Jornal do centro ed602

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 26 de setembro a 2 de outubro de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO

Ano 12 N.º 602

pág. 15 > SUPLEMENTO pág. 20 > ECONOMIA

m xxx gora coeço A r 0,80 Euros p

pág. 22 > DESPORTO

1 Euro

pág. 24 > CULTURA pág. 26 > EM FOCO

novo

SEMANÁRIO DA

pág. 27 > SAÚDE pág. 29 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

Novo acordo ortográfico

| Telefone: 232 437 461

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“Aquilo que é hoje o Mercado 2 de Maio não é uma opção apenas de arquitetura”

Pedro Morgado

∑ Gonçalo Byrne, arquiteto e professor, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 6 e 7


Jornal do Centro

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26 | setembro| 2013

praçapública rÉ com orgulho que rEstas eleições são, r Ao

palavras

deles

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

também, uma boa oportunidade para castigar o PSD, o CDS e o PS pela situação de desastre a que estes três partidos conduziram o país”

contrário dos nossos adversários, as nossas listas não resultam da satisfação de dinâmicas partidárias, muitas vezes alheias à realidade, apenas adoptamos como medida a competência e a transparência”

r Candidato-me

a Presidente e não a vereador, mas se não for esse o desejo do eleitorado assumirei, com a restante equipa, as nossas responsabilidades”

Almeida Henriques

Francisco Almeida

Hélder Amaral

José Junqueiro

Candidato à Câmara Municipal de Viseu pelo PSD

Candidato à Câmara Municipal de Viseu pela CDU

Candidato à Câmara Municipal de Viseu pelo CDS-PP

Candidato à Câmara Municipal de Viseu pelo PS

Votar com docº assinado no notário… Sim, doravante os candidatos devem assumir compromissos e assinarem uma declaração em que se comprometem a praticar tudo quanto prometem na campanha eleitoral, sob pena de responderem por cada infracção cometida. I s to ve m a p r o p ó s i to d a Holanda, um dos países mais ricos da Europa, governado pelos liberais comandados por Rutte e seus aliados sociaisdemocratas encabeçados por Samsom, que por voz do rei local, Guilherme Alexandre, avisaram o povo de que o Estado Social acabou e se inicia a “sociedade participativa”. Este gover no, qua ndo n a oposição e claramente contra a austeridade, vem agora, contra uma sondagem negativa de 80% de holandeses, dizer que é preciso cortar 6 mil milhões de euros, mesmo subindo o desemprego e descendo o poder de compra. O que é que isto signif ica, exactamente? A trauliteirice costumeira dos políticos que prometem o paraíso quando, depois, dão o inferno aos eleitores. A falta de carácter desta gente, em todo o lado semelhante. O papel de palhaço que fazemos enquanto eleitores e o gozo de que todos nós somos alvo por parte desta promitente e despudorada corja. Uma sociedade participativa? Na desgraça, na miséria? Para quê? E ncher os a l forges já a abarrotar dos enigmáticos poderes supra partidários a quem servem? Mas um estado participativo será o quê? Mais uma invenção do “politiquês” fétido, agora em uso? Que teima em inventar nomes para as realidades abjectas? Ou como escrevia R. Barthes: “ linguagem cosmética para dar caução nobre a real cínico”?

Neste contexto, os representantes da União Europeia parecem agir como um bando de idiotas “participativos” da “grande bouffe”. Barroso já tem lugar guardado na História como um dos piores presidentes de sempre e as políticas da União Europeia – união, o que é isso? – em total ruptura com a sua essência fundadora, foram e são o falhanço do século. Mas se tudo isto aparenta ser um fracasso redundante e retumbante, talvez apenas o aparente porque, no fundo, os actores políticos, cómicos medíocres, estão a atingir os objectivos de quem os comanda (seja lá que força demoníaca e enigmática for), pois em breve terão 99% da população a dar o “coiro” para que 1% de uma elite materialmente opressora, sem rosto nem escrúpulos se sente à manjedoura de ouro ou na sanita de platina…

DR

Editorial

estive ao seu lado (Fernando Ruas) durante os últimos 24 anos e que conto com o seu apoio entusiástico”

O estado participativo? Uma sociedade participativa? Claro! Aquele(a) em que todos participaremos para cevar os porcos de Orwell. Ou seja, “O Triunfo dos Porcos” tornado realidade! Quanto à social-democracia, esta parece estar finada. Porque se na essência do nome tem a democracia social, ao renegá-la, deveria agora, coerente e assumidamente, mudar de designação para liberalismoparticipativo. Era o mínimo que a decência (?) exigiria…


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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

26 | setembro | 2013

números

estrelas

120

Académico Tondela Lusitano Cinfães

Número de pessoas presentes no Congresso Habitar [Património] Viseu. Um terço destas (40) vieram de fora.

Importa-se de responder?

Rui Macário Coordenador do Congresso Habitar [Património] Viseu

Quatro equipas de futebol do distrito passam à terceira eliminatória da prova rainha do futebol português.

Rui Macário coordenou e concretizou a vinda a Viseu de vozes com sentido neste domínio do Património.

Para mim ninguém havia de ir votar. Os portugueses deviam lembrar-se que nas últimas eleições tudo aquilo que foi dito e prometido foi uma mentira, um conjunto de promessas que nunca foram cumpridas. Penso que este domingo será igual. Quando a próxima semana começar o pesadelo dos cortes nas pensões e o aperto na vida dos portugueses voltará de novo.

Lília Martins

Carlos Correia

Desempregada

Aposentado

A importância das presentes eleições autárquicas é, infelizmente, bastante residual, muito por culpa dos intervenientes pois, na maioria dos casos, põem os interesses pessoais e partidários à frente dos das populações. Apesar de tudo, entendo que todos os portugueses deviam exercer o seu direito cívico para que as escolhas saídas deste escrutínio sejam o mais representativas possível.

Gostaria imenso de lhe responder a essa questão, mas não penso ir votar no próximo fim de semana. Contudo, considero que as eleições autárquicas merecem da parte da maioria dos portugueses uma maior atenção, pois nota-se que as pessoas votam nas figuras que sempre se destacaram pelo seu trabalho em prol de uma terra e não tanto na cor dos partidos. João Lage

José Carlos Lourenço

Treinador

Consultor Imobiliário

David Santiago

O jovem viseense, aos 16 anos, conquista o título de Campeão Nacional Iniciação Offroad.

Que importância têm para si as eleições autárquicas? Vou ser extremamente sincera consigo: desta vez não faço nenhuma questão em ir votar, uma vez que não aprecio os candidatos que se apresentam a estas eleições no concelho de Viseu. Apesar de ter fortes convicções políticas em torno de um partido, desta vez, como referi, se me deslocar até à assembleia de voto irei votar, mas em branco.

Opinião

Hugo Lopes Piloto

Ensino Benetton O ministro Crato levou ao extremo o slogan que popularizou a conhecida marca de roupa italiana. O “Todos Diferentes, Todos Iguais” que visa combater atitudes racistas ou xenófobas. Não será esse, certamente, o objectivo de Crato. Porque a institucionalização de um sistema de ensino “Todos Diferentes, Todos Iguais”, em que os “diferentes” serão c ad a vez m a i s “d i ferente s” e os “ig uais” cada vez mais “ig uais” será o resultado do revolucionário-fora-de-tempo-Crato. O esquerdismo radica l de tempos idos foi agora substituído pelo serviço a outra a gend a . É a escol h a d a v i a mercantilista do ensino, onde

ver todos como “iguais” é a garantia de que a igualdade de escolha e oportunidades são va rridas do ensino português. É a criação de um ensino por castas. Julgar que o cheque ensino perm ite ig ua ldade de oportunidades, alargando o leque de escolha das famílias, que agora podem escolher entre a escola pública e a privada, é d e u m a i n g e n u id a d e t ã o g ra nde que, não o sendo, é uma tremenda burrice. Mas Nuno Crato sabe-se, é uma pessoa culta e inteligente. O largo conhecimento astrológico que possui impede-o de não saber o que aí vem. E o que aí vem é a destruição do ensi no por tug uês ta l como

existe. Esta política de terrapla nagem mais do que uma revolução é uma reacção. Em vez dos “a m a n h ã s que ca ntam” teremos um “amanhã de silêncio”, subserviente. Uma escola privada terá de escolher entre dois tipos de alunos. O aluno de classe média-a lta ou rico, ou o a luno pobre, porque a classe média em Portugal, com este tipo de política, também já foi reduzida à pobreza de outros tempos. Entre o aluno com posses e família estável e o aluno do bairro social que, com sorte, cresceu numa família estável e com um background mínimo, a escolha parece óbvia. Resulta que na pública ficam todos aqueles ostraciza-

dos, que por serem demasiado “diferentes” se agrega m aos “iguais”. A escola pública vai passar a prolongamento dos bairros sociais onde a guetização cultural será ainda mais evidente e alargada. Esta suposta igualdade de oportunidades signif ica um retrocesso civilizacional que nos transporta para a época em que a ascensão social era impossível e a igualdade de opor t u n idades u m a utopia . Brincar aos pobrezinhos será a metáfora de um destino pilhado pela irresponsável ideologia de que Crato é fiel servidor. Crato é o ministro Benetton. O ministro dos e para os Betinhos.


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4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião

Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866 micaela.costa@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

Pedro Morgado, colaborador pedro.morgado@jornaldocentro.pt

Departamento Comercial

26 | setembro| 2013

Bloody Mondays Eu odeio segundas-feiras. Não sei bem quando começou esta relação de ódio, mas sei que não sou a única a ter tal sentimento. Toda a gente gosta das sextas-feiras e não nutre nenhum especial carinho pelas segundas…talvez seja uma consequência da Primeira Lei de Newton (ou Lei da Inércia): “Qualquer corpo permanece em estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.”; e como as

forças que nos empurram no início da semana são normalmente as da responsabilidade e obrigação, a nossa reação não é devidamente acompanhada por forças de motivação ou alegria. No entanto, quando a segunda-feira representa o reinicio de algo que nos satisfaz e do qual gostamos, podemos até sentir ansiedade pela sua chegada. Quando era mais nova sentia-me ansiosa ao Domingo, pois o dia seguinte era sinónimo de rever os amigos e voltar à escola. Mas com o tempo tudo mudou, a escola aca-

bou, os amigos vêm-se ao fim-desemana, e a segunda-feira passou a ser o dia da verdade, o dia em que a inércia tem de ser vencida e as forças têm de ser retomadas. Tudo me acontece às segundas-feiras, traçando inevitavelmente o curso de uma semana inteira, por isso tento resolver todos os problemas realmente chatos logo neste dia, para tentar fintar o sentimento de ódio e não voltar a ele na terça-feira. Desde há cerca de um ano e meio a esta parte que felizmente não trabalho à se-

só levávamos um). Cada um exorciza os seus demónios como pode. Mas, o resultado final é…ZERO. Todos pensamos que se pode alterar o estado a que chegámos por indução de outrem a ver e a vergar-se ao que se nos afigura como certo, ainda que seja, a mais das vezes uma enorme calinada. É, de facto, assim. Como se se tratasse de um rafeiro que dá o mote à matilha a que pertence ao dar o primeiro latido quando passa o “tipo da motorizada” e vai tudo atrás. Animados, até podem vir a morder as canelas do transeunte. Mas, a raiva que despejam não vai canalizada para quem os deixa abandonados

com fome e os despreza depois de uma vida em que lhes foram fiéis. E, bem sei que a analogia não será perfeita se a fizermos com os que nos governam porque, neste caso, tanta ferroada deveriam levar os anteriores (sobretudo no período de há quarenta anos a esta parte) como os vigentes, que bem se têm esforçado por não desfazer os laços que a todos une a salganhada de interesses que nos continua a dilacerar. Mas, também eu, só estou a ladrar. Por agora! Começo a interessar-me por algumas correntes (isso mesmo, correntes) que vão gerando empatias entre aqueles que acham que “já chega”.

comercial@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Opinião

Sempre se disse que: «Cão que ladra, não morde». O ladrar é uma espécie de “espanta-demónios”. Tem a mesma explicação que as têm as cantilenas que alguns miúdos usam quando instados a ir a qualquer sítio menos iluminado e o receio os motiva. Cantam para espalhar o medo. Os cães ladram numa atitude que é um misto de defesa e de aviso. E nós… pomos coisas no facebook, comentamos com amigos, criticamos tudo com os vendedores das lojas, explicamos as angústias nos balcões das finanças e das repartições (de onde sempre saímos com dois problemas quando

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

Distribuição Vasp

Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

Cão que ladra…

Opinião

E-mail

NEE – Necessidades especiais da Escola

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Internet www.jornaldocentro.pt

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

João Fraga de Oliveira Pai e encarregado de educação

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião

Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga

União Portuguesa da Imprensa Regional

“Esses alunos estão integrados na turma mas não estão. Pertencem à turma mas, na realidade, dadas as suas necessidades, não convivem com os alunos daquela turma. É mais uma questão administrativa que mais nada”. É esta a “explicação” que foi dada pelo Sr. ministro da Educação, professor Nuno Crato, quando, no significativo dia oficial de abertura das aulas no Ensino Básico e Secundário (12 de Setembro), numa entrevista à televisão SIC, foi questionado quanto à (des)organização (a)”normal” do ano lectivo, com turmas com mais de 30 alunos, alunos de vários anos em muitas turmas e, inclusive, turmas com quatro e mais alunos com NEE - “necessidades

educativas especiais”. Esta formulação (“necessidades educativas especiais” – NEE) é a adoptada por inerente legislação (e, em geral, pelo meio escolar) para designar respostas educativas especialmente diferenciadas (no sentido de positivamente discriminatórias) a garantir na Escola a alunas(os) que, objectivamente, delas carecem para (também) beneficiarem da substância dos princípios de inclusão e equidade educativa. Uma das garantias da respectiva legislação para satisfazer as NEE destas crianças ou adolescentes é, justamente, a organização das turmas: não devem ter mais de 20 alunos e, nestes, não deve haver mais de dois alunos NEE.

Todavia, provavelmente também muito por causa da concepção NEE implícita na frase do Sr. ministro da Educação, o que por aí se verifica cada vez mais é a subversão desta garantia legal, isto é, excesso de alunos com NEE em turmas já de si com um número de alunos excessivos. Isto, para além de falta de professores do ensino especial e gritante falta de auxiliares operacionais, sobretudo para darem o apoio (imprescindível e legalmente exigível) a estes alunos. Em algumas escolas, muitos desses alunos NEE mantêm-se sem aulas – não se sabe quando lhes serão concretizadas - justamente por falta desse apoio. Tudo isso se está a verificar por todo

Para mudar, é preciso falar A candidatura de Francisco Lopes a Lamego, pela coligação PSD/CDS-PP, chegou-me “aos ouv idos” v ia I nter net, qua ndo a página viral “Tesourinhos das Autárquicas” partilhou um seu vídeo de campanha. Nunca tinha ouvido falar do senhor, mas desejava ter ouvido falar dele noutras condições. O vídeo de campanha filmava uma rapariga a falar sobre a sua primeira vez, numa analogia entre a sua primeira vez

a vota r e , obv i a mente , a sua primeira vez sexual. A jovem revela que a sua primeira vez vai ser com alguém que sabe o que faz, e que é sexy: o “Engº Francisco Lopes”. As filmagens concentram-se no peito, pernas e boca. A erotização do voto é uma, entre muitas, formas patéticas de encarar o acto eleitoral, mas a erotização, a fazer-se, nunca deveria ter sido feita a partir da objectif icação e sexua-

lização das jovens mulheres, como este vídeo o fez. As jovens mulheres de Lamego merecem um pedido de desculpas por a candidatura de Francisco Lopes 2013 não as ter representado como jovens empoderadas que vão votar e escolhem o seu voto porque são cidadãs capazes de o fazer, e não porque o candidato “é sexy”. As jovens de Lamego merecem um pedido de desculpas pela sua objectificação e pela sua redu-


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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

26 | setembro | 2013

gunda-feira, por 2 razões, porque o meu karma para este dia era péssimo e porque simplesmente me podia dar ao luxo de o fazer sobrecarregando os outros dias da semana, em que a animosidade é bem mais pequena. Mas começaram a ter uma pequena grande alegria por obrigação, escrever estes artigos, e então a segunda-feira perdeu este nome e passou a chamar-se “dia de artigo”, pior me encontrei! Em dia de artigo tudo me acontece…sem particularizar eventos anteriores, focar-me-ei no de hoje. A noite de domingo é sobressaltada pelos so-

nhos em que me encontro a escrever o artigo, já houve noites em que os escrevi minuciosamente sonhando, outras em que em “sono alevantado” me revirava em reviravoltas de palavras, frases, conclusões e opiniões…mas hoje, tendo a certeza que o escrevi sonhando e alevantada, algo diferente aconteceu…quando acordei não me lembrava de uma única palavra, uma única frase, nem do título, que me lembro de o achar deveras engraçado e original! Apenas me lembrava que era sobre política local, o que era muito pouco, ou melhor, era nada! Lembrei

então que odeio segundas-feiras porque tudo me acontece, e vai daí, lancei para a tarde o desafio de arranjar algo para escrevinhar, e fui almoçar. Mas o almoço trouxe amargura, a minha avó apresentou-me ao seu pé trambolho, pois tinha caído durante a manhã, e a tarde de artigo do dia de artigo virou tarde de urgências, e o veredicto foi de pé partido. Chegada a casa a hora tardia, já quase terça-feira e não segunda, concluo que este dia em que tudo me acontece, este dia que eu odeio, é realmente o pior dia da semana, mas não o é só para mim, o sentimento de ódio ge-

neralizado pelo primeiro dia da semana é talvez a causa máxima de todos crermos que é um dia péssimo, pela razão de que já não temos vontade nenhuma de o enfrentar. É quase uma consequência cosmológica, temos tanta certeza que o dia vai ser mau, que acabamos por o tornar mau, a pouca ou nenhuma vontade de o vivermos é tão grande, que à segunda-feira tornamo-nos (a) todos mal-humorados, e qualquer coisinha que aconteça é vista como a pior que já nos aconteceu…hoje a regra manteve-se…e mais do que nunca, odeio segundas-feiras!

