Suplemento PME excelência

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Este suplemento é parte integrante da edição nº 3784 de 25 de Setembro de 2009 do semanário Região de Leiria e não pode ser vendido separadamente.

s u p l e m e n t o

PME 2009 Excelência AS 31 ELEITAS NO DISTRITO DE LEIRIA

Com o alto patrocínio:


2 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

Leiria: quarto distrito com mais PME excelência

N

ovamente em destaque, pelas melhores razões, Leiria é o quarto distrito com maior número de PME Excelência. A distinção, relançada este ano pelo Ministério da Economia e Inovação, contempla 31 empresas distribuídas por nove concelhos. Só atrás do Porto (70), Lisboa (68) e Aveiro (50). O estatuto PME Excelência foi criado no quadro do programa FINCRESCE, o qual tem por objectivo fornecer às empresas de dimensão intermédia condições óptimas de financiamento, de modo a crescerem e reforçarem a sua base competitiva. As PME Excelência estão na vanguarda dos sectores em que operam, sendo o seu contributo relevante para os desafios da economia portuguesa. Escolhidas a partir do grupo restrito de PME Líder, um estatuto também atribuído no âmbito do FINCRES-

CE, correspondem ao nível superior, pois apresentam melhor qualificação de risco e mérito no desempenho, segundo referências de benchmarking e critérios do IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias

Os critérios ‰ Boa autonomia financeira ‰ Crescimento do volume de negócios ‰ Qualificação de risco superior ‰ Altos padrões de competitividade Empresas e à Inovação. Sem surpresa, o estatuto PME EXCELÊNCIA confere visibilidade acrescida no mercado e inspira a confiança dos potenciais parceiros, como são as instituições de

crédito, os sistemas de incentivos e todos os stakeholders do negócio. No quadro do FINCRESCE, significa que as empresas, enquanto PME Líder, acederam a um conjunto de benefícios nas condições de financiamento. A iniciativa tem o selo do IAPMEI e conta com a parceria do Turismo de Portugal, Banco Espírito Santo, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP e Santander Totta, bem como da PME Investimentos e das sociedades de garantia mútua Norgarante, Lisgarante e Garval. As PME Excelência são financeiramente sólidas e têm sabido manter altos padrões competitivos, com apostas em estratégias de inovação e internacionalização. Contribuem activamente nas dinâmicas de desenvolvimento e de emprego das várias regiões. A nível nacional, foram distinguidas 375.

Pombal destaca-se É no concelho de Leiria que estão sediadas 14 das 31 PME Excelência no distrito. Logo depois aparece o município de Pombal, com 8. Em conjunto, Leiria e Pombal contribuem com 70% das empresas distinguidas pelo IAPMEI na região. O Norte do distrito está representado também por Ansião (duas empresas) e Alvaiázere. As restantes estão instaladas em Peniche (duas), Alcobaça, Bombarral, Marinha Grande e Batalha.

ficha técnica DIRECTOR Francisco Rebelo dos Santos

EDITOR COORDENADOR

Director EXECUTIVO João Carreira

TEXTOS Cláudio Garcia

Carlos S. Almeida

DEPARTAMENTO COMERCIAL Alda Moreira (Directora), Ana Paula Gomes, António Cardoso, João Agrela, Luis Vieira, Mário Coelho e Sandra Nicolau

PAGINAÇÃO Departamento Gráfico do REGIÃO DE LEIRIA

IMPRESSÃO Mirandela, SA TIRAGEM 18.000 exemplares


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4 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

1.193 empregos e 202 milhões de facturação

O

conjunto de PME Excelência com sede no distrito de Leiria vale 1.182 postos de trabalho e gerou, no ano passado, um volume de negócios de 201 milhões de euros. Os valores dizem respeito a 27 sociedades, pois não foi possível obter elementos referentes à Artur dos Santos Silva & Irmão, Fribroplac, Leiriplás e Miranvias. A maior empregadora é a construtora Aníbal Cristina (91 postos de trabalho), logo seguida pela Caiado (distribuição de material eléctrico), Distripombal (distribuição alimentar), inCentea (tecnologias de informação) e LM Perfis (portas, grades e automatismos), empresas com aproximadamente 80 colaboradores. Em termos de volume de negócios, a Aníbal Cristina (21,2 milhões de euros) torna a surgir na primeira posição, à frente da Distripombal, Ferrolserviços (gestão de créditos) e Caiado, que rondam os 20 milhões. Ainda acima dos 10 milhões de euros, estão a Reynaers Alupol (soluções em alumínio para construção), a Compogal (compostos de PVC, TR e SEBS) e a Macolis (climatização). A nível nacional, em conjunto, as PME Excelência geram 19 mil postos de trabalho directos e um volume de negócios de quase 3 mil milhões de euros por ano. Com um activo líquido de 2 mil milhões de e capitais próprios de mil milhões, têm uma autonomia financeira média de 54% e apresentam altos níveis de rendibilidade, com crescimentos médios dos resultados da facturação acima dos 15% em 2008. A rendibilidade média dos capitais próprios é de 20,6% e a rendibilidade média do activo é de 10,7% nestas empresas.

Escudos contra a crise, diz secretário de Estado As PME são “essenciais à construção de uma democracia económica” e, ao mesmo tempo, “o melhor escudo protector” contra o efeito “mais nefasto” que se manifesta com a crise: o desemprego. A ideia é do secretário de Estado Adjunto, da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, no discurso aos empresários, no Porto, em Julho, durante a sessão em que foram distinguidas as PME Excelência 2009. Castro Guerra afirmou que “o principal mérito é das PME, tendo-se muitas delas colocado nos limites da sobrevivência para preservarem emprego”. A isto, considerou, “chama-se responsabilidade social, outros dos vectores que deve ser e está a ser, cada vez mais, estruturante da nossa sociedade”. O governante lembrou que as PME Excelência lograram aumentar significativa-

mente o volume de negócios, e também a autonomia financeira, a rentabilidade dos activos e os capitais próprios, apesar de operarem numa conjuntura económica de grande dificuldade. “Um dos domínios em que o caminho feito é assinalável é o do reconhecimento da importância económica e social dos empresários e das suas criações: as nossas empresas. Em particular as nossas PME”, afirmou o secretário de Estado. “Muitos se lembrarão que nem sempre foi assim. Mas já é. Já é e importa que seja mais porque são os empresários e as empresas que arriscam, que inovam para sobreviver, que criam emprego, geram riqueza e a distribuem através da remuneração dos factores primários de produção. Também pela via fiscal, através da qual se financia o contrato social implícito nas sociedades democráticas”, disse.

Efeito multiplicador Esta distinção, que resulta de um trabalho conjunto de selecção entre os cinco maiores bancos do sistema bancário e o IAPMEI, é um activo intangível das empresas distinguidas, junto dos seus stockholders, considera Castro Guerra. A comunicação com o mercado é justamente um dos três eixos em que assenta o programa FINCRESCE, no âmbito do qual são eleitas as PME Excelência. Além de conferir visibilidade ao desempenho das empresas, a intervenção visa gerar um efeito multiplicador de competitividade, ao apresentar os melhores exemplos nos vários sectores de actividade. A ideia é potenciar a procura e adopção das melhores práticas de gestão em quatro áreas-chaves: financeira, inovação e qualidade, boas práticas e ambição estratégica, globalização dos negócios.


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6 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

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Fincresce, um laboratório rumo à excelência

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galardão PME Excelência é o estatuto superior conferido pelo programa FINCRESCE, acima dos patamares PME Líder Protocolada e PME Líder. Criado pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, o FINCRESCE tem por objectivo melhorar o desempenho das empresas e tornar sustentável o risco inerente à actividade que desenvolvem. Pretende ajudá-las a crescer e ganhar competitividade, fornecendo os meios óptimos para se financiarem. Assim, podem aceder a produtos e serviços destinados a três tipos de intervenções: diagnóstico do negócio e definição da estratégia, promoção e comunicação com o mercado, financiamento.

