Especial Habitação Usada

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É uma excelente opção de investimento, pelo preço claro, para ter rendimento de arrendamentos. A habitação usada passou a ter uma procura superior” João Paulo Sobreira Remax Leiria

O concelho de Leiria ganhou 11.798 alojamentos desde 2001 Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

Habitação usada é um mercado de futuro Expansão O excesso de oferta e as restrições do crédito bancário desenham um novo paradigma: reabilitar, arrendar. O segmento da segunda mão vai crescer e as obras em casa também

A operação Censos 2011 do INE (Instituto Nacional de Estatística) revela que o número de alojamentos e edifícios continuou a aumentar em Portugal na última década, crescendo 16,3% e 12,4% desde 2001. Hoje existem 5,8 milhões de alojamentos em 3,5 milhões de edifícios. Neste período, o concelho de Leiria ganhou 11.798 novos alojamentos e o distrito um total de 47.522. A maioria das análises sobre o parque habitacional convergem na ideia de que há excesso de oferta. Um desequilíbrio agravado pela diminuição do crédito bancário, que está a travar a aquisição de imóveis. Solução: reabilitar, arrendar. Potenciar o mercado da habitação usada. Um argumento suportado por números: Em Leiria, há 1.000 a 1.200 fogos por transaccionar pela primeira vez e talvez o dobro no mercado da segunda mão, estimava, recentemente, o

empresário Aquilino Carreira. “Até há bem pouco tempo os imóveis valorizavam sempre, os bancos emprestavam dinheiro com facilidade, o arrendamento era um investimento duvidoso”, afirma Luís Parreira, director comercial da imobiliária Medilena, em Leiria. “A partir do ano 2008, tudo isto se inverteu: os imóveis desvalorizam, é muito difícil comprar casa, o arrendamento está a disparar”, acrescenta, concluindo: “Esta ruptura obriga os operadores a mudarem a sua atitude e a adaptarem-se ao novo paradigma”. É por isso que a Medilena vai lançar um novo serviço destinado a unir os interesses de proprietários e inquilinos. Segundo João Paulo Sobreira, director da Remax Leiria, o arrendamento “é uma excelente opção de investimento” para os proprietários e vale agora “rentabilidades na casa dos 5 a 7%” com um risco “relativamente baixo”. O

Governo promete alterar a lei das rendas, também as áreas da manutenção e reparação devem crescer. Acabam de ser aprovadas alterações legislativas para facilitar obras e o programa Jessica vai financiar a reabilitação urbana com mil milhões de euros. E aqui saem beneficiadas inúmeras actividades: especialidades de obra, design, arquitectura, gestão de projecto. É também por aí que seguem os agentes do sector. Como é o caso da Blist, em Leiria, com o novo serviço de mediação de obras. O director Ivo Margarido explica que a empresa avança assim para uma actividade complementar ao mesmo tempo que responde a uma evidência: “Todos os edifícios necessitam de manutenção”. De acordo com a CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), existem necessidades de reabilitação em 34% do parque habitacional português. E a APEMIP (Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal) lembra que o investimento em reabilitação urbana em Portugal vale 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) enquanto na Europa ronda os 30%.

Jessica mobiliza mil milhões Já anunciado pelo Governo, o programa Jessica vai financiar a reabilitação urbana com mil milhões de euros. Esta verba será aplicada em empréstimos ou participações de capital, através de fundos. Desenvolvido em parceria com o Banco Europeu de Investimento, o programa é financiado por 130 milhões de euros de dinheiros comunitários, 200 milhões de bancos e 670 milhões de investidores privados. Os projectos serão geridos pelo BPI, CGD, Turismo de Portugal e Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). O acesso está condicionado à elegibilidade dos promotores, à existência de planos integrados de desenvolvimento urbano sustentável e a uma taxa interna de retorno positiva. Quem pode concorrer? Municípios, sociedades de reabilitação urbana, construtoras e promotores. Os particulares têm de se organizar junto das sociedades de reabilitação urbana.

