2 3 6 2 0 9 9 3 0 Te l e f o n e · 2 3 6 2 0 9 9 3 9 F a x · L a r g o d o C a r m o, 2 0 R / C E s q . · A p a r t a d o 1 · 3 1 0 0 - 4 5 1 P o m b a l · i n f o @o e co . p t · w w w. o e co . p t DIRECTOR
João Carreira Mensário 1 de Julho de 2009 Ano LXXVII N. 2826 Gratuito Infomail
Suplemento Desporto A temporada 2008/2009 em análise
Em causa a Pombal Viva e a gestão das Festas do Bodo
Auditoria confirma ilegalidades em empresa municipal }relações de proximidade indesejáveis com fornecedores }cobertura na emissão de facturas falsas }despesas sem validade fiscal }gratificações a funcionários sem aval da administração páginas 10 e 11
“
Fui uma espécie de área de serviço da política e do município Entrevista Ofélia Moleiro, deputada no Parlamento, eleita pelo PSD
Entrevista Alcides Simões, candidato da CDU à Câmara de Pombal
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Coligação com PS ou PSD seria uma hipótese
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Julho 2009
opinião pública EDITORIAL
a quente
O Bodo, a auditoria, meias-tintas e troca-tintas
“A praia do Osso da Baleia é um exemplo para o país”. João Ferrão
“Os ambientalistas têm de ter abertura suficiente para aceitar que nem sempre têm razão”. Belmiro de Azevedo, na inauguração do Parque Eólico de Sicó
“Era cortar-te o pescoço”, comentário de um dos populares que se juntou à entrada do Tribunal de Pombal, para ver passar o homem que, alegadamente, matou e congelou a mãe
“O individualismo impera entre os autarcas”. Fernando Marques, presidente da Câmara de Ansião, na tertúlia “ADSICÓ uma experiência de 20 anos de trabalho intermunicipal”,
Na última edição, o editorial d’O ECO escrevia sobre as Festas o Bodo. Ou melhor, sobre o “afastamento” de um administrador da Pombal Viva, responsável pela organização do evento. E expressava alguma perplexidade. Valerá a pena repetir, um mês depois, o que então se escreveu.
explicar. Se a auditoria, como já foi insistentemente sublinhado, não detectou qualquer fraude, então porque razão foi o administrador colocado à margem de todo o processo? É que a lógica não sobrevive à evidência: a derrapagem já era conhecida e fragilizara a imagem da autarquia, sobretudo em tempos de crise. Então, o que mudou entretanto?”
“As contas das Festas do Bodo continuam a dar que falar e fizeram para já a vítima mais óbvia. O administrador da Pombal Viva, a empresa municipal que organizou o evento no ano passado. João Vila Verde, já se percebia, tinha perdido o pé, até porque os resultados não coincidiram com as promessas. Agora, foram apresentadas as conclusões de uma auditoria que empurrou a Câmara de Pombal a afastar Vila Verde da organização do Bodo este ano, quando estamos a um par de meses do início do evento. A grande questão que se coloca e que causa grande perplexidade, ainda está por
Um mês depois - e com os resultados completos da auditoria na mão, que revelam um rol de irregularidades espantoso, sobretudo quando se pensa que a Pombal Viva deveria ter acrescentado maior profissionalismo à organização do evento – ficam outras questões: a Câmara de Pombal entende que afastar João Vila Verde da organização do Bodo é suficiente? Se nos ficarmos pelas meiastintas como poderemos no futuro evitar troca-tintas?
p Polaroid Renato Oliveira Martins, aluno do 6.º ano no Instituto D. João V (Louriçal) sagrou-se vice-campeão nacional do Campeonato superTmatik Cálculo Mental. O jovem tinha ficado em primeiro lugar, no seu escalão, na Final Internacional online daquele concurso. O torneio é dirigido a alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ci-clos do Ensino Básico que, durante a prova, devem m mostrar-se capazes de criar e utilizar estratégias de cálculo próprias para conseguir responder rápida e correctamente às questões colocadas.
SOJORMEDIA SGPS
Redacção Sandra Mesquita Ferreira (T.P. nº 930) Cid Ramos Coordenador Comercial João Agrela
Director João Carreira (Carteira Profissional nº 3139)
Colaboradores Adelino Leitão, Adérito Araújo, Adelino Malho, Cid Ramos, Diogo Mateus, Feliciano Barreiras Duarte, Fernando Carolino, Fernando Falcão Martinho, Filipe Ruivo, Gilberto Carrasqueira, João Melo Alvim, Maria Ofélia Moleiro, Nelson Cardoso, Pedro Pimpão, Rui Miranda.
O cansaço
Mas sim a força da vida, A esvair-se lentamente!
Olho pra vida que tenho, E pró trabalho que faço Ando! Não sei de onde venho… Só sei que sinto cansaço!
Neste mundo tudo cansa Até o próprio cansaço… O descanso só se alcança Lá no sidério espaço!...
Gosto muito do luar! E do Sol, que tudo aquece! Mas cansa-me tanto olhar Pr’á teia que a vida tece…
Perfeito Rodrigues poeta… Sincero muito decente Tem espírito de profeta Amigo de toda a gente!...
O cansaço não é medida Que transvase de repente…
o O João das Farturas
Paginação Carlos Cardoso, Cristina Silva, Eduarda Lopes, Margarida Côrte-Real e Vítor Pedrosa
Propriedade e Edição Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. Contribuinte Nº 500 096 805 Capital Social 250.000 euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado no ICS sob o nº 100 512
Contactos Rua D. Carlos I, 2-4 Apartado 102 2415-405 Leiria-Gare Telefone: 244 819 950 Fax: 244 828 905
Impressão
Gerência Ângela Gil, Francisco Rebelo dos Santos e Pedro Costa.
Linha do Leitor
Imprejornal, SA Tiragem deste número 10 000 exemplares
Tel.: 808 201 933 Membro de: Associação Portuguesa de Imprensa
correio leitor
Julho 2009
CARTA
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h Parabéns a Você!
É uma vergonha e um escândalo Tranquilos. Não vou falar no epifenómeno, CR7. Este é um dado adquirido e globalizado. Não tem remédio à vista e a solução parece-me, a médio prazo, muito frustrante para o referido indivíduo que está a ser desgastado na sua imagem e não só... O que eu considero uma vergonha, um escândalo é o que se passa com o trabalho infantil. Dedica-se um dia do ano ao assunto e os restantes dias a abusar das crianças, empregando-as em trabalhos muito pesados. Vi, com emoção e revolta, imagens transmitidas no dia 12 de Junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, em que crianças de 2 anos (não há engano – é mesmo 2 anos!), aparecem a partir pedras com um martelo, para ajudar as mães empregues no mesmo trabalho. Estou certa que devem ter sido mais as pancadas nos pequenos deditos do que nas pedras. A seguir outras transportavam tijolos com evidente esforço das mãos que deviam segurar uma boneca, uma bola ou qualquer outro brinquedo! As imagens que referi não dizem respeito ao nosso país, o que não quer dizer
que estejamos imunes a tal flagelo. Em 1990, o trabalho infantil era ainda uma chaga social, mas a fiscalização e o aumento da escolaridade obrigatória, diminuíram um pouco o seu impacto na sociedade. A escolaridade obrigatória ainda é em muitos lugares uma quimera e quanto à fiscalização é fraca por falta de meios humanos e vontade política e as próprias crianças envolvidas são industriadas para fugir dos locais de trabalho quando se anuncia a presença dos inspectores. Se muitos dos que recorrem ao trabalho infantil na pessoa dos filhos, o fazem por necessidade de aumentar o salário familiar, também há pais que fomentam e se orgulham do «trabalho» dos filhos. Estou a referir-me ao trabalho dito artístico. Para spots publicitários e telenovelas empurram os filhos para as luzes da ribalta. Aí, não só lhes roubam tempo para descansar ou brincar, mas envolvem-nos em ambientes morais que deixam muito a desejar. Muito do trabalho infantil é um trampolim para o abismo moral e não sou eu que o digo, mas alguém que é
especialista – Catarina Tomaz, da Universidade do Minho. “No caso português, verificamos, nos últimos anos, uma passagem da exploração directa – através das fábricas e dos ateliers de confecção e calçado – para as piores formas, que são o tráfico de menores, nomeadamente a prostituição infantil”. O observador permanente da Santa Sé na ONU em Genebra, D. Silvano Maria Tomasi, durante os trabalhos do 98º Encontro Anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se realizou em Genebra, na Suíça, pediu que fosse assegurada a dignidade dos trabalhadores. Com certeza que na sua mente estavam os trabalhadores jovens e adultos. O que diria D. Tomasi, se se referisse ao trabalho infantil? Aí, além do atentado à dignidade da criança, há uma violação dos seus direitos e um hipotecar do seu futuro, quer em relação ao desenvolvimento físico, quer psicológico e mental.
o Maria Fernanda Barroca
Inocêncio Marques (IMAR) Maria Rodrigues Jesus Pela passagem do 62º aniversário do vosso casamento, realizado em 9 de Junho de 1947, as filhas Albertina, Maria Arminda, Adelina Belmira e respectivos maridos desejam-vos as maiores felicidades e que contem ainda mais alguns anos.
A colectividade da sua terra cumpre mais um aniversário? Há membros da sua família que vão apagar velas na próxima semana? Envie-nos a fotografia e uma mensagem de felicitação, que nós prometemos publicar.
p Polaroid Plátano de interesse público Nem só de monumentos de faz a história de uma região. No Louriçal, há um plátano de foi classificado como de interesse público, pela Autoridade Florestal Nacional. A famosa árvore habita no passeio pedestre da EN nº237, na rua dos Bombeiros Voluntários. É o terceiro elemento do património da freguesia do Louriçal a ser considerado de interesse público, depois do Pelourinho e da Capela da Misericórdia.
Livro ajuda instituições de solidariedade social
SMS 962108736 “Exmos Senhores, gostaria de levar ao conhecimento do concelho de Pombal que nos Matos da Ranha ajustaram e mandaram substituir um tecto falso na capela do lugar por uma valor que ultrapassa os 40000,00 euros, valor esse que pretende ser suportado por a própria comissão da capela e através de peditórios. Estou indignada eu e o muitos populares pela forma como é usado dinheiro público com tantas crianças a necessitarem e instituições de solidariedade no sufoco! É assim que a Igreja que prega a entreajuda usa valores astronómicos para mandar por um novo tecto falso que bem podia esperar nesta altura de crise! Esclareçam por favor e divulguem!” Célia Ferreira, Matos da Ranha (Vermoil)
“Expressões e Tradições e Mesinhas da Avó”, o segundo livro de Manuel Domingues, é uma espécie de obra 3 em 1: relembra as tradições do concelho, homenageia os emigrantes e ainda tem um papel solidário. Vamos por partes. Manuel Domingues começa por recordar a sua infância e, mais tarde, a partida para França, onde foi emigrante durante 12 anos. É nesta altura que o livro se torna numa homenagem aos emigrantes que, para o autor, foram “essenciais para o desenvolvimento do país e da região”.
Ao vasculhar as histórias de um Pombal longínquo, o autor encontra-se com as crenças e mezinhas da época. Antes que as curas naturais, que só os avós conheciam, caiam no esquecimento, Manuel Domingues reúne-as neste livro. Terceira parte: solidariedade. A receita de “Expressões e Tradições e Mesinhas da Avó” reverte, na integra, para instituições do concelho. E é lá – na CERCIPOM, APEPI, Conferência S. Vicente de Paulo ou Alzheimer Portugal, por exemplo – que os interessados podem adquirir a obra.
O ECO dedica agora este espaço à opinião mais “espontânea” e mais célere dos leitores. Agora pode enviar as suas opiniões por SMS para o número de telemóvel õ 962 108 736. A mensagem deve incluir o nome e a localidade, sendo publicada no site e na edição seguinte. É que a sua opinião… conta!
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plateia Livros
Leite Derramado Chico Buarque Dom Quixote
Jogos de vídeo Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história da sua linhagem, desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até ao tetraneto, um jovem do Rio de Janeiro actual. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e económica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos.
CD’s
E de vez em quando lá surge um jogo pelo qual vale a pena fazer um investimento. “Prototype” é uma agradável surpresa e um dos melhores do ano “Prototype” fala-nos de Alex Mercer, nome que, certamente, vai ser muito falado nos próximos tempos. Este antigo cientista de uma empresa de engenharia biológica, a Gentek, foi apanhado no meio de uma conspiração. A cidade de Nova Iorque foi tomada por um vírus que se está a propagar a grande velocidade. As autoridades decidem fechar a cidade e é então que começa a saga de Mercer. O herói que o jogador irá controlar acorda numa morgue, sem recordações do passado, a não ser uma, a sua irmã Dana Mercer. Ao mesmo tempo, Alex descobre que também foi infectado pelo vírus, dispondo agora de poderes sobrenaturais, como uma força desmesurada e um braço que destroça tudo quanto apanha à frente. Este é o ponto de partida do jogo e de uma personagem que se vai transformar num autêntico predador para aqueles que lhe tramaram a vida. Jogado na terceira pessoa, a visão que temos de Alex e a forma como o controlamos é deliciosa e espantosa. Guiado pela irmã, Alex desloca-se livremente por Nova Iorque em busca dos culpados pela sua situação. Surgem então os combates, muitos deles sem grande história, tal as soluções poderosas que Alex tem para derrotar os inimigos.Sem dúvida, “Prototype” merece figurar entre os melhores do ano e Alex Marcer fica a pedir uma continuação da saga para outras oportunidades.
o Nuno Machado
Rodrigo Leão A Mãe Sony Music Entertainment Portugal
No seu último álbum, Rodrigo Leão presta homenagem à sua mãe, falecida recentemente. O músico conta com a participação de convidados como Neil Hannon (Divine Comedy) ou Stuart Staples (Tindersticks) e Melingo. No total são 17 temas inéditos, disponíveis também numa edição especial, em CD duplo. Um disco para todos: os que acompanham Rodrigo Leão desde o início de carreira e os que o descobriram recentemente, através da série “Equador”, da TVI.
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luzes da ribalta
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CIENTISTAS DO IDJV Criar biodiesel, biogás e produtos cosméticos são tarefas simples. Pelo menos, é o que garantem os alunos do 12º ano do Instituto D. João V (Louriçal) que, ao longo do ano, realizaram projectos em que mostraram como a Química está ao alcance de todos. Enquanto os rapazes criaram biodisel a partir de óleos alimentares e biogás a partir de excrementos de suínos, as meninas desenvolveram uma linha de cosméticos naturais, que inclui cremes, máscaras hidratantes, bálsamos para os lábios, sabonetes e cera depilatória. Houve um grupo que preferiu estudar as reacções químicas do álcool e simulou até o “teste do balão” na escola. Por fim, um conjunto de alunos decidiu partir à descoberta dos métodos de produção de manteiga, queijo, iogurtes e leite em pó. Os jovens construíram mesmo iogurteiras e queijeiras, reutilizando materiais.
