o amigo que chegou. Ei-lo, disponível para conversar. Alberto Correia * * Com colaboração de Sílvia Laureano Costa


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culturas

D “Pinceladas Soltas” em Sátão

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A exposição de pintura de Ilda Monteiro, com o nome de “Pinceladas Soltas”, decorre domingo, dia 15, às 15h00, na Casa da Cultura de Sátão.

O som e a fúria

Destaque

Concerto pelo Coro do Queen’s College de Oxford

Paulo Neto

Paulo Neto

A Real Associação de Viseu, por mão do seu presidente Álvaro de Meneses e seus colaboradores, em parceria com a Câmara Municipal de Viseu e o Cabido da Sé, levou a efeito, à semelhança do ocorrido no ano anterior, um concerto pelo Coro do Queen’s College de Oxford dirigido pelo maestro Owen Rees. “Este concerto insere-se nas actividades anuais da Real Associação de Viseu, nas suas actividades também culturais e no âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral de Dom Manuel”, referiu-nos Álvaro de Meneses. Este evento que decorreu na Sé de Viseu contou com numeroso público e com um programa rico de obras de Bach, Duarte Lobo, Manuel Leitão de Aviles, Jonathan Dove, David Bednall, Benjamin Britten e Eric Whittacre. A título de curiosidade, o Queen’s College foi fundado em 1341, em homenagem à Rainha Philippa. Este coro foi nomeado para um Grammy pela sua participação na banda sonora do filme “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.

Veneza, cinema e solidão O júri presidido por Bernardo Bertolucci entregou o Leão de Ouro da 70ª Edição do Festival de Cinema de Veneza ao filme do italiano Gianfranco Rosi, Sacro Gra. Na revista “Atual”, do último Expresso, há um artigo sobre o Festival que aponta o dedo a um denominador comum a vários filmes ali apresentados: gente solitária. «É um tema visível no Festival (…) paradoxalmente, a solidão humana emerge num universo hipercomunicacional». Mas afinal, o que é este bichode-sete-cabeças? É uma incapacidade dos outros? De estarem para lá do que nós somos? De participarem da nossa identidade? Ou é uma incapacidade nossa? Uma coisa é certa: é um problema relacional e que nos domina sem que o queiramos. Seria de esperar que a revolução tecnológica dos últimos tempos, pela facilidade da comunicação que permite, tivesse suavizado também este sentimento esquistoide do ser humano. Mas ele é tão íntimo que é inacessível, nem mesmo com o clique do “Isomething”. A comunicação humana não podia ser um esquema assim tao simples. É sobre isso que teoriza Dominique Wolton quando refere ao fenómeno da “solidão interactiva” nas redes sociais. Podemos passar horas e dias na internet e, ainda assim, seremos incapazes de ter uma verdadeira relação humana com quem quer que seja. Aliás, bastava pensar naquelas situações em que nos sentimos sozi-

Maria da Graça Canto Moniz

nhos ainda que rodeados de multidões e queremos, apesar de tudo, que nos iludam com a sua companhia, que se ponham a fazer lembrar situações já vividas e pessoas antigas para termos a sensação de que muita coisa continua acontecer, para nos convencermos de que estarmos ali, rodeados daquela gente, é ter alguém. Valter Hugo Mãe escreveu um texto fabuloso intitulado «Medo do escuro» sobre isso mesmo. A conclusão de Wolton tem que ver com o conceito do mesmo autor de “sociedade individualista de massa”, segundo a qual na comunicação ocidental procuramos duas coisas verdadeiramente contraditórias: a liberdade individual (herdámos do séc. XVIII) e a igualdade através da inserção na sociedade (herança do socialismo). A internet é, neste contexto, liberdade individual. Na internet todos temos o direito de dar a nossa opinião (o que acaba por conduzir a um facilitismo na troca de ideias, limitada a priori pela falta de imediatismo); mas isso não significa comunicar. Porque, diz Wolton, se a expressão é uma fase da comunicação, a outra é o feedback por parte de um receptor e a negociação que isso implica. Enfim, em algum momento do processo comunicacional será preciso que as pessoas se encontrem fisicamente – e aí reside toda a grandeza e dificuldade da comunicação humana.

