Jornal do centro ed606

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 24 a 30 de outubro de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO

Ano 12 N.º 606

pág. 19 > EDUCAÇÃO pág. 20 > ESPECIAL

m xxx gora coeço A r 0,80 Euros p

pág. 24 > ECONOMIA

1 Euro

pág. 22 > DESPORTO pág. 25 > CULTURA pág. 29 > CLASSIFICADOS

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novo

SEMANÁRIO DA

pág. 27 > SAÚDE

REGIÃO DE VISEU

pág. 31 > CLUBE DO LEITOR

Novo acordo ortográfico

| Telefone: 232 437 461

·

Rua Dr. Álvaro Monteiro, lote 12 r/c - 3510 - 014 Viseu ·

“Viseu está disponível para liderar a CIM Viseu Dão Lafões”

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Micaela Costa

∑ Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9

redacao@jornaldocentro.pt

·

www.jornaldocentro.pt |


Jornal do Centro

2

24 | outubro| 2013

praçapública r

palavras

deles

Não sofrerei nenhuma pressão que condicione a boa ação do executivo, designadamente as reuniões que serão à quinta-feira”

r [Governo]

destrói sistematicamente os agentes económicos, que lideram as exportações, como se tem verificado no caso do turismo”

r

r

Para o próximo Nunca a JS teve ano serão cortados 70 tantos militantes como milhões de euros na agora na sua estrutura verba disponibilizada concelhia” para todos os municípios. Este corte por igual nas transferências para os municípios pode comprometer algumas das nossas ambições”

Jorge Loureiro Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Opinião

Presidente da presidente da delegação de Viseu da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), em comunicado

Carlos Silva Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, em declarações ao Jornal do Centro

José Pedro Gomes Líder da Concelhia de Viseu da Juventude Socialista, em conferência de imprensa

Para a frente é o caminho… Dizer que a vida está difícil é pouco original… Referir que a comunicação social vive momentos difíceis é redutor… Constatar que o dia de hoje é de ponderação para sobreviver no futuro próximo é uma evidência… O Jorna l do Centro não é excepção. Vive momentos de muita dificuldade. Mais fácil seria virar costas a este projecto e ir guardar ovelhas no monte, pois a angústia e a incerteza de que aprendemos a alimentar-nos no dia-adia, de há 28 meses a esta data, já não são migalhas rareadas nesta mesa franciscana. Porém, a gerência decidiu-se por um PER. A renovação vem a caminho. De uma assentada e para enfrentarmos o problema com lisura e hombridade, o Jornal do Centro, para não fechar as suas páginas e encarar os dias do porvir, tomou mais duas decisões: 1ª Reduzir o número de páginas, cingindo-se, no papel, ao essencial da informação, da opinião e da investigação;

2ª Investir no digita l, renovando-se na sua plataforma, mantendo-a diariamente actualizada, 7 dias por semana, 24 horas por dia, com informação permanente nas á re a s d a saúde , educ aç ão, re g i ão, c u lt u r a , de sp or to , institucionais e publicidade, com 7 editoria is sema na is, mais opinião, maior diversidade e ampla abrangência. O JC visa os 100 mil leitores, a breve prazo, no on-line, difundindo-se globalmente pelas comunidades portuguesas e pelos países de expressão lusitana no mundo. Isto a pensar nos leitores, a pensar no nosso território, na História deste periódico, nos nossos colaboradores, nos nossos clientes, a pensar no papel que a comunicação social tem nos Estados de Direito e democráticos. Tudo isto se viabilizará se podermos contar consigo. A partir da próxima semana, nas bancas, mais magro mas mais musculado e, em www. jornaldocentro.pt, 7 dias por semana.

Bem haja Ao abrigo do Direito de Resposta e sobre o recado mandado pelo Sr. Amadeu Lopes no número anterior deste Jornal compete-me opinar, dizendo: . Agradeço a sua opinião, com todo o valor que ela tem; . Estaria distraído quando não entendeu que o artigo que lhe

suscitou a resposta é uma das partes de um conjunto que ainda está em publicação e o que escreveu denota a juventude do seu espírito e a consequente “resposta” precoce; . Não pelo conteúdo (é de livre discernimento) mas pela forma desagradável como que

o fez, deverei, em jeito de resposta, permita-me, acrescentar que: esse não é o meu meio e por falta de hábito, talvez, me desagradou, por considerá-la despropositadamente descortez, inadequadamente reactiva e, sobretudo, intempestiva. . Como final, pedir-lhe para

ler o que escrevo mais “longe” e nas entrelinhas, onde poderá, quem sabe, encontrar o cerne daquilo que lhe faltou entender, bem como penso poder resumir todo o seu mal-estar com o que referiu no último parágrafo. Pedro Calheiros


Jornal do Centro

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

24 | outubro | 2013

números

estrelas

1,2

Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu

São os milhões de euros de prejuízo no concelho de Tondela causado pelos fogos deste verão.

Importa-se de responder?

Assume sem quaisquer dúvidas a eventual e futura presidência da Comunidade Intermunicipal, ViseuDão Lafões, até agora “capitaneada” pelo histórico Carlos Marta.

Em seu nome, o Jornal do Centro homenageia todos os autarcas socialistas do distrito de Viseu recém-eleitos.

Não costumo comemorar o S. Martinho apesar de apreciar bastante esta época. Normalmente, apenas recordo este dia quando sou convidado para algum magusto ou quanto me cruzo com as crianças que vêm dos magustos com marcas visíveis na cara.

Ruben Duarte

Rui Salcedas

Estudante

Estudante

Gosto imenso desta semana que antecede o S. Martinho. As tradicionais castanhas e as pequenas provas que fazemos em família servem para perpetuar a tradição.

No meu local de trabalho, esta semana é sempre bastante preenchida. Como trabalho com pessoas dos mais diversos pontos do país, costumamos fazer alguns magustos e provamos vinhos vindos de muitas adegas particulares. Acho que a confraternização entre amigos é a parte melhor desta época de S. Martinho. Nuno Rogeiro

Sara Fernandes

Operador de Máquinas Pesadas

Empregada de Balcão

David Santiago

Em seu nome, o Jornal do Centro homenageia todos os autarcas social democratas do distrito de Viseu recém-eleitos.

De que forma comemora o S. Martinho? Aquilo que mais aprecio no S. Martinho é poder juntar os amigos e beber uma boa jeropiga com castanhas assadas. Normalmente, todos os anos passamos uma excelente tarde no dia de S. Martinho. Escusado será dizer que as castanhas sobram e que falta a jeropiga.

Opinião

Carlos Silva Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe

João Azevedo Presidente da Câmara Municipal de Mangualde

Passos no túnel da morte Primeiro foi Portas quem tentou convencer a nau de que não haveria mais austeridade, porque novo ciclo se aproximava. Depois veio o Orçamento e o ataque direccionado aos funcionários públicos e pensionistas. Aumentam-se impostos de forma mascarada, enquanto o único imposto que desce é o IRC. O IVA sobre a restauração permanece. A carga que se abate desde há quatro orçamentos sobre as pessoas continua a deixar libertas as energéticas. Viva o mercado concorrencial e as privatizações! Entretanto a tarifa energética aumenta. Viva os visionários que privatizam nacionalizando! Viva a sociedade dos fortes! Os fracos morrem devido à selecção

natural. A falta de razão e patriotismo de quem nos governa é de tal forma grave que Soares fala em “delinquentes”. Soares devia-se proteger e ser selectivo naquilo que diz. Um Presidente é-o toda a vida. Apesar da coragem, por vezes é importante escolher melhor as expressões. Sampaio disse algo mais acertado e oportuno. É necessário um “sobressalto patriótico”. Declaradamente. Por isso a manifestação de dia 26 pode ser importante para o povo se fazer ouvir e mostrar a indignação de quem é espoliado nos bolsos, mas também nos sonhos. De volta ao orçamento. Prevê-se um crescimento do con-

sumo de 0,8% no próximo ano. Com todos estes cortes, o consumo vai aumentar, dizem eles. Esquecem-se dos efeitos recessivos de cortes tão dramáticos – os chamados múltiplos. Esquecem ou somente negligenciam os danos colaterais de um caminho de purificação até à libertação final? Mesmo quem acredita, de bom senso, na segunda hipótese deve começar a perceber que no final apenas restará uma economia morta e um país, que de protectorado passou a exíguo. Esta é a principal questão. Enquanto a Irlanda está quase livre, Espanha está a caminho de ultrapassar uma crise que parecia dramática, e sem nenhum resgate. Até a Grécia co-

meça a apresentar indicadores de recuperação menos ténues do que Portugal. Aqui entra a entrevista de Sócrates ao Expresso. Nada de novo. Apenas uma confirmação que a jornalista Clara Ferreira Alves fez questão de sublinhar no artigo de opinião que assina no mesmo jornal. O PEC 4, que tanto custou negociar, foi desbaratado por Passos Coelho. Passos entre o país e o poder preferiu o poder. Passos mentiu e enganou para se engalinhar. Encaminhou Portugal para o túnel da morte. Enquanto seguir ao volante nada o desviará do caminho. É peremptório que alguém o demova ou atire borda fora, se necessário. O final do túnel aproxima-se.


Jornal do Centro

4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião

Diretor Paulo Neto, CTE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866 micaela.costa@jornaldocentro.pt

Pedro Morgado, colaborador pedro.morgado@jornaldocentro.pt

Maria do Céu Sobral Geóloga mariasobral@gmail.com

Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

24 | outubro| 2013

Nails para que vos quero A lâmina ungueal, formada por queratina e a que vulgarmente chamamos unha, virou nail. Não porque o novo acordo ortográfico a isso tenha obrigado, mas porque se tornou acessório, moda, e na opinião de alguns, uma arte. Agora não se diz que se vai à manicure/pédicure, vão-se fazer as nails, e o fazer é literal. Já não se demora 15 minutos, como no caso da manicure clássica, agora é preciso sentar e estar 2 horas de mão estendida; colocar uma extensão de gel, várias camadas de

verniz, brilho e secagem em luz UV assim o exigem. Há até quem perca várias horas a pesquisar exemplos, desenhos e motivos para que esta nossa excreção natural se torne original, e quiçá objeto de desejo e inveja. Qualquer mulher gosta de ter uma unha arranjada, não questiono isso, mas será que a unha arranjada quando apresenta um tamanho exagerado e um motivo extraordinariamente berrante, é apropriada para figurar nas mãos de mulheres com determinadas profissões? Eu

diria que caberia a cada uma entender o que melhor se aplica ao seu dia-a-dia…mas tal como eu, decerto inúmeras vezes já foram confrontados com situações em que obrigatoriamente nos questionamos: Como consegue fazer alguma coisa com aquelas unhas tão grandes? Ou: Aquele caleidoscópio ungueal fica bem neste lugar? Quando me encontrava a fazer um tratamento para as alergias, tinha que ser inoculada todas as semanas, e se nada receava a agulha, as “garras”

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Departamento Marketing

Opinião

Pedro Dinis

A liberdade de expressão é tão importante como

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Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

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Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Opinião

Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

Sílvia Vermelho Politóloga

União Portuguesa da Imprensa Regional

Esta sema na política f ica rá marcada pelo encerrar de funções de Fernando Ruas, ao fim de mais de duas décadas em que ocupou a cadeira de Presidente da CMV, bem como a de Presidente da ANMP. O autarca modelo, ou, se preferirem, de um certo modelo, deixa marca vincada na cidade, a qual muito lhe deve pelo que de funcional, organizado e moderno Viseu hoje oferece aos viseenses e a quem nos visita. Mas não há bela sem senão, e Fernando Ruas termina sem chama nem brilho este percurso, que finaliza com pomposos títulos como o de Best Manager (não fora dar-se o caso de ter sido comprado com o dinheiro do erário público…). Reconheço o mérito e a qualidade dos primeiros mandatos de Fernando Ruas, mas fui e sou crítico dos seus últimos mandatos, onde procurou essencialmente afirmar-se pela lógica do quero, posso e mando, mostrando-se incapaz de ouvir um conselho, ou de aceitar uma opinião divergente. Prova disso é o facto de me ter movido um processo em tribunal, por discordar da crítica e dos comentários que lhe fazem os leitores do blog do qual

sou administrador. Curiosamente, o mesmo Fernando Ruas, tantas vezes enxovalhado, vilipendiado, vergonhosamente atacado e muito cobardemente insultado em comentários anónimos de artigos do Jornal de Noticias, por exemplo, nunca sentiu necessidade de processar esse jornal ou os autores dessas difamações. Incapaz de aceitar o combate político – por ter conseguido anular toda a oposição, de eleição para eleição –, encontrou em mim o alvo dessa sua falta de espírito democrático. Usando da sua qualidade e posição da autarca – cujo estatuto e envolvência institucional fez questão de invocar –, recorrendo ao patrocínio forense dos mesmos advogados que vêm patrocinando de forma habitual e permanente o Município de Viseu e, pasme-se, pagando – ou mandando pagar – as taxas judiciais com recurso ao erário camarário, Fernando Ruas acionou-me judicialmente, reclamando, para si – enquanto comum cidadão – o pagamento de uma indemnização. Dito por outras palavras, Fernando Ruas presidente suporta os encargos, Fernando Ruas cidadão colhe os

proveitos. A confusão é tal que o Fernando Ruas cidadão – que diz que foi ele que me acionou judicialmente, e não o Fernando Ruas presidente –, mandatou os seus advogados – que também o são do Fernando Ruas presidente – com recurso a papel timbrado da CMV, assinando como… Fernando Ruas presidente. Vá-se lá perceber isto, caro leitor. O que sobra de tudo isto é que eu, como cidadão, me vejo na contingência de pagar, pelos meus próprios meios, o exercício do meu direito de defesa, e o direito de defesa da liberdade de expressão, como um bem constitucionalmente consagrado que é. Isto enquanto outros se foram confortavelmente prevalecendo de meios infinitamente mais robustos, numa clara distorção das mais elementares regras que presidem ao exercício de funções públicas. C r e i o q u e é a n o ç ã o ge n e ra l i z ad a d a ex i stênci a desse desequilíbrio de forças, que pulveriza qualquer noção de “igualdade de armas”, que justifica o medo e o sentimento de favor profundamente enraizados no burgo. Que se toparam diante mim quando, na fase embrioná-

Dos becos sem saída A Imprensa noticiou uma m a n i festação do mov i mento “Obrigado, Troika!”, alegadamente organizado por um grupo de 7 pessoa s , que ter i a m contactado u m a s out ra s 40 0 por sms. O aparato da cobertura noticiosa que se pretendeu fazer é visível em fotos que estão online, em que se vê, no Rossio em Lisboa, uma desproporção aterradora entre o número de jornalistas e o número de supostos manifestantes

– àquela hora, zero. Foi um tiro certeiro por parte do colectivo “Que se lixe a Troika!”, que conseguiu a atenção mediática para o protesto de 26 de Outubro – Não há becos sem saída!” – que terá lugar em várias cidades do país, incluindo Viseu. Ao expor a fragilidade do mundo da informação, e da fa lta de capacidade das redacções de fazerem a devida verificação das “notícias” que se lhe chegam (recorde-se

o caso de Baptista da Silva), o “Obrigado, Troika!” caracterizou, contudo, uma outra parte da sociedade. Não, não me refiro àquela, minoritária, que, cfe. declarações da “organizadora”, “acredita em tudo o que lhe diz e que a austeridade é necessária”. Ref iro-me àquela grossa m a ior i a de pessoa s que , por omissão, agradece à Troika o que lhe deixa ficar sem reparar ao que lhe querem tirar. O “Que se lixe a Troika!” e o


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numa pastelaria a funcionária não conseguir pegar numa colher para colocar junto do café; e em todas estas situações e outras, dou comigo sempre a pensar se estas pessoas não se aleijam a elas próprias quando fazem a sua higiene diária… Mas nem tudo é mau no reino das nails, para as pessoas que sofrem de Onicofagia compulsiva (roer as unhas), homens ou mulheres, esta possibilidade de dotar as pontas dos dedos de uma nova lâmina ungueal, mesmo que falsa, revelou-se um alívio, para os dedos que se encontravam sujeitos a trauma

e infeções, para os dentes que sofriam desgaste no esmalte e estavam mais sujeitos a cáries, para diminuir a restrição no uso das mãos e para o aspeto visual da própria mão, já que em muitas profissões o uso/fala das mãos é essencial. Também não posso deixar de referir o aumento de auto-estima na mulher, que quando munida de acessórios e bom trato se sente muito mais confiante e capaz. Toda esta febre à volta das nails gerou também um nicho económico a que muitas(os) desempregadas(os) se agarraram, tiraram cursos, investiram

em si, e criaram o seu próprio negócio, alguns às claras outros mais no recato do lar. Então, mesmo que por vezes desadequadas, desapropriadas, por incapacidade de entendimento do que fica bem e onde, mas principalmente por culpa do exagero da dimensão e da paleta de cores, as unhas, ou melhor, as nails vieram para ficar. Não vale a pena já alterar o provérbio, mudando o termo em português para o estrangeirismo respetivo, mas neste caso assenta que nem uma luva: Quem tem unhas é que toca guitarra!