Não faz sentido continuar a construir edifícios novos quando temos largo excesso de habitação em Portugal. O que faz sentido, sim, é a reabilitação” Ivo Margarido Blist

Realmente é disso que se trata – mudança de paradigma. Algo que surgiu com uma crise e que se transformou numa nova realidade de mercado” Luís Parreira Medilena

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Transforme a sua casa com soluções chave na mão Reparar, manter, reabilitar. Mudar o cenário. Das pequenas pinturas à remodelação total, não faltam empresas com ideias. E oferecem gestão total do projecto do primeiro ao último dia A marca Haobra foi criada pela Celeiro do Móvel para a remodelação de imóveis Chama-se Haobra, acaba de ser apresentada ao mercado na feira Intercasa e é a nova marca da empresa Celeiro do Móvel para as áreas da remodelação e restauro em imóveis. A partir da Batalha, propõe conferir coerência, criatividade e organização aos espaços de habitação e trabalho. Soluções chave na mão que acompanham o cliente desde a folha em branco até à conclusão da obra. “Começamos por ir ao local

e perceber as necessidades para depois apresentarmos ideias”, explica Mário Rui Laranjeiro, um dos sócios da Celeiro do Móvel, empresa familiar com mais de 20 anos de actividade. Os serviços da Haobra dirigem-se a interiores, exteriores ou jardins e são vastos: arquitectura, pintura, electricidade, pavimento, revestimento, carpintaria, canalização, pedreiro, decoração, divisórias, alumínios. A marca trabalha com uma

equipa fixa que inclui as valências de arquitectura, design, decoração de interiores e gestão de projecto, entre outras competências, mas também recorre a parcerias e a profissionais subcontratados. Na realidade, a Haobra vem responder às dificuldades identificadas ao longo do tempo pelos clientes da Celeiro do Móvel: o desejo de mudança vai além da troca de mobiliário, chega à remo-

delação de toda a casa, loja ou escritório, mas esbarra na falta de tempo e na complexidade de gerir os contactos com um conjunto alargado de especialidades diferentes. “As pessoas estão receptivas a que alguém lhes trate de todos os assuntos”, refere Mário Rui Laranjeiro. Assim, o sistema chave na mão significa que o cliente contrata a criatividade, a elaboração do projecto, o fornecimento de materiais, a

execução e até a limpeza final antes da entrega da obra. O que, em alguns casos, representa uma completa cirurgia plástica que torna irreconhecível o imóvel. Uma espécie de antes e depois, que abre a porta a uma nova vida sem sair do lugar. Também a marca Melon XL presta serviços vocacionados para a habitação usada. Trata-se de um novo franchising criado para a reparação e remodelação doméstica. O PUBLICIDADE

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que inclui “desde obras de 400 ou 500 euros até intervenções na ordem dos 40 mil euros”, explica António Pinto, administrador da Monterg, empresa que opera a Melon XL na faixa de Leiria até Lisboa. A simples reparação de um cano ou a inteira modernização de um apartamento antigo fazem parte de um mercado com procura crescente, acredita António Pinto. Por um lado, há um retorno aos centros históricos; por outro, os portugueses passarão a viver mais tempo na mesma casa por falta de condições financeiras para trocarem de imóvel, argumenta. Logo, vão precisar de contratar mais manutenção e reparação. E a alternativa para quem se farta do cenário, face à realidade actual do país, também passa pela remodelação. Até agora, diz o administrador da Melon XL, “o mercado era dominado por profissionais independentes ou pequenas empresas constituídas por duas ou três pessoas sem grande preparação ou preocupações com garantias e atendimento do cliente”, sendo que a Melon XL “vem tentar ser uma alternativa com maior qualidade”,

adianta. No processo, todas as solicitações diárias são atendidas e tratadas por um call center, cujos operadores distribuem o trabalho para o franchisado mais próximo da área de residência visada, com a possibilidade de logo ao telefone apresentar uma estimativa de custos. Cabe também ao call center realizar o controlo de qualidade, através de contacto para o cliente após a concretização do projecto.

