Comunicare diário 02.12.2015 (quarta)

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Lojas estendem horário para natal

Até o dia 23 de dezembro lojas podem ficar abertas até mais tarde. Página 03

Campanha polêmica

Projeto incentiva basquete

Prefeitura lança campanha de consBom desempenho escolar é necessário cientização, mas não é tão bem aceita. para a participação. Página 06 Página 07

Curitiba, 02 de Dezembro de 2015 - Ano 18 - Número 272 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Transporte coletivo em xeque Quebra de braço entre Prefeitura e empresas de transporte coletivo prejudica a população

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Curitiba, 02 de Dezembro de 2015

Economia

Horário expandido para o natal Lojas estarão abertas por mais tempo em dezembro, uma das preocupações do lojistas é a crise financeira

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Yuri Braule

Segundo o Sindicato de Lojistas de Curitiba e Região Metropolitana (Sindilojas), no período entre os dias 1 e

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om as compras de natal, o movimento aumenta nas lojas da cidade, e para atender a demanda do público os horários no comércio da cidade serão expandidos no mês de dezembro.

e Turismo (CNC) prevê uma queda de 4,8% nas vendas de natal em relação ao ano passado. Glacy Mildenger está entre os que vão comprar menos nesse natal. Contratada nesta semana, ela estava desempregada desde fevereiro, e acredita que a má fase financeira do país contribuiu para isso. “A crise

“As empresas vendendo

menos consequentemente comprarão menos da indústrias” 23 deste mês, os comerciantes tem autorização para operarem das 9h às 22h de segunda a sexta, das 9h às 21h aos sábados e das 10 às 19h no domingo. Já no dia 24 de dezembro, véspera de natal, os estabelecimentos ficam abertos das 9h às 18h. Já alguns shoppings funcionarão em horário estendido, caso do Shopping Palladium, que funcionará das 9h às 24 entre os dias 19 e 23. “Além de garantir os presentes de última hora, é possível também aproveitar as atrações natalinas”, conta Maria Aparecida de Oliveira, gerente de marketing do Shopping Palladium. O grande entrave para o comércio em dezembro ainda será a crise financeira que assola o país e que consequentemente, afetará as compras para o natal e o ano novo. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços

afetou bastante o meu bolso, não está fácil de comprar as coisas porque está muito caro”, lamenta. Segundo o economista Carlos Magno, a inflação elevada, o desemprego, os juros elevados e a diminuição de renda contribuirão para esse cenário. “As empresas vendendo menos consequentemente comprarão menos da indústria e então entramos num círculo vicioso que afeta toda a cadeia produtiva, reduzindo o faturamento das empresas”. Gerente de uma filial do grupo O Boticário, que não quis se identificar, explica que apesar da crise, eles ainda esperam um bom fim de ano na loja. “Esse mês de novembro surpreendeu porque foi excelente, graças a black week, e a expectativa é melhor. A gente sabe que tem crise, mas se você for olhar para a crise, você nem sai de casa”.

Expediente Edição 272- 2015 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Maria Vitória Lima 4º período

COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)

SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO Ana Lucy Fantin 2º período

Angélica Klisievicz Lubas 3º período

EDITORES Andréa Ross 4º período

Kevin Cruz 2º período

REVISORES Andréa Ross 4º período

Angélica Klisievicz Lubas 3º período

PAUTEIROS

Caroline Deina 2º perído

Caroline Paulart 5º período

Gilberto Stori Júnior 5º período

Hanna Siriaki 2º período

Matheus Bossoni 2º perído

Renata Martins 3º período

Sophia Cabral 2º perído


Curitiba, 02 de Dezembro de 2015

UFPR oferece oportunidade para refugiados Eles podem dar continuidade à seus estudos interrompidos Vitória Gabardo 2º período