A quem se destina. O programa destinase às pequenas e médias empresas motor da economia portuguesa nos diferentes sectores de actividade, que se encontram num estádio de desenvolvimento estável e com bons desempenhos e perfis de risco. É um programa que assenta em parcerias público-privadas, firmadas entre organismos estatais e agentes financeiros e não financeiros. Suporta-se em mecanismos públicos de financiamento, incluindo fundos comunitários. Ao tornar mais eficiente a intermediação bancária, o FINCRESCE procura favorecer planos de crescimento e de afirmação nos mercados, o que contribui para fortalecer o tecido económico. Entre os principais objectivos estão a necessidade de garantir a sustentabilidade das dinâmicas empresariais, em linha com as regras do Acordo de Basileia II. E, ainda, ajustar as estratégias dos privados às políticas públicas. Três tipos de intervenção. O FINCRESCE prevê três tipos de intervenção: reforço do potencial endógeno, interacção com a envolvente, alargamento da oferta de produtos e serviços financeiros. No primeiro caso, trata-se de um acção interna, com assistência técnica especializada, que fornece às empresas informação, instrumentos de diagnóstico, benchmarking inicial e consultoria de intensidade. Objectivo: diagnosticar, reflectir, definir estratégias e planos. Na comunicação com o mercado, a ideia é conferir visibilidade ao mérito, obtendo ganhos de reputação que se irão traduzir no reforço da capacidade negocial na contratação de financiamentos. Finalmente, o alargamento da oferta de produtos e serviços financeiros visa disponibilizar melhores condições de qualidade e preço, ajustadas às necessidades e perfil das empresas. Aqui incluem-se oferta de

crédito em condições vantajosas, de instrumentos de gestão de riscos financeiros, seguros e serviços de corporate finance; oferta de instrumentos híbridos de financiamento; oferta de capital através de acesso a operadores de capital de risco/private equity, investidores institucionais e colocação em mercados de capitais. Acesso. O acesso ao FINCRESCE passa por obter o estatuto PME Líder, através dos bancos parceiros ou directamente junto do IAPMEI ou do Turismo de Portugal. A um subconjunto de PME Líder é atribuída a distinção PME Excelência. As PME Líder que queiram melhorar o seu posicionamento no mercado e consequentemente o seu perfil de risco poderão desenvolver um Plano de Acção Rumo à Excelência (PME Líder Protocolada). Os parceiros actuais são o Banco Espírito Santo, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP e Santander Totta, e ainda a PME Investimentos e as sociedades de garantia mútua Norgarante, Lisgarante e Garval.

As vantagens

Os objectivos

‰ Condições preferenciais no acesso a produtos e serviços financeiros e não financeiros e na obtenção de soluções à medida ‰ Facilidades na intermediação bancária e na aproximação ao mercado de capitais ‰ Afirmação no mercado, reforço da visibilidade, reputação e notoriedade ‰ Acesso a informação privilegiada e assistência técnica especializada ‰ Oferta de financiamento mais vasta e inovadora ‰ Melhoria da notação de risco ‰ Incremento da capacidade competitiva ‰ Aumento da capacidade de negociação ‰ Alargamento de contactos

‰ Melhorar o perfil de risco das empresas ‰ Contribuir para a sustentabilidade dos projectos empresariais ‰ Incentivar boas práticas de gestão ‰ Favorecer dinâmicas de afirmação no mercado ‰ Capacitar as empresas para novas dinâmicas de inovação e inserção em pólos de competitividade e tecnologia ‰ Auxiliar as empresas para uma participação mais activa em mercados globais ‰ Impulsionar estratégias empresariais alinhadas com as políticas públicas ‰ Proporcionar às empresas vantagens no acesso ao financiamento


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8 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

Luís Filipe Costa, Presidente do IAPMEI

“São empresas que apresentam altos padrões competitivos” Quais os objectivos do IAPMEI ao dinamizar o estatuto PME Excelência? Reconhecer o mérito das PME com melhores desempenhos, sendo que há várias boas razões para o fazermos. Em primeiro lugar, é justo para as empresas que se lhes reconheça os bons resultados e disso se dê conta à sociedade. Depois, estamos a sinalizar que reconhecemos o mérito destas empresas, e em todas as sociedades competitivas a apologia dos casos de sucesso funciona como um incentivo para que surjam mais casos de sucesso. Estamos também a fornecer balizas para as empresas ambiciosas que pretendem seguir bons exemplos, divulgando números médios com que se podem comparar. Finalmente, estamos a tornar pública uma segmentação que é útil para um número muito alargado de empresas utilizar no seu relacionamento comercial e institucional. Faz parte da nossa missão, mas é também um prazer, para o IAPMEI e para nossos parceiros da banca, podermos ter este papel de atestar bons exemplos, porque é disso que se trata. E este diploma permite também às empresas distinguidas partilharem com os seus trabalhadores e as suas empresas fornecedoras e clientes um mérito que é exclusivamente seu.

cios associados para além dos ganhos de reputação e notoriedade. Concorda que os critérios de qualificação para o estatuto PME Excelência podem ser injustos no modo como excluem empresas com estratégias de maior risco? É verdade. A distinção exclui estratégias de maior risco, e por isso mesmo é que ela é anual, o que vai permitindo a entrada a essas empresas, depois de ultrapassadas fases críticas de crescimento. O que me está a dizer é que os critérios são muito apertados e que deixam de fora muito boas empresas. É verdade que o clube é restrito e que a solidez económico-financeira é valorizada, ou não fosse esta uma distinção atribuída em parceria com os cinco maiores bancos portugueses. Penso que aprendemos todos, ao longo dos últimos anos, o perigo que algumas estratégias de maior risco representam para as empresas, mesmo para empresas muito boas. Esta distinção não é a única, a nível nacional. E não estamos, neste momento, a equacionar flexibilizar critérios. As empresas têm demonstrado atracção por estes programas? Claro que sim, embora se trate de iniciativas com carácter diferente. A PME Líder tem um carácter mais abrangente, para acolher muito boas empresas em diferentes estádios de desenvolvimento, incluindo as tais estratégias de maior risco. Por isso, tem benefícios associados que se prendem com serviços e facilidades associadas ao IAPMEI, mas também a outros parceiros nossos. É preciso fazer esta distinção, e também falar de números. Cerca de três mil empresas são PME Líder, e elas são as PME motor da nossa economia nacional. A PME Excelência é efectivamente um clube restrito, onde o simples facto de pertencer ao clube é o único benefício associado.

O que caracteriza as PME Excelência? São PME certificadas pelo IAPMEI e PME Líder que apresentam altos padrões competitivos e contributos relevantes no desenvolvimento e emprego das regiões. Num ano difícil como o que passou, estas empresas apresentaram crescimento do volume de vendas acima dos 15%, rendibilidade dos capitais próprios acima dos 20% e uma rendibilidade do activo acima dos 10%. Num contexto em que o endividamento das empresas portuguesas é elevado e as fragiliza, estas empresas apresentaram autonomia financeira acima dos 50%. Qual a relevância deste estatuto para as empresas distinguidas? Todos os indivíduos, ao longo da sua vida, visam o reconhecimento do mérito, porque isso aumenta a auto-estima e facilita as relações negociais, profissionais e mesmo pessoais. No mundo das empresas, esta verdade também é de alguma forma universal. E as empresas não são mais do que grupos organizados de pessoas com um objectivo comum, que é o objecto da empresa e a sua prosperidade. A PME Excelência, ao reforçar a reputação das empresas premiadas, altera o seu quadro de interacções com os seus trabalhadores, os seus parceiros, os seus clientes e a própria envolvente. Que vantagens têm as empresas? Apenas as que já mencionei. Ao contrário do estatuto PME Líder, a PME Excelência não tem benefí-

Em todas as sociedades competitivas a apologia dos casos de sucesso funciona como um incentivo

Qual o papel que o IAPMEI vê para as PME no combate pela retoma da economia? As PME são a quase totalidade da nossa economia, e sem o desempenho das PME não há retoma económica. Por isso estamos a trabalhar com elas, e por isso aumentámos em mais de 20 vezes, este ano, o nosso apoio directo a este grupo. A maior parte dos nossos esforços incidiu no reforço do acesso das empresas ao financiamento, porque foi neste campo que se verificou a sua maior dificuldade. O IAPMEI e as participadas do IAPMEI contribuíram com o seu esforço para que as PME tivessem assegurado um quadro favorável à retoma económica. Acreditamos, com optimismo, que as PME serão o motor que colocará Portugal de novo na rota do crescimento económico.


