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DIRECTOR
Paulo Neto
Semanário 19 a 25 de Agosto de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 492
1,00 Euro
SEMANÁRIO DA
REGIÃO DE VISEU
|Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·redaccao@jornaldocentro.pt·www.jornaldocentro.pt|
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Nuno André Ferreira
OS “SENHORES” DA ÁGUA DE FAGILDE Autarcas de Viseu e Mangualde envolveram-se em polémica sobre o pagamento da água tratada.
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Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
praçapública rOs cidadãos
palavras
deles
estão muitas vezes desprotegidos face às instituições, por muita razão que tenham. E raramente podem fazer sentir a sua vontade e a sua justiça.”
rLições e reflexões
não se recebem facilmente e, para se receberem, convém serem bem sustentadas.”
João Boavida Cronista, diário as Beiras, 16/08
Opinião
José Lapa Técnico Superior do IPV
rO ministro das
Finanças talvez seja uma pessoa séria, bom técnico e razoável contabilista, mas parece-me faltar visão política e sensibilidade social”
Mário Candeias Director de Hotel, O Algarve, 12/08
Jaime Ramos Cronista, Diário As Beiras, 17 /08
rBem podem
alguns atiradores de esferográfica, da crítica fácil, tentarem apoucar, que os números frios (dos Censos) se encarregarão de esclarecer” Fernando Ruas Presidente da Câmara de Viseu, discurso de abertura da Feira de S. Mateus, 14 /08
Estamos a viver postumamente Quem o diz é um dos poucos sages, que ainda sobrevivem, George Steiner, em entrevista ao Expresso (22Junho2002). Homens destes, com a soberba da intelecção, com inteligência crítica, com visão, já são raros. Temos o Harold Bloom, o Eduardo Lourenço, o Humberto Eco, o Martins Gilbert e… pouco mais. Devíamos lê-los e reflecti-los, perante a falência das nossas elites, o vazio dos nosso lideres e a descredibilização dos políticos, mas, ao invés, atrofiamo-nos no acessório e espraiamo-nos na futilidade, na inutilidade, derrotados pela crise, qual adamastor invencível. Estamos a precisar de ideias, como de pão para a boca. Já agora, de preferência inovadoras. Vivemos, esperando (o sebastianismo não nos larga mesmo) comodamente, que alguém, por nós, faça algo, que retome a normalidade da vida que tivemos. Daí, o póstumo. Já estamos a viver, como se a tormenta tivesse a descomprimir, quando ainda nem começou. Mas, o campeonato de futebol, até já está a começar: óptimas notícias. O Tony Carreira, o Toy e … (não me lembro de mais), estão aí, para as noites quentes, regadas a cerveja e sardinha assada. Entretanto, o Governo vai governando, exercendo
um papel que não é o seu. Felizes! Infelizes! Felizes! A lógica do malmequer, na rotina da vida. Vivemos postumamente! O pior está a passar, ou seja, nada nos acontece, só aos outros saiu a fava. E qu a ndo a re a l id ade se tornar inevitável? Não sabemos. Também não interessa, logo se vê. “Cada dia é um dia”, não nos cansamos de o bradar. Antídoto inestimável para a angustia, que apesar de tudo, nos mina as entranhas, mas não as anima. Já não buscamos o conhecimento. Já não procuramos os lúcidos, tem o s i n c lu sive , m e d o deles. A verdade esmaganos, prende-nos à realidade, que recusamos assumir, isto é, viver. Ao invés, continuamos crentes no hedonismo, no prazer imediato, na lógica da satisfação gratuita. Ouvíssemos, ao menos, Miguel de Cervantes: “Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama.” Vivemos postumamente! Já não há nada para conquistar. Já não deciframos enigmas, pura perda de tempo. Por isso, somos o próprio enigma. É o velho princípio de Baudrillard, de um real sem origem nem realidade. Ainda, Baudrillard, e o jogo do simulacro, importado do império da imagem.
Fazer crer ao cidadão, que se tem tudo, quando não se tem nada. Entretanto, gere-se a ilusão, de que é possível viver com o que se não tem. Perceberam, agora, a razão da crise. Preocupante, é continuarmos a acreditar, que acreditamos nisto. Preocupante, é vivermos com este crédito. Virtual. Vivemos, em plena crise, em estado “incredulidade sonâmbula”, como escreve Eduardo Lourenço (Visão, 4/8/11). O paradoxo é a congestão de informação, que se nos depara: devia libertar-nos, mas, enclausuranos numa desorientação abissal. A incapacidade e a incompetência, em filtrar o caudal ciclópico de informação, que todos os dias nos entra pela causa dentro, também é referencial de crise. Daí, : “Estamos num universo em que existe cada vez mais informação e cada vez menos sentido.” (Simulacros e Simulação, Relógio D’Água, 1991). Este inferno terrestre não é novo, tem apenas outras justificações, outras vivências. Já Eduardo Lourenço o havia denunciado, em … imaginem… 1996: “(…) “incorporamos o inferno no quotidiano do mais fascinante e atroz dos séculos. Pode discutir-se se a desordem em que estamos mergulhados – desde a económica até à da legalidade
e da ética – releva ou não, em sentido próprio, do conceito do caos. Do que não há dúvidas é de que o habitamos como se fosse o próprio esplendor.” (O Esplendor do Caos, Gradiva/2002 – 4ª ed.) Vivemos postumamente, do e, no esplendor… do abismo. Tony Judt, a ntes de partir, em 2010, ainda teve tempo – felizmente – para nos deixar um testamento, que devíamos ler. Em, Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos (Edições 70, 2010), escreveu: “(…) se julgamos saber o que está errado, devemos agir de acordo com esse saber.” Judt pretendeu com
este livro dar orientações, “especialmente aos mais jovens”. Paradigmático. Mas, qual pescadinha de rabo na boca, desembocamos sempre no mesmo: mudança. E aqui, estamos todos de acordo. O mundo está em muda nça . Não! O mundo esteve sempre em mudança. O problema é que na actual conjuntura, a mudança tem um ritmo vertiginoso. Tem um magistério absoluto, ou seja, global. Por exemplo: o que acontece na China, pode obrigar a alterar o nosso quotidiano. Va loroso, será pois, aquele, que seja portador de ideias e de ideais. Que nos devolva o presente.
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
números
estrelas
900 A Operação Férias Seguras 900 acidentes de viação e cinco mortos.
Importa-se de responder?
José Moreira Gerente executivo da Expovis
Na Feira de S. Mateus há diferenças visíveis no recinto e na sua promoção, para melhor. Porém, falta fazer a comunicação entre o certame e a região. Basta lembrar que um turista não consegue aceder ao programa da feira no posto de turismo da cidade.
O casal, veterinários de profissão, inovou numa área que é alvo de críticas por muita gente, mas em que pouco se tem feito para alterar o panorama nacional. O aumento de animais abandonados sobretudo nesta altura do ano acontece muito por falta de espaços de acolhimento. Construíram o Hotel Canino e Felino em Campo de Besteiros e está a ser um sucesso.
Teresa Adão dirige um projecto inovador na área editorial na perspectiva de que o recurso às redes sociais pode ser chave para aumentar o consumo de livros em Portugal. A Edições Esgotadas foi lançada em Abril, a partir de Moimenta da Beira, e já está além fronteiras.
Que impacto lhe causou a nova Feira de S. Mateus? Fui uma vez e não a percorri toda feira, mas chamou-me à atencão o novo palco e a disposição do anterior. De algum modo, vamos à feira para cumprir uma tradição e o que vemos nada tem a ver com este propósito. Podem chamar-lhe progresso, adequação aos novos tempos, enfim. Eu chamo destruição, afastamento e recusa...
Teresa Gama Professora
Promete abertura a diferentes públicos e agentes locais, mas só com o tempo vai ser possível ver se resultam as alterações na filosofia da feira.
Nuno Rodrigues Designer
Foi uma impressão positiva. Tem uma nova dinâmica de espectáculos. Vai pela internacionalização, uma moderna feira sem perder a autenticidade.
Nuno André Ferreira / European Pressphoto Agency
Teresa Adão Directora da editora Edições Esgotadas
Jaime Matos / Judite Matos Veterinários
Bruno Pereira
Raquel Rodrigues
Funcionário Público
Funcionária administrativa
Ainda não tive oportunidade de percorrer completamente o certame. No entanto, fiquei com boa impressão em relação ao novo palco principal, que me parece maior e mais moderno. Gostei, igualmente, do aproveitamento da zona do espelho de água com a colocação de um palco mesmo por cima do lago. Do que pude ver, desagradou-me a manutenção dos comerciantes de roupa interior e afins, fazendo lembrar a nossa feira semanal.
Nuno André Ferreira, fotojornalista, 31 anos, colaboa em regime de freelance com o Jornal do Centro há cinco anos. Fotojornalista também do Correio da Manhã, Agência Lusa, Record, muitas das imagens que ilustram as reportagens que lemos diariamente, são da sua autoria. Os seus trabalhos têm sido,
já por diversas vezes, premiadas com galardões nacionais e internacionais, como por exemplo, o Prémio Estação Imagem | Mora na categoria “Ambiente”. Desta feita, o Nuno André arrebatou a distinção “Imagem do Dia” (a nível mundial) atribuída pelo New York Times
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO
Director Paulo Neto, C.P. n.º TE-251 paulo.neto@jornaldocentro.pt
Editorial
Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
Aquilino, o rosto da Beira Alta
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Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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José Lorena jose.lorena@jornaldocentro.pt
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Paulo Neto Director do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt
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1. José Moreira, que conheço há algumas décadas, é um bom homem. Faz parte daqueles professores que saíram do Ensino atraídos por uma vida melhor, ou espírito de missão, perdendo-se um bom docente. Hoje é gerente da Expovis. Acrescentaram-lhe ao título o ápodo de executivo para conferir mais importância e categoria ao lugar. Que foi ocupar, enquanto doiradinha sinecura, quando os seus companheiros (não, não eram “compagnons de route”!) arranjaram modo de o afastar do Rossio. Situação por ele próprio abordada em entrevista a este Jornal e à Rádio No ar, que lhe deram, à época, antena e visibilidade. U lt i m a mente , José Moreira, o professor-exvereador-gerente, homem estimável, parece andar deslumbrado, no sentido positivo da palavra, com o seu papel todo-poderoso de engenheiro-arquitecto-empreiteiro-executivo da Feira de S. Mateus. E é imbuído dessa magna função que compara, em pujante linguagem metafórica: “uma boa feira (…) é a construção de uma cidade dentro de outra cidade” (D.V., 12 Ag) Assi m , a modos que uma Fén i x das ci n zas
renascida ou, de forma deselegante, a vilória do estimado Jorge Carvalho, erigida em metrópole sazonal efémera. Porém, não tem a certeza. Ou seja, tem a intenção, mas afanoso e cauteloso, vai-se resguardando: “são muitas as variantes que fogem ao cont ro lo, como por exemplo as condições climatéricas” (idem supra) – As outras, das muitas possíveis, não as refere… Pois é, caro José Moreira, vamos todos ajudar e fazer uma ladainha ao S. Pedro, até e porque, ninguém me tira da cabeça que Ele háde ser boa pessoa, colega do S. Mateus, e não quererá tramar ninguém (como os outros). Tanto “fogo-faralho” criou fortes expectativas em redor do secular certame. Uma coisa é certa: se a tão criticada Feira de S. Mateus do Jorge Carvalho tinha um milhão de visitantes, como referiram, esta, agora, “cidade dentro da cidade”, se não tiver pelo menos o dobro, será um insucesso. Mas eu não sou sibila de maus augúrios. Antes quero ser áuspice de “buena dicha”, e, assim, caro José Moreira, no final de Setembro cá estarei para a mais vivaz feli-
citação pela “megapólis” te como eu próprio. Iroconstruída, garantindo nias do destino… desde já que se me reservar ao silêncio, só uma 3. Há dia passei um sácausa o determinará… bado no Montebelo Ressort da Aguieira. Não por2. Os tipos importantes que esteja de férias (que não são aqueles que importam gozo há alguns anos), mas (não, não é antónimo de porque, inserida na rubriexportam), têm importân- ca “Passeios de Verão”, a cia, que têm peso mesmo direcção/redacção do Jorsendo magros, que têm nal do Centro, no seu plapoder mesmo sem autori- neamento atempado, elegeu dade, que têm, assazmen- aquele lugar, como elegeu te, no seu umbigo, a janela outros mais. A nossa ideia do mundo. foi apresentar sugestões de Há dias, depois de muito sítios, meios de transporte, insistentemente pressio- património e gastronomia nado por um “tipo impor- do distrito. Sem contrapartante” que queria escre- tidas, divulgar aquilo que ver no Jornal do Centro, pode ser ou não (depende vi-me obrigado a dizer- do enfoque) uma proposta a lhe, taxativamente, que considerar. No vertente caso não estávamos interessa- aqui referido, ao fim de seis dos na sua colaboração. O ou sete horas de permanênhomem importante assa- cia naquele “paraíso”, tamnhou-se e quase parecia bém natural, dei comigo a um muar às cangochas… pensar que bem certo está “Isto não vai ficar assim”, o aforismo: “Santos da pordesabafou, “eu tenho ami- ta não fazem milagres” e a gos e sou uma pessoa im- congeminar no que pode leportante!”, concluiu. var tanta gente à RepúbliE a mim, perante tão ca Dominicana, a Cancun inúsita declaração-ame- ou a outro longínquo lugar aça, eu que não sou im- qualquer, fazendo viagens portante nem tenho mui- intermináveis de avião, pastos amigos (e nenhum im- sando tempos infinitos em portante, apenas o sendo terminais de aeroportos, em afecto), fiquei a pen- gastando as poupanças de sar que a arrogância não um ano inteiro, quando, por se enxerga e que, afinal, exemplo, a 50 quilómetros os tipos importantes po- de Viseu temos tão aliciandem ser vassoirados por te e muito mais em conta alum qualquer insignifican- ternativa?!
Gerência Albertino Melo e Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.
Opinião
O Governo, este governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho, está empenhado numa transferência gigantesca de riqueza dos mais pobres e da chamada classe média para o grande capital.
Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:
Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem
António Vilarigues Associação Portuguesa de Imprensa
União Portuguesa da Imprensa Regional
Eles comem tudo e não deixam nada
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação anm_vilarigues@hotmail.com
A banca apresentou em 2009 e 2010 lucros líquidos em média de 5 milhões de euros por dia (!!!), durante os 365 dias do ano. Neste primeiro semestre já vamos em 400 milhões de euros. Banca essa que conseAlguns exemplos, que o guiu a proeza de com espaço disponível não dá mais lucros pagar menos para mais. impostos em 2010 que em 2009. Banca que reOs 25 homens e mulheres cebeu 4 mil milhões de mais ricos de Portugal vi- euros em ajudas directas, ram as suas fortunas valori- mais 20 mil milhões de zar-se 17,8% no último ano. garantias logo em Outu-
bro de 2008. E mais uns milhares de milhões de «ajudas» no Orçamento do Estado em 2009 e em 2010. Banca que o Governo isenta de qualquer imposto extraordinário. Mas tudo isso não chega.
nheiro, do Estado ao sistema financeiro passaram para 12 mil milhões de euros. E o limite máximo para as garantias pessoais do Estado para 35 mil milhões de euros. É fartar vilanagem.
E aprova-se na Assembleia da República, com os votos de PSD, CDS e PS, um orçamento rectificativo destinado única e exclusivamente a apoiar a actividade dos bancos. As ajudas directas, em di-
O governo (com o voto favorável do PS) elimina as chamadas golden shares num conjunto de empresas estratégicas: PT, EDP, GALP. Com esta medida foram transferidas, de borla, rique-
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro
Mas aceito o espírito de globe-trotter luso, aceito que esta seja apenas a visão de um cidadão de meia-idade para quem a “feérie” da vida já não faz tocar grandes campainhas e que encontra prazer na tranquilidade, na qualidade real das propostas, num bom livro, num “crawl” bem desenhado numa ampla piscina exterior, numa hora diária de “fitness”, numa gastronomia apelativa e de qualidade e num passeio veloz em jet ski… A idade não perdoa!
ração muito mais nova, mas também muito competente, com quem já tive o gosto de compartilhar projectos comuns.
7. O busto de Aquilino Ribeiro, feito em 1913 por Anjos Teixeira, em Paris, jaz arrumado numa prateleira do arquivo do Museu Grão Vasco. Há tempos, o seu competente director, Sérgio Gorjão, a meu pedido, tirouo da prateleira jacente. Fernando Ruas, um dia,
na inauguração de uma artéria com o nome do escritor, junto à Biblioteca Municipal, proferiu, inspirada e enfaticamente: “ Se a Beira Alta tivesse um rosto, seria o de Aquilino Ribeiro!” Eu aplaudo e questiono: Porque é que o rosto da Beira Alta está enterrado numa prateleira de um arquivo? Por vergonha ou por ignorância? Saibamos dar-lhe relevo e destaque e, pelo menos, fazer como, por exemplo, Henrique Almeida e o CE A R , que criou os pioneiros Cadernos Aquilinianos; o falecido Júlio Cruz que criou as Letras Aquilinianas (que coordenei); a Câmara de Sernancelhe que patrocina a revista literária “AQUILINO”, que dirijo – autarquia que tem implementado em parceria com a Universidade de Aveiro e o professor António Manuel Ferreira, actividades diversas neste âmbito, tendo também criado a Feira Aquiliniana da Lapa; e, finalmente, o Jornal do Centro que tem, anualmente, a sua Gala Aquilino Ribeiro, que este ano se realizará a 26 de Novembro, no Teatro Viriato. Até pa ra a sem a n a , Caro Leitor!
empresa alemã que tem uma participação pública no seu capital social. Em 2007, por exemplo, o Comendador Berardo ofereceu 200 milhões de euros pelas golden shares que o Estado detinha na PT. Agora o Estado transfere esse valor para os accioA situação criada é ab- nistas a custo zero!!!. surda e assume contornos de criminosos. Portugal Enquanto isso: não pode ter participação pública na EDP. Mas poO governo anunciou a demos vender essa par- subida da taxa do IVA soticipação pública a uma bre o consumo de elec-
tricidade e gás natural dos actuais 6% para 23%, com efeitos a partir de Outubro próximo. Ou seja, um salto de 17 pontos percentuais, o que corresponde a 283% (!!!) de aumento no imposto indirecto. Isto depois de no início do ano as tarifas eléctricas terem aumentado 3,8%. Com mais esta subida, no início de 2012 as famílias portuguesas verão a sua factura eléctrica agravada em pelo menos 20,4%, quando com-
4. E apesar de tudo, até parece que a crise económica não está aí como um pestífero vírus! Até parece que fazemos de contas que não somos violentamente “assaltados” todos os dias, a toda a hora, em toda a parte… 5. O JL, Jornal das Letras, Artes e Ideias desta semana trazia sumarentos ensaios de Carlos Reis, Maria Alzira Seixo, Pires Laranjeira, Eugénio Lisboa… que foram, a seu tempo e em sua Instituição, meus sapientes mestres. Ficou-me, ainda, o gosto de ler a Carina Infante do Carmo e o valter hugo mãe (assim, em minúsculas), de uma ge-
za e alavancas do poder económico para os grupos privados nacionais e, sobretudo, estrangeiros. Deixando pelo caminho o Estado com menos possibilidades de defender o interesse público e o interesse nacional.
