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o atacado e o varejo”

A Hora: Por que este modelo se tornou interessante para clientes e empresas tradicionais do ramo supermercadista?

Fernanda Sindelar: Para os clientes, caiu no gosto porque alia dois conjuntos em um único lugar: o atacado e o varejo. O público consegue adquirir, em um mesmo lugar, produtos unitários ou em maior volume, o que permite a redução dos preços. Já as empresas conseguem atrair diferentes consumidores em uma única estrutura, e com custos mais enxutos do que se tivessem estabelecimentos separados.

AH: Como estes estabelecimentos conseguem fidelizar clientes?

Fernanda: Eles criam seus próprios cartões de desconto, cashback ou possibilidade de parcelamentos, oportunizando um “financiamento” direto das famílias, que muitas vezes não possuem cartão de crédito ou outras possibilidades de parcelamento de contas via instituições financeiras tradicionais. fluxo de pessoas aumentou e temos clientes de outras cidades da região alta do Vale frequentando o Desco”, enfatiza.

AH: Qual o impacto do surgimento de novos atacarejos uma região como o Vale?

Fernanda: Como as pessoas procuram esses estabelecimentos para aquisição de produtos por menor preço, embora com menor oferta, eventualmente observamos um pior desempenho das redes locais menores, que acabam por ter suas vendas reduzidas ou tendo que atender nichos com produtos diferenciados ou mais locais, pois as redes em geral ofertam marcas globais.

Nova opção

Presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo avalia que o “boom” dos atacarejos beneficia o setor mercadista como um todo, ao trazer mais opções para os clientes. Lembra, no entanto, que são empreendimentos que exigem altos investimentos.

“Chega a ser 10 vezes superior ao de um supermercado de bairro. É um formato que requer vendas em volume e um custo operacional baixo. Entendemos o atacarejo como uma nova opção aos consumidores, em mais um formato que está à disposição dos diferentes públicos. Ele está se adaptando e criando sua própria identidade”, frisa.

Num contexto onde muitas famílias tiveram perda no poder de compra, Longo entende que a migração para produtos mais baratos é natural. “Quem manda na cesta de compra é a renda. Infelizmente, os índices inflacionários que reajustam os salários não acompanham o aumento no custo de vida das pessoas e essa defasagem pode ser sentida nas lojas”.

Complexo comercial

Até o fim de 2024, deve iniciar, em Lajeado, as operações do Via Atacadista, bandeira do Grupo Passarela, de Santa Catarina. O anúncio do investimento foi feito durante visita do diretor da empresa, Alexandre Simioni, ao município no começo do mês. O estabelecimento ficará junto a um complexo comercial, a ser construído no campo do antigo estádio do Lajeadense.

A ideia é que o empreendimento ocupe também a área do ginásio da Associação de Moradores do Bairro Florestal. Tratativas com o município estão em andamento. “Queremos fazer uma loja acessível para toda a população, com produtos de qualidade e preços atrativos”, afirmou Simioni, em entrevista recente ao Grupo A Hora.

Licença emitida

A Rede Comercial Zaffari, de Passo Fundo, recebeu, nessa sexta-feira, 21, a licença de instalação da unidade Stok Center em Venâncio Aires. O documento foi emitido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Com isso, a empresa pode iniciar as obras no terreno de 30 mil metros quadrados, localizado ao lado do ginásio poliesportivo no Parque do Chimarrão.

O secretário de Meio Ambiente, Nilson Lehmen, relatou que a licença era o último documento que faltava para a empresa iniciar a edificação. O prédio da Stok

Center terá 10,8 mil metros quadrados. A carta-proposta encaminhada ao município indica fatura- mento mensal de R$ 5 milhões na unidade e criação imediata de 70 empregos diretos.

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