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Rio começa a baixar e retorno à casa deve ser entre hoje e sábado

Depois do ciclone, região terá pelo menos sete dias sem chuva. Dias serão marcados pelo frio típico da estação. Condição favorece retorno da normalidade nos mananciais

VALE DO TAQUARI

Avolta ao nível normal no Rio Taquari será mais lenta do que foi a elevação das últimas horas. Tudo por conta do volume de água no Rio Jacuí. Na região, o acompanhamento das réguas físicas e da análise do CRPM indicavam queda no volume já pelo início da tarde. Para estabilizar no Porto de Estrela, são cerca de 4 horas até 6 horas depois. Com isso, a previsão da Defesa Civil é que as famílias poderão retornar para casa entre hoje e amanhã. Pela análise da coordenação regional, o preparo para atender famílias ribeirinhas evitou prejuízos e riscos.

Conforme Rivelino Jacques, as pessoas estavam devidamente alojadas e recebendo alimentação. “A situação foi tranquila. Os municípios tinham equipes e veículos disponíveis. Conseguiram agir de maneira preventiva.”

De acordo com ele, essa resposta se comprovou no contato com as pessoas. “Não houve reclamações.

Em poucos casos precisamos do reforço dos bombeiros, por exemplo”. Pela previsão do tempo, hoje alguns pontos mais altos da região podem registrar mínimas de 4°C.

Influência do El Niño

Este inverno será de frio abaixo da média à estação, com muita chuva e umidade. Tudo por conta do fenômeno El Niño. Com o aquecimento do Oceano Pacífico Equatorial, a região sul do hemisfério costuma ter mais precipitações. chuva acima da média em agosto, setembro e outubro. “É muito difícil prever quantas enchentes vamos ter. Mas, essa foi a primeira e não será a última do ano.”

A condição climática interfere sobre o avanço das massas de ar frio sobre o continente, porém, não impedirá momentos típicos da estação, com geadas, nevoeiros e temperaturas próximas a 0°C. Inclusive a Sala de Situação, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) adverte para ocorrências mais frequentes de ciclones extratropicais.

Fenômenos típicos da Região Sul do Brasil, são mais comuns quando existe a influência do El Niño.

Pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), da Secretaria da Agricultura, o inverno mais quente e úmido implica em risco elevado para episódios severos, com queda de granizo, fortes rajadas de vento e volumes altos de precipitações.

Como a bacia do Taquari abrange diversas regiões, por vezes podem ocorrer inundações mesmo com baixos volumes sobre a região. “Quando tivermos o solo está molhado, com os rios e arroios em níveis mais altos, qualquer água que descer das cabeceiras pode causar novos transbordamentos.”

O coordenador da Defesa Civil, Rivelino Jacques, realça que a Sala de Situação da Sema informa os municípios para acumulados de

Essa situação, afirma, requer atenção e monitoramento constante. Conforme Jacques, é fundamental que a população esteja em alerta e preparada. Junto com isso, destaca o papel das autoridades para garantir um atendimento preventivo. O último El Niño com transtornos mais intensos sobre a região foi entre 2015 e 2016. Causou danos e prejuízos, com cheias e inundações. Entre o fim de junho e julho, os acumulados de chuva passaram dos 400 milímetros. Mais do que o dobro da média para o período. No primeiro semestre daquele ano, choveu mais de 1,2 mil milímetros e trouxe uma sequência de enchentes pelo Vale do Taquari. O Núcleo de Informações Hidrometeorológicas da Univates (NIH) ressalta que há um risco iminente de cheias no Vale do Taquari nos próximos meses, em especial de setembro a novembro.

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