PME EXCELÊNCIA

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

Fórum

O que vale este estatuto? Carlos Neves

sócio-gerente da Digidelta Software

“A obtenção do estatuto PME Excelência 2009 é sem dúvida mais um forte motivo de orgulho para a Digidelta Software dado que nos coloca entre as pequenas e médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos e perfis de risco, no contexto da estrutura empresarial nacional, contribuindo para a capacidade competitiva do país. É sempre importante pertencer a um grupo tão restrito onde só cabem as mais sólidas e promissoras PME portuguesas. Trata-se de mais um reconhecimento obtido pelo trabalho e esforço diários que toda uma equipa tem vindo a apresentar. Constitui ainda um acréscimo de responsabilidade perante os nossos clientes e parceiros, adicionando motivação para que continuemos a abraçar novos desafios com o mesmo empenho de sempre. Num ano em que a internacionalização constitui o principal objectivo da Digidelta Software, espero que esta distinção possa também dar algum contributo para a nossa notoriedade além fronteiras”

Roberto Cané

administrador da Belanatur

“A empresa já tinha sido distinguida em 2008 como PME Líder e foi agora distinguida como empresa de excelência. Esta nova distinção é ainda mais rigorosa, o que atribuiu maior credibilidade junto dos seus stakeholders. A empresa espera que esta distinção seja muito importante nos seus projectos. Actualmente a estratégia da empresa é a internacionalização dos seus produtos no mercado europeu. Além disso pretende desenvolver uma unidade de produção, com objectivo de proporcionar maior diversidade para os seus clientes. A empresa pretende assim complementar a gama de produtos que importa do Brasil com produtos fabricados em Portugal”

Jaime Gomes

sócio-gerente da Alidata

“Principalmente num período como este, onde tanto se tem falado da condição económica do país e do mundo, de falências e insolvências, sermos reconhecidos como uma empresa sólida é uma grande mais valia para nós, para os nossos clientes e futuros clientes, fornecedores, parceiros e outros públicos, pois ins-

pira uma confiança acrescida. Significa que é possível sobreviver num cenário de risco e que as crises podem ser também fontes de oportunidade, onde importa sobretudo nunca baixar os braços. Constitui um acréscimo de responsabilidade que assumimos como uma motivação adicional para continuar a desenvolver o nosso trabalho e a enfrentar novos desafios. A nível interno e apesar de a nossa política de comunicação interna ser bastante transparente, é mais um motivo de orgulho para todos os que trabalham diariamente dando o seu melhor para o sucesso desta empresa. Significa o reconhecimento do trabalho e do esforço que cada colaborador imprime no seu trabalho e do caminho que temos vindo a percorrer em conjunto. No que respeita à nossa concorrência, é bastante importante termos conquistado este estatuto de PME Excelência, pois fomos das poucas empresas de TI, e das ainda menos produtoras de software, que o receberam”

Aníbal Cristina

sócio-gerente da Aníbal Cristina

“A promoção para o exterior do significado PME Excelência. Daí a importância da divulgação do conceito e do que está por detrás deste atributo. É também uma forma de ir motivando as PME a agirem com o objectivo de levarem as empresas em direcção aos pressupostos que irão permitir atingir este atributo. Desta forma o país ganha porque terá um tecido empresarial mais forte. As vantagens de carácter económico/financeiro que se tem com os habituais parceiros serão muito idênticas às que teríamos sem esta atribuição, pelo facto deles já conhecerem a empresa. No entanto, será mais um reforço à avaliação que já tinham”

Augusto Cardoso Ferreira sócio-gerente da Ilhaugusto

“Ganha-se pelo menos prestígio, mas costumo dizer que o trabalho é que faz a publicidade da empresa. Vínhamos fazendo obras maiores, de maior valor e 2008 foi um ano espectacular. O banco com que trabalhamos convidou-nos [para o PME Excelência] e aceitámos porque achámos vantajoso”

Tomé Lopes

administrador da Distripombal

“É sempre bom que se reconheça o valor da empresa e o significado que ela tem”


10 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA Opinião

Opinião

Um meio para identificar dinâmicas de crescimento

Carlos Pereira

Director da Sucursal Leiria Empresas do Millennium BCP

A forte instabilidade verificada nos mercados financeiros no último ano, com diminuição da liquidez disponível, levou os bancos a efectuar uma gestão mais criteriosa da liquidez e do risco associado aos financiamentos. Paralelamente, a entrada em vigor dos acordos de Basileia II modificou substancialmente a forma de abordagem da análise do crédito concedido aos agentes económicos, em geral, e às empresas, em particular, designadamente pela aferição/classificação mais rigorosa do risco das empresas. Neste contexto, o Millennium BCP celebrou, em 2007, com o IAPMEI um protocolo de colaboração no âmbito do programa FINCRESCE, cujos objectivos passam pela preparação das empresas para estes novos desafios e pela distinção das melhores empresas do tecido empresarial nacional, através da concessão de estatutos diferenciadores: PME Líder e PME Excelência. Direccionado para as PME (que constituem a larga maioria do sector empresarial nacional, sendo assim um pilar fundamental da economia nacional), a atribuição destes estatutos visa premiar as empresas que evidenciem as melhores performances em termos da sua estratégia empresarial, com reflexo natural nas respectivas notações de risco. Naturalmente, para o Millennium BCP, a apresentação de uma empresa com o estatuto PME Excelência assume particular relevância na interligação comercial, na medida em que identifica a empresa como estando numa dinâmica de crescimento do negócio, com uma estrutura empresarial consolidada, traduzin-

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do-se num perfil de risco igualmente de excelência. Num quadro de gestão mais criteriosa dos investimentos a apoiar, as empresas com melhores notações de risco - PME Excelência - serão naturalmente privilegiadas, podendo beneficiar de melhores condições de financiamento dos seus projectos de investimento. Esta situação de distinção encontra-se bem espelhada nas recentes linhas de apoio ao investimento PME Investe, protocoladas com o Millennium BCP, em que as PME Líder beneficiam de spreads mais atractivos face às restantes empresas. O Millennium BCP sempre se posicionou junto dos seus clientes como um parceiro de negócio, apostando numa estratégia de interdependência e de autêntica colaboração, visando o estabelecimento de relações duradouras, com benefícios para ambas as partes. Esta parceria assegura aos clientes uma oferta completa e os meios necessários para conceber e implementar as soluções financeiras que melhor se adaptem à concretização dos projectos de investimento das empresas (soluções de empréstimos a médio e longo prazo, leasing, garantias bancárias e garantias mútuas). Neste sentido, assume particular importância a adopção, pelas empresas, de uma total transparência na comunicação dos seus elementos económicos e financeiros ao mercado, em geral, e aos bancos, em particular, para assim continuarem a beneficiar não só do acesso aos financiamentos necessários à sua actividade como também das condições de pricing adequadas ao risco que representam.

Queremos reforçar ligação a estratégias de sucesso

Isabel Neto

Directora do departamento de empresas na Caixa Geral de Depósitos em Leiria

Em 2009, foram distinguidas 375 empresas a nível nacional com o estatuto PME Excelência, abrangendo vários sectores de actividade. Tendo a Caixa como estratégia ser cada vez mais o banco das empresas, não poderia deixar de estar associada a esta iniciativa do IAPMEI em parceria com o Turismo de Portugal. Sendo o principal objectivo desta iniciativa premiar as PME nacionais que se destacam pela qualidade dos seus desempenhos económico-financeiros, estamos a falar das empresas que têm vindo a saber adoptar, ao longo dos anos, um elevado padrão de exigência na sua gestão com definição de estratégias de sucesso. Razão pela qual a atribuição deste estatuto é da máxima relevância para a Caixa, sendo objectivo nosso o reforço/incremento do relacionamento comercial com essas empresas. O empenhamento da Caixa nesta iniciativa ficou bem patente no facto de, das empresas que obtiveram o estatuto PME Excelência, 25% obtiveram-no via Caixa, sendo que no sector do Turismo essa percentagem foi de 33%. No entanto, deveremos igualmente realçar um conjunto mais abrangente de empresas que, não tendo conseguido atingir a totalidade dos indicadores exigidos no protocolo estabelecido entre o IAPMEI e os bancos para a atribuição do estatuto PME Excelência e que são as PME Líder, considerando que também elas têm um papel relevantíssimo na economia, apresentam boas situações económico-financeiras e estratégias de sucesso. E mais uma vez a Caixa teve o prazer de verificar que, 27% da totalidade das em-

presas que tiveram o estatuto PME Líder foi via Caixa. Reconhecendo a vantagem comparativa destes dois estatutos, a Caixa criou uma Oferta Financeira Avançada que confere um conjunto de vantagens adicionais, como uma maior flexibilidade no financiamento, com um custo all in mais baixo e que é complementada com soluções de apoio à internacionalização, com destaque para o que denominamos como Oferta Ibérica (destinada às relações comerciais entre Portugal e Espanha). Em nosso entender, este tipo de iniciativas traz vantagens comparativas para as empresas, pois distinguem aspectos muito relevantes que para a Caixa são essenciais no relacionamento com os seus clientes, tais como a transparência, capacidade de gestão e de inovação, de adaptação e rigor financeiro, reforçados com uma dimensão global de cliente do banco. Como referimos no início, a Caixa tem como estratégia ser cada vez mais o banco das empresas, pelo que não poderia deixar de estar associada e de atribuir toda a relevância que este tipo de iniciativas tem, pois estamos a distinguir os melhores dos melhores.


