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UM JORNAL COMPLETO
16
especial
animais de estimação
textos ∑ Micaela
Costa
Jornal do Centro 03 | outubro| 2013
Comemora-se amanhã, dia 4, o Dia Mundial rável de quatro patas, do Animal de Estimação. este é o dia para Para quem tem um oferecer um mimo Para muitos este amigo insepasão os amigos mais diferente ao seu “bichinho”. meigos e mais fiéis. verdadeiros, mais simples, mais genuínos, Para muitos estes amigos merecem E porque cuidar mais traquinas, de um animal de todo o respeito mais estimação e carinho. ta semana algumas dicas sobre os “bichinhos”não é simples, mas gratificante, deixamos no Especial que moram lá em descasa.
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pequenas atitudes que fazem a 1 - Antes de levaraumdiferenç animal
pág. 10 > REGIÃO
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Ano 12 N.º 603
pág. 16 > ESPECIAL pág. 18 > EDUCAÇÃO
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Semanário 3 a 9 de outubro de 2013
pág. 08 > À CONVERSA
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Para evitar odores desagradáveis limpe zes dos seus animais as fepelo menos duas vezes caso de estarem no ao dia e, no quintal, lave o espaço três vezes por semana. pelo menos Quer em casa ou na tante que recolha os restos de alimentos rua é impordo comedouro do animal, evitando assim a proliferação de ratos, baratas e formigas.
Paulo Neto
pág. 06 > ABERTURA
Seguros para animais
Um animal de estimação é uma enorme responsabi- de 120 euros por ano. Alguns seguros incluem lidade mas acima de tudo coberturas de assistência, uma fonte de prazer e com- para os donos panhia. Contudo, e obterem inporque formação sobre clínicas veum animal como uma pessoa, deve ter condições terinárias, escolas de treino ou formalidades para viver, antes de legais, responacolher bem como a guarda do aniou adotar é importante sabilidade civil per- mal em canil ceber se realmente ou gatil, se o para temos dono for animais perigosos. hospitalizado. possibilidades de Se procura um seguro ter um Se estiver interessado Neste grupo inserem-se os mais animal. As responsabilidacompleto, que, além cães que já tenham num seguro para atacado da responsabilidade des e custos são, por animais, pessoas vezes, verifique ou outros animais. civil, se não elevados e devem inclua as despesas ser pe- esta cobertura possui já A lei define ainda sete de saúraças de com o sados no orçamento no de res- perigosas: animal, também fami- ponsabilidade cão de fila braliar. É fundamental civil fami- sileiro, encontra produtos garantir liar ou à medogue argentino, multirriscos habitatambém a higiene, pit bull terrier, rottweil- dida. Um cartão de saúde a saúde, o bem-estar e a segurança ção. Contudo, destas estão ler, staffordshire terrier dá-lhe acesso a descontos excluídas algumas de quem os rodeia. que rondam os 30% raças, americano, numa como cães de grande staffordshi- rede O seu animal de estimação Com cães de raças porte re bull terrier, de veterinários, não a um veterinário potencada seis meses (para ou de guarda. a cialmente perigosas, Neste caso, a cruzamentos tosa inu e tem exclusões serem consultados e é válido como única solução e de tados). Anualmente destas com por o rottweiller ou pit os cães são obrigados desparasié contratar outras toda a vida do animal. bull ter- o seguro cina da raiva (se for raças. Além do mia tomar a vaespecífico para rier, deve contratar administrada durante O prémio anual crochip um seda anual de vacinação a campanha guro de responsabilidade animais domésticos. Qua- estes de identificação, são de base ronda vercusta 4,40 euros, ou o dobro (8,80), se fora daquele período). cães deverão ter os 100 se todas as seguradoras civil, com um capital euros. Outros os uma licença míni- comercializam. nas da esgana, hepatite Recomenda-se ainda as vacida junta de reembolsam produtos mo de 50 mil euros. Pode optar freguesia as despesas Os doleptospirose e a chamadapor adenovírus, parvovirose, e seguro de resnos podem ser responsabi- por diferentes capitais e, em ponsabilidade de saúde do animal. tosse de canil. Não cina obrigatória para Nesregra, é aplicada uma civil com te caso lizados criminalmente gatos, mas a da raiva, existe vafran- capital pode ser cobrada nia (gastroenterite), pe- quia de 10% panleucopésobre os danos euros. mínimo de 50 mil franquia e existem los danos a terceiros. coriza felina são aconselháveis. (ou febre dos gatos) e leucose Para um capital selimicausados. Para um Por 40 euros anuais tes a pagar por sinistro. ga- de 100 mil euros, capital guro de 100 mil euros, o Também é limitada rante o pagamento o prémio prémio dos da- anual ronda a idaanual oscila entre os 40 euros. nos causados. Para de do animal. Os 90 euros e 120 euros incluir prémios Caso o seu cão Troque sempre a anu- oscilam entre despesas de saúde, água de seu animal, 100 conte derado perigoso, seja consi- ais e cobre os danos a vasilha com água deixe cau- 120 euros anuais, euros e com um prémio de fresca principalmente é obrigado sados cerca a contratar consoanquentes. pelo animal em terem tempos um seguro de ritório te o limite por sinistro nacional. ou anual. para casa, teza de que ele não será motivo de discórdia,tenha a certrário, toda a família vai sofrer, principalmentecaso conele.
Alimente o seu animal nos horários corretos e fixos todos os dias, evitando assim que passe fome ou se torne um animal obeso. Não se esqueça alimentos apropriados que a cada espécie e idade existem Os adultos devem do animal. ser alimentados duas vezes ao dia, e os filhotes de quatro, a seis vezes ao dia.
Passeie com o nal da tarde ou início seu animal todos os dias no fida manhã. Durante lize sempre coleira o passeio, utie guia. É segurança para o animal e para as pessoas.
DIRETOR
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
m xxx gora coeço A r 0,80 Euros p
pág. 19 > ECONOMIA
Identificação é import ante
Registo, seguro e licen- boletim sanitário, ça são essenciais preen- As licenças para as- chido por têm de ser re- te um veterinário. segurar uma boa de automóvel, o novadas anualmente, convi- A taxa de dono em pode ser encontrado. registo e licenvência entre animais junho e julho. Fora e hu- ciamento O deste seguro de custa, em regra, manos. Os cães e responsabiliperíodo, o preço é os gatos até 15 euros. agrava- dade civil estão obrigados a só é obrigatório do em 30 por cento. registo. Na mesma altura Este é pedido na junta Os animais de estima- para os perigosos e potende cal, peça a licença e lofreguesia da zona cialmente de de- ção precisam de resi- tenção, também de convém perigosos, mas posse e circulação dência do dono, entre contratá-lo para uma identificação os do animal. Para três e seis meses de obtê-las, nica (microchip). eletró- todos os cães. Custa idade mostre o até Assim, boletim sanitádo animal. Apresente se fugirem e provocarem, 100 euros anuais e paga o rio com as vacinas danos causados pelo em dia. por exemplo, anium aciden- mal em Portugal.
1 Euro
pág. 21 > DESPORTO pág. 23 > CULTURA pág. 29 > CLASSIFICADOS
Nesta Nest ta ed edição dição | Telefone: 232 437 461
novo
SEMANÁRIO DA
pág. 27 > SAÚDE
REGIÃO DE VISEU
pág. 31 > CLUBE DO LEITOR
Novo acordo ortográfico
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S. João da Pesqueira
Cinfães
Armamar Tabuaço
Lamego
Resende
Tarouca Penedono
Moimenta da Beira
Castro Daire S. Pedro do Sul Satão
Oliveria de Frades Viseu
Penalva do Castelo
Vouzela
Mangualde Nelas
Tondela
Carregal do Sal
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Mortágua
S. Comba Dão
Um distrito a duas cores
Sernancelhe
Vila Nova de Paiva
| págs. 6 a 9
Jornal do Centro
2
03 | outubro| 2013
praçapública r
palavras
deles
r
Inaugurar obras é O fiel amigo tem uma espécie de sal na que estar sempre à comida” mesa, nem que seja através do simples pastel (de bacalhau)”
r(Em
Viseu) “Existiram alguns contratempos partidários que não deviam ter acontecido”
rNão é certo que eu
seja o próximo vereador da câmara municipal de Viseu, pois o partido ainda não decidiu. Se eu for vereador, trabalharei até nas escadas da câmara”
Fernando Ruas Presidente da Câmara Municipal de Viseu, durante a inauguração do novo projeto de saúde da radial de Santiago
Editorial
tades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. (LC)
Os resu ltados sa ídos da s eleições autárquicas de 29 de Setembro passado configuram Paulo Neto várias realidades, nacionais e Diretor do Jornal do Centro distritais. paulo.neto@jornaldocentro.pt A n ível n acion a l a g ra nde derrota do PSD é a tónica. Também o BE perdeu. Ganharam a CDU e o CDS. O PS entre perdas e ganhos nem vence nem sai derrotado. Estran ha mesmo é a capacidade do CDS/PP passar pelo meio da tempestade que dizimou o Resende Cinfães PSD sem lhe cair em cima gota de água ou ponta de vento… Magias à Portas que “come” Pedros ao pequeno-almoço, apesar de ser tão responsável Castro Dai quanto o PSD em todas as medidas a-sociais tomadas. S. Pedro do Sul Se a política do governo explica muita coisa, porque pasOliveria de Frades sa Paulo Portas e o CDS/PP ao lado dela, aumentando o núViseu Vouzela mero de câmaras, a nível nacional de 1 para 5?
Carregal do Sal Mortágua
S. Comba Dão
João Azevedo
Hélder Amaral
Presidente da Federação de Viseu do PS, em conferência de imprensa
Candidato à Câmara Municipal de Viseu pelo CDS-PP, em declarações ao Jornal do Centro
Mudam-se os tempos, perdem-se as vontades Mudam-se os tempos, mudam-se as von-
Tondela
António Figueiredo Presidente da Academia do Bacalhau de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro
Em Viseu, e à hora que escrevo… o Cavaquistão desapareceu. Carregal do Sal, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul e Nelas passaram para o PS. Juntam-sel he Ca st ro Da i re , Ci n f ães , M a n g u a ld e , Moi m e n t a d a Beira, Resende e Vila Nova de Paiva. Mas o PSD não deixou de fazer conquistas em Mortágua, em Tabuaço e em Ta rouca . Aqu i , ex pectável mesmo seria a mudança em Tarouca, sendo inesperada a derrota de João Ribeiro, em Tabuaço. No distrito, o que sobressai é uma questionável polí-
tica da distrital do PSD e um bom trabalho da federação do PS e de António Borges, enquanto coordenador das autárquicas. Assim, Mota Faria que teve a sua oportunidade mostrou com factos e não com palavras, não estar à altura da responsabilidade da função, destruindo aquilo que foi construído, árdua e laboriosamente por antecessores seus, nomeadamente, Luís Martins e Carlos Marta, que deixaram 22 câmaras do PSD. Porém, homem de coragem e de reconhecida autocrítica, Mota Faria não deixará de tirar ilações dos resultados, apresentando a sua demissão. Ta mbém os “ mei r i n hos” mostraram, como a raposa do romance de Aquilino, a Salta– Pocinhas, pintalegreta, serem senhores de muita treta, labieta e matreirice lambisqueira. É o que há. Mediocridade… E isso paga-se. João Azevedo está agora em condições de ser o presidente da CIM-Viseu/Dão-Lafões, pois das 15 autarquias com assento terá 8 contra 7 do PSD, pois há mais uma de fora do distrito: Aguiar da Beira. Assim como o PS nacional, com 150 autarquias ganhas, terá a legitimidade para assumir a Associação Nacional de Municípios. No Concelho de Viseu o PSD saiu triunfante com 46,37% dos votos (em 2009 62,06%); o PS é a segunda força política com 26,84% (26,3% em 2009), o CDS/PP a terceira com 9,56% (5,24% em 2009), a CDU é a quarta com 4,02% (1,53% em 2009) e o BE a quinta força com 3 ,8% (2 ,3% em 2009). Havendo 2.501 votos brancos, estes con f ig u ra ria m a quarta força, sendo a quinta
os votos nulos, com 1.839. Sem entre as hostes, o PS e José surpresa, the big winner é a Junqueiro tiveram dentro do abstenção com 52,01% (contra seu próprio partido os maio43,55% em 2009). Leia-se com res inimigos, obrigando-o a atenção este diferencial… travar um combate duplo onde E não é sério dizer que tan- as “guerrilhas pessoais” se sotos se abstiveram porque es- brepuseram aos interesses potava a chover. Mas sim, dizer líticos nacionais. Há quem teque tal abstenção é um espe- nha ficado muito mal no relho onde se devem ver muitos trato. Ainda assim, Junqueiro dos medíocres políticos-ac- teve mais votos que Ginestal tores-treinadores por aí pu- em 2009… lulantes. Este é o verdadeiro Venham as legislativas! E já cartão vermelho passado pe- estão a chegar à parada os pulos não-eleitores, descoroçoa- tativos candidatos a deputados, desanimados e de tal for- dos. Já os vemos, a limparem ma descrentes que deixaram os botões da farda e a ajeitade exercer o seu legítimo di- rem o plissado das saias. Mas reito à cidadania e à interven- isso é outra conversa. ção pública e política. Em boa verdade, deslegitimaram-se para e doravante se queixarem daquilo de que discorda m . Quem não vota não tem voz. Em qualquer circunstância. Se discorda das políticas vota em branco. Mas vota… Um cenário assim configura desta forma a vereação do S. João da Pesqueira município viseense: PSD - 5 Armamar Tabuaço vereadores; PS - 3; CDS/PP - 1. Lamego Lembramos que o anterior era de 7 PSD - 2 PS. Já na junta metropolitana Tarouca Penedono Moimenta da Beira o caso é mais bicudo, pois o PSD pode ter 9 elementos eleiSernancelhe tos; o PS - 6; o CDS/PP - 2; o Vila Nova de Paiva BE - 1 e a CDU - 1. Daqui de- re corre o cenário: uma união do PS, CDS/PP, BE mais CDU e o PSD vai ao “charco”. Ou então uma aliança do PSD com Satão o partido para isso disponível. Em que termos? Penalva do Castelo A Assembleia Municipal tinha 14 elementos do PSD, conMangualde tra 8 do PS, 3 do CDS/PP, 1 do BE e 1 da CDU. O que dá uma Nelas maioria “justinha” de 1 4-13 , prevendo-se debates “animados” e animosos. Uma última pa lavra: se o PSD mostrou coesão tardia
Jornal do Centro
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
03 | outubro | 2013
números
estrelas
612
António Borges Coordenador Autárquico do PS
Compadres e comadres de todo o mundo reunidos em Viseu no Congresso Mundial das Academias do Bacalhau.
Importa-se de responder?
Ao juntar a Resende, Cinfães, Ma ng ua lde, Castro Da i re e Moimenta da Beira, e mesmo perdendo três autarquias, com mais cinco municipios deu um tom rosa nunca visto ao distrito que foi laranja, chegando a ter 22 das 24 câmaras, no tempo de Luís Martins, um estratega competente.
Contabilizando um total de oito autarquias socialistas no territórios da CIM Viseu Dão Lafões, será o eventual e legítimo presidente desta comunidade, sucedendo a Carlos Marta que passará à história intermunicipal como seu fundador e grande impulsinador.
Sempre entendi que o 5 de outubro era uma das poucas datas festivas que, a nível nacional, faziam sentido comemorar como feriado nacional. A implantação da República e o afastamento da monarquia foram um dos grandes passos para que Portugal seja hoje a nação que é. Apenas tenho pena que passados tantos anos estejamos a um passo de um enorme retrocesso civilizacional.
Ana Paula
António Garra
Empregada de Balcão
Empresário
Apenas posso dizer que, para além da importância desta data, na minha opinião o povo português devia unir-se e defender o simbolismo dos marcos históricos do passado. A extinção deste feriado nacional é incompreensível.
Não tenho uma opinião formada acerca da importância desta data em concreto. Apesar disso penso que a abolição de alguns feriados nacionais como é o caso do 5 de outubro, apenas contribui para que o significado desta data seja ainda mais esquecido.
Paulo Ricardo
Cristina Berrincha
Músico
Secretária
David Santiago
Conseguiu organizar o congresso mundial de Academias, pela primeira vez em Viseu, congregando mais de 600 intervenientes durante quatro dias.
Que significado tem para si o 5 de outubro? Lamento imenso mas penso que não sou a pessoa indicada para lhe responder a essa pergunta. Nunca prestei grande atenção ao feriado do 5 de outubro e penso que agora com a supressão dessa data do calendário de feriados oficiais ainda menos.