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efugiados ou portadores de visto humanitário que foram admitidos no Brasil e que já estudavam em seu país de origem podem retomar seus estudos a partir de 2016 na Universidade Federal do Paraná (UFPR). No Brasil, vivem atualmente em torno de 8.530 refugiados, dentre os quais 2.097 são sírios, segundo dados do Ministério da Justiça. O país é o que mais recebe refugiados sírios da América Latina, já que facilita a entrada do grupo, de acordo com relatos do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Sem um programa específico que ofereça ajuda financeira aos refugiados, o governo brasileiro engloba cada vez mais estrangeiros no programa Bolsa Família desde 2013, e cerca de 400 imigrantes sírios recebem o benefício atualmente, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ainda referente aos dados

do Ministério, o valor médio do programa é de R$ 170,00 mensais por família. Este programa da UFPR pode servir como esperança para aqueles refugiados que cursavam uma graduação em seu país de origem e que foram obrigados a deixar tudo para trás, tal como Lusia Luxsa, 25 anos, que saiu da Síria e se refugiou no Brasil. Ela estudava arquitetura na universidade de Aleppo, no norte do país, e estava no terceiro ano de curso. “Eu fiz três anos de arquitetura na Síria, mas não consegui terminar meu curso porque começou a guerra e fiquei em casa quase dois anos”, comenta. Quando chegou ao Brasil, Lusia, seu marido e mais 13 pessoas da família dele encontraram abrigo em São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba. A oportunidade de voltar a estudar apareceu ao tentar o vestibular da UFPR. Lusia decidiu falar com o coordenador do curso de

arquitetura, Paulo Chiesa, que após entender sua situação disse que seria possível com poucos documentos, ingressar na universidade. Em relação ao programa que entrará em vigor em 2016, Lusia acredita ser uma boa oportunidade. “As pessoas querem estudar, mas não podem por causa da guerra. Se outros países ajudarem, elas podem continuar com a vida delas e estudar.” Entretanto, devido aos documentos que serão exigidos no ato da inscrição, Lusia acha que possa ser um empecilho, pois como no caso dela e de sua família, os refugiados são obrigados a fugir do país deixando quase todos os pertences para trás, além de existir a barreira da língua. A aluna do curso de História da UFPR, Gabriela Costamanha, acredita que a vinda dos refugiados possa ser um grande choque cultural, uma vez que a maioria deles não têm conhecimento algum da Carolina Piazzaroli

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Cidades

língua portuguesa. Contudo, Gabriela acredita que o programa é muito importante, e considera uma atitude sensata da universidade. “A situação que fez essas pessoas deixarem seus países de origem foi extremamente alarmante, e nada mais justo do que dar uma chance para os refugiados continuarem suas vidas, mesmo tão distantes de casa”. A vestibulanda Agatha Grzybowski Vriesman afirma que a iniciativa da UFPR agregará muitos valores, levando em consideração que a universidade é cheia de diferenças, tanto sociais como econômicas. “Conhecer alguém de outro país traz uma visão de mundo e pensamento que pode enriquecer muitos alunos”, afirma. Em contrapartida, Agatha diz que para o ingresso desses refugiados na UFPR é preciso também que aumente o número de vagas disponíveis em cada curso. “Sei que para muitos cursos são abertas pouquíssimas vagas”, finaliza. O coordenador do projeto e professor do curso do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR, José Antônio Peres Gediel, diz que o programa se enquadra na Cátedra Sérgio Vieira de Mello, implantada em 2013 após termo de cooperação firmado entre a UFPR e ao alto comissariado das Nações Unidas para refugiados.Gediel lembra que, além disso, programas de apoio funcionam desde 2013, como cursos de português e informática, além de apoio jurídico e psicológico aos refugiados.

Refugiada síria conta trajetória que a trouxe até o Brasil


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Cidades

Má administração de repasses causa paralização parcial Mesmo com os repasses feitos pela URBS, empresas de ônibus possuem dificuldades para pagar 13º salário dos funcionários Maria Victória Lima 4º período

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ntem pela manhã ocorreu uma paralização parcial de algumas linhas das empresas de ônibus São José Filial, Tamandaré Matriz, Tamandaré Filial, Campo Largo, Cidade Sorriso e Araucária Matriz em Curitiba. A paralisação parcial se deu por conta da ameaça do não pagamento da primeira parcela do 13º salário por parte das empresas. Tanto a URBS quanto a Setransp afirmam que os repasses estão em dia. “A responsabilidade de pagar os funcionários é das empresas. Nós fizemos a nossa parte e adiantamos os repasses”, explica a assessoria da URBS. A assessoria da Setransp declarou que não há nada atrasado, porém o repasse feito pela URBS não é suficiente para pagar todas as despesas, por isso estão pedindo um aumento da tarifa técnica. “Para equilibrar a relação entre gastos e lucro, temos três soluções: aumentar a tarifa técnica, colocar subsídios ou adequar a folha de pagamen-

to. Para que não haja demissões precisamos ganhar um valor suficiente para pagar os salários”.