PME EXCELÊNCIA | Suplemento 11

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

DIRECTÓRIO | AS ELEITAS

Nota: não foi possível obter dados das empresas Leiriplás, Fibroplac e Miranvias

Aníbal Cristina: experiência em grandes obras Portugal e Espanha servem de cenário à actividade da construtora Aníbal Cristina, de Leiria. Fundada em 1990, trabalha sobretudo para a indústria (80 por cento), distribuição e ambiente, empregando 91 trabalhadores. Quando Aníbal Oliveira Cristina e Idalina Pereira Rodrigues se lançaram na actividade, dedicavamse a projectos para escolas e instalações da Força Aérea, surgindo depois o mercado residencial. A evolução da empresa, que desde 1998 se virou para clientes da indústria, distribuição e ambiente, visou operar em áreas com maiores barreiras à entrada, tanto pela capacidade técnica necessária como pelos meios envolvidos e pelo esforço de investimento pedido. No portfólio de clientes, Publicidade

estão, entre outros, Celbi, Lidl, Luís Simões, Bejapolis e Europac. O investimento em recursos técnicos e humanos, a formação dos colaboradores, a qualidade, a satisfação dos clientes e o cumprimento de prazos têm norteado a conduta da construtora, que presta serviços desde concepção projectual à sua execução. A necessidade de estar em linha com as preocupações da actualidade levou à criação de um departamento de qualidade, segurança e ambiente. Em 2008, a A ní ba l Cristina inaugurou um novo estaleiro nos Pousos, com 18 mil metros quadrados, fruto de um investimento de milhão e meio de euros. Aí, junto ao acesso à Auto-Estrada do Norte, ficará localizada a nova sede, que tem projecto de arquitectura aprovado, faltando a

entrega das especialidades para obter o licenciamento. Trata-se de um investimento de três milhões de euros num terreno de 55 mil metros quadrados, com auditório para 150 pessoas, circuitos pedonais e campo de ténis, entre outras valências. Para o futuro, está em análise a entrada em novos mercados, nomeadamente em África. Já este ano, a empresa garantiu entrada no programa de reconstrução e requalificação do parque escolar, lançado pelo Governo, com

obras em Ponte de Sôr, Lisboa e Santarém. Neste momento, estão em execução um centro de desmantelamento automóvel em Prior Velho, uma central de ciclo combinado para a Europac em Valladolid (Espanha), duas empreitadas para a Portucel em Viana do Castelo, uma loja Aldi em Torres Vedras, uma nave industrial na Marinha Grande para a DT2 New Concept, uma fábrica na Figueira da Foz para a United Resins e uma ponte em Porto de Mós.

Fundação: 1990 Concelho: Leiria Sócios: Aníbal Oliveira Cristina e Idalina Rodrigues Actividade: Construção civil e obras públicas Trabalhadores: 91 Vol. Negócios 2008: 21,2 milhões Principais Mercados: Portugal e Espanha


12 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

DIRECTÓRIO | AS ELEITAS

Ferrolserviços quer replicar crescimento interno em Espanha

António Gonçalves, administrador

Começou por ser um departamento inserido na estrutura da Ferrol, mas acabou por autonomizar-se. Hoje, a Ferrolserviços dedica-se à gestão de activos e recuperação de créditos tanto em Portugal como em Espanha e tem como clientes os principais grupos financeiros que operam no mercado nacional. Os serviços prestados pela empresa sediada em Leiria envolvem a recuperação, avaliação e venda de bens móveis; a tomada de posse de imóveis em sede de providência cautelar; a cobrança de valores em dívida; e a produção de relatórios com informação relevante, se não existirem condições para a recuperação, relatórios esses que se têm revelado de grande importância quando o caso chega à via judicial. Os projectos para o futuro incluem “consolidar o volume de negócios, desenvolvendo esforços para a prestação de um serviço de qualidade,

que nos diferencie”, refere o administrador António Gonçalves. Ao mesmo tempo, “crescer em Espanha captando novos clientes na Ferrolserviços España, aumentando assim o volume de negócios já conseguido em 2008, de aproximadamente 10 milhões de euros”. Actualmente, fruto desta actividade, a Ferrolserviços tem disponíveis diversos equipamentos para venda, nomeadamente destinados às indústrias de moldes, plásticos, têxtil e calçado, à panificação, movimentação

de terras e hotelaria, além de viaturas e equipamento médico. As condições de armazenamento em Leiria envolvem uma área coberta de 2 mil m2 com pontes rolantes de cinco e 20 toneladas, além de 40 mil m2 de área a descoberto. No Porto, são 750 m2 em recinto fechado. Uma frota de camiões e empilhadores dispensa o apoio necessário. A Ferrolserviços é associada da APERC – Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Recuperação de Créditos desde 2007.

Fundação: 1999 Concelho: Leiria Administradores: António Gonçalves, Carlos Santos, Nélson Cardoso, Mário Barbosa Actividade: Gestão de activos e recuperação de créditos Trabalhadores: 20 Vol. Negócios 2008: 19,5 milhões Principais Mercados: Portugal e Espanha

Energia da Caiado Electric com certificação de qualidade

José Carlos Caiado e Ana Paula Caiado, administradores

Especializada na distribuição de material eléctrico a profissionais, a Caiado Electric gera hoje um volume de negócios anual quatro vezes superior ao que apresentava em meados da década de 90. A evolução da empresa, com sede em Leiria, levou-a a uma dimensão que facilita a relação atractiva entre preço, stock, serviço e qualidade. Em 2009, assinala a passagem de 35 anos desde a fundação. Com 70 colaboradores, a Caiado está presente em Leiria, Marinha Grande, Pombal, Alcobaça, Ourém, Alcanena e Figueira da Foz. Em Outubro do ano passado, inaugurou um novo armazém no Prior Velho, com 1.600 metros quadrados, para servir a Grande Lisboa, Península de Setúbal, Ribatejo e Oeste. Um investimento de dois milhões de euros que permite comercializar aproximadamente 20 mil referências de 40 marcas. Os objectivos incluíam o aproveitamento de um espaço no mercado de fornecimento de pequenos e médios instaladores,

bem como acompanhar o crescimento do segmento de reabilitação de edifícios. Até agora, o retorno decorre “dentro do previsto”, explica o administrador José Carlos Caiado. A sociedade anónima (desde 1996) tem-se modernizado progressivamente, mas ao mesmo tempo procura preservar a cultura de respeito por clientes e fornecedores. Recursos humanos qualificados, optimização de processos, apoio técnico e marcas fortes fazem parte da estratégia. Em Julho, ficou concluído o processo de certificação da qualidade pela norma ISO 9001:2008. O ano

em curso será de “consolidação dos investimentos efectuados” recentemente, explica José Carlos Caiado. “Esperamos resistir a este contexto económico” e “manter as vendas”, afirma. O departamento técnico da Caiado fabrica quadros eléctricos e entrega soluções à medida. A empresa assegura ainda a realização de projectos de iluminação com assistência em obra e dispõe de um serviço de entregas de emergência 24 horas por dia.