Opinião
António Figueiredo Presidente da Academia do Bacalhau de Viseu
João Azevedo Presidente da Câmara Municipal de Mangualde
Todos ganharam? O rescaldo destas eleições foi o habitual. Passos Coelho foi o único a assumir a derrota. Mesmo assim, naquele estilo sonso teve a desfaçatez de falar na penalização eleitoral que afecta as candidaturas “responsáveis e com os pés assentes na terra”. Note-se que o PSD patrocinou Menezes, Seara entre outros irresponsáveis autárquicos. Passos limitou-se a recordar ao povo por t ug uês, que em momento algum poder-se-á esperar um rasgo de seriedade da sua parte. O PSD e o seu líder foram claramente assinalados pelo povo português à primeira oportunidade. Passos está a lixar-se para as eleições, mas acima de tudo são os portu-
g ueses que se estão a li xa r para ele. José Seguro quis convencernos e, quem sabe, convencer-se de que o PS ganhou. A vitória de António Costa em Lisboa que conseguiu a proeza de conjugar a seu favor os votos contra Passos, Portas, Seguro e a bicéfala liderança bloquista. Na verdade o PS perdeu, porque teve menos votos do que em 2009. Além de perder câmaras como Beja, Évora, Matosinhos ou Guarda, voltou a perder em Viseu e no Porto, só para citar alguns exemplos. É a chamada vitória da retórica “artística”. Paulo Portas e o seu CDS cantaram vitória com as conquistas de pequenas câmaras. O partido do táxi aproveitou para co-
brar a tarifa a Rui Moreira, apesar deste nunca ter, sequer, chamado ou sequer querido viajar naquele táxi. O Bloco deu mais um passo a caminho da insignificância. É um percurso que parece cada vez mais irreversível. Basta olhar para a generalidade dos candidatos para perceber que também no BE, como noutros partidos, não é necessário fazer prova de qualidade ou experiência, basta ser fiel correligionário de cabeça baixa. João Semedo ficou mal ao tentar encontrar argumentos de vitória. Para o fim os primeiros – a CDU. O Alentejo e o distrito de Setúbal foram pintados de vermelho. Loures também. Como referiu Marques Lopes ao lem-
brar Melo Antunes: “O PCP é imprescindível à democracia portuguesa”. Apesar da aposta em dinossauros, que critiquei, a realidade é que foi uma aposta ganhadora. Foi o recompensar do bom trabalho e da seriedade. O papel do PCP é hoje mais importante do que aquele que, por vezes, lhe é atribuído. Aí está mais uma prova. Uma nota para os vários independentes vencedores ou com excelentes resultados. Confirmou-se que há espaço para estes movimentos e que o povo não é parvo. Se surgisse alguém (Rui Rio?) capaz de federar muitos destes independentes, talvez a partidocracia sofresse um abanão capaz de tornar o panorama político menos bafiento.
Jornal do Centro
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião
Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)
Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866 micaela.costa@jornaldocentro.pt
Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com
Pedro Morgado, colaborador pedro.morgado@jornaldocentro.pt
Departamento Comercial
03 | outubro| 2013
Politiquices Não há nada mais vibrante num pequeno concelho do interior do que umas eleições autárquicas. Todas as emoções são levadas ao mais exagerado e animalesco possível. Como tudo, têm sempre um lado bom e um lado mau. Haveria quem dissesse que o lado bom se marca pela camaradagem, pelo convívio, pelas amizades e espírito de união; e o lado mau pelo pior que vem ao de cima em algumas pessoas, os insultos, as cuspidelas, os exageros, a desfaçatez…concordo. Mas nesta
campanha em particular, um pouco à imagem das anteriores, aquilo que considero mais positivo é a vitória da democracia e liberdade de escolha, infelizmente para quem perde isso não existe, a vitória é sempre atribuída a pressões, retribuições de favores e votos supostamente comprados, esquecendo completamente que naquele momento, naqueles minutos em que nos encontramos sozinhos com o boletim de voto à frente e a caneta na mão, nada nem ninguém faz a cruz por nós, a liber-
dade de a fazer e onde fazer é única e exclusivamente nossa. Em Sernancelhe, quem perdeu, acha que os munícipes preferiram votar para continuarmos a ser o “concelho com menor poder de compra do país”, mas esquecem-se que na verdade escolheram foi não votar em gente que não conhecem, gente que não mora, não trabalha, não paga impostos, nem faz compras durante 4 anos neste concelho, aventureiros em busca de poder para comandar os destinos de um povo que não co-
comercial@jornaldocentro.pt
Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt
Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt
Opinião
Por quem morrem os bombeiros? (Parte 1)
Departamento Gráfico Marcos Rebelo
Cisternas de tinta e toneladas de papel foram actores e palco desta tragicomédia, deste revolucionário encolher de ombros, deste “passa-abola”, deste descartar e alijar das responsabilidades que têm uma alma mater com muitos braços, referindo-se aos bombeiros que morrem, em serviço público, no combate a incêndios. Àqueles a quem compete arregaçar as mangas e pôr cobro a esta verdadeira desgraça nacional, nada mais interessa do que manter os seus ordenados e reformas (à custa de todos os demais) e de se pavonearem na promiscuidade dos discursos po-
marcos.rebelo@jornaldocentro.pt
Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt
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dres, puídos e, diga-se, sem réstia de imaginação. Interessa-lhes que, e de conluio ou acordo com a maioria dos OCS (TV, Rádio e jornais) que haja confusão, divisão; que se alimentem polémicas bacocas e se lancem múltiplos labéus sobre as mais descabidas hipóteses, mirrando, por sugestão e iniciativa, as relações que se pretendem francas, verdadeiras e intrinsecamente patrióticas, entre Forças de Segurança, como tem sucedido na exploração noticiosa sórdida e desnorteada de alguns conflitos de competência que ocorrem por desacerto na moldura legal atinente, toda ela muito floreada e de “mui-
ta parra”…! Há pouco ergueram-se, atónitos, alguns cidadãos menos esclarecidos, ou maldosos (que os há muitos) pelo facto da GNR estar a investigar o procedimento de alguns bombeiros que terão ateado, ao arrepio da lei, alguns fogos para controlo, por contrafogo, de algumas frentes de incêndio. E fez muito bem. Porque a Lei assim o determina. Porque a GNR existe para isso mesmo, tem essa competência e não a pode declinar. Sobre esta questão, em jeito de análise, a Lei estatui, para além de outras disposições que veremos nos artigos seguintes e propriamente: 1. “Quem provocar incêndio …, é
Fase: 1989-2001 “Os anos dourados”. 2ª Fase: 2001-2013 “Os anos do ocaso”. Se no primeiro período -que, com alguma benevolência, admito que possa ser estendido até 2004- Fernando Ruas cumpriu, com louvor, o modelo autárquico em voga; no segundo período não foi capaz de concretizar “O grande salto em frente” – Mao chamar-lhe-ia a revolução cultural. Mas ao eleger Fernando Ruas, o povo, com a astúcia própria de um H. Kissinger, não
desejava um grande, ou mesmo pequeno, revolucionário. O povo sabe que o futuro chega com calma. Do seu líder, apenas esperava uma figura que desse garantias que a vida seguia o seu rumo, sem grandes equívocos ou sobressaltos. O povo é soberano e esclarecido. Não há volta a dar meus caros. Em fim de época, e sem a certeza que não surja uma terceira fase, é importante reter que Ruas nunca foi derrotado nas urnas e tendo em conta o resultado
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Opinião Internet
Da Tribuna
www.jornaldocentro.pt
1- Chegou o Outono, as eleições passaram, Fernando Ruas tem substituto indigitado. Por mérito próprio, e não devemos ser ingratos, Fernando Ruas tem um lugar de destaque nos compêndios de história contemporânea de Viseu. O autarca social-democrata exerceu o poder durante quase duas décadas e meia, fruto de resultados eleitorais inequívocos. Não é brincadeira, meus senhores. No entanto, podemos dividir este período em duas partes distintas. 1ª
Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA
Gerência Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Opinião Semanário Sai à quinta-feira Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa
Sílvia Vermelho Politóloga União Portuguesa da Imprensa Regional
Notas finais sobre as eleições autárquicas A cobertura mediática dos Independentes fa l hou em dois pontos. Primeiro, foi tardia. Só se falou dos Independentes depois da confusão dos dinossauros autárquicos estar sanada, e, nessa altura, já a recolha de assinaturas tinha sido. Teria sido um serviço público falar, na TV, que os Independentes necessitam de recolher assinaturas para se candidatarem, o que diminuiria a desconfiança da população face à banca
de recolha do Movimento lá do sítio. Segundo, não podemos tratar de modo igual o que não apenas é diferente como também é desigual. Ao entrar em comparações entre candidaturas, por exemplo, nas suas campanhas ou nos seus orçamentos, estamos a esquecer que uns e outros têm regras que são menos semelhantes do que pensamos. Mesmo assim, muitos independentes foram vencedores. Para
evitar que se fale do todo pela parte, não vou referir, aqui, os casos das câmaras ganhas por independentes, mas deixo-vos este número quanto às freguesias: 2964 mandatos nas Assembleias de Freguesia foram conseguidos por Grupos de Cidadãos Eleitores, estando em terceiro no ranking de forças políticas às Assembleias de Freguesia, em termos de mandatos. Daqui a uns anos, espero que a maturidade
Jornal do Centro
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
03 | outubro | 2013
nhece nem entende! A quem ganhou, foilhe dado um voto de confiança para que uma continuidade seja mantida, para que continuemos a ser um concelho saudável financeiramente, em que a cultura, património e meio ambiente sejam ponto de partida para um futuro de desenvolvimento, possivelmente lento, mas ponderado e sustentável. Mais importante ainda, e por muito que quem perdeu não aceite, qualquer pessoa que nos conhece, reconhece-nos pontos importantes que muito nos orgulham, a qualidade de vida (que não depende do poder de compra),
a limpeza, a preservação do património e a divulgação e projeção da nossa cultura única e identitária. O aumento do número de caixas multibanco, de terminais de pagamento eletrónico e a abertura de um stand de venda de carros novos, tirar-nos-ia do estigma do poder de compra baixo, já que são estes os parâmetros estatísticos considerados, mas para isso precisávamos que os ditos aventureiros se dessem ao trabalho de em vez de nos visitar de 4 em 4 anos, viessem cá pelo menos uma vez por mês e cá gastassem uma pequena percentagem dos ordena-
dos e reformas que auferem, mas tenho a certeza que pelo menos uma meia dúzia deles só nos voltará a visitar nas próximas eleições. Este é o melhor dos lados de uma campanha, o constatar de que o povo reconhece tudo isto na hora da cruz, que tem consciência do que precisa e do que é melhor para si. Talvez este lado marcadamente bom só seja possível acontecer em concelhos pequenos, onde toda a gente se conhece, e onde a campanha é vista como uma festa e não como uma obrigação, em que as politiquices de ocasião são ignoradas, valorizando-se, e
bem, o trabalho e a dedicação de longa data. Precisaremos sempre desta luta, com duas ou mais forças, que de uma maneira melhor ou pior gere a discussão, gere questões, dúvidas, para que no fim, em consciência, na hora da cruz, sejamos totalmente livres e a caneta se torne objeto democrático indiscutível.
punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.” (n.º 1 do artigo 274.º do Código Penal; 2. «As acções de fogo técnico, nomeadamente fogo controlado e fogo de supressão, só podem ser realizadas de acordo com as normas técnicas e funcionais a definir em regulamento da Autoridade Florestal Nacional, homologado pelo membro do Governo responsável pela área das florestas, ouvidas a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Guarda Nacional Republicana.» Despacho n.º 14031/2009, 22 de Junho. (Artº 26º do Decreto -Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho, conjugado com o Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro); 3. O Regulamento do Fogo Técnico foi
publicado no Despacho n.º 14031/2009, 22 de Junho e a partir do n.º 5 do seu artigo 15.º estão previstas as outras situações em que podem ser realizadas as ações de fogo de supressão: (a) «Os Comandantes das Operações de Socorro (COS) podem, após autorização expressa da estrutura de comando da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) registada na fita do tempo de cada ocorrência, utilizar fogo de supressão; (b) Nestas situações, a identificação dos responsáveis pela execução e pela autorização são comunicados às autoridades policiais com responsabilidade na área;
(d) Qualquer utilização de fogo de supressão fora do âmbito deste artigo é, nas suas consequências, incluindo as criminais, da inteira responsabilidade dos seus executores.» 4. A Portaria n.º 798/2006, de 11 de Agosto, que veio regulamentar o Decreto-Lei n.º 22/2006, de 2 de Fevereiro, diz no seu 3.º: (a) “5 — Compete à GNR/SEPNA garantir a investigação das causas dos incêndios florestais, noticiando ao Ministério Público os atos ilícitos que constituam crime…”. (b) “6 — Para os efeitos de estatísticas associadas aos incêndios florestais, cabe à GNR/SEPNA assegurar a alimentação
do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), através da garantia da actualização permanente da base de dados, nomeadamente no que respeita às localizações, à cartografia das áreas ardidas, à sua quantificação e descrição e à investigação das respectivas causas, das quais dará conta em relatório anual a submeter à autoridade florestal nacional. Ficam claros os Termos de Referência? Esta será a primeira parte de uma série sobre este tema, a publicar no Jornal do Centro.
do último fim-de-semana – o PSD, em 2009, obteve 62 % dos votos, contra apenas 46% em 2013-, mesmo sem ir a jogo, o valor eleitoral de Ruas sai reforçado. Não haja equívocos, como disse, o mérito é todo de Fernando Ruas. 2 - Ne st a s aut á rqu ic a s , Hélder A m a ra l foi eleito vereador, com 9,54% dos votos, recordo que entre votos brancos e nulos registaram-se 9,62%. Não tendo, os votos de quem optou por votar branco ou nulo, me-
nos valor do que, por exemplo, os que ajudaram a eleger António Almeida Hen riques ou mesmo José Junqueiro, estes também deveriam estar de algum modo representados no executivo camarário. Estando perante um elevado número de Viseenses que decidiram despender o seu tempo, de modo a mostrar aos candidatos que não acreditam em nenhuma das opções apresentadas, um lugar vazio no executivo – de todos menos o do i ncontor n ável Guil herme A lmeida , please!- se-
ria a melhor forma de representação que poderia ser atribuída a este verdadeiro voto de protesto. A ser implementada esta medida, corríamos o sério risco de muito em breve o executivo ser integralmente composto por cadeiras vazias; o que seria uma lição, não apenas para os partidos e candidatos não-eleitos, como também para todos os que se demitem da sua participação cívica, deixando terreno livre para os suspeitos do costume fazerem da partidocracia a sua sala de estar.
3- Dois breves apontamentos para os recém-eleitos. Em primeiro lugar, não desertem e cumpram os mandatos com o empenho e dedicação devidos. Em segundo lugar, as sábias palavras de Enoch Powell: “For a politician to complain about the press is like a ship’s captain complaining about the sea” i.e.: No que toca à imprensa, não sejam piegas.
democrática faça com que deixemos de falar dos Independentes como uma una força política, uma vez que falamos de diversas forças políticas em diversos concelhos. Tratar os GCE como uma força política é um abuso estatístico mediático, que nos dá algumas pistas sobre o fenómeno em termos macro, mas não traduz nada. O valor das candidaturas de GCE está em estas existirem num determinado território num determinado período de tempo. Já ouço falar em “agrega-
ção” destes “independentes”, mas esse é um pensamento centralista. São os interesses locais, a autonomia do Poder Local, que devem estar no centro da conversa sobre os Grupos de Cidadãos Eleitores. É precisamente a sua localidade que é a distinção-base entre este tipo de candidatura cidadã e um partido político. Uma campanha de Mangualde não serve para a Guarda. Já os partidos podem fazer campanha em todo o território, quer dizer, as bandeiras do PS não são di-
ferentes em Vila Real ou no Porto. Querer criar uma força política “independente” dos Independentes é saber zero de poder local. Os Movimentos Autárquicos Independentes querem-se independentes também entre eles. O objectivo é romper a teia, não criar uma nova. Até porque, se há um fenómeno local que está devidamente agregado a nível nacional, é a abstenção. E não me parece que haja um efectivo interesse em fazê-la diminuir. Os eleitorados fiéis dos mes-
mos de sempre chegam para legitimar maiorias absolutas ganhas com os votos de 1/5 do número dos inscritos. Engrossei este fenómeno da abstenção. A trabalhar nesse dia a 250km de casa, não ia gastar dinheiro para ir dar o meu voto nulo a mais uma eleição do rotativismo partidário Mangualdense. Mas houvesse um grupo de cidadãos merecedor desse meu investimento em portagens e gasolina, e eu lá estaria. Alguém que devolvesse a urbanidade a Mangualde...
Pedro Calheiros
Miguel Fernandes politólogo atribunadeviseu@gmail.com
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
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abertura
textos ∑ Pedro Morgado
Mudaram os números, a tendência não Dois anos depois de Portugal ter trocado um governo socialista pela alternativa social-democrata encabeçada por Pedro Passos Coelho, o país foi a votos e, nestas eleições autárquicas, recusou os prometidos “amanhãs que cantam” infligindo ao PSD um dos piores resultados autárquicos de sempre. Com u m novo m apa autá rqu ico onde , da s 4 . 259 freg uesias existentes no passado, restam apenas 3.092 face ao processo de extinção ou fusão decorrente da reforma administrativa, cerca de 9,5 milhões de portugueses foram chamados a escolher o executivo camarário, a assembleia municipal e a assembleia de freguesia. Cinco milhões responderam à chamada e os números atestam o descalabro laranja: o Partido Social Democrata (PSD) apenas c o n s e g u iu g a n h a r, s o z i n h o o u c ol i g ad o , a presidência de 106 dos 308 concelhos, o pior resultado desde que se realiza este sufrágio para as autarquias locais.
O momento é histórico. Não apenas para o ta (PS), que ganhou estas eleiPartido Socialista ções autárquicass ao conquistar o maior número de votos, o maior número de câmaras, reresidência da Associação Naconquistou a presidência cípios Portugueses (ANMP) e cional de Municípios mplantação nas grandes cidaaf irmou a sua implantação ém, pelo forte timbre abstendes, mas, também, or cento) e pela consolidação cionista (47, 4 por alidade: a conquista de 13 prede uma nova realidade: mara pelos movimentos indesidências de câmara pendentes, das quais se destaca a eleição de Rui Moreira no Porto. emonia do PS nestas autárquiApesar da hegemonia e, na guerra pelo trono, a curtacas, o PCP esteve, ar de ter objetivos mais modesdistância. Apesar tos, a CDU foi a segunda força política que mais capitalizou com estas eleições: conseguiu vencer um total de 34 câmaras e reconquistou alastiões históricos, como Évora, guns dos seus bastiões Beja, Grândola, Cuba e Loures.
