A Hora do Sul - 18/07/2024

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É tempo de festa na Capital do Doce

SABOR DAQUI

Começo da 30ª Fenadoce tem grande movimentação de público já no primeiro dia de evento, que tem como tema a garra gaúcha em tempos de retomada. Entre doceiras e comerciantes, sentimento é de empolgação e alívio por poder comercializar suas especialidades e encontrar os fiéis consumidores em mais um ano de feira. PÁGINAS | 8 E 9

DIVISÃO DE ACESSO

Pelotas elimina o Glória nos pênaltis e vai à semifinal

Após derrota no tempo normal por 2 a 0 em Vacaria, Lobo enfim encerra a sina das penalidades e se classifica para enfrentar Inter-SM ou Veranópolis no mata-mata que valerá um lugar na elite do futebol gaúcho do ano que vem. PÁGINAS | 14 E 15

PREOCUPANTE

Problemas em linhas de emergência acendem alerta

Números conhecidos da população, como o 190 da Brigada Militar e o 197 da Polícia Civil, apresentam constantes falhas, fazendo com que quem precisa de um contato urgente necessite encontrar telefones alternativos. PÁGINA | 3

DESENVOLVIMENTO

Agência voltada ao crescimento da região será lançada amanhã

Iniciativa da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) vai ser apresentada na Fenadoce e tem como objetivo abranger instituições variadas e alinhar ações em prol de ideias inovadoras que colaborem com o avanço coletivo das cidades. PÁGINA | 5

LUCAS RHAMON ECP

EDITORIAL

Decisões que precisam ser tomadas

Pelotas, ao contrário de tantas outras cidades do Rio Grande do Sul que ainda sofrem com efeitos das enchentes, não tem um problema generalizado. Por aqui, os efeitos foram, de certa forma, pontuais. Não há um rio de grande magnitude que cruze a cidade, embora sejamos margeados por água de todos os lados. A posição geográfica privilegiada, além de trazer potenciais incontáveis quando olhamos para as nossas águas, facilita o escoamento. Mesmo com o pavor que foi o maio de 2024 e tudo o que envolveu o período dos alagamentos, o impacto foi específi co nas regiões ribeirinhas da Lagoa dos Patos, canal São Gonçalo e Arroio Pelotas. As imagens trazidas pelo fotojornalista Jô Folha, bem como o relato do repórter Heitor Araujo, que ilustraram a capa e página 7 da edição de ontem do A Hora do Sul, são um constante lembrete de que o Pontal da Barra, a Z-3 e a área das Doquinhas são espaços que necessitam de um olhar pontual e atenção especial. Ao contrário do Laranjal e regiões como o entorno do Arroio Pelotas, tal qual Recanto de Portugal e Charqueadas, que também foram bastante atingidos, essas áreas enfrentam constantes problemas. É pelo menos a terceira vez em menos de um ano que isso acontece. Cabe lembrar que o Pontal ficou quase meio ano isolado após as enchentes de 2023. São áreas de extremo risco a cada aumento de nível da Lagoa e do canal, que necessitam de uma tomada de decisão estruturada e certeira sobre seu futuro. A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), mais de uma vez, já assinalou com a possibilidade de um futuro governo precisar desocupar essas regiões e realocar quem lá habita. Ao mesmo tempo, são lares de famílias e centros econômicos da área pesqueira. Uma remoção seria, necessariamente, dolorida em muitos pontos. Ao mesmo tempo, a permanência só seria capaz com dispositivos de segurança quase impensáveis para a realidade atual da economia pelotense. Caso o contrário, é sempre uma questão de tempo até a próxima tragédia.

Até lá, essas populações precisam de apoio, não apenas para a reconstrução, mas para voltar a ter a mínima dignidade. É uma questão humanitária que todos os olhares estejam voltados para essas áreas ao pensar na Pelotas daqui para frente, que, cabe lembrar, não revê o seu Plano Diretor desde 2018.

“A Fenadoce representa uma expansão do nosso doce e da nossa cultura”

Com mais de 40 anos na lida com doces finos, a doceira Eulália Duarte participa da sua 27ª edição da Fenadoce neste ano. Empreendimento de família, a Delícias Portuguesas preserva os fazer das especialidades lusitanas passando-as de mãe para filha

victoria.fonseca@ahoradosul.com.br

Como é participar de tantas edições da Fenadoce?

É muito especial, cada uma tem a sua peculiaridade e o seu gostinho. Neste ano, por tudo isso que aconteceu com as enchentes, estamos na expectativa de uma renovação. Temos certeza que será uma excelente feira, esperamos um grande público.

Como funciona a produção para a feira?

A fábrica, no Centro, produz o dia inteiro na véspera para trazer para cá, menos os de frutas que são preparados no dia. Os únicos doces que a gente prepara aqui no estande são os pasteis de nata, que ele é assado aqui para ser servido quentinho e acompanha para quem quiser um vinho do Porto.

Como são os dias que antecedem a Fenadoce?

São muitas horas de dedicação, os preparativos começam bem antes da feira, são as frutas secas, como ameixas e damascos, também tem o preparo de moer nozes, amêndoas, fazer as farinhas. Nos doces portugueses há sempre muitas amêndoas.

Quantas pessoas estão envolvidas?

São cerca de 30 pessoas trabalhando na fábrica e dez no estande. É muito emprego temporário. Ajuda na retomada, a gente sempre convida pessoas que estão lutando

São muitas horas de dedicação, os preparativos começam bem antes da feira

para se construir, procuramos usar todos os produtos daqui da região. A não ser damascos, ameixas e amêndoas, que têm que ser importados. Usamos tudo daqui para ajudar o crescimento econômico e preservar a nossa cultura.

Como surgiu a doceria?

A Delícias Portuguesas começou com a minha mãe e depois passou para nós filhas, três irmãs, e agora eu entreguei tudo para

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Impressão: ZH Editora Jornalística

a minha filha. Eu só fico na feira, atendendo no estande.

Qual o seu doce preferido e o do público? O meu é o pastel de Santa Clara, eu adoro ele bem quentinho. Também gosto muito de docinho do céu, fatia de braga. E o preferido do público, além do pastel também, que é muito requisitado, temos o tradicional quindim e o bombom de morango, esses batem recorde sempre.

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VICTORIA FONSECA
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Telefones de órgãos de emergência estão com instabilidade

Números 190, da Brigada Militar, e 197, da Polícia Civil, não estão funcionando; contatos alternativos foram disponibilizados para casos de emergência

OA Hora do Sul revelou ontem que, após uma joalheria ter sido roubada no Centro de Pelotas, os proprietários relataram dificuldades de contato com os órgãos de segurança pública. Após diversas tentativas frustradas de contato telefônico feitas pela população para a Brigada Militar de Pelotas, o órgão de segurança pública informou que o número de emergência 190 encontra-se indisponível temporariamente.

Em caso de necessidade ou urgência, a BM pede que a solicitação de uma unidade no local seja efetuada através dos números alternativos:

(53) 98416-5023

(53) 3229-2457

(53) 3229-1006

Expectativa é que o 190 volte a funcionar logo, mas BM não deu prazo para isso

De acordo com o Tenente Coronel Paulo Renato Scherdien, Comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar, o telefone 190 se divide em várias linhas de uma determinada operadora, que por vezes se encontra inoperante por problemas técnicos. Nesses casos, os telefones auxiliares são divulgados e os protocolos de manutenção com a empresa que oferece o serviço são abertos. “São outros telefones que nós temos na nossa sala de operações, com números fixos e celular para a comunidade em geral não ficar sem o seu telefone de emergência”, esclarece Scherdien, sobre os contatos auxiliares.

O comandante espera que o número original volte a funcionar o

mais rápido possível, já que é um contato conhecido pela comunidade. “O 190 é um telefone de referência, é um telefone que todas as pessoas têm como telefone de emergência, de socorro. Então, a

gente sempre busca que o mais rápido possível isso seja restabelecido”, frisa.

Telefones da Polícia Civil apresentam instabilidade

A Polícia Civil voltou a enfrentar problemas envolvendo os telefones. De acordo com o delegado Sandro Bandeira, há um problema pela instabilidade da rede, que faz com que o número 197 ou (53) 3310-8600 estejam “ocupados” em determinados períodos. “Um órgão mais emergencial para o enfrentamento de uma ocorrência que está acontecendo é a Brigada Militar. Nós trabalhamos com o fato ocorrido, então, mais é o registro. E o registro, hoje, a pessoa ou tem que comparecer na delegacia ou acessar a delegacia online. Então, de qualquer

forma, tem sempre uma porta aberta a ela”, explica o delegado.

Guarda Municipal volta a atender pelo 153

Nos últimos dias, a Guarda Municipal de Pelotas (GM) também vinha enfrentando problemas com a operadora que gera o tridígito 153. Segundo o comandante Iuri Lisboa, já foi possível redirecionar todas as ligações que são feitas para o número, que agora tocam no telefone funcional da instituição, mais especificamente na Sala de Operações da Guarda Municipal. “Assim, conseguimos atender todas as ocorrências e demandas, que entram através do 153”, afirma o comandante. Ainda, Lisboa salienta que o atendimento pelo telefone (53) 99113-8478, utilizado no período de inatividade do 153, segue funcionando normalmente.

