Comunicare 336

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Preço em alta

Com o conflito militar na Ucrânia, o valor do trigo sofreu um aumento que impactou na economia brasileira Página 05

Preparativos para o inverno

ONGs em Curitiba que ajudam pessoas em situação de rua se mobilizam com a chegada do frio na capital Página 08

Abandono pós-pandemia

Segundo a Prefeitura de Curitiba, o abandono de cães subiu 61% com o fim das restições da pandemia Página 09

Curitiba, 17 de junho de 2022 - Ano 26 - Número 336- Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Torcida única em Curitiba O

tradicional confronto entre Athletico e Coritiba deve perder o elemento da torcida visitante nas arquibancadas dos estádios curitibanos. Devido aos acontecimentos do Athletiba disputado no dia 16 de fevereiro válido pela primeira fase do Campeonato Paranaense, quando torcedores romperam a barreira que dividia as torcidas e trocaram agressões entre si nas arquibancadas do Couto Pereira, os dois confrontos seguintes foram disputados no modelo de torcida única como forma de punição aos clubes recomendada

Civil Police will recomend single fans for classics in Curitiba Modelo que consiste em proibir a entrada da torcida visitante será usado a fim de evitar confusõesviolência

Esportes| pag.6

Dengue no Paraná N

o dia 19 de abril, a Secretaria de Saúde do Paraná decretou situação epidêmica de dengue no estado. Entre agosto de 2021 e abril deste ano, foram 94.344 notificações, sendo 30.010 confirmados e 5 mortes, de acordo com o 35º Informe Epidemiológico. O monitoramento é contabilizado de agosto de um ano, até julho do ano seguinte. Ou seja, o atual boletim começou em agosto de 2021 e terminará em julho de 2022. Mesmo faltando 3 meses para o fim deste acompanhamento, o número de confirmados já superou os anos de 2016/2017; 2017/2018; 2018/2019 e 2020/2021.

Energia solar

Carla Mendes Mantovani

De acordo com a Chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores Emanuelle Gemim Pouzato, é declarada situação epidêmica quando o número de ocorrências aumenta de forma abrupta e verticalizada. Somente na última semana de abril, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 6.849 novos casos. Dos 399 municípios do Paraná, ao menos 300 possuem quadros confirmados de dengue entre a população.

Cidades | pag.3

Potencial foco de reprodução do Aedes Aegipty.

A redução na conta de energia pode chegar a 90% com a instalação de painéis fotovoltaicos que produzem energia limpa e sustentável. Entre os anos de 2019 e 2020, Curitiba teve um aumento de 50% em painéis solares instalados, o que representa uma alta de 6,6 MW

para 9,9 MW (megawatts) na capacidade de operação dos sistemas de geração solar. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Editoria | pag.4


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Opinião

Violência em Curitiba O

tiroteio no posto de gasolina em Cristo Rei no dia 1º de maio deste ano deixou uma pessoa morta e outras três ficaram feridas. As cenas eram cinematográficas. Algo semelhante ocorreu com um tiroteio no bairro Parolin no dia 16. Os dois casos nos lembram a barbárie dos conflitos armados das comunidades de Rio e São Paulo. Ambos trouxeram à tona nos habitantes de Curitiba um problema relativamente antigo: a cidade já não é mais tão segura.

O ano de 2010 foi um momento de susto para os curitibanos. Uma pesquisa da Secretaria de Segurança Pública mostrou que Curitiba, naquele ano, tinha uma maior taxa de violência que São Paulo e similar ao Rio de Janeiro. A ilusão de Curitiba ser uma cidade modelo em segurança caiu por terra. O número de pedidos de registro de armas de fogo no Paraná cresceu em 2020, sob um governo federal que flexibilizou o seu acesso. Isso, por si só, demonstrou uma preocupação maior com a segurança individual e também um problema. Com um número maior de pessoas armadas vem um risco maior de morte por arma de fogo. Afinal, ter o registro não necessariamente implica em responsabilidade, visto que o tiroteio no posto em Cristo Rei foi feito por um policial federal, uma pessoa

Há 20 anos, a capital paranaense era considerada uma cidade segura em comparação com outras capitais e metrópoles do Brasil, tanto por seus habitantes quanto por seus visitantes. Foi um dos lugares mais desejados para construir uma vida relativamente tranquila, principalmente para pessoas vindas de outros estados do nosso país.

Voz da Comunidade Como foi o procedimento para a volta do campeonato? Nos últimos dois anos, em razão da pandemia, a FPF agiu em parceria com os governos estaduais e municipais, no sentido de garantir a saúde e segurança com todos os envolvidos no futebol. Somente após a liberação das autoridades sanitárias, foi possível retomar o calendário normal das competições promovidas pela entidade.

Quais são as principais dificuldades enfrentadas neste processo?

Como a comunidade local se relaciona com esta tradicional competição?

Envolve questões de logística, critérios técnicos para formatação de tabela, operações no dia do jogo, registro de atletas, preparação do quadro de árbitros e delegados, transporte, policiamento. Enfim, o momento pré-competição é o mais complexo. Depois de iniciada, o cuidado é maior é no cumprimento do regulamento, dentro das condições definidas por FPF e clubes.

Expediente DECANA DA ESCOLA DE BELAS ARTES

Edição 336- 2022 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br

Pontifícia Universidade Católica do Paraná | R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

Rodolfo Stancki (DRT-8007-PR) COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade

COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO

TRADUÇÃO Felipe Artigas

FOTO DA CAPA COORDENADORA EDITORIAL Caio Yuke Suyanne Tolentino De Souza

O futebol amador da capital é um dos mais tradicionais, não só do estado do Paraná, como do Brasil. Envolver diversos bairros e comunidades através de um campeonato de futebol, como a Suburbana, mostra o quanto o esporte pode impactar positivamente toda uma sociedade.

COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL

Ângela Leitão

Suyanne Tolentino De Souza

As coisas complicaram ainda mais com reajuste salarial de policiais no início do ano, o que criou atritos dentro da polícia civil, de outras corporações policiais e também com figuras políticas, principalmente

E agora, após a pandemia do coronavírus, o sucessor de Ratinho (ou o próprio Ratinho se reeleito) terá em cima de si um peso de expectativa. Isso não só pelos curitibanos, mas por todos os paranaenses que sofreram na pandemia e não esperam apenas uma “reconstrução”, mas também uma melhora de suas vidas, um retorno a uma época mais segura e com mais oportunidades do que obstáculos.

Tayná Luyse

o comando da organização de competições da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Orlando Colaço, é o principal responsável por organizar a Suburbana de Curitiba, a principal competição de futebol amador do estado, disputada desde 1946. O organizador conversou com o Comunicare sobre a volta da Suburbana, depois de dois anos de paralisação devido a pandemia de Covid-19.

Ir. Rogério Renato Mateucci

A própria incerteza de qual o estado, a competência e a prudência de quem opera tal ferramenta se tornou alvo de discussão, o tiroteio no posto foi o evento mais recente, mas a morte de um rapaz inocente de 22 anos nas mãos de um guarda municipal no Largo da Ordem em Setembro de 2021 também causou reação. Agora a nossa segurança não pode ser garantida necessariamente pelo combate ao crime tradicional exclusivamente, mas a todas as formas de risco de violência e de morte.

ligadas ao governo do estado do Paraná. Em meio a um ano de eleição, criou-se um cenário caótico, com diferentes grupos que buscam utilizar desse argumento para ganhar mais popularidade. Porém, as causas e os efeitos da criminalidade só poderão ser resolvidos de maneira longa e duradoura e não com promessas vazias.

Comunitiras

N

REITOR

treinada e testada para estar em posse de armamento letal.

Equipe de fechamento 3º Período de Jornalismo Caio Yuke Enrique Ceni Reportagens 3º Período de Jornalismo Adriano Sirius Ana Rossini Bruna Pelegrini Caio Yuke Eduardo Albano

Felipe Artigas Felipe Lunardi Gabriel Malucelli Gustavo Américo Igor Barrankieviecz

João Vitor Luchesi José de Souza Nicolas Kirilov Vinicius Setta Vitor Marcolini

Felipe Artigas Felipe Lunardi Ingrid Caroline Lopes Isabella Elias João Vitor Luchesi Julia Barossi Julia Moreira Juliana Boff

Maria Fernanda Dalitz Maria Luísa Cordeiro Mariana Bridi Mariana Gomes Natália Volaco Nicolas Kirilov Tayná Luyse Vitor Marcolini


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Secretaria de Saúde decreta epidemia de dengue no Paraná Estado registrou mais de 90 mil notificações da doença e cinco mortes, ultrapassando o número de casos positivos dos anos de 2020/2021

N

Maria Luísa Cordeiro Tayná Luyse 3º Período

O monitoramento é contabilizado de agosto de um ano, até julho do ano seguinte. Ou seja, o atual boletim começou em agosto de 2021 e terminará em julho de 2022. Mesmo faltando 3 meses para o fim deste acompanhamento, o número de confirmados já superou os anos de 2016/2017; 2017/2018; 2018/2019 e 2020/2021.

o dia 19 de abril, a Secretaria de Saúde do Paraná decretou situação epidêmica de dengue no estado. Entre agosto de 2021 e abril deste ano, foram 94.344 notificações, sendo 30.010 confirmados e 5 mortes, de acordo com o 35º Informe Epidemiológico.

De acordo com a Chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores Emanuelle Gemim Pouzato, é declarada situação epidêmica quando o número de ocorrências aumenta de forma abrupta e verticalizada. Somente na última semana de abril, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 6.849 novos casos. Dos 399 municípios do Paraná, ao menos 300 possuem quadros confirmados de dengue. A transmissão do vírus acontece a partir da picada contaminada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, o mesmo inseto transmissor da Chikungunya e Zika. Em algumas situações, a doença pode ser assintomática, mas normalmente os sintomas começam com febre alta repentina, dor de cabeça, fraqueza, dor atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos e tontura. Foi o que sentiu a estudante Luísa Borges de Souza (21), diagnosticada no dia 15 de abril, e residente em Cascavel,

uma das regiões com maiores índices de contaminação. Além dos sintomas citados acima, no sétimo dia passou a ter manchas Curitiba 192 vermelhas pelo corpo. Londrina

Municípios do Paraná com mais de 1000 casos confirmados em 2020/2021

6.967

Como seu quadroCascavel não era tão 5.650 grave, o atendimento hospi- 4.986 Francisco Beltrão talar demorou 120 minutos. O Foz do Iguaçu 4.505 tratamento foi tomar soro com Pato Branco devido 3.495 medicamento venoso, a alta desidratação. Mesmo já3.485 Maringá curada da doença, ela afirma 3.335 que sente sobrecarga no fígado e Arapongas 2.533 alteração no paladar. Medianeira

Marechal Cândido Rondon

2.095

“Os exames padrões Cambésão o 1.928 Antígeno da Dengue e um 1.832 Matelândia Hemograma para acompanhar Rolândia 1.800 a quantidade de plaquetas, Nova Esperança que costumam cair significa- 1.678 tivamente, aumentando risco1.240 Toledo de hemorragias. Mas também Terra Boa 1.228 pediram PCR, que é a proteína Catanduvas C Reativa, que indica o índice1.144 Paranavaí e pode 1.033 inflamatório do corpo ser prejudicial ao fígado se estiver Umuarama 1.009 alterada”, explica.

Cidades com mais de 1000 casos confirmados de dengue Casos pela em Curitiba Fonte: Boletins epidemiológicos disponibilizados Secretaria de Estado da Saúde (2021/2022).

“Este ano estamos vivendo um clima atípico”

Mesmo antes da contaminação, Luísa e sua família sempre tomaram muito cuidado com a proliferação do mosquito da dengue, “sabemos que os ovos estão muito resistentes então se torna mais difícil o controle, por isso meu maior cuidado tem sido com o repelente”.

