Programa Festival Acaso 2013

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ESTE – Estação Teatral “Uma pequena história do mundo”, M12 Espetáculo financiado por ADAE (Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura) Quinta 12 setembro - 22h Teatro Miguel Franco - Leiria Dramaturgia e encenação: Nuno Pino Custódio Interpretação: Roberto Querido e Tiago Poiares Entrada: livre Quando Pat O'Donnell, sentado no chão, descamisado e com a gravata à banda, faz esvoaçar um maço de notas e tomba redondo para trás com um copo vazio na mão e Toni Zito reconhece que para se vencer na vida há que ter a cabeça, os músculos e a coragem do patrão... aquele que está ali prostrado no chão, ficamos a saber que há uma pequena história do mundo que todos conhecem e que ainda assim precisa de ser contada. A ignorância e a bestialidade são um poço sem fundo mesmo se ao ser humano se reconhece capacidade para gravar a sua graça no firmamento. -----------------------------

Improvisos no arame Vários, M12 Sábado 14 setembro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas - Leiria Entrada: livre Espaço de apresentação de momentos singulares, não repetíveis, improvisados e sem ensaios prévios, salvo rara exceção), sem ordem programática ou cronológica que só toma forma quando o arame está na mão do artista que nos vai dizer algo, num curto espaço de tempo, e possa dar lugar a que os inscritos possam participar (música, dança, teatro, poesia) ------------------------------------------------------

Sola do Sapato, Produções e Realizações Artísticas, Lda. “A loucura dos 50”, M12 Espetáculo em parceria com TJLS (Teatro José Lúcio da Silva) Quinta 19 setembro - 21h30 Teatro José Lúcio da Silva - Leiria Encenação: Adriano Luz Interpretação: António Melo, Fernando Ferrão, Joaquim Nicolau e Almeno Gonçalves Entrada: 12€ “LOUCURA DOS 50” conta a história de quatro amigos que se encontram uma noite para comemorar a festa do quinquagésimo aniversário de Quim Fonseca, isto quando Xavier Santos, António Sousa e Manuel Ribeiro já ultrapassaram a também a fasquia dos 50. Há uma mão cheia de anos que estes amigos não se reúnem. António Sousa, o psicólogo, mudou-se temporariamente para o estrangeiro, fruto de uma paixão. Xavier Santos esteve detido injustamente. E Quim Fonseca (guionista) e Manuel Ribeiro (produtor de tv) chatearam-se. Embora tivessem trabalhado juntos durante todos estes anos, fizeram-no sempre de costas voltadas… Tanto que, Quim Fonseca nem o convida para a sua festa dos 50 anos. São os amigos que decidem levá-lo, com o intuito dos dois porem para trás das costas o motivo do rompimento da amizade… Motivo esse que vamos descobrindo ao longo da peça, que


decorre em duas partes: o início da noitada e o depois da noitada. Ou seja, desde o pretensioso “diz que faz” ao mentiroso “diz que fez”… -------------------------------------------------

O Nariz – Teatro de Grupo “Panza e De La Mancha”, M16 Espetáculo em parceria com Mosteiro da Batalha Sexta 20 setembro - 21h30 Mosteiro da Batalha Dramaturgia e encenação: Pedro Oliveira Interpretação: David Ramy e Pedro Oliveira Entrada: 5€ A acção transcorre em diferentes lugares de um centro de correcção que pode ser uma prisão, um hospital psiquiátrico ou algo semelhante. Nessa franja ambígua, onde são colocadas as pessoas para serem corrigidas, vigiadas e controladas, sucede tudo. Nos corredores, no pátio, nos banhos, na memória de Sancho Panza e no corpo de D. Quixote, presos num carcel de ar. -----------------------------------------------