JÔ FOLHA
Com quedas constantes na linha do 190, Brigada orienta que população procure os números alternativos

douglas.dutra@ahoradosul.com.br

Douglas Dutra

PT deve fechar com PSOL; PSB avalia cenários

E nquanto os partidos do centro à direita têm uma movimentação mais ruidosa na formação das chapas, na esquerda o cenário é mais calmo, embora com articulações. Na chapa do ex-prefeito Fernando Marroni (PT), a tendência é que se consolide a formação de uma chapa com o PSOL como vice, que já apresentou o nome de Daniela Brizolara como pré-candidata.

Embora haja diálogos com outros partidos de centro-esquerda, como o PDT e o PSB , pesa a favor do PSOL a parceria dos partidos na última eleição federal e estadual e o fato de os dois vereadores mais votados em 2020, Fernanda Miranda e Jurandir Silva, serem do PSOL

de Estima ou apoiar a candidatura de Marroni. Enquanto no cenário nacional o PSB é próximo do PT – o vice-presidente Geraldo Alckmin é do partido –, no RS o PSB também mantém uma relação próxima com os tucanos.

DANIELA BRIZOLARA

APOSTA DO PSOL A VICE DO PT

“A gente respeita muito a questão local. Se a gente fosse seguir a questão nacional, seria com o PT, se fosse seguir a questão estadual, seria com o PSDB , com o qual estamos mais ligados, mas é conforme a conjuntura local que a gente vê”, explica o presidente do PSB , vereador César Brisolara, o Cesinha.

Câmara aprova projetos para o pós-enchentes

Os vereadores de Pelotas aprovaram ontem, em sessão extraordinária, a mensagem 16 do poder executivo com o pacote de projetos do programa de estímulo à recuperação dos danos sociais e materiais dos atingidos pela enchente de maio. Agora o projeto vai à sanção pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB).

Conhecido como Força Pelotas, o programa inclui uma série de medidas anunciadas pelo governo, como a isenção das contas do Sanep, da contribuição de iluminação pública (Cosip) e da taxa do lixo de imóveis atingidos pela enchente por dois meses para todos os clientes e por quatro meses para os clientes com tarifa social. O texto também institui a isenção de IPTU por dois meses no ano que vem.

No próximo sábado, partidos aliados ao PT realizam a plenária da chamada “Frente Muda Pelotas”.

CÉSAR BRISOLARA PRESIDENTE DO PSB

No encontro, deve-se avançar nessa formatação da chapa de esquerda. Vão participar do evento a federação formada por PT, PV e PC doB, a federação PSOL /Rede e o Avante.

Ainda no campo da centro-esquerda, o PDT deve levar à convenção a pré-candidatura do presidente da sigla, Reginaldo Bacci. Já o PSB considera dois cenários: apoiar a candidatura

O PSB realiza sua convenção já no próximo sábado. Segundo Cesinha, o PSB não pretende lançar candidatura a vice, mas se isso se tornar um entrave, admite-se a possibilidade de não coligar com nenhuma candidatura majoritária.

“A gente acha natural e é normal os outros partidos já fazerem indicativos de vice, mas a partir do momento que nós entrarmos em qualquer uma dessas definições, nós podemos e queremos discutir isso”, afirma Cesinha, que explica que a convenção do partido será no primeiro dia do prazo justamente para se ter tempo para avançar nessas negociações com coligações.

Para empresas de áreas afetadas, a lei prevê a prorrogação por dois meses no pagamento de ISS e a isenção do imposto para microempresas, além da prorrogação da validade e isenção da taxa de emissão de alvarás e a suspensão de negativações, protestos e encaminhamentos de dívidas para execução fiscal até 31 de agosto. A proposta prevê ainda juro zero com carência de seis meses para o início do pagamento, parcelamento em até 18 vezes e o aumento de R$ 5 mil para R$ 10 mil em operações de microcrédito para empreendedores de áreas atingidas.

Aprovação sob crítica

Embora o projeto tenha sido aprovado por unanimidade, os vereadores criticaram o projeto por considerar o período de abrangência das isenções curto e insuficiente. “São ações insuficientes para o que as pessoas realmente precisam para um retorno aos seus lares nessa situação tão traumática”, considerou Carla Cassais (PT) Rafael Amaral (PP) considerou que faltou explicação por parte do governo sobre como as medidas serão aplicadas. “Por outro lado, o Refis é um projeto bom, que vai ajudar principalmente o peque -

no empresário, com juro zero e sem entrada”, elogiou. Já Cristiano Silva (UB) disse que pretendia apresentar uma emenda para ampliar o período de isenção do IPTU para um ano, mas que isso atrasaria a aprovação do projeto. “Não supre todas as demandas da comunidade, especialmente as pessoas atingidas do Laranjal.”

Na bancada do PSOL , Jurandir Silva avaliou que o projeto é insuficiente para atender as necessidades das pessoas atingidas e ainda mais para preparar a cidade para eventos climáticos futuros. Fernanda Miranda afirmou que faltou diálogo do governo com a população para a construção da proposta. “O poder público simplesmente abandonou as pessoas”, criticou.

A vereadora Cristina Oliveira (PSB), que é moradora do Laranjal, falou do impacto para quem foi atingido pela enchente. “Dói muito, e não é pela parte financeira só, dói por tudo, porque era o nosso aconchego depois de um dia de trabalho”, relatou. “A gente não sente decepção, porque já espera isso do PSDB”, disse ao criticar o período abrangido pelas isenções.

Vereador denuncia favorecimentos

O vereador Cauê Fuhro Souto (PV) acusou o pré-candidato a

vereador pelo PSDB e ex-assessor especial do programa Bairro Empreendedor, Maurício Martins, que é primo do governador Eduardo Leite, de anunciar os benefícios que o Força Pelotas concede para empreendedores antes de o projeto ser aprovado pela câmara. Fuhro Souto também o acusou de ter feito um pré-cadastro informal de possíveis beneficiários. “Ele estava se utilizando dessas informações para pegar os dados dos empreendedores”, afirmou Fuhro Souto.

César Brisolara, o Cesinha (PSB), disse que a denúncia de Fuhro Souto é séria e que os benefícios deveriam ser estendidos para todas as áreas da cidade atingidas pelas águas. “Esse cadastro que foi feito no Laranjal não vale, o governo não pode utilizar esses dados”, disse. Procurado, Maurício Martins diz que apenas publicou sobre o projeto em suas redes sociais, já que participou da articulação da iniciativa. “O que o vereador Cauê Fuhro Souto fez foi, basicamente, um circo político acerca do meu nome. Acho que ele enxerga em mim um potencial adversário político”. “É mentira o que ele falou, que estou cadastrando pessoas ou que tenho poder de escolher para quem vai o recurso ou não, o edital é da prefeitura e está muito bem explicado”, diz Martins.

JÔ FOLHA
Pacote busca atender famílias atingidas pela enchente de maio

Região terá agência de desenvolvimento

Criação será liderada pela Azonasul e vai abranger várias instituições de toda a região Sul

DOUGLAS DUTRA

douglas.dutra@ahoradosul.com.br

AAssociação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) vai anunciar amanhã, em evento na programação da 30ª Fenadoce, a criação de uma agência de desenvolvimento regional. A iniciativa, liderada pela prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), que também está na presidência da Azonasul, pretende agregar o poder público dos municípios da região às diversas entidades com o foco na busca pelo desenvolvimento da região. O evento está previsto para às 17h30min, no auditório 1 do centro de eventos da Fenadoce.

Segundo Paula, a oportunidade será um passo inicial para engajar lideranças na criação da agência.

“Tem que ser uma entidade ágil, leve, que seja um espaço de congregação, de discussão de estratégias”, explica. Ela destaca que a agência não deve se formar apenas pela Azonasul, mas usar a entidade como uma base para um diálogo entre diversas entidades e setores.

“A agência não quer ser mais do mesmo, a ideia é traçar objetivos básicos e estratégicos, como a questão climática. Como a gente engaja todos os municípios da região e faz disso um projeto de desenvolvimento?”, diz a prefeita, apontando que o primeiro desafio é identificar como a região vai se colocar na reconstrução do Rio Grande do Sul.

A prefeita avalia que o importante nesse momento é dar início à iniciativa, independentemente do formato jurídico que a agência terá. “Se com a evolução a gente

sentir a necessidade de uma instituição, um CNPJ próprio, isso é o mais fácil, a gente não pode é começar com isso, fazer estatuto, associados, isso vai ensejar que cada instituição que indique uma pessoa para ir cumprir tabela em reunião. Não é o caso, tem que ser leve, com boas ideias inovadoras, gente disposta a ser disruptivo. A agência é mais um chamado para tocar na mente das instituições”, avalia.

Tem

que ser uma entidade ágil, leve, que seja um espaço de congregação, de discussão

de estratégias.

O secretário executivo da Azonasul, Henrique Feijó, explica que a ideia de uma agência de desenvolvimento a partir da associação vem há bastante tempo. Ele cita como potenciais parceiros da nova instituição o Badesul, o Corede-Sul, as alianças Pelotas e Rio Grande, os parques tecnológicos de Pelotas e Rio Grande, o sistema S, as universidades, os portos e a Defesa Civil.