Fundação: 1974 Concelho: Leiria Administradores: José Carlos Caiado, Ana Paula Caiado Actividade: Distribuição de material eléctrico; serviços associados Trabalhadores: 73 Vol. Negócios 2008: 19,3 milhões Principais Mercados: Portugal (exportação 7%)


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PME EXCELÊNCIA | Suplemento 13

Reynaers Alupol: estética eficiente

Valdemar Paixão, administrador Publicidade

As novas instalações em Pombal foram inauguradas a 5 de Maio, culminando o processo de integração da Alupol no Grupo Reynaers, que tem sede na Bélgica e instalações em mais de 30 países. A entrada em funcionamento da unidade, no parque industrial Manuel da Mota, garante uma plataforma de logística com melhores entregas e serviço. Neste investimento, foi também contemplada a criação de um showroom e de um centro para formação teórica e prática. Fundada em 1994, a Alupol integra a Reynaers Aluminium desde 2007. Fornece soluções em alumínio para arquitectura e construção, com características inovadoras e sustentáveis, incluindo, nomeadamente, portas, janelas, fachadas, sistemas de correr e coberturas. “As tendências para um futuro próximo serão baseadas, na nossa perspectiva, em tópicos como o foco no cliente e nas suas necessidades, a eficiência energética dos edifícios com recurso a

caixilhos com altas performances térmicas e acústicas, a transparência dos mesmos e a procura de soluções inovadoras”, afirma Sérgio Timóteo, do departamento de projectos da Reynaers Alupol. Acreditando que a sustentabilidade e o contributo para a eficiência energética dos edifícios é parte integrante da missão da empresa, a Reynaers Alupol vai continuar o lançamento e divulgação de soluções para o aproveitamento solar. Recentemente, colocou no mercado uma proposta de ventilação auto-regulável para caixilhos, o sistema Ventalis, o qual, explica Sérgio Timóteo, “vai ao encontro das necessidades de ventilação expressas no

RCCTE, no que diz respeito à Certificação Energética de Edifícios” e “permite a renovação de ar em ambientes saturados ou demasiado isolados termicamente, através de um conceito patenteado”. Outros lançamentos estão para breve, em sistemas de correr e de fachadas. No ano passado, a empresa de Pombal – que emprega 40 pessoas – facturou 11,4 milhões de euros. Até 2012, espera alcançar um volume de negócios de 15 milhões. Os mercados da Europa central e oriental, Médio Oriente e África são considerados os de maior potencial.

Fundação: 1994 Concelho: Pombal Administradores: Martine Reynaers, Valdemar Paixão Actividade: Soluções em alumínio Trabalhadores: 40 Vol. Negócios 2008: 11,4 milhões Principais Mercados: Portugal e PALOP (exporta 30%)


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Distripombal Criada em 1996, com a finalidade de enquadrar a actividade da loja I nter m a rché em Pombal, a empresa emprega 85 pessoas e tem por objecto, também, a gestão de um posto de combustível nas imediações do supermercado e dos imóveis onde estão instaladas as insígnias Vêtimarché e Bricomarché. O volume de negócios ascendeu, no ano passado, a 20 milhões de euros. Em 2006, o Intermarché de Pombal beneficiou de um investimento considerável com vista à ampliação e mudanças de instalações. Foi nesse mesmo ano que a loja Vêti abriu. Em 2007, seria o Bricomarché. Fundação: 1996 Concelho: Pombal Administrador: Tomé Lopes Actividade: Distribuição Trabalhadores: 85 Vol. Negócios 2008: 20 milhões (aproxim.) Principais Mercados: Portugal

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Renováveis na rota da Macolis Prepara o futuro com uma convicta dinamização da área de energias renováveis e equipamentos de eficiência energética de climatização. Neste sentido, a Macolis é uma das integrantes do Programa Solar Térmico 2009. Especialista em climatização, a empresa com sede na Boa Vista, Leiria, continua a fornecer produtos e serviços para outras áreas: redes de gás, canalização de água, saneamento, bombagem, rega, combate a incêndio, torneiras e complementos. Mas, como explica Bruno Carreira, administrador, o foco nas energias limpas e eficientes resulta de um estudo profundo do mercado. “A experiência do passado deu-nos as indicações para o futuro. A Macolis tem desenvolvido diversos estudos e pesquisas na tentativa

de perceber as tendências do mercado e estes estudos aliados com a nossa experiência transmitiram-nos que a aposta teria de ser na área das energias renováveis e eficiência energética”, refere. A oferta vai do solar térmico e fotovoltaico às caldeiras de biomassa. “A eficiência energética está no limiar da actualidade e deve ser tida cada vez mais em conta na compra ou construção de imóveis, pela componente ecológica, de poupança, além da obrigatoriedade legal exigida pelo Sistema de Certificação de Edifícios”, lembra Bruno Carreira. “As tendências actuais em termos de climatização passam pela integração de sistemas em que há uma conjugação de necessidades e opções que permitem potenciar ao máximo e ob-

A administração da Macolis Fundação: 1984 Concelho: Leiria Administradores: Luís Carreira, Deolinda Carreira, Bruno Carreira, Carla Carreira Actividade: Soluções para climatização Trabalhadores: 44 Vol. Negócios 2008: 11 milhões Principais Mercados: Portugal ter os maiores níveis de rentabilidade”. No ano passado, a Maco-

lis fechou o exercício com 11 milhões de euros de volume de negócios.

Compogal: crescimento com bases sólidas A actividade da Compogal é o fabrico de compostos de PVC e borracha termoplástica, com aplicação nas mais variadas áreas, desde o revestimeno de cabos eléctricos aos componentes para automóveis, calçado, perfis para construção e utilidades. Fundada em Junho de 1987, tem sede em Gândara, Marrazes, no concelho de Leiria, e passou a sociedade anónima há dez anos. Joel Rodrigues e António Moço são os administradores. A política de investimentos tem tido em vista “melhorar a qualidade, adquirindo equipamentos de tecnologia mais avançada para substituição dos existen-

António Moço e Joel Rodrigues, administradores tes”, refere Joel Rodrigues. Espanha e Portugal são os mercados mais importantes para a empresa, que também tem exportado com regularidade para Angola e França. Dispõe de um laboratório para controlo das matérias-primas, controlo e aprovação de lotes fabrica-

Fundação: 1987 Concelho: Leiria Administradores: António Moço, Joel Rodrigues Actividade: Compostos de PVC, TR e SEBS Trabalhadores: 28 Vol. Negócios 2008: 11,9 milhões Principais Mercados: Portugal, Espanha, França, Angola

dos e desenvolvimento de novas formulações, laboratório esse que é a base para a estratégia de trabalhar de acordo com as solicitações dos clientes. A capacidade de produção instalada ascende a 15 mil toneladas/ano. O crescimento tem assentado numa evolução sustentada, sem colocar em causa a solidez da sociedade. No ano passado lançou um composto novo, com aplicação nas indústrias de tubagens, que permitiu chegar a um conjunto novo de clientes, de acordo com Joel Rodrigues.


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MRF No topo da agenda está a vontade de aumentar o volume de negócios. Entretanto, o espaço de venda ao público e os escritórios administrativos na filial da Rua António Oliveira vão ser remodelados. Criada em 1982 por Manuel Rodrigues Ferreira, a empresa co-

meçou por distribuir materiais de construção, tendo acrescentado em 1996 a venda de ladrilhos e sanitários. Actualmente, a Manuel Rodrigues Ferreira mantém-se com a comercialização e distribuição de materiais de construção. Em 2006, inaugurou a filial de Caldas da Rainha.

Fundação: 1982 Concelho: Bombarral Sócios: Carlos Monteiro, Célia Rocha, Maria da Conceição Monteiro, Lúcio Rocha Actividade: Materiais para construção Trabalhadores: 26 Vol. Negócios 2008: 9,5 milhões Principais Mercados: Portugal

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Cemopol

Castelhano & Ferreira

A Cemopol surgiu em 1989 e seria transferida para Pombal em 1994, com instalações no Parque Industrial Manuel da Mota. Dedica-se à produção e comercialização de produtos em celulose moldada para acondicionamento de bens de consumo, nomeadamente tabuleiros e embalagens para ovos e fruta. Como matéria-prima, utiliza papel e cartão proveniente da recolha selectiva de resíduos. A fábrica tem hoje capacidade para 50 toneladas diárias, laborando em regime de turnos

Novidades: reformulação da área comercial relativamente ao mercado nacional, lançamento no mês de Outubro de novas divisórias, aumento de espaço na área fabril e consequente alteração do lay-out, abordagem a novos mercados exteriores com parceiros locais. Soluções globais para espaços de trabalho – é o que propõe a Castelhano & Ferreira, fundada em Leiria em 1978 por Diamantino Castelhano e António Costa Ferreira. Com meia centena de

rotativos 24 horas. A Cemopol está a iniciar uma fase de investimentos que visam o aumento da eficiência energética, a melhoria do controlo de gestão do produto, a promoção internacional e a melhoria de design de produto. Exporta 40 por cento da produção para Espanha e Angola.

Fundação: 1989 Concelho: Pombal Sócios: Eduardo Clausen, José Maria Smith, Manuel Chalbaud Actividade: produtos em celulose moldada Trabalhadores: 53 Vol. Negócios 2008: 9,2 milhões Principais Mercados: Portugal, Espanha, Angola

colaboradores, a empresa está presente em Leiria, Benedita, Lisboa e Vilamoura e prevê facturar seis milhões de euros em 2009. No ano passado, o volume de negócios foi positivamente influenciado pelo fornecimento de 1.110 painéis no Dolce Vita Tejo, actualmente o maior shopping do país.