O distrito de Viseu (o aviso de 2009) As eleições autárquicas de 2009 fizeram soar as primeiras campainhas de alarme. Em 11 de outubro desse ano, a perda inequívoca de cinco câmaras no distrito de Viseu colocava o PSD em alerta. Os socialistas estavam às portas do distrito e tinham “minado” o reduto laranja. Às quatro câmaras que já governavam, Cinfães, Mortágua, Resende e Tarouca, os socialistas somariam mais cinco (Castro Daire, Mangualde, Moimenta da Beira, Tabuaço e Vila Nova de Paiva) o que, pela primeira vez, esbatia o tom laranja do distrito. Mas se o conflito direto entre os socialistas e os sociais-democratas em 2009 continuava a apresentar um saldo positivo para os últimos quanto ao número de câmaras conquistadas, nove contra quinze – duas das quais em coligação com o CDS-PP, as eleições de 2013 denunciam uma inversão dessa tendência e manifestam um inegável crescimento autárquico do PS no distrito. Das cinco câmaras conquistadas em 2009, Castro Daire, Mangualde, Moimenta da Beira, Tabuaço e Vila Nova de Paiva, o Partido Socialista apenas viria a perder nas eleições autárquicas de 29 de setembro último, o concelho de Tabuaço para a coligação PSD/CDS-PP liderada por Carlos André Teles Paulo de Carvalho. Quanto aos tradicionais bastiões socialistas, Cinfães, Mortágua, Resende e Tarouca, o PS venceu dois deles: Cinfães e Resende (com uma percentagem superior a 50 por cento) e perde Mortágua (por uma margem curta) e Tarouca.
O cartão vermelho Quando analisados a frio, os números tendem a apresentar uma realidade que parece confirmar a teoria dos mais céticos: nada mudou no distrito. O Partido Social Democrata continua a assegurar a liderança de 13 dos 24 concelhos e os cerca de 97 mil votantes que sufragaram as listas apoiadas pelo partido, superam em muito os 85 mil que fizeram a escolha socialista. O distrito é, na sua opinião, laranja. Contudo, estes números escondem uma realidade que não pode ser escamoteada aos olhos do público: cumprindo uma tradição que já se arrastava, a nível nacional, desde as eleições autárquicas de 2005, o Partido So-
cial Democrata e o CDS-PP apresentaram-se a votos no distrito de Viseu coligados em nove concelhos (37 por cento das autarquias): Cinfães, Lamego, Mangualde, Moimenta da Beira, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Resende e Tabuaço. Apesar do elevado número de coligações no distrito, quando se analisa a eficácia e o desempenho destas candidaturas o Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-PP apenas conseguiram vencer em três das autarquias nas quais trocaram juras de amor eterno: Lamego, liderado agora por Francisco Manuel Lopes, Oliveira de Frades que mantem a tradição com Luís Manuel Martins de Vas-
Jornal do Centro
AUTÁRQUICAS Q 20133 | ABERTURA 7
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O concelho de Viseu Neste concelho, para retratar fielmente o resultado das eleições de domingo, poder-se-ia recorrer simplesmente a um qualquer recorte de imprensa de há quatro anos: O município de Viseu continua nas mãos dos sociais-democratas, – aqui, fazemos umas alterações – António Almeida Henriques conquistou a presidência da autarquia de Viseu, lugar deixado vago por Fernando Ruas que sai ao fim de 24 anos.
Os grandes vencedores da noite autárquica a
concelos e Tabuaço que escolheu como presidente Carlos André Teles Paulo de Carvalho. Terá o abandono “precoce” dos chamados “dinossauros autárquicos” contribuído para a degenerescência do poder social-democrata – que se observava no matiz laranja que pintava o distrito – verificada nestas eleições autárquicas? Claro que sim. Apesar de terem sofrido, durante muitos anos, grandes derrotas às mãos dos “dinossauros autárquicos”, foram os socialistas quem nestas eleições mais capitalizou com o abandono forçado destas figuras. Esse foi o caso em Penalva do Castelo onde o candidato do PS, Francisco Carvalho, aproveitou o abandono de Leonídio Monteiro (PSD/CDS-PP), em S. Pedro do Sul onde pela primeira vez os socialistas ganham uma eleição aos sociais-democratas com a eleição de António Carlos Figueiredo e em Carregal do Sal onde Atílio Nunes cede o lugar a Rogério Abrantes. Três “dinossauros” de partida, três vitórias socialistas. A avaliar pelos resultados, estes não são
contudo os desaires que marcam a noite eleitoral. Se no jogo do deve e do haver os resultados tendiam para a manutenção do status-quo obtido nas eleições de 2009 são, sobretudo, as recandidaturas falhadas de Isaura Pedro em Nelas e João António Lourenço (PSD) em Santa Comba Dão que podem ter oferecido a vantagem aos socialistas e contribuído para a dimensão da “maré rosa” no distrito. No que respeita a falhanços eleitorais, os socialistas foram derrotados pelo PSD em Mortágua e em Tarouca, onde os sociais-democratas correram em pista própria e “sentaram” na presidência José Júlio Norte e Valdemar Pereira, respetivamente. No rescaldo das eleições de domingo, Mota Faria, presidente da Comissão Política Distrital do PSD Viseu, deu voz ao desalento laranja e assumiu que os resultados do PSD ficaram “aquém das expetativas” quando, salientou, o objetivo era “manter as 15 câmaras” alcançadas pelo partido em 2009. Prometendo para breve a realização de uma assembleia distrital que se irá debruçar sobre os resultados eleitorais e analisar o que falhou, o presidente da distrital de Viseu do PSD, Mota Faria, sustentou contudo que o objetivo estratégico primordial foi atingido: “continuar a ser o maior partido” no distrito de Viseu.
Concelhos
Candidato
Partido
Armamar
João Paulo Soares Carvalho Pereira da Fonseca
PPD/PSD
Carregal do Sal
Rogério Mota Abrantes
PS
Castro Daire
José Fernando Carneiro Pereira
PS
Cinfães
Armando da Silva Mourisco
PS PPD/PSD - CDS-PP
Lamego
Francisco Manuel Lopes
Mangualde
João Nuno Ferreira Gonçalves de Azevedo
PS
Moimenta da Beira
José Eduardo Lopes Ferreira
PS
Mortágua
José Júlio Henriques Norte
PPD/PSD
Nelas
Borges da Silva
PS
Oliveira de Frades
Luís Manuel Martins de Vasconcelos
PPD/PSD - CDS-PP
Penalva do Castelo
Francisco Lopes de Carvalho
PS
Penedono
António Carlos Saraiva Esteves de Carvalho
PPD/PSD PS
Resende
Manuel Joaquim Garcez Trindade
Santa Comba Dão
Leonel José Antunes Gouveia
PS
S. João da Pesqueira
José Tulha
PPD/PSD
São Pedro do Sul
Vítor Manuel de Almeida Figueiredo
PS
Sátão
Alexandre Manuel Mendonça Vaz
PPD/PSD
Sernancelhe
Carlos Silva Santiago
PPD/PSD
Tabuaço
Carlos André Teles Paulo de Carvalho
PPD/PSD - CDS-PP
Tarouca
Valdemar de Carvalho Pereira
PPD/PSD
Tondela
José António Gomes de Jesus
PPD/PSD
Vila Nova de Paiva
José Morgado Ribeiro
PS
Viseu
António Joaquim Almeida Henriques
PPD/PSD
Vouzela
Rui Miguel Ladeira Pereira
PPD/PSD
Jornal do Centro
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à conversa
Entrevistas ∑ Emília Amaral fotos ∑ DR
Os novos autarcas do
As eleições autárquicas de domingo trouxeram ao distrito de Viseu novos rostos a 15 das 24 câmaras municipais que compõem o território. Entre resultados esperados, fruto das sondagens e do trabalho no terreno, surgiram algumas surpresas à esquerda e à direita. O presidente da Comissão Política Distrital do PSD Viseu, Mota Faria assumiu que o partido no distrito ficou “aquém das expetativas” traçadas no período de pré-campanha eleitoral, quando anunciou que o objetivo era “manter as 15 câmaras” conquistadas em 2009, tendo ganho em 13 autarquias. Em conferência de imprensa no final da tarde de segunda-feira, dia 30 de setembro, o líder da distrital do PSD, acrescentou, no entanto, que “o objetivo estratégico era continuar a ser o maior partido” no distrito e isso foi conseguido, preparando uma assembleia distrital “em breve” para analisar o que aconteceu. O Partido Socialista aumentou o número de câmaras municipais que lidera no distrito de Viseu ao passar de nove para 11 presidentes eleitos. Para o presidente da Federação do PS, João Azevedo, o resultado cumpre os objetivos traçados. “O objetivo era este de atingir um resultado histórico, é o maior número de câmaras que temos [no distrito de Viseu] desde que há eleições autárquicas”, adiantou o também presidente da autarquia de Mangualde, numa conferência de imprensa que juntou 10 dos 11 eleitos. Sobre a derrota de José Junqueiro na capital do distrito, o socialista comentou que “o resultado espelha o que o eleitorado entendeu”, ao admitir que em Viseu “existiram alguns contratempos partidários que não deviam ter acontecido”.
Armamar
Carregal do Sal
Cinfães
PSD
PS
PS
João Paulo Fonseca, de 39 anos, solicitador.
Rogério Abrantes, de 60 anos, empresário.
Armando Mourisco, enfermeiro. O que vai mudar no seu concelho?
O que vai mudar no seu concelho?
O que vai mudar no seu concelho?
Vão mudar essencialmente as orientações políticas em relação ao mandato anterior do qual eu fiz parte (vice-presidente da Câmara), em que as linhas orientadoras tinham mais a ver com a construção de infraestruturas, para dar uma maior atenção à área social e apostar em projetos de menor dimensão, naquelas que são fileiras importantes do concelho, tais como a agricultura, em que a fruticultura é hoje a grande rentabilidade económica do concelho. Quer pela força das circunstâncias, quer pela alteração do presidente da Câmara vai ser seguido um projeto muito mais virado para as pessoas do que para as infraestruturas, até porque grande parte delas e as essenciais estão feitas.
Em primeiro lugar vai mudar a maneira de governar a Câmara de Carregal do Sal. Vamos iniciar um trabalho de reconhecimento de todo o pessoal e, depois, fazer com que a Câmara funcione. Essa é a minha prioridade imediata, conhecer as pessoas, o trabalho que faz cada uma, possivelmente deslocá-las de um lado para o outro e, a partir daí, desenvolver todo o trabalho que há para fazer e que é muito.
Mudam paradigmas, porque há muita atitude e muita obra feita nos últimos 16 anos, que agora estão completas. Cinfães padece do desemprego e essa será uma luta forte que iremos desenvolver, dando continuidade àquilo que de bom tem sido feito. A minha prioridade vai para o emprego e para o empreendedorismo, numa tentativa desesperada de combater o desemprego galopante no concelho. Haverá depois áreas em que a proposta é de continuidade, como o setor social e a educação, com projetos que têm sido muito desenvolvidos. Há que dar continuidade ao que é bom.
Mortágua
Nelas
Penalva do Castelo
Resende
PSD
PS
PS
PS
Júlio Norte, de 57 anos, engenheiro. O que vai mudar no seu concelho?
Vai mudar uma maneira de ser e de estar na política que é minha e que não tem nada a ver com a do atual presidente. Somos duas pessoas que trabalhámos juntas (foi vice-presidente da Câmara eleito pelo PS), mas que temos personalidades diferentes. Eu vou imprimir o meu cunho pessoal em torno do desenvolvimento e das pessoas que me deram um voto de confiança contra tudo e contra todos, porque tive que lutar contra o partido, contra a estrutura e contra os poderes instituídos. Depois, vou ser fiel ao meu programa, que vai apostar no desenvolvimento tecnológico, continuará a apostar na floresta, no apoio aos jovens, de uma forma diferente da que era feita até aqui. Fundamentalmente vão manter-se as políticas sociais. As coisas boas vão continuar a ser boas, as que eu considero menos boas terão que ter naturalmente o meu cunho pessoal.
Borges da Silva, de 49 anos, advogado.
Francisco Carvalho, funcionário da Autoridade Tributária
Não respondeu.
O que vai mudar no seu concelho?
Acho que vai mudar tudo em Nelas, porque está tudo por fazer. Temos vivido nos últimos oito anos virados para aquilo que devia ser acessório e foi transformado em essencial, que são passeios, rotundas e jardins, quando o essencial nos tempos novos é a procura do investimento, o apoio social e a criação de emprego. Eu vou fazer aquilo com que me comprometi na campanha eleitoral, que é trabalhar no que é essencial. Os recursos públicos, o dinheiro, a solidariedade, a restruturação financeira da Câmara, o pessoal político reduzido ao mínimo e depois destinar os meios libertos para investimento naquilo que é essencial, como a procura de emprego, manutenção de emprego, tratamento de esgotos domésticos e industriais, porque como estão a ser lançados diariamente no rio Mondego e no rio Dão é impossível ter uma política de potenciação económico dos rios. Sendo um concelho sujo, não somos um concelho atrativo em termos de investimento.
Manuel Trindade, Médico
O que vai mudar no concelho?
Nós vamos governar essencialmente para as pessoas. Penalva do Castelo desertificouse muito nos últimos anos e a intenção é tentar inverter essa desertificação, ou seja, colocar rapidamente a zona empresarial em funcionamento com a entrega dos lotes a preços simbólicos. Vamos atribuir prémios de excelência às pequenas e médias empresas que se instalem no concelho, que empreguem mais pessoas e que sejam amigas do ambiente. Também vamos colocar à venda a preços reduzidos lotes de terreno para jovens que se queiram fixar no concelho e ainda atribuir um prémio aos pais que a partir de 30 de junho de 2014 venham a ter crianças. Vamos apoiar os agricultores, criando na Câmara o gabinete do agricultor e tenho intensão de adquirir uma unidade móvel de cuidados de saúde para ir ao encontro das pessoas das aldeias.
Jornal do Centro
À CONVERSA 9
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distrito de Viseu Santa Comba Dão
S. Pedro do Sul
Sernancelhe
Tabuaço
PS
PS
PSD
PSD/CDS-PP
Leonel Gouveia, de 54 anos, professor.
Vitor Figueiredo, de 53 anos, funcionario da Autoridade Tributaria
Carlos Silva, de 35 anos, professor.
Carlos Carvalho, de 36 anos, engenheiro.
O que vai mudar no seu concelho? O que vai mudar no seu concelho?
O que vai mudar no seu concelho?
Serei dos presidentes de câmara que tem a missão mais difícil. A Câmara Municipal de Santa Comba Dão tem um nível de endividamento assustador e o primeiro trabalho naturalmente será resolver esse problema, cumprindo alguns compromissos quer com fornecedores quer com instituições bancárias. A partir daí, há que iniciar um trabalho em conjunto com as freguesias e com os munícipes, no sentido de valorizar as pessoas, porque isso é extremamente importante e não foi feito nos últimos anos. Para isso vamos ter que reorganizar toda a parte administrativa, técnica e operacional, rentabilizando recursos, aumentando a receita e diminuindo a despesa. Essa é a nossa preocupação principal.
Acima de tudo vamos ouvir as pessoas, ao contrário do que tem acontecido em S. Pedro do Sul, em que havia uma gestão do estilo “quero posso e mando”. Iremos estar concentrados essencialmente nas pessoas. A nossa vitória resulta de um trabalho contra a arrogância. Trabalhei com muita humildade e com muito trabalho e penso que foi isso que efetivamente as pessoas viram e constataram no terreno. Agora, há muito que fazer ao nível do saneamento e água ao domicílio, mas há que trabalhar na ação social, na educação, e temos que nos virar para o rio, porque a cidade está virada contra o rio e nós temos que o aproximar das pessoas.
Temos um projeto de continuidade, de manutenção dos equipamentos construídos, com a criação de equipamentos à medida das pessoas, a valorização dos caminhos rurais - uma vez que a agricultura assume cada vez mais um papel importante e determinante na economia do concelho -, o apoio aos novos empresários e às empresas já existentes, com a criação de um gabinete na área do empreendedorismo, e vamos acima de tudo tentar criar as condições ideais para os nossos jovens. O trabalho que tem sido desenvolvido no município ao longo destes anos foi muito importante e acho que deve ser continuado, mantendo as contas em dia, porque é também uma imagem de marca de cada município.
O que vai mudar no seu concelho?
Aquilo que defendemos, muito mais do que aquela perspetiva do prometer, é reposicionar a Câmara na forma como ela se apresenta perante os munícipes. A ideia da obra só porque tem que existir é impensável na atual conjuntura, portanto, os nossos esforços vão ser direcionados principalmente para melhorar a qualidade de vida dos munícipes e tentar fortalecer o setor económico, através de um plano de sustentabilidade. Temos que minimizar o fecho das empresas e o consequente aumento da saída dos jovens e dos menos jovens para as cidades. Depois, criar documentos estratégicos que nos permitam tomar decisões a médio prazo.
Tarouca
Tondela
Viseu
Vouzela
PSD
PSD
PSD
PSD
Valdemar Pereira, de 55 anos, empresário.
José António Jesus, de 44 anos, professor.
O que vai mudar no seu concelho?
Esperamos dar esperança às pessoas, tentar criar emprego, que é aquilo que todos esperam de nós, trabalhar muito próximo das instituições, onde a Câmara vai ser um parceiro muito importante, dinamizar o comércio e a pequena indústria. Queremos essencialmente ter a agricultura e o turismo em primeiro plano. Essas são as prioridades. No imediato levo a preocupação de criar emprego, dinamizando as áreas que referi.
O que vai mudar no seu concelho?
Diria antes o que se mantém. Manter-se-á uma vontade determinada em continuar a criar condições para que o concelho continue a ser liderante na atratividade e continue a encontrar no pilar do desenvolvimento económico uma das suas bases mais importantes e sólidas. Ao mesmo tempo, na área da coesão social, que se façam investimentos importantes para garantir qualidade de vida, investindo na educação, na formação, na cultura e na prática de vida saudável. Essa é a grande matriz a manter. Naturalmente que poderá haver sempre mudanças naquilo que é o ajustamento à realidade de cada dia, sendo o mais importante o que se mantém neste sentimento de unidade, de coesão, e de trabalho coletivo. As prioridades do município irão centrar-se na preparação do novo Quadro Comunitário, na identificação dos eixos estratégicos e de que forma eles podem alavancar um conjunto de projetos estruturais para o nosso território.