“Queremos trabalhar muito nos problemas das mudanças climáticas, esse é um dos assuntos que a Paula quer, em cima da experiência que tivemos com a tragédia que assolou o Rio Grande”, explica Feijó, destacando a capacidade da agência a partir da união das entidades. “A primeira coisa que vai ser feita é um rápido diagnóstico com os parceiros para ver quais são os eixos, dando prioridade àqueles que tem mais potencial”, diz Feijó.

Paula Mascarenhas espera que iniciativa fomente ideias inovadoras
JÔ FOLHA

Alta umidade traz perigos à saúde

Fatores naturais e estruturais de Pelotas contribuem para a proliferação do mofo, que pode ocasionar doenças nas vias aéreas

HEITOR ARAUJO

heitor.araujo@ahoradosul.com.br

As paredes escorrendo entregam a umidade antes mesmo de o pelotense abrir a janela pela manhã e avistar o nevoeiro sobre a cidade. A umidade relativa do ar chegou a 99% nos últimos dias, uma somatória da predisposição natural de Pelotas, cercada por cursos de água, com a presença de um centro de baixa pressão sobre o Oceano Atlântico.

Para os próximos dias, no entanto, deve haver diminuição, de acordo com a meteorologista Carina Padilha, do CPPMet, mas ainda há a possibilidade de nevoeiros em praticamente toda a Zona Sul, especialmente nas regiões de Pelotas, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.

Os pelotenses acostumaram-se a conviver com as paredes molhadas, bem como com o mofo que invade as casas. Cuidados devem ser tomados, no entanto, com o intuito de prevenir problemas de saúde que os fungos podem acarretar. De acordo com o otorrinolaringologista e professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Hei-

thor de Castro Sell, a respiração em ambientes úmidos gera doenças nas vias áreas, “pela ação de microorganismos como as bactérias, fungos e ácaros”.

“Dentre eles a rinite alérgica, congestão nasal, secreção nasal intensa e coceira no nariz e nos olhos. A rinossinusite aguda e a asma também podem estar relacionadas ao aumento da umidade do ar”, detalha Sell. O médico cita medidas que podem ser tomadas no intuito de evitar a proliferação destes microorganismos que podem ocasionar infecções. “A higienização de roupas de cama, travesseiro, tapetes, carpetes e mofos nas paredes”, diz.

Sell destaca que a população de Pelotas e região é mais propensa a estas doenças, justamente pelas características que favorecem a umidade do ar acentuada. Fatores estruturais também con -

Praça da Alfândega terá novo paisagismo e requalificação

Investimento será direcionado ao projeto que propõe a qualificação de três quadras

Oprojeto Parque Linear da Alfândega, desenvolvido em parceria da prefeitura com as Universidades Federal de Pelotas (UFPel) e Católica de Pelotas (UCPel), foi contemplado com recursos no valor de R$ 200 mil de emenda parlamentar do deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB) Com a proposta de intervenção

urbana e paisagística desenvolvida pelo Núcleo de Extensão Habitat Social da UCPel, o projeto prevê a requalificação completa de três quadras, contemplando os quarteirões compreendidos entre as ruas Conde de Porto Alegre, Dona Mariana, Xavier Ferreira e Uruguai. Além de paisagismo, acessibilidade e mobiliário urbano, a ideia é que o espaço contemple, ainda,

tribuem para a proliferação dos fungos. O contato do ar frio dos invernos rigorosos na região causa a condensação de água nas paredes das residências e faz com que surjam os fungos filamentosos, conhecidos como mofo ou bolor, explica o professor da Faculdade de Urbanismo (Faurb), da Universidade Federal de Pelotas, Eduardo Grala da Cunha.

Cuidados com o mofo

Cunha participa de um grupo de estudos da Faurb que simula o transporte de umidade nas paredes internas das edificações. Ele também coordena o GT Umidade na ABNT, que está desenvolvendo a primeira norma de simulação de transporte de umidade em paredes.

“Ter o isolamento térmico externo ajuda na diminuição do ní-

pista de caminhada, academia ao ar livre, playground, brinquedos naturalizados, cancha de bocha e quadras poliesportivas de futebol, beach tênis e vôlei.

A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) destacou a importância do projeto para a qualificação do espaço urbano, bem como para a promoção do esporte e da segurança pública.

O deputado destacou a importância da intervenção, com uma requalificação que garantirá aos moradores e estudantes espaço de lazer na região do Porto. “Onde não existe nada, em breve teremos quadras esportivas, pista de caminhada, brinquedos. Quando a gente vê um projeto que sai da universidade, pensando na cidade, nos dá

A qualidade da construção interfere diretamente na saúde dos moradores, assegura Cunha. Em países europeus, como a Alemanha, as construções seguem um padrão de isolamento térmico e de aquecimento, que evita a elevação acima de 80% de umidade interna.

Especialista alerta que mofo pode ser evitado com construções quaiificadas

vel de umidade relativa próxima das superfícies internas de paredes externas. O mofo precisa de pelo menos seis horas com umidade relativa do ar acima de 80% para surgir nas paredes”, explica Cunha.

No Brasil, ainda está em desenvolvimento um regulamento neste sentido. Em Pelotas, as construções mais antigas não apresentam o sistema de isolamento térmico externo. Dentre as novas, algumas já têm um plano contra o mofo, outras não. “Nas construções, principalmente, com paredes de concreto armado, o problema do surgimento do mofo é uma realidade”, explica Cunha. “É normal o proprietário receber a edificação nova já com mofo nas paredes. É necessário o entendimento de que o mofo não é simplesmente uma questão do clima, mas também uma questão da qualidade das construções”, conclui o arquiteto.

É bastante comum ver umidade escorrendo pelas paredes dos imóveis

orgulho”, disse Trzeciak.

De acordo com o corpo técnico da UFP el, os recursos devem ser utilizados, inicialmente, para a

construção dos caminhos urbanos que devem interligar os três quarteirões beneficiados pela requalificação.

Espaço compreenderá um trecho entre quatro quarteirões, no Porto

JÔ FOLHA
LUCIAN BRUM
LUCAS KURZ

Victor Hugo Siqueira estreia coluna social no fim de semana

Páginas preenchem lacunas do A Hora do Sul, que passa a destacar os eventos e personagens da sociedade regional

Estreia neste final de semana como colunista social e de eventos do A Hora do Sul o administrador Victor Hugo Siqueira. A proposta é levar ao leitor fatos e imagens que contam um pouco da movimentação social de Pelotas e região, com o objetivo de apostar em um conteúdo mais informal e celebrativo dos acontecimentos. A coluna será publicada três vezes por semana, nas edições conjuntas de sábado/domingo e também nas terças e quintas-feiras.

“É o jornal buscando refletir diferentes aspectos da sociedade em que está inserido”, fala o Diretor Executivo do A Hora do Sul, Régis Nogueira. Neste projeto o colunista trará uma cobertura das festas, dos eventos e do que acontece nos clubes sociais e clubes de serviços, entre outros temas. “Vamos mostrar as pessoas que fazem pela sociedade, os eventos com cunho social, mostrar também para

o nosso leitor quem casou, quando, onde, as celebrações, trazer a parte bela da sociedade de forma descontraída”, comenta o diretor. Para trazer esse retrato atual da sociedade da região foi escolhido o administrador que tornou-se conhecido em Pelotas por sua atuação em diferentes entidades culturais e benemerentes da cidade. Siqueira é o atual presidente do Instituto São Benedito, do centenário Clube Caixeiral e da Casa de Cultura da mes-

Pacto Pelotas Pela Paz como referência no RS

Diretora de Políticas Socieducativas do Estado esteve em Pelotas para ver detalhes do programa

Aprefeita Paula Mascarenhas (PSDB) reuniu-se, na tarde de ontem no Paço Municipal com a diretora do departamento de Políticas Socioeducativas da Secretaria Estadual de Sistemas Penal e Socioeducativo, Gabriela Cruz.

O encontro foi parte da programação itinerante pelas principais cidades do Estado para o conhecimento de atividades, projetos e programas voltados ao segmento. Durante a visita à cidade, a diretora conheceu detalhes do Pacto Pelotas pela Paz, para traçar estratégia, entender a metodologia e a intersetorialidade para que possam ser replicadas a outros municípios. “A diretora de Políticas Socioeducativas veio justamente conhecer as políticas públicas desenvolvidas no Pacto Pelotas pela Paz, no qual a socioeducação tem lugar proeminente, porque a gen -

ma entidade, e ainda participa de outras seis entidades.

“Vamos mostrar quem está à frente das nossas comunidades, dos nossos grupos, mostrar pessoas que estão se destacando e as pessoas que estão trabalhando pela sociedade”, comenta. Siqueira diz que aprecia saber sobre o que aconteceu nos eventos sociais e quem esteve à frente, porque dali podem sair lideranças, e é essa essência que ele quer imprimir no seu trabalho no A Hora

te entende que proteger o jovem e dar oportunidade a esse jovem infrator é abrir oportunidades, abrir novas perspectivas de futuro. Fico muito feliz por, mais uma vez, sermos vistos como referência, porque acho que isso nos dá ânimo e esperança para realmente poder ajudar os jovens a crescer e se desenvolver no nosso município”, observou Paula

do Sul. “A ideia é também mostrar pessoas que se destacam na vida pública ou que estão à frente de tantas instituições e empresas”, fala.

