& carreiras
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS OUTUBRO/2015 - ANO 4 Nº 1 R$9,90
De olho
no futuro
Saiba o que as escolas têm feito para melhorar a qualidade do ensino e conheça os principais caminhos para tomar a decisão certa sobre o seu futuro profissional Segundo idioma
Carreira e filhos
Matrículas 2016
Ensino bilíngue é opção cada vez mais procurada pelos pais
Empresária joseense mostra que é possível conciliar trabalho com maternidade
Guia traz informações sobre mais de 50 escolas particulares da região + educação & carreiras | outubro de 2015 | 1
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Carta ao Leitor
Em busca da escola ideal A escola ideal é aquela em que o estudante adquire conhecimento, desenvolve potencialidades e virtudes, respeita e é respeitado, educa para o mercado de trabalho, mas também para a vida e, acima de tudo, desperta na criança ou adolescente um enorme desejo de voltar no dia seguinte. Um lugar de aprendizado, mas, sobretudo, um espaço afetivo. Mera utopia? Sim, se considerarmos esta realidade aplicada em todas as instituições, tanto públicas, quanto particulares. E não, se procuramos com lupa iniciativas individuais em colégios específicos. Inconformadas com o desinteresse e as críticas de seus filhos a respeito da escola em que estudavam, um grupo de mães de São José dos Campos decidiu formar um grupo de estudos para se aprofundar nos temas educacionais. O resultado deu origem à Escola Aberta Casa dos Pandavas que funciona com a participação efetiva dos pais e da comunidade, que busca, no ensino interdisciplinar e democrático, gerar pessoas autônomas, solidárias, responsáveis e comprometidas na construção de uma vida coletiva e de um projeto de sociedade. Ideia que faz lembrar a experiência pedagógica vivida pelos Ginásios Vocacionais durante a década de 60. No auge da ditadura militar, a proposta ousava problematizar a realidade da época e despertar nos estudantes uma visão crítica do momento. Julgado subversivo, foi encerrado em 1970. No entanto, a vivência deste modelo de ensino deixou marcas profundas em professores e alunos, como no caso da professora Esméria Rovai e do ex-aluno Alcimar Lima que dedicaram um livro sobre o tema. Mas iniciativas louváveis também podem ser vistas nos dias atuais. Como é o caso do Colégio Embraer Juarez Wanderley, em São José, que se destaca como a escola mais bem colocada da região no Enem, que constitui apenas uma de suas muitas qualidades na árdua, mas recompensadora, tarefa de ensinar e preparar para o futuro. Futuro este que não pode ser negado aos estudantes que possuem algum tipo de necessidade especial, que não só podem como devem participar do cotidiano de uma DE OLHO escola regular como todos os outros. Da riNO FUTURO queza deste convívio florescem seres humanos muito melhores. Salve as diferenças! Na parte dedicada à carreira, a +educação traz a história inspiradora da empresária joseense Vanessa de Oliveira, que abandou um emprego estável em uma grande empresa para realizar o sonho de ser mãe e acabou criando uma franquia com mais de 150 unidades no Brasil. A revista mostra também a santa ajuda do trabalho do coach e como os cursos de pós-graduação podem ajudar a manter o emprego em época de demissões. Para completar, o tradicional Guia de Escolas, com informações sobre mensalidade e estrutura de mais de 50 instituições de ensino particulares da região. Boa leitura! SÃO JOSÉ DOS CAMPOS OUTUBRO/2015 - ANO 4 Nº 1 R$9,90
& CARREIRAS
Saiba o que as escolas têm feito para melhorar a qualidade do ensino e conheça os principais caminhos para tomar a decisão certa sobre o seu futuro profissional Segundo idioma
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Matrículas 2016 Guia traz informações sobre mais de 50 escolas particulares da região
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Daniela Borges Editora 4 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Diretor Responsável Fernando Salerno Editor-chefe Hélcio Costa Divisão de Revistas A revista + Educação & Carreiras é um produto editorial desenvolvido pela Divisão de Revistas de O VALE
EDUCAÇÃO Redação Editora: Daniela Borges Reportagem: Daniela Borges, Estela Vesaro e Rodrigo Machado Fotos e Capa: Cláudio Vieira Design e Tratamento de Imagens: Paulo Donizetti Publicidade Diretor Comercial: José Tadeu Gobbi Gerente Comercial e Marketing: Tamires Jorge Assistentes Comerciais: Yuri Santos, Rodrigo Lamego, Valdelice Oliveira e Marcos Alves (São Paulo) Departamento de Artes: Ricardo Nazima, Marta Oliveira, Flávio Machado e Alisson Silva Executivos de Negócios: Aldo Mazzoni, Ana Carolina Ferraz, Mônica Bispo, Paula Rizzo, Vanessa Dias e Wolfgango Brandão. Vendas Internas: Supervisão: Tatyane Lopes Vendedores: Bruno Domingues, Debby Baldi, Guilherme Cursino, Jediel Pereira, Natalia Espanhol e Susemary Fernandes Rua: Santa Clara, 417 – Vila Adyanna Cep: 12243-630 - São José dos Campos - SP Tel: (12) 3878-4499 São Paulo Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2373 Jardim América - Cep: 01441-001 - São Paulo - SP Tel: (11) 3546-0300 Taubaté Sucursal Avenida dos Bandeirantes, 5850 Independência – Cep: 12031-206 – Taubaté – SP Tel: (12) 3632-0895 Administração e Redação da Revista + Educação & Carreiras Rua Santa Clara, 417 – Vila Adyanna Cep: 12243-630 - São José dos Campos - SP Tel: (12) 3878-4499 Endereço eletrônico: www.ovale.com.br Circulação: A revista +Educação & Carreiras circula encartada em O VALE na edição de 31/10/2015 para assinantes e nos exemplares de venda avulsa nas bancas de 33 cidades das regiões do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e Sul de Minas Gerais Cidades: Aparecida, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Guararema, Guaratinguetá, Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Paraisópolis, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José dos Campos, São Luís do Paraitinga, São Sebastião, Taubaté, Tremembé e Ubatuba
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Dúvidas em relação ao futuro pessoal e profissional? Saiba como o coach pode te ajudar
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Escola Nota 10: Colégio Embraer e Cecília Caçapava se destacam no Enem
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Escola Aberta Casa dos Pandavas e Ginásios Vocacionais: propostas pedagógicas diferencidas
Oe de xempl q o con uem s con egue car ciliar r filh eira e os
Os desafios da Educação Inclusiva e seus resultados na prática O papel da Educação Física no combate ao sedentarismo
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Guia de Escolas traz informações sobre mais de 50 instituições da região Livro dá dicas de como fazer seu filho tomar gosto pelos estudos
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Proposta pedagógica
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Grupo de pais cria modelo diferenciado de
Escola Aberta
Instituição de São José dos Campos adota modelo inspirado em colégio de referência português e aposta no ensino multisseriado e interdisciplinar como fatores de desenvolvimento infantil
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** Por Daniela Borges
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Ao frequentar a Casa dos Pandavas, Maria Antonia Lopes, 10 anos, retomou a motivação de ir à escola e ficou mais tranquila
ara quê escola? Este foi o questionamento de um grupo de mães de São José dos Campos que, preocupadas com o desinteresse e as críticas de seus filhos a respeito da escola em que estudavam, decidiu formar um grupo de estudos para se aprofundar nos temas educacionais. Ao tomar conhecimento de outras formas de organização escolar, como a Escola da Ponte (Portugal) e o Projeto Âncora (Cotia-SP), decidiu assumir a responsabilidade pela educação de seus filhos. A Escola da Ponte, localizada no distrito do Porto, ficou conhecida no mundo inteiro por sua metodologia de ensino diferenciada e nada ortodoxa. Na instituição pública portuguesa, os alunos são estimulados a ensinar outros alunos em uma espécie de aprendizagem e ensino comunitário. Tem mais: a escola não adota o método de séries ou ciclos, os estudantes se organizam em grupos de interesses para a execução de projetos. Além de outras práticas incomuns em instituições de ensino, o objetivo do colégio criado para “fazer a ponte” é gerar pessoas autônomas, solidárias, responsáveis e comprometidas na construção de uma vida coletiva e de um projeto de sociedade que potencialize as virtudes de cada ser humano. Utópico? Os resultados mostram que não. Entusiasmadas e inspiradas com a metodologia da
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escola portuguesa, as mães joseenses procuraram o Instituto Pandavas, em Monteiro Lobato, que já contava com uma proposta semelhante, e assim nasceu a parceria que deu origem à Escola Aberta Casa dos Pandavas, em São José dos Campos. A instituição, localizada no bairro São Dimas, região central da cidade, é recente, foi inaugurada este ano, e tem como princípios pedagógicos a interdisciplinaridade, a multisseriação e o trabalho com projeto. “Ou seja, com uma proposta de escola democrática. Nossos valores são a cooperação, o respeito, o comprometimento, a ética e o cuidado”, explica Mara Novello Gerbelli, coordenadora pedagógica. A escola é gerenciada pelos pais, com a ajuda de educadores, de forma horizontal. “As grandes decisões são tomadas nas assembleias, enquanto que os problemas menores o próprio grupo de trabalho resolve”, explica Mara. A escola funciona com a participação de 17 casais que atuam organizados em grupos de trabalho de acordo com as suas aptidões: Pedagógico, Administrativo e Financeiro, Comunicação e Manutenção. Apesar de filantrópica e sem fins lucrativos, a escola é particular. A mensalidade é decidida pelos pais que pagam R$ 650. Hoje, a Casa dos Pandavas conta com 18 alunos matriculados, na faixa etária entre 8 e 13 anos. • Formato A estrutura da escola é formada por três salas amplas e abertas, que podem ser adaptadas de acordo com cada projeto desenvolvido. Há ainda espaço destinado para o atelier que também funciona na prática como laboratório para experiências e uma sala de leitura. “Dentro dos princípios de município educador e espaços de aprendizagem, utilizamos diferentes lugares da cidade, aproveitando o local onde a escola está inserida para interagir ao máximo com a comunidade local”, explica Mara. A organização coletiva e horizontal é o principal diferencial da escola. “Não temos presidente ou diretor. Todos têm responsabilidade pelo todo. Outro diferencial é a possibilidade dos estudan10 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Um dia de aula na Casa dos Pandavas: a escola criada neste ano tem até o momento 18 alunos matriculados
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• Objetivos O desejo das famílias que compõem a escola é de que seus filhos saiam dela com valores diferentes daqueles que imperam na sociedade atual. “Como o consumismo, a cultura do descartável e o individualismo. Entendemos que a inteligência não se baseia apenas em habilidades linguísticas e racionais. A assimilação do conhecimento se dá através do que for vivenciado de forma ampla, envolvendo o sujeito por inteiro, por intermédio dos seus mecanismos físicos, motores, perceptivos e emocionais. Consideramos o valor da pessoa de forma ampla e indissociável”, teoriza Mara. Tanto para ela, quanto para os pais, a aprendizagem deve ser ativa e envolvente para que faça sentido para o aprendiz. “Educador e educando devem ser parceiros na busca do conhecimento e este deve se apresentar como um universo a ser desvendado, 12 | + educação & carreiras | outubro de 2015
numa aventura compartilhada através de relações significativas, amorosas e dialógicas entre educador, educando e conhecimento”, completa.
Os estudantes são estimulados a participar do coletivo da escola, por meio de assembleias e grupos de responsabilidades
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Educador e educando devem ser parceiros na busca do conhecimento e este deve se apresentar como um universo a ser desvendado
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tes também participarem do coletivo da escola, por meio das assembleias e grupos de responsabilidade”, conta.
Mara Novello Gerbelli, coordenadora pedagógica
• Resultados Ainda é cedo para mensurar os resultados práticos da metodologia aplicada na Casa dos Pandavas, mas, segundo a coordenadora pedagógica, é possível notar que as crianças já demonstram facilidade para perceber as questões de personalidade de cada um. “O trabalho com a convivência de diferentes faixas etárias no mesmo espaço físico permite uma maior compreensão do outro e a busca de soluções para os conflitos que surgem, ou seja, é a arte da convivência, saber se relacionar”, explica. O objetivo final do grupo é tornar a iniciativa um projeto-piloto dentro do ensino público, com uma proposta política-pedagógica autônoma, conforme previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Até lá, a iniciativa deve ser sustentável pela participação dos pais.
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• Depoimentos “O que me agrada na filosofia da Escola Aberta é a forma em que as matérias são integradas e passadas à criança. Elas não são divididas em aulas de 45 minutos. Em um único projeto, a criança poderá aprender várias matérias. O raciocínio não é dividido em disciplinas. O aprendizado não se encerra na sala de aula, ou seja, pode-se também ter aulas em outros espaços pressupondo-se que a comunidade também é espaço de aprendizagem. A turma multisseriada também me chamou a atenção. Em minha opinião, isso produzirá crianças mais tolerantes. Os pequenos aprendem a conviver com os maiores e vice-versa já que todos fazem parte da mesma turma pequena, que trabalha junta todos os dias.”, relata Rosane Dunand, profissional de marketing e mãe de Clara Silveira Dunand, de 5 anos, que vai começar na Casa dos Pandavas no ano que vem . A arquiteta e psicopedagoga Clau-
O trabalho com a convivência de diferentes faixas etárias no mesmo espaço físico permite uma maior compreensão do outro e a busca de soluções para os conflitos
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dia Gutlich, conhece o Instituto Pandavas, de Monteiro Lobato, desde 1996. Mãe do Ian, 9 anos, ela resolveu matriculá-lo na Casa dos Pandavas para ver seu filho retomar o interesse pela escola com a ajuda de uma forma pedagógica diferenciada. Ian passa entre 5 e 6 horas por dia na escola. “Ele já estudou em outras escolas e as diferenças são muitas, desde a forma com que as relações humanas são tratadas e a importância que elas representam no processo educativo até a possibilidade de estar muito próxima das propostas pedagógicas e da escola como um todo”. Claudia diz que já sentiu mudanças no comportamento de seu filho. “Ele está retomando o entusiasmo pelo conhecimento, está mais autoconfiante, sua autoestima melhorou muito e não reclama mais de ir à escola, pelo contrário, não gosta de faltar”, alegra-se. Por ter interesse em escolas mais humanizadas, a cientista social Fran-
cine Barbara Maia de Oliveira conheceu o Instituto Pandavas. Mas como ela mora em São José, não via possibilidade de instalar-se em Monteiro Lobato. “Com isso, e muito insatisfeita com a experiência escolar da minha filha, eu e um grupo de amigas resolvemos procurar o Instituto Pandavas e propor a construção da escola aqui em São José dos Campos.” Com a convicção de que a educação precisa ser diferente do que é hoje, Francine resolveu arregaçar as mangas e junto com outras mães abriu a Cada dos Pandavas. Mãe da pequena Maria Antonia Maia Lopes, 10 anos, Francine conta que quando sua filha estudava em outra escola a via voltar para casa extremamente estressada com a escola, infeliz, sem curiosidade pelo conhecimento. “A escola era um peso! E percebia o quanto a relação entre as crianças era desgastada, pautada por valores do mercado, competitividade, você é o que você tem, sem solidariedade, cuidado com o outro. Uma tristeza”! Hoje, Francine conta que a filha está menos agressiva. “Simplesmente porque ela vive hoje num ambiente menos hostil”. Auira Ariak é documentarista e educadora de audiovisual. Sua filha Luanda, 11 anos, está matriculada na Casa dos Pandavas no correspondente ao 6º ano. A credibilidade do Instituto e a insatisfação da filha com a escola anterior levaram Auira a mudá-la para a escola. “A diferença é o envolvimento dos pais, a abertura que temos de dizer o que está bom e o que não está e poder participar da mudança.” A mãe elogia o foco pedagógico da escola, pautado nas relações. “Notei mudanças na minha filha, ela desenvolveu o gosto pela pesquisa e se sente mais livre para opinar na escola sobre suas preferências e expectativas. Sua autoestima também mudou muito, na escola anterior, ela nunca ia com o cabelo solto, pois as crianças falavam do cabelo crespo dela com desdém, hoje ela só usa os cachos bem soltos. Não gosta de faltar de forma alguma, ela sente que faz parte da escola como se fosse a sua segunda casa”, finaliza a mãe.
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O exemplo de sucesso dos Ginásios Vocacionais do Estado de São Paulo A escola ideal é aquela em que o estudante adquire conhecimento, desenvolve potencialidades e virtudes, respeita e é respeitada, educa para o mercado de trabalho, mas também para a vida e, acima de tudo, desperta no estudante um enorme desejo de voltar no dia seguinte. Um lugar de aprendizado, mas, sobretudo, um espaço afetivo. Teoricamente, é fácil vislumbrar os requisitos que formariam um colégio de sucesso. Mas, na prática, a coisa se desenrola de maneira muito diferente. Se hoje a educação no Brasil não empolga por uma infinidade de fatores, já houve uma experiência de ensino público que foi muito marcante e, se não foi ideal estava bem próximo disso. Trata-se dos Ginásios Vocacionais do Estado de São Paulo, que funcionaram nas cidades de Americana, Batatais, Barretos, Rio Claro, São Caetano do Sul e São Paulo, entre 1962 e 1970, até serem extintos pela ditadura militar, que os considerou subversivos. Abrangiam hoje ao correspondente entre os 6º e 9º anos. A experiência educacional foi tão importante na vida daqueles que a vivenciaram que motivou a ex-professora dos Ginásios Vocacionais e doutora em Psicologia Esméria Rovai, diretora do departamento de educação e pesquisa da GVive (Associação Ginásio Vocacional Vive), e o ex-aluno Alcimar Alves de Souza Lima, psiquiatra e psicanalista em São José dos Campos e São Paulo, a escreverem juntos o livro “Escola Como Desejo e Movimento” (Editora Cortez ) que traz a vivência de ambos com o projeto. A obra traz uma releitura da proposta educacional destes ginásios com duplo objetivo: apontar os equívocos da ditadura ao extinguir a iniciativa e destacar as potências de desdobramento dessa proposta pedagógica para os dias atuais. Ao contrário do que supunha o nome, o termo “vocacional” estava 16 | + educação & carreiras | outubro de 2015
A ex-professora dos Ginásios Vocacionais Esméria Rovai e o ex-aluno Alcimar Lima durante a noite de autógrafos do livro dedicado ao tema
6 escolas do Estado de São Paulo aplicaram a experiência educacional dos Ginásios Vocacionais
mais relacionado ao chamado interior do que à profissão propriamente dita. “Pensar a vocação não como primazia para a profissão, mas como fruto da escolha pessoal, do processo de autoconhecimento. A escolha profissional era mais um amadurecimento, uma afinidade com o gosto pessoal e sua vocação”, explica Esméria que deu aulas na unidade no Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha, em São Paulo. Para o estudioso do assunto, o professor, historiador e pesquisador Daniel Ferraz Chiozzini, mestre e doutor em Educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), embora o mercado de trabalho não fosse o objetivo principal, havia uma preocupação com a formação. “Ou seja, o foco era preparar o estudante para a vida, de modo geral era preparar para o que fazer depois da escola.”
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Como muitos de seus idealizadores eram ligados ao meio católico, explica Chiozzini, como Olga Bechara, João Martins e a própria coordenadora da comissão, Maria Nilde Mascelani, havia uma noção cristã estabelecida. Mas a definição da proposta pedagógica inovadora ia muito além disso. “É interessante constatar que, no entanto, em seus quase oito anos de existência, os Ginásios Vocacionais se aproximaram de vários conceitos e métodos que ainda hoje são muito discutidos quando se procuram alternativas para o planejamento escolar”, aponta Chiozzini. Temas como interdisciplinaridade, estudo do meio, processo de avaliação ao longo dos anos letivos, formação contínua do professor, trabalho em equipe, vínculo entre escola e comunidade, entre outros, eram proposições que efetivamente norteavam o trabalho desenvolvido nas unidades. • Virtudes “Lembro-me que o clima na sala de aula era extremamente afável, os professores trabalhavam em período integral e tinham dedicação exclusiva. As aulas eram das 8h às 17h horas todos os dias. Cada aula era ministrada em uma sala, os alunos é que se deslocavam”, conta o ex-aluno Alcimar Lima. Para ele, as grandes “sacadas” da experiência educacional eram os currículos interados com as áreas de 18 | + educação & carreiras | outubro de 2015
conhecimento (transdisciplinaridade) e o trabalho em equipe que era muito forte. “Os estudos do meio foram criados e os alunos aprendiam indo aos lugares. Por exemplo, visitamos o Mato Grosso do Sul. Fomos a aldeias indígenas, câmara de vereadores de Campo Grande, à prefeitura. Nesses lugares, entrevistávamos as pessoas, fosse o prefeito, o trabalhador rural ou o índio”, afirma. Aliás, a metodologia, com o estudo do meio, é um dos diferenciais apontados pelo professor e pesquisador Daniel Ferraz Chiozzini com um dos motivos da sua eficácia. “Eram viagens com fins educacionais, com estudo do bairro, cidade e estados com a finalidade de comparar com a realidade que o aluno está inserido”. Chiozzini cita ainda a valorização da figura do professor, a unidade didática com planejamento para os quatro anos de estudo (estrutura curricular concêntrica), envolvimento da família e da comunidade com a escola, integração de disciplinas como os motivos que davam condições para se desenvolver um trabalho com qualidade. “As escolas possuíam horta, cantina e até banco gerenciado pelos alunos sob a supervisão dos professores”, cita. “Havia também uma maneira muito particular de ensinar História e Geografia”, completa. Ambas as disciplinas eram integradas na área de Estudos Sociais, mantendo-se a es-
pecificidade de cada uma, com um professor para cada disciplina trabalhando juntos na mesma sala. “Essa área tinha um papel chave no currículo das escolas, uma vez que os “Estudos Sociais” se iniciavam com a equipe de planejamento realizando um estudo da comunidade onde a escola estava situada, visando selecionar temas/questões a serem abordados por todas as disciplinas de maneira integrada”. De acordo com Esméria, o aluno participava da avaliação da sua evolução. “Era um trabalho de autoavaliação em conjunto. O aluno não era só julgado, ele participava do processo e identificava onde errava”, aponta. “O trabalho era coletivo, onde todos participavam do planejamento, das decisões, da construção e da avaliação no dia a dia”. Visão integradora do saber.” • Fim Os professores dos ginásios eram avaliados anualmente, podendo ser recontratados ou não ao final de cada período. “De acordo com o desempenho, eles poderiam ser transferidos ou demitidos”, aponta Chiozzini. Durante os anos de 67 e 68, o Brasil vivia uma ditadura linha dura e, muitos professores insatisfeitos com as demissões, em retaliação, passaram a enviar cartas ao Governo dizendo que as escolas formavam comunistas e fornecia conteúdo subversivo. “Claro, havia uma leitura pro-
Imagens da época em que funcionavam os Ginásios; à direita a unidade de Rio Claro; o projeto durou entre 1962 e 1970
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Alcimar Lima, psiquiatra e psicanalista
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Lembro-me que o clima na sala de aula era extremamente afável, os professores trabalhavam em período integral e tinham dedicação excluiva
blematizadora das cidades e isso era matéria em sala de aula. Fazia parte da proposta uma visão crítica da realidade que o País vivia o que julgou-se subversivo após denúncias”, lembra o pesquisador. Os Ginásios Vocacionais receberam intervenção militar em 1969 e foram definitivamente encerrados em 1970. “Outro fator que contribuiu para o fim dos ginásios foi a necessidade criada pelo governo de expandir o acesso à educação a qualquer custo. As escolas passaram a funcionar em quatro turnos, repartições públicas foram transformadas em escolas, estudantes foram contratados para dar aulas, e a política de massificação da educação precarizou a escola”, defende. “Lamentei muito seu fim. Esta formação foi muito marcante na minha vida. Lamento até hoje pelo Brasil, por não ter a educação que já tivemos um dia”, desabafa Esméria. • Retorno Apesar da formação crítica dos
estudantes, de criar um projeto inovador antes mesmo da teoria cognitiva e interdisciplinar de Jean Piaget, a proposta dos Ginásios Vocacionais serve nos dias de hoje como inspiração para a busca de modelos eficazes de ensino. “Defendo, não a volta desse sistema de ensino, e sim que possamos aproveitar todos os ensinamentos que forem possíveis para a contemporaneidade”, pontua Alcimar Lima. “Faltam professores e alunos interessados em aprender, que coloquem em prática a transformação social”, completa. “Não é possível voltar tal qual era antes, mas algumas questões aplicadas na época deveriam ser políticas atuais, como a valorização do professor”, afirma Chiozzini. Para Esméria, a escola hoje está presa ao modo tradicional e não percebeu que o mundo mudou. “Defendo a proposta, não nos moldes da época, mas a ideia de colocar o aluno como co-participante, trazer a família para dentro da escola”, conclui.
