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MOVIMENTO REGIONAL
MOVIMENTO REGIONAL
Decisão se soma aos movimentos de empresas da região, que projetam novos investimentos e encorajam outros negócios a manterem suas atividades
Depois de um período de inatividade por conta da enchente histórica do começo do mês, projetos especiais voltam à grade de programação do A Hora, em diferentes plataformas. Atividades presenciais, como o Circuito dos Va-
les, também já contam com data para retorno. Um dos objetivos da rápida retomada é o de estimular empresas que passam por momentos de dificuldade a investirem para gerar emprego e renda e fortalecerem a economia local.
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NOVA GERAÇÃO
Estrela projeta divisórias em seis abrigos
Instalação deve atender mais de 200 famílias em ginásios municipais. Cheias do Taquari deixaram milhares de pessoas desalojadas.
A queda de estruturas durante os temporais no início do mês leva ao caos logístico na região. Um dos pontos mais críticos é entre Arroio do Meio e Lajeado. Recurso anunciado pela União permite ainda a reconstrução de acessos em Canudos do Vale, Forquetinha, Marques de Souza e Travesseiro.
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Após 21 dias, pessoas seguem sem água e luz
Docile apresenta potencial nos EUA
Logística
regional precisa de agilidade e efi ciência
Asituação das estradas no Rio Grande do Sul, em especial no Vale do Taquari, é crítica. A região calcula 13 pontos com bloqueios em rodovias. O caos logístico sobre o RS exige uma ação conjunta. Municípios, Estado e União mapeiam locais deteriorados e encaminham força-tarefa à reconstrução.
Essas interrupções nas estradas interferem na vida das comunidades e também é uma barreira para a recuperação econômica. Dificultam o transporte de mercadorias e de pessoas, além de isolarem comunidades.
Cada ponto fechado é um projeto de engenharia que precisa ser gerenciado para garantir que a infraestrutura seja restaurada de maneira eficiente e segura, principalmente nas pontes.”
Cada ponto fechado é um projeto de engenharia que precisa ser gerenciado para garantir que a infraestrutura seja restaurada de maneira eficiente e segura, principalmente nas pontes. Além disso, ser construído de forma rápida. Algo que na história do país e do Estado ainda não aconteceu. Além disso, os bloqueios têm implicações econômicas. O estado do RS representa pouco mais de 6% do PIB brasileiro. Com a grande avaria causada pelas inundações e deslizamentos, a economia local e regional é seriamente afetada. As interrupções no transporte dificultam o comércio, atrasam a entrega de bens e serviços, e reduzem a produtividade.
Em cima disso, a necessidade de reconstrução precisa canalizar avanços na infraestrutura e no planejamento urbano, com objetivo de construir estradas mais seguras, resilientes e eficientes.
- RS
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necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão: gráfica Gazeta do Sul
“É
HenriqueArend,40anos,éempresárioepresidentedaAssociaçãoComercialeIndustrialde MarquesdeSouza(Acimas).Seuempreendimentofoiseveramenteatingidopelarecente enchentequeassolouaregião.Mesmodiantedosprejuízos,Arenddecidiumantertodosos funcionáriosecontinuaroperandosuao cina,queestáinstaladanomunicípiodesde2013
tar. Já percebemos que a rotina e o formato dos serviços vão mudar.
De que forma seu empreendimento foi afetado, quais foram os estragos?
A oficina foi severamente afetada. A água invadiu cerca de dois metros do prédio, danificando portas, cercas e resultando na perda de peças e ferramentas. Nos primeiros dias chegamos aqui e limpamos tudo. Temos muitas coisas para refazer, mas aos poucos vamos recomeçar. Não temos escolha.
E a decisão de reabrir o negócio?
Apesar do prejuízo, decidimos reabrir. Este é um momento difícil, mas exige adaptação, força e reconstrução. Teremos que alterar muitas coisas no sistema de trabalho, na jornada, se superar. Faz semanas que decidimos vol-
Como a associação comercial está acompanhando este momento?
Estamos mobilizando esforços para apoiar todas as empresas afetadas pela enchente, discutindo medidas de apoio junto ao governo para a recuperação econômica. Vamos precisar da ajuda de fora para reerguer as empresas, com créditos, juro zero. Caso contrário muitos negócios não vão conseguir reabrir.
Quais os maiores impactos na cidade?
Além das empresas inundadas, o maior impacto é a interrupção logística com Travesseiro. Isso dificultou a chegada de funcionários e mercadorias, afetando muitos negócios. Sem contar que o transporte de peças entre Estrela e Lajeado está muito defasado, as coisas demoram
para chegar aqui.
A associação vai manter a campanha?
Sim, decidimos manter a campanha Nota da Sorte, distribuindo premiações em valecompras para incentivar a economia local. É uma forma de estimular as pessoas comprarem aqui e movimentar a economia do município, que também vai sentir. Ao longo do ano faremos três sorteios ainda.
E daqui para frente?
Olha, vejo que é momento de unir esforços em torno da nossa reconstrução. Marques de Souza sentiu bastante o impacto, foi assim em 2010. Vejo que muitas pessoas estão liderando os esforços de recuperação, demonstrando resiliência e determinação diante dos desafios enfrentados pela comunidade empresarial. Temos que agradecer também a chegada de muitos voluntários, pessoas que vierem de longe e se dispuseram a ajudar nossa cidade neste momento desafiador.
