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+mulher QUARTA-FEIRA, 8DE MARÇODE 2017

ovale/gazeta de taubaté

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Conquistando espaços Mais fortes e ao mesmo tempo mais sensíveis na sociedade moderna

V.IVASH/FREEPIK


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QUARTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2017

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+ mulher

EDITOR MARCOS EDUARDO CARVALHO marcos.carvalho@ovale.com.br

GERENTE COMERCIAL TAMIRES JORGE tamires.jorge@ovale.com.br

Av. Cassiano Ricardo, 401-sala 508 B - Hyde Park Jardim Aquarius São José dos Campos - SP CEP 12246-870

PABX (12) 3878-4499 Ramal da Redação 3972 Ramal Comercial 3961

ELAS EM ALTA

Era do empoderamento feminino ONU Mulheres, criada durante assembleia, luta pela igualdade de gêneros SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O termo ‘empoderamento feminino’ está cada vez mais em uso na televisão, sites e redes sociais, cada vez mais popularizado. Mas, o que significa esse termo? Na prática, surgiu e ganhou bastante notoriedade a partir de 2010, com o lançamento da ONU Mulheres, uma entidade ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), criada após uma Assembleia Geral entre todos os estados membros da entidade, e que prega basicamente a “Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres”. Segundo a ONU Mulheres, que tem representantes no Brasil, no Distrito Federal, “empoderar as mulheres impulsiona economias mais prósperas, estimulando a produtividade e o crescimento”. Afinal de contas, hoje a mu-

lugares do mundo. Segundo a ONU Mulheres, a entidade tem enfrentado sérios desafios nos seus esforços para promover a igualdade de gênero no mundo, incluindo financiamento inadequado e nenhuma representação única reconhecida para dirigir as atividades da ONU em questões

de igualdade de gênero. Assim, agência é uma instância forte e dinâmica voltada para as mulheres e meninas, proporcionando-lhes uma voz poderosa a nível global, regional e local. Relatório. Como uma maneira

de organizar melhor o traba-

lho, a ONU Mulheres divulga um relatório anual, em inglês, espanhol e francês, onde destaca os trabalhos realizados durante o período. Destaca também algumas das iniciativas da organização durante o ano e fornece informações financeiras, uma lista de novos programas e projetos, e contatos. l

FUNÇÃO AONUMulhereséuma dasprincipaiscoordenadorasdeatividadescomemorativasaoDiaInternacionaldaMulher lher não quer apenas cuidar da casa, criar os filhos e viver em função do marido. A mulher moderna quer crescer profissionalmente e luta por ter os mesmos direitos que o homem no mercado de trabalho e no dia a dia. Auxílio. A ONU Mulheres, que

iniciou as atividades na prática em 2011, é uma das principais coordenadoras de atividades comemorativas ao Dia Internacional da Mulher. Os desafios da entidade, porém, ainda são inúmeros, já que os direitos das mulheres são desrespeitados em muitos

SAIBA MAIS Princípios do empoderamento feminino 1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível. 2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação. 3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa. 4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres. 5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing. 6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.

DIVULGAÇÃO

ONU Mulheres. A entidade surgiu em 2010 com o intuito de elevar o empoderamento feminino

LISTA

Entidade cria sete princípios SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A ONU Mulheres, entidade criada pelas Nações Unidas em 2010, criou em parceria com o grupo Pacto Global sete princípios para o empoderamento feminino (veja arte completa nesta página). De acordo com a ONU Mu-

lheres, “os sete princípios são um conjunto de considerações que ajudam a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios valores e práticas que visem à equidade de gênero e ao empoderamento de mulheres” no mundo inteiro. Entre outras coisas, os sete princípios buscam tratar todas

as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação (item 2). Os princípios também buscam aprimorar a educação, a saúde, o bem-estar e o desenvolvimento profissional das mulheres. l

7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero. Lançamento A ONU Mulheres surgiu em 2010, após Assembleia Geral, e passou a funcionar na prática em 2011; entidade busca defender e garantir os direitos iguais para as mulheres em relação aos homens em todas as partes do mundo. No Brasil, a ONU Mulheres também têm representantes, com sede em Brasília, no Distrito Federal