Por movimentos dissidentes que entendem que contra esquemas de/e gente organizada (para o mal e para alimentar a máquina mafiosa, ou maçónica, ou religiosa) só se alcança descanso quando houver outra estrutura igualmente organizada (pelo menos!) que haja, que faça, que meta mão-à-obra. Que tenda a esmagar o DNA que se estende, pandémico, a uma sociedade manietada, autista, instrumentalizada, embrutecida por décadas de discursos de mentira estudada e estruturada por Monstros colocadas nas peanhas diamantinas que todos conhecemos, a esgotar os magros dinheiros que temos de vencimentos abocanhados pelos gordos impostos que lhes dão, a eles,

sustento, mesmo sabendo da asfixia que provocam. Aqui não há esquerda ou direita. Há criminalidade organizada e branqueada pelas leis que fizeram a propósito. Há uns fazedores de opinião que vendem pentes a carecas e o futebol omnipresente, que segue desviando a atenção do essencial com os espectáculos que o povoléu adora ver para depois comentar. Mas que não é à borla. Todos pagamos, democraticamente. Mesmo quem o detesta desconta em impostos, ainda que precise de dinheiro para a taxa moderadora e não o tenha. Há, sobretudo, um banho de solução cibalina que nos vêm atirando e que nos tolda a vista e o pensamento. Estou convencido de que algo irá, forço-

samente (com propriedade assim dito) ter de mudar. E a minha esperança é a de que quem só ladra fique por casa, não estorve, não faça alarido desnecessário, nem marchas inúteis, nem cartazes com as macacadas do costume, nem apoie os mesmos de sempre. Agrada-me pensar que as pessoas podem sonhar, como eu, que um destes dias alguém, sem primeiro ladrar, dê a primeira ferradela e, sem ladridos, todos possam trocar os vírus que se instalaram, por gente escorreita, honesta, honrada, de confiança e sem sofrerem dessa “coisa” que se chama “postura politicamente correcta”. Alegra-me pensar que ainda poderemos recompensar os nossos filhos pela “malapata” que deixámos que se ins-

talasse, apatetados e paralisados, imotos e crentes, por ingenuidade, mais do que por imbecilidade, naqueles a quem a “Outra Senhora” nunca deixou pôr a “mão no bolo”. Lá saberiam porquê…! Aproveitem-se os aromas do Outono e acredite-se que a mudança pode chegar com o frio, começando neste fimde-semana, com as eleições de gente que prima por erguer mamarrachos nas rotundas, espalhar placas de micro inaugurações com os nomes de quem os promoveu e de endividar, com esse “progresso” as edilidades. Tenham dó, por favor.

o país (e muito especialmente no interior) neste ano lectivo do Ensino Básico e Secundário. As consequências estão por aí bem evidentes: desestabilização psico-socio-educativa dos alunos (mormente dos NEE mas, também, por óbvias repercussões socioeducativas, em todos os que frequentem a escola em causa) e desespero dos pais ou encarregados de educação, dos professores e das próprias direcções das escolas. Mas, sobretudo para quem é pai ou encarregado de educação de alunos com NEE, ter ouvido o que ouviu da parte do Sr. ministro é, por mais exagerada que possa parecer a palavra, aterrador, por tão desumano. O homem que con st r u iu o seu protagonismo mediático e político sobre o “O eduquês em discurso directo” degenerou para o financês e (buro)cratês em discurso indirecto?

Talvez se lhe atribua uma quota de “desculpa” pelo contexto governamental em que está inserido, cada vez mais empenhado em fragilizar (se não destruir) os Serviços Públicos, nomeadamente a Escola Pública. Mas, como pode um ministro assumir publicamente tal displicência, “mandando às malvas” convenções internacionais que são referência programática expressa da legislação portuguesa específica no domínio das NEE e do ensino especial, concretamente, para além de outras, a Declaração de Salamanca, assinada, em Junho de 1994, na Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, organizada pela ONU? Sim, especificando, como pode um ministro enganar os cidadãos com o que disse na tal entrevista televisiva, desprezando publicamente isto: “A política educativa, a

todos os níveis, do local ao nacional, deverá estipular que uma criança com deficiência frequente a escola do seu bairro, ou seja, a que frequentaria se não tivesse uma deficiência. A colocação de crianças com deficiência nas classes regulares deve constituir parte integrante dos planos nacionais que visam a educação para todos”? Como podem aquelas referências programáticas e substantivas internacionais e nacionais, pelas medidas “políticas” e restrições de meios que, centralizadoras e castradoras da (dita) “autonomia” das escolas públicas, determinam de Lisboa (Ministério da Educação e Ciência) a (des)organização lectiva e socioeducativa em cada escola, serem esvaziadas praticamente de significado? Enfim, como pode um ministro, pela projecção negativamente qualificada de quem é e do que disse, bem como do que nisso se

percebe como politicamente subjacente, renegar publicamente, não só aquelas referências legais mas os princípios de inclusão, igualdade e, sobretudo, humanidade que são imprescindíveis na Escola e, aliás, em geral, na Política? O mistificador “entendimento” do Sr. ministro sobre as necessidades educativas especiais parece indiciar que, de facto, não reconhece aqueles referenciais da Educação Especial e que, portanto, vai prosseguir com “políticas” que, na prática, renegarão a inclusão e a equidade educativa das crianças e adolescentes em causa. De facto, com esta “teoria” sobre a “integração” das(os) alunos com necessidades educativas especiais, o Sr. ministro subverte completamente o significado genuíno da sigla NEE, passando, assim, a fazê-la significar necessidades especiais da Escola. NEE.

ção a corpo e sexo. Um candidato, um autarca, tem a obrigação de ter u m a comu n icação coerente com os princípios aos quais se vincula na Democracia em que se propõe concorrer a eleições, incluindo o da Igualdade e o da não-discriminação. Como podem as jovens mulheres de Lamego sentir-se confortáveis junto do seu futuro autarca cuja campanha as assedia, sexualiza, objectif ica e menoriza a sua capacidade de exercício do voto e da cidadania? Como podem as mu-

lheres de Lamego ter confiança de que o futuro autarca terá políticas inclusivas e não machistas, se a sua comunicação de campanha fez este vídeo? Fiz estas perguntas e o meu comentário foi removido e fui bloqueada da página. A partir daí, bem, é a Internet e a guerrilha. Denunciar o caso junto de 3 ou 4 grupos e, depois disso, é ver a Internet a fazer o resto. O vídeo foi retirado depois de algumas horas, quando a pressão já era tão grande que os gesto-

res da página já não conseguiam, com certeza, bloquear toda a gente, como começaram a fazer. Enviei email para a campanha, para o PSD Lamego e, como eu, muitas pessoas o fizeram. A candidatura não fez o pedido de desculpas público às jovens mulheres de Lamego e, em vez disso, lançou, dias depois, um vídeo supostamente semelhante, com um rapaz, com a devida modif icação da vestimenta e do texto mas, ainda assim, com o tal toque erótico

que, devem ter pensado, era o que aborrecia tanta gente. O que prova, mais uma vez, que as nossas élites políticas, desde as militâncias de base até ao topo, estão muito mal prepa radas pa ra def i n i rem políticas públicas inclusivas e Democráticas. Está a chega r o Domingo que tem a capacidade de tudo mudar e que, regra geral, deixa f icar tudo na mesma. Não calar sobre o que está mal é o primeiro passo para a revitalização da Democracia.

Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


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abertura

textos e fotos ∑ Pedro Morgado

Um olhar sobre “nós”

Recuperado, em ruína, classificado, ainda por descobrir ou por classificar, estas são algumas das realidades a que o nosso património está votado. Contudo, a ideia de património apenas pode existir “quando um indivíduo ou um grupo de indivíduos identifica como seus um objeto ou um conjunto de objetos”. Esta frase de Josep Ballart Hernández, reputado professor da Universidade de Barcelona torna-se cada vez mais atual e pertinente, face ao cada vez maior interesse do público. E não é uma realidade que apenas congrega os especialistas ou aos estudiosos em busca de respostas mas também, e sobretudo, gentes anónimas e turistas que descobrem em cada igreja, a cada solar, em velhas estações ferroviárias uma razão para sorrir. A Cava de Viriato, a Sé de Viseu, o edifício do Antigo Seminário, as muralhas e as portas antigas da cidade são alguns dos 39 exemplos desta “riqueza” que Viseu, segundo o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), tem para oferecer na categoria de patri-

mónio imóvel às suas gentes e a todos quantos a visitam. Mas, sabemos, o património é também muito mais do que apenas esta visão redutora que somente busca o material: a montante de toda esta criação edificada existe ainda o património ambiental ou natural e o cada vez mais na “moda” património cultural. Longe dos critérios jurídicos e das políticas comuns, todos eles retratam e espelham algo maior, no caso de Viseu, a própria identidade dos viseenses. Conhecer estas gentes implica também conhecer a sua história, exige conhecer a cidade, os seus espaços e os seus agentes. Tudo isto esteve em destaque no congresso Habitar [Património] Viseu: uma infindável “viagem” que guiou os presentes da época castreja até à modernidade, até ao passado fim de semana, onde se fez luz, onde a cidade percebida mudou. O congresso Habitar [Património] Viseu. Congresso, dia número um: o Projeto Património, a Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), a Universidade Católica Portuguesa – Centro

Regional das Beiras (UCP) e o Museu Grão Vasco, em parceria, transformavam aquela que podia ser uma normal sexta-feira no ponto zero de um evento com lotação esgotada onde iria ser discutido e feito o ponto da situação quanto à investigação cientificamente estabelecida e comprovada sobre a cidade, conforme realçaria Rui Macário. “Foi intenção, neste momento, abarcar um pouco da história da cidade apresentando alguns elementos que são relativamente novos e, quando digo “relativamente” quero dizer que alguns deles são ainda desconhecidos do público embora sejam recentes e tenham tido algum tipo de abrangência”, disse. Depois da sessão de abertura à qual não faltaram muitos dos representantes das instituições que no diaa-dia constroem aquilo que é hoje a cidade, a comunicação “História(s) da cidade e património urbanístico em Viseu, do Passeio Público oitocentista à acção da Comissão de Iniciativa e Turismo”, sob a batuta de Luís Fernandes, docente da Universidade Católica Portuguesa, marcava o arranque de uma iniciativa que de-

ambulou entre muitos “passados” e vários presentes. Assim começava uma ação que Rui Macário, coordenador do Projeto Património, classificaria mais tarde como o resultado do trabalho de parceria realizado nos últimos anos e, a “única” forma de Viseu se associar às Jornadas Europeias do Património. As Jornadas Europeias do Património, que decorreram em todo o país de 20 a 22 de setembro sob o mote “Património/Lugares”, são um conjunto de iniciativas e visitas guiadas que procuram sensibilizar os cidadãos para a importância da proteção do património. “Surgiu a oportunidade de, em torno de uma data especial - as Jornadas Europeias do Património e àquilo que tem sido um conjunto de atividades já feito noutros anos, propor uma atividade integrada, num formato que, podendo ser uma apresentação relativamente calma de determinadas temáticas, procura vincular e transformar um conjunto de intervenções naquilo que são as práticas ou as visões mais recentes sobre determinados aspetos do património”, salien-

tou. Logo depois de Luís Fernandes, a intervenção de Liliana Castilho, docente da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), centrava o seu olhar sobre a “História e morfologia urbana da cidade de Viseu na época moderna”. Sobre esta escolha de factos, esta visão diacrónica, Rui Macário destacaria mais tarde a sua visão daquilo que todas as intervenções deste congresso tinham em comum: a solidez dos dados apresentados. “Os investigadores apresentaram, dentro de cada um desses períodos, no Contemporâneo, na Idade Moderna, na Idade Média e na Antiguidade, algo que é novo ou que é inovador ou, se não é novo, que prima pela novidade: uma reinterpretação de algum critério que, aliado ao seu percurso pessoal, todos investigadores credenciados, introduz uma nota de solidez às conclusões apresentadas” frisou. No Museu Grão Vasco, a tarde do primeiro dia do congresso Habitar [Património] Viseu terminou com uma visita guiada subordinada ao tema “Viseu

Moderna e Contemporânea”. Houve ainda tempo para a apresentação do pack Viseupédia, em parceria com a Expovis, no Museu da Electricidade situado no recinto da Feira de S. Mateus, conforme disse a este jornal Rui Macário, destacando a importância de todas as entidades envolvidas. “Como é necessário que todos façam a sua parte e como é impossível fazer isto sem que haja este tipo de colaboração, para lá da organização, a Expovis teve um papel fundamental para que a apresentação do pack Viseupédia na Feira de S. Mateus tivesse lugar, os parceiros de média, independentemente de todos aqueles que se disponibilizaram a fazer a divulgação, o reencaminhamento e as menções que agradecemos, houve dois parceiros média que foram fundamentais: o Jornal do Centro e o Pporto dos Museus. Congresso, dia número dois: ainda não tinham passado 12 horas desde a despedida e já Teresa Cordeiro, docente da ESEN, ligava de novo a máquina do tempo, próximo destino: “Viseu nos séculos XVI e XVII: identidades e mobilidades


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HABITAR [PATRIMÓNIO] VISEU | ABERTURA 7

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em contexto de fronteira”. Chegados ali, a docente partilhou a sua visão de como a cidade de Viseu recebeu os cristãos novos vindos de Castela nos finais do século XV, os acolheu entre si, na Rua Direita, na Rua das Ameias e na Rua D. Hilário e os viu partir sob o jugo do “Santo Ofício” (a Inquisição). E se há temas que podem prender o auditório, com maior atenção como é o caso da Inquisição, também perceber o porquê do modelo adotado (congresso) se tornou imperioso. Perguntámos, o coordenador do Projeto Património respondeu. “E m vez de fa zermos isto num modelo de conferência ou num modelo um bocadinho mais diferenciado, optámos pelo congresso porque, precisamente, nos permitia sincronizar ou seja permitia a inclusão destas temáticas num movimento síncrono, num mesmo dia ou num mesmo conjunto de dias, e apresentar as várias etapas da evolução histórica da cidade quando, não podemos esquecer, vivemos o dia da cidade (21 de setembro)”, salientou. Outra questão que prendeu as atenções neste Congresso Habitar [Património] Viseu ao perscrutar a vida dos membros da igreja foi a comunicação de João Nunes, docente da ESEV, subordinada ao tema “O disciplinamento clerical no contexto do renovatio tridentina: a “domesticação” do cabido de Viseu” que, ao explicar a transformação da vida do cabido sob a influência dos bispos de Viseu, encerrou a manhã de sábado. A tarde ficou a cargo de Manuel Luís Real, investigador do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM) e de Catarina Tente que dinamizaram o painel Viseu Medieval e duas visões diametralmente opostas no tempo: a comunicação do arqueólogo Pedro Sobral subordinada ao tema “as entranhas da cidade de Viseu: as origens do urbanismo” e a apresentação do arquiteto Gonçalo Byrne, docente da Universidade Católica Portuguesa, “Viseu na transição dos séculos XX para XXI, o programa polis”.

A Gonçalo Byrne, arquiteto e docente da Universidade Católica Portuguesa

Por onde passa o futuro da cidade Comolêaformacomoacidade integrou os seus arrabaldes?

Em primeiro lugar gostaria de referir que este processo que aconteceu em Viseu, teve lugar em todas as cidades portuguesas, na Europa e mesmo no mundo. Teve a ver sobretudo com o período do pós-guerra e com uma economia em franca expansão. O que acontece é que, normalmente, são processos pouco controlados à partida o que os transforma num crescimento desordenado, sobretudo em Portugal onde não há tradições como há no centro e no norte da Europa principalmente naquilo que diz respeito à existência de uma escola de urbanismo e de uma gestão urbana, Normalmente, se repararmos, os países do sul da Europa têm sempre maiores dificuldades e Portugal não foge à regra. O que acontece é que este fenómeno tem muito de espontâneo para não dizer de especulativo e só a partir de um dado momento é que ele começa a ser enfrentado do ponto de vista do planeamento. Por aquilo que eu conheço do que se fez em Viseu, a Câmara, pois trata-se claramente de uma área metropolitana, está plenamente consciente e, em minha opinião conhecendo outras cidades com esta dimensão em Portugal, acho que Viseu tem uma reação muito interessante. Muitas vezes diz-se a brincar que Viseu inventou as rotundas mas, no meu entender, esta foi uma aquisição muito positiva quando atendemos em especial ao caso desta cidade. Já o não será decerto noutros pontos do país. Toda a visão que houve em Viseu sobre a forma de fazer os anéis de ligação e das acessibilidades, em minha opinião constituiu um ato urbanístico importante para começar a ligar com as periferias e começar a estruturar a relação com as periferias. Praticamente a urbanização depende das acessibilidades e, portanto, intervindo nas infraestruturas é um primeiro passo para

controlar o fenómeno e isso, em Viseu, existiu: há uma visão e há uma implementação muito forte que funciona bastante bem. Como exemplo disso posso referir toda aquela tangencial que passa ali junto ao novo hospital que, se calhar, foi pensada à frente do tempo mas a verdade é que o planeamento é isso mesmo: saber prever e saber fazer. Para agarrar este fenómeno de uma expansão que é muito espontânea, muitas vezes até marcada por aspetos de clandestinidade e de especulação, o intervir nas acessibilidades torna-se fundamental. Eu acho que hoje em dia Viseu tem uma capacidade de gestão urbana e uma atenção relativamente exemplar no contexto nacional. Destacou a Cava de Viriato como um espaço que pela sua natureza e características faz parte da impressão digital da cidade. Porque considera que o futuro de Viseu está ligado ao futuro da sua Cava?

Escolhi a Cava de Viriato porque fui o autor do projeto e, portanto, conhecia bastante bem a situação mas, destaco, não foi só por isso. De facto, eu acho que quando comparamos por exemplo a Cava de Viriato com a Sé de Viseu, aquilo que eu chamo a acrópole da cidade de Viseu, eu acho que esta parte da cidade, o centro histórico, apesar de apresentar alguns problemas, têm edifícios abandonados, há uma parte que está vivíssima na acrópole da Sé. Esta zona da cidade, quer do ponto de vista patrimonial, quer do ponto de vista da vivência atual, ela tem um sucesso incrível. Não é, de todo, uma área problemática. É uma área que é completamente auto-sustentável pese embora o facto de os problemas existirem ainda: o caso da Rua Direita, no centro antigo, onde há esses problemas que resultam do abandono da população que foi viver para a periferia, do abandono a que foram votadas as casas aqui porque não têm estacionamento, existem ruas onde os automó-

veis passam mal e onde não existem garagens. Mesmo assim, destaco o facto de a Câmara ter construído alguns parques de estacionamento, nomeadamente o silo auto na Santa Cristina, que são muito importantes para os moradores que não conseguem ter um local de estacionamento perto de casa. A criação de infraestruturas são, também, muito importantes para a consolidação e para a revitalização do centro histórico. No que concerne à Cava de Viriato, saliento a construção do seu centro interpretativo como um dos aspetos que se reveste da maior importância quer a nível da cidade quer também no papel de relevo que a cidade quer ter a nível da Península. Aquilo que se dizia lá dentro, o potencial turístico da Cava está, na minha opinião, completamente por explorar. E ele é muito grande. A relação que se estabelece entre o vazio (Cava de Viriato) e o cheio (centro histórico) é muito interessante e deve ser encarada pela cidade como um elemento de promoção. Acompanha a crítica da cidade ao Mercado 2 de Maio?