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em foco

Micaela Costa

Motorfestival devolve alegria ao Caramulo

DR

Festas de Mangualde foram um sucesso


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saúde e bem-estar Colóquio nacional sobre pacemaker

Novo Centro de Saúde a funcionar em pleno S. Pedro do Sul ∑ Ministro da Saúde inaugurou o equipamento na segunda-feira Entrou em funcionamento na passada sextafeira a urgência básica do novo Centro de Saúde de São Pedro do Sul, ficando assim a estrutura a funcionar em pleno. Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo inaugurou o novo equipamento que vai servir perto de 17 mil utentes e assegurou que toda a população do concelho dispõe já de médico de medicina geral e familiar. “No concelho de S. Pedro do Sul há uma ade-

quação do número de médicos para a população. O que é preciso é que isto aconteça no resto do país”, adiantou o ministro. As novas instalações do Centro de Saúde de S. Pedro do Sul representam um investimento total de dois milhões de euros financiados através do Programa Operacional Regional do Centro – Mais Centro traduzindose num espaço moderno para utentes e profissionais. “Além dos 2,5 milhões

de euros que custou a obra diretamente, ainda houve o investimento na parte do terreno e das outras infraestruturas todas”, apontou o governante. Ao todo, foram gastos mais de três milhões de euros na construção do Centro de Saúde, com urgência básica, para o qual a Câmara municipal local doou o terreno há mais de dez anos. Atualmente serve perto de 17 mil utentes e conta com 40 profissionais de saúde. No piso 1 situa-se a

administração, a Unidade de Saúde Pública, o Gabinete do Utente, os apoios gerais e área técnica. No piso 0 localiza-se a zona de acesso, receção e espera, a zona de tratamentos e consultas divididas em dois grupos funcionais idênticos e o Serviço de Urgência Básica (SUB). O Centro de Saúde de São Pedro do Sul integra o Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões da ARSC, IP. Emília Amaral

A Associação Portuguesa de Portadores de Pacemakers e CDI’s (APPPC) escolheu a cidade de Viseu para realizar o VII Colóquio Nacional, marcado para domingo, dia 15, no auditório do Hospital S. Teotónio. A abertura do encontro está marcada para as 10h30, seguindo-se a intervenção de David Moreira do serviço de cardiologia do Centro Hospitalar Tondela - Viseu (CHTV) sobre o tema “Portador de pacemaker: o antes, o durante e o depois”. Às 11h00, a especialista Anne Delgado também do serviço de cardiologia do CHTV aborda o tema “Viver saudável com pacemaker: a importância da prevenção”. Os trabalhos contam ainda com a intervenção do cardiologista do CHTV, Luís Santos sobre a “Relação custo-benefício da

terapêutica elétrica cardíaca”, com uma mesa redonda sobre o tema “o que nós sabemos que vos pode ser útil”, e com a palestra de Virgílio Chambel Coelho, presidente da assembleia geral da APPPC, sobre “O papel do associativismo, particularmente da APPPC na conjuntura atual portuguesa”. O encerramento do colóquio está previsto para as 12h30, com a intervenção do presidente da APPPC, António Gomes. O Pacemaker é um tratamento para ritmos cardíacos. A APPPC tem por objetivos promover e divulgar informação sobre a utilização de Pacemaker e CDI’s, promover e fomentar o convívio entre os utilizadores e portadores, bem como realizar ações de formação, esclarecimento e bem-estar social em prol dos portadores. EA