e as empresas prejudica os trabalhadores e a população. “Se não houver os pagamentos de vales e salários nos dias

“A tarifa não precisa subir, afinal a prefeitura avisou que o dinheiro está indo para as empresas corretamente. Isso

“Isso não é reflexo da falta de verba, mas sim do caminho tortuoso que ela faz” A URBS, por outro lado, conta que repassou o adiantamento para evitar a greve, e que, junto com a Setransp, está resolvendo o problema no Ministério Público do Trabalho. Os motoristas e cobradores que trabalharam ontem de manhã afirmaram que parariam às dez da manhã, em apoio aos 15% dos funcionários que não receberam o bônus, caso a situação não fosse resolvida. O Sindimoc declarou que esse impasse entre a URBS

definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderão haver greves sim”. Além disso, a ameaça de demissões em massa por causa da falta de verba foi vista como total falta de respeito com os trabalhadores e com os acordos firmados na CLT. De acordo com a assessoria do Sindimoc, o problema só será solucionado quando as empresas começarem a repassar o dinheiro de forma correta aos funcionários. Maria Victória Lima

Suspensão de algumas linhas deixam passageiros esperando mais que o normal

não é reflexo da falta de verba, mas sim do caminho tortuoso que ela faz”, declararam. Com relação ao transporte coletivo metropolitano, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) esclarece que o governo do Estado está em dia com o pagamento do subsídio mensal a rede integrada de transporte metropolitano. Para os moradores da região metropolitana que utilizam o transporte coletivo, suas rnão alteraram sua rotina na hora de vir à Curitiba. Muitos deles adaptaram as rotas, mas não deixaram de vir de ônibus. A desconfiança que existia sobre a falta de verbas decorrente da diminuição de passageiros das cidades vizinhas, não é mais coerente. “Quem ia de bicicleta continua indo de bicicleta, quem ia de carona continua indo de carona. As pessoas não mudaram o jeito de viajar, apenas adaptaram as rotas para não sofrer com a integração”, declara Gilmar Montargil, morador de Pinhais.


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Curitiba tem média de 24 veículos roubados por dia Pelo quinto ano consecutivo o bairro Água Verde é o local onde ocorrem mais assaltos e roubos a carros, seguido pelo Bigorrilho e Mercês

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Angélica Klisievicz Lubas

As vias mais afetadas no Água Verde são as avenidas Iguaçu e Presidente Getúlio Vargas. A pesquisa também apontou como área de risco as ruas Desembargador Westphalen, Chile, assim como a Avenida República Argentina.

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onforme dados da Secretária de Estado da Segurança Pública (SESP), em 2014 foram roubados ou furtados em média 24 veículos por dia em Curitiba. O Água Verde é o bairro com mais incidência de assaltos, seguido pelo Bigorrilho e Mercês.

O delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DRFV), Cassiano Lourenço Aufieiro, alega que o principal motivo do Água Verde ser tão visado pelos criminosos é o fato do bairro ser antigo. “Os prédios lá construídos possuem, em

média, uma vaga na garagem, e hoje em dia as famílias possuem entre dois a três car-

sensação de passar por uma situação dessa é de grande impotência. ”Não dá para

Polícia

Assaltado no Alto da XV, o estudante Henrique Diercksen também perdeu seu carro

“Não dá para fazer nada. Eu fiz

B.O. e acionei o seguro, mas no final temos que simplesmente aceitar” ros, fazendo com que alguns automóveis necessitem passar a noite estacionados na rua, um alvo fácil para os marginais”. Aufieiro afirma que a polícia se esforça para fazer o policiamento de acordo com as localidades mais afetadas. O empresário Márcio Oricolli teve seu carro furtado no dia 12 de novembro, no bairro Água Verde, e afirma que a