Eu acho que aquilo que é hoje o Mercado 2 de Maio não é uma opção apenas da arquitetura. É uma questão que está intimamente ligada também ao uso das lojas pois, se repararmos, o patamar superior do mercado onde estão localizados os bares tem uso. O problema está no de baixo e isso, tem uma explicação: é muito difícil criar uma zona com a vitalidade que tinha o mercado (que normalmente são as zonas mais vivas de qualquer cidade), é muito difícil criarse uma zona viva, quando ao seu lado instalamos uma retrosaria já com uma data de anos em cima, ou seja, as pessoas não vão lá. É, no meu entender, sobretudo um problema de programação,umavezqueconsidero que o sítio onde está, mesmo junto ao cento, é fantástico.

A Rui Macário, coordenador do Projeto Património

O Balanço Quais os critérios subjacentes à escolha do painel de oradores e da linearidade das intervenções?

A ideia subjacente era apresentar uma visão da cidade de Viseu e, portanto, uma visão diacrónica, ao longo do tempo, dentro daquilo que fosse possível quando, refiro, retirámos um talhão muito importante - o da baixa Idade Média: o período compreendido entre a fundação da nacionalidade até ao final da baixa Idade Média por circunstâncias várias. Circunstâncias de tempo, circunstâncias de clareza quanto às investigações feitas. Estão a ser preparadas investigações que trarão muitas novidades quanto à Idade Média e quanto a esse período e, como foi referido, este será apenas o primeiro momento. Esperamos, ciclicamente, apresentar novos congressos Habitar Viseu. A ver vamos. Mas, para já, algumas das investigações tinham necessidade de ser apresentadas e esse foi um dos critérios fundamentais: investigações que fossem recentes, podiam não ser de ontem mas tinham que ser recentes. O papel do arquiteto Byrne, por exemplo, não sendo um investigador credenciado, é um interventor da cidade quando, ao mesmo tempo, é um docente universitário. É alguém que na própria cidade de Viseu teve essa obrigação natural de, para intervir, ter de fazer essa recolha ao tempo em que fez essas intervenções. É importante, também, que quando há uma intervenção seja dado palavra a quem a faz para que, de um modo ou de outro, possa explanala sem intermediários.

Considera que a lacuna existente que permitiu a realização de um evento deste tipo devia ter sido, em tempo, identificada pelas entidades públicas desta cidade?

Todas as entidades que existem na cidade têm, de um modo ou de outro, trabalhado a questão patrimonial. A questão sobre se trabalhamos todos na mesma atividade ou, se todos concordamos com todos os passos ou não, transforma-se numa questão bem mais complicada. A questão da projeto Património em concreto foi trabalhar com um conjunto de parceiros com os quais já tinha trabalhado, com os quais tinha algum grau de ligação, mas, quero reiterar, onde a projeto Património é apenas parte desta organização. A partir do momento em que existe uma iniciativa que tem um conjunto vasto de pessoas ou entidades a colaborar, a iniciativa passa a ser de todas aquelas que verdadeiramente contribuem para ela e, portanto, a questão de quem disse a primeira palavra ou fez o primeiro telefonema acaba por ser indiferente. O que é um facto é que há um congresso Habitar [Património] que foi organizado por essas quatro entidades nestas circunstâncias: cada uma delas teve um papel. A questão é, assim, simples. Quatro foram suficientes, cinco poderiam ter trazido algo mais, seis eventualmente mas, quatro foram suficientes. A nível de público, a nível da qualidade das apresentações, a nível de interação das pessoas que nela participaram e onde os objetivos foram claramente cumpridos.


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à conversa O ano letivo 2013/2014 arranca com novas realidades, mas também com novas preocupações nas escolas. À conversa com o Jornal do Centro, os diretores dos Agrupamentos Zona Urbana de Viseu, Inês Campos e Escolas Viseu Sul, João Caiado, e os diretores das Escolas Secundárias Alves Martins, Adelino Azevedo Pinto e Viriato, Carlos Alberto Oliveira confirmam essas novas realidades, e lançam desafios para uma mudança também na educação.

“O Agrupamento de Escolas Zona Urbana foi o mais procurado”

No que diz respeito à Grão Vasco, o que se verificou no número de alunos?

H o u v e u m a rentabilização, ou seja, tivemos que fazer junção

de turmas porque neste momento a escola sede já tem 45 turmas, o próprio espaço físico já não permite e a tutela também deu indicações de que não se podem ultrapassar os números estabelecidos, daí haver reajustamentos. Mas o que se reduziu em algumas situações cresceram noutras e por isso está equilibrado. No 2º ciclo temos 390 alunos e no 3º 616, o que dá um total de 1006 alunos, cerca de 200 alunos a mais que no passado ano letivo. Neste arranque de ano

letivo sentiram-se dificuldades?

As maiores dificuldades, e as coisas ainda não estão estabilizadas, tem a ver com o número significativo de crianças com necessidades educativas especiais, algumas delas que requerem um apoio e acompanhamento constante. Requerem ainda um conjunto de técnicos especializados que a escola no seu quadro de docentes não tem. E não nos podemos esquecer que somos uma escola bilingue de referência. Por isto tudo, e quando os recursos são poucos, é di-

“Ao olhar para a base de dados encontrei já muitos pais desempregados. Isso vai trazer outro tipo de problemas à escola” As direções das escolas têm transmitido algumas preocupações no arranque deste ano letivo. Tem alguma preocupação em particular?

Neste momento, o que nos está a preocupar são as AEC (Atividades de Enriquecimento Curricular), tudo o resto está a decorrer com normalidade. Para dar uma ideia, temos mais de mil candidatos [para oito necessários no agrupamento] e só para validar estes candidatos a escola vai demorar mais de 30 horas. É um constrangimento no agrupamento?

Muito grande. É uma exigência maior (em anos anteriores a seleção dos professores para as AEC era da responsabilidade das câmaras municipais) e os recursos que temos são os mesmos.

mas mas, aumentámos a oferta em termos de percursos diferenciados. Temos alguns alunos com dificuldades em acompanhar o percurso normal e criámos um curso vocacional na Escola de Silgueiros e um curso de percursos curriculares alternativos. Criámos ainda um curso de educação/formação de pintores de construção civil a funcionar em Paradinha. É o fim de linha, para alunos com mais de três reprovações, que correm o risco de abandonar a escola, sendo esta é uma forma de evitarem o abandono e terem outro curriculum, em que as exigências não são tão grandes. Trata-se de uma parceria com a Segurança Social e o Ministério da Educação, que nos leva a descobrir onde há miúdos em abandono e chamá-los para esse curso.

A diminuição de duas turmas no agrupamento leva-o a fazer alguma leitura este ano?

O abandono escolar é uma preocupação deste ano?

Diminuímos duas tur-

Não. É uma preocupa-

ção antiga. Fomos das primeiras escolas a ter os CEF (Cursos de Educação e Formação). Criámos um PCA (Percursos Curriculares Alternativos) em Paradinha para alunos que não conseguiam completar o 1º Ciclo, permitindo que pudessem evoluir. O balanço é sempre positivo, se evitarmos que três ou quatro alunos abandonem a escola já é muito bom. Mas houve uma quebra do número de alunos?

Sim, perto de 200 alunos em todo o agrupamento. É significativo?

É um primeiro sinal. Daqui por uns anos pode refletir-se no encerramento de infantários e escolas do 1º Ciclo. Valeu a pena a criação dos “mega agrupamentos” em que o Agrupamento de Escolas Viseu Sul, sedeado na Escola EB 1,3 Infante D.

fícil de gerir.

Expetativas para este novo ano letivo?

Após uma fase de transição, onde se prestou especial atenção à componente administrativa,

queremos a partir de agora começar a trabalhar a componente pedagógica, o que leva algum tempo. Este é o desafio para os próximos anos. Micaela Costa

Micaela Costa

Extremamente positivo. O Agrupamento de Escolas Zona Urbana foi o mais procurado, ao todo temos 2755 alunos. Também é preciso dizer que todas as escolas estão na malha urbana da cidade e isso ajuda na procura. Tem havido também um esforço por parte da autarquia e da escola no sentido de aumentar o número de escolas de 1º ciclo que oferecem um regime normal, isto porque nos apercebemos que, por força das circunstâncias e familiares, é rentá-

vel para os pais terem os filhos no mesmo local e não terem que se deslocar para um ATL. A escola da Avenida [obras inauguradas no passado dia 16] é um exemplo desse trabalho que queremos desenvolver, foram criados espaços para a alimentação das crianças, espaços para que possam usufruir, mesmo quando está a chover.

A Inês Campos, diretora do Agrupamento de Escolas Zona Urbana de Viseu

Henrique em Repeses, passou a juntar 26 escolas do préescolar, 1º, 2º e 3º Ciclos?

Em penso que foi uma medida mais economicista, porque em termos pedagógicos não sei se ganhámos muito. Trabalhamos para que seja uma só realidade, mas isso requer muito mais trabalho. Como vai ser este ano letivo?

Vamos ter situações novas com as quais não esperávamos, mas vamos ter de as enfrentar. Está a falar da nova realidade social e económica das famílias?

Há pouco estava a olhar para a base de dados e encontrei muitos pais desempregados neste universo de [2.058] alunos. Detetei já cerca de 250 pais desempregados. Isso vai trazer outro tipo de problemas à escola em que vamos ter que estar muito atentos e preparados para prevenir.

Emília Amaral

Relativamente ao ano passado que balanço faz?

A João Caiado, diretor do Agrupamento de Escolas Viseu Sul São desafios novos com que as escolas não estavam habituadas. E penso que irá atingir proporções preocupantes. As escolas estão alertadas para que nos seja transmitido qualquer sinal que surja, nomeadamente de pobreza e de alguma fome. Já detetaram casos concretos de fome?

Neste momento ainda

não, mas prevemos que possa vir a acontecer. O que costuma dizer aos pais, professores e funcionários nesta altura do ano?

Costumo deixar uma mensagem de esperança, dizendo que tudo faremos para que os filhos sejam felizes no nosso agrupamento. Emília Amaral


À CONVERSA 9

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“Manter os alunos motivados e que não desistam de tirar um curso superior é um novo papel das escolas” Quais as expetativas para o ano letivo que acaba de arrancar?

A grande expetativa é continuar a fazer um bom serviço público de educação que é aquilo que a escola tem tentado fazer, com exigência, com rigor e temos um bom feedback por parte dos alunos. O que é para si um bom serviço público de educação?

Já temos boas condições, com a escola completamen-

te equipada, e com a noção de que há escolas que não as têm. Temos alunos motivados, conscientes de que a motivação é uma das novas missões da escola. Ela já deveria existir anteriormente, mas agora com os problemas conhecidos a nível social e económico, o professor tem um papel fundamental de motivar os alunos para tirarem o curso superior, senão estamos a hipotecar uma ou duas gerações. A nova realidade nas esco-

las prende-se exatamente com a necessidade de se ser bom aluno para tirar um curso superior. O facto de apenas 42% dos alunos que concluem o secundário seguirem os estudos superiores é um número preocupante?

É dramático. A Escola [Secundária Alves Martins] não faz parte desses números, podemos apontar para cerca de 90%, mas a nova função dos professores é dar um enfoque muito grande nesta motivação, aos alunos numa primeira instância, mas também aos pais.

Emília Amaral

Como é que se transmite essa motivação num país em crise?

A Azevedo Pinto, diretor da Escola Secundária Alves Martins

A Carlos Alberto Oliveira, diretor da Escola Secundária Viriato

Micaela Costa

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Jornal do Centro

Expectativas para este novo ano letivo?

passado, como analisa o número de alunos?

Que decorra sem percalços e problemas, quer de funcionamento, quer disciplinar e que fundamentalmente cada um saiba ocupar o seu lugar: alunos, professores e funcionários. Queremos continuar a incutir a responsabilidade e o respeito mútuo.

Perdemos alguns alunos, por razões óbvias. Há uma variável que decorre da localização da escola, grande parte dos alunos da zona sul e norte nascente do concelho têm problemas de transportes, questão que eu tenho colocado no concelho municipal de educação, nomeadamente à autarquia, porque a falta de transportes

Comparativamente ao ano

Através de uma conversa com os alunos de uma forma muito franca, pragmática e simplificada, explicando-lhes que, em termos futuros, têm mais hipóteses de arranjar um emprego tirando um curso superior. É uma ferramenta de trabalho da qual irão usufruir.

Aí entram os pais e a realidade do país, da falta dinheiro nas famílias. Acha que a diminuição do número de alunos no ensino superior tem a ver com as dificuldades financeiras que Portugal atravessa ou também com os maus resultados na matemática, no Português, etc.?

A maioria dos alunos podia entrar no ensino superior. Mas estes alunos vêm ao pai, o irmão, o amigo, o tio, ou o vizinho do lado, todos com curso superior e desempregados, e levantam a questão: para quê? Depois surge o problema económico. Um aluno de Viseu que ambicione ir para Coimbra, para o Porto ou para Lisboa tem grandes despesas. A Escola Alves Martins tem ações de sensibilização para levar os alunos a candidataremse ao ensino superior?

Todos os anos fazemos uma feira de vocações em que convidamos as várias instituições de ensino superior e tentamos dar-lhes a noção de todos os cursos

que existem a nível nacional. Alem disso, temos uma psicóloga a tempo inteiro, o que é uma mais-valia.

O que leva a escola a interessar-se tanto por colocar alunos em medicina?

Digamos que é a pedra de toque que dá visibilidade à escola, mas tenho que destacar os alunos de outras áreas, porque houve alunos com média superior a 18 que tinham nota para entrar em medicina e não entrarem. Um aluno entrou para engenharia aeroespacial com 19,8 - ainda não consegui confirmar, mas deve ter sido o melhor aluno a nível nacional -, terminou o secundário com média de 20 e com os exames ficou com 19,8. Temos um outro aluno com média de acesso de 19,5 e escolheu direito na Universidade Nova de Lisboa. Realçava ainda vários que tinham média para entrar em medicina e escolheram farmácia e engenharias, um deles escolheu entrar em cinema com uma média supe-

rior a 18.

Alguma receita para estes resultados acima da média nacional na vossa escola?

Alunos motivados, organização, clima de rigor e exigência por parte do corpo docente, que tem que estar também motivado. Depois, temos a vantagem de oferecer as quatro áreas de formação do secundário: nove turmas de artes, oito de economia, 12 turmas de humanidades, as ciências e ainda temos este ano uma turma do profissional. Tratou-se de uma aposta através de um protocolo assinado com a SIC. Qual a maior preocupação para este ano letivo?

Manter os alunos motivados e que não desistam de tirar um curso superior. Esta mensagem é a minha grande preocupação, porque é um novo papel das escolas que até aqui não era necessário. Emília Amaral

“A falta de transportes não permite que os alunos escolham a escola onde querem continuar a estudar” não permite que os alunos escolham a escola onde querem continuar os estudos. E claro que a demografia é outra condicionante, para além da distribuição complicada dos alunos. Temos o exemplo do Viso que tem alunos de 7º ano a mais e que por decisões superiores não vieram para a nossa escola. Temos menos duas turmas de 7º ano e que se deve a uma falta de visão da própria direção regional. Mas falando de números, temos este ano 780 alunos, 185 do 3º ciclo, 343 do ensino secundário e 252 no ensino profissional. No geral, menos cerca de 100 alunos que no passado ano letivo.

associação, onde têm 12 turmas de 3º ciclo e para além disso há mais nove turmas no Colégio da Via Sacra e é óbvio que enquanto os contratos de associação existirem vamos continuar a ter problemas. E por outro lado, apesar de no ano passado termos sido considerada a escola com melhor avaliação externa, não se tem verificado uma relação causa efeito. E acabámos por perder cerca de 100 alunos, com maior incidência no 7º ano. E aqui houve claramente mão externa, posso dizer que houve encarregados de educação a perguntar se esta escola ia fechar.

Dequeformaéquesepodedar a volta a este tema?

Sente que essas são algumas das maiores dificuldades da escola?

Temos que perceber que ainda há outro fator condicionante. Temos a montante um agrupamento de escolas e uma instituição privada. E os contratos de

Em certa parte, sim. Depois temos outra questão, a escola esteve para receber obras, mas com o aparecimento da Parque Escolar acabámos por ser prejudica-

dos e não podemos fazer as obras necessárias e isto também é um ponto negativo, quem vir a escola só pelo exterior não lhe dá o devido valor. No interior, os alunos têm as condições necessárias. Os alunos do 3º ciclo têm salas de estudo, com grande capacidade de resposta, onde são acompanhados pelos professores das disciplinas, temos laboratórios e salas equipadas com quadros interativos, muito antes das outras escolas os terem adquirido. A biblioteca tem ótimas condições e com qualidade para dar o melhor ensino aos nossos alunos. E por fim, o calcanhar de Aquiles, o pavilhão desportivo, onde já tínhamos tudo tratado com o Ministério, através da direção Regional de Ensino e com a autarquia e mais uma vez a Parque Escolar voltou a deitar tudo por terra. Qual foi a taxa de colocação no ensino superior?