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EXEMPLO PRÁTICO

Islândia é ‘vanguarda’ feminina Em 1975, 90% da mulheres do país paralisaram suas atividades por um dia SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O termo ‘Empoderamento Feminino’ está ganhando popularidade de uns anos para cá no mundo todo. Porém, na remota e pacata Islândia, uma ilha no norte da Europa, esse empoderamento das mulheres já vem acontecendo na prática desde a década de 1970. O país gelado, cheio de vulcões e que basicamente vive da pesca, viveu um dia histórico em 24 de outubro de 1975, uma sexta-feira quando simplesmente 90% das mulheres do país decidiram entrar em greve. Tudo isso para reivindicar igualdade de direitos em rela-

DIVULGAÇÃO

Belo exemplo. Na pacata Islândia, as mulheres buscaram os direitos iguais aos dos homens a partir da década de 1970

ção aos homens. Até hoje, o país escandinavo é visto como um vanguardista na luta pelos direitos das mulheres no mundo inteiro e vem servindo de exemplo. O movimento no país que hoje tem um pouco mais de 300 mil habitantes ficou conhecido como “Dia de Folga das Mulheres”. Na oportunidades, elas pararam não só os trabalhos profissionais, como também os serviços domésticos e os cuidados com as crianças, que por ao menos um dia ficaram a cargo dos homens. Muitos homens, inclusive, tiveram que levar as crianças para o trabalho, já que até mes-

mo a maioria das creches ficou fechada naquela histórico dia no outono islandês. Presidente. Cinco anos de-

pois do acontecido, os islandeses também elegeram a primeira mulher presidente no continente europeu. Em 1980, Vigdis Finnbogadottir, que era mãe solteira, se tornou a primeira mulher eleita presidente democraticamente no velho continente. Desde aquela época, a realidade das mulheres naquele país nunca mais foi a mesma e, até hoje, a Islândia é considerado o “país mais feminista do mundo” e o melhor lugar para que as mulheres possa viver. l


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EMPREENDEDORA

Claudia Conde: mulher vitoriosa Empresária comanda rede de farmácias e ainda concilia atividades do lar SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O trabalho nunca foi um problema para a empresária Claudia Conde. Obstinada, desde cedo conseguiu conciliar o papel de mãe, esposa e ainda estudante de farmácia na faculdade Sagrado Coração, em Bauru. Tudo isso há cerca de 30 anos. Hoje, comanda ao lado do marido um império com mais de 170 lojas da Farma Conde por todos os lugares do Estado de São Paulo. Nascida em Avaré, no interior do Estado, ela se casou com Manoel Conde Neto há 24 anos e da união nasceu a filha, Giovana. Em 1993, o casal deixou tudo para trás, em Paraguaçu Paulista, onde viviam, e se mudaram para Ubatuba, no

Litoral Norte. Lá, a vida da família mudaria radicalmente. Para melhor. “Não conhecíamos ninguém e precisávamos trabalhar para nos manter numa cidade nova. Então, em 1993, decidimos vender nosso carro para abrirmos a primeira e pequena farmácia na Rua Professor Thomaz Galhardo, 999, no Centro de Ubatuba. Meu sonho começava ali”, disse a presidente do Instituto Conde e fundadora da Far-

ma Conde. Diferencial. Como em Ubatu-

ba naturalmente já haviam outras farmácias, o objetivo da empresária era fazer algo diferente. E deu certo. “Desde o início, o nosso objetivo não era só vender medicamentos. Nós queríamos facilitar o acesso ao tratamento de saúde, visto que na época era difícil e caro. Durante muitos anos, eu era a única funcioná-

ria da farmácia. Praticamente morei dentro da loja para não deixar o balcão sem atendimento. Os clientes sempre estavam em primeiro lugar”, diz. Força. Sempre ao lado do mari-

do, Claudia Conde conseguiu fazer com que o negócio crescesse. E acredita que a sensibilidade feminina tenha sido um diferencial. “No meu caso nunca foi um empecilho. Acredito que ambos os sexos possuem a

mesma capacidade para gerir qualquer empreendimento. No entanto, a delicadeza do olhar feminino ajuda na análise de detalhes sutis do nosso ramo de atividade, deixando as unidades mais organizadas e bonitas para o cliente”, afirmou Claudia. “No dia a dia enfrento as mesmas dificuldades de todas as mulheres, que são conciliar a casa, a família, o trabalho e ainda cuidar da beleza”. l