ria do processo de que vos dou conta, constatei – salvo honrosas e honradas excepções – o desinteresse generalizado em me patrocinarem e defenderem, não pelo demérito da minha pretensão, ou pela força da razão contrária, mas pelo nome e posição de quem me acossava: Fernando Ruas presidente. Situação que conheceu o seu cume no conselho que me foi dado por uma causídica da cidade, que me recomendou a contrição, o pedido de perdão, o ajoelhar, e o consequente silêncio, como forma de aplacar a ira de quem manda(va). Levantando a ponta do véu sobre as dependências, o favor e as “amizades” posteriormente postas a nú pelos cadernos eleitorais (e nem preciso dizer de que força partidária…), que me levaram a procurar fora dos limites da cidade quem me defendesse. A verdade, caro leitor, é que como cidadão – que outra coisa não sou, cá pelo burgo –, faço questão de defender, com a convicção e intransigência dos homens livres, a liberdade de expressão, como um dos pilares fundamentais de um regime democrático, e fonte permanente de controlo do poder político, e de todos os outros poderes instituídos na sociedade. Por isso, e em homenagem à educação recebida do meu saudoso

pai e à minha formação como militar, nunca poderia aceitar o vilipêndio de renunciar às minhas convicções e princípios, ajoelhando perante os conluios por cá instituídos. Certos conselhos, de facto, se fossem bons, não se davam… Pergunta então o leitor: porquê só agora vir a terreiro denunciar estes factos? Quem me conhece sabe que não me movo por impulsos eleitoralistas, pela demagogia serôdia, pelo arranjinho ou pela trica partidária mais rasteira. Mas quem não se sente, não é filho de boa gente. Não me incomoda que Fernando Ruas – cidadão ou presidente – me demande judicialmente. Trata-se de pessoa com quem nunca tive qualquer querela, bem pelo contrário, tendo sempre acedido aos pedidos que me fez institucionalmente. Não me incomoda que se queixe deste ou daquele comentário, desta ou daquela observação ou afirmação, feita no espaço público, e que procure o legítimo contraditório, se for caso disso. Mas como cidadão, exijo que o faça com as mesmas armas e com a mesma dignidade com a qual eu me procuro defender. Não é ético que o faça usando dinheiros públicos alegando que em causa está o seu bom nome – de Fernando Ruas cidadão –, coisa que nunca por nunca foi, em cir-

cunstância alguma, colocado em causa. Nem o de Fernando Ruas presidente, diga-se. Nos Estados Unidos da América, a liberdade de expressão quase parece não ter limites. A Convenção Europeia dos Direitos do Homem dá-lhe um papel primordial e a Constituição da República Portuguesa considera-a uma liberdade fundamental. Mas para Fernando Ruas – enquanto presidente – é coisa para ser resolvida “correndo-me à pedrada” (ainda que em sentido figurado, claro está)! Há quem em Portugal ainda se guie por uma legislação antiquada que criminaliza ofensas. A utilização anacrónica desses dispositivos antiquados já custou a Portugal algumas multas por condenações no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Mas como quem paga a multa, uma vez mais, são os contribuintes, a asneira persiste. Os vestígios anacrónicos do tempo em que a reputação de cada pessoa era criada, principalmente, pelo que diziam e escreviam dela ainda persistem nalgumas mentes. No tempo do diz que disse, talvez fizesse algum sentido punir afirmações insultuosas. Hoje não faz. A honra de alguém como o cidadão Cavaco Silva a quem Miguel Sousa Tavares chamou palhaço é de-

terminada principalmente pelos seus actos e não pelos nomes que lhe possam chamar. Como diz Francisco Teixeira da Mota, conhecido especialista nestas matérias, “a liberdade de expressão é não só um bem individual, mas também um valor colectivo numa sociedade democrática, permitindo a livre circulação das mais diversas informações e opiniões, mesmo aquelas que possam ser consideradas absurdas ou aberrantes. A proibição de opiniões minoritárias, incómodas ou mesmo ofensivas é um prejuízo não só para o cidadão que se viu impedido de expressar livremente o seu pensamento como para toda a sociedade, que ficou privada do conhecimento dessa opinião ou informação que, certa ou errada contribuiria para uma sociedade mais democrática, porque mais esclarecida.” A liberdade de expressão é não só uma componente essencial dos regimes democráticos, como o grau de democraticidade de um Estado pode ser razoavelmente aferido através do grau efectivo de liberdade de expressão de que gozam os seus cidadãos. É por isso, que mesmo contra a vontade de todos os que como Ruas – presidente ou cidadão – pensam o contrário, continuarei a lutar por ela.

“Obrigado, Troika!” são, para mim, as caricaturas dos dois extremos da polarização que fez da Troika o seu bode expiatório, mas que se resume à divisão clássica entre quem quer mudar e quem quer deixar tudo na mesma. Pensar que estamos num beco sem sa ída é m a is con for tável pa ra muitos do que procura r um caminho por si mesmo. Estarei a ser injusta, precipitada, a criar br e c h a s? N ã o s e i . E s to u c a n s a da. Andei no terreno intensamente nos últimos meses. De vez em

quando recolho-me online, outras vezes volto à carga. Mas online e off line, a comprovar que os mundos analógico e digital são feitos da mesma massa, a divisão é a mesma: há quem não conceba a ideia de um mundo sem Sócrates na RTP, sem Passos Coelho no Governo, ou vice-versa, porque os protagonistas não interessam muito. O que interessa é a Ordem, a Suprema Ordem, a Ordem que ordena, a Ordem que g uia , a Ordem que ma nda . O que interessa são as instituições e

o protocolo, o desfilar de gravatas, o “sôdoutor”, os carros oficiais, os despachos e os carimbos. Nunca o Rei esteve tão nu, agora que tem o Sol a incidir sobre as suas partes íntimas, expondo-o, a cru, perante a comunidade internacional, que espezinha, de Luanda a Bruxelas, a nossa Nação. O único beco sem saída é o que criamos na nossa cabeça, limitando-a, impedindo a imaginação e a criatividade de desenhar mundos novos.

A polarização da sociedade política faz-se a partir da divisão está entre quem quer que tudo fique na mesma e quem quer que tudo mude, entre quem acredita estar melhor neste paradigma/quem tem medo de vir a estar pior noutro e aquelas/ es para quem a vida é muito mais que pla nos, a mbições, ca rrei ras, inf luência socia l, comentadores, tricas, dra mas institucionais. As coisas têm o poder que lhes reconhecermos enquanto a vida, essa, vale por si.

que a enfermeira exibia faziam-me um grande desconforto. Imaginava a luva a romper e ela a cravar-me a pele com os seus imensos depósitos de bactérias e fungos. Sempre que me deparo com um profissional ou funcionário da área da saúde não consigo ficar indiferente às pontas dos dedos. Também já me aconteceu aperceber-me de uma funcionária pública não conseguir separar um impresso entre vários devido ao comprimento das suas extensões (unhas de gel) e ter uma grande dificuldade em acertar nas teclas do computador;

o pão!

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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abertura

textos ∑ Pedro Morgado

O “Verão quente” de 2013 Distrito de Viseu em destaque pelas piores razões O tempo muda. Quando passam apenas algumas semanas desde que chegou ao fim o período crítico do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios (SDFCI) que termina normalmente no final do mês de setembro, as primeiras chuvas trouxeram as condições ideais para que se possam fazer as primeiras contas: o balanço, sabemos, é assustador para o distrito. Nas contas dos incêndios florestais deste ano, o distrito de Viseu apresenta uma área ardida de 35.093 hectares de matos e povoamentos florestais: cerca de um quarto de toda a área ardida em Portugal, de acordo com os dados apresentados no último relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). No total, até ao passado dia 15 de outubro arderam em Portugal mais de 140 mil hectares, o equivalente a outros tantos campos de futebol e Viseu foi de longe o distrito do país com maior área ardida. Devido à vaga de incêndios que assolou o distrito, Viseu aparece também em destaque na lista de que analisa o nú-

mero de ocorrências: o distrito do Porto é aquele que apresenta maior número de casos (5.901), seguido de Braga (2.014) e de Viseu (1.899), sendo estas ocorrências na sua grande maioria fogachos de pequena dimensão que não ultrapassam um hectare de área ardida. No caso específico de Viseu, a percentagem de fogachos, face ao total das ocorrências do distrito, é de cerca de 77% (1466). Contudo, este não é o primeiro ano em que estes 24 concelhos se destacam pelas piores razões. Em 2012, Viseu já era apontado como um dos quatro distritos, juntamente com Bragança, Faro e Guarda, cujo valor de área ardida era superior a 10 mil hectares. Da lista dos 195 grandes incêndios que lavraram em Portugal este ano, incêndios com uma área ardida maior ou igual que 100 hectares, o distrito de Viseu regista 34 ocorrências destacando-se naturalmente duas delas: o fogo que durante dias lavrou na Serra do Caramulo que consumiu 6.841 hectares, e no concelho de Tarouca, o incêndio que reduziu a cinzas uma área de 4.058 hectares.

O balanço do incêndio na Serra do Caramulo Quais foram os prejuízos diretos para o município de Tondela?

Naquilo que diz respeito aos equipamentos e infraestruturas públicas, de acordo com o levantamento que foi efetuado no terreno, tudo aponta para que os danos se tenham centrado, sobretudo, nas infraestruturas viárias (estradas e caminhos). Registámos também danos, quer na sinalização de trânsito, quer também sinalização informativa, nos taludes de suporte a essas estradas e, também, ao nível das captações de água: em alguns reservatórios e depósitos de água que se encontravam nas zonas afetadas por esta calamidade. Isto de uma forma genérica naquilo que concerne a infraestruturas públicas. Não temos nen hum edifício publico, pertença do município, que tenha sofrido danos mas, infelizmente, há todo um conjunto de danos de outra natureza que recaíram sobre os bens dos habitantes das zonas atingidas, que afetam diretamente as populações. Já existe uma estimativa

das perdas nestes incêndios?

O município de Tondela encont ra-se ainda, neste momento, a fazer a avaliação final. Contudo, posso adiantar que estaremos decerto a falar de números que rondam 1,2 milhões de euros só na área de intervenção deste concelho. De que forma está o Estado a apoiar todos aqueles que perderam os seus bens neste grande incêncio?

Como é do conhecimento público, a partir do momento em que foi tornada pública a resolução do Conselho de Ministros que dá conta da necessidade de se considerar esta zona, em função da dimensão dos incêndios ocorridos, como uma zona de calamidade, esta será objeto de uma intervenção articulada a um nível superior, existindo, portanto, um conjunto de mecanismos que são automaticamente acionados. Neste momento estão a decorrer um conjunto de inquéritos promovidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que visam, precisamente, identificar e avaliar de uma forma

muito mais precisa todos os danos, quer ao nível das populações, quer ao nível dos equipamentos, bens patrimoniais, do património edificado dos privados, quer também ao nível da floresta e da agricultura. Estes inquéritos encontram-se, neste momento, já numa fase bastante adiantada, sendo de esperar a sua finalização a breve trecho. Uma vez que estes inquéritos estão sobre a alçada e sobre a orientação do Instituto Nacional de Estatística, o município de Tondela ainda não tem a noção exata da dimensão dos prejuízos. Quando analisamos em pormenor os danos deste incêndio é bom lembrar que estamos a falar de muitas alfaias agrícolas, de algum património da igreja (capelas) que sofreu alguns danos, quando as zonas populacionais, os aglomerados, felizmente, conseguiram ficar de alguma forma resguardados deste incêndio. Isto só foi possível graças ao forte empenho que os bombeiros que aqui estiveram, colocaram na sua ação: procuraram defender as populações e defender os seus bens.

A maior parte dos danos decorrentes deste incêndio são, sobretudo, em áreas florestais e áreas agrícolas. Quais foram os encargos que o município teve de suportar durante os dias em que durou o incêndio?

A Câmara Municipal de Tondela teve, durante este incêndio, um grande número de meios da autarquia envolvidos no combate às chamas. Como exemplo posso referir que tivemos, em permanência dois veículos cisterna, dois equipamentos “bulldozer” e duas carrinhas com as respetivas equipas no auxílio à ação dos bombeiros. Estamos presentemente a fazer o apuramento final desses dados mas, estaremos a falar certamente de um valor que rondará os 80 mil euros. A Quercus alertou há bem pouco tempo para a eminência da contaminação dos lençóis freáticos e dos cursos de água nas áreas afetadas pelo fogo. Esse perigo é real?

Como referi, o facto de ter, em tempo, existido uma resolução do Conselho de Ministros que

decidiu sobre as medidas a implementar nesta área, também acionou um conjunto de mecanismos apensos e um conjunto de valências sob a tutela dos vários ministérios que aqui irão centrar a sua ação. A grande preocupação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) começa precisamente por essa área. Centra-se, sobretudo, na implementação e no acionamento de um conjunto de medidas que apostam, numa primeira instância, na diminuição do impacto do incêndio sobre o solo, quer no que diz respeito ao problema da erosão, quer também no que diz respeito à possível poluição ou contaminação que pode ocorrer em algumas linhas de água. Estamos, reitero, a trabalhar nessa matéria de uma forma muito estreita com o ICNF precisamente para, muito rapidamente, até porque estamos no início do outono, se poder iniciar a implementação de um vasto conjunto de medidas que possa prevenir a ocorrência de danos dessa natureza. Principalmente, como referi,

é necessária agora uma intervenção de emergência que possa permitir a minimização dos riscos associados nas linhas de água e nos solos sendo contudo de notar que as principais bacias, que poderiam ser eventualmente afetadas não se localizam no município de Tondela. Tal localização não implica contudo, um olhar menos atento deste município: esta é uma realidade que nos preocupa também. Já estão a ser seguidas as recomendações do ICNF no que concerne à limpeza da floresta queimada?

Sim, posso referir que já existem movimentações nesse sentido. Considerando que grande parte das parcelas de floresta estão na mão de privados, principalmente na zona afetada pelo incêndio do Guardão, nota-se hoje um encetar de iniciativas neste sentido. Estas visam, sobretudo, a efetivação de uma intervenção com caráter de urgência para que se possa evitar que haja uma perda do rendimento advindo dessas florestas como, também, possam ser implementadas


Jornal do Centro

VERÃO QUENTE | ABERTURA 7

24 | outubro | 2013

O incêndio na Serra do Caramulo não foi um evento único ou um ato isolado: foi sim uma sequência de acontecimentos que podem ser identificados e distinguidos quanto à sua origem, natureza e consequência. Pelas 23h54 daquela terçafeira, 20 de agosto, tinha início na freguesia de Alcofra o primeiro foco de incêndio que apenas viria a ser debelado no dia 25. Pelo caminho ficaram 1.522 hectares ardidos entre os concelhos de Tondela, Oliveira de Frades e Vouzela. Às primeiras horas do dia 21 de agosto de 2013, no concelho de Tondela, a cerca de 16 quilómetros, deflagrava um segundo incêndio que resultaria numa área ardida de 1.345 hectares e que, durante oito dias, viria a percorrer os concelhos de Tondela, Vouzela e Viseu. Tendo chegado a ser dada como dominada pelos bom-

beiros durante o dia de sábado, esta frente de fogo aproveitou a intensidade do vento, as altas temperaturas e a geografia exigente do terreno para dificultar a ação dos bombeiros e estender as operações até ao dia 29 de agosto. O terceiro e último incêndio na Serra do Caramulo teve início no dia 28 de agosto, pelas 11h05, junto à fábrica de ovos na freguesia de Guardão e fez desaparecer 6.547 hectares de floresta, entrando pela primeira vez no concelho de Águeda. Empenhados no combate na região estiveram centenas de bombeiros, dezenas de veículos operacionais, cinco aparelhos aéreos de Espanha e França, cedidos no âmbito dos acordos bilaterais vigentes, e dois aviões Canadair croatas, no quadro do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.

DR

A última quinzena de agosto foi, como no resto do país, especialmente marcada pelo flagelo dos fogos florestais. Este “agosto negro”, conforme foi na altura classificado pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ceifou a vida a três bombeiros em dois dos incêndios que lavraram na Serra do Caramulo e destruiu centenas de hectares de floresta, alguma da qual já não era pasto das chamas há mais de 70 anos. Foi há pouco mais de 60 dias que ocorreu aquele que por todos é lembrado como o grande fogo que devastou o “pulmão” do Caramulo. Contudo, o incêndio que lavrou na Serra do Caramulo entre o dia 20 de agosto e o dia 2 de setembro, resultando numa área ardida conjunta aproximadamente de 9.415 hectares,

A Carla Pires, Vereadora da Câmara Municipal de Tondela (com competências delegadas no âmbito da Protecção Civil)

de um conjunto de ações fitossanitárias que impeçam a proliferação de pragas. De uma forma geral, toda a área que está na mão de privados está a ser alvo de uma intervenção a título particuPublicidade

lar. O corte e o abate de árvores para comercialização é hoje uma realidade. Ao nível daquilo que também é apontado no relatório, os perímetros f lorestais que são da gestão exclusiva do município ou da gestão

conjunta com as juntas de freguesia, posso adiantar que estamos neste momento a trabalhar com o ICNF nessa matéria para que, precisamente, possam ser tomadas a breve trecho as devidas ações.