LIONS TEM NOVA DIRECÇÃO Luzia Domingues é a nova presidente do Lions Clube Marquês de Pombal. A direcção tomou posse a 21 de Junho, num encontro que contou com a presença do Governador do Distrito 115 Centro/Sul, General Cipriano Pinto. Na ocasião, foi também assinado o protocolo entre a Câmara de Pombal e o Lions Clube, com vista à construção do Centro de Dia para Doentes de Alzheimer. Fazem ainda parte da actual direcção Tomé Lopes (vice-presidente), Laura Luís (secretária), Avelino António (tesoureiro) e João Mário Gonçalves (director de Sócios).
ETP-SICÓ POR TERRAS DE ITÁLIA Um grupo de cinco alunos e três professores da Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (ETP-Sicó) viajou até à Ilha de Sicília, na Itália, onde se encontrou com representantes de escolas da Polónia, Itália e Bulgária. O intercâmbio resulta do projecto Culture Vulture’s e-ABC: an Alphabetical e-Guide to Bulgarian, Italian, Polish and Portuguese Cultures, que visa aprofundar as competências dos alunos nas áreas de história, literatura, geografia, artes, artesanato.
COLÉGIO JOÃO DE BARROS VENCE NA RECICLAGEM O Colégio João de Barros foi um dos vencedores do concurso “Com o Papel no Coração”, promovido pela Valorlis. A escultura dos alunos de Meirinhas, feita com papel usado, foi considerada uma das mais originais. Participaram no concurso alunos das escolas da área de influência da Valorlis (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós). A iniciativa visava promover a reciclagem de papel.
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frente a frente 1. No resultado das eleições europeias deve-se destacar a vitória do PSD, a descida a pique do PS ou a subida do Bloco de Esquerda?
2. 16 anos depois, que mais pode oferecer o presidente da Câmara e recandidato Narciso Mota a Pombal?
3. Adelino Mendes, o candidato do PS, acredita mesmo Fernando Daniel Carolino Membro da Assembleia Municipal de Pombal eleito pelo PS
que pode vencer as eleições para a Câmara de Pombal ou é simples optimismo que quer pegar por contágio?
Em nenhuma das três vertentes. O que devo registar é a abstenção/desinteresse em massa expressa pela população portuguesa e em particular neste nosso concelho. Não posso deixar de condenar veementemente a desresponsabilização de todos aqueles que por direito constituído, devem exercer o seu voto e sem quê nem para quê o não fizeram por manifesta vontade própria. A vitória do PSD significaria um acentuado aumento de votos em percentagem, algo que não o registei. A descida do PS significa uma penalização da parte do eleitorado, registei. A subida do BE, algo que só se explica pela rebeldia e o muito desconhecimento do que é uma política europeia e da sua expressão para Portugal. Mas, ainda assim o maior destaque, para mim, é aquele que se prende com a génese da eleição, a Europa. Essa, não foi discutida, nem debatida, nem apresentada, ou mesmo aconselhada, enfim foi relegada para um último plano e quando assim é efectivamente o destaque maior tem de ser esse.
Na minha opinião, nada de novo e até mais do mesmo, algo vai mal ou menos bem dentro do PSD/Pombal. Esgotou-se o tempo útil, para este candidato, de fazer o quer que seja. Alias basta ver e comparar com o passado recente e o programa político outrora apresentado para ver que pouco ou mesmo nada mudou. Fizeram-se estradas, fizeram-se arranjos pontuais, uma ou outra obra iniciada mas ao mesmo tempo deixaram-se extravasar as polémicas mal explicadas e resolvidas, vide a empresa municipal, PombalViva, EP (Bodo e estacionamentos), a polémica ETAP (seu financiamento e sustentabilidade), a implementação da unidade de Cuidados Continuados, a água – preço e qualidade da mesma, os projectos megalómanos a erigir ou não (Go Shopping), a substituição do Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, enfim de tudo um pouco esteve presente neste mandato. Se anteriormente houve um efeito surpreso, por parte do (rerere) candidato, agora vive-se num periclitante de quem o vai acompanhar. Muitos são aqueles que se afastam e isso é sinal de algo menos bom ou de bem internamente. Está, uma vez mais reitero a opinião, efectivamente esgotado e a precisar de aplicar na prática o que sempre defendeu, a limitação de mandatos.
Há pelo menos a convicção de ser uma alternativa credível ao actual estado das coisas (na pratica do terreno) e ao PSD de Pombal (num campo politico). A crença, essa existe no âmago de ser de uma geração nova, com ideias novas, com vontade reforçada para mudar o rosto do concelho. Será pelo menos a razão de acreditar que nos jovens, em Pombal, também existe quem possa dar uma nova dinâmica e quebrar com a rotineira forma de fazer politica local e de governar em Pombal, perpetuada nestes últimos 16 anos. Vencer as eleições é um desafio difícil, para Adelino Mendes e que somente o eleitorado pombalense poderá dar o seu aval positivo. O optimismo tem de ser sempre potenciado. Partir para uma empresa destas sem se revelar optimista, não é de bom tom e pode mesmo ser o princípio do fim de todo um projecto, consensual, unitário, concelhio, pessoal e partidário.
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Pedro Pimpão Membro da Assembleia Municipal de Pombal eleito pelo PSD
Essas são ilações que se podem legitimamente extrair do último processo eleitoral. Eu destacaria a importância para o debate político-partidário nacional da vitória do maior partido da oposição, que permite aos cidadãos voltarem a ter fortes expectativas sobre o papel que este partido pode desempenhar ao leme de Portugal neste contexto de crise. Há cerca de duas semanas, ninguém julgava alcançável a vitória do PSD ou a derrota de Sócrates nas próximas legislativas. Com este resultado, volta a ser estimulado o debate político, assim consigam ser apresentadas propostas claras de como se pretende resolver a situação económico-social crítica em que se encontra o nosso país. O destaque negativo e deveras preocupante vai para a abstenção que deve inquietar bastante os nossos agentes políticos. Os exemplos que nos são dados nem sempre são os melhores e só com gente séria e humilde, as pessoas poderão voltar a acreditar na classe política.
Os pombalenses não são ingratos e sabem que Narciso Mota tem tido um papel determinante no desenvolvimento do nosso concelho, desde logo na aposta em infra-estruturas essenciais ao nosso crescimento. Narciso Mota já ofereceu muita coisa a Pombal, desde logo uma gestão competente e rigorosa, que leva a que tenhamos um Município com um nível organizativo e de realização de compromissos claramente à frente na realidade do poder local em Portugal. Para além da gestão rigorosa que deveria ser extensiva a toda a administração pública, Pombal está na linha da frente dos avanços tecnológicos, área onde damos cartas a nível nacional. Esta projecção do Município de Pombal que é hoje um marco em termos autárquicos em Portugal, torna-se um referencial de estabilidade e uma profunda mais-valia para todos nós. Pombal é hoje conhecido pela sua gestão rigorosa, pela sua organização e pela modernização no que respeita ao aproveitamento das novas tecnologias. Para além do seu historial, Narciso Mota pode ainda oferecer a concretização de um conjunto de projectos que estão em marcha e que terão um forte impacto em termos locais e estratégicos.
Sinceramente, não acredito que estejam reunidas as condições necessárias para o candidato do PS vencer as eleições para a Câmara Municipal de Pombal. Estamos a apenas três meses das eleições e ainda não foi apresentado nada de novo para Pombal. Parece-me que não podemos apregoar sermos o rosto da mudança e depois termos o mesmo tipo de práticas banais e iguais a tantas outras candidaturas do passado. Ainda não se viu nada de inovador que confirme a tão propalada mudança. Espero convictamente que a candidatura do PS traga ideias novas para o confronto politico, porque é isso que se espera das novas gerações que vão tendo o seu espaço. Quanto ao optimismo evidenciado, creio que é criado pelo facto de acreditarem que poderão ter um melhor resultado que há 4 anos, o que não deve ser muito difícil.
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Agenda
julho
! r e d r e p o ã n A
ANCHO R O D E R E FOLCLO FESTIVAL D NESAS DA MATA O “AS CAMP A” MOURISC
04 SÁB
à eça sábado m o c o ã ç a A anim , com a domingo u n ti n o c e noite populae marchas d le fi s e d um res.
18 SÁ
“14 H B OR A Org SA
PED Ciclo a n i z a d o turism p e l o ALAR” za-se o Pom Club en b 12 ho tre as 22 h al. A prov e d e ras de a o domi ras de sáb realiado e ngo. as
1 QUA - Jornadas Culturais no Louriçal, a propósito das comemorações dos 300 anos do convento. - A exposição “Conchas do Mundo”, do coleccionador Carlos Carvalho, pode ser visitada no Museu Municipal de Alvaiázere, até ao mês de Outubro.
2 QUI - A Orquestra Gulbenkian encerra o 27º Festival de Música em Leiria. Concerto às 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva. Bilhetes entre oito e dez euros. - Seminário “A Gestão da Qualidade e o Sucesso Empresarial - Impacto da Norma NP EN ISO 9001:2008 na Gestão das Organizações ”. A partir das 14h30, na Associação de Industriais do Concelho de Pombal.
3 SEX - Espectáculo de dança pela escola COPPÉLIA, no grande auditório do Teatro Cine de Pombal, às 21 horas - Inauguração das exposições “Os Menezes da Casa do Louriçal”, no Arquivo Municipal de Pombal, e “Pelo Tempo no silêncio do claustro”, no Arquivo Distrital de Leiria. As mostras inserem-se nas comemorações dos 300 anos do Convento do Louriçal e podem ser visitadas até ao final de Agosto. - XX Torneio Juvenil de Ténis de Pombal
4 SÁB - “A Pedalar com os romanos”. Passeio BTT pelas ruínas das Terras de Sicó - 31 km em terre-
no fácil, no sábado, e 50 km de puro BTT no domingo. Informação em www.go-outdoor.pt - Torneio de futebol 7, no estádio municipal de Alvaiázere. Prolonga-se até domingo. Inscrições: 915 698 731. - Yann Tiersen, o músico francês que ficou conhecido pela banda sonora do filme “O Famoso Destino de Amelie” actua no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Bilhetes a 20 euros.
5 DOM - Nelly’s Dance actuam no Teatro Cine de Pombal, às 21 horas.
9 QUI - A orquestra Típica Fernandez Fierro actua no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Bilhetes a 10 euros.
11 SAB - Festa de Nª Senhora dos Remédios, em Figueiró dos Vinhos. Prolonga-se até domingo - VI Triatlo do Zêzere, em Pedrógão Grande. A partir das 16 horas, com partida na Barragem do Cabril
17 SEX. - Tem início a XVII Feira de Artesanato de Santiago da Guarda. Continua até domingo.
20 SEG - Começam as actividades de educação ambiental nas praias Ana de Aviz e Fragas de S. Simão (Figueiró dos Vinhos)
21 QUA - É encerrada a exposição Celiart - Artes Decorativas que, desde o final de Junho, pode ser visitada na Galeria de Exposições do Teatro-Cine de Pombal.
22 QUA - Peça de teatro da associação Talentus, no Teatro Cine de Pombal
23 QUIN - Começam as Festas do Bodo
25 SÁB - Feira de S. Pantaleão (Figueiró dos Vinhos)
13 SEG
26 DOM
- Workshop “Poupar energia em casa”, promovido pela Quercus. No mini-auditório do Teatro Cine de Pombal, às 21h30
- XXVII Meia Maratona de Pombal, com partida em frente ao Tribunal - 6º Ciclo Relógio, nos Foitos. Prova de ciclismo, em 13 quilómetros cronometrados
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à conversa com o candidato da CDU à Câmara de Pomb - Porque é que decidiu avançar com a candidatura à Câmara de Pombal?
O lugar foi-me oferecido incondicionalmente. Sendo pela CDU, poderia levantar algumas dúvidas, num distrito manifestamente laranja, em que nem o PS consegue romper. Se recuso, sempre poderiam dizer – e com toda a legitimidade – que eu tinha recusado uma proposta de mudar as coisas; se aceito, o desafio é difícil. Mas se fosse fácil também não tinha mérito nenhum. - Já alguma vez tinha tido participação activa na vida política?
Fui candidato a Vila Cã, há 16 anos, como independente, pelo PSD. Exactamente pelos mesmos motivos, mas sob a condição de que ficava no fim da lista.
“Uma coligação ou PSD seria um
- Não queria ser eleito?
Se queremos fazer um trabalho bem feito, devemos preparar o trabalho de casa. E, na altura, eu não tinha tempo. No entanto, vinha a todas as reuniões da Assembleia. Estive, vi e ouvi o que as pessoas tinham para dizer. E quando entendia que as pessoas tinham razão, manifestava o meu desacordo. Agora penso que tenho mais disponibilidade. - Em que é que consiste esse trabalho de casa?
Isto é uma equipa. A equipa terá que trabalhar, fornecer elementos, para eu poder organizar toda a proposta ao eleitorado, dentro daquilo que penso que vou conseguir realizar. Aqui não há uma fixação de objectivos pelo eleitorado. Num mandato não há ninguém que consiga fazer tudo o que foi prometido e que foi sucessivamente adiado. É impensável. Tanto mais que essas promessas não cumpridas estão inacreditavelmente oneradas.
- Que outras políticas falharam?
É mais que sabido que as obras do novo Centro de Saúde foram adiadas. Posso também falar numa situação que é premente e que a Câmara podia de alguma forma mandar em primeira-mão, que é um hospital do tipo retaguarda. As pessoas querem ir de férias, onde é que vão por as pessoas, é num hospital? Então e os lares querem acamados? Também não!
eu, Alcides Nome Alcides Simões Idade 56 anos
- Quais são, então, as prioridade da CDU? - De que promessas estamos a falar?
A cidade tem um grave problema de mobilidade. Qualquer pessoa percebe que as estradas passaram a ruas da cidade. Ou seja, vamos direito à cidade numa estrada – que já não é estrada, isto agora são tudo povoações umas em cima das outras e isso tem consequências bastante graves ao nível de acidentes –, chega-se à cidade e acabou a estrada. - A cidade vai crescendo…
Mas o crescimento tem de ser ordenado, tem que ser planificado em termos globais. Se não se consegue fazer isso, pelo menos condiciona-se as áreas onde está disponível a construção. Isso era o mínimo que devia ter sido feito no Plano Director Municipal (PDM). O PDM assentou em pressupostos de há 50 anos, o conceito de desenvolvimento urbano era outro. Não serviu e devia ter sido revisto num curto espaço de tempo. - Essa é uma das propostas da CDU?
Sim, tem que haver ordenamento e mobilidade. Onde é que estão as paralelas ao aterro da nacional 237? Onde é que estão as paralelas à via férrea e Nacional 1? Não existem, nada disso foi acautelado. [A situação] agravou-se porque se deixou construir, e agora o que é que se pode fazer? Têm de ser feitos estudos, e mais estudos, para ver a viabilidade, mas isto vai sair brutalmente encarecido.