Ainda são 77 bloqueios em 46 rodovias gaúchas. No Vale do Taquari, EGR lança edital para reconstruir ponte sobre a ERS-130, entre Arroio do Meio e Lajeado
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Ocaos logístico sobre o RS exige uma ação conjunta entre governos jamais vista. Municípios, Estado e União mapeiam locais deteriorados e encaminham força-tarefa à reconstrução. Conforme levantamento preliminar do governo gaúcho, os prejuízos em estradas e pontes se aproximam de R$ 3 bilhões. De acordo com o secretário de Logística e Transportes (Selt), Juvir Costella, foram organizados diversos grupos de trabalho para conseguir dar o mínimo de condições de tráfego para veículos e pedestres.
Até o momento, mais de 70 trechos de pelo menos 30 rodovias do Estado foram liberados. No pior momento desde o começo das chuvas, foram 170 bloqueios em 79 pontos de 97 municípios. Pelo acompanhamento da Selt, hoje são 77 trechos com bloqueios totais ou parciais em 46 rodovias. Nesta lista, estão rodovias, pontes e transportes por balsas. “Mais de 90% dos municípios gaúchos foram prejudicados pelas chuvas e inundações. Então, as rodovias de todas as regiões têm algum grau
Para garantir a circulação entre Lajeado e Arroio do Meio, o Exército instalou passadeiras. Reconstrução da Ponte de Ferro tem R$ 6,7 milhões de verbas federais. Na passagem da ERS-130, Estado lança leilão
de dano”, ressalta o secretário. No Vale do Taquari, contando rodovias do Estado e a BR-386 são 13 pontos com restrição de tráfego. Duas estão entre as mais graves, com interrupção total, são: a ponte entre Arroio do Meio e Lajeado, pela ERS-130, e também na ERS-287, entre Mariante e Taquari.
“Estamos com uma interlocução direta com prefeitos das regiões afetadas pela maior tragédia ambiental da história. Nosso trabalho é ter um diagnóstico preciso sobre os dados para assim termos assertividade nas ações de reconstrução das estradas e pontes”, afirma Costella.
Trechos críticos
Um dos mais afetados fica em Vila Mariante. A circulação de veículos está totalmente interrompida. A liberação parcial deve ser só na primeira semana de junho. São seis quilômetros de asfalto destruído.
A rodovia é concedida à iniciativa privada. A Rota de Santa Maria estima que a recuperação desde Tabaí até Santa Maria, deve levar pelo menos um ano.
Na rodovia, a informação positiva foi a condição da ponte. A partir da análise do setor de engenharia da concessionária, os pilares resistiram à força da água e não comprometeram as condições de tráfego.
Já entre Arroio do Meio e Lajea-
Municípios
Todas as cidades da região apresentam danos nas estradas vicinais. Algumas em menor escala, onde trabalhos pontuais de manutenção proporcionam condições de trafegabilidade. Os pontos mais críticos são em pontes. Conforme o secretário de Comunicação Institucional da Presidência da República, Maneco Hassen, os prefeitos cadastram as passagens destruídas e danificadas. Até o momento, confira as aprovadas:
Canudos do Vale
R$ 3,2 milhões
Forquetinha
R$ 3,7 milhões
Arroio do Meio/Lajeado (Ponte de Ferro)
R$ 6,7 milhões
Marques de Souza/ Travesseiro
R$ 4,1 milhões
do, a ponte sobre o Rio Forqueta precisará ser reconstruída. Nessa segunda-feira, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) iniciou o processo para a obra.
Pela necessária agilização do processo, foi autorizada a dispensa de licitação. Será feito um leilão. A abertura das propostas está marcada para a próxima semana, dia 27, às 10h. Os critérios de julgamento levam em consideração o menor preço, preferencial Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).
A estimativa é que o contrato seja assinado em junho, com seis meses de execução. Dessa forma, a EGR estima entregar a nova
Federal BR-386
Pouso Novo
Pare e siga Queda de barreira
Lajeado
Ponte Seca
Parcial (trânsito no contrafluxo pela pista sentido capital)
Lajeado-Estrela
Ponte sobre o Rio Taquari
Parcial (trânsito no contrafluxo. Duas pistas no sentido capital. Uma pista no sentido interior)
Estrela (Fábrica de rações)
Bloqueio em uma pista Manutenção após alagamento
Fazenda Vilanova
Parcial em uma pista Interdição para reforma
ponte em dezembro.
O acesso para Colinas, pela ERS-129, se tornou a principal rota de ligação com a parte alta do Vale. A entrega de itens de primeira necessidade para Roca Sales, Encantado e Muçum passam por esse trecho.
Como a passagem está danificada, nesta semana o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) fechou a passagem para manutenção. A interrupção começou nessa terça-feira, 21.
O trabalho das equipes ocorre das 9h às 12h e das 14h30min às 17h30min. A mesma programação continua na quarta, 22, quinta, 23, e sexta-feira, 24.
Estaduais
ERS-129
Colinas
Pista bloqueada para manutenção
Muçum
Bloqueio total
Queda da pista
ERS-332
Encantado (dois pontos)
Bloqueio parcial
Erosão do asfalto
Trânsito em meia pista
Ponte
Cabeceira desmoronando
Trânsito em meia pista
Limite no peso (caminhões até 57 toneladas)
ERS-130
Arroio do Meio
Bloqueio total Ponte sobre o Rio Forqueta caiu
Venâncio Aires
Bloqueio total Erosão na pista
Taquari
Bloqueio parcial
Entulhos na pista
RSC-453
Westfália (dois pontos)
Bloqueio parcial no acesso a Imigrante
Bloqueio parcial devido a queda de barreiras (km 66)
De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), fora dos horários de bloqueio, o tráfego segue normal.