Num documento a que o Jornal do Centro teve acesso, do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro, lê-se que a superfície total ardida totaliza os 9.415 hectares, abrangendo os distritos de Viseu (concelhos de Tondela, Vouzela, Oliveira de Frades e Viseu) e Aveiro

(Águeda). Destes, cerca de 62 por cento são espaços maioritariamente de natureza florestal e os restantes 33 por cento, matos e pastagens. O documento apresenta ainda uma estimativa dos prejuízos com duas espécies lenhosas: o eucalipto e o pinheiro bravo. Com este

incêndio, refere o documento, a região perdeu, cerca de 2,5 milhões de euros em eucalipto e tem um prejuízo na ordem dos1,7 milhões de euros com o pinheiro bravo. Aquele que foi considerado como “um caso excecional e dramático”, representa assim também uma pesada fatura: 4,2 milhões de euros.

Os 34 grande incêndios no Distrito Área ardida (ha) Concelho/Freguesia

Data de início

Povoamento

Mato

Vouzela/Alcofra

29-06-2013

67

48

Total

115

Viseu/Silgueiros

04-07-2013

36

251

257

Moimenta da Beira/Castelo

01-08-2013

203

1424

1627

Penedono/Castainço

01-08-2013

31

451

482

Mangualde/Chãs de Tavares

01-08-2013

5

240

245

São Pedro do Sul/Sul

11-08-2013

165

160

325

Penalva do Castelo/Sezures

12-08-2013

93

603

696

Cinfães/Santiago de Piães

12-08-2013

4

129

133

Lamego/Almacave

13-08-2013

0

334

334

Sátão/Vila Longa

13-08-2013

164

0

164

Vila Nova de Paiva/Touro

15-08-2013

0

100

100

Vouzela/Alcofra

20-08-2013

1128

394

1522

Resende/Paus

20-08-2013

0

170

170

Castro Daire/Pepim

20-08-2013

109

20

129

Tondela/Silvares

21-08-2013

599

747

1346

Penalva do Castelo/Antas

21-08-2013

302

692

994

Resende/Panchorra

21-08-2013

0

351

351

Tarouca/Várzea da Serra

22-08-2013

1497

2561

4058

Resende/Felgueiras

22-08-2013

0

365

365

Cinfães/Gralheira

22-08-2013

0

116

116

Cinfães/Alhões

24-08-2013

176

806

982

Oliv. Frades/Arcozelo das Maias

25-08-2013

1339

213

1552

Mangualde/Sant. de Cassurrães

25-08-2013

36

524

560

Resende/Paus

25-08-2013

63

123

186

Resende/Ovadas

26-08-2013

0

500

500

Tondela/Guardão

28-08-2013

5980

861

6841

Viseu/Lordosa

28-08-2013

0

100

100

Sátão/Ferreira de Aves

29-08-2013

2097

1713

3810

Vila Nova de Paiva/Pendilhe

01-09-2013

221

2521

2742

Castro Daire/São Joaninho

01-09-2013

665

202

867

Castro Daire/Moledo

02-09-2013

40

110

150

Lamego/Bigorne

03-09-2013

11

259

270

Resende/Barrô

09-09-2013

0

100

100

Vouzela/Queirã

16-09-2013

332

6

338


Jornal do Centro

8

24 | outubro| 2013

à conversa

Entrevista e foto ∑ Micaela Costa

“Este é um dos momentos mais felizes da minha vida política” António Joaquim Almeida Henriques, 52 anos, casado, três filhos, natural de Viseu. Advogado, dedicou os últimos vinte e cinco anos à atividade empresarial e associativa empresarial em diversos setores. Exerceu funções como deputado, presidente da Assembleia Municipal de Viseu e da Assembleia da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões. Foi Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional e vice-presidente da CIP – Confederação da Indústria Portuguesa. Passou pela presidência do CEC/CCIC – Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comércio e Indústria e da AIRV – Associação Industrial da Região de Viseu. Hoje, é presidente da Câmara Municipal de Viseu, um “dos momentos mais felizes” da sua vida política. Em entrevista ao Jornal do Centro, o sucessor dos 24 anos de “reinado” de Fernando Ruas falou da “herança” que lhe foi deixada. Do novo ciclo que vai agora começar para Viseu, da cultura, da indústria, da linha ferroviária, da captação do investimento, do turismo e do Centro Histórico. Da cidade como sua e dos viseenses como parte integrante deste novo “projeto”. Almeida Henriques, um político que diz colocarse “do lado da esperança e do bem coletivo”, adota como ex-líbris ético do seu mandato a frase do Aquilino Ribeiro, “Alcança, quem não cansa”.

O que é que lhe daria especial gosto assinar pela primeira vez como presidente da Câmara Municipal de Viseu?

Exatamente aquilo que eu vou assinar, o meu mandato, começando por prestar um tributo ao Dr. Fernando Ruas, que foi de facto um excelente autarca e que marcou estas duas décadas e meia. A minha primeira proposta no executivo será a atribuição do Viriato de Ouro ao Dr. Fernando Ruas como reconhecimento pelos serviços prestados. A segunda coisa a fazer será aprovar, de forma simbólica na primeira reunião do executivo [quinta-feira, dia 24], o programa Viseu Primeiro, para que seja transformado num plano de ação a quatro anos. Que será retificado pelos serviços, discutido e aprovado pelo executivo camarário e precedido por um debate no concelho estratégico que irei criar e que visa oscultar as forças vivas da região. E vou também solicitar ao Dr. Mota Faria que convoque uma Assembleia Municipal extraordinária, para ouvir a Assembleia sobre o plano de ação para estes quatro anos. Fernando Ruas deixa-lhe uma herança “pesada”, pelos 24 anos que esteve na autarquia, e pela obra que deixou? Ou é uma página virada na história de Viseu e novas páginas vão agora ser escritas com o seu mandato?

O Dr. Fernando Ruas será sempre para mim uma referência e por isso é que também o irei distinguir. O legado é de facto um bom legado, mas começa um novo ciclo, com uma nova equipa e um novo plano.

Ser presidente da Câmara Municipal de Viseu esteve sempre nas suas ambições? O que representa este momento?

Este é um dos momentos mais felizes da minha vida política. Sempre deixei que a minha vida política corresse com normalidade. Sou um político que está grato aos viseenses pela confiança que me foi depositada, pela maioria absoluta que me deram para poder governar com a tal liderança firme e serena que eu prometi aos viseenses, com a minha equipa e também com o programa que foi sufragado. Não foi algo premeditado, é uma meta e ao mesmo tempo o início de um novo ciclo. Numa altura em que se fala tanto de crise, e com o novo Orçamento de Estado, como se governa de forma “serena”?

Eu tenho toda uma experiência de vida. Quando me candidatei à Câmara sabia muito bem a conjuntura em que o país estava. Tenho consciência de que os momentos que se avizinham não são momentos fáceis e não é por acaso que eu vou adotar como ex-líbris ético do meu mandato a frase do Aquilino Ribeiro, “Alcança, quem não cansa”, porque efetivamente eu sei que este vai ser um momento em que nos vamos cansar muitas vezes, mas não vamos deixar de alcançar os objetivos a que nos propomos. Fernando Ruas disse que, se ficasse mais tempo na autarquia, faria um Centro de Artes e Espetáculos, a Praia Fluvial e algumas rodovias no concelho. Algumas des-

tas obras vão ser suas para este mandato, ou há outras prioridades?

Na persecução deste programa eu serei um político que me vou colocar sempre do lado da esperança e do bem coletivo. Eu costumo dizer que estamos no terceiro ciclo do poder autárquico. O primeiro foi o das infraestruturas, o segundo de equipamentos e este será mais virado para a vertente social e para a captação de investimento e para o desenvolvimento económico. Eu diria que nenhum destes ciclos está esgotado, no caso concreto de Viseu ainda temos ações no primeiro ciclo, nomeadamente no saneamento e na água e no capítulo das infraestruturas também vamos ter que as melhorar e otimizar o funcionamento em rede das mesmas. Mas onde me pretendo focalizar é na competitividade, captação de investimento, na vertente social e sobretudo numa operacionalização da rede social, dando uma grande atenção ao Centro Histórico e ao esbatimento de assimetrias que hoje existem entre o meio urbano e o meio rural. Nas suas propostas dizia que queria tornar Viseu o “terceiro polo cultural do país”. De que forma vai trabalhar para que isso seja conseguido?

Uma das ações que nos propomos desenvolver já nos próximos dias é olhar para a cultura como um investimento e não como um custo. Catapultar Viseu para as primeiras linhas de uma cidade de eventos culturais, porque isso potencia a cultura e o turismo. Ao mesmo tempo pôr a funcionar em rede as várias insti-

r

Viseu tem que ter uma mensagem para quem cá vive e para quem nos visita”

tuições que atuam no domínio da cultura, criando aquilo a que chamámos um concelho cultural e que será batizado a seu devido tempo como “Viseu Cultura”. É preciso aproveitar as instituições que Viseu já tem, como o Teatro Viriato, o Conservatório de Música, passando pelas diferentes escolas de dança. O Mirita Casimiro tem que ter visitas mais regulares, o Pavilhão Multiusos terá que sofrer um upgrade, no sentido de poder ter melhores condições acústicas, um espaço que permita acolher outro tipo de espetáculos ao longo do ano e com melhor qualidade. Já para não falar do Mercado 2 de Maio, que vai ter que voltar a ser um coração do nosso centro histórico, através da credenciação como mercado de proximidade e uma das questões a que me proponho é a possibilidade de criação de uma cobertura,

para que possa ser um espaço polivalente. Falou também numa linha ferroviária que ligasse Viseu – Aveiro – Salamanca. Como é que tudo isto vai ser posto em prática?

Tivemos na passada semana uma boa notícia, que foi a inclusão de Viseu no corredor logístico ferroviário, acordado entre Portugal, França e Espanha, e este é claramente um bom passo. Agora precisamos de um calendário concreto e realista. Mas esta é uma obra que é preciso garantir que seja desenvolvida no próximo quadro comunitário de apoio, designadamente a ligação de Aveiro à linha da Beira Alta e também o melhoramento da linha da Beira Alta. Irei na próxima semana ter uma cimeira com os meus colegas eleitos da Guarda e Aveiro, sendo que um dos pontos da agenda será a ferrovia, no sentido


Jornal do Centro

ALMEIDA HENRIQUES | À CONVERSA 9

24 | outubro | 2013

gem muitas vezes grosseira e mal-educada que possa ser utilizada pelos vereadores ou por qualquer partido político. O exercício da atividade política tem que ser feito de forma positiva e nobre, quem quiser estar neste processo autárquico de uma forma construtiva virá por bem, quer não quiser vir por este caminho não virá por bem. Durante a última campanha eleitoral alguns dos meus adversários nem sempre se comportaram bem, utilizaram muitas vezes a difamação e até juízos de caracter que não foram bonitos e quero dizer a esses meus adversários que a partir da tomada de posse os contadores estarão a “zero”, eu perdoarei, sem esquecer atitudes praticadas que não engrandecem em nada. No seu plano de ação há uma forte aposta nas freguesias. O que é que na sua opinião as freguesias têm para oferecer a Viseu?

de tomarmos uma posição conjunta face ao poder central, para que haja realismo na concretização desta infraestrutura, fundamental para o desenvolvimento. Na área da indústria, o que vai ser feito?

Vamos criar o gabinete do investidor, exatamente para pormos em prática o programa “Viseu Invest” e fazer uma maior ligação ao AICEP, e na próxima semana já vamos ter técnicos do AICEP a trabalhar connosco. Vamos também preparar um dossier para atração de investimento. O próprio PDM, recentemente aprovado, permite que haja mais bolsas de crescimento industrial, quer no Parque de Coimbrões, quer nas próprias freguesias, no eixo do IP3 e IP5 e temos que arranjar uma solução para o Parque Empresarial do Mundão. Temos também que tornar a autarquia

mais amiga do investidor e desse ponto de vista vamos assumir a atratividade de Viseu de uma forma diretamente ligada a uma operacionalização do trabalho da autarquia. Temos que desenvolver mecanismos de maior rapidez nos licenciamentos, quer sejam eles comerciais, industrias ou construções individuais. Durante a sua campanha foi muito crítico ao trabalho e à intervenção dos vereadores nas reuniões autárquicas. O que pensa fazer para que isso mude?

Vou respeitar sempre o estatuto da oposição, seja no executivo camarário, seja na Assembleia Municipal. Mas não sofrerei nenhuma pressão que condicione a boa ação do executivo, designadamente as reuniões que serão à quinta-feira. As marcações à segunda-feira trariam um acréscimo de custos para o

próprio município, porque há sempre pontos que há última da hora é necessário colocar e que obrigariam os serviços a funcionar ao fim de semana com horas extraordinárias. Não me vou deixar condicionar por posições no facebook, nas redes sociais, tomarei sempre as decisões que considero mais adequadas à boa gestão do município, não deixando de respeitar o facto de poder facilitar a vida aos nossos deputados vereadores, mas dois vereadores não podem condicionar uma equipa de nove. O que eu estarei disposto a fazer é marcar as reuniões para a quinta-feira de manhã, pois os deputados não têm trabalhos na Assembleia da República nesse horário e podem vir à quartafeira, sendo que às três da tarde de quinta-feira já estão a marcar o ponto na Assembleia da República.

E eu não quero de maneira alguma condicionar os senhores deputados de cumprirem o que é um dos seus desígnios, que é contactar com os eleitorados às segundas-feiras. E o PS e o CDS/PP já fizeram saber, através de comunicados que esta alteração está a “limitar” e a “desconsiderar” o trabalho dos vereadores deputados na Assembleia da República…

A essa linguagem tão baixa e sem fundamento eu nunca vou responder. E ainda bem que eu nunca procurei fazer coligação com o CDS nas últimas eleições, porque de facto esta liderança do CDS e os princípios que tem demonstrado querer pôr em prática em Viseu, eu não me identifico minimamente com eles. E estes assuntos são para discutir nas reuniões de Câmara e nunca me deixarei condicionar por lingua-

Temos que olhar para as freguesias numa lógica de fixar as pessoas, através de boas acessibilidades e isso felizmente temos. As pessoas podem optar por viver numa freguesia e trabalhar na cidade, mas também temos que pugnar para que mais pessoas optem por fazer a reabilitação dos seus imóveis nas freguesias. Não só reabilitar o centro histórico, mas também as freguesias. Neste novo ciclo e com esta forte remodelação que tivemos nas freguesias, uma renovação que deve estar próximo dos 70%, vamos ter que acautelar o que é a proximidade, designadamente a manutenção dos espaços públicos, as reparações, os jardins, assim como obras de proximidade que são necessárias através dos contratos programa e esse é um caminho que vamos continuar a trilhar. E há um novo caminho, que é puxar pelo que as freguesias têm para oferecer do ponto de vista económico. E falamos da agricultura, da floresta e da pecuária. E a escolha de um vereador que venha a assumir o pelouro das freguesias e do desenvolvimento rural, tem como objetivo puxar por essa componente de valor acrescentado que as freguesias possam ter. Daí termos adotado o slogan de levar o Rossio às aldeias e as aldeias ao Rossio. A CIM Viseu Dão Lafões perdeu a sua maioria no que diz respeito a Câmaras do PSD.

Como encara em termos pragmático-executivos a ação a partir de agora?

A CIM Viseu Dão Lafões é hoje uma realidade importante que tem que ser ponderada e discutida com muito bom senso. Na hora em que esta entrevista estiver a ser lida pelos leitores já eu terei contactado todos os presidentes de Câmara da CIM Viseu Dão Lafões a convidá-los para uma reunião/jantar, no início da próxima semana. Viseu representa nesta comunidade intermunicipal mais de um terço da população, é claramente a âncora. Viseu está disponível para liderar a CIM, este não é um problema político-partidário, é um problema de uma região e esta cidade-região que é Viseu é claramente uma âncora. Aquilo que eu irei discutir é que tenhamos bom senso e ao mesmo tempo que se mantenha a tradição dos últimos anos, sobretudo as decisões que sempre foram tomadas em unanimidade, os municípios colocaram o interesse da região acima do interesse políticopartidário e é esse caminho que eu espero que continue a ser feito. Certamente vai continuar a querer que Viseu seja a melhor cidade para viver…

Viseu tem que ter uma mensagem para quem cá vive e para quem nos visita. Queremos manter este conceito de melhor cidade para viver, como Viseu cidade jardim, cidade limpa. Que tem estruturas organizadas, uma boa arquitetura, uma cidade bem planeada. Temos ao mesmo tempo que ter uma cidade para quem está, mas ao mesmo tempo encontrar formas de nos tornarmos mais atrativos. E quando falamos em cultura e na requalificação do nosso património estamos a trabalhar para que o Turismo seja um ponto cada vez mais forte. E como vai ser Viseu de Almeida Henriques?