Criar as condições para que as oportunidades que apareçam sejam aproveitadas. Resumidamente é isso. Em termos de ordenamento de território, se houver oportunidade de se criar vias de comunicação que facilitem a acessibilidade dentro da cidade, há que aproveitá-las. Temos é que fixar à partida o que pretendemos fazer. Se a oportunidade aparecer, nós já estamos preparados para a receber. - É isso que tem falhado na Câmara?
É muito fácil a quem está de fora apontar erros. É inacreditavelmente fácil. Mas há erros que são imperdoáveis, pelo arrastar do tempo. Não é um mandato, são montes de mandatos. Eu defendo que ninguém deve estar demasiado tempo [na Câmara], um mandato chega e sobra. Lança-se e quem vier a seguir que dê continuidade, se quiser. - Então, na sua perspectiva, já estava na altura de Narciso Mota ceder o lugar a alguém.
Sim, sim. O engenheiro Narciso Mota, quando muito, dois mandatos. Há que dar o lugar, porque vêm aí ideias novas. Quando entramos temos ideias e ao fim de um mandato gastamo-las. E o que acontece – e provavelmente poderia acontecer também comigo – é que as [ideias] dos outros não prestam. Porque são dos outros.
[silêncio] O engenheiro Narciso Mota vai continuar a deixar afundar Pombal. Ao longo destes 16 anos, Pombal entrou em declínio. O Adelino Mendes, depende da retaguarda que tiver a apoiá-lo, porque ele é muito novo e vai descobrir que não vai ser possível concretizar montes das ideias que tem. - Uma dos objectivos da CDU é eleger um deputado?
Um dos objectivos da CDU, que eu consideraria um bom resultado, é ter alguém lá dentro. Isto, pela CDU. Eu tenho mais objectivos, sou ambicioso.
Música: música de Nata Signo: Peixes. Mas não ligo a signos Um político de referência: Ramalho Eanes Característica de personalidade: saber ouvir Mania: ler manuais de instrução Lema de vida Continuar a trabalhar cada vez mais com auto-confiança. Chegar pelo menos à idade do meu tio-avô, que morreu com 93 anos. Clube de futebol: São todos bons. Gosto de ver um bom jogo
“Narciso Mota vai continuar a afundar Pombal” - Atendendo à tendência de voto do concelho, a presidência de Câmara vai ser disputada entre Narciso Mota e Adelino Mendes. Na sua perspectiva qual dos dois faria um melhor trabalho?
Livro: “O Sabor do Poder”. Livros sobre a II Guerra Mundial e ficção científica
- Qual é o seu objectivo?
Se puder chegar a presidente de Câmara, não vou perder a oportunidade. É difícil? Está bem. Mas não é por causa disso que eu não vou querer chegar a presidente de Câmara. O principal obstáculo é conseguir formar listas em todas as freguesias, o que não vai ser possível. Até o PS tem dificuldade. A actividade política está demasiado desacreditada e isso afasta as pessoas. - As pessoas em Pombal ainda escolhem por partidos em vez de escolher caras e projectos?
É um bocadinho diferente. Aquele [Narciso Mota] já conhecemos.
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com o PS ma hipótese” “Não sou militante do Partido Comunista” - A sua equipa alguma vez colocou a hipótese uma coligação?
Essa hipótese pode existir, mas não foi contemplada. - Mas seria uma hipótese a ponderar, se houvesse essa oportunidade?
Ah, sem dúvida. Até com o PS ou PSD. É sempre uma hipótese a ponderar. Temos de perceber uma coisa: eu não sou militante do Partido Comunista, candidato-me como independente. Não estamos a falar de ideologias, estamos a falar de uma maneira de estar na vida, o que é diferente. - Em termos ideológicos, identifica-se mais com algum partido?
Nenhum partido está certo em tudo. Ou cada um está certo em tudo, depende da prática [risos]. A teoria e a realidade podem revelar-se coisas totalmente diferentes. - Numa entrevista a’O Eco, Narciso Mota fez uma avaliação da oposição e atribuiu 15 a Adérito Araújo. O que é que o líder do Partido Comunista fez para cair nas boas graças do presidente?
Não incomoda. Não tem meios para poder incomodar. O Dr. Adelino Araújo, do que me foi dado a ver, é uma pessoa bastante comedida, que não fala por falar. Fala depois de avaliar as situações, não assenta em premissas. - E a CDU, que avaliação faz da gestão PSD na autarquia?
Tem que haver rigor na atribuição de subsídios. Não podemos meter ins-
tituições e associações todos no mesmo saco. Não consigo perceber quais são os critérios de atribuição. A uma instituição de solidariedade social não podemos exigir competitividade, mas a uma associação podemos. Ou seja: querem os subsídios? Trabalhem.
o (e)leitor pergunta Faltam estacionamentos em Pombal. O que propõe para melhorar esta situação?
O que é que a CDU vai fazer para diminuir o desemprego em Pombal?
Qual é a estratégia da CDU para dinamizar o comércio e atrair investimento para o concelho?
Dina Maria 43 anos, empregada de balcão
Adília Póvoa 75 anos, reformada
Manuel Domingues 62 anos, agente imobiliário
Isso prende-se, em grande parte, com a acessibilidade dentro da cidade. Do outro lado do rio é tudo gratuito, não há nada pago, só que não conseguimos chegar lá. Tem que haver estacionamento gratuito dentro da cidade. Eventualmente, a construção de estacionamento pago e gratuito, por pisos, pode ser uma solução.
O desemprego é uma política de Governo mas a Câmara pode captar investimento, criar condições para que as empresas se interessem. Pombal é um centro privilegiado e está atrasado. Tem a ver com o plano de ordenamento do território, novamente. Não se criaram espaços para uma empresa que chega aqui e quer instalar-se.
O PDM tem de ser revisto. Quem se quiser instalar, à partida, tem aqui o seu lugar. Os processos não podem demorar anos, as coisas têm de andar. A empresa vê que o investimento é rentável naquele momento, mas daí a dois anos pode já não ser. Por isso, não pode estar à espera, tem que ter o espaço próprio e as condições.
- Gastou-se muito dinheiro com associações?
Um milhão e tal! Foi muito dinheiro, num ano! É excessivo. Ou talvez não seja, até pode estar correcto. Mas quais são os critérios de atribuição? Podemos considerar que a atribuição de um subsídio a uma instituição é um investimento público? Podemos, se for a título de prémio por um trabalho prestado em benefício do concelho, da freguesia ou do distrito. Por outro lado, estacionamento pago, junto ao centro de saúde, acabou por ser retirado. Mas ninguém se engane, as máquinas de pagamento estão lá, não foi nada desmantelado. - Tornar o parque gratuito foi uma medida eleitoral?
Estou convicto que sim, caso contrário não se justifica que lá continuem os equipamentos. Além de não ser sério que estejam lá. Tenham lá paciência: então quem não sabe paga e quem sabe não paga? Não foi acautelado. O estacionamento assenta em pressupostos aprovados pela Assembleia, tudo premissas que saíram goradas. A Assembleia tem de ser mais cuidadosa nas autorizações que dá.
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actualidade POMBAL VIVA
Auditoria encontrou rol de ile } PS aproveitou Assembleia Municipal para questionar Narciso Mota
Afinal há ilegalidades na gestão da Pombal Viva. O Partido Socialista teve acesso ao relatório da auditoria realizada às contas da empresa e encontrou um conjunto de práticas ilicitas. Ainda assim, Narciso Mota continua a frisar que “nenhum pombalense detectou que fosse desviado um cêntimo” na empresa municipal. Foi o socialista João Coelho quem levou o assunto à Assembleia Municipal, realizada a 26 de Junho. O deputado elencou algumas das observações presentes no relatório da auditoria (ver caixa ao lado e em baixo) e concluiu: “estamos perante várias contra or-
denações e crimes de fraude fiscal”. Apesar dos factos apresentados, Narciso Mota não recua. “Não tenho medo de nenhum auditor, director de finanças ou judiciária”, afirmou. O presidente da Câmara continua a defender que “a Pombal Viva prestou um bom serviço ao concelho, em todos os domínios” e garante que já procurou “eliminar todas as pequenas irregularidades encontradas”. Por perceber está ainda porque é que o presidente da Câmara afastou João Vila Verde da organização do Bodo mas o manteve à frente da Pombal Viva. Em resposta às questões dos socialistas, Narciso Mota afirmou que não quer “martirizar quem tem uma longa vida pela frente e muito para dar ao concelho”. E explicou em que se baseia a relação de “cumplicidade” que tem com o administrador-executivo: “trabalho, competência, confiança, respeito mas, acima de tudo, honestidade”.
Narciso Mota assume responsabilidade Com João Vila Verde de fora dos destinos do Bodo, o PS quis saber em que moldes estão a ser organizadas as festas e quem vai assumir o sucesso ou insucesso do evento. As questões irritaram o presidente da Câmara que deixou a promessa: “Narciso Mota assumirá as responsabilidades”. De acordo com o presidente, os contratos que já tinham sido assumidos pelo administrador executivo da Pombal Viva estão a ser respeitados. É Diogo Mateus já está a fazer o acompanhamento do evento.
“Pombal Viva colapsou” Adelino Mendes não tem dúvidas: “A Pombal Viva colapsou”. O candidato do PS à autarquia, denunciou o “passivo desastroso” da empresa municipal. João Coelho também questionou a “viabilidade” da empresa, que “vive de receitas dos estacionamentos e perde clientes nos espaços que gere”, como o Teatro Cine.
Go!Shopping continua a dividir opiniões
} A Declaração de Impacte Ambiental deu parecer negativo à construção do centro comercial Go!Shopping do Casarelo. A decisão não surpreendeu os deputados do PS, que sempre questionaram a localização do empreendimento. O PSD não gostou que a oposição trouxesse de novo o assunto à Assembleia Municipal. Pedro Pimpão defendeu que
a construção do novo centro comercial “é uma questão com prós e contras, que tem de ser analisada fora do espectro políticopartidário”. O Go!Shopping “era de interesse para zona e vai-se perder como outros, por culpa do PS”, lamentou Narciso Mota. E frisou que a autarquia aprovava o investimento se este não desvalorizasse a zona do Casarelo.
O que diz o relatório da auditoria “Detectamos situações de compras de valores significativos em que apenas existe uma proposta de fornecimento”
“Detectámos a existência de aquisições de serviços que não foram objecto de formalização de contratos”.
“A prática seguida evidencia ainda uma relação de proximidade entre a Pombal Viva e os fornecedores em causa”
“A empresa deu cobertura a comportamentos indesejáveis do fornecedor enquanto contribuinte”
“Nos salários de Agosto de 2008 foram processadas “gratificações eventuais” a vários funcionários, num total de 3189 euros”
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Câmara quer deslocar helipista
galidades Relatório denuncia facturas falsas e despesas sem validade fiscal
} São muitas as ilegalidades detectadas pela auditoria às contas da Pombal Viva. A começar pela existência de documentos de suporte de despesas sem validade fiscal, no valor de 90 598 euros. } Foram identificadas situações de não concordância entre os serviços prestados e aqueles que são descritos nos documentos que os suportam. } Há também facturas que não estão devidamente justificadas: mil euros gastos em refeições sem que tenham sido identificadas as pessoas que usufruíwram delas; e 25 mil euros relativos à venda de equipamento para o Café Esplanada, equipamento esse cuja existência os auditores não conseguiram detectar. } Foram pagas “gratificações eventuais” nos salários de Agosto de 2008, no valor de 3189 euros, que não foram formalmente aprovadas pelo Conselho de Administração. } Não foram respeitadas as normas de contratação pública, que prevêem que, sempre que possível, sejam consultados pelo menos três fornecedores antes de aceitar uma proposta. } A empresa é acusa de “falha de controlo interno”, uma vez que “a funcionária responsável pelos aprovisionamentos é a mesma que procede à classificação e registo dos documentos contabilísticos e é a mesma que faz o inventário dos stocks” } Na comparação entre o valor dos bilhetes vendidos no Bodo, os depósitos e o valor das vendas a dinheiro emitidas pela empresa municipal, existe uma diferença de 1425,30 euros.
“Constatámos que nem todos os valores recebidos são integralmente depositados”
“Prestação de contas ao Executivo municipal foi incompleta”
A Centro de Meios Aéreos do Parque Industrial Manuel da Mota deverá ser deslocalizado para o Casalinho, onde já existe uma pista de aeromodelismo. A Assembleia Municipal aprovou um pedido de declaração de interesse público da obra. A Câmara justifica a mudança com a falta de condições da helipista actual. De acordo com o Executivo, o espaço não permite a aterragem de aviões de grande por-
te e o edifício de apoio precisa de obras. As explicações não convencem o PS. Adelino Mendes defende que “a deslocalização da pista é um grave erro de gestão porque significa desperdícios de dinheiros públicos”. O socialista entende que a “localização e desempenho” da Centro de Meios Aéreos não justificam investimento, que mais não será que uma “redundância”. Apesar das críticas, Nar-
ciso Mota continua convicto de que a mudança será a melhor opção. Segundo o presidente, a helipista estará mais próxima de zonas de fogos e poderá facilitar o combate a incêndios. Além disso, ao desviar os helicópteros, o presidente acredita estar a desviar o perigo do Parque Industrial, onde trabalham “muitas pessoas”. Ainda assim, Adelino Mendes garantiu que “os helicópteros pesados “não trans-
portam equipas de combate a incêndios”. “É preciso falar com quem fala de aeronáutica”, criticou. Apesar das observações dos socialistas - João Alvim chegou a pedir para a votação ser adiada, de forma a que todos pudessem consultar melhor o projecto - o pedido de declaração de interesse público foi aprovado pela maioria PSD, com os votos contra do PS e a abstenção de Nascimento Lopes.