6. Também no mesmo periódico fiquei a saber da reedição das obras completas de Aquilino Ribeiro. Tal facto enche de júbilo qualquer aquiliniano que se preze. E prova, inequivocamente, três coisas: a) Este escritor do Carregal, de Sernancelhe e do mundo todo, em geral, é intemporal; b) Viseu, entre actantes vários, tem vindo a contribuir para este reganho de interesse e consequente re-visitação; c) A Bertrand (do velho Aillaud), apesar de umas palavras desanimadoras que troquei na Lapa com a ex-deputada-do-pcppsd, Zita Seabra, que teve lugar dirigente naquela editora, é uma empresa cultural com bom-senso.
Nuno André Ferreira
19 | Agosto | 2011
Objectivamente vãoRendimento Social de Inserção menos 120 milhões. se criando as condições Portanto, ao todo menos para que Portugal inicie 494 milhões de euros. um novo rumo. Um rumo de ruptura com estas poEstas políticas das troi- líticas. Um rumo de uma kas portuguesa (PSD/ política alternativa capaz CDS/ PS) e est ra ngei- de colocar como objectira têm por único objec- vo das relações sociais de No Orçamento da Se- tivo consolidar o capital produção, da actividade gurança Social de 2011, e transformá-lo no pólo económica, não o lucro, estão orçamentados para aglutinador de toda a ri- mas a satisfação das nesubsídio de desemprego queza nacional. Como se cessidades humanas. este ano menos 156 mi- diz nos versos da canção lhões euros do que em «Os Vampiros» de José 2010. Para abono família Afonso de onde foi retiramenos 218 milhões. Para do o título a este artigo.
parada com Janeiro de 2011. Esta medida irá afectar mais de 6 milhões de consumidores. Portugal terá a partir de Outubro próximo as tarifas eléctricas mais elevadas dentro da União Europeia.
Jornal do Centro
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abertura
textos ∑ José Lorena fotos ∑ Nuno André Ferreira
A O pagamento da água tratada da albufeira de Fagilde provocou desentendimentos entre as autarquias de Viseu, Mangualde e Nelas
Viseu e Mangualde negoceiam dívida Reclamação ∑ Câmara de Mangualde quer criação de comissão de acompanhamento Os vice-presidentes das câmaras municipais de Mangualde e Viseu, Joaquim Patrício e Américo Nunes, reuniram esta semana para resolver um diferendo que surgiu recentemente e que se relaciona com uma dívida de mais de 200 mil euros. Viseu reclama a Mangualde o pagamento de facturas de água tratada, fornecida a partir da Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Fagilde. O encontro foi pedido, com carácter de urgência, pela Câmara de
Mangualde, que manifestou dúvidas sobre a quantidade de água em causa nas contas apresentadas e reclamadas pela autarquia de Viseu. De acordo com Joaquim Patrício, a Câmara de Viseu reclama o pagamento de uma quantidade de água tratada na ETA de Fagilde “superior à que é de facto bombeada para o concelho”. Depois da reunião entre os dois responsáveis, o vice-presidente da edilidade de Mangualde foi o único a prestar declarações. Joaquim Patrício começou por dizer ao
Jornal do Centro que “os dados apresentados pela Câmara de Viseu não condizem com os que Mangualde recolheu depois de uma visita feita à barragem” quanto às quotas de água tratada e recebida. “A situação ficou em aberto”, declarou o vice-presidente, acrescentando que ficou decidido que a autarquia que representa vai arranjar “um mecanismo contabilístico que ajude a resolver o problema”. Recorde-se que depois de um acordo estabelecido no início da década de 90
entre as câmaras de Viseu, Mangualde, Nelas e posteriormente a de Penalva do Castelo, a autarquia da sede do distrito teria a responsabilidade de tratar água recolhida na albufeira da barragem. Viseu teria direito a 70 por cento, Mangualde a 11,5, Nelas a 15,5 e Penalva do Castelo a três por cento da água tratada na ETA de Fagilde. As três câmaras vizinhas pagariam a água à de Viseu, que tem a responsabilidade da estação referida, nas percentagens indicadas. Em declarações tam-
bém recentes, o presidente da Câmara Municipal de Viseu recordou que Mangualde devia um valor próximo dos 250 mil euros e que teria ultrapassado a quantidade que lhe caberia no acordo estabelecido há anos. Mangualde reagiu de imediato e reclama, como diz Joaquim Patrício, não ter atingido as quotas que Viseu alega e que a dívida não ultrapassaria muito mais que os 200 mil euros. Logo a seguir ao encontro desta semana, o vice-presidente da autarquia mangualdense defendeu que “houve abertura por parte dos intervenientes no diferendo”, mas lembrou que, neste caso, se teria que avançar para a solução “de criar finalmente uma comissão de acompanhamento da gestão da água tratada na ETA de Viseu tal como ficou decidido em
1991, mas nunca veio a acontecer”. A entidade a que Joaquim Patrício se refere teria a responsabilidade de arbitrar a gestão da água da ETA de Fagilde, que actualmente é garantida pela autarquia viseense. O Jornal do Centro soube que a Câmara Municipal de Nelas reuniu com a de Mangualde também esta semana e que defende a posição da edilidade socialista. A dívida que é reclamada a Mangualde é, por sua vez, repartida entre estas duas autarquias tal como ficou estabelecido previamente. Depois do encontro desta sema na , o vicepresidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes, escusou-se a prestar declarações, declarando apenas que “Viseu continua a reclamar o pagamento da dívida” referida à autarquia vizinha.
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| ABERTURA 7
Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
Viseu garante Estação de Tratamento de Fagilde Empreendimento ∑ A funcionar desde o início da década de 90 A barragem de Fagilde foi concluída em 1984 e destina-se apenas ao aproveitamento de água para consumo doméstico pelas autarquias de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do castelo (esta última aderiu mais tarde ao sistema). Os Serviços Municipalizados da Câmara de Viseu lideraram o projecto de concepção da ETA de Fagilde, construído entre as décadas de 80e 90 do século XX. O projecto da ETA ficou concluído na sua totalidade em 1997 depois de uma a mpliação do empreendimento situado perto da barragem de Fagilde. Com a obra, a estação trata diariamente
mais de 10 mil metros cúbicos de água, que é distribuída para abastecimento doméstico a Viseu (70 por cento),, Nelas (15,5), Mangualde (11,5) e Penalva do Castelo (3). Os quatro municípios envolvidos possuem outros sistemas de captação em profundidade e em pequenas albufeiras - no caso de Viseu. A partir da barragem de Fagilde a água é bombada no sistema de Viseu para o reservatório do Viso Norte, com capacidade de armazenamento de sete milhões de litros. As obras de ampliação da ETA de Fagilde resolveram problemas graves de falta de água no Verão, de que a cidade repetida-
mente se queixava - uma questão que era também alargada a Mangualde e Nelas. Durante este ano, e de acordo com a opinião de técnicos das autarquias envolvidas, a cota da ba r ra gem de Fa g i lde está “melhor que nunca” durante os meses mais quentes. Para isso contribuíram as chuvas que em Junho e Julho que se abateram sobre a região. A reg u l a r i z aç ão do abastecimento de água com a ampliação da ETA evitou a polémica entre as autarquias envolvidas em que surgiam acusações de que em algumas alturas do ano havia captações ilegais para o abastecimento público.
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10 Entrevista ∑ Emília Amaral Fotografia ∑ Nuno Ferreira
Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
à conversa
bilidade e de uma seriedade inquestionável. Quando coQuando era miúdo costu- muniquei a alguns amigos mava ir ver muitos jogos do que fazia parte da direcção Académico naquela época do Académico, meteram as dourada dos anos 80 e o gos- mãos não cabeça, parecento vem daí. Mas está ligado do que vinha para o inferno a outro gosto, que é fazer a (sorri). E eu disse-lhes: “Não defesa de alguns projectos estou a ver qual é o probleno concelho. Gosto de ser ma. Está aqui uma instituidesafiado, gosto de causas ção da cidade que precisa do e o Académico para mim contributo de todos”. é uma causa. Sinto alguma tristeza quando vejo um cluComo encontrou o Académico de Viseu? be destes que podia ter outro tipo de dimensão e não Primeiro, não comunicaa tem. Fomos o clube mais va. Tínhamos aqui uma sérepresentativo da região, o rie de iniciativas e a sociedamais emblemático, também de lá fora não tinha conhesomos o mais eclético e, no cimento do que se fazia no entanto, não temos essa cor- Académico. Nós temos que respondência em termos de deixar de ser o clube que adeptos. A minha ideia é apenas é notícia à segundatentar reconquistar os vise- feira porque ganhámos, emenses para este Académico. patámos ou perdemos, para passarmos a ser um clube É o que o faz correr no mais presente na cidade e Académico de Viseu? até na região. Sim. Fui desafiado pelo presidente (António Albino). Mais do que isso estava ou não desmotivado, com falta Sem ele também não vinha de liderança da direcção, depara o Académico, porque é sorganização…? São críticas uma pessoa em quem acredos adeptos. dito, com grande responsaDe onde vem o gosto pelo futebol?
Pedro Ruas, 33 anos, natural de Viseu, advogado, empresário, é vice-presidente do Académico de Viseu Futebol Clube, com responsabilidades na área da comunicação e marketing, desde Junho. Também na política tem feito carreira. Para o ex-presidente da JSD de Viseu e deputado na Assembleia Municipal, ser sobrinho do actual presidente da autarquia viseense, Fernando Ruas é um prazer mas, “por vezes um peso”. E quando lhe perguntam se a entrada no Académico é um trampolim para um dia ser presidente do clube ou até para preparar uma sucessão ao lugar do tio, sorri e responde: “Gosto sobretudo de andar envolvido com a comunidade”. Aceitou conversar com o Jornal do Centro dois dias antes da apresentação oficial do plantel. A conversa decorreu em pleno relvado do Fontelo, lugar que quer recuperar através de um clube que já teve ali uma “época dourada” e que hoje tem tantos atletas como sócios.
Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt
Algumas justas, outras injustas porque sem o presidente o Académico de Viseu não existia. Tivemos episódios muito complicados no passado, chegámos mesmo a um processo de insolvência em que a actual direcção teve que comprar as taças. Agora, todos temos consciência das nossas limitações e o presidente tinha consciência de que a direcção precisava de comunicar melhor. Essa consciência também é uma imagem de liderança, saber fazer mais e encontrar pessoas que o possam protagonizar. A minha preocupação não é a motivação da direcção, é a motivação dos viseenses. Encontro muitas vezes um discurso de mágoa, que mostra que as pessoas estão afastadas, mas não afastadas ao ponto de nos ignorar.
quarta-feira, dia 17), também é uma questão simbólica, porque queremos dizer aos viseenses que o Académico vem para reconquistar a cidade. Mas andávamos também afastados dos nossos próprios patrocinadores. Quando nos patrocinam, é por uma responsabilidade social que têm pela cidade, mas também porque se pretendem associar a uma marca notória como é o Académico. Também queremos virar esta página, dizer que os patrocinadores podem apostar em nós e de uma forma mais reforçada porque vamos trazer-lhes mais notoriedade.
Nessa nova forma de estar, como é que se vai apresentar às empresas, aos sócios e os adeptos?
É mais do que isso. Primeiro, quero que o Académico comunique e bem para fora, que reconquiste os associados, que reconquiste os adeptos, que reconquiste
Apresentar a equipa no Palácio do Gelo (ocorreu na
Se daqui a nove meses lhe perguntarem se a época foi um sucesso para o Académico de Viseu, só responderá que sim se o clube tiver garantido a subida?
PEDRO RUAS | À CONVERSA 11
Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
O Académico “tem que começar a aprender que não pode viver para sempre dependente de apoios públicos” os viseenses. Também tenho consciência que no futebol as coisas são muito voláteis, e por melhor que se comunique, os resultados desportivos estão sempre associados, por isso é que fizemos uma grande aposta na equipa técnica e mesmo nas contratações. Não lhe causa desilusão abraçar aquele que já foi um grande clube e que hoje tem mil sócios?
O Académico teve uma interrupção quando foi constituída a SAD. A mágoa está lá. O tempo também apaga.
Mas tenho receio que o Académico não possa viver muito mais tempo na sombra do que foi a grandeza anterior. Este capital que temos não vai durar para sempre e está a altura de começarmos a crescer. Uma das coisas que sempre me preocupou foi olhar para estas bancadas e encontrá-las vazias. Para quem viu o que eu vi nos anos 80, foi uma desilusão. Nunca pensei que a cidade andasse tão afastada deste clube. O Académico de Viseu chegou a ser nos anos 80 o terceiro clube com maior audiência [do país]. É fundamental um clube oferecer esse serviço à cidade para ganhar terreno?
Julgo que sim. Se bem que
podíamos seguir aqui por outra conversa. Estava na hora de alguns cubes se sentarem à mesma mesa e pensar que podiam fazer um projecto de formação muito maior, muito mais afirmativo e com muito mais qualidade. Esta é uma posição pessoal, mas julgo que devíamos deixar de ter tantas quintinhas, unirmonos mais e conseguir mais resultados.
Ajuda-nos a evoluir. Quer contar-nos, com mais detalhe, as razões que levaram a que o acordo com o empresário Fernando Mendes abortasse?
Tivemos negociações com Fernando Mendes, ofereceu-nos uma série de condições que à partida podiam ser vantajosas, só que, tendo em consideração a situações que nos levaram a grandes Há muitas escolas de forma- problemas no passado, esta ção de futebol numa cidade administração quis garancomo Viseu? tias para que o negócio puHá muitas escolas e não desse avançar e essas garansei se estão todas em condi- tias [bancárias] não foram ções de afirmar que fazem prestadas. uma formação muito qualitativa. Podia haver uma forMas achava vantajosa a proposta do empresário Fernando ma de nos associarmos e seMendes? ria até mais eficiente, mas este é o país das quintinhas. Sim. Estamos a falar de um empresário que queria A adesão do Académico às colocar quatro ou cinco joredes sociais chegou com o gadores no Académico de projecto de comunicação que Viseu a custo zero. Este cluestá a implantar no clube. Qual be, como os outros, tem que é a sua ideia? começar a aprender que não A primeira perspectiva pode viver para sempre decom as redes sociais em pendente de apoios públique temos trabalhado mais, cos. Temos que começar a nomeadamente, facebook trilhar o nosso próprio cae twitter é poder passar in- minho e, nesse sentido, era formações em tempo real apetecível. A verdade é que, relativamente à vida do clu- se as coisas corressem mal, be. Agora, é obvio que que- o nome que lá constava e a remos potenciar outro tipo responsabilidade era semde situações. O principal ob- pre do Académico e não do jectivo é poder interagir e empresário. poder ter o feedback do que os nosso adeptos e os viseDesportivamente, apostaram num treinador fora de enses pensam sobre o clube.
A “Se a equipa não tiver resultados em campo será difícil trazer as pessoas” Viseu (Lima Pereira), mas com um plantel composto por muita gente da região. Entende que é essa a melhor receita para o sucesso?
Esta é uma aposta da direcção do Académico. O presidente há muito tempo que tem seguido esta política no sentido de tentámos procurar ter um clube sustentável. E como é que a sustentabilidade poder ser assegurada? Com atletas que sejam formados no Académico, que tenham os mesmo valores do clube, que sintam o peso da camisola. Queremos soldados e não mercenários. Daí termos garantido a maior parte da equipa do ano passado, pelo menos os atletas que foram referenciados com potencial para continuar. Depois fizemos algumas contratações em diálogo com o treinador, mas a preocupação foi ter jogadores da região. Numa série com mais quatro equipas de Viseu, e com tantos derbies que vão ser disputados, será esta época uma espécie de “prova dos nove” para o Académico?
Sem dúvida. Mas vemos vantagens neste quadro. Estamos a falar de muitos derbies regionais o que será interessante para fazer com que o público venha ao estádio. Também será interessante para galvanizar os jogadores do Académico e das outras equipas Era importante que os clubes deixassem de estar tão dependentes das verbas das autarquias?
meçar a aprender que não se pode viver sempre à mesa do orçamento.
considerar que precisa de mais um, dois, ou três jogadores a direcção está empenhada em fazer esse esforço Até onde pode ir o Académico? se for necessário. Portanto, Pelo menos até à segun- admitimos novos reforços. da liga. Quando chegamos a uma primeira divisão estaO que será para si uma época de sucesso? mos a falar de um orçamento brutal. O sucesso da equipa será a subida de divisão, claramenÉ inglório pensar nos velhos te. É um objectivo, porque o tempos de uma equipa na Académico de Viseu precisa Primeira Liga? de descolar deste nível. Um Quando conseguirmos clube como este não podia ser o tal símbolo da região aparecer e dizer que não é toda, não tenho dúvida que candidato à uma subida. É conseguimos lá chegar. No fundamental. passado tínhamos sócios do Lusitano ou do Viseu Fala-se na possibilidade de um investimento estrangeiro no Benfica que eram sócios do clube que poderá passar pela Académico de Viseu. Hoje chegada de jogadores de um em dia, se calhar já não são. país asiático, a custo zero, ao Portanto, o Académico tem Académico de Viseu. Há algum que conseguir passar para fundo de verdade nisto? outro nível. Não lhe queria chamar o efeito eucalipto, Desconheço. Estamos mas precisámos de fazer se- numa altura de muito folcar um bocado à nossa vol- clore, mas não conheço. ta para sermos a verdadeira potência da região. Era uma solução aceitável? Tudo que seja a custo zero Como? são soluções positivas para Com resultados, com uma o clube. Agora teríamos que nova comunicação, com nos sentar e perceber… uma nova forma de abordar a cidade. Mostrar que O que são soluções positivas? vamos muito para além do Que não tragam mais enfutebol e que estamos aqui cargos ao clube. Se há uma para percorrer o caminho coisa que satisfaz a direclado a lado na afirmação de ção é o facto de termos ouViseu. vido do revisor de contas que há mais de 20 anos que Qual é o orçamento do o Académico não tinha uma Académico? gestão tão rigorosa e uma Andará à volta dos 150 mil situação tão equilibrada euros. em termos financeiros. Isto quer dizer muita coisa. Como o Académico ficou isento na Taça de Portugal, começa o campeonato só em Setembro. Até lá, pode esperar-se o reforço da equipa?