PERFIL Nome Claudia Conde

Idade 49 anos

Naturalidade Avaré-SP

Estado Civil Casada com o empresário Manoel Conde, há 24 anos, mãe de Giovana DIVULGAÇÃO

Formação Farmacêutica formada pela Faculdade Sagrado Coração, em Bauru

Crescimento Em 1993, abriu a primeira unidade da Farma Conde, em Ubatuba. Hoje, já são mais de 170 lojas por todo o interior do Estado de São Paulo

Projetos futuros Expandir a Farma Conde para outras regiões do país e também ampliar os projetos de assistência social

Mulher de sucesso. Cláudia Conde, idealizadora da rede Farma Conde; sonho é expandir a rede para todos os estados brasileiros

SONHO

Meta é expandir o negócio ainda mais SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Atualmente, a rede Farma Conde conta com mais de 2.500 funcionários entre todas as suas unidades. E gerenciar tudo isso não é fácil. “Durante muitos anos estive atrás do balcão, sem vida

pessoal, trabalhava de domingo a domingo. Minha filha cresceu dentro de uma farmácia. Mas a empresa cresceu e se profissionalizou. Hoje contamos com uma equipe que oferece todo suporte necessário. Eu concilio tudo com mais tranquilidade”, conta Claudia Conde,

ressaltando que o que mais gosta de fazer com a família nas horas vagas é viajar. Futuro. Hoje com 49 anos, a

empresária quer ir mais longe. “Pretendemos trabalhar com novos projetos do Instituto Conde, ajudamos o GACC e a

Casa de Repouso Vó Laura, mas queremos ampliar a rede de assistidos”, disse. “Meu sonho é expandir a Rede Farma Conde para todos os estados do Brasil e, ainda, montar o nosso laboratório farmacêutico”, afirmou a empresária Claudia Conde. l


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PRIMEIRA-DAMA

Sensibilidade e muita dedicação Vanessa Ramuth quer fazer a diferença com o trabalho social em São José SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Uma mãe presente e carinhosa, uma esposa parceira e uma mulher dedicada às causas filantrópicas, além de ser uma pessoa tranquila e reservada. Esse é um pouco do perfil de Vanessa Piovesan Ramuth, de 39 anos, primeira-dama de São José dos Campos desde o dia 1º de janeiro, quando o marido Felicio Ramuth (PSDB) assumiu o cargo após a eleição do ano passado. Vanessa conheceu Felicio em 1999 e eles se casaram três anos depois. Agora, carrega a missão de comandar o Fundo Social de Solidariedade do município e estar ao lado do marido nesta jornada por, pelo menos, mais quatro anos.

Desde que se consumou, em outubro do ano passado, a vitória nas urnas, ela sempre se manteve tranquila. “O que passou pela minha cabeça foi que estávamos à frente de uma grande conquista e com a oportunidade de fazer a diferença na vida das pessoas” disse. “Vou apoiar o meu marido e estar envolvida na gestão municipal, principalmente desenvolvendo os trabalhos no Fundo Social de Solidariedade”,

afirmou Vanessa Ramuth. Tranquilidade. Mesmo com a

mudança de rotina no dia a dia, a primeira-dama de São José se mostra madura para administrar a vida. “Conciliar filha, casa, trabalho é corrido para toda mulher e para mim não é diferente”, afirmou. Agora, seu maior objetivo é cuidar da área social de São José. “Estamos reestruturando o Fundo Social e projetan-

do novas ações que contribuam para o melhor atendimento às pessoas que mais precisam. Todas as vezes que o Fundo Social de São José foi presidido pela primeira-dama, tivemos resultados positivos para a cidade”, disse. Mulher na política. Vanessa

Ramuth descarta qualquer possibilidade de se candidatar a qualquer cargo. Mas entendo que a mulher deve ter participa-

ção na vida política de um modo geral. “A mulher deve participar não só na política, como em outras áreas de trabalho. A sensibilidade e a força feminina podem fazer a diferença na tomada de decisões importantes”, afirmou. Mas, claro, como todo ser humano ela também tem seus momentos de lazer com a família. “Adoramos assistir séries na TV, sair para caminhar e ir à praia”, disse Vanessa. l