Dos 102 candidatos foram colocados 98, dá uma taxa de 96 por cento, dos quais 67 por cento em primeira opção [dos 78 alunos da área das ciências, seis foram colocados em medicina]. Esta é uma escola conhecida pela aposta nos cursos profissionais…

E relativamente a isso temos tido grandes resultados, é sem dúvida uma aposta ganha. No que diz respeito à escolha da oferta, ao longo destes anos, temos respeitado o meio envolvente à escola, a oferta não é repetitiva (à exceção do Animador Sociocultural). Felizmente não temos problemas em inserir os nossos alunos nos estágios e muitos acabam por ficar dado o sucesso e o empenho que demonstram. Temos até casos que acabam por enveredar pelo ensino superior para valorizarem conhecimentos. Micaela Costa


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região

A Filipe Lopes é dinamizador do projeto de sensibilização dos reclusos para a importância da leitura “Palavra Chave” é nome do projeto que vai levar a Lamego uma ação de formação destinada a encontrar voluntários que queiram desenvolver projetos de intervenção no estabelecimento prisional local, mostrando como usar os livros e a leitura para apoiar o processo de reintegração social dos reclusos. A Biblioteca Municipal de Lamego, em parceria com a Direção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais, promove esta iniciativa, nos dias Publicidade

11 e 12 de outubro. “Apesar do crescente número de voluntários que dão o seu contributo nas prisões, continuam a ser notórias as diferenças existentes no país, visto que as regiões do interior contam com um número mais reduzido deste tipo de contributos, face aos grandes centros urbanos”, adianta a autarquia numa nota à imprensa. Concebido e dinamizado por Filipe Lopes, “Palavra Chave” pretende encontrar quem tenha disponibilidade e interesse em desenvolver estas ações em cinco cidades, até março do próximo ano: Lamego, Bragança, Elvas, Grândola e Ponta Delgada. Trata-se de uma das iniciativas vencedoras do programa EDP Solidária 2013, que pretende “sensibilizar cerca de 120 reclusos para a importância do livro e da leitura”, podendo ultrapassar os 350 presos com a realização de outras atividades decorrentes dos projetos que serão apresentados na formação. EA

INCÊNDIOS

DR

DR

Lamego adera ao “Palavra Chave”

A A possibilidade de Almeida Campos assumir funções está posta de parte

Nomeação de comandante nas mãos do novo executivo Viseu ∑ Polícia Municipal sem comandante desde junho Chegou a ser indicado o nome do antigo segundo comandante da PSP de Viseu, Almeida Ca mpos, mas a nome aç ão ac abou por não se concretizar e a Polícia Municipal de Viseu (PMV) está sem comandante desde jun ho, depois da sa ída de Horácio Carvalho para a PSP da cidade da Guarda, ficando assim adiada a escol h a do f ut u ro com a nd a nte pa ra o novo executivo. O vereador do pelouro da Polícia Municipal da Câmara de Viseu, Herm ín io M aga l h ães conf i rmou ao Jorna l do

Centro que Almeida Ca mpos era o nome indicado pela autarquia, mas o facto de esta r aposentado da PSP “obrigava a uma autorização especial” da t utela “o que era muito complicado”. Hermínio Magal h ães con sidera , no enta nto, que a ausência do comanda nte nos últimos quatro meses não c au sou “qu a i squer p r o bl e m a s , a c h e fe [Cristina Lourenço] está a acompa n ha r normalmente toda a atividade diária”. Ao contrário do que era esperado, o vereador avança que

“não fa zia sentido n o m e a r o n ov o c o m a n d a n te e m f i n a l de m a ndato”, f ica ndo a de c i s ão pa ra a nova ad m i n istração da Câmara de Viseu, q u e ve n c e r a s e le i ções do próximo domingo. O quad ro de efe t ivos d a PM V, c r i ado em 2 0 04 com 2 0 agentes (sem contar com o coma nda nte e a chefe), está at ua l mente redu z ido a 1 4 agentes , m a ntendo as instalações numa ala do pavilhão Multiusos. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Viseu. Um bombeiro ficou ferido com gravidade durante o combate ao incêndio que deflagrou no domingo, em Nesperido no concelho de Viseu. Seg u ndo o Com a ndo Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, o bombeiro da corporação de Penalva do Castelo sofreu queimaduras em cerca de 40 por cento do corpo, tendo sido transportado de helicóptero para o Hospital de Coimbra. Tratou-se de mais um incidente, num ano em que os incêndios já provocaram nove mortes e dezenas de feridos em todo o país. EA

FISCALIZAÇÃO Viseu. Uma ação de fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos distritos de Coimbra e Viseu levou à detenção de dois indivíduos e a instauração de contraordenações a entidades patronais que empregavam trabalhadores em situação ilegal. A ação identificou três dezenas de cidadãos estrangeiros, tendo sido detido um cidadão estrangeiro pela prática do crime de violação de interdição de entrada e um outro por permanência ilegal em Portugal, de acordo com informações do SEF. EA

VANDALISMO Viseu. A escultura do escritor Aquilino Ribeiro situada na Rua Formosa, em Viseu, foi vandalizada com ácido, seis dias após a sua inauguração. Os jornais diários citam o escultor Yuraldi Rodríguez Puentes que confirmou que o ato de vandalismo deixará “marcas para sempre” no bronze. EA



Jornal do Centro

12 REGIÃO | CARREGAL DO SAL

26 | setembro| 2013

Opinião

De agricultura muito se faz e fala Rui Coutinho

Arquivo

Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

A Primeira fase de intervenção da Casa do Passal corresponde aos trabalhos de cobertura do edifício

Casa do cônsul de Bordéus finalmente recuperada Projetos ∑ Pacote de três milhões para intervenções na região Centro engloba também Sé de Viseu A casa de Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal vai finalmente ser recuperada. Uma luta de anos para restaurar o edifício degradado que guarda memórias do cônsul, natural de Cabanas de Viriato, que durante a Segunda Guerra Mundial passou o visto a mais de 30 mil pessoas, permitindo que conseguissem fugir aos terrores do Holocausto. A conhecida Casa do Passal integra o pacote de oito projetos de recuperação de património na região Centro, três dos quais inseridos no programa Rota das Catedrais, entre elas a de Viseu. O restauro da Casa do Passal deverá começar ainda este ano. Trata-se de uma primeira fase do projeto que corresponde aos trabalhos de cobertura do edifício e a retirada das águas pluviais para o exterior, evitando assim infiltrações no interior da estrutura, no valor de 360 mil euros. O presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Atílio Nunes era um homem satisfeito no final da apresentação dos projetos, na Sé de Viseu

numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. “A primeira fase será o arranque para não deixar que a casa venha abaixo e continuar as obras. A intenção é que seja um espaço de cultura aberto”, acrescentou o autarca. A “obrigação” de recuperar a Casa do Passal pelo seu valor histórico e “moral” foi uma ideia defendida pelos presentes. O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Pedro Saraiva foi mais longe: “Não me sentiria confortável se não tivesse tido hipótese de resolver este problema com o atual autarca em funções, porque me envergonho quando vou à Casa do Passal e me pergunto que raio de sociedade somos nós que coletivamente não consegue encontrar soluções para evitar a degradação de património com estas caraterísticas?”.

Sé de Viseu. Os projetos apresentados pela Direção Regional de Cultura do Centro ao Programa Mais Centro, da Comissão de Coordenação de De-

senvolvimento Regional do Centro/QREN, têm um valor de três milhões de euros, dos quais 85% atribuídos pelo FEDER e 15% de contrapartida nacional. As intervenções vão acontecer na Sé de Viseu, na Sé da Guarda, na Sé de Leiria, no Convento de Santa Maria de Semide, na Igreja do Colégio do Carmo, na Casa do Passal, na Capela da Vista Alegre (uma intervenção do grupo Visabeira) e no Claustro de Santa Clara-a-Nova. O projeto de reabilitação de coberturas e paredes da Sé de Viseu, com um valor de 380 mil euros, destina-se à recuperação de toda a cúpula e parte dos retábulos, eliminação de infiltrações e outras beneficiações interiores, sabendo-se que é das catedrais do país que está a necessitar de uma intervenção mais urgente. Quem visita hoje a Sé de Viseu encontra a descoberto infiltrações nas paredes graníticas, altares degradados e outro património no interior do templo ameaçado. “Não pode ser compreensível que obras de tamanha importância na vida dos cidadãos se possam deixar deteriorar e se

justifique o seu abandono por falta de meios, sublinhou o Bispo da Diocese, Ilídio Leandro, ao lamentar que as obras urgentes agora confirmadas se tenham arrastado desde 2010: “Urgências na cobertura, com consequências no interior e no exterior facilmente visíveis, não resistirão a adiamentos”. Em tempos difíceis para o país, em que os sectores da cultura e do património também sofrem consequências, o presidente da CCDRC anunciou que o próximo Quadro Comunitário de Apoio vai apostar “nestas e noutras áreas igualmente importantes”, como “na programação, na animação cultural, na aproximação entre os agentes culturais, as populações e as comunidades estudantis”. “A cultura vale por si, não vale só porque gera economia, porque gera turismo, pelo que gera em outros domínios de intervenção, a cultura tem o seu espaço próprio de afirmação, o seu espaço de identidade”, rematou o secretário de Estado da Cultura. Emília Amaral emailia.amaral@jornaldocentro.pt

Vivemos nos dias de hoje um fenómeno muito interessante relacionado com a agricultura. Em termos económicos, trata-se de um sector que tem vindo a manifestar taxas de crescimento superiores a outras actividades. Na conjuntura internacional, a China, atenta aos seus fenómenos demográficos e valendose do poderio económico e financeiro que detém, estende o seu território agrícola a outras paragens, como a Ucrânia, um dos maiores produtores de cereais. Num plano a 50 anos, a China contratualizou já a exploração de 3 milhões de hectares. Nos primeiros 100 mil hectares, num investimento de 2 mil milhões de euros, propõe-se cultivar cereais e criar suínos. A esta vasta extensão agrícola, podemos já juntar os 2 mil milhões espalhados pelos diferentes continentes, referenciando a título de exemplo os 240 mil que possui na Argentina. Em Portugal, preparam-se para comprar e ir comprando quintas vocacionadas para a exploração de vinho e azeite, procurando estabelecer pontes para a aquisição de empresas no sector agroindustrial. Em Moçambique, ultimam um investimento de 544 milhões de euros por forma a quintuplicar a produção de arroz. Por outro lado, os Suecos, atentos aos seus problemas energéticos, possuem já em Moçambique 100 mil hectares destinados à produção de biodiesel. O apelo à agricultura parece ter uma dimensão mundial. Em Portugal, de Janeiro a Setembro (2013) foram investidos mil milhões de euros no sector agrícola, criaram-se 40 mil postos de trabalho e 1017 empresas abriram a actividade. A moda de se falar na agricultura percorre toda a sociedade, desde as mais altas instâncias nacionais até ao simples cidadão. Os banqueiros viraram também os holofotes para o

sector, vaticinam o seu futuro e definem estratégias a serem seguidas. Alguns têm e mantêm negócios há décadas na área, pelo que sabem bem do que falam. Em termos audiovisuais, a agricultura passou a ser um assunto recorrente. Vários documentários foram já exibidos e um novo fenómeno televisivo parece estar a ocorrer e que se saúda. A novela da RTP “Bem-vindo a Beirais” procura retractar as novas vivências rurais e agrícolas; na TVI, o mesmo acontece em “Belmonte”, rodada por terras alentejanas, onde a viticultura, o vinho, o turismo cinegético e o azeite irão entrar todos os dias pela casa de muitos, em horário nobre. A ser assim, o apelo e apego à terra e a todas as suas dinâmicas irá certamente entusiasmar outras gentes que procuram no espaço agrícola um novo modo de vida ou uma nova forma de estar. O novo QREN (quadro de referência estratégico nacional 2014-2020) que acomoda os almejados 21 mil milhões de euros pretende fomentar maioritariamente (97%) o desenvolvimento económico nas regiões do Norte, Centro, Alentejo e Açores, deixando cair os faraónicos investimentos públicos que muitos clamam como pouco reprodutivos e estruturantes. Neste sentido, talvez seja prudente albergar estudos, tendo em vista a definição das novas linhas de desenvolvimento rural. No entanto, convém alertar para a coincidência existente no calendário da presumível aplicação do novo QREN e a suposta saída da Troika de Portugal (2º semestre de 2014). Provavelmente, ainda muita água irá passar debaixo da ponte até à data e, a ser assim, vamos ver se o calendário de saída se mantém, se se alarga ou se se perpetua. Depois, logo se vê o que e quanto destinar à agricultura.


Jornal do Centro

VISEU | TONDELA | REGIÃO 13

26 | setembro | 2013

BISPO DE VISEU QUER IGREJA DE PORTAS ABERTAS

CASA DO TERREIRO CLASSIFICADA IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO

A Casa do Terreiro, jardins envolventes, adega e tulha, na freguesia de São Miguel do Outeiro, concelho de Tondela foi considerada imóvel de interesse público, pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC). Ainda no distrito de Viseu, recebeu a mesm a c l a s s i f ic a ç ã o a Casa e capela de José Guilherme Pessoa Pereira, ou Solar dos Seabra Beltrão, jardim e fontanário, na Rua P r i ncipa l , em Ca ssurrães, concelho de Mangualde.

Emília Amaral

A Institutição vai ficar num edifício recuperado na Calçada da Vigia

Cine Clube recebe a tão esperada sede Viseu ∑ Primeira parceria de carácter permanente com a autarquia responde a uma velha reivindicação “É algo que nos parece justo”. As primeiras palavras do presidente do Cine Clube de Viseu, Rodrigo Francisco ao receber a nova sede da instituição. Uma reivindicação com vários anos finalmente concretizada, através da assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal de Viseu. A autarquia comprou uma fração de um edifício recuperado na Calçada da Vigia (centro histórico) à Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu (SRU), que acaba de ceder ao Cine Clube para ali instalar a nova sede social. Apesar do “contrato precário”, por um prazo de um ano, o presidente Câmara, Fernando Ruas admitiu que “foi apenas para dar margem a quem vier

a seguir”, já que se encontra a terminar o seu mandato, acreditando que futuramente permanecerá naquele espaço. “O momento é particularmente relevante para o Cine Clube. Trata-se da primeira parceria de carater permanente com a Câmara Municipal”, adiantou Rodrigues Francisco. Para o dirigente correspondeu a de um ato de justiça e “também o reconhecimento do papel do Cine Clube prestes a completar 60 anos”, com um trabalho de “partilha” desenvolvido em “prol da comunidade” e em defesa da educação. Também Fernando Ruas reconheceu tratarse “de um ato de perfeita justiça” após tantos anos à espera de uma nova sede

para desenvolver a sua atividade, que o autarca legitimou de importante para o concelho. Durante a cerimónia estiveram presentes antigos dirigentes que tiveram um papel importante na vida da instituição, entre eles, José Fernandes (atual administrador do Teatro Viriato) e quatro ex-presidentes dos vários que a instituição foi recebendo ao longo das seis décadas. Na ocasião foi recordado um dos fundadores do Cine Clube, Humberto Liz, falecido recentemente. “O senhor Humberto Liz era uma figura incontornável da cultura viseense” rematou Fernando Ruas. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Antiga sede do Orfeão vai receber a Universidade Sénior

Emília Amaral

Na carta para o ano pastoral 2013/2014, o Bispo de Viseu D. Ilídio Leandro desafiou as comunidades católicas da Diocese a terem uma atitude “missionária”, capaz de receber “todas as pessoas que batem à porta” da Igreja. Na carta, com o título “O sínodo Diocesano. Em comunhão para a missão: participar e testemunhar”, o Bispo convida os católicos a “formarem uma comunidade acolhedora e caritativa para todas as pessoas que, mesmo não fazendo parte, estão em situação de carência e de necessidade material”. EA

Ffitness lança calendário de apoio aos bombeiros

∑ A Câmara de Viseu comprou o edifício da antiga sede do orfeão de Viseu, situado na Rua Direita, por 150 mil euros, para ceder ao Rotary Clube do concelho que irá ali instalar a sede da Universidade Sénior. A cerimónia de escritura pública entre a autarquia e o Banco Espírito Santo (BES) decorreu, dia 18, no próprio edifício. Trata-se de uma estrutura antiga e degradada, que vai ser alvo de um projeto de intervenção da responsabilidade da Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu (SRU) prevendo-se um custo superior a 500 mil euros. O presidente da Câmara, Fernando Ruas considerou a cedência “mais uma âncora na Rua Direita” na caminhada que tem vindo a ser feita na requalificação do centro histórico da cidade. EA

Estão abertas as inscrições para o casting que vai escolher as caras do Calendário FFitness 2014 Este ano os participa ntes pa ra a lém de serem os modelos de cada mês do calendário estão ainda a participar num projeto solidário, isto porque o lucro das vendas reverte a favor dos Bombeiros Voluntários de Viseu. O casting está aberto a modelos prof ission a i s e a m adore s , m a sc u l i nos e fem ininos, maiores de 16 anos, e decorre até 15 d e o ut u b r o . A s p a r ticipações são feitas online (www.ffitness. p t /c a l e n d á r i o 2 0 1 4 ) com o envio de fotografias. Nesse mesmo dia decorre a primeira préseleção. Entre todas as imagens que tenham pa r t ic ipado , s ão e s col hidas, através de um júri composto por prof i ssion a i s do se tor da comunicação e da produção publicitária, as 30 melhores. Dessas 30 serão selecionados 1 2 vencedores (10 modelos fePublicidade

mininos e 2 modelos masculinos) através do facebook. Assim, a partir do dia 18, serão publicadas as imagens de cada um dos 30 préselecionados no facebook do FFitness. No final as 12 que tiverem mais “gostos” até dia 15 de novembro são os finalistas. Os vencedores têm depois uma sessão fotográf ica individua l que d a rá or i gem ao ca lendá rio FFit ness 2014. Para além de participa ra m nu m proje to social os vencedores ganham ainda alguns prémios. Para os 12 finalistas o Ffitness oferece a anuidade no ginásio (livre trânsito ffitness), 12 massagems relaxante (30m, uma por mês), o Book com fotos da sessão e a i nda um va le de 50 euros para formação na empresa Estação do Saber. Para os restantes participantes, oferta de 50 por cento de desconto na primeira mensalidade no FFitness e de 20 por cento de desconto em Books Fotográficos. MC


Jornal do Centro

14 REGIÃO | AUTÁRQUICAS

26 | setembro| 2013

CDS/PP

PS

BE

Almeida Francisco Henriques Almeida

Hélder Amaral

José Junqueiro

Manuela Antunes

No próximo domingo, faremos uma escolha coletiva muito importante: a escolha do projeto e da liderança para o futuro do nosso concelho. As candidaturas concorrentes têm muitas diferenças, a começar na sua atitude. Apresento-me perante os viseenses, pelo PSD, com uma estratégia positiva, um movimento participado e o orgulho em ser de Viseu! Tenho um único objetivo: servir as minhas gentes, pondo Viseu Primeiro. Primeiro no Desenvolvimento Económico, na Solidariedade e no Apoio às Famílias, na Coesão, na Revitalização das Aldeias e do Centro Histórico. Partilho com muitos viseenses uma visão para o futuro do nosso concelho: a visão de uma Cidade-Região atrativa e de uma Comunidade segura e solidária. Uma Cidade-Região atrativa para viver, investir, trabalhar e visitar! E uma Comunidade segura para as famílias, que cuida dos mais vulneráveis e onde ninguém é deixado para trás. Uma Comunidade coesa, que leva o Rossio às Aldeias, mas também as Aldeias ao Rossio. Onde as freguesias têm autonomia. Acompanha-me uma equipa que tem a marca da competência. Experiente e renovada, é constituída por mulheres e homens com mérito profissional e qualidades humanas. Nestas eleições, faremos também a avaliação dos resultados tão positivos da gestão do município. Uma gestão que deixa um grande legado de qualidade de vida e que tem no Dr. Fernando Ruas o seu principal obreiro. É com orgulho que estive ao seu lado durante os últimos 24 anos e que conto com o seu apoio entusiástico. Juntos podemos defender essa herança e construir um novo ciclo de desenvolvimento para Viseu. Com todos e por todos. Neste domingo, Viseu Primeiro conta comigo e conta consigo!