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diferença! Salve a
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Educação Inclusiva
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A jovem Letícia de Almeida, de São José, é o exemplo do poder da inclusão no desenvolvimento e no aprendizado dos alunos especiais ** Por Rodrigo Machado
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o próximo mês, a estudante Letícia Borges de Almeida, de São José dos Campos, vai completar 19 anos, e o presente ela já pediu para sua mãe: “quero fazer faculdade e trabalhar com moda, esse é o meu sonho e desejo que descobri”, diz. A mãe, a bancária Ana Cláudia Romão Borges de Almeida, de 53 anos, abraçou a ideia e juntas estão trabalhando para a realização do sonho da filha. Até aí tudo bem, a história parece ser como uma dessas que estamos acostumados a ver e ouvir, mas um detalhe chama a atenção: Letícia é portadora de síndrome de Down. Diante da clareza e do sonho de se tornar uma profissional ligada ao mundo da moda, a jovem tem batalhado bastante ao lado da família com apoio de amigos. “Eu cheguei nesse ponto porque fui me perguntando do que gostava, vendo revistas e televisão”, contou à +educação & carreiras. A certeza é tanta que Letícia, com apoio da mãe, tem trabalhado essa questão em seus encontros semanais com a terapeuta ocupacional com MBA em educação, doutora Ana Maria Burghi, de São José. Até visitas em lojas e instituições relacionadas ao setor têm se tornado rotina. “Eu gostei muito dessa experiência. Conheci cada parte da loja, como tudo é lá dentro. Vi o estoque, onde paga, onde faz os pacotes, as caixas que chegam com as roupas, a vitrine”, compartilha a jovem empolgada. “Eu pretendo fazer uma faculdade. Acho que chegar à universidade será uma tarefa difícil”, conclui. Tarefa difícil, mas não impossível. Letícia é estudante do 7º ano do Co-
légio Carlos Saloni, no Jardim Apolo, na zona oeste de São José, desde os primeiros anos da trajetória escolar e tem a consciência de ser portadora da síndrome de Down --distúrbio genético mais comum, estimado em 1 a cada 1.000 nascimentos no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Ela sabe os desafios que superou e os que ainda vêm por aí. “Sobre a síndrome de Down: sim, foi um desafio e tanto, mas não é difícil! Eu gosto de estudar. Sempre gostei. Nos meus primeiros anos na escola fiz muitas amizades e aprendi muitas coisas. Daqui pra frente eu pretendo trabalhar com moda e ser uma bailarina cada vez melhor”, conta. • Amizade Letícia mesma falou sobre as relações com os seus amigos. “O meu relacionamento com meus amigos é muito bom, normal. Gosto muito deles. Foi fácil ganhar a confiança deles. Sempre fui amiga de todos e eles gostam de mim. Estou fazendo mais amigos porque entrei na Asin.” A Asin é a Associação Síndrome de Down, de São José dos Campos, comandada pela diretora Sandra Machado. É uma entidade beneficente de assistência social que presta atendimentos psicológicos, educacionais, esportivos e culturais às pessoas com síndrome de Down. “Temos oficinas de estimulação e capacitação, promovendo a autonomia e independência para a vida social. A partir de uma visão social capaz de entender que as pessoas com deficiência têm necessidades, mas temos que oferecer possibilidade e capacidade”, diz Sandra. Como no mundo atual, e não muito diferente de outras crianças, a rotina de Letícia é bem intensa. “Eu acordo + educação & carreiras | outubro de 2015 | 21
às seis horas da manhã para entrar na escola às sete. É meio período. Também tenho fono (fonoaudiologista), fisioterapia e terapia ocupacional. De segunda à sexta, vou à Asin na parte da tarde. À noite, tenho balé nas segundas e quartas. Já nas terças e quintas faço jazz e depois eu e minha mãe vamos para a hidro (hidroginástica)”, conta. Já deu para sentir o ‘drama’ e a vida puxada desta garota, não? Mas espera aí, tem mais: “No sábado de manhã tenho ensaio do balé e domingo faço tarefas, trabalhos e descanso”, ufa! “Me sinto muito tranquila quando danço”, finaliza ela, lembrando que as disciplinas que mais gosta são artes e interpretação de texto.
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A estudante Letícia Borges de Almeida e sua mãe, a bancária e parceira Ana Cláudia
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O meu relacionamento com meusamigos é muito bom, gosto muito deles. Eles gostam de mim Letícia Borges, estudante e bailarina
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• Família Não preciso nem escrever que a mãe, bancária e parceira de todas as horas, Ana Cláudia, tem orgulho e satisfação da filha Letícia. ”Quando ela nasceu, a educadora Duda Bindão, proprietária de um berçário, nos abriu as portas para incluírmos a Letícia. Desde o início, se mostrou disposta a abraçar a causa. E assim foi antes de completar dois anos e lá ficou por cinco anos”, diz. Ana Cláudia conta que sua filha foi tratada como todas as outras crianças. “Foi muito bem aceita pelos seus coleguinhas. Eles a tratavam com muito carinho. Participava de todas as atividades e se sentia muito amada. Esse contato foi fundamental para ela. Entrou na escola sem saber andar e logo nos primeiros dias deu os primeiro passos. Ver os coleguinhas, tê-los como modelo e estímulo, foi muito importante”, compartilha. Quando Letícia nasceu, a família foi muito bem orientada. “Todos (médicos e parceiros) foram, e ainda são, fundamentais nesse processo de inclusão. Sempre nos encorajaram a colocá-la numa escola inclusiva, nos apontando os pontos positivos desse processo e sempre acompanhei tudo. Estive ao lado dela em todos os momentos, vibrando com cada vitória, cada obstáculo superado e tentando ajudá-la a superar as dificuldades e dúvidas que surgissem ao longo do caminho”, conta Ana Cláudia.
Um desafio onde todos saíram muito recompensados ao vê-la progredir a cada dia. “Não posso deixar de dizer que nem tudo foram flores! Quando saiu do berçário chegamos a receber vários ‘nãos’ de diversas escolas em São José. Educadoras nos diziam que nunca tinham trabalhado com ‘essas crianças’, que a escola não tinha condições em recebê-la. E todas escolas particulares. Por outro lado, de outras instituições recebemos palavras amigas e sorrisos acolhedores. Foi o caso da ‘Nossa Escola’, onde a Letícia estudou por dois anos e posteriormente, o Carlos Saloni, onde ela estuda há quase 9 anos”, afirma. Ana Cláudia costuma dizer que a escola e os amigos são tão importantes na vida das crianças especiais, quanto essas crianças são para as escolas. “Um cresce com o outro, aprende que a vida é muito mais do que números, longos textos, idiomas.
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Letícia é saudada por seus colegas da escola
Na vida, nos relacionamentos, o mais importante é o amor, a tolerância e a aceitação das diferenças. É saber que cada um tem a sua beleza e riqueza interior. Letícia é o maior presente que Deus poderia ter dado para a nossa família”, conclui. • Educação Inclusiva Há quase três décadas, o Colégio Saloni trabalha com inclusão e diversidade, garante a diretora pedagógica Cristina Saloni. “Os alunos precisam conhecer o mundo em suas particularidades, viver em harmonia, respeitar o outro com suas diferenças e promover atividades que desenvolvam sua aprendizagem conforme sua potencialidade. Nossa política sempre foi a inclusão. O aluno com necessidades especiais é tratado como um aluno normal, com suas características, suas dificuldades, necessidades normais de um aluno e para que possa acontecer a aprendizagem é preciso: um olhar, uma ajuda e uma atenção individualizada dos professores e da equipe”, conta. Para a terapeuta ocupacional com MBA em educação, doutora Ana Maria Burghi, a educação inclusiva, para todos, proporciona transformar o sis24 | + educação & carreiras | outubro de 2015
tema educacional num sistema que reconheça a diversidade, a reflexão e o agir sobre a funcionalidade do conhecimento e a transformação da sociedade. “A importância é no desenvolvimento geral do aluno, de uma forma bastante ampla, com implicações diretas nas suas atividades de vida prática e diária, no seu ‘fazer’ do cotidiano. A Letícia é uma garota sensacional, sua paixão pelas coisas que escolhe fazer e pelas novidades que apresentamos facilita a interação com as atividades e propostas, e auxilia muito no alcance de nossos objetivos”, conta a especialista. Segundo ela, a equipe multiprofissional que sempre a acompanhou e incentivou em diversas áreas, pode perceber o desenvolvimento significativo a cada passo. “Sua família apresenta a ela uma gama de atividades diversas, culturais, terapêuticas, educacionais e sociais, que são fundamentais para o desenvolvimento de todo indivíduo.” Mas quais são os principais desafios quando o assunto é a educação inclusiva para estudantes e jovens com síndrome de Down ou autismo, por exemplo? Para Ana Maria, os desafios são constantes e alguns bastante tranquilos e rápidos de vencer. “A solidariedade, a integração social, o respeito aparecem logo e nos incentivam a continuar. Os demais desafios, algumas vezes, são comuns em diversas escolas e outros bem pontuais em um determinado ambiente ou sistema escolar. “Traçar objetivos pedagógicos, elaborar adaptações curriculares, sensibilizar pessoas ao aprendizado e ao conhecimento, se adaptar a um novo olhar, muitas vezes, também parece não ser uma tarefa muito simples. É preciso muito empenho e esforço de todos”, conta. O ensino escolar, desde a educação infantil até a universidade, influencia a vida profissional de um indivíduo, por isso a importância de um processo adequado a cada pessoa nestes períodos. “A história de vida, as relações pessoais, as rotinas auxiliam o desenvolvimento e o alcance de objetivos. Letícia é muito persistente e suas escolhas são claras”, conclui.
Educação especial ou inclusiva?
A professora e coach Dolores Affonso, fundadora do blog Stargardt Brasil, que visa o desenvolvimento pessoal, motivação, superação e inclusão de pessoas com deficiência, ajuda quem deseja superar suas deficiências e limitações, alcançando autonomia, liberdade e sucesso para viver uma vida plena. A discussão e o desenvolvimento de ações sobre o tema ‘educação especial ou inclusiva’ faz parte da lista de seus projetos e trabalhos desenvolvidos. Todas às vezes que é questionada sobre a diferença entre educação especial e inclusiva, ela aponta uma compreensão errada de que um aluno com necessidades educacionais especiais é especial. “Ser especial é ótimo ou pelo menos deveria ser. O que me incomoda é perceber que a denominação ‘especial’ está mais relacionada à percepção de incapacidade. Fico incomodada, pois se todos os humanos são iguais perante a lei e, apesar de suas diferenças, pertencem à mesma espécie, não deveria haver uma educação especial, ou seja, que se aplica exclusivamente aos alunos com deficiência”, diz. Segundo ela, conduzir o pensamento dessa forma os coloca numa categoria à parte, como se pertencessem a uma espécie distinta. “Quando separamos as crianças para uma ‘educação exclusiva’, estamos instituindo a exclusão. Por outro lado, não deveria ser preciso falar em educação inclusiva, mas sim em educação que deveria ser de qualidade e para todos.” Para a coach, muitos materiais, ferramentas, metodologias e recursos poderiam ser usados para aproveitar essas potencialidades. “Saber aproveitar as múltiplas inteligências e habilidades ameniza o impacto de suas dificuldades e limitações no aprendizado, gera a inclusão por meio de uma formação mais completa e torna o aluno um indivíduo independente.
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Escola não pode se recusar a receber aluno, diz especialista Como definir a educação inclusiva? O que os especialistas falam sobre o conceito e será que as escolas estão preparadas para receber o aluno especial? A revista +educação & carreiras bateu um papo com a coordenadora do curso de pós-graduação em educação inclusiva da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), professora doutora Delcimar de Oliveira Cunha. Abaixo trechos da entrevista:
Delcimar de Oliveira Cunha, coordenadora da pós em educação inclusiva
Qual é a importância da educação inclusiva? Educação inclusiva para que possamos ter uma sociedade inclusiva, para que todos sintam-se incluídos, que o acesso e permanência nas escolas sejam garantidos, mas com qualidade, mais do que incluir, nossas crianças precisam aprender. Como a instituição deve promover a educação inclusiva? Uma escola será considerada inclusiva quando acolher indiscriminadamente as pessoas que por ela busca. O acesso e a permanência devem ser garantidos, mas com qualidade, com amor e empatia. É preciso flexibilizar o currículo, adequar e organizar espaços pedagógicos de maneira que os obstáculos sejam removidos. A educação inclusiva propõe novas diretrizes no ensino? O que muda dentro da sala de aula? Os pais percorrem as escolas públicas e particulares em busca de vaga. Uma mãe relatou: “havia vaga até conhecer minha filha”. É uma peregrinação, com muita dificuldade conseguem matricular o filho na escola, portanto, cabe esclarecer que: ressalta-se o disposto no artigo 7º da Lei no 12.764 de 2012, que determina multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos ao ‘ges26 | + educação & carreiras | outubro de 2015
tor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência’. Os pais precisam saber disso. A inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação em escolas comuns de ensino regular ampara-se na Constituição Federal de 1988 que define em seu artigo 205 ‘a educação como direito de todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho’, garantindo, no artigo 208, o direito ao ‘atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência’. Qual é o desafio de ter dentro da sala de aula crianças especiais? Sabemos que os professores, responsáveis pelo ensino e aprendizagem,
não receberam formação adequada para atender às necessidades dessas crianças, portanto, além de assegurar o acesso das crianças à escola, é preciso investir na formação continuada do professor, prestar orientações especializadas para que ele saiba como proceder, acolher e ensinar. É necessário acompanhamento de especialistas? Sim. As crianças, os pais e os educadores precisarão de orientações de especialistas. Como as escolas podem lidar com o tema com outros alunos? Boa pergunta! Ao nos preocuparmos com a inclusão, todos devem ser envolvidos, os outros alunos, os professores e os demais funcionários da escola. Cabe à equipe gestora, organizar situações de integração para que todos sintam-se incluídos.
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Educação especial na rede municipal
A rede municipal de ensino de São José dos Campos atende à política de inclusão, oferecendo a educação especial no contexto do ensino regular, dispondo de docentes da educação especial que oportunizam o atendimento educacional especializado ao estudante com deficiência, transtornos globais, altas habilidades ou dotação, no contexto educacional da classe comum. Atualmente, a rede municipal atende 786 alunos especiais com diferentes necessidades educativas. “Às salas com estudantes com deficiência ou transtornos globais do desenvolvimento é oferecido, na dependência da necessidade e da existência de interessados, estagiário para apoiar o professor do regular e no processo ensino–aprendizagem de todos”, conta a coordenadora da educação especial, Eliana Sodré. Quando são identificadas as necessidades educacionais dos estu-
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O apoio oferecido sob o modelo da educação especial está sendo substituído pela intervenção do professor no ensino regular
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Eliana Sodré, educação especial
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Sala de aula da escola Carlos Saloni, onde Letícia estuda e faz amigos
786 alunos especiais são atendidos na rede municipal de ensino de São José
dantes, a equipe da escola e o professor selecionam e organizam recursos de ordem pedagógica, operacional e de tecnologia assistida para melhor atender as especificidades de cada um. Segundo ela, ao longo da última década os sistemas de ensino vêm incorporando saberes e práticas didáticas a respeito da escolarização e educação desse público e gradualmente melhor se organizando para o atendimento adequado a cada caso, bem como esclarecendo a familiares de pessoas com e sem deficiência e terapeutas, as características e respostas do aprendiz no ensino
regular na perspectiva da educação inclusiva. “O apoio pedagógico antes oferecido exclusivamente sob o modelo da educação especial (apartado da turma toda), gradualmente está sendo substituído pela intervenção do professor no ensino regular em parceria com o professor regente da sala de aula”, informa à nota. A identificação das necessidades educacionais para tomada de decisões sobre o que e o como atender ao estudante com deficiência no ensino regular, desloca o foco da categorização da deficiência para a relação de ensino-aprendizagem.
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Infantil
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Ensino bilíngue para as crianças Método facilita aprendizado de língua estrangeira, pois é aplicado na fase em que a pessoa assimila informações com mais naturalidade ** Por Estela Vesaro
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hegar na adolescência ou na vida adulta sem saber falar inglês é problema na certa, principalmente para quem pretende crescer profissionalmente, pois temos um mercado de trabalho bastante globalizado. Bom seria nascer sabendo, não é verdade? Mas como isso ainda não é possível, a opção mais fácil é estudar uma ou mais línguas estrangeiras na idade infantil, quando o aprendizado é mais natural e pode ser mais duradouro. Muitas famílias procuram matricular seus filhos em escolas bilíngues, para dar uma ‘forcinha’ para o desenvolvimento da criança e para já ajudá-la com sua carreira no futuro. No Vale do Paraíba, existem variados tipos de escola que oferecem o ensino bilíngue. Há opção, por exemplo, para quem quer frequentar a escola normalmente e no horário estendido (período inverso da aula) integra a turma que vai estudar a língua estrangeira. Também há escola que ensina a segunda língua durante as próprias aulas da grade curricular estabelecida pelo MEC, como a Maple
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Bear, em São José dos Campos, que aplica um método canadense de ensino. • Complementar Na Escola Moppe, em São José, é oferecido o Período Complementar Bilíngue, voltado para a língua inglesa. “Ou seja, o currículo regular é o que o MEC determina e, no turno inverso (meio período), acontece o ensino bilíngue”, explica Débora Alcalde, coordenadora pedagógica do Smart International Program e Complementar Bilíngue, da Moppe. “A proposta do Período Complementar Bilíngue é conduzir o aluno para ter contato com a língua inglesa por meio de projetos e atividades lúdicas, ao mesmo tempo em que são priorizados os cuidados, o bem-estar e a individualidade das crianças. Sabemos que os estudos realizados a partir do interesse do aluno propiciam um resultado efetivo no processo ensino-aprendizagem. Assim, com histórias, músicas, parlendas, curiosidades, os alunos entram no mundo do faz de conta, do jogo simbólico, praticando e adquirindo a fluência na língua de forma espontânea”, esclarece Débora. “A aquisição da língua estrangeira
Alunos da escola Moppe, em São José dos Campos, onde é oferecido o Período Complementar Bilíngue
18 meses é a idade a partir da qual a criança pode ser inserida no ensino bilíngue da Moppe
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Aderimos ao programa sem muitas expectativas, mas a Tainá nos surpeendeu com o aprendizado
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Ligia Cesca, mãe da aluna Tainá
A garota Tainá, de 3 anos e 8 meses, surpreendeu os pais dela com o aprendizado do inglês na escola Moppe
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dá-se da mesma forma que acontece com a língua materna. A criança é exposta a diferentes vocabulários e situações, levanta hipóteses, arrisca, até que se apropria das estruturas linguísticas e passa a se expressar na segunda língua, sem deixar de valorizar a língua materna.” A Moppe atende alunos de quatro meses até o 9º ano (cerca de 14 anos). No ensino bilíngue, são atendidas crianças a partir de um ano e meio. • Benefícios Débora fala sobre as vantagens do aprendizado na idade infantil. “Sabemos que a infância é o momento da criança se conhecer, conhecer o outro e o mundo que a cerca. Um momento propício para a aprendizagem de uma segunda língua, quando a curiosidade e a espontaneidade a levará a descobrir novas formas de utilizar a sua criatividade e conhecimento para expressar seus pensamentos, para opinar, para questionar e ainda está aberta para toda informação que re-
cebe. O aprender uma segunda língua propicia o desenvolvimento de um ser curioso pelas diferentes culturas e ideias, preparando-o para uma sociedade globalizada. Além de prepará-lo para um futuro profissional com mais possibilidades.” • Funcionamento O Período Complementar Bilíngue da Escola Moppe é opcional. “Todos os alunos que ficam o dia inteiro na escola participam do bilíngue. Os pais têm a opção de escolher duas, três e cinco vezes por semana, quando o aluno vivenciará o seu dia a dia na língua inglesa, fazendo com que se aproprie do inglês em situações do cotidiano”, explica Débora. “No entanto, na grade das aulas do regular, ou seja, das aulas exigidas pelo MEC, a Moppe oferece carga horária ampliada para o ensino da língua inglesa. Os alunos podem, como uma ferramenta de avaliação do nível de Inglês, realizar o exame de Cambridge a partir do 5º ano, atestando o
seu desenvolvimento.” Segundo Débora, o Período Complementar Bilíngue da Escola Moppe possui uma coordenadora responsável, certificada pela Universidade de Cambridge, assim como outros professores e assistentes, todos fluentes na língua e certificados, ou em processo de certificação Cambridge. • Surpresa A garota Tainá, de apenas três anos e oito meses, surpreendeu os pais dela com o ensino bilíngue da Escola Moppe. “Aderimos ao programa sem muitas expectativas, mas ela nos surpreendeu com o aprendizado, pois de vez em quando ela fala algumas palavras em inglês ou canta músicas infantis na língua estrangeira na nossa casa, isso sem ninguém pedir ou pressionar”, conta a mãe da Tainá, a funcionária pública Ligia Junqueira Cesca. Ligia diz que gosta do método lúdico adotado pela Moppe, pois a criança aprende de forma bastante natural.
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Ensinando inglês de uma forma holística Escola Maple Bear adota metodologia canadense para aprendizado da segunda língua Outra forma de aprender a língua inglesa na infância é cursar o ensino regular com professores dando as explicações ora em português, ora em inglês. Na escola Maple Bear, em São José dos Campos, a metodologia utilizada é a canadense, que segue os princípios da educação holística, isto é, o ensino está voltado para o desenvolvimento da criança como um todo, envolvendo não apenas a parte intelectual, mas também a emocional, física e social. A Maple Bear recebe alunos a partir de 18 meses de idade, para a turma do Toddler (precisam ter dois anos completos até 30 de junho do ano letivo) e atualmente oferece o ensino infantil e o fundamental I (até o quinto ano). A escola informa que segue as normas e padrões curriculares do MEC. A carga horária é de meio período (quatro horas para a educação infantil e até cinco horas e meia para a fundamental), podendo ser semi-integral e/ou integral. A Maple Bear oferece oito turmas entre infantil e fundamental, com no máximo 20 alunos por sala. Todas as turmas possuem no mínimo dois profissionais 100% do tempo dentro de sala, sendo que todos possuem formação na área de Educação e são treinados constantemente por profissionais canadenses. • Programação No dia a dia da escola, as aulas para crianças de dois a quatro anos são dadas 100% em inglês. A partir dos cinco anos, é iniciado o Programa de Português, assim a carga horária aumenta e um professor específico para essa disciplina é inserido na rotina. 34 | + educação & carreiras | outubro de 2015
20 é o número máximo de alunos por sala na escola bilíngue Maple Bear, em São José dos Campos
Já no ensino fundamental, em todas as séries as disciplinas são divididas, sendo que 50% são ministradas em português e 50% em inglês, sempre por diferentes professores. “O bilinguismo favorece a inteligência das crianças. Cientistas dizem que experiência bilíngue melhora as funções do cérebro como ignorar dis-
trações, mudar o foco e manter informações na mente. Falar duas línguas tem benefícios práticos óbvios em um mundo cada vez mais globalizado. Crescer falando duas línguas tem influências positivas em alguns aspectos da inteligência e tem um efeito profundo no cérebro da criança e na melhora das habilidades cognitivas não relacionadas à linguagem”, explica Marielle Gonçalves do Vale, assistente de comunicação e coordenação da escola Maple Bear em São José. A escola informa que segundo cientistas, as crianças expostas desde muito cedo a duas línguas crescem como se tivessem dois seres monolíngues alojados dentro do seu cérebro. “Quando dois idiomas estão bem equilibrados, as crianças bilíngues têm vantagem de pensamento sobre crianças monolíngues, o que quer dizer que o bilinguismo tem efeitos positivos na inteligência e em outros aspectos da vida da criança.”
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Saúde do estudante
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A importância da escola no combate ao sedentarismo Colégios de São José adotam medidas para cultivar hábitos saudáveis junto aos alunos: educação física e alimentação adequada têm incentivo extra ** Por Estela Vesaro
N O aluno João Carlos treina futsal e handebol no Instituto São José
45,9% dos brasileiros são sedentários, segundo o Ministério do Esporte
este mundo cada vez mais tecnológico e digital, fica cada dia mais complicado adotar uma rotina com atividade física e alimentação saudável. Dias extremamente corridos, horas na frente do computador ou da televisão, controle remoto, elevador, vidros elétricos no carro, tudo isso facilita a nossa vida, mas prejudica o nosso corpo se este não for recompensado de outra forma. Além das facilidades conquistadas pelo homem, há ainda a questão cultural: adotar o hábito de se exercitar e manter refeições saudáveis não é tarefa fácil, ainda mais se isso nunca foi encarado como prioridade e se nunca fez parte da sua vida. E como dizem que os hábitos são adquiridos na infância, as escolas, sejam elas públicas ou particulares, exercem um papel fundamental nessa missão, incentivando e ensinando os alunos a adotarem práticas esportivas e a se alimentarem corretamente. • Perigo “O sedentarismo é um fator de
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risco muito sério na vida de todas as pessoas. O corpo humano não foi feito para ficar sem movimento. Essa é uma tese reforçada por uma série de estudos e experiências realizadas por diversas universidades e profissionais pelo mundo todo. O mais recente levantamento que foi publicado pelo Ministério do Esporte indicou que 45,9% dos brasileiros são sedentários. A pesquisa ‘Diagnóstico Nacional do Esporte’ também trouxe números alarmantes: segundo seus dados, o problema é mais comum entre as mulheres, grupo no qual o índice chega a 50,4%, enquanto entre os homens o percentual cai para 41,2%”, alerta o professor de educação física e personal trainer Cristiano Parente, sócio-diretor da Koatch Academia, de São Paulo. “O sedentarismo é o grande mal, muito mais do que a alimentação, mas os dois estão associados. Sem movimento e sem exercício, o corpo tende a atrofiar, ficar doente, inflamar e ter dores, ou seja, somente pontos negativos”, diz. Cristiano afirma que o acesso a esse tipo de informação deveria vir na educação física escolar. “Infelizmente,
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• Esclarecimento Segundo Cristiano, não adianta só falar para as pessoas que exercício faz bem, pois isso todo mundo sabe. “Tem que dizer como ele faz bem, porque ele faz bem e o que acontece de verdade dentro do corpo, de uma maneira que a pessoa entenda, ao mesmo tempo em que também compreenda o que acontece quando ela não faz movimento, não se esforça e fica sedentária. Ela tem que compreender porque vai ficar mal, porque vai ter problemas no coração, porque precisa 38 | + educação & carreiras | outubro de 2015
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Sem movimento e sem exercício o corpo tende a atrofiar, ficar doente, inflamar e ter dores, ou seja, só pontos negativos Cristiano Parente, personal trainer
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temos aí um obstáculo cultural, onde não se dá importância para a educação física na base escolar, e muito pior que isso, as aulas são vistas como momentos de recreação ou lazer dentro da escola, e não como um momento de aprendizado de conceitos sobre o movimento, o corpo e a saúde. Existe a ideia de que essa é a hora de a criança sair da sala de aula e só se movimentar, muitas vezes, em esportes e modalidades das quais muitos não gostam, sem entender a relevância que esses movimentos têm para sua vida.” Segundo o profissional, não há problema de a criança se movimentar na hora da educação física escolar. “Porém, ela primeiro deve entender como o seu corpo funciona, qual é a necessidade de se movimentar, como que se regula uma intensidade para o movimento, porque um esforço físico de média intensidade pode ter longa duração e um esforço de alta intensidade pode ter uma duração curta e como que ela pode aprender ou desenvolver suas habilidades ou as habilidades que mais gosta de maneira eficiente, para que possa jogar melhor com seus amigos nos momentos de lazer.” “Se as crianças entendessem isso desde pequenas, elas cresceriam com a ideia de que o corpo todos os dias vai precisar fazer algum movimento mais intenso. Com essas informações, elas possivelmente saberiam que se não fizerem movimentos por um determinado tempo, com intensidade e objetivo específicos, terão corpos mais fracos, com maior tendência de adoecer e com mais rapidez e facilidade para o envelhecimento.”