PRESIDENTE DROGADO Música, M12 Sábado 21 setembro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas Entrada: 4€ Gustavo Lourenço (primeira parte) Guitarra acústica, Gustavo Lourenço, na corrente, instrumental adornado, cru, visceral, na intersecção dos consumos e influências para apenas fluir. PRESIDENTE DROGADO Presidente Drogado é guitarra em punho e boca no trombone, num registo roufenho, popular-psicointerventivo; aborda o lado errado da vida - as drogas (muitas e variadas), a marginalidade e a pulhice em geral. Com referências tanto à cultura portuguesa (Amália Rodrigues) como á cultura Pop (Pulp Fiction). Uma no cravo outra na ferradura, pseudo-humor azul cueca que só visto mesmo. -------------------------------------------

O Nariz – Teatro de Grupo “Contos ao Pôr-do-sol”, M6 Domingo 22 setembro - 17h30 Castelo de Leiria Entrada: 4€ Contadores: Pedro Oliveira, Liliana Gonçalves, Ana Moderno, Vitoria Condeço, Luis Mourão, Cidália Silva, João Augusto, Rita Leal, Edite do Rosário, Virgínia Coelho Músicos:


Daniel Reis, Diana Catarino, Índios da Meia-Praia, Gonçalo Reis, Yumiko Ishizuka Pereira, Joni Serra, entre outros Sessão de música e contadores de histórias, tradicionais ou de autor, ao pôr-do-sol. A arte de contar histórias caminha com a história da humanidade, com as mudanças provocadas pelas descobertas e com a deslocação do Homem durante toda sua existência. Apesar das diferenças regionais e da característica singular de cada sujeito e de cada época, certos sentimentos não são históricos e podem encontrar-se em diversas formas de manifestação cultural. Contando histórias, o contador, em interação com o outro, transforma-se numa espécie de instrumento para a veiculação de mensagens e informações. Perde-se de si mesmo como sujeito, para ser meio, caminho e processo. ------------------------------------------------------------

Teatro Extremo “Salamaleque – uma história das arábias”, M4 Quarta, 25 setembro – tarde (espetáculo escolas) Auditório Municipal da Batalha Entrada: livre Baseado nos contos populares: “A Lenda das Amendoeiras em Flor” e “A Lenda do Ladrão da Vida e da Morte” Conceção e Interpretação: Fernando Jorge Lopes Peça que reaviva a tradição do contador de histórias de geração em geração, de montagem simples, sem necessidade de palco, realizável em qualquer espaço interior ou ar livre. Um contador de histórias conta uma lenda que narra a história de amor entre um rei árabe e uma donzela do longínquo norte. À medida que o contador de histórias vai desenvolvendo o fio condutor desta lenda, o seu próprio imaginário transporta a narração para um outro conto sobre ladrões, sábios, tesouros e encantamentos… -------------------------------------------------------------------------------------------Fuga de Gatas (Grupo de teatro de amadores de Pataias) “Mário ou Eu-próprio o outro e os Outros”, M12 Quinta 26 setembro - 22h Teatro Miguel Franco – Leiria Entrada: 3€ Autor: José Régio Interpretação: Sandra Paulo, Nuno Nunes, Cláudio Soares, José Luís Coelho, Ivo Bento, Edvige Costa, Ivo Vaz, Andreia Gonçalves, Jennifer Ferreira, José Luís Coelho Anunciada por uma figura dos nossos dias “Mário ou Eu-próprio o outro e os Outros” é, um apontamento de outras épocas, de outros Escritores–Poetas-Artistas e, um Drama de todos os tempos.Com um Fernando Pessoa sempre presente na vida de Mário e um Almada Negreiros com o seu “Ódio” pela injustiça e desencanto, num final de alegria pela Morte, é dado pelo Poema “Fim” – “Quando eu morrer , batam em latas – Rompam aos saltos e aos pinotes… Num quarto Parisiense desenrola-se este drama, onde o personagem “Mário” (Mário de Sá-Carneiro) se divide em dois, num jogo de revolta e aceitação, contra o mundo e ele próprio. --------------------------------------------------------------------------