Caros Viseenses, No próximo domingo decidimos o rumo da próxima década. A forma como vamos optimizar o legado que nos é entregue, está nas mãos de todos. O compromisso que queremos assumir com os viseenses, não se esgota numa corrida eleitoral, é uma transformação real na abordagem à política. As listas que apresentamos a votos são o rosto desta mudança, nelas convivem viseenses de mérito reconhecido e das mais diversas sensibilidades políticas. Esta é a primeira vez que uma candidatura representa a massa crítica livre e independente que na última década, fruto da sua vontade e do seu conhecimento, emergiu, em Viseu. Apesar das dificuldades que temos pela frente queremos lançar as bases para a dinamização da economia local. Queremos libertar o concelho do peso da autarquia e deste modo devolver poder à comunidade. Esta candidatura aposta na defesa de uma política integrada de atracção de investimento, através da adopção de políticas públicas transversais a todo o campo de acção autárquico que tenham por objectivo a criação de valor e a dinamização da economia local. A nível político assumimos o compromisso de fazer mais e melhor, honrando o legado que nos é transmitido. Ao contrário dos nossos adversários, as nossas listas não resultam da satisfação de dinâmicas partidárias, muitas vezes alheias à realidade, apenas adoptamos como medida a competência e a transparência, daí resulta o elevado número de independentes que assumiram este compromisso. Também, ao invés dos nossos oponentes, assumimos com clareza que este compromisso é firme até 2017. Não defraudaremos as expectativas de quem em nós confiar o seu voto. Quem connosco quiser assumir este compromisso está a assumir um compromisso com Viseu e com um futuro melhor.

Os últimos dados homólogos do IEFP, junho de 2011 a agosto de 2013, referem que o número de inscrito em Viseu cresceu 30%, com mais 52% entre os jovens até aos 25 anos e mais 112% entre os licenciados. Viseu ocupa entre os 308 municípios, o 27º lugar em número de pessoas desempregadas. É importante encontrar o que entre nós pode fazer a diferença, aquilo que nos distingue e nos pode tornar únicos.” “Mais emprego, melhor futuro” foi o lema que escolhi para a campanha, porque encerra em si próprio um desafio e uma oportunidade. “Criar industria, fixar empresas”, “trocar metros quadrados por empregos” são imagens que assumem todo o sentido, sobretudo quando qualquer um de nós constata que é nos concelhos ao lado que se localizam as indústrias e é para eles que deslocam ou crescem as empresas existentes. E por que motivo? Porque fazem exatamente o que propomos para Viseu. A out ra prioridade foi dirigida às questões sociais, nomeadamente aos idosos, com um conjunto de propostas altamente qualificadas e reconhecidas como tal por várias pessoas e entidades independentes. Para o efeito, oferecemos também, nas listas, as melhores pessoas, com vida própria e que em nada dependem da política. Na câmara, são 40% de independentes e 43% de mulheres. Os factos dizem tudo. Candidato-me a Presidente e não a vereador, mas se não for esse o desejo do eleitorado assumirei, com a restante equipa, as nossas responsabilidades. Em momentos tão exigentes como este, a imaginação vence o conformismo, pelo que ninguém se pode resignar. Em democracia não há fatalismos. Em Viseu também não.

Fizemos uma campanha de proximidade onde apresentámos as nossas propostas e registámos todos os contributos das pessoas com quem falámos e convivemos. Queremos fazer parte integrante dos órgãos autárquicos e participar ativamente no desenvolvimento do nosso concelho e com todos renovar a nossa cidade. Estes são os nossos compromissos: Delinear, urgentemente, um plano a curto e médio prazo para recuperar/reabilitar o património devoluto e em ruinas e todas as habitações degradadas zona urbana. Este plano criará postos de trabalho e repovoa o centro histórico. Requalificar o Bairro Municipal preservando a sua arquitetura atual. Construir o Centro de Interpretação da Cava de Viriato, fundamental para um turismo cultural de qualidade que atraia turistas e investigadores de todo o mundo a Viseu, já que este monumento muçulmano é único na Europa. Defender a transformação estratégica do IPV em Universidade Politécnica. Reflorestar o parque Municipal do Fontelo. Promover a criação de um Banco de Terras que permita a quem não for proprietário poder cultivar terrenos agrícolas ao abandono. Criar uma rede conjunta, inteligente e eficiente de transportes públicos e criar um passe único. Exigir o fim das portagens na A25 e A24 que representam custos adicionais para as empresas do concelho e da região e para quem necessita de se deslocar para trabalhar. Defender como estratégia de desenvolvimento da região e do país, a ligação ferroviária do porto de Aveiro a Vilar Formoso e Europa, a passar por Viseu. Mudar as politicas, mudar as ideias, mudar as prioridades...este é o grande desafio que o Bloco de Esquerda propõe a tod@s @s viseenses no dia 29 de setembro.

PSD

CDU

Agora, que a campanha eleitoral para as autarquias está a terminar, a CDU deixa curtas palavras aos eleitores e eleitoras. As eleições autárquicas de 29 de Setembro assumem uma grande importância por duas razões. Em primeiro lugar, estas eleições são a oportunidade para mudar a gestão municipal e das freguesias, para que seja possível melhorar a vida dos viseenses nas zonas rurais, na cidade e nas áreas suburbanas. O concelho de Viseu precisa de um plano estratégico que favoreça e promova o seu desenvolvimento, por forma a combater o desemprego e a melhorar os rendimentos das pessoas e das famílias. Em segundo lugar (e não menos importante), estas eleições são, também, uma boa oportunidade para castigar o PSD, o CDS e o PS pela situação de desastre a que estes três partidos conduziram o país. É urgente acabar com a política de ruína e empobrecimento e estas eleições podem também ajudar a uma mudança de política. Roubam nos salários e pensões, cortam nos direitos à saúde, à educação e à segurança social, tornaram o trabalho ainda mais precário e empurraram muitos milhares para o desemprego, arruinaram a agricultura, o comércio e a indústria, aplicaram portagens nas nossas autoestradas, fecharam o nosso matadouro, encerraram escolas e serviços de saúde, aumentaram as taxas moderadoras e reduziram as comparticipações nos medicamentos, … desgraçaram o país e a vida de milhões de portugueses. Os governos do PSD, do CDS/ PP e do PS são os responsáveis pela situação de desastre a que o país chegou. Apoiar e votar CDU é acrescentar força à luta e à razão de todos os que aspiram a uma vida melhor.


suplemento

Vida Séni or

Textos: Micaela Costa Grafismo: Marcos Rebelo

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ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 602 DE 26 DE SETEMBRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.


Jornal do Centro

16 SUPLEMENTO

26 | setembro | 2013

VIDASÉNIOR

Alimentação saudável: um aliado ao envelhecimento feliz A alimentação saudável é uma das principais práticas para que os mais velhos garantam uma boa qualidade de vida e sobretudo possam evitar diversas doenças e patologias. A alimen-

tação saudável consiste numa alimentação completa, equilibrada e variada, que se faça reger pela roda dos alimentos, que comporte pelo menos cinco refeições por dia e, ainda, ingerir mui-

ta água diariamente. Os benefícios de uma alimentação saudável são fundamentais para assegurar a ssobrevivênecer energia en cia do ser humano, fornecer e func nutrientes necessários ao bom funcio-

13 dicas de como fazer

Sabia que?

uma alimentação saudável

∑ Refeições recomendáveis: Pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, meio da tarde e jantar; ∑ Assegure-se que o jejum noturno não é superior a 10 horas; ∑ Diariamente devem ser ingeridos todos os alimentos de cada grupo da roda alimentar e beber água diariamente; ∑ Ingerir mais alimentos com maior dimensão na roda dos alimentos e menos daqueles com menor dimensão de forma a garantir o equilíbrio alimentar e comer as porções recomendadas; ∑ Tentar variar o máximo possível a sua alimentação, dentro de cada grupo, diária, mensal e de acordo com a estação do ano. Hábitos de alimentação saudável ∑ Reduza o consumo do sal; ∑ Evite consumir açúcar e produtos açucarados; ∑ Aumente o consumo de frutas, legumes e

namento do organismo, contribuir para o bem-estar da saúde física e mental e prevenir algumas doenças (tais como: obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, certos tipo de cancro, etc.)

hortaliças; ∑ Aumenmo te o consumo de peixes e carnes brancass e rernes verduza as carnes melhas; ∑ Beba muita água te (entre 1 5 a 3 litros por dia, dia pois o diariamente 1,5 corpo humano é constituído 70% por água e a insuficiência de água pode desenvolver doenças tais como: envelhecimento precoce da pele, prisão de ventre, problemas renais, entre outros) ∑ Não abusar das bebidas alcoólicas; ∑ Evitar comer fritos ou comidas com muita gordura, opte por cozidos, grelhados e estufados; ∑ Evitar a utilizar reutilizar gorduras aquecidas ou óleos queimados (ao utilizar uma gordura, dê preferência ao azeite).

A urtiga é reconhecida pelas suas propriedades revigorantes e anti fatigantes. Tudo é bom nesta hortelã. Raízes, caule, folhas, flores e sementes, são utilizadas pelos terapeutas para tratar diversos males, para além dos problemas digestivos, a artrite, as infeções na próstata, infeções urinárias, asma, acne, caspa, entre outras. Mas são sobretudo as folhas de urtiga que agem como tonificantes. Esta é uma planta multifacetada, aumenta a vitalidade e a capacidade de resistência do organismo para melhor se adaptar aos vários tipos de stress – rica em clorofila, vitaminas, minerais e oligoelementos, a urtiga permite encontrar energia, mas estimula também as nossas defesas imunitárias. A maior parte das farmácias vendem ervas secas ou cápsulas e a natureza oferece-nos todo o ano. Basta colocar umas luvas e apanhar. Em casos de cansaço, prepare todos os dias uma infusão: uma a duas mãos de folhas de urtiga num litro de água quente (ou uma colher de sopa de folhas selvagens). Experimente beber 3 a 4 chávenas por dia durante duas semanas.

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Opinião

A Fisioterapia no idoso

André Proença Fisioterapeuta Clínica de Fisioterapia Harmonia Corporal

Com o desenrolar da idade, o corpo humano vai perdendo faculdades. Ocorrem alterações mor fológicas e fisiológicas associadas ao envelhecimento, das quais se destacam a perda de massa muscular e o aumento da fragilidade óssea. Estes dois aspectos, associados, tornam-se a base para o aumento da incidência de lesões musculo esqueléticas. A diminuição da força muscular geral proporciona a diminuição da mobilidade, das amplitudes ar ticulares, condicionando for temente o movimento pleno, e desta forma, a realização das actividades do dia a dia. A perda da força muscular inter fere também com o equilíbrio, levando à sua redução. A diminuição da força muscular dos membros infer iores reduz a capacidade de resposta dos próprios membros a estímulos que desafiam o equilíbrio, promovendo muitas vezes a queda do idoso. Esta condição, associada ao aumento da fragilidade óssea, pro-

move o aumento do r isco de fracturas. A f isioterapia, enqua nto ciência que trata do corpo e das suas patologias de forma holística, recorre a variados métodos para tentar interromper este ciclo que torna o idoso mais sedentário. Álem de tratar lesões, quer musculo esqueléticas, quer do foro neurológico de forma específica, a fisioterapia tem também uma acção fundamental no aumento de força muscular do idoso, bem como no treino do equilíbrio e da marcha. Desta for ma, a fisioterapia favorece o aumento de mobilidade e a prevenção de lesões e transmite e ensina ao idoso hábitos de actividade física. Contudo, cabe ao idoso a consciência de manter estes hábitos. O ser humano deve viver em harmonia de corpo e mente. Mesmo com a ajuda de vários factores, dos quais a fisioterapia é um excepcionalmente importante, cabe ao idoso saber envelhecer.


Jornal do Centro

SUPLEMENTO 17

26 | setembro | 2013

VIDASÉNIOR

Exercício físico prolonga a vida O envelhecimento do homem é um processo involuntário e inevitável, sendo caracterizado por diversas alterações nos domínios biológico, psicológico e social. Estas alterações são acompanhadas de uma progressiva perda de atributos físicos relacionadas com a mobilidade funcional, podendo mesmo comprometer a capacidade do idoso em realizar as tarefas quotidianas. Está hoje provado cientificamente que o exercício físico prolonga a vida (Paffenbarger, Jr & Lee, 1998) Os estudos relacionados à prática de atividades físicas quotidianas à terceira idade têm apontado uma gama de benefícios à saúde da sociedade. Uma rotina ativa com simples tarefas, incluindo atividades leves individuais ou coletivas, como caminhadas de baixa intensidade, a utilização de escadas em vez de

elevadores, cuidar do jardim, atividades aquáticas, viagens turísticas a lazer em geral, proporcionam uma melhoria na condição física e psicológica, auxiliando na realização de movimentos do dia-adia, tornando esses indivíduos prestativos no seu meio social e conscientes enquanto cidadãos. Na terceira idade as motivações do lazer reduzem-se a uns poucos referenciais, com ênfase nas necessidades psicológicas de repouso e de ocupação do tempo. As atividades de lazer podem ser exercícios físicos de qualquer espécie e/ou modalidade, jogos e brincadeiras em grupo, leitura, atividades manuais como pintura, bordado, tricô e crochê, jogos de tabuleiro, dança, música, cinema, teatro, passeios, viagens, grupos de estudo, etc. Especificamente para os idosos, as atividades de lazer vão melhorar a sua saúde em

Séniores es o e o frio

vários aspetos. Do ponto de vista físico, po-dem proporcionar fortalecimento do sistema imunológico e uma melhoria da mobilidade, flexibilidade, equilíbrio corporal e força muscular. enNo aspeto mental, vão melhorar a memória, o raciocínio e a velocidade do funcionamento e do metabolismo cerebral como um todo. oNo aspeto emom a tendência cional, diminuem ao isolamento e à depressão, situações infelizmente bastante comuns na terceira idade, através de uma melhoria

Preservar a memória é fundamental

O outuno estáá quamse à por ta e embora o calor ainda se faça sentir os meses mais frios não vão tardar a chegar. Os cuidados que m os idosos devem ter em conta noss adias de temperaturas mais baixass são fundamentais para prevenir doenças que podem ser fatais. É importante manter-se seco e quente. Se apanhar chuva, procure mudar de roupa antes de arrefecer. Proteja a cabeça, as mãos, os pés e o pescoço do frio através do uso de gorro, luvas, meias quentes e cachecol. As roupas não devem ser muito justas, mas é preferível usar várias camadas de roupa do que só uma muito grossa que lhe dificulte os movimentos. No que se refere a cuidados a ter com a alimentação, coma sopa e produtos hortícolas e beba sumos de frutos e bebidas quentes. Evite a ingestão de álcool. Antes de praticar qualquer atividade física faça um aquecimento prévio. Além disso, antes de se deitar, é recomendável que procure aquecer o local onde vai dormir.

nhos e/ou isolados, a nível nacional. No país foram referenciados 28.197 idosos (mais 5196 que no ano passado). O estudo revelou ainda que, no distrito de Viseu, estes idosos têm uma idade média de 77 anos, sendo que 67 por cento são mulheres e 23 por cento já recebem algum tipo de apoio das instituições locais ou da própria

Proteger a visão na terceira idade

Com o avançar da idade a memória vai muitas vezes sofrendo grandes alterações. As causas mais evidentes, para além do envelhecimento, são o pouco consumo de peixe gordo, vegetais e fruta, assim como ingestão de hidratos de carbono de elevado índice glicémico. O sedentarismo, o tabagismo e um estilo de vida sem atividades intelectuais estimulantes também influência a vivacidade da memória. Deixamos alguns conselhos para combater a perda de memória: ∑ Adote uma alimentação pobre em hidratos de carbono e rica em gordura saudável. Ingira antioxidantes, presentes nos legumes, fruta e cacau. Pondere a suplementação com ácido lipoico, magnésio, astaxantia, picnogenol e óleo de peixe. ∑ Faça exercício cardiovascular. A sinergia do exercício vigoroso com o óleo de peixe faz criar novas reder neuronais a partir das células-tronco. ∑ Desafie o cérebro através da aprendizagem de línguas, música, leitura e outras atividades. ∑ Recorre à otimização hormonal. A mulher começa a perder progesterona na faixa dos 30 anos e o homem testosterona aos 40 anos. Se não houver compensação hormonal, na perimenopausa e menopausa, a perda estrogénica torna-se fatal para a cognição.

Viseu é o distrito com mais idosos sozinhos São 2325 o número de idosos que vivem sozinhos e 199 isolados, no distrito de Viseu, de um total de 3315. Os dados foram recolhidos após a operação “Censos Sénior ”, que decor reu entre 15 de janeiro e 28 de fevereiro deste ano. Viseu, com estes números, apresenta-se como o distrito com mais idosos a viverem sozi-

nos relaciorelacio n a m e n t o s interpessoais, com a possibilidade de formação de uma ampla rede social e de amigos. Com as ativid dades de lazer o idoso pode manter-se fisicamente e intelectualmente ativo, e isso é preponderante para afastar as doenças mais comuns dessa faixa etária.

família. Os concelhos do distrito onde foram sinalizados mais idosos a viverem sozinhos e/ou isolados foram Lamego (431), Moimenta da Beira (404) e Cinfães (327). A “Operação Censos Sénior 2013”, teve como objetivo a atualização do registo de idosos que vivem sozinhos e/ou isolados e a identificação de

novas situações. E atendendo aos dados recolhidos, as secções de Programas Especiais do Comando Territorial de Viseu, comprometem-se a continuar a desenvolver o programa “Idosos em Segurança” e a comunicar às instituições locais “as situações que julguem ser prioritárias em termos de inter venção social”.

A saúde dos olhos é essencial para manter a qualidade de vida e na terceira os cuidados devem ser redobrados. Algumas dicas para proteger a sua visão: ∑ Alimentação rica em antioxidantes fruta e vegetais como espinafres e peixes ricos em ómega 3 (salmão e atum); ∑ Manutenção de níveis normais de açúcar e colesterol no sangue, um peso adequado, uma tensão arterial normal e a prática regular do exercício; ∑ Fazer exames regulares de oftalmologia. A história da saúde da visão da família pode conter dados importantes que alertem para uma possível situação hereditária.