Situação atípica

Normalmente o aumento de casos de dengue acontece no verão. Isso acontece porque a alta temperatura climática e a grande quantidade de chuva são o cenário perfeito para a reprodução do Aedes Aegypti, vetor da doença.

Casos de dengue ao longo dos anos

Por isso, o monitoramento começa a ser feito em agosto, que é inverno, e termina em julho. Para que se possa acompanhar mais claramente o pico de ocorrências nos meses de dezembro a março. No ano passado, os números foram mais baixos porque estávamos saindo de uma época de secas e racionamento de água no estado do Paraná. Sem chuvas, a chance de reprodução do mosquito acaba diminuido.

Número de notificações Casos confirmados

Atualmente a Secretaria do Estado de Saúde (SESA) já elaborou um plano de ação para combater a dengue e aguarda a aprovação do governador.

227.724

Leia mais

93.329 91.252

94.344

28.257

27.889 21.687

870 11-12

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22.946 17-18

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Fonte: Boletins epidemiológicos disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (2010-2022).

30.010 19-20

De acordo com a Chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores Emanuelle Gemim Pouzato, “este ano estamos vivendo um clima atípico, com características de verão”. Mesmo com o início do outono, ainda estamos com muita chuva e temperatura elevada, logo há mais contaminações. Atualmente, a curva epidemiológica está muito mais alta do que nos anos anteriores e como deveria estar, e por isso o decreto de epidemia. Com o aumento no número de casos, o trabalho de enfrentamento deve ser reforçado e integrado para ser efetivo na eliminação dos criadouros. Os esforços devem e precisam vir do âmbito estadual e municipal, com a união de todas as secretarias, como: saúde, meio ambiente, obras, educação.

360.618

10-11

Cidades

20-21

2021-2022

Para saber mais sobre orientações de prevenção e como identificar o mosquito da dengue, acesse o QR Code ao lado. portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Economia

Curitiba teve um aumento de 50% em painéis solares instalados em um ano A diminuição na conta de energia pode chegar a 90% com a instalação de painéis fotovoltaicos que produzem energia limpa e sustentável Adriano Sirus Ana Rossini Eduardo Albano Juliana Boff 3º Período

E

Adriano Sirius

ntre os anos de 2019 e 2020, Curitiba teve um aumento de 50% em painéis solares instalados, o que representa uma alta de 6,6 MW para 9,9 MW (megawatts) na capacidade de operação dos sistemas de geração solar. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Ao ter o sistema de placas fotovoltaicas instalado, o usuário deixa de pagar a energia elétrica consumida da Companhia Paranaense de Energia (Copel), já que passa a produzir a própria energia. As únicas tarifas que permanecem são os impostos e tributos relacionados à iluminação pública, que continuam sendo cobrados mensalmente. Há duas categorias de painéis solares: a de baixa tensão, que é usada pelo público com propriedades de pequeno porte e reduz o preço da conta de energia elétrica de 80% a 90%; e a de alta tensão, que reduz até 50% e é para propriedades de grande porte. De acordo com o Atlas de Energia Solar do Paraná, um mapa online sobre a capacidade de geração solar realizado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o estado possui um grande potencial na produção

Painéis de energia solar no estacionamento do setor de Ciências Biológicas da UFPR. dos dois apartamentos que possui em Londrina, além da clínica onde a esposa trabalha. Mesmo assim, os painéis recentemente instalados, com a expectativa de economizar na conta de luz, ainda não deram o

alerta sobre materiais de baixa qualidade usados por algumas empresas. “Tem muita empresa que compra, vende e instala equipamentos simples bem baratinhos: placas que geram pouca energia, um inversor e

“Todo mundo tem estigma de que é

muito caro, e depois, as pessoas já têm a percepção de que vale a pena” de energia limpa e silenciosa gerada pela conversão direta da luz solar em eletricidade, através do efeito fotovoltaico. Segundo a ABSOLAR, o Paraná responde por 5,8% da potência gerada pelo sistema de energia solar instalada no Brasil. A empresa Entec Solar registrou um crescimento de 248% em instalações entre 2020 e 2021, com 1400 no ano. O gerente da empresa, Marcelo Paliano, comenta sobre o motivo das pessoas não aderirem ao sistema. “Todo mundo tem estigma de que é muito caro e antes de apresentarmos uma proposta para o cliente, explicamos o que ele está fazendo e como se paga. Nessa primeira entrevista, 90% das pessoas já têm a percepção de que é barato e vale a pena". Na chácara do professor de história Arnaldo Vicente, localizada no município de Ibiporã, a 17 km de Londrina, foi instalada uma micro geradora. Esse sistema é capaz de servir a própria área e abater os gastos de energia

retorno esperado. “Você precisa amortizar o dinheiro que pagou pelo sistema, e isso demora uns quatro anos”, declara Arnaldo. Os sistemas fotovoltaicos são seguros e não demandam altos custos de reparos técnicos. Durante os dois anos de utilização da sua micro geradora, Arnaldo ainda não teve despesas com a manutenção do sistema, além do gasto da própria instalação. O empresário Carlos Pelegrini é outra pessoa que optou pela instalação dos painéis solares e

transformador fracos. Quem vai comprar tem que saber que tipo de equipamento será instalado.” No dia 7 de janeiro deste ano, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a lei 14.300/22, que institui o marco legal da micro e minigeração de energia no Brasil. Apesar de já publicada, a lei ainda está no seu prazo de vacância. Ou seja, as regras têm até o dia 6 de janeiro de 2023 para entrarem em vigor. Se nesse período alguém instalar os módulos de energia solar, será tarifada de acordo com as regras atuais.