Beatriz Delgado joga handebol e vôlei pelo Instituto São José
fazer um esforço e qual é a intensidade do esforço que precisa fazer, como controlar isso e quais são as estruturas do corpo que vão mudar se fizer ou não fizer exercícios.” • Exemplo Escolas de São José dos Campos, como o Instituto São José e a Teófilo Rezende, adotam práticas para que seus alunos criem hábitos para toda a vida com relação à atividade física e à alimentação saudável.
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Atividade física para todas as idades No Instituto São José, em São José dos Campos, os 1.550 alunos da educação infantil ao ensino médio têm a chance de aprender sobre a importância da atividade física e os benefícios da alimentação saudável. Além das aulas de educação física que fazem parte do currículo escolar, o colégio realiza torneios e gincanas esportivas internas, libera o uso das quadras nos intervalos, forma e treina equipes para participar de campeonatos regionais e estaduais e ainda oferece modalidades esportivas extracurriculares. A escola possui oito quadras esportivas, além do ginásio. As modalidades disponibilizadas são balé, judô, ginástica artística, vôlei, basquete, futsal e handebol. No momento, 512 alunos estão envolvidos nas atividades esportivas extracurriculares. • Hábito “Quando o indivíduo tem o hábito de se movimentar desde criança, desenvolve a necessidade de se exer-
Garotas durante o treino de vôlei no Instituto São José
Equipes esportivas do Instituto São José durante treinamento
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citar, tornando-se um adulto menos sedentário, com uma qualidade de vida mais saudável. Os exercícios irão auxiliar o aluno por toda a vida, evitando doenças na vida adulta e terceira idade”, afirma a professora Denize Lorena, da equipe de Educação Física do Instituto São José. “Entre os benefícios físicos que a educação física escolar proporciona, podemos destacar o controle do peso corporal (o sobrepeso e a obesidade), melhora da capacidade cardiorrespiratória (o aluno tem mais fôlego ao praticar exercícios físicos), mais força e resistência muscular e aumento da densidade óssea (os ossos se tornam mais resistentes)”, explica Denize. Ela fala também dos benefícios sociais provocados pela atividade física. “Através das competições o aluno é capaz de melhorar as relações com os outros sem discriminar as características pessoais físicas ou sociais, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade, repudiando qualquer espécie de violência. Também é possível conhecer os limites e possibilidades do próprio corpo, tolerar frustrações e colaborar com o outrem.” Sobre alimentação saudável, as orientações são dadas por meio de palestras e abordagens nas aulas de ciências e biologia. • Depoimento O aluno João Carlos Sire Salgado, 17 anos, que cursa o 3º ano do ensino médio, está no Instituto São José desde os quatro anos de idade. Ele diz que acha importante o incentivo ao esporte dado pelo colégio. “Desde os 10 anos treino futsal e handebol na escola. Faço parte da equipe que disputa os campeonatos fora”, conta João. “No esporte eu consigo relaxar, cuido da minha saúde e aprendo a ter disciplina e a trabalhar em equipe.” A estudante Beatriz Delgado de Oliveira, 16 anos, compõe a equipe de handebol e vôlei. Aluna do Instituto São José desde os dois anos de idade, ela conta que foi incentivada ao
esporte pelo colégio e pela sua mãe. “A prática esportiva relaxa, desenvolve o raciocínio, me dá mais disposição para estudar e me ensina a trabalhar em equipe.” • Teófilo Rezende A escola Teófilo Rezende, em São José dos Campos, também adota atividades esportivas diferenciadas para atrair e incentivar o aluno a manter uma vida ativa. “O colégio oferece oficinas de futsal e judô e ainda temos os jogos interclasses”, contam Felipe Honorata e Luciana Galvão, coordenadores da escola. “A competição é um momento de descontração, de socialização, de prática esportiva, além de ser uma ação social, pois arrecadamos alimentos.” Segundo eles, é importante que o hábito de se exercitar seja adotado desde criança, pois a prática esportiva estimula o senso de convivência entre os alunos, além de ser um bom hábito
para a saúde. A escola também orienta e incentiva seus alunos a adotarem hábitos alimentares saudáveis. Na cantina são oferecidos apenas alimentos saudáveis, sem fritura e sem salgadinhos. As práticas de incentivo a uma vida saudável e ativa são adotadas nas três unidades da Teófilo Rezende em São José, onde estudam cerca de 500 alunos do berçário ao ensino fundamental 2. A estudante Luiza Oliveira Macedo Ninas, 10 anos, estuda desde o primeiro ano de idade na Teófilo. “Participo das aulas de educação física, das competições esportivas e das gincanas para arrecadação de alimentos. O que mais gosto é o futebol feminino”, afirma. O aluno Matheus Pascoalino Marques da Silva, 7 anos, diz que sonha em ser jogador de futebol e aproveita para treinar na escola. “Acho as atividades físicas muito legais.”
Atividade esportiva na escola Teófilo Rezende, em São José
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Fundamental
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Tomar gosto pelo estudo? Sim é possível! Para especialista, quanto mais informações forem oferecidas na infância, maiores serão as chances do estudante ter uma vida escolar sem sofrimento; autoras do livro ‘Socorro, meu filho não estuda!’ dão dicas importantes
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** Por Daniela Borges
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e todo dia é aquela batalha para fazer o seu filho se dedicar à lição do colégio, se concentrando algumas horinhas em casa para estudar, muita calma. Este é um desafio que tem solução e para a alegria de pais e professores, também é algo recorrente para muitas famílias. Antes de tentar entender porque uma criança não gosta de estudar é importante considerar fatores como a curiosidade. Os mais novinhos gostam de entender sobre o funcionamento de tudo e querer aprender não é algo diferente disso. Assim, quanto mais informações forem oferecidas na infância, maiores serão as chances de que um estudante encare sem sofrimento a vida acadêmica.
“Não gostar de estudar pode ser uma expressão de que a rotina ou o cronograma de atividades é muito pesado, o grau de exigência é muito alto ou a apresentação da informação é ruim. Daí o que vemos é a criança se esquivando da tarefa de encarar a padronização do estudo e não a falta de vontade de aprender”, explicou a professora Elvira Araújo, especialista em educação da Unitau (Universidade de Taubaté). Se estudar representa esforço, então é natural que as crianças nem sempre façam isso com prazer. É um ciclo semelhante aos compromissos da vida adulta: os estudantes também têm momentos de cansaço e desmotivação. “A criança precisa passar pelo aprendizado de assumir responsabilidade por tarefas, mas que sejam de tamanho e desafios adequados”. • Regra Para a especialista, que também é psicóloga, estudar implica em desenvolver hábitos. Exigir que a criança
assuma responsabilidades em outras tarefas que são rotineiras representa pular etapas, já que os aprendizados são transmissíveis: escovar os dentes, ter hora para dormir, levar o copo à pia, pendurar a toalha molhada e por aí vai. Um outro aspecto é identificar variáveis que influenciam o que as vezes é chamado de “preguiça de estudar”. “Problemas oftalmológicos, auditivos ou outro problema de saúde ainda não identificado podem concorrer com a atenção ou a disposição da criança. Isso deve ser descartado antes de chamar a criança de preguiçosa”. Na contramão desta falta de hábito de estudar, os pais devem oferecer aos filhos oportunidades de desenvolver responsabilidades com ações semelhantes ao estudo. É aquela velha história: por que meu filho vai gostar de ler se nunca me vê com um livro? Por que se esforçará em estudar se sempre estou me divertindo em frente à televisão? “Muito mais eficiente que discurso é demonstrar essa importância por
ações. Em qualquer campo da educação é imensamente mais eficiente fazer que falar”, assegurou Elvira. • Mãos à obra Se as informações reveladas até aqui já te impulsionaram a compreender melhor o quadro do estudante que tem em casa, é hora de reverter o cenário organizando a rotina de estudos. Oferecer atividades culturais como visitas a exposições, brincadeiras de observação da natureza, leitura e contação de histórias, também podem ser ótimas estratégias. Essas atividades quando apresentadas desde a primeira infância provocam o gosto pelo aprender. “Os pais podem mostrar que estão estudando mesmo nas tarefas mais corriqueiras e assim construir a imagem de que estudar é parte do dia a dia. Estudando uma receita para fazer um bom prato ou estudando as notícias do jornal para aprender como o mundo funciona. Pais são modelos poderosos para os filhos”, explicou Elvira.
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Roberta Bento e sua filha, Tais Bento, autoras do livro “Socorro! Meu filho não estuda”
Livro ajuda a entender e ajudar as crianças Em São José, duas estudiosas da área da educação estão se tornando referência nacional para pais e professores quando o assunto é auxiliar na rotina de crianças que não gostam de estudar. Roberta Bento, graduada em Letras, com especialização em aprendizagem baseada no funcionamento do cérebro pela Universidade da Califórnia, e Tais Bento, graduada em pedagogia pela USP (Universidade de São Paulo), também com especialização no exterior, são autoras do recém-lançado livro “Socorro, meu filho não estuda!”, da editora Brain Bento, nome também de um blog onde elas discutem o tema na internet com internautas. Para elas, não gostar de estudar e ter preguiça são sintomas do mesmo 44 | + educação & carreiras | outubro de 2015
problema. “A baixa autoestima e a falta de conhecimento prévio para se conectar com o novo conteúdo causam o desligamento do cérebro no momento da aprendizagem”, explicam. “Quando um ser humano não acredita ser capaz de resolver um desafio ou solucionar um problema, o cérebro entra, automaticamente, no modo de descanso. Para evitar o fracasso, ele se desliga. A falta do senso de responsabilidade normalmente está presente na criança que escuta e vive na base do ‘estudar é sua única obrigação’”, acrescentou Tais Bento. Aliás, esta afirmação é praticada pelos pais na melhor das intenções. O que ocorre é que não gostar de estudar é reflexo de uma rotina em que aprender é a única responsabilidade da criança. “O estudo acaba sendo
o fator que tira o filho do mundo da fantasia em que tudo aparece pronto para ele. O erro está em querer que a criança seja responsável, se concentre ou desligue o celular apenas na hora da tarefa. Sugerimos aos pais que dividam as responsabilidades da casa com os filhos”. Outra dúvida recorrente é quanto ao papel da escola no aprendizado dos alunos. As escritoras explicam que quando os pais cumprirem em casa a responsabilidade de educadores, a instituição de ensino também consegue desempenhar a sua função com maestria. “O livro ‘Socorro, meu aluno não aprende’ é voltado para professores e tem a mesma fundamentação teórica do primeiro: a neurociência cognitiva”, contaram Roberta e Tais. Para os pais que se desesperaram, achando que o quadro é irreversível, Roberta Bento tranquiliza dizendo que sempre há tempo e deixa uma dica. “O primeiro passo é dividir responsabilidades mesmo que você tenha que auxiliar para organizar a sua casa. De preferência essa atividade deve ser alguma tarefa que, caso ele não faça, sinta as consequências. Os mais novos podem guardar os próprios brinquedos e os mais velhos arrumar o quarto”.
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Empreendedorismo
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Iniciativa para a
realização Mais que uma tendência, escolas buscam ensinar seus alunos a empreender e inovar cada vez mais ** Por Rodrigo Machado
P Sanmya Feitosa Tajra, coordenadora do Centro de Gestão e Negócios da Etep
8 alunos fizeram parte do grupo que venceu o concurso Jogos de Negócios 2015, da ACI de São José
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romover e incentivar o empreendedorismo é uma das principais missões de instituições educacionais no mundo contemporâneo. O mercado de trabalho requer cada vez mais pessoas com habilidades para a criação e à inovação de produtos e serviços. Empreender novos negócios e inovar são duas características fortes da história de São José dos Campos. Neste sentido, a população e instituições da cidade têm buscado resgatar esse cenário propício ao desenvolvimento por meio de programas independentes, parcerias com organizações e instituições, além de novos olhares de escolas e colégios particulares sobre o tema. O professor Rademaks Bento de Oliveira, da Escola Monteiro Lobato, na zona oeste da cidade, conta que a instituição estimula o empreendedorismo por meio de atividades realizadas em sala de aula e em parcerias com outras instituições. Rademaks foi orientador de um grupo de oito alunos no concurso Jogos de Negócios 2015, promovido pela ACI (Associação Comercial e Industrial), de São José. Segundo ele, o tema despertou o interesse nos alunos para serem capacitados para a gestão de negócios.
“O projeto tinha como proposta a criação de um plano de negócios para uma empresa que fabricasse camisetas em uma cidade fictícia chamada ACI City. Os alunos teriam que administrar a empresa, enfrentando várias adversidades, propondo estratégicas e tomando decisões para resolvê-las”, explica. A proposta era desenvolver um plano de negócios para abrir uma fábrica de camisetas, atendendo todas as áreas de gestão de uma empresa. “Durante toda a competição, os alunos receberam um informativo com os acontecimentos ocorridos na cidade fictícia como aumento de impostos, greves, falta de mão de obra, aumento no valor da passagem do transporte público, entre outros. Essas situações obrigaram o grupo a fazer mudanças nas estratégias estabelecidas para superar as adversidades, mantendo a empresa sadia e competitiva”, conta. Os estudantes concorreram com outras 40 instituições, entre públicas e privadas, e venceram graças ao empenho durante o desenvolvimento do projeto. Os alunos ganharam uma bolsa de estudo do INPG, troféu, medalha, caixa de som e fone de ouvido. Já o professor ganhou uma bolsa de estudo de pós-graduação. A escola recebeu um notebook. “A escola pretende cada vez mais manter o incentivo ao empreendedo-
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rismo através das atividades desenvolvidas em sala de aula, palestras e estimulando a participação de alunos e professores em iniciativas e competições como os Jogos de Negócios 2015”, afirma. • Conceito Para a estudante Renata Trevizol Viam Gaddini, 17 anos, empreendedorismo é uma maneira de pensar e agir atendendo a uma ideia, um desafio e que foge completamente do senso comum. “Para mim é transformar o sonho em realidade, pois com muita dedicação você consegue desenvolver um projeto de uma maneira inovadora. Essa experiência foi muito enriquecedora, pois nunca tinha feito nada na área. Foi bem diferente do que imaginava”, declara. Ela e seus amigos de equipe tiveram contato com um mundo extremamente similar ao de uma empresa real. “Tivemos que atuar com inúmeras crises e dificuldades iguais às enfrentadas pelas empresas como problemas hídricos, reclamações de consumidores, crises econômicas, entre outros. Atuei como líder do grupo coordenando os trabalhos, reuniões, definindo as divisões de trabalho, os prazos dos projetos e, principalmente, cobrando resultados para que tudo acontecesse de forma integrada”, conta. O que mais chamou a atenção, segundo Renata, foi a possibilidade de poder criar uma gama de produtos que têm penetração no mercado e usar este produto de forma inovadora para conseguir superar os adversários. “O processo de criação foi intenso, tivemos que criar toda uma concepção da empresa, desde a parte jurídica até a apresentação para o público, utilizando de técnicas de marketing, visuais, de pesquisa e desenvolvimento para conseguir conquistar o consumidor”, explica. Ao lado de Renata, a estudante Gabrielle Silva dos Reis, 17 anos, ficou responsável pelo setor de relações institucionais, projetos empreendedores e sustentáveis. “A empresa tinha esse 48 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Conhecimento aos jovens A Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos é uma das poucas instituições que promovem e incentivam o empreendedorismo. Por meio da ‘ACI Jovem’, criada no ano passado, os representantes do comércio e da indústria notaram a necessidade dos jovens em ter experiências profissionais por meio do aprendizado. “Como um dos nossos objetivos é promover o conhecimento pelo empreendedorismo escrevemos o projeto Jogos de Negócios 2015, a maior competição interescolar do setor na cidade”, diz o presidente
da ACI Jovem, George Zenha. Segundo ele, a ideia foi desenhada para levar aprendizado teórico simulando as principais adversidades que uma empresa passa. “Os Jogos de Negócios foram realmente um sucesso desde a sua abertura até a final, que reuniu mais de 400 pessoas na Câmara. Pudemos acompanhar a repercussão não só na mídia, que deu ampla cobertura, como a mobilização feita nas escolas. Ao longo do projeto, muitas já queriam se inscrever para a próxima edição”, conta. Segundo Zenha, as entidades do
O professor Rademaks Bento de Oliveira, da Escola Monteiro Lobato, com os alunos que ganharam os Jogos de Negócios
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É importante o empreendedor ter espírito de liderança, saber ouvir os outros e ter em mente que toda ideia é boa
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Gabrielle dos Reis, aluna da Monteiro Lobato
estudantes
município estão dispostas a firmar parcerias para trazer esse conhecimento aos estudantes. Para o presidente da associação, Felipe Cury, o intuito do projeto é despertar na juventude a vocação de empreendedorismo. “O maior celeiro nesse campo está nas escolas e é a forma eficaz de unir teoria e prática. Considero São José um verdadeiro berço do empreendedorismo e todos os segmentos das atividades empresariais precisam na prática estimular à inovação.”
foco de preservação do meio ambiente. Além disso, também organizamos projetos sociais, que consistiam em visitas a entidades carentes e a participação em campanhas direcionadas aos menos favorecidos, o que foi muito interessante para a equipe”, diz. Para ela, empreendedorismo é, em sua maior parte, trabalho em equipe. “Sem isso, qualquer negócio não anda. É importante o empreendedor ter espírito de liderança, saber ouvir os outros e sempre ter em mente que toda ideia é uma boa ideia”, conta. “O mais interessante de uma empresa de camisetas é que produz um produto que todos usam, possui um público alvo muito amplo, atendendo várias classes e gostos. O processo de criação se deu na confecção do plano de negócios, no qual a equipe realizou os designs das camisetas, já dando a + educação & carreiras | outubro de 2015 | 49
ideia de como ficariam”, emenda. Para Gabrielle, valeu a pena. “O esforço foi recompensado. Pensamos que, como houve cortes de lucros quase ao final da competição, não teríamos chances. Mas mesmo assim acabamos ganhando, o que foi muito gratificante não só pela vitória, mas por ver que pessoas que realmente trabalham com o empreendedorismo reconheceram que fizemos um bom trabalho”, conclui. • Outros exemplos Outro exemplo de incentivo ao empreendedorismo vem da Etep, no Jardim Satélite, que criou o Centro de Gestão e Negócios com a participação dos alunos. A iniciativa oferece uma gama de atividades e serviços como balcão de negócios, networking entre executivos da região, consultoria, eventos e palestras gratuitas para a resolução de problemas e o desenvolvimento de negócios voltados ao empreendedorismo. A coordenadora Sanmya Feitosa Tajra incentiva o empreendedorismo porque cada vez mais aumenta o grau de competitividade no mercado, as mudanças têm se tornado muito rápidas gerando muitas oportunidades e porque as pessoas estão buscando diferentes tipos de carreiras. “Por meio do empreendedorismo é possível melhorar a distribuição de rendas e gerar novas riquezas. Esses trabalhos são realizados através da integração de professores e alunos tendo como norteador os projetos pedagógicos de
2 vezes por semana os alunos da rede pública de ensino de São José tem aula de empreendedorismo
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De São José dos Campos para o mundo
Nas próximas linhas uma dessas histórias que a gente lê e tem orgulho de conhecer. O estudante Henrique Dubugras, 18 anos, que passou a infância em São José dos Campos junto com o seu amigo, o carioca Pedro Franceschi, também da mesma idade, foram aprovados na Stanford University com bolsas da Fundação Estudar, fundada por Jorge Paulo Lemann (Ambev). Mas tomaram uma decisão de trancar a matrícula para apostar em uma ideia empreendedora. Os dois fundaram o Pagar.me, uma solução digital voltada aos empreendedores virtuais do país, que atua como facilitador entre as empresas e toda a burocracia que elas enfrentam para receber seus pagamentos. Em julho de 2013, depois de colocar em prática o projeto desenvolvido em conjunto, os dois levantaram para a recém-criada Pagar.me investimentos na ordem de R$ 1 milhão provenientes do Grupo Arpex Capital e da Grid Investiments. Henrique deixou São José na adolescência e começou a trabalhar aos 14 anos como
programador na Ingresse, uma empresa de venda de ingressos online, e aos 16, fundou sua primeira empresa, a Estudar nos EUA, que recebeu aporte de R$ 30 mil e ficou em 4º lugar na AppStore brasileira. “A dica que eu dou para as novas gerações é que se você tem uma ideia comece. Tem muito espaço e muita coisa para ser criada. O mais importante é tirar a ideia do papel. Não espere a ideia perfeita, nem o momento perfeito. Apenas comece”, disse em entrevista à +educação & carreiras. A trajetória de Pedro também não foi diferente: aos 12 anos, ele realizou o primeiro desbloqueio de iPhone do mundo, e foi o primeiro a traduzir para português a assistente pessoal do iPhone (Siri), três anos depois. “Liderar um negócio é sempre um processo turbulento. Mas sempre tivemos muita sorte de ter orientação de pessoas que a gente admira. Ter bons mentores para guiar em momentos de confusão economiza muito tempo na evolução da empresa”, conta Pedro.
todos os cursos”, diz. Segundo ela, é dessa forma que a Etep pode aproximar as necessidades do mercado com a formação de mão de obra qualificada. “Essas atividades são realizadas conforme o calendário acadêmico e os objetivos dos cursos.” Quer um exemplo? Sanmya conta que algumas alunas de recursos humanos visitaram a Abre (Agência Brasileira de Emprego e Estágio) para conhecer como funcionam as atividades de uma agência de estágios. “Após essa visita técnica, a Abre fez uma visita ao Centro de Gestão e Negócios e tivemos muitos cadastros de alunos para participar de processos de seleção de estágios. Também podemos citar os atendimentos de balcões de negócios como orientação aos empresários”, explica. O estudante Marcus Vinícius Araújo de Almeida, 34 anos, reconhece que a iniciativa é válida para a formação e orientação de negócio próprio, além de proporcionar a análise de profissionais da área. “Temos que correr atrás
de orientações que possam contribuir com o funcionamento, as necessidades operacionais e organizacionais de um negócio. A consultoria oferecida pelo balcão de negócios para as aulas foi fundamental para que eu percebesse que era necessário ter uma melhor avaliação sobre a forma como estava conduzindo o empreendimento.” • Jacareí A unidade da Etep em Jacareí tem um projeto denominado “Se liga no Futuro”, voltado para o empreendedorismo social. A ideia é oferecer aos alunos do ensino médio de escolas públicas do município a oportunidade de participar de palestras com temas que possam agregar conhecimento à sua vida pessoal e profissional. Alunos e professores voluntários da instituição se inscrevem e passam por um treinamento para elaborar, desenvolver e ministrar as palestras a serem transmitidas no dia em que acontecerá o estudo dirigido aos alunos das escolas públicas.
Também na cidade, o Centro Educacional Mello e Arice inclui o tema na grade curricular e no desenvolvimento de atividades empreendedoras. “Procuramos mostrar aos alunos a importância de planejar e agir em prol de um mundo melhor, pensando no consumo, sustentabilidade, planejamento diário e nas possibilidades que cada um poderia dar como contribuição”, disse a coordenadora da instituição, Eliana Arice. • Rede Pública Em São José, os alunos do Cephas (Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza) têm parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), no qual fazem um diagnóstico em micro e pequenas empresas da cidade, identificando pontos que podem ser otimizados e na sequência a elaboração de planos de melhorias para que a empresa se torne mais organizada e competitiva no mercado.