O Académico não podia estar a aproveitar melhor a oportunidade de ter na secção de natação dos melhores atletas do país?
Era desejável que isso acontecesse. Devíamos esSim. Continuamos no tar mais virados para a ini- mercado todos os dias. EstaTemos aproveitado. O ciativa privada. Os próprios mos em diálogo aberto com Académico de Viseu não é empresários vão ter que co- o treinador e se o treinador só futebol, o clube é só um.
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Nuno André Ferreira
José Lorena
região
A Os adultos só podem ser responsáveis por dois menores para entrar no local
Utentes queixam-se nas piscinas municipais de Viseu Menores ∑ Falta de segurança é o argumento dos SMAS para impedir entradas Um número signif icativo de pessoas têm desistido de entrar nas piscinas municipais de Viseu por serem impedidas de entrar quando são acompanhadas de mais de duas crianças menores. As reclamações são apresentadas verbalmente aos funcionários camarários que fiscalizam a entrada e que impõem o cumprimento de um regulamento oficial. O Jornal do Centro registou este facto no local e obteve da funcionária da Câmara Municipal de
Viseu a explicação: “Não é permitida a entrada de um adulto que seja acompanhado por mais de duas crianças com menos de 12 anos”. É pedida uma explicação para o facto e, em resposta, fica a saber-se que a medida “faz parte do regulamento” determinado pelos Serviços Municipais de Água e Saneamento (SMAS) da Câmara Municipal de Viseu. E para que se saiba um pouco mais e até a justificação, é explicado que “se o adulto estiver dentro de água com as três crianças podem
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Restaurantes Pastelarias Talhos Cozinhas Estantarias Mobiliário de escritório Gelatarias Panificadoras Lavandarias Ar Condicionados Assistência Técnica Estrada de Silgueiros Km 1.3 / Lugar da Alagoa / 3500-543 Viseu Tel.: 232 952 022 / Fax: 232 951 176 e-mail: polomagnetico1@gmail.com
acontecer acidentes indesejáveis”. As novas piscinas da autarquia (geridas pelos SMAS) possuem, no entanto, nadadores salvadores que estão atentos aos movimentos dos banhistas que procuram o espaço. De acordo com informações recolhidas, é considerável o número de pessoas que, por este facto, abandona as piscinas com desagrado e tristeza, sobretudo dos mais pequenos. José Lorena
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Ministro recuou aos tempos de juventude em Viseu
“Recordo os matrecos da Feira de S. Mateus” O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro dos Santos Pereira nasceu em Viseu em 1972. É um dos mais novos membros do actual Governo liderado por Pedro Passos Coelho. O novo governante aceitou inaugurar a Feira de S. Mateus e regressou à cidade onde passou a infância e a juventude. E recordou algum do passado na cidade, antes de ter saído, com 16 anos, para continuar os estudos em Coimbra. “Continuei a manter ligações à cidade desde então”, disse Álvaro dos Santos Pereira, que até acabar os estudos superiores vinha a Viseu “com
muita frequência”. Mas a vida universitária levou-o depois para Inglaterra e para o Canadá, onde estava quando foi convidado para o Governo pelo actual primeiro.ministro. Continuava a visitar a cidade com frequência. “É a primeira vez que venho a Viseu desde que tomei posse”, contou, prometendo que, nas funções de ministro, deseja voltar “mais vezes. Como grande memória da tradicional Feira de S. Mateus recorda “não os brinquedos de madeira, mas sim os matrecos e os chocolates”. JL
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SÃO PEDRO DO SUL | REGIÃO 13
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Centena de ovelhas mortas na serra Suspeitos∑ O proprietário de São Pedro do Sul desconfia de lobos ou cães famintos Mais de uma centena de ovelhas apareceram mortas na manhã de terça-feira em São Pedro do Sul com ferimentos semelhantes aos provocados por ataques de cães ou lobos. A GNR foi alertada para a matança e, segundo adiantou à Lusa o tenente-coronel Paulo Fernandes, das relações públicas do comando distrital de Viseu, verificou a existência de dezenas de animais mortos e outros com ferimentos. O of icial notou que “algumas das carcaças apresentavam já sinais de decomposição enquanto outras eram mortes recentes”, de animais pertencentes a um rebanho com cer-
ca de 190 ovelhas das quais cerca de 1 20 foram mortas e outras feridas. O proprietário do rebanho, que se encontrava confinado a uma área de cerca de quatro hectares em São Pedro do Sul, admitiu à Rádio Lafões, que os sinais existentes apontam para ataque de canídeos, sendo os suspeitos as alcateias de lobos ou matilhas de cães. Para o biólogo Gonçalo Brotas, que trabalha na área da protecção do lobo ibérico, cuja espécie tem alcateias confirmadas nas serras da região, a existência de vários animais mortos sem aproveitamento para a alimentação do predador “não é um comportamento típi-
co do lobo”. No entanto, Gonçalo Brotas sinaliza à Lusa que o facto de as ovelhas estarem confinadas a uma cerca pode levar a alterações no comportamento típico das alcateias. Mas entende que “só uma análise especializada pode determinar se se trata de ataque de lobos ou cães assilvestrados”, adiantando que “neste momento já há análises ao ADN que dão segurança à conclusão”. Para já as autoridades municipais de saúde animal foram inteiradas da situação e, segundo o tenente-coronel Fernandes, da GNR de Viseu, “a prioridade é, depois das análises necessárias, proceder ao tratamento das carca-
ças” que devem ser enterradas ou incineradas em local próprio. “Este procedimento passa por um acompanhamento de proximidade e, se se verificar necessário, serão chamados elementos do serviço de protec-
ção da natureza da GNR para garantir que a saúde pública não é posta em causa”, apontou o oficial da guarda à Lusa. O oficial admitiu que este é um caso “atípico” até porque, como sublinha, “há vários meses, ou
mesmo anos, que não havia conhecimento de ataques com esta dimensão” e, no correr da frase, frisou que, “para já, a GNR não tirou conclusão alguma deste episódio”. Lusa
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19 | Agosto | 2011
ABERTO CONCURSO PARA 17 PROFESSORES
A Associação Cultural e Recreativa de Vouzela Vai realizar-se, na vila, de 29 de Agosto a 2 de Setembro, o V Estágio de Música, promovido. Trombone, saxofone, clarinete, percussão, flauta, tuba, fagote, trompete, oboé e trompa são os dez instrumentos disponíveis neste estágio. A formação tem um preço de 40 euros que inclui os almoços de terça a sexta e o jantar de sexta-feira. As inscrições estão abertas e podem ser efectuadas até dia 25 de Agosto para o mail acrvouzela@gmail.com ou pelos telemóveis 963 613 936 ou 964 813 831.
A Naquela zona industrial situa-se a empresa sueca Borgstena
plica Goreti Quelhas, uma das professoras, que monitoriza os ateliês de expressão plástica. Todos os dias a média de crianças que participa nas actividades ronda os 12 miúdos. David, de nove anos, é um deles. Já aprendeu a fazer brigadeiros, a tocar acordeão e órgão, mas aquilo que mais gostou foi “ir à piscina”. As férias culturais, que terminam no dia 26 deste mês, realizam-se pela primeira vez este ano, mas a intenção é repeti-las nos próximos verões.
Feira de Caça em Alvite
Câmara avança com estação elevatória Projecto ∑ Resolução da poluição na Ribeira de Pantanha A Câmara Municipal de Nelas vai construir uma estação elevatória para recolha de efluentes da zona industrial de Chão do Pisco que permite resolver o problema de poluição na Ribeira da Pantanha, garantiu hoje o vice-presidente da autarquia. Naquela zona industrial situa-se a empresa sueca Borgstena, que produz estofos para automóveis e que “tem um problema com as suas águas residuais”, explicou Manuel Marques à agência Lusa. Em janeiro de 2008, o presidente da AZU, António Minhoto, denunciou que a Ribeira da Pantanha apresentava uma espuma branca e malcheirosa numa extensão de quatro quilómetros, entre a Barragem Velha da Urgeiriça e o Rio Mondego. Na sequência desta denúncia, Manuel Marques dis-
se que António Minhoto era “um terrorista político” que queria “destruir o concelho de Nelas”, o que levou a AZU a apresentar uma queixa-crime por difamação (que resultou na absolvição do vereador). Hoje, em comunicado, a AZU referiu que a decisão da autarquia mostra que as preocupações de António Minhoto, “em geral, eram justas, e que este atraso só prejudicou
Obras em Setembro
o meio ambiente, as populações envolventes, a fauna e a flora, tendo também causado danos à qualidade turística das Caldas da Felgueira”, onde existem umas termas. “Fica assim bem patente ainda que ‘terrorismo político’ e ‘destruição do concelho’ é atrasar medidas que defendam esse mesmo concelho”, acrescentou.
∑ O vice-presidente da autarquia acrescentou à Lusa que a ETAR será também sujeita a algumas obras, uma vez que há necessidade de as águas industriais “quando entram na lagoa já irem tratadas, para que os seus parâmetros se aproximem dos das águas domésticas”. Manuel Marques confirmou que as obras vão começoar em Setembro
DR
ESTÁGIO DE MÚSICA EM VOUZELA
Por estes dias, as aulas de culinária, artes manuais ou inglês ocupam miúdos dos seis aos 14 anos na Escola Básica 2,3 de Moimenta da Beira. “Pode parecer fora do normal passar as férias dentro do recinto escolar, mas o certo é que estas são as férias mais culturais oferecidas pela autarquia. E os miúdos até gostam; adiantou a Câmara em comunicado A razão para um programa que até inclui prevenção rodoviária e saúde é “diversificar ao máximo as actividades e motivar as crianças para temas diferentes”, ex-
DR
Termina esta sexta-feira, dia 19, o concurso para a contratação de 17 técnicos (professores) para o desenvolvimento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), no Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, para o ano lectivo 2011/2012, nas áreas de Actividade Física e Desportiva (3), Inglês (5), Música (5) e Actividades LúdicoExpressivas (4). A formalização das candidaturas deve ser feita no sítio da internet da Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação (www.dgrhe. min-edu.pt), devendo os candidatos entregar pessoalmente, na secção de recursos humanos da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, os documentos exigidos no Aviso de Abertura.
Férias de Verão em escola de Moimenta
Cerca de um milhar de pessoas passou pela I Feira de Caça da Nave, em Alvite, onde pela primeira vez em Portugal foi realizada uma prova de trabalho de cão coelheiro. Num campo fechado com cerca de 1000 metros quadrados, foram recriadas as condições naturais para a prova que contou com 40 parelhas de cães a concurso. Coube ao júri avaliar o desempenho e astúcia dos cães na caça ao coelho. Para além das provas de trabalho de cão coelheiro que atrairam participantes de todo o país, estiveram distribuídos pelo campo de futebol de Alvite diversos expositores relacionados com a actividade cinegética. No recinto mais de 300 cães de caça estiveram à venda, aos quais se juntou
uma mostra da fauna selvagem com o coelho bravo, a perdiz vermelha e o javali. No discurso de abertura da feira, o presidente da autarquia José Eduardo Ferreira realçou a maisvalia económica do evento que promete repetir-se no próximo ano. “Devemos continuar a divertir-nos com a caça mas aproveitála do ponto de vista económico porque esta é uma região privilegiada”. De acordo com o autarca o certame valoriza acima de tudo os recursos da região. “A caça é um bem económico com um valor significativo e um factor de valorização da nossa zona. Temos belíssimas serras, temos de aproveitar os nossos recursos e integrálos nos roteiros turísticos”, acrescentou.
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SERNANCELHE | S. PEDRO DO SUL | TONDELA | REGIÃO 15
19 | Agosto | 2011
MP pede 25 anos para acusado de ter assassinado o pai e a madrasta VIOLADA Viseu. A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 60 anos suspeito de ter abusado sexualmente de uma menina, em Viseu. A menina, com menos de 10 anos de idade, terá sido abusada num bar de uma coletividade que frequentava habitualmente, onde o suspeito trabalhava. O detido, casado, não tem relações de parentesco com a vítima. O homem, que segundo a PJ não tem antecedentes criminais, apenas terá abusado da menina uma vez, já que a criança terá contado aos pais de terão avançado com a denúncia.
O Ministério Público (MP) pediu a pena de 25 anos de prisão para o homem acusado de ter assassinado o pai e a madrasta com tiros de caçadeira, em Julho de 2010, em Tondela. Durante as alegações finais, na terça-feira, a procuradora do MP justificou a pena máxima – em cúmulo jurídico, pelos dois crimes de homicídio qualificado – com a “especial perversidade” do sucedido. Segundo a acusação, a 27 de Julho de 2010, após “nova discussão” com a madrasta na cozinha, ter-lhe-á “desferido vários golpes” na cabeça e numa mão com um machado usado para a carne,
tendo depois a mulher fugido para o exterior. O pai saiu do carro e foi ao telefone da cozinha tentar pedir auxílio, mas Paulo apontou-lhe a arma e atingiu-o na cabeça e no pescoço e, depois de a voltar a carregar, foi para o quintal e atingiu também a madrasta na cabeça. Paulo Ferraz, que era funcionário administrativo do hospital de Tondela, foi acusado de ter matado o pai e a madrasta, dois professores reformados com quem vivia em Póvoa de Baixo, na sequência de “frequentes desavenças”. Durante o julgamento, Paulo Ferraz admitiu os factos da acusação, mas quando questionado sobre o que o motivou, res-
Nuno André Ferreira (Arquivo)
Tondela ∑ O crime aconteceu em Julho de 2010
A A sentença vai ser lida a 12 de Setembro, 14 meses depois do crime pondeu que foi “o avolumar de situações”, não conseguindo concretizar o que esteve na origem dos desentendimentos. Publicidade
INCÊNDIO Penalva do Castelo. Um incêndio, no dia 12, em Penalva do Castelo, foi dominado por 200 bombeiros que combateram duas frentes de fogo durante várias horas. No local chegaram a estar 203 elementos, incluindo equipas de avaliação e de uso de fogo no terreno, com a ajuda de aviões bombardeiros médios. As chamas chegaram ao concelho vizinho de Aguiar da Beira, já no distrito da Guarda.
Floresta de Vouzela patrulhada a cavalo
BURLA Viseu. Um carpinteiro de 50 anos, residente em Viseu, foi burlado em 120 mil euros por um falso funcionário de uma agência de mediação financeira quando tentava obter um crédito de 60 mil euros. António Pereira disse ao Correia da Manhã que andava com dificuldades “em pagar umas dívidas” e quis fazer um crédito. Em Maio, viu anúncios de uma empresa a “oferecer crédito rápido”, e não hesitou em contactá-la.
Desde de Julho que a floresta do concelho de Vouzela está a ser patrulhada por uma equipa constituída por dois homens a cavalo. De segunda a sexta-feira, e esporadicamente também ao fim-de-semana, esta patrulha percorre cerca de 40 quilómetros pela floresta, saindo de Vouzela em direcção ao Monte da Senhora do Castelo, Serra da Manga e regresso. Depois de cumprirem a jornada diária de trabalho, estes dois voluntários da vila de Vouzela estão ao
dispor da protecção civil das 17h30 até às 21h00. Esta equipa, inédita no distrito de Viseu, juntase assim às restantes do Voluntariado Jovem para as Florestas que estão no terreno desde 16 de Julho. “O Município de Vouzela espera que a presença desta patrulha a cavalo tenha um efeito dissuasor de actos de fogo posto, naqueles que são alguns dos pontos mais sensíveis do concelho, a nível de perigosidade de incêndio”, comenta o presidente da autarquia, Telmo Antunes.
Duas tias que estiveram com Paulo Ferraz após os homicídios contaram ao tribunal que este lhes disse: “Já está, acabaram-se
20 anos de tortura física e psicológica”. A decisão do Tribunal de Tondela será conhecida a 12 de Setembro. Lusa
Jornal do Centro
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educação&ciência Fecham 36 escolas em nove concelhos
Jornal do Centro (arquivo)
Setembro ∑ Concelho de Viseu é o mais afectado. ∑ Autarquia não considera prejudicial
S. João da Pesqueira Resende
Cinfães
Armamar
Lamego
Tarouca
Tabuaço
Moimenta da Beira
Penedono
Castro d’ Aire Sernancelhe
Vila Nova de Paiva
S. Pedro do Sul Satão
Oliveria de Frades Viseu
Vouzela
Penalva do Castelo
Mangualde Nelas
Tondela
Da lista das 297 escolas que já não reabrem as portas no próximo ano lectivo, tornada pública pelo Ministério da Educação, o distrito de Viseu vê fechar 36. A decisão de mandar encerrar mais cerca de 300 escolas em todo o país nasceu do acordo estabelecido com a Associação Nacional de Municípios, em que o Ministério da Educação faz saber que respeitou os argumentos dos autarcas e não forçou fechos. No distrito, Viseu é o concelho mais afectado com o fecho de 11 escolas (ver quadro) em várias freguesias. Para o vice-presidente da Câmara Municipal, Américo Nunes, a autarquia
não considera prejudicial para o concelho as 11 escolas assinaladas para não receberem mais alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, uma vez que não se trata de um encerramento. O autarca acrescentou que as crianças vão ser integradas em outras escolas ou em novos centros escolares, como acontece em Rio de Loba. Quanto aos edifícios, irão receber outros projectos ou então albergar o ensino pré-escolar. Lamego é o segundo concelho do distrito mais afectado com o fecho de seis escolas, uma delas na própria cidade. “Em Lamego, os jovens alunos serão transferidos para o novo Centro Escolar de Lamego, uma infra-
estrutura dotada de instalações e recursos adequados para proporcionar melhores condições de ensino. A construção deste moderno equipamento, tem o objectivo de dotar de melhor qualidade o ensino pré-escolar e 1º Ciclo, eliminando a diferenciação entre escolas grandes e pequenas, entre escolas rurais e urbanas”, justifica o presidente da Câmara, Francisco Lopes, ao defender o actual reordenamento do ensino pré-escolar e 1º Ciclo. Tondela e Penalva do castelo são os concelhos menos afectados nas escolas do Ministério, fecha apenas uma escola em cada município.