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18 SUPLEMENTO

26 | setembro | 2013

VIDASÉNIOR Opinião

Implantes dentários A vida não passa pelos nossos dentes sem deixar marcas. Acontece com frequência que se perde um ou vários dentes. As causas podem ser doenças dos dentes e da gengiva (por exemplo, periodontite) Pedro Carvalho Gomes ou acidentes (desporto, dia-a-dia). CMDV Supreme Smile A falta de dentes não é apenas uma questão estética mas também interfere com a funcionalidade, limitandonos de várias formas. Além disso, os nossos dentes são uma parte importante da nossa personalidade. Proporcionam-nos qualidade de vida e autoconfiança. Permitem-nos comer com prazer, rir despreocupadamente, falar com clareza e oferecem-nos segurança no dia-a-dia, bem-estar e gosto pela vida. Há mais de 40 anos que os implantes dentários oferecem a possibilidade de substituir os dentes, com todas as consequências a longo prazo. Implantes dentários: •substituem dentes individuais ou vários dentes perdidos •fixam as próteses na boca com segurança •são cientificamente fundados e testados (taxas de sucesso superiores a 96%) •são utilizados com êxito na mediPublicidade

cina dentária há dezenas de anos Também para si um implante dentário pode ser o caminho para mais qualidade de vida, autoconfiança e gosto pela vida. Para cada desafio a solução certa. Ausência de um único dente Falta um dente e a sua raiz. Um implante e uma coroa cerâmica constituem a solução esteticamente mais adequada para fechar o espaço, não sendo necessário o desgaste dos dentes vizinhos que estão saudáveis. O implante dentário substitui a raiz do dente perdido e serve como pilar para a coroa do implante. O implante exerce a função da raiz e transmite as forças mastigatórias da coroa do dente ao osso do maxilar. Este esforço natural mantém a vitalidade do osso do maxilar e evita a sua regressão. Para além disso o novo dente exerce também uma outra função muito importante, a estética, sobretudo na área frontal, pois não deve distinguir-se dos dentes vizinhos. Nestes casos, um resultado esteticamente satisfatório é de importância fulcral. Não é apenas na aparência que os dentes fixos assentes em implantes

nos dão a sensação de serem dentes naturais, a sensação na boca é a mesma. O implante, a coroa e a gengiva formam uma unidade harmoniosa Ausência de vários dentes Faltam dois ou mais dentes Para prevenir a perda de osso ou anomalias na posição dos dentes ou do maxilar, um espaço que abrange vários dentes deve ser fechado o mais rapidamente possível, não apenas do ponto de vista funcional mas também por razões clínicas. A situação individual determina o número de implantes necessários. Uma ponte fixa sobre implantes proporciona uma estabilidade perfeita e um resultado estético e funcional convincente. Além disso, os dentes vizinhos saudáveis não precisam de ser desgastados. Do ponto de vista estético, as pontes assentes em implantes são a alternativa mais perfeita, uma vez que, normalmente, formam uma linha com a gengiva. Maxilar ou mandíbula totalmente desdentados - Faltam todos os dentes no maxilar superior ou inferior Para a restauração de maxilares totalmente sem dentes a implantodontia oferece próteses removíveis e filas de dentes aparafusadas.

Os implantes dentários oferecem a estabilidade necessária para fixar uma prótese removível com segurança. No dia-a-dia a prótese está firmemente presa na boca, mas pode ser removida para fazer a sua limpeza. A alternativa é uma fila de dentes aparafusada nos implantes, oferecendo um máximo de estética As vantagens das duas soluções em comparação com as próteses adesivas clássicas falam por si: •As próteses fixadas em implantes oferecem segurança em qualquer situação. •As forças mastigatórias são transmitidas ao osso através da prótese. o que evita a regressão do osso e garante um assentamento perfeito da prótese a longo prazo. •Nas próteses fixadas em implantes não há marcas dolorosas. •A gengiva fica livre do material da prótese. O paladar e o gosto dos alimentos não são prejudicados. A solução esteticamente mais exigente para um maxilar sem dentes é a fila de dentes fixamente aparafusada. É fixada diretamente nos implantes e, em regra, forma uma linha harmoniosa com a gengiva. Para próteses removíveis existem ainda outras possibilidades de fixação, como por exemplo, ímãs.



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economia Concurso internacional premeia vinhos da UDACA Asia Wine & Spirits Awards 2013 ∑ Adro da Sé, Tesouro da Sé e UDACA Colheita 2012 distinguidos com ouro e prata A UDACA (União das Adegas Cooperativas do Dão) voltou a ser premiada pelos seus vinhos. O prestigiado concurso Asia Wine & Spirits Awards 2013 distinguiu com a medalha de ouro o Adro da Sé Reserva 2005, o Tesouro da Sé Private Selection com a medalha de prata e o UDACA Colheita 2010, também com medalha de prata. Segundo os responsáveis da UDACA “estas três medalhas vê m a u m e n tar o número de prémios alPublicidade

cançados pelos Vinhos UDACA em concursos de Vinhos na Ásia, merc ado no q u a l a U DAC A aposta”.

Nos últimos 12 meses a UDACA há contabilizou já mais de 20 medalhas e prémios alcançados pe-

los Vinhos atuais da em diversos concursos Internacionais.

Consultório Jurídico

Fomos confrontados com o seguinte caso Celebrei um contratopromessa de compra e venda de um imóvel e, de forma imediata, passei a habitá-lo. Porém, como o promitente-vendedor, por diversas vezes, não compareceu na celebração do contrato prometido, propus uma acção com vista a acautelar os meus direitos. O Tribunal em consequência dessa acção reconheceu-me o direito de retenção sobre o imóvel. Todavia, tomei conhecimento da insolvência do vendedor. O que posso fazer sabendo que sobre o imóvel existe uma hipoteca a favor de um Banco? O Tribunal reconheceu aquele direito atendendo a que, da conjugação dos artigos 775º nº1, al. f) e 442º do Código Civil advém a atribuição do direito de retenção ao beneficiário da promessa de transmissão do imóvel, que obteve a tradição do referido bem pelo crédito resultante do não cumprimento imputável ao vendedor. Não obstante o direito de retenção do promitentevendedor devidamente reconhecido, no seguimento da declaração de insolvência do promitente-vendedor, aquele deverá entregar o imóvel ao administrador de insolvência, pois o imóvel é propriedade do insolvente e este é parte integrante da massa insolvente nos termos do artigo 46º nº1 do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), devendo ser apreendido à ordem daquela nos termos previstos pelos artigos 149º e 150º do CIRE. No entanto, neste processo deve destacarse que o direito de retenção que pende sobre o imóvel não se extingue. Deste modo, de forma a exercer o seu direito, uma vez que é titular de um crédito garantido - Art.º 47º nº4, al. a) do CIRE -, o promitentecomprador deve apresentar a respectiva reclamação de créditos no processo de insolvência nos termos dos artigos 128º e 146º do CIRE invocando o seu direito de retenção. No que concerne à graduação de créditos, em caso de concurso entre os credores garantidos sobre o bem objecto da garantia, aplicamse neste caso as regras da

Pedro Carvalho Ruas Advogado pedrocarvalhoruas-51409c@adv.oa.pt

hipoteca, por se tratar de bem imóvel (artigo 759º do Código Civil), sendo de destacar a excepção prevista no nº2 do artigo 759º do Código Civil, isto é, este artigo determina a superioridade do direito de retenção sobre a hipoteca, mesmo que esta tenha sido anteriormente registada. Aquando da sentença de verificação e graduação de créditos, o crédito garantido pelo direito de retenção de que beneficia, neste caso, o promitente-comprador do imóvel deve ser graduado prioritariamente em relação ao crédito hipotecário sobre o mesmo bem. A razão deste regime é proteger o promitente-comprador perante uma situação de incumprimento definitivo. A prevalência do direito de retenção sobre a hipoteca, mesmo que esta tenha sido anteriormente registada, é conforme aos princípios constitucionais, como o da proporcionalidade, o da igualdade e da confiança. O que bem se compreende, dado que a existência do direito de retenção sobre o bem hipotecado não causa prejuízo jurídico ao credor hipotecário, nem afecta a existência, a validade ou a consistência jurídica do seu direito, não obstante eventualmente lhe poder causar prejuízo económico. Ao retentor são lhe atribuídos os direitos decorrentes do art.º 164º, nº 2 e 3 do CIRE, como seja o direito de este ser sempre ouvido sobre a modalidade da alienação e informando do valor base fixado ou do preço da venda projectada a entidade determinada. Portanto, caso se encontre numa situação semelhante à que acabámos de descrever, deverá apresentar a devida reclamação de créditos no processo de insolvência invocando o direito de retenção, existindo uma forte possibilidade de o seu crédito ser ressarcido, uma vez que este deve ser graduado com primazia sobre a hipoteca constituída sobre o imóvel pelo Banco.


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 21

26 | setembro | 2013

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Será a “escola inclusiva” realmente inclusiva?! Uma vez que estamos no início de mais um ano escolar, decidi escrever sobre um tema que, apesar de não estar diretamente relacionado com a questão da literacia financeira, me é familiar por motivos pessoais: a “escola inclusiva”. Deste modo, o objetivo deste artigo não é tanto deixar ensinamentos seja a quem for, mas apenas expressar a minha modesta opinião sobre o assunto. No nosso país, o documento legal que regulamenta a educação especial é o Decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro. No preâmbulo deste decreto-lei podemos ler que se deve “(…) planear um sistema de educação flexível, pautado por uma política global integrada, que permita responder à diversidade de características e necessidades de todos os alunos que implicam a inclusão das crianças e jovens com necessidades educativas especiais no quadro de uma política de qualidade orientada para o sucesso educativo de todos os alunos”. De facto, estas palavras são muito bonitas… Pena é não saírem do papel, já que a realidade do nosso país não tem nada a ver com o contexto anteriormente referido! Apesar da “bondade” do decreto-lei que regulamenta a educação especial (defendendo aspetos muito importantes como a elaboração de um programa educativo individual, a elaboração de um plano individual de transição, a promoção de medidas educativas como o apoio pedagógico personalizado, um currículo específico individual, tecnologias de apoio, etc., com o intuito de promover a dita “escola inclusiva”), o que é facto é que o verdadeiro sucesso escolar das crianças com necessidades educativas especiais (digo verdadeiro porque, normalmente, independentemente dos conhecimentos obtidos no final de cada ano letivo pelas crianças com este tipo de

Ilídio Silva Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu isilva@estv.ipv.pt

necessidades educativas, elas transitam à mesma de ano), a promoção da sua socialização e a sua integração na vida ativa continuam a ser extremamente difíceis. Apesar da existência de medidas de apoio específicas para algumas crianças com necessidades educativas especiais (é o caso, por exemplo, das salas de ensino estruturado para as crianças com perturbação do espectro do autismo), na prática a implementação da política da “escola inclusiva” passa pela integração da criança com necessidades educativas especiais em salas de aula com crianças “normais”, beneficiando periodicamente de aulas de apoio e, nos casos mais graves, sendo destacada uma auxiliar de ação educativa (normalmente denominada de “tarefeira”) para acompanhar a criança com deficiência. Quanto a mim, esta prática é prejudicial para todos: desde logo para a criança com necessidades educativas especiais que, na maioria dos casos, não aprende ao mesmo ritmo dos colegas, podendo até ser alvo de alguma discriminação negativa; para os professores, que por vezes não têm a formação necessária para lidar com casos desta natureza (dada a potencial diversidade de casos); e para as restantes crianças, que correm o risco de ver a sua aprendizagem decorrer num ritmo mais lento que o normal. Se este cenário já não é o mais favorável por si só, então piora ainda mais quando nos encontramos em conjunturas de crise económico-financeira como a atual. Infelizmente, uma das áreas que também não escapou à política de austeridade foi a educação especial. Não só diminuiu o número de professores afetos às necessidades educativas especiais, como também a colocação de técnicos especializados nas escolas (como é o caso, por

Sia já tem representante em Viseu Decoração para casa ∑ O espaço Ligna Bagno em Repeses abriu loja da marca internacional Sediado em Viseu há três anos, a loja Ligna Bagno em Repeses, dedica-se à decoração de casa de banho. Surge como um novo conceito de loja, vocacionada para os materiais de casa de banho, desde louças, acessórios e ainda projetos de construção, restauro e remodelação daquela divisão da habitação. Mas, consciente dos avanços do mercado e das necessidades dos clientes, os representantes da Ligna Bagno, o gerente Paulo Silva e a esposa, Isabel Trindade, decidiram alargar o negócio e inaugurar, no passado dia 21, uma loja dedicada a uma das marcas mais reconhecidas a nível nacional e internacional, na área da decora-

A Isabel Trindade e Paulo Silva ção para casa. A Sia, marca que já representavam com alguns adereços, no espaço Ligna Bagno, passa agora a ter uma loja exclusivamente direcionada apara a decoração do lar com todo o tipo de acessórios, desde tapeçaria, cande-

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exemplo, de terapeutas da fala) continua a fazer-se de forma tardia. De facto é inadmissível que, após já ter iniciado o ano escolar, apesar da lei (nomeadamente o decreto-lei que referi anteriormente) obrigar a que as salas de ensino estruturado para crianças com perturbação do espectro do autismo funcionem com uma terapeuta da fala, algumas escolas (isto é, alguns agrupamentos de escolas) só agora tenham iniciado o processo de colocação. Se não se registarem atrasos no processo do concurso, talvez no final do mês de outubro estes técnicos já estejam a trabalhar nas escolas… Será que a poupança de dinheiro proporcionada pelo não pagamento do salário destes técnicos por um ou dois meses (meses de setembro e outubro) justifica o atraso na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças com necessidades educativas especiais?! Bem, se calhar as crianças nem se queixam, caso contrário não teriam necessidade de uma terapeuta da fala!!!

eiros, molduras, pratos ou faqueiros. Para Paulo Silva, embora abrir negócios nesta altura seja “um risco”, admite que “ o feedback positivo dos clientes, o preço acessível dos produtos e a necessidade de mais oferta” foi o mote

para abrir a loja Sia, mesmo ao lado do espaço que já tinham. As loas estão abertos de segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00 e aos sábados das 10h00 às 13h00. Micaela Costa


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desporto Liga 2 Cabovisão V 4 4 3 3 4 4 4 4 4 4 3 3 3 2 2 2 1 1 1 0 0 0

E 2 2 4 4 1 1 1 0 0 0 2 2 0 2 1 1 3 3 2 4 4 3

D 1 1 1 0 2 2 2 3 4 3 2 1 4 3 3 4 3 3 4 3 3 4

GMGS 14 4 7 5 16 8 5 1 10 5 11 5 11 7 12 11 12 13 8 13 6 4 6 7 6 10 6 7 5 5 8 12 2 5 3 8 5 9 6 10 3 6 2 9

7ª Jornada Moreirense Leixões Ac. Viseu Tondela Portimonense Sp. Covilhã Marítimo B Penafiel Desp. Aves SC Braga B Santa Clara

2-1 1-0 1-1 2-0 2-0 2-1 2-0 0-0 0-0 4-3 -

Farense Trofense Chaves Feirense Sporting B U. Madeira FC Porto B Beira-Mar Benfica B UD Oliveirense Atlético CP

8ª Jornada Sporting B Farense Atlético CP UD Oliveirense U. Madeira Feirense Trofense FC Porto B Beira-Mar Chaves Benfica B

-

Desp. Aves SC Braga B Penafiel Marítimo B Ac. Viseu Sp. Covilhã Portimonense Santa Clara Leixões Tondela Moreirense

-

Camp. Nacional de Seniores - Serie D 1 L. Lourosa 2 Anadia 3 Lusitano FCV 4 S. João Ver 5 AD Grijó 6 Cinfães 7 Bustelo 8 Cesarense 9 Estarreja 10 Sp. Espinho

P 6 6 5 4 4 4 4 3 3 2

J 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

V 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0

E 0 0 2 1 1 1 1 0 0 2

D 1 1 0 1 1 1 1 2 2 1

GMGS 3 2 7 7 9 7 7 6 7 6 3 2 3 4 5 7 5 7 2 3

3ª Jornada Sp. Espinho Bustelo Lusitano FCV Estarreja Anadia

1-1 1-0 2-2 3-1 2-1

Cinfães S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa

4ª Jornada S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa Cinfães Publicidade

-

Sp. Espinho Bustelo Lusitano FCV Estarreja Anadia

Futsal - Supertaças

Unidos da Estação e Lamego vencedores

Micaela Costa

P J 7 7 8 7 7 7 7 7 8 7 7 6 7 7 6 7 7 7 7 7 7 7

1 Moreirense 14 2 FC Porto B 14 3 Benfica B 13 4 Penafiel 13 5 Sp. Covilhã 13 6 Portimonense 13 7 Leixões 13 8 Tondela 12 9 SC Braga B 12 10Chaves 12 11 Marítimo B 11 12Atlético CP 11 13Sporting B 9 14U. Madeira 8 15Santa Clara 7 16Oliveirense 7 17Desp. Aves 6 18Feirense 6 19Ac. Viseu 5 20Beira-Mar 4 21Trofense 4 22Farense 3

Futebol

Eleições antecipam jogos Campeonatos∑ U. Madeira - Académico; Chaves - Tondela; Cesarense - Lusitano e Cinfães - Anadia Com as eleições autárquicas marcadas para este domingo, os jogos dos vários campeonatos disputam-se no sábado, dia 28. Depois de no passado fim-de-semana as equipas filiadas na Associação de Futebol de Viseu, terem passado com distinção à 3ª eliminatória da Taça de Portugal, as atenções viram-se agora para os campeonatos nacionais. Académico e Tondela, da Liga 2 Cabovisão, que soma já 7 jornadas, jogam fora de casa. Os academistas, que têm desperdiçado alguns pontos, apesar de os adversários serem praticamente todos da primeira meta-

de da tabela, viajam até à Madeira, para defrontar o União, onde joga o ex-academista Calico. Madeirenses que procuram contra o Académico recuperar de um inesperado afastamento da Taça de Portugal, frente ao Benfica Castelo Branco (2-1). Filipe Moreira já pode contar com Paulo Monteiro, que cumpriu castigo na Taça de Portugal, depois da expulsão em Faro, mas que não pode contar com o central Thiago Pereira, que se lesionou nas vésperas do jogo com o Nogueirense e já não foi opção na partida da Taça. O Tondela, que goleou na Taça de Portugal o Tor-

res Novas por 5-1, num jogo que marcou o regresso de Edson (largos meses afastado por lesão) vai até Chaves defrontar o 10º classificado. Os tondelenses sob comando de Vítor Paneira, arrecadaram já 12 pontos, estando a apenas dois dos líderes da tabela, Moreirense e Porto B. Já no Campeonato Nacional de Seniores, Lusitano e Cinfães, têm pela frente Cesarense e Anadia, respetivamente. Os trambelos vão a Oliveira de Azeméis defrontar a equipa que venceu por 4 a 2 o adversário desta jornada do Cinfães, o Anadia. Micaela Costa

O passado sábado foi repleto de emoções no pavilhão do Inatel em Viseu. Pela primeira vez, as supertaças feminina e masculina, jogaram-se no mesmo local e no mesmo dia. As primeiras a entrarem em campo foram as formações de Penedo e Unidos da Estação, para discutirem a Supertaça feminina. Uma goleada da equipa de São Pedro do Sul que venceu as campeãs distritais em título por 12 - 2. A formação de Penedono apresentouse bastante desfalcada sem algumas das suas principais jogadoras da época passada o que “facilitou” a vida das vencedoras da Taça da Associação de Futebol de Viseu, que se mostraram sempre muito determinadas em sair de Viseucom o troféu do pavilhão do Inatel. O Unidos acabou assim por arrecadar a supertaça antes do campeonato arrancar a 5 de outubro. Em masculinos foi pre-

ciso esperar pelos penaltis para saber se seria o Sporting Clube de Lamego ou o Pedreles a sair vencedor. 40 minutos de jogo e mais 10 de prolongamento não foram suficientes para encontrar o vencedor. Entrou melhor o Pedreles que ia avançando no marcador, mas a poucos minutos do final da partida o Lamego puxou dos galardões de campeão distrital e de equipa do nacional de futsal e em poucos minutos empatou o marcador. No prolongamento manteve-se o equilíbrio e a decisão foi para o desempate por penaltis. Mas até aí as equipas se mostraram equilibradas. Marcas tu, marco eu, falhas tu, falho eu, a obrigar a uma longa série de penaltis que praticamente obrigou todos os jogadores disponíveis a marcar. Acabou por resolver o guarda-redes do Lamego que marcou a penalidade decisiva para a vitória da supertaça de futsal.