PERFIL Nome Vanessa Piovesan Ramuth

Idade 39 anos

Naturalidade 39 anos

Casamento Casada com Felicio Ramuth desde 2002, após terem se conhecido em 1999. Da união, nasceu Isadora, a filha única do casal

Meta atual Realizar o trabalho à frente do Fundo Social de Solidariedade e ser bem reconhecida e apoiada pela sociedade

LUCAS CABRAL/PMSJC

Em família. A primeira-dama de São José dos Campos, Vanessa Ramuth, com Isadora, sua filha com o prefeito Felício Ramuth

INSPIRAÇÃO

Vanessa se espelha em Ruth Cardoso SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Política Não pretende se candidatar a nenhum cargo político

Influência Se inspira em D Ruth Cardoso, Michelle Obama, Lu Alckmin, Rosana Dalla Torre

A primeira-dama de São José dos Campos, Vanessa Piovesan Ramuth, se espelha em outras mulheres que também fizeram história na mesma função e que foram atuantes na área social. Uma delas, inclusi-

ve, bem próxima: Rosana Dalla Torre, esposa de Eduardo Cury, hoje deputado federal, prefeito de São José pelo PSDB durante oito anos, entre 2005 e 2012. Mas não é só ela. Ruth Cardoso, já falecida, e esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

(1995-2002), foi outra fonte de inspiração, assim como Lu Alckmin, esposa do atual governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Fora do país, quem também inspira Vanessa pela conduta é Michelle Obama, mulher do expresidente dos Estados Uni-

dos, Barack Obama, que comandou o país mais rico do mundo por oito anos, entre 2008 e 2016. “São mulheres que realizaram vários trabalhos como primeira-dama e que fizeram a diferença na área social”, explica Vanessa. l


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PROGRAMAÇÃO

S. Paulo está repleta de atrações DiadaMulherécomemoradocomdiversasatraçõesduranteasemananaCapital DAS AGÊNCIAS

Concerto especial da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, exposição e exibição de filme nos Museus, Bibliotecas, Oficinas Culturais e Fábricas de Cultura são algumas das atrações para a celebrar o Dia Internacional da Mulher em São Paulo (8 de março) durante esta semana. As atividades são promovidas pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e há programas para todos os públicos. A Casa Guilherme de Almeida resgatará a produção literária de poetisas no encontro “Vozes Femininas: Grandes Esquecidas”, no dia 8, às 19h. Entre as autoras estão Francisca Júlia da Silva, Auta de Souza, Gilka Machado e Narcisa Amália. Também no dia 8, às 20h, o Museu da Imagem e do Som (MIS-SP) exibirá o making of do filme Era o Hotel Cambridge, que estreia nacionalmente dia 16 de março. Dirigido por Eliane Caffé, o longa narra a trajetória de refugiados recémchegados ao Brasil, que, juntos com trabalhadores sem-teto, ocupam um antigo edifício no Centro de São Paulo. Eliana e Carla Caffé realizarão debate ao final da apresentação. Para participar, é necessário retirar os ingressos gratuitos com uma hora de antecedência na recepção do Museu. Em todos os domingos de março (5, 12, 19 e 26), às 14h, o Museu Afro Brasil fará visitas monitoradas com o tema “Negras Mulheres” na exposição de longa duração do espaço. O objetivo é revelar a importância e a contribuição histórica de mulheres pintoras, escritoras, líderes religiosas, entre outras personagens fundamentais no país. Esporte. O Museu do Futebol

oferece entrada gratuita às mulheres no dia 8, além de uma

CONSCIENTIZAÇÃO Em todos os domingos de março, o Museu Afro Brasil fará visitas monitoradas com o tema “Negras Mulheres”

programação especial ao longo do mês de março, na qual os visitantes poderão descobrir mais a respeito de personalidades femininas que representam as mulheres dentro e fora de campo.