Contribuição literária

Essa é a primeira experiência de Siqueira como colunista da vida social, mas o contato com os eventos sociais tem sido uma constante, em função das atividades que desenvol-

Vamos mostrar quem está à frente das nossas comunidades

ve promovendo e colaborando com a agenda cultural do município. Ele conta que sempre teve interesse na história de Pelotas e das diferentes instituições centenárias. Essa curiosidade o levou a escrever um livro sobre o extinto Colégio Diocesano (1950-1981), à convite da professora e ex-diretora Alice Lorea . “Levei quase um ano pesquisando”, relembra. A próxima obra será sobre o Clube Caixeiral, mas não deve sair este ano, adianta.

Com a primeira publicação, recebeu o convite para ingressar nas Academias Sul-Brasileira de Letras, Pelotense de Letras e Sul-Lourenciana. Em 2015 assumiu o desafio de manter vivo o Caixeiral, que na época estava com dificuldades financeiras, entre outros problemas. A primeira temporada de dois anos foi tão bem-sucedida que o conselho da Casa entendeu que seria importante alterar uma cláusula do estatuto, para mantê-lo à frente de novos projetos. Atualmente o Clube se mantém atuante e constitui a primeira Casa de Cultura do município, a partir de projeto de Siqueira.

“Essa visita a Pelotas integra a jornada da socioeducação para entender como cada município trabalha essa questão”, disse Gabriela Cruz. “Pelotas, diante de tudo que vimos e conhecemos, provavelmente seja a nossa referência

Encontro faz parte da programação itinerante da pasta estadual

em muitas ações”, destacou, convidando a prefeita para apresentar as experiências e resultados do Pacto no Fórum Permanente da Socioeducação.

MICHEL CORVELLO  ASCOM
Encontro contou com participação de diversas pastas da prefeitura
DIVULGAÇÃO
Siqueira está atualmente à frente do Instituto São Benedito, do Clube Caixeiral e da Casa de Cultura

COMEÇOU A FESTA

Primeiro dia da 30ª Fenadoce tem gosto

Entre doces finos e coloniais, para as doceiras, a sensação é de alívio por poder comercializar suas especialidades na feira e promover a culinária encontrada somente em Pelotas

VICTORIA FONSECA

victoria.fonseca@ahoradosul.com.br

Otema “é tempo de reconstruir… é tempo de criar novas doces histórias e memórias”, traduz o sentimento das milhares de pessoas que têm na 30ª Fenadoce um evento para fomentar seu produto e para o público, que busca aproveitar a grande varieda-

des de doces que têm o selo de qualidade encontrado somente em Pelotas. Após ter sido adiada, a chegada dos visitantes trouxe alívio para as doceiras e demais expositores, que aguardam o ano inteiro pelo evento. Neste ano, a expectativa é que a Fenadoce repita o público do ano passado, de 314 mil pessoas, com a perspectiva de comercialização de 1,8 milhão de doces. A 30ª edição gera cerca de 1,5 mil empregos di-

Docinhos já chamam atenção dos visitantes
FOTOS JÔ FOLHA

retos e 2 mil indiretos.

O primeiro visitante da Fenadoce, que aguardava a liberação da entrada do público no início da tarde de ontem, veio a Pelotas pela primeira vez especialmente para conhecer a feira com o propósito de empreender. De Sombrio (SC), Ivan Rafaelli, quer conhecer as docerias e a comercialização das iguarias para fechar novos negócios. “Estive em umas empresas olhando os doces e me interessei, temos uma distribuidora de ovos. É uma empresa de ovos líquidos, vim buscar um novo mercado para comercializar”.

Além dele, Claudia e Zenaide Barcelos, mãe e filha, também estão entre as primeiras visitantes. A expectativa era aproveitar uma tarde menos movimentada. “Tem menos gente para entrar, estacionamento e tudo é melhor”. A visitante aproveitou a folga para poder passar o dia pelos corredores do Centro de Eventos. “Tem que prestigiar o que é da nossa cidade. Tudo é bom, mas o melhor são os nossos doces com certeza”

Objetivo é repetir números de 2023, com 314 mil visitantes e 1,8 milhão de doces vendidos

Doceiras preparadas

Os portões da Fenadoce estavam abertos havia apenas alguns minutos e a grande maioria das docerias já estavam prontas com suas variedades de doces. No espaço da Fábrica do Doce, as mãos ágeis de vários profissionais estavam preparando doces finos e cristalizados. O local sempre chama a atenção e fica rodeado de visitantes, que assistem a montagem das iguarias. “As gurias estão trazendo as massas que vêm lá da fábrica e aqui a gente vai montando. As pessoas têm a curiosidade de ver como é o manuseio”, explica a doceira Daiane Baldez.

Cristalizados e coloniais

Além dos doces finos, prática que se inicia em Pelotas pelas receitas trazidas de Portugal, outras influências coloniais também deram fruto a delícias que agradam a muitos paladares, como os doces cristaliza-

dos. Uma das bancas especializadas nas tradicionais sobremesas participa da Fenadoce desde a primeira edição. Com produção familiar, são mais de 70 anos dedicados à fabricação. “Trabalhamos com doce há tantos anos, que já está a perder de vista”, brinca Neusa Benetti. Ela é uma das doceiras responsáveis pelas compotas, doces de ovos, figo e tantos outros. De acordo com Neusa, da banca o que mais sai são as frutas banhadas em chocolate. “São damascos, figos, ameixas, bananas”. A senhora simpática diz que está aliviada com a realização da feira após o adiamento e com o público que já circulava. “Já tem bastante gente para o primeiro dia. A gente ficou

A Fenadoce é a feira que eu mais gosto de fazer, eu gosto do povo daqui, da recepção e a gente sempre vende muito bem.

com medo de não ter, mas graças a deus tudo deu certo”.

Revenda de doces

No estande da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, as caixas brancas cheias de doces chegam a todo momento. No local, são comercializadas as milhares de iguarias produzidas diariamente pelas 20 associadas, inclusive, de quem não pode estar com uma banca na feira. “Quem não consegue vir para a Fenadoce também tem seu doce vendido”, garante Jaqueline Maia.

Para a doceira, apesar dos motivos trágicos, o adiamento do evento também pode ser visto por um lado positivo, pois durante o período não há previsão de chuvas intensas e o frio está mais ameno. “A gente vai pegar uma época boa, acredito que vamos fazer boas vendas e superar a nossa expectativa de público”.

Agricultura Familiar

Assim como em todas as edições, um dos espaços mais prestigiados é o da Agricultura Familiar. Os 70 estandes com agroindústrias e produções rurais oriundas de 39 municípios chamam a atenção pela diversidade de produtos coloniais e pela simpatia dos expositores, que sempre têm um aperitivo para oferecer aos visitantes. São itens como queijos,

embutidos, compotas, biscoitos, pães, mel, geleias entre outros. Uma das expositoras que vem para a Fenadoce pela 5ª vez, é a Andriele Soldadella. Nesta edição, a proprietária de uma agroindústria em Frederico Westphalen, traz como novidade a carne na lata. “É um produto muito antigo que nossos avós faziam, temperava a carne de porco, fritavam e secavam na banha para conservar porque não tinha geladeira”. Enquanto explicava, uma cliente complementou a fala da produtora: “Eu sou dessa época, meu pai matava porco e botava na banha. Lembrou meu tempo de criança”, diz Dulce dos Santos, de São Lourenço do Sul. De acordo com Andriele, é justa-

Estive em umas empresas olhando os doces e me interessei. Vim buscar um novo mercado para comercializar.

mente esse sentimento que ela quer despertar com seus produtos. “São lembranças afetivas, a gente quer trazer essas memórias para o nosso cliente”. Ao atender vários visitantes, ela explica que esse é o motivo de participar da feira.

“A Fenadoce é a feira que eu mais gosto de fazer, eu gosto do povo daqui, da recepção e a gente sempre vende muito bem. Sempre que puder vamos vir”.

Baronesas

Novidade nesta edição, o Memorial da Fenadoce, onde estão os vestidos das cortes de todas as edições e a casa das baronesas também tem sido uma grande atração. Lá, o trio de realeza estava pronto para conversar e tirar fotos com a fila de visitantes que aguardava. “As expectativas estão bem altas, acabou de abrir e a gente já está tendo bastante contato com o público, chegou bastante gente”, diz a baronesa Juliana Bast.

O consenso é de que esta edição será ainda mais especial por se tratar da 30ª e pela dedicação de todos envolvidos com o objetivo de auxiliar na retomada econômica após as enchentes. “Pensando em tudo que a gente passou no Rio Grande do Sul, precisamos nos unir cada vez pela reconstrução. Que todo mundo venha participar, é uma feira para a região se fortalecer”, complementa a baronesa Maria Eduarda Dode.

IVAN RAFAELLI PRIMEIRO VISITANTE DA 30ª FENADOCE
Primeiro dia contou com milhares de visitantes, a grande maioria de crianças e adolescentes em excursões promovidas por escolas do município

Caminhos abertos para a produção de doces na indústria

Ohistoriador pelotense

Mario Osorio Magalhães (1949-2012) comunica aos leitores no livro Doces de Pelotas: Tradição e história (Editora Armazém Literário, 2001) que antes mesmo dos doces finos feitos basicamente de ovos e açúcar, hoje patrimônios brasileiros, antigos registros literários sobre a famosa doçaria pelotense no início do século 20 apontavam que a industrialização e a consequente comercialização dos doces de frutas abriram espaço para o que se celebra na atualidade.