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ESTUDO ALERTA QUE FUMO DOS FOGOS É PERIGOSO PARA A SAÚDE PÚBLICA

Opinião

Mochilas pesadas podem prejudicar saúde das crianças Conselhos a seguir no início do ano letivo. Setembro é o mês do regresso às aulas e, com elas, o transporte de mochilas escolares demasiado pesadas e, por vezes, as queixas de dores nas costas entre crianças e adolescentes. O excesso de peso nos ombros provocado pela quantidade de objetos que transportam na mochila pode prejudicar o desenvolvimento e contribuir para o desgaste da coluna vertebral das crianças e jovens. Na altura de escolher a mochila escolar tenha atenção alguns conselhos: • A mochila deve ser feita de material leve e resistente • Ter costas almofadadas • Ter duas alças almofadadas e ajustáveis, para que a mochila fique o mais encostada possível às costas da criança • Ter compartimentos para que os materiais escolares sejam arrumados

e estabilizados • Não deve pesar mais de 10% do peso do corpo da criança, incluindo a carga Se a criança tem que percorrer longas distâncias a pé, o ideal é optar por uma mochila com rodas e uma pega suficientemente comprida para evitar a inclinação do tronco durante o seu transporte. Nos intervalos das aulas e nas viagens, os pais e educadores devem certificarse que a criança retira a mochila das costas. É também importante que os alunos levem para as aulas apenas o material necessário que precisarem para esse dia da semana. Os objetos mais pesados devem ser colocados no fundo da mochila. Se esta tiver compartimentos laterais, a distribuição da carga entre eles deve ser feita de forma a que fique equilibrada. A prevenção de problemas na coluna passa sobretudo pelos educado-

Paulo Pereira Neurocirurgião Coordenador da campanha Olhe pelas Suas Costas

res, pais e professores, que devem estar atentos não só ao transporte de mochilas mas também à postura adoptada durante as aulas, à prática de exercício físico e aos sintomas das crianças. Campanha Olhe pelas Suas Costas. É uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Para mais informações consulte: http:// www.olhepelassuascostas.com/ ou visite o facebook: https://www.facebook.com/olhe.costas

É altamente perigoso para a saúde pública o fumo proveniente dos incêndios florestais, segundo a conclusão de um estudo da Universidade de Aveiro (UA), que aponta para os malefícios da mistura de gases e partículas emitida pelos fogos. O estudo foi conduzido pela investigadora Célia Alves no meio das equipas de combate aos fogos florestais, nos verões de 2009 e 2010, nos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. Entre os compostos detetados nestas partículas encontram-se os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, “de elevado potencial cancerígeno” e vários compostos fenólicos que “têm sido associados a stress oxidativo das células”, revela a investigação. Suspensas na atmosfera e espalhadas pelo vento por vastas áreas, o tamanho das partículas garante-lhes uma entrada fácil nas vias respiratórias, concluem os resultados. EA

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CLASSIFICADOS 29

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.


Jornal do Centro

30 CLASSIFICADOS

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OBITUÁRIO Bernardo Manuel dos Santos Cardoso, 18 anos. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 4 de setembro, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Currelos. Palmira da Costa e Sousa Abrantes, 85 anos, casada. Natural e residente em Cabanas de Viriato. O funeral realizou-se no dia 9 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415

Maria Adélia Almeida Lopes, 76 anos, viúva. Residente em Nespereira. O funeral realizou-se no dia 6 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões. José António Fernandes Novo, 80 anos, casado. Residente em Confulcos, Cambra. O funeral realizou-se no dia 6 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Cambra. Inês Augusta, 96 anos, viúva. Residente em Souto de Lafões. O funeral realizou-se no dia 9 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Maria da Encarnação dos Santos, 79 anos, casada. Natural de Viseu e residente em Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 5 de setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. Hermínio da Cruz Hermenegildo Modesto, 65 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952

Maria Cândida Pais Meneses de Abreu Almeida, 100 anos, viúva. Residente em Orgens. O funeral realizou-se no dia 3 de setembro, pelas 18.30 horas, para o cemitério local. Daniel de Almeida Silva, 72 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de setembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Francisco José de Sousa Fernandes Homem, 69 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério dos Remédios, em Évora. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

Henrique José Moreira de Figueiredo y Torres AGRADECIMENTO A família de Henrique José Moreira de Figueiredo y Torres, na impossibilidade de o fazer pessoal mente como era seu desejo, agradece muito reconhecidamente a todas as pessoas de suas relações e amizade que estiveram presentes no funeral e missa de 7º dia.