N.ºs Quanto custa fazer obras em casa? 50 euros por metro quadrado nas pequenas reparações, indica um estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) 158 euros por metro quadrado se for uma reparação média 527 euros por metro quadrado numa obra de grande dimensão

Hugo Coelho P&R “Um serviço completo poupa dinheiro” estão preparadas para dar resposta. Um problema é o desfasamento entre os valores que as pessoas acham que vão gastar e o que gastam na realidade.

O designer da empresa Omicom explica os benefícios da gestão integrada de obra

Quais os serviços prestados pela vossa Omicom? Nesta área, prestamos serviços de reformulação e tratamento de interiores, regra geral acompanhados de um projecto executado por nós. Temos um gabinete de apoio técnico e criativo e actuamos na habitação, comércio, saúde, hotelaria e restauração. Reabilitar nunca foi tão fácil? É mais fácil hoje do que noutros tempos. Os clientes têm maior discernimento sobre o que querem e as empresas

Os projectos chave na mão protegem os clientes? O facto de sermos os principais providers da obra e de subcontratarmos outras especialidades permite-nos garantir os timings adequados e é um papel muito importante. Fazemos um trabalho chave na mão. Quais as principais vantagens? Os clientes valorizam essencialmente o facto de não terem que lidar com a problemática de uma obra. Há outros benefícios? Uma gestão integrada permite reduzir alguns custos. Ter um serviço completo permite poupar dinheiro.

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Era uma vez um lar no centro histórico Conheça o trajecto de um imóvel devoluto até se transformar num moderno lar na zona nobre de Leiria, já premiado. Depois de ultrapassar a teia da burocracia e uma complexa gestão de obra Ricardo Espada e Cláudia Rocha realçam as vantagens de viver no centro Foto: Joaquim Dâmaso Quase por acaso, há 10 anos, Cláudia Rocha e Ricardo Espada mergulharam na compra de um imóvel devoluto no centro histórico de Leiria, que é hoje a casa onde vivem em permanência. Gostaram da proximidade ao local de trabalho, de viver no centro da cidade, de sair a pé para um cinema ou jantar com amigos. Arrependidos? Longe disso: “Sentimos que as vantagens que esta zona oferece superam os inconve-

nientes”, garantem. Quando o casal adquiriu o imóvel, não havia oferta de habitação nova no centro histórico de Leiria. Ao escolherem um espaço devoluto, entraram num labirinto de leis e procedimentos administrativos. “A burocracia é enorme, exige tempo e paciência, mas é sobretudo estranha, completamente desligada da realidade, e incoerente”, explicam. Contas feitas, o projecto

revelou-se “substancialmente mais caro” do que uma alternativa nova na periferia, mas Cláudia e Ricardo encaram este facto com normalidade, lembrando que “a habitação dentro do centro histórico” é naturalmente “mais cara do que fora”, pois trata-se de um espaço “que ao contrário dos arrabaldes não vai crescer” e deve ser visto “como a zona nobre da cidade por excelência”. Quanto à gestão da obra,

não podia ter corrido melhor. “Tivemos duas arquitectas maravilhosas (Mónica Cruz e Renata Gomes) que ganharam com esta obra uma menção honrosa no prémio Korrodi, que acompanharam o projecto do início ao fim e foram uma ajuda fantástica”, lembra o casal. Ainda assim, “o processo de construção em si é trabalhoso e exige um acompanhamento intensivo”. Logo, “ter a ajuda de arquitectos, engenheiros e

construtores profissionais e responsáveis é indispensável”. Uma escolha que vai conquistar seguidores no futuro? “Faria todo o sentido”, concluem. “É um sítio bom para viver. Gostamos de poder sair e passear por uma cidade bonita... Temos mercados, lojas, jardins, igrejas, biblioteca, cinemas, um rio bonito, temos praças e pessoas... Quem vir a vida deste prisma sente-se bem por aqui”. PUBLICIDADE