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Estudantes do curso de medicina na Anhembi Morumbi, em São Paulo
Ensino Superior
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São José na expectativa pela faculdade de Medicina Depois das instituições preteridas recorrerem da escolha do Governo, decisão judicial adia novamente a definição da vencedora ** Por Rodrigo Machado
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A instalação de uma faculdade de medicina na cidade representa um grande passo em busca do aprimoramento da saúde no município
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Luiz Antônio Vane, diretor do grupo Suprema
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partir dos próximos anos, São José dos Campos terá a sua primeira faculdade de medicina. O curso foi autorizado pelo MEC (Ministério da Educação) e desde então universidades particulares concorrem para oferecer o ensino no município. No último dia 23, data prevista para a definição, o MEC prorrogou o prazo para 10 de novembro, só então será conhecida a instituição que terá o direito de instalar a faculdade na cidade. Só para você entender em que pé está o caso que já se arrasta há algum tempo: no início deste semestre os Ministérios da Educação e da Saúde haviam autorizado a Universidade Anhembi Morumbi a instalar a faculdade particular em São José. A instituição tinha sido escolhida
entre cinco concorrentes, mas uma ação proposta por uma das instituições fez a Justiça realizar novo julgamento. A expectativa é que o curso, que vai contar com 100 vagas, tenha início no próximo ano. A medida faz parte do plano do Governo Federal de criar 11,5 mil vagas em todo país para atender o programa “Mais Médicos” e ampliar o atendimento à população no interior do Brasil. Depois do episódio envolvendo a ação na Justiça, três universidades continuaram na disputa. São elas: Anhembi Morumbi, Univap (Universidade do Vale do Paraíba) e Faculdade de Ciências Médicas de São José – Humanitas do grupo Suprema. A +educação & carreiras conversou com os representantes das três universidades. A abertura do primeiro curso de medicina poderá trazer
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benefícios à saúde da cidade, garantem eles. • Suprema Para Luiz Antônio Vane, diretor geral da Faculdade de Ciências Médicas, do grupo Suprema, para a cidade ter uma faculdade de medicina significa um grande passo em busca do aprimoramento da saúde no município, com benefícios importantes como o aumento do número de profissionais na rede de saúde pública, não só de São José, mas de toda a região. “A Suprema não é uma promessa, é uma realidade na cidade. Ela existe, participa, atua e investe em São José há mais de três anos. Temos instalada na área próxima ao aeroporto, ao lado da Embraer, no bairro Putim, uma escola de medicina completa, que desde o início do ano de 2013 conta com estrutura pronta e disponível para o início imediato do curso”, diz. Segundo ele, o grupo sediado em Juiz de Fora, ao longo da última década acumulou experiência pedagógica com suas bases centradas na qualidade do ensino, destacando-se no cenário nacional da educação superior na área da saúde com os cursos de enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina e odontologia. “A Suprema tem índice geral de cursos nota 4, que é conferido a apenas 13% das 2.633 instituições avaliadas pelo MEC, e conceito institucional 5, obtido por apenas 2,5% das instituições avaliadas”, afirmou. Vane contou que a Faculdade Suprema apresenta excelente contrapartida ao SUS (Sistema Único de Saúde) local e regional com proposta e financiamento para a formação de profissionais da rede assistencial, bolsas de ensino para alunos e residentes, construção, reforma e compra de equipamentos médico-hospitalares e de apoio. “A Suprema vivenciou a rede de saúde do município tendo pleno conhecimento das necessidades e gargalos existentes. Realizou em 2014 cursos de aprimoramento e de formação de recursos humanos para a saúde de São José com curso para gerentes e curso introdutório de estratégia de 54 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Dependências preparadas pela Suprema para receber a faculdade de medicina, em São José; instituição concorre com mais duas universidades
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saúde da família dos quais participaram 534 servidores nas dependências da faculdade”, conta. “Também trabalha há dois anos junto ao Hospital Municipal com a finalidade de torná-lo um hospital de ensino com vantagens para o próprio estabelecimento, para a faculdade e para a população. Ofereceu contrapartida em construções, reformas, compra de equipamentos, bolsas para alunos e residentes e para formação de recursos humanos, totalizando mais de 40 milhões nos primeiros seis anos da faculdade”, conclui. • Univap Também está no páreo a Univap (Universidade do Vale do Paraíba). A diretora da faculdade de ciências da saúde, Emilia Angela Lo Schiavo Arisawa, contou à reportagem que a universidade, de todas as candidatas que pleitearam atuar na região, é a que tem o maior e mais profundo conhecimento geográfico, humano e social, local e regional resultado da intensa inserção nas políticas educacionais do município ao longo dos anos. “Porque um ensino de vanguarda tem que estar estruturado e preparado para lidar com a complexidade, ser interdisciplinar e transdisciplinar, reconhecer e responder adequadamente à diversidade e saber agregar os diversos participantes, tendo uma visão e atuação sistêmica. A Univap se preparou e se capacitou para entregar essa qualidade de ensino, o que não se fez da noite para o dia, e está pronta para oferecer imediatamente o curso de medicina”, afirma. Segundo ela, a universidade consolidará a posição do município como centro de pesquisas em alta tecnologia aplicadas à saúde, integrando conhecimentos, reduzindo distâncias e permitindo diagnósticos seguros via telemedicina, trazendo agilidade e redução de custos ao atendimento e melhora da qualidade e aumento da expectativa de vida dos cidadãos. “Além disso, lembramos que o programa Mais Médicos, um dos pilares para criação dos novos cursos de medicina, inovou ao redirecionar o foco do ensino médico para a atenção básica em saúde, propondo a inserção 56 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Acima, estudantes dos cursos na área de saúde oferecidos pela Univap, em São José dos Campos
7 cursos na área de saúde tem a Univap (Universidade do Vale do Paraíba)
dos alunos nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) e na comunidade desde seus anos iniciais”, afirma. Emilia explica que a abertura de um curso de medicina pode alterar profundamente o município onde se situa, trazendo maior visibilidade e projeção local e aumentando as possibilidades de investimentos em estruturas de apoio, tanto para os alunos do curso quanto para os das outras áreas de saúde. “A Univap já apresenta estrutura completa, muito além das necessidades iniciais requeridas. Isso porque já tem funcionando sete cursos na área da saúde, alguns com mais de 20 anos de criação e de intensa atuação no município e na região. Além disso, ressaltamos que a universidade tem conceito máximo atribuído pelo MEC, atestando sua excelência em ensino, pesquisa e extensão, afirma”. “A universidade tem a missão de contribuir para o desenvolvimento da região entregando a qualificação
necessária e de excelência para que o bem-estar da sociedade e sua capacidade realizadora sejam alcançados. O curso de medicina vem completar a grade de cursos na área da saúde que já oferece”, conclui. • Anhembi Morumbi Na lista das concorrentes também está a Anhembi Morumbi. O reitor e professor Oscar Hipólito contou que o momento é muito importante para a cidade. Segundo ele, o projeto apresentado pela universidade levou em consideração o fato de a instituição ser reconhecida por sua qualidade acadêmica. “O nosso projeto é pioneiro e estabeleceu um novo padrão na formação de médicos e profissionais de saúde no Brasil. Um ensino focado no desenvolvimento de competências e habilidades clínicas que atendam as demandas da sociedade brasileira.” Segundo ele, é importante destacar também a conquista da nota máxima (5) no MEC em seu reconhecimento. “Outro ponto importante de ser ressaltado é o fato de a Anhembi Morumbi ser uma universidade, ou seja, atende
um nível de exigências e complexidade bem maior do que uma instituição classificada como faculdade.” Hipólito explicou que entre os benefícios pode citar o fato de a cidade poder contribuir e ser referência na formação de médicos qualificados no Estado e no País, por intermédio da Universidade Anhembi Morumbi. “As contribuições são inúmeras, sendo a principal, o fato de podermos ampliar nosso compromisso com a formação de médicos éticos e extremamente qualificados para lidar com os desafios da medicina. O curso de medicina, que já é oferecido na cidade de São Paulo, possui currículo integrado e seu projeto pedagógico é centrado no estudante e com ênfase na prática profissional.” Com relação à infraestrutura que será montada em São José, após o resultado final ser anunciado pelo MEC, inicia-se uma nova fase do processo para definição do local. “Pelo edital do MEC isto deverá acontecer até 2017. A instituição tem o compromisso de estruturar o curso de acordo com o projeto apresentado/aprovado pelo MEC, no qual se destaca a qualidade acadêmica e o projeto pioneiro que estabeleceram um novo padrão no ensino superior da medicina no país.” + educação & carreiras | outubro de 2015 | 57
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Conhecimento
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Intercâmbio: embarque nesta
ideia!
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Sem restrição de idade, viagens ensinam muito mais do que o idioma, proporcionam enriquecimento cultural e troca de experiências
** Por Rodrigo Machado
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er a experiência de um intercâmbio faz diferença no currículo de qualquer profissional e estudante prestes a entrar no mercado de trabalho. Os benefícios, além de uma imersão no processo de aprendizagem da língua, envolvem a descoberta de uma nova cultura, sabores de uma culinária diferente, moda, cultura, enfim, um novo olhar sobre o mundo e as diferenças infinitas. Quem participou de algum programa de intercâmbio pode relembrar a partir de agora as experiências conquistadas e as mudanças nas perspectivas profissionais e pessoais. E quem se interessou pelo assunto é só seguir adiante. A equipe da +educação & carreiras bateu um papo com algumas agências especializadas no setor com a missão de esclarecer dúvidas que podem pintar por aí. Afinal, existe uma idade limite para fazer intercâmbio? Quais são os programas mais
adequados para cada faixa etária? E como driblar a alta do dólar na escolha dos destinos? Uma coisa é certa e garantida: o intercâmbio não tem fronteiras de idade. Hoje, não apenas os jovens e pessoas mais velhas buscam uma experiência no exterior, como as crianças vão cada vez mais cedo estudar em outro país. Especialistas da área dizem que o perfil do intercambista tem dado espaço ‘timidamente’ às pessoas com mais de 50 anos e que buscam a experiência de viver em outro país. “Estamos embarcando clientes com este perfil e que buscam o intercâmbio como lazer. Na verdade para os cursos de idiomas não há restrição máxima de idade”, conta a supervisora da Experimento São José dos Campos, Carla Traversin. “A principal característica de quem buscar realizar um intercâmbio é a vontade de vencer desafios e estar disposta a se inserir em novas culturas. Saber que a sua vida no exterior será muito diferente do seu dia a dia
no Brasil em diversos aspectos”, conta a supervisora. A empresa que a Carla trabalha oferece intercâmbio com foco educacional. São cursos de idiomas (em sete diferentes línguas) por meio de programas de voluntariado, High School (ensino médio no exterior), programas de estudo com atuação profissional, como o Au Pair, além de cursos universitários e profissionalizantes. Ela explica que não há limites de idade. “Para os adolescentes entre 12 e 17 anos os programas mais indicados são os de férias, onde eles viajam em grupos e sempre acompanhados por um líder. Também há opção do High School para quem quer cursar um semestre ou um ano letivo do ensino médio no exterior, indicado para jovens entre 14 e 18 anos”, conta. Para pessoas acima de 16 anos, sem restrição máxima de idade, existem sete cursos de idiomas em 20 países, além dos programas voluntários, universitários e profissionalizantes. Segundo Carla, os cursos de idiomas
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e estudo mais trabalho são atualmente os mais procurados. “Os mais requisitados são os de quatro semanas, procurado principalmente por profissionais que estão buscando um aperfeiçoamento do segundo idioma no período de férias do trabalho. Os programas de estudo com trabalho são hoje foco dos jovens acima de 18 anos, ou aqueles que ainda não definiram o que buscam como graduação”, disse.
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O ideal é escolher um programa de intercâmbio que mais tenha a ver com o perfil do cliente Carla Traversin, supervisora da Experimento
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• Escolha Mas quais os principais pontos que devemos nos atentar na hora de escolher um programa? É fácil e simples. Ao buscar uma agência especializada em intercâmbio, o interessado terá toda a assessoria e auxílio para escolher o destino e tipo de programa mais adequado ao seu perfil. “O ideal é escolher um programa que mais tem a ver com o perfil do cliente. Às vezes, o sonho é ir para a Irlanda, mas ao conversar com um consultor descobre-se que o cliente não gosta de chuva, clima nublado e prefere praias e um clima mais quente, então a Irlanda não é o destino ideal”, afirma Carla. Atualmente, os destinos mais procurados são aqueles onde os jovens podem estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Entre eles estão o Canadá (foco em cursos profissionalizantes), Irlanda, Nova Zelândia e Austrália, nesses o cliente pode optar inicialmente por cursos de inglês. Essas opções atendem ambos os sexos. Para Bruno Contrera, coordenador de cursos no exterior do STB (Student Travel Bureau), com unidade em São José dos Campos, não existe um programa mais adequado para cada faixa etária, mais sim o mais indicado para o perfil da pessoa. “Ele irá buscar cursos
ou programas que mais se adéquam ao seu perfil. Os consultores são treinados para que possam achar a melhor opção de programa junto ao interessado. Trabalhamos com os mais diversos tipos de intercâmbio e idades. Cursos de idioma, programas de férias para estudantes a partir dos oito anos, colegial e trabalho no exterior, voluntariado e graduação”, diz.
Estudante recebe orientação sobre os programas de intercâmbio na Experimento
• Economia Diante do recesso econômico e a alta do dólar quais os destinos que se tornaram ‘objeto de desejo’ para quem busca aprimorar o idioma? As escolas diante do atual cenário estão oferecendo descontos e isenção de taxas para continuar atraindo o público brasileiro. É só pesquisar. Algumas companhias aéreas também estão de ‘olho’ no público brasileiro oferecendo passagens aéreas com descontos (mesmo com a alta do dólar), o que facilita para o cliente na hora de escolher o destino da viagem e analisar a tradicional regra do ‘custo versus benefício’. Vale lembrar que mesmo com a alta do dólar americano, existem moedas que não subiram na mesma proporção. O cliente que busca aprimorar um segundo idioma, mesmo com a crise, muitas vezes, acaba tendo no
intercâmbio a chance de melhorar o currículo e voltar mais preparado para a recolocação no mercado de trabalho. O que de fato agrega no currículo é o fato do intercambista ter se dedicado a um desafio diferente, enfrentado dificuldades sozinho e se adaptado a novas culturas e horizontes. O Vale do Paraíba é uma região cheia de empresas multinacionais e o profissional que traz na bagagem experiências culturais pode ter uma adaptação mais fácil em ambiente corporativos multiculturais. “Sabendo dessa dificuldade momentânea, as agências de intercâm-
bio estão buscando alternativas para continuar atraindo os estudantes. Uma das medidas adotadas é o parcelamento ou o financiamento bancário. A facilidade de pagamento ajuda no planejamento da viagem e ainda congela a cotação. Ou seja, independentemente da cotação, o aluno continua pagando exatamente o que foi combinado no dia da assinatura do contrato”, explica o diretor financeiro da Global Study, Marco Antonio Bronzatto Paixão. Segundo ele, muitos estudantes que querem fazer um intercâmbio estão preocupados com a disparada do dólar. A moeda bateu seu recorde
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16 anos de idade, acima desta faixa etária existem sete cursos de idiomas em 20 países, além dos programas voluntários, universitários e profissionalizantes 64 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Experiência para toda a vida
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Toronto é uma cidade multicultural, lá aprendi a conviver com pessoas completamente diferentes de mim
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histórico no último mês e o medo da viagem sair muito mais cara do que o esperado tem feito os alunos avaliarem se essa é a hora certa para fazer as malas. “É óbvio que aproveitar a moeda em baixa significa uma grande economia, mas isso não quer dizer que esse sonho tenha que ser abandonado, ou postergado provisoriamente, apenas porque a maré mudou. É possível sim manter os planos fazendo pequenos ajustes”, diz. “Estando bem assessorado quanto às questões de ordem financeira, o passo mais importante é a escolha do destino. Optar por países onde a moeda não esteja tão valorizada, como é o caso da Nova Zelândia ou do Canadá, pode ser a melhor opção. O dólar neozelandês e canadense está mais barato que o americano”, completa. Uma dica importante para viabilizar o intercâmbio em tempos de alta do dólar é definir bem o tempo de duração do programa. Por mais que se queira ficar muito tempo, é preciso fazer os cálculos para que a experiência não custe mais do que o bolso consegue absorver. “É imprescindível também buscar alternativas de hospedagem mais baratas. Esqueça os hotéis. Hospedagem em casa de família ou residência estudantil sai bem mais em conta. Ao chegar no destino, também é possível dividir um apartamento com colegas. Além de menos impessoal, a oportunidade para treinar a língua será muito maior e a economia valerá a pena”, finaliza Paixão.
Victor Hugo Lemes, agente de aeroporto e intercambista
Foram seis meses de intercâmbio em Toronto, no Canadá, no ano passado e uma experiência ímpar na vida do agente de aeroporto Victor Hugo Lemes, 21 anos, de São José dos Campos. Para ele, um desafio conquistado desde a escolha do país até as primeiras semanas cercado de pessoas de diferentes lugares do mundo. De acordo com o agente, o processo de escolha do programa e do destino foi muito complicado. “Não tinha a mínima ideia de qual país escolher, meus amigos diziam uma coisa, meus pais outra, e eu ficava perdido. Todos os dias escolhia um país ou cidade diferente”, lembra. Uma coisa era certa, segundo Victor. Ele queria um país aconchegante, com opções de viajar para diversas cidades, conhecer histórias e culturas diferentes do Brasil. “O programa que escolhi foi o ‘work & study’, o qual eu poderia estudar e também trabalhar. No começo é difícil, pois você está em um país onde ninguém fala a sua língua, mas depois você vai se adaptando”, conta. Além da imersão no inglês, Victor aprendeu a se ‘virar’ em diversas situações em que não pensaria duas vezes para ligar para seus pais e pedir ajuda. Ele conta quer morou com
pessoas das Filipinas, australianos e canadenses. “Cada um tem seu modo de viver, de pensar e agir, mas todos precisavam aceitar as diferenças e é assim que se vive numa sociedade em harmonia, onde o respeito é primordial.” Hoje, o inglês é um requisito obrigatório nas empresas de grande porte, e com o intercâmbio Victor deu um upgrade em seu currículo. “Logo que voltei para o Brasil participei de três processos seletivos de grandes companhias e atualmente trabalho na área que sou apaixonado, que é a aviação. Quero em breve me tornar um piloto e para isso continuo trabalhando muito para alcançar meus objetivos. Com o inglês fluente, tenho 70% do caminho andado. Agora, só depende de mim.”
• Pesquisa Como na vida de Victor, passar um tempo em outro país também gerou diversos benefícios para a administradora Ana Márcia Lorena da Costa, 28 anos. Ela fez dois intercâmbios. O primeiro em San Diego, nos EUA, em novembro de 2014 e o segundo em abril e maio deste ano em Toronto, no Canadá. “Nas duas vezes que fiz intercâmbio pesquisei sempre de duas a três opções de países e cidades diferentes. Busco informações sobre clima, idioma local (no Canadá, por exemplo, muitas cidades têm o idioma francês muito forte), transporte, moeda, cultura, enfim tudo que poderá afetar o meu dia a dia e adaptação”, compartilha. Junto com uma consultora, Ana Márcia conseguiu se informar sobre
cursos e escolas disponíveis. Da última vez, ela já tinha em mente que não precisava de um curso de inglês tradicional, pois já havia feito anteriormente. “Então procurei as possibilidades de um curso de business, para aprimorar as técnicas de inglês na área administrativa. Eu já tinha uma experiência de mais de cinco anos trabalhando em uma empresa americana, mas depois do intercâmbio me senti mais confiante para atuar em multinacionais. Os empregadores levam em consideração em uma entrevista os candidatos que já tenham tido alguma experiência internacional”, diz. Além de melhorar o seu currículo e domínio do idioma, Ana Márcia diz que as pessoas voltam para o seu país com um olhar diferente para tudo.
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Escola Nota 10
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A receita de sucesso do Colégio Embraer Reduto de mentes brilhantes, escola Juarez Wanderley é a melhor colocada da região no Enem graças ao ensino de qualidade, infraestrutura adequada e suporte ao estudante
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** Por Rodrigo Machado
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á cinco anos, o estudante Joanan Nepomuceno Oliveira, 18 anos, deixou a cidade Madre de Deus, no interior de Minas Gerais, para enfrentar novos desafios na vida escolar até chegar ao Colégio Embraer Juarez Wanderley, em São José dos Campos. “Saí de casa aos 13 anos para buscar um futuro melhor e, para isso, desde pequeno minha mãe Ana Cristina, que é professora, me incentivou no caminho da educação. Morei na região de Campinas e depois vim para São José em busca desse sonho”, conta. Na cidade, ele estudou o último ano do ensino fundamental na escola municipal Waldemar Ramos, na zona leste. Para ele, foi uma experiência muito positiva e construtiva, pois, desde o momento que entrou na escola, foi recebido de forma muito acolhedora. “Durante o período em que estudei lá desenvolvi vários projetos, além
de conhecer novas pessoas e poder construir uma base escolar para o ingresso no Colégio Embraer.” Joanan conheceu o colégio por meio das experiências compartilhadas pelo seu irmão, Marcel, que estudou na instituição entre 2009 e 2011. “Minha mãe ficou sabendo por intermédio do meu tio que trabalhava em São José e, assim, meu irmão veio morar na cidade e teve a oportunidade de estudar aqui. Depois, após as inúmeras experiências vivenciadas pelo meu irmão, despertou em mim o desejo de também ingressar no colégio”, lembra. • Visão crítica. Para o jovem Joanan, estudar na instituição é ver as suas expectativas serem superadas. “Além de ser uma referência em educação de qualidade, o colégio possui como ponto forte a realização de projetos interdisciplinares e transdisciplinares, como o Projeto Décadas, Mundo: Realidade e Representação, Alternativas Susten-
O estudante Joanan Oliveira saiu da cidade de Madre de Deus, Minas Gerais, para estudar no colégio
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táveis, JWONU e vários outros como forma de desenvolver um olhar crítico, ético e humano nos alunos, buscando a promoção da consciência cidadã e social dentro da comunidade escolar.” No ano passado, ainda como aluno do segundo ano, participou do Enem como ‘treineiro’ e conquistou um resultado satisfatório: seu desempenho foi de 70% da prova objetiva e 960 na redação. Ele acredita que a instituição possui vários pontos a serem destacados, mas faz questão de comentar sobre os dois focos centrais. “O primeiro, sem dúvida, as pessoas que o compõem, os professores em especial, os colegas e os funcionários, que em conjunto são a parte viva e essencial. Em segundo lugar, mas não menos importante, destacam-se os trabalhos e projetos realizados pelo colégio como, por exemplo, o Projeto Mundo que foi desenvolvido durante o primeiro ano com o objetivo de construir em nós uma identidade própria, um lugar crítico e construtivo para o mundo, bem como trazer para nós noções de ética, cidadania e respeito.” 68 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Neste ano, ele faz questão de compartilhar uma experiência única como parte da organização de um dos maiores eventos promovidos pela escola, o JWONU. “Um projeto que visa simular a Organização das Nações Unidas e trazer para o convívio escolar as discussões e debates sobre vários temas como política, economia, história, sociologia, cidadania e saúde.” Joanan pretende ingressar em uma das três faculdades: Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Juiz de Fora ou Universidade Federal de Ouro Preto. “Todas elas voltadas para a mesma opção de curso: medicina”, afirma. • Superação. Se ele está saindo do colégio para ganhar o mundo, quem chega tem perspectivas de construir uma história de sucesso. É o caso da estudante Sarah Loureiro Sebastião, de 16 anos, do 1º ano, de Taubaté. Ela soube da possibilidade de estudar no colégio por meio da escola municipal Professor José Ezequiel de Souza, onde
A professora Izolina Waldair Rodrigues com os seus alunos em sala de aula
86,5% é o índice de aprovação do Colégio Embraer entre as universidades públicas
cursou o último ano do fundamental. “A minha antiga escola foi um marco na minha vida assim como a Embraer está sendo agora. Os professores da escola onde estudava davam todos os tipos de apoio, eles contavam histórias sobre a Embraer e foi com a ajuda de lá que comecei a escrever o meu futuro, pois, graças aos conselhos e oportunidades que recebi, consegui realizar um dos meus sonhos, que era o de passar na prova”, conta. A história dela também chama a atenção. “Tenho um irmão gêmeo que se chama Matheus Loureiro Sebastião. Eu e ele sempre fomos muito próximos e o fato de ambos termos conseguido passar na seletiva da instituição foi algo realmente maravilhoso. Porém, ano passado, não tínhamos tanta certeza de que iríamos estudar na mesma escola, já que ele também havia passado no Senai pela Ford, mas sabíamos que aqui era o lugar onde realizaríamos todos os nossos objetivos.” Para ela, é incrível tê-lo ao seu lado, pois é uma companhia que a faz lembrar-se de casa, já que permane-
cem na instituição praticamente 10 horas por dia --sem contar o tempo de ônibus. “Eu sabia que esse colégio é o melhor do Vale do Paraíba e, como um dos meus maiores sonhos é estudar em uma universidade pública, sempre soube que aqui é o melhor caminho para chegar onde quero. Escolhi essa escola porque é diferente de qualquer outra”, conta. “Está sendo uma experiência única e maravilhosa. Nunca tive tantas oportunidades como as que estou tendo agora. Aqui aprendi a trabalhar em grupo e pude compreender melhor como é o mundo, já que vivenciei projetos que não eram restritos somente ao universo escolar e sim ao ambiente social real. Minha família me dá todo o apoio, pois confiam tanto em mim, quanto no meu irmão. Meus pais sempre estão ao meu lado, me motivando a ir atrás dos meus sonhos e seguir o meu coração”, completa. • Orgulho. É possível afirmar pela atmosfera que paira sobre os corredores da
instituição que todos, incluindo professores, colaboradores e alunos, têm orgulho de fazer parte de histórias inspiradoras como as de Joanan e Sarah. A professora Izolina Waldair Rodrigues, faz parte da instituição há 13 anos. Ela também é docente na rede estadual, na tradicional escola João Cursino. “Lecionar para alunos excelentes é o maior desafio, aprendemos muito mais que ensinamos. Temos que propor atividades que os levem a desenvolver suas potencialidades e promover situações-problemas que despertem o interesse. É gratificante e nos impulsiona a uma busca constante por práticas desafiadoras e inovadoras”, conta. Segundo ela, o diferencial está na relação professor e aluno, que no Colégio Embraer é muito prazerosa, respeitosa e baseada no diálogo. “Faço todo início do ano uma avaliação diagnóstica, por meio dela estabeleço as ações para o ano. Utilizamos como referência o material da Rede Pitágoras e as estratégias que o livro destaca. Trabalhamos com análise de filmes, leitura de textos diversos sobre o assunto abordado e as atividades propostas desenvolvem as habilidades e competências”, afirma. A análise do erro com a participação do aluno representa um momento muito rico de aprendizagem, garante ela. “Estabeleço metas a serem atingidas em cada etapa, com acompanhamento da coordenação pedagógica, visando uma educação de qualidade. As estratégias desenvolvidas nas minhas aulas têm a contribuição dos alunos através de um momento realizado no colégio chamado ‘planejamento compartilhado’, em que os alunos fazem uma análise de tudo que é feito em sala e propõem sugestões para o próximo ano”, conta. No Enem do ano passado, o colégio atingiu a nota 680.08, o melhor desempenho entre as escolas da região. Para a professora, é gratificante e exige muita responsabilidade. “Nossos alunos são referência em educação de qualidade e isso é resultado do trabalho de uma equipe de referência também”, compartilha. “Eu só tenho a + educação & carreiras | outubro de 2015 | 69
agradecer, pois esse colégio também muda a nossa vida, a nossa prática pedagógica. Aqui tem uma equipe que ama o que faz e tem condições de trabalho, com apoio do Instituto Embraer e a Rede Pitágoras”, finaliza.
Colégio Cecília é destaque na redação
• Estrutura. Mais importante do que atingir índices é constatar que esse resultado dará oportunidade para que os alunos realizem o seu sonho de cursar uma universidade e, a partir daí, construam o seu projeto de vida, segundo a diretora Iris Aparecida Ferreira. “O excelente resultado obtido no Enem favorece a inserção dos nossos alunos nas universidades públicas, pois a alta pontuação lhes confere o direito a vagas até nos cursos mais concorridos. No último ano, nosso índice de aprovação entre públicas e particulares foi de 100%, e 86,5% somente em universidades públicas.” De acordo com Iris, o Instituto Embraer de Educação e Pesquisa, braço social da Embraer, que mantém o Colégio Embraer, oferece gratuitamente a todos os alunos alimentação, transporte, uniforme escolar e material didático, além de investir em cursos, projetos e atividades que complementem o ensino médio comum. “Tanto professores, como funcionários, são altamente comprometidos com o seu papel de educadores. Os projetos desenvolvidos pelos alunos contam com a participação de toda a equipe, que trabalha no sistema de cooperação. Os alunos que se formam, por nós chamados de ‘eternos alunos’, costumam manter contato com o colégio, inclusive prestando a colaboração em programas como o ‘Papo com Universitários’, oportunidade em que orientam novos alunos com informações sobre o curso que estão realizando”, afirma. O colégio possui salas de aula que atendem a 40 alunos por turma, laboratórios de química, física e biologia, sala para aula de artes, informática, língua estrangeira, estúdio para fotos e filmagens, sala de edição de imagens, sala para ‘empresas simuladas’ e espaço para atividades extras para até 100 alunos.