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clubedoleitor

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DEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

HÁ UM ANO

BEM-VINDOS A VISEU

EDIÇÃO 548 | 14 DE SETEMBRO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

Cursos em a iniciar Outubro Inglês e Espanhol Publicidade

ditório Mirita Casimiro); uma cidade com grande oferta desportiva (Jogos Desportivos de Viseu, torneios e outros eventos de competição em várias modalidades, várias infraestruturas desportivas existentes como a Ecopista ou o Complexo Desportivo de Fontelo, e ainda clubes que demonstram o melhor que há a nível desportivo como o Académico de Viseu ou o Viseu 2001); uma cidade com um forte pólo comercial e empresarial (através do comércio tradicional, dos centros comerciais, de empresas sólidas que apostam mais além e do papel crucial das associações do setor como a ACDV ou a AIRV); uma cidade com ritmo, isto é, várias discotecas para a juventude; e, finalmente, uma cidade ativa, dinâmica e atrativa em diversos níveis chegando mesmo ao ponto de conseguir atrair idosos para a prática desportiva sistemática, estudantes vindos do Litoral para o estudo no nosso Politécnico ou empresas inovadoras de restauração, como hambúrgueres gourmet ou gelados de iogurte, para a inauguração de uma loja na nossa cidade. Chiça, tanta explicação que dei… Por fim e tendo em conta aquilo o que escrevi até agora, gostaria de aconselhar aos críticos – muito sobretudo ao professor universitário Luciano Amaral que, num artigo de opinião publicado pelo “Correio da Manhã”, considerou Viseu como sendo “um concelho de campónios iletrados” – para que tenham muito tento na língua e guardem-na para melhor ocasião onde justiça seja realmente feita, tomam o conselho de visitarem Viseu – conforme já referi neste texto – e, quem sabe, beber um bocado do vinho do Dão, comer um Viriato ou até passarem pela pista de gelo situada no Palácio do Gelo. Digovos uma certeza: Viseu é,

Tel: 232 420 850

| Telefone: 232 437 461

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UM JORNAL COMPLETO

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA

Semanário 14 a 21 de setembro de 2012

pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > SUPLEMENTO pág. 26 > ECONOMIA

Ano 11 N.º 548

1,00 Euro

pág. 28 > DESPORTO pág. 31 > CULTURA pág. 34 > EM FOCO

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

pág. 36 > SAÚDE pág. 38 > CLASSIFICADOS

Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

redacao@jornaldocentro.pt

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www.jornaldocentro.pt |

Jorge Lopes Estudante

tal como Lisboa, Porto e Coimbra, uma cidade com população aletrada, boas atrações turísticas e excelentes paisagens. Por isso, é com bom senso que vos digo também o seguinte: SEJAM MUITO BEMVINDOS A VISEU! Tenho dito. P.S.: Já agora e para o candidato vencedor que vier a sair nas eleições autárquicas em Viseu (e que não será, desta vez, o Fernando Ruas), só lhe peço uma coisa: por favor, não estrague a nossa cidade.

Nuno André Ferreira

los outros vinicultores que trabalham e produzem noutros concelhos do nosso distrito); uma das melhores instituições nacionais de ensino superior (o Instituto Politécnico de Viseu, onde ando a estudar neste momento); a terceira cidade mais populosa da região Centro com 99 mil habitantes segundo os censos de 2011; uma cidade com um riquíssimo património patrimonial e gastronómico (Sé Catedral, Porta do Soar, Porta dos Cavaleiros, Cava de Viriato, Fontelo, Solar do Vinho do Dão, Muralhas Romanas, Museu do Quartzo, Museu do Grão Vasco, Parque da Cidade, Jardim das Mães, Rossio, Rua Direita, Rua Formosa, os Viriatos, o Rancho de Moda à Viseu, as Castanhas de Ovos); uma cidade com uma excelente vista panorâmica; uma cidade de personalidades importantes que contribuíram para Portugal (Viriato, D. Afonso Henriques, Infante D. Henrique, D. Duarte); uma cidade que possui um dos mais magníficos e singulares eventos nacionais de cultura, lazer e tradição (a Feira de São Mateus); a cidade que, por duas vezes, foi considerada como aquela que tem a melhor qualidade de vida em Portugal; a cidade que, através da Escola Secundária Alves Martins, conseguiu fazer com que vários alunos com excelentes notas nos exames nacionais tirassem o curso de Medicina noutras cidades; uma cidade com uma ativa longa atividade cultural e associativa (através do Cine Clube de Viseu, da Associação Zunzum, do GICAV, da APPDA, da APPACDM, do Banco Alimentar, da Cáritas, das associações das freguesias e outras associações assim como vários eventos culturais que marcam Viseu, entre os quais o ciclo “Viseu Naturalmente”, e espaços culturais como o Teatro Viriato ou o Au-