Carregal do Sal CONCELHOS
Mortágua S. Comba Dão
Concelhos do distrito de Viseu afectados pelo fecho de escolas primárias
Lamego Mangualde Mortágua Nelas Penalva do Castelo S. Pedro do Sul Tondela Viseu
Nº 6 3 4 5 1 2 1 11
Vouzela
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ESCOLAS QUE VÃO FECHAR Avões de Lá / Ferreiros / Medelo / Nº1 de Lamego / São Geão / Sande Fornos de Maceira Dão / Lobelhe de Mato / Nº1 de Mangualde Espinho / Vale de Açores / Vale de Remígio / Mortágua Folhadal / Senhorim / Nelas / Moreira / Vila Ruiva Vila Cova do Covelo Sá / Freixo Santa Ovaia de Baixo Paraduça / Vila Chã do Monte / Bassim / Prime / Carragoso / Vila Corça Rio de Loba / Folgosa / Queirela / Várzea / Couto de Baixo Carvalhal de Estanho / Vasconha / Queirã
Emília Amaral
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Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
economia Lafões aposta na produção de mirtilo
DR
Aposta ∑ Jovens empresários lançam novos projectos
A Alguns pomares de mirtilos em Lafões já têm dois anos Publicidade
Os três concelhos da região de Lafões oferecem boas condições para a produção de mirtilo, um fruto vermelho que começa a ser apreciado em Portugal e que é consumido em quase todos os países da Europa central e do norte. QuemodizéTiagoRosa, técnico da Associação de Produtores Florestais VerdeLafões que já apresentou uma dúzia de projectos ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) para a instalação de jovens agricultores na produção de mirtilo. Dos projectos apresentados, uma dezena foram aprovados. A VerdeLafões prepara-se agora para submeter mais iniciativas de jovens empresários ao mesmo programa comunitário. De acordo com o referido técnico, a vontade de produzir mirtilos também já
chegou a concelhos como Tondela e Mangualde, onde existem duas iniciativas empresariais também aprovadas. O mirtilo não é uma produção tradicional em Portugal. Há algumas décadas que esta baga doce é produzida na região de Sever do Vouga e, mais recentemente, também em alguns locais do Alentejo. Embora em Portugal comece a haver algum interesse no mirtilo, que integra uma apreciada gama de frutos vermelhos, é em países como a Alemanha, Holanda França e Espanha que é mais apreciado. Mesmo sem projectos de apoio aprovados, existem dois jovens agricultores da zona de Lafões que já possuem duas plantações de um hectare cada. José Lorena, com LUSA
PALÁCIO DO GELO PATROCINA ACADÉMICO DE VISEU
Pelo terceiro ano consecutivo, o Palácio do Gelo Shopping patrocina o Académico de Viseu Futebol Clube. Com a inserção da marca do centro comercial nas camisolas do clube, o Palácio do Gelo “reforça o seu grande envolvimento com a comunidade e incentiva o desporto e o espectáculo associado”, justifica a direcção da estrutura comercial em comunicado.
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18 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
Fotos: Emília Amaral
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Hotel Canino e Felino com lotação esgotada em Campo de Besteiros Investimento ∑ Projecto nasce da falta de estruturas em Portugal para acolher animais e da necessidade de acabar com o abandono edifício construído “numa zona calma para os animais”, junto à Ribeira integrado numa quinta de mais de três hectares, está equipado com ar condicionado, dispõe de um consultório veterinário específico, uma enfermaria, sala de higienização para banhos e tosquias, gatil com três gatis individuais e espaço exterior, canil com zonas de interior e de exterior interligadas e uma zona de recreio com um relvado para os animais poderem fazer exercício. A diária pode ir de cinco a 10 euros, só estadia, com
acompanhamento 24 horas, por uma equipa de quatro pessoas. Um preço considerado acessível para quem muitas vezes se vê impedido de ir de férias ou de concretizar projectos pessoais, pelo facto de as instâncias hoteleiras em Portugal não permitirem o acolhimento de quatro patas. “O hotel veio permitir muitas coisas, para quem vem e para quem sai da região, mas também para conseguirmos sensibilizar a opinião pública de que o lidar com os animais tem que ter cada vez mais condições e,
cada vez mais, as pessoas têm que olhar para os animais como companheiros”, adianta Jaime Matos proprietário do Hotel Canino e Felino. A “ideia antiga” que foi sendo consolidada com o trabalho desenvolvido na clínica de Tondela de que os dois veterinários são proprietários desde 1995, à medida que eram solicitados por donos para deixar os animais de companhia. Um problema: “Realmente é uma necessidade para melhorar e solucionar muitos problemas. Um deles é o abando-
no, as pessoas nem sempre têm um local onde deixar os animais e esse é um dos motivos. O hotel vem também contribuir para diminuir e evitar os abandonos”. A receptividade dos clientes está a corresponder às expectativas que eram altas uma vez que “o investimento veio na sequência de uma necessidade que existia”. E porque acreditam “na viabilidade” futura deste projecto, os veterinários avançam que o investimento de 200 mil euros no hotel é apenas uma parte do projecto que está pen-
sado em duas fases. “Está preparado para crescer e acredito que vamos conseguir crescer”, admite Jaime Matos ao anunciar a criação de uma escola de treino de animais. “Os animais têm cada vez mais importância na sociedade e nós temos a obrigação de sensibilizar, mas também fornecer estruturas necessárias que permitam às pessoas adquirir um animal”, termina.
Prorietários
Localização
Canil
Interiores
Gatil
Exteriores
Judite Matos e Jaime Matos, Veterinários, proprietários de uma clínica veterinária em Tondela, estudaram o projecto durante mais de uma década.
Situado numa zona calma, a clínica com cerca de mil metros quadrados goza de uma harmonia entre tranquilidade, espaço e bons acessos à zona urbana.
O Hotel dispõe de vários canis amplos divididos por uma área interior e outra exterior, em que os animais podem optar e desfrutar
A par dos canis e dos gatis disponíveis para acolher os animais de quatro patas, o complexo dispõe de uma área de aposentos para a equipa que acompanha os hóspedes 24 horas por dia.
Os gatos hospedados no Hotel Canino e Felino pode ficar acompanhados ou num gatil individual consoante a sua personalidade e habituação ao espaço.
O projecto foi pensado no bem-estar dos animais e, por isso, acrescentou-selhe uma zona de exercício físico e brincadeira.
P re o cupados com o abandono dos animais domésticos de quatro patas, e impulsionados pela procura, os veterinários Judite Matos e Jaime Matos, inspiraramse num canil de sul de França e resolveram a avançar com o velho sonho de construir um hotel para acolher cães e gatos. O Hotel Canino e Felino Vale de Besteiros, em Campo de Besteiros, Tondela, único na região de Viseu, foi inaugurado em Junho e está nesta altura lotado. Numa área de mil metros quadrados há espaço para tudo. O
Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
Perfil
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 492 DE 19 DE AGOSTO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
SUPLEMENTO
v Fachada da Casa da Ínsua Textos: Andreia Mota Grafismo: Nuno Rodrigues Fotos: Nuno André Ferreira
SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE PENALVA DE CASTELO
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v Triologia de excelência dos produtos de Penalva do Castelo
Vinho, Queijo Serra da Estrela e Maçã Bravo de Esmolfe são exemplos
No regaço do Rio Dão, entre montes e vales, surge Penalva do Castelo, cuja história nos remete para a beleza e generosidade da mãe Terra. Outrora foi conhecida como Vila Nova de Santo Sepulcro, devido ao facto de aqui se ter instalado a Ordem Militar e Canónica de Jerusalém, que assume aquela designação. Castendo é outra da toponímia aplicada ao concelho. O nome pelo qual hoje é apelidado teve origem na existência de uma antiga fortaleza, localizada na margem direita do rio Alva, da qual não existem vestígios. A mais antiga referência que se conhece a “Pena Alva” diz respeito à tomada do castelo aos mouros pelo rei de Leão e Castela, Fernando - o Magno, em 1058, depois das conquistas de Lamego e Viseu. Acredita-se que o núcleo primitivo da vila se localizaria nas margens do rio Om, actual Dão, entre este e o rio Coja.
Os forais, enquanto as mais antigas células da organização política e administrativa, fazem-nos recuar no tempo e pensar na Penalva dos reis. O mais antigo documento do género a fazer referência ao concelho é o de Azurara da Beira (hoje, Mangualde) e remete-nos para a data de 1102, sob a égide do Conde D. Henrique. Castendo recebeu carta de foral de D. Sancho II em 1240 e D. Manuel I outorgou-lhe novo foral em 10 de Fevereiro de 1514. Primitivamente Castendo, Penalva do Castelo passou a designar-se pelo nome actual por decreto de 4 de Agosto de 1957. Ainda hoje, porém, é costume algumas pessoas, sobretudo as mais idosas, referirem-se à vila pelo topónimo antigo. Com uma área de 140 quilómetros quadrados, possui cerca de 9 mil habitantes dispersos por treze freguesias: Antas, Penalva do Castelo,
Esmolfe, Germil, Ínsua, Lusinde, Mareco, Matela, Pindo, Real, Sezures, Trancoselos e Vila Cova do Covelo. A vontade e o labor das suas gentes têm permitido uma grande revitalização económica, sobretudo graças a uma triologia de excelência: o vinho, a maçã Bravo de Esmolfe e o queijo Serra da Estrela. A estes recursos endógenos juntamse ainda o caldo casado da região, o calde de cebola, as papas laberças ou caldo de papiço, os torresmos de vinha de alhos, as migas de broa de centeio, o arroz de grelos com chouriça caseira, a açorda de pão de trigo com bacalhau e ovos e os bolos de azeite. A terminar a refeição impõem-se o arroz doce, as filhós e rabanadas e os pastéis de feijão “Castendo”. Mas não é só de gastronomia que se faz o município. A vertente turística tem também a dizer de sua justiça. O património arquitectónico de inte-
resse é vasto e interessante. Podemos destacar a Casa da Ínsua e o Solar dos Albuquerques (segunda metade do séc. XVIII), um dos exemplares de casas solarengas na Beira; o Pelourinho; a Igreja da Misericórdia, de traça barroca; as pontes romanas de Castelo de Penalva e Trancozelos; as ruínas do Mosteiro do Santo Sepulcro; a capela da Senhora do Ó, em Corga. Há ainda sepulturas antropomórficas e a anta da Serra de Esmolfe... alguns dos testemunhos que atestam o povoamento pré-histórico da região. O presente do município é agora diferente e demonstra que tem sabido conservar a tradição e as marcas do passado, mas com um olhar no futuro e no desenvolvimento.
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Leonídio Monteiro satisfeito com o concelho Leonídio Monteiro Preside à Câmara Municipal de Penalva do Castelo há 18 anos – esteve entre 1986 e 1993, e regressou em 2002 até hoje. Numa altura em que se prepara para completar o seu último mandato no cargo faz um abalanço do trajecto, sem esquecer uma abordagem à caracterização do município, cuja área vital é a agricultura, mas que começa a dar os primeiros passos no turismo.
O que foi feito neste período? Quando cheguei à autarquia, no primeiro mandato, andámos a fazer electrificação em várias freguesias, onde não havia telefones e um conjunto de infra-estruturas que hoje consideramos básicas. Posteriormente, avançámos para os esgotos, águas, estradas e outros equipamentos que hoje satisfazem as populações. Alguns desses exemplos são as Piscinas Municipais, o Pavilhão Gimnodesportivo, no qual decorrem obras de beneficiação e a Biblioteca Municipal. Temos feito uma grande esforço na área do apoio social, na qual se tem feito um trabalho importante, o que nos permite uma cobertura fantástica ao nível de centros de dia e lares. Neste momento, são estas as nossas grandes áreas ao nível na utilização de mão obra, sobretudo feminina. O sector do Turismo também tem crescido bastante e, neste âmbito, temos a sorte de ter uma unidade hoteleira sediada na vila, um hotel de charme na Casa da Ínsua e vários espaços de turismo de habitação. Apesar de termos um concelho bastante rico ao nível da agricultura, esse factor torna-se em pobreza para quem nela trabalha, pois os custos de produção esgotam a mais-valia que poderia estar associada. Esta é uma problemática que urge inverter e que só se conseguirá através da valorização dos produtos agrícolas. Há outro problema importante e dramático que ainda não se conseguiu resolver: o desemprego. Para isso, precisamos de políticas a nível nacional. O que verificamos é que os nossos jovens acabam por ir para a universidade e são muito poucos aqueles que regressam ao concelho. Precisamos de criar um nicho de empreendedorismo e oportunidades para que os mais novos possam fixar-se no Interior, dan-
do-lhes facilidades e apoio. A este propósito estamos, neste momento, a avançar com a Zona Empresarial e queremos dotá-la de condições, de modo a que sejam criados postos de trabalho e se aposte em novas tecnologias. Este será o seu último mandato. Sai satisfeito? Sim. O grande drama das autarquias é querer fazer sempre mais do que aquilo que se conseguiu, mas a minha preocupação foi adequar as intervenções à capacidade financeira do município. Somos dos poucos que paga a 12 dias, que não tem dívidas e consegue manter uma boa posição em termos de obras estruturadas. A circular da vila, por exemplo, tem sido feita de forma faseada, quando gostava de poder fazê-la de uma só vez. Também queria poder fazer duas zonas empresariais, dado que esta está ligada à indústria pesada e falta uma vocacionada para outros sectores. Mas sem recursos financeiros é difícil.
produção e os cobrados aos consumidores são outros aspectos importantes. Para isso, seria positiva a criação de uma entidade associativa, que permitisse fazer a ponte entre os produtores e os consumidores. Com a abertura, há dois anos, do Hotel da Casa da Ínsua nota-se que começa a haver uma nova aposta no turismo, atraindo muitas pessoas. Penalva do Castelo é, de facto, um pequeno paraíso, que mantém a sua pureza e merece ser visitado e fruído nas suas diversas vertentes.
As vertentes desportiva e cultural têm contribuído? Sim, são um veículo de transmissão, dada a boa representatividade que temos tido a nível nacional. Ao nível do futebol, dois atletas saíram das camadas jovens do Penalva: um que é guarda-redes do Valência e outro foi para o Sporting. E porque o desporto ajuda a viver e queremos que as pessoas vivam melhor, temos acarinhado este sector, nomeadamente através dos Jogos Desportivos, onde v Interior da Biblioteca Municipal O que gostava de fazer durante estes se reúnem centenas de participantes. O mesmo acontece com a música, onde dois anos que faltam? Muita coisa, mas isso depende mais de si- temos muitos jovens que estão a atingir cartuações externas, nomeadamente de apoios reiras de topo. É uma área em que as assoque se possam conseguir através do Quadro ciações também têm trabalhado muito, orde Referência Estratégico Nacional (QREN), ganizando encontros de cantares, de tunas do que da minha vontade. Se pudermos obter e de bandas. Temos uma diversidade muito recursos comunitários, temos as contas em grande e uma actividade cultural intensa. dia e as condições para os aproveitar, dado O que podem os visitantes conhecer que a capacidade de endividamento da Câno concelho? mara é superior a 50 por cento. Se for uma pessoa que goste de história Melhorar o recinto da feira semanal, continuar a fazer a circular, lançar o Auditório pode começar pela Anta do Penedo do Com, Municipal e requalificar o Campo Desporti- em Esmolfe; e passar pelas diversas sepulvo da Cerca são alguns dos exemplos de in- turas antropomórficas que se encontram não v Circular à vila tervenções que ainda queria implementar. só nesta localidade, mas também em Sezures, em Pindo e em Castelo de Penalva. Outra possibilidade é fazer os percursos Quais são as imagens de marca do pedestres do Caminho dos Galegos (tammunicípio? A nossa triologia de excelência produti- bém Caminho de Santiago) em Mareco e da va: o Vinho, o Queijo Serra da Estrela e a Senhora da Ribeira. Na Senhora de Lurdes, Maçã Bravo de Esmolfe. Estes elementos junto ao Rio Coja, encontram um espaço reflectem aquilo que é o concelho em ter- muito agradável, onde os Escuteiros de Sevilha passam as férias de Verão. mos agrícolas. Não podemos esquecer também as treze Temos apostado bastante na sua divulgação e precisamos agora de pensar na igrejas e as largas dezenas de capelas com internacionalização. Alterar a lei do arren- muito valor que existem no concelho e que damento e diminuir o preço dos custos de merecem uma visita atenta.
v Zona Empresarial Esmolfe, Sezures
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Que balanço faz de quase 20 anos a liderar a autarquia de Penalva do Castelo? O balanço é muito positivo. O concelho mudou e o seu crescimento foi sempre suportado sem défice económico. De forma sustentada, fomos construindo as nossas infra-estruturas e temos, neste momento, uma óptima saúde financeira, o que faz com que estejamos a pagar uma crise e uma factura para a qual não contribuímos.
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E AS PISCINAS MESMO AQUI AO LADO… O complexo das Piscinas de Penalva do Castelo é um dos equipamentos de referência e também um dos mais requisitados por utentes de todas as idades, contribuindo para diversificar os períodos de lazer e animação da população do concelho durante todo o ano. Com uma piscina interior, uma exterior e ainda um tanque de aprendizagem, a infra-estrutura conta com cerca de 10 anos, tendo sofrido melhorias e alargamentos ao longo deste período, e recebe anualmente alguns milhares de pessoas todos os anos. E se, durante os meses mais frios, crianças e jovens de jardinsde-infância e escolas do município aprendem a dar as primeiras braçadas dentro de água, no Verão, é a piscina ao ar livre que ganha destaque. Funciona todos os dias, de segunda-feira a domingo, das 14 às 20 horas e possui um espelho de água de 17,50x14,50 metros, com uma profundidade variável desde os 1,40 até aos 2,20 metros. Destaque também para um tanque de aprendizagem onde é possível desenvolver actividades aquáticas para crianças e jovens com toda a segurança. Na zona envolvente das piscinas estão disponíveis um mini campo de relvado sintético, um campo de ténis, um parque infantil, bem como o bar/esplanada que presta apoio a todo o complexo desportivo. Com a subida da temperatura, é altura para dar um mergulho e passar momentos de divertimento e descontracção, que podem ser partilhados em família ou com os amigos. Até porque, como dizem os locais, “melhor do que qualquer praia são as piscinas de Penalva”.