Caçapava tem 91 mil moradores, segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E é lá que está um das instituições que se destacaram na prova de redação do Enem no ano passado: o Colégio Cecília Caçapava Conde. A escola conquistou a segunda melhor nota, com pontuação de 752.31, entre os colégios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Orgulho dos professores, coordenadores e diretoria. “O fato de o Colégio Cecília ter se destacado, classificando-se em 367º lugar entre as escolas do Brasil, ter obtido o 2º lugar em Redação entre as instituições da região e 18º entre as instituições do estado de São Paulo, foi muito gratificante para nossa comunidade escolar como um todo”, conta a diretora Cláudia Regina Araújo. Segundo ela, o bom desempenho na redação, não desconsiderando a importância das demais disciplinas, interfere, nos resultados que levam à inserção dos estudantes nas universidades. “Antes de ser um bom escritor, o estudante deve ser um bom leitor e um excelente intérprete, facilita a sua atuação em todas as áreas. O índice de alunos concluintes do ensino médio que ingressam nas universidades, sem a necessidade de cursos pré-vestibulares é sempre elevado. Em 2014, por exemplo, tivemos 100% de aprovação nas universidades da região e outras, incluindo USP, Unicamp, Unesp, PUC, Unicamp, Unifesp.” Cláudia explica que não existe segredo para o bom desempenho, mas um trabalho sério, com uma orientação pedagógica eficiente desde o curso de educação infantil ao ensino médio. “Nessa longa trajetória, precisamos ainda zelar
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O Colégio Cecília Caçapava conquistou a segunda melhor nota na redação do Enem
pela parceria pais x escola, pelos objetivos comuns de toda a equipe pedagógica e, sobretudo, pela manutenção da autoestima do aluno e de sua constante motivação.” O corpo docente da instituição faz a diferença. “A consciência profissional, o comprometimento , a responsabilidade e a formação contínua dos professores dão sustentação aos resultados obtidos. Ainda assim, no palco desse processo, o aluno é o ator principal.” Os 520 alunos matriculados contam com o trabalho da professora de língua portuguesa Mônica Andreatta de Fleury Araújo. “Vivemos em uma época em que nossos alunos têm acesso a todo tipo de informação, a uma velocidade incrível, e temos que trabalhar no sentido de fazer com que eles desenvolvam competências e habilidades para lidar com toda
essa informação. Para que sejam críticos e não meros receptores. Além disso, em um mundo tão competitivo, é preciso trabalhar o conteúdo acadêmico sem desconsiderar a formação pessoal e social desses jovens”, disse. Mônica procura planejar suas aulas sempre com uma dinâmica necessária para não desmotivar o aluno, mas sem descuidar da indispensável concentração para operar com os conteúdos das disciplinas discutidos. Luiza Vilela Trocino, de 18 anos, estudou a vida inteira no colégio. Ela concluiu o ensino médio no ano passado e só guarda lembranças boas. Atualmente, ela cursa engenharia civil na Unicamp. “São muitos os diferenciais: a relação próxima e bilateral entre alunos e professores, que é muito benéfica para o processo de enino-aprendizagem, o material utilizado, que foca na construção e não apenas na transmissão de conhecimento, o acompanhamento de perto de coordenadores, além da preocupação com a formação pessoal e acadêmica de cada aluno.”
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A oportunidade nasce para todos, basta aproveitar bolsas em escolas particulares. “Consegui passar no processo seletivo dessa entidade e durante dois anos minha rotina era dividida entre frequentar a escola pública de manhã e fazer esse ‘cursinho’ no período da tarde, no colégio Objetivo, que tem parceria com o Ismart”, conta. Segundo Gabriela, depois de passar na prova para entrar no Colégio Embraer, ela teve que encarar um período de adaptação. “Eu estava acostumada com essa rotina de passar o dia inteiro fora de casa estudando, mas era necessário se acostumar a uma nova turma, se adaptar a outra forma de ensino”, lembra. Os professores ajudaram muito e o apoio dos funcionários também foi importante de acordo com ela. “Aprendi a trabalhar em grupo, a ter autonomia e a tomar decisões. Não houve um único dia em que eu não chegasse em casa cansada, mas com a sensação de que tinha aprendido algo novo e importante.” O que mais chamou a atenção da estudante era como havia conseguido amadurecer durante os estudos na instituição. “O colégio proporciona diversas experiências que possibilitam não só o crescimento do conhecimento formal do aluno, como também seu fortalecimento emocional e pessoal. Foi uma grande e inesquecível experiência. São os projetos inovadores que criam esse diferencial, possibilitando o pensamento crítico e criando um aluno que exerce sua cidadania.” Nova etapa. Em 2012, Gabi prestou diversos vestibulares para universidades públicas. Ela reconhece que graças ao
sonho u 72 | + educação & carreiras | outubro de 2015
apoio da família e do colégio conseguiu ter um bom resultado e pode escolher a universidade e curso que queria. “Passei um bom tempo em dúvida entre Artes Visuais e Letras. A ideia de ler e estudar Arte, e depois me tornar professora e passar esse conhecimento adiante foi o que mais pesou na balança”, afirma. Hoje, ela conta com o apoio do Instituto Embraer. “É uma relação de auxílio. Muitos alunos não têm condições financeiras de se manterem longe de casa, em outra cidade. Essas dificuldades influenciam muito no rendimento dos estudos, podem até acarretar a desistência do estudante. O acompanhamento do Instituto Embraer é fundamental para que esses ex-alunos possam concluir o curso com tranquilidade”, conta. “Recebo o equivalente a um salário mínimo e esse dinheiro é totalmente voltado para o auxílio à vida universitária. Da minha parte, assim que me formar, terei de devolver esse dinheiro ao instituto e ele será repassado a outro ex-aluno em condições semelhantes as minhas.”
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O colégio proporciona experiências que possibilitam não só o crescimento do conhecimento formal, como o fortalecimento emocional e pessoal
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Imagina uma história de sucesso. A seguir o resultado das combinações: dedicação e apoio. Essa é a trajetória da estudante do 3º ano de artes visuais Gabriela Machado Dias, 20 anos, de São José dos Campos. Atualmente, ela mora em Campinas e estuda na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Gabi, como é chamada pela família e os amigos, é uma das ‘eternas alunas’ do Colégio Embraer, onde se formou em 2012. “Decidi prestar o vestibulinho do Colégio Embraer graças à minha mãe e minha tia, que tomaram conhecimento da qualidade de ensino do colégio e me incentivaram a perseguir esse sonho.” A sorte também deu um empurrãozinho no início, afirma ela. “Quando estava no 7º ano do fundamental, uma professora me orientou a fazer o processo seletivo de uma organização que ajuda alunos de baixa renda em seus estudos”. Trata-se do Ismart (Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos) uma organização particular sem fins lucrativos que auxilia alunos de baixa renda com idade entre 14 e 15 anos, concedendo
Gabriela Machado Dias, universitária e ex-aluna
“Decidi prestar o vestibulinho do Colégio Embraer graças à minha mãe e minha tia, que tomaram conhecimento da qualidade de ensino do colégio”
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Mercado de trabalho
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Carreiras & filhos: como conciliá-los? Especialista dá dicas de como planejar e encarar essa fase da vida; ensino à distância é opção para quem não quer interromper os estudos durante e após a gravidez
A
s mães sabem que conciliar a carreira profissional ou os estudos com a maternidade é uma missão bastante difícil. Com o mercado de trabalho cada dia mais exigente, é complicado manter a mesma rotina de estudo e serviço, e ainda conseguir um tempo para cuidar do filho. Mas com planejamento é possível fazer essa conciliação, evitando assim que mães e filhos sejam prejudicados nessa fase da vida. A especialista em desenvolvimento humano Roselake Leiros, de São Paulo, dá dicas de como retornar à vida profissional sem culpa e com harmonia. “A maternidade é uma fase importante na vida da mulher e esta não deve ser encarada como um obstáculo pessoal e nem profissional. Ser mãe é encantador e não requer abdicar de sua vida em prol da outra e sim preparar o pequeno para o mundo”, declara Roselake, que é coach de carreira e de vida. “Com a descoberta de uma gravidez, algumas rotinas se alteram, mas não são deixadas de lado. No profissional, todas as mulheres possuem o direito à licença maternidade e este tempo afastada das atividades é importante para o desenvolvimento do bebê, porque esta é uma fase de amamentação e estreitamento dos vínculos, ou seja, período em que mãe e filho estão 74 | + educação & carreiras | outubro de 2015
intimamente ligados”, explica. Roselake diz que os filhos têm os pais como referencial e retomar as atividades diárias transmite para a criança um entendimento natural de que ele é suficientemente capaz de estar no mundo sem ser necessariamente nas mãos da mãe. • Dicas “Para realizar um retorno ao trabalho sem culpas e de sucesso, a mãe deve levar algumas questões em consideração. Uma delas é escolher uma escola que julgue competente e confiar plenamente no serviço prestado, pois de nada adianta voltar ao trabalho com a cabeça no filho que está aos cuidados de outras pessoas.” Outra orientação de Roselake é que a mãe seja sincera e sempre
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Depois que nos tornamos mães temos que nos redescobrir e buscar novamente nossos objetivos Vanessa de Oliveira, dona da Mídia Pane
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** Por Estela Vesaro
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converse com o filho para deixar claro que ela precisa trabalhar e que no fim do dia retorna para buscá-lo e dar carinho e atenção. “Conversa, sinceridade e calma constroem na criança o sentimento mais importante na relação entre pais e filhos: a confiança. Desta forma, o bebê não sofre por estar distante da mãe.” Roselake fala também que é importante a mãe não chorar na frente do filho quando deixá-lo na escola. “Sair de casa chorosa ou ter dó de deixar o filho na escolinha faz com que a criança sinta-se abandonada pela pessoa que mais confia. Não se esqueça de que o que você passar para o seu filho é o que ele vai sentir”, afirma. A especialista afirma ainda que é preciso manter um equilíbrio entre carreira e filhos. “A criança precisa de atenção, cuidados e carinho, mas também restringir-se somente a ela pode torná-la dependente”, ressalta. “Cada vez mais as mães precisam trabalhar, dar continuidade a sua vida profissional, fazer o que gostam e também cuidar do ‘eu’. E abrir mão de uma vida, dedicar-se somente aos filhos é uma forma de torná-los dependentes e também de esquecer e anular-se e esta não é a finalidade da maternidade, ou seja, mães e filhos precisam se completar e não se anular”, completa.
1,8 milhão de embalagens de pão por mês são impressas pela Mídia Pane no Brasil
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Maternidade alavanca sucesso profissional A vida da empresária Vanessa de Oliveira, 34 anos, de São José dos Campos, diretora da rede de franquias Mídia Pane, é um grande exemplo de como é possível conciliar a maternidade com o trabalho e ainda alcançar o sucesso profissional. Vanessa é fundadora de uma rede de franquias de publicidade em sacos de pães. Lançada em 2010, a Mídia Pane já conta com 165 unidades no Brasil, fatura R$ 20 milhões anualmente e espera vender mais 130 franquias até o final do ano. A história da Mídia Pane e do sucesso de Vanessa começou depois que o chefe dela, ao saber que ela estava grávida, questionou se ela queria ser mãe ou ter uma carreira profissional. Diante desta situação, Vanessa pediu demissão e ficou um tempo cuidando da gravidez. Depois, abriu a empresa. Hoje, saboreia seu sucesso e ainda tem tempo e boas condições financeiras para cuidar da filha, Giovanna, de cinco anos. O episódio com o chefe aconteceu quando ela trabalhava como inspetora de Comunicação Social em uma obra de uma grande empresa na cidade. Formada em Jornalismo, ela trabalhou durante oito anos como repórter e produtora. Depois da faculdade, cursou pós-graduação em Administração de Empresas. • Ideia Vanessa conta como surgiu a ideia de abrir a Mídia Pane. “Eu estava há quase um ano apenas cuidando da Giovanna e percebi que precisava fazer alguma coisa. Não queria voltar à rotina
do jornalismo diário e trabalhar nos finais de semana. Foi quando uma amiga falou que tinha visto esse negócio fora do país e achei interessante. Comecei a pesquisar e coloquei a ideia em prática. Minhas antigas sócias desistiram logo no começo. O formato me pareceu atraente porque era uma área correlata à minha. Senti mais segurança para arriscar.” Segundo ela, são quase 5.000 mil padarias e mais de 15 mil empresas que já anunciaram pela Mídia Pane em todo o País. Das 165 franquias, seis ficam no Vale do Paraíba. • Mudança Ela explica que muita coisa mudou depois que virou empreendedora, começando pela forma de pensar. “Quando abrimos um negócio, o comprometimento e a responsabilidade são maiores. A perspectiva de crescimento também é diferente. Pago ou recebo, todos os dias, pelas decisões certas ou erradas que fiz. Também senti que como os desafios são diários na empresa, acabamos tomando coragem para outros desafios que surgem na vida pessoal e nos tornamos mais fortes para compreender e aceitar o impacto deles em nossas vidas.” “Na minha opinião, empreender é motivador, fico feliz quando algo sai do papel. Na minha vida pessoal, tenho mais flexibilidade do que teria trabalhando em qualquer empresa, mas ainda tenho que me policiar para não trabalhar muito. Quando estamos do outro lado, sempre enxergamos o que se pode melhorar e o trabalho fica sem fim.”
10 dicas da Vanessa de Oliveira para quem deseja se destacar como empreendedora
1- Organização é tudo Atender todas as demandas do dia a dia exige muito jogo de cintura. Conseguir uma vida mais regrada com tempo para o trabalho, a família e a vida pessoal depende essencialmente da forma como organizamos a nossa rotina 2- Equilibre o seu tempo Entenda que cada momento tem a sua importância (filhos, casa, trabalho, vida pessoal) e em algumas situações temos que nos dedicar mais a um papel que desempenhamos do que a outro. Mesmo assim, temos que sempre buscar o equilíbrio 3- Enriqueça suas ideias Buscar informações sobre assuntos variados nos dias de hoje é fundamental, e a internet facilita bastante isso. Faço isso sempre, seja para educar a minha filha, seja para o trabalho ou desenvolvimento pessoal. Conhecimento nunca é demais 4- Entenda como funciona o mercado Compreender os altos e baixos da economia nos faz buscar novas oportunidades e soluções em vez de criticar ou culpar alguém pelo problema. São nos “piores” momentos que surgem as melhores ideias 5 - Divirta-se Levar uma rotina atribulada sem a recompensa que gostaríamos torna o trabalho mais árduo. Viajar, sair com as amigas para tomar um café, brincar com os filhos, deve estar nos planos de qualquer mulher 6 - Faça planos É fundamental olhar para o futuro. Fazer um planejamento a curto, médio e longo prazos nos desafia a
melhorar e a correr atrás daquilo que julgamos ser necessário para gerar as mudanças que acreditamos. 7 - Escute as pessoas ao seu redor Muitas vezes temos um esforço enorme para oferecer aquilo que julgamos ser o melhor para os nossos funcionários ou achamos que estamos vendendo o melhor produto para os nossos clientes, sem entender de fato o que eles buscam. Quando entendemos que precisamos ouvir e respeitar a opinião e anseios dos outros nossa jornada torna-se muito fácil e leve, pois teremos pessoas mais satisfeitas ao nosso lado 8 - Acredite em você Somos testadas constantemente pelas pessoas e pelo mercado, então é normal que os outros duvidem da nossa capacidade ou até mesmo da viabilidade de um projeto que gostaríamos de investir. Independentemente de qualquer coisa, siga em frente e tenha fé naquilo que você acredita. 9 - Desenvolva parcerias Cercar-se de pessoas competentes e comprometidas com o que fazem é imprescindível. Ter confiança e conseguir delegar algumas funções nos traz tranquilidade, autonomia para investir, tempo em outros projetos e consequentemente crescimento. 10 - Ame o que você faz Só desta forma, temos a coragem e a persistência necessárias para enfrentar os diversos desafios que temos pela frente!
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Ensino a distância pode ajudar mamães O ensino a distância pode ser uma boa opção para as recém-mamães que desejam se aperfeiçoar ou encontrar um novo rumo profissional, mas não tem como ficar saindo de casa por causa dos filhos. “A vantagem da educação a distância é que ela permite, principalmente, que as pessoas aliem sua formação aos compromissos pessoais e profissionais, pois não exige a presença diária do aluno na instituição de ensino. Os cursos do Claretiano, por exemplo, permitem que o próprio aluno organize seus horários e locais de estudos, tendo um suporte de professores/tutores online e também por telefone”, informa a assessoria de imprensa do Claretiano – Centro Universitário, em São José dos Campos. 78 | + educação & carreiras | outubro de 2015
“Com o ensino a distância, a vida pessoal fica bem mais resguardada, porque são poucos os momentos em que o estudante tem que abrir mão de seus horários e compromissos para estar no polo de estudos. Além disso, no Claretiano existem opções de formação onde o aluno pode concluir o curso em menos de dois anos, encurtando o caminho para formação.” Nos polos do Claretiano no Vale do Paraíba (São José, Caraguatatuba e Guaratinguetá) são oferecidos cursos presenciais e a distância com encontros quinzenais, mensais e semestrais. Segundo a assessoria, os cursos com presença mensal são os mais procurados. Desde 2006, mais de 2.000 alunos já se formaram pelo Claretiano.
A empresária e mãe Vanessa de Oliveira, que após trocar o jornalismo pelo empreendedorismo teve mais condições de cuidar da filha
• Público-alvo O público-alvo do ensino a distância do Claretiano é formado por pessoas que não tem disponibilidade diária de se dedicar ao curso ou estar presente na unidade educativa, por motivos de trabalho, financeiro ou outros impedimentos. Com relação às mamães, o Claretiano informa que são muitos os casos de mulheres que engravidam durante o processo de graduação e que continuam no curso. “No Claretiano, a condição ‘grávida’ não é um limitante para continuação e conclusão de nenhum curso, pelo contrário, criamos condições para que essas mulheres não precisem abandonar seus planos iniciais de se formarem por causa da gravidez.”
oferece maior mobilidade ao aluno, através de um aplicativo que permite que o mesmo acesse a sala de aula virtual de todos os equipamentos eletrônicos de onde estiver, bastando estar conectado à internet.” No Vale do Paraíba, a Universidade Anhembi Morumbi mantém um polo de ensino a distância somente em São José, desde 2014, após a aprovação do MEC. A previsão é que seja aberto um polo em 2016, em Taubaté.
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Para ofertar educação a distância não bastam apenas computadores e internet. É necessário pensar em como ensinar Beatriz Trujillano gestora Anhembi-Morumbi
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• Anhembi-Morumbi No Polo de EaD da Anhembi-Morumbi, em São José dos Campos, mulheres grávidas ou com filhos pequenos também têm a oportunidade de buscarem uma reciclagem para retomarem ou iniciarem uma vida profissional. “Temos procura de mulheres grávidas que buscam um curso para poderem se qualificar neste período que ficam mais reclusas e com dificuldade de mobilidade”, conta a gestora Beatriz Trujillano. “Além da preparação para o mercado de trabalho, a educação a distância possui alguns benefícios como a flexibilidade de tempo, pois o aluno consegue adequar o estudo à sua rotina, autonomia de aprendizagem, que permite ao aluno estudar no seu próprio ritmo, acessibilidade, pois há pouco deslocamento até a universidade, e o preço mais convidativo do que os praticados pelas universidades presenciais, sem perda de qualidade no curso. A Anhembi Morumbi ainda
• Online “Para ofertar educação a distância, não bastam apenas computadores e internet. É necessário pensar em como ensinar à distância, para prover aos estudantes uma experiência de aprendizagem de qualidade. Os cursos da Anhembi Morumbi são 100% online, o aluno assiste às aulas através da sala de aula virtual diretamente de um computador. É nesta sala que ele conta com diversas ferramentas que contribuem com seu aprendizado, como as webconferências, que permitem a interação com os docentes e tutores, como os fóruns que fomentam a socialização com a comunidade de estudantes e como o estudo ludopedagógico, que estimula os processos cognitivos e dinamismo através de jogos. Além de todas estas ferramentas, o aluno conta com um coordenador e com um tutor que ficam no polo para atender e dirimir qualquer dúvida necessária”, explica Beatriz.
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Acerte sua trajetória com a ajuda do coach
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O processo visa ajudar pessoas a encontrar uma nova oportunidade de emprego, recolocação, mudança de área, promoção ou para assumir novo posto
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Edson Fujita, executive coach
Para Vivian Sala (foto),o papel do coach é direcionar o cliente para a mudança e autogestão de resultados em um curto espaço de tempo
Especialista é capacitado a prestar orientação e desenvolver habilidades não só no campo profissional, mas também no pessoal ** Por Rodrigo Machado
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s dúvidas podem fazer parte da carreira de qualquer profissional e por mais traçada que esteja sua trajetória, em certos momentos é preciso tomar decisões, fazer alguns ajustes e mudanças para descobrir qual o caminho certo a seguir. É nesse momento que entra em cena a figura do coach. Mas antes de mergulharmos no assunto, vamos primeiro conhecer a definição da palavra coach: é o profissional qualificado que utiliza metodologias, técnicas e ferramentas para treinar, ensinar e desenvolver um indivíduo tanto na vida profissional como na pessoal. Em São José dos Campos, o executive coach Edson Fujita, autor do livro “O Segredo do Sucesso Pessoal”, publicado pela editora Ser Mais,
ajuda pessoas, equipes e empresas, a otimizar a performance mental, psicológica e intelectual, assim como nas áreas de finanças ou atividades esportivas e profissionais, em busca de melhores resultados. “O processo denomina-se coaching e visa ajudar pessoas (coachee) a encontrar uma nova oportunidade de emprego, recolocação no mercado de trabalho, mudança de área de atuação, conseguir uma promoção ou para se preparar para assumir um novo posto”, conta. Em qualquer dessas situações um atributo muito importante é a autoestima elevada de quem passa pelo processo, garante ele. “Ao melhorar a autoestima todos os demais aspectos da vida tornam-se melhores”, diz Fujita, que garante ainda que as habilidades são aprendidas e dependem das condições físicas, intelectuais e mentais
de cada pessoa para a evolução. • Processo O processo funciona da seguinte forma: tudo começa com uma conversa sem compromisso. A pessoa expõe suas expectativas, anseios, dúvidas e o coach analisa a capacidade em comprometer-se a executar as atividades para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para alcançar o objetivo. “Por isso o coaching, em primeiro lugar, deve definir o objetivo e só depois identifica-se as habilidades necessárias para atingir e alcançar as mudanças. A seguir mapeia-se a situação da pessoa e as habilidades que serão necessárias para desenvolver ou melhorar para isso. Dessa maneira, para cada situação, o mesmo profissional pode necessitar desenvolver, ou melhorar, diferentes + educação & carreiras | outubro de 2015 | 81
habilidades”, conta. Segundo ele, as pessoas que procuram por este serviço geralmente buscam mudar de vida, mas têm dificuldades em descobrir como fazer. “No geral, os indivíduos querem melhorar seus relacionamentos (pessoais ou profissionais), a saúde (geralmente adquirir constância em exercícios físicos ou em novos hábitos alimentares), conseguir emprego, passar em concurso ou conquistar uma promoção. Algumas pessoas não estão felizes em suas atividades profissionais e buscam ajuda para descobrir novos horizontes.” Pela experiência de mercado, Fujita explica que o processo de coaching geralmente dura dez sessões, mas o resultado pretendido pode ocorrer durante esse período ou pode demorar um pouco mais, pois existem outros fatores como depender das condições do mercado, por exemplo. “O coaching tem hoje um papel muito importante no desenvolvimento de novas habilidades e competências, pois neste tipo de formação os participantes conhecem, aprendem, e o mais importante, vivenciam inúmeras técnicas e ferramentas que permitem uma autoanálise bastante aprofundada de si mesmo, criando uma conexão com o lado mais inteligente, criativo e competente de cada um de nós”, conta Valesca De Biasi, da Trez Desenvolvimento Humano, empresa focada em treinamentos e coaching e parceira do IBC (Instituto Brasileiro de Coaching). Segundo ela, esta metodologia, que foge aos treinamentos tradicionais, desperta uma consciência e um aprendizado muito mais elaborados sobre as habilidades, que, por vezes, ficam escondidas abaixo de crenças limitantes que se criam ao longo da vida, nos impedindo de ir além e de conquistar nossos objetivos. A master coach Vivian Salas, da VS Performance & Comportamento, empresa instalada na zona oeste de São José dos Campos, afirma que o principal papel do profissional coach é direcionar o cliente para mudança e autogestão de resultados em um curto espaço de tempo, por inter82 | + educação & carreiras | outubro de 2015
médio de uma metodologia fundamentada em técnicas, ferramentas e ciências humanas que orientem o autoconhecimento e estimulem a performance. Segundo ela, deve-se despertar novas habilidades para os profissionais por meio do autoconhecimento, quebra de crenças limitantes, identificação dos motivos (causas), conhecer e conviver com pessoas que inspirem novas habilidades, além de praticá-las com mais intensidade (vezes) e frequência (tempo) e gerar expectativa de ganhos para as novas habilidades. “Além do aspecto profissional, os clientes que procuram o coaching também conquistam ganhos e resultados na vida pessoal, no aspecto da saúde, bem-estar, equilíbrio emocional, autoestima, autossegurança, automotivação, organização, gestão de tempo e nos relacionamentos sociais e familiares”, explica. Os encontros são orientados por meio de um plano de atividades pré-estabelecidas conforme a meta de-
sejada do cliente e cada sessão segue uma metodologia que gera fluxo do começo ao fim --conexão, follow up, tema da sessão para identificar o estado atual, desenvolvimento da sessão, aprendizados, resumo final e tarefas. “Toda sessão é sustentada por ferramentas específicas e técnicas para aumentar o aproveitamento do encontro. O processo considera quatro pilares importantes: planejar, agir, monitorar e corrigir. Além dos encontros presenciais, o coachee precisará aplicar seu aprendizado e promover ações alinhadas com as metas desejadas através de atividades extras, que chamamos de tarefas”, conta. • Ajuda Vivian Salas explica que atualmente o perfil das pessoas que buscam a ajuda do coaching é de profissionais que têm objetivos de crescer, melhorar e adquirir novas habilidades e atitudes, de escalarem níveis hierárquicos dentro de suas organizações, gestores que exercem lide-
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O coaching, em primeiro lugar, deve definir o objetivo e só depois identificase as habilidades necessárias para atingir e alcançar as mudanças
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Edson Fujita, executive coach
rança, profissionais que querem fazer uma transição de carreira, melhorar o atendimento ao cliente, reduzir o estresse, aumentar a motivação e performance de sua equipe. “A faixa etária de quem procura ajuda é entre 18 e 50 anos, embora existam adolescentes e pessoas mais velhas que também procurem a técnica, mas ainda são minorias. Também tem sido comum pessoas com problemas psicológicos, como depressão crônica, solicitarem o coaching”, diz. “Mas neste caso não é aconselhável executar o processo porque tratar questões de cunho psicológico não é objetivo da metodologia do coaching, ainda que o coach seja um psicólogo. O melhor neste caso é a pessoa passar por um tratamento terapêutico e depois fazer o processo”, completa. • Orientação vocacional Os estudantes também procuram pelo coaching para definirem suas escolhas de carreira. O autoco-
nhecimento, a organização e o foco aumentam o engajamento na busca da profissão e a manutenção de seu desenvolvimento acadêmico durante a universidade, preparando suas habilidades para a inserção no mercado de trabalho, explica. “Um pessoa que trabalhava como secretária executiva em outra capital, mudou-se para São José e se viu diante de um novo momento de sua vida. Ela passou por um autoconhecimento, reafirmou as habilidades que desempenhava e as alinhou com seus desejos, traçando uma nova atividade profissional como autônoma”, conta. “Com o coaching, desenvolveu habilidades de planejamento e estudo, rompeu com crenças limitantes, elevou autoestima e autossegurança, conquistou automotivação, aumentou foco e executou as ações principais para concretizar o plano estabelecido. No final do nosso trabalho, ela inaugurou com sucesso à sua nova profissão como consultora de imagem.”