O custo de disponibilidade é uma quantia mínima que todo consumidor deve pagar por estar conectado à rede, utilizando a energia ou não. De acordo com o regulamento atual, mesmo que se injete essa quantidade mínima de energia na rede distribuidora, deve-se arcar com o custo de disponibilidade, sendo, então, cobrado em duplicidade. Segundo a nova legislação, não haverá mais essa cobrança acumulada. Outra mudança é a possibilidade de comercialização dos excedentes com as distribuidoras, por meio de chamada pública, que ainda será regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Leia mais Funcionamento do sistema de placas fotovoltaicas portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Preço do trigo sofre aumento com Guerra na Ucrânia Desde o início do conflito, o valor do trigo disparou e a economia brasileira sente os reflexos gerados Felipe Artigas Felipe Lunardi Ingrid Caroline Lopes Mariana Bridi 3º Período

A

Economia

Comunicação Sistema FAEP/SENAR-PR

guerra afetou direta e indiretamente muitas áreas da economia no mundo todo. Não foi diferente no preço do trigo. Desde o seu início, em fevereiro, os moinhos brasileiros passaram a pagar 40% a mais no preço do produto. O primeiro motivo para o disparo do preço é a demanda ser maior que a oferta, isso em escala mundial. Assim, o valor final do produto que chega à mesa da população aumenta. Isso acontece porque tanto a Ucrânia quanto a Rússia, que estão diretamente envolvidas no conflito, produzem quase 30% da demanda de trigo mundial. A economista Solange Abrao explica que, com a guerra, a demanda já está menor e isso

Plantação de trigo em Arapoti, Paraná.

“O setor se mostra bem

preocupado com o momento de desequilíbrio.” está afetando os preços internacionais, causando essa limitação no abastecimento. Consequentemente, há pressão em quem precisa e utiliza do trigo como matéria prima e também quem consome. “Uma vez que o mercado internacional está aumentando, há uma tendência dos produtores nacionais quererem colocar sua produção no mercado externo, e isso acaba afetando a oferta disponível pro mercado interno, também gerando o aumento de preços.” O Paraná hoje é responsável por 30% de toda a moagem brasileira, da farinha produzida, e em torno de 50% de todo trigo produzido do Brasil. O estado tem um parque moageiro bem diversificado, moinhos nacionais, multinacionais e as cooperativas que, por possuírem seus próprios moinhos, acabam tendo

uma relação muito aproximada e estreita com o produtor rural e também com o mercado de fornecimento de trigo. Em entrevista concedida, Daniel Kümmel, presidente do Sindicato do Trigo do Paraná (Sinditrigo-PR) e diretor executivo do moinho arapongas, explica que o cenário atual é de muita volatilidade no mercado internacional. A Rússia e a Ucrânia são responsáveis por 30% da exportação mundial, logo, a guerra acabou corroborando para que houvesse um enxugamento no mercado. “Desde o começo da pandemia, em março de 2020, até hoje antes da guerra, o preço do trigo já havia sofrido um aumento pela inflação mundial em torno de 100% do preço. Depois que a guerra começou, houve mais 25%

de aumento nesse preço. Então dá para se dizer que essa guerra tem um impacto muito grande no mercado nacional”, observa Kümmel. Outros produtos que também sofrem com essa alta são os derivados do trigo, como a farinha de trigo, que só em março, teve alta de 1,94%, e o pão francês com o aumento de 15% no preço. Fabricio Romanini, dono e gerente da panificadora Pão da Vovó, localizada em Curitiba, no Prado Velho, comenta um pouco do ponto de vista de quem trabalha e sofre diretamente com todas essas mudanças. “Alguns itens que são um pouco mais caros, alguns pães, algumas broas, sentimos que houve uma diminuição nas vendas, mas o pão se manteve constante. A gente conseguiu sentir essa diferença na hora de repassar o Comunicação Sistema FAEP/SENAR-PR

valor, o aumento foi em torno de 35% a 38%, nós repassamos 12%, não foi algo tão expressivo.” Em relação à guerra e de que forma o seu estabelecimento foi ou não diretamente afetado, Fabrício comenta que na panificadora eles possuem um sistema diferente em relação ao trigo. “Normalmente, aqui a gente compra e armazena o trigo por 3 meses. Para a nossa sorte conseguimos comprar tudo 1 mês antes de estourar a guerra da Ucrânia X Rússia, então logo que começou tínhamos um estoque para mais 2 meses.” O dono também conta que esse diferencial fez com que a padaria segurasse o preço por volta de uns 45 dias antes de repassar o novo valor. O setor se mostra bem preocupado com o momento de desequilíbrio em toda a balança de fornecimento no mundo. Com o preço subindo no mercado internacional, diretamente sobe para o produtor rural e consequentemente as cooperativas são obrigadas a pagarem mais caro pelo produto. Assim, a safra de trigo, que será colhida em meados de agosto/ setembro, tem futuro incerto em relação aos preços de venda. É esperado ganhos positivos, com um aumento de pouco mais de 20% na área de plantio. Do ponto de vista futuro, há uma preocupação por conta da guerra e das eleições nacionais no final deste ano, por não saber ao certo quais serão as políticas públicas e a condição do mercado interno até lá.

Leia mais Saiba mais sobre a safra 2022 de trigo no Paraná portalcomunicare.com.br

Colheita do trigo em Arapoti.


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Esportes

Polícia Civil recomendará torcida única para os clássicos em Curitiba Modelo que consiste em proibir a entrada da torcida visitante será usado a fim de evitar novos episódios de violência dentro dos estádios da capital Caio Yuke 3º Período