População sente-se insegura com a falta de policiais na rua

fazer nada. Eu fiz o B.O. (boletim de ocorrência) e acionei o seguro, mas no final temos que simplesmente aceitar”. Oricolli ainda relata que sente falta do policiamento nas ruas. “O sentimento de insegurança é muito grande, então realmente acredito que precisamos de mais policiais nas ruas”, finaliza. Angélica Klisievicz Lubas

e acredita que muitas vezes o policiamento pode não ser da maneira que a população espera. “No dia em que fui assaltado, cerca de 20 minutos depois que cheguei ao meu carro uma viatura passou na rua”, completa. Após o assalto, ele afirmou que os policias não procurarem se informar sobre o caso, apenas deram instruções para ele realizar um boletim de ocorrência. “Abordei os policiais para conversar a respeito e me informar do procedimento que eu deveria tomar e a única ação que me instruíram a fazer era ir para casa e abrir um B.O (boletim de ocorrência online), não foram feitas buscas ou perguntas a respeito do que havia me ocorrido”, finalizou o estudante. Segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), no total 8.881 veículos foram roubados na cidade em 2013, com uma média de 24 por dia. Com menos da metade dos carros recuperados, Curitiba encontra-se entre as 10 capitais piores com índice de recuperação de automóveis no país.


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Política

Campanha crítica sofre reviravolta Por meio de outdoor polêmico e página em rede social, Prefeitura de Curitiba realiza conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência Caroline Deina 2º período

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ma onda de críticas atingiu o Facebook, a partir do dia 29 de novembro, após a exposição de alguns outdoors por Curitiba e a criação da página do “Movimento pela Reforma de Direitos”. Desde o início, a principal declaração desse grupo pedia apoio pelo fim dos privilégios para deficientes, citando pedidos para a redução das vagas exclusivas, fim das cotas em empresas, redução das filas exclusivas, fim da isenção de impostos, fim das cotas em concursos e fim da gratuidade direcionada a pessoas com deficiência no nosso país. Na verdade, essa ação nãopassava de uma campanha pensada e desenvolvida pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. A presidente desta equipe, Mirella Prosdocimo, que também atua no cargo de Secretária Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Prefeitura Municipal de Curitiba, declarou estar aliviada com o choque da população diante das propostas. “ O desrespeito que impactou as pessoas na internet ocorre muito na vida real. Nós colocamos essa campanha no ar e conseguimos chamar a atenção de milhões de pessoas, pois somos muitos e não temos privilégios, temos direitos”. Reforçando ainda mais o que foi esclarecido pela secretária, o coordenador da Assessoria de Direitos Humanos da Prefeitura, Igo Martini, confirmou que “essa não é uma estratégia de publicidade apenas, é uma estratégia de vida, para mantermos o direi-

to conquistado de milhares de pessoas, para que a gente combata o preconceito e a discriminação que todos os dias as pessoas com deficiência sofrem”. O professor Daniel Abeche, do curso de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) relatou que, em um primeiro momento, acreditou que o movimento era real, mas apesar dessa percepção inicial ele começou a cogitar a possibilidade de ser uma campanha, principalmente por ser veiculada em um outdoor. “Achei o conteúdo de extremo mal gosto, ausente de qualquer empatia e fiquei horrorizado. Você gera muita revolta, inclusive nos deficientes, que ficaram perplexos, e reverter isso fica muito difícil. Acho que ele conseguiu o que queria, só não sei dizer se foi efetivamente positivo ou negativo”. Mãe de um menino de cinco anos com autismo, a do lar Fernanda Sens ficou indignada com a proposta publicitária. “A primeira ideia foi querer pôr à baixo todos os outdoors e lutar contra isso. Até agora eu não concordo com essa atitude que tiveram de incitar o ódio, que para mim foi isso que acabaram fazendo nessa campanha”. Assim como Fernanda, o estudante de psicologia Ramon Ferreira declarou que “não é necessário reproduzir discurso de ódio para as pessoas entenderem. Esse tipo de coisa ofende e não precisa ofender para passar mensagem alguma”.

Isso não é tudo privilégio, é direito Conheça a segunda fase do “Movimento Pela Reforma dos Direitos” SOMOS MUITOS! Somos pessoas com deficiência auditiva, visual, intelec-

considera incapazes e sem elas dificilmente seríamos contratados.

tual, deficiências múltiplas, surdez, transtorno do espectro autista e deficiências físicas. É preciso reconhecer e respeitar a nossa diversidade.

TEMOS DIREITO A ISENÇÕES E DESCONTOS porque temos despesas extras que elevam muito o nosso custo de vida.

Temos alguns direitos diferentes porque temos necessidades diferentes. Eles foram conquistados para igualar as oportunidades e reduzir as desvantagens. Por exemplo:

TEMOS DIREITO A FILAS E ASSENTOS PREFERENCIAIS porque é uma questão de respeito, segurança e conforto para quem enfrenta mais dificuldades todos os dias.