Centro Hípico de Viseu a saltar no Nacional | página 29

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Setembro. Mês do regresso às aulas, do regresso das férias e do regresso ao trabalho. Para além disso, Setembro também é, neste ano de 2013, o mês das eleições autárquicas. Não importa quem vai ficar a ganhar ou a perder com estas eleições, seja a nível nacional, distrital ou concelhio, mas vou refletir sobre Viseu. Todos sabemos que Viseu é uma cidade bela e magníf ica e, cá para mim, será muito difícil apagar completamente as memórias que tenho da Feira de São Mateus, do Rio Pavia, da Cava de Viriato, das escolas por onde passei nesta cidade, do meu queridíssimo bairro de Gumirães, das ruas e avenidas por onde passei tantas vezes, etc., por outras quando quero mudar de concelho de residência. Todos sabemos que muitos portugueses das outras cidades gostam e admiram Viseu (o mesmo acontece com turistas estrangeiros). No entanto, é lamentável que ainda tenhamos pessoas que não gostam de Viseu talvez porque, das duas uma, ou acham que a nossa população é saloia ou pensam que Viseu é uma cidade que serve só como alvo de chacota por culpa da ‘capital da homofobia’, das rotundas, dos casos de prostituição ou da entrega de quantias monetárias a igrejas paroquiais em altura de campanha. Não quero mais pessoas a criticar Viseu pelas coisas tristes, insólitas ou incrivelmente sensacionais. É muitíssimo provável, a meu ver, que estas pessoas nunca terão tido a derradeira oportunidade de poderem visitar a minha cidade num dia qualquer. Chegou a altura de parar... Vamos, assim, olhar para as coisas positivas que Viseu tem para oferecer. Ora vejamos: temos um dos melhores vinhos de Portugal (o vinho do Dão e com respeito pe-

ar regressa “difícil” ∑ Ano escolar FICTON quer conquistar pessoas para Tondela ∑ ∑ Habisolvis entrega comparticipações financeiras a

73 pessoas ∑ Mangualde: acessos, Srª do Castelo e incêndios... ∑ “Mais do que encerrar tribunais o que o Governo quer é extinguir municípios” (António Marinho Pinto) ∑ Luís Miranda lança alerta aos agrupamentos ∑ Restaurante Santa Luzia reabre mais “elegante” ∑ Alberto Correia escreve viagem à Feira de S. Mateus ∑ Liga Portuguesa Contra o Cancro quer abrir delegação em Viseu

LAZER DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)

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JORNAL DO CENTRO 12 | SETEMBRO | 2013

Hoje, dia 12 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 15ºC. Amanhã, 13 de setembro, céu limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 17ºC. Sábado, 14 de setembro, céu com períodos de nublado. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 17ºC. Domingo, 15 de setembro, céu com períodos de nublado. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 15ºC. Segunda, 16 de setembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 16ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Quinta, 12

Endorfinas

Viseu ∑ Inauguração da nova sede da secção distrital de Viseu da Ordem dos Médicos, 18h30, com a presença do bastonário, José Manuel Silva.