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FUTSAL | DESPORTO 23

26 | setembro | 2013

“Eu acredito nesta equipa e sei que vai fazer um bom campeonato”

Esta é uma nova etapa para o Lamego, na III Divisão Nacional de Futsal. De que forma a equipa se está a preparar?

É uma etapa nova e um grande desafio. Estamos a tentar preparar uma equipa competitiva dentro das restrições económicas numa época que tem um grande handicap, que é o fato de descerem 11 equipas. Mas estamos a trabalhar, vamos jogar jogo-a-jogo, para irmos o mais longe possível e alcançar o nosso objetivo que é a manutenção. O facto de descerem 11 equipas é na sua opinião um problema. De que forma se pode contornar?

Não é fácil, porque entre a decisão de investir ou desinvestir a opção será investir com cautela. Obviamente que descerem 11 equipas é um problema maior, porque se descessem só três, tínhamos equipas para ficar a meio da tabela. Quem vão ser os principais adversários?

Temos pouco conhecimento dos nacionais, mas sabemos que as equipas do Norte são fortes, no-

meadamente Leça e Feirense. Em geral todas as equipas da zona do Porto são complicadas. Sobretudo equipas com mais experiência que o Lamego…

Sim, mas acredito que nesta equipa, com humildade e querer, vamos conseguir fazer um bom campeonato, independentemente de descermos ou não. O nosso grande objetivo é fazer um campeonato conciso, estruturado e que crie dificuldades aos adversários. A equipa que tem é a possível ou a que dá garantias para um bom campeonato?

Esta é a equipa que nós queríamos, eu, equipa técnica e a comissão administrativa. Embora faltem dois jogadores, este é o conjunto que nós escolhemos e que provaram frente a uma equipa como o Pedreles que estão preparadas para a luta, para sofrer e para ganhar.

Quem são esses dois jogadores que faltam na equipa?

Não vamos falar de nomos, mas com eles vamos fechar o plantel e a partir desse momento não vamos ter desculpa para não fazermos um bom campeonato. Estamos a falar de que posições?

Um guarda-redes e um ala. Desenhámos uma equipa jovem, com uma média de idade de 24 anos e, num nacional com estas idades e pouca experiência, podemos ter alguns sobressaltos. O facto de ser uma equipa tão jovem pode ser um entrave?

É uma dificuldade, não pela inexperiência, mas pela ambição de quererem andar sempre a correr atrás da bola, esta é uma competição diferente e mais exigente. Mas eu acredito nesta equipa e sei que vão fazer um bom campeonato. O que tem dito aos seus jogadores?

Trabalho, humildade, ambição e que acreditem neles próprios. Que tenham espiírito de conquista, vontade de ganhar e que sejam uma equipa.

Micaela Costa

O campeonato está a começar, como têm sido estes dias de preparação?

A Equipa do Sporting Clube de Lamego Publicidade

Têm corrido bem, temos trabalhado afincadamente e penso que estamos preparados.

Micaela Costa

Ivo Pinto é treinador da equipa Sénior de futsal do Sporting Clube de Lamego. Formação que conquistou o título distrital e subiu assim esta época à 3ª Divisão Nacional - segundo título alcançado na terceira época de futsal no clube. Com responsabilidades acrescidas, o treinador reconhece as dificuldades que irá encontrar numa época em que vai defrontar equipas de valor do Norte do país. Ivo Pinto falou ao Jornal do Centro após vencer mais uma taça, desta vez a Supertaça de futsal, organizada pela Associação de Futebol de Viseu. Com o plantel praticamente fechado, Ivo Pinto acredita que tem um grupo que vai dar “uma resposta muito positiva”, nesta nova etapa.

Ivo Pinto, treinador da equipa sénior de Futsal do Sporting Clube de Lamego

Começamos com uma deslocação a um terreno complicado, em Leça, mas acredito que vai correr bem. Perspetivas para esta época?

Não quero fazer futurologia. Vamos pensar jogo-a-jogo e, independentemente do resultado, vamos pensar logo n a pa r t id a a se g u i r. Devido à juventude deles não queremos criar ilusões daquilo que não existe. Eles conhecem as dificuldades, sabem o que devem fazer e é o suficiente para enca-

rarmos esta época com otimismo. Saindo da pele de treinador, e falando como alguém ligado ao desporto que conselhos dá a estes jovens?

Que acreditem neles, porque na bancada ninguém acredita. Na bancada as pessoas olham para eles como uma equipa demasiado jovem para os nacionais, mas eu sei que eles vão dar uma resposta muito positiva. São jovens, mas ambiciosos, e é disto que o país precisa. Micaela Costa


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26 | setembro| 2013

culturas PENALVA DO CASTELO

∑ Biblioteca Municipal Até 5 de outubro, exposição Lugares (in)Comuns de Penalva

VISEU ∑ Museu da Misericórdia

Exposição de fotografia “Viseu Patrimonium’13”, constituída por 29 trabalhos premiados.

RESENDE ∑ Museu Municipal Durante o mês de setembro, exposição de fotografia “Sensibilidades” da autoria de Eduardo Pinto.

TONDELA ∑ Mercado Velho Setembro, exposição de fotografia “Olhares”, o mais recente projecto de Fernando Costa.

Arcas da memória

Biografia

Arnaldo Malho O Poeta do Ferro É o último livro de Alberto Correia, há muito congeminado e a ver agora o prelo, em parceria com a Expovis – Feira de São Mateus, numa conseguida edição com design gráfico de Sónia Ferreira e muita foto, do arquivo de D. Sara Malho, filha do homenageado, Foto Germano, Delfim Ferreira, José Alfredo e do próprio autor. A preto e branco, com 144 páginas, é obra graciosa ao olhar e ao tacto. Começando a lê-la, ao seu conteúdo nos prendemos e, capítulo após capítulo, centrados sempre na genial personagem de Arnaldo dos Santos Malho, este viseense da Rua do Arco, uma vida de fino labor à forja, é-nos apresentado desde o nascimento, em 1880 até seu fim, em 1960, passando pelo ofício de serralheiro até ao de mestre professor na vetusta Escola Comercial de Viseu. Conhecemos a família, enleamonos nas teias de sua vida, centramo-nos na prolífica obra e seus lavores, nos ritambulamos am mos de tão duro mester, deambulamos daa e até pelas pela inventariada obra deixada á cula ao ás letras encetadas com a mão m máscula a. martelo e cinzel mais afoitada. m AquiliDa sua longa amizade com md edicano Ribeiro, que o brindou em dedicaoeta do tória de obra com o título “Poeta eu sinete, Ferro”, ficou-nos a águia do seu tantas páginas de memórias, como em “Arcas Encoiradas” e corrente epistolograocada. fia entre estes dois beirões trocada. Alberto Correia investiga, corre o distrito, queda-se na Torre do Tombo, fotom memória grafa, conversa com quem tem ja esbraseaesbrasea eaae, com arte e amor, desta forja na escrit ta, a, da com paixão, sai esta filigrana escrita, l, homenagem que tardava mass à qual qual, definitivamente, se alcançou a meeito ter ombro com as arcas do peito ro oinchadas do vigor que do produto final ressumbra. Alberto Correia na sua luta contra o esquecimento con-cretizou-a, e com uma asso--

pradela na cinza quente avivou o que estava por dizer e, decerto, a breve trecho, para sempre ficaria ignorado na má e vã memória dos homens a tais preitos pouco dados. A chama que a ductilidade dá ao duro ferro, a malho batida, aqui fica em 500 exemplares, na gentileza da sua laboriosa homenagem.

roteiro cinemas

VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50* R.I.P.D. - Agentes do outro Mundo (M12) (Digital)

A Evocação (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Armadas e Perigosas (M16)

Sessões diárias às 21h10, 23h50* Mestres da ilusão (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h10, 18h30, 21h50, 00h10*

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h50 Justin e a espada da coragem (CB - 2D)

Sessões diárias às 13h30, 15h40, 17h50 Aviões VP (M6) (2D)

As viagens de Filipa Duarte

Sessões diárias às 21h00, 23h40* Elysium (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 16h30, 18h40, 21h20, 23h30* A Gaiola Dourada (M12) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h00, 21h35, 00h20* Diana (CB) Sessões diárias às 14h00,

Paulo Neto

A propósito do seu livro “Singulares e Eternos” Filipa Duarte é poetisa, que é assim que eu gosto de chamar às mulheres que fazem versos. E a poesia que ela faz é sempre viagem, quase sempre, quase só dentro de si, olhos cerrados então para essa interior redescoberta de tudo quanto seus olhos antes viram sobre este chão da “terra dos homens” que atravessa em sua humana peregrinação, amálgama de sentimentos que ela põe a voar e nunca partem, álbum de recordações, como se fora colectânea de postais, dessas que ao olhar dulcificam os dias, dessas outras que evocam a atmosfera nublada de um dia qualquer em que o sol escureceu. Que isto mora nos seus versos antigos, nos muitos que eu li. Filipa Duarte é também uma mulher. Habita, como nós, este efémero pouso que Javé deixou aos descendentes de Eva e Adão, nele é peregrina, como nós outros, o destino marcado de ter de comer o pão com o suor do rosto, no trabalho encontrando a redenção, o sétimo dia deixado para descansar, como Javé justamente talhara para si. E Filipa Duarte, neste sétimo dia, escolheu viajar. Toda a terra disponível, a terra e o mar que foram dados aos homens por inteiro, que lei não há, parece, em natureza, que autorize o traçado das fronteiras, divisão entre cristãos e mouros, tomando esta diferença por metáfora de todas as diferenças. Por natureza temos apenas um limite, o que se define entre o nas-

Paulo Neto

expos

16h45, 21h10, 00h10* Riddick (M12) Sessões diárias às 11h00*(*Dom.), 13h40, 16h00, 18h50, 21h50, 00h30* A Gaiola Dourada (M12) (Digital)

Circuito fechado (M12)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

cer e o morrer, que isto está estabelecido desde o princípio, por mais longos que sejam nossos dias, que nunca serão tão longos como foram os dias de Adão, tempo marcado que não nos dará tempo de percorrer toda a terra. Que nem preciso é. Que o mesmo sol doura todas as paisagens, a mesma lua tudo enfeita de luar, a mesma bênção destas divindades antigas deveria apenas ser convite para vivermos como irmãos nesta Terra dos Homens por onde segue nossa tão curta viagem, homem e mulher, lavrador ou poeta. Filipa Duarte cumpre o seu destino de humano, de mulher, peregrina nesta terra do labor quotidiano, leva a peito este ensejo de ir mais longe, o que ela em verso chama sonho de voar, que este, sim, parece criação de lei divina e ei-la, cruzando as estradas da terra, navegando por rios e mar, cruzando o céu, atravessando desertos em busca de miragens ou de admirável flor, auscultando o índio sertão, a transgredida margem da floresta virgem, descerrando segredos no Egipto antigo, mergulhando na ruidosa vida das cidades que habitamos. Achando que é “singular e eterno” o que viveu. Longa vida, Filipa Duarte! Galápagos, Patagónia, Terra do Fogo ou o Deserto Vermelho onde quer ir, ficam apenas à distância de um sonho!...

Estreia da semana

Sessões diárias às 21h20, 00h00* Ataque ao poder (M12) Sessões diárias às 14h45, 17h20, 21h30, 00h15* 2 Tiros

Sessões diárias às 11h10* (*Dom) Gru - O mal disposto 2 VP (M6 - Dobrado)

Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h00, 23h50* O Mordomo (M12Q)

Sessões diárias às 14h20, 16h35, 18h55

Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

Diana – Um retrato emocionante de Diana, Princesa de Gales, durante os dois últimos anos da sua vida.


D Mike Dawes em Lamego

Jornal do Centro 26 | setembro | 2013

culturas

O som e a fúria

Teatro

Dona Otília e Outras Histórias

A Carlos Vilalva, embaixador do Brasil

Paulo Neto

Em cooperação com o Grupo Visabeira, a Embaixada do Brasil em Portugal, por mão do seu máximo representante, o embaixador Carlos Vilalva, trouxe a Viseu, ao Auditório Mirita Casimiro, a peça de teatro “Dona Otília e Outras Histórias, evento cultural simbólico e significativo das parcerias que este Grupo internacional sedeado em Viseu está a estabelecer com aquele país, nomeadamente através das porcelanas Vista Alegre Atlantis e Bordalo Pinheiro. A Visabeira, com escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, tem vindo a expandir internacionalmente os seus produtos, que contam com obras de arte como a jarra Portinari e lançou um desafio, com os produtos Bordalo Pinheiro a destacados artistas, os Vinte Bordalianos no Brasil, visando a criação de novas peças. Neste momento, todas as embaixadas brasileiras no mundo utilizam produtos Vista Alegre e a presidente Dilma Rousseff, aquando da sua vinda a Portugal, visitou a exposição destes produtos em Lisboa. A peça de teatro em questão, da autoria da já falecida dramaturga Vera Karam (1959-2003) é uma trilogia composta por três sketches: 1. Dona Otília Lamenta Muito; 2. A Florista e o Visitante; 3. Dá Licença, Por Favor? Com direcção de Gilberto Gawronski, tem no seu elenco a consagrada Guida Vianna, detentora dos maiores prémios brasileiros, actriz de teatro, filmes, telenovelas, directora da Revista do Teatro, etc., Gilberto Gawronski e

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É já este sábado, no Teatro Ribeiro Conceição em Lamego, que pelas 21h30, atua o guitarrista Mike Dawes. Um concerto que faz parte da programação do Douro Jazz

Alcemar Vieira. Os três textos contam com os mesmos três actores, um cenário despojado onde predomina uma tela e sete solitários com sete rosas vermelhas, contando com a trilha sonora de Cole Porter, “Miss Otis regrets” em várias versões.

Autónomas, as histórias, são sátiras bem urdidas a cenas do quotidiano brasileiro ou de qualquer país, em geral. Sobressai a vitalidade de Guida Vianna, exuberante e protagonista em todas as suas intervenções. Na primeira, que consi-

deramos a mais bem conseguida, um casal comemora uma década de matrimónio. Há um jantar surpresa com vários convidados, preparado pela mulher que ignora, egotista e narcisicamente, que o marido intenta deixá-la nesse mesmo dia. Os quiproquós sucedem-se pela boca de Dona Otília que mal deixa falar seu marido, num jogo crescente, em que as aparências socias se sobrepõem à realidade factual. Muita ironia, fina representação e humor crítico. O segundo texto apresenta duas personagens desconhecidas à beira de um possível entendimento capaz de conferir novo rumo às suas vidas patéticas. Expectativas que se frustram, não na atracção dos corpos, mas na equivocidade dos discursos. Finalmente, a última história é de um cidadão que vai ao teatro e depara com seu lugar ocupado por uma carteira de senhora, a qual, gera uma discussão tamanha, próxima do absurdo e da crítica social de classes, fundada numa intolerância discursiva devastadora. Em suma, uma iniciativa de sucesso que trouxe até nós uma reconhecida dramaturga gaúcha, textos ricos de humor negro mesclado com muita ironia e um universo muito feminino de comédia, absurdo e melodrama. Além do embaixador do Brasil em Portugal, estiveram presentes o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, os administradores do Grupo Visabeira e o autarca local. Paulo Neto

Yasujiro Ozu Maria da Graça Canto Moniz

No passado dia 16 celebraram-se os 60 a nos da est rei a em cartaz de “Viagem a Tóquio” (1953), uma das obras-primas do realizador japonês Yasujiro Ozu. O filme ficou em terceiro lugar na lista resultante da votação internacional dos “melhores filmes de sempre”, de 2012, realizada pela revista Sight & Sound. Por exemplo, para Wim Wenders – e a autoridade de Wenders dificilmente é questionável – a obra de Ozu é “um tesouro sagrado do cinema”. Os f i l mes de Oz u são mais crónicas do que filmes: examinam as “lutas” básicas que todos nós en frentamos na vida – os ciclos de nascimento e morte, a transição da infância para a idade adulta e, sobretudo e mais importante, a tensão entre a tradição e a modernidade. Por outro lado, a 2ª Guerra Mundial marcou profundamente a obra de Ozu, tornando-o num dos maiores cronistas das mudanças que a família e a intimidade sofreram no pós segunda guerra mundial. Aliás, há até quem diga que este foi o mais japonês de todos os realizadores japoneses (Donald Richie em “Ozu: Vida e Filmes”) cujo tema central foi a família japonesa e, mais do que isso, a sua disso-

lução. Mas o que tem Ozu de especial? Podia resumir num termo bizarro: mono no aware (literalmente significa “sensibilidade pa r a a s coi s a s”). É uma expressão usada para descrever um estado de espírito que frequentemente se encontra em textos básicos “Zen” e nas tradicionais narrativas Japonesas que significa uma aceitação e celebração do Mundo e das pessoas. Mono no awa re s a b orei a se em vários f ilmes d e O z u , c o m o “A n Autumn Afternoon”, “Tokyo Story”, “Late Spring e Good Morning”. A criação deste sentido de mono no aware, nos filmes de Ozu, vê-se numa típica personagem que diz “Ii tenki desu ne?” (“ Te mp o b om , n ã o é), após uma mudança radical familiar e social como uma casamento indesejado da f ilha no pano de f u ndo de u m Japão em mutação rápida . Mas fica um aviso: se o leitor é fã das telenovelas (mexicanas, portug uesas, brasucas, whatever) não irá apreciar verdadeiramente os f i l mes de Ozu porque a formatação dramática, narrativa, visual e sonora dada às relações familiares ali é ligeiramente diferente da que domina os quatro canais portugueses.