O pesquisador relembra a passagem da consagrada escritora e cronista carioca Júlia Lopes de Almeida (1862-1934). No livro Jornadas pelo meu país (1921) Júlia, que conhecia a fama das passas de pêssego pelotenses, foi surpreendida em uma visita à região por outras iguarias não menos irresistíveis. “Não sei se por aqui houve conventos, mas se não foram ensinadas por mãos de freiras, exímias na fabricação de guloseimas, caíram do céu para as cozinhas pelotenses as receitas destes papinhos de anjo, casadinhas fofas e queijinhos de ovo, que tenho no meu

prato e que são mesmo uma tentação”, escreveu.

Para o historiador essa era a prova de que na década de 20 a “tradição doceira, muito mais do que cinquentenária no âmbito local, não se havia propagado no âmbito nacional”.

O historiador relembra a passagem da consagrada escritora e cronista carioca Júlia Lopes de Almeida

Magalhães também joga luzes sobre o comentário a respeito das passas de pêssego e explica o motivo: “Conforme sublinhei em Opu-

As geleias e os doces em calda feitos a partir das frutas de clima temperado, especialmente o pêssego, ficaram conhecidos primeiro

lência e Cultura na Província de São Pedro, só com a superação dos saladeiros, no início do século, incrementou-se a industrialização, em nossa zona colonial, das frutas de clima temperado; utilizando-se então o pêssego (a fruta mais produzida) não só ao natural, também na forma de doce”.

A partir das geleias, conservas e passas se explora e propaga o seu consumo, chegando ao conhecimento da escritora Júlia, segundo Magalhães. “No final do século 19 começaram a surgir as primeiras indústrias de doces. Até então, a gente tem uma produção de doces que é para as festas e uso diário. Com a chegada dos colonos, eles vão pegar esse mercado que já existia aqui e vão ampliar, produzindo de uma forma industrial”, conta a professora e diretora do Museu do Doce, Nóris Mara Leal, da Universidade Federal de Pelotas.

“Justamente a partir desse momento é que fugirão pelas portas, ganharão o centro da cidade e ainda mais as artérias e avenidas das capitais brasileiras, esses ‘papinhos de anjos, casadinhas fofas e queijinhos de ovo’”, afirma o historiador.

anaclaudia.dias@ahoradosul.com.br

Rosângela Lopes Marques foi eleita a representante do Rio Grande do Sul no concurso nacional Boneca Café. A pelotense de 20 anos foi indicada pelos clubes locais em comum acordo com uma comissão formada pelos vereadores da época: Francisco de Paula Moraes,

Boneca Café é de Pelotas Instituição

Foram inaugurados na Beneficência Portuguesa os retratos de dois sócios-beneméritos da instituição: os médicos Urbano Garcia, chefe do Serviço de Cirurgia, e Antônio

Jovem de 19 anos foi eleita a mais bela entre 19 concorrentes gaúchas

Elberto Madruga, José Karini e Érico Pegoraro.

O concurso elegeu a rainha do biênio da colonização e imigração afro-brasileira, em evento no clube Grêmio Náutico Gaúcho em Porto Alegre. A final do certame foi realizada em São Paulo. Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Gomes de Carvalho. Vários oradores se apresentaram para falar sobre ambos durante a solenidade, que ocorreu em 6 de abril de 1924. Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

por Ana Claudia Dias
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO

Olhos a serviço de diferentes visões e ângulos de Pelotas

Fotojornalista

Paulo Rossi resume trajetória de mais de duas décadas na obra Retratista de Satolep, que lança hoje

ANA CLÁUDIA DIAS anaclaudia.dias@ahoradosul.com.br

Ofotojornalista pelotense Paulo Rossi se propôs a uma desafiadora missão, resumir 24 anos de profissão em um punhado de imagens carinhosamente selecionadas. Mas sair de mais de 4 mil fotos para 256 não foi nada fácil. Depois de muitos dolorosos cortes, o autor teve o “auxílio luxuoso” na edição fotográfica de outro fotojornalista, o Moizés Vasconcellos. Dessa curadoria nasceu Retratista de Satolep, Um Olhar de Paulo Rossi , obra que tem lançamento hoje, a partir das 18h, Museu do Doce da UFP el, praça Coronel Pedro Osório, 8. O livro estará sendo comercializado no local a R$ 80.

Na obra, Rossi faz um apanhado dessa longa e bem-sucedida experiência profissional passando por temas como patrimônio histórico, música, carnaval, cultura, retratos e futebol, entre outros tantos. Algumas dessas imagens, apresentadas em cores ou preto e branco, foram

reconhecidas por premiações como o Abril de Jornalismo, Sesc, Associação Rio-grandense de Imprensa, além de estarem em publicações literárias ou científicas.

Para alegria do autor, a obra tem ainda o prefácio do músico Vítor Ramil, que o descreve como um “monstro da fotografia”, desenho de Rafael Sica, além de textos de Ricardo Chaves, o Kadão, e Jair Krischke. Rossi explica que o livro não é dividido em capítulos, mas quem folheia as páginas pode perceber as nuances nas transições dos temas. “Mas a ideia é que as fotos tracem o caminho do livro”, adianta.

Além das imagens, o fotojornalista mostra a intimidade com as letras em textos que apresentam a série de retratos, que abre o livro. Os escolhidos para representar a faceta retratista do autor são nomes como o quadrinista Canini, os músicos Vítor Ramil e a griô Sirley Amaro.

O livro não tem pretensões políticas, mas o autor concorda que a sua visão e, consequentemente, versão do acontecimento carrega um ato político. Dessa forma, o artista toca em temas sensíveis como as questões raciais e de gênero, alguns de formas mais explícitas e menos.

Algumas dessas imagens foram planejadas horas antes dos eventos acontecerem, como a que mostra a griô em um emocionante contraluz. Outras foram quase sem querer, como o do raro graxaim albino, na Estação Ecológica do Taim, história cômica que ele revela na obra. E de onde vem

ARTIGO

ARTHUR GROHS

Doutorando e mestre em Comunicação grohsarthur@gmail.com

A ruína da razão

Vivemos o auge do anti-intelectualismo. Hoje, atentar contra a racionalidade é uma atividade tão comum e banal quanto fazer compras em um supermercado ou passear com o cachorro. A convicção pessoal se encontra no auge da hierarquia do pensamento. Logo, a opinião de um indivíduo dificilmente tende a mudar, mesmo quando confrontada por fatos — esses se tornaram descartáveis, pois já não possuem impacto.

a inspiração? Vem de um repertório largo fomentado pela literatura, conta. “Eu penso a partir daquilo que eu li.”

Retratista de Satolep, Um Olhar de Paulo Rossi foi viabilizado através do ProCultura, da Secretaria de Cultura de Pelotas (Secult), com copatrocínio do Grupo Nissul Gala, Universidade Católica de Pelotas (UCP el) e Fernovi Play.

Quem é o fotógrafo

Paulo Rossi nasceu no Rio de Janeiro, mas veio morar em Pelotas aos três anos de idade. A carreira como fotojornalista se consolidou nos 19 anos em que trabalhou na redação do Jornal Diário Popular, além de atuar também como colaborador dos jornais Correio do Povo, Zero Hora e Folha de São Paulo, além das revistas Brasileiros e Aplauso. Suas fotografias já circularam em exposições em diferentes pontos do país, como Brasília, São Paulo, Bahia e Porto Alegre e chegou inclusive a outros país, como a Colômbia.

AGENDESE

O quê: lançamento do livro Retratista de Satolep, Um olhar de Paulo Rossi

Quando: hoje, a partir das 18h

Onde: Museu do Doce da UFP el - na Praça Coronel Pedro Osório, Casarão 8

Apoio: Boteco do Cruz

Em muitas ocasiões, pede-se uma reconstrução completa do quadro de pessoas (como no futebol e nos parlamentos); todavia, poucas são as discussões da sucessão das pretensas dissoluções. Discute-se mais os problemas do que os projetos e/ou as ideias. Isso, como consequência, favorece o esvaziamento dos debates na vida pública, caso da despolitização da própria política. É trivial ouvir que os políticos são corruptos e, assim, deve-se esperar a chegada de um homem de moral inabalável para elevar o país. Não seria um sinal alarmante da queda livre a que estamos submetidos?

Ademais, vivemos uma constante sobrecarga e desordem de informações. Quais são as vozes, portanto, que oferecem leituras conjunturais à grande audiência?

Seja no Brasil, no Rio Grande do Sul, raras são as pessoas que hoje apresentam nomes sem tatear na escuridão da memória por alguns minutos.

A impressão é que o contexto atual está desprovido de escritores, jornalistas, professores etc. que, de fato, participam da vida pública. Porém, não há lacuna.

Vivemos uma constante sobrecarga e desordem de informações. Quais são as vozes, portanto, que oferecem leituras conjunturais à grande audiência? A impressão é que o contexto atual está desprovido de escritores, jornalistas, professores etc.