LA CHANSON NOIR Música, M12 Sexta 27 setembro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas Entrada: 4€ La Chanson Noire é um manifesto musical criado em 2007 por Charles Sangnoir, aquando da edição de “Canções de Faca e Alguidar”, uma cassete de edição limitada numerada com o sangue do próprio autor Seguiram-se os Eps “Gay Music for straight people”, “Bordel de Lúcifer” e finalmente “Música para os mortos" (o álbum de estreia de La Chanson Noire), com uma muito pouco ortodoxa capa – imersa em perversões estéticas de iconografia religiosa, e uma série de vídeos cáusticos com um sentido de humor provocador e nitidamente transgressivo. O segundo disco de La Chanson Noire, "Cabaret Portugal", surge de forma surpreendente numa colagem artística que envolveu 13 escritores, 15 fotógrafos, dois designers e um realizador de cinema. Um currículo com mais de uma centena de distintos shows (incluindo espetáculos com Wayne Hussey, Clan of Xymox, Joe Black ou Moonspell, entre outros) e presença constante nos media especializados comprovam La Chanson Noire como um projeto musical de exceção, e dão a antever Sangnoir como o Chanteur Maudit da sua geração. ---------------------------------------------------------------------

O Nariz – Teatro de Grupo “Talvez Camões”, M12 Teatro do absurdo

Sábado, 28 setembro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas Entrada: 4€ / 3€ (sócios de O Nariz e estudantes) Criação: O Nariz Encenação: Pedro Oliveira Interpretação: Ana Rosa Ferreira, António Cova, Dora Conde, Marciano Silva, Paulo Santos e Vânia Jordão A palavra "absurdo" remete ao que é contrário à razão, contraditório, disparatado. O género absurdo descende, por assim dizer, do Surrealismo, o Anti-Teatro com influências do Expressionismo. É uma forma de teatro moderno que utiliza para a criação do enredo, das personagens e do diálogo elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos homem e sociedade. Inspirava-se na burguesia ocidental que, segundo os teóricos, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relação às consequências desastrosas que causava ao resto da sociedade. Assim como o Dadaísmo, o género promoveu a revolução na linguagem e na ideologia da sociedade, sendo criticado por um público que, apesar de proletário, consumia o idealismo burguês da época. ------------------------------------------------------

Teatro Instável “Hamlet em Pessoa”, M12 Quinta 3 outubro - 22h Teatro Miguel Franco - Leiria Entrada: 7€ / 5€ (sócios de O Nariz e estudantes) Conceção Geral e Direção: André Gago Música Original: Carlos Barretto Interpretação: André Gago e Carlos Barretto


Hamlet exerceu uma profunda influência na literatura, e os escritores portugueses não foram exceção. A oposição entre ser e não ser, a ideia do suicídio, a caveira de Yorick ou a morte de Ofélia converteram-se em marcos da cultura mundial — Hamlet é mais universal do que a Bíblia. Entre nós, Fernando Pessoa não foi o único a glosar estes temas: antes e depois dele, poetas como Antero de Quental, Pascoaes, António Nobre, Jorge de Sena ou Cesariny, fazem referência direta ou indireta ao mundo de Elsinore e às questões fulcrais que a peça de Shakespeare trata — e que são, afinal, a expressão das nossas inquietações mais irresolúveis. Ordenando diversos poemas e fragmentos de vários autores, com a presença tutelar de Pessoa e seus heterónimos, André Gago e Carlos Barretto organizaram uma pequena viagem musical e poética a este universo e às suas múltiplas galáxias. Os poetas: Mário Cesariny, Jorge de Sena, William Shakespeare, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Teixeira de Pascoaes, Antero de Quental, António Nobre, António Feijó, Gomes Leal, Mário de Sá-Carneiro Sophia de Mello Breyner Andersen, António Gedeão, Alberto Pimenta, Alexandre O’Neill, entre outros... -------------------------------------------------------------------------------

António Cova e os Bordel Ravel Música, M12 Sábado 4 outubro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas - Leiria Entrada: 4€ Bordel Ravel dá nome aos cinco recentes acompanhantes de António Cova. Juntos desde Abril de 2013, tomaram de assalto castelo e cidade de Leiria, seguiram para o Texas (Bar) e pretendem ir mais além, inclusive a batizados e funerais. Letras e músicas já conhecidas de António Cova ganham nova sonoridade com a companhia do grupo de amigos de outras andanças musicais que se juntaram para formar os Bordel Ravel. São eles o cubano David Ramy na percussão e voz; Marlene Salgueiro no piano e acordeão; Johnny nas flautas; Nuno Santos no Violino e Violoncelo e João Nascimento na guitarra dobro e voz. O resultado desta soma de talentos musicais é comparável a Emir Kusturica and The No Smoking Band, e também com algumas influências de Graciano Saga, Leonard Cohen e Reginaldo Rossi. ------------------------------------------------------