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suplemento
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desporto TEMPORADA VISTA À LUPA
O melhor e o pior da época 2008/2009
Análise à época que terminou. Quem foram os protagonistas, as equipas que desiludiram, os jogadores que deram que falar e os treinadores que merecem destaque
páginas 4 e 5
Jogo das estrelas Melhores jogadores dos campeonatos distritais foram distinguidos
Este suplemento é parte integrante da edição nº 2826 de 1 de Julho de 2009 do mensário O Eco. Não pode ser vendido separadamente.
página 2
PAULO FÉLIX, TÉCNICO DO COLÉGIO JOÃO DE BARROS, FALA DAS COMPETIÇÕES EUROPEIAS
“Sonhamos passar uma eliminatória”
DANÇA DE TÉCNICOS NO FUTEBOL DISTRITAL
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Ricardo Silva em Pedrógão, Josélito vai para Ansião
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INICIATIVA PROMOVIDA PELO SITE ODERBIE
Jogo das Estrelas encerrou época desportiva } Melhores jogadores foram distinguidos Pela terceira vez consecutiva, o site desportivo www. oderbie.com e a Zimex levaram a cabo o jogo de Estrelas dos distritais de Leiria. O evento foi, uma vez mais, uma grande festa e contou com a presença de jogadores, treinadores e até jornalistas. Todos imbuídos no espírito festivo, que caracteriza o evento. A festa começou com a realização do encontro entre O’Derbie e os Amigos frente a treinadores de clu-
bes da AF.Leiria. A formação de O’Derbie venceu por 4-2, num jogo disputado do princípio ao fim, num clima de festa. Marcaram para a formação do site desportivo ODerbie Nuno Dias, Fábio Roxo (2) e Nuno Jesus. Pela equipa dos treinadores, Rui Bandeira bisou no encontro. A formação do Derbie e os Amigos alinhou com: Alexandre Silva, Filipe Ruivo, Licínio, David, Gonçalo Ramos, João Carreira, Ricardo “Joaninha” e Nuno Oliveira, Fábio Roxo, Paulo César e Nuno Dias. Jogaram ainda: Adélio Amaro, Nuno Jesus, Tiago Leal, Diogo Padeiro, Fábio Roxo e Hélder Ferreira. Pela formação dos treinadores de clubes da
AF.Leiria alinharam: Marco Santos, Tito, João, Carlos Borges e Gameiro, Arlindo Martins e Rui Bandeira; Vítor Gato, Josélito Pereira e Paulo Jerónimo. Jogaram ainda: Rui Botas. Seguiu-se o encontro entre a Selecção Norte e Sul, que terminou empatado a duas bolas. Ao intervalo, a selecção Sul vencia por 2-0, com golos de Félix e Miguel. No segundo tempo, um bis de Ricardo Silva empatou o encontro. A Selecção Norte alinhou com: João Pedro (Fig.Vinhos); Poquinha (Ansião), Rui Macedo (Pilado), Diogo Padeiro (Ramalhais) e Luís Silveiro (Fig.Vinhos); Pedro Neves (Ansião), Dani (Pedroguense) e Pedro Almeida
(Avelarense); Fábio Roxo (Ramalhais), Ricardo Silva (Pedroguense) e Rodrigo (Pilado). Jogaram ainda: João Matias (Alvaiázere), Normando (Avelarense) e Dadá (Arcuda) No comando técnico desta Selecção estiveram José Ricardo (Pilado) e Ricardo Silva (Ansião). Pela Selecção da Zona Sul alinharam: Sérgio (Portomosense); Bruno Vidinha (Nazarenos), Pedro órfão (Portomosense), Bula (Va lcovense) e Morgado (Portomosense); Estroga (Vidreiros), Bruno Matias (Valcovense) e Neto (Boavista); Pedro Rafael (Boavista), Miguel (Grap/ Pousos) e Félix (Nazarenos). No comando desta Selecção estiveram Rui Bandei-
ra (Portomosense) e Paulo Roque (Valcovense). No intervalo do jogo realizou-se a entrega de prémios, com Rui Bandeira a receber o prémio de melhor treinador da Divisão de Honra, Ricardo Silva o de melhor treinador da Zona Norte e Paulo Roque a ser considerado o melhor na Zona Sul. Na categoria de melhor jogador, Morgado foi eleito o melhor na divisão de Honra, Ricardo Silva na 1ªdistritalZona Norte e Pedro Rafael na 1ªdistrital-Zona Sul. No que diz respeito aos melhores guarda-redes, Sérgio (Portomosense) e João Matias (Alvaiázere) foram considerados os melhores na sua categoria, na divisão de Honra e 1ªdistrital-Zona
Norte. Igor (Juncalense) foi o melhor na Zona Sul, mas não compareceu. No que diz respeito aos mel hore s ma rc adore s , Ricardo Silva (Pedroguense) e Miguel (Grap/Pousos) receberam o prémio de melhor marcador da 1ªdistritalZona Norte e Zona Sul. Pimenta, o melhor marcador da Divisão de Honra, não recebeu prémio, porque não esteve presente. Sandro Soares foi considerado o melhor árbitro e apitou o jogo entre a Selecção Norte e Sul. No final, ficou a promessa de para o ano, haver mais uma edição do Jogo das Estrelas dos distritais de Leiria.
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PEDROGUENSE
TRÊS SAÍDAS CONFIRMADAS
Ricardo Silva é o novo treinador
Trio reforça Guiense
} João Palheira e Normando são reforços O Recreio Pedroguense está de regresso à divisão de Honra, após uma temporada na 1ªdistrital. No comando técnico vai estar Ricardo Silva (ex-Ansião). O técnico Marco Ferreira, que orientou a equipa nas últimas sete jornadas, vai orientar a formação júnior do Sp.Pombal, na 2ªdivisão Nacional. Após duas temporadas no comando técnico do Ansião, onde conquistou na última época o título distrital da 1ªdivisão, o jovem treinador abraça uma nova etapa na sua carreira. Em relação ao plantel, a direcção presidida por João Cunha já garantiu a continuidade de Sergito, Madeiras, Fábio, Filipe e Chinoca. A direcção está em negociações com os restantes atletas do plantel, no sentido de garantir a permanência da maioria dos
atletas, que conseguiram trazer o Pedroguense novamente para a divisão de Honra. No que diz respeito a reforços, o Pedroguense já garantiu os ingressos de João Palheira (ex-Fig. Vinhos) e Normando (exAvelarense). No caso de João Palheira, trata-se de um regresso a uma casa que bem conhece, dado que foi formado nas escolas do clube e é natural de Pedrógão Grande. Já Normando é um médio-ala que faz da velocidade uma das suas principais armas. Na última temporada representou o Avelarense e cotou-se como uma das principais figuras. O’ECO sabe que decorrem negociações com vários jogadores e em breve devem ser conhecidos mais reforços para a época 2009/2010. No que diz respeito a saídas, está confirmada a de Tatá, por motivos profissionais.
o Cid Ramos (texto)
O Guiense já prepara a nova época e já adquiriu três reforços. São eles, os médios Mesquita (exMarialvas) e Rui Lemos (ex-Cova Gala) e ainda o avançado Joel (ex-Portomosense). Ao que nosso jornal conseguiu apurar, o Guiense procura mais dois reforços, para dar por encerrado o plantel para a época 2009/2010.
No comando técnico vai estar, uma vez mais, o técnico José Godinho, que substituiu a meio da época Rui Gama, devido aos maus resultados, que o clube vinha averbando. No capítulo de renovações, a direcção do clube garantiu as permanências de João do Touco, Fábio Gomes, Gonçalo Ramos, Tiago Silva, Gabi, Prancha, Pedro Dias, Hugo
Monteiro, Sopas, João Russo, Sandro, Joni Alberto, Fabinho, Pedrito e Joni Oliveira. São promovidos a sénior, Vasco, Roxito, Joel Correia e Ricardo. No que diz respeito a saídas, estão confirmadas as de Bocas, Jean (motivos profissionais) e Luís Simões.
o Cid Ramos (texto)
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Caiu o pano sobre os campeonatos distritais e o jornal O’ECO fala nesta edição sobre a divisão de Honra e 1ªdistrital, num rescaldo sobre os principais factos, destaques e protagonistas. Na divisão de Honra, o norte do distrito contou com a participação de quatro equipas, Guiense, Fig. Vinhos, Meirinhas e Ilha. As três primeiras lograram a obtenção da manutenção neste escalão, enquanto a Ilha, a
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competir pela primeira vez na divisão de Honra não evitou a descida. A campanha pelo Guiense acabou por saber a pouco, dado que, os objectivos passavam pelos lugares cimeiros e tal não aconteceu. Já o Fig. Vinhos começou muito mal o campeonato, mas após a entrada de Paulo Neves para o comando técnico, a turma figueiroense alcançou a manutenção
A época e DESTAQUE MEIRINHAS
A formação de Paulo Silva garantiu pela primeira vez a manutenção na divisão, num momento feliz para o clube. O conjunto meirinhense desde cedo revelou argumentos e conseguiu bater o pé em casa aos dois primeiros classificados do campeonato, Portomosense e Alcobaça. Na parte final do campeonato, baixou de rendimento, mas conseguiu a manutenção. Paulo Silva vai ficar na história do clube, dado que, foi O primeiro treinador a conseguir a manutenção das Meirinhas na divisão de Honra. Para a próxima época, o objectivo é o mesmo, ou seja a manutenção no principal escalão da divisão de Honra.
A FIGURA JOÃO PEDRO O guarda-redes do Fig.Vinhos foi na nossa opinião a grande figura do campeonato, no que diz respeito aos clubes da nossa região. João Pedro é um considerado um dos melhores guarda-redes da divisão de Honra e foi um dos principais responsáveis para a manutenção da turma comandada por Paulo Neves.Rápido a sair do postes e com uma elasticidade notável, João Pedro tem valor para chegar aos campeonatos nacionais, dadas as exibições que vinha coleccionando no Avelarense e na última época no Fig.Vinhos.
DESILUSÃO
MELHOR TREINADOR
ILHA
PAULO SILVA E PAULO NEVES
Muito se falou da campanha rubricada pela Ilha na divisão de Honra, dado que, somou apenas três pontos, ao longo de todo o campeonato. Sabia-se que as dificuldades seriam imensas, mas é um facto que esperava-se mais, na época de estreia na divisão de Honra. A direcção do Grupo Desportivo da Ilha não entrou em loucuras e construiu um plantel com a prata da casa e, apesar da descida, não hipotecou o futuro do clube. Hélder Pereira foi o treinador que iniciou a época, saindo no início da segunda volta. Para o seu lugar entrou Acácio Domingues, que conseguiu apenas mais dois pontos, até ao final do campeonato. Para a próxima época, novamente na primeira distrital, a Ilha já vai dispor de um piso sintético e com isso vai melhorar as suas infra-estruturas desportivas.
Seria injusto para ambos não serem os eleitos, dado que, ambos realizaram um óptimo trabalho á frente das suas respectivas equipas. Paulo Silva conseguiu a manutenção pela primeira vez para as Meirinhas, enquanto Paulo Neves (na foto) pegou no Fig.Vinhos com apenas 11 pontos e levou a turma de Fig.Vinhos à manutenção na divisão de Honra.Ambos vão permanecer nos respectivos clubes e na próxima época saber-se-á se continuam a trilhar a rota do sucesso desportivo. Competência e seriedade não lhes falta, resta agora os resultados os resultados demonstrarem o valor dos dois treinadores em questão
Onze da Divisão de Honra João do Touco (Guiense)
Fabinho (Guiense) Pedro Dias (Guiense)
Gata (Guiense) João Pedro (Fig.Vinhos) Hugo Roda (Meirinhas)
Zé Luís (Meirinhas) Marquito (Ilha)
Futre (Fig.Vinhos) Joel (Fig.Vinhos) Treinador: Paulo Silva (Meirinhas)
Luís Cláudio (Guiense)
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Desde cedo, o Ansião e o Pedroguense assumiram-se como os grandes candidatos à subida de divisão, secundados por Alvaiázere e Pelariga, que também tinham argumentos para discutir tal objectivo. O Ansião desde cedo ganhou vantagem, com o Pedroguense, Alvaiázere e Pelariga na luta pelo segundo lugar. No início da segunda volta, o Pedroguense teve uma quebra, facto que foi bem aproveita-
m revista DESTAQUE ANSIÃO
do pelo Ansião, para solidificar-se no primeiro lugar. Já o Alvaiázere e a Pelariga aproximaram-se do segundo lugar, colocando pressão na turma de Pedrógão Grande. Nas últimas sete jornadas, já sob o comando de Marco Ferreira, o Pedroguense não vacilou e conseguiu manter o segundo lugar e, desta forma, um ano depois, regressou à divisão de Honra.
A FIGURA RICARDO SILVA
A formação de Ricardo Silva conquistou com inteiro mérito o primeiro lugar do campeonato e acabou por ser campeão distrital da 1ªdivisão.Desde cedo, se percebeu que o Ansião era um sério candidato à subida, dado que mantém a mesma estrutura há várias temporadas e isso tem sido um dos segredos do sucesso. Saliência para o facto de apenas ter perdido nas grandes penalidades, diante do Bombarralense, nas meias-finais da Taça distrital de Leiria. Foi mais uma época para recordar, para a turma do Norte do distrito.
O avançado Pedroguense apontou 60 golos durante a época e contribuiu decisivamente para a subida de divisão. A performance do avançado não passou despercebida a nível nacional e sobretudo a TVI deu amplo destaque ao “Goleador tubarão”, alcunha pela qual ficou conhecido. A nível nacional ninguém marcou tantos golos como jogador natural de Pombal. Uma época para mais tarde recordar.
DESILUSÃO RANHA E MOITA DO BOI
MELHOR TREINADOR RICARDO SILVA
Ambas as equipas tinham como objectivo realizar uma temporada perto dos primeiros lugares e nenhuma o conseguiu. A Ranha, sob o comando de Paulo Borges, desde cedo deixou bem vincada a irregularidade que a equipa vem demonstrando ano após ano. Já se sabia que a formação da Ranha sente muitas dificuldades nos jogos fora de portas, mas esta época somou ainda poucos pontos em casa, onde normalmente consegue somar o maior número de pontos durante a época. A Moita do Boi vinha de uma óptima prestação, com a obtenção do 4ºlugar na temporada 2007-2008. Com Carlos Ferreira no comando técnico, a formação da freguesia do Louriçal até não começou mal, mas após a derrota diante da Ranha esteve várias jornadas sem vencer e afundouse na tabela. Recuperou na parte final, mas mesmo assim a temporada tem um sabor amargo para as cores da Moita do Boi.
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O Ansião alcançou o primeiro lugar do campeonato da 1ªdistrital e, no encontro diante do Valcovense, venceu por 3-1 e desta forma conquistou o título distrital da 1ªdivisão. Devido aos factos enumerados, é mais do que justo eleger Ricardo Silva como melhor treinador da 1ªdivisão distrital.
Onze da 1ªdistrital-Zona Norte Poquinha (Ansião)
Normando (Avelarense) Dani (Pedroguense)
Pedro Simões (Alvaiázere) João MaƟas (Alvaiázere) Toni (Pedroguense)
Pedro Neves (Ansião) Dadá (Arcuda) Pedro Almeida (Avelarense)
Jorge Fazenda (Ansião) Treinador: Ricardo Silva (Ansião)
Ricardo Silva (Pedroguense)
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PAULO FÉLIX, TÉCNICO DO COLÉGIO JOÃO DE BARROS
“Ambicionamos fazer melhor na próxima época” Caiu o pano sobre mais uma temporada e o Colégio João de Barros voltou a destacar-se, ao conquistar o quarto lugar do campeonato e, desta forma, garantir pela segunda vez consecutiva a presença numa competição europeia. Paulo Félix é um treinador orgulhoso das suas jogadoras e mantém a ambição para a época 2009/2010. Qual o balanço que faz da temporada?