Na falta de comprometimento com a envergadura moral da sociedade, outros ocupam o espaço. Esperar que os meios de comunicação ou a audiência voluntariamente ergam algum “iluminado” é patético. A ausência de empenho fomenta que figuras de uma estirpe duvidosa assumam a “vocação” de “guiar” o público, como é o caso de alguns religiosos e dos influencers. Sobressaem aqueles que aceleram a derrocada. O público parece buscar atalhos e respostas simples para a grave crise moral que nos encontramos. Há quem prefira dessa maneira. Todavia, é o que a coletividade realmente precisa? A resposta permanecerá igual, na ausência de um entendimento, enquanto alguns aguardam uma intervenção divina ou coisa assim.

Algumas das 256 imagens do livro foram premiadas
JÔ FOLHA

HORÓSCOPO

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Prática caracterizada por duas ou mais violações subsequentes da lei penal

O vidro de cantos cortados Jogo das oitavas do Mundial Sub-17 (2019)

Fazer dormir

(?) de Aquário, período astrológico

Região fértil do CE

Transporte típico das ruas de Lisboa (pl.)

Estado cortado pelo rio Araguaia (sigla)

A foto tirada com a câmera Polaroid

Picante Unidade de medida topográfica

A moeda do Japão Extrai; separa

Membrana dupla que reveste os pulmões

Foram homenageados em obra de Brecheret erguida no Parque do Ibirapuera (SP)

Recebem atendimento personalizado e exclusivo em bancos

Município do ABCD

ÁRIES:

21/03 a 19/04

Você terá grande prazer em ser útil e que a sua in uência possa ser sentida de maneira produtiva. Você vai sentir que as coisas se dispõem de seus recursos. Isso faz com que você se estresse. Diminua o ritmo.

LIBRA:

Cabaça do chimarrão Formiga, em inglês

Medida de remédios (pl.)

Bosque frutífero Substância usada em reatores nucleares (Quím.)

Bancos vendidos no "cicle"

Sinal (fig.)

Cumprimento Ponteiro do relógio

Divisão de tabuleiros Espécie de palmeira

Herói, em inglês Produto apícola

Marcha de carros Rock in Rio (sigla)

Lois (?), a musa do Super-Homem (HQ)

Unidade hereditária

(?) Parsons, ator de "The Big Bang Theory"

Mineral esverdeado usado em ornamentos

Decadência (fig.) Traços contínuos

O seu otimismo crescente faz você olhar o lado positivo. Festas estão no horizonte. Você deve se certi car de que não está sendo muito duro consigo mesmo. Você está cavando muito profundo em suas reservas.

Altar pagão Larva de mosca 3/ant — pie. 4/hero. 9/chanfrado. 11/instantânea.

Massoterapia oriental Torta, em inglês

Nome adotado por doze Papas (Catol.)

Que recuperaram a saúde

1.550, em romanos Retuíte (abrev.)

Palacete tradicional no Marrocos

A protagonista do processo penal

Alain Delon, ator francês

Sala 1

DEADPOOL & WOLVERINE (D) Quarta-Feira às 21h40min

UM LUGAR SILENCIOSO: DIA UM (Dublado) De quinta a terça-feira às 21h40min

MEU MALVADO FAVORITO 4 (Dublado) Diariamente às 17h

LUCCAS E GI EM: DINOSSAUROS (Nacional) Diariamente às 14h40min

MAXXXINE (Dublado) Diariamente às 19h20min

Sala 2

DEADPOOL & WOLVERINE (Legendado)

Quarta-Feira às 19h20min e 22h

TOURO:

- 22/10 20/04 - 20/05

ESCORPIÃO:

Os conselhos de outras pessoas lhe permitirão melhorar os seus planos para o futuro, então esteja pronto para ouvi-los. Seu estado de espírito está inclinando no sentido de ser casual e irre exivo. Você deveria descansar em casa.

GÊMEOS:

- 21/11 21/05 - 20/06 22/11 - 21/12

Júpiter o está guiando na direção certa e você terá a inspiração para nalizar as questões atuais. Apesar de sua tendência a pensar muito, você vai manter uma visão equilibrada, tomando um pouco de ar fresco.

CÂNCER:

Os esforços que você fez ontem fazem com que você se sinta leve e satisfeito. Seria bom diminuir o ritmo da sua vida doméstica. Pense nas suas prioridades; aproveite ao máximo as oportunidades disponíveis para você.

SAGITÁRIO:

Hoje o dia será muito animado. Os encontros serão agradáveis e reforçarão sua con ança. Você precisa encontrar um equilíbrio entre a re exão e a ação, entre a atividade física e o relaxamento. Ouça o seu corpo.

CAPRICÓRNIO:

21/06 - 22/07 22/12 - 19/01

Ao prestar mais atenção nas coisas essenciais, você será presenteado com oportunidades incomuns e positivas. No entanto, você vai ser muito rígido e intransigente com os outros. Você precisa encontrar um equilíbrio.

LEÃO:

Solução

Hoje é um dia bom para tudo relacionado com processos administrativos, legais e ociais - não perca a sua chance! Certas pessoas vão exigir muito de você, mas tenha certeza de que é capaz de fazer o que está assumindo.

AQUÁRIO:

23/07 - 22/08 20/01 - 18/02

O ambiente estará alegre e harmonioso. Você não cará decepcionado com aqueles que o rodeiam e festividades estão próximas. Você está cada vez mais em forma e cará satisfeito com seus esforços. Reduza o consumo de doces.

VIRGEM:

Você receberá uma notícia muito boa. Seu otimismo ressurgirá e lhe trará sorte! Você realmente deveria diminuir o uxo de pensamentos em sua cabeça e colocar tudo o que tem ponderado em espera. Você está perto do exagero.

PEIXES:

23/08 - 22/09 19/02 - 20/03

Uma discussão que você teve no mês passado está de volta para o primeiro plano. Será a hora de chegar ao centro da questão com o seu parceiro para resolver as coisas de uma vez por todas. Respire.

Você vai continuar vendo tudo como um desa o hoje. Você realmente acha que é bom olhar para as coisas desta forma? Sua energia é preciosa, não gaste mais nada, reserve para coisas realmente importantes.

MEU MALVADO FAVORITO 4 (D)

DIVERTIDA MENTE 2 (Dublado) De quinta a terça-feira, às 16h20min 18h40min, 21h, quarta-feira às 16h20min

DIVERTIDA MENTE 2 3D (Dublado) Diariamente às 14h

Sala 3

DEADPOOL & WOLVERINE (Dublado)

Quarta-Feira às 19h20min e 21h40min

MAXXXINE (Legendado) De Quinta a terça-feira às 21h30min

DIVERTIDA MENTE 2 (Dublado) De quinta a terça-feira às 14h30min, 16h50min e 19h10min. Quarta-feira às 14h30min e às 16h50min

Sala 4 MEU MALVADO FAVORITO 4 (Dublado) De quinta a quarta-feira às 14h20min, 16h30min, 18h35min e 20h40min. Quarta-feira às 14h20min e às 16h30min

DEADPOOL & WOLVERINE (Dublado) Quarta-Feira às 19h30min

DEADPOOL & WOLVERINE (Legendado) Quarta-Feira às 22h10min

Sala 5 HORA DO MASSACRE (Dublado) De quinta a terça-feira às 18h e às 20h Quarta-feira às 18h

TWISTERS (Dublado) Diariamente às 15h20min

TWISTERS (Legendado) De quinta a terça-feira às 22h

DEADPOOL & WOLVERINE (Dublado)

Quarta-Feira às 20H CINEART

Sala 1

DEADPOOL & WOLVERINE (Dublado)

Quarta-feira às 19h e 21h40min

DIVERTIDA MENTE 2 (D) De quinta a terça-feira às 14h, 16h10min, 18h20min e 20h30min. Quarta-feira às 14h30min e 16h50min

Sala 2

DEADPOOL & WOLVERINE (Dublado) Quarta-feira às 20h40min

De quinta a terça-feira às 14h20min, 16h30min, 18h40min e 20h50min. Quarta-feira às 14h20min, 16h30min e 18h40min

Sala 3

HORA DO MASSACRE (Dublado) Diariamente às 16h40min e 21h

TWISTERS (Dublado) Diariamente às 14h10min e 18h30min

Sala 4

DEADPOOL & WOLVERINE (Dublado) Quarta-feira às 20h10min

DIVERTIDA MENTE 2 (D) De quinta a terça-feira às 15h30min e 20h Quarta-feira às 15h30min

UM LUGAR SILENCIOSO: DIA UM (dublado) Diariamente às 17h50min

CINEFLIX

CÂMBIO

Cotação do dia 17/07

Dólar Comercial

Compra R$ 5,48

Venda R$ 5,48

Dólar Turismo

Compra R$ 5,51

Venda R$ 5,69

INDICADORES ECONÔMICOS

Euro Compra Turismo R$ 5,99

Venda Turismo R$ 5,99

Peso argentino

Compra R$ 0,006

Venda R$ 0,006

Peso uruguaio

Compra R$ 0,14

Venda R$ 0,14

Ouro Spot BM&F (grama) R$ 433,03 Comex (onça-troy) US$ 2.461,90

BOLSA DE VALORES

Cotação do dia 17/07 Ibovespa

SALÁRIO MÍNIMO

INDEXADORES DIVERSOS

UPF/RS (Unid. Padrão Fiscal) - 2024 R$ 25,9097

URM (Unid. de Ref. Municipal ) - Até outubro de 2024 R$ 151,74

INCC-M (Índ. Nac. de Custo do Mercado - FGV) - Maio 0,59%

UPC (Unid. Pad. de Capital)