Rui Ladeira, 38 anos, engeAntónio Almeida Henriques, 52 anos, adnheiro. vogado. O que vai mudar no seu concelho?
O Jornal do Centro não conseEu interpreto esta vitória expressiva como a validação da equipa, mas também pelo progra- guiu chegar ao contacto até ao fema que apresentei. Colocarei no terreno a lógica cho da edição. da aposta social e económica, que passará por uma atitude amiga das pessoas que precisam, mas também uma atitude amiga em relação aos investidores - no sentido de potenciar o investimento dos empresários que já estão no concelho, mas sobretudo pela lógica de captação de novos investidores -, portanto, uma aposta no crescimento económico do concelho. [A prioridade] será desde logo a lógica da simplificação de processos para permitir uma maior rapidez na resposta aos que querem investir, construir, reabilitar e no sentido de ajudar a economia local. Por outro lado, a construção do próprio orçamento que ainda será aprovado este ano, e a aposta no centro histórico, também estão presentes nas minhas prioridades.
Jornal do Centro
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03 | outubro| 2013
região Provas de produtos regionais assinalaram Dia Mundial de Turismo
DETIDO
Emília Amaral
Lamego. A secção de Lamego da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Viseu, deteve no dia 29 de setembro, pelas 14h30, um homem de 25 anos, por posse de arma proibida (uma faca de abertura automática). Após ter sido presente no Tribunal de Lamego, foilhe aplicada uma sanção de 300 euros, que reverte para uma instituição de caridade. MC
Publicidade
maça Beira Alta. Em simultâneo foi inaugurada uma mostra do Museu Etnográfico “Casa da lavoura e Oficina do Linho” que irá permanecer no Welcome Center até final de outubro. Uma tecedeira e uma bordadeira demonstraram a arte presente no espaço museológico, através da realização de trabalhos ao vivo e do contacto direto com os turistas nas ruas do centro histórico. No sábado, decorreu uma prova de vinhos do Dão, no mesmo espaço. EA
SEQUESTRO Emília Amaral
Viseu assinalou o Dia Mundial do Turismo, comemorado a 27 de setembro, com provas de maçã e de vinho da região, acompanhadas de exposições de artesanato, no Welcome Center, localizado no centro histórico da cidade. As diversas atividades dirigidas aos turistas, integraram-se no programa comemorativo da efeméride do Turismo Centro de Portugal. Na quinta-feira, dia Mundial do Turismo, decorreu uma prova de maçã bravo de Esmolfe e de
A Rui Augusto avança com alguns projetos de intenção para o concelho
Comissão política do PAN pode nascer em Viseu Objetivo∑ Dinamizar o partido com vista às legislativas de 2015 Um grupo de simpatizantes do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) está a reunir esforços no sentido de formar a comissão política concelhia de Viseu, com vista a apresentar uma lista ca ndidata pelo distrito às eleições legislativas de 2015. Rui Augusto, de 36 anos, natural de Lisboa e a residir em Viseu desde 2002, está a desenvolver o processo para “fazer renascer o partido em Viseu”. “Há uma lista em Viseu que não está oficializada, porque ainda falta encontrar alguns dos 10 elementos necessários, mas o objetivo é manter o partido vivo e penso que vamos conseguir”, afirma.
O PAN foi fundado em 2009 por um movimento de pessoas liderado pelo escritor Paulo Borges. De inspiração ambientalista e fortemente voltado para a defesa dos direitos dos animais, o partido tem uma dinâmica maior em cidades como Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra e Faro. Nas últimas eleições legislativas de 2011, o PAN constituiu uma lista de independentes em Viseu, encabeçada pelo professor da Escola Superior Agrária, António Nunes que recebeu 1216 votos. Rui Augusto, independente , pretende agora encontrar novos membros para o partido, considerando que a constituição da co-
missão política pode ajudar a dinamizar o projeto que o grupo de ambientalistas tem para o concelho de Viseu. O projeto vai ao encont ro da defesa da natureza, das pessoas e dos animais. Rui Augusto avança como pr ior id ades “ tent a r criar uma escola gratuita pa ra as pesso as aprenderem a educar animais”, diminuir a utilização de produtos químicos, criar hortas urbanas e trabalhar num projeto que permita aos viseenses andarem mais de bicicleta: “Viseu tem condições para se andar de bicicleta, basta querer”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Lamego. A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, procedeu à detenção de dois homens, de 35 e 44 anos, pela presumível autoria de um crime de sequestro agravado e roubo, na cidade de lamego, no passado dia 11 de setembro. A PJ revela em comunicado que os detidos, um empregado de balcão e outro comerciante, “forçaram a vítima, um homem de 44 anos, a entrar para a bagageira de uma viatura automóvel, conduziram-na para um lugar ermo na Serra das Meadas, onde a compeliram a despir-se, apropriando-se dos seus bens pessoais, tendo de seguida agredido violentamente” a vítima, que ficou abandonada no naquele local “completamente nua”. EA
CONDENADO Castro Daire. O Tribunal de Castro Daire condenou um homem a quatro anos e meio de prisão por ter ateado um incêndio florestal, em setembro do ano passado, em Alva. As chamas consumiram cerca de 1500 metros quadrados de área florestal e só não causaram mais estragos, nomeadamente em habitações e instalações agrícolas e pecuárias, devido à pronta intervenção dos bombeiros. O arguido, já tinha sido condenado no início do mês, a uma pena de sete anos e meio de prisão, igualmente por fogo posto, num caso que remonta a março do ano passado. EA
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12 REGIÃO | VISEU
03 | outubro| 2013
Opinião
Vindimas Rui Coutinho
Micaela Costa
Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt
Quinta da Cruz reúne cultura, arte e natureza Requalificação ∑ Espaço localizado em S. Salvador, Viseu, custou um milhão e cem mil euros A requalificação da Quinta da Cruz, que teve início em finais de 2009, foi finalmente concluída e dada a conhecer no passado dia 26 de setembro. Passa agora a estar disponível para receber cultura e arte. A obra, das últimas inauguradas por Fernando Ruas, como presidente da Câmara Municipal de Viseu, localizada em São Salvador, próximo de Vildemoinhos, conta com uma área de cerca de 1,4 hectares e teve um investimento total de um milhão e cem mil euros. Como Fernando Ruas, afirmou na inauguração, Viseu ganha agora um espaço muito idêntico à Fundação de Serralves em Lisboa (uma instituição cultural de relevância nacional e internacional focada na sensibilização dos públicos para a arte contemporânea e o ambiente através do Museu de
Arte Contemporânea, do Parque e do Auditório). Com esta requalificação, que se dividiu em duas fases, a Quinta da Cruz, que noutros tempos estava ao abandono até ser comprada pela autarquia viseense, passa a ter a antiga casa senhorial requalificada e pronta a receber exposições e eventos. Daquele espaço faz ainda parte um auditório com capacidade pa ra 56 pessoas, dotado de equ ipa mentos para desenvolver
apresentações, simpósios, palestras, assim como receber pequenos concertos, espetáculos ou projeção de ci nema , em complementaridade com um restaurante bar e com esplanada. E ainda um espaço para biblioteca e loja, no edifício central, para além do longo jardim, um dos pulmões da cidade. A Quinta da Cruz, adquirida pela Câmara Municipal, e inserida na Rede Municipal de Museus da Câmara, tem como objetivo ser um
local dedicado à prática cultural e artística, especializado na arte contemporânea. Como se lê na nota descritiva, este “pretende ser um espaço que promova a relação entre os vários agentes culturais da cidade ampliando a capacidade de apresentação e produção de criações”. “Promover a ligação entre os jovens criadores, os artesãos, os agentes culturais, as empresas e as associações locais”. Micaela Costa
Hortas comunitárias e pedagógicas
∑ A Quinta da Cruz disponibiliza também uma área reservada à produção agrícola e a hortas comunitárias e pedagógicas. Um espaço onde se criam produtos que incorporem técnicas tradicionais locais, preservando o património e a cultura imaterial local e da região. Nas hortas comunitárias os munícipes poderão cultivar produtos hortícolas, constituindo um complemento ao orçamento familiar como também um propósito pedagógico, ao promover as boas práticas agrícolas e incentivar à produção da terra. Os interessados podem efetuar inscrição até dia 25 no atendimento integrado/atendimento único da Câmara Municipal de Viseu. Este espaço, pretende ainda, a médio prazo, organizar um mercado de produtos com vista à promoção da região e do comércio.
Entramos na recta final de muitas das vindimas que decorrem de norte a sul do país. Durante o passado fim-de-semana muito foi colhido, não só no campo como também nas urnas. Perspectiva-se mais um ano de agradáveis vinhos nas diferentes regiões, mas as chuvas que teimaram em não abrandar durante a semana, nada acrescentaram aos novos néctares. No entanto, algumas provas e resultados são já possíveis de comentar (e que o digam os diferentes partidos políticos). Para alguns, os resultados não são nada animadores e, em certos casos, a custosa derrota assume sempre uma condição pessoal para não melindrar e açoitar as estruturas locais. Uns poucos estrearam-se em grande, muito por culpa da vítrea democracia aí existente. Outros obtiveram proveitosas colheitas que os colocam em benignas condições para ambicionarem novos rumos. Entre o trabalho de vindimar, vinificar e votar, encontrou-se tempo para tudo. As uvas estavam em bom estado sanitário, com graduações agradáveis, os lagares tinham sido limpos e desinfectados e o trabalho a dar aos tintos (feitos em curtimenta através do corte da manta ou do seu recalque) foi constante durante esse fim-de-semana. A prova dos mostos denota apenas mais uns bondosos vinhos. Entre todos estes afazeres, encontramos tempo para visitar outros colegas por terras do Douro. Palavra puxa palavra, conhecimento puxa conhecimento, demo-nos conta que afinal conhecíamonos todos há muitos anos. Surgem amigos de infância no meio do inesperado. Fazer vinhos tem também esta envolvência. Em termos agrícolas, os tempos parecem ser promissores para Portugal. Encontra-se já concluída na nova reforma da PAC
(política agrícola comum), o que permitirá melhorar substancialmente a percentagem do co-financiamento a suportar pela UE. Numa fase inicial do processo de negociações, este delicado apoio situava-se nos 75%, mas agora estendeu-se até aos 85%, dado o meritório trabalho desenvolvido pelo eurodeputado português Capoulas Santos, que teve um papel determinante nas negociações. No caso dos países sujeitos a intervenção externa, como é o caso de Portugal, o apoio poderá alargar-se até aos 95%. O acréscimo obtido por esta via, no nível de comparticipação da UE, permitirá a Portugal libertar 250 milhões de euros durante o período de 2014 a 2020, isto é, aproximadamente 36 milhões de euros/ano que poderão ser investidos noutros sectores de actividade, uma vez que a comparticipação nacional poderá baixar dos 15% para os 5%. Em termos alimentares, vislumbram-se novos negócios de dimensão mundial. O desperdício alimentar dos países desenvolvidos, que se situa nos alarmantes 50% e recai nos alimentos a atingir o prazo de validade ou fora do mesmo, irá fomentar o aparecimento nos EUA de uma nova rede de supermercados destinados exclusivamente à sua comercialização. Em seguida, apenas faltará replicar o conceito para a Europa. A ser assim, as instituições de caridade que por esta altura têm sido o garante da supressão das necessidades de muitas famílias irão ver reduzidos de forma drástica os donativos efectuados por muitos. Esta categoria de alimentos ainda terá de render algum dinheiro. Vivemos dias em que é necessário e imperioso fazerem-se novas e diferentes leituras de muitos dos episódios que agora acontecem…. A ser assim, continuação de boas vindimas.
Jornal do Centro
14 REGIÃO | VISEU
Emília Amaral
03 | outubro| 2013
A Presidente da Academia do Bacalhau de Viseu, António Figueiredo, organizou o congresso nacional que decorreu na região
“Academia do Bacalhau é um movimento que visa na sua essência a solidariedade para com quem mais necessita” Viseu ∑ A organização contabilizou 612 compadres e comadres de todo o mundo reunidos em Viseu, durante quatro dias (de 26 a 29 de setembro) a participar no XLII Congresso Mundial das Academias do Bacalhau. Vieram da Austrália, Africa do sul, Moçambique, Namíbia, Angola, Canadá, Estados Unidos, Bélgica/Bruxelas, Londres, França, Luxemburgo… e de várias cidades portugueses. Têm em comum o facto de pertencerem a diferentes academias do bacalhau e aprovaram a entrada de três novas organizações: Nelspruit (Africa do Sul), S. Paulo (Brasil) e Altos Mirandinos (Venezuela). Gente divertida e dinâmica, que gosta de trabalhar a favor de quem mais necessita, sempre reunida à mesa, de preferência a provar o fiel amigo. António Figueiredo lidera a Academia do Bacalhau de Viseu e serviu de anfitrião. Para este dirigente, o encontro foi uma mais-valia para o turismo da região.
Um encontro destes que retorno tem para a região?
Desde um simples clip até à hotelaria, nós pusemos em movimento vários setores de atividade. Requisitámos transportes para fazer a ligação entre os hotéis e os locais onde decorriam os eventos. Mandámos fazer estatuetas de barro preto e outras em estanho para oferecer como lembrança, esferográficas, porta-chaves… movimentámos de facto vários sectores de atividade da região. O mais beneficiado terá sido o setor da hotelaria (os hotéis da cidade estiveram todos lotados), houve várias sessões gastronómicas, uma no Golfe Montebelo, uma receção no Solar do Vinho do Dão onde estiveram quase 400 pessoas sentadas, tivemos uma simulacro de vindimas que culminou com um almoço e uma visita à Quinta da Ínsua (Penalva do Castelo), realizámos um passeio à serra da Estrela com um almoço em Folgosinho (Gouveia), e no sábado decorreu o jantar de Gala no Expocenter em que estiveram mais de 600 pessoas. A ideia é apresentar a estes visitantes o que a região tem
de melhor?
Obviamente. A partir do momento em que somos escolhidos para organizar um evento desta natureza, a nossa preocupação é arranjar centros de interesse para que os congressistas se sintam bem no nosso meio. Mostrar a cidade, apresentar a gastronomia, os vinhos, os queijos e os bons equipamentos. Como nasceu este projeto das Academias do Bacalhau?
Este foi um movimento iniciado em 1968, em Africa do Sul. Havia uma tertúlia de amigos que reunia com alguma frequência para almoçar e jantar, onde eram debatidos alguns problemas sobre compatriotas que tinham algumas dificuldades naquele país. Posteriormente, os que tiveram um contacto com a Academia imbuíram-se do seu espírito e para onde foram criaram academias. [Gerouse] um movimento que visa na sua essência a solidariedade para com quem mais necessita. A Academia do Bacalhau de Viseu é mais recente.
Três compadres (compadres e comadres são as designações escolhidas para
os membros das academias do bacalhau), o Carlos Silva, o Horácio Silva e o João Rosa Pinto lembraram-se em boa hora de criar uma academia em Viseu no ano de 2000. Nessa altura resolveram convidar o arquiteto José Perdigão para presidente, que liderou a Academia até 2008. O compadre Perdigão manifestou alguma vontade em deixar a liderança, perguntaram-me se estaria interessado, eu percebi que devia assumir a presidência e cá estou desde 2008, mas acompanhado pelo arquiteto Perdigão (vice-presidente). Temos 104 elementos registados, mas há sempre a possibilidade de cada um de nós trazer outro, basta que venha a uma das nossas sessões de trabalho, que é um jantar. Não há cotização, os nossos proveitos resultam dos almoços e dos jantares que organizamos, em que, se o restaurante leva dez euros nós cobramos 12 euros e é assim que conseguimos juntar alguma coisa. Quais as iniciativas que já promoveram?
Apoiámos a Casa do Gaiato (170 crianças órfãs), mercê de um apelo da Academia de Maputo. No último
congresso esteve presente o padre Zé Maria (responsável pela Casa do Gaiato em Maputo) que nos lançou um apelo muito forte, uma vez que estava com muitas dificuldades. Apoiámos um jovem que estava em risco de perder um braço e, graças a uma intervenção cirúrgica suportada por várias academias depois de um apelo da Academia de Lisboa, tal não aconteceu. No último Natal procedemos também à entrega de alguns cabazes a famílias carenciadas. Sendo instituições de beneficências, porquê o nome de académia do bacalhau.
Muita gente tem colocado essa questão e eu digo sempre que o maior amigo do homem é o cão, mas o fiel amigo é o bacalhau e nós pretendemos manter uma fidelidade grande em relação aos nossos amigos. Os vossos encontros à mesa são sempre reuniões de trabalho?
As nossas sessões de trabalho são exatamente à volta de mesa. Fazemos por cumprir algumas praxes, se há alguma coisa importante para ser discutida é ali que se discute, em que toda a gente fica a saber o
que se está a passar, se há amigos novos faz-se a apresentação… Com o bacalhau como prato obrigatório?
O fiel amigo tem que estar sempre à mesa nem que seja através do simples pastel. Não somos obrigados a comer bacalhau, mas deve marcar a sua presença. Na sessão de trabalho do congresso é que é obrigatório comer bacalhau. Outra das praxes que preservamos é o “gavião de penacho”, uma espécie de um hino com que abrimos as sessões (gavião de penacho, de bico para cima de bico para baixo, mais acima, mais abaixo, vai ao centro e bota para dentro). Falta-me falar da figura da nossa Academia denominada “carrasco”, que é o homem que se encarrega de trazer mais proventos para a academia. Por exemplo, ao toque do badalo todos se devem calar para ouvir a voz do presidente, se alguém infringe a regra, o carrasco deve multar o compadre prevaricador. É mais uma forma de fazer receita. Emília Amaral
textos ∑ Micaela Costa
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especial
Jornal do Centro 03 | outubro| 2013
animais de estimação
Comemora-se amanhã, dia 4, o Dia Mundial do Animal de Estimação. Para quem tem um amigo inseparável de quatro patas, este é o dia para oferecer um mimo diferente ao seu “bichinho”. Para muitos este são os amigos mais verdadeiros, mais simples, mais genuínos, mais traquinas, mais meigos e mais fiéis. Para muitos estes amigos merecem todo o respeito e carinho. E porque cuidar de um animal de estimação não é simples, mas gratificante, deixamos no Especial desta semana algumas dicas sobre os “bichinhos” que moram lá em casa.