Será seguramente uma cidade com os valores que hoje já tem. Uma cidade que vincula e fixa a sua população seduz turistas e novos residentes e atrai investidores e novos investimentos. Uma comunidade atrativa para viver, trabalhar, estudar e visitar. Uma cidade que não deixa ninguém para trás, seja no domínio da educação seja no domínio das populações mais senior.


Jornal do Centro

10

24 | outubro| 2013

região

CAÇA ILEGAL Castro Daire. O Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Viseu da GNR deteve dois homens por caça ilegal. Os indivíduos, de 57 e 39 anos, residentes em Castro Daire, foram detidos em Vale de Cuterra, freguesia de Custilhão, em Castro Daire e, segundo os militares, estavam a caçar a menos de 100 metros da A24. As autoridades apreenderam duas armas de caça calibre 12mm, seis cartuchos, dois livretes das armas, duas cartas de caçador e um coelho bravo, que foi depois entregue a uma instituição de solidariedade social. Publicidade

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Sernancelhe. Uma criança terá sido abusada sexualmente por um homem de 56 anos. O suspeito foi detido pela Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, da Polícia Judiciária. O presumível crime terá ocorrido no passado mês de março, numa residência em Sernancelhe.

AGRESSÃO Viseu. Uma jovem de 19 anos foi detida pela PSP depois de ter injuriado e agredido um agente da autoridade.

DROGA Viseu. Um homem de 20 anos foi detido no âmbito do combate ao consumo e tráfico de estufacientes. O detido trazia em sua posse haxixe que daria para cerca de 41 doses individuais.

Carlos Silva, novo presidente da Câmara de Sernancelhe No passado dia 19, no Salão Nobre dos Paços de Concelho locais, completamente cheio com uma multidão que se estendia para o exterior, até à entrada do município, foi empossado Carlos Silva, para o próximo mandato autárquico, recebido das mãos de José Mário Cardoso, que regeu os destinos autárquicos do Concelho durante os últimos 24 anos. Pelo PS tomou a palavra Fernanda Sobral, José Mário Cardoso fez um breve balanço da sua acção autárquica, a cessante presidente da Assembleia Municipal, Adélia Sobral, discursou de seguida, passando a palavra ao presidente eleito, que entre outras afirmações, constatou: “Uma referência especial ao Dr. José Mário Cardoso: a gestão rigorosa que implementou no concelho de Sernancelhe nos últimos 24 anos, a entrega, a determinação que empregou nos c que levou a cabo trouxeram progresso, desenvolvimento e permitiram aumentar de forma bastante significativa a qualidade de vida dos nossos munícipes. O seu percurso autárquico é para nós um orgulho e exemplo de dedicação, vontade e, naturalmente uma fonte de inspiração. Um homem humilde e comum, um presidente, e todas as palavras e adjectivos que eu use para o qualificar

Paulo Neto

ABUSOSEXUAL

certamente serão insuficientes para mostrar o nosso agradecimento por tudo o que fez pela nossa terra.” De seguida e fazendo o balanço das eleições, acrescentou: “Há princípios fundamentais de actuação que obrigatoriamente serão parte integrante da minha acção como Presidente da Câmara e que estarão presentes nas linhas orientadoras deste mandato. Valores como o rigor, a disciplina, a responsabilidade, a solidariedade, mas acima de tudo, o respeito. (…)

Infelizmente, o concelho de Sernancelhe voltou a assistir, nesta última campanha eleitoral, a algo que em nada prestigia o nosso concelho e quando esperávamos uma campanha esclarecedora e limpa, deparámo-nos com uma forma de fazer política deplorável, onde a mentira e a calúnia foram os principais argumentos políticos para o concelho…” Concluiu, apontando uma medida governativa que será lesiva para muitas autarquias portuguesas: “É do conhecimento

de todos, das notícias da comunicação social nos últimos dias, que para o próximo ano serão cortados 70 milhões de euros na verba disponibilizada para todos os municípios. Este corte por igual nas transferências para os municípios pode comprometer algumas das nossas ambições. Sejamos realistas na avaliação das consequências que este corte pode trazer para um Município como o de Sernancelhe, situado no interior de Portugal.” Paulo Neto



Jornal do Centro

12 REGIÃO | MANGUALDE

24 | outubro| 2013

Opinião

Paulo Neto

E agora exportamos para onde?

Tomada de posse de João Azevedo e dos restantes autarcas mangualdenses No passado dia 18, no Auditório da Biblioteca Alexandre Alves repleto de público, com autarcas socialistas de diversos municípios, deputados, ex-ministros como Jorge Coelho e muitos amigos de plurais quadrantes partidários, João Azevedo foi empossado como presidente da autarquia azurarense, para cujo executivo elegeu mais um vereador do que no anterior mandato.

No seu discurso centrou-se no futuro imediato e nas cinco linhas prioritárias para este quadriénio: 1. Dívida: Restruturação da dívida, consolidação das contas e consecutiva diminuição da dívida. 2. Acção Social: Aposta nas ações de caráter social e uma preocupação permanente em sinalizar casos problemáticos no concelho agindo

no sentido de resolver os problemas. 3. Captação investimento: Acção empreendedora apostando na diplomacia local para incentivar e captar investimento público e privado para o concelho. 4. Marca Mangualde: Apostar na promoção da “marca Mangualde”. Criar sinergias para que a “marca de Mangualde” seja uma referência de progresso na região.

5. Mangualde forte: Com criatividade, determinação e trabalho usar as valências do concelho e a sua situação geopolítica para projectar Mangualde como concelho/líder na região ou como agente fundamental nas tomadas de decisões que contribuam para o desenvolvimento da região onde está inserido. Paulo Neto

A tradição da Feira dos Santos mana. Contamos receber milhares de visitantes e a nossa feira, bem como a cidade e o concelho estão ansiosos por receberem esses visitantes. A feira será muito animada e com algumas surpresas que contribuirão para o abrilhantar da Feira dos Santos. A feira dos Santos cresceu imenso nos últimos dois anos. Voltou a ganhar muita vida e hoje é um projeto consolidado no centro da cidade e que mexe com todo o movimento civil do concelho. Uma vez mais tereVereadora Maria José Coelho A Publicidade

mos a presença do programa “Somos Portugal” da TVI a projetar mediaticamente tudo de bom

DR

“Esperamos ter uma grande feira dos Santos. Temos um conjunto de ofertas que esperamos serem do agrado de todos os visitantes e, se o tempo nos ajudar, teremos certamente um grande fimd e se-

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o que temos para oferecer. A todos os visitantes desejo uma ótima feira! “

O descuidado episódio protagonizado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros relativo às débeis relações institucionais entre Portugal e Angola poderá ditar mais um gélido rombo no governo. Para gáudio de alguns, as recentes notícias sobre o enxurrilho de cortes e as novas taxas a pagar no âmbito do orçamento de estado para 2014 certamente abafarão o caso. A cuidada gestão que o Dr. Rui Machete fez sobre este assunto vem na senda dos episódios que protagonizou enquanto presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). Segundo os vários embaixadores dos EUA, essa gestão redundava numa montra de vaidades e despesismos difíceis de suster. Se essa forreta gerência foi alvo de muitas críticas, a pretensa omissão da aquisição de apenas e só 22 mil acções da SNL, detentora do BPN, a preço de amigo (uma gangrena por curar que todos nós pagamos), culminou na fraterna omissão na declaração de IRS. As posteriores idas aos diferentes órgãos apenas permitiram a descoberta da nova hermenêutica e semântica das palavras. O primeiro-ministro procurou resguardar o ministro afirmando que não aceitaria o seu pedido de demissão. No entanto, o suposto apoio recebido de Angola em empolados artigos de opinião ficou desfeito com a comunicação do Presidente de Angola que o colocou definitivamente no crematório. Agora não vai assar vai ser reduzido a cinzas. O Ex.º Senhor Presidente da República terá de, obrigatoriamente, entrar a jogo para resolver o problema. Para muitos especialistas na matéria, o governo padecia de um gritante erro de forma. Não tinha pessoas experimentadas “de cabelos brancos”, alguns dos quais detentores de uma assombrosa capacidade de argumentação, verdadeiros açougueiros capazes de cortar nas gorduras e reduzi-las a uns inúteis pêlos púbicos. A ser assim, muitos

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

afirmam que hipoteticamente é apenas desejável termos tenros e debutantes políticos que tenham a capacidade de ler alguns artigos, de ver alguns documentários e se tiverem vontade debruçaremse em vários livros de história para perceberem que entre Angola e Portugal os assuntos necessitam de ser tratados e trabalhados com prudentes pinças. Que existem picardias de ambas as partes, essa situação não é novidade para ninguém e já há muito se arrastam. Desde as histórias das cartas de condução, das licenças de permanência, dos vistos de trabalho, dos pagamentos por fazer, das empresas a agoniar, e que culminaram na investigação às altas individualidades angolas prontamente transpiradas para a opinião pública, tudo se conhece. Todo este episódio daqui a algum tempo será esquecido e as “saudáveis” relações reestabelecidas, mas quem irá sentir de modo notório todo este mau estar é quem exporta para Angola. Agora provavelmente terão de despender mais algumas verbas para agilizarem os negócios. Para percebermos a gravidade económica desta novela, fiquemos com os seguintes números: Angola é o 4º maior cliente de Portugal. De 2008 a 2012, as exportações portuguesas cresceram 8,8% para esse país. Em 2012, Portugal foi o 4º maior investidor estrangeiro em Angola e este o 11º maior investidor em Portugal. O AICEP anunciou recentemente um investimento de 300 milhões de euros em Angola, 8800 empresas portuguesas operam no mercado angolano e 150 mil portugueses trabalham por lá. Provavelmente o que estaria na mente do Ministro dos Negócios Estrangeiros, e bem, era apenas e só remodelar e refundar o movediço BPN, através de um novo código de Boas Práticas Negociais e só isto, tudo o resto é…



Jornal do Centro

14 REGIÃO | VISEU

Paulo Neto

24 | outubro| 2013

AHRESP contesta IVA na restauração Depois de conhecida a proposta de Orçamento do Estado, na qual constam algumas linhas mestras de orientação, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) de Viseu, decidiu contestar o IVA na restauração que vai manter-se nos 23% em 2014. Em comunicado enviado às redações, Jorge

Loureiro, presidente da delegação de Viseu da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), manifesta a sua estupefação e a sua revolta pelo facto do “Governo não ter seguido as recomendações do grupo de trabalho interministerial, e da Comissão Europeia, mantendo este iníquo imposto na taxa máxi-

ma de 23%”. A descida da taxa de IVA para a restauração, que chegou a ser discutida entre o Governo e esta associação para ser incluída no Orçamento do Estado para 2014, a não se confirmar será, antecipa o comunicado, “uma péssima decisão que não deixará de ter as piores consequências”. O documento refere

ainda que o atual executivo “destrói sistematicamente os agentes económicos, que lideram as exportações, como se tem verificado no caso do turismo”, só apoiando e incentivando os “agentes financeiros, e as empresas de bens e serviços não transacionáveis”. A reposição nos 13% do IVA para os serviços

de alimentação e bebidas na restauração e na hotelaria, é considerado por esta associação como a única medida capaz de travar a sangria no setor que, só no último ano, custou à economia milhares de postos de trabalho diretos e provocou o encerramento de centenas de empresas. A AHRESP vai reu-

nir de emergência o seu Conselho Consultivo Nacional esta quintafeira, dia 24 de outubro, onde irá estar presente a delegação de Viseu que “não deixará de participar ativamente neste importante fórum de decisão e defender o setor e região de Viseu”.

O líder da concelhia de Viseu da Juventude Socialista (JS), José Pedro Gomes, anunciou na passada semana que não se vai recandidatar às próximas eleições desta estrutura partidária. E que, no final de novembro, todos os militantes serão chamados a escolher o novo líder. Em conferência de imprensa, o atual coordenador da concelhia de Viseu da Juventude Socialista, reiterou aquele que, em jeito de balanço, classifica como um excelente trabalho durante o qual “a JS se fez ouvir, teve intervenção, teve propostas” e, Publicidade

sobretudo, “uma agenda própria”. “Quero dizer que se fecha este ciclo que durou dois mandatos e quatro anos. E fecha-se com um feito histórico: nunca a JS teve tantos militantes como agora na sua estrutura concelhia”, salientou. José Pedro, estudante de Economia e militante da Juventude Socialista (JS) desde 2004, diz que deixa a concelhia de Viseu da JS no momento em que esta juventude partidária volta a ser a maior do distrito. “Isso é algo que a próxima lide-

rança tem de ter em conta tanto no plano distrital, como também no plano nacional”, referiu. “Relembro que apresentámos dezenas de propostas ao longo destes mandatos, propostas concretas para o nosso concelho. Foi uma forma de atuação que quis incutir na JS, e que até levou a que outras juventudes partidárias fizessem o mesmo”, reiterou. Nos últimos meses, o ainda líder da concelhia socialista teve um papel particularmente ativo ao lado do candidato do partido, o ex-secretário

de Estado da Administração Local, José Junqueiro, na corrida à presidência da câmara de Viseu. “Há lutas que continuarão a fazer sentido e novas surgirão, agora que Viseu tem um novo presidente de Câmara. Continuarei empenhado e tenho muitos conselhos para dar a quem ficar a liderar a JS. Estou disponível para ajudar e para dar o meu contributo”, assegurou José Pedro Gomes ocupa o cargo de coordenador da concelhia de Viseu da Juventude Socialista, desde janeiro de 2010. PM

Pedro Morgado

José Pedro Gomes está de saída da concelhia do PS

Pedro Morgado


ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 606 DE 24 DE OUTUBRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

Paulo Neto

SUPLEMENTO

MUNICÍPIO DE

SERNANCELHE

Textos: Micaela Costa | Grafismo: Marcos Rebelo


Jornal do Centro

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24 | Outubro | 2013

SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE SERNANCELHE Carlos Silva, presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe

“SOMOS A TERRA DA CASTANHA”

Acompanhou a evolução do concelho de perto, pois fazia parte da anterior governação. Vai dar continuidade ao que tem sido desenvolvido até aqui?

O nosso projeto é de continuidade, de rigor, de entrega e determinação. Claro que sabemos as dificuldades que o país atravessa e não vamos esconder isso. Tem sido dito nos meios de comunicação social que os municípios vão sofrer um corte muito significativo, e se realmente isso acontecer, pelo menos que seja proporcional a cada município. Não se poder cortar o mesmo valor a Sernancelhe que se corta por exemplo a uma grande câmara do litoral. Mas, apesar destas dificuldades todas, o nosso projeto será sempre de continuidade. É óbvio que se até uma determinada altura se apostou noutras áreas, neste momento há outras que têm que ser apoiadas, como a agricultura. A agricultura é um domínio prioritário? Sem dúvida. Começa-se a acreditar que a agricultura pode ser um meio de subsistência e que começa a ser uma atividade que tem um peso enorme na economia para as famílias do concelho de Sernancelhe. É claro que a agricultura tradicional se vai manter, porque ainda há muita gente que sobrevive das batatas que cultiva. Mas hoje já se pensa na agricultura de uma forma diferente, a agricultura em escala. Esta forma de ver a agricultura confere a possibilidade de sermos competitivos com os produtos que temos na região. E o que nos satisfaz imenso é que essa “nova” agricultura está a ser promovida pelos jovens, o que possibilita aquilo que nós tanto queremos que é a ficção dos jovens nestas zonas rurais do país. O que significa que desenvolvemos os terrenos que estão parados, fixamos jovens e geramos valor para os produtos que aqui são produzidos, procurando assim criar dinâmicas que permi-

tam que esses mesmos produtos agrícolas sejam aqui embalados e levem o selo de qualidade de Sernancelhe para o mercado. É nessa aposta de continuidade, que a Festa da Castanha volta a ser uma marca este ano? Nós chamamos-lhe Festa da Castanha porque o convívio faz parte, para que haja troca de ideias. Mas a palavra correta seria uma Feira de atividade económica da castanha e de outros produtos. A castanha martainha é a melhor variedade de todas, sendo considerada rainha das castanhas. É grande, bonita, saborosa e é a que maior conservação consegue ter. E se a melhor castanha do mundo nasce aqui, temos que a saber valorizar, tanto em termos económicos como culturais, até porque somos a terra da castanha. E nós começámos por fazer a Festa da Castanha para “espevitar” o concelho de Sernancelhe, sensibilizar os produtores para que acreditassem que a nossa castanha é excecional e é uma mais-valia económica. Há muita gente que está à espera de nesta altura poder colher uma parte significativa de apoio para o ano todo. A castanha é valorizada, mas para isso é preciso que haja uma entrega por parte dos produtores ao castanheiro e à castanha e a festa foi criada para que este fruto fosse celebrado e pudesse conhecer um impulso importante à sua promoção e valorização. Hoje a festa faz-se por uma questão de homenagem a todos aqueles que trabalham para que a castanha tenha qualidade, para que tenha cada vez maior produção e, acima de tudo, para que possamos promover um produto que é de excelência na nossa terra.