TEMOS DIREITO A VAGA EXCLUSIVA DE ESTACIONAMENTO porque temos dificuldade de locomoção, e também para evitar riscos de acidentes que possamos causar ou sofrer.

TEMOS DIREITO A COTAS EM CONCURSOS PÚBLICOS porque, além dos desafios que enfrentamos para conseguir empregos, temos dificuldades também para estudar e disputar as vagas

TEMOS DIREITO A LEI DE COTAS PARA O TRABALHO, pois a sociedade ainda nos

em condições iguais.


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Esporte

O futuro do basquetebol Criado em 2009, Centro de Excelência em Fazenda Rio Grande revela novas promessas para o esporte Ivo Tragueto Neto Mateus Bossoni Kevin Cruz 2º período

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Centro de Excelência de Basquetebol de Fazenda Rio Grande é responsável pela inclusão do esporte nos bairros e nas escolas da cidade. Atualmente, cerca de 300 jovens participam do Centro de Excelência. Inicialmente com foco totalmente para o social, o projeto começou a selecionar os atletas que se destacavam para a formação de equipes de rendimento, que representam a cidade nas competições organizadas pelo governo do Paraná. O Centro de Excelência de Basquete surgiu em 2009, quando o município foi um dos escolhidos pela Federação Paranaense de Basketball (FPRB) para receber o projeto devido à carência de políticas de esporte na época. O projeto tem como madrinha a ex-jogadora e campeã mundial Hortência, presidente de honra da FPRB. Para participar do time é necessário que os jovens tenham um bom desempenho escolar. Stela Poças, coordenadora do projeto, diz que o segredo para revelar as promessas do esporte está no empenho da comissão técnica, dos colaboradores e principalmente dos pais. “Se os pais não apoiassem nosso trabalho, o desempenho dos alunos não mudaria, pois, a família é base de tudo”. O Centro de Excelência de Basquete conta com 20 atletas convocados para a Seleção Paranaense de Basquete, como Amanda Sene, que frequenta o projeto desde 2013. A paixão pelo esporte é tanta, que ela já o considera como uma

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“segunda família”. “Eu decidi praticar basquete por causa do meu tamanho, que é 1,75m, minha preferência era o vôlei, mas como não tinha vagas, acabei vindo para o basquete”.

para atletas, o Dom Bosco, que dá bolsas de estudo, e até a academia Sculptor, que cede o espaço para os treinos e são fundamentais para o Centro de Excelência”.

O diretor da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Fazenda Rio Grande, Paulo Eduardo Santos, conta que a formação dos cidadãos está no histórico dos esportes. “Qualquer evento esportivo tem um caráter social: a criança estuda um período e no outro ela tem o direito à política pública de esporte”.

Maria Vitória participa do projeto desde 2012. Para ela, a conciliação entre o estudo e o basquete ajuda bastante na sua disciplina. Maria já tem planos para o seu futuro no esporte. “Quero pegar uma

A parceria com o colégio Dom Bosco começou com a dificuldade de acesso para os campeonatos em nível escolar devido às atletas estudarem em escolas diferentes. Sendo assim, a coordenação do

seleção paranaense primeiro e depois a brasileira, e posteriormente, uma seleção ‘planeta Terra’”.

Amanda Farias recebeu o convite para ingressar no Centro em 2012 e acabou se apaixonando pelo basquete. Toda a importância do esporte, para ela, serve como oportunidade para tudo. A principal meta de Amanda é ingressar no basquete profissional.

projeto apresentou a ideia para o Dom Bosco que iniciou a sociedade com o Centro no ano de 2013. Hoje, 30 atletas do basquete são bolsistas do Dom Bosco e dessa forma, o município conseguiu fortalecer o esporte em nível escolar. Atualmente, a equipe juvenil-feminino foi campeã na fase macrorregional e representou o Paraná na fase nacional das Olimpíadas Escolares de 2015, realizadas em Fortaleza.