-Considero que o balanço é positivo, embora não tenhamos conseguido superar a prestação da última temporada, mas pelo menos conseguimos igualar. Na fase final, sabíamos que íamos ter dificuldades, até porque ficámos sem algumas atletas, em virtude de terem ajudado a formação júnior a conquistar o título nacional. Participámos pela primeira vez numa competição europeia e, apesar de termos sido eliminados, considero que a nossa equipa teve uma prestação meritória. Quais as ambições para a
Colégio João de Barros vai ficar na Zona Sul, juntamente com o Madeira SAD, CS Madeira e Gil Eanes. Na Zona Sul vão estar quatro das cinco melhores equipas portuguesas. Na Zona Norte, o Colégio de Gaia não vai ter rival a altura durante a primeira fase do campeonato e não acho que seja benéfico.
época que se avizinha?
-Não temos ainda objectivos definidos, porque a estrutura do campeonato vai mudar, deixa de haver segunda divisão. Ambicionamos melhorar a classificação, em termos de campeonato. Na Taça de Portugal, chegámos à final-four mas, na próxima época, queremos chegar à final. Nas competições Europeias, sonhamos com a passagem de uma eliminatória, embora saibamos que vai ser extremamente difícil, dado o valor das equipas participantes. Finalmente, na Supertaça, vamos entrar sem objectivos, porque pretendemos dar ritmo competitivo às nossas atletas para, desta forma, prepararmos convenientemente o campeonato. Concorda com o novo modelo competitivo, que vai entrar em vigor nesta época?
-Discordo totalmente, porque não conduz a uma evolução do andebol feminino em Portugal. Pelo que sei, o campeonato vai ser dividido em duas séries e isso não vai ser positivo. Em princípio, o
Qual é o segredo para o sucesso da instituição?
-Considero que há vários, mas talvez o principal seja a união entre todos. Há um forte espírito de grupo e, nos momentos decisivos, isso vem ao de cima. Depois, as pessoas confiam no nosso projecto, o que nos dá uma grande motivação para continuar a trabalhar. Para o ano, mais uma época sem pavilhão?
“Há um forte espírito de grupo e, nos momentos decisivos, isso vem ao de cima”
- Muito provavelmente sim. É uma realidade com que temos de conviver uma vez mais, mas só o facto de provavelmente começar a ser construído durante a próxima época já é um alento para todos nós. Vai dar-nos muita motivação, por certo.
Vai continuar a haver uma aposta na formação?
-Sim. Não pode ser de outra forma. Neste ano conquistámos o título nacional de juniores e, para o ano, vamos tentar conseguir o mesmo feito, embora tenhamos noção que não vai ser nada fácil. Vamos começar um trabalho nos escalões mais baixos de formação para que, daqui a uns anos, possamos voltar a ter mais títulos nacionais nos escalões de formação. Melhor jogadora portuguesa da actualidade?
-Alexandrina Barbosa. É uma jogadora notável e é, na minha opinião, o expoente máximo do andebol feminino em Portugal. Melhor jogadora do Campeonato nacional?
-Escolho duas: Ana Seabra do Madeira SAD e a Marta Loureiro do Colégio de Gaia.
o Cid Ramos (Texto)
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Torneio Inter-lugares anima Ilha Pelo sétimo ano consecutivo o Grupo Desportivo da Ilha organiza o já conhecido Torneio Inter-Lugares de Futsal. Este é constituído por 4 escalões, Sub13 Mistos (antigamente Sub15), Seniores Masculinos e Femininos e Veteranos Masculinos. O escalão mais novo é formado por 4 equipas, entre elas Goucha, Helenos, Estrangeiros K e Z. No escalão de Veteranos actuam as formações da Goucha, dos Helenos, da Ilha do Meio (actual campeã), das Lagoas/Oliveirinha e dos Pais Estrangeiros composta por pais de atletas de fora da freguesia. Nos escalões Seniores, começando pelo feminino, jogam 7 equipas: Água Formosa, Helenos, Centro Social, Ilha de Baixo, Moitas Brancas, Goucha e a equipa campeã em título, Ilha do Meio. O torneio de seniores masculinos foi dividido em três grupos, sendo dois des-
tes constituídos por cinco equipas e o outro por quatro equipas. No grupo A, militam as seguintes equipas: Serrado Grande, Terra Fria, Chã/Feteira/Leiroso, Estrangeiros e a vice-campeã Goucha. No grupo B encontram-se os campeões do ano passado Lagoas, Seixo, Helenos, Moital e Moitas Brancas. A fechar, no grupo C estão presentes as equipas da Ilha de Baixo e Ilha do Meio, Água Formosa e Arneiro. A grande novidade deste ano é a existência de uma Taça, competição externa ao campeonato, nos dois escalões seniores que promete assim dar mais emoção ao torneio. O torneio principiou no passado dia 17 de Junho e tem final marcado para a última semana de Julho.
o Alexandre Silva (texto)
FÁBIO ROXO, DIOGO E ANDRÉ SIMÕES SÃO REFORÇOS
Josélito Pereira comanda Ansião A direcção do Ansião não perdeu tempo e já encontrou sucessor para Ricardo Silva. Trata-se Josélito Pereira (ex-Treinador do Ramalhais). Josélito Pereira comandou ainda na pretérita temporada os juvenis do Sp.Pombal, onde alcançou o título distrital da 1ªdivisão. Agora abraça uma nova etapa na sua ainda curta carreira, com o desafio aliciante que é comandar o Ansião na divisão de Honra. Em matéria de reforços, o Ansião já garantiu o concurso do guarda-redes Diogo (ex-Ramalhais), do defesa André Simões (ex-Avelarense) e do avançado Fábio Roxo (ex-Ramalhais). No que diz respeito a saídas, estão confirmadas as de Bruno Quaresma e André Silva para o Pedroguense. Devem continuar na turma Ansianense, Marco, André Santos, Jorge Fazenda, Eduardo Marto, Poquinha, Linas, Samuel, Rogério Fazenda, Zé António, Hugo Rosa, Palhais, Bajedas, Pedro Neves, João Pedro, Ruizito, Pernadas, João Ricardo, Lima e Alexandre.
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DESAPARECIMENTO DE ADOLESCENTES
TRÊS PERGUNTAS A
Início do Verão: altura ideal para fugir
A culpa é dos maus resultados escolares e dos namoros de Verão. Todos os anos, em Junho, a Polícia Judiciária regista um aumento do número de casos de adolescentes desaparecidos. Este ano, Pombal não fugiu à regra: Marlene, 15 anos, fugiu da escola na manhã de 29 de Maio. O caso de Marlene (ver caixa) não se encaixa totalmente no retrato traçado pelo director da Unidade de informação de Investigação Criminal da Policia Judiciária, Ramos Caniço. É que as estatísticas dizem que quem foge nesta altura do ano regressa a casa dois ou três dias depois. Marlene só foi encontrada ao fim de onze dias de busca. Ramos Caniço explica o fenómeno sazonal: em Junho registam-se desaparecimentos “de curta duração”, que se prolongam até os adolescentes “ganharem coragem para dizer aos pais as notas que tiveram”. Só na terceira semana de Junho, a PJ recebeu 16 participações de desaparecimentos de adolescentes, mas o cenário pode manter-se, devido aos “namoros de Verão”,
avançou o investigador criminal em declarações à Lusa. E há muitos casos que não chegam ao conhecimento das autoridades. Ainda assim, não há razões para alarme. Não basta ter más notas ou cair de amores para ter vontade de fugir. Camilo Oliveira, inspectorchefe da polícia judiciária de Coimbra, conta que, por norma, os jovens que decidem sair de casa vivem no seio de famílias com alguns problemas. “São jovens que estão por
conta própria, que têm grande autonomia”, revela. A internet começa a estar associada a uma boa parte dos casos. A timidez esquece-se quando se está perante um ecrã e um rato e, daí a marcar um encontro presencial, é um pequeno passo. De acordo com Camilo Oliveira, são os jovens entre os 10 e os 15 anos quem corre mais riscos, já que são mais ingénuos e vulneráveis.
400 participações só este ano
} Até Maio de 2009, a Polícia Judiciária recebeu 400 denúncias de desaparecimento de adolescentes entre os 12 e os 18 anos. Só na terceira semana de Junho, houve 16 casos. No mesmo período do ano passado, foram registadas 523 participações. Desses casos, 33 ainda não foram resolvidos e continuam em investigação.
É sabido que os adolescentes não gostam de se sentir vigiados mas cabe aos pais ir seguindo a lista de contactos pessoais dos filhos, de forma a garantir que não há possibilidade de serem seduzidos por pessoas mal intencionadas. E o conselho aplica-se também à internet. “A prevenção passa por saber o que eles andam a fazer online”, assegura Camilo Oliveira. O inspector deixa o alerta: “a esmagadora maioria dos pais não tem consciência dos perigos da internet”. A palavra “amigo” ganha um novo significado online. No mundo virtual, ganha quem coleccionar mais “amigos”, mesmo que não se conheça pessoalmente a maioria deles. “Quando os jovens dizem que estão a falar com os amigos através da internet, os pais pensam que eles tão a conversar com os colegas de escola. Mas nem sempre é assim, muitas vezes estão a contactar com desconhecidos”, avisa Camilo Oliveira. A solução passa por conhecer as ferramentas que os mais novos utilizam de forma a poder aconselhá-los. No caso das crianças, pode estimular-se a utilização do computador em espaços como a sala, para que os pais possam supervisionar o que vão fazendo. Seguir o exemplo Bill Gates, pode ser uma opção. O “pai da Microsoft”só permite que os filhos, adolescentes, utilizem a internet 45 minutos por dia, e sempre com supervisão.
o Sandra Mesquita Ferreira (texto) sandra.ferreira@oeco.pt
O caso de Marlene Marlene Marques, 15 anos, fugiu do Instituto D. João V na manhã de 29 de Maio. Esteve desaparecida durante 11 dias e acabou por ser encontrada em Penacova, distrito de Coimbra, na companhia de dois adultos. As razões da fuga não são conhecidas. Marlene vivia com a madrinha, em Almagreira, mas mantinha contac-
Em Pombal têmse registado poucos casos” Conceição Vicente presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Pombal
Dar atenção é forma de prevenir
} Em Junho, uma rapariga de Pombal e outra de Pedrógão Grande andaram desaparecidas. O Eco foi descobrir o que levas as jovens a abandonar a casa a deixa alguns conselhos aos pais
to com o pai biológico. Nenhum deles se apercebeu de que se passasse algo anormal com a jovem. Sem que nada o fizesse prever, Marlene furou por entre as grades da escola e desapareceu. Não levou nada com ela: a roupa ficou no armário e a mochila na escola. O telemóvel passou a estar sempre desligado.
Soube-se depois que, durante os primeiros dias, a adolescente esteva em casa de uma amiga, de 16 anos, que reside na zona da Figueira da Foz. Mais tarde, as adolescentes foram para Penacova, na companhia de, pelo menos, dois adultos. Os homens foram alvo de um processo-crime por suspeita de abuso sexual com adolescente. Já Marlene
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foi colocada numa instituição de acolhimento, já que se recusou a regressar a casa. Apesar da fuga ter surpreendido todos, a história não é inédita. Marlene já tinha desaparecido uma vez, há cerca de dois anos. Contudo, na altura o seu percurso foi mais previsível e a madrinha acabou por encontrá-la rapidamente, em casa do namorado.
∑ Promover o diálogo e um clima de confiança é uma forma de prevenir casos de fuga. É também importante definir regras.
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O que é que leva os jovens a fugir de casa?
Conflito de gerações. Sentem incompreensão por parte dos adultos, acham que ”ninguém os entende”. Há também casos de falta de diálogo em família e na escola. Muitos jovens têm dificuldade em ultrapassar as crises da adolescência. Contudo, em Pombal, têmse registado poucos casos de fuga.
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Que cuidados é que os pais devem ter para prevenir situações do género?
Os pais devem participar activamente na vida dos filhos, quer a nível escolar quer social. Há que promover o diálogo e um clima de confiança e inter-ajuda entre todos os elementos da família. Além disso é importante definir regras e exigir o seu cumprimento.
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Internet é um das principais formas de aliciamento ou foi criado um mito em torno deste sistema? Como é que os pais/encarregados de educação podem garantir a segurança dos filhos que utilizam o computador?
De facto considero que é mais uma das formas de aliciamento, mas é uma tecnologia muito importante e útil na vida e formação de todos, nomeadamente dos jovens. Como em tudo, tem que haver regras bem definidas. Aqui os pais e também os professores têm que ter um papel de informação/formação, educação e intervenção junto dos seus filhos /educandos. Acho que neste aspecto a escola terá um papel fundamental, face ao desconhecimento de alguns pais.
O caso de Elisabete Elisabete Xavier foi para o Brasil em lua-de-mel. Pelo menos foi isso que a jovem disse, por e-mail, a uma amiga. A mãe não acreditou que a adolescente tenha saído do país, mas nem por isso ficou mais descansada. De acordo com o jornal Correio da Manhã, a família de Elisabete alertou a GNR para o desaparecimento da rapariga no dia 25 de Maio. Uns dias antes, as autoridades já tinham sido avisadas para o facto de a adolescente namorar com um homem “muito mais velho”. José Xavier, o pai de Elisabete, terá inclusivamente falado com o namorado da rapariga. Contudo, o homem terá respondido que era apenas “um amigo” e não faria mal à jovem. A Polícia Judiciária acabou por descobrir que a jovem fugiu com homem, de 36 anos, para escapar à “pressão” que sentia em casa, já que o namoro não era bem visto. A rapariga acabou por voltar para casa da mãe
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• Abel morava com a mãe, em Albergaria dos Doze CRIME
Dois meses, dois homicídios violentos em Pombal } Em Albergaria dos Doze, uma mulher foi morta e esquartejada. No Carriço, um homem foi amordaçado e baleado É o segundo homicídio a chocar o concelho de Pombal no espaço de dois meses. Em Abril, um homem tinha assassinado brutalmente o companheiro, na freguesia de Carriço. Agora, a vítima é do sexo feminino: Maria Dias Leal foi morta, esquartejada e congelada numa arca frigorífica. O filho, com
quem vivia, em Albergariados-Doze, é o principal suspeito. Abel terá confessado o crime quando foi surpreendido pelos militares da GNR, a 16 de Junho. Mais tarde, no Tribunal de Pombal, afirmou não se lembrar da data exacta em que tudo aconteceu. Sabe-se apenas que o crime terá ocorrido em Agosto, o que significa que o homem teve o corpo da mãe congelado em casa durante dez meses. Justificação para o crime? Abel diz que “são coisas da vida”. À saída do tribunal de Pombal, o homem disse aos jornalistas que está “arrependido”. E respondeu calmamente às dezenas de pessoas que se juntaram ali,
a pedir justiça. “Era cortarte o pescoço”, gritou alguém. “Façam-me esse favor”, foi a resposta de Abel. O homem, de 35 anos, é acusado de homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver e está agora em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Leiria. De acordo com o “Correio da Manhã”, Abel foi isolado numa cela de segurança, de forma a evitar eventuais confrontos ou represálias por parte de outros reclusos.