O

Caio Yuke

tradicional confronto entre Athletico e Coritiba deve perder o elemento da torcida visitante nas arquibancadas dos estádios curitibanos. Devido aos acontecimentos do Athletiba disputado no dia 16 de fevereiro válido pela primeira fase do Campeonato Paranaense, quando torcedores romperam a barreira que dividia as torcidas e trocaram agressões entre si nas arquibancadas do Couto Pereira, os dois confrontos seguintes foram disputados no modelo de torcida única como forma de punição aos clubes recomendada pela Polícia Civil. A torcida única já é bastante utilizada no Brasil como forma de punição ou prevenção de confusões entre torcidas rivais em jogos de futebol, e deve se tornar cada vez mais comum aos torcedores de Athletico e Coritiba. O delegado da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos da Polícia Civil, Luiz Carlos de Oliveira, explica que o modelo foi um sucesso nas semifinais do Campeonato Paranaense e deverá ser utilizado nos Athletibas do Campeonato Brasileiro, já que segundo o delegado, o clássico sempre foge de qualquer expectativa por parte da polícia. “Quem foi à Arena da Baixada ou ao Couto Pereira nos jogos de torcida única viu uma tranquilidade, uma paz. A torcida única foi um sucesso para quem gosta de futebol, principalmente para quem gosta de ir aos jogos com os filhos e família. Nós (Polícia Civil) iremos conversar com os clubes e com a CBF para que os jogos envolvendo Athletico e Coritiba sejam realizados com a torcida única, para que isso seja uma regra.” O delegado justifica que uma confusão em uma arquibancada de estádio é muito mais perigosa

Arena da Baixada vazia após a vitória por 2x1 sobre o Londrina no Campoenato Paranaense. do que conflitos espalhados pela cidade, pois as vítimas não tem como fugir dos agressores dentro de um estádio, resultando em muitos inocentes feridos. Ainda ressalta que faltam ferramentas na legislação para que a polícia

Por sua vez, o publicitário Álvaro Meneghelli, torcedor fiel do Coritiba, lamenta o que para ele foi uma decisão emergencial e não efetiva de implantar a torcida única nas partidas entre os rivais.

consiga punir os responsáveis da melhor forma, seja com multas, banimento de estádios de futebol ou até mesmo prisão. Sugere também o uso de tornozeleiras eletrônicas em dias de jogos desse tamanho em pessoas com ocorrências em brigas envolvendo o futebol, para identificar e localizar possíveis novos pontos de confusão e assim preveni-los.

“Eu como torcedor, sou contra (a torcida única).Queria ter ido ao primeiro jogo na Arena da Baixada, ter aproveitado a vitória do meu time no estádio adversário. Não acho a torcida única correta, perde-se um pouco da magia do futebol.”

“Perde-se um pouco da magia do futebol”

De acordo com a psicóloga Isadora Guimarães, durante uma Caio Yuke

partida de futebol é observado o fenômeno comportamental de efeito de multidão, que traz uma catarse para a pessoa que está envolvida, deixando-a mais suscetível a influência do comportamento agressivo de outro indivíduo ou grupo. Porém, a profissional deixa claro que o efeito de multidão sozinho não é suficiente para destravar um comportamento violento. “A agressividade tem que estar de alguma forma já presente no indivíduo. Se uma pessoa tem uma suscetibilidade para o comportamento violento, mesmo que não o praticasse sozinha, ela provavelmente vai ser influenciada pelo coletivo em um momento onde está muito emocional.” A psicóloga ainda alerta o problema que é menosprezar episódios de violência no futebol. Para ela, o fato desses episódios serem socialmente aceitos pelas pessoas que estão ali presentes no estádio, aumenta ainda mais as chances de acontecer. “Quando se justifica as ações de um indivíduo pelo coletivo é ignorada a capacidade de discernimento próprio de cada um ali presente, pois sim, mesmo existindo esse fenômeno de multidão, cada um sabe exatamente o que está fazendo.”

Leia mais Relembre os episódios de violência no futebol paranaense que chocaram o país nos últimos anos portalcomunicare.com.br

Torcedores do Athletico nas aquibancadas da Arena da Baixada durante partida da Libertadores.


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Sports

Civil Police will recommend single fans for the classics in Curitiba A model that consists of prohibiting the entry of visiting fans will be used in order to prevent new episodes of violence inside the capital’s stadiums Caio Yuke 3º Período

T

Caio Yuke

he traditional confrontation between Athletico and Coritiba should lose the element of the visiting crowd in the stands of the stadiums in Curitiba. Due to the events of Athletiba played on February 16, valid for the first phase of the Campeonato Paranaense, when fans broke the barrier that divided the crowds and exchanged aggressions with each other in the stands of Couto Pereira, the two following clashes were played in the single crowd model as a form of punishment to clubs recommended by the Civil Police. The single crowd is already widely used in Brazil as a form of punishment or prevention of confusion between rival fans in football matches, and should become increasingly common to fans of Athletico and Coritiba. The delegate of the Mobile Police Station of Assistance to Football and Events of the Civil Police, Luiz Carlos de Oliveira, explains that the model was a success in the semifinals of the Campeonato Paranaense and should be used in the Athletibas of the Brazilian Championship, since according to the delegate, the classic always runs away from any expectations by the police. “Anyone who went to Arena da Baixada or Couto Pereira in single-fan games saw tranquility, peace. The single crowd was a success for those who like football, especially for those who like to go to games with their children and family. We (Civil Police) will talk to the clubs and CBF so that the games involving Athletico and Coritiba are held with a single crowd, so that this is a rule.” The delegate justifies that a confusion in a stadium bleachers is much more dangerous than conflicts spread across the city,

Arena da Baixada empty after the 2x1 victory over Londrina in Campeonato Paranaense. because the victims have no way to escape the aggressors inside a stadium, resulting in many innocent people injured. He further points out that there is a lack of tools in the legislation for the police to be able to punish those

In turn, publicist Álvaro Meneghelli, a loyal supporter of Coritiba, regrets what for him was an emergency and ineffective decision to implement a single crowd in matches between rivals.

responsible in the best way, whether with fines, banning from football stadiums or even imprisonment. It also suggests the use of electronic anklets on game days of this size in people with occurrences in fights involving football, to identify and locate possible new points of confusion and thus prevent them.

“As a fan, I am against (the single crowd). I would have liked to have gone to the first game at the Arena da Baixada, to have taken advantage of my team’s victory in the opposing stadium. I don’t think the single crowd is correct, it loses some of the magic of football.”