Palmilha Dentada “Empreendedoriza-te”, M16 Espetáculo financiado por ínCentea Quinta 8 outubro - 22h Teatro Miguel Franco - Leiria Texto e encenação: Ricardo Alves Interpretação: Ivo Bastos, Nuno Preto e Rodrigo Santos Música original: Rodrigo Santos Entrada: 3€ Empreendedoriza-te é um espetáculo atual. Se os cristãos davam o peixe e lhe chamavam caridade, os marxistas queriam dar a cana de pesca e diziam que o importante era dominar os meios de produção, já os liberais apenas te ensinam o proverbio e chamam-lhe empreendedorização. O problema é que há muitas formas de te empreendedorizares, e numa época em que os discursos de quem governa são cada vez mais codificados, para que o português médio não perca o sono nem se suicide, impunha-se um guia para a sobrevivência no século XXI. Na tradição de “A arte de bem cavalgar toda a sela” e da “Carta de guia de


casados” a Palmilha Dentada traz até si um teatro útil que lhe ensinará o essencial para viver feliz sem Xanax. ------------------------------------------------------------------------------------

Palmilha Dentada e TIPAR “O Gene do Corvo”, M16 Quarta, 9 outubro – 21h30 Auditório Municipal da Batalha Entrada: livre Texto, encenação e cenografia: Ricardo Alves Interpretação: Nuno Preto Corvos de Sandra Neves O gene do corvo é a história de um homem que espera um telefonema. Está em curso uma remodelação governamental, e o homem, militante de longa data do partido do poder, espera ansioso a chamada do primeiro-ministro. Mas é um homem que espera um telefonema dentro de uma jaula. Paralelo ao texto dito há um texto físico O homem terá que conseguir resolver uma série de enigmas físicos para obter a chave que lhe dará a liberdade, “É sempre uma chatice quando os independentes se filiam. É como os miúdos que vão para a primeira classe sem nunca terem passado pelo jardim infantil. Um militante que não militou na juventude partidária é sempre um inadaptado a jogar um jogo que não percebe. Como é que se ensina a um miúdo de 6 anos que nunca jogou às escondidas o conceito do jogo? Para quem conhece o jogo é evidente que sair do jardim, onde se está a brincar, e ir esconder-se em casa, debaixo da cama, não é uma jogada válida. Mas quem nunca jogou às escondidas não percebe o limite formal do jogo: esconder-se onde possa ser encontrado.” --------------------------------------------------------------------------------IDS Instituto para o Desenvolvimento Social - Teatro “A Barraca” Prova de aptidão profissional – orientação de Rita Lello “Valsa nº 6”, M12 Sábado 12 outubro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas - Leiria Entrada: 3€ Texto: Nelson Rodrigues Encenação e interpretação: Rita Soares Voz off: António Cova Uma menina de 15 anos encontra-se num ambiente estranho, possuída por recordações fragmentadas, ela viaja entre a realidade e a imaginação, luta com a sua memória para trazer pedaços de lembranças de volta à sua consciência. Perdida no meio de factos e recordações tenta montar o puzzle da sua existência… “Valsa n° 6” é construída com frases curtas, que não se preocupam em explicar ao espetador o que está a acontecer. Aos poucos, a menina desvenda o mistério que a cerca, fazendo com que o público seja informado da verdade. -------------------------------------------------------------------------------------------

Panmixia “A última freira”, M16 Quinta 17 outubro - 22h Teatro Miguel Franco - Leiria