Surpresa em Albergaria-dos-Doze A opinião é geral: Abel não andava bem, tinha um ar “apático”, “esgazeado”. Contudo, não era tido como
uma pessoa violenta e não há memória de distúrbios em que tenha estado envolvido. A descoberta do segredo que guardava em casa deixou todos surpreendidos. Foi Ma nuel R ibei ro, ex-marido de Maria e pai de Abel, quem ajudou a desfazer o mistério. Enquanto em Albergaria-dos-.Doze todos acreditavam que a mulher tinha emigrado para França com um namorado – história inventada por Abel para justificar o desaparecimento da mãe – Manuel Ribeiro desconfiava. “Eu andava confuso, não estava sossegado. Não é normal uma pessoa ir embora e não dizer nada”, confessou a’O Eco. As suspeitas aumentaram quando, no início de Junho,
Abel recebeu a visita de um tio emigrante. O jovem não permitiu que o tio entrasse em casa e afirmou não estar autorizado a fornecer-lhe o contacto de Maria. Quando Manuel Ribeiro soube, contactou as autoridades. Abel recebeu nova visita:
a GNR. Foi então que se percebeu o estranho desaparecimento de Maria. A mulher, de 55 anos, tinha sido morta em Agosto de 2008. O corpo foi cortado sem seis partes, com um serrote e uma serra eléctrica, e escondido na arca frigorífica.
Homem matou companheiro
} José Carmo Fernandes, 36 anos, foi assassinado a 21 de Abril, na sua própria casa, no Carriço. A violência do crime levou a polícia judiciária a compará-lo a uma “execução”. A vítima terá sido amarrada nos pés e nas mãos e amordaçada com fita adesiva. Depois, foi morta com dois tiros a curta distância. O companheiro de José, com quem o homem vivia há alguns meses, acabou por admitir a autoria do crime. De acordo com a Polícia Judiciária, o caso terá sido despoletado por “motivos passionais”.
Mãe e filho vistos de casa da vizinha Amália Marques, vizinha e confidente de Maria, não tem dificuldades em traçar o perfil da mulher. “Ela tinha um feitio muito vivo. Andava sempre bem vestida, ria e falava alto, frequentava discotecas”. A opinião não é partilhada pelos outros habitantes da aldeia, que adjectivam a vítima de “introvertida” e “esquisita”. “As pessoas tratavam-na mal, ela desabafa
comigo e eu defendia-a”, revolta-se Amália. A vizinha faz o diagnóstico: Maria sofreu muito, teve várias depressões, algumas delas motivadas pelo comportamento de Abel. Ainda assim, mãe e filho aparentavam uma relação “muito boa”. “Quando ele voltou a viver com ela, saíam sempre juntos, parecia tudo bem”, conta Amália Marques.
E Abel? “Tinha um comportamento normal, era sempre muito educado”, assegura a vizinha. Ainda assim, Amália recorda algumas amarguras provocadas pelo jovem. “Ele emigrou e a mãe ficou sem saber dele. Mais tarde, disse-me que o tinha encontrado mas que ele a tratou mal ao telefone”, conta. O jovem acabou por regressar a Portugal e há
um ano e meio que vivia no apartamento da mãe. Na altura em que o crime foi descoberto, Abel estava a ser acompanhado pelo Centro de Atendimento a Toxicodependentes. O jovem estava desempregado e a frequentar uma formação com equivalência ao 12º ano. Todavia, há cerca de um mês que não era visto nas aulas.
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CARNIDE
ENERGIA RENOVÁVEL
Centro Social abre em 2010 A primeira pedra já foi lançada, tornando real um dos sonhos mais antigos de Carnide. Desde 2001 que a freguesia luta por um Centro Social. Finalmente, o arranque das obras foi dado e a direcção da instituição espera abrir portas em Setembro de 2010. João Gomes, presidente do Centro Social, não tem dúvidas: trata-se de “uma obr a i mp or t a nt e p a r a Carnide, não só pela assistência que vai prestar, como pelo impacto económico e empregos que vai criar”. Apesar de ainda não ter sede, o Centro já funciona, fazendo acompanhamento domiciliário a 16 idosos. Dentro de um ano, os serviços deverão ser alargados, uma vez que o novo edifício permitirá reunir as valências de creche, lar, centro de dia e apoio domiciliário. No total, poderão ser acompanhados 120 utentes.
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Nove anos de espera Há muito que a freguesia de Carnide sente necessidade de criar uma instituição de apoio à população infantil e idosa. Tanto que a associação social foi criada em 2001 e, logo na altura, adquiriu o terreno para a construção do Centro. O Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) foi essencial para o avançar do projecto. É que a construção do edifício está orçada em mais de um milhão e 200 mil euros e, desses, 630 mil euros são financiados pelo PARES. João Gomes não poupa elogios ao programa de apoio do Governo. “Há muitos anos que não havia preocupação de dar cobertura às freguesias onde faltam instituições”, afirma. Só no distrito de Leiria, são 49 os equipamentos sociais que vão nascer com ajuda do PARES.
17 por cento da energia de Pombal vem do vento } Aerogeradores produzem 20 MW por hora Foi preciso esperar oito anos, mas os dez aerogeradores instalados na Serra de Sicó já estão a produzir energia. A potência é suficiente para responder a 17 por cento do consumo total do concelho. A Câmara ambicionou criar um parque eólico que produzisse 38 MW por hora mas, devido ao
impacto ambiental do projecto (ver caixa) acabou por ter de se resignar a uma potência de 20 MW. Na inauguração do empreendimento, no dia 5 de Junho, o processo atribulado de negociação do projecto não foi esquecido. O presidente do Conselho de Administração da Empreendimentos Eólicos da Serra de Sicó (EESS), Álvaro Brandão Pinto, lembrou as múltiplas vicissitudes que quase inviabilizaram a construção do parque e destacou o empenho da Câmara naquela obra. O atraso na inauguração
do parque saiu caro ao ambiente. Álvaro Brandão Pinto garante que, se o empreendimento tivesse sido concluído em três anos, tinha sido evitada a emissão de 60 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. Por isso, o presidente da administração da Sonae Capital, Belmiro de Azevedo, defendeu que os ambientalistas têm ter “abertura suficiente ara aceitar que nem sempre têm razão”. Já o líder da EESS garantiu que “os benefícios [da energia renovável] superam o impacto negativo da construção”.
Polémicas à parte, Narciso Mota salientou que o parque eólico “é, sem dúvida, uma mais valia para todos”. Para além da vantagem em termos ambientais, o presidente da Câmara defende que o empreendimento vai ter “repercussões n desenvolvimento integrado do concelho de Pombal”. E acrescentou: “as freguesias de Pombal, Redinha, Abiul, Vila Cã e Pelariga já recebem, desde 2004, as respectivas contrapartidas financeiras, que ascendem, no global, a 380 mil euros”.
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OFÉLIA MOLEIRO NÃO ESTÁ DISPONÍVEL PARA A CÂMARA DE POMBAL
“Fui uma espécie de área de serviço da política” } Acabou de fazer 60 anos e decidiu mudar de vida. Depois de uma década ao serviço da política, Ofélia Moleiro quer exercer uma cidadania mais “espontânea e pura”. Em entrevista a’O Eco a deputada fala dos seus novos projectos e analisa o cenário político de Pombal. - Em entrevista a’O Eco Narciso Mota apontou o seu nome como um dos prováveis a integrar na lista às próximas autárquicas. Contudo, já afirmou publicamente que não está disponível. Porquê?
Penso que está na altura de me afastar de alguns projectos e de me dedicar a outros. Quero sair com a consciência do momento em que devo sair. Durante dez anos, estive excessivamente ao serviço de política, de tal modo que muitas vezes dizia que era uma espécie de área de serviço da política e do município. Era uma espécie daquelas lojas de conveniência que estão abertas 24 horas por dia. Temos de ter a consciência que a política não pode ser um fim das pessoas, é um meio através da qual nós servimos a sociedade durante algum tempo. Não podemos eternizar-nos.
- É uma retirada definitiva ou pondera fazer apenas um interregno para depois voltar com novo fôlego?
Nunca sabemos o que nos pode acontecer. Mas acho que não devemos voltar onde fomos felizes, e eu fui muito feliz na Câmara Municipal. Por isso, não vou voltar agora como vereadora. Estarei sempre presente noutras condições. Quero iniciar um ciclo em que farei exercício de uma cidadania mais espontânea e pura, como é a da Junta de Freguesia onde, se for eleita, me manterei como presidente da Assembleia de Freguesia. - Vai deixar também a Assembleia da República?
A Câmara é uma questão, era voltar à actividade; a Assembleia da Republica seria continuar. Mas há condições para as pessoas continuarem e uma delas é serem propostas pelas comissões políticas e serem aceites a nível nacional. Nenhuma desta condições ainda se verificou em relação a mim e, portanto, ou as listas ainda não foram feitas, ou se já foram eu nem sequer fui proposta. Nesse caso está fora de questão. - Esteve na apresentação da candidatura de Adelino Mendes. Significa que o apoia?
[risos] Não. Fiz isso com muito prazer. Quando nós somos ligados a um partido político, temos tendência a ficar cristalizados ali e a nunca ir às coisas dos outros, para não sermos conotados. Acho que há alturas em que temos que pensar como cidadãos. Eu gosto do Adelino. O Adelino foi um excelente aluno na
escola Secundária quando eu lá estava. Aliás, ele, o Diogo [Mateus] e o Fernando Parreira. O Adelino está no PS como podia estar no PSD, se tivesse ido para a JSD. É uma pessoa que eu admiro muito, pelo valor que tem, pela cultura, pela luta que tem travado. - O seu candidato continua a ser Narciso Mota?
Sim. Mas não me arrependi de ir à apresentação, adorei estar lá. Fui extremamente respeitada. O candidato falou do seu projecto e em altura nenhuma fez ataques pessoais ou políticos aos seus opositores. Dei os meus parabéns ao Adelino, desejeilhe felicidades e disse: “espero que não ganhes!”. [risos]. - Como é que o PSD encarou a sua presença em terreno da oposição?
Se foi comentado foi pessoalmente, uns com os outros. O presidente da Câmara sabia que eu ia, nunca criticou. Mas penso que, depois das explicações, se calhar até acharam bem. Acho que foi uma forma de eu própria dar o exemplo a outros que têm medo de ser criticados por assistir a coisas fora do partido. Penso que, pelo estatuto e idade que tenho, já posso dar alguns exemplos, como este. - Há pouco falou em três nomes da mesma geração – Adelino Mendes, Fernando Parreira e Diogo Mateus. Acha que os dois últimos, vereadores do PSD, são uma espécie de “autarcas adiados”, à sombra de Narciso Mota?
Não acho que sejam autarcas adiados. Fernando Parreira e Diogo
Mateus têm feito um percurso muito bonito dentro do PSD. Qualquer um deles, e o Michael [António] também, tem características, quer para continuar como vereador, quer para presidente de Câmara, quer para ser deputado ou, quem sabe, primeiroministro. Eles têm um background político muito grande – têm mais experiência política que eu –, têm cultura e formação académica. Às vezes é preciso é estar no sítio certo e na altura certa para determinado cargo. - Disse que há uma altura certa para se sair dos projectos. Ainda não chegou a altura de Narciso Mota abandonar o lugar?
Eu disse isso há bocado para mim, é o meu entendimento pessoal. O presidente de Câmara entende que ainda não deve sair, que ainda tem muito para dar neste projecto municipal. Resolveu candidatar-se e tem o meu apoio total. De qualquer modo, ele também só pode ficar mais quatro anos, não autorizam outro mandato. - Quem poderá suceder-lhe?
As pessoas costumam apontar o Diogo Mateus. Mas nós no PSD temos imensas figuras que podem ser futuros candidatos. Quer os vereadores actuais, quer o Dr. João Coucelo. Não sei se ele o deseja ou não, vi que ele não vai continuar como presidente da Assembleia Municipal e pensei até que ele quereria resguardar a sua figura durante estes quatro anos para aparecer depois. Muitos de nós, homens e mulheres, poderíamos ser bons presidentes de Câmara.
- Há mulheres que possam avançar à frente?
Há. As mulheres fizeram sempre um trabalho base, de fazer tudo para colocar os homens no poder. Penso que hoje já não estão dispostas a isso. Votei contra a lei da paridade, porque entendo que uma mulher não tem de ser quota. Contudo, acredito que, sem esta lei, as listas continuavam a ser 90 por cento homens. E eu hoje vejo que há sobretudo jovens, raparigas licenciadas, que gostam muito de estar na política. Portanto, não é falta de mulheres, é falta de vontade dos homens que podem escolher. - Em Pombal ainda há essa resistência?
Nas últimas eleições, eu fiz as listas para Assembleia Municipal. Na altura, apercebi-me que, mesmo sendo presidente da Comissão Politica, a minha voz era minoritária, não era suficiente para impor mulheres. Tive muita dificuldade e consegui por poucas em lugares elegíveis. - Este ano, o presidente da Câmara pediu-lhe que sugerisse nomes femininos para integrar nas listas?
Sim, pediu. E eu não sugeri nenhum. Não por falta de mulheres, mas sim porque acho que quem está a fazer a lista conhece melhor a população do que qualquer outra pessoa. Se 53 por cento de população é feminina e se, à semelhança de outros pontos do país, essa população feminina tem formação superior à dos homens, qualquer pessoa que está a fazer uma lista sabe muito bem as mulheres que existem e pode escolhe-las.
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“A actual Câmara vai reforçar a maioria” - A Câmara vai ter mais dois vereadores. Quem fica a ganhar?
Acho que é uma grande incógnita. Penso que a actual Câmara vai reforçar a maioria. Mas o facto de haver mais vereadores, às vezes, traduz-se na entrada de novos partidos no espectro político eleito. - Se transpuséssemos os resultados das eleições europeias para as autárquicas o Bloco de Esquerda, por exemplo, elegia um vereador.
Podia acontecer. É claro que estamos a falar de uma eleição que teve um grau de abstenção brutal. Na minha análise, quem vota no BE normalmente não se abstém. É um partido pequeno, ainda novo, e as pessoas estão mais sensibilizadas para participar. As grandes abstenções se calhar foram do PS e PSD, que são partidos implantados em termos de história e a que as pessoas já estão mais habituadas. Penso que, se os níveis de abstenção voltarem ao normal, a percentagem do BE se reduz imenso. - Em Pombal ainda se vota nos partidos ou já se começa a votar pelas caras?
Eu penso que há uma percentagem grande que é dada ao candidato pelo partido. Quando este presidente de Câmara foi eleito, por exemplo, ninguém o conhecia. A votação dele foi sobretudo PSD, mais o voto da oposição ao anterior [presidente] do PS. A partir daí, ele próprio aumentou o eleitorado.
- Como é que antevê a campanha?