ARTESANATO MANTÉM TRADIÇÃO DE ANTIGAMENTE O artesanato é uma das áreas indissociáveis de Penalva do Castelo, onde sabedoras mãos trabalham a latoaria, a cestaria, a cantaria artística, os estalinhos de Carnaval, o entrançado de cordas e madeira e fazem réplicas de monumentos em miniatura. Em Vila Cova do Covelo destacam-se os esteireiros que começavam logo no final do Verão a colher a junça nos valejos da Serra usada para construir esteiras. Baldes de zinco, potes de azeite, francelas e acinchos para pastores, lampiões e candeias são apenas algumas das obras de arte produzidas pelos Latoeiros de Pindo e de Matela. A sua fama vem de longe e percorre léguas. A rija verga das madeiras da região, nomeadamente o carvalho, o castanho e o vime, é usada para a cestaria em Fundo de Vila e Vales, onde são feitos cestos para fruta e para o trabalho que abastecem mercados em toda a região da Beira. Em Lusinde são feitos foguetes que, estrondosamente, animam festas e romarias, celebrando dias especiais ou efemérides. Também os estalinhos de Carnaval dos Cantos são afamados pela sua singularidade. O granito dá origem a escadas pilares, colunas e cimalhas, entre outras peças. A transformação é feita em Esmolfe, de onde saem belos exemplares de cantaria.
UM NÉCTAR DOS DEUSES
Bem no coração do Dão, os vinhos de Penalva do Castelo possuem uma especificidade própria e uma elevada qualidade, que implica um rigoroso controlo na selecção da matéria-prima e no Mas os equipamentos associados à prática de exercício físico processo de vinificação. O sucesso do resultado final tem-lhes vanão se ficam por aqui. Também o Pavilhão Desportivo de Penalva lido muitas distinções e prémios não só a nível nacional mas tamdo Castelo tem registado uma grande adesão não só por parte dos bém ‘fora de portas’. Cultivadas nas encostas banhadas pelo rio Dão, que divide translocais e das associações, mas também junto dos habitantes dos versalmente o concelho, as vinhas beneficiam de especificidades municípios vizinhos. Andebol, basquetebol e futsal são apenas algumas das modali- climáticas, que, aliadas à riqueza dos solos, permitem a produção dades praticadas no recinto, que tem contribuído para promover a de vinhos de alta qualidade. Além da qualidade assistiu-se, nos últimos anos, a um significatisaúde e o bem-estar da população. vo aumento da quantidade, resultado do esforço de reestruturação de vinhas e da plantação de centenas de hectares de novas vinhas, com grande predominância das castas tradicionais e recomendadas. Tendo em conta a relevância social e o significativo peso no sector vitivinícola na economia do concelho, este é um dos mais genuínos produtos da região.
DESPORTO
“BRAVO DE ESMOLFE” Calibre médio e pequeno; polpa branca, macia, sucosa, doce e com boas qualidades gustativas; forma oblonga-cónica e epiderme esbranquiçada. Estas são algumas das características que distinguem a Maçã Bravo de Esmolfe. Mas é sobretudo o seu aroma intenso, capaz de perfumar toda a casa, que lhe confere mais apreciadores. Como próprio nome indica, esta variedade de maçã terá aparecido na aldeia de Esmolfe, no concelho de Penalva do Castelo. Reza a lenda que, quando D. Sancho passou na aldeia de Esmolfe, alguém lhe ofereceu uma maçã. Surpreendido pelo sabor, o “povoador” terá respondido: “Bravo, Esmolfe”. Outra história relata que os frutos provêem de uma macieira que ninguém plantou ou semeou. Foi-lhe assim dado o nome de Bravo e de Esmolfe, terra onde surgiu.
“QUEIJO SERRA DA ESTRELA” EM FESTA A produção artesanal do Queijo Serra da Estrela constitui outra das potencialidades endógenas das terras de Penalva do Castelo, tendo um peso significativo em termos socioeconómicos. Procurando corresponder a esta importância do produto e tendo em conta a sua qualidade e genuinidade, a autarquia tem organizado, desde 1983, com diversos formatos, a Feira/Festa do Pastor e do Queijo, que leva ao município centenas de visitantes e apreciadores do tentador sabor do queijo que ali se produz.
PENALVA EM FESTA Muita música e diversão são esperadas em Penalva do Castelo a partir do próximo dia 25, data em que arrancam as Festas do Concelho. A X Prova Técnica de Vinhos marca o arranque dos festejos que incluem a actuação de diversos grupos musicais. Emanuel e Cifrão, membro dos extintos D’ZRT, são cabeças de cartaz do evento. Destaque também para uma exposição de fotografia sobre património local e para a mostra de artesanato. Quatro dias em que a animação não vai faltar!
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passeios de verão
texto ∑ Paulo Neto fotos ∑ CF
COORDENADAS GPS: LATITUDE 40º-20’50.95”N / LONGITUDE 8º-11’27.60”O.
Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa Desta feita não escolhemos nem a rota de Aquilino nem a de Torga. Quando muito, seria a de Tomaz da Fonseca, das Laceiras, ou de Branquinho da Fonseca, de Mortágua. Mas não vamos por aí pois não é tempo de escritores, mas sim de outra recreação… O local escolhido para um sábado bem passado foi o 5 estrelas Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, do Grupo Visabeira, que gentilmente nos abriu as portas deste magnífico
espaço. A manhã de sábado apresentou-se nublada, com uma temperatura de 15 graus centígrados. Saída de Viseu pelo IP3, às 09H15, chegada à Barragem da Aguieira às 10H10, por causa das malfadadas e quase eternas obras na estrada, desta feita próximas de Sta. Comba Dão, que nos retiveram – a nós e largas centenas de condutores – mais de 20’ até surgir uma luz verde de passagem… Uma vergonha! E lá se cumpriram
os 54,4 quilómetros, sem mais contratempos, ao som de uma bela ária de Callas, tendo por fundo o ronronar suave dos 6 cilindros do motor. Com falta de alguma informação toponímica – não ignoramos que as Estradas de Portugal não são muito “amigas” dos automobilistas… lá chegámos. Muito bem acolhidos pelo seu afável director, Francisco Loureiro, começámos por visitar, dentro daqueles 35 hectares rodea-
dos de bosque privado e uma bela albufeira, as 152 villas e apartamentos, T1 (2 pessoas), T2 (4 pessoas), com garagem e piscina privativa, que compõem o aldeamento para 600 pessoas; o seu spa, massagem, aromaterapia, a piscina exterior aquecida com água a 25 graus, o salão para 400 convidados, seja para conferências, reuniões ou casamentos, o restaurante panorâmico (100 lugares sentados) com cozinha regional aliada a uma cozi-
Nestas alturas o tempo escoa-se numa celeridade fulgurante…
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nha de cunho internacional, num resultado final de deliciar um cónego na Quaresma… E até os cultores de Baco ficarão deliciados com uma carta de vinhos que demora mais a ler que a beber uma garrafa, com 50 sugestões, entre rosés, brancos, tintos e espumantes, onde predominam os consagrados do Dão, com destaque para o Casa da Ínsua Tinto Reserva de 2005. Mas já lá vamos… Viemos aqui para passear. E fazê-lo à beira de água, não sendo a nado, tem que ser de jet ski ou de barco. Rumámos à marina, limiar da quietude lacustre que nos rodeia, poderosa e serena, para um reconhecimento aquático do local. Para o efeito, foi-nos proporcionada uma moto de água de dois lugares, mar-
ca Yamaha, 1200 cm3, com 120 cv de potência e que num instante nos põe a sulcar as águas tranquilas a 70 km/h (só para experimentar a sensação…!). A Barragem da Aguieira, no seu largo leito e com os seus diversos canais ou “valeiras” é uma riqueza hídrica e turística que proporciona momentos de prazer únicos. As águas têm uma temperatura mediterrânica da ordem dos 24 graus. Há ilhas para atracar e conhecer e ecossistemas para fotografar (por exemplo os ninhos do milhafre negro que encontraram ali o seu perfeito habitat). O jet ski impulsiona-nos com uma vitalidade poderosa; as curvas começam por se fazer de largo para perceber a lógica direccional do jet, no fundo, nada que um
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bom “motoqueiro” não domine após a primeira meia dúzia de quilómetros. Não nos deram limites para o uso da “embarcação”, mas o bom senso mandou-nos regressar ao fim de trinta minutos. Chegar à marina, limitar a velocidade a 10 quilómetros hora, apontar com determinação ao ponto de amarração e acelerar para que o “corcel” fique estacionado na sua baia de plástico azul celeste. Tudo feito sem falhas e para uma primeira experiência, deixou-nos orgulhosos do serviço… Foi a vez, de seguida, de embarcar numa confortável lancha coberta, com 14 lugares sentados e movida por um poderoso motor de 90 cv. Estas embarcações fazem passeios sucessivos, durante o dia, que vão de 30 a 60 minu-
tos, a uma velocidade máxima de 15 nós (Nota: 10 nós correspondem a 18,52 km/h). O piloto, Fernando Ferreira, um conimbricense aposentado, de 63 anos de idade, com uma licenciatura tardia, por amor, em História da Arte e pós graduação em Património Cultural, Natural e Material, na sua cultura e jovialidade, conhecendo a Barragem e a sua história de cor, vai-nos falando das aldeias submersas, a mais de 80 metros de profundidade, com nomes bizarros como Aldeia do Cemitério, entre outros, vai-nos mostrando a flora, as ilhas, a fauna e… cereja em cima do bolo, passanos o leme para as mãos (um pequeno volante de “sport car”) e, bem instalados numa confortável “baquet”, lembrando-nos
que somos nados num país de marinheiros e que devemos fazer jus ao nauta que está dentro de cada lusitano, durante aproximadamente uma hora deliciámo-nos com tanta beleza, cruzando ali com um kayaque, além com um veleiro, passando por entre os altos pilares das pontes (sem bater em nenhum!). Nestas alturas o tempo escoa-se numa celeridade fulgurante… Ancorámos, despedimo-nos dos três simpáticos casais com filhos, dois compatriotas e um espanhol, damos uma abraço reconhecido ao competente Fernando Ferreira e, porque a hora e a água haviam despertado o apetite, ouvimos o estômago reclamar seu afago gastronómico. E se assim foi, assim se lhe fez a vontade, ame-
sendando no restaurante com vista panorâmica sobre o lago. Uma nota: estes passeios de barco têm preços a partir dos 10 Euros por pessoa, e na nossa opinião é dinheiro muito bem gasto… No restaurante a opção foi o “menu de degustação”. Preço: 30 euros com bebidas incluídas. Espaço delicioso, com a marina de fundo e um serviço discretamente competente e esclarecedor, com destaque para o Flávio, partimos para o que segue: Entrada: folhado de alheira sobre maçã frita e grelos salteados, acompanhado de um Casa da Ínsua Rosé 2009. Seguiram-se lombinhos de bacalhau envoltos em massa hatafi, com puré de favas e morcela, acompanhado de um branco Casa da Ín-
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A Barragem da Aguieira, no seu largo leito e com os seus diversos canais ou “valeiras” é uma riqueza hídrica e turística que proporciona momentos de prazer únicos.
sua Reserva 2009. Fez-se uma pausa para aplacar as gustativas com um sorbet lima-limão aromatizado com licor de café. Passouse a uma posta de novilho à moda da aldeia, com batata Ponte Nova e grelos salteados. Acompanhou com tinto Casa da Ínsua 2007. Já na “paz do Senhor”, chegou um leite de creme queimado com espetada de fruta, acompanhado de um Porto Tawny Tinto. Os comensais eram tão agradáveis quanto o repasto, o director local, Francisco Loureiro, que
há muito conhecíamos do Hotel Montebelo, é uma pessoa delicada, sabedora e que fala com “alma” da casa que dirige. Nota: este Vº “escriba” bebeu “aguinha” do Luso, fresca, 2011, perdendo assim, parte do prazer do delicioso repasto. É a vida! Não se pode ter tudo… Até e porque, conduzir e beber pode deitar tudo a perder! Há momentos assim, em que uma criatura não consegue fazer nem distúrbios nem revoluções. Apenas fruir aquilo que a vida tem de bom, na man-
seatude aprazível dos melhores espaços que a Terra nos proporciona longe do barulho e da confusão urbana, a meio caminho entre Viseu, Coimbra, Aveiro e Porto, este éden é o ideal para um dia bem passado, um fim-de-sem a n a rep ou s a nte ou quinze dias para retemperar o aço! A título de exemplo, um casal, num fim-de-semana bem gozado e repousante, gastará, tudo incluído, mil e poucos euros. Na nossa óptica, alternativa mais que ajustada para as estadias
tão vulgarizadamente “à la mode” em Cacun, Repª Dominicana, Benidorm e etc., etc… Pela nossa parte, finda a tarde, uma amena tarde de Agosto, com a temperatura já nos 26 graus, só uma coisa nos custava: ter que voltar a Viseu, à redacção do Jornal do Centro e deitar mãos ao teclado para partilharmos consigo, estimado Leitor, estas horas bem passadas, deixando-lhe a sugestão alternativa para o limiar da diferença. Há que ousar…!
Nota: As propostas de passeios de Verão que temos vindo a fazer têm em comum ser objecto da nossa vontade, escolha e desejo. Nunca um produto comercial encomendado. E de incomum a sua diversidade e até os seus custos. Não visam vender Mercedes, a charrete do Rossio, o cavalo bretão “Irish”, a barca do Douro ou o espaço hoje divulgado. Quem os ler dessa maneira fá-lo de uma forma apenas adequada àquilo que tem dentro da própria cabeça. Se uns agradam mais que outros, devemos congratular-nos com isso. É sinal da diversidade de propostas e da salutar pluralidade dos gostos. Não é por falarmos, num espaço lúdico-recreativo do “paraíso” que temos que ir lá todos parar… é que a ser assim, esvaziava-se o Inferno!
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culturas
DR
Nuno André Ferreira
“Entre Baco e São Mateus” pela CVR
∑ Roulotte estacionada na zona de relvado junto ao Forum é este ano rival dos carrosséis
∑ Vinho do Dão à prova das individualidades A Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRDão) leva de novo à feira, esta sexta-feira, 19, o “Dia do Vinho do Dão”. Entre as 18h00 e as 22h30, num espaço localizado na área relvada, adjacente ao recinto principal do certame, os participantes irão desfrutar da iniciativa “Entre Baco e São Mateus”. O formato de prova livre, proporciona “a oportunidade de degustar e comparar diferentes referências”, adianta a direcção da CVR Dão. A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, em parceria com o Turismo do Centro de Portugal, é responsável por um stand/expositor localizado no pavilhão Multiusos. A par da exposição estão a decorrer provas
temáticas dos vinhos de diversos produtores da região. A Casa Aranda, a Casa da Ínsua, a Casa de Mouraz, a Casa da Passarela, Dão Sul/Global Wines, FTP Vinhos, João Coelho Gouveia, Júlia Kemper, Lusovini, Quinta da Bica, Quinta do Cerrado, Quinta da Falorca, Quinta da Fata, Quinta Fonte do Gonçalvinho, Quinta das Marias, Quinta Mendes Pereira, Quinta do Perdigão, Quinta de Reis, Quinta do Sobral, Quinta da Taboadela e Vinícola de Nelas, são as presenças confirmadas Os visitantes, convidados das empresas e marcas, profissionais da hotelaria e restauração podem participar nestas provas temáticas, que se realizam entre as 21h e as 23h30. EA
PROGRAMA DE 19 A 25 DE AGOSTO
Teatro Mais Pequeno do Mundo instalou-se na Feira de S. Mateus Espaço intimista ∑ espectáculos de cinco minutos, de música, teatro e dança Os visitantes da Feira de S. Mateus, são este ano convidados a entrar no “Teatro Mais Pequeno do Mundo”. Uma roulotte onde podem assistir a espectáculos de cinco minutos, de teatro, dança e música. A roulotte estacionada na zona relvada da feira junto ao Forum, vizinha dos carrosséis que todos os anos atraem milhares de pessoas, é a concretização de um sonho que o actor e encenador Graeme Pulleyn, inspirado por um duo de cabaré belga. “Andava há muito tempo a pensar como é que poderia criar um espaço
Dia 19 ∑ Digressão Idolomania, 22h00, Palco 1.
Dia 20 ∑ Jazz no Tapete, 16h00, Palco 2. ∑ Desfila “A Voar se Brinca em Feira com Asas”, 20h00, Porta do Sol Posto. ∑ Concerto James, 22h00, Palco 1.
intimista onde se pudesse fazer teatro, dança e música com qualidade mas num ambiente de feira, de uma forma popular”, contou à agência Lusa Graeme Pulleyn. Para este projecto o encenador contou com o apoio de artistas e instituições de Viseu. Entre eles está o jovem Guilherme Gomes que recentemente se evidenciou no programa da SiC “Portugal tem Talento”. “Há um grupo de 20 artistas, da música, da dança, do teatro, que vão fazer equipas. E em cada noite vai poder assistirse a dois destes artistas que vão apresentar vá-
rios pequenos momentos, de cinco minutos”, explicou Graeme Pulleyn. Esses minutos serão preenchidos com poemas, canções, peças de dança e de teatro e monólogos, “como se fosse mesmo a programação de um teatro em miniatura”. A ideia é que o “Teatro Mais Pequeno do Mundo” seja visitado da mesma forma que um carrossel. “O carrossel custa 1,5 euro para dar uma volta, aqui paga-se um euro e a volta é dentro de uma caravana”, explicou. O “Teatro Mais Pequeno do Mundo” foi “construído” com muita mão-de-obra voluntária
e o apoio de instituições da região, como a Fundação Lapa do Lobo e a Expovis, entidade responsável pela organização da Feira de S. Mateus. “Queremos fazer parte desta diversificação e contribuir de uma forma positiva para a feira, para que ela se mantenha e cresça de uma forma que faça sentido para todos”, acrescentou o encenador. Depois da Feira de S. Mateus, o “Teatro Mais Pequeno do Mundo” segue viagem e estaciona nos recreios de escolas de Nelas, Carregal do Sal e Canas de Senhorim.
Dia 21 ∑ Rancho Folclórico de Moure de Madalena Campo, 16h00, Palco 2. ∑ Desfila “A Voar se Brinca em Feira com Asas”, 20h00, Porta do Sol Posto. ∑ Concerto Áurea, 22h00, Palco 1.