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em foco Beleza e simpatia na passerele da Feira de São Mateus

Micaela Costa

Como já vem sendo hábito decorreu na passada sexta-feira, dia 20, o Desfile-Concurso Mini Miss Feira de São Mateus. O evento, com produção da empresa Estrelas da Moda, tem como objetivo escolher as três Miss de entre as várias concorrentes, dos três escalões a concurso (dos 3 aos 6 anos, dos 7 aos 11 anos e dos 12 aos 18 anos). Para além da Miss, são ainda distinguidas duas damas de honor, miss simpatia e miss fotogenia. O desfile tem o apoio da Expovis e da Travelgate (que ofereceu viagens às Miss vencedoras).


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26 | setembro | 2013

saúde

A Clínica Praestigium, em Viseu especializada em soluções inovadoras para promover a saúde, beleza e o bem-estar físico e emocional, acaba de mudar de instalações. A funcionar há cinco anos na Avenida Alberto Sampaio, em pleno centro da cidade, manteve o mesmo objetivo de estar de portas abertas na área urbana - Rua Nossa Senhora de Fátima – mas agora “num espaço mais amplo”, para “responder às solicitações dos clientes”, adianta a responsável pela Clínica Praestigium Viseu, Maria Ruas. A Clínica dispõe de

DR

Viseu ∑ Espaço de saúde e bem-estar agora na Rua Nossa Senhora de Fátima

especialidades de tratamento de emagrecimento, emagrecimento localizado, rejuvenescimento facial, lifting facial, bem como serviços de depilação definitiva, anti-celuliticos, refirmação corporal, spa relaxamento, refirmação de seios, tratamento pré e pós-parto,

entre outros. Nas terapias oferece ginástica passiva, infravermelhos, mesoterapia, envolvimentos, drenagem linfática, antistress e fotorejuvenescimento. O espaço é igualmente indicado para consultas de nutrição, ortomolecular e cirurgia estética.

Assinalou-se na passada terça-feira, dia 24 o Dia de Sensibilização para o Cancro da Tiróide. A Associação das Doenças da Tiróide e o Grupo de Estudos da Tiróide (GET) da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) aproveitou a efeméride para lembrar que a importância da deteção precoce desta patologia, que afeta 400 pessoas por ano em Portugal e cuja incidência está a aumentar. O GET divulgou dados que confirmam haver mais de um milhão de portugueses afetados por doenças da tiróide, um tipo de patologias bastante comuns que afetam sobretudo mulheres, sendo os principais distúrbios o hipotiroidismo e o hipertiroi-

DR

Clínica Praestigium mais próximo dos clientes

Doenças da tiróide afetam mais de 400 doentes ano

dismo. Nas últimas décadas tem-se registado um aumento dos casos de cancro diferenciado da tiróide, em Portugal e também noutros países desenvolvidos. O cancro da tiróide é um tumor maligno da glândula ti-

roideia. Aparece habitualmente sob a forma de nódulo do pescoço, quase sempre sem dor. Os cancros da tiróide mais frequentes são o cancro papilar e o folicular que se agrupam nos chamados cancros diferenciados da tiróide. EA


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Opinião

Apneia do sono: Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico é-nos sugerido pela clínica, sobretudo pela sonolência diurna presente nestes doentes, e reforçado pelo exame objetivo, onde o excesso de peso tem um papel de relevo, e por eventuais alterações anatómicas das vias aéreas superiores. A confirmação é feita pelo estudo poligráfico do sono. A polissonografia (PSG) é o exame que dá o diagnóstico definitivo do síndroma de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Este exame permite o registo eletroencefalográfico (EEG), eletrooculograma (EOG), eletromiograma (EMG) submentoniano, fluxo aéreo oronasal, movimentos abdominais e torácicos, saturação do oxigénio, eletrocardiograma (ECG) e

posição corporal. Permitenos assim determinar com rigor a estrutura do sono. Tem que ser feito em laboratório de sono, na presença de um técnico de cardiopneumologia especializado. Numa percentagem elevada de doentes é possível fazer o diagnóstico através de estudo ambulatório cardiorrespiratório, indicado em situações em que a clínica é fortemente sugestiva de apneia do sono e as características anatómicas e biótipo são igualmente sugestivas, na ausência de outras patologias crónicas significativas. Nestes casos este exame é geralmente suficiente para o diagnóstico, podendo ser efetuado em casa do doente, evitandose assim o chamado efeito

laboratório (estranhar o espaço/cama) que pode alterar de forma significativa o sono. A avaliação prévia é portanto fundamental para orientar estes doentes para um ou outro exame. Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento deve iniciar-se por medidas gerais de carácter higieno-dietéticas, onde a perda de peso no caso de excesso ponderal assume particular importância, evicção de bebidas alcoólicas sobretudo à noite e sedativos, se for o caso. Outras medidas de higiene do sono, como horários regulares para deitar e sobretudo levantar, são igualmente importantes. Não esquecer que cada um de nós tem necessidades diferentes de quantidade de tempo

de sono pelo que cada um deverá respeitar o número de horas que lhe permita mais bem estar e melhor desempenho durante o dia (na maioria dos casos entre 7 a 9H). É necessário igualmente despistar eventuais patologias presentes como o hipotiroidismo que, no caso de existir, terá obviamente que ser tratado. O CPAP constitui o tratamento de primeira linha, corrigindo os eventos respiratórios e normalizando a saturação de oxigénio no sangue. A grande evolução tecnológica dos últimos anos tornou esta terapia cada vez mais confortável para o utente, contribuindo para uma melhor adesão e melhor resposta ao tratamento. Resumidamen-

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te consiste na aplicação de uma pressão positiva contínua na via aérea superior impedindo o seu colapso. A cirurgia do foro otorrino (ORL) pode também constituir uma abordagem de primeira linha em situações em que há roncopatia marcada (grandes ressonadores) com índices de apneia ligeiros/ moderados, sobretudo quando há alterações estruturais das vias aéreas superiores importantes suscetíveis de correção (desvio do septo nasal, hipertrofia marcada da úvula, hipertrofia do palato…). O estudo poligráfico do sono e a avaliação ORL são essenciais antes de eventual abordagem cirúrgica. A s próteses buca is (próteses de avanço mandibular) estão indicadas em

Simões Torres Pneumologista Coordenador do núcleo de Viseu da Fundação Portuguesa do Pulmão

situações de SAOS ligeiras/ moderadas que não respondem ao CPAP ou que recusem esta terapia. A sua eficácia é contudo menor e a adesão é baixa. Têm sido tentadas outras abordagens como estimulação dos músculos da faringe, mas o seu sucesso é muito limitado. As medidas de higiene do sono e o CPAP constituem o tratamento de eleição de SAOS. A cirurgia ORL está indicada sobretudo nos roncadores simples. Bom sono.


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DIVERSOS 29

26 | setembro | 2013

IMOBILIÁRIO - T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755 - T1 dpx - jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823 - T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755 - T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018 - T3 na Quinta do Galo. Mobilado e Equipado. 350,00€ 962412359 - T3 Quinta do Galo. Com lareira na sala. 320,00€ 962412359 - T3 Praça de Goa. Completamente renovado. 350,00€ 962412359 - T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

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ção e pinhal. Empregada domestica Ref. 588141455 – Carregal do Sal Cuidar de pessoa idosa no domicílio, horário nocturno.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.


Jornal do Centro

30 DIVERSOS

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INSTITUCIONAIS OBITUÁRIO

2ª Publicação

Palmira da Conceição, 94 anos, viúva. Natural e residente em Queimada, Armamar. O funeral realizou-se no dia 23 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Queimada.

Francisco Eduardo da Silva, 57 anos, viúvo. Natural de Ranhados e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 18 de setembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária Igreja Armamar Tel. 254 855 231

Carlos Jorge Ferreira Augusto, 71 anos, casado. Natural de Viseu e residente em Santo Estêvão. O funeral realizou-se no dia 21 de setembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Herculano Pereira Garcia, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 24 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local. Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415 João Luís Cardoso, 93 anos, casado. Natural e residente em Picão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 18 de setembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Picão. Adriano Paiva Dias, 97 anos. Natural de Sequeiros, São Martinho das Moitas e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 19 de setembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Sequeiros.

(Jornal do Centro - N.º 602 de 26.09.2013)

Hermínia de Oliveira da Silva, 79 anos, casada. Natural São Martinho das Moitas e residente em Gafanhão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Gafanhão. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238

1ª Publicação

Celestino Gomes Fernandes, 76 anos, casado. Natural de Canedo do Chão, Mangualde e residente em Fragosela de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

(Jornal do Centro - N.º 602 de 26.09.2013)

Maria Isabel Marques de Melo, 59 anos, solteira. Natural de Mouraz, Tondela e residente em Couço, Mouraz. O funeral realizou-se no dia 21 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério nº 1 de Mouraz. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Nelso Lourenço Soares, 66 anos, casado. Residente em Travassós de Cima. O funeral realizou-se no dia 18 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba. Maria Ester Pinto, 93 anos, casada. Residente em Póvoa de Abraveses. O funeral realizou-se no dia 19 de setembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. João da Costa Almeida, 93 anos, viúvo. Residente em Cunha Alta, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 20 de setembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Cunha Alta. Arlindo Soares Cardoso, 54 anos, casado. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba. Maria da Glória da Costa, 81 anos, viúva. Residente em Moselos. O funeral realizou-se no dia 23 de setembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério do Campo. Aurora Alves Ribeiro Lopes, 86 anos, casada. Residente em Outeiro, São Pedro de France. O funeral realizou-se no dia 23 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Alzira Máxima, 83 anos, viúva. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 25 de setembro, pelas 9.30 horas, para o cemitério local.

Arlindo Ferreira Lemos, 90 anos, viúvo. Residente em Santiago. O funeral realizou-se no dia 23 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

Cidália de Jesus do Amaral, 72 anos, viúva. Residente em Nespereira, Povolide. O funeral realizou-se no dia 23 de setembro, pelas 18.15 horas, para o cemitério de Povolide.

Maria Amélia de Jesus, 71 anos, casada. Residente em Paços de Vilharigues. O funeral realizou-se no dia 19 de setembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério local.

Gracinda da Silva Pinhel Albuquerque, 90 anos, viúva. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Arlindo Gonçalves, 84 anos, viúvo. Residente em Olheirão, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 19 de setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Oliveira de Frades.

Maria do Carmo Ferreira, 85 anos, viúva. Residente em Travassós de Baixo, Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 25 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Rio de Loba.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131


Jornal do Centro

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26 | setembro | 2013

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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

HÁ UM ANO

Parque da Quinta do Bosque: saltar ou não saltar a vedação?

EDIÇÃO 549 | 20 DE SETEMBRO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

ricata: o referido portão estava aberto, mas quem fez o trajeto ascendente deparou-se com o portão superior fechado. Ante a perspetiva de voltar a fazer inversamente o percurso, e procurar uma alternativa mais morosa, a opção foi óbvia: saltar

a vedação! Uns, aqueles para quem os anos ainda não pesam, fizeram-no com a tranquilidade de quem já está habituado; outros precisaram de ajuda não só para transpor a rede, mas também para digerir a indignação. Uns e outros lá foram à

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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > ECONOMIA pág. 22 > DESPORTO

Ano 11 N.º 549

1,00 Euro

pág. 26 > CULTURA pág. 28 > EM FOCO pág. 29 > SAÚDE

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

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pág. 30 > CLASSIFICADOS pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

Paulo Neto

| Telefone: 232 437 461

·

Novo acordo ortográfico

- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

redacao@jornaldocentro.pt

Moradora

·

www.jornaldocentro.pt |

“Mais justiça, mais igualdade e acima de tudo mais honestidade” ∑ Paulo Agante, da “Geração à Rasca”, em entrevista ao Jornal do

Centro

Inglês e Espanhol

| páginas 8 e 9

Cursos em a iniciar Outubro

Rua dos Casimiros, 33 - Viseu - www.ihviseu.com Tel: 232 420 850 - information@ihviseu.com

tas sem resposta na Loja do Cidadão ∑ Perguntas ∑ “Eles (políticos) sabiam exatamente para onde é que estávamos a caminhar” (Geração À Rasca)

∑ Autarquia (de Viseu) baixa IMI e Derrama ∑ Sernancelhe aposta na educação ∑ Casa da Ínsua desafia clientes a participar na vindima

∑ Pedro Abrunhosa homenageia a música portuguesa (Os Melhores Anos)

∑ CicloRETOMA está de volta ao Cine Clube de Viseu ∑ Cova da Beira contra ideia de mudar radioterapia para Tondela e Viseu

Isabel Brito

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DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)

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sua vida, certamente saudosos do tempo em que o bosque era livre e não necessitavam de acrescenta r ao quotidia no mais uma “vedação”! Afinal, para que serve o parque se não for habitado, nem que seja pelos moradores que o utilizam como acesso ao centro urbano? Porque é que os portões não abrem no horário estipulado? Porque é que só se abre um portão de cada vez negando o acesso aos que moram em “baixo” ou em “cima”? Neste mês de setembro, a aleatoriedade dos critérios de abertura/encerramento do parque é desconcertante. É triste ver que a opção tomada só contribui para afastar os cidadãos de um espaço que é seu!

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Segunda-feira,16 de setembro, 09.30h. O verão começa a despedir-se e a manhã solarenga convida a um passeio pelo bosque, ainda que a maioria o faça para se dirigir ao seu local de trabalho ou para iniciar o ano letivo enquanto estudante. Para quem vive na Quinta do Bosque, nada mais natural do que atravessar o parque vedado e inaugurado em 12 de julho de 2012, não só por ser um espaço público de fruição da natureza, mas porque é o caminho mais curto para chegar à parte alta da quinta onde se situa o hotel Montebelo. O aviso ao público, no portão do sopé do monte, a nuncia a hora de abertura e fecho: 08.00h – 22.00h. Porém, ao longo deste mês, esteve frequentemente encerrado, por volta das 9.00h. No dia 16, a situação foi ca-

∑ Desfile militar invade Mangualde


tempo

JORNAL DO CENTRO 26 | SETEMBRO | 2013

Hoje, dia 26 de setembro, chuva fraca. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 14ºC. Amanhã, 27 de setembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 13ºC. Sábado, 28 de setembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 17ºC e mínima de 13ºC. Domingo, 29 de setembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 13ºC. Segunda, 30 de setembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 14ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Quinta, 26

Fora dos rebanhos

Viseu ∑ Cerimónia de inaugura da requalifica Casa da Ribeira, às 15h00.

Viseu ∑ XLII Congresso Mundial das Academias do Bacalhau, durante três dias, no Hotel Montebelo e em outros locais da cidade. O evento conta com a participação de cerca de 500 comadres e compadres, nomes pelos quais são tratados os membros das Academias do Bacalhau de todo o mundo.

Sábado, 28 Viseu ∑ Apresentação do livro “Bodiosa: história, património e tradições” de Jorge Adolfo, Ruben F. Marques e Fátima Eusébio, às 21h00, nas instalações do Centro Social de Bodiosa. Publicidade

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@gmail.com

lilianapinho.pt.vu

Viseu ∑ Cerimónia de inauguração da reabilitação da Quinta da Cruz, em S. Salvador, às 11h00.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

“Maior banda rock do mundo” em Viseu StopEstra! ∑ Mais de 100 músicos no palco do Teatro Viriato, sábado, dia 28 A S t o p E s t r a (o r que st r a de mú sicos do Centro Comerc i a l S to p d o P o r to) apresenta-se como a “maior banda de rock do mundo”. No pa lco, m a is de 100 músicos amadore s e prof i ssion a i s , de diversas estéticas urbanas, reúnem uma plu ra l idade de estilos marcados por um reportório forte que contagia o público. A StopE st r a é co ordenada pelo músico e compositor Tim Steiner, que colabora já há longos a nos com a Casa da Músi-

ca do Porto. Na direção de baixos, Miguel Ramos, de guitarras Jorge L ou ra , bate rias e precursão Antón io S e r g i n h o , te clas, sopros e metais, Ricardo Batista e nas

v o z e s Te r e s a M e l o Campos. O g r up o d o n o r te do pa ís sobe ao pa lco do Teatro Viriato sábado, dia 28, pelas 21h30.

Exposição

∑ Da programação do Teatro Viriato para este trimestre, faz parte a exposição “Diálogos em lugares não imaginados”, fotografias de Carina Martins. A exposição, patente até dia 14 de dezembro, é o desafio de Carina Martins em desconstruir a narrativa do coreógrafo e diretor do Teatro Viriato, para reconstruir uma nova relação entre tempo, espaço, corpo e movimento. Da exposição fazem parte fotografias dos mais variados momentos e espaços, desde corredores do teatro, bastidores e muitos outros.

1. Como se sabe, Carlos Vieira, o único deputado bloquista da assembleia municipal de Viseu, foi substituído e não cumpriu o mandato para que foi eleito pelos viseenses. Como agora se apresenta outra vez a votos, fez-se aqui na semana passada a pergunta lógica: desta vez Carlos Vieira fica lá os quatro anos ou os outdoors com a sua fotografia são um ludíbrio aos eleitores? Perante esta pergunta, o bloco chutou para canto e não deu uma resposta clara. É verdade que o bloco de esquerda anda com a mania de “rodar” eleitos como quem roda pneus. A candidata bloquista à câmara de S. Pedro do Sul até quantificou a coisa: lá é para “rodarem” quatro por cada posição, exactamente como nos automóveis. Isto se Rui Costa, o cabeça de lista à assembleia municipal de S. Pedro do Sul, se deixar transformar num pneu Michelin de perfil baixo. Chegámos a esta situação: em Viseu, um eleitor do competente Carlos Vieira — que vale mais votos que o bloco – não sabe o que fazer. E se vota nele e depois ele passa a pasta ao número dois? A propósito, quem é o número dois? 2. O facto de eu ter colaborado nos primeiros meses na candidatura de José Junqueiro, quando ele ainda não tinha completa a sua máquina, criou-me um desafio — não ser excessivamente crítico com o candidato socialista. É que tento sempre seguir a melhor tradição do pensamento europeu: há que tomar partido, isto é, escolher uma parte, e depois exercer o juízo crítico com severidade, especialmente com a nossa parte. Ora, isto causa estranheza e não só nos rebanhos partidários. No nosso espaço público há muito “pensamento” alinhado mas quase nenhum pensamento independente. Aqui, nesta coluna, não se vai mudar. Se o próximo presidente da câmara de Viseu for Almeida Henriques, a sua acção será sempre aqui escrutinada. Se for José Junqueiro, que apoio, esse escrutínio será ainda maior.


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