O Museu faz ainda alguns quiz com temas como o realizado nesta última terça-feira, sob o tema “Mulheres de Ouro”, onde os visitantes serão desafiados a conhecer mais sobre as campeãs famosas e anôni-

mas; “Mulheres de Expressão” (18/03, às 14h e 15h30), que revelará as heroínas que transformaram a sociedade em diversas áreas de atuação e lutaram pelo espaço e direito no século 20. l

ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Programação. Evento do Dia das Mulheres em S. Paulo, no ano passado; cidade mais uma vez terá atrações ao público feminino

EM SÃO JOSÉ

Shoppings oferecem programação SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A comemoração do Dia Internacional da Mulher também é lembrado nos shoppings Colinas e Center Vale, em São José dos Campos, com ampla programação. No Center Vale, que fica na

região central, os eventos começam hoje a vão até o dia 15 de março. Sob o tema ‘Agora que são elas’, terá várias atrações como tarô, reiki, massagem facial, meditação e até palestras sobre o assunto. Os eventos acontecem sem-

pre a partir das 15h, com finalização às 20h. Colinas. Sob o conceito ‘Por

trás de toda mulher existe uma grande mulher, revele-se’, o Colinas começou a comemorar a Semana da Mulher no último dia 6 de março, em uma progra-

mação que inclui palestras e um estúdio fotográfico, ambos gratuitos ao público. O evento acontece até o dia 10 de março, sempre das 13h às 19h. O estúdio de fotos fica na loja ao lado da Arezzo, no piso superior do centro de compras da região Oeste. l


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PERSONALIDADE

Vicentina Aranha fez a diferença Mulher de família tradicional paulistana dá nome a parque em São José SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O Parque Vicentina Aranha, no centro de São José dos Campos, é conhecido da grande maioria das pessoas na cidade. E também já foi um importante sanatório para o tratamento de tuberculosos quando o município foi referência no tratamento da doença até a década de 50 do século passado. Porém, poucas pessoas sabem quem deu origem ao parque, que hoje é local de caminhadas e diversas atividades culturais em um das regiões mais nobres de São José. Vicentina Queiróz Aranha, que era casada com o senador

Olavo Egídio, tinha um sonho, ainda no início do século 20: construir um sanatório onde as pessoas mais pobres tivessem condições de se tratarem de uma doença que, na época, ainda era fatal. Esforço. Com o apoio do mari-

ARQUIVO/PMSJC

Mulher de luta. Na foto maior, o Parque Vicentina Aranha (detalhe), em S. José, que leva o nome da mentora do sanatório

do e do governo do Estado à época, que conseguiu o terreno na região central de São José, e em 1918 a construção do prédio se iniciou. Vicentina, que morreu dois anos antes, em 1916, ainda foi homenageada levando o nome do sanatório, tendo seu sonho levado adiante pelo político, que concretizou o espaço. Durante décadas, o hospital

inaugurado em 1924 foi referência no país inteiro. Hoje, embora seja um local voltado para atividades culturais, é considerado um importante patrimônio arquitetônico para a cidade. Em uma área com mais de 400 mil metros quadrados, ricos e pobres usufruíam da estrutura. Na época, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo não tinha mais estrutura para receber tantos doentes. Assim, o Vicentina Aranha, em São José, passou a receber os tuberculosos. Naquela época, a cidade tinha características ideais para cuidar de pessoas com problemas pulmonares. l


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HISTÓRIA

Data é oficializada nos anos 1970 Luta pelos direitos das mulheres ganhou força no início do século passado

FOTOS: ARQUIVO

História. Na sequência de fotos, manifestações e encontros de mulheres em diversos movimentos no início do século 20, tanto nos Estados Unidos quanto na Rússia; a dada de 8 de março foi oficializada mundialmente pela ONU após uma convenção realizada na década de 1970; ao longo dos anos, a mulher ganhou muito espaço SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O Dia Internacional da Mulher é tradicionalmente comemorado em 8 de março. Muita gente, porém, não conhece exatamente o porque da comemoração justamente nesta data específica. Desde a década de 1970, uma convenção internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) definiu a data comemorativa. Aos poucos, as mulheres vão ganhando espaço e igualdade em relação aos homens na sociedade moderna. Hoje, os direitos conquista-