Dia 22 ∑ Concerto HI-FI, 22h00, Palco 1.
Dia 24 ∑ Liquido A, 22h00, Palco 2. ∑ Quartas FNAC: Lufalufa, 23h00, Palco 3.
Dia 23 Dia da Liga dos Amigos da Rádio Renascença ∑ Concerto de Miguel Gameiro e Miguel Ângelo, 22h00, Palco 1.
Emília Amaral/Lusa
Dia 25 ∑ Banda TZ Music, 22h00, Palco 1.
Jornal do Centro
CULTURAS 27
D Memórias em Penalva do Castelo
19 | Agosto | 2011
A Associação de Defesa do Património Cultural de Penalva do Castelo e a autarquia vão apresentar durante as festas do concelho, de 24 a 28, a exposição “Penalva milénios de História”, no antigo camarário. O objectivo é sensibilizar a comunidade para preservar as memórias dos antepassados.
VISEU ∑Edifício da Refer Até dia 30 de Setembro Exposição de fotografia “Viseu, Memória Ferroviária”.
TONDELA ∑Museu Terras de Besteiros Até dia 21 de Agosto Exposição de pintura de Alexandre Magno. CASTRO DAIRE
∑Biblioteca Municipal Até dia 31 de Agosto Exposição “Olha para a Pobreza com Olhos de Ver”. VISEU
∑Museu Grão Vasco Até 28 de Agosto, Expo-
Arcas da memória
Destaque
Feira do Livro em Tondela
A VOAR SE BRINCA EM FEIRA COM ASAS Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com
Lançamentos ∑ “Memória de um Povo” de Isabel Silvestre é uma das apresentações Arranca esta sexta-feira, dia 19, a Feira do Livro de Tondela. No Parque Urbano da cidade, até dia 28, o certame anual vai contar várias iniciativas paralelas à exposição e venda de livros. Esta noite, às 21h00, Luís Miguel Rocha, autor de “A Mentira Sagrada” marca presença na feira para apresentação da obra, seguida de uma sessão de autógrafos. No domingo, às 17h00 é a vez da cantora Isabel Silvestre apresentar a sua obra “Memória de um Povo”. Lê-se na sinopse do li-
vro que Isabel Silvestre, conhecida pela sua voz e pela ligação ao Grupo de Cantares de Manhouce, que “desde sempre manifestou um afecto intenso e sem limites pela sua Terra, pelas suas gentes, pelo seu País. Nas suas actuações procura fazer sentir e transmitir aspectos da cultura de um Povo a que se orgulha de pertencer e de relevar a sua especificidade”. Uma postura que a ajudou na concretização deste livro. A programação da feira do livro, conseguida com a parceria da Bertrand Li-
A O certame decorre de 19 a 28 de Agosto no Parque Urbano de cidade
vreiros, prossegue dia 26 com a Hora do Conto, às 16h00 e dia 27, com a apresentação da peça infantil “Menina que só Sabia Contar até 3”, às 17h00. Neste dia haverá ainda uma tertúlia e a apresentação do livro “Tu Gostas de Histórias?” de Sílvia Alves. O dia 28 está reservado ao ateliê de música, às 17h00 com Paulo Gomes. Emília Amaral
sição “Fábulas”, desenhos originais de Almada Negreiros.
SANTA COMBA DÃO ∑Átrio da Biblioteca Até dia 30 de Novembro, Exposição temática “Primórdios da Fotografia”, para assinalar o Dia Mundial da Fotografia, a 19 de Agosto.
Lamego distingue fotografia O Museu de Lamego comemora o Dia Mundial da Fotografia, 19 de Agosto, com uma sessão marcada para esta sexta-feira, às 21h00, onde se irá falar de fotografia com os fotógrafos de Lamego, João Manuel
Santiago, Alexandrina Amorim, Kym Cabral e Rui Bruno. A 19 de Agosto de 1839 foi feita a divulgação do processo fotográfico e oferecido à humanidade pelo Estado francês. O resultado dos trabalhos
de Nièpce (Heliografia) e de Louis Daguerre (Daguerreótipo) teve um imediato impacto a nível mundial. Passados 172 anos da data histórica, a fotografia continua a ser determinante na sociedade.
DR
exposições
À hora em que escrevo ainda não aconteceu essa mágica “performance” que o José Rui Martins inventou com o seu “Trigo Limpo”, Zunzum e Tribal desafiados, e que irá acontecer, multiplicada e sempre nova, na Feira de S. Mateus. E eu hei-de ir ver. “A voar se brinca em Feira com asas”. Que a feira, qualquer feira, mais as antigas, é povoada de magia. Até os mais velhos a sentem. Homens e mulheres. Talvez sintam mais o sonho. Como antigamente. Porque, sonhavam então os lavradores, acharão comprador seguro para a junta de bois ou a vitela gorda. Porque trarão para casa a saia de castorina ou as contas de ouro de um cordão, sonharão elas, as filhas das lavradeiras ou as vendedoras de teias de linho. Magia, para os meninos, é que as feiras eram. Mais a Feira Franca, léguas inteiras à volta de Viseu. A Feira Franca, que agora se chama de S. Mateus, onde os louceiros ainda trazem rouxinóis de barro para cantar e onde se oferecem ainda, como se o tempo tivesse permanecido in-
tacto, brinquedos de arame e de madeira pintada de cores: quatro pombinhas engolindo grãos de painço, estrídulo bater de asas de uma ave dourada sobre o chão, um vitorioso ciclista cortando o risco de uma meta desenhada sobre a estrada. O espectáculo de Trigo Limpo Teatro ACERT reinventará nesta Feira nossa, nesta Feira de século XXI, a memória, que de memória somos feitos, nós, os humanos, os que nos honramos de o ser, reinventará a memória de nossos brinquedos de menino, desse tempo de edénica felicidade, e a Pomba Gigante que, vinda da Porta do Sol Poente ao jeito de divindade antiga, como cavalo entrando em Tróia engalanada, passeará entre nós e os ovos fecundos que depuser na viagem outra coisa não deverão ser senão semente de sonhos bons, senão convite para o repensar de ideais de bem e de verdade. Que, importante seria, pudessem conduzir este nosso errado mundo a caminhos de rectidão. Que “A voar se brinca em Feira com asas”.
roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 10h45(Dom. e 2ª) 14h00, 16h30, 19h00, 21h50, 00h30(6ª, Sáb.) Os Smurfs (M6) (DOB, Digital 3D) Sessões diárias às 13h40, 16h15, 18h50, 21h30, 00h00 (6ª, Sáb.) Planeta dos Macacos – A Origem (M12) (Digital) Sessões diárias às 11h00
(Dom.), 13h20, 15h55, 18h30 Carros 2 (M6) (Dob.) Digital Sessões diárias às 21h10, 00h10(6ª, Sáb.) O Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h20, 21h20, 00h20(6ª, Sáb.) Capitão América (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h30, 21h40, 00h25(6ª, Sáb.) Chefes Intragáveis
(M12) (Digital) Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h00, 23h50(6ª; Sáb.) Lanterna Verde (M12) (Digital 3D)
PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO) Sessões diárias às 11h00 (Dom e Seg.), 13h30, 16h00, 18h35, 21h20, 23h50 Os Smurfs (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h10
Super 8 (M12) (Digital) Sessões diárias às 22h00, 00h30 Professor Baldas (M12) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 18h00, 21h10, 00h05 Capitão America: O Primeiro Vingador (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 11h20 (Dom), 14h30, 17h00, 19h30 Animais Unidos Jamais Serão Vencidos (M6) (Dob.) Digital 3D
Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25 Planeta dos Macacos – A Origem (M12) (Digital)
Estreia da semana
Sessões diárias às 14h00, 17h10, 21h00, 23h40 Cowboys & Aliens (M12) (Digital) Cowboys & Aliens – Zeke
Jackson (Daniel Craig), um vagabundo amnésico, chega a Absolution, uma pequena cidade do velho oeste americano, e descobre que as pessoas não acolhem estranhos e que ninguém sai às ruas a não ser que sejam ordenadas pelo Coronel Dolarhyde (Harrison Ford).
28 CULTURAS
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Jornal do Centro
Festival Serra da Estrela
19 | Agosto | 2011
Arranca na quinta-feira, dia 25, o 5º Festival Serra da Estrela. O recinto do SKiParque, em plano Parque Natural da Serra da Estrela recebe um cartaz musical de luxo durante três dias. O espectáculo de abertura vai estar por conta da Orquestra de Sopros Música Nova.
Edições Esgotadas desafia o país para uma nova forma de fazer nascer livros Editora∑ Inovação é palavra de ordem num aproveitamento constante das redes sociais
O projecto nasceu em Moimenta da Beira. O primeiro livro foi lançado em Abril deste ano. Quatro meses depois, a editora “Edições Esgotadas” tem oito livros no mercado (um esgotado), 23 trabalhos para sair até Novembro e já está a publicar além fronteiras. Em breve vai abrir um espaço ao público em pleno coração da cidade de Viseu, na Rua Formosa, depois de ter conseguido entrar nas redes Bertrand e da FNAC. O nome “Edições esgotadas” diz quase tudo. “Significa entre outros objectivos reeditar edições esgotadas, explica a directora, Teresa Adão. Mas o projecto empresarial feito
de paixões por uma equipa que “tem em comum adorar livros” quer ser uma pedra no charco. “É uma editora com o desejo de fazer coisas novas. Nasceu para colmatar algumas dificuldades e lacunas que sentíamos. Uma delas é a falta de livros científicos sobre humor. Quando vamos a uma livraria e perguntamos se tem livros de humor, só encontramos uma colectânea de anedotas ou de humoristas. A outra lacuna era a falta de reedição de livros. Há livros excelentes esgotados há muitos anos, muito procurados e ninguém faz nada para que sejam reeditados”, explica.
A Teresa Adão (esquerda) directora e Ana Maria Oliveira (direita) responsável pela comissão científica A directora, autora da primeira tese de mestrado sobre humor em Portugal, acrescenta que a Edições Esgotadas alarga ainda o leque à publicação de trabalhos científicos, a novos autores “e ao patinho feio da literatura, que é a poesia”. A receita para o sucesso é a inovação ao “fazer diferente” em cada publicação. “Está para sair ‘Um Par de Sapatinhos Azuis’ um livro cheio de sensualidade. Estamos a tentar com que seja vendido em sapatarias de grandes marcas”, exemplifica Teresa Adão. Nada acontece sem as redes sociais, nomeadamente sem o facebook. Depois, num processo sujeito a um marketing aguerrido,
cada autor tem uma página na internet, gerida por ele próprio, para permitir uma interacção com o público. “É uma transferência e uma transversalidade de conhecimentos que faz com que outros vejam, outros vejam e outros vejam…, descreve Ana Maria Oliveira, responsável pela comissão científica da editora. “Um senhor de 70 anos, que escreveu sobre os 50 anos da Guerra Colonial, nunca tinha entrado na internet. Nós conseguimos e hoje todos os amigos o contactam. É uma pedra no charco”, acrescenta.
que o livro “valha por um todo”, pelo conteúdo mas também pela forma. Essa relação de proximidade com o autor, sem que a maioria das vezes se conheçam, graças às redes sociais, tem feito com que as solicitações para publicação, aumentem a cada dia que passa e hoje publiquem Best-Sellers, mas também trabalhos de autores totalmente desconhecidos, que se tornam num fenómeno de vendas, como aconteceu com “1001 cores” escrito por Marta Guerreiro, uma adolescente de 15 Livros. Teresa Adão anos que conta a história revela que “cada livro da irmã deficiente. “Não tem atrás de si uma his- editámos o livro por isso, tória” em que procuram mas sim porque estava
Variedades
Mangualde Live Beach Seia
ACERT
A Câmara Municipal de Mangualde promove no domingo, mais uma Feira de Antiguidades, no Largo Dr. Couto. A feira de velharias, tem como objectivo a venda de artigos usados, e assim criar novas oportunidades de negócio.
O cinema ao ar livre re g re s s a a Tondel a com o ciclo Cinema no Parque à segunda em Agosto. No Pa rque Urbano da cidade, esta segunda-feira é apresentado o filme “A F lech a Sa g rad a” de Samuel Fuller, às 21h30.
As estrelas da WSW vão estar em Mangualde no areal Live Beach, sábado e dom i ngo, à s 16h00, para dois dias de muita praia, calor, sol e acção. Com duração de 120 minutos, o espectáculo inclui um combate feminino e outros momentos de acção.
A programação “Noites do Mundo” prosegue este sábado, com a música de Cabo Verde. Um quarteto de Cabo Verde residente em Lisboa leva à zona serrana a funaná, a coladeira, as mornas e o batuque. O espectáculo está marcado para o Largo da Câmara
muito bem escrito”, ressalva Teresa Adão. Com pedidos diversificados que vão de teses a trabalhos científicos, a Edições Esgotadas trabalha em várias colecções dirigidas a públicos diferentes. Ao mesmo tempo que prepara os próximos livros para serem editados com a componente para invisuais, prepara-se para editar um primeiro livro traduzido para braile, para áudio e para o programa informático específico para invisuais. Depois de ter aderido ao formato audiobook quer lançar-se, em 2012, em e-book. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt
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Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
desporto ACADÉMICO DE VISEU
Nuno André Ferreira
Primeira derrota da pré-época em Bragança A Equipa de Viseu empatou a 2 golos no Fontelo com o Benfica de Castelo Branco O Académico de Viseu continua a preparar a nova época com vários jogos amigáveis a pensar na entrada em competição que está agendada para Setembro. Depois de uma empate a dois golos no Fontelo, com o Benfica de Castelo Branco, uma derrota em Publicidade
Bragança (1-0). Isento da primeira eliminatória da Taça de Portugal, o clube viseense tem assim mais tempo para que jogadores e equipa técnica consigam um melhor entrosamento, sabendo-se que, embora o plantel não tenha sofri-
do alterações de fundo, o treinador é novo. Novos métodos, novos conceitos de jogo, levam sempre algum tempo a dar frutos. As pré-épocas são isso mesmo. Não é antes da competição começar que se ganha o que quer que seja, mas servem para ir
deixando algumas pistas sobre o que, nos jogos a doer, se pode esperar da equipa. Olhando para os resultados já conseguidos nos jogos de preparação, e foram já vários, o balanço é positivo. A primeira derrota na pré-época aconteceu esta sema-
na em Bragança, depois de vários empates e também um triunfo frente ao Sporting de Lamego. O que tem sido feito, dentro e fora do campo, onde o clube tem dado mostras de grande evolução, em comparação com um passado recen-
te, principalmente ao nível da comunicação e na procura de uma maior empatia com sócios e adeptos, deixa alguma água na boca aos adeptos, que não se contentem como menos do que um Académico a lutar pela subida de divisão.
30 DESPORTO | MODALIDADES
Jornal do Centro 19 | Agosto | 2011
Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com
DR
Bárbara Gomes (CARDES)
Redes Sociais Internet
Cartão Fairplay Nos dias que correm as redes sociais ganharam uma dimensão na vida das pessoas e instituições que não se podem ignorar. Estas redes, de uso gratuito, permitem que os clubes cheguem mais perto dos seus atletas e adeptos. Se associarmos o facto de o utilizador ser maioritariamente jovem, então estamos perante um veículo de informação adequado às necessidades dos clubes. Parabéns aos clubes que já optaram por estas formas de comunicação. Gumirães Futsal
Cartão Vermelho A desistência da secção de futsal sénior do Gumirães é um facto. A equipa de Viseu não conseguiu organizar-se para competir no campeonato nacional da 3.ª divisão de futsal, lugar que tinha ganho por direito na época passada. O Gumirães futsal é só mais um a desistir de competir. Lamenta-se.
Futebol
Lusitano estreia-se a perder no nacional de juvenis
DR
Cartão FairPlay A atleta Bárbara Gomes, do CARDES, foi convocada pela seleccionadora Gilda Harris para integrar a Selecção Nacional de Voleibol de Cadetes Femininos. A partir de Setembro, fará parte do estágio permanente da Selecção Portuguesa, sediada no Colégio dos Carvalhos (Gaia). Uma excelente notícia para o desporto viseense que vê outra atleta sua a conseguir alcançar a selecção nacional.
Nacional de Ralicross
Montalegre vai decidir título O Nacional de Ralicross vai ter jornada decisiva em Montalegre, já no início de Setembro, com os pilotos de Viseu e terem uma palavra a dizer, principalmente com Hugo Lopes, no Troféu Iniciação, e Ivo Rosa, na Divisão 5. A prova em Trás-OsMontes é a última e a decisiva da época, quanto ao título final. No Troféu Iniciação, para pilotos com idade até 15 anos, o viseen-
se Hugo Lopes, ao vencer em Sever do Vouga, deixou tudo em aberto para decidir em Montalegre, embora Rafael Lobato esteja em vantagem quanto às contas do título. C e r to é q u e H u g o Lopes, depois da demon st ração de “ força” dada em Sever do Vouga, colocou pressão sobre o l íder do campeonato. Já Bernardo Sousa, campeão em título, está
fora da corrida à revalidação, depois das coisas não lhe terem corrido de feição nas duas provas anteriores. Castelo Branco e Sever do Vouga, não foram provas felizes para o piloto de Lafões, mas a capacidade que já demonstrou no passado, e se os azares que o perseguiram nas duas rondas anteriores não se repetirem, é sempre um piloto a ter em conta. Na Divisão 5, Ivo Rosa não conseguiu o pódio
nas duas anteriores rondas, apesar de em Sever do Vouga ter chegado a vencer uma das mangas de classificação. Com um Peugeot 205 GTi, a “puxar” apenas a duas rodas, tem sentido dificuldades em combater os “tracção total”. Em Montalegre o piloto viseense vai tentar repetir a vitória que este ano já conseguiu naquela pista já que se trata de um circuito em que Ivo Rosa se sente à vontade.