URC (Unid. de Ref. de Custas)

R$ 24,38

R$ 49,19

SELIC (Sist. Esp. de Liq. e de Custódia) | Taxa anual: Julho: 10,50%

SELIC | Taxa mensal Junho: 0,79% / 1,00% (IRPF)

UIF/RS (Unid. Incentivo do Fundopem) - Julho R$ 34,90

ÍNDICES DE CORREÇÃO DE ALUGUÉIS

Percentuais para reajustamento de contratos de locação de imóveis residenciais e não residenciais

MÊS

AGROPECUÁRIA

AGRICULTURA

Arroz

INFLAÇÃO

PELOTAS | HOJE

MAX: 8º 11º 18º 21º

PELOTAS | AMANHÃ

Preços na Zona Sul* Variação De 24/06 a 02/07

R$ 117,30 o saco (50kg)

Soja R$ 126,00 a R$ 140,00 o saco (60kg)

Feijão R$ 300,00 a R$ 480,00 o saco (60Kg)

Milho R$ 54,00 a R$ 73,00 o saco (60kg)

Cenoura

R$ 120,00 a R$ 130,00 (caixa 20 quilos)

Batata doce Não divulgado

Morango Não divulgado

Mel a granel

PECUÁRIA

Boi gordo

R$ 6,00 a R$ 10,00 o quilo

R$ 7,00 a R$ 8,50 o quilo

Vaca gorda R$ 6,60 a R$ 7,80 o quilo

Terneiro

Ovelha

Cordeiro

R$ 8,00 a R$ 10,00 o quilo

R$ 6,00 a R$ 7,50 o quilo

R$ 8,00 a R$ 10,00 o quilo

Capão R$ 6,50 a R$ 8,00 o quilo

Leite

PESCA

Traíra

R$ 1,60 a R$ 2,90 o litro

R$ 8,00 a R$ 8,50 o quilo

Tainha R$ 7,00 a R$ 8,00 o quilo

Linguado R$ 20,00 o quilo

Corvina R$ 3,00 o quilo

Jundiá R$ 4,50 a R$ 5,00 o quilo

Camarão R$ 10,00 a R$ 30,00 o quilo

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Os cágados da praça Coronel Pedro Osório aproveitaram a chance de curtir uma rara aparição do sol.
JÔ FOLHA

A DOIS JOGOS DO ACESSO

Lobo espanta maldição dos pênaltis e avança à semifinal

Pelotas perde para o Glória, mas desta vez consegue a classificação nas penalidades e aguarda Inter-SM ou VEC para definir quem sobe

GUSTAVO PEREIRA gustavo.pereira@ahoradosul.com.br

Não há mal que dure para sempre. Foi no sufoco dos pênaltis, mas desta vez com final feliz e deixando para trás uma espécie de fantasma. Após duas temporadas de eliminações nas quartas de final da Série A-2 do Gauchão em decisões por penalidades, o Pelotas superou ontem o Glória por 3 a 2 nas cobranças da marca da cal. No tempo normal, o Leão da Serra venceu por 2 a 0 e igualou o placar agregado em Vacaria.

A equipe dirigida por Ariel Lanzini aguarda o confronto decisivo entre Inter-SM e Veranópolis para saber quem será o adversário no mata-mata que vale um dos acessos ao Gauchão 2025. Após empate sem gols na Serra, o Alvirrubro e o Pentacolor medem forças às 20h de hoje, no Presidente Vargas, em Santa Maria.

Em caso de classificação do Inter-SM , o jogo de ida da semifinal será na Boca do Lobo, provavelmente na noite de segunda-feiraa FGF não havia confirmado data e horário até o fechamento desta edição. Se o VEC avançar com vitória no tempo normal, o Pelotas também começa a eliminatória como mandante. Porém, caso a equipe serrana passe nos pênaltis, a definição dos mandos vai para os critérios de desempate.

Vantagem reduzida

Com o volante Alysson Caucaia de volta ao time titular no lugar de

Kriguer, o Pelotas viu sua vantagem diminuir após os 45 minutos iniciais no Altos da Glória. O primeiro tempo foi de domínio do Glória, que entrou em campo com duas mudanças na linha defensiva e uma troca no meio-campo em relação ao jogo de ida. Waldson, Magal e Marlon Bica iniciaram nas vagas de Wendel, Rômulo e Lucas Hulk. O Lobo sofreu para manter a posse de bola durante a etapa inicial. O adversário voltou a ter o atacante Vinicius Baiano, pela esquerda, como principal válvula de escape. Derrubado por Hélder, o camisa 7 gerou falta perigosa. Wilsinho cobrou rasteiro e mandou para fora. O mesmo jogador do Glória também finalizou aos 15, por cima após cobrança de falta na área. O cenário de manutenção da vantagem azul e ouro mudou aos 32 minutos. Adryel cometeu falta perto da linha lateral. A batida foi na primeira trave, a zaga não afastou e Vinicius Kiss, atento, mandou para as redes de perna direita. Em seguida, depois de reclamação do banco do

Pelotas por conta de objetos atirados da arquibancada, a partida parou durante quatro minutos. A Brigada Militar precisou interferir e conversar com o árbitro.

A paralisação ajudou a esfriar o ímpeto dos donos da casa e, antes do intervalo, o Áureo-Cerúleo conseguiu levar perigo ao rival. Aos 48, Wagner Echevarria viu toque de mão de Yuri após escanteio. No lance ofensivo, o zagueiro do Lobo desviou e a bola se ofereceu a Warlei, que devolveu para o meio da área, onde o defensor completou para as redes. O gol foi anulado, causando reclamação do Lobo.

Glória iguala no agregado

Carlos Moraes mexeu no Glória para os 45 minutos decisivos. Saiu Wilsinho e entrou Xandy. E não demorou para a vantagem áureo-cerúlea sumir de vez. Gabriel Barcos, que recém havia entrado, levantou na área. Vinicius Kiss, de novo ele,

se infiltrou entre os zagueiros para desviar de cabeça no canto e igualar o agregado. Eram 17 minutos. Bastou o segundo gol do Leão da Serra acontecer para o Lobo mudar de postura. Um cruzamento de Fauver Frank foi afastado pela zaga, gerando escanteio. No rebote da cobrança do tiro de canto, Christianno soltou um foguete do meio da rua. A bola explodiu no travessão aos 20 minutos.

Pelotas cresce mas não marca

Com tudo igual na eliminatória, o jogo ficou mais equilibrado. Ariel Lanzini não havia mexido no Pelotas e promoveu as primeiras substituições aos 31. Saíram Caucaia e Fauver Frank para os ingressos de Kriguer e Clayton. O primeiro lance depois das trocas foi uma ocasião claríssima desperdiçada. Marcelinho cobrou falta na direção de Yuri, que ajeitou de cabeça para o meio. Livre, Hélder se atirou para

Léo Ferraz converteu a última cobrança
FOTOS LUCAS RHAMON ECP

finalizar e parou em grande defesa de Jorge. O momento passou a ser do Lobo. Na sequência, Adryel teve espaço e arriscou de muito longe. Outra vez o goleiro do Glória salvou seu time, buscando o chute no alto. Momentos mais tarde, Clayton sofreu falta perto da área. Yuri cobrou direto mas a bola subiu demais. A resposta do time de Vacaria veio em seguida, aos 40. Rafael Compri cruzou e ninguém apareceu para completar. Com 2 a 2 no agregado, a decisão foi para os pênaltis.

Pênaltis

Rômulo, ex-dupla Bra-Pel, converteu a primeira batida para o Glória mesmo com Allan Thiago acertando o canto. Vitor Júnior chutou forte, mas carimbou o travessão. Para sorte do Lobo, Gabriel Barcos mandou longe do gol, para fora. Só que Christianno não aproveitou: o camisa 8 bateu para defesa de Jorge.

Em seguida, apareceu Allan Thiago. O goleiro do Pelotas caiu para o lado direito e espalmou o pênalti de Xandy. A terceira batida do Áureo-Cerúleo foi a terceira de um canhoto. Mas Adryel mostrou tranquilidade para deslocar o goleiro e fazer o primeiro do Lobo. Com três cobranças para cada time, o placar era de 1 a 1. Então, o zagueiro Waldson isolou, deixando o Azul e Ouro em vantagem. Era necessário converter o quarto pênalti, e Yuri bateu muito bem, deslocando Jorge com chute no alto. Autor dos dois gols do Glória no tempo normal, Vinicius Kiss não podia errar para

não sair como vilão. Allan Thiago quase pegou, mas a bola entrou. Coube ao garoto Léo Ferraz a responsabilidade de fi nalizar a disputa. O atacante que encerrou a sina de penalidades desperdiçadas pelo clube bateu rasteiro. Jorge não conseguiu defender e o Pelotas segue vivo, a dois jogos de voltar à elite do futebol do Rio Grande do Sul.