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Monterg cresce na zona de Lisboa A construtora Monterg chegou ao final de 2010 com um volume de negócios de 10 milhões de euros que significou um crescimento de 16% relativamente ao exercício anterior. O resultado líquido do período ascendeu a 391 mil euros. Saldo positivo para uma empresa que espera manter o mesmo ritmo de facturação em 2011 e já tem a carteira de obras bem preenchida com vista ao próximo ano. Bem inserida na área da remodelação e da reabilitação, a Monterg está assim a colher os frutos de uma estratégia iniciada já há alguns anos. “Achámos que era um mercado que tinha potencial de crescimento”, pois seria “impossível continuar a deixar os centros históricos ao abandono”, refere António Pinto, administrador da empresa com sede em Leiria, que obtém 60% das suas receitas na zona de Lisboa e é responsável por meia centena de postos de trabalho. Na lista das melhores empresas publicada pelo REGIÃO DE LEIRIA este ano, com referência a 2010, a Monterg surge em quarto lugar entre as principais

Achámos que a reabilitação era um mercado que tinha potencial de crescimento, era impossível continuar a deixar os centros históricos ao abandono” António Pinto Administrador da Monterg

construtoras do distrito e concelho de Ourém. Entre as obras emblemáticas já concretizadas, constam o Edifício Garage na Avenida Heróis de Angola e os edifícios Ateneia e Cedile, ambos no centro histórico de Leiria. Também na cidade, está em fase final a reabilitação do bairro social Sá Carneiro, na freguesia de Marrazes. Uma “autêntica revolução”, garante António Pinto.

Imóveis ao abandono podem ser vendidos A possibilidade de venda forçada, quando os proprietários de imóveis se recusam a fazer obras determinadas pelas câmaras municipais, foi introduzida pelo Governo de José Sócrates, mas sofreu alterações no Conselho de ministros do passado 29 de Setembro. Assim, o actual Governo propõe um valor mínimo para a venda forçada do imóvel, acolhendo assim as reivindicações dos proprietários, preocupados com a hipótese de a hasta pública não render um valor considerado justo face à realidade do mercado. A reunião do Conselho de Ministros de 29 de Setembro lançou as bases do aprofundamento da reforma da rea-

bilitação urbana e também do segmento do arrendamento, mas não escapa a críticas. A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que é necessário ir mais longe. De acordo com aquela estrutura de representação sectorial, a reabilitação urbana, por ser uma “actividade intensiva em mão-de-obra, pode absorver os 140 mil postos de trabalho do sector que estão em risco e envolver a generalidade das empresas, nomeadamente as pequenas e médias empresas”. Nos últimos dez anos, ainda de acordo com a CPCI, o sector da construção e do imobiliário perdeu 230 mil postos de trabalho.

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Em Leiria, a Era Marquês de Pombal já usa a nova solução

À procura de preço nos leilões online A loja Era na Avenida Marquês de Pombal acaba de associar-se aos leilões que aquela rede imobiliária promove na internet, permitindo licitações em tempo real a partir de casa ou do escritório. O investimento da Era nesta ferramenta ascende a um milhão de euros, a nível nacional. É apresentada como uma solução rápida, transparente e segura. Um estudo da Era realizado junto dos seus franchisados revela expectativas altas relativamente aos leilões online: estima-se que 89% dos imóveis novos no mercado e 60% dos imóveis antigos venham a ser transaccionados por esta via. Uma das principais vantagens dos leilões na internet tem a ver com um melhor ajuste do preço face às expectativas dos actuais e futuros proprietários. O processo não tem custos acrescidos: a loja Era regista a casa online em www.leiloes-vaiuma-vaiduas.com, é determi-