Micaela Costa

Durante a sua campanha foi dizendo que as pessoas o conhecem. Agora que foi eleito presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, isso significa uma responsabilidade acrescida? Com certeza. As pessoas conhecem-me, conhecem-nos e por isso nos deram este voto de confiança. Não só porque nos conhecem, mas também pelo trabalho que desenvolvemos, especialmente eu ao longo destes 12 anos. A responsabilidade é cada vez maior, porque temos que reinventar as coisas, e estamos numa fase muito difícil no nosso pais e o município de Sernancelhe e todas as câmaras de Portugal não são alheias a isso. Há uma consciência do quanto foi difícil conquistar o que hoje temos, da dificuldade que tivemos para conseguir obras que são determinantes para o Concelho de Sernancelhe. As obras não nasceram por aí de forma descontrolada. No Município de Sernancelhe fez-se o que tinha de ser feito, de forma planeada e sustentada. Agora estamos a entrar na fase em que é preciso mantermos o que temos e a construção deve ser ainda mais adequada às necessidades reais do nosso povo. O concelho de Sernancelhe está muito bem apetrechado, no âmbito do desporto, na área social, na rede viária, de saneamento e de água. Há um conjunto de infraestruturas que foram bem-feitas, muito atuais e modernas e o que é preciso nesta fase é rentabilizá-las e tirar ainda mais partido desses investimentos.

Têm um protocolo com a Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro. A criação destas ligações também é uma forma de valorizar a castanha? Esse protocolo tem vários objetivos importantes. Um deles é aumentar a produção, e isso consegue-se estimulando os produtores a plantarem mais castanheiros. Outro objetivo tem a ver com a plantação de um determinado tipo de castanheiro, que tem sido alvo de estudos, o híbrido, que é resistente à doença da tinta (grande causa de muitos castanheiros estarem a secar). E por último pretendemos melhorar a castanha e, através da universidade, garantir a certificação de qualidade, coisa que não temos tido até agora, pois a entidade certificadora fica localizada no Centro do País, incompreensivelmente. A única forma de

certificação da qualidade deste produto advém do facto de ter um escoamento rápido, quer para o mercado nacional quer para mercados mundiais, e a própria Festa da Castanha ser um certame de referência onde uma parte significativa da produção é escoada pelos produtores locais. A autarquia tem tido o cuidado de explorar a castanha através de protocolos e várias atividades. Esse é o caminho? Através da castanha tentamos mostrar o que temos de bom na nossa terra. Temos um conjunto de doces, e vamos em breve editar um livro com receitas de castanha, desde bolos, pudins, biscoitos e muito mais, que foram aparecendo fruto da criatividade das gentes da nossa terra. Desenvolvemos vários cursos na área da gastronomia, nomeada-

mente com a castanha e por isso temos uma grande diversidade de receitas. Para além disso, associamos as freguesias à Festa da Castanha. Quem vier vai poder perceber que o concelho de Sernancelhe, apesar de não muito populoso, consegue ter uma grande diversidade de oferta. Umas freguesias apostam e têm uma grande produção de azeite e dedicam-se à vinha, existem outras que estão mais ligados à batata e outras ao pomar. Outra das atividades tem a ver com o desporto, o já habitual passeio pedestre. Sim, esse é um passeio que decorre há já seis anos. O trilho decorre numa das maiores manchas de castanheiros da variedade martaínha do nosso País e já por ali passaram milhares de pessoas. É um percurso de uma beleza única, com uma vista lin-


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SUPLEMENTO MUNICÍPIO ÍPIO DE SERNANCELHE

Curiosidades

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O concelho produz anualmente 800 toneladas de castanha; Os preços podem chegar aos 3 euros por quilos;

Os mercados da castanha de Sernancelhe são o Brasil, Canadá, E.U.A., Inglaterra, França e Espanha; Sernancelhe é abrangido pela Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa; O concelho conta com duas unidades de compra e preparação da castanha para o mercado: Soutos da Vila e Frusantos;

Nos últimos anos tem-se verificado uma grande apetência por parte dos agricultores na plantação de castanheiro. Este facto resulta dos apoios à plantação, no âmbito de programas comunitários e na procura de castanha nos mercados nacional e internacional, quer para consumo em fresco quer para a indústria;

díssima para a vila de Sernancelhe para o Vale do Rio Távora, e quem nos visita aproveita para assistir e até participar na apanha da castanha e isso parece-nos uma forma engraçada e diferente de explorar a castanha e tudo o que a envolve. Associamos ainda o BTT, uma forma de desporto saudável e ligado à natureza, uma iniciativa que é já uma referência a nível nacional. Durante a Festa têm ainda concursos relacionados com a castanha. Sim, da melhor montra, do melhor doce e da melhor castanha. Tentamos que com isto, no caso do primeiro concurso que referi, as montras das lojas do concelho estejam identificadas com motivos relacionados com a castanha. Contactámos também os restaurantes para que tenham uma atenção especial, que os seus pratos obrigatoriamente tenham casta-

nha, ao longo do ano alguns já o fazem, mas achamos importante que reforcem e que todo o concelho se sinta envolvido neste processo. Podemos então dizer que esta festa é, em parte, o trabalho que a autarquia desenvolve nas mais variadas áreas? Podemos dizer que a Festa da Castanha é a imagem de marca do concelho de Sernancelhe, porque ali está concentrada a nossa cultura e o que herdamos da cultura ancestral. Desde a música, com os Ranchos Folclóricos, que fazem a representação da malhada em palco, do linho e dos magustos à moda antiga e até as concertinas. Desde a castanha aos produtos que lá estarão expostos, como as cavacas, o pão caseiro, os Fálgaros de Carregal que o o escritor Aquilino Ribeiro eternizou, os doces, o queijo da Lapa, os enchidos tradi-

cionais, a animação, o desporto e a nossa cultura estão condensados naquele espaço. No ano passado quantas pessoas passaram pela Festa da Castanha? Pode dizer-se que uns milhares. Felizmente temos as condições ideais, quer chova ou faça sol. O pavilhão Multiusos é um espaço onde se têm realizado diversas atividades e é sem dúvida um espaço agradável para que as pessoas tenham condições para nos visitar e para desfrutarem. Quem venha até Sernancelhe e queira visitar outros locais que não a Festa da Castanha, o que é que o concelho pode oferecer? Quem vem nesse fim-desemana não deve esgotar as potencialidades que o Concelho oferece, deve voltar! Temos o

Santuário Nossa Senhora da Lapa que tem uma importância muito grande para o Turismo Religioso da nossa terra, devem provar o queijo da Lapa, o trigo da Lapa, a casa onde nasceu o nosso grande escritor Aquilino Ribeiro, devem visitar Fonte Arcada, uma aldeia lindíssima, histórica e muito importante para a história do nosso concelho. Visitar as fantásticas vinhas e olivais das encostas do Távora, conhecer esta relação entre a Serra do Pereiro e a Serra da Lapa. Enfim, o importante é virem com tempo e com vontade de conhecer a nossa terra. Se lhe pedisse para convidar os nossos leitores para virem à festa da castanha, de que forma o faria? Venham à Festa da Castanha pela mão de Aquilino Ribeiro. Provem a nossa gastronomia, visitem o nosso Concelho e voltem.

Esta espécie é por vezes a única hipótese cultural para vastas áreas, proporcionando aos agricultores rendimentos interessantes, numa região deficitária em produtos alimentares;

Verifica-se para além do aparecimeto de novas áreas plantadas, a introdução de novas técnicas culturais, o que se tem traduzido num aumento da produção e da melhoria da qualidade da castanha;

O concelho de Sernancelhe é conhecido a nível nacional pela castanha, dada a sua importância económica, cultural e social na vida do concelho. A castanha que aqui nasce é considerada de muito boa qualidade, e uma boa parte da sua produção destinase à exportação, sendo, por isso, uma importante fonte de rendimento regional.


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SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE SERNANCELHE

SERNANCELHE, TERRA DOS SENTIDOS Habitado desde o neolítico, o concelho de Sernancelhe, situado no coração da Beira Alta, caracteriza-se pelas suas terras férteis, pela vasta paisagem e pelo seu património cultural e histórico. Atravessado em quase toda a sua extensão pelo rio Távora, cativa pelos seus vales verdejantes e pelas características montanhosas. Terra de pastores e da castanha, Sernancelhe tem um horizonte cronológico que pode abranger cerca de cinco mil anos. Viajar por estas terras é viajar no tempo. Com dezassete freguesias e 220 quilómetros quadrados este é um concelho do distrito de Viseu que não pode deixar de visitar. Da gastronomia aos monumentos graníticos, da cultura ao artesanato Sernancelhe é uma verdadeira montra do que o centro de Portugal tem de melhor.

Casa do escritor Aquilino Ribeiro

Casa da Loba - Fonte Arcada

A “nova” aldeia da Faia bem perto da Faia submersa

Santuário da Lapa

Castanha na base da gastronomia

Fotos: DR

Município de Sernancelhe

Ponte do Abade

Albufeira vista da Sr.ª das Necessidades

Concelho de Sernancelhe rico em produtos regionais

FESTA DA CASTANHA

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SEXTA

SÁBADO

OUTUBRO DOMINGO

18h00 – Inauguração da feira com visita do presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Silva e atuação do grupo de concertinas 20h30 – Concerto da banda musical 81 de Ferreirim

09h00 – Passeio pedestre “Rota da Castanha e do Castanheiro” 10h00 – Concurso da melhor castanha 14h00 – Palestra “Castanha. Redescobrindo o alimento do século XXI”, pelo professor José Gomes Laranjo da Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro, no Auditório Municipal de Sernancelhe 14h30 – Animação com o Rancho Folclórico de Sernancelhe e tocadores de concertinas

09h00 – Passeio de BTT “Rota da Castanha e do Castanheiro” 14h30 – Animação com o Rancho Folclórico de Arnas 15h00 – Entrega dos prémios dos vencedores dos concursos: Melhor Castanha, Melhor Montra e Melhor Doce de Castanha 16h00 – Encontro de tocadores de concertina e fado à desgarrada

OUTUBRO

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educação&formação

Vantagens ∑ Combate ao abandono escolar, facilidades na contratação e na reorganização da oferta formativa Publicidade

O agrupamento de escolas Zona Urbana de Viseu, da qual a escola Grão Vasco faz parte, assinou na passada segunda-feira, dia 14, o contrato de autonomia. Como Inês Campos, diretora do agrupamento, fez saber, este contrato vai proporcionar à escola “um combate mais próximo ao abandono escolar, facilitar na contratação de técnicos especializados e ainda uma maior flexibilidade na adaptação e adequação da oferta formativa”. Este contrato, cujo conteúdo é previamente negociado entre os representantes do Ministério da Educação e Ciência (MEC) e a direção de cada escola ou agrupamento, tem ainda como objetivos facilitar nos domínios da gestão dos recursos humanos, de horários e de turmas. Na cerimónia, que decorreu em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi, juntaram-se às 45 escolas que já tinham contratos de autonomia, 104. Este modelo que arrancou em 2007 com o Governo de José Sócrates, abrangendo, na altura, 22 escolas, conferiu a Viseu ter a única escola com contrato de autonomia, para já. Isto porque, o MEC anunciou que até ao fim de dezembro se celebram acordos em mais 60 unidades orgânicas. Passando assim a ter contrato de autonomia 209 agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas, ou seja, um quarto das 801 unidades orgânicas existentes no país. Para Inês Campos, Luís Nobre (subdiretor) e Arnaldo Pereira (presidente do Conselho Geral), com este contrato de autonomia a escola “vai continuar a desenvolver o bom trabalho que tem sido feito até aqui, com uma maior liberdade de decisão”. Micaela Costa

DR

Grão Vasco assina contrato de autonomia A Cerimónia decorreu em Setúbal no passado dia 14


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especial

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Sugestões de Poupança

Numa altura em que a palavra “crise” é a mais ouvida e a poupança parece ser a aliada de qualquer carteira, esta semana damos-lhe algumas sugestões para que as contas lá em casa não fiquem tão complicadas. Da água, à luz, do supermercado às poupanças no banco, tudo deve ser levado em conta na hora de fazer contenção de custos. Poupar, por vezes, pode não ser tão difícil como parece e as pequenas atitudes podem e devem fazer a diferença.

Comece por poupar em casa

Água Instale um redutor de caudal de água nas torneiras da cozinha e da casa de banho para poupar água. É uma peça muito pequena que pode facilmente encaixar na extremidade das suas torneiras. Substitua também a cabeça do seu chuveiro por uma de baixo caudal. Este sistema muito económico mistura ar no caudal de água. Nem vai notar a diferença, mas o seu contador de água vai. Os redutores de caudal podem reduzir o consumo de água da sua casa até 50%, reduzindo também o custo de energia do aquecimento da água na mesma proporção. Mantenha as torneiras em boas condições. Até mesmo gotas pequenas e lentas podem gastar até 100 litros de água por dia, desperdiçando ao mesmo tempo dinheiro. Mande reparar quaisquer torneiras com fugas e certifique-se de que mantém as torneiras, sanitas, eletrodomésticos, duches e banheiras em boas condições de funcionamento durante todo o ano. Recolha a água fria. Quando pretende lavar a loiça à mão ou lavar as mãos, a água demora a aquecer? Não desperdice essa água fria. Para poupar água tenha uma panela ou um garrafão

Eletricidade e gás

à mão, pronto a encher, e guarde esta água para uso futuro, como para cozinhar ou regar as plantas, por exemplo. Enquanto prepara as refeições, tente usar o mínimo de loiça e utensílios de cozinha. Com menos pratos para lavar, vai poupar água, energia e tempo. Por exemplo, vá limpando e reutilizando a faca para cortar diferentes vegetais. Sirva os alimentos nos tachos nos quais cozinhou, em vez de usar taças de serviço. Junte as peças que precisam de ser enxaguadas no lava-loiça para abrir a torneira com menos frequência. Se a sua cozinha estiver equipada com um lava-loiça duplo, aproveite ao máximo as duas pias quando lava a loiça à mão. Encha um dos lados com água quente para deixar de molho e lavar. Encha o outro lado com água fria para enxaguar.

Instale lâmpadas economizadoras para poupar eletricidade. Surgiram no mercado novos tipos de lâmpadas. Opte por lâmpadas de menor potência, fluorescentes e as mais recentes lâmpadas LED. Todas elas representam uma economia importante na sua fatura mensal. Descongele regularmente o seu congelador. O gelo tende a acumular nos tubos e paredes dentro do seu congelador, reduzindo consideravelmente a capacidade de congelação. O seu frigorífico precisa então de consumir muito mais eletricidade para manter uma baixa temperatura. Mantenha-o eficiente em termos energéticos ao descongelar em três passos fáceis: consuma a comida congelada (antes das férias pode ser uma boa oportunidade), coloque um recipiente baixo sob a parte frontal e um pano absorvente em redor no chão, deixe a porta aberta e desligue da tomada. Após doze horas,

o seu congelador deve estar sem gelo e pronto para trabalhar como novo. Faça a manutenção do seu aquecimento central antes do inverno. Agende a manutenção anualmente com um profissional antes de o frio chegar, para se certificar de que o seu aquecimento central está em boas condições. Substitua ou limpe mensalmente os filtros para o manter a funcionar eficientemente. Ajuste o aquecimento de água consoante as necessidades sazonais. Na altura do verão, pode reduzir um pouco a temperatura de aquecimento da água em alguns graus para poupar gás sem sentir qualquer inconveniente. Lavar roupa a baixas temperaturas. É agora possível graças a uma nova geração de detergentes especificamente concebidos para lavagem a baixas temperaturas. Ariel Líquido é um deles; vai ajudá-la

a conseguir roupa limpa com uma conta de eletricidade mais baixa. Lavagem sem usar eletricidade. Os aspiradores apanham a sujidade do chão, mas também consomem muita energia. Em vez disso, varra o chão – será recompensada também com um saudável exercício físico. Não deixe o calor fugir melhorando o isolamento da sua casa. Procure as fontes de perda de calor: janelas de vidro simples, um espaço por debaixo da porta de entrada, uma lareira sem porta. Se necessário, peça a um especialista em isolamento para visitar a sua casa e avaliar as suas necessidades. Poderá então considerar fazer algumas melhorias ou, se for inquilino, informar o seu senhorio.