No Vale do Taquari, a única rodovia federal, a BR-386, teve diversos danos. Da serra de Pouso Novo até Forquetinha, a CCR ViaSul mantém equipes de manutenção. Houve queda de barreiras.
Épreciso falar mais sobre o sofrimento de diversas famílias no Vale do Taquari. Após 21 dias do início da maior enchente já registrada no Vale do Taquari, centenas de pessoas ainda esperam o retorno do abastecimento de água e energia elétrica em suas residências, propriedades rurais ou comércios. É preciso destacar, sim, o esforço unilateral e incansável das
empresas responsáveis pelos serviços básicos. Vivemos em um cenário de guerra, com uma dificuldade de logística jamais verificada em nossa história. Sem falar em toda a destruição e prejuízos gerados às próprias concessionárias. Ao mesmo tempo, porém, não é permitido esquecer ou pormenorizar essa triste realidade. É preciso cobrar de forma insistente a reconexão dessas famílias com a dignidade.
O governo estadual, o governo federal e muitos governos municipais falham e vão falhar diante de catástrofes naturais. Ora por ineficiência, ora por despreparo, e ora por “culpa” única da mãe natureza. E é fundamental cobrar melhorias contínuas e eficientes. Mas é preciso cuidado na hora de apontar culpados. E mais cuidado ao interpretar posicionamentos e respostas aos fenômenos climáticos que, só nos últimos oito meses, mataram mais de duzentos gaúchos. Não é hora de lacrar, de politizar, e tampouco de se alimentar com manchetes salientes, maliciosas e distorcidas. Acima de tudo, é preciso uma reflexão interna por parte de cada gaúcho e gaúcha
atingidos ou não pelas enchentes e deslizamentos de terra que assolaram o Rio Grande do Sul. Afinal, qual é a sua parcela de culpa? O que você não fez – ou deixou de fazer e cobrar– nos últimos tempos com relação a esta “nova agenda” que hoje percebemos tão fundamental na ordem do dia? E o principal: o que posso fazer a partir de hoje para melhorar o duvidoso amanhã? Eu já iniciei a minha penitência. E você?
Prefeito de Colinas, Sandro Hermann (PP) viajou para Brasília nessa terça-feira. Com as operações suspensas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o gestor decolou do aeroporto em Caxias do Sul e realizou uma conexão de seis horas em Campinas (SP) antes de chegar à capital federal. Por lá, ele cumpre agendas organizadas pela Famurs em busca de recursos e também participa da programação da 25ª edição da Marcha dos Prefeitos.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINIRecorte essa promessa: nova ponte da ERS 130 antes do
Deputado estadual reeleito, Juvir Costella é o Secretário de Logística e Infraestrutura do Rio Grande do Sul. Durante a visita do governador Eduardo Leite (PSDB) ao Vale do Taquari, no sábado, questionei o agente político sobre a nova ponte da ERS-130, orçada em R$ 14 milhões, e tão necessária para reconectar Lajeado e Arroio do Meio – e sobremaneira a região alta do Vale –, ele foi enfático. “Fica pronta antes do Natal”. E a boa notícia: o edital já foi publicado na segunda-feira.
O governo de Lajeado conta com o auxílio da startup de mapeamento de vias urbanas Mapzer para mapear locais atingidos e reconhecer as ocorrências causadas pelas cheias históricas de maio. O serviço iniciou nesse domingo e se estende por 90 dias. É realizado por meio de automóveis equipados com inteligência artificial. A IA reconhece mais de 30 problemas de zeladoria urbana, como buracos, entulhos e mato irregular, com relatórios atualizados a cada 24 horas e estudos completos das vias disponibilizados a cada semana. O trabalho da Mapzer foi oferecido gratuitamente após intermediação do Laboratório de Inovação (Labilá).
- A ideia é simples e eficiente. Vereador e pré-candidato a prefeito de Lajeado, Sérgio Kniphoff (PT) sugere uma mudança visual nas placas de identificação de ruas. Além do nome da via, e do CEP, ele propõe incluir informações sobre as cotas de inundação em determinadas regiões do município.
- Diretor da Construtora Diamond, Sidnei Schmidt trouxe injeção de ânimo durante a participação no programa A Hora Bom dia. Além de reforçar a necessidade de seguir investindo em todo o Vale do Taquari, o empresário cobra união. “Não existe concorrência em momento de tragédia.”
- O governo de Estrela vai iniciar a instalação de divisórias nos abrigos municipais para garantir um mínimo de privacidade às famílias mais impactadas pelas enchentes. Um movimento necessário e que precisa fazer parte de todos os planos municipais. Para o futuro aliás, é preciso pensar mais na segurança e dignidade das mulheres, idosos e crianças, especialmente.
- O grupo de empresários responsável pelo movimento Reconstruir Cruzeiro do Sul confirma a criação de uma unidade do Rotary Club naquele município. Aliás, é preciso enaltecer as entidades empresariais e os associados neste momento de tantas incertezas. Mais uma vez, os empreendedores da região demonstram o comprometimento com o desenvolvimento regional e serão peças-chaves na reconstrução do Vale do Taquari.