O Lusitano Futebol Clube comemora 95 anos O Lusitano Futebol Clube de Viseu celebrou no domingo 95 anos. Logo pela manhã, em frente ao estádio dos Trambelos, em Vildemoinhos foi hasteada a bandeira do clube. Seguiu-se um almoço comemorativo. No momento de discursos, todos, de uma maneira geral, salientaram a importância do Lusita-
no no contexto desportivo do concelho e do distrito de Viseu, sendo este o clube mais antigo. O Presidente da Associação de Futebol de Viseu, José Alberto Ferreira lembrou que “o Lusitano é o clube mais antigo do distrito, até mesmo mais antigo que a própria Associação” e garantiu que continuará “a marcar presença como
sinal de respeito nos aniversários do clube”, algo que já faz há mais de 8 anos. José Coelho, da Junta de São Salvador, assegurou que, “apesar das instalações físicas do Lusitano não estarem agora sediadas em terreno da sua freguesia, a Junta de São Salvador continuará a apoiar o clube sempre que puder”. Como prova disso, o autarca entregou
em mãos um cheque ao presidente António Loureiro, no valor de 1.500 euros. O presidente da Junta de Freguesia de Coração de Jesus, Diamantino Santos garantiu “apoio incondicional e na medida do possível ao Lusitano Futebol Clube, um emblema histórico do concelho e que terá agora uma ligação especial” com a sua freguesia.
A estreia do Lusitano, no nacional de Juvenis, frente ao Leixões, não foi feliz. A equipa comandada por João Costa já sabia que não ia ter vida fácil e isso confirmou-se no resultado. Vitória por 4-1 para os matosinhenses que chegaram ainda na primeira parte ao 2-0. Miguel foi o melhor em campo ao apontar três dos quatro golos do Leixões, com Álvaro a compor o resultado final. O único golo do Lusitano foi apontado por Pedro Mota já na segunda parte, onde a equipa mostrou outra atitude, especialmente com as entradas de Rodrigo e Hugo. Depois do golo, os viseenses ainda espreitaram o empate mas não tiveram a sorte necessária para isso e acabaram por perder com uma diferença que não deixa dúvidas. O Lusitano alinhou com o seguinte ‘onze’: Tiago, Egon, Simão, Carvalho, Miguel, Bruno Silva, Pedro Mota, Dani ©, José Viegas, Bruno Lopes e Flávio. O Leixões jogou com João Sousa , Ma rce lo, Vasco, Filipe, Vítor, Cristiano, Xico, Alex, Miguel, Mário Ferreira e Diogo. Vitor Ramos
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Nuno André Ferreira
em foco
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A “nova” Feira inaugurada pelo ministro da terra O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira inaugurou a edição nº 619 da Feira de S. Mateus, em Viseu. A cerimónia começou nos Paços do Concelho ao final da tarde e terminou no recinto do certame depois das 21h00. O dia foi “de festa” como reconheceu o presidente da Câmara, Fernando Ruas, mas o autarca aproveitou o momento para criticar a demora
nos pagamentos do Estado às autarquias. Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia, Álvaro santos Pereira garantiu levar as preocupações de Fernando Ruas para Lisboa. Durante a inauguração do certame, revestida este ano de alguma curiosidade pelas novidades que foram sendo avançadas, o momento foi de descontracção, em que o
Trigo Limpo Teatro Acert assumiu o papel principal com a apresentação do o espectáculo/desfile “A Voar se Brinca em Feira com Asas”, que conta com a participação especial das associações Tribal e Zunzum e vai permanecer ao longo da feira. O ministro da Economia assistiu ao espectáculo e recordou as memórias da feira há 20 anos (ver artigo na secção região). EA
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saúde Brucelose controlada em Vila Nova de Paiva Um surto de brucelose foi detectado há cerca de três meses em Vila Nova de Pa iva , tendo como principal zona de incidência a freguesia do Touro. Trata-se de um dos locais daquele concelho onde são mais frequentes as explorações pecuárias, principalmente de gado bovino. Mais de três dezenas de pessoas terão sido afectadas pelo surto, mas a situação foi dada como “controlada” esta semana. Entretanto, e depois de vários casos de brucelose em animais terem sido detectados pelo Agrupamento de Defesa sanitária local, foram encerradas algumas explorações pecuárias e abatidos animais contaminados. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, José Morgado, o primeiro alerta para o surto de brucelose humana foi dado no passado mês de Maio, quando co-
meçaram a aparecer casos de infecção. Chegou mesmo a ser necessário o internamento de algumas pessoas no Hospital de S. Teotónio, em Viseu. E m decla rações re centes, o autarca de Vila Nova de Paiva disse que nos meses de Junho e Julho os casos de brucelose humana apareciam quase diariamente. “A situação está mais calma e só se mantêm uma ou duas pessoas internadas”, admitiu à agência Lusa. A situação está a ser controlada, quanto à sanidade animal, pelo veterinário municipal e pelo Agrupamento de Defesa Sanitária de Vila Nova de Paiva. Autarcas e habitantes do concelho admitem que a situação foi bem controlada pelas autoridades de sanidade animal, mas criticam o facto de não ter sido lançado nenhum alerta para a brucelose humana. JL
Câmara de Lamego insiste no serviço de internamento O presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes exige que o Ministério da Saúde repense o modelo de internamento previsto para o novo Hospital de Lamego. A ex igênci a foi feita numa reunião com o secretário de Estado da Saúde, no início do mês. O autarca volta à carga com uma velha reivindicação para a unidade que deverá estar concluída no final do ano. O programa funcional do novo hospital feito pelo anterior Governo socialista, não prevê um ser-
viço de internamento. Uma lacuna que Francisco Lopes considera demonstrar a “incapacidade de garantir uma resposta suficiente para os doentes agudos”. Em Abril deste ano, a Assembleia Municipal de Lamego aprovou a realização de uma petição em defesa da criação de um serviço de internamento no novo hospital de proximidade, que recebeu o apoio de todas as forças vivas. Este órgão propõe que o novo equipamento seja dotado com 80 camas de internamento para doentes agudos. EA
“Os Verdes” questionam encerramento do banco de recolha de sangue Documento∑ Instituto Ricardo Jorge com Organização Mundial de Saúde O Grupo Parlamentar “Os Verdes”, através do deputado José Luís Ferreira acaba de questionar o Ministério da Saúde sobre as razões do encerramento da secção de recolha de sangue no Hospital S. Teotónio de Viseu. O pedido de esclarecimento entregue na Assembleia da República surge depois de um grupo de três jovens se ter dirigido ao hospital para dar sangue, “contudo foram impossibilitados de concretizar essa intenção, porque encontraram Publicidade
os serviços de recolha fechados”, tendo sido informados que estava em curso uma reorganização do serviço que impede de receber dadores. O departamento de relações públicas do Hospital S. Teotónio confirma que o departamento se encontra encerrado desde o dia 3 de Agosto para efectuar “uma série de alterações nos serviços”. Nesta altura, acrescenta Luís Viegas, aguarda-se pela autorização da inspecção… para que o serviço de recolha de sangue
volte a funcionar”. “Os Verdes” perguntam ao Ministério da Saúde se tem conhecimento da situação e querem saber quais os motivos que levaram ao encerramento do serviço, bem como que reorganização que está a ocorrer na secção. O partido lembra em comunicado que esta situação acontece numa altura em que o Instituto Português de Sangue (IPS) está a promover uma campanha de Verão em cinco praias portuguesas com o intuito de levar os mais jovens
a doarem sangue. Ao mesmo tempo a campanha “Dador – Salvador” surge num período de maior número de acidentes e internamentos hospitalares. No âmbito desta campanha de Verão, lembra “Os Verdes”, o IPS enviou também mensagens de texto SMS aos dadores dos grupos A-, A+, e O-, O+, relembrando que os doentes não vão de férias, convidando-os a dar sangue na sua localidade, empresas, hospitais com recolha de sangue a dadores ou centros regionais.
Jornal do Centro
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19 | Agosto | 2011
Reduzir o sal tem forte impacto nos custos do SNS Doenças cardiovasculares ∑ Primeira causa de morte tem custos “muito elevadosâ€? para o Estado A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) afirma que, graças Ă s medidas de diagnĂłstico e terapĂŞutica actuais, “hĂĄ alguma redução das mortes por doenças cardiovasculares em Portugalâ€?. Ao contrĂĄrio a FPC alerta, “o nĂşmero de incapacidades ĂŠ cada vez maior, o que representa custos muito elevados para o Estadoâ€?. Para a FPC reduzir o
teor do sal contido nos a limentos ĂŠ uma medida simples mas com forte impacto nos custos do Serviço Nacional de SaĂşde A s d o e n ç a s cardiovasculares, que atingem meio milhĂŁo de portugueses, sĂŁo a primeira causa de morte, Lei define teor mĂĄximo de 1,4 gramas de sal doença, incapacidade e por 100 gramas de pĂŁo custos de saĂşde em Portugal. Diariamente es- portugueses, sendo as brais (AVC) e o enfartas doenças provocam principais causas os aci- te do miocĂĄrdio (ataque a morte a mais de 100 dentes vasculares cere- cardĂaco).
A
ANANUTRICIONISTA OLIVEIRA (Licenciada em Ciências da Nutrição pela Universidade do Porto)
Educação / Orientação Alimentar em: t &YDFTTP EF 1FTP t .BHSF[B FYDFTTJWB t %JBCFUFT t $PMFTUFSPM F PV USJHMJDFSÓEFPT FMFWBEPT t %PFOÎBT HBTUSPJOUFTUJOBJT
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Petição quer alertar para morte súbita
A A ssoci aç ĂŁo B ate , Bate Coração estĂĄ a fazer correr uma petição para que seja reconhecido oficialmente o dia 12 de Novembro como o dia nacional da prevenção da morte sĂşbita. A associação pretende com este reconhecimento “alertar a população para a importância do diagnĂłstico precoce das arritmias cardĂacasâ€?. Uma arritmia ĂŠ uma perturbação do ritmo dos batimentos ca rdĂacos que, se nĂŁo for tratada pode levar ĂĄ morte inesperada (morte sĂşbita). Nesta altura jĂĄ assinaram a petição que propĂľe o reconhecimento da
data cerca de 1500 portugueses. O documento pode ainda ser assinado atravĂŠs de folhas impressas que estĂŁo a circular nos hospitais de todo o paĂs, mas tambĂŠm atravĂŠs do sĂtio www.dianacionalmortesubita.com. O presidente da Associação Bate, Bate Coração, Ca rlos Mora is adianta que â€œĂŠ urgente a criação de um dia nacional de prevenção da morte sĂşbita e o desenvolvimento de acçþes de consciencialização e informação, que conduzam ao desenvolvimento de estratĂŠgias eficazes de prevençãoâ€?. “As arritmias cardĂacas, se detectadas precocemente permitem uma economia de gastosâ€? a vĂĄrios nĂveis acrescenta Carlos Morais, ao alertar a classe mĂŠdica, “em particular o mĂŠdico de famĂlia para a importância da medição do ritmo cardĂaco atravĂŠs da pulsaçãoâ€?.
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Jornal do Centro
SAÚDE 35
19 | Agosto | 2011
A Utentes do termalismo são afectados pelos cortes
PS Viseu preocupado com cortes na saúde Austeridade∑ Inquietação aumenta com medidas do Governo A Federação de Viseu do Partido Socialista está preocupada com os cortes anunciados recentemente pelo Governo nos reembolsos directos aos utentes do Serviço Naciona l de Saúde. Em comunicado, os socialistas de Viseu não concordam com “o impacto na qualidade de vida dos portugueses, com a particularidade, no caso do distrito de Viseu, no que concerne ao corte no reembolso aos utentes do termalismo”. “Esta medida vem dar um mau sinal aos empresários que fizeram das termas o seu território âncora e às pessoas em geral que quiseram e querem ter no interior o seu local para viver”, sustenta o PS de Viseu. No documento, a Federação do PS defende que o termalismo “é uma actividade eminentemente do interior” e, por isso, a referida medida governa-
mental “tem o significado de falta de solidariedade para com o interior do país e para com as actividades económicas que aqui desenvolvem o seu negócio e, assim, desenvolvem os territórios em que se inserem”. Entretanto, outras são também as reacções aos cortes anunciados pelo Governo na área do apoio em cuidados de saúde. Cerca de um milhão de pessoas, essencialmente beneficiários do complemento solidário para idosos, serão também afetadas pela suspensão do reembolso direto aos utentes do Serviço Nacional de Saúde disse o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. “Há quase um milhão de pessoas que beneficia do complemento solidário para idosos e são estas que têm acesso diretamente a este tipo de comparticipação de prótese dentária”, afirmou Orlando Monteiro
da Silva. Revelando que “acima dos 65 anos mais de 50 por cento dos idosos são desdentados totais”, o bastonário indicou que grande parte das pessoas afetadas “não tem capacidade económica” para aceder a este tipo de tratamento. “Para além da poupança em termos de custos na comparticipação há que pensar nas consequênciasque são também em termos do impacto que isto tem na saúde das pessoas desdentadas”, prosseguiu. Segundo Orland o M o n te i r o d a S i l va, os desdentados totais são pessoas com “uma verdadeira deficiência” e, até agora, os beneficiários do complemento solidário para idosos tinham direito a uma comparticipação de “400 euros de dois em dois anos”. José Lorena, com LUSA
Jornal do Centro
36 CLASSIFICADOS
19 | Agosto | 2011
GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Takeway. RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.
TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.
RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away.
RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.
O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.
SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terçafeira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à SubEstação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.
RESTAURANTEBELOSCOMERES(ROYAL) Especialidades Restaurantes Marisqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, baptizados, convívios, grupos. TELHEIRO DO MILÉNIO QUINTA FONTINHA DA PEDRA Especialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Domingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, baptizados e outros eventos) e Domingos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. RESTAURANTEOPOVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.
RESTAURANTEROSSIOPARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros. FORNODAMIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTADAMAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.
RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.
Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.
NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.
PENALVA DO CASTELO
VOUZELA
O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.
RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.
TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.
SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.
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RESTAURANTE A COCHEIRA Especialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Observações Refeições económicas ao almoço durante a semana.
OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.
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TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo. RESTAURANTE EIRA DA BICA Especialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Folga 2ª Feira. Preço médio refeição 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilharigues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com
FÁTIMA RESTAURANTE SANTA RITA Especialidades Bacalhau Espiritual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Folga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fátima. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http:// santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresentação do Jornal do Centro 5% desconto no total da factura.
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ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 CATARINA DE AZEVEDO Morada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email catarina-azevedo-5275c@adv. oa.pt CARLA MARIA BERNARDES Morada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005 JOÃO PAULO SOUSA
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MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344
BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas
PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt ANTÓNIO M. MENDES
Morada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email antonio.m.mendes-
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ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email marques.garcia-3403c@advogados. oa.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs.advogados@netvisao.pt
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JOSÉ MIGUEL MARQUES Morada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email jmiguelmarques4881c@adv.oa.pt JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose.almeida.goncalves-14291l@adv. oa.pt
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JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt
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T3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€ 969 090 018
T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€ 917 921 823 Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, escritório, garagem p/5 carros, churrasqueira. 600,00€ 914 824 384
Moradia c/ aquec. completo, painéis solares, cozinha equipada, logradouro. 500,00€ 969 090 018 T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€ 917 921 823 T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384 T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€ 969 090 018 Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churrasqueira. 650,00€ 917 921 823
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CLASSIFICADOS 37
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EMPREGO & FORMAÇÃO OFERTAS DE EMPREGO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320) Empregado de mesa. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761 Empregado de quartos – hotelaria preferência por candidato com experiência. Mortágua – Ref. 587768748 Recepcionista de hotel. Pretende-se candidato com experiência ou formação na área e domínio de línguas. Mortágua – Ref. 587768776 Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846 Carpinteiro de limpos com experiência profissional como carpinteiro/a de limpos, para de uma forma autónoma colocar forro de madeira e outros elementos de carpintaria. Santa Comba Dão – Ref. 587765599
Chefe de cozinha. Chefiar a equipa do restaurante, preparar ementas e gestão comercial com experiência e formação na área e conhecimentos de informática. Lamego – Ref. 587765140 Servente - construção civil e obras públicas. S. João da Pesqueira – Ref. 587771114 Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479
Servente - Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587754640
Ajudante de padaria com ou sem experiência mas com perfil para o sector. Sátão – Ref. 587778081
Costureira, trabalho em série. Vouzela – Ref. 587753835
Costureira, trabalho em série com experiência de costura de confecção. Mangualde – Ref. 587778392
Cozinheiro confecção de refeições (com experiencia de pelo menos 12 meses). Tabuaço – Ref. 587778836
Pedreiro de acabamentos com experiência. Tondela – Ref. 587766379 Servente - Construção civil e obras públicas. Candidato com ou s/experiência. Tondela – Ref. 587773490
Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192) Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441
Electricista com conhecimento de electricidade de baixa tensão. Castro Daire – Ref. 587762605
Ajudante familiar. Auxiliar de preferência com carta de condução. Tabuaço – Ref. 587777835
Marteleiro com experiência mínima de 2 anos. Santa Comba Dão – Ref. 587772064
Impressor de “offset” c/ experiência na área. Tondela – Ref. 587768257
Empregada doméstica - casas particulares, com carta de condução. São Pedro do Sul – Ref. 587759222
Carpinteiro de limpos. Castro Daire – Ref. 587764126
Distribuidor. Lamego – Ref. 587778441
Costureira, trabalho em série. Pessoas com experiência. Tondela – Ref. 587768480
Serralheiro civil. Deve ter experiência em ferro ou alumínio. São Pedro do Sul – Ref. 587758487
Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580
Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799
Cabeleireiro praticante de cabeleireiro c/carteira profissional. Tondela – Ref. 587757565
Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014
Canalizador com conhecimentos em ar condicionado e energias. Lamego – Ref. 587778846
Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170) Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785 Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650 Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245 Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278 Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887
Centro de Emprego de VISEU (232 483 460) Ajudante de cozinha. Viseu – Ref. 587779121 Cozinheiro. Viseu – Ref. 587779120 Empregado de Mesa. Viseu – Ref. 587779115 Trabalhador indiferenciado. Viseu – Ref. 587779093 Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587778530 Empregado de balcão. Viseu – Ref. 587778479
A Escola de Viseu tem a decorrer o período de matrículas
Profitecla com nova oferta formativa A Escola Profissional Profitecla, em Viseu tem aberto o período de matrículas para o ano lectivo 2011/2012, com o reforço da atribuição de subsídios a todos os alunos , tanto dos cursos profissionais, como do CEF (Curso de Educação e Formação),. O curso de Banca, Seguros e Turismo, é a novidade
deste ano com a respectiva equivalência ao 12º Ano. Cada curso tem um limite de 23 vagas. Todos eles terão uma duração de 3100 horas, distribuídas por três anos, tendo no último ano a possibilidade de realizar estágio de dois meses. “Desta forma a Escola profissional Profitecla tornase ainda mais completa e
adequada às tendências do mercado de Viseu, garantindo uma oferta formativa total e abrangente, ao contribuir para melhorar as competências profissionais dos alunos afirma direcção da escola em comunicado. As matrículas podem ser feitas nas instalações da escola ou através do sitio na internet www.profitecla.pt.