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Resultados que refletem na qualidade de vida
Karlla Landim Barbosa passou pelo processo de coach no ano passado
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Estava em um momento de questionamento do caminho que vinha traçando na minha carreira e buscava um novo rumo
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Karlla Landim Barbosa, engenheira e empresária
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“Na minha vida profissional, ganhei mais segurança e autoestima. Antes do coaching me sentia insegura, mesmo sabendo executar atividades e resolver os conflitos, eu sempre precisava da confirmação de alguém, de que eu estava no caminho certo. Hoje, confio nas minhas decisões.” A frase acima é da engenheira civil e empresária Karlla Landim Barbosa, 26 anos, de São José dos Campos. Ela passou pelo processo de coaching no ano passado, com intuito de crescimento pessoal e profissional, autoconhecimento e desenvolvimento de habilidades em gestão de pessoas. “Estava em um momento de questionamento do caminho que vinha traçando na minha carreira e buscava um novo rumo. Estava dividida entre o comodismo de me manter como colaboradora de construtoras, a estabilidade de um concurso público ou realização de um sonho: meu próprio negócio”, conta. Seu maior desafio, além da escolha de que caminho seguir, era escolher algo que pudesse colocar em prática habilidades de sua graduação de engenheira civil e especialização em gestão de projetos, ambos ao mesmo tempo, por amar as duas áreas. “Foi um processo de aproximadamente quatro meses, com reuniões semanais. Durante as sessões, eram conduzidas conversas reflexivas e atividades com intuito de autoconhecimento e elaboração de metas a curto, médio e longo prazos para carreira profissional e vida pessoal”, compartilha. Seu maior ganho no âmbito pessoal foi o desenvolvimento das relações interpessoais, garante ela. “Sempre fui muito prática, realista, egoísta e não valorizava muito as emoções. Achava que conversas eram tempo perdido se não tives-
sem objetivo claro e gerassem ganhos mensuráveis. Com o processo de coaching eu mudei meu foco de vida. Hoje valorizo troca de experiências, as relações humanas e sou capaz de ter empatia com as pessoas. A mudança foi tão grande, que o foco da minha empresa é o suporte que fornecemos às pessoas, não fazemos apenas construções, nós realizamos os sonhos das pessoas, criamos sintonia e empatia com o cliente”, conta. Karlla passou a ser mais simpática e solidária com as pessoas e seus problemas. A empresária garante que teve ganhos significativos também na relação com os colaboradores que trabalham com ela. “Antes, eu exercia autoridade sobre eles, hoje procuro exercer liderança. Minha profissão lida com números significativos de colaboradores, e meu sucesso profissional depende deles, então nada mais justo do que cativá-los e tentar orientá-los calmamente quando as atividades não estão de acordo com os padrões de satisfação.” • Consciência Outra profissional que se deu bem foi a especialista de treinamento e desenvolvimento Regina Carassini, 34 anos. Ela fez algumas sessões há cerca de seis anos, quando enfrentava uma situação bem crítica na empresa onde trabalhava. “Eu estava pensando em trocar de emprego, mas, a partir das conversas, percebi que havia apoio para ajudar no meu desenvolvimento. Por isso, busquei uma profissional em quem eu confiasse (sei o quanto isso é importante no processo) e fiz oito sessões, que foram subsidiadas pela empresa”, conta. Segundo Regina, a possibilidade de perceber que havia outras formas de chegar a bons resultados,
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Saiba como manter seu emprego durante a crise Em tempos de crise e aumento da taxa de desemprego em todo o País, o desafio é se manter no mercado de trabalho e fugir da estatística que assombra as famílias brasileiras. O Vale do Paraíba perdeu 17,4 mil postos de trabalho em 12 meses, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O fato é que a crise afeta a todos, de uma maneira ou de outra, garante a especialista em coaching e consultora de transição de carreiras na Thomas Case & Associados, Marcia Vasquez. “Há aqueles que perdem seus empregos e precisam lutar por uma nova colocação e outros que querem aprimorar conhecimentos e aperfeiçoar habilidades para se destacarem em suas funções.” O profissional que busca um programa de coaching tem duas vantagens básicas: maior foco no planejamento da carreira, no desenvolvimento das competências individuais e no seu alinhamento com as estratégias, desafios e objetivos do negócio no qual está inserido. “Em meio à crise econômica e redução de postos de trabalhos, os profissionais têm buscado cada vez mais o processo de coaching para reinventarem sua carreira, elaborar novos planos e atravessar uma mudança de profissão ou de empresa”, conta a master coach Vivian Salas. Segundo ela, na maioria dos casos, o profissional que está desempregado precisa descobrir novamente sua identidade, qualidades, talentos e desejos para traçar um plano “b” em sua carreira, muitas vezes, empreendendo um negócio próprio. “Para atravessar tal mudança, a pessoa se percebe diante de
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um novo projeto, no qual é fundamental se preparar não somente em conhecimento técnico no novo ramo, mas especialmente no seu desenvolvimento comportamental de habilidades específicas de empreendedor para atingir sucesso em sua realização empresarial.” • Pensamento limitante A crise pode ser entendida como uma nova oportunidade. As pessoas geralmente não gostam de mudanças, pois buscam uma situação razoavelmente confortável (pessoal, financeira ou profissional) e nela se estabelecem. “Se sempre fizéssemos o mesmo, o homem nem sairia das cavernas. Ninguém gosta de perder nada. Por isso, o desconforto quando somos demitidos”, explica o executive coach, Edson Fujita. Edson conta que tem trabalhado com estudantes com dificuldade em aprender línguas estrangeiras ou que querem passar no vestibular. Nos dois casos, geralmente, o coaching ajuda na redução dos pensamentos e hábitos opositores ao processo e ajuda na manutenção do foco. “Um caso interessante ocorreu com um coachee que durante anos e muitas tentativas não conseguia passar no exame da OAB. Após três sessões descobriu que tinha um pensamento limitante quanto a passar no concurso: deixar o emprego atual ‘significava’ perder as amizades construídas. Outro caso aconteceu com uma jornalista que queria mudar de emprego e tentar uma oportunidade na TV Globo. Após cinco sessões ‘descobriu’ que poderia tornar-se empresária e montou uma Escola de Inglês”, finaliza.
A master coach Vivian Salas auxiliou a engenheira Karlla Barbosa no seu processo de ajuste de trajetória
17,4 mil postos de trabalho foram perdidos no Vale do Paraíba em 12 meses, segundo o Caged
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Carreiras
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Concursos públicos suspensos: e agora? Cursinhos preparatórios da região continuam os trabalhos e garantem que decisão não afeta concurseiros ** Por Estela Vesaro
A Aluno da LFG não se abala com anúncio de suspensão de concursos
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Temos dois cursos com alta demanda na cidade, que são os preparatórios para carreira fiscal, que exige formação superior em qualquer área, e para carreira jurídica, voltado somente para os formados em direito
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Raquel Trujillano e Andreia Carvalho, gestoras da LFG
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tamanha crise política e econômica que o Brasil vem enfrentando já prejudicou até os concursos públicos. Para contenção de gastos, o governo federal anunciou recentemente a suspensão de concursos federais em 2016. As restrições, que não afetariam as nomeações referentes aos concursos de 2015, ainda dependem do aval do Congresso Nacional. Com este cenário, qual a melhor saída? Desistir do concurso ou aproveitar o período para se preparar ainda mais para as provas? Coordenadores de cursinhos preparatórios do Vale do Paraíba afirmam que não há motivos para desespero e que a orientação é para que os concurseiros continuem estudando. “Essa é uma oportunidade para que os concurseiros possam solidificar o conhecimento e obter um resultado positivo na prova. Caso a proposta seja realmente aprovada pelo Congresso Nacional, todos os dias temos concursados se aposentando, além do quadro defasado que o governo já possui, sendo assim, essa será uma oportunidade de muitas vagas para 2017”, afirmam a diretora Raquel Trujillano e a gerente Andreia Carvalho, do cursinho preparatório LFG, em São José dos Campos. Elas informam que a LFG não irá
modificar ou cancelar nenhum curso previsto para a grade de 2016. “Ao contrário, está previsto o lançamento de novos cursos para continuidade da preparação dos alunos, que deve ser contínua. Dessa forma, grande parte de nossos cursos independem de edital aberto para serem oferecidos.” Segundo elas, todos que estavam se preparando para os concursos federais de 2016 vão ter a oportunidade de estudar mais um ano. • Opções “Temos concursos em várias esferas como municipais, estaduais e federais, além das empresas públicas e sociedades de economia mista como a Caixa Econômica Federal e os Correios. O que possivelmente será afetado são alguns cargos federais, mas não todos, inclusive há especulação que haverá concurso para a Polícia Federal no ano de 2016, por conta das Olimpíadas. Os candidatos poderão optar por estes outros concursos que não serão atingidos pela suspensão”, afirmam Raquel e Andreia. Elas recomendam que os concurseiros aproveitem a oportunidade para continuar no mesmo ritmo de estudos para chegar cada vez mais próximo de obter êxito na prova e conseguir a aprovação no cargo por tanto tempo almejado. “O governo federal, assim como todos os outros órgãos e esferas públicas, só pode contratar
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por meio de concurso. Dessa forma, em 2017, não vai conseguir sustentar a máquina pública com pouca mão de obra, tendo obrigatoriamente que abrir concursos para o preenchimento destes cargos.”
José Roberto Panziera, gestor da Unicursos
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Nosso público é diversificado, como jovens que terminaram o ensino médio, desempregados, donas de casas e pessoas a procura de trabalho
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Estudantes não desistem da meta Concurseiros do Vale do Paraíba continuam firmes nos estudos para um dia alcançar o objetivo desejado, seja o de conseguir um emprego estável ou para crescer na carreira de funcionário público. A atleta Dayana Vadô Torraque, 24 anos, de São José, afirma que vai estudar até passar. “Acho que o anúncio do governo federal foi mais para assustar. Ainda tem muito concurso para sair. O importante é continuar estudando”, diz Dayana, que é aluna da Unicursos. Ela sabe que não é nada fácil conseguir uma vaga na área pública. “Estou me preparando para concurso há um ano e meio, estudo o dia todo. A concorrência está aumentando muito e as provas têm ficado cada vez mais difíceis.” O advogado Marcelo Corazza, 39 anos, também de São José, é mais um que está firme nos estudos para alcançar a meta de passar no concurso para a Procuradoria Federal. Aluno da LFG, ele declara que a suspensão de concursos o ajudou. “A não realização de concursos ano que vem ocasio-
nará uma defasagem de funcionários nos quadros da administração pública federal que precisará ser compensada nos anos seguintes. Logo, nos anos subsequentes a 2016 haverá uma enxurrada de concursos para preenchimento dessas vagas.” “Minha decisão de alcançar uma vaga como procurador federal foi tomada com ciência de que é necessário muito tempo, dedicação e estudo para ser atingida. Assim, essa notícia da suspensão desses concursos não me abalou.”
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Não tenho planos sólidos para o próximo ano porque ainda não estarei bem preparado para concorrer em pé de igualdade com os demais candidatos Marcelo Corazza, advogado
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• Persistência José Roberto Panziera, gestor da Unicursos, de São José, também diz que o anúncio do governo federal não afeta a vida dos concurseiros. “Todo concurseiro que é consciente sabe que precisa se preparar com antecedência. Além disso, esta medida afetará apenas os concursos federais para o executivo, portanto ainda no âmbito federal poderão ser publicados concursos para o legislativo e judiciário.” Ele também cita os concursos estaduais e municipais como opções. “O candidato deve continuar estudando, visto que a medida de suspensão dos concursos é temporária, pois sempre haverá necessidade de novos servidores devido a exonerações, aposentadoria e criação de novos cargos.” Segundo Jele, uma vantagem para o candidato é o maior tempo que terá na preparação para os concursos. “Ainda há a possibilidade de muitos concurseiros desanimarem ou diminuírem o ritmo de estudos. Neste caso, o candidato que se mantiver focado terá uma grande chance de conseguir a almejada aprovação.”
O advogado Marcelo Corazza vai prestar para a Procuradoria Federal
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Especialização
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Alunos dos cursos de pós-graduação na FGV, em São José dos Campos
Pós-graduação: que curso escolher? Escolas da região ajudam aluno a definir a melhor especialização para sua carreira
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O mercado de trabalho exige conhecimento do seu colaborador. Estão começando a surgir profissões que não existiam antes. Para atender esse novo mercado, o profissional precisa de cursos de pós e MBAs
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Rafael Moscardi, diretor da FGV
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** Por Estela Vesaro
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oje, ter uma faculdade não é mais um diferencial. Por isso, para se manter competitivo no mercado, os profissionais precisam sempre se atualizar. Uma forma é complementar o currículo com cursos de especialização. Mas qual curso fazer? Dessa escolha pode depender o sucesso da carreira do profissional. Por isso, é importante saber definir qual pós-graduação cursar. Especialistas da região dão dicas de como fazer essa escolha. “Existem diversas maneiras para que a pessoa possa escolher o melhor curso para sua vida profissional. Pode ser pelo interesse por algum assunto, para se manter atualizado na carreira e continuar aprendendo coisas novas, ou até mesmo para realizar o sonho de trabalhar em algum mercado que ainda não atuou. Pode ser também uma oportunidade de mercado, como uma nova
profissão”, explica Rafael Moscardi, diretor administrativo do Grupo Conexão FGV, de São José dos Campos. “Porém, o que a gente sugere é que tenha acompanhamento e que venha fazer um ‘Encontro com a Carreira’ com a gente. Aqui nós traçamos um perfil profissional e medimos as expectativas quanto ao futuro. Alinhamos esses fatos ao que temos para oferecer de melhor para a pessoa. Assim, terá muito mais assertividade na escolha do curso”, afirma. • Aplicativo Para ajudar o aluno a escolher a especialização, a FGV foi mais além. “Lançamos, recentemente, um aplicativo inovador e inédito no Brasil (finder. fgv.br), em parceria com o Linkedin. Nesse aplicativo, a pessoa faz um login em sua conta do Linkedin, escolhe a cidade onde gostaria de estudar e baseado no perfil do Linkedin, aliado a algumas perguntas, o aplicativo indica
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qual seria o melhor curso para a pessoa fazer. É bem inovador e ajuda também na escolha, mas esse aplicativo é uma primeira ajuda. O ideal é que se use também o apoio da área comercial que é treinada e especializada em dar este apoio”, informa Moscardi. Segundo ele, a partir de novembro, a Conexão FGV vai oferecer um acompanhamento de coaching de carreira para o aluno que deseja se desenvolver ainda mais na profissão. “Esse acompanhamento é iniciado antes ou junto ao MBA para que a pessoa possa ter um direcionamento ainda mais preciso sobre a carreira.”
• Faap Na Faap, em São José, os cursos mais procurados também são na área de gestão. “A procura por esses cursos é maior tendo em vista que em nossa região existe uma cultura muito industrial e estas especializações são as mais valorizadas pelas empresas. Porém, temos uma demanda por cursos de outras áreas também, como design, comunicação e moda, que pretendemos em breve implantar aqui em São José”, comenta Carlos Santis, gestor do campus. 94 | + educação & carreiras | outubro de 2015
Alunos da Faap, em São José, durante palestra
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Com a pós-graduação, as chances de se colocar no mercado aumentam muito. Ter um título de pós hoje é quase que uma exigência do mercado Carlos Santis, gestor da Faap em São José dos Campos
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• Mais procurados No Vale do Paraíba, em média se formam 1.000 alunos por ano nas unidades de São José e Taubaté da FGV. Em São José, os cursos oferecidos no momento são MBA em Gestão Empresarial, MBA em Gerenciamento de Projetos, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, MBA em Gestão Financeira e Controladoria e Auditoria, MBA em Gestão Industrial, Pós em Administração de Empresas e Pós em Direito Empresarial. “Os cursos com maior procura são o MBA em Gestão Empresarial e MBA em Gerenciamento de Projetos, devido às oportunidades aqui da região, pois estamos em uma área industrial e empresarial, precisando de colaboradores com formação diferenciada para inovar nas empresas. E como hoje a graduação não é mais suficiente, é de extrema importância fazer o MBA, pois ele já é voltado para as práticas de mercado”, conta Moscardi.
A escolha certa faz a diferença
Em média 200 alunos se formam por ano na Faap em São José. Os cursos tem uma duração de 18 meses. “A escolha de um curso de pós-graduação deve ser pautada nas expectativas do aluno com relação à carreira profissional que ele pretende seguir e/ ou buscar uma atualização em temas que ele já atue no mercado. É importante que o estudante procure conhecer o programa do curso pretendido, seus professores e como o mercado valoriza a instituição de ensino. Vale destacar que cursos atualizados e que estejam alinhados com as práticas do mercado são diferenciais.” • Valor “O título de especialização em cursos de pós-graduação ainda é muito valorizado pelo mercado de trabalho, contribuindo inclusive para um incremento nos salários e maiores chances de desenvolvimento dentro das empresas, além de alavancar a carreira. Com a pós-graduação, as chances de se colocar no mercado aumentam muito. Ter um título de pós hoje é quase que uma exigência do mercado”, afirma Santis.
A escolha certa do curso de pós-graduação pode mudar o rumo de uma carreira profissional. Foi o que aconteceu com o médico pediatra Williams Santos Ramos, de 42 anos, de Caçapava. Há um ano e meio, ele concluiu o MBA em Gestão Empresarial na FGV, em São José dos Campos. “Optei pelo curso para complementar meu conhecimento, pois sou médico, mas vinha tendo uma atuação mais administrativa no Hospital Municipal.” Quando fez o curso, além de trabalhar no hospital em São José, Williams também mantinha um consultório particular. “Após o MBA muita coisa mudou. Fechei o consultório, saí do hospital e hoje sou gerente médico da Ache Laboratórios, em Guarulhos”, conta. Segundo Williams, as escolhas que ele fez acabaram causando mudanças positivas. “Agora, posso centralizar minhas atividades em um único lugar. Continuo morando em Caçapava, para manter minha qualidade de vida, e vou e volto para Guarulhos todos os dias. Além disso, se não fosse o aprendizado do MBA, teria dificuldades em trabalhar onde estou hoje”, afirma Williams, que já tinha mestrado.
• Gestão. Luis Antonio Colarino, 51 anos, engenheiro sênior de suporte aos jatos executivos da Embraer, também cursou Gestão Empresarial na FGV, em São José, onde se formou em dezembro do ano passado. “Escolhi a pós para satisfazer uma necessidade própria de aprimoramento de conhecimentos na área de gestão. Se eu soubesse o quanto válido e útil este curso era, com certeza teria feito há muito tempo. Vai me ajudar muito na carreira e principalmente nas atividades do dia
a dia, uma vez que amplia muito o foco de conhecimentos e visão estratégica no campo de administração.” Colarino diz que indica o curso de Gestão Empresarial para quem está na dúvida de qual especialização fazer. “A qualidade do curso me surpreendeu muito positivamente, o nível dos professores foi simplesmente fenomenal e o material didático foi muito útil. Além disso, as interações com os colegas e a sinergia requerida para trabalhar em equipe em um projeto grande, o famoso PIN (Projeto Integrado de Negócios), que requer aplicação dos conhecimentos obtidos com todas as disciplinas do curso, acaba fazendo com que você se desdobre e se supere para atingir as metas estabelecidas. Com este curso, um bom profissional irá reunir todas as condições necessárias para montar seu próprio negócio com uma probabilidade de sucesso muito alta, muito acima da média da maioria dos atuais empreendedores do mercado”, afirma. • Pessoas. O técnico Thiago Manzano, de São José, que trabalha na General Motors, está fazendo pós em Gestão de Pessoas, na Faap. “Escolhi esse curso para aprimorar meu trabalho. No setor que eu atuo preciso saber lidar com pessoas, pois trabalho com os clientes externos. O curso está me ajudando muito, aborda situações do dia a dia de trabalho.” Manzano afirma que não teve dúvidas na hora de escolher o tema da especialização. “Quem ainda não sabe qual curso escolher, é bom pensar que o mundo de hoje é muito flexível, por isso é importante que a pós sirva para diversas áreas. Também é fundamental escolher uma escola de qualidade”, declara.
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Serviço
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Guia de escolas 2016 Confira os dados sobre infraestrutura e preços das mensalidades para 2016 nos principais colégios da região
A revista +Educação&Carreiras traz nesta edição um guia completo com informações sobre as principais escolas da região para ajudar os pais na hora de escolher onde seus filhos estudarão no próximo ano. As informações foram enviadas pelas próprias escolas, que fizeram um resumo de seus atrativos, além de informarem sobre preços, infraestrutura e cursos. A lista obedece à ordem de envio das informações, cujo prazo se encerrou no último dia 5 de outubro.
3 - ETEP – Escola Técnica Professor Everardo Passos Cursos Técnicos concomitantes com o Ensino Médio (Eletrônica, Informática, Mecânica, Mecatrônica e Informática para Internet)
1 - Berçário e Escola Jardim dos Sonhos Berçário e Educação Infantil Endereço Rua José lenir Silvestre, 471, (antiga rua 30), Jardim Morumbi São José dos Campos - Tel.: (12) 3966-3909/3307-6320 - email: escolajardimdossonhos@gmail.com
Endereço Avenida Barão do Rio Branco, 882, Esplanada – São José dos Campos – Tel.: 0800- 7273837 ou 3947 2261 – www.etep.edu.br/
Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Períodos: manhã, tarde, integral, parcial, hotelzinho e diária. Berçário com salas climatizadas, monitoramento por câmeras, brinquedos atuais e seguros, profissionais capacitados. Parceria Sistema Positivo. Alimentação balanceada por nutricionista e fiscalizada pela Vigilância Sanitária. Aulas de balé, culinária e educação física. 2 - Escola Infantil Cirandinha Educação Infantil Endereço Rua Cali, 36, Jardim América - São Jose dos Campos - Tel.: (12) 3931-2322 Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/ atrativos
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Mensalidade 2016 Não divulgada
Amplo parque de areia em área total de 1.800 m² e pátio coberto. Sala para exibição de vídeos, biblioteca e brinquedoteca. Salas de aula amplas, ventiladas e iluminadas. Aulas extras de natação na própria escola (piscina coberta e aquecida). Aulas de balé, artes marciais e inglês a partir dos três anos. Emercor (emergências médicas). Equipe de profissionais qualificados nas áreas de pedagogia, psicopedagogia e educação física. Período integral e semi- integral. Colônia de férias no mês de julho para os alunos do período integral
Diferenciais/Atrativos Duração de três anos, em período integral; mais de 3.800 horas/ aula; sistema Positivo de Ensino; aulas práticas em laboratórios; desenvolvimento de projetos; encaminhamento para estágio nas melhores empresas da região; Grupo de Estudos de Robótica (Gera); Grupo de Estudos de Aeronáutica (Gea); participação em Competição Internacional de Robótica (First); preparação para vestibular e Enem - treinamento esportivo de basquetebol e voleibol. 4- Colégio Tableau Ensino Fundamental e Ensino Médio Integrado ao Técnico Endereço Av. Dr. Nelson D’Ávila, 363 –
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Centro – São José dos Campos Tel: (12) 3202-3100 / 3203-0199 – e-mail: editora@colegiotableau.com. br - Facebook: colegiotableausjc site: www.colegiotableau.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada. Diferenciais/ Atrativos Sistema de ensino SER da Editora Abril Educação que disponibiliza catálogo de livros paradidáticos e de literatura infanto-juvenil e mais de 1.400 vídeos incríveis para as disciplinas de Biologia, Química, Ciências, Física, Matemática e Geografia, oferecidos em seu portal e no caderno digital; espanhol e inglês desde o segundo ano do ensino fundamental; informática educacional; capoeira; empreendedorismo e ética; música; horta orgânica; simulado (Ensino Médio); excursões pedagógicas e de lazer; lousa digital (interativa); aulas com recursos de multimídia; laboratório de informática; laboratório de ciências, biologia, física e química; biblioteca; quadra coberta; localização privilegiada; reforço escolar em português/matemática (Ensino Fundamental 1); ensino técnico integrado ao médio em administração ou veterinária. Descontos especiais após realização do concurso de bolsas para o ensino fundamental e médio integrado 5 - Escola Moppe Berçário ao Fundamental 2 Endereço Av. Lineu de Moura, 1655, Urbanova – São José dos Campos – Tel.:(12) 3949-1404 - e-mail: moppe@moppe.com.br - Facebook: escolamoppeoficial - site: www.moppe.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Reconhecida, há mais de 30 anos, como uma escola humana que estimula seus alunos a serem protagonistas, que saibam dialogar e ser críticos, que aprendam a pensar, refletir e criar soluções. A
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Moppe possibilita um mundo de possibilidades para que o aluno vivencie experiências que fazem diferença em sua vida. A base da proposta pedagógica é o desenvolvimento da autonomia moral e intectual de cada aluno, juntamente com o desenvolvimento de competências, por meio de pesquisas e projetos interdisciplinares. A melhor base de ensino é concluída com o TCC realizado pelos alunos do 9º ano. A Moppe possui, ainda, o Smart International Program, o programa de línguas com carga horária ampliada nas aulas de inglês, (a partir dos 02 anos) e certificação da Universidade de Cambridge, período complementar bilíngue (opcional), aulas de aprofundamento de exatas (9º ano), adolescentes multiplicadores, aulas de música, uso de tecnologia em sala de aula (impressora 3D, projetores interativos, salas de aula multimídia, tablets, entre outros) e atividades extracurriculares (programação de games, robótica, futsal, ballet, jazz, teatro, judô, entre outros). 6 - Berçário Moppe Bambini Berçário Endereço Rua Carlos Chagas, 346, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 3204-4610 - e-mail: bambini@moppe.com.br - Facebook: escolamoppeoficial - site: www.moppe.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada
Diferenciais/Atrativos Planejado para oferecer um ambiente seguro, limpo, saudável e cercado de afeto para os bebês a partir dos quatro meses de idade, o Berçário Moppe Bambini proporciona, por meio de um ambiente lúdico e divertido, os estímulos adequados, que incentivam a oralidade, a motricidade, o desenvolvimento emocional, físico e intelectual. O Bambini possui diferenciais como a sala dos sonhos, sala de estímulos, Mundo Bambini (com brinquedos exclusivos), solarium, ateliê de arte, espaço de areia premium, além de contar com aulas de música e muito mais. 7- Colégio Luce Prima – Sistema Pueri Domus de Ensino Maternal, Educação Infantil, Ensino Fundamental completo (1º a 9º ano) Endereço Rua José Augusto dos Santos, 145, Floradas São José (Satélite) - São José dos Campos – Tel.: (12) 3939-2347/3931-2690 - e-mail: luceprima2@uol.com.br – site: www.luceprima.com.br Mensalidade 2016: Maternal: R$ 790. Fundamental (6º ao 9º ano): R$ 1.149 Diferenciais/Atrativos Curso bilíngue opcional (Pearson Bilingual Program); atendimento em período integral até o 4º ano; trabalho com projetos da Educação Infantil até o 9º ano; aulas extracurriculares; espanhol e arte digital a partir do 4º ano do Ensino Fundamental; tecnologia 3D como ferramenta de ensino (Eureka.in da empresa XD Education – Tecnologia e Educação); ênfase na formação de professores; seguro contra acidentes e convênio com Emercor. Os valores da mensalidade incluem o material pedagógico de uso coletivo 8- Colégio COC (Unidade Sul) Educação Infantil, Ensino Fundamental Endereço Avenida Leonor de Almeida R.