Uma das tantas imagens impressionantes captadas durante a maior enchente já registrada em nossa história foi a queda da igreja da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, localizada no Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul. A localidade foi uma das mais impactadas em todo o Rio Grande do Sul. Por lá, mais de 600 residências foram destruídas pela força do Rio Taquari. E a santa, instalada no topo da igreja que ruiu, restou quase intacta e encravada no solo enlamaçado. Diante disso, o presidente da comunidade, Diego Alexandre Dutra, cuja casa também foi destruída, busca ajuda dos setores público e privado para reerguer a imagem e construir um memorial naquele mesmo ponto.
Após interrupção em virtude da cobertura das enchentes, iniciativas da empresa se adaptam à realidade atual.
Conteúdos repercutem em todas as plataformas
Depois de um período de pausa, em virtude da situação de calamidade após a maior catástrofe natural da história da região, todos os projetos especiais do Grupo A Hora serão retomados. As iniciativas contemplam diversas áreas e retornam à programação da empresa, seja no jornal impresso, na 102,9 FM, nas plataformas digitais ou nos eventos presenciais.
A retomada foi decidida ontem emr reunião com os líderes internos. Segundo o diretor executivo do A Hora, Adair Weiss, a maioria dos projetos seguem sem alterações. Outros serão adaptados para continuar, de acordo com a realidade atual da região, para contemplar novas necessidades e demandas.
A decisão do A Hora também acompanha o movimento de empresas da região que mantém suas atividades a pleno e até mesmo projetam investimentos. “Nós precisamos fazer a economia girar. Estamos no meio de um desafio e precisamos fazer as coisas. Se não trabalharmos,
Nós precisamos fazer a economia girar. Estamos no meio de um desa o e precisamos fazer as coisas. Se não trabalharmos, não vamos gerar riqueza, não tem emprego e nem como reconstruir a economia”
ADAIR WEISS DIRETOR EXECUTIVO DO A HORAnão vamos gerar riqueza, não tem emprego e não podemos reconstruir a economia”, afirma. Retomar projetos também pode inspirar outros negócios em momento de dificuldades, conforme Weiss. “As empresas organizadas precisam dar o exemplo. Então precisamos estimular o investimento, até de quem foi atingido pela cheia”, frisa, ao destacar também a campanha “Vale Vivo”, iniciativa com o mesmo propósito para fortalecer a economia local.
Entre os projetos a serem readaptados, está o Circuito dos Vales, cujo calendário de etapas será modificado a partir de julho, data da próxima edição. “Antecipamos a etapa de Teutônia, que é uma cidade com condições de fazer a prova.
– Retomado desde semana passada, com boletins. Próximo debate deve ocorrer em junho. Iniciativa se estende até o fim do ano.
– Produção do próximo caderno (para junho) em andamento. Debate agendado para o dia 29 de maio, discutindo o reflexo das cheias no Rio Taquari.
– Seminário previsto para este mês foi suspenso. Pesquisa será apresentada por meio de reportagens especiais. No segundo semestre, uma nova turma de alunos inicia formação.
– Pesquisa que evidencia força das marcas locais será retomada nos próximos dias. Evento previsto para setembro, com entrega da premiação, está confirmado.
E assim, sucessivamente, vamos escolhendo outros locais. A saúde física tem que continuar”, pontua. Outros projetos, lembra Weiss, ganham um peso ainda maior, caso do Rumo – O futuro da mão de obra, com a necessidade de uma qualificação ainda maior, e
– Iniciativa volta a programação da Rádio A Hora e plataformas digitais, com a participação de médicos ligados ao Hospital Bruno Born.
Um novo olhar sobre os bairros
– Projeto que discute presente e futuro dos bairros de Lajeado terá debate hoje, na Rádio A Hora. Próximo caderno será publicado em junho.
– Projeto em parceria com o governo municipal será retomado também com foco nos desafios de Lajeado após a enchente.
– Calendário de etapas será reorganizado de acordo com a realidade atual. Próxima prova, em julho, será em Teutônia.
– Criado para celebrar os 200 anos da imigração alemã no RS e no Vale, projeto será retomado, por meio de histórias, relatos e entrevistas em todas as plataformas do A Hora.
– Transmissões dos jogos da dupla Gre-Nal retornam a programação da Rádio A Hora. Programa diário foi retomado ainda na semana passada.
– Será retomado em junho, ainda com a definição de locais para as próximas edições pendente. Parcerias são estudadas. – Novo projeto, com cartilha sobre prevenções às cheias, será intensificado.
– Parceria com o jornalista Fábio Alex Kuhn terá como foco a retomada do turismo regional.
o Viver Cidades, onde os debates sobre os cuidados com o meio ambiente serão intensificados para melhorar a relação das pessoas com a natureza.
Interrompido por conta da cheia, a pesquisa Top 100 vai retomar semana vem. “Vamos realizar o evento em setembro, pois precisamos valorizar e fortalecer nossas marcas e os produtos locais”. Além dos projetos em curso, novos serão lançados nos próximos dias, como o Educame, relacionado a prevenção de enchentes.
- Eeem Guararapes, Arroio do Meio (parcial)
- Eeem de Colinas (parcial)
- Eeef Itaipava Ramos, de Cruzeiro do Sul (parcial)
- Eeef Antônio de Conto, de Encantado (total)
- Eeef Domenico Vicentini, de Encantado (parcial)
- Eeeb Padre Fernando, de Roca Sales (total)
- Eeef Moinhos, de Estrela (total)
- Eee Profissional Estrela, de Estrela (parcial)
- Colégio Estadual Castelo Branco, de Lajeado (parcial)
- Eeef Fernandes Vieira, de Lajeado (total)
- Eeem Souza Doca, Muçum (parcial)
- Eeem de Forquetinha (parcial)
LAJEADO
- Cantinho Infantil, no Universitário, não voltou com berçário por falta de profissionais.