Entrada: 5€ / 4€ (sócios de O Nariz e estudantes) Texto: José Carretas Interpretação: Teresa Faria, Helena Faria, Andreia Ruivo, Ricardo Leite, Tiago Correia O decreto de 28 de Maio de 1834, de Joaquim António de Aguiar, que ficou conhecido pela alcunha de Mata-Frades, declara, logo no primeiro dos seus cinco artigos: Ficam desde já extintos em Portugal, Algarve, ilhas adjacentes e domínios portugueses todos os conventos mosteiros, colégios, hospícios e quaisquer casas religiosas de todas as ordens regulares, seja qual for a sua denominação, instituto ou regra. Todos os seus haveres serão integrados nos bens próprios da Fazenda Nacional. Nos mosteiros femininos, foi autorizada a permanência das senhoras que aí residiam, até à sua morte. -------------------------------------------Les Crazy Coconuts Música, M12 Sexta 18 outubro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas Entrada: 4€ Adriana Jaulino – Sapateado Tiago Domingues – Bateria Gil Gerónimo – Guitarra, Voz, Synths Junta-se uma bateria, uma guitarra, teclas q.b., uma pitada de voz e uns sapatinhos profissionais femininos, em couro, para sapateado. Mexe-se tudo muito bem e coloca-se num palco. Polvilha-se com uma boa dose de loucura e obtém-se uma receita de Les Crazy Coconuts. Delicioso!Juntar uma bateria ao sapateado foi a ideia que levou a dançarina Adriana Jaulino a convidar o músico Tiago Domingues para um projeto diferente. Gil Gerónimo junta-se depois ao grupo, dando o toque de melodia que faltava a este cocktail com origem e inspiração nestes três artistas do Souto da Carpalhosa, Bajouca e Meirinhas. -------------------------------------------------------------------------------

O Nariz – Teatro de Grupo “O Canto do Cisne”, M12 Espetáculo em parceria com TJLS Domingo, 20 outubro - 21h30 Teatro José Lúcio da Silva – Leiria Entrada: 4€ Autor: Anton Tchekhov Encenação: Pedro Oliveira Interpretação: Henrique Martins e Pedro Oliveira Dois atores, uma sala de teatro desnudada, 15 projetores, uma mesa de luz e uma simples aparelhagem com leitor de cds, ajudam a situar o encontro – (fora de horas) de dois ratos do teatro – um ponto e um ator – numa exposição cruel da vida de dois fazedores de teatro. Duas personagens capazes de puxar pelo talento e despertar os grandes papéis que interpretaram ao longo do tempo num ritmo estonteante, em tom trágico – cómico em que todo o trabalho técnico (som e luz) é da responsabilidade dos atores.


Filipe Crawford Produções “Monstros S.A. (Sem Abrigo)”, M12 Quarta, 23 outubro – 21h30 Auditório Municipal da Batalha Entrada: livre Autor – Roland Dubillard Tradução e encenação – Filipe Crawford Adaptação, interpretação, cenografia, figurinos e banda sonora – Filipe Crawford e Rui Paulo Os Monstros vivem uma nova aventura - “Monstros S.A. – Sem Abrigo”. Trata-se de uma readaptação de alguns clássicos já representados, como o “sketch” Os Monstros Sagrados, que deu nome ao primeiro espetáculo, aos quais se acrescentam novos diálogos do autor, inéditos em Portugal. Desta vez os Monstros estão Sem Abrigo, vítimas da crise, e vivem debaixo da Ponte 25 de Abril. Os seus habituais Smokings encontram-se usados e remendados, deixaram crescer a barba e o cabelo e passeiam pela cidade o seu carrinho de supermercado cheio de objetos que vão encontrando no lixo. Mas, apesar da crise, os Monstros não deixam de manter os seus diálogos filosóficos, absurdos e cómicos, sobre o Teatro, a Música e a Vida, recordando velhos tempos e mantendo a mesma máxima: “nós não tentamos ter graça, limitamo-nos a ser inteligentes e a encarnar a estupidez da nossa época”. ------------------------------------------------------------------------------------------------HANGOVER “A ressaca nunca mais será a mesma”, M12 Quinta 24 outubro - 22h Teatro Miguel Franco - Leiria Entrada: 7€ / 5€ (sócios de O Nariz e estudantes) Conceito e criação: Kristian Winther, João Pamplona e Mads Petterson Recriação e interpretação: João Pamplona, Martinho Silva e Gilberto Oliveira Imagina que acordas num quarto estranho com uma terrível ressaca... Sem ideia de onde estás, nem como lá chegaste. E o pior de tudo, não há saída... Três estranhos acordam num espaço fechado desprovido de conforto e sem qualquer aparente saída. Para além de não se reconhecerem, todos sofrem de um mal comum - uma ressaca. Conseguirão eles superar as suas diferenças, talvez mudar e aliarem-se para ultrapassar a ressaca encontrando assim uma saída da crise em que se encontram? -------------------------------------------------------------------------------------Tipo Teatro Infantil “Histórias à volta de nós – Olhos D’Água” Sábado 26 outubro - 22h Espaço O Nariz – Recreio dos Artistas Entrada: 4€ Texto: Luís Mourão Encenação: João Bota Interpretação: Cristiana Sarroeira, João Bota, Sónia Gouveia “Choque. Chocar. Abalroar. Ferir. Impressionar. Namorar.”