Poupe nas compras Poupar no supermercado não significa deixar de ter a sua despensa com tudo o que necessita nem tão pouco reduzir nas refeições. Poupar no supermercado significa apenas repensar a forma como faz as suas compras. Sejam compras diárias, semanais ou do mês, as contas do supermercado representam sempre uma fatia significativo do orçamento financeiro de qualquer pessoa. O truque é seguir algumas das dicas que lhe deixamos: Vá ao supermercado sempre com uma lista. Prepare, com alguma antecedência, uma lista das coisas que tem de comprar no supermercado, verificando frigorífico, congelador, armários e despen-

sa para não se esquecer de nada. Se sabe exatamente o que precisa e se se guiar exclusivamente por essa lista, corre menos riscos de comprar produtos desnecessários e, muitas vezes, caros. Orçamento definido. Quando for fazer as compras mensais, e tendo em conta as experiências do passado, estipule um orçamento. À medida que for colocando os produtos no carrinho faça contas: por exemplo, se algo custa 1.75 euros para 2 euros e assim sucessivamente. Será mais fácil ir somando e não tem de andar no supermercado de calculadora A outra lista. Quando acabar alguma coisa em casa anote, de preferência num bloco de no-

tas próximo da despensa ou colado ao frigorífico. Assim, sempre que for às compras, metade da lista já está pronta. Se tiver de sair de casa cada vez que se lembra que não tem um qualquer produto o tempo e combustível vão aumentar substancialmente Folhetos publicitários. Analise os folhetos publicitários que recebe diariamente na caixa de correio, comparando preços. Para além de o ajudar a planear e até a dividir as suas compras entre duas ou mais lojas, é uma excelente forma de estar atento e, consequentemente, aproveitar as promoções. Evite a “comida de plástico”. Resista à compra de refeições pré-preparadas, pré-congeladas, a dita “co-

mida de plástico” e ainda as guloseimas que enchem prateleira atrás de prateleira nas lojas. A relação entre o valor nutricional e o valor financeiro deste tipo de produtos é nulo e até bastante negativo se pensarmos exclusivamente em termos de saúde. Claro que uma guloseima ocasional é permitida e bem-vinda, mas faça isso a exceção e não a regra Diga sim às marcas brancas. As marcas brancas, para além de mais económicas têm, muitas vezes, a mesma qualidade que as marcas mais caras Sacos reutilizáveis. Se o supermercado que frequenta exige o pagamento de sacos plásticos, leve de casa os seus próprios sacos

Barriga cheia. Nunca vá às compras com fome, está m a is do

concentrar-se em duas tarefas exigentes em simultâneo para além de que elas vão querer tudo Olhos abertos. Quando estiver a pagar, esteja atento aos preços que estão a ser marcados. Se estiver mui-

q u e provado que quem for, não conseguirá resistir ao impulso de comprar mais do que devia Crianças não entram. O ideal é deixar as crianças sempre em casa. Terá de

to ocupado a colocar as compras nos respetivos sacos, guarde 5 minutos para, no final, rever com atenção o talão de compra. É natural que, no meio de milhares de produtos, existam erros de preço.


Jornal do Centro

SUGESTÕES DE POUPANÇA | ESPECIAL 21

24 | outubro | 2013

Opinião

Onde comprar mais barato

DECO elege Jumbo como o mais barato Numa visita a 581 lojas de todo o país, no passado mês de julho, a DECO verificou que “os preços mais baixos moram nas lojas do Jumbo” e que nesta corrida pelo mais barato o “Continente perdeu terreno”, cita o documento da DECO. “Foram analisados 50 617 preços para 2 cabazes: um

com 85 produtos de características definidas, para quem privilegia as marcas do fabricante mais vendidas e outro, mais adaptado aos novos hábitos dos portugueses, a pensar em quem combina marcas de fabricante com as mais económicas na loja”. Encher o carro de compras com o primeiro cabaz

poupando mais, segundo a DECO,é no Jumbo. A DECO conluiu ainda que trocar alguns produtos por equivalentes das marcas mais baratas pode representar uma poupança média de 20 por cento. Nas lojas Ponto Fresco, atinge o recorde de 24% e, no Lidl e Pão de Açúcar, ronda os 22 por cento. Concelho

Índice

% + caro

JUMBO Palácio do Gelo, Qt.ª da Alagoa

Viseu

100

Viseu

105

+5%

Mangualde

107

+7%

Viseu

108

+8%

Mangualde

108

+8%

Viseu

110

+10%

Viseu

110

+10%

Mangualde

110

+10%

113

+13%

Palácio do Gelo, Qt.ª da Alagoa 3500-606 VISEU

PINGO DOCE R. Dr. José C. M. Pinto, C.C. Forum R. Dr. José C. M. Pinto, C.C. Forum 3510-078 VISEU

MINIPREÇO Av. N. Senhora do Castelo, 4 Av. N. Senhora do Castelo, 4 3530-117 MANGUALDE

MINIPREÇO R. Cap. Silva Pereira, 137 R. Cap. Silva Pereira, 137 3510-209 VISEU

CONTINENTE MODELO Av. Conde D. Henrique Av. Conde D. Henrique 3530-112 MANGUALDE

CONTINENTE Av. Bélgica Av. Bélgica 3510-150 VISEU

INTERMARCHÉ SUPER R. da Ribeira, Póvoa dos Sobrinhos R. da Ribeira, Póvoa dos Sobrinhos 3505-487 VISEU

PINGO DOCE R. Lavandeira, lj. 380 R. Lavandeira, lj. 380 3530-261 MANGUALDE

INTERMARCHÉ SUPER R. S. João Bosco, 91 R. S. João Bosco, 91 3530-137 MANGUALDE

Mangualde 113

+13%

AFe_SemJnCentro_255x168.ai 1 08/10/13 15:31 (Nota: Dados da DECO recolhidos em julho de 2013. Apenas estão apresentadas no quadro os espaços que foram visitadas pela DECO)

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Rendimento, consumo e poupança – o problema a três dimensões O tema poupança trazme à lembrança um pequeno livro escrito no inicio do sec XX por um homem de negócios dos EUA e no qual o autor recomendava que cada um se convencesse de que “Uma parte de tudo o que eu ganhar pertenceme” e, em consequência, aconselhava que se fosse pondo de lado pelo menos um décimo dos rendimentos. Assim iniciaria a construção de um “tesouro”... Esta história diz-nos que a poupança é o resultado de uma opção por gastar no futuro uma parte do rendimento obtido no presente. Quem decide assim, fá-lo na expetativa de os benefícios futuros serem superiores aos que retiraria da satisfação de necessidades presentes. É o típico problema por causa dos recursos disponíveis na sociedade serem sempre escassos exigindo, por isso, que se façam opções, abdicando de algo. Isto implica estarmos em condições de fazer opções: gastar hoje ou poupar para gastar amanhã. Muitas décadas atrás era voz corrente, especialmente em zonas ru-

rais, dizer-se que “a reforma dos pobres é um pau e um saco”. Com os rendimentos tão escassos e as necessidades por satisfazer, não havia escolha possível: o pouco que se ganhava era para matar a fome. Impossível fazer poupanças para o futuro e o remédio era pedir, de porta em porta, quando as forças começavam a faltar. Felizmente, a economia foi crescendo, a sociedade foi evoluindo e foi possível à generalidade das famílias e à sociedade, no seu conjunto, irem fazendo opções promovendo poupanças no presente para serem investidas no futuro e, assim, melhorar o nível de vida de todos. Nas últimas décadas, porém, assistimos a um decréscimo da taxa de poupança (parcela do rendimento não utilizado no consumo) em Portugal, na Europa, mas também nos EUA. Independentemente das razões por que isto tenha acontecido, a verdade é que tal situação traduz-se em prejuízo das famílias e da economia. A poupança é uma arma de defesa de

Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt

cada família contra as incertezas do futuro e, simultaneamente, um instrumento para tornar esse futuro menos incerto e melhor que o presente para a sociedade no seu todo. Mas, pior que a redução da “fatia” poupada é a redução do “bolo” (rendimento) donde sai essa “fatia”. E se um ministro afirma que tem “pouca margem para poupar” por ver os seus “rendimentos diminuídos”, que expetativas poderão ter a generalidade das famílias e a economia portuguesas? A situação é particularmente difícil, em Portugal, no tempo presente, e enquanto não formos capazes de aumentar o “bolo” dificilmente conseguiremos “fatias” maiores para o consumo, para satisfazermos necessidades presentes, e para a poupança, para dormirmos mais descansados em relação ao futuro.


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desporto Futebol

Académico e Tondela conhecem adversários da Taça Sorteio∑ Um “grande” pode sair às equipas da Associação de Futebol de Viseu da Liga ZON Sagres

Campeonato

DR

São conhecidos hoje, dia 24, os próximos adversários das equipas de Viseu, na Taça de Portugal. Académico e Tondela, após derrotarem as formações do Oriental e União de Leiria, respetivamente, carimbaram no passado fim-de-semana a passagem à quarta eliminatória da prova rainha de futebol português. Destino diferente para o Lusitano e Cinfães que perderam com Olhanense e Benfica, e ficaram fora da lista das 24 equipas que entram no sorteio desta quinta-feira. Académico e Tondela podem agora ter como adversário um “grande” da principal liga portuguesa (representada nesta eliminatória por 14 equipas). E se por um lado isso pode ser benéfico aos cofres das equi-

Contas∑ Das 24 que passaram à 4ª eliminatória, 14 são

A Cinfães e Lusitano deixam a corrida pela Taça de Portugal, após uma boa prestação pas, por outro a maior experiência e o elevado nível de competição, pode atrapalhar as ambições desportivas das

equipas viseenses em seguirem em frente na Taça. Certo é que em futebol tudo pode aconte-

cer e a Taça de Portugal está repleta de histórias em que as previsões de invencibilidade para os “grandes” acabam em vi-

tórias para os ditos “pequenos”.

Micaela Costa

Futebol Feminino

Esta é a segunda vez na história do futebol feminino em Portugal que a equipa das quinas está na fase final de um europeu. A equipa portuguesa Publicidade

estreou-se no grupo 3 da Ronda de Elite e carimbou no passado fimde-semana a passagem à fase final do Europeu da categoria, depois de ter empatado frente à

República Checa (1-1). A jovem jogadora Mariana Fong, do Viseu 2001, marcou presença neste momento histórico, estando em todos os jogos de apuramento.

O sorteio está agendado para hoje, dia 24, pelas 14h30, juntamente com Inglaterra, Espanha, Áustria, França, Escócia, Alemanha e Itália. MC

DR

Mariana Fong em momento histórico da seleção

∑ To n d e l a e Académico têm pela frente, na próxima segunda-feira, dia 28, uma 12ª jornada “complicada”. Ambos a jogar fora de casa, em Lisboa. Enquanto o Tondela vai ao Seixal defrontar o Benfica B, o Académico desloca-se ao terreno dos leões. Recorde-se que para os tondeleses esta já é a terceira vez que defrontam as águias. Na última, ainda na época passada, em jogo da 27ª jornada, o Tondela recebeu e venceu o Benfica B por 1-0, com um golo, a cinco minutos dos 90, do agora Moreirense, Luís Aurélio. Já o Académico estreia-se a jogar frente ao Sporting B.


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MODALIDADES | DESPORTO 23

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Futebol

Karting

Juniores do Tondela somam e seguem

Rodrigo Correia regressa à pista

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Sábado - 1oh00 - 1ª Sessão de Treinos Livres Oficiais (10´): - 11h15 - 2ª Sessão de Treinos Livres Oficiais (10´), - 13h25 – 3ª Sessão de Treinos Livres Oficiais (20´), - 1 5 h 3 0 – Tr e i n o s Cronometrados (10´), - 17h35 – 1ª Corrida de Qualificação.

DR

O jovem piloto de Oliveira de Frades regressa já este f im-de-semana, dias 26 e 27, ao Kartódromo Internacional de Braga. A pista da Palmeira homologada pela CIK-FIA Grau A, traz boas recordações a Rodrigo Correia, onde alcançou já alguns dos seus melhores resultados para o seu palmarés e para a ainda recente, mas já recheada “Galeria” de Troféus. Como a “Grande Festa Anual do Karting” a Taça de Portugal reúne várias centenas de pilotos com um programa muito intenso ao longo do sábado e domingo. Apesa r de u ma lesão contraída no passado sábado que colocou

Rodrigo Correia a recurrer a duas muletas, a vontade de competir e o reconhecimento para com os seus patrocinadores e

apoiantes, reforçam todo a garra que o piloto de 9 anos quer mostrar em pista na última corrida do ano.

Domingo - 10h10 – Treinos de Carburação (5´), - 12h20 – 2ª Corrida de Qualificação, - 13h00 / 13h30 – Desfile de Apresentação das Equipas - 16h10 – Corrida Final

CD Tondela

Taça de Portugal ∑ Piloto viseense arranca em Braga este fim-de-semana

Depois de terem subido esta época à 2º Divisão Nacional Juniores A, a formação de Tondela não podia estar a sair-se melhor. Das sete jornadas já disputadas na série C, os tondelenses registaram apenas uma derrota (frente ao Anadia, 1-0 na sexta jornada). No passado fim-de-semana voltaram a vencer desta vez no reduto do Oliveira de Frades Com estes resultados a equipa orientada por Tiago Sant’Ana ocupa a segunda posição, com 18

pontos, menos um que o primeiro classificado, o Anadia. Já a equipa do Académico de Viseu ocupa a nona posição com apenas 4 pontos (empate frente ao Leiria e Marrazes e uma vitória em casa frente ao AD Estação). Na próxima jornada que decorre este sábado, dia 26, o Tondela joga em casa com o Mealhada (3º classificado com 14 pontos) e o Académico de Viseu vai a Oliveira de Frades (7º classificado com 6 pontos). MC

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24 | outubro | 2013

economia Wine Bar na Pousada de Viseu A Pousada de Viseu tem agora u m a nova loja de vinhos. Um espaço convidativo dedicado à divulgação dos mel hore s v i n hos do Dão e também de todos os que fazem parte do portefólio da Dão Sul, sociedade vitivinícola parceira da Pousada neste projeto. Como explicou Conceição Costa e Sousa, diretora regional das Pousadas de Portugal, este é um projeto que su rge “no â mbito da missão das Pousadas de Portugal, que é a divulgação dos produtos das várias regiões. E, neste caso, faz todo o sentido porque Viseu está no coração do Dão e os vinhos são uma marca

Micaela Costa

Loja∑ Vinhos do Dão estão à venda na sala D. Duarte. Uma parceria com a Dão Sul

A Pedro Pinto, Paulo Amorim, Lourenço Costa e Sousa, Luis Santos, Alexandra Carneiro de destaque”. A loja , situado na sala D. Duarte, pretende “dar vida e alma à

sala com um conceito de Winba r, sem desvirtualizar o espaço e dando protagonismo ao

vinho”, sublinhou Alexandra Carneiro responsável pelo departamento de marketing

e comunicação da Dão Sul. A Pousada de Viseu passa assim a ter um

lo c a l de de g u st aç ão e compra dos mel hores v i n hos da re gião e como Luís Santos , enólogo d a Dão Su l , fez questão de referenciar “de todas as quintas de norte a sul e claro as quintas do Dão, como Paços dos Cun has, Casa de Sa nta r ou Q u i nta de Cabriz”. Na apresentação deste novo projeto, que decorreu na passada semana, Paulo Amorim, da Dão Sul sublinhou o “orgulho e a honra em ter u m espaço como este em Viseu”. O Wine Bar, vai estar aberto ao público entre as 8h00 e as 24h00. Micaela Costa

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Consultório Jurídico Celebrei um contratopromessa de compra e venda com vista a aquisição de habitação própria. No entanto, os prazos acordados para a celebração da escritura foram largamente ultrapassados. O que posso fazer? Desde logo, importa aqui caracterizar o contrato-promessa de compra e venda como um contrato bilateral, do qual emergem duas obrigações para as partes: a de vender e a de comprar, ou seja, uma parte vinculase a efectuar determinada prestação porque a outra também se obriga a fazer limitada prestação. O objecto típico da promessa bilateral é constituído pelo negócio que as partes se obrigam reciprocamente a celebrar, isto é, pelas declarações de vontade que as partes prometem trocar, no futuro, entre si. O cumprimento da promessa (de vender) traduz-se na celebração do contrato prometido, devendo o contrato ser pontualmente cumprido nos termos do artigo 406º nº1 do C. Civil. No caso de incumprimento do contrato promessa, o nosso legislador possibilita dois trilhos ao promitente-comprador não faltoso: a execução específica (que consiste num pedido da parte ao Tribunal para “obter sentença que

produza os efeitos da declaração negocial do faltoso, sempre que a isso não se oponha a natureza da obrigação assumida”) prevista pelo artigo 830º do C. Civil, existindo simples mora, ou então, a resolução do contrato, havendo incumprimento definitivo, sendo que apenas este dá origem ao direito estatuído no artigo 442º nº 2 do C. Civil., ou seja, o promitente-comprador não faltoso tem direito de exigir o dobro do sinal que prestou. A mora do devedor é o atraso culposo no cumprimento da obrigação. Assim, o devedor incorre em mora, nos termos do artigo 804º nº2 do C. Civil, quando por causa que lhe seja imputável, não realiza a prestação no tempo devido, no entanto, a prestação continua a ser possível. Já o incumprimento definitivo, na hipótese do artigo 808º do C. Civil confirma-se quando o credor, em consequência da mora, perder o interesse que tinha na prestação, ou esta não for realizada dentro do prazo que razoavelmente for fixado pelo credor, considerando-se para todos os efeitos não cumprida a obrigação. Muita atenção: o decurso do prazo previsto para a realização da escritura não acarreta só por si a impossi-

Pedro Carvalho Ruas Advogado pedrocarvalhoruas-51409c@adv.oa.pt

bilidade da prestação, nem significa que exista perda de interesse no negócio. O incumprimento do promitente-vendedor assume a modalidade de mora ou incumprimento temporário, por não ter sido realizada a prestação no prazo previsto, mas continuando a mesma a ser possível. Assim, para que exista uma situação de incumprimento definitivo é necessário que se efectue a chamada interpelação admonitória a que alude o artigo 808º nº1 do C. Civil, consistindo esta na comunicação formal dirigida ao devedor para que cumpra a sua obrigação (a celebração do contrato prometido) num certo prazo, sob pena de incumprimento definitivo. Esta interpelação deve conter a intimação para o cumprimento, a fixação de um prazo peremptório para o cumprimento e a cominação da obrigação se ter definitivamente por não cumprida se o cumprimento não ocorrer nesse prazo.