Apesar dos trabalhos realizados na inserção social do basquete na vida dos jovens, o projeto teve dificuldades com patrocínio. Stela conta que para conseguir patrocinadores, é necessário realizar um processo por meio de licitação, devido à demora deste procedimento, foi criada uma associação para utilizar a verba da Lei do Incentivo ao Esporte que será destinada ao material dos treinos. “Atualmente, nossas parcerias não vêm em forma de dinheiro, mas parceiros como o Subway, que oferece desconto

Projeto conta com 20 representantes na Seleção Paranaense de Basquetebol

Para o futuro, Santos espera que o trabalho realizado com

“Se os pais não apoiassem nosso trabalho, o desempenho dos alunos não mudaria”

as crianças continue com o apoio da Prefeitura e da FPRB e espera que a nova gestão municipal, que será escolhida nas eleições de 2016, permaneça com o trabalho. “Um projeto de Prefeitura tem a parte política por trás dela. No ano que vem nós temos eleições, e o que não podemos apagar é isso: as coisas boas e as coisas positivas”. Ademar Marques/PMSJP


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Cultura

Cinema nacional nas escolas Filmes brasileiros devem ser apresentados aos alunos mensalmente como uma atividade curricular complementar Thais Camargo 2º período

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esde que entrou em vigor no ano de 2014, a Lei Federal nº 13.006 obriga a exibição de filmes nacionais nas escolas de educação básica, por no mínimo, duas horas mensais. O projeto proposto pelo senador Cristovam Buarque (PDT) tramitava na Câmara dos Deputados desde 2008 e obteve sua sanção pela presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. Contudo, a lei vem apresentando dificuldades em ser aplicada nas instituições da rede pública e privada. De acordo com Mariza Pelissari, professora de literatura de um colégio privado em Curitiba, a ideia da valorização de filmes nacionais é interessante, porém não acredita que o governo dará conta de controlar e qualificar o cinema nacional. Segundo ela, os filmes passados em sala de aula devem ter algum objetivo e serem instrucionais, porém “nos filmes nacionais pouco se vê isso, a maioria deles trata demasiadamente da violência”, conclui.

não altera o cotidiano escolar, mas deverá ser cumprida com mais rigor. Para a coordenadora, o maior problema é a plataforma em que a escola deverá adaptar para a exibição de filmes, já que muitas não possuem estrutura suficiente.

Apoio à cultura nacional O objetivo inicial da lei é valorizar o cinema brasileiro, sobretudo fazer com que os alunos desconstruam preconceitos com a arte nacional. Sandro Luiz Fernandes, professor de sociologia e história, especializado em “cinema em salas de aula” acredita que os educadores devem, primeiramente, realizar um planejamento para adaptar o tema do filme com o assunto abordado em sala de aula. É o que acredita também Gracieli Martins, professora de artes na Escola Rural Munici-

pal Presidente Castelo Branco em Araucária, que atualmente trabalha com documentários nacionais relacionando-os ao tema estudado em sala. Gracieli também comenta que a partir desta iniciativa, os alunos iriam conhecer mais a arte nacional e consequentemente, valorizar a mesma.

Censura Uma crítica dos professores quanto ao projeto é que os filmes nacionais, em sua maioria, trazem um conteúdo pesado e alguns pais preocupam-se com o que será passado nas salas de aula. Mariza e Gracieli, professoras de literatura e artes respectivamente, acreditam que “os pais iriam ficar preocupadíssimos. Os filmes nacionais, pelo que conheço, são pouco recomendados para sala de aula. Os que poderiam ir para sala de aula é Auto da Com-

O sociólogo Sandro Luiz, observa que há falhas na lei justamente nesta questão, afirmando que não existem órgãos suficientes para fiscalizar como serão exibidos os filmes e as faixas etárias que serão determinadas. Além destas discussões acerca da lei, diversas escolas ainda não se situaram para a adequação. Daniela Pedroso, da Secretaria Municipal da Educação, certifica que não há previsão para que todas as escolas se ajustem. “A lei carrega um problema. Ao mesmo tempo que aponta a necessidade de trabalhar com os filmes, não há plataformas em que a escola possa ter acesso, via online, por exemplo. Ela irá trazer uma responsabilidade para a escola”, conclui. Sophia Cabral

O Censo Escolar de 2013 aponta que existem 190.706 estabelecimentos de educação básica em todo território nacional, e entre os alunos do ensino fundamental da rede pública 75,7% possuem biblioteca ou sala de leitura, 19% possui mais de 10 salas, e 48% dispõe de banda larga, infraestrutura básica para a exibição de filmes. Daniela Pedroso é coordenadora de Artes Visuais na Secretaria Municipal da Educação de Curitiba, e afirma que a lei veio para trazer uma ação cultural ao estudante, e que

padecida e Deus é brasileiro”, comenta Mariza.

Alunos assistem filme nacional em aula multimídia


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