6
pequenas atitudes que fazem a diferença
Seguros para animais
4-
Um animal de estimação é uma enorme responsabilidade mas acima de tudo uma fonte de prazer e companhia. Contudo, e porque um animal como uma pessoa, deve ter condições para viver, antes de acolher ou adotar é importante perceber se realmente temos possibilidades de ter um animal. As responsabilidades e custos são, por vezes, elevados e devem ser pesados no orçamento familiar. É fundamental garantir também a higiene, a saúde, o bem-estar e a segurança de quem os rodeia. Com cães de raças potencialmente perigosas, como o rottweiller ou pit bull terrier, deve contratar um seguro de responsabilidade civil, com um capital mínimo de 50 mil euros. Os donos podem ser responsabilizados criminalmente pelos danos a terceiros. Por 40 euros anuais garante o pagamento dos danos causados. Para incluir despesas de saúde, conte com um prémio de cerca
5-
Identificação é importante
1-
Antes de levar um animal para casa, tenha a certeza de que ele não será motivo de discórdia, caso contrário, toda a família vai sofrer, principalmente ele.
2-
Alimente o seu animal nos horários corretos e fixos todos os dias, evitando assim que passe fome ou se torne um animal obeso. Não se esqueça que existem alimentos apropriados a cada espécie e idade do animal. Os adultos devem ser alimentados duas vezes ao dia, e os filhotes de quatro, a seis vezes ao dia.
3-
O seu animal de estimação a um veterinário a cada seis meses (para serem consultados e de desparasitados). Anualmente os cães são obrigados a tomar a vacina da raiva (se for administrada durante a campanha anual de vacinação custa 4,40 euros, ou o dobro (8,80), se fora daquele período). Recomenda-se ainda as vacinas da esgana, hepatite por adenovírus, parvovirose, leptospirose e a chamada tosse de canil. Não existe vacina obrigatória para gatos, mas a da raiva, panleucopénia (gastroenterite), coriza (ou febre dos gatos) e leucose felina são aconselháveis.
Troque sempre a água de seu animal, deixe a vasilha com água fresca principalmente em tempos quentes.
Para evitar odores desagradáveis limpe as fezes dos seus animais pelo menos duas vezes ao dia e, no caso de estarem no quintal, lave o espaço pelo menos três vezes por semana. Quer em casa ou na rua é importante que recolha os restos de alimentos do comedouro do animal, evitando assim a proliferação de ratos, baratas e formigas.
6-
Passeie com o seu animal todos os dias no final da tarde ou início da manhã. Durante o passeio, utilize sempre coleira e guia. É segurança para o animal e para as pessoas. Publicidade
Registo, seguro e licença são essenciais para assegurar uma boa convivência entre animais e humanos. Os cães e os gatos estão obrigados a registo. Este é pedido na junta de freguesia da zona de residência do dono, entre os três e seis meses de idade do animal. Apresente o
de 120 euros por ano. Alguns seguros incluem coberturas de assistência, para os donos obterem informação sobre clínicas veterinárias, escolas de treino ou formalidades legais, bem como a guarda do animal em canil ou gatil, se o dono for hospitalizado. Se estiver interessado num seguro para animais, verifique se não possui já esta cobertura no de responsabilidade civil familiar ou multirriscos habitação. Contudo, destas estão excluídas algumas raças, como cães de grande porte ou de guarda. Neste caso, a única solução é contratar o seguro específico para animais domésticos. Quase todas as seguradoras os comercializam. Pode optar por diferentes capitais e, em regra, é aplicada uma franquia de 10% sobre os danos causados. Para um capital de 100 mil euros, o prémio anual ronda os 40 euros. Caso o seu cão seja considerado perigoso, é obrigado a contratar um seguro de
boletim sanitário, preenchido por um veterinário. A taxa de registo e licenciamento custa, em regra, até 15 euros. Na mesma altura e local, peça a licença de detenção, posse e circulação do animal. Para obtê-las, mostre o boletim sanitário com as vacinas em dia.
responsabilidade civil para animais perigosos. Neste grupo inserem-se os cães que já tenham atacado pessoas ou outros animais. A lei define ainda sete raças perigosas: cão de fila brasileiro, dogue argentino, pit bull terrier, rottweiller, staffordshire terrier americano, staffordshire bull terrier, tosa inu e cruzamentos destas com outras raças. Além do microchip de identificação, estes cães deverão ter uma licença da junta de freguesia e seguro de responsabilidade civil com capital mínimo de 50 mil euros. Para um capital seguro de 100 mil euros, o prémio anual oscila entre 90 euros e 120 euros anuais e cobre os danos causados pelo animal em território nacional.
As licenças têm de ser renovadas anualmente, em junho e julho. Fora deste período, o preço é agravado em 30 por cento. Os animais de estimação precisam também de uma identificação eletrónica (microchip). Assim, se fugirem e provocarem, por exemplo, um aciden-
Se procura um seguro mais completo, que, além da responsabilidade civil, inclua as despesas de saúde com o animal, também encontra produtos à medida. Um cartão de saúde dá-lhe acesso a descontos que rondam os 30% numa rede de veterinários, não tem exclusões e é válido por toda a vida do animal. O prémio anual da versão de base ronda os 100 euros. Outros produtos reembolsam as despesas de saúde do animal. Neste caso pode ser cobrada franquia e existem limites a pagar por sinistro. Também é limitada a idade do animal. Os prémios oscilam entre 100 euros e 120 euros anuais, consoante o limite por sinistro ou anual.
te de automóvel, o dono pode ser encontrado. O seguro de responsabilidade civil só é obrigatório para os perigosos e potencialmente perigosos, mas convém contratá-lo para todos os cães. Custa até 100 euros anuais e paga danos causados pelo animal em Portugal.
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ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO | ESPECIAL 17
03 | outubro | 2013
ADOTE-NOS
Fêmea com 3 meses. Está desparasitada vacinada e microchipada. Será esterilizada aos 6/7 meses
Fêmea com 3 meses. Está desparasitada, vacinada e microchipada. Será esterilizada aos 6/7 meses.
Macho com 4 meses. Está desparasitado, vacinado e microchipado.
Animais e viagens Algumas das dúvidas que se colocam quando se pensa em levar um animal para casa é o que fazer quando queremos ir de férias, ou quando precisamos de nos ausentar. Fechar o “bichinho” em casa não é, nem pode ser, opção por isso, ou se arranja um amigo ou familiar que cuide do nosso animal, ou então levamos o bicho connosco. Contudo, há regras e medidas que se devem ter em conta para que tudo corra bem. Os transportes públicos Aqui podem recusar a presença dos animais de companhia em períodos de maior afluência. No caso de cães perigosos ou potencialmente perigosos este não podem viajar em transportes públicos. Os restantes animais de estimação estão autorizados, desde que estejam em adequado estado de saúde e de higiene e sejam transportados em contentores limpos e em bom estado de conservação, com espaço necessário à espécie e ser construídos em material resistente que não permita a fuga dos animais e que assegure a ventilação e a temperatura apropriada aos mesmos. Contudo, os animais não podem, em caso algum, viajar nos bancos de
passageiros, mas sim no habitáculo do veículo, ou seja, na
bagageira. As transp or t ador a s são obrigadas a divulgar o número permitido de animais por veículo e passageiro, os períodos em que não podem viajar, o preço do bilhete para o animal e a antecedência necessária para a reserva de transporte, no caso de viagens interurbanas de longa distância. Esta proibição não se aplica aos cães-guia, que têm entrada garantida. Na via pública Os cães e gatos devem circular com coleira, com a indicação do nome do animal e morada ou telefone do dono. A menos que andem pela trela, os cães são obrigados a trazer açaime e estar acompanhados pelo dono. Algumas câmaras municipais disponibilizam zonas próprias onde os animais podem circular livremente.
Viagens de longa duração Graças ao passaporte europeu para animais de companhia, viajar com um cão ou gato é mais fácil. Se vai para um país da União Europeia, peça o passaporte para o seu cão ou gato numa direção regional de agricultura. Este documento contém informações sobre a vacinação antirrábica, exames, estado de saúde e certifica que o seu amigo de quatro patas está legalizado. A Irlanda, Malta, Reino Unido e Suécia também exigem testes de eficácia da vacina, feitos com 120 dias de antecedência. Os três primeiros países Publicidade
Coimas de incumprimento Punição (€)
Contraordenação
Entidade fiscalizadora
Cães perigosos Falta de licença de detenção Falta de açaime, trela, coleira ou peitoral Falta de identificação eletrónica
Fêmea com 4 meses. Está desparasitada vacinada e microchipada. Será esterilizada aos 6/7 meses.
Câmara municipal
Alojamento sem condições de segurança 750 a 5000
Falta de seguro Treino para lutar ou aumentar a agressividade
CANTINHO DOS ANIMAIS ABANDONADOS DE VISEU RIO DE LOBA • 232 449 934
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
Falta de treino ou treino não certificado Não esterilização ordenada pela Direção-Geral de Veterinária
Generalidade dos cães
Amanhã, dia 4 comemora-se o Dia Mundial do Animal. Para comemorar este dia, a Direcção decidiu que o mesmo seria passado junto de todos os nossos Animais. Assim, nos dias 4 e 5 o Cantinho dos Animais abre os portões das 10h00 às 17h00 para quem pretender conhecer as instalações e todos os animais. Está também presente várias campanhas de angariação de comida durante esses dois dias no Bricomarché no caçador e no Continente no Retail Park. O Cantinho dos Animais apela à ajuda de todos a fim de poder alimentar todos os animais durante o longo inverno que se avizinha. Além dos animais que possuem nas instalações em Viseu, a instituição tem também pólos em Tabuaço e Vila Nova de Paiva.
Falta de licença de detenção, posse e circulação de cães 25 a 3740 Junta de freguesia
Falta de açaime, trela, coleira ou peitoral Falta de registo
50 a 3740
Falta de identificação eletrónica
Câmara municipal
Falta de comunicação de detenção de um animal encontrado na via pública Falsas declarações na identificação
50 a 1850
Não comunicação da morte ou perda do animal, mudança de dono ou extravio do boletim sanitário
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
Obstáculos à verificação da identidade Abandono
25 a 3740
Falta da vacina contra a raiva 50 a 3740
Excesso de animais ou falta de condições de higiene
exigem ainda tratamentos contra as carraças e a ténia. A Finlândia e a Suécia pedem só o tratamento contra a ténia. Fora da União Europeia, leve um certificado sanitário. Este documento, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, garante que o animal cumpre as condições de saúde e vacinação. Em caso de dúvida, contacte a embaixada ou posto consular do país hospedeiro em Portugal. Em viagens prolongadas, de carro ou avião, administre comprimidos contra o enjoo. Para passear com o seu cão em Portugal Continental não precisa de documentos especiais. Mas se viajar para as ilhas, convém levar um atestado de sanidade passado pelo veterinário.
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educação&formação Obra ∑ Espaço vai acolher cerca de 30o crianças, um investimento de dois milhões de euros Fernando Ruas, lançou no passado dia 25 a 1ª pedra que assinala a construção do Centro Escolar Viseu Estrela, na Quinta Del Rei. A obra, que representa um investimento de cerca de dois milhões de euros, vai permitir criar sete turmas do 1.º ciclo do Ensino Básico e quatro grupos do ensino pré-escolar, num total de cerca de 300 crianças. Na cerimónia de inauguração Fernando Ruas salientou a importância da construção do centro escolar, pois para o autarca, esta era uma falha na rede de escolas. “Achámos que nos fazia falta no puzzle
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de escolas que queriamos construir. Deixámos os meios, a estrutura financeira, para que possam continuar o projeto”. Já Américo Nunes, vice-presidente da autarquia salientou a necessidade de dar condições a estas crianças. “Temos
que tratar muito bem os homens de amanhã para que sejam melhores”. “Temos que os dotar de ensinamentos, condições de aprendizagem para que façam melhor que nós”, salientou. Micaela Costa
Foi apresentado no passado dia 25, o projeto ENA no Agrupamento de Escolas Viseu Sul, na presença de Américo Nunes, vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu e João Caiado, presidente do Agrupamento de Escolas Viseu Sul. Este projeto, que surge de uma candidatura ao EDP Solidária (um programa anual que tem como objetivo o apoio a projetos que melhorem a qualidade de vida das pessoas) vai ajudar na inclusão escolar e social de crianças e jovens com necessidades educativas especiais. A iniciativa vai apoiar cerca de 140 alunos do 2º e 3º ciclos e pretende promover competências de autonomia e desenvolver aptidões, que são essenciais não só à aprendizagem académica, mas também ao
Micaela Costa
Lançada a primeira pedra do Agrupamento de Escolas Viseu Sul cria projeto de apoio a aluCentro Escolar Viseu Estrela nos com necessidades especiais
A Américo Nunes, vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu e João Caiado, presidente do Agrupamento de Escolas Viseu Sul exercício de uma atividade profissional. Por isso, e para além da criação de uma sala polivalente com áreas específicas, onde os alunos podem desenvolver atividades do quotidiano, vai ser possível, através do apoio das instituições parceiras, que os jovens tenham contacto com o mundo de trabalho, realizem ateliers de promoção de competências
de aprendizagem, pessoais e socias, atividade de dança e música e ações de formação na área da saúde. O projeto, que tem um custo de 50 mil euros, é apoiado em 35 mil pelo EDP Solidária e pela Câmara Municipal de Viseu em 10 mil euros. Tem ainda o apoio de várias empresas locais e internacionais, como é o caso do IKEA. MC
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economia
Consultório Jurídico
Jumbo apoia APPACDM Advogada nellybranco-48522c@adv.oa.pt
Contrato de Trabalho reduzido a escrito, a sua importância ou exigência Perante a conjuntura actual de crise, é comum as empresas com escassos recursos financeiros optarem por contactarem potenciais trabalhadores, qualificados ou não, para exercerem funções durante um determinado período com a promessa de celebração de um Contrato de Trabalho. Assim, com essa promessa, o potencial trabalhador desloca-se diariamente para o local, que pertence ou determinado pelo “futuro” patrão, onde utiliza os equipamentos ou instrumentos disponíveis para desenvolver a sua função, cumpre um horário e recebe ordens de um superior hierárquico, mas no final do mês, ao invés de receber a retribuição devida é surpreendido com a sua dispensa. O potencial trabalhador dispensado, muitas vezes, por não ser titular de um Contrato de Trabalho reduzido a escrito, julga que a nada tem direito, aceitando ou admitindo a inexistência de qualquer vínculo com aquele promitente patrão. Não é assim! Ora, o “Contrato de Trabalho é aquele pelo qual uma pessoa singular se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua actividade a outra ou outras pessoas, no âmbito de organização e sob a autoridade destas”, conforme estabelece o art. 11.º do Código de Trabalho. Assim, quando a relação entre a pessoa que se propõe a trabalhar e a pessoa de quem promete ou oferece o emprego em tudo se assemelha a uma relação laboral como a acima descrita, mas não reduziram a escrito esta relação por meio de contrato, desde o primeiro dia vigora um au-
têntico Contrato de Trabalho Sem Termo. A Lei não impõe a celebração de um verdadeiro contrato escrito para vigorar um Contrato de Trabalho com a imposição e descrição das obrigações inerentes às partes, pelo que no caso supra mencionado, a pessoa que exerceu as suas funções e que no final do mês ao invés da retribuição, foi dispensada, não pode ficar desprotegida. In casu, atendendo à descrição da relação entre as partes é inequívoco que estamos perante um Contrato de Trabalho Sem Termo, contudo, em caso de dúvida, o art. 12 .º do Código de Trabalho menciona as características que, a se verificarem algumas, poderemos presumir que estamos na óptica de uma relação laboral. Assim, decorrido um mês de trabalho ainda se encontra em vigor o período experimental, que para a generalidade dos trabalhadores é de 90 dias, assistindo o direito a qualquer das partes de denunciar o contrato (não escrito) sem aviso prévio, sem a invocação de uma justa causa, e sem ainda, direito a indemnização. Porém a retribuição pelo seu trabalho, ou melhor, a contrapartida do trabalhador pelas funções desenvolvidas durante aquele período, é devida, não podendo o beneficiário furtar-se ao seu dever, nomeadamente ao pagamento pontual. Resumidamente, se o empregador, no final daquele mês, entender que o trabalhador não é o mais indicado para a ocupação do cargo é-lhe perfeitamente lícito dispensá-lo, uma vez que o período experimental conferido por lei tem em vista esse fim.
Projeto ∑ Verba de nove mil euros vai ajudar a criar uma sala de apoio aos utentes Criar uma sala dinâmica, que vai permitir aos utentes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) recriar momentos do quotidiano, foi o projeto que a associação apresentou à Fundação Jumbo para a Juventude. Após a análise de mais três projetos, a ideia da APPACDM Viseu saiu vencedora e recebeu no passado dia 25 um cheque no valor de nove mil euros. A verba vai permitir a criação de um cenário de apartamento T1, com sala, quarto e cozinha, onde é possível desenvolver tarefas como fazer a cama, cozinhar ou limpar o pó. E s te pr oj e to , s u r -
Micaela Costa
Nelly Branco
de é que eles [utentes] sejam autónomos e que desempenhem tarefas que são importantes no dia-a-dia”, acrescentou. Mário Louraço, diretor do Jumbo Viseu, explicou que esta é uma prática que já faz parte das iniciativas sociais. “Estas práticas fazem parte do nosso ADN,
ge da necessidade que a A P PAC DM s e n t iu em poder dar aos seus utentes meca nismos que os tornem mais autónomos, como explicou Rosa Real, diretora pedagógica. “Sentimos que precisávamos urgentemente de responder com estas atividades”. “O que se preten-
sempre apoiámos localmente instituições, esta é a nossa responsabilidade social. E através deste apoio estamos, mais uma vez, a contribuir para o bem-estar e qualidade de vida da comunidade e para a formação de cidadãos”.