Fundação: 1978 Concelho: Leiria Sócios: António Costa Ferreira, Diamantino Silva Castelhano Actividade: Soluções para espaços de trabalho Trabalhadores: 48 Vol. Negócios 2008: 7,1 milhões Principais Mercados: Portugal


16 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

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DIRECTÓRIO | AS ELEITAS

LM Perfis

PRFC

Sondagens do Oeste

Belanatur

Vitoriagás

inCentea

O investimento em África é uma das prioridades actuais da LM Perfis, que opera no sector das portas seccionadas e de segurança. Do volume de negócios, dois por cento provém de Angola, mas a intenção é fazer engordar este número, se possível acrescentando mercados no continente. A empresa emprega 79 pessoas e lançou recentemente uma porta seccionada de abertura lateral com marcação CE. Dedica-se à produção de portas seccionadas de garagem, grades de segurança e ferragens, ao comércio de automatismos e afins e ao serviço de termo-lacagem. Em Chão de Couce, Ansião, ocupa instalações com 12 mil metros quadrados de área coberta, que têm vindo a ser modernizadas e ampliadas ao longo dos anos, com base numa filosofia de optimização de fluxos. Há 16 anos no mercado nacional e internacional, está também instalada em Angola, na zona de Viana, Luanda. No ano passado, a LM Perfis obteve um volume de negócios de sete milhões de euros. Espanha é o segundo mercado mais importante, gerando 37% das vendas.

O gás natural veicular, com a conversão de veículos e construção de postos de abastecimento, é uma das grandes apostas actuais da empresa. Prevendo o natural crescimento das frotas de veículos a gás natural, a PRFC adquiriu a tecnologia dos diversos sistemas de abastecimento, tendo a sua actividade uma especial relevância noutros países onde estão mais disseminadas este tipo de frotas, como o Brasil. A empresa está neste momento presente na Europa, América Latina e África. O início da actividade da PRCF dá-se nas redes domésticas de utilização de gás, a que acrescentou, mais tarde, a construção de redes de distribuição. A actividade seguinte foi a prestação de serviços de assistência técnica a distribuidoras de GPL canalizado, antes da conversão de edifícios para receberem fornecimento de gás natural. Também se dedica à infra-estruturação e conversão na indústria. Actualmente, a empresa é promotora de agências locais de gás natural, agindo em representação dos concessionários, entre outros projectos.

Com sede em Guia, Pombal, a Sondagens do Oeste especializou-se na execução de furos artesianos e travessias horizontais. Fundada em 1985, a empresa começou por se dedicar à pesquisa e captação de água, mas volvida uma década entrou num processo de diversificação da actividade para as áreas de perfurações horizontais, sondagens geológicas, ensaios geotécnicos, construção civil, obras públicas e aluguer de máquinas. No ano passado alcançou um volume de negócios de 5,4 milhões de euros. No que respeita à construção civil e obras públicas, a Sondagens do Oeste realiza trabalhos de abertura de estradas, escavações e tratamento de taludes. Também constrói edifícios não-residenciais e infraestruturas de saneamento, água e gás. Os projectos para o futuro assentam em três vertentes. Por um lado, a manutenção da aposta na aquisição de equipamentos. Por outro, o desenvolvimento de parcerias internacionais. Finalmente, em ligação com o ponto a anterior, a concretização do projecto de internacionalização.

Desde 1997 que a Belanatur se dedica à importação e comércio de cosméticos, tendo crescido até apresentar 35 colaboradores e um volume de negócios de aproximadamente cinco milhões de euros. A empresa de Leiria começou por introduzir em Portugal cosméticos brasileiros, mas actualmente ostenta já um ritmo constante de vendas em Espanha, por exemplo. Os mercados externos são olhados com bastante interesse – o principal alvo é a Europa Central – e isso justifica uma presença intensa em feiras internacionais. O objectivo é vender 35% para o estrangeiro até 2010. No Médio Oriente e em África também é reconhecido potencial. Para crescer lá fora, a Belanatur pretende investir numa unidade de produção. Um investimento de cinco milhões de euros, gerador de 120 postos de trabalho, a localizar na Zona Industrial da Cova das Faias, onde já foi adquirido um lote para o efeito. A empresa distribui produtos para lojas especializadas, salões de cabeleireiro e estética e grandes superfícies comerciais generalistas.

Empresa de origem familiar, a Vitoriagás está instalada em Leiria desde 1972, tendo sede e loja nos Marrazes e parque de armazenamento nos Pinheiros, além de uma segunda loja na Marinha Grande. A sociedade dedica-se ao comércio de gás a retalho e é o agente exclusivo Galp para os concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós. Uma rede de revenda alargada assegura a distribuição, enquanto uma equipa de colaboradores qualificados assegura a assistência técnica: instalações de gás, alteração da rede, verificação das condições de segurança. Como complemento ao negócio central, a empresa dedica-se igualmente ao comércio de equipamento de queima e electrodomésticos, com serviço de montagem e reparação. Neste momento, os principais projectos da Vitoriagás são o alargamento do número de concelhos em que realiza distribuição, ao mesmo tempo que planeia o início de actividade no sector das energias renováveis. Com 20 funcionários, alcançou em 2008 um volume de negócios de 4,3 milhões de euros.

A inCentea tem vindo a crescer gradualmente e obteve no ano passado um volume de negócios de 4,2 milhões de euros, que representa um crescimento em relação a 2007. A empresa de Leiria age como consultora na concepção e implementação de sistemas de informação para a gestão, incluindo reengenharia e digitalização de processos, bem como implementação e suporte de redes informáticas, incluindo soluções de comunicação e segurança. Fundada em 2004, na sequência da fusão entre a Leirisic e a Datamex, emprega 85 pessoas. Em 2008, em parceria com outras empresas, fez arrancar a Primacis, que opera nos mercados de Cabo Verde, Angola e Espanha. Está prevista a abertura de uma sociedade em Moçambique. A área internacional vale oito por cento do negócio. Entre os projectos em curso, destaca-se a finalização de medidas no sentido de simplificar e digitalizar os processos de trabalho, além do arranque da segunda fase de intervenção das obras nas actuais instalações.

Fundação: 1993 Concelho: Ansião Sócios: Luís Santos, Danuta Santos Actividade: Produção de portas seccionadas de garagem, grades de segurança e ferragens, comércio de automatismos Trabalhadores: 79 Vol. Negócios 2008: 7 milhões Principais Mercados: Portugal (53%), Espanha (37%), França e Angola

Fundação: 1991 Concelho: Leiria Administrador: Paulo Ferreira Actividade: Projectos na área dos gases combustíveis Trabalhadores: 47 Vol. Negócios 2008: 5,7 milhões Principais Mercados: Portugal (exporta 7%)

Fundação: 1985 Concelho: Pombal Sócios: Manuel Marques Duarte, Lucília Silvestre Duarte Actividade: Perfurações e sondagens; construção e obras públicas; aluguer de máquinas Trabalhadores: 48 Vol. Negócios 2008: 5,4 milhões Principais Mercados: Portugal

Fundação: 1997 Concelho: Leiria Sócios: Roberto Cané Actividade: Importação e comercialização de produtos cosméticos Trabalhadores: 35 Vol. Negócios 2008: 5 milhões Principais Mercados: Europa

Fundação: 1972 Concelho: Leiria Sócios: Joaquim Esperança, Manuel Esperança Actividade: Comércio a retalho de combustíveis para uso doméstico; comércio de equipamento de queima e electrodomésticos Trabalhadores: 20 Vol. Negócios 2008: 4,3 milhões Principais Mercados: Portugal

Fundação: 2004 Concelho: Leiria Administrador: António Poças, Rui Gaspar, Rui Silva Actividade: Consultoria na concepção e implementação de redes informáticas e sistemas de informação para a gestão Trabalhadores: 85 Vol. Negócios 2008: 4,2 milhões Principais Mercados: Portugal (internacional vale 8%)


PME EXCELÊNCIA | Suplemento 17

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Gelpinhos

Ecosocer

Icebel

Carpintaria Ilhaugusto da Benedita

Biscana

A Gelpinhos exporta hoje 85 por cento da sua produção de congelados para mais de uma dezena de países, do Brasil à Austrália, passando por África do Sul, Inglaterra, França, Luxemburgo, Bélgica e Alemanha. Fundada em 1981, a empresa dedica-se à preparação, transformação e comercialização de produtos da pesca e fornece multinacionais em Portugal e no estrangeiro. A unidade, em Atouguia da Baleia, Peniche, possui laboratório próprio de controlo da qualidade. Ocupa 3.200 m2 equipados com maquinaria de última geração. No ano passado, a Gelpinhos adquiriu um armazém dentro do Porto de Pesca de Peniche e investiu na sua remodelação, tendo também efectuado um esforço financeiro significativo em processos relacionados com a certificação de acordo com as normas ISO 9001 e ISO 22000. Com 46 trabalhadores, a empresa registou em 2008 um volume de negócios de 3,7 milhões de euros. Tinha investimentos de 400 mil euros previstos, que foram adiados à espera de um clima ecomómico mais favorável.