- Escola de Educação Infantil Risque e Rabisque, no Centro, apresenta danos estruturais, com perda de mobiliário e equipamentos.
- Emef Alfredo Lopes da Silva, no Morro 25, apresenta danos estruturais e perda de mobiliário e equipamentos.
- Projeto Vida São José, no Centro, foi atingido com perda de mobiliário e equipamentos.
TAQUARI
- Emef Timótheo Junqueira dos Santos, no Rincão, precisa de manutenção na rede elétrica, feira por uma equipe de Santa Rosa.
Cerca de 50 instituições de ensino foram atingidas pelos temporais na região. Com danos estruturais, algumas permanecem interditadas
VALE DO TAQUARIPelo menos 12 escolas estaduais e 37 municipais foram atingidas pelos temporais no Vale do Taquari. Destas, algumas estruturas foram parcialmente danificadas e outras totalmente comprometidas.
Depois de serem limpas, pintadas e feitos pequenos reparos, muitas instituições voltaram a receber os alunos na última semana. Por outro lado, algumas estruturas foram interditadas.
Em oito meses, foram quatro enchentes que atingiram a Escola Estadual de Ensino Fundamental Fernandes Vieira, em Lajeado. Próxima ao Parque dos Dick, a estrutura costuma pegar água em uma cheia, mas nunca chegou ao segundo andar.
Depois da tragédia de setembro do ano passado, foi iniciada uma obra para recuperação do prédio, finalizada em março. Mas a nova enchente histórica cobriu a escola
com água outra vez, e nem o segundo piso foi salvo. Classes e cadeiras serão reutilizadas. Mas muitas portas, janelas, forros, além do pátio e dos muros da instituição foram destruídos. “Foi feita a vistoria do estado, e interditaram a escola. Agora, temos que desocupar o prédio para a empreiteira que vai assumir a obra”, conta a diretora Rosângela Petter Mello. No momento, dos 300 alunos matriculados, alguns pediram transferência. Outros permanecem sem aulas. Muitos, inclusive, que também estão nos abrigos. “O luto deles é duas vezes, a escola e a casa”, lamenta a diretora.
Os governos, sejam municipais ou estadual, trabalham em planos de ação para recuperar as instituições. No caso do estado, foram elaborados decretos que orientam as mantenedoras e instituições. Pelo documento, as escolas não precisam cumprir o calendário dos 200 dias letivos, mas sim atender a carga horária de 800 ou 1 mil horas, conforme a especificidade: Ensino Fundamental ou Médio, podendo ser de forma híbrida.
Além disso, cada escola organizará, em conjunto com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), um calendário
de acordo com sua realidade e demanda. Até essa terça-feira, 21, das 82 escolas estaduais, 61 retornaram com atividades.
Em comunidade
Em setembro de 2023 foi a primeira vez que a Escola Estadual de Ensino Fundamental Moinhos, de Estrela, foi atingida pelas cheias. Em novembro do ano passado e maio de 2024, a água invadiu a estrutura outra vez.
Até então, quando ocorria uma enchente no município, a escola servia como abrigo. “Ficamos tristes, porque é uma escola importante na comunidade”, destaca a diretora Beatriz Reckziegel.
Ela conta que a instituição havia recém passado por uma reforma. “Agora, arrebentou a porta da frente e uma janela, porém, a gente vê que a estrutura física, o prédio em si, não foi muito afetado. Estamos aguardando a análise técnica”. Beatriz ainda lamenta a destruição do bairro Moinhos e diz que 100% das famílias da escola foram atingidas pelas cheias.
Coordenadora da 3ª CRE, Cássia Benini se reuniu com diretores das escolas na tarde de segunda-feira, 20, para debater as necessidades de cada instituição.
Só nas escolas estaduais, são mais de 2 mil alunos atingidos. Ela afirma que há muitos cenários diferentes pela região, e é elaborado um plano para a recuperação de cada unidade.
A Escola Moinhos, por exemplo, já se reuniu com os professores para iniciar um trabalho pedagógico com seus alunos que estão nos abrigos municipais. Cássia afirma que cada escola terá seu calendário escolar próprio.
“Por isso as escolas estão fazendo um acolhimento. Mas as aulas só vão voltar no momento em que a estrutura permitir”. Ainda não há estimativa do valor investido nas obras. Escolas da rede privada também foram atingidas.
- Emei Paulo Freire, no bairro Praia, está com aulas suspensas. A previsão é retomar as aulas na próxima segunda-feira.
ARROIO DO MEIO
- Emef Construindo o Saber totalmente atingida. Os alunos foram realocados para a Emef Barra do Forqueta.
BOM RETIRO DO SUL
- Emef Genny de Souza da Silva apresenta danos estruturais. Os 120 alunos foram realocados em outra escola.
- Emef Anita Ferreira de Moraes, com pequenas perdas.
- Emei Álvaro Haubert, parte da estrutura danificada.
ROCA SALES
- Emef Sagrada Família (enxurrada)
- Ecei Primeiros Passos (totalmente atingida)
- Emei Cantinho da Amizade (parcialmente atingida) Aulas continuam suspensas até dia 24/05. Será feita nova avaliação durante a semana.