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@gmail.com

Sexta, 13 Viseu ∑ Homenagem ao escritor Aquilino Ribeiro no dia do aniversário do seu nascimento, com dois momentos distintos. Às 18h00 é inaugurado um memorial na entrada do parque da cidade da Avenida 25 de Abril, e às 19h00 a estátua do escritor, na Rua Formosa, a rua onde Aquilino Ribeiro tinha o seu alfaiate e frequentava o café Horta onde conversava com os amigos. A escultura já se encontra na rua guardada numa cápsula ate sexta-feira, mas sabe-se que é muito parecida com a do poeta Fernando Pessoa, que existe no Chiado, em Lisboa. Viseu ∑ Tomada de posse do presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião, para mais um mandato, às 15h00, na Aula Magna da instituição.

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http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Ficton arranca amanhã Certame ∑ Vários artistas musicais, desporto e cultura invadem Tondela de 12 a 16 É já amanhã, dia 13, que Tondela recebe uma das mais representativas feiras industriais e culturais do distrito. A Ficton, que conta já com 21 edições, apresenta-se como uma verdadeira montra de projeção das potencialidades e mais-valias do concelho de Tondela. Para o primeiro dia está marcada uma programação recheada de atividades, dos quais se destacam a sessão oficial de abertura, com a presença de Pedro Saraiva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), pelas 19h30 e ainda o concerto do conhecido cantor português Emanuel (pelas 22h45).

Sábado o certame começa com atividades desportivas entre as quais o torneio de Futebol sub-10 e ainda uma demonstração freestyle, da responsabilidade da associação Motoclub “U zibb’s” de Tondela. À noite sobe ao palco a banda Amor Electro, autora de sucessos como “A máquina” e “Rosa Sangue”. Domingo, a organização espera levar o nome de Tondela ao mundo, através da transmissão em direto da Ficton na SIC. O programa “Portugal em Festa” vai estar presente e promete bater um record. Na sequência da já conhecida “Semana do Frango” que se reali-

za durante as festividades do concelho, vai assar-se o maior número de aves. A animação deste dia de emoções vai ficar a cargo de Samuel Úria (21h30) e The Gift (23h00). A Ficton termina na segunda-feira, dia de comemoração do 90º aniversário dos bombeiros voluntários de Tondela. Nas festividades marca presença Miguel Macedo, ministro da Administração Interna. A Orquestra Aeminium é a responsável por dar música aos presentes no último dia de mais uma edição da Ficton. A encerrar o programa de festas, a banda viseense Hi-Fi. Micaela Costa

Há duas semanas foram vistos aqui os factores que os candidatos à câmara de Viseu controlam (ideias, listas e marketing) e, na semana passada, tratou-se daquilo que eles não controlam (a política nacional). Chega agora a vez de se olhar para o dr. Ruas que, depois de seis mandatos e por imposição legal, abandona o seu gabinete no Rossio. Todas as semanas ele declara que está a sair contrariadíssimo, que quer regressar em 2017, e tem-se dedicado metodicamente à criação de condições para esse seu regresso. O dr. Ruas quer estar em condições de poder recuperar um lugar que sente que lhe está a ser usurpado. A distribuição de subsídios — em que a visibilidade dos cheques às paróquias é peça importante — não é mais que uma ferramenta das várias por ele usadas para esse objectivo. É necessário que se perceba esta relutância quase universal em largar-se posições de poder. Quando se dirige uma organização poderosa está-se sujeito a uma grande pressão, pressão a que o cérebro responde produzindo diariamente grande quantidade de endorfinas, endorfinas que causam dependência. O dr. Ruas neste Verão tem estado já a sentir, por antecipação, o síndrome de abstinência de endorfinas de que vai padecer no Outono. Ponha-se com clareza a pergunta que parece que toda a gente tem medo de formular: e se o dr. Ruas cumpre mesmo a ameaça e se apresenta a votos daqui a quatro anos? Ora, nesse caso, em 2017 só dois cenários podem acontecer: (i) ou o presidente da câmara é José Junqueiro e vai acontecer então o aguardadíssimo duelo directo entre as duas velhas raposas da política viseense; (ii) ou o presidente é António Almeida Henriques e a candidatura do dr. Ruas parte em cacos o PSD. Está-se, portanto, perante esta situação paradoxal: não será melhor aos simpatizantes do dr. Ruas, para evitarem problemas no futuro, votarem agora em José Junqueiro?


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