Apresenta-se no mercado como a primeira empresa portuguesa no domínio da regeneração de solventes. Sofreu diversas alterações na estrutura de capital desde a fundação em 1996, até ser adquirida, em 2007, pelo Grupo EGEO. Actualmente, a Ecosocer tem em curso a implementação do sistema de gestão ambiental e nesse âmbito vai introduzir medidas de racionalização do consumo de energia eléctrica e de gás. Isto será conseguido por recuperação do calor dos gases de combustão desperdiçado através da chaminé da caldeira, que passará a ser utilizado no pré-aquecimento da água de consumo da caldeira, no aquecimento de instalações e no uso de água para fins diversos. Ainda em relação à poupança de água, está planeada a instalação de um sistema de recuperação de águas pluviais a utilizar nas torres de refrigeração. Entretanto, a empresa prevê aumentar a capacidade de armazenagem. Emprega 20 pessoas e está instalada em Pombal no Parque Industrial Manuel da Mota.

Estuda, projecta, constrói e monta sistemas automatizados de fim de linha para vários sectores de actividade industrial, nomeadamente paletizadores, despaletizadores, equipamentos de manipulação e transporte de produtos, linhas de transporte e embalagem de cargas paletizadas. A empresa da Marinha Grande emprega 39 pessoas e no ano passado obteve um crescimento de 20 por cento comparando com 2007, para 3,3 milhões de euros. Direccionada para a indústria vidreira, a Icebel surgiu em 1993 e tem imposto a sua experiência noutros sectores: plásticos, cortiça, alimentar, tintas, lubrificantes, mobiliário. Actualmente, está a desenvolver um esforço complementar para reforçar a sua actividade de produção e comercial, direccionandose para os novos mercados emergentes, a par com a Península Ibérica. Em 2009, a percentagem da exportação no volume de negócios já passou para 58%, contra 10% em 2008. Entretanto, o desenvolvimento dos recursos humanos continua a merecer investimento.

A produção à medida do cliente é uma das soluções disponibilizadas pela Carpintaria Central da Benedita, uma empresa fundada há 54 anos que emprega actualmente quase meia centena de pessoas. Detentora da marca Belcozi, oferece uma gama alargada de opções para decoração de interiores, como roupeiros, cozinhas e móveis de quarto-de-banho. É possível montar todo o material já acabado na obra quer ao nível de ferragens quer de envernizamentos. Uma estrutura bem preparada, recursos humanos com qualificação e experiência e tecnologia actualizada têm permitido manter relações de confiança com os clientes, alguns há mais de 20 anos. A conjuntura levou, no entretanto, a alguns ajustamentos, como o alargamento dos prazos de recebimento, a diversificação da oferta e a personalização do produto. A empresa está a estudar a possiibilidade de se associar em parceria com construtoras no sentido de vir a operar nos mercados de Angola e Moçambique.

Constituída há dez anos, a Ilhaugusto esteve já envolvida na construção de uma unidade de piscicultura para a Pescanova, em Mira, tendo também participado, entre outras obras de referência, na construção das redes de saneamento e drenagens do novo Estádio Municipal de Leiria, na construção da Urbanização das Cegonhas em Pombal e na construção ou beneficiação de lanços de auto-estradas. Com sede em Pombal, actua preferencialmente no mercado interno, embora já tenha assumido projectos em Espanha no ano de 2008 e em França no ano de 2007. A experiência da empresa é acrescida da actividade anterior de Augusto Cardoso Ferreira (sócio-gerente) em nome individual, desde 1992. Os principais serviços prestados incluem movimentação de terras, protecção e tratamento de taludes, muros de gabiões, colchões reno, saneamento básico, drenagens, pavimentos e limpeza florestal.

A Biscana é um grossista de têxtil promocional, com escritórios em Pinheiros, Batalha, que tem a distribuição exclusiva em Portugal das marcas SOL’S e Myrtle Beach. Os clientes operam nos sectores das serigrafias, estamparias, casas de bordados, transferes, agências de publicidade, gráficas, confecções, fardas e uniformes, fatos de trabalho, centros de cópias, impressão digital e estúdios de fotografia. De origem francesa, a SOL’S fornece t-shirts, pólos, camisas, sweat-shirts, polares, corta-ventos, coletes ou casacos. A Myrtle Beach destaca-se pelos bonés, gorros, cachecóis, bandanas, palas e panamás. Empregando 19 pessoas, a Biscana obteve no ano passado um volume de negócios superior a três milhões de euros. A reformulação do site, que permite agora a consulta de stock e a realização de encomendas online, é uma das novidades mais importantes no percurso recente da empresa, que se prepara para tornar realidade a marca própria Trendy Human Clothes.

Fundação: 1981 Concelho: Peniche Sócios: Manuel Chagas, Luis Ganhão Actividade: Transformação e comércio de pescado Trabalhadores: 46 Vol. Negócios 2008: 3,7 milhões Principais Mercados: Inglaterra, França, Luxemburgo, Bélgica, Alemanha, África do Sul e Brasil

Fundação: 1996 Concelho: Pombal Sócios: Filipe Leitão Serzedelo, Carlos Forte Cardoso, Pedro Madeira Vendas Actividade: Tratamento, recuperação e reciclagem de solventes e outros resíduos industriais Trabalhadores: 20 Vol. Negócios 2008: 3,5 milhões Principais Mercados: Portugal (exporta 5%)

Fundação: 1993 Concelho: Marinha Grande Sócios: José Grácio, Cassiano Seabra, António Barreto Actividade: Fabricação de máquinas de acondicionamento e embalagem Trabalhadores: 39 Vol. Negócios 2008: 3,3 milhões Principais Mercados: Portugal, Espanha, Bélgica

Fundação: 1955 Concelho: Alcobaça Sócios: Eugénio Belo, Natércia Belo Actividade: Carpintarias de interiores para construção civil e móveis de cozinha Trabalhadores: 46 Vol. Negócios 2008: 3,1 milhões Principais Mercados: Portugal

Fundação: 1999 Concelho: Pombal Sócios: Augusto Cardoso Ferreira Actividade: Construção e obras públicas Trabalhadores: 45 Vol. Negócios 2008: 3,1 milhões Principais Mercados: Portugal

Fundação: 1998 Concelho: Batalha Sócios: Mauro Silva Actividade: Grossista de têxtil promocional Trabalhadores: 19 Vol. Negócios 2008: Superior a 3 milhões Principais Mercados: Portugal


18 SUPLEMENTO | PME EXCELÊNCIA

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Ecopartes

Odraude

Alidata

Carlos Baptista

Artur Santos Digidelta Silva & Irmão

No início do ano mudou de instalações, passando para a Cova das Faias, Leiria, onde concentra agora as actividades de reconstrução, comércio de peças novas e montagem. Especialista em acessórios DAF, tem também investido na disponibilização de componentes para veículos Iveco. Fundada há nove anos, a Ecoparte conta com 10 trabalhadores e logrou atingir no ano passado 2,8 milhões de euros de volume de negócios, dos quais 35 por cento originados no mercado externo, em África e Europa. A empresa está também instalada em Angola, com uma sucursal em Mulenvo, onde os principais clientes têm sido empresas estatais e as auto-gruas, as escavadoras giratórias e os camiões estão entre os equipamentos mais comercializados. Em Portugal, tem o objectivo de construir instalações próprias na Zona Industrial da Cova das Faias, encontrando-se o projecto a seguir o necessário caminho administrativo para licenciamento.