VENÂNCIO AIRES
- Emei Frederico Closs vai ganhar novo prédio. A estrutura foi danificada. Alunos foram realocados para outros educandários, até que nova sede esteja pronta.
ENCANTADO
- Quatro emeis inundadas e duas afetadas pelas fortes chuvas (Centro Municipal de Educação e Emei Imigrante). Outras quatro escolas serviram de abrigo para as famílias.
ESTRELA
- Emef Leo Joas foi totalmente atingida. Uma área no mesmo bairro está sendo estudada para que nova unidade possa ser erguida.
- Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer com estrutura danificada. - Cinco Emeis.
CRUZEIRO DO SUL
- Oito escolas atingidas. Quatro escolas nos bairros Passo de Estrela e Zwirtes, sem a possibilidade de retorno. Cerca de 800 alunos estão fora das unidades de ensino.
Empreendimentos no bairro Costão e no 386 Business Park terão 200 lotes residenciais à disposição
AConstrutora Richter Gruppe anunciou antecipação do cronograma de obras previsto para o município de Estrela em função das enchentes que assolaram o Vale do Taquari. Em entrevista ao Programa Frente e Verso da Rádio A Hora de ontem, o CEO da empresa, José Paulo Richter, afirmou que a construtora antecipará em seis meses a entrega de cem lotes do empreendimento Vale Village, junto ao 386 Business Park.
cem terrenos residenciais, loteamento na localidade
Conforme Richter, os terrenos do Vale Village, previsto para junho de 2025, serão entregues em dezembro deste ano. A intenção é fazer uma articulação junto ao poder público municipal para garantir celeridade na aprovação dos projetos construtivos das residências dos compradores dos lotes. Richter ainda anunciou a criação de um novo loteamento, também com cem terrenos, na localidade de Costão. Segundo ele, a licença de instalação do empreendimento foi assinada pelo prefeito de Estrela, Elmar Schneider, na sexta-feira. “Já estávamos nos movimentando
neste sentido antes da enchente, mas agora temos muita pressa para colocar esse empreendimento no mercado.”
Richter explica que a área fica em frente a escola municipal de Costão, e se destaca pelo potencial tanto comercial quanto residencial. Próximo ao local já funciona o Pier 129 Gastrobar, cafeteria inaugurada em março deste ano.
Para Richter, diante da emergência do momento, os empresários têm a grande responsabilidade de manter a economia em funcionamento, de forma a garantir e geração de emprego e renda.
“Estamos vivendo um período muito sofrido, mas teremos que passar por esse luto e seguir rumo ao desenvolvimento.”
Segundo ele, a empresa estava organizando movimento de expansão para outras regiões, mas, motivados pela enchente, decidiu por priorizar as atenções ao Vale do Taquari. Além de acelerar os novos loteamentos, a Richter também se colocou a disposição dos municípios para ajudar no planejamento urbano. “Temos pressa, mas é preciso organização.”
“O Vale vai se unir e superar as dificuldades”, diz presidente da Sicredi
Em meio à tragédia climática no Vale do Taquari, o associativismo mostra a sua força e potencial. A retomada para empresas, é tarefa árdua, mas significativa para manter a economia e o desenvolvimento da região. No sistema Sicredi não é diferente. Com uma agência completamente danificada em Cruzeiro do Sul, o presidente da Sicredi Integração RS/MG, Adilson Metz reforça o trabalho incansável de apoio às equipes, colaboradores e associados. No social, Metz cita o fundo de filantropia destinado para ajudar os atingidos das enchentes. Com valor já definido, a cooperativa recebe doações. “O sistema Sicredi tem o Pix onde estão sendo feitas doações e essas repassadas às cooperativas de acordo com a situação. Vamos prestar contas para os mais de 88 mil associados. Doações de material escolar, ajuda na reconstrução de escolas, dentre outras. Estamos acolhendo os pedidos das comunidades e regiões, conversando com prefeitos e demais autoridades.”
Nos negócios, a cooperativa atua ouvindo cada associado e com ele busca encaminhar a melhor estratégia. “São pessoas que precisam de prazo, de novo crédito, estamos baixando as margens para poder ajudar, atender cada um de acordo com a sua realidade.”
Metz descreve ainda que, tendo água, luz, estrada e comunicação muita coisa vai ser resolvida. “As empresas vão retomar, a economia vai voltar a girar e a partir disso, os negócios vão andar. A empresa que gera emprego, precisa continuar suas atividades para manter essa mão de obra e
Vamos seguir todos os projetos, todas as obras vão seguir. A importância da expansão, as doações vindas, isso fortalece a região.”
as pessoas terem renda para sobreviver. O Vale do Taquari vai usar o espírito de união, de associativismo e superar as dificuldades, cada um fazendo a sua parte e não esperar um milagreiro chegar. Todas as profissões são importantes e dignas, todos somos vulneráveis e necessários”. Sobre a agência afetada em Cruzeiro do Sul, Metz garante que a unidade não será retirada do município. Estão em tratativas para outro espaço onde não há possibilidades de a água chegar. As demais, todas estão operando. “Vamos seguir todos os projetos, todas as obras vão seguir. A importância da expansão, as doações vindas, isso fortalece a região.”
thiagomaurique@grupoahora.net.br
Maior exportadora de doces do Brasil, a Docile integrou a Sweets & Snacks Expo – uma das maiores feiras mundiais do setor, realizada em Indianápolis, nos Estados Unidos. Diretor de mercado externo da empresa, Cristian Ahlert liderou as negociações no estande da empresa, ao lado dos colaboradores Nicole Altenhofen, Gustavo Avallone e Bernardo Kranz.