nado o preço inicial e o preço mínimo, a casa é mostrada, os potenciais compradores são registados, realiza-se o leilão interactivo, é assinado o contrato de compra e venda. O imóvel é publicado na internet durante quatro a seis semanas, o que permite aos interessados registarem a sua oferta inicial. Numa data e hora previamente definidas decorre o leilão interactivo. Em tempo real e em várias rondas. A venda acontece quando a oferta mais alta se mantém durante duas rondas consecutivas, mas só se o limite mínimo fixado pelo vendedor for atingido. Quem compra paga um sinal de 10% no prazo de 48 horas. Adriana Azevedo, consultora da Era Marquês de Pombal, nota que se trata de um serviço sem custos acrescidos face à transacção tradicional. E perante a “muita procura” que tem existido, não duvida do sucesso futuro dos leilões online.

Mediadores já não dispensam as vantagens da internet “Já não vivemos sem internet”, afirma Paulo Carvalho, administrador da Novilei, uma empresa de mediação baseada em Leiria que aparece regularmente nos primeiros lugares do ranking de imobiliárias do Portal Casa Sapo. Desde há três ou quatro anos, explica o empresário, “cerca de 95% dos

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novos contactos” que chegam à Novilei “vêm da internet”. Além de ser uma ferramenta que poupa tempo, confere uma visibilidade acrescida aos imóveis, aos proprietários e aos próprios mediadores. “Temos que estar onde as pessoas procuram”, resume.


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E agora? Comprar ou arrendar? Entre os diversos factores a considerar, há dois que são de avaliação fundamental: a dinâmica dos mercados de compra e de arrendamento, mas também as condições contratuais em cima da mesa

Com as taxas Euribor associadas ao crédito hipotecário em trajectória de subida, ao mesmo tempo que o mercado do arrendamento dá sinais de uma nova vitalidade, volta a colocar-se a necessidade de avaliar qual o cenário mais vantajoso: comprar ou arrendar? “Se é uma opção para dois a quatro anos, anos a minha opinião vai no sentido claro de arrendamento”, responde Paulo Silva, director da loja Century 21 Galeria das Kazas. “Já lá vai o tempo em que se vendêssemos o imóvel após estes anos a valorização cobria os custos e ainda se ganhava dinheiro, ou seja, era considerado por muitos um investimento”, conclui. Tudo muda quando se trata de uma solução de longo prazo. Conforme explica este empresário da mediação imobiliária baseado em Leiria: “Aconselharia claramente a aquisição com ou sem crédito. E por muito que me custe optaria por um imóvel da banca pois tem condições preferenciais e vai ser moda durante os próximos dois a três anos”. As condições preferenciais incluem preço abaixo da média, financiamento a 100% e um spread reduzido. São as circunstâncias específicas de cada caso que ditam a melhor opção. Entre os factores a ponderar, há um que é fundamental: a dinâmica de compra e do arrendamento. Paulo Silva reforça esta ideia com o exemplo de um apartamento de tipologia T3 na periferia de Leiria, com preços de 80 mil a 100 mil euros. A prestação a pagar ao

banco ficaria no intervalo entre 470 e 530 euros mensais. Arrendar este mesmo imóvel pode custar 380 e 430 euros. Quanto mais pequeno o imóvel, mais sobe o preço por metro quadrado. Como decidir? A questão leva ao segundo factor crucial nesta ponderação, que são os pressupostos contratuais. “Há que ter em conta aspectos centrais como o género de empréstimo, pois com a flutuação das taxas de juro neste momento há que procurar acautelar situações desagradáveis que possam surgir no futuro”, refere o director da Century 21 Galeria das Kazas. As condições de ambos os contratos – compra ou arrendamento – devem ser comparadas com atenção. É fundamental ter conhecimento dos valores entre os quais pode oscilar a prestação (em caso de aquisição) e a renda (em caso de arrendamento). E é nos detalhes que está a diferença. Qualquer simulação deve considerar a despesa no momento zero e nos anos seguintes, o que inclui taxas de juro e gastos adicionais. Algo

As circunstâncias específicas de cada caso é que ditam a opção mais vantajosa e por isso mesmo tem de ser estudada a realidade pontual em questão”

que nem sempre acontece. Mas não o fazer prejudica decisivamente a opção final. Segundo Paulo Silva, “a habitação em Portugal está ainda a desvalorizar”, mas também o valor das rendas terá de descer “para o mercado de arrendamento vingar”.