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CANDIDATURAS ABERTAS PARA O PROGRAMA “COMÉRCIO INVESTE” Estão abertas as Candidaturas ao Programa “Comércio Investe” até 25 de Novembro para empresa s ou a ssoci ações empresariais (comércio |CAE 47), que pretendam efectuar projectos de investimento até 15.000,00 euros que se destinem à promoção da inovação de processo organizaciona l e de ma rketing, nas empresas do sector do comércio. Este programa at ribui u m i ncentivo n ã o r e e m b ol s á vel correspondente a 40%, com a possibi l id ade de i r até 50% como prémio de boa execução. As ca ndidaturas são apresentadas através do envio pela via eletrónica, utilizando o formulá rio d ispon ível n a pági na do I A PM EI , I. P. Marcelo Gama
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Covilhã
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CANDIDATURAS AO PROGRAMA VALORIZAR APOIOS À CRIAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO
Legenda Zona Elegível
INCENTIVOS A MICROEMPRESAS DO INTERIOR FINANCIAMENTO DE PEQUENOS INVESTIMENTOS
Feito de medidas simples, destina-se a apoiar microempresas e empreendedores nos territórios com problemas de interioridade e a estimular estratégias e iniciativas de desenvolvimento regional. Saiba mais em: www.maiscentro.qren.pt
SECRETÁRIO DE ESTADO
Micaela Costa
Jornal do Centro
20 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
03 | outubro | 2013
Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)
DR
É preciso ganhar os territórios do interior
AMais de 40 empresários conheceram e provaram os produtos endógenos da região
São João da Pesqueira aposta nas relações económicas entre Portugal e China Investir ∑ Empresários de Macau e da província de Guangdong visitaram o concelho mais a norte do distrito de Viseu “Explorar oportunidades de investimento e promover junto dos empresários presentes a exportação dos produtos regionais” foi o principal objetivo da autarquia de São João da Pesqueira durante a visita de mais de 40 empresários chineses, organizados em delegações da Região Administrativa Especial de Macau e da Província de Cantão. A visita, que decorreu no passado dia 26, e que pela primeira vez na história, em 500 anos de relacionalmente entre Portugal e a China, trouxe ao concelho mais a norte do distrito de Viseu empresários chi-
neses, deu a conhecer os produtos locais, como o vinho e o azeite e possibilitou aos empresários visitar as adegas e quintas, que como explicou José Tulha, presidente da Câmara Municipal (reeleito no passado domingo, dia 29), “proporcionou ver de perto as caves e os vinhos do concelho, com o objetivo de aprofundar as relações económicas e comerciais”. Lino Ho, agradeceu em nome da de legação de empresários chineses, a forma como foram recebidos e explicou que “Macau procura novas oportunidades de negócio e
parceiros comerciais, de forma a conseguirmos importar os produtos a li menta res portugueses”. Referiu ainda que o mercado chines, “é muito maior e onde há preocupações com a segurança alimentar, podendo os produtos portugueses ajudar a atenuar esta situação”. O autarca de São João da Pesqueira referiu ainda que a aposta nas relações económicas entre os dois países assumese como uma “prioridade ao apoio ao tecido empresarial do concelho”, “através do desenvolvimento de uma estratégia de internacio-
nalização dos principais produtos endógenos como o vinho, azeite, paisagem, gastronomia e a cultura”. Esta é uma das ações que o concelho de São João da Pesqueira tem desenvolvido de apoio à “promoção da exportação e de atração do investimento”. A participação no SISAB Lisboa, a organização da Vindouro no concelho e a presença no principal certame comercial de Macau, a MIF, onde este ano voltam a representar os produtos do concelho, são outros exemplos. Micaela Costa
Jornal do Centro com novas instalações O Jornal do Centro mudou as suas instalações para a Rua Dr. Álvaro Monteiro, lote 12, r/c, 3510014, em Viseu. Juntamente com a Praxicenter e a Medipleno passou a ocupar um novo espaço neste movimentada artéria de Marzovelos, perto do Hotel Montebelo.
A recente colocação de alunos nos estabelecimentos de ensino superior veio pôr à mostra, uma vez mais, o movimento que parece imparável de o Pais tombar para o Litoral. O que aconteceu, e nisto nada de novo, foi um ganho das universidades, em particular das universidades do litoral, que captaram mais jovens, e uma perda, também já habitual, por parte dos politécnicos e, em particular, os do interior. Se hoje esta situação já representa um problema complicado especialmente para as instituições que têm vindo a ser mais afetadas nos últimos anos, ele tenderá a agravar-se e a assumir-se, cada vez mais, enquanto problema verdadeiramente nacional e não apenas de algumas instituições ou de alguns territórios. Estamos a assistir a uma bola de neve a descer pela encosta. O problema tem solução mas esta não passará por regressar ao passado. Os anos em que as instituições tiveram de pôr em prática estratégias de expansão passaram. As condições que favoreciam estas estratégias (demografia, escassez da oferta instalada) já não se verificam ou, pelo menos, já não têm a mesma natureza. A haver expansão (ou, tão só, manutenção) ela será seletiva e passará pela qualidade da oferta percebida pela procura de vagas, constituída por jovens e famílias, e pela procura de diplomados, constituída por empregadores. Muitas vezes tende-se a olhar o problema apenas de um ponto de vista setorial, o ponto de vista do ensino superior. Por isso, surgem propostas de solução: umas protecionistas (criação de restrições para obrigar os alunos a irem para as instituições do interior), outras aparentemente em busca da eficiência do sistema propõem uma gestão mais rigorosa da oferta dos cursos (criação de redes entre instituições), outras ainda pensam que uma solução “formal” resolve o as-
Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt
sunto (transformação dos politécnicos em universidades). Uma parte importante da solução estará, certamente, no setor e em algumas das medidas apontadas. Importa que haja uma maior eficiência através de uma gestão adequada da oferta tendo em conta as necessidades da sociedade e as expetativas dos jovens. Ainda no âmbito do setor, é importante que, de uma vez por todas, seja feita a distinção clara entre os objetivos do ensino politécnico e do ensino universitário e que a sociedade e, em particular, o sector económico e empresarial, seja chamada a assumir esta distinção. Importa que, dentro do setor, não sejam criados incentivos desadequados, como acontece com o processo de avaliação dos cursos e do corpo docente, e que, na sociedade, as profissões técnicas tenham o mesmo valor social que as restantes profissões igualmente exigentes em conhecimento. Mas outra parte da solução está em cada território. Dela fará parte, certamente, o Politécnico/Universidade local, mas também os demais agentes económicos, culturais, sociais, políticos. Em conjunto devem construir uma visão partilhada para o futuro do seu território e qual o papel que cabe às respetivas instituições de ensino superior. A resposta a estes problemas não está, pois, no marketing mas sim, para começar, na estratégia. Na estratégia do País, na estratégia de cada região e na estratégia de cada instituição. Mas tudo isto será insuficiente se não houver uma ação voluntarista que, vinda do exterior de cada parcela, se empenhe na construção de condições para que os territórios mais do interior possam participar na luta que o Pais trava para ganhar competitividade. E hoje os territórios do interior têm mais condições para criar valor do que tinham há trinta anos atrás.
Jornal do Centro
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03 | outubro | 2013
desporto Futebol
Liga 2 Cabovisão V 5 5 5 5 4 4 3 3 4 4 3 3 3 2 3 2 2 1 1 0 1 0
E 2 2 1 0 2 2 5 4 0 0 3 3 2 3 0 2 1 4 3 5 2 4
D 1 1 2 3 2 2 0 2 5 4 1 2 3 3 5 4 4 3 4 3 5 4
GMGS 16 5 9 6 15 8 14 12 11 6 11 7 5 1 17 10 12 15 9 15 6 7 8 6 7 7 4 6 7 12 10 14 6 7 4 9 4 9 6 10 5 10 6 10
A Trambelos continuam imbatíveis esta época
8ª Jornada Sporting B Farense Atlético CP UD Oliveirense U. Madeira Feirense Trofense FC Porto B Beira-Mar Chaves Benfica B
1-2 2-0 0-0 2-2 1-0 1-1 3-4 2-1 0-0 1-2 1-2
Desp. Aves SC Braga B Penafiel Marítimo B Ac. Viseu Sp. Covilhã Portimonense Santa Clara Leixões Tondela Moreirense
9ª Jornada SC Braga B Portimonense Santa Clara Leixões Ac. Viseu Tondela Desp. Aves Marítimo B Moreirense Sp. Covilhã U. Madeira
-
Benfica B Penafiel Beira-Mar FC Porto B Feirense Sporting B Trofense Farense Atlético CP Oliveirense Chaves
-
Ao fecho da edição ainda estavam a decorrer jogos da 9ª jornada
Camp. Nacional de Seniores - Serie D 1 L. Lourosa 2 S. João Ver 3 Anadia 4 Lusitano FCV 5 AD Grijó 6 Cinfães 7 Bustelo 8 Cesarense 9 Estarreja 10 Sp. Espinho
P 9 7 7 6 5 5 5 4 3 2
J 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
V 3 2 2 1 1 1 1 1 1 0
E 0 1 1 3 2 2 2 1 0 2
D 1 1 1 0 1 1 1 2 3 2
GMGS 4 2 8 6 8 8 10 8 8 7 4 3 4 5 6 8 5 8 2 4
4ª Jornada S. João Ver AD Grijó Cesarense L. Lourosa Cinfães
1-0 1-1 1-1 1-0 1-1
Sp. Espinho Bustelo Lusitano Estarreja Anadia
5ª Jornada S. João Ver Bustelo Lusitano FCV Estarreja Sp. Espinho Publicidade
-
-
Benfica e Olhanense são prendas para Cinfães e Lusitano Micaela Costa
P J 8 8 8 8 8 8 8 9 9 8 7 8 8 8 8 8 7 8 8 8 8 8
1 Moreirense 17 2 FC Porto B 17 3 Portimonense 16 4 Tondela 15 5 Sp. Covilhã 14 6 Leixões 14 7 Penafiel 14 8 Benfica B 13 9 SC Braga B 12 10Chaves 12 11 Atlético CP 12 12Marítimo B 12 13U. Madeira 11 14Desp. Aves 9 15Sporting B 9 16Oliveirense 8 17Santa Clara 7 18Feirense 7 19Farense 6 20Beira-Mar 5 21Ac. Viseu 5 22Trofense 4
AD Grijó Cesarense L. Lourosa Cinfães Anadia
Futebol - Campeonato Nacional de Seniores
Cinfães e Lusitano continuam a somar Campeonato ∑ Só os dois primeiros fogem à despromoção direta Lusitano e Cinfães, as duas equipas do distrito de Viseu no Campeonato Nacional de Seniores, serie D, continuam a somar. Desta vez com empates. Destaque para o Lusitano que segue sem conhecer o amargo sabor da derrota, neste ano de regresso às competições nacionais de futebol. Com quatro jornadas já disputadas o Lusitano, soma uma vitória, frente ao Bustelo na jornada inaugural, por 3-1, seguida de três empates. O último em Oliveira de Azemeis, frente ao Cesarense, em jogo em que os trabelos jogaram durante largos minutos reduzidos a 10 – expulsão de Belo – e onde viriam a consentir o empate nos minutos finais.
O Lusitano está na 4ª posição da tabela classificativa, é a equipa com mais golos marcados (10) e tem um dos seus jogadores na lista de melhores marcadores. O médio Belo, segundo da lista, conta já com 3 golos em 4 jogos, os mesmos que Júlio, da equipa de São João de Ver, mas que por ter mais minutos em campo, está em primeiro. Para este fim-de-semana não se espera uma partida fácil em Vildemoinhos, com os trambelos a receberem o primeiro classificado Lusitânia de Lourdosa, que apenas perdeu com o Anadia. Jogo importante para os trambelos que se vencerem igualam o adversário, no comando
da série D. Já o Cinfães empatou em casa frente ao Anadia - e já havia empatado na jornada anterior frente ao Sporting de Espinho. A quinta jornada reserva aos cinfanenses uma partida mais “tranquila” frente ao penúltimo classificado Estarreja (equipa que ainda só venceu uma vez, e curiosamente com uma goleada por 3-1 frente ao Cesarense). Um f im-de-semana onde os três pontos são importantes para que as equipas de Viseu se mantenham entre os primeiros da classificação. Recorde-se que esta época apenas duas equipas estão a salvo da despromoção. Micaela Costa
Já são conhecidos os adversários para as equipas de Viseu, em mais uma ronda da Taça de Portugal. Adversários de peso e jogos que não vão facilitar a vida ao Académico, Tondela, Cinfães e Lusitano. Na “rifa” do sorteio da 3ª eliminatória da Taça de Portugal o Cinfães vê o materializar de um sonho: defrontar um “grande”. Ainda sem data oficial (uma vez que as partidas estão marcadas para o dia 20, mas há a possibilidade de alguns jogos serem antecipados, ou adiados, devido aos compromissos nas competições europeias), o jogo mais esperado entre os quatro clubes viseenes. O Cinfães recebe o Sport Lisboa e Benfica. Uma situação frente a um clube de topo que não é nova para o clube já que, há alguns anos, também recebeu no seu estádio o Futebol Clube do Porto. Os cinfanenses, depois de vencerem o Estarreja (1-5) têm agora a difícil tarefa de derrotar o Benfica, para que possam passar à próxima fase da Taça de Portugal. O Lusitano, que também joga em casa, vai defrontar o Olhanense, mais um adversário que alinha no principal campeonato do futebol português. O Académico vai até Lisboa, defrontar o Oriental, terreno que o treinador Filipe Moreira bem conhece. Partida que não será fácil com os academistas a terem pela frente um dos favoritos a vencer a serie G do Campeonato Nacional de
Seniores. O Tondela joga em Leiria, frente à equipa da casa. Um jogo que coloca os tondelenses frente a um forte candidato à promoção no Campeonato Nacional de Seniores, o União de Leiria. Um dado curioso neste sorteio, para as equipas de Viseu, prende-se com o facto de Tondela e Académico, que fazem parte da Liga 2 Cabovisão, defrontam equipas do Campeonato Nacional de Seniores e Lusitano e Cinfães, que marcam presença no Campeonato Nacional de Seniores, receberem adversários do principal campeonato de futebol português. MC
FC Porto - Trofense Penafiel - Operário Portimonense - Cova da Piedade Belenenses - Académica Gil Vicente - Caldas Atlético CP - CCD Santa Eulália Aljustrelense - Desp. Aves Ribeirão - S. João Ver Camacha - Vilaverdense FC Gafetense - SC Braga Fafe - Piense Feirense - Farense Moreirense - Estoril Praia Fátima - V. Guimarães Louletano - Famalicão V. Setúbal - Alcanenense Lusitano FCV - Olhanense Loures - AD Oliveirense Santa Maria - Nacional Varzim - Arouca Marítimo - Freamunde Esp. Lagos - Rio Ave Cinfães - Benfica Benf.C.Branco - Chaves Sertanense - O Grandolense Mafra - Beira-Mar UD Oliveirense - P. Ferreira Leixões - FC Felgueiras 1932 U. Leiria - Tondela Sp. Covilhã - Santa Clara Oriental - Ac. Viseu Sporting - Alba
Jornal do Centro
22 DESPORTO | MODALIDADES
03 | outubro| 2013
Futebol
Viseu2001
Futebol Feminino
Goleada das antigas no arranque do campeonato Viseu 2001 ∑ 13 a 0 frente ao Esmoriz Começou em grande o campeonato para as jogadoras do Viseu 2001. Na 1ª jornada do Campeonato de Promoção de Futebol Feminino - Série B, que se disputou no passado sábado, dia 28, a equipa do Viseu 2001 recebeu e goleou por 13-0 o SC Esmoriz, no campo 1.º de Maio, no Fontelo.
Esta época a equipa do Viseu 2001 integra a série B, com mais oito equipas, Pasteleira, Vila FC, Murtoense, MD Eirolense, Fiães, Canelas 2010, Sousense e Esmoriz e luta agora por um lugar na fase final para depois jogar a subida à I Divisão. No plantel destaca
para a saída da jogadora Carolina Luís, uma das internacionais, que rumou ao Albergaria, equipa da 1ª Divisão. Este domingo, as viseenses deslocam-se a Vila Nova de Gaia para defrontar o Vila FC, equipa que na jornada inaugural foi vencer a Canelas, por 2 a 0.
Calendário de jogos das equipas do Viseu 2001 Sábado - dia 5 Domingo - dia 6 Seniores FUTEBOL FUTSAL (17h00) GDR Iniciados Juniores “A” Lameirinhas - Viseu (10h00 - Campo 1º (10h00) Viseu 2001 2001 de Maio) Viseu 2001 - Centro Social CulFUTEBOL B - Académico B tural de Sever Feminino (15h00) Vila FC (19h30) Viseu e Viseu 2001 Benfica - Viseu 2001 Publicidade
O Académico de Viseu vê mais um jogador ser afastado temporariamente do plantel. Desta vez é o defesa central Cláudio, capitão de equipa, que sofre de uma inflamação na vesícula. O jogador ter-se-á sentido mal no final da partida na Madeira, frente ao União, tendo-lhe sido diagnosticado um problema na vesícula que obrigou ao internamento e também a uma pequena cirurgia, marcada para esta quinta-feira. A intervenção cirúrgica decorrerá numa uni-
academicodeviseufc.pt
Cláudio submetido a operação cirúrgica
dade de saúde em Viseu e segundo o clube, “estima-se que o tempo de paragem e período de recuperação do jogador academista seja relativamente curto”. Depois de já não ter defrontado o Feirense, também deverá ficar de fora na deslocação a Lisboa,
para defrontar o Benfica B, apesar de ainda não haver certezas sobre o tempo de afastamento. É a ausência do capitão de equipa, um dos jogadores mais experientes do plantel e habitualmente dos melhores em campo neste início do campeonato.