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Souto, 999, Residencial União – São José dos Campos – PABX.: (12) 3903-1646 - e-mail: coc-saojosecampos@coc.com.br – site: www. cocsjcsul.com.br
Diferenciais/Atrativos Várias Opções de horários (parcial, semi-integral, integral reduzido e max); Período integral com atividades educacionais, recreativas e reforço escolar; Aulas de inglês, informática, espanhol e recreação na piscina; caratê e balé opcionais (pagamento à parte); amplo espaço, salas adequadas para o melhor atendimento; playground com piscina de bolinhas, quadra de futsal e diversos brinquedos.
Mensalidade 2016 Educação Infantil: R$ 720 (integral) e R$ 530 (parcial) Fundamental do 1º ao 5º ano: R$ 980 (integral) e R$ 490 (parcial) Diferenciais/Atrativos Robótica, teatro e expressão corporal, artes, música, coral, jardinagem, ginástica olímpica, informática, hip-hop. Portal educacional COC, portal amigos do COC com jogos interativos e educacionais, projeto leitura e companhia, projeto grandes pintores, mostra cultural e de poesias, inglês Yazigi na escola, plantão de dúvidas online. Apoio pedagógico desde a pré-escola, livro eletrônico, avaliação nacional bimestral, lousa digital, aplicativo no seu celular para acompanhamento do aluno. Escola participante programa de excelência Pearson. Infraestrutura: prédio próprio com salas amplas e ventiladas, jardim com aproximadamente 1.000 m² com parques monitorados, sala de informática, banda larga e wi-fi, auditório, sala de artes, cantina, quadra coberta, convênio Emercor. 9- Colégio Cecília Caçapava Conde Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Endereço Rua Desembargador Alípio Bastos, 44, Vila Resende – Caçapava – Tel.: (12) 3653-2446 /Celular: (12) 97408-2799 - e-mail: comunicado@ colegiocecilia.com.br -Facebook: facebook.com/colegiocecilia Mensalidade 2016 Maternal 1, 2 e 3 (a partir dos 10 meses): R$ 556 / Pré-escola (fase 1): R$ 556 / Pré-escola (fase 2): R$ 556 / Ensino Fundamental 1 (1º ao 5º ano): R$ 698 / Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º ano): R$ 847 / Ensino Médio: R$ 1.004 / Programa bilíngue: R$ 353 (10 horas semanais)
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Diferenciais/Atrativos Colégio bilíngue. Sistema de Ensino Pueri Domus e programa bilíngue (Pearson Education). Ambientes amplos, claros e arejados, planejados para desenvolver a proposta pedagógica, equipados com recursos de multimídia. Laboratório de Ciências (Química/ Física/Biologia). Lousa eletrônica, softwares com imagens tridimensionais. Quadra poliesportiva coberta. Curso Pré-vestibular/Enem para os alunos do Ensino Médio. Cursos: informática, inglês, arte, filosofia e espanhol. Atividade extracurricular de futsal e prática de banda. Proposta Pedagógica Sócio interacionista que visa à formação integral do educando.Descontos para as empresas: Embraer, Johnson & Johnson, Nestlé, Cebrace, Pilkington, Ericsson e Oficiais do Exército. 10- Colégio Integração de Taubaté Educação Infantil e Ensino Fundamental Endereço Rua Francisco das Chagas, 82, Vila Nossa Senhora das Graças – Taubaté –Tel.: (12) 3629-5183 - email: integracao_colegio@hotmail.com Mensalidade 2016 Não divulgada
11- Ideia (Instituto de Desenvolvimento Educacional “Inovando o Aprendizado”) Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio Técnico Endereço Rua Maria Palmira Ferreira Ivo, 15, Bosque dos Eucaliptos – São José dos Campos – Tel.: (12) 39361722 / 3307-5844 - e-mail: ideia@ institutoideia.com - Facebook: facebook.com/InstitutoIDEIA site: www.institutoideia.com Mensalidade 2016 Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º ano): 12 x R$ 700 (pagando pontualmente R$ 672, até dia 4 de cada mês R$ 644). Ensino Médio Técnico (manhã e noite): 12 x R$ 700 (pagando pontualmente R$ 672, até dia 4 de cada mês R$ 644). Ensino Médio Técnico (tarde): 12 x R$ 700 (pagando pontualmente R$ 560). Para reservas de vagas efetuadas: outubro (R$ 200) a partir de novembro (R$ 400). Inclui: crachá, agenda e seguro pronto atendimento Medlink. Diferenciais/Atrativos Disciplinas extracurriculares: Inglês, Espanhol, Interpretação e Produção de texto, Educação Musical, Empreendedorismo (Sebrae), Educação Ambiental, Informática. Excursões pedagógicas; gincanas intelectuais; quantidade reduzida de aluno em sala de aula; salas interativas multimídia com lousas digitais; quadra poliesportiva; laboratórios de informática e ciências; oficina de artes; biblioteca; elevador (acesso para PNE); professores qualificados na sua área de conhe-
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cimento; acompanhamento psicopedagógico; câmeras de segurança; curso extracurricular: robótica. Sistema apostilado da Editora Abril Educação (SER); material didático físico e digital (conheça mais em www.queroser.com.br). Plataforma Google Classroom. Ensino Médio Técnico nas áreas: Administração, Contabilidade, Guia de Turismo, Informática, Eletrônica. Períodos: manhã, tarde e noite. Carga horária de 3.600 horas; quantidade reduzida de aluno em sala de aula; aulas dinâmicas; disciplinas que proporcionam conhecimentos e habilidades para realidade do mercado de trabalho; indicação para o mercado de trabalho; sistema de avaliação com as características do Enem; laboratório de informática, eletrônica e robótica; oficina de artes. 12- Colégio Vicentino Santa Luiza de Marillac Educação Infantil e Ensino Fundamental Endereço Avenida Monsenhor Antônio Nascimento Castro, 29, Vila São José – Taubaté - Tel.: (12) 3633-2688 - e-mail: secretariamarillac@outlook.com - site: www.vicentinomarillac.com.br Mensalidade 2016 Ed. Infantil: R$ 518,27 - 1º ano: R$ 543,52 - 2º ao 5º ano: R$ 557,95 - 6º ano: R$ 578,05 - 7º ao 9º ano: R$ 721,50. Diferenciais/Atrativos Escola de educação Vicentina do Infantil ao 9º ano possui amplo espaço com salas de aulas, 02 Quadras Poliesportivas, sendo uma coberta e a outra ao ar livre, Laboratório de Informática e de Ciências, Biblioteca, Parquinho e Auditório. Todo esse espaço foi devidamente planejado para que os alunos possam desenvolver atividades curriculares e extracurriculares como: Inglês, Espanhol, Balé, Capoeira, Grupo Jovem (Marial), Fanfarra, Aulas de Biblioteca, Treinos de Futsal e Handebol, Flauta e Jazz.
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Obs.: Algumas dessas atividades não estão incluídas na mensalidade. 13- Escola Grilo Falante Educação Infantil e Berçário Endereços Unidade 1: rua Santa Elza, 218, Vila Adyana – São José dos Campos – Tel.: (12) 3911-4367 / Unidade 2: avenida Barão do Rio Branco, 78, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 3322-7488 Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Tempo ou módulo: períodos parciais e integrais de ensino. A Escola Grilo Falante trabalha com uma Filosofia Humanista, que destaca a ética e a moral em um ambiente “lúdico” de carinho, amor e respeito. As ações educacionais desenvolvidas pela Escola visam estimular o desenvolvimento global do aluno, com uma pluralidade de ações físicas, cognitivas e sociais. A Tecnologia utilizada é uma aliada na estimulação ao aprendizado e não a base do conhecimento. Os “Valores e Virtudes humanas” são a base para qualquer projeto e ação junto às crianças. A alimentação e os serviços extras oferecidos pela Escola Grilo Falante são dispostos de acordo com a faixa etária dos alunos, e já estão inclusos na Prestação de Serviços, sem custos adicionais. As atividades que compõem o currículo complementar são ministradas por profissionais especializados:
inglês, projeto arte e cultura (oficinas: contação de histórias, musicalização, teatro e artes plásticas); projeto saúde (acompanhamento psicopedagógico, nutricional, prevenção odontológica, projetos ambientais e sociais - ética e valores humanos); projeto movimento (circuitos, recreação/jogos, incentivo aos esportes, dança, capoeira de Angola, estimulação corporal); projeto complementar (laboratório de informática, lousa digital, projeto de educação tecnológica Lego – robótica). 14- Colégio Evolução – Evoluir para Crescer Educação Infantil e Ensino Fundamental Endereço Rua Crato, 95, Parque Industrial – São José dos Campos Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Sistema de ensino exclusivo (Universitários). Ensino de duas línguas estrangeiras desde os três anos de idade. Educação musical, participação em concursos, acompanhamento pedagógico. Método de avaliação diferenciado. Horário de funcionamento: das 8h às 12h30 para os alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Tarde: das 13h às 17h30 para os alunos da Educação Infantil até o 4º ano do Ensino Fundamental. 15 - Instituto Educacional Monte Castelo Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 Endereço Rua Gomide Santos, 373, Monte Castelo – São José dos Campos – Tel.: (12) 3922-6620 - e-mail: institutomontecastelo@uol.com.br site: www.castelinhonovo.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Sem custos adicionais: curso
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de Educação Musical; Informática Educacional; inglês; aulas otimizadas através de projeções de CD-ROM interativo em data show (específico das matérias lecionadas); laboratório de informática; sala de música; videoteca; sala de multimídia; sistema de vídeo; comunicação eletrônica, portaria/secretaria/ classes. Convênios com ADC Embraer, CTA e ADCGM. Nossas parcerias: dentista, fonoaudióloga, psicopedagoga, psicóloga, terapeuta ocupacional, academia de ginástica e natação (Uniclo). 16 – Colégio Progressão (Sistema de Ensino Poliedro) Unidade 1: Ensino Médio e Pré-Vestibular. Unidade 2: Berçário ao Ensino Fundamental. Unidade 3: Educação Infantil ao Pré-vestibular Endereços Unidade1: Avenida Nove de Julho, 51, Centro - Taubaté – Tel.: (12) 3621-6030 – Unidade 2: Avenida Itália, 1.351, Jardim das Nações – Taubaté – Tel.: (12) 3622-3033 – Unidade 3: Avenida Nossa Senhora do Bom Sucesso, 1.734, Alto Cardoso – Pindamonhangaba – Tel.: (12) 3648-2658 – site: www.progressao. com Mensalidade 2016 A partir de R$ 1.218 (1ª Série do Ensino Médio). A partir de R$ 635 (Berçário). A partir de R$ 635 (Educação Infantil) Diferenciais/Atrativos Unidade 1: material didático Poliedro, aulas semanais de laboratório, turmas integral (ambiente de reforço para estudos com os professores de sala), verificação de estudos (para desenvolvimento do hábito de estudo diário), sistema de aconselhamento, balcão de redação e preparação para os principais vestibulares, além de realização de simulados regularmente. Unidade 2: berçário com horário flexível. Material didático Poliedro desde a Educação Infantil, aulas de laboratório, turmas de Integral (reforço de estudos com os professores de sala), sistema de aconselhamento e balcão de redação no Ensino Fun-
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damental 2. Unidade 3: material didático Poliedro desde a Educação Infantil. Aulas semanais de laboratório para o Ensino Fundamental,turmas integral (ambiente de reforço para estudos com os professores de sala), verificação de estudos (para desenvolvimento do hábito de estudo diário), sistema de aconselhamento e balcão de redação no Ensino Fundamental 2. Ensino Médio com preparação forte para os vestibulares. 17- Anglo Cassiano Ricardo Ensino Médio Endereço Rua Laurent Martins, 329, Jardim Esplanada 2 – São José dos Campos – Tel.: 2134-9100 - email: contato@cassianoricardo.com.br – site ww.anglosaojose.com.br / www. facebook.com/anglosaojose Mensalidades 2016 1º e 2º ano: R$ 1.489,60. 3º ano: R$ 1.512. High School: consultar sala de atendimento. Diferenciais/Atrativos Consciência social, ética, preocupação ambiental e solidariedade são elementos presentes na formação do aluno Anglo Cassiano Ricardo. Para o Enem e vestibular, preparação máxima. No 3º ano, turmas especiais, divididas por área, garantem um ensino forte e completo para enfrentar os vestibulares mais concorridos, como USP, Unicamp, Unesp, GV, entre outros. Pro-
jetos especiais (1° e 2° ano): cursos de diversas áreas do conhecimento que aprimoram a formação dos alunos: Finanças Pessoais e Investimentos, noções básicas de Direito, Ciência Forense, Mitologia, Saúde e Qualidade de Vida, dentre outros. Treinamento para olimpíadas de conhecimento. Simulações de ambientes diplomáticos da ONU. 3° ano: turma Medicina/Biológicas, Exatas e Humanas e cursos complementares para Arquitetura USP, UFSC, UEL e UFPR. Simulados testes e discursivos ao longo do ano. Orientação profissional para auxiliar o aluno na escolha da carreira. Anglo High School: o programa Anglo High School, em parceria com a University of Missouri, permite que os alunos estudem disciplinas do currículo de Ensino Médio americano (High School), paralelamente às disciplinas do currículo brasileiro. Ao completar todos os créditos do programa e concluir o Ensino Médio brasileiro, o aluno recebe dois diplomas oficiais — um brasileiro e um americano. Esse curso é opcional e com pagamento à parte. Infraestrutura: salas de aula equipadas com recursos multimídia e climatizadas; laboratórios de ciências, informática e artes; quadra poliesportiva. Convênio com a Cia Athletica Descontos especiais para irmãos. Agendamento para visita pelo telefone 2134-9100. De segunda à sexta, das 8h às 18h e aos sábados, das 8h às 13h. 18 - COC (Sistema COC de Educação) Ensino Médio Endereço Avenida Nelson D’Ávila, 1202, Centro – São José dos Campos Tel.: (12) 2134-9300 – site: www. cocsjc.com.br – Facebook: www. facebook.com/cocsjc Mensalidade 2016 Promoção para matrículas até 14/11: 1º e 2º ano (manhã): R$ 967,12 - 1º e 2º ano (tarde): R$ 786,94 - 3º ano: R$ 1.084,93. Diferenciais/Atrativos Método de ensino/didática: O
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COC alia moderna tecnologia educacional à tradição de ensino com professores altamente qualificados oferecendo uma formação multidisciplinar pautada em valores éticos, estímulo à autonomia intelectual e no desenvolvimento de habilidades e competências necessárias à vida e ao trabalho. Sala de aula interativa com lousa digital e softwares educacionais. Portal COC Educação: agenda do aluno, plantão de dúvidas on-line, aulas de revisão on-line, entre outros. Projeto Leitura e Cia: parceria com a Companhia das Letras para incentivo à leitura. Aulas Enem: no 3º ano há um curso específico de preparação para o Enem. Parceria com a academia Energy Sports e com o Esplanada Society para atividades de Educação Física. Nos valores da mensalidade está incluído o material didático 19 - Colégio Inspire Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Endereço Rodovia Presidente Dutra, KM 145 (sentido RJ), bairro Vila Tatetuba – São José dos Campos – Tel.: (12) 4009-4321/3019-1661 – e-mail:contato@colegioinspire.com. br – site: www.colegioinspire.com. br
Mensalidade 2016 Educação Infantil e 1º ano: R$ 758,15. Do 2º ao 5º ano: R$ 886,92. Do 6º ao 9º ano: R$ 998,46. Ensino Médio: R$ 1.142,30 Diferenciais/Atrativos Salas de aula equipadas com lousa digital e som ambiente, laboratórios e ambientes preparados para aulas dinâmicas e interativas. Amplo sistema de monitoramento por câmeras. Portaria 24h e estacionamento monitorado para mais de 600 veículos. Para os pais interessados possuímos jornada integral para o Ensino Fundamental, onde trabalhamos com foco no bilinguismo. Temos estrutura moderna: 4000 m2 de área construída em alto padrão. Complexo poliesportivo com 21500m2 com campo de futebol, duas quadras poliesportivas, 2 quadras de vôlei de areia, 2 quadras de tênis, um campo de futebol society, entre outros. Adequação à lei de acessibilidade, contando com rampa e elevador. Sala de jogos adequada para atividades de lazer e competições. A metodologia utilizada é a de EP (Educação por Princípios), onde os conteúdos disciplinares são apresentados dentro de uma cosmovisão cristã. 20 - Colégio Objetivo São Sebastião (Centro) Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio
Endereço Rua Agripino José do Nascimento, 177, Vila Amélia – São Sebastião – Tel.: (12) 3893-3100 – e-mail: colegio@fass.edu.br – site: www. objetivosscentro.com.br. Mensalidade 2016 Educação Infantil 2: R$ 624,72. Educação Infantil 3, 4 e 5: R$ 509,64. Fundamental (1º ao 5º ano): R$ 695,96. Fundamental (6º ao 9º ano): R$ 783,64. Ensino Médio: R$ 854,88. Diferenciais/Atrativos Instalado a poucos metros do centro da cidade, conta com 2 auditórios com capacidade acima de 100 pessoas, 2 laboratórios de informática, 2 quadras poliesportivas, quadra de futebol, laboratório de artes, laboratório de biologia, espaço de convivência e playground. O Colégio também oferece o Programa Poupança Universidade, que consiste na devolução de parte da quantia paga nos cursos de Ensino Médio em forma de abatimento nas mensalidades de cursos de graduação presencial da Faculdade São Sebastião ou Centro Universitário Módulo. 21 - EMAK - Escola Emanuel Kant Educação Infantil e Ensino Fundamental Endereço Rua Guiana, 184, Vista Verde – São José dos Campos – Tel.: (12) 3929-2433 – site: www.emak.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Atrativos/Diferenciais Sistema de Ensino Objetivo. Cursos: natação, inglês, espanhol, música, artes, ética, assembleias escolares, empreendedorismo, Lions Quest e Projeto Menteinovadora. Salas de Ensino Fundamental com sistema multimídia e uso de tablets pelos alunos. Todas as salas de Educação Infantil com TV e DVD. Número reduzido de alunos por sala. Convênios: Embraer, ADC GM, CTA, Inpe, Ericsson.
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22 - Colégio IDESA Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Endereço Avenida Granadeiro Guimarães, 46, Centro – Taubaté – Tel: (12) 3621-2874 – e-mail: idesa@idesa. com.br – site: www.idesa.com.br Mensalidade 2016 Educação Infantil: R$ 470. Fundamental (2º ao 5º ano): R$ 526. Fundamental (6º ao 9º ano): R$ 558. Ensino Médio: R$ 726 Diferenciais/Atrativos Educação Infantil com aulas de caratê, jazz, piscina, parque infantil e contador de estória. Do 2º ao 5º ano acrescenta-se aula de informática. Do 6º ao 9º ano há também laboratório de Ciências e Arte, sala de multimídia. Ensino Médio: aulas de caratê, Jazz, futebol, vôlei, basquete e ainda laboratórios de Ciências e de Informática, sala de arte e multimídia. Convênios: Volkswagen, Ford, CaVex, Alstom e PM. Início de matrícula para alunos novos: 3/11 23 - Mello e Arice Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 e 2 Endereço Avenida Major Acácio Ferreira, 136 - Jacareí – Tel.: (12) – 3951-9933 Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Aulas extras: xadrez, italiano, capoeira, judô, robótica,teclado, violão, arte, empreendedorismo, filosofia, economia doméstica, ciências políticas, inclusas na mensalidade. 24 - Colégio Teófilo Rezende Unidade Floradas: Berçário (a partir de 1 ano), Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2. Unidade Esplanada: Berçário (a partir dos 4 meses) e Educação Infantil. Endereço Unidade Floradas: rua Moisés Tristão dos Santos, 64, Floradas de
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São José – São José dos Campos – Tel.: (12) 3931-3988 – e-mail:unidade.floradas@teofilorezende.com.br. Unidade Esplanada: avenida Barão do Rio Branco, 183, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 3941-3846 – e-mail: unidade.esplanada@teofilorezende.com.br – site: www.teofilorezende.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Berçário a partir de 4 meses e Educação Infantil: salas com piso emborrachado e manta térmica, amplas e arejadas, dormitório, sala de amamentação, sala de estimulação, solário, piscina, instalações recreativas, cardápio elaborado por nutricionista e lousa interativa como recurso pedagógico. Atividades Extras: Inglês, Música, Judô, Natação. Ensino Fundamental 1 e 2 e Ensino Médio: salas amplas e arejadas, laboratório de informática, laboratório de ciências, salas de multimídia, biblioteca, quadra poliesportiva coberta, cantina com alimentação saudável, pátio, cultivo de horta orgânica e lousa interativa como recurso pedagógico. Atividades extras: oficinas de futsal, judô, teatro e xadrez. Apoio pedagógico Rede Pitágoras (3º ano consecutivo – Prêmio Top Educação).