Penso que vai ser uma campanha muito moderada, a não ser que o PS mude muito em relação à apresentação a que eu assisti. Percebi que iam fazer campanha sem luta desleal, sem ataques pessoais. E como o trabalho deste presidente de Câmara e da sua equipa é conhecido, também não precisa de andar a lutar muito. Penso que o Adelino está a tentar fazer o seu caminho para as próximas eleições. É uma forma de se tornar conhecido em todo o concelho. - Narciso Mota acusou várias vezes o PS de deslealdade política. Nesse ponto estão em desacordo?
Eu percebo o presidente. Mas essa é oposição do PS à Câmara Municipal. Eu não estou a considerar isso parte da campanha do candidato. Da campanha, a única coisa que conheço é a apresentação pública e os cartazes que estão na rua. Isso que está a falar, considero que faz parte da oposição do PS à Câmara de Pombal. - Oposição que é também feita pela pessoa que se candidata…
Pois, porque ele é presidente da Comissão Política. Se depois de ele ser candidato esse tipo de coisas começar a aparecer será campanha desleal, mas até aqui, desde que é candidato, não tenho visto. Estou a fazer esta distinção, não estou em desacordo com o presidente.
“Se houve sentimentos extremos, foi durante estes dez anos da política” - Agora que se afasta da vida política, quais são os seus próximos projectos?
Eu comprei este livrinho hoje, antes de vir para a entrevista. É um livrinho onde vou passar a anotar um outro lado da política, que eu penso que ainda não foi relatado, que é o sentimento da política. A imagem que a pessoa tem dos políticos é que não há sentimento, não há afecto. E é normal, porque a política é um campo onde nós jogamos jogos de estratégia, onde só pode existir razão. Somos como os palhaços: nem que nos morra alguém, temos de rir na festa onde estamos como políticos. Mas ao longo deste tempo descobri que,
se houve sentimentos excessivos, extremos, foi durante estes dez anos da política. A lealdade, que é uma coisa que eu prezo imenso, tem um prazo de validade cada vez mais pequeno em política. - Sentiu isso na pele?
Senti em relação a mim própria e aos outros. Acho que faltam livros sobre o sentimento da política. Espero daqui a um ano apresentar esse projecto: o riso e o choro que nós vivemos durante a nossa vida política. Há muitos órgãos de comunicação social que tentam mostrar o outro lado dos políticos – quando vão ao cinema, quando estão
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A imagem que a pessoa tem dos políticos é que não há sentimento, não há afecto. E é normal, porque a política é um campo onde nós jogamos jogos de estratégia, onde só pode existir razão.”
em casa – mais isso continua a ser uma máscara, uma coisa social. Aquilo que se vive de facto, que se perde ou se ganha em termos pessoais ou afectivos, nunca ninguém mostrou. Porque quem está na política defende muito essa parte. - Vai ser uma espécie de autobiografia política?
Não. Vai ser um auto-sentimento da política, mas não de mim própria. Nunca escreverei sobre mim própria. O outro projecto que tenho é um trabalho de investigação que decidi fazer há dois anos e que ainda não comecei porque não tive tempo: uma
investigação sobre Pombal no Parlamento Nacional. Ao ir ao arquivo histórico da Assembleia da Republica apercebi-me que houve vários deputados de Pombal no século passado. Aliás, houve um ciclo chamado ciclo de Pombal. - Então vai dedicar-se à escrita quase a tempo inteiro?
Não, porque eu tenho também um projecto empresarial. Mas esse, como o segredo é alma do negócio, não vou revelar. É sobretudo uma parceria com Angola, mas também não posso dizer a área. É para apoiar outros projectos que já estão lá.
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As nossas praias entre o mar e o rio Pombal, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. Desfrutar o Verão com as praias que estão à mão de semear.
Já tem planos para o Verão? Se gosta de praia, não precisa de ir para longe. Aqui na região, entre mar e rio, há muito por onde escolher. A praia do Osso da Baleia é a única com água salgada mas no interior, em Castanheira de Pera, também há ondas. Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande são outros concelhos onde pode desfrutar do sol e do verde da natureza. E, já que vai de viagem, porque não aproveitar para conhecer um pouco mais da história e tradições da zona? O ECO faz-lhe o roteiro possível para este Verão.
Osso da Baleia, um exemplo para o país A única praia do concelho de Pombal é um exemplo para o país. Pelo menos é o que defendeu o secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, em Junho, na cerimónia de hastear de bandeira azul. O espaço mantém as suas características naturais, sem construções à volta. A rodear a praia há apenas as dunas e o verde da Mata do Urso. Apesar de se manter “virgem” o Osso da Baleia tem as condições básicas para os veraneantes: parque de estacionamento, instalações sanitárias, nadadores salvadores e rampas de acesso para deficientes. Além disso, a qualidade da água é comprovada com o hastear da bandeira azul, há seis anos consecutivos. As águas agitadas da praia são propícias à prática de pesca desportiva, bodyboard e surf. E o facto de a praia estar “escondida” no meio da mata do Urso faz com que alguns adeptos de nudismo a escolham.
Como chegar
} Seguir pelo IC8 em direcção ao Louriçal e sair no corte com a indicação Osso da Baleia. Continuar pela estrada nacional 109 até à Mata do Urso. Fica a 32,7 km, ou seja, a sensivelmente 40 minutos de Pombal.
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É uma praia de construção recente, que se mantém em estado quase natural. Apesar de estar completamente integrada na natureza, tem as infra-estruturas essenciais para os banhistas: casas-de-banho, bar com esplanada, zona de merendas e parque de estacionamento. As fragas que rodeiam a praia possibilitam a prática de desportos radicais. Rappel, slide e escalada são algumas das actividades que se podem realizar na zona.
Como chegar
} Seguir pelo IC8 em direcção a Figueiró dos Vinhos até encontrar a saída em direcção à Aguda. Continuar pela nacional 237 até chegar à praia, que fica 34 km (40 minutos) de Pombal.
Fragas de S. Simão, em comunhão com a natureza Recuperou a bandeira azul este ano e mantém-se como praia vigiada. O acesso à zona balnear é fácil, mesmo para pessoas com mobilidade reduzida. Os ciclistas não foram esquecidos e, para além do parque de estacionamento para carros, existe também uma zona de estacionamento para bicicletas. A praia está ainda servida por um bar/esplanada, chuveiros, parque de merendas com churrasqueira, posto de socorro, wc’s e zona relvada.
Como chegar
} Quem vem de Pombal deve
Ana de Aviz, de novo azul
seguir pelo IC8 em direcção a Figueiró dos Vinhos e sair no sentido Aldeia da Cruz/Aldeia de Avis. A praia fica a 37 quilómetros (cerca de 40 minutos) de Pombal..
Visitar Figueiró-dos-Vinhos Passear em Figueiró dos Vinhos é respirar natureza e tradição. Há vários miradouros espalhados pelo concelho, onde é possível apreciar a paisagem verde que envolve aquela zona. Num pulo até à aldeia Casal de S. Simão (uma das Aldeias de Xisto), descobre-se a arquitectura e os materiais que marcam a região.
O concelho tem condições para a prática de desporto, como escalada, BTT e pedestrianismo. Há ainda alguns monumentos que merecem uma vista de olhos. O Convento Nossa Senhora do Carmo, por exemplo, foi classificado como imóvel de interesse público, ao passo que a Igreja Matriz é monumento nacional
Gastronomia Castanhas doces, pingos de tocha, queijinhos do céu, biscoitos de manteiga… o difícil é escolher que doce comer em Figueiró dos Vinhos. A região tem tradição de doçaria conventual, pelo que os ovos e as amêndoas são os sabores predominantes.
O peixe – proveniente da ribeira de Alge e do Rio Zêzere – é também uma constante na gastronomia da zona. Achigã, boga, carpa, barbo e trutas são os mais frequentes, o que não invalida que Figueiró dos Vinhos seja também conhecida pelos pratos tradicionais de borrego e cabrito.
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“Ondas a 80 quilómetros do mar” é o slogan que, desde 2005, serve de promoção à Praia Fluvial das Rocas. Aqui, de hora a hora, a ribeira de Pera agita-se e traz um pouco de mar ao interior do distrito. Este ano, o espaço apresenta-se com cara nova, depois de algumas pinturas e arranjos do piso, e espera ultrapassar os 80 mil visitantes de 2008. As ondas nascem numa piscina de 2100 m2. Para quem prefere águas mais calmas, há outra piscina, com o triplo do tamanho, com uma ilha ao centro. Os banhistas podem descansar à sombra das palmeiras da ilha, envoltos na paisagem da serra da Lousã. Para além de nadar, os visitantes podem passear na marina, num barco a remos ou numa gaivota. Além disso, ao longo do Verão, são promovidas diversas actividades, principalmente para as crianças. As entradas para a praia são gratuitas para crianças até aos seis anos e variam entre os três e os 5,50 euros para adultos. É possível alugar chapéus-de-sol e espreguiçadeiras e o espaço é servido por um restaurante/bar com esplanada. A entrada de pessoas com mobilidade reduzida é facilitada pelas rampas de acesso e a piscina tem vigilância permanente. Quem quiser aproveitar umas férias na zona pode pernoitar nos bungalows construídos na margem da albufeira, com vista sobre o rio e as piscinas. Existe também um parque de campismo na vila.
Praia das Rocas, ondas longe do mar
Como chegar
} Seguir pelo IC8, até a saída para Castanheira de Pêra. São 55 minutos de viagem, cerca de 49 quilómetros.
Poço Corga, natureza e tradição
É a alternativa em Castanheira-dePera, para quem prefere fazer praia no meio da natureza. A sombra é garantida por um carvalhal centenário que protege as margens da ribeira de Pêra. E quem quiser passar o dia inteiro à beira rio pode até levar almoço e aproveitar o parque de merendas, ou optar pelo restaurante que existe na praia. As rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida e as instalações sanitárias adaptadas deram-lhe o galardão de “praia acessível”. Durante e época balnear, os primeiros socorres e a vigilância da zona também são garantidas por um nadador salvador. A praia dispõe de balneários públicos, parque infantil, parque de merendas e parque de campismo. Há ainda outra mais-valia: o museu “Lagar do Corga”, onde os visitantes podem ver como antigamente se produzia azeite com base na energia hidráulica.
Como chegar
} Pelo IC8, sair em direcção a Castanheira de Pera. Terá de percorrer cerca de 52 quilómetros (60 minutos) até chegar à praia, que fica já depois da vila.
Visitar Castanheira de Pera Caminhada, escalada, slide, rappel, canoagem, paintball, rally paper, BTT,… há muitos desportos que podem ser praticados em Castanheira de Pera. A zona tem condições para a prática de desportos radicais e, para os menos aventureiros, há vários percursos pedestres por onde escolher. Para quem prefere uma “aula” de história, há alguns museus e monumentos que merecem uma visita. Se for à praia do Poço da
Corga, aproveite a hora de maior calor para conhecer o Museu Lagar do Corga, mesmo junto à praia. E num pulo até à vila, passe pelo Museu Casa do Tempo, pela Igreja Matriz e pela Capela Velha. Um passeio por Castanheira de Pera permite também descobrir alguns recantos pitorescos, como o recanto do Pensador, ou recanto de S. Domingos, por exemplo. A meio da caminhada, pode descansar no
Jardim Rainha D. Leonor. Por fim, porque não conhecer mais de perto a indústria da região? É em Castanheira de Pera que fica a única fábrica do país que produz o Barrete do Campinho (de cor verde) e o Barrete do Pescador e do Trabalhador Rural (preto).
Gastronomia Comece por provar o queijo e o requei-
jão da zona, que pode combinar com o mel de Urze. Para prato principal, se preferir carne, escolha entre cabrito assado, arroz de cabidela de cabrito ou serrabulho. Os apreciadores de peixe podem deliciar-se com trutas de escabeche. Por fim, para sobremesa, que tal provar uns bolos de erva doce?
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Praia, natureza e tradição são três ingredientes que se misturam na Praia Fluvial do Mosteiro. Os costumes da região são lembrados através de um moinho e um lagar de azeite que foram recuperados e integrados na praia. É, aliás, no antigo lagar de azeite que funciona o bar/restaurante com esplanada que serve de apoio aos banhistas. O espaço, inaugurado no Verão de 2005, tem também um relvado, onde se pode aproveitar o sol, e uma zona de estacionamento.
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Praia Fluvial do Mosteiro, beber café num antigo lagar
Como chegar
} Quem viaja pelo IC8 em direcção ao Pedrógão Grande encontra um corte para o Mosteiro, a 47 quilómetros (50 minutos) de Pombal.
Visitar o Pedrógão Grande A lgumas a ldeias do concelho de Pedrógão Grande fazem parte da Rede de Aldeias do Xisto. Vale a pena visitar estas povoações, onde ainda é preservada a arquitectura típica da região. Mas há outros edifícios para descobrir no Pedrógão Grande, a maioria deles ligados à religião. A Igreja da Misericórdia, por exemplo, foi considerada monumen-
to de interesse público. Já a Igreja Matriz, por outro lado, tem séculos de história: apesar de ter sido remodelada na época renascentista, a sua construção remonta ao século II. Foi também no século XVI, no período do Renascimento, que nasceu a Ponte Filipina, hoje considerada monumento nacional. Para quem quer conhecer mais a fundo
a região há ainda alguns museus: o museu Pedro Cruz e o museu de Arte Sacra, na vila do Pedrógão Grande, e o Núcleo Museológico da Villa Isaura, em Troviscais Cimeiros.
Gastronomia da região No Pedrógão Grande, a comida tem um
cunho rural, já que ainda há tradição da agricultura, da pastorícia e da pesca. Os pratos mais populares na região são o pudim de pão, o cabrito, a sopa de peixe, o bucho recheado e os maranhos. Há ainda alguns produtos típicos da zona, como mel, queijo de cabra, castanhas, nozes e azeite.