A Odraude foi constituída em 1985, quando o seu sócio-gerente, Eduardo Marques, acumulava já larga experiência no sector da construção. As primeiras obras públicas realizadas após a fundação da empresa foram o edifício das Finanças e o Mercado Municipal, em Alvaiázere. O período de maior crescimento ocorre entre 1992 e 1995, marcado por um aumento de eficiência, reforço do parque de equipamento e introdução de um sistema de informática de gestão. Em 2001 é iniciado o processo de implementação do sistema de gestão da qualidade, que viria a ser certificado dois anos depois. Actualmente, a Odraude emprega 47 pessoas e possui equipamento e frota para a execução das obras adjudicadas no valor de cinco milhões de euros. Com sede em Alvaiázere, registou no ano passado um volume de negócios de 2,8 milhões de euros. Entre os projectos em curso, destacam-se a ampliação do Mercado Municipal de Ferreira do Zêzere, a construção de um centro de dia em Almoster e de um centro escolar em Maçãs de Dona Maria, a construção e reabilitação de jardins de infância em Cabaços e o Museu Municipal de Figueiró dos Vinhos.

Tem em curso um projecto de internacionalização nos PALOP e em Espanha, onde já está presente através de parcerias e prevê abrir delegações mediante o aparecimento de oportunidades de negócio. O início do ano significou a entrada em funcionamento das instalações em Carnaxide, um investimento de 500 mil euros para atacar o mercado da Grande Lisboa e Sul do país. Especialista em software ERP, a Alidata, com sede no Casal do Cego, Marrazes, assinalou os primeiros 25 anos de actividade. De um escritório com dois funcionários, a Alidata cresceu até à internacionalização – tem, agora, negócios em Espanha e nos países africanos de língua oficial portuguesa. Bem implantada na indústria e no ramo automóvel, a empresa desenvolve software próprio (SIA e S2). Os serviços – dirigidos a todo o tipo de actividades económicas – incluem uma modalidade chavena-mão, com consultoria, implementação, formação e assistência. Comercializa todo o tipo de equipamentos informáticos, cablagens, sistemas de videovigilância. Até hoje, a Alidata forneceu mais de cinco mil empresas. Dispõe, também, de uma rede de revendedores.

Distribuidora das marcas Suc, Bosch e Outils Wolf, entre outras, a casa Carlos Baptista Lda, em Pombal, comercializa todo o género de ferragens, redes de vedação, estantes e estanterias metálicas, máquinas, ferramentas e equipamentos de jardim. A empresa é centenária. Inicialmente dedicava-se ao comércio generalista, desde a mercearia à drogaria. Mas, assim como no começo da actividade se adaptou à procura de um concelho de raiz agrícola, também com o passar dos anos soube acompanhar a progressiva industrialização de Pombal, ajustando a oferta às novas necessidades do mercado. A relação de proximidade e responsabilidade com fornecedores e clientes tem sido uma guia para a presença da empresa no sector em que actua. Adquirida em 1965, ano em que adoptou a actual designação comercial, a Carlos Baptista Lda opera hoje em duas áreas principais: distribuição de gás GPL (de garrafa) e instalações de gás, bem como comércio de ferragens, máquinas e ferramentas de jardim. Nesta última vertente, o objectivo é proporcionar os meios adequados para a manutenção tanto de jardim e casa como de indústria.

Dedicada ao transporte rodoviário de mercadorias nacional e internacional, a Artur dos Santos Silva & Irmão especializou-se em acondicionamento frigorífico e tem em Portugal o seu principal mercado. Já este ano, a empresa investiu em dois semi-reboques, contando actualmente com uma frota de oito conjuntos. A empresa foi constituída em 4 Agosto de 1967, encontrando-se inactiva há vários anos quando, em 1992, foi adquirida pelos actuais sócios, que procederam à sua reactivação e reorganização, nomeadamente nos aspectos relacionados com regularização de dívidas fiscais ou outros credores, que foram integralmente liquidadas. A renovação de frota com a aquisição de novas viaturas e estabelecimento de contactos com futuros potenciais clientes foram outras intervenções necessárias. A empresa emprega 11 pessoas e registou um volume de negócios de 900 mil euros no ano passado.

O Programa Informático de Saúde Animal (PISA) é hoje o software do Estado para a veterinária, garantindo a saúde de 5,5 milhões de cabeças de gado em 200 mil explorações. Está instalado em 180 entidades oficiais e foi criado pela Digidelta, de Leiria. A internacionalização do PISA é o principal projecto em cima da mesa, com a América do Sul, os países africanos de língua oficial portuguesa e a União Europeia como mercados-alvo. Destinado a garantir a saúde animal, o PISA permite saber onde estão as explorações, que efectivos têm, quem são os proprietários e quais os resultados das análises, além de estabelecer indicadores estatísticos de doenças e gerir recursos humanos e materiais. Os clientes são maioritariamente a Direcção-Geral de Veterinária, as direcções regionais de Agricultura, as organizações de produtores e os laboratórios. A Digidelta criou entretanto dois sistemas de gestão de candidaturas online para distribuição de fundos comunitários no Açores, um trabalho que absorveu grande parte da energia e tempo da software house nos últimos meses.

Fundação: 2000 Concelho: Leiria Sócio: Belmiro Santos Actividade: Comércio de peças para camiões e reconstrução de órgãos vitais Trabalhadores: 10 Vol. Negócios 2008: 2,8 milhões Principais Mercados: Portugal (65%), Europa, África

Fundação: 1985 Concelho: Alvaiázere Sócios: Eduardo Marques, Bruno Sousa, Célia Marques, Aurora Marques Actividade: Construção; imóveis; materiais; redes de gás Trabalhadores: 47 Vol. Negócios 2008: 2,8 milhões Principais Mercados: Portugal

Fundação: 1984 Concelho: Leiria Sócios: Jaime Gomes, Pedro Gaspar Actividade: Software ERP; equipamentos informáticos, sistemas de videovigilância; serviços Trabalhadores: 50 Vol. Negócios 2008: 2 milhões Principais Mercados: Portugal, PALOP, Espanha

Fundação: 1965 Concelho: Pombal Sócios: Francisco Nunes de Sousa, Fernanda Santos Caramonete Actividade: Comércio de ferragens, ferramentas, máquinas; distribuição de gás Trabalhadores: 13 Vol. Negócios 2008: 1,8 milhões Principais Mercados: Portugal

Fundação: 1967 Concelho: Peniche Sócios: Carlos Marques, Celestino Marques, Américo Santos Actividade: Transporte rodoviário de mercadorias Trabalhadores: 11 Vol. Negócios 2008: 900 mil euros Principais Mercados: Portugal

Fundação: 1989 Concelho: Leiria Sócio: Carlos Neves Actividade: Software para o sector agropecuário Trabalhadores: 15 Vol. Negócios 2008: 650 mil euros Principais Mercados: Portugal


PME EXCELÊNCIA | Suplemento 19

Região de Leiria 25 | Setembro | 2009

Convidado

Inovação nas PME com contributo do Instituto Politécnico de Leiria São vinte e cinco as empresas da região a quem o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) presta serviços desde Maio de 2008, no âmbito de financiamento obtido por essas PME através de Vales de I&DT e Vales de Inovação, num valor que ascende a um milhão de euros. Estes vales atribuídos às empresas, resultam de candidaturas aprovadas ao Programa Operacional Factores de Competitividade (Compete)/QREN que visa promover a competitividade das PME através da aquisição de serviços a uma das entidades Publicidade

do Sistema Científico e Tecnológico Nacional acreditadas para o efeito, entre as quais se encontra o IPL. Trata-se de serviços de consultoria e assistência tecnológica que pressuponham a realização de estudos de viabilidade técnico-científica e de projectos de I&DT com vista à transferência de tecnologia para as empresas promotoras, no caso dos Vales de I&DT. Quanto aos Vales de Inovação, os serviços financiados são mais vastos, podendo ir da consultoria de gestão à assistência tecnológica, transferência de tecnologia, consultoria para aqui-

sição, protecção e comercialização de Direitos de Propriedade Intelectual e Industrial e para Acordos de Licenciamento, e consultoria relativa à utilização de Normas e Serviços de Ensaios e Certificação. O IPL, que é a entidade da região que maior valor de projectos acompanha, correspondente a 37 Vales de I&DT e Vales de Inovação, presta os serviços através das suas Unidades de Ensino e Investigação que, àquelas vinte e cinco empresas, são assegurados pelo CDRsp (Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de

Produto), pelo GIRM (Grupo de Investigação em Recursos Marinhos) e pela ESTG (Escola Superior de Tecnologia e Gestão) através do Departamento de Engenharia Electrotécnica. Até 13 de Outubro decorre uma nova fase de candidaturas a Vales de I&DT e Vales de Inovação, podendo também as empresas interessadas, obter apoio do IPL ao nível da preparação de candidaturas. Os resultados serão conhecidos ainda este ano, a 10 de Novembro.


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