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In ação e perspectivas

As perspectivas sobre a inflação, juros e endividamento das famílias foram temas de debate na manhã dessa sexta-feira. Cerca de 120 empresários, líderes de setores, produtores rurais e diretores da Sicredi Integração RS/MG participaram do Café da Manhã com a palestra do economista André Nunes de Nunes.

Com o cenário mundial de au- mento dos juros, o momento é de ajuste, diz. “Há um surto inflacionário no mundo. O Brasil se beneficiou ao longo dos últimos meses, pois entendemos mais de inflação que outras nações com economias mais estáveis.”

Pelos indicadores, avalia Nunes, na média haverá um crescimento mais modesto neste ano, e em 2024 também. A média, será de 1,4% de avanço no Produto Interno Bruto nos blocos dos EUA, Zona do Euro, América Latina e Ásia.

A China é a única que destoa. Com um avanço que pode chegar a 4,5%. “O cenário externo está mais desfavorável ao Brasil. Muito pela perda de força da economia. Isso pode provocar um enfraquecimento na demanda por exportações.”

Ainda assim, Nunes afirma: “não se trata de uma crise. Teremos um momento de estagnação. Algo cíclico frente a tantas mudanças abruptas no mercado.”

O encontro faz parte do Café com Integração. Conforme o presidente da Sicredi, Adilson Metz, o evento tem como objetivo apresentar o cenário econômico para os próximos meses e auxiliar os associados a tomarem as melhores decisões.

Política econômica

O arcabouço fiscal aprovado pelo governo no Congresso e o avanço para um novo marco tributário são indicativos positivos para os negócios, avalia o economistachefe do sistema Sicredi. Para Nunes, aos poucos a desconfiança do empresariado com a mudança no modelo político fica para trás.

“Por mais que o novo arcabouço fiscal não seja o ideal, ele traz previsibilidade e referência. Isso contribui para a redução do risco em curto prazo”. Para o analista, a inflação no país deve ficar dentro de 3 a 4%, com uma queda do juros, a partir dos próximos meses.

Quanto à reforma tributária, realça que ainda há mudanças previstas no texto. Ainda assim, tratase de um sistema com potencial de desburocratizar o emaranhado de impostos.

Prestação de contas

A cooperativa Sicredi Integração RS/MG também apresentou números da gestão, planos de obras e estratégias de expansão. De acordo com o presidente, Adilson Metz, a regional fechou o primeiro semestre com quase R$ 50 milhões de sobras acumuladas.

São cerca de R$ 385,5 milhões de patrimônio líquido e mais de R$ 67 milhões de capital social, administrando R$ 4,9 bilhões de recursos totais. Hoje, a instituição tem mais de 80 mil associados e 27 agências em operação. A Sicredi conta com cerca de 400 colaboradores, com presença em 11 municípios gaúchos e 26 em Minas Gerais.

Variação do PIB nos últimos trimestres e a previsão

Perspectivas, riscos e oportunidades foram apresentadas durante encontro nessa sexta-feira promovido pela Sicredi Integração RS/MG, em Lajeado

Cenário econômico nacional

13,75%

9,5%

3,2%

Entrevista

And R é n unes de n unes • economista-chefe do sistema sicredi

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