Um texto onde as palavras se trocam por sinónimos e os sinónimos por histórias. Três atores, um cenário maioritariamente composto por elementos reciclados, um conjunto de marionetas e um desenhador, propõem uma viagem dentro da História. Artur e Inês, duas personagens que aparentemente nada têm em comum, a não ser o facto de se encontrarem sós, acabam por, entre conversas e confissões, entrar num mundo onde as histórias se transformam em cheiros, cores e sons. Estórias que passam à volta de nós e que fazem parte da nossa História. -----------------------------------------------------

O Nariz – Teatro de Grupo “Contos ao Pôr-do-sol”, M6 Domingo 27 outubro - 17h30 Castelo de Leiria Entrada: 4€ Contadores: Pedro Oliveira, Liliana Gonçalves, Ana Moderno, Vitoria Condeço, Luis Mourão, Cidália Silva, João Augusto, Rita Leal, Edite do Rosário, Virgínia Coelho Músicos: Daniel Reis, Diana Catarino, Índios da Meia-Praia, Gonçalo Reis, Yumiko Ishizuka Pereira, Joni Serra, entre outros Sessão de música e contadores de histórias, tradicionais ou de autor, ao pôr-do-sol. A arte de contar histórias caminha com a história da humanidade, com as mudanças provocadas pelas descobertas e com a deslocação do Homem durante toda sua existência. Apesar das diferenças regionais e da característica singular de cada sujeito e de cada época, certos sentimentos não são históricos e podem encontrar-se em diversas formas de manifestação cultural. Contando histórias, o contador, em interação com o outro, transforma-se numa espécie de instrumento para a veiculação de mensagens e informações. Perde-se de si mesmo como sujeito, para ser meio, caminho e processo. ------------------------------------------------------------------------------------------

Teatro de Montemuro “O Gigante”, M6 Quinta 31 outubro - 22h Teatro Miguel Franco - Leiria Encenação: Paulo Duarte e Awdrew Purvin Cenografia e Marionetas: Andrew Purvin e Laura Brannon Interpretação: Abel Duarte, Eduardo Correia e Tanya Ruivo Entrada: 5€ / 4€ (sócios de O Nariz e estudantes) Um avô só e sem forças para lutar. Afastado das gentes deste local, vesse agora com uma criança nos seus braços para cuidar, educar, ajudar a crescer. Uma criança que vive num outro universo. Um universo de traquinices, onde tudo é possível, onde tudo é diferente da realidade. Uma criança que procura ainda a sua identidade. Uma jovem que tenta desfazer-se do passado, deixando tudo para trás e que julga encontrar neste local, um possível sítio para recomeçar uma nova vida. Um sítio onde pode ser respeitada, onde os espíritos possam estar mais próximos dela, onde consiga viver. Mas existe o resto do povo. Povo este que não gosta desta gente, que é tão diferente deles. Um avô sempre mal disposto! Uma criança sem educação! Uma jovem que dorme ao lado das abelhas! É tudo muito estranho! Dizem eles.


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