Em nota, a Docile afirma que a participação na feira é uma forma de contribuir com movimento que visa mostrar ao mundo a potência do povo e das empresas gaúchas. “Neste importante encontro para o setor, representamos o nosso Estado, apoiamos empresas gaúchas e estimulamos o mercado a voltar o olhar para tudo o que o Rio Grande do Sul tem para oferecer.”
A Docile também realiza uma série de ações em benefício aos
atingidos pelas enchentes. Ontem, a empresa distribuiu doces junto com as refeições preparadas para os desabrigados que estão nos alojamentos de Lajeado.
A fabricante de doces ainda promoveu a entrega de kits de limpeza para as comunidades atingidas, disponibilizou a sede
para banhos e coleta de água para funcionários e familiares, além de reforçar a assistência psicológica aos colaboradores. A empresa também forneceu equipamentos de transporte para a Defesa Civil e abriu as portas da fábrica para as equipes de resgate que atuaram na região.
Estudo preliminar realizado pela Fecomércio-RS mostra que as empresas gaúchas acumulam até R$ 10 bilhões em perdas
patrimoniais em razão das cheias. Os prejuízos contemplam contemplam estoque, maquinário, mobiliário e instalações. A
entidade ainda estima que a perda no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado chegue a R$ 40 bilhões no total.
Por meio de imagens obtidas via satélite, a Fecomércio-RS aponta cerca de 33 mil estabelecimentos diretamente afetados pelos alagamentos nos setores de comércio, serviços e indústria, com perda de ativos calculada em R$5 bilhões. O levantamento não inclui micro e pequenas empresas que funcionam em domicílios residenciais, nem municípios que sofreram maior impacto com enxurradas do que de alagamentos – o que incluiu parte significativa do Vale do Taquari.
Univale doa água potável para vítimas das enchentes
Em parceria com a Ambev, a Univale Distribuidora de Bebidas, de Estrela, promoveu doação de água potável em lata da marca “AMA” para a população atingida nas recentes enchentes no Vale do Taquari. Em nota, a empresa reforça o compromisso com a comunidade local e assegura o fornecimento de recurso essencial em momento de grande necessidade.
A Enchente Histórica foi um golpe duro, mas não nos define. O Rio Grande do Sul, apesar dos enormes prejuízos ainda em contabilização, pode se tornar referência nacional em resiliência climática.
Através de um esforço conjunto e bem direcionado, podemos transformar este desastre em um modelo para o futuro.”
Rodada de Negócios Sebrae – Com o objetivo de unir empresas que podem doar ou permutar máquinas, equipamentos e utensílios com empresas que precisam desses itens para recomeçar, o Sebrae RS promove Rodadas de Negócios online. No evento, a equipe do Sebrae analisará as empresas, as demandas e as ofertas para, assim, fazer as conexões mais assertivas e facilitar aproximações. A Rodada de Negócios ocorre na próxima quarta-feira, 29, das 14h às 17h. Mais informações e inscrições no endereço portaldenegociosebrae.com.br.
Laser Day solidário – A Medical Sam promove no dia 25 de junho uma edição especial do Laser Day – maior evento sobre tecnologias laser para saúde estética do Brasil. O encontro ocorre no Novotel Center Norte, em São Paulo, e toda a renda gerada com as inscrições será destinada para auxiliar as vítimas das enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul. O Laser Day é voltado para profissionais da área da dermatologia e estética, com abordagens sobre os mais recentes avanços e tendências em laserterapia. As inscrições podem ser realizadas no site campanhas.medicalsanbr.com/laserday2024.
Dados de janeiro a março refletem início de ano promissor no Vale. No entanto, tendência é de queda a partir de maio, com efeitos imediatos da enchente histórica nos empregos formais
VALE DO TAQUARITrês meses de saldo positivo na geração de novos postos de trabalho. O começo de 2024 na empregabilidade na região é animador. Ainda sem os reflexos da enchente histórica do começo de maio, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) refletem também a tendência observada no Estado e no país. Ao todo, foram criados 713 postos no Vale em março, fruto de um saldo de 6,3 mil admissões e 5,5 mil demissões. O desempenho mensal fica abaixo dos registrados em fevereiro (943) e janeiro (896), mas permanece como um dos melhores resultados nos últimos 12 meses. O acumulado do trimestre passa de 2,5 mil. Os maiores saldos de março se concentraram nas cidades mais populosas da região, com Lajeado tendo o melhor desempenho, ao criar 286 empregos formais no período. Arroio do Meio (106) e Estrela (103) também tiveram números significativos. Na sequência, aparecem Muçum (44) e Encantado (40). Por outro lado, 11 cidades registraram mais desligamentos do que contratações no mês, com destaque negativo para
Paverama, que fechou 27 postos de trabalho. Dois Lajeados, Mato Leitão, Colinas, Santa Clara do Sul, Canudos do Vale, Capitão, Coqueiro Baixo, Relvado, Travesseiro e Vespasiano Corrêa completam a lista.
Setores em alta
Na análise por município, se percebe a força do setor de serviços para impulsionar a geração de emprego e renda no Vale do Taquari. Em março, por exemplo, Lajeado criou 198 novos postos de trabalho nesta área, bem à frente da indústria, do comércio e da construção civil. Estrela também registrou um comportamento positivo do setor de serviços em março, com contribuição expressiva ao saldo positivo. Já Arroio do Meio teve como carro-chefe no período o setor da indústria, responsável por mais da metade
das vagas abertas.