Paulo Silva Director da Century 21 Galeria das Kazas

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Batalha recebe Expodecor

Aniversário Robbialac em Leiria

Decoração, mobiliário, cozinhas, electrodomésticos e iluminação fazem parte da ementa da Expodecor, feira que decorre na Batalha, nas instalações do centro de exposições Exposalão, de 19 a 27 de Novembro. Fabricantes, importadores, distribuidores, armazenistas e retalhistas compõem o conjunto de expositores reunido pela organização, enquanto o perfil do visitante obedece ao interesse de decoradores de interiores, outros profissionais do sector e público em geral. O salão tem sido por tradição um espaço privilegiado para conhecer novas propostas na área do mobiliário, dos equipamentos aos ambientes, do estilo clássico ao rústico e contemporâneo. Do ponto de vista das empresas, trata-se de uma oportunidade para troca de contactos e potenciais negócios. Em complemento, realiza-se simultaneamente a Utilcasa (dedicada aos electrodomésticos, cozinhas e utilidades) e a feira Festas & Casamentos (com tudo o que é necessário para preparar o momento de passagem a uma nova vida a dois).

A loja Robbialac de Leiria comemora mais um aniversário entre os dias 24 e 29 de Outubro, tendo aproveitado esta data festiva para lançar novidades, promoções e descontos. Uma oportunidade para quem planeia redecorar a casa. A loja de Leiria situa-se na Estrada Nacional 109, em Almoinha Grande, Marrazes, e o horário de funcionamento é de segunda a sexta das 09 às 13 horas e das 15 às 19 horas. Aos sábados, abre das 09 às 13 horas. Através da marca Viero, a Robbialac tornou-se recentemente parceria da empresa Master Block, de Alcobaça, que se dedica ao fabrico do miolo das pranchas de surf, uma actividade inovadora em Portugal. A empresa Tintas Robbialac iniciou actividade no nosso país em 1931 e foi a primeira do seu sector a implementar um sistema de gestão da qualidade. Desde 2004, integra o Grupo Materis. Detém uma fábrica em Lisboa e uma rede de 58 lojas próprias e 130 revendedores exclusivos que permite a afinação de 12 mil cores na hora.

A Loja das Artes, em Leiria, promove workshops regulares

Artes decorativas ajudam a redecorar em tempo de crise Quer alegrar a casa? Restaurar mobiliário é apenas uma das formas de dar largas à criatividade sem gastar muito dinheiro. E não faltam oportunidades para aprender

Se lhe interessam as artes decorativas, em Leiria, encontra workshops regulares que podem ser o caminho para aproveitar o tempo livre e alegrar a casa sem gastar

muito dinheiro. A Loja das Artes organiza aulas sobre variadas técnicas, em horário diurno ou pós-laboral. “É uma forma económica” de transformar a habitação,

conclui a proprietária, Edite Oliveira. Com a crise, cada vez mais pessoas procuram o restauro. Novidade na Loja das Artes é uma colecção de móveis em segunda mão que a empresa vai receber e disponibilizar às suas formandas – habitualmente mulheres entre os 40 e os 65 anos. Vão aprender a restaurar aquele mobiliário, que depois poderão usar para decorar o seu próprio lar.

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Aprenda bricolage ao computador arrumação inteligente ou a usar a pintura decorativa para conferir nova vida aos quartos, salas e cozinhas. Finalmente, existe um espaço de dicas e esclarecimento de dúvidas. Se é cliente Izi, outra cadeia de âmbito nacional neste ramo do comércio, também encontra online respostas à maioria das perguntas que surgem durante os trabalhos de bricolage, decoração e jardim. A marca disponibiliza na internet um conjunto de 53 guias com o objectivo de tornar “o mais fácil e intuitiva possível” a experiência lá em casa, ajudando a escolher os materiais adequados para concretizar os projectos e orientando a sua concretização. Pode consultar online ou descarregar os ficheiros PDF. Vai aprender a semear e manter um relvado, a instalar calhas e varões para cortinados ou a montar uma torneira, entre outras informações úteis.