1.977 foi o ano em que a ONU criou o Dia Internacional da Mulher HISTÓRICO Odia8demarçofoiescolhidonãoporacaso.Em 1857,nessadata,foirealizadanosEUAaprimeiragrevedemulheres

dos por eles já são bem maiores do que em outros tempos. Mas o embrião já vem desde o século 19, quando mulheres começaram a lutar, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, por melhores condições de trabalho. Naquela época, chegavam a trabalhar até 15 horas por dia. O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. Na Rússia do início do século 20, ainda no período dos

czares e antes do período sob o regime comunista, as mulheres também já se manifestaram pelos seus direitos. Nos EUA. O dia 8 de março foi

escolhido não por acaso. Em 1857, nessa data, foi realizada nos Estados Unidos a primeira greve de mulheres, em uma fábrica de tecidos na cidade de Nova York. As tecelãs reivindicavam tratamento digno (sofriam violência sexual e física), redução da carga horária diária para 10 horas (a carga horária era de 16 horas) e salários iguais aos dos homens que exerciam o mesmo cargo (ga-

nhavam um terço do salário dos homens). Naquela época, também surgiu uma versão, nunca comprovada, de que 130 mulheres teria morrido queimadas dentro de uma fábrica nos Estados Unidos, acuadas por policias, após um forte protesto contra as más condições de trabalho. Data fixa. Nos anos 1960, po-

rém, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas. l


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ESPORTE

Joseense guerreira e olímpica Atleta dedicada, Julia Vasconcelos mostra seu lado familiar e sensível SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Parar essa menina não é fácil. Desde os 6 anos de idade, por influência do pai, que também lutava, Julia Vasconcelos já gostava do taekwondo. E o que no começo era uma diversão, virou profissão. E com muito sucesso. Nascida e criada em São José dos Campos, ela conseguiu no ano passado o que muitos atletas sonham: disputar uma Olimpíada. E, o que é mais legal: dentro de seu país. A medalha não veio, mas a experiência adquirida ela vai carregar para o resto da vida. “Os Jogos Olímpicos foram uma competição que me trouxe muito aprendizado, experiência e maturidade. Foi uma vivência incrível

onde pude ver detalhadamente como funciona uma preparação olímpica. Hoje, tento passar essa experiência aos atletas mais novos”, disse a atleta de 24 anos, que repetiu o feito de outra mulher joseense, a nadadora Fabíola Molina, esta com três participações olímpicas na história. Sem problemas. Embora as artes marciais sejam modalidades geralmente dominadas pe-

los homens, Julia garante que nunca teve problemas e que raríssimas vezes na vida sofreu algum tipo de preconceito por ser mulher. “Foram pouquíssimas vezes, chega a até ser irrelevante. Acho que a sociedade brasileira aceita bem o fato da mulher praticar artes marciais. Inclusive, no taekwondo brasileiro, a atleta de maior expressão que tem mais títulos no esporte é a Natália Falavigna”, disse a atle-

ta de São José. Ela, inclusive, dá dicas para as meninas que querem seguir a carreira. “Diria que acima de tudo elas têm que procurar desenvolver e abusar da sagacidade. Dificilmente uma menina ou mulher que não é sagaz, esperta, ágil e observadora chega em algum lugar”, disse. Vaidade. Mas, além de atleta,

Julia Vasconcelos também é mulher. E vaidosa. Fora do ta-

tame, gosta de se cuidar. Mas sem exageros. “Eu me considero um pouco vaidosa sim, mas nada exagerado. Gosto mais das minhas tatuagens, ao todo já tenho mais de 30. E ainda não pretendo parar por aqui (risos)”, explica a joseense, que gosta de descansar nas horas livres. “Uso o tempo livre para descansar. E claro, quando não estou de dieta, gosto muito de comer”, afirmou. l

PERFIL Nome Julia Vasconcelos

Idade 24 anos

Naturalidade São José dos Campos

Esporte Taekwondo, com participação no Rio-2016

Vaidade

ARQUIVO

Cultua cerca de 30 tatuagens pelo corpo e espera fazer ainda mais

Menina guerreira. A joseense Julia Vasconcelos, que no ano passado representou a cidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Sensibilidade

Atleta gosta de animais e de música

Gosta de animais e tem dois gatos em casa; também gosta de tocar violão

DIVERSÃO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Personalidade Nunca sofreu muito preconceito no esporte por ser mulher e ressalta que o principal nome do taekwondô brasileiro também é mulher, Natalia Falavigna