Estucador. Viseu – Ref. 587778436 Pedreiro. Nelas – Ref. 587778084 Ajudante Padaria. Sátão – Ref. 587778081 Mecânico Auto. Viseu – Ref. 587778075 Serralheiro Civil. Nelas – Ref. 587778068 Fresador Mecânico. Viseu – Ref. 587777952 Pedreiro. Mangualde – Ref. 587759972
Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego
EMPREGO Empresa Multinacional em Viseu está a selecionar vendedores. Se és trabalhador e ambicioso, com vontade de vencer envia o teu currículo para o Jornal do Centro: ref. JC-484 Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas. T. 232 951 168 Técnico/a de frio. Montagem de a/c, ventilação, máquina de lavar roupa e electrodomésticos. T. 232 952 022
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Jornal do Centro
38 NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS
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NECROLOGIA AGÊNCIA HORÁCIO CARMO & SANTOS, LDA. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 Maria Ilda Maneca Gouveia Ferreira Ribeiro, 62 anos. Natural de Sezures, Penalva do Castelo e residente na Quinta de Santa Maria, Alto do Pintor, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de Agosto para o cemitério Novo de Viseu. António de Almeida Martelo, 90 anos. Natural e residente em Ribafeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de Agosto para o cemitério de Ribafeita. Valentim da Rocha, 86 anos. Natural de Mamouros, Castro Daire e residente em Casal, Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de Agosto para o cemitério de Lordosa. Manuel Martinho, 52 anos. Natural de Passo, Moimenta da Beira e residente em Fermentelos, Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Agosto para o cemitério de Lordosa. AGÊNCIA FUNERÁRIA DECORATIVA VISEENSE, LDA. Viseu Tel. 232 423 131 José Simões Navais Salada, 82 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de Agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério Novo de Viseu.
INSTITUCIONAIS Eurico José Gomes Cunha, 27 anos, solteiro. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 13 de Agosto, pelas 16:30 horas, para o cemitério de Mangualde. Celestina de Assunção, 91 anos, viúva. Natural de Castelo de Penalva e residente em Oliveira Mangualde. O funeral realizouse no dia 12 de Agosto, pelas 17:00 horas, para o cemitério de Mangualde. AGÊNCIA FUNERÁRIA AMADEU ANDRADE & FILHOS, LDA. Castro Daire Tel. 232 382 238 José Rodrigues, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Almofala. O funeral realizou-se no dia 11 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Almofala. Maria Alice Pereira Rodrigues Monteiro, 57 anos, casada. Natural e residente em Moura Morta. O funeral realizou-se no dia 13 de Agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moura Morta. Maria de Fátima Martins da Costa Gonçalves, 76 anos, casada. Natural de Mondim de Bastos e residente no Montijo. O funeral realizou-se no dia 15 de Agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cojo, Castro Daire. AGÊNCIA MORGADO Castro Daire Tel. 232 107 358
Alcídio dos Santos Correia, 70 anos, casado. Natural de Castro Daire e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 12 de Armando de Almeida Ventura, 74 anos, casado. Natural e resi- Agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Gosende. dente em Orgens. O funeral realizou-se no dia 17 de Agosto, pelas 17:45 horas, para o cemitério de Barbeita. AGÊNCIA FUNERÁRIA FIGUEIREDO & FILHOS, LDA. Maria da Conceição de Jesus Gonçalves Cruz, 58 anos, sol- Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 teira. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Agosto, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Lordosa. Francelina de Jesus, 84 anos, casada. Natural e residente em Ventosa. O funeral realizou-se no dia 12 de Agosto, pelas 17.00 Ana Frias Monteiro, 71 anos. Natural de Sátão e residente em horas, para o cemitério de Fornelo do Monte. Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Viseu. Irene Martins Rodrigues, 76 anos, casada. Natural e residente em S. João da Serra. O funeral realizou-se no dia 17 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de S. João da Serra. AGÊNCIA FUNERÁRIA FERRAZ & ALFREDO Mangualde Tel. 232 613 652 AGÊNCIA FUNERÁRIA LOUREIRO DE LAFÕES, LDA. Celestino Henriques, 91 anos, casado. Natural e residente em S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927 Abrunhosa do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17 de Agosto, pelas 9:30 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato. Maria dos Anjos de Almeida Rodrigues, 53 anos, casada. Natural e residente em Sabrosa, Santa Cruz da Trapa. O funeral Isidro do Carmo, 79 anos, casado. Natural de Povolide e resi- realizou-se no dia 17 de Agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitédente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17 de Agosto, rio de Santa Cruz da Trapa. pelas 15:00 horas, para o cemitério de Mangualde. Maria Preciosa Ferreira, 85 anos, viúva. Natural de Figueiredo de Francisco António Couto, 63 anos, casado. Natural e residente Alba e residente no lar de Calde. O funeral realizou-se no dia 17 de em Pinheiro de Cima, Mangualde. O funeral realizou-se no dia Agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério Figueiredo de Alba. 13 de Agosto, pelas 15:00 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde.
1ª Publicação
EDITAL CITAÇÃO APÓS PENHORA A CITAR: Jacinta Maria do Aido Vasconcelos Barreira e José Manuel Costa Barreira Processo n.º 443/05.3TBOFR-A Tribunal Judicial de Oliveira de Frades – Secção Única Rua António José de Almeida 3680-112 Oliveira de Frades EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA SOB A FORMA COMUM Valor: 27.039,47 € Exequente(s): Custódia Almeida Nunes Vasconcelos e outro Executado(s): Jacinta Maria do Aido Vasconcelos Barreira e José Manuel Costa Barreira OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃO Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss. do Código de Processo Civil (CPC), correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando os ausentes, Jacinta Maria do Aido Vasconcelos Barreira e José Manuel Costa Barreira, com última residência conhecida em Valadares, S. Pedro do Sul, 3660-673 Valadares, freguesia de Valadares e comarca de S. Pedro do Sul, para no prazo de 20 (vinte) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução supra referenciada, nos termos do art.º 812.º, n.º 6 e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. Nos termos do nº 6 do artigo 864º do CPC, no prazo da oposição e sob pena de condenação como litigante de má fé, nos termos gerais, deve(m) indicar os direitos, ónus e encargos não registáveis que recaiam sobre o(s) bem(s) penhorado(s), bem como os respectivos titulares, podendo requerer a substituição dos bens penhorados ou a substituição da penhora por caução, nas condições e nos termos da alínea a) do n.º 3 e do n.º 5 do artigo 834.º do C.P.C. Poderá efectuar o pagamento da quantia exequenda (27.039,47 €), acrescida das despesas previsíveis da execução (nº 3 do artigo 821º do CPC) e dos juros. Os honorários e despesas devidos ao Agente de Execução ascendem no momento a 735.,20 € sem prejuízo de posterior revisão. O pagamento poderá ser feito no escritório do Agente de Execução signatário, no horário indicado em rodapé. O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na Secretaria do Tribunal Judicial de Oliveira de Frades – Secção Única. PATROCÍNIO JUDICIÁRIO Nos termos do disposto no artigo 60º do C.P.C. é obrigatória a constituição de Advogado quando o valor da execução seja superior à alçada do tribunal de primeira instância (3.740,99 €). COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIA Caso não se oponha à execução consideram-se confessados os factos constantes do requerimento executivo, seguindo-se os ulteriores termos do processo. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Sendo requerido benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando juntar aos presentes autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notificação do apoio judiciário. *Artigo 144º do CPC. – 1. O prazo processual, estabelecido por lei ou fixado por despacho do juiz, é contínuo, suspendendo-se, no entanto, durante as férias judiciais, salvo se a sua duração for igual ou superior a seis meses ou se tratar de actos a praticar em processos que a lei considere urgentes. 2. Quando o prazo para a prática do acto processual terminar em dia em que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. 3. Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se encerrados os tribunais quando for concedida tolerância de ponto. Artigo 252.º-A do CPC (Dilação) 1. Ao prazo de defesa do citando acresce uma dilação de cinco dias quando: a) A citação tenha sido realizada em pessoa diversa do réu, nos termos do nº 2 do artigo 236.º e dos nºs 2 e 3 do artigo 240.º; b) O réu tenha sido citado fora da área da comarca sede do tribunal onde pende a acção, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2.Quando o réu haja sido citado para a causa no território das regiões autónomas, correndo a acção no continente ou em outra ilha, ou vice-versa, a dilação é de 15 dias. 3.Quando o réu haja sido citado para a causa no estrangeiro, a citação haja sido edital ou se verifique o caso do n.º 5 do artigo 237.º-A, a dilação é de 30 dias. 4.A dilação resultante do disposto na alínea a) do n.º 1 acresce à que eventualmente resulte do estabelecido na alínea b) e nos n.os 2 e 3. Este edital encontra-se afixado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Freguesia respectiva e no Tribunal Judicial da Comarca da última residência do mesmo. São também publicados dois anúncios no Jornal mais lido na última residência do citando. A Agente de Execução, Natália Teixeira Garcia (Jornal do Centro - N.º 492 de 19.08.2011)
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Mocho-galego (Athene noctua). Esta ave foi encontrada por um particular caída do ninho, tendo sido recolhida pelo SEPNA-GNR de Pinhel que a encaminhou para o CERVAS. No centro de recuperação, passou por um processo de recuperação que consistiu numa alimentação adequada ao normal desenvolvimento físico e da plumagem. Durante todo o processo esteve em contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos tipicamente selvagens e, assim, minimizar a habituação ao Homem. Numa fase final da sua recuperação realizou treinos de voo e caça, encontrando-se apta para a devolução à natureza. Durante o momento da devolução do mocho-galego à natureza (11 de Agosto, às 17h30, em Aldeia Nova, Trancoso) estiveram presentes cerca de 20 pessoas, entre população local, presidente da Junta de Freguesia e outros representantes da mesma e ainda voluntários do CERVAS. A ave foi baptizada de “Aldeia Nova”.
Coruja-do-mato (Strix aluco). Esta ave foi encontrada por um particular caída do ninho (Cedovim, Vila Nova de Foz Côa), tendo sido recolhida pelo SEPNA-GNR de Pinhel e encaminhada para o CERVAS. Nas instalações do centro de recuperação passou por um processo de recuperação relativamente simples, uma vez que se encontrava em boas condições. No entanto, passou por uma alimentação adequada ao normal desenvolvimento físico e da plumagem. Foi também colocada em contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos tipicamente selvagens e, assim, minimizar a habituação ao Homem. Realizou ainda treinos de voo e caça e estando com a plumagem completamente desenvolvida, encontrando-se apta para ser devolvida à natureza. Esta ave foi devolvida à natureza (11 de Agosto) perto do local onde foi encontrada, tendo este momento sido precedido de uma pequena palestra no Lar de Cedovim. Participaram neste momento cerca de 20 pessoas, a maior parte utentes, funcionários e
presidente do Lar, mas também representantes da Junta de Freguesia de Cedovim. A ave foi devolvida à natureza pela mesma pessoa que a encontrou, tendo sido baptizada de “Vim Cedo”, um trocadilho com o nome da freguesia por esta coruja ter saído cedo de mais do seu ninho!
objectivos determinados e actuais. Os mais sinceros parabéns à Emília e ao Paulo. Todo o jornal, que não lia desde algum tempo, foi lido e relido. O suplemento sobre o município do Satão que me levou a ir descobrir riquezas escondidas como
E tudo isto se passou num raio de poucos quilómetros, tudo na minha terra. Quero agradecervos por estes momentos de prazer que me proporciona ra m e dizervos que fiz questão de dizer a todos os que me rodeiam, que foi graças
CERVAS - Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens
DR
HISTÓRIA DA SEMANA
DEVOLUÇÃO À NATUREZA
CARTA
MOMENTOS DE PRAZER Fiquei muito satisfeito depois de ler aquela página, por todo o conhecimento, notícia e referência à minha cidade, á “minha terra”. A forma como aborda tantos temas, sem o cunho de jornalismo puro e sensacionalista que muitas vezes
me afasta desta forma de informação. Realço tambem a qualidade da entrevista ao dr. Mota Faria, pela objectividade das perguntas que proporcionam as respostas exactas e facultam uma informação directa e objectiva, sem rodeios, com
a Capela da Nª Senhora da Esperança com o seu altar-mor e o seu orgão de tubos, deslunbrante. Fiz parte do roteiro que aconpanhava o artigo sobre o concelho do Satão e que me proporcionou momentos de muito relax e prazer.
FOTO DA SEMANA
HÁ UM ANO
Paulo Neto
Há imagens que nos inquietam. Principalmente se pensarmos que retratam sítios públicos, locais onde brincam jovens e crianças, despreocupados, ao fim do dia. Locais, onde os taipais caíram ou foram arrancados ou vergados pelo vento e são facas cortantes, deixando à mostra buracos tenebrosos e ferros queimados pela ferrugem, espetados para o ar, como setas, dispostas a ferir o mais incauto… A mostrar a incúria humana e o mais que possamos imaginar.
Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt
ao Jornal do Centro e às pessoas que o “alimentam”, que tive um dia de domingo delicioso. Obrigado a todos e podem contar comigo para fazer mais pela “minha terra”. Um abraço a todos. Delfim Rodrigues
Nins
EDIÇÃO 439 | 13 DE AGOSTO DE 2010
∑ A Ordem dos Enfermeiros criticou o Hospital S. Teotónio, em Viseu pela alegada falta de profissionais nos serviços de urgência e obstetrícia. A administração da unidade hospitalar contrariou as críticas dizendo que o hospital estava acima dos serviços mínimos exigidos. ∑ Caçadores de todo o país manifestaram-se em frente ao Governo Civil de Viseu, onde chegou a estar cortada a avenida, em protesto contra as alterações ao calendário venatório efectuadas pelo Governo.
tempo: Limpo
JORNAL DO CENTRO 19 | AGOSTO | 2011
Hoje, dia 19 de Agosto,Céu parcialmente nublado durante o dia. Chuva fraca no fim da noite.Temp máxima de 35ºC e mínima de 16ºC. Amanhã, dia 20, Nublado e chuvoso com possibilidade de trovoada. Chuva durante a noite., Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 19ºC. Domingo, 21 de Agosto, Geralmente limpo com possibilidade de chuva durante o dia. Temperatura máxima de 26ºC e mínima de 15ºC.
Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal
∑agenda Sátão cumpre Sábado, 20
tradição das Festas de S. Bernardo
Viseu ∑ A Associação Amarelo Silvestre e o Projecto Património EMPÓRIO promovem a Exposição Andante. As obras dos artistas plásticos, Beatriz Rodrigues, José Crúzio, Luís Belo, Rafaela Mapril, Rodrigo Gonçalves vão ser mostradas em mão, em plena Rua Direita, por expositores andantes.
Domingo, 21 Castro Daire ∑ Concerto de Camané, às 21h30 encerra o Festival Altitudes deste ano.
Sopas∑ O dia de sábado fica marcado pelo festival da Sopa
Nuno André Ferreira
Vouzela ∑ A Câmara Municipal de Vouzela, realiza a VIII Marcha Nocturna. O evento, tem início junto ao Posto de Turismo, pelas 17h30. O percurso a efectuar será o PR3 “Trilho da Serra do Caramulo”, com início em Fornelo do Monte em direcção à aldeia de Caselho.
A Presidente marca como ponto alto a inauguração do recinto da Feira Semanal de Sátão O município do Sátão cumpre desde ontem, quinta-feira a tradição das Festas de S. Bernardo, onde não faltará a habitual feira e concurso de gado. Até domingo, a autarquia oferece um programa que pretende ir de encontro a vários gos-
tos, como “o artesanato, a cultura, os costumes e os talentos musicais dos artistas do concelho” e dos ranchos folclóricos. Sábado é inaugurado o novo recinto da Feira Semanal, durante um programa com início marcado para as 10h00. À noite,
a festa fica por conta de José Cid, que actua a partir das 22h00. No domingo é a vez da actuação de Micaela. Do programa há também a destacar, esta sexta-feira, véspera de feriado municipal, a abertura do Festival da Sopa.
Funicular condicionado devido à Feira de S. Mateus A circulação do funicular de Viseu está a sofrer alguns condicionamentos até 25 de Setembro, devido à realização da Feira de S. Mateus.
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Olho de Gato
Segundo um comunicado da Câmara Municipal, o funicular terá neste período um horário de funcionamento mais restrito. Durante a semana,
a última viagem acontecerá às 19h00. Aos sábados e domingos a última viagem será às 12h00.
http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt
Os do costume 1. Após as derrotas nas eleições autárquicas de 2001, o engenheiro António Guterres demitiuse de primeiro-ministro e líder do PS. O partido entrou logo em processo de escolha de um novo líder. Concorreram Ferro Rodrigues e Paulo Penedos. A votação foi desequilibrada. Desequilibradíssima. No concelho de Viseu, Ferro Rodrigues teve umas dezenas de votos dos militantes e Paulo Penedos teve zero votos. Após a derrota nas eleições legislativas de 2011, o engenheiro José Sócrates demitiu-se de primeiro-ministro e de líder do PS. O partido entrou imediatamente em processo de escolha de um novo líder. Concorreram António José Seguro e Francisco Assis. A votação nacional foi, em números grossos, dois votos em Seguro por cada um em Assis. Na secção de Moimenta da Beira, António José Seguro teve 72 votos e Francisco Assis teve zero votos. Ora, quer os zero votos em Paulo Penedos em 2001, quer os zero votos em Francisco Assis dez anos depois, são uma anomalia e uma infelicidade. Os militantes socialistas, ao votarem todos da mesma maneira, fizeram com que o seu voto deixasse de ser secreto. Toda a gente ficou a saber onde votou toda a gente. 2. Cairo, Tunes, Atenas, Santiago do Chile, Barcelona, Telavive, Wisconsin, Hama, Bengasi, Londres: cresce o turbilhão nas ruas e nas praças do mundo. A crise sistémica global está a aumentar a tensão social. Apesar dos putativos “brandos costumes” dos portugueses, a preocupação de Pedro Passos Coelho com a concertação e o apaziguamento social é realista e prudente. Convinha é que — ao contrário da facada que acaba de dar nos subsídios de Natal — não continuasse a massacrar os do costume e a deixar fora dos sacrifícios os do costume.