53 Sabe como colocar uma fechadura numa porta? Isolar portas e janelas? Aplicar papel de parede? A resposta a esta e outras questões encontra-se online, sem necessidade de sair de casa, à distância de um clique, que é o que separa o utilizador da internet do site da Aki, uma rede de lojas especializadas em artigos, equipamentos e materiais para casa, decoração e jardim. No espaço

intitulado Ideias Aki, é possível encontrar online um conjunto de ensinamentos de bricolage, agrupados nas chamadas bricofichas, que versam assuntos tão diversos como canalização, iluminação e climatização, num total de 14 áreas temáticas. O site inclui ainda uma secção de ideias e sugestões, onde é possível aprender a transformar zonas de lazer em terraços ou varandas, a criar

O site da rede comercial Aki inclui a secção Ideias Aki com ensinamentos de bricolage num total de 14 áreas temáticas, da canalização à climatização e iluminação. Também a marca Izi disponibiliza na internet um conjunto de 53 guias de bricolage, decoração e jardim

Luís Marques Finstral

Opinião Vantagens das janelas em PVC a construção e reabilitaçao devemos considerar sempre a exposição solar da casa, a área de vidro e a área da casa que pretendemos climatizar (aquecer ou arrefecer), para desta forma podermos definir quer o tipo de caixilho, quer o vidro mais apropriado para o efeito. Na reconstrução, devemos dar especial importância também ao isolamento das paredes, ou seja, não adianta climatizar uma casa, substituir as janelas, quando a parede é de fraca qualidade e não acompanha o desempenho pretendido. No mundo da caixilharia existem inúmeras soluções, algumas delas de carácter mais estético, outras mais vocacionadas para a segurança, muito embora praticamente todas elas sejam excelentes opções no que diz respeito ao isolamento térmico e ao conforto. Hoje encontramos no mercado novas séries em PVC com aro de 90 mm de profundidade, um sistema que combina um excelente perfil de janela com um

N

vidro triplo de alto rendimento, de onde resulta uma janela com um excelente desempenho no que diz respeito ao isolamento térmico. Trata-se de uma solução custo/benefício bastante vantajosa para o cliente, face ao que pode beneficiar com a respectiva redução dos custos com o sistema de climatização. As principais vantagens em investir em janelas de qualidade são: -Um aumento do conforto e como consequência a melhoria da qualidade de vida; -uma redução significativa nos custos com o sistema de climatização escolhido; -a própria estética pode e deve ser considerada, pois dentro do mundo das janelas de PVC, existem janelas que se destacam pela inovação e estética, tais como a janela combinada ou a janela com folha oculta; -a segurança pode ser combinada com qualquer um dos sistemas, aumentando a tranquilidade de quem habita a casa. Hoje, no mercado, a oferta de janelas é grande, tal como em qualquer outro produto. No entanto, o cliente deve sempre optar pela razão preço/qualidade e respectivo benefício. E não como na maior parte das vezes faz, que é optar pela solução aparentemente mais económica e que não lhe resolve o problema a médio prazo. Hoje em dia, a melhor opção são as janelas de PVC, janelas de elevadas prestações e desempenho a um preço justo. As janelas de PVC que têm garantia de 5 ou 10 anos não necessitam de grandes operações de manutenção, embora não possamos dizer que estão isentas de manutenção. PUBLICIDADE

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CASAL DOS MATOS CASAL GALEGO (Mª GRANDE) MORADIA GEMINADA Sala c/ lareira, 4 quartos, 4 wc`s, logradouro c/ churrasqueira, aquecimento central Boas áreas I-363

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