Se dentro do tatame Julia Vasconcelos é dura e impõe respeito sobre as adversárias, fora dos treinos e lutas ela é bem mais tranquila. E com muita sensibilidade. A atleta da equipe de

taekwondô de São José dos Campos tem dois gatos de estimação, seus grandes companheiros em casa. “Eu tenho a Tuf Tuf que é uma persa branca, e o Tufão que é um Maine Coon gigante. Eles são simplesmente os amores da minha vida. Pra mim, ter

eles comigo é mais do que uma terapia. Às vezes chego cansada dos treinos, e fico conversando com eles como se fossem pessoas. É um amor infinito. Encho eles de carinho o tempo todo”, disse. E Julia também está tomando gosto pela música. “Gosto

muito das minhas aulas de violão, sou iniciante ainda, mas estou gostando muito” Competições. Após um 2016

alucinante por conta das Olimpíadas, Julia vai buscar em 2017 a vaga no Mundial da Coreia do Sul. l


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SAÚDE FEMININA

Higiene íntima ainda é um tabu Segundo o Ibope, 50% das mulheres não gostam de falar sobre o assunto SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Independentemente da idade, falar sobre assuntos que envolvem a região íntima ainda causa desconforto em grande parte das mulheres. Segundo pesquisa realizada sobre hábitos e percepções da mulher sobre a higiene íntima, encomendada por Carefree ao Ibope Inteligência, no ano passado, 50% das mulheres entrevistadas concordam que falar sobre corrimento e umidade ainda é tabu para a maioria das pessoas. Esse comportamento pode ser explicado pela falta de naturalidade com que as mulheres lidam com temas relacionados à saúde íntima. Apesar disso, 75% das entrevistadas concor-

daram que o cuidado com a área íntima também faz parte de estar bem consigo mesma. “As mulheres ainda não conversam entre si sobre corrimento e umidade na região íntima. É comum elas trocarem dicas sobre produtos de beleza, por exemplo, mas raramente conversam sobre o tipo de protetor íntimo que preferem. Além disso, algumas acreditam que assumirem que têm corrimento e odor pode signifi-

car falta de higiene”, explica a médica ginecologista, obstetra e também sexóloga, Carolina Ambrogini. Organismo. O que a muitas

mulheres não sabem é que o corrimento e a umidade são reações naturais do organismo que surgem após a primeira menstruação e, ocorrendo de maneira controlada, é importante para a sua saúde. Por isso, conhecer seu cor-

po e conversar sobre esses temas de forma mais natural é importante para seu bem-estar e confiança. “Conversar com outras pessoas sobre o assunto, ajuda a mulher a entender que a vergonha e o desconforto são questões culturais. As mães costumam conversar com as filhas sobre diversos assuntos, mas não sobre a saúde íntima. Além disso, são educadas não podendo tocar e conhecer seu pró-

prio corpo, o que causa mistérios e desconhecimento sobre o assunto”, afirma a antropóloga, Miriam Goldenberg. Apoio. O consultório médico

pode ajudar na mudança desse hábito. Desta forma, é importante que, desde adolescentes, as meninas criem o costume de conversar com seus ginecologistas para esclarecerem dúvidas e conhecerem seu próprio corpo. l

SAIBA MAIS Pesquisa Segundo levantamento feito pelo Ibope, 50% das mulheres brasileiras não se sentem à vontade para falar sobre higiene íntima

Números Porém, segundo a pesquisa, 75% das entrevistadas entende que o cuidado com a área íntima também faz parte de estar bem consigo mesma

Natural O corrimento e a umidade são reações naturais do organismo que surgem após a primeira menstruação da mulher

Prevenção é importante que, desde adolescentes, as meninas criem o costume de conversar com seus ginecologistas

História Primeiro protetor diário chegou ao Brasil em 1978

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Importância. A higiene íntima feminina deve ser levada a sério; 50% das mulheres ainda sentem desconforto ao falar do assunto

HISTÓRICO

Protetor chegou ao Brasil há 39 anos SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Em uma época em que a higiene íntima feminina era um tabu ainda maior do que hoje, o primeiro protetor diário de calcinha para mulheres chegou ao Brasil em 1978. Fabricado pela Carefree, do

grupo Johnson & Johnson, foi criado em 1966 no Estados Unidos e somente 12 anos depois chegou ao mercado brasileiro. Desde então, segundo a Johnson, o produto passou a ser bem assimilado pelas mulheres que possuem uma rotina cheia de atividades e que dese-

jam manter-se frescas e confiantes o dia todo, todos os dias, nos períodos em que estão menstruadas. O produto. O Carefree Todo-

Dia possui uma camada respirável que absorve a transpiração diária e neutrali-

za possíveis odores da área íntima sem abafar, podendo ser usado todos os dias. Já o Carefree Proteção tem uma película protetora que retém pequenos escapes e fluxos leves, considerada ideal para ser usado no comecinho e finalzinho da menstruação. l


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SAÚDE

Hospital da Mulher faz um ano Ambulatório anexo ao Hospital Municipal tem atendimentos diversos SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Localização

Características

fetal e ultra-sonografia ginecológica e mamária, além também da mamografia e da biópsia mamária.