“A bit of the magic of football is lost”

Caio Yuke

According to the psychologist Isadora Guimarães, during a football match, the behavioral phenomenon of the crowd effect is observed, which brings a catharsis to the person that is involved, making it more susceptible to the influence of the aggressive behavior of another individual or group. However, the professional makes it clear that the crowd effect alone is not enough to unlock violent behavior. “Aggressivity has to be somehow already present in the individual. If a person has a susceptibility to violent behavior, even if they did not practice it alone, they are likely to be influenced by the collective at a time when they are very emotional.” The psychologist also warns of the problem that is to belittle episodes of violence in football. For her, the fact that these episodes are socially accepted by the people who are there in the stadium increases the chances of happening even more. “When the actions of an individual are justified by the collective, the capacity for discernment of each one present there is ignored, because yes, even with this crowd phenomenon, each one knows exactly what he is doing.”

Read more Remember the episodes of violence in Paraná football that shocked the country in recent years portalcomunicare.com.br

Athletico fans in the stands at Arena da Baixada during Libertadores match.


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Cidades

No inverno, ONGs se preparam para auxiliar pessoas em situação de rua Com o frio se aproximando, projetos e ONGs se mobilizam para ajudar pessoas que moram na rua Julia Barossi Bruna Pelegrini Isabella Elias 3º Período

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Julia Barossi

No último inverno, em 2021, a prefeitura de Curitiba alegou que todas as noites sobravam leitos da Fundação de Ação Social. Com a estação fria se aproximando, projetos se organizam para que pessoas em situação de rua não passem por tantas necessidades. Nos últimos anos, os invernos têm sido cada vez mais rigorosos, batendo recordes de temperaturas baixas e chegando até mesmo a ter episódios de neve na região sul do Brasil e países que fazem fronteira. Além disso, a estação mais fria tem iniciado antes do esperado, segundo indica a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), tendo início em meados de março e abril. No final de 2021, o número de pessoas em situação de rua em Curitiba era de 9.653, segundo

Pessoa em situação de rua dormindo no tubo de ônibus, às 7h49. Nessa manhã, fazia 19 graus. Com muita fome e sede, Josué (nome fictício, a pedido do entrevistado), refugiado da Venezuela, contou sobre suas

Vim da Venezuela procurar uma condição melhor, mas também é muito complicado”, fala, enquanto come um pão de queijo.

“Essas pessoas acabam preferindo permanecer na rua, e temos que entender esses sérios motivos ” dados do Cadastro Único para programas sociais. Esse número se agravou nos últimos anos pela pandemia.

dificuldades. “Estou aqui na rua, com os meus pertences [sacos de lixo com algumas roupas e coberta]. É muito difícil, sabe? Lucas Pelegrini

“Tenho poucas coisas comigo, e esse lugar [FAS] não tem quase nenhuma segurança… se eu perder minhas roupas, eu fico com o quê?” Segundo a assistente social Márcia Nagata, as instituições de acolhimento estabelecem regras de funcionamento e de convivência. “A convivência forçada pelos espaços coletivos e a proximidade das camas são pretextos para a recusa’’. As assistências dadas por instituições governamentais ou sociais retardam o fim dessas situações. Ainda segundo Márcia, os lugares que oferecem apoio não têm recursos necessários o suficiente. “É necessário a atuação intersetorial dos diferentes órgãos governamentais em conjunto com a sociedade civil para modificar o atual cenário da pessoa.” As ONGs em Curitiba auxiliam as pessoas em situação de rua, dando apoio com alimentos e roupas, a partir de doações. A voluntária da ONG Rango de Rua Gabriela Alves comenta a partir da sua experiência nas ruas que muitas pessoas reclamam do atendimento de descaso que recebem nos abrigos da FAS. “Elas acabam preferindo ir para as ruas.”

Morador no Largo da Ordem. Nesse dia, fazia 18 graus.

Em busca de amenizar o frio, doações de cobertores e roupas quentes são distribuídas semanalmente por diversas institui-

ções voltadas para esse público. Porém, as temperaturas baixas não são as únicas dificuldades enfrentadas nessa época. “No geral, temos mais voluntários quando o clima está agradável, e menos voluntários nos invernos fortes de Curitiba”, comenta Gabriela. A falta de recursos também atrapalha a continuidade do projeto. No último ano, os termômetros da capital paranaense chegaram a marcar -6,5ºC, a mais baixa desde 2013. Em 2022, devido ao fenômeno ‘La niña’, o outono foi de pouca chuva e frio mais intenso do que acontece normalmente. A previsão para o inverno curitibano não será muito diferente, com ar frio e seco, pouca chuva, muito nevoeiro e alguns veranicos. Os dias mais gelados serão durante a segunda quinzena de maio e junho.

Outras ONGs Conheça outras ONGs em Curitiba que também ajudam pessoas em situação de rua

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ONG Um Lugar ao Sol ONG Anjos | Curitiba ONG MINHA VIDA MUDOU Lar O Bom Caminho

Leia mais Saiba mais sobre ONGs em Curitiba portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Cidades

Cães sofrem com abandono e devoluções após o fim da pandemia Com as restrições da pandemia mais flexibilizadas cachorros arcam com a consequência do abandono João Vitor Luchesi Nicolas Kirilov de Oliveira Vitor Marcolini 3º período

Barbara Guedes

C

om a aproximação do fim da pandemia do coronavírus, as medidas impostas pela prefeitura da cidade são flexibilizadas.Com isso, os bichinhos de estimação que foram adotados durante esse período de quarentena têm sofrido bastante. Dois anos atrás, quando a população começou a ter noção de que ficariam presas em casa por um longo período, as adoções dos pets aumentaram em torno de 50%. Porém, nessa mesma faixa de tempo os abandonos cresceram ao redor de 61%, segundo a prefeitura de Curitiba. Agora o público responsável pelo aumento de adoções está devolvendo ou abandonando esses animais em ONGs como a Associação do Amigo Animal. Amabile Cristine, funcionária da Amigo Animal, contou como tem sido essa situação de devoluções dos bichinhos onde ela trabalha. “Na pandemia, a gente teve um número maior de adoção, porém nesses últimos meses nós tivemos um