Futsal
Sporting de Lamego entra com pé direito no campeonato
A equipa de futsal do Sporting de Lamego estreou-se a ganhar, e com goleada, na III Divisão. Frente ao Académica de Leça, os lamecenses furaram as malhas do adversário por 13 vezes, já os visitantes conseguiram bater o guarda-redes do Lamego apenas
por uma vez. Entrada com o pé direito em ano de estreia nas competições nacionais. Já as restantes equipas do distrito, não tiveram a mesma sorte. O Rio de Moinhos, de Sátão, perdeu por 8 a 4 em casa do Azagães , enquanto o ABC de Nelas foi derro-
tado por 6 a 5 frente ao Feirense. O Sporting de Lamego joga a segunda jornada este sábado, às 18h00, em casa, frente ao Sangemil. O ABC de Nelas recebe o Prodeco (pelas 17h00), e o Rio de Moinhos o Feirense (pelas 18h00), também no sábado.
D Noite de estreia no Teatro Viriato
Jornal do Centro 03 | outubro | 2013
culturas
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A peça de teatro “Sangue na Guelra” da autoria de Fernando Giestas é uma das estreias absolutas para este trimestre no Teatro Viriato. Esta é a primeira vez que Rogério de Carvalho (um dos encenadores mais prestigiagos a trabalhar em Portugal) colabora com a Amarelo Silvestre/Magnólia Teatro. A peça sobe ao palco sexta e sábado pelas 21h30.
Arcas da memória
Literatura
Pedro Morgado
Da inocência do “Santuário Mariano”
A Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro esteve presente na sessão de apresentação
História, património e tradições de Bodiosa juntos em livro Livro ∑ Um pedaço da História transformado em roteiro Um livro sobre a história, o património e as tradições de Bodiosa juntou na passada semana muitos dos habitantes desta freguesia do concelho de Viseu durante a sessão pública de apresentação que decorreu no Centro Social de Bodiosa. A mais recente obra de Adolfo M. Marques, Maria de Fátima Eusébio e Ruben F. Marques, “Bodiosa: história, património e tradições”, integrando três dimensões distintas, a história da freguesia, o seu património e as tradições que se confundem e que marcam toda a vivência de um povo, é no entender de António José Oliveira, presidente da junta de freguesia, uma
“justa homenagem às gentes” de Bodiosa e fruto de uma “gestação complicada”, depois de chumbada a candidatura apresentada à Associação de Desenvolvimento do Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), o que quase inviabilizou o projeto por falta de suporte financeiro. “Nós lançámos na altura uma candidatura à ADDLAP uma vez que este tipo de projetos envolve custos que, realmente, esta Junta de Freguesia não tinha meios de suportar. Foi muito desagradável quando recebemos a notícia de que o nosso projeto tinha sido chumbado”, referiu. A obra que é, como referiram os autores, “um docu-
mento de grande valor para a perpetuação da história” desta pequena localidade e um documento de grande valor para o “conhecimento mais profundo de Bodiosa”, foi entendida por Jorge Adolfo também como um meio de alavancar a economia local. “Ainda bem que este livro é lançado hoje uma vez que é, também, o Dia Mundial do Turismo. Nós, autores, consideramos mesmo que esta obra pode ser também uma mais-valia para a região”, destacou Jorge Adolfo. Presente nesta iniciativa esteve também o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro que frisou o contributo que o inven-
roteiro cinemas
VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h50, 16h00, 18h10, 21h40, 23h50* A Gaiola Dourada (M12) (Digital)
Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h00, 21h50, 00h30* A Evocação (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h50, 21h30, 00h10* Rush - Duelo de rivais (CB)
Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h50 Justin e a espada da coragem (M6) Sessões diárias às 21h10, 00h05* Armadas e Perigosas (M16) Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h30 Aviões VP (M6) (2D) Sessões diárias às 19h40,
22h00, 00h20* R.I.P.D. - Agentes do outro Mundo (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h15, 21h20, 00h00* Parque Jurássico (CB) (3D) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 22h00 Mettalica (M16) (3D) Sessões diárias às 14h30, 17h15, 00h15* Riddick
tário de bens religiosos, atualmente em curso na diocese, deu à presente obra, referiu o papel destes investigadores na transmissão da cultura, da história da Igreja e também da fé. “O património pode estar morto ou pode estar vivo. Está morto quando está armazenado ou até mesmo quando está exposto nas igrejas. O património assim não diz nada porque, precisamente não houve ninguém que lhe desse voz para que ele falasse. Falasse sobre a sua própria construção, sobre a sua própria arte e aquilo que significa e representa”, salientou. Pedro Morgado
(M12) Sessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20, 21h20, 23h40* Jogos de risco (M12) Sessões diárias às 11h00*(*Dom.), 13h30, 15h50, 18h10, 21h40, 00h00* A Gaiola Dourada (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 16h35, 19h10, 21h50, 00h30* 2 Tiros
Frei Agostinho de Santa Maria que foi cronista, em seu tempo, da Ordem dos Agostinho Descalços e que terá vivido entre 1642 e 1728, deu em escrever uma laboriosa obra que, impressa em dez volumes, saiu a lume entre 1717 e 1723 com o alargado título – Santuário Mariano e História das imagens milagrosas de Nossa Senhora e das milagrosamente aparecidas. Leu crónicas de autores que em seu tempo já tinham nomeada, ouviu histórias, viajou e traz-nos no seu livro saborosas descrições dos lugares de que faz resumido relato desde a criação do mundo que, em seu tempo, não iria além de quatro ou cinco milhares de anos e de que traz impressivo registo de vales e serras e das riquezas da terra em vinhos, frutas e pão. De uma das inocentes histórias que nos conta se faz aqui menção e é a do milagre operado por Nossa Senhora de Cárquere, no concelho de Resende, no corpo enfermo de Afonso Henriques, quando infante ainda era o primeiro rei português que havia nascido aleijado com os calcanhares pegados nos assentos, que isto contava velha tradição. E mais se conta no piedoso livro que em certa ocasião, nos começos do Outono, quando as castanhas começavam de cair, a rapaziada local que atirava pedras aos ouriços maduros de um velho castanheiro esburacado como que ouvia o toque de
Sessões diárias às 11h10* (*Dom) Gru - O mal disposto 2 VP (M6 - 2D)
Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
um sino quando as pedras se sumiam pelo tronco abaixo do castanheiro esburacado. Surpreendidos com o que acontecia contaram a seus pais que, curiosos, vieram junto do castanheiro e que, ouvindo o mesmo toque das pedras ao cair, fizeram cavar o chão na encosta de onde se alevantava o largo tronco esburacado. E, espantados, do interior da caverna aberta retiraram um valente sino que dentro guardava uma imagem de Nossa Senhora com três ou quatro palmos de altura, com o Menino Jesus no braço esquerdo. E mais tesouros guardava, de uma cruz de prata a relíquias várias e a história da imagem escrita em pergaminho. Colocada a imagem num altar, muitos milagres começou a mesma de obrar e é então que Egas Moniz, que era, aliás, senhor daqueles territórios e devotado aio do Infante que haveria de ser primeiro rei, compadecido com a sorte do menino que cuidava, vem a Cárquere, pousa o Infante sobre o altar da Senhora e logo o mesmo fica curado do achaque. Mais tarde, conta-se ainda, uma vez rei, Afonso Henriques, agradecido pela mercê que a Senhora lhe fizera, mandará construir, com sua torre, o convento de que hoje se guarda, para além da Igreja, uma ruína.
Estreia da semana
Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21H00, 23h50* Duelo de rivais (CB) Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h00, 21h35, 00h20* Diana (M12) Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado
Jogo de Risco – Richie Furst é um estudante da Universidade de Princeton que financia as suas propinas com os ganhos que obtém a jogar poquer na internet. Percebendo que foi vigarizado, viaja até à Costa Rica para confrontar aquele que julga ser responsável pelo sucedido
D Musical ContraCanto em Santa Comba Dão
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culturas
Jornal do Centro 03 | outubro| 2013
O cine-teatro da Casa da Cultura de Santa Comba Dão recebe na noite de sábado, dia 5, a apresentação do musical ContraCanto, um espetáculo de António Leal com co-autoria de Sandra Leal e produção da Fundação Lapa do Lobo que combina poesia e músicas de Zeca Afonso
Destaque
O Teatro Viriato trouxe até nós, no passado dia 28, um alarmante espectáculo… Regido pelo inglês Tim Steiner, com mais 70 músicos em palco, durante hora e meia, numa cacofonia harmónica – o que quer que isto signifique – uma plêiade heterogénea de músicos-actores, tocou, representou, saltou e encantou. Numa linha difícil de definir, talvez colateral a uma Nova Complexidade, abstracta, dissonante, atonal, com técnicas de limite na escrita musical, contornos melódicos altamente descontínuos, com mudanças bruscas de textura e uma enorme interacção de processos comunicacionais, esta “malta” dá choque, e do quase silêncio ao maior exagero sonoro, com cordas muito sustentadas na percussão, nos metais e num uníssono pendular com paroxismos de agudos, foi “agredindo” o público nas suas evoluções e regressões, às vezes como um hino libertário, sempre com um desafio inusitado a gerar uma perplexidade cada vez mais atenta em busca do fio condutor subjacente. Entremeada de sketches simbólicos de contestação, os jornais rasgados, o candidato-horroroso-presidente, a luz nas suas intermitências cromáticas, a cor de fundo a alternar do vermelho choque ao azul céu, todo este espectáculo foi uma magnífica provocação a um público contraído, que aos poucos acedeu a jogar o seu papel, acabando em uníssono e desmaiando a fronteira entre palco e plateia. Wake up! gritava Steiner reiteradamente. E conseguiu despertar de seu letargo uma sala a abarrotar de público expressivamente atento e empenhado depois do choque inicial. Os vocalizos corais, passe a tautologia, numa fremência musical a discutir com o instrumental, até uma forma de aleluia, ou louvor à vida com os Ei Ô!
de um Álvaro de Campos ou Almada Negreiros, juntavam-se ao assobio, davam mãos à sirene estrídula, cortavam como facas e geravam acústicas novas de total desconcerto, onde cada músico parecia expressar seu rumo, sua arte, seu dizer, numa caracterização gestual intensa e com uma figurinagem tão dispare quanto a sonoridade emitida, indo do cruzado, ao “esfera-armilar”, ao caveira, ao turco saltimbanco, ao mexicano, ao palhaço, às miúdas de cabeleira verde, azul, vermelha, amarela, numa variedade sem limites. Até a guitarra portuguesa, por instantes, no seu trilar melódico, ironicamente aplaudida pelo desconcerto global, ao solo da guitarra eléctrica a deixar no ar, afinal, um silêncio de tão agudo quase uma dor. Um teatro louco. Uma paródia. Um cabaret com textos de um neo-surrealismo desgarrado, a juntarem-se solidários nesta polifonia quase desprovida de nexo, um cabaret de megadecibéis, com coro de exaltados e lamúria de oprimidos, num não-entendimento global/ tribal onde a convulsão social, assim metaforizada, decadente e de um individualismo assanhado, convocou o Rei das Astúrias e de Leão mais Dona Urraca, a par do candidato
Paulo Neto
STOPESTRA! Uma tal exaltação…
presidencial, tipo mafioso, a dar/vender futuro com confiança, iniciativa, consistência, “Iremos sentir Viseu! Iremos viver Viseu! Iremos amar Viseu”, proclamante e cavernoso num adejar histérico de significantes vazios… Temas e motes aleatórios dilacerados pelo escaqueirar estrídulo das explosões em vidros estilhaçadas, como as vidas, afinal. O inesperado amolador de facas num simulacro de fúria retida só na fricção das lâminas sentida. Até ao rugido monumental de um sínfono sem lógica, na assintonia condutora. Uma angústia, uma selva,
um despertar. A terra, um balir, um chocalhar. Uma sonoridade de voz como um lamúrio tribal, com os metais a agitarem-se no despertar da floresta ou no coro tão comum no sussurro e no grito a cadência de imolação ou liberdade. Despertar, pelo menos. Wake-up! Os sons misturam-se globais, interceptam-se e acordam, concordam e discordam. Um vocal feminino inquietante a murmurar uma adrenalina rouca e sensual. Uma magistral e singular fonia, ou folia. Insólita nas discussões entre cordas, provocandose como gangues de rua numa transgenia humana/
sonora muito agressiva. A provocação, o desafio. Wake-up! Wake-up! Clímax acústico de um torpor longo onde o candidato vai proclamando “Prometo tudo o que quiserem!” Enquanto uma guitarra grita, um bombo rufa, as palmas parodiam sufocando a voz que grita: ”Eu quero o tacho! O tacho é meu!” “Esta é a maior banda rock do mundo. E é do Porto, fundada no respeito pela diversidade artística dos seus músicos. É um projecto em constante evolução que se vai descobrindo”, escreve Tim-Steiner-o-contido e acrescenta, “Isto é uma performance cabaret onde todos se dis-
putam o lugar de líder…”, paráfrase e metáfora do láfora-também-é-assim. Um grupo de “terroristas” fantásticos a deixar de parabéns a direcção do Teatro Viriato, que sabe o que quer e com que nos brindar na selecção da sua programação. E o brinde é esta fala musical nova, retrato muito sonoro do mundo que galopa lá fora. E já agora, se acham este texto incoerente… vão ouvir STOPESTRA! Este misto de stop e de orquestra, pontuado só com uma iteractiva exclamação! Paulo Neto
Jornal do Centro 03 | outubro | 2013
culturas
D Tributo a Woody Shaw na FNAC Viseu
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Sábado, dia 5, pelas 17h00, a Escola de Jazz do Porto divulga um resumo da obra de Woody Shaw, um trompetista que se afirmou na década de 1960. Uma apresentação com um combo composto por Jorge Carvalho e José Ferra nas guitarras, Pedro Vieira no piano, Rui Martelo no contrabaixo e Leonel Fernandes na bateria.
O som e a fúria
Teatro
Algo mais do que um poster boy
Emília Amaral
Maria da Graça Canto Moniz
A A inauguração do espaço requalificado decorreu no dia 26 de setembro
Casa da Ribeira ganha nova vida Requalificação∑ Investimento de 330 mil euros ∑Novos conteúdos nas mãos de Alberto Correia Fernando Ruas, integrou a Casa da Ribeira na lista de inaugurações agendadas para os últimos dias como chefe do executivo de Viseu e inaugurou na quintafeira, dia 26 de setembro, as obras de remodelação do espaço nobre dedicado ao artesanato da região, denominado de Centro Municipal de Artes e Tradições. O edifício, propriedade municipal, alberga dois serviços: uma ala destinada ao Centro Municipal de Artes e Tradições e uma outra fração onde funciona o polo de formação prática no âmbito da restauração e hotelaria do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Viseu, através de um protoco-
lo assinado entre o IEFP e a Câmara há cerca de 20 anos. Para Fernando Ruas, com a requalificação deste equipamento, o “espaço mais deprimido da cidade (zona da Ribeira) começa a ganhar uma nova vida” ao citar ainda a transformação do antigo matadouro na sede do Orfeão de Viseu (Rua Serpa Pinto) e o já anunciado prolongamento da Ecopista do Dão até ao Fontelo. A requalificação do edifício incidiu nas áreas destinadas ao Centro Municipal de Artes e Tradições (área br uta de 68 0met ros quadrados), com o objetivo de melhorar as condições de funcionalidade e atratividade. Todo o exterior do
edifício foi igualmente alvo de requalificação, designadamente a reparação das caixilharias exteriores, cobertura e sistema de drenagem de águas pluviais, tendo sido ainda implementado um novo acesso ao exterior (plataforma contígua ao Rio Pavia), nas traseiras do imóvel. Nesta a ltura estão concluídas as obras físicas do edifício. Antes do final do ano, a Casa da Ribeira ficará a funcionar em pleno já com todos os conteúdos da responsabilidade do antropólogo, Alberto Correia. O especialista descreveu que no rés-do-chão do edifício vai manterse a loja de produtos a rtesa na is e passa a
existir um auditório, o espaço artesão, e uma vitrina aberta com as memórias do rio Pavia. Alberto Correia concretizou que vai poder verse ali um barco que nos anos 50 navegava nas águas do Pavia, entretanto recuperado, objetos das antigas lavadeiras e as memórias das Cavalhadas de Vildemoinhos. No primeiro piso da recuperada Casa da Ribeira nasce uma galeria de exposições temporárias - no primeiro ano, o espaço vai ser dedicado à obra do mestre Arnaldo Malho – e uma segunda galeria dedicada a exposições de longa duração. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Em breve chegarão reforços biográf icoideológicos para as 16 câmaras conquistadas pela Coligação Democrática Unitária (CDU) no último domingo. Refiro-me a um livro conhecido por vários nomes: O Livro Vermelho, Citações do Presidente Mao Tsé-Tung, O Pequeno Livro Vermelho ou, como é mais conhecido, O Livrinho Vermelho. Caro leitor, falamos do segundo livro mais editado do Mundo depois da Bíblia. Prestes a ser novamente editado, depois de ter sido estudado, durante a Revolução Cultural, não só nas escolas mas também sendo exigido como leitura no mercado de trabalho (imagine o que era ir a uma entrevista e ser questionado sobre a distinção fundamental entre o conceito de “proletariado” segundo Marx /Engels e segundo Mao!), este fenómeno não surge como consequência da vitória nas autárquicas da CDU em Portugal. Homessa, já agora… Não, a China vive, desde Junho, uma nova etapa política: voltaram às grandes tarefas revolucionárias iguais às do tempo do Grande Timoneiro. Uma espécie de política planeada de lavagem cerebral designada “Mass Line Campaign” e que tem como objectivo reaproximar o Parti-
do Comunista Chinês do povo para que aquele sirva este; para que seja um partido mais terra a terra (sim, faz todo um sentido num partido com ideias utópicas), correcto e livre de corrupção. Embora as autoridades não a caracterizem como tal, esta campanha assemelha-se a uma rectificação à tergiversação ideológica que o partido sofreu nos últimos anos. Cheira-me a fogo-de-artifício político e nada mais. De todo em todo, o livro reúne uma colecção de citações do político, teórico, líder e revolucionário chinês Mao Tsé-Tung. Sim, juventude, tal como o Che Guevara, esse tal de Mao foi algo mais do que um sucesso iconografia da t-shirt. Sim sim, foi esse indivíduo que disse: «O Comunismo não é amor. O Comunismo é um martelo que usamos para esmagar o inimigo» e fez mais uma ou outra coisa ao estilo da chacina e do genocídio. A publicação do livrinho tinha praticamente estagnado ainda antes da morte de Mao, em 1976. O lançamento desta versão apenas parcialmente vermelha (segundo o jornal britânico Guardian) está agora previsto para Novembro, pouco antes do aniversário do nascimento de Mao (26 de Dezembro) e do Natal.