Rua Saigiro Nakamura, 540, na Vila Industrial

Realiza atendimentos ambulatoriais à mulher

Violência. O Hospital da Mu-

Funcionamento

Balanço do primeiro ano

De segundo a sexta-feira, das 8h às 17h

Até agora, 59 pacientes foram diagnosticados com câncer de mama; 21 já passaram por acompanhamento após sofrerem abuso sexual

RAIO X DO HOSPITAL DA MULHER Quando o assunto é saúde, o público feminino em São José dos Campos desde o ano passado conta com o Hospital da Mulher, que na prática é um ambulatório exclusivo anexo ao Hospital Municipal, na Vila Industrial. Na última segunda-feira, o espaço, que recebeu o nome de Therezinha Veneziani Silva, completou exatamente um ano de funcionamento. O espaço, dedicado exclusivamente ao público feminino, tem como principal objetivo dar um atendimento mais humanizado à mulher. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde da cidade, são realizados cerca de 1.500 atendimentos médicos por mês no local, 600 consultas de enfermagem e ainda outras 40 consultas de psicologia. Variedade. No Hospital da Mulher, diversos tipos de atendimentos são realizados diariamente. Na área de ginecologia, as pacientes podem fazer diagnóstico de câncer de mama, diagnóstico de câncer de colo de útero e contracepção em pacientes especiais. Segundo a Secretaria, até agora 59 casos de câncer de mama foram diagnosticados desde a criação do espaço. Uma ala do ambulatório, destinada exclusivamente para o atendimento das gestantes de alto risco, está equipada com aparelhos de ultrassonografia convencional, ultrassonografia morfológica (que permite visualizar o bebê), avaliação da translucência nucal, cardiotocografia (que mede os batimentos cardíacos do feto), além de acompanhamento psicológico e nutricional. Entre os exames disponíveis, estão a ultra-sonografia fetal: obstétrica, morfológica e avaliação vitalidade; cardiotocografia: avaliação vitalidade

Fundação 7 de março do ano passado

lher também atende àquelas que sofrem com a violência. Para essas mulheres, segundo a Prefeitura, o primeiro atendimento é sempre feito no pronto socorro ou UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde elas são atendidas por um gine-

cologista que realiza os exames iniciais e as encaminha. O trabalho do Ambulatório da Mulher é acompanhar essas pacientes com atendimento psicológico, administração dos medicamentos de longo prazo, assistência social e todo o conforto que elas necessitam nesse momento delicado. Até hoje, 21 pacientes que sofreram abuso sexual foram ou são acompanhadas pelo Hospital da Mulher. l

BETO FREITAS / PMSJC

Saúde feminina. Paciente é atendida no ambulatório do Hospital da Mulher, em São José dos Campos, inaugurado no ano passado

PROJETO

Secretário quer ampliar atendimento SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Inaugurado há um ano, o Hospital da Mulher, embora leve esse nome, ainda é apenas um ambulatório, onde são feitos exames de rotina. Porém, segundo o atual secretário de Saúde de São José dos Cam-

pos, Oswaldo Kenzo Huruta, a expectativa é ampliar o atendimento, que hoje é feito na Vila Industrial, também para o Hospital Antoninho Rocha Marmo, na região central. “A unidade tem característica de ambulatório. A Prefeitura pretende reforçar o atendi-

mento ambulatorial do local”, afirmou Huruta. Apoio. Segundo ele, uma par-

ceria vem sendo tratada para que o projeto seja concretizado em pouco tempo. “Estamos em entendimento com o Instituto das Pequenas

Missionárias para ampliar o atendimento da saúde da mulher no Hospital Antoninho da Rocha Marmo, para que ele se torne, de fato, o Hospital da Mulher de São José dos Campos”, disse o secretário de Saúde, através da assessoria de imprensa da Prefeitura. l


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QUARTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2017

ovale/gazeta de taubaté


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