Caramelo, cão da Barbara Guedes. Amabile explicou como a ONG que ela trabalha tem lidado com o aumento. “Nós estamos tendo mais gastos pelo fato de não estarmos doando tanto e com o fato de a pandemia ter afetado a situação financeira de todos acaba nos prejudicando de diversas maneiras.” Em relação a números, no Amigo Animal, por exemplo, o aumento do preço da ração tem

Barbara Guedes foi uma das pessoas que adotou um animal durante o período de pandemia. O novo morador da casa foi o cãozinho Caramelo. “Ele também apareceu do nada, piolhento, sarnento e faminto. Era bem filhote, na frente de casa e nós não resistimos ao olhar dele e o adotamos. A Cajá foi a última a ser adotada. É nossa bebezona. Não tem nem

“Neste semestre preços já aumentaram em 0,42% e devem aumentar mais”

índice alto de devoluções de pessoas que adotaram durante a quarentena.” No Amigo Animal, quando uma pessoa se interessa em adotar um bichinho, os funcionários deixam bem claro que se o adotante quiser devolver o animal depois de um certo tempo, a ONG aceita receber o pet de volta. Essas organizações que batalham intensamente para ajudar a dar uma vida melhor para os bichinhos também têm sofrido com o aumentos dos preços das rações dos animais e outros produtos. Neste primeiro semestre de 2022, os preços já aumentaram em 0,42% e devem aumentar mais ainda no segundo semestre.

sido um grande problema, visto que por dia vai mais de 400 kg de comida para os cachorros, que na maioria são vira-latas. Esses projetos que ajudam os animais também contavam com apoio financeiro de diversos grupos de pessoas. Porém, durante a pandemia esse dinheiro foi reduzido aos poucos e gerou dificuldades extremas para várias ONGs que tiveram que fechar as portas. “A maioria das doações são particulares e no geral não temos doadores fixos.Mas também temos projetos diferentes doando, por exemplo, universidades e até um grupo de escoteiros.”

dois anos ainda, mas é o terror da casa e o amor também.” O caso de Barbara é extremamente comum no Paraná. O estado da região sul é o que tem mais cachorros com lares em todo o país, um total de 60,1% dos cães no território paranaense, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Para se ter uma ideia, a cada dez casas, seis têm cachorro no estado paranaense. O estado com o menor número de cães em domicílio é o Distrito Federal, com 32,3% dos cachorros da capital brasileira.

Barbara Guedes

Cães em Curitiba Veja fatos sobre os cachorros na capital paranaense

Segundo um estudo feito pelo Sistema de Identificação Animal (SIA), em 2022, Curitiba

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conta com 191,2 cães registrados. Desse levantamento o favorito do público são os vira-latas, eles representam 47% desse total. Essa preferência pelos vira-latas no Paraná segue um índice nacional, que também mostrou a grande a preferência

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por eles, com 40% da popularidade nacional. Outros tipos de cães com um número significativo são: Lhasa-Apso, Schitzu, Pinscher e Poodle. Os três preferidos nomes dos donos para ca˜es machos são: Thor, Luke e Bob. Pelo lado das fêmeas são: Mel, Luna e Nina.

Leia mais Gravação na feira Amigo Bicho

Branquinha, mais uma das cadelas e cães acolhidas por Barbara.

portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Cidades

Ciclistas reclamam da segurança nas ciclovias e ciclofaixas de Curitiba Entre as principais queixas dos cidadãos estão a falta de sinalização, falta de investimento e má estrutura das vias exclusivas para ciclistas Julia Moreira Maria Fernanda Dalitz Mariana Gomes Natália Volaco 3º Período

N

o fim de fevereiro, a morte de Kristofer Enzo Neves reacendeu a discussão sobre a segurança e estrutura das ciclovias em Curitiba. Por falta de pista exclusiva na região, o menino pedalava na canaleta do Capão da Imbuia, quando foi atropelado por um biarticulado. Os ciclistas e ativistas afirmam que não se sentem seguros na cidade e a falta de investimento na ciclomobilidade possibilita acidentes como o de Enzo. O ciclista e editor de vídeo Felipe Gusinski sai do centro de São José dos Pinhais e vai até o bairro Rebouças de bicicleta todos os dias. Para ele, por mais que o percurso seja seguro, nem todos em Curitiba são assim. “Em outros passeios pela cidade, já encontrei diversos perigos que dificultam o pedal, raízes de árvores que fazem uma lombada na pista, buracos no pavimento e galhos de árvores que preciso abaixar bem para não bater com a cabeça”, conta. Além disso, ele avalia que existem várias

por falta de sinalização. “Ciclovias ainda são muito poucas e, quando tem, são curtas. Ciclofaixas na maioria das vezes ficam mal localizadas, em calçadas com postes no meio ou cheios de obstáculos, e quando é na rua, não somos respeitados mesmo [com ciclofaixas]”.

“A criação de um número maior de ciclofaixas certamente ampliaria nossa segurança” O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) argumenta que o plano cicloviário é orientado ao incentivo aos deslocamentos por bicicleta e à promoção da intermodalidade e segue os parâmetros estabelecidos no Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503/97). Desse modo,

Maria Fernanda Dalitz

Mesmo meses após o acidente, manifestantes ainda protestam no local. mudanças que a Prefeitura pode fazer para melhorar a vida dos ciclistas. “A criação de um número maior de ciclofaixas certamente ampliaria nossa segurança, assim como campanhas que estimulem o respeito mútuo entre ciclistas e motoristas”. O estudante de Engenharia da Computação Roberto Mikoszewski Neto diz que teve que mudar seu caminho por conta dos perigos das ciclovias. Ele conta que já sofreu um acidente

diminuísse em 80% o número de ciclistas que pedalam nas canaletas”, afirma. Além disso, Fernando diz que quando foi aplicado maior investimento nas ciclovias, o número de mulheres pedalando subiu em 5% graças ao aumento na segurança.