D 2 Ways Acoustic na FNAC Viseu

Jornal do Centro 24 | outubro | 2013

culturas expos

Arcas da memória

Literatura

L’hrondelle et Mésange musicado ao vivo por Mário Laginha VISEU ∑ Casa do Miradouro Durante o mês de outubro está patente a coleção arqueológica Dr. José Coelho, para a atividade lúdico pedagógica: “Conhecer o passado para perceber o presente”

Filme/Concerto∑ Um evento do Teatro Viriato em parceria com o Cineclube de Viseu Depois de, no ano passado, ter estreado a partitura original que compôs para o clássico do cinema francês, L’Hirondelle et la Mésange (1920), no âmbito do CineCôa, o pianista Mário Laginha volta a musicar ao vivo o filme de André Antoine, reconstituído por Henri Colpi, depois de, em 1982, a Cinemateca Francesa ter encontrado nos seus depósitos o negativo integral. Descobriu-se então uma surpreendente e moderna obra-prima,

que foi apresentada em di- me concerto decorre pelas versos museus, festivais e 21h30, sexta e sábado, dias cinematecas. 25 e 26. Recorde-se que a história de Pierre, dono de duas barcaças, a Hirondelle e a Mésange, que acaba por se revelar um contrabandista de diamantes, foi rodada em inúmeros cenários naturais, nos rios e canais da Bélgica e do norte de França, que acabaram por imprimir ao filme um aspeto documental que terá No Teatro Viriato sexassustado o produtor que ta e sábado, dias 25 e 26 nunca o distribuiu. O fil-

A

Concerto

Banda Sinfónica do exército em Lamego VILA NOVA DE PAIVA

∑ Museu Rural de Pendilhe

Durante o mês de outubro e novembro uma

exposição Coletiva dos Artesãos do Concelho de Vila Nova de Paiva Integrado nas comemorações do dia do exército que este ano decorrem na cidade de Lamego, de sexta-feira a domingo, dias 25 a 27, sobe ao palco do Teatro Ribeiro

Conceição a .Banda Sinfónica do exército. Do grupo fazem parte instrumentistas de sopro, cordas e percussão. Cerca de 90 elementos, constituindo-

roteiro cinemas

VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 14h40, 17h10, 19h20, 22h00, 00h20* A Gaiola Dourada (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50* Gravidade (M12) Sessões diárias às 14h20 Isto é o fim (M6)

Sessões diárias às 14h20 Justin e a espada da coragem VP (M6)

Sessões diárias às 16h40, 19h15, 21h50, 00h30* A Evocação (M16) Sessões diárias às 14h00, 16h10, 18h20 Aviões VP (M6) Sessões diárias às 21h20, 00h05* Duelo de rivais

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2 Ways Acoustic na próxima quinta-feira, dia 31, pelas 18h30 na FNAC Viseu

se para além de uma Banda Militar, um Grupo de Música de câmara, um Quinteto de Metais e um Quarteto de Saxofones. O concerto decorre pelas 21h30.

(M12)

(M12)

Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h00, 21h40, 00h15* Uma boa dose de sexo (M16)

Sessões diárias às 13h50, 16h05, 18h20, 21h50, 00h05* Don Jon (M16)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h10, 00h10* Capitão Phillips (M12)

Sessões diárias às 13h30, 15h50, 22h00, 00h30* A Gaiola Dourada (M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h45, 19h10, 21h30, 23h55* Jogos de risco

Sessões diárias às 11h10* (*Dom) Os Smurfs 2 (M6 - 2D)

Viseu. Para uma arqueologia da iluminação Não há ainda muitos dias que me veio à mão a cópia de um auto de arrematação dos custos da iluminação da cidade para o período que ia de 1 de Janeiro de 1871 a 1 de Janeiro de 1872. Pouco antes de Dezembro terminar o oficial de pregões, por ordem da Câmara, lança pela cidade os pregões do estilo a que, nesse findar de 1871, respondeu, garantido o menor preço, João Rodrigues Figueiredo, que foi um dos mais notáveis industriais de serralharia no findar do século XIX e início do século XX, o mesmo que na manhã de 10 de Fevereiro de 1911, então com os 75 anos feitos, junto à estátua de Alves Martins danificada pela queda ocorrida durante o seu levantamento, aconselha aos operários circunstantes a seguirem as indicações de Arnaldo Malho para correcção do atropelo. A arrematação da iluminação desse ano ficava estabelecida com o oferecimento de 119 850 réis mensais. João Rodrigues de Figueiredo dava como fiador António Marques Merino, industrial de grande porte, quanto ele, o oficial de pregões entrega-lhe o ramo e todos, com as testemunhas, assinam o auto na presença do escrivão da Câmara. Uma das muitas cláusulas do contrato exigia que os lampiões deveriam manterse acesos com torcidas de algodão ajustadas à largura das suas bicas e que teriam

Sessões diárias às 19h15 Machete mata (CB)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

de ser alimentados unicamente com petróleo (petroline) no regulamentar tempo que o costume e os regimentos estabeleciam, desde meia hora antes da noite até uma, três ou quatro horas da mesma noite, isto conforme os meses (Janeiro, Novembro e Dezembro, quatro, Março e Outubro três e de Abril a Setembro, uma). Os lampiões do Passeio de D. Fernando (actual Rossio) acender-se-iam todos nos meses de Maio a Setembro. Nos restantes meses acender-se-iam apenas alguns, de acordo com costume estabelecido. Nos dias de luar não se acenderiam os lampiões ou manter-se-iam acesos durante menos tempo, excepto se o tempo estivesse “brusco”, que isso não era luar, afirma o contrato. As lâmpadas da cadeia, essas estariam acesas em todos os meses do ano. Regras precisas havia sobre os cuidados a ter com a manutenção dos utensílios da iluminação, com a qualidade da luz de que ajustada fiscalização era feita a encargo da Câmara, com a nomeação ou despedimento dos lampianistas a cargo do arrematante que não poderiam ser nomeados ou despedidos sem prévio conhecimento da Câmara. Notícias de um tempo que levaria ainda mais de trinta anos a alterar.

Estreia da semana

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h50, 21h10, 23h40* Gravidade (M12) (3D) Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Plano de fuga (CB) Legenda: *sexta e sábado; **exceto sexta e sábado

Capitão Phillips– História verídica do Capitão Richard Phillips e do assalto ao navio US MV Maersk Alabama por piratas da Somália, em 2009, o primeiro navio de carga a ser assaltado em 200 anos.


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culturas Música

O som e a fúria

Real Associação de Viseu recebeu o Duque Paul Herzog Von Oldenburg A cidade de Viseu recebeu na passada sexta-feira a conferência “Defendendo a Europa cristã: Tarefa de todos, tarefa das lideranças sociais e culturais”, na qual participou como orador o Duque Paul Herzog Von Oldenburg, diretor do gabinete de Bruxelas da Fédération Pro-Europa Christiana. Organizada pela Real Associação de Viseu e realizada nas instalações do Clube de Viseu, uma instituição centenária da cidade situada às portas da Rua Formosa, foi objetivo desta iniciativa promover um amplo debate sobre as origens e sobre a manutenção das raízes cristãs e católicas na consciência europeia. “Há uma tendência crescente nas sociedades de hoje que se pauta por um profundo esquecimento das nossas raízes e mesmo, por vezes, um notório desprezo em relação aos pilares religiosos sobre os quais se ergueu a Europa que hoje conhecemos. Isso, não auspicia nada de bom, uma vez que esta tem séculos de existência e uma génese muito apoiada nos princípios judaico-cristãos que influenciaram e marcaram a sua civilização desde sempre”, revelou Álvaro Meneses. Qualificando esta discussão como pertinente no atual momento europeu, o presidente da direção da Real Associação de Viseu, assinalou, contudo, que tal não implica que “não se respeite as outras religiões, os outros povos e as outras civilizações”, assinalando que

Pedro Morgado

Viseu ∑ Diretor do gabinete de Bruxelas da Fédération Pro-Europa Christiana esteve no Clube de Viseu

o respeito promovido pelas instituições e pelas crenças católicas não podem ser um veículo para o esquecimento, que classificou como uma “tendência para a qual querem empurrar a Europa”. Também para o encarregado da missão da Fédération Pro-Europa Christiana, Emeterio Ferres, esta é uma das questões fulcrais. A Europa tem, segundo este responsável, “uma identidade própria que é, ao mesmo tempo, plural, onde cada um dos países tem uma forma de ser diferente” que acarreta o surgimento de algumas questões que têm que ser pensadas e resolvidas. “O problema é que, nos dias de hoje, existe uma ofensiva enorme para que as pessoas que são cristãs não tenham a liberdade para o afirmar. Há uma espécie de medo, de vergonha, de temor de parecer intolerantes que as outras correntes religiosas, filosóficas ou políticas não têm”, disse. Da mensagem que o Du-

que Paul Herzog Von Oldenburg transmitiu aos presentes, o seu encarregado de missão destacou ainda a importância das projeções cristãs, de carater infinitesimal, que podem ser encontradas em muitas áreas dos saberes e da cultura portuguesa. “Em Portuga l é bastante fácil de identificar muitas das influências que cristianismo legou a estas gentes: os doces conventuais, a organização das cidades em torno das igrejas e, sobretudo, todos os momentos em que, ao praticar-se o bem, se glorifica a nossa Igreja. Esta questão, não se trata de dizer às pessoas que têm que ir à missa. As pessoas fazem-no para ficar em paz com aquilo que acreditam. Trata-se, sobretudo, de desenvolver uma cultura europeia que possa sustentar e projetar a nossa religião”, referiu. Já para o Duque Paul Herzog Von Oldenburg, nascido no seio da confissão luterana e que abraçou em

a religião católica apenas em 1999, assiste-se hoje, em toda a Europa, a um pseudo-progresso que caminha de costas voltadas para Deus. “Todo o processo de evangelização correu bem. Se atentarmos, é na Idade Média que identificamos o mais espetacular progresso em toda a História da Humanidade. Foi neste momento que o povo europeu, que viveu segundo os princípios cristãos, segundo os aprendizados católicos, promoveu verdadeiramente uma cultura que gerou desenvolvimento. Progresso verdadeiro. Temos hoje um pseudo-progresso que vai contra Deus e que irá desembocar naquilo que já vivemos hoje: uma profunda crise”, disse ao Jornal do Centro. Paul Herzog Von Oldenburg tem relações de parentesco cos as casas reinantes da Dinamarca, da Noruega e ainda com as da Rússia. Pedro Morgado

Voos demasiado altos Viajar é uma paixão. A justificação é consensual: ver sítios e caras novas, mudar de ares e gastar a sola noutras latitudes - a libertinagem subjacente a uma escapatória, para quem está amarrado ao tédio de uma rotina, é terrivelmente sedutora. Mas há quem vá mais longe e sonhe profissionalizar essa paixão, my case. Tinha duas opções: diplomacia (já tentei, consolo-me a evocar Beckett, “ever tried, ever failed, no matter, try again, fail again, fail better”) e as altitudes proporcionadas pelas TAP’s, Ryan Air’s e os latest Emirados Árabes. Identificava-me no meio da marabunta que vê nestas duas profissões sonhos, clichés. Identificava, repito. Concorri para o segundo “sonho” e fui selecionada para uma entrevista na TAP. Porém, acontece-me frequentemente antecipar clichés, utopias, ideias, etc… Antecipar não, analisá-los, realizá-los, desconstruí-los ainda que com o pensamento apenas. Carpe Diem’s não são comigo, corro com eles facilmente. Não é calculismo frio ou esquemático, antes pelo contrário, é aniquilador de sonhos e esperanças. Lamento-o, profundamente. Assim me fui tornando pessimista. Apliquei o meu destruidor de sonhos com a entrevista. Comecei pelo nome, trabalhar numa transportadora? Não, obrigada. Ser transportada? Sim; beneficiava de um qualquer reconforto de proximidade com o meu Deus? É uma relação bastante terrestre, pensei; ser assistente de bordo? Credo. Ser assistente do Prof. Dr. José Quelhas, do Dr. António Sabugosa Portal, isso sim. De bordo? Mas quem é esse tal bordo ?; servir a estranhos com turbulências aqui e acoli ? Compreenda-se: não tenho um complexo snob com o acto de servir, já servi num

Maria da Graça Canto Moniz

restaurante (Gaucho Grill, em Londres, recomendo os grelhados), já servi civicamente (sem ser eleita, grande desgosto senhores membros do eleitorado), sirvo o meu Deus, meus pais, toda a minha família. Sinceramente, senhor leitor, gosto mais de servi-lo a si, com quem tenho pelo menos uma ligação geográfica de berço, ainda que com estas “opinações” rocambolescas. E, não me leve a mal, prefiro servir o Amor. Mas não um Amor made in the USA, um Amor tradicionalmente europeu mas ao mesmo tempo super cool, como a modernidade impõe. Correr o risco de não amar trágica e demoradamente? Não, obrigada. Prefiro andar romanticamente nas nuvens do que profissionalmente; antes ser loucamente fiel que andar, de nuvem em nuvem, com um affair em cada latitude; antes ir amorosamente às estrelinhas do que vê-las pela minúscula (e muitas vezes nojenta) janelinha sobre a aza do bicho. Uma carreira no Amor aniquila qualquer carreira profissional; identificar as saídas de emergência com gesticulação que assumidamente provoca risos em todas as fachas etárias? Prefiro identificar palavrinhas com os meus marcadores de cores psicadélicas nos livros, fastidiosos códigos e legislações; a família? É Amor. Por fim, muitas vezes me dizem “Terra chama Graça” pelo que não preciso de um avião para calcorrear solos não terráqueos, tenho a imaginação para isso. Conclusão: não fui à entrevista e antecipei a decisão da TAP. Sempre seria reprovada… Não abdico, de quando em quando, de uma unha a viajar entre dentes para me acalmar os nervos.