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Jornal do Centro
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saúde Pista “Check-up gerações saudáveis” já está disponível em Viseu Desde o dia 25 de setembro que a pista “Check-up gerações saudáveis” está disponível aos viseenses no Parque Urbano de Santiago. O equipamento, que resulta de um projeto nacional já testado nas cidades da Guarda e de Águeda, sendo Viseu a terceira cidade do país a usufruir do mesmo, é composto por duas ofertas específicas à população. Uma parte da pista, aberta em permanência ao público, funciona como um circuito de manutenção, em que os frequentadores podem “avaliar alguns
dos seus parâmetros de saúde”, explicou a vereadora do pelouro da Saúde, Isabel Oliveira. Uma segunda cabine da pista dispõe de equipamento técnico especializado, que vai funcionar aos sábados e domingos de manhã, com o acompanhamento de 11 elementos do corpo de Bombeiros, em que cada utente pode avaliar o peso, a tensão arterial, os níveis de colesterol, a situação da próstata, entre outras funções. O objetivo do novo equipamento, que custou 33 mil euros, é apostar na medicina de cara-
Emília Amaral
Projeto nacional∑ cabine de avaliação de parâmetros de saúde é uma aposta na prevenção
A Equipamento instalado no Parque Urbano de Santiago ter preventivo, cujo conceito básico é permitir que as pessoas se ava-
liem a si próprias. O méd ico A ntón io Baptista, representan-
te da empresa autora do projeto adiantou que a filosofia da Pista é sen-
sibilizar para a realidade de que “cada um de nós tem que ter responsabilidade social da sua própria saúde, tornando-se um líder da sua saúde” ao enfatizar que o grande objetivo do equipamento é apostar na prevenção, obtendo ganhas em saúde. Fernando Ruas lembrou que “a qua lidade de vida de Viseu é o somatório de uma série de decisões”, sendo o Check-up gerações saud ávei s “ m a i s u m contributo”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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Viseu junta-se à caminha na luta contra o cancro da mama A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai promover pelo quarto ano consecutivo a caminhada “Pequenos Passos, Grandes Gestos”, no próximo sábado, dia 5 de outubro, em sete cidades da região Centro incluindo a de Viseu. O evento, a marcar o mês
internacional de prevenção do cancro da mama, visa sensibilizar as comunidades locais para a importância da prevenção e deteção precoce do cancro da mama e angariar fundos para o apoio ao doente oncológico e seus familiares. A LPCC recorda que o can-
cro da mama é o tipo de cancromaiscomumentreasmulheres (não considerando o cancrodapele),ecorresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal são detetados anualmente cerca de 4500 novos casos de cancro da mama, e 1500 mulheres
morrem com esta doença. “Pequenos Passos, Grandes Gestos” decorre em simultâneo em Aveiro, Coimbra, Covilhã, Castelo Branco, Guarda, Leiria e Viseu, a partir das 14h00 e espera a participação de milhares de pessoas para uma simbólica caminhada con-
EM CASO DE INTOXICAÇÃO
808 250 143 chamada local
SOS VOZ AMIGA
800 202 669 ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO CHAMADA GRÁTIS
tra o cancro da mama. A inscrição, com direito a um kit, tem um custo de cinco euros que reverte na totalidade para o apoio à mulher com cancro da mama através do Núcleo Regional do Centro da LPCC. O projeto é dinamizado nestas várias cidades por
voluntárias do Movimento Vencer e Viver, mulheres que já foram confrontadas com um diagnóstico de cancro da mama e que, num ambiente de entreajuda, disponibilizam apoio emocional às mulheres com cancro da mama e respetivos familiares. EA
Jornal do Centro
DIVERSOS 29
03 | outubro | 2013
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- Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00€ 967 826 082
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Pedreiro Ref. 588154091 – Castro Daire
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Costureira Trabalho em Série Refª 588150590 - Tempo Completo - Nelas
Téc. Telecomunicações Refª 588150690 - Tempo Completo - Viseu
Pintor Construção Civil Refª 588142259 – Tempo Completo – Viseu
Cozinheiro Refª 588142329- Tempo Completo – Viseu
Pedreiro Refª 588133841 Tempo Completo – Mangualde
Electricista Const. Civil Refª 5881146978 - Tempo Completo – Viseu
Pedreiro Refª 588151490 - Tempo Completo – Viseu Pintor Construção Civil Refª 588150613 - Tempo Completo – Viseu
IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844
Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100
Canteiro. Lamego - Ref. 587823179
Canalizador. Lamego - Ref. 587869103
Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira Ref. 587823653
Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870
Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222
Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt
Eletromecânico de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela Eletromecânico/Reparador de eletrodomésticos para trabalhar linha branca com experiencia. Trabalhador não qualificado
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30 DIVERSOS
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OBITUÁRIO Maria Ascensão Pereira da Conceição, 74 anos. Natural de Pendilhe, Vila Nova de Paiva e residente em Cujó, Castro Daire. O funeral realizouse no dia 26 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cujó.
Francelina Ferreira, 87 anos, viúva. Residente em Cabeço de Souto. O funeral realizou-se no dia 30 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Souto de Lafões.
Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238
Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252
Ramiro Ramos Abrantes, 90 anos, viúvo. Natural do Brasil e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Espinho.
Cristina Maria Ferreira Lopes, 46 anos, solteira. Natural de Viseu e residente em Fragosela de Cima. O funeral realizou-se no dia 1 de outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fragosela.
Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 João Francisco Pereira, 72 anos, casado. Residente em Orgens, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Orgens.
Augusto Dias da Silva, 85 anos, casado. Natural de Figueiredo das Donas, Vouzela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952
Jornal do Centro
DEscreva-nos para:
03 | outubro | 2013
clubedoleitor
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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.
CARTA DO LEITOR
HÁ UM ANO
(Des)entendimentos
EDIÇÃO 550 | 4 DE OUTUBRO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita. DIRETOR
e melhores empresas
Nós precisamos também, em termos nacionais, de saber, muitas vezes, colocar as nossas diferenças de lado para apresentar decisões que representam um progresso para todos os cidadãos. Espero sinceramente que (…) estas eleições autárquicas possam servir, no plano nacional, para uma concertação estratégica mais evidente com a generalidade dos representantes do povo, dos partidos e dos deputados, do que tem acontecido até agora”. Estas declarações for a m pr ofe r id a s p e lo presidente do PSD, Sr. Dr. Passos Coelho, em 20/9/2013, em Santarém, com a sua voz sempre bem entendível, até para que também “os mercados” (a) entendam. Vários órgãos de comunicação social, especialistas, politólogos e (contra)comentadores entenderam então estas declarações como (mais) um apelo a um “entendimento de salvação nacional”. Provavelmente, até o Sr. Presidente da República (PR), muito entendido nestas coisas de “salvação nacional”, também as terá assim entendido. Mas, pelos vistos, nestas eleições autárquicas acentuou-se (e, democraticamente, ainda bem) o (inter)desentendimento percentual entre os partidos, muito especialmente entre os do tal “arco do poder”.
Aliás, até dentro deles, intrapartidarianmente, houve …(intra)desentendimentos. De qua lquer modo, o problema é que, para mu itos cidadãos me nos entendidos nas vidas(inhas) da real politik mas entendidos na política do real da Vida, custa-lhes muito a entender o pressuposto desse apelo. Isto é, que o presidente do PSD entenda (e parece que o primeiroministro também entende) que o despedimento (perdão, “requalif icação”) de funcionários públicos, o “confisco” retroactivo de pensões legais e mais que legítimas, a redução de salários, a manutenção de níveis de desemprego elevadíssimos, a redução de direitos do (no) trabalho e consequente degradação das condições de trabalho, a diminuição da protecção social, o aumento da pobreza, das desigualdades e da emigração forçada, a progressiva deterioração (se não destruição) do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública e, em geral, dos serviços públicos essenciais, custa-lhes a entender – dizia-se – que as decisões políticas subjacentes a tudo isto “representem um progresso para todos os cidadãos”. Não obsta nte, por aquelas declarações, parece que, de facto, o presidente do PSD (e, mais ainda, o primeiro minis-
tro…) quer um “entendimento de salvação nacional”. Parece! Porém, o que mais se tende a entender é que o que rea lmente o Sr. Dr. Passos Co el ho quer é a sa lvação naciona l do(s) entendimento(s)... Do entendimento com a troi ka e com a Srª Merkel, do entendimento que o Governo continua a fazer (mais além…) do “memorando de entendimento”, d o e n te n d i m e n to d o primeiro-ministro (e da ministra das Finanças, pessoa aliás muito entendida, sobretudo em swaps) quanto a o Governo, mesmo depois do famigerado “incumprimento dos limites“, “ pr o s s e g u i r o c a m i nho” do entendimento que o Sr. Gaspar (pessoa também muito entendida, mormente em previsões macroeconómicas) fazia (ainda faz?) do “memorando de entendimento”. A h! E é cla ro que o que o Sr. Dr. Passos Coelho (e mais ainda, talvez, o primeiro-ministro…) também quer(em) é a “salvação nacional” do “entendimento”… do (no) Governo, cujos desentendimentos – dizse - “os mercados” não entendem(ram). Portanto, quando o Sr. Dr. Passos Coelho, presidente de PSD, com muito provável apoio do primeiro-ministro, ainda que muito entendido na
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INTEGRANTE DO
SEMANÁRIO JORNAL
DO CENTRO, EDIÇÃO
451 DE 4 DE OUTUBRO DE
2012 E NÃO PODE SER VENDIDO
SEPARADAMENTE
Ano 11 N.º 550
pág. 10 > REGIÃO pág. 14 > EDUCAÇÃO centrais > SUPLEMENTO pág. 15 > ECONOMIA
.
ão diçã edição: esta e nesta an eja Veja Suplemento 100 Maiores Empresas | Telefone: 232 437 461
Semanário 4 a 11 de outubro 2012
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA
do distrito de Viseu
Internacionalização das Empresas ESTE SUPLEMENTO É PARTE
Paulo Neto
UM JORNAL COMPLETO
100 Maiores 2011
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1,00 Euro
pág. 17 > DESPORTO pág. 20 > CULTURA pág. 22 > SAÚDE
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
pág. 24 > CLASSIFICADOS pág. 27 > CLUBE DO LEITOR
Novo acordo ortográfico
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João Fraga de Oliveira Funcionário público aposentado e cidadão mal-entendido
tal “salvação nacional” (e até em tudo), diz “Entendamo-nos!” (ou, mesmo, “Entendam-se!”), não é difícil de entender, inclusive a partir de um bom entendimento dos resultados das eleições autárquicas, que muitos portugueses, pensando na sua “salvação”, cada vez se estão a fazer mais desentendidos do que o Sr. Dr. Passos Coelho, o presidente do PSD e, sobretudo, o primeiro-ministro “entende(m)”.
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| páginas 8 e 9
∑ O Jornal do Centro foi saber o que vai acontecer às fundações
de Viseu, após as medidas anunciadas pelo Governo
de ∑ Viseu vaiai ser palco de encontro inédito pra debater as portagens
∑ (A)Fundações à vista ∑ Minas: Deputados do PS votam favoravelmente projetos chumbados
∑ Seguro critica Governo e António Borges ∑ Gabinete do emigrante presta apoio variado ∑ Professores inconformados criam TPC (Trabalho de Professores na Comunidade)
∑ A AIRV e a “grave situação que vive no país” ∑ “Conversas Camilianas” na biblioteca de Mangualde
∑ Jantar dançante ao som de Pedro Abrunhosa (16ª edição de Os Melhores Anos)
tempo
JORNAL DO CENTRO 03 | OUTUBRO | 2013
Hoje, dia 3 de outubro, aguaceiros. Temperatura máxima de 18ºC e mínima de 14ºC. Amanhã, 4 de outubro, aguaceiros. Temperatura máxima de 17ºC e mínima de 11ºC. Sábado, 5 de outubro, pouco nublado. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 9ºC. Domingo, 6 de outubro, céu limpo. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 12ºC. Segunda, 7 de outubro, céu limpo. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 11ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Sexta, 4 outubro
4740
Viseu ∑ Abertura da 2ª edição do Festival do Frango no Rodízio do Palácio do Gelo. O evento decorre até domingo, dia 6.
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@gmail.com
Domingo, 6 Viseu ∑ Apresentação do livro “A Lua da Minha Noite”, na Fnac Viseu, às 17h30.
Terça, 8 Oliveira de Frades ∑ No âmbito da 10ª Semana Cultural, decorre a apresentação da Agenda 2014, no Museu Municipal de Oliveira de Frades, pelas 11h00. Apresentação a cargo de José Pinho, responsável da livraria Ler Devagar (Lisboa)
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DR
Sábado, 5 outubro Nelas ∑ Descobertas de Fé em Nelas com visita orientada. Saída de Viseu (Seminário Maior) às 9h00. Uma iniciativa do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu.
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Olho de Gato
A Galandum Galundaina é um dos grupos que marca presença (sábado, dia 12, pelas 23h00)
Segunda edição de “Outono quente” em Viseu Parque Aquilino Ribeiro ∑ Festival decorre de dia 9 a 13 Decorre, em Viseu, pelo segundo ano consecutivo o evento “Outono Quente”. De dia 9 a 13 o parque Aquilino Ribeiro, junto ao Rossio, recebe muita música, teatro, dança, cinema e fotografia. O festival, organizado pela Zunzum - Associação Cultural, visa proporcionar “um ambiente de festa e boa disposição com a presença de grupos e artistas que representam a região e o país, inspirados na cultura tradicional portuguesa e surpreendendo com novas abordagens”, explicou
a organização em comunicado. O evento, conta ainda com a participação de várias associações culturais como a Acert ( To n d e l a ), d ’ O r fe u (Águeda). Nesta edição, “Outono Quente” tem a participação de g r upos como o Peripécia Teatro, Galandum Galundaina (música tradicional mirandesa), Toques do Caramulo (música tradicional da Serra do Caramulo), Luís Lapa Trio, Caravana Trad e ainda o cantautor espanhol Luís Pastor. Este evento, que pre-
tender ser “descentralizado”, vai ainda levar espetáculos a espaços como o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, o estabelecimento Prisional de Viseu e o Centro Paroquial da Cunha Baixa, na cidade de Mangualde. Outono Quente 2013 tem o apoio da Câmara Municipal de Viseu e da Associação de Desenvolv i mento Dão L a f ões e A lto Pa iva (ADDLAP), entre outras entidades e movimento empresarial da região. Micaela Costa
1. As autárquicas de domingo deram um sinal óbvio: onde foi possível, as pessoas votaram contra a partidocracia. Votaram contra os partidos por boas razões, como por exemplo no Porto e em Abraveses, e votaram contra os partidos por más razões, como em Oeiras. Esse voto de protesto é iniludível e vai ser avassalador nas presidenciais de 2016, com Marinho Pinto ou outro qualquer candidato antisistema. As próximas presidenciais representam um severo risco de ruptura para a terceira república. 2. José Junqueiro tinha, no mínimo, a obrigação de ganhar dois vereadores ao PSD: um decorrente da queda do PSD do dr. Ruas para o PSD de Almeida Henriques (esse trambolhão aconteceu e foi superior a 15%); o outro decorrente do voto de protesto contra o governo (aqui Junqueiro falhou clamorosamente). O PS-Viseu teve um resultado desapontante. As duas facções dos militantes socialistas de Viseu gastaram muito mais energia na campanha interna para a concelhia no ano passado do que agora nesta campanha autárquica. Isto é: depois de quatro anos de deserção e falta de fibra, o PS-Viseu continua a olhar para o umbigo. Ninguém se demite? 3. No domingo eleitoral esteve um dia cinzento e chato. Mesmo assim, 4740 viseenses saíram de casa, foram à sua assembleia de voto, mostraram os seus documentos, dirigiram-se à cabine, e... ou dobraram o voto em branco, ou anularam-no. A nível concelhio, os nulos e brancos chegaram aos 9,4%, muito acima da percentagem nacional (6,8%). Se considerarmos só as freguesias urbanas, os nulos e brancos ultrapassaram os 12%. Estes viseenses ainda acreditam na democracia, caso contrário teriam ficado em casa a “lagartar” no sofá, mas não se reviram em nenhuma das candidaturas partidárias. É caso para perguntar: que teria acontecido se tivesse havido uma candidatura independente à câmara de Viseu?