PLACAR | AGENDA

DIVISÃO DE ACESSO QUARTAS DE FINAL

JOGOS DE VOLTA

QUARTA-FEIRA

Glória 2 (2) x (3) 0 Pelotas* (agregado: 2 x 2)

Monsoon* 2 x 1 União-FW (agregado: 3 x 1) * Classi cados

QUINTA-FEIRA

19h | Passo Fundo x Lajeadense (ida: 0 x 1) 20h | Inter-SM x Veranópolis (ida: 0 x 0)

CRUZAMENTOS DAS SEMIFINAIS

Pelotas x Veranópolis ou Inter-SM

Lajeadense ou Passo Fundo x Monsoon

2 0 x

GLÓRIA PELOTAS

FICHA TÉCNICA

Glória (2): Jorge; Rafael Compri, Léo Kanu, Waldson e Magal (Rômulo, 15’ 2T); Marlon Bica (Lucas Hulk, 31’ 2T), Daros e Vinicius Kiss; Wilsinho (Xandy, intervalo), Vinicius Baiano (Guilherme, 39’ 2T) e Wesley Pacheco (Gabriel Barcos, 15’ 2T). Técnico: Carlos Moraes.

Roger Machado troca Juventude pelo Inter

Em 35 jogos pelo Papo, técnico somou 12 vitórias 13 empates e dez derrotas

Pelotas (0): Allan Thiago; Hélder, Yuri, Heverton e Adryel; Alysson Caucaia (Kriguer, 31’ 2T), Christianno, Vitor Júnior; Marcelinho (Léo Ferraz - 49’ 2T), Fauver Frank (Clayton, 31’ 2T) e Warlei. Técnico: Ariel Lanzini.

Gols: Vinicius Kiss, aos 31’ 1T e aos 17’ 2T.

Cartões amarelos: Vinicius Kiss (G); Vitor Júnior e Adryel (P).

Árbitro: Wagner Echevarria.

Local: estádio Altos da Glória.

Treinador deixa delegação alviverde em Brasília e já deve estrear sábado no Colorado

REDAÇÃO jornalismo@ahoradosul.com.br

Roger Machado está trocando o Juventude pelo Internacional. O treinador de 49 anos aceitou a proposta colorada, e o clube da Serra oficializou a saída do profissional durante a manhã de ontem. Até o fechamento desta edição, entretanto, os porto-alegrenses ainda não haviam oficializado o acordo com o escolhido para substituir Eduardo Coudet. Em 35 jogos pelo Papo, Roger somou 12 vitórias, 13 empates e dez derrotas. Ele deixou ontem o hotel onde a delegação da equipe está concentrada em Brasília para ir a Porto Alegre. O Juventude eliminou justamente o Internacional da Copa do Brasil e, terça, empatou com o Atlético Mineiro no Mané Garrincha, onde pega o São Paulo no domingo. Segundo o jornalista Bruno Mucke, da Rádio Caxias, o treinador avisou a direção alviverde na

manhã de quarta sobre a decisão de trocar de clube. O Inter pagará a multa rescisória de R$ 1 milhão para contratar Roger. Ainda conforme Mucke, o novo técnico do Juventude deve ser Jair Ventura, que já comandou o time em 2021. A estreia de Roger Machado deve ser já neste sábado, às 18h30min, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão. Na terça, a missão será reverter em casa a derrota sofrida fora por 1 a 0 para o Rosario Central, pela Sul-Americana.

AGENDA

SÉRIE B

16ª RODADA | HOJE

20h | Vila Nova x Santos 21h | Novorizontino x Chapecoense

COPA SUL-AMERICANA REPESCAGEM (IDA)

19h | Palestino (CHI) x Cuiabá 21h30min | Cerro Porteño (PAR) x Athletico Paranaense LDU (EQU) x Always Ready (BOL)

FERNANDO ALVES | ECJ
Lobo de Fauver Frank (foto) espera de nição de Inter-SM e Veranópolis, que se enfrentam nesta noite

Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Fechamento da edição: 21h30min

Lucão comemora boa fase no ataque do Brasil na Série D

9 abriu

Avenida na Baixada

Reencontro com Alessandro Telles

MÍN: 8º | MÁX: 18º

Centroavante marcou quatro gols nos últimos cinco jogos, se tornando artilheiro do Xavante no ano

FERNANDO RASCADO fernando.rascado@ahoradosul.com.br

OBrasil encontrou em Lucão o centroavante que tanto procurava. Desde a chegada, o camisa 9 anotou quatro gols em sete jogos, todos eles nas últimas cinco rodadas, mesmo período em que Marcelo Caranhato assumiu como técnico. Sempre que o atleta balançou as redes, o Xavante não perdeu. Se neste domingo o histórico for mantido, o Rubro-Negro estará garantido na segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. Tímido na frente dos microfones, o artilheiro concedeu entrevista coletiva, ontem, no Bento Freitas. Ele compartilhou o mérito de sua fase com o treinador e os colegas. “O Caranhato é um baita treinador. Ele dá uma confiança para a gente. É o que quem está jogando precisa. Os gols vêm saindo naturalmente, muito fruto de trabalho coletivo. O time é muito bom e eu só estou aproveitando as oportunidades”, disse.

Em 2022, Lucão anotou cinco

gols pelo Manthiqueira (SP), mas em 13 jogos. No ano passado, fez o gol decisivo do acesso à primeira divisão estadual do Guarany de Bagé. Mesmo com os bons momentos recentes, o centroavante de 24 anos acredita estar em seu ano de maior sucesso. “É minha melhor temporada. Me sinto bem, mais confiante. O professor me ajuda muito no dia a dia e nos jogos. Me deixa mais leve”.

Parceria com Matheus

Guimarães

Em sua estreia com a camisa do Brasil, Lucão entrou no segundo tempo no lugar de Matheus Guimarães na derrota por 2 a 0 para o Avenida. A partir dos jogos seguintes, eles começaram a atuar juntos. A dupla teve um rápido entendimento dentro de campo. “O Matheus tem um baita recurso. Tanto eu como ele temos as mesmas características, de jogar de costas e ser solidário. A gente tenta sempre ajudar para criar jogadas. Escorar, [deixar] a casquinha também. É bom pra caramba jogar com ele”, afirmou. O time do Brasil passou por outras alterações desde a última mudança de técnico. A produção ofensiva da equipe cresceu, principalmente em jogadas pelos lados, ajudando o camisa 9. “A forma que a gente joga favorece bastante o meu estilo de jogo. Um jogo mais rápido pelas laterais. Estar fazendo gol para mim é o que importa. Uma baita visibilidade para mim”, destacou.

Lucão foi contratado pelo Brasil por indicação de Alessandro Telles, com quem tinha trabalhado no Guarany. Porém, a parceria durou apenas uma partida. Após a derrota para o Avenida o treinador pediu demissão. Por ironia do destino, Lucão reencontrará Telles neste domingo, mas em lados opostos e valendo vaga na segunda fase da Série D. O ex-técnico xavante acertou justamente com o Concórdia. O jogador agradeceu pela oportunidade de estar hoje no Brasil, mas ressalta que dentro de campo sua equipe precisa vencer.

Lucão chegou ao Brasil por indicação de Alessandro Telles

“Trabalhei com o Alessandro no ano passado. Subimos com o Guarany. Agradeço a ele pela oportunidade de vir para cá, ele que me indicou. Tenho um enorme respeito por ele, mas domingo não tem jeito. Tem que jogar contra ele e ganhar”, completou.

AGENDA

SÉRIE D | 14ª RODADA

GRUPO A8

DOMINGO

16h | Brasil x Concórdia

Cascavel x Avenida

Novo Hamburgo x Barra

Hercílio Luz x Cianorte

Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com muitas nuvens.

Agustin Milar

sai no

BID e pode estrear pelo Rubro-Negro

Filho do ídolo Claudio Milar fica à disposição para jogo de domingo contra o Concórdia

Meio-campista uruguaio treina desde abril com o elenco

GUSTAVO PEREIRA gustavo.pereira@ahoradosul.com.br

Agustin Milar, 20 anos, está à disposição para estrear pelo Grêmio Esportivo Brasil. O filho do ídolo Claudio Milar teve o nome publicado ontem no Boletim Informativo Diário (BID) Assim, o meio-campista uruguaio pode ser relacionado para o jogo de domingo, às 16h, con-

Pelotense

tra o Concórdia, pela 14ª e última rodada da primeira fase da Série D do Brasileirão. Ele treina com o elenco xavante desde 8 de abril e, apesar da regularização, ainda assina vínculo não profissional junto ao clube.

Antes de chegar ao Bento Freitas, o jovem uruguaio estava atuando nas categorias de base do Club Atlético Ituzaingó, da cidade de Maldonado, próxima a Punta del Este.

Antônia Dieguez, de nove anos, vai competir em Tóquio na próxima semana

GUSTAVO PEREIRA gustavo.pereira@ahoradosul.com.br

Apelotense Antônia Dieguez Rodrigues, de apenas nove anos, está em Tóquio para disputar a sexta edição da JKS Karate-do Internacional Cup. A competição no Japão acontece nos dias 25 e 26 deste

mês com organização de uma entidade japonesa da arte marcial. A delegação brasileira é composta por 57 atletas. Antônia é a única gaúcha. No Ginásio Nacional Yoyogi, a pequena atleta vai participar das categorias kata e kumitê de forma individual e por equipes.

Mais voltado à parte técnica, o kata envolve movimentos pré-determinados, com táticas de postura, controle da respiração e concentração. Já o kumitê é o combate com interações, praticando golpes e reagindo aos movimentos do atleta oponente na luta.

JÔ FOLHA
Camisa
o placar contra o
GABRIEL XAVIER ANTÔNIA DIEGUEZ

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