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Cartório Notarial a cargo da Notária Paula Cristina Rocha Teixeira de Oliveira Sobreiros Certifico que por escritura de vinte e quatro de Junho de dois mil e nove, outorgada no Cartório Notarial de Pombal, sito na Rua Primeiro de Maio, número cinco, a cargo da Notária Paula Cristina Rocha Teixeira de Oliveira Sobreiros, iniciada a folhas cinquenta e sete do livro de notas número cento e vinte- G, Idalina Gaspar dos Santos, contribuinte fiscal número 195640519, casada com Osvaldo Carrega Dias, sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Carnide, concelho de Pombal, onde reside na Rua da Igreja, número vinte sete, lugar de Vale do Freixo, declarou que é, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do prédio rústico, sito no lugar de Vale do Freixo, freguesia dita de Carnide, composto de terra de cultura, com a área de mil setecentos e quarenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com José Rodrigues, de sul com caminho, de poente com estrada e de nascente com rio, inscrito na respectiva matriz rústica, em nome da justificante, sob o artigo número 6.479 com o valor para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de € 1.970.00, que também lhe atribui, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Pombal. Que entrou na posse do identificado prédio, ainda solteira, em data que não sabe precisar mas que se situa por volta do ano de mil novecentos e oitenta e seis, através de uma doação meramente verbal que lhes fizeram os antepossuidores do referido prédio, seus pais, Manuel dos Santos e mulher Piedade da Luz Gaspar, residentes no dito lugar de Vale do Freixo, doação essa, que não lhe foi nem é agora possível titular por escritura pública. Desde a mencionada data tomou a posse efectiva do aludido prédio, tendo vindo desde então a gozar toas as utilidades por ele proporcionadas, nele praticando os actos matérias de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, cultivando-o, colhendo os seus frutos e produtos, avivando as extremas e pagando os respectivos impostos, tudo na convicção plena que sempre teve e tem de ser de facto proprietária. Todos estes actos de posse foram praticados pela justificante em seu nome, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda a gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e de boa-fé, que conduz à aquisição por usucapião, que expressamente invoca, não tendo a justificante, dado o modo de aquisição, documentos que lhe permitam fazer a prova do seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais. Conferido, está conforme. A colaboradora da Notária, Assinatura ilegível
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PAULA CRISTINA ROCHA TEIXEIRA DE OLIVEIRA SOBREIROS
Certifico que por escritura de vinte e quatro de Junho de dois mil e nove, no Cartório Notarial de Pombal, sito na Rua Primeiro de Maio, número cinco, a cargo da notária Paula Cristina Rocha Teixeira de Oliveira Sobreiros, iniciada a folhas cinquenta e duas do livro de notas número cento e vinte - G, Manuel Gameiro da Costa, contribuinte número 182 535 525 e esposa, Justina de Jesus Oliveira, contribuinte número 176 226 346, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, da freguesia de São Simão de Litém, concelho de Pombal, onde residem no lugar de Barrinho, declararam que são, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores dos bens a seguir mencionados, sitos no lugar de Barrinho, na dita freguesia de São Simão de Litém, omissos na Conservatória do Registo Predial de Pombal: Um - Prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveiras e videiras, com a área de quatrocentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com José da Costa, de sul com António Pedro poente com caminho e de nascente com Rosária de Jesus, inscrito na respectiva matriz rústica, em nome do antepossuidor sob o artigo 9.101, com o valor patrimonial para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de 141,03 euros, que também lhe atribuem; Dois - Prédio rústico, composto de pinhal, com a área de setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Luís da Costa, de sul com José da Costa, poente e nascente com caminho inscrito na respectiva matriz rústica, em nome da antepossuidora sob o artigo 8.829, com o valor patrimonial para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de 84,00 euros, que também lhe atribuem; e Três - Prédio rústico, composto de pinhal, com a área de novecencentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Rafael, do sul com Maria da Conceição, de poente com herdeiros de José Gameiro e de nascente com José da Costa, inscrito na respectiva matriz rústica, em nome do antepossuidor sob o artigo 8.862, com o valor patrimonial para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de 105,66 euros, que também lhe atribuem; Que entraram na posse dos identificados bens em data que já não sabem precisar, mas que se situa por volta do ano de mil novecentos e oitenta, através de compras meramente verbais que deles ajustaram fazer aos antepossuidores, Luís da Costa, solteiro, maior, relativamente à verba número um e a Maria da Conceição, viúva, no que respeita as restantes verbas, ambos residentes no lugar já referido de Barrinho, compras essas que não lhes foi, nem é agora possível titular por escritura pública. Que desde a mencionada data,tomaram a posse efectiva dos aludidos prédios, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, cultivando-os, colhendo os seus frutos e produtos, cortando os pinheiros, deles extraindo a resina e avivando as estremas, tudo na convicção que sempre tiveram e têm de ser de facto proprietários. Todos estes actos de posse foram, praticados pelos justificantes, em nome próprio e pessoalmente, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda a gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, que conduz à aquisição por USUCAPIÃO, que invocam, não tendo os justificantes, dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer a prova do seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais. Conferido está conforme. A Colaboradora da Notária, Assinatura ilegível
Certifico que por escritura de oito de Abril de dois mil e nove, no Cartório Notarial de Pombal, sito na Rua Primeiro de Maio, número cinco, a cargo da notária Paula Cristina Rocha Teixeira de Oliveira Sobreiros, iniciada a folhas trinta e sete do livro de notas cento e dezasseis - G, Ilídio da Graça Silva, contribuinte fiscal número 168 822 377 e mulher, Emília de Jesus Gaspar, contribuinte fiscal número 103 931 872, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, da freguesia de Louriçal, concelho de Pombal, residentes na Rua do Barreiro, nº 18, freguesia de Carriço, concelho de Pombal, declaram que são donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis, situados na dita freguesia de Louriçal, omissos na Conservatória do Registo Predial de Pombal: Um - Prédio rústico, sito no lugar de Lameirão, composto de terra de cultura, árvores de fruto e oliveira, com a área de quatrocentos metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Joaquim dos Santos, de nascente com caminho e de sul com Ernesto Fernandes dos Santos, inscrito na respectiva matriz, em nome da antepossuidora sob o artigo número 14.580, com o valor patrimonial de 4,03 euros e para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de 75,16 euros, que também lhe atribuem; Dois - Prédio rústico, sito no lugar de Carqueigeira de Baixo, composto de pinhal e mato, com a área de dois mil metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Manuel Marques, de nascente com Manuel José e de sul com Maria Emília Marques, inscrito na respectiva matriz, em nome do antepossuidor sob o artigo 855, com o valor patrimonial de 7,17 euros e para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de 136,61 euros, que também lhe atribuem; e Três - Prédio rústico, sito no lugar de Giesta, composto de terreno de cultura com árvores de fruto e videiras, com a área de dois mil quinhentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Nunes Ereira, de poente com Câmara Municipal, de nascente com Francisco Marques e do sul com Manuel Jordão Filho, inscrito na respectiva matriz, em nome do antepossuidor sob o artigo número 7081, com o valor patrimonial de 25,64 euros e para efeitos de Imposto Municipal de Transmissões de 498,25 euros, que também lhe atribuem; Que entraram na posse dos identificados prédios por doações meramente verbais que lhes fizeram seus antepossuidores, em data que já não sabem precisar, mas que se situa, relativamente à verba números um e dois, por volta do ano de mil novecentos e setenta e oito, por Maria José Marques, casada com Francisco de Almeida e Manuel Bernardo da Silva, solteiro, residentes que foram no lugar e freguesia de Carriço e a verba número três, por José da Silva Bernardo, residente qur foi no lugar e freguesia de Carriço referida, doações e essas que não lhes foi, nem é agora possível titular por escritura pública, dado o falecimento dos mesmos. Desde as mencionadas datas tomaram a posse efectiva dos aludidos imóveis, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, cultivando-os, roçando o mato, cortando pinheiros e deles extraindo resina, colhendo os seus frutos e avivando as estremas, tudo na convicção plena que sempre tiveram e têm de ser de facto proprietários. Todos estes actos de posse foram, praticados pelos justificantes, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda a gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, que conduz à aquisição por USUCAPIÃO, que expressamente invocam, não tendo os justificantes, dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer a prova do seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais. Conferido está conforme. A Colaboradora da Notária, Assinatura ilegível
PAULA CRISTINA ROCHA TEIXEIRA DE OLIVEIRA SOBREIROS
CARTÓRIO NOTARIAL DA MARINHA GRANDE
NOTÁRIA - ANA LUÍSA CABRAL DE MELO PEREIRA GUERREIRO
Certifico, para fins de publicação, que no Livro de Notas para escrituras diversas número 66-A, deste Cartório, a folhas 16 e seguintes, foi lavrada escritura de Justificação Notarial, no dia 12 de Junho de dois mil e nove, na qual José António Leal Costa e mulher Maria Irene Cordeiro Ribeiro Costa, , casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Louriçal, ela da freguesia de Almagreira, ambas do concelho de Pombal, onde residem no lugar de Barros da Paz, na Rua D. Inês de Castro, nº 105, NIF 172 303 990 e 183 940 245, declararam que são donos e legítimos possuidores, na proporção de metade para cada um, com exclusão de outrem, do prédio rústico, composto por terra de cultura com oliveiras, sito em Barros de Paz, freguesia dita de Almagreira, com mil trezentos e nove metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Manuel da Conceição Fernandes, do sul com Dália Cordeiro e Belmira Cordeiro Ribeiro Santos e do poente com estrada, inscrito na matriz em nome dos justificantes sob o artigo 16.739, com o valor patrimonial tributário e atribuído de mil e quarenta euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Pombal. O referido prédio veio à sua posse, na proporção de metade para cada um, ainda no estado de solteiros, por doação meramente verbal, feita no ano de mil novecentos e oitenta e seis, por Albino da Costa e mulher Conceição Leal, residentes que foram em Castelhanas, Lourial, Pombal. Assim, desde aquela data, possuem o prédio, há mais de vinte anos, cultivando-o, usufruindo do mesmo, tendo pago desde sempre a respectiva contribuição, posse que sempre foi exercida por eles de forma a considerarem tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercerem um direito próprio sobre coisa própria. Esta posse assim exercida deve-se reputar de pública, pacífica e contínua. Por tal motivo e muito embora não possam exibir o respectivo título de aquisição, o certo é que adquiriram o mencionado prédio para seu património próprio por USUCAPIÃO, que aqui invocam, por não lhes ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme. Marinha Grande, 12 de Junho de 2009 A Colaboradora autorizada, Assinatura ilegível
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Julho 2009
última
Tempo: Sol Julho começa encoberto e chuvoso, mas não há motivos para alarme. O Sol deve estar de volta ainda esta semana e manter-se, pelo menos, até meio do mês. As temperaturas máximas deverão chegar aos 27ºC. O suficiente para aproveitar uns bons dias de praia.
SOLIDARIEDADE
Fernando precisa de ir a Cuba } Associação Académica de Coimbra ajuda pombalense A vida de Fernando Simões era igual a tantas outras até que, em 2003, uma doença degenerativa lhe roubou a autonomia. Aos 35 anos, vive em Pombal, preso a uma cadeira de rodas e dependente do pai, de 82. Agora, a Secção de Fotografia da Associação Académica de Coimbra (AAC) quer levá-lo a Cuba, para fazer o tratamento que lhe pode devolver a capacidade de andar. O médico de Fernando acredita que, com fisioterapia intensiva, o jovem pode voltar a ser autónomo. Mas o tratamento só está a acessível em Cuba. Para angariar dinheiro, os estu-
dantes organizaram um espectáculo em Coimbra, no dia 25 de Junho. A bilheteira do evento rendeu 1750 euros e, a esta quantia, há ainda a juntar a fatia de lucro cedida pela empresa que vendeu cerveja no recinto. O dinheiro representa o primeiro passo no percurso de Fernando até Cuba, mas ainda não é suficiente. Estima-se que o tratamento ronde os 3500 euros, fora as despesas com a viagem. Caso não consigam angariar a quantia suficiente, os elementos da Secção de Fotografia da AAC ponderam organizar mais um espectáculo solidário, em Pombal. O evento tinha sido planeado para Julho mas o atraso da Câmara em autorizar a cedência do Teatro-Cine obrigou ao recuo por parte dos estudantes.
Pai lutador “O meu pai faz tudo cá em casa:
cozinha, arruma a casa, veste-me”, conta Fernando Simões. No entanto, a idade começa a pesar: Camilo Simões está a perder as forças e a memória. As lágrimas invadem os olhos do idoso, mal se lhe pergunta como lida com o filho. “É muito difícil”, admite. É que Fernando também não consegue mexer um dos braços, pelo que precisa de ajuda até
para comer. E à noite, Camilo levanta-se “duas ou três vezes” para o virar ou levar à casa-de-banho. “Se mandassem um mulher para tratar dele durante o dia, eu à noite desenrascava-me”, propõe. Além disso, a família precisa de um voluntário, que acompanhe Fernando a Cuba. Camilo já não tem forças para enfrentar a viagem.
Desesperança no IC3 o Feliciano Barreira Duarte
deputado na Assembleia da República eleito pelo PSD
Detidos em flagrante. Três mulheres e um homem, com idades entre os 39 e os 53 anos, foram detidos em f lagrante, num assalto a uma residência em Amarela, Alvaiázere. Go!Shopping chumbado. A Declaração de Impacto Ambiental deu parecer negativo à construção do centro comercial Go!Shopping, na zona do Casarelo, em Pombal.
CONTRA A CORRENTE
É este o adjectivo que melhor poderá traduzir o que a indecisão da adjudicação do itinerário complementar nº3 (IC3!), provocou durante muitos anos, não só junto da população mas sobretudo junto dos autarcas das Terras de Sicó. Via estruturante e determinante para a melhoria das acessibilidades para Concelhos como Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos e outros, foi uma das principais “bandeiras” do norte do Distrito de Leiria, ano após ano e governo após governo. Testemunhei isso várias vezes no exercício de funções em vários órgãos de soberania e muito em particular, como membro de dois gover-
Aconteceu em Junho
nos de Portugal. E na forma de testemunho político não posso deixar de referir que muito do seu atraso se tem devido mais a bloqueamentos de vários técnicos superiores do que propriamente de decisores políticos. Por tudo isto ao ter tomado conhecimento por via dos media que vamos provavelmente ter adjudicado a construção do IC3 já em Julho, fico satisfeito. Porque é justo que assim seja. Porque apesar de tarde vem ainda em boas horas. Aliás, apesar de ingénuo (mas andando-me a tratar há já uns anos dessa “doença”) não sou cego ao facto de só agora (quase em período de governo de gestão), após quase qua-
tro anos e cinco meses em funções, o Governo socialista toma esta decisão. É uma decisão eleitoralista. Mas é daquelas decisões a que eu fecho os olhos. Porque apesar de tardia é justa. Agora só nos resta ficar vigilantes e fazer “figas” políticas para que não seja apenas uma decisão, como diz o nosso bom povo, “para inglês ver”. E já agora que a desesperança se amenizou um pouco no IC3, é digno de destaque realçar que Paulo Morgado e outros Presidentes de Câmara nesta recta final, para esta decisão, estão de parabéns. Porque foram determinantes no processo.
Hasteada Bandeira Azul no Osso da Baleia. A Bandeira Azul foi hasteada no Osso da Baleia. Na cerimónia, o secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, afirmou que aquela praia é um “exemplo para o país”, por manter as suas características naturais. Apanhado a cultivar cannabis. A Polícia Judiciária deteve um homem, de 35 anos, que cultivava cannabis num quintal situado nas traseiras da sua residência, em Pombal. Foram apreendidos cem pés de cannabis “devidamente cuidados” e encontradas outras plantas, já em fase de secagem, assim como sacos próprios para a sua embalagem e comercialização. Desalojado em incêndio. Um incêndio numa habitação, na freguesia de Santiago de Litém, desalojou um homem com cerca de 60 anos. O fogo, que deverá ter sido provocado por um curto-circuito, destruiu toda a zona de habitação da casa. O único residente foi acolhido em casa de familiares.