25 - Colégio Poliedro São José dos Campos Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio Endereço Rua Maria Demétria Kfuri, 700, Jardim Esplanada 2 – São José dos Campos – Tel.: (12) 3928-1616 – e-mail: faleconosco@sistemapoliedro.com.br – site: www.sistemapoliedro.com.br Mensalidade 2016 Ensino Fundamental 2: R$ 1.534. Ensino Médio (1º e 2º ano): R$ 1.660. Ensino Médio (3º ano): – R$ 1.762 Diferenciais/Atrativos Simulação de debates da Onu (PoliOnu); treinamento para Olimpíadas (Física, Matemática, Química, História e Informática); módulos (fotografia, teatro, robótica, games, ecociências, empreendedorismo); línguas estrangeiras (inglês, francês “Aliança Francesa” e alemão “Instituto Goethe”); tecnologia educacional; simulados bimestrais; balcão de redação; plantão de dúvidas; apoio pedagógico; oficina de aprendizagem; linguagem arquitetônica; eventos estudantis (festival de banda, vídeo, dança e obras literárias); feira do livro, feira de Ciências, mostra de projetos, estudo do meio e jogos internos do Poliedro; orientação vocacional; esportes (vôlei, basquete, futebol e handebol). Infraestrutura: laboratórios de Física, Química, Biologia e Informática; salas ambientes de Humanas, Línguas, Matemática e Artes; sala de leitura; cantina; quadras esportivas (3 quadras cobertas); campos de futebol (2 campos de grama natural). Bolsas de estudo (se tiver) e desconto nas mensalidades escolares para irmãos e para empresas, como Embraer, CTA, Inpe e Prefeitura Municipal de São José dos Campos. 26 - Centro Educacional Construir Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental do primeiro ao quinto ano. Endereço
Avenida Dr. João Batista Soares de Queiroz Jr., 30, Jardim das Indústrias – São José dos Campos – Tel.: (12) 3931-1647/3931-3416 - e-mail: contato@cecsjc.com.br - site: www. cecsjc.com.br
563. Período Integral: 978
Mensalidade 2016 Berçário e Maternal (meio período): R$ 911. Educação Infantil (meio período):R$ 1.100. Ensino Fundamental (meio período): R$ 1.286 Diferenciais / Atrativos O CEC atende crianças desde o berçário até o quinto ano do Ensino Fundamental em período integral e meio período. Funciona das 6h às 18horas, de segunda a sexta-feira, e não tem férias coletivas para crianças até três anos de idade. O CEC tem como filosofia o construtivismo e fundamenta sua prática educacional nos quatro pilares da Educação segundo a Unesco. Tem como diferencial ser uma escola aberta aos pais que podem ir até a sala de aula para deixar ou pegar o filho. Educação Infantil: integrando o currículo tem atividade física, musicalização, inglês e informática. Como atividade opcional para o período integral judô e xadrez (pagamento à parte). Ensino Fundamental: atividade física, musicalização, inglês, arte e informática como atividades curriculares. No período contrário ao das aulas, cursos de xadrez, futebol, judô e teatro (pagamento à parte). Ainda mais, programa de prevenção e educação odontológica, avaliação e educação nutricional e atendimento médico de urgência com a Emercor. São desenvolvidos projetos como o: “Amigos do Zippy” e “Jovens empreendedores – Primeiros passos”. Convênio com várias empresas para as quais concedemos descontos nas mensalidades. 27 - Avanti Berçário e Educação Infantil Berçário e Educação Infantil Endereço Rua Fernão Dias 231/ 241, Jardim Nova América – São José dos Campos – Tel.: (12) 3941-3610 /3913-6617 e-mail: avanti@avanti. com.br ou secretaria@avanti.com.
br - site: www.avanti.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/ Atrativos Atividades curriculares: inglês, expressão corporal, capoeira, música, educação nutricional. Informática e educação odontológica inclusas nos valores nas mensalidades. Proposta pedagógica: Construtivismo. Resumo da infraestrutura (a escola possui duas unidades) com amplas instalações e salas planejadas (quadra, parques externo e interno, entre outros). Horário de funcionamento: 7h às 18h30. Opção de período integral. Convênios: academias de balé, natação, centro de idiomas para alunos e familiares. Companhia Athletica, Energy Sport, Lotus, Noctiluca, Companhia Brasileira de Sapateado, Cristina Cará e ICBEU. 28 - Querubim Berçário e Educação Infantil Berçário e Educação Infantil Endereço Rua Manoel Bosco Ribeiro, 1.187, Jardim das Indústrias – São José dos Campos – Tel.: 12) 3933-6629 – e-mail: querubimsjc@yahoo.com.br – site: www.querubimsjc.com.br Mensalidade 2016 Matrícula: R$ 180. Meio Período:R$
Diferenciais/Atrativos Inglês, informática, acompanhamento odontológico (Geração Sorriso), horticultura (projeto Alimentação Saudável), culinária, oficina de sustentabilidade, responsabilidade social, musicalização e acompanhamento fisioterapêutico (Baby Action). Cantinho da leitura com acervo com mais de 100 exemplares. Com o propósito de assegurar a aprendizagem, trabalhamos diversos estímulos, através de brincadeiras, roda de conversa, leitura de histórias e apoio das apostilas do Grupo Positivo, inclusive para o Berçário. Espaços adequados para o desenvolvimento dos bebês e das crianças, com estimulação constante, brincadeiras, descanso, higiene, alimentação e parque. Extensão do conforto, segurança e cuidados da sua própria casa, somado à realização de atividades que estimulam o desenvolvimento motor e a linguagem do bebê e da criança. Desenvolve o trabalho com ética, transparência, carinho e dedicação. Monitoramento em tempo real via Internet, para acompanhamento da rotina das crianças. Horários flexíveis, conforme a necessidade dos pais. A escola conta com Sistema Emercor para Urgências e Emergências. O cardápio é elaborado por nutricionista. Excelente investimento/benefício, com fácil acesso (em frente à Johnson). Equipe composta por profissionais qualificados e experientes que passam por constantes treinamentos e reuniões de atualização, buscando melhoria continua. 29 - Conservatório e Faculdade Musical Villa-Lobos Ensino Técnico Endereço Avenida Engenheiro Francisco José Longo, 460 (acesso pela Helena David Neme, 221, São Dimas) – São José dos Campos – Tel.: (12) 32066639/3837 – e-mail: secretaria@ villalobos.mus.br – site: www.villalobos.mus.br
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Mensalidade 2016 Curso técnico profissionalizante: R$ 380 Diferenciais/Atrativos Participação em apresentações internas, biblioteca completa de música nacional e internacional, discoteca, festivais de música, encontros e seminários de música, prática de conjunto, aulas individuais de instrumento musical e canto e convênio com Educa + Brasil. 30 - ECOMPO – Escola Politécnica de Ensino Médio Comendador Manoel Pedro de Oliveira Ensino Técnico e Ensino Médio Endereço Rua Raul Ramos de Araújo, 283, Santana - São José dos Campos – Tel.: (12) 3922.8655 / 0800 148 550 - e-mail: informacoescursos@ ecompo.com.br - site: www.ecompo.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Cursos oferecidos: técnico em Informática, técnico em Prótese Dentária, técnico em Química e Ensino Médio. Infraestrutura: salas de aula com recursos audiovisuais; biblioteca especializada; sala de multimídia; amplos laboratórios de Informática, conectados via Rede Wireless com acesso à internet banda larga cobrindo todo o campus; laboratório de hardware; amplos laboratórios de Prótese Dentária; amplo laboratório de Química; amplo estacionamento para alunos e professores. Convênios: a escola mantém convênio com indústrias e outras Instituições, visando estágio para seus alunos. Oferece tradicional concurso de bolsas que acontece no dia 15/11/2015. 31 - Cotet – Colégio Técnico de Taubaté Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Técnico Endereço Avenida José Olegário de Barros, 1350, Vila das Graças - Taubaté
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Tel.: (12) 3621-4292 - e-mail: cotet@ cotet.com.br – site: www.cotet.com.br Mensalidades 2016 Educação Infantil (parcial): R$ 419. Infantil (semiparcial): R$ 545. Infantil (integral): R$ 782. Ensino Fundamental 1: R$ 520. Ensino Fundamental 2: R$ 545. Ensino Médio: R$ 710. Ensino Médio/Técnico: R$ 809. Ensino Técnico Eletrônica/Mecatrônica/Química: R$ 456. Técnico em Administração: R$ 342. Técnico em Recursos Humanos: R$ 369 Diferenciais/Atrativos Infantil com aulas de culinária e cardápio elaborado por nutricionistas. Opção de período integral. Ensino Fundamental 1 com aulas de inglês e espanhol. Fundamental 2 e Ensino Médio com laboratórios de ciências, biologia e informática. Ensino Técnico em três semestres; laboratórios: Biologia, Ciências, Informática, Eletrônica, Mecatrônica e Química; polo da Unopar (Universidade do Norte do Paraná), cursos de graduação e pós-graduação, online e semipresencial. 33 – Colégio Futura Geração Berçário, Educação Infantil e Ensino Fundamental. Endereço Rua Benedito Machado Figueiredo, 21, Urbanova – São José
dos Campos - e-mail: colegiocfg@uol.com.br - site: www. colegiofuturageracao.com.br Mensalidades 2016 Não divulgada Diferenciais / Atrativos Turmas reduzidas. Opção por período integral para Educação Infantil e Fundamental1, com alimentação orientada por nutricionista. Educação Infantil com projetos pedagógicos específicos, inglês e capoeira. Parques com areia azul e grama sintética. Quadra poliesportiva coberta. Ensino fundamental com aulas de inglês, espanhol e empreendedorismo. Laboratórios de informática e Ciências físicas e biológicas. Salas de aula informatizadas equipadas com datashow e tablets. Teatro psicopedagógico com Iara Vieira opcional. Berçário: onde se inicia o projeto de aprendizagem, com equipe capacitada, proporcionando um cantinho de aconchego para seu filho. Educação Infantil: brincando e aprendendo, as crianças constroem a sua aprendizagem. Fundamental 1 e 2: a meta é formar cidadãos mais humanos e conscientes de seus direitos e deveres para serem felizes. 34 - Centro de Ensino Educàre Ensino Médio, Médio integrado com Técnico, Técnicos de Química, Informática e Design de Interiores Endereço Rua Teopompo de Vasconcellos, 57, Vila Adyanna - São José dos Campos – Tel.: (12) 3922 9360 – site: www.colegioeducaresjc.com. br – Facebook: www.facebook.com/ educaresjc Mensalidade 2016: Não divulgada Diferenciais/atrativos Colégio com sistema de ensino apostilado, plantões de dúvidas e simulados bimestrais, acompanhamento pedagógico individualizado e estudo dirigido ao Enem na série final. Laboratórios específicos de desenho técnico, química, informática, sala estudo multimídia,
parcerias tecnológicas e educacionais com a Microsoft, Cisco e Furukawa. Corpo docente qualificado orientado através do planejamento pedagógico, método de avaliação diferenciada levando em conta quesitos de cidadania e empreendedorismo. Intercambio educacional com instituição inglesa. Convênios de desconto com várias empresas, associações e ADC’s da região. 34 - Colégio Univap Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Médio concomitante com Técnico Endereço Unidade Aquarius: Rua Tertuliano Delfim Jr., 181 – Jardim Aquarius – São José dos Campos – Tel.: (12) 3908-0970/ 0975. Unidade Centro: rua Paraibuna, 75, Centro – São José dos Campos – Tel.: (12) 39289816. Unidade Villa Branca: Estrada Municipal do Limoeiro, 250, Villa Branca – Jacareí – Tel.: (12) 39554510 - site: www.colegiosunivap. com.br. Mensalidade 2016 Unidade Aquarius (Ensino Fundamental): R$ 790. Ensino Médio: R$ 1.075. Unidade Centro: R$ 760. Unidade Villa Branca (Ensino Fundamental): 1ª e 2ª ano (R$ 730), 3ª ano (R$ 680), 4ª ao 6ª ano (R$ 650); 7ª ao 9ª ano (R$ 680). Ensino Médio: R$ 1.025 Diferenciais/ Atrativos Livros didáticos, tecnologia educacional e projetos extracurriculares já inclusos nas mensalidades. 35 – Colégio Anchieta Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Endereço Rua das Chácaras, 389, Jardim Oriente – São José dos Campos – Tel.: (12) 3931.5654/3308.7331 – e-mail: colegioanchietasjc@ terra.com.br – Facebook: Colégio Anchieta SJC Mensalidades 2016 Educação Infantil: R$ 460. Ensino Fundamental (1º ao 5º ano): R$
687. Ensino Fundamental (6º ao 9º ano): R$ 737. Ensino Médio: R$ 737 Diferenciais/ Atrativos Convênio com diversas empresas da região; desconto especial para irmãos; educação infantil com parque coberto e brinquedoteca; Ensino Fundamental com inglês e espanhol a partir do 2º ano; Ensino Médio com laboratório de ciências e informática; quadra coberta; Sistema Positivo de Ensino. 36 - Colégio Prosseguir Educação Infantil Endereço Rua Maricá, 571, Jardim Satelite – São José dos Campos – Tel.: (12) 32048447 – e-mail: colegioprosseguir@ yahoo.com.br – site: www.colegioprosseguir.com.br Mensalidade 2016 Educação Infantil: a partir de R$ 476,00 Diferenciais/Atrativos Escola de Educação Infantil atendendo crianças de 1 a 6 anos. Aulas extras curriculares de movimento, educação musical, culinária e inglês. Cardápio elaborado por nutricionista. Parque infantil e pátio com grama sintética. Atendimento personalizado com opção de período integral e colônia de férias 37 - Esfera Escola Internacional Ensino Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2 Endereço Avenida Anchieta, 908, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 3322- 1255 Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos A partir das premissas de rigor acadêmico e educação bilíngue, trata-se de uma escola com abordagem construtivista, que atende ao ensino para a diversidade e para a compreensão de conceitos-chave, integrando as diversas áreas de conhecimento. A Esfera é uma escola internacional certificada pelo IB (International Baccalaureate - www.ibo.org) e membro
das Escolas Associadas da Unesco. Atividades extracurriculares: futsal, tênis de mesa, inline hookey, violão, robótica, astronomia, tarefa monitorada, games and activities, cooking/gardening, capoeira, crafts that Count. Horários: Infantil das 7h45 às 12h ou das 13h30 às 17h45; Fundamental 1 em período integral, de segunda à quinta-feira, das 7h30 às 15h15; sexta das 7h30 às 12h30; Fundamental 2 em período integral, de segunda à sexta-feira, das 7h45 às 15h30 38 – Instituto São José Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Endereço Rua Presidente Venceslau Braz, 75 / 161, Jardim Esplanada - São José dos Campos – Tel.: (12) 39467400 - e-mail: institutosaojose@ institutosaojose.org.br e site: www. institutosaojose.org.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos O Instituto São José tem por missão contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Norteado pelos princípios humano-cristãos, pela proposta da Pastoral Juvenil, da sustentabilidade e pela qualidade no serviço de educação integral de alta qualidade. Oferece atividades extracurriculares como balé, guitarra, teatro, escolinhas esportivas, judô e robótica. 39 – Escola Pandavas – Casa dos Pandavas Ensino Fundamental 1 e 2 Endereço Rua Helena David Neme, 221, Jardim São Dimas – São José dos Campos – Tel.: (12) 3913-4400 - email: casapandavassjc@gmail. com e site: www.institutopandavas. org.br/escola/sjc - Facebook: Casa dos Pandavas – Escola Aberta – SJC Mensalidade 2016 R$ 715
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Diferenciais/Atrativos: Cursos de manhã (alfabetização) e a tarde. Construção da autonomia em um ambiente de aprendizagem criado a partir do vínculo de afeto entre aprendizes, pais, educadores e conhecimento. Resolução de diferenças por meio de assembleias participativas. Projetos multidisciplinares. Gestão participativa e horizontal com grande participação dos pais. Turmas multisseriadas (as crianças que já passaram pela alfabetização não são divididas por idade ou série e, sim, quando há necessidade, por interesse ou dificuldades semelhantes). Oficinas de circo, audiovisual e francês (com pais da escola). Para conhecer é necessário agendar um horário. 40 - Colégio Alcance Ensino Fundamental 1 e 2 e Ensino Médio Endereço Rua Borba Gato, 48, Jardim Paraíba – Jacareí – Tel.: (12) 39544296 – site: www.colegioalcance-jac. com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Material didático COC. Ensino Fundamental 1 e 2 com opção integral e bilíngue. Ensino Médio preparatório para os vestibulares e Enem com simulados e plantões de dúvidas. 41 - Latte Miele/Colégio Plural Berçário, Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 Endereço Latte Miele (berçário): Praça Floripes Bicudo Martins, 161, Jardim Esplanada 2 – São José dos Campos – Tel.: (12) 3204-4340 – e-mail: contato@lattemiele.com. br – site: www.lattemiele.com.br Colégio Plural (Educação Infantil e Ensino Fundamental): rua Benedito da Silva Ramos, 445, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 3308-6210 – e-mail: contato@ colegioplural.net - site:www.colegioplural.net
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Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Número reduzido de alunos por sala. Acompanhamento individualizado da aprendizagem. Equipe de nutrição e saúde. Tecnologia incorporada à aprendizagem. Inglês com carga horária estendida a partir do Berçário. Alimentação equilibrada compondo lanches da manhã e tarde, almoço e jantar. Projeto “Menteinovadora” Mind Lab. (Ed. Infantil e Ensino Fundamental). Projeto Abramundo (Ciências no Ensino Fundamental). Aulas extracurriculares de balé e judô (à parte). 42 - Escola Walter Fortunato Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Endereço Rua Bogotá, 204, Vista Verde – São José dos Campos – Tel.: (12) 3912-2030 - e-mail: walterfortunato@walterfortunato.com.br - site: www.walterfortunato.com.br Mensalidade para 2016 Educação Infantil e 1º ano: R$ 474,52. Do 2º ao 5º ano: R$ 619,55. Do 6º ao 9º ano: R$ 772,88. Ensino Médio: R$ 873,72 Diferenciais /Atrativos Cursos inclusos nas mensalidades e praticados no ambiente escolar: robótica, informática, espanhol, inglês, música, orientação educacional, plantão de dúvidas, aulas de reforço, orientação profissional com ciclos de palestras, teste vocacional para o Ensino Médio com psicóloga, simulados Enem e vestibular. Salas interativas, Laboratório de Robótica, Laboratório de Informática climatizado e equipado com netbooks e datashow, Laboratório de Ciências, auditório climatizado, sala de música, sala de artes, quadra coberta, quadra society, parque infantil com piso emborrachado, pomar e horta. Desconto para irmãos na mensalidade escolar. 43 - Instituto Máximo de Educação Educação Infantil e Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) Endereço Rua João Américo da Silva, 384,
Centro – Jacareí – Tel.: (12) 39513650 / 3961-6900 - e-mail: maximo. educacao@uol.com.br - site: www. institutomaximodeeducacao.com. br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Proposta pedagógica: baseada na aprendizagem significativa, desenvolvendo atitudes de curiosidade, reflexão e crítica, frente ao conhecimento e à interpretação da realidade. Utiliza livros didáticos de editoras que focam no processo de aprendizagem do educando. Número reduzido de alunos por sala, apoio pedagógico, plantão de dúvidas, projeto leitura, projeto geometria (a partir do 1º ano), história da arte, escola de esportes, oficina de dança, xadrez, inglês, musicalização, oficina de teatro e robótica. Convênios com academias de dança, natação e escolas de idiomas para alunos e familiares. 44 - Colégio Integração de Taubaté Educação Infantil e Ensino Fundamental Endereço Rua: Francisco das Chagas, 82, Vila Nossa Senhora das Graças – Taubaté – Tel.: (12) 3629-5183 - e-mail: integracao_colegio@hotmail. com Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Várias opções de horários (parcial, semi-integral, integral reduzido e max); período integral com atividades educacionais, recreativas e reforço escolar; aulas de inglês, informática, espanhol e recreação na piscina; caratê e balé opcionais (pagamento à parte); amplo espaço, salas adequadas para o melhor atendimento; playground com piscina de bolinhas, quadra de futsal e diversos brinquedos. 45 - Instituto Alpha Lumen Unidade 1: Ensino Fundamental 1 e 2 e Ensino Médio. Unidade 2:
Ensino Fundamental 1 e 2 Endereço Unidade 1: rua Clovis Bevilácqua, 868, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 32075060 – email: contato@alphalumen. org.br - site: www.alphalumen.org. br. Unidade 2: rua Fernão Dias, 260, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12) 3207-5060 – email: contato@alphalumen.org. br – site: www.alphalumen.org.br. Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Fundamental 1 com opção de período integral, semi-integral ou vespertino. Ensino Fundamental 1 e 2 com aulas de inglês e espanhol e Conexão Global – projeto que traz estrangeiros de vários continentes do planeta para trabalharem cultura internacional junto aos aprendizes. Aulas extracurriculares (incluídas nas contribuições mensais) de robótica, programação, artes/ pintura/desenho, música, teatro, fotografia/TV/cinema, educação financeira, olimpíadas científicas (astronomia/física/química/biologia/matemática / cartografia/ geografia e história/atualidades). Atividades de desenvolvimento de projetos (participação em feiras do conhecimento, campeonatos de tecnologia e jogos de negócios entre outros) e laboratório de cidadania com ação multiplicadora do conhecimento (projetos em parceria com universidades como o Laboratório de Robótica itinerante, o Robotruck). Ambientes de aprendizagem estruturados para o fomento da criatividade, do protagonismo e da autonomia. Foco no trabalho colaborativo e em equipe e no apoio aos talentos individuais. Metodologia que privilegia igualmente o desenvolvimento cognitivo e o socioemocional dos aprendentes. 46 - Centro Educacional Objetivo Aquarius Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Cursinho
aptidões nas áreas de exatas. Várias atividades esportivas também são oferecidas conforme faixa etária (judô, handball, tênis de mesa, jazz, percussão, etc). Os alunos do Ensino Médio têm acesso a diversos recursos que podem culminar com um aprendizado sólido e que deixará os alunos seguros para enfrentar os desafios do dia a dia. 46 - Centro de Educação Nossa Senhora das Graças Do minimaternal ao Fundamental 1 (período integral) Endereço Avenida José Ribeiro Moreira, 192, Parque Califórnia – Jacareí – Tel.: 3958-1034 / 3958-4018 Endereço Rua Rodrigo Reis Tuy, 1.200, Jardim Serimbura – São José dos Campos - Tel.: (12) 3904-2100 – site: www. objetivo-sjc.com.br Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos A Educação Infantil foi elaborada para proporcionar um conteúdo exclusivo, encantador e bilíngue (em um mundo cada vez mais exposto a estímulos e necessidades). Através do Objetivo Growing Club as crianças são incentivadas a pensar de forma empreendedora e com engajamento sustentável. Já desde a Educação Infantil a escola oferece o Objetivo Max, que atende período integral. Além disso oferecemos várias atividades extra-curriculares como balé, jazz, judô, percussão, tênis de mesa, oferecidas conforme faixa etária. No Ensino Fundamental 2 a grade curricular é passada de forma dinâmica envolvendo os alunos e incentivando-os às relações humanas e à conscientização do uso dos avanços tecnológicos, através da “Formação Viva”. A metodologia é pautada no prazer em aprender e em assuntos do cotidiano como saúde, legislação, empreendedorismo, educação financeira, direito e cidadania, - todos ministrados por profissionais de áreas específicas. Oferecemos o GAP (Grupo de Alta Performance), que desenvolve
Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais/Atrativos Formação em valores. Equipe docente qualificada e com formação permanente. Inglês, ensino religioso e educação tecnológica (Zoom Education) no currículo. Projetos interdisciplinares como Festa Literária, Feira de Ciências e Tecnologia com torneios de robótica, estudos do meio (ênfase no método científico) e jogos internos CENSG. Período integral com acompanhamento de tarefa e oficinas extracurriculares; Biblioteca, sala multimídia e ampla área verde. Descontos nas mensalidades escolares para irmãos e empresas conveniadas. 47 - Escola Saad (Henriqueta Vialta Saad) Maternal, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Endereço Rua Bahia, 44, Vila São Geraldo – Taubaté – Tel.: (12) 3633-5766 – e-mail: escolasaad@escolasaad.com. br - site: www.escolasaad.com.br - facebook: Escola Saad Mensalidade 2016 Maternal ao Jardim: R$550. Pré: R$ 600. Do 1º ao 5º ano: R$ 715. Do 6º ao 9º ano: R$ 740. Ensino Médio: R$ 1.100
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Diferenciais/Atrativos Material digital no Ensino Médio em Ipad. Salas do Ensino Médio com projetores e appletv. Estacionamento interno para os pais. Duas quadras e um ginásio. Sala multimídia, sala interativa e sala de palestras. Aulas de judô e GR. Biblioteca. 48 - Colégio Max Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio Endereço Rua Francisco de Barros, 203, Centro – Taubaté – Tel.: (12) 34111834 – e-mail: atendimento@maxeducacional.com.br – site: www. maxeducacional.com.br Mensalidade 2016 Trabalhamos com anuidade. Política de descontos e parcelamentos personalizados. Oferecemos descontos para alunos que possuem boletim com notas azuis, e ainda, convênio com as empresas: Volkswagen, Ford, LG, Alstom, Policia Militar, Bombeiros, Prefeitura de Taubaté, Cavex, Hospital Regional, Hospital Universitário, ACIT, Via Vale Garden Shopping e Escola Pró-Ativa. Diferencial/Atrativos Número reduzido de alunos em sala de aula. Sistema de Ensino Ético (Editora Saraiva). Preparatório ENEM (Ensino Médio). Plantão de dúvidas e reforço. Coaching Educacional. Orientação de estudos. Apoio psicopedagógico. Projetos pedagógicos voltados para a formação social. Metodologia de avaliação que respeita as diferentes habilidades dos estudantes. Ambiente acolhedor e intimista. Salas de aula climatizadas. Laboratório de informática e ciências. 49 – Núcleo Educacional Mariana Ribeiro Ensino Fundamental 1 e 2 Endereço Rua General Carneiro, 585, Centro – Jacareí – Tel.:(12) 39515560 / 3951-2931 Mensalidade 2016 Não divulgada
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Diferenciais/Atrativos Projetos especiais, que permitem a ampliação do conhecimento. Compromisso com a sociedade e o meio ambiente. Eventos de caráter educacional. Formação de valores (escola por princípios). Valorização do esporte e da cultura. Ensino diferenciado de Língua Inglesa e Espanhol para o Ensino Fundamental. Utilização de recursos tecnológicos. Espaços exclusivos e especialmente planejados para o aprendizado. Sistema Didático Positivo. Lego Zoom (Robótica). Judô e balé (opcional). Cardápio elaborado por nutricionista. Período integral, semi-integral e parcial 50 – Núcleo Educacional Mariana Ribeiro Kids Ensino Infantil (De 4 meses a 5 anos ) Endereço Avenida Volta Redonda, 538, Altos de Santana 2 – Jacareí – Tel.: (12) 3952-5618 Facebook: Núcleo Educacional Mariana Ribeiro Mensalidade 2016 Não divulgada Diferenciais e Atrativos Projetos especiais, que permitem a ampliação do conhecimento. Compromisso com a sociedade e o meio ambiente. Eventos de caráter educacional. Formação de valores (escola por princípios). Valorização do esporte e da cultura. Ensino diferenciado de Língua Inglesa e Espanhol para o Ensino Fundamental. Utilização de recursos tecnológicos. Espaços exclusivos e especialmente planejados para o aprendizado 51 - Colégio Técnico Opção Ensino Médico e Técnico Endereço Praça Cândida Maria César Sawaya Giana, 64, Jardim Apolo 1 – São José dos Campos – Tel.: (12) 39227180 - site: www.colegiotecnicoopcao. com.br Mensalidade 2016 Não divulgada
Diferenciais/atributos Cursos de Ensino Médio e Técnico em Administração, Informática, Mecatrônica, Meio Ambiente, Hotelaria e Turismo. Aulas regulares e atividades complementares. Foco na formação de cidadãos completos, estimulando a discussão de problemas sociais, além de estabelecer uma proximidade entre alunos, professores e colaboradores. Plantões de dúvidas e preparações intensivas para as provas do Enem e vestibulares. Salas multimídia, de estudo e laboratório de software, eletrônica e mecânica. Turmas reduzidas. Aulas de teatro, oficina de robótica, clube de astronomia e atividades esportivas. Integração entre os alunos e a comunidade joseense por meio de ações solidárias. A anuidade pode ser parcelada em 12 vezes sem taxa de matrícula e descontos especiais por meio de concurso de bolsas e com as empresas conveniadas. Para 2016, desconto de 40% no primeiro ano para alunos que participarem do Concurso de Bolsas no dia 7 de novembro. 52 - Escola Opção Kids Educação Infantil Endereço Rua Pandiá Calógeras, 205, Jardim Esplanada – São José dos Campos – Tel.: (12)39227180/3922-0063 - site: www.escolaopcaokids.com.br Mensalidade Não divulgada Diferenciais/atributos Educação infantil baseada na teoria construtivista. Valoriza o lúdico e o brincar. Atende crianças de 2 a 5 anos em período parcial e integral. Ambientes organizados, seguros e confiáveis. Salas planejadas, brinquedos e móveis adaptados. Amplo espaço de lazer e recreação. Horta natural. Ênfase ambiental. Nutricionista especializada em cardápio infantil. Oficinas de psicomotricidade, culinária e circo, além das aulas de inglês e música. A escola conta com uma rede de parcerias diferenciadas que oferecem vantagens e descontos para seus alunos.
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