a meta é que a malha voltada à ciclomobilidade alcance cerca de 400 quilômetros de extensão até 2025. Em março, a estrutura chegou a 249,2 quilômetros. O sócio da Bicicletaria Cultural Fernando Rosenibaum afirma que na atual gestão da Prefeitura não há conversas sobre a ciclomobilidade de Curitiba. “Em administrações anteriores havia mais diálogo. Conseguimos aprovar pautas como a aplicação da via calma, que fez com que

Segundo dados do relatório do Batalhão da Polícia de Trânsito do Paraná (BPTran), em 2021 foram registrados 333 acidentes com ciclistas em Curitiba. Além disso, nos últimos 10 anos a cidade registrou 3.500 acidentes cicloviários. O plano cicloviário do IPPUC aponta 124 fatalidades entre 2010 e 2018. Dessas, 97 ocorreram em ruas e 26 em rodovias. Entre as causas, 7 mortes foram causadas por falta de infraestrutura e 15 por transitar em local impróprio ou proibido. A Cicloiguaçu, associação dos ciclistas do bairro Pilarzinho, reitera que a falta de interconexão das ciclovias entre os bairros, de infraestrutura e de conexão com outros meios de transporte retrocedem o projeto da Prefeitura. Para melhorar a ciclomobilidade, ela é favorável à volta das reuniões com os ciclistas da cidade. “[É preciso] chamar a população a conversar e participar e expor suas necessidades e atendê-las”. A associação também defende que a gestão do município deve adotar um projeto moderno, que inclua os ciclistas. Para ela, as mudanças podem ser simples do que reformar todo o asfalto da cidade. Melhora a pavimentação para os pedestres e a sinalização são essenciais para um bom relacionamento do trânsito com as bicicletas. Maria Fernando Dalitz

Condição das ciclofaixas Por mais que Curitiba seja a quinta cidade brasileira com o maior número de bicicletas, de acordo com pesquisa realizada pela especialista em mobilidade urbana e fundadora da Multiplicidade Mobilidade Urbana, Glaucia Pereira, a cidade ainda possui diversas dificuldades para o trânsito de ciclistas. Confira ruas da capital sem ciclofaixas ou com ciclovias em situação precária:

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Avenida Fredolin Wolf Rua Prof. João Falarz Avenida Victor Ferreira do Amaral Rua João Bettega Avenida Presidente Affonso Camargo Avenida Prefeito Maurício Fruet Avenida Manoel Ribas Avenida Brasília Rua Marcelino Champagnat Rua Francisco Derosso Avenida Senador Salgado Filho Rua Prof. João Doetzer Rua Raul Pompéia Rua João Tschannerl

Leia mais Conheça a Bicicletaria Cultural de Curitiba: portalcomunicare.com.br

Na av. Presidente Affonso Camargo, ativistas prestaram homenagem ao Enzo com apoio da família.


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Infográfico

Jogos de futebol americano voltam em Curitiba depois de 2 anos parados O Campeonato Paranaense Masculino 2022 conta com 9 times, divididos em 4 grupos: Norte, Leste, Oeste e Elite. Por causa da pandemia, a competição foi suspensa e retorna no mês de março. O jogo não é tão popular no Brasil. Este infográfico tem por objetivo explicar como funciona o esporte

Vamos jogar?

O time em ataque terá 4 chances (ou downs) para avançar 10 jardas. Se conseguir, terá mais 4 tentativas para avançar mais 10 jardas - e assim sucessivamente. Se não conseguir ultrapassar a distância mínima, deverá entregar a bola para a outra equipe exatamente no ponto que estava no campo (turnover on downs). Para que os adversários não comecem as jogadas próximo da própria end zone, normalmente as equipes utilizam a 4ª tentativa para devolver a bola para o adversário através do chute de devolução (ou punt), assim o oponente começa o ataque mais distante.

Protetor bucal Material: silicone Função: Proteger os dentes, evita lesões cerebrais, lesões no queixo e que o jogador se morda no impacto.

Maria Luísa Cordeiro Tayná Luyse

Bola entre 27,4 e 29,2 cm; 297 a 425 gramas. Material: normalmente couro sintético Função: o material de couro e o formato oval permite um lançamento mais preciso.

Capacete e shoulder pad Material: Estrutura rígida com espumas de proteção. Função: Ser resistente e absorver os impactos, de forma a proteger de danos cerebrais e minimizar os impactos da colisão.

48,9 m

ATAQUE: Quarterback (QB) Running Back (RB) Full back (FB) Center (C) Guards (G) Offensive tackles (OT) Wide Receivers (WR) Tight End (TE) DEFESA: Defensive tackles (DT) Defensive end (DE) Linebackers (LB) Cornerbacks (CB) Strong Safety (SS) Free Safety (FS)

109 m

Field goal (3 pontos) se o time que está atacando não conseguir avançar as 10 jardas, na sua 4ª jogada ele poderá arriscar um chute do lugar que ele está até as traves do final do campo.

Extra point

Touchdown (6 pontos)

caso o time faça touchdown, ele tem direito a tentar um ponto extra. O objetivo é chutar a bola dentro das traves no final do campo.

chegar com a bola no fim do campo adversário (end zone).

TIMES DE FUTEBOL AMERICANO ELITE MASCULINO DE CURITIBA

TIMES DE FUTEBOL AMERICANO FEMININO DE CURITIBA


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Curitiba, 17 de Junho de 2021

Ensaio

Entrega de marmitas em Curitiba são afetadas pelo aumento de preço Devido a queda de arrecadações. ONGs lutam para entregar comida na capital Maria Luísa Cordeiro

A ONG Junta Mais antes fazia 15kg de carne e teve que diminuir para 10kg.

Para fazer marmitas de macarronada, são utilizados 39 pacotes de macarrão.

Além da comida, a ONG entrega copo de leite com chocolate.

Toda terça-feira Thais Abicalaf entrega marmitas no centro de Curitiba.

Semanalmente são preparadas aproximadamente 200 marmitas.


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