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saúde Opinião

Tempo frio e articulações dolorosas: Como gerir a osteoartrose A utilização de glucosamina com condroitina, dois extractos estimuladores da cartilagem sob a forma de comprimido, pode ajudar a ultrapassar o Inverno, com menos dores e um melhor funcionamento das articulações. Se tem cerca de 50 ou 60 anos e dores nas articulações, existe a hipótese de sofrer de osteoartrose, uma perda gradual da cartilagem articular que afecta algumas pessoas em determinado momento da vida. O problema é agravado pelo tempo frio e húmido, mas existem soluções de melhoria sem recorrer a medicamentos analgésicos. A glucosamina e a condroitina, dois extractos naturais que demonstraram aliviar as dores nas articulações e melhorar o seu funcionamento quando tomadas regularmente, são utilizadas por um número crescente de pessoas com osteoartro-

se – principalmente por serem de origem natural, eficazes e extremamente seguros. • Glucosamina + Condroitina podem aliviar a dor tão eficazmente como os AINE’s (medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides) • Glucosamina + Condroitina são componentes naturais da cartilagem • Glucosamina + Condroitina apresentam poucos efeitos secundários e ligeiros Trava a deterioração da cartilagem O facto interessante acerca deste novo tratamento é que previne efectivamente a degradação da cartilagem e ajuda a recuperar alguma da que está em falta. Até ao momento, nenhuma outra substância demonstrou efeitos semelhantes. Glucosamina é uma substância natural extraída do ma-

risco, enquanto a condroitina é feita, normalmente, a partir da cartilagem de porco ou vaca (em alguns casos até a partir da cartilagem de tubarão). A glucosamina e a condroitina estimulam a síntese corporal de cartilagem e são constituintes da cartilagem articular. Estudos demonstram que a glucosamina e a condroitina podem prevenir a progressão da degradação da cartilagem e alguns investigadores afirmam que podem recuperar lentamente parte da cartilagem degradada. Segura e eficaz A extensa investigação que tem sido realizada com glucosamina e condroitina demonstrou que estas substâncias actuam geralmente em 8 a 12 semanas. Uma vantagem muito importante é o facto de não apresentar praticamente efeitos secundários, uma vez que a glucosamina e a condroi-

tina são componentes naturais da cartilagem e não substâncias estranhas. Teoricamente, a única preocupação será a alergia ao marisco, mas as modernas técnicas de produção tornaram possível produzir glucosamina completamente isenta de agentes alergénicos. De qualquer modo, os produtores informam cautelosamente do risco potencial, mesmo sabendo que é insignificante. Actualmente, é seguro afirmar que a glucosamina juntamente com a condroitina é uma solução altamente eficaz e com efeitos comprovados na prevenção e tratamento da osteoartrose. Muitos médicos Reumatologistas estão a recomendar como terapêutica de primeira linha. Porque se degrada a cartilagem? A cartilagem, tal como qualquer outro tecido do corpo humano, depende

dum fornecimento constante de nutrientes que participam nos mecanismos de construção e recuperação que possibilitam o bom funcionamento dos tecidos. Ao contrário de outros tecidos, não existem vasos sanguíneos na cartilagem. Deste modo, um mecanismo bastante conveniente é utilizado para transportar os nutrientes para as células da cartilagem. Pense na sua cartilagem como uma esponja. Uma esponja pode absorver um líquido e libertá-lo novamente quando a aperta. A cartilagem funciona mais ou menos do mesmo modo. A cartilagem recebe a maior parte dos seus nutrientes para reparação de um líquido que se encontra dentro da cápsula articular. Este líquido designa-se líquido sinovial e contém algumas substâncias designadas ácido hialurónico e lubricina. Quan-

Inês Veiga Farmacêutica

do a articulação se move na sua maior amplitude de movimento, a cartilagem (ou “esponja”) é comprimida e expandida. A compressão liberta os desperdícios materiais das células vivas da cartilagem e, quando a cartilagem volta a expandir, os nutrientes são absorvidos pelas células. Além de funcionar como um acesso para os nutrientes, o líquido sinovial actua como lubrificante e amortecedor das articulações.


Jornal do Centro

28 SAÚDE

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Clinica Depilperfect Viseu comemorou quatro anos

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DIVERSOS 29

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“As minhas articulaçþes estĂŁo boas e posso praticar exercĂ­cio fĂ­sico!â€? “Caminho como se nunca tivesse tido problemas nas articulaçþes e atĂŠ pratico Pilatesâ€?, diz Deolinda Godinho, de 66 anos de idade. “NĂŁo posso acreditar como as minhas articulaçþes estĂŁo novamente boas.â€? O seu mĂŠdico e o seu fisioterapeuta falaram-lhe no BioActivo Glucosamina Duplo com glucosamina, condroitina e vitamina C e sugeriram que experimentasse o suplemento que apoia a normal formação de colagĂŠnio. Olhando para trĂĄs, Deolinda estĂĄ contente por ter seguido o conselho. Melhoria da qualidade de vida Antes de ter descoberto o suple-

mento, as suas articulaçþes nĂŁo estavam em bom estado. BioActivo Glucosamina Duplo contribui para a normal formação do colagĂŠnio que, por sua vez, ĂŠ importante para a cartilagem das articulaçþes, ossos e vasos sanguĂ­neos. Foi isso que levou Deolinda a experimentar o suplemento. “Sem dĂşvida que senti Ăłptimos resultados. A minha qualidade de vida melhorou!â€?, refere satisfeita.

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30 DIVERSOS

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INSTITUCIONAIS OBITUÁRIO 3ª Publicação

Adelino Pina de Figueiredo, 76 anos, casado. Natural e residente em Beijós. O funeral realizou-se no dia 15 de outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Fernando Ferreira da Costa, 87 anos, casado. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 16 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Currelos.

Matilde de Almeida Silva, 6 meses. Natural e residente em Novais, Alcofra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 16 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Alcofra.

Fernanda Graciete Rodrigues Gutieres, 87 anos, casado. Agência Funerária Fernandes Correia & Filhos, Lda. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral rea- Oliveira de Frades Tel. 232 761 610 lizou-se no dia 18 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Currelos. Maria Leonor do Amaral, 75 anos, solteira. Natural e António Mota da Fonseca, 88 anos, viúvo. Natural e re- residente em Sátão. O funeral realizou-se no dia 18 de sidente em Casa da Torre, Currelos. O funeral realizou- outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério local. se no dia 18 de outubro, pelas 17.00 horas, para o ceAgência Funerária Sátão mitério de Currelos. Sátão Tel. 232 981 503 António Duarte dos Santos, 63 anos, casado. Natural e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 19 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemi- Maria da Piedade Matos, 93 anos, viúva. Natural de Tondela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no tério de Currelos. dia 16 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério Vitor Manuel da Silva Lopes, 57 anos. Natural e residen- de Viseu. te em Oliveira do Conde. O funeral realizou-se no dia 21 Maria de Lurdes de Sousa Vigário, 73 anos, viúva. Nade outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local. tural de Vila Nova da Rainha, Tondela e residente em Tondela. O funeral realizou-se no dia 20 de outubro, Agência Funerária São Brás pelas 17.30 horas, para o cemitério de Vila Nova da Carregal do Sal Tel. 232 671 415 Rainha. João de Almeida, 74 anos. Natural e residente em Ter- Agência Funerária Abílio mas do Carvalhal, Mamouros, Castro Daire. O funeral Viseu Tel. 232 437 542 realizou-se no dia 17 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mamouros. José de Oliveira Nery, 86 anos, viúvo. Natural de MunAlbertino Adriano Duarte, 90 anos, casado. Natural de dão e residente em Fragosela. O funeral realizou-se no Paul, Covilhã e residente em Cêtos, Pinheiro, Castro dia 17 de outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério Daire. O funeral realizou-se no dia 19 de Outubro, pe- de Fragosela de Cima. las 10.30 horas, para o cemitério de Cêtos. Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952 Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238

(Jornal do Centro - N.º 606 de 24.10.2013)

Clara de Jesus da Costa Pereira, 90 anos, viúva. ResiNuno Fradique da Cruz Correia de Carvalho, 36 anos. dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de outuNatural de Coimbra e residente em Mangualde. O fune- bro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. ral realizou-se no dia 22 de outubro, pelas 11.00 horas, Delfim de Almeida Pais, 90 anos, viúvo. Residente em para o crematório de Santiago, em Viseu. Ranhados. O funeral realizou-se no dia 16 de outubro, Carlos Manuel Alves Pais, 52 anos, casado. Natural de pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Ranhados. Mangualde e residente em Cunha Baixa. O funeral realizou-se no dia 22 de outubro, pelas 16.30 horas, para Manuel Ferreira da Luísa, 62 anos, casado. Residente em Campo. O funeral realizou-se no dia 17 de outubro, o cemitério de Cunha Baixa. pelas 16.00 horas, para o cemitério local. Maria Zulmira Marques, 74 anos, viúva. Natural de Cunha Baixa e residente em Mangualde. O funeral re- José da Silva Dias, 88 anos, casado. Residente em Abraalizou-se no dia 23 de outubro, pelas 15.00 horas, para veses. O funeral realizou-se no dia 18 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. o cemitério de Mangualde. Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

Maria da Encarnação, 85 anos, viúva. Residente em Travassós de Cima. O funeral realizou-se no dia 18 de outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.

Belarmino Jorge, 82 anos, viúvo. Natural de Rio de Moinhos, Sátão e residente em Espinho, Mangualde. O fu- Francisco Fraga Fernandes, 84 anos, casado. Residenneral realizou-se no dia 20 de outubro, pelas 15.00 ho- te em Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 20 de ras, para o cemitério de Espinho. outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba. Agência Funerária Pais Mangualde Tel. 232 617 097 Carlos Fernandes Gomes Domingos, 62 anos. Natural de São Salvador e residente em Marzovelos. O funeral realizou-se no dia 21 de outubro, pelas 16.00 horas, Baltasar Fernandes, 74 anos, viúvo. Residente em para o cemitério novo de Viseu. Cercal, São João da Serra. O funeral realizou-se no dia 16 de outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Ângelo de Almeida Lopes Duarte, 80 anos. Residente em São João da Serra. Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Maria Emília Henriques, 92 anos. Residente em Corujeira, Cambra. O funeral realizou-se no dia 18 de outubro, José Carlos Leitão Gonçalves, 42 anos, casado. Natural pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cambra. de Bodiosa e residente em França. O funeral realizouse no dia 22 de outubro, pelas 14.30 horas, para o ceMaria da Conceição Silva de Carvalho, 66 anos, casado. mitério de Bodiosa. Residente em Nespereira, Pinheiro de Lafões. O funeral realizou-se no dia 20 de outubro, pelas 14.45 horas, Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. para o cemitério de Pinheiro de Lafões. Viseu Tel. 232 423 131


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clubedoleitor

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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Dr. Álvaro Monteiro, lote 12 r/c - 3510-014, Marzovelos - Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

FOTO DA SEMANA

HÁ UM ANO EDIÇÃO 554 | 26 DE OUTUBRO DE 2012 Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 26 de outubro a 1 de novembro 2012

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 09 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 18 > EDUCAÇÃO pág. 19 > SUPLEMENTO

Ano 11 N.º 554

pág. 24 > ECONOMIA pág. 27 > DESPORTO pág. 30 > CULTURA pág. 32 > EM FOCO

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

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pág. 33 > SAÚDE pág. 35 > CLASSIFICADOS

| Telefone: 232 437 461

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- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

Novo acordo ortográfico

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A crise em Viseu ∑ A análise de quem tem voz

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na matéria | págs. 6 a 8

∑ A crise em Viseu “Tem de valer a pena cumprir” (João Cotta)

∑ “Encontrámos surpresa face à dimensão do problema” (Jorge Loureiro)

Paulo Neto

∑ “Há aqui [no interior do país] como que uma

Com mais frequência que o desejado, pela cidade fora, em sítios públicos, encontram-se veículos abandonados pelos seus proprietários. Além de ser um lugar a menos, é seguramente uma inestética imagem a poluir os locais aprazíveis da nossa cidade. Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt

LAZER

dupla agressão” (João Cravinho) ∑ Concurso dos Serviços Municipalizados de Viseu pode acabar em tribunal ∑ Tribunais de Sátão e Nelas a salvo do novo mapa ∑ Sernancelhe aposta tudo na valorização da castanha

ERRATA Por lapso o Jornal do Centro na edição 605, página 26, publicou como Direitos Reservados, as fotos dos “Melhores Anos”. O seu autor foi José Alfredo. Aos leitores e ao visado as nossas desculpas.

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Executar cuidados estéticos de rosto, do corpo, das mãos e dos pés, por processos manuais e mecânicos, em institutos de beleza e estabelecimentos similares.

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Subsídio de Alimentação Subsídio de Transporte Bolsa de Material de Estudo Bolsa de Profissionalização


tempo

JORNAL DO CENTRO 24 | OUTUBRO | 2013

Hoje, dia 24 de outubro, chuva moderada. Temperatura máxima de 17ºC e mínima de 14ºC. Amanhã, 25 de outubro, chuva moderada. Temperatura máxima de 15ºC e mínima de 9ºC. Sábado, 26 de outubro, nublado. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 8ºC. Domingo, 27 de outubro, nublado. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 7ºC. Segunda, 28 de outubro, chuva moderada. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 9ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Domingo, 20 outubro

Boy meets girl

São Pedro do Sul ∑ O Comando do Corpo Voluntário Salvação Pública AHB de S. Pedro do Sul, homenageia bombeiros e directores falecidos, que serviram esta corporação, a partir das 10h00 Lamego ∑ No âmbito das comemorações oficiais do Dia do Exército, decorre pelas 10h00 a missa de Ação de Graças e Sufrágio na Sé Catedral de Lamego e pelas 12hoo a Cerimónia Militar no Largo da Feira

Hora de Inverno Domingo, dia 27 de outubro, não se esqueça de atrasar 60 minutos às 02h00 da madrugada, passando para a 01h00 Publicidade

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@gmail.com

A Festa da academia decorre no Pavilhão Multiusos de Viseu

Richie Campbell e Sam The kid na Semana do Caloiro De 26 a 31∑ Orçamento reduzido leva à aposta em bandas da cidade Depois de ter marcado presença na Feira de São Mateus, Richie Campbell regressa à cidade de Viseu, desta vez para marcar presença na Semana do Caloiro, que decorre de sábado, dia 26 a dia 31. E é com o “menino bonito” do reggae e a sua 911 Band, que começa mais uma edição da festa da academia. Sobe ainda ao palco, no sábado, a Banda Scape e o Dj Del Cruz. Este ano,e como a Federação Académica de Viseu fez saber, o cartaz tem uma grande aposta “em bandas da cidade, e da academia”, uma decisão forçada pelo “orçamento reduzido”. No domingo é a vez das Tunas e do Dj Pe-

ter Sky, animarem todos aqueles que passarem pelo Pavilhão Multiusos de Viseu. Na segunda-feira, dia dedicado ao “som mais pesado”, destaque para António Freitas, o conhecido radialista da Antena 3. E o mais conhecido divulgador português de heavy metal, hard rock e rock fm, graças ao trabalho que há quase duas décadas tem desenvolvido na rádio, na televisão e na imprensa musical. Ainda na segunda-feira os viseenses Shutter Down (o projeto de Jorge Pinto, André Lazaro, Carlos Andrade, Sergio Maia e André Zumckeller), banda que interpreta temas de grandes bandas de rock, indie, grunge,

metal e punk e os Stone Crow, conhecidos por fazerem versões de clássicos do rock. Terça-feira, dia de cortejo pelas ruas de Viseu, a noite fica a cargo do popular cantor português Quim Barreiros um habitué, nas festas da academia. Q u a r t a -fei r a o D j Moullinex, viseense de gema e residente em discotecas de Munique, Nova Iorque e Sidney. Para encerrar mais uma edição da Semana do Caloiro a organização elegeu o hip-hop e os portugueses Sam the Kid que vêm acompanhados por Mundo Segundo, dos Dealema. Micaela Costa

1. No final de Setembro, Maria do Céu Sobral fez aqui uma divertida crónica, intitulada Bloody Mondays, em que conta que faz os seus textos para o jornal às segundas-feiras mas que eles começam a germinar na sua cabeça antes. Passo a citar: «a noite de domingo é sobressaltada por sonhos em que me encontro a escrever o artigo, já houve noites em que os escrevi minuciosamente sonhando, outras em que em ‘sono alevantado’ me revirava em reviravoltas de palavras, frases, conclusões e opiniões...» Isto, que é bem escrito por Maria do Céu Sobral, lembrou-me uma velha história: havia um argumentista em Hollywood que andava sempre com um lápis e um bloco de apontamentos para registar as suas ideias, levava-os para todo o lado, mesmo quando ia dormir pousava o lápis e o bloco na mesa-de-cabeceira. Uma noite ele teve um sonho a cores, um sonho que o nosso argumentista, homem do cinema, sonhou projectado num écran, dentro dele uma história sublime, a história que finalmente o ia levar à glória. Meio-a-dormir-meio-acordado, pegou no lápis, registou o que estava a sonhar, e tratou de regressar rápido ao seu sono/ sonho, àquele onirismo bom que lhe ia dar, de certeza, o Óscar que tanto merecia. Na manhã seguinte, mal acordou, numa felicidade vivida em antecipação, o nosso homem pegou no bloco para recordar como tinha sido aquele sonho genial. Estavam lá escritas três e só três palavras: «rapaz encontra rapariga»... 2. No filme Gravity — um filme a ver com óculos 3D — Sandra Bullock diz que o que mais gosta lá em cima, a 372 milhas do planeta azul, é do silêncio. Ela tem razão. Cá em baixo em todo o lado há “música ambiente”, “toques” telemoveleiros, gente a falar alto, crianças bem-criadasmal-educadas, televisões sempre ligadas, tudo a debitar ruído. Cá em baixo há a boa e velha gravidade da mãe-terra, não há é silêncio em lado nenhum.


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