Embora os números do começo do ano sejam positivos, a tendência para os próximos meses no Vale é, novamente, de uma queda na empregabilidade. Muitas empresas, em diversas cidades, foram atingidas direta ou indiretamente pela enchente, o que resultou em demissões e até mesmo o fim das atividades de alguns negócios.
“Estávamos colocando as coisas em dia e aí sofremos novamente com uma catástrofe, e de uma violência muito maior. E é uma situação que o Estado todo passou e ainda está enfrentando, em termos de estragos”, detalha a economista Cintia Agostini, que alerta para um período de empobrecimento da região.
Outro desafio no horizonte diz respeito à mão de obra. “Como vamos atrair pessoas, numa situação como essa? A nossa região é dinâmica e pujante, e agora somos desafiados a colocar isso à prova. Tudo vai depender do tempo que levaremos para dar respostas em termos de políticas públicas, de gestão. Quanto mais nós demorarmos, maior será o impacto na vida das pessoas e nos negócios”.
Como vamos atrair pessoas, numa situação como essa? A nossa região é dinâmica e pujante, e agora somos desafiados a colocar isso à prova”
Iniciativa do Grupo A Hora dentro do Pacto Lajeado pela Paz capacita alunos de 9 a 14 anos e os prepara ao concurso de vídeo
Transformar aprendizado em oportunidades. Esse é um dos objetivos da oficina de vídeo desenvolvida pelo Grupo A Hora, por meio do Pacto Lajeado pela Paz. A iniciativa busca preparar os estudantes para um concurso audiovisual que será organizado pelo Pacto ao longo do ano, além de introduzir ferramentas essenciais para a vida profissional. A primeira oficina do projeto foi desenvolvida na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lauro Mathias Müller, para alunos de 9 a 14 anos. O gestor audiovisual do Grupo A Hora, Marcos Ruschel, é quem ministra a oficina. De acordo com ele, o projeto surgiu como uma forma de instrumentalizar os alunos para o concurso, cujo tema é “paz nas comunidades”,
mas também tem, como um dos principais objetivos, preparálos para o mercado de trabalho, mostrando as oportunidades do meio audiovisual.
“Atualmente, todas as empresas precisam estar inseridas nas redes sociais e há espaço no mercado de trabalho para profissionais que conseguem entender como as redes sociais funcionam e criar conteúdos para elas”, ressalta Ruschel.
Ele ainda destaca que a oficina, que é de curta duração, busca transmitir alguns princípios básicos de captação e edição de vídeo, além de despertar a curiosidade nos jovens e criar conteúdos com os estudantes.
Durante as atividades, a turma foi dividida em grupo, para criar o roteiro, atuar e gravar uma pequena história criada por eles. Depois, todos editaram o vídeo juntos e o resultado final foi apresentado para a turma.
A próxima oficina será na Escola Estadual de Ensino Fundamental Moisés Cândido Veloso, também para estudantes de 9 a 14 anos. As atividades são desenvolvidas dentro do Programa Somar, do Pacto Lajeado pela Paz, coordenado pela educadora Solange Kunrath. “A iniciativa de produção de vídeos que reflitam e abordem a
A iniciativa de produção de vídeos que re itam e abordem a temática da paz na comunidade é muito relevante.”
para uma ação do bem.
Programa Somar
Ser, Observar, Meditar, Aceitar e Realizar. É a partir da junção das iniciais desses conceitos que surge o nome do projeto Somar. A iniciativa, uma das mais recentes do Pacto Lajeado Pela Paz, foi fundada em 2023 e busca a gestão de conflitos e equilíbrio emocional dos participantes.
Primeira o cina ocorreu na Emef Lauro Mathias Müller, para alunos de 9 a 14 anos
temática da paz na comunidade é muito relevante. O curso deixou os alunos muito envolvidos”, destaca Solange. A profissional ainda ressalta a importância de utilizar uma ferramenta do dia a dia dos alunos, como os vídeos,
Com enfoque em adolescentes com problemas de comportamento nas instituições de ensino, atua nas escolas inseridas nos territórios de maior vulnerabilidade social do município.
A partir do diálogo, o programa oportuniza momentos de reflexão, descontração e ludicidade para um melhor convívio social a partir do protagonismo juvenil. Entre as atividades realizadas, além de círculos de construção de paz, estão oficinas de vôlei, artes, comunicação e expressão corporal.
Estudantes aprenderam a criar roteiro, captar imagens e editar vídeos para as redes sociais
Especialista explica como o uso da metodologia ágil pode beneficiar a equipe comercial e aumentar vendas diante de cenários adversos
Recuperar a confiança e impulsionar as vendas tornaram-se tarefas cruciais para a revitalização econômica do Vale do Taquari. À medida que os primeiros desafios pós-cheias começam a aparecer, os empresários já se veem diante de grandes incertezas quanto ao rumo dos negócios. Diante deste cenário, o programa “O Meu Negócio”, convidou o diretor da Dale Carnegie, Gabriel Garcia, para explicar como o uso da metodologia ágil pode
beneficiar as equipes comerciais e fomentar as vendas diante de cenários adversos.
Para Garcia, um movimento importante das empresas é conseguir identificar os processos simples que dão certo. “Olhar para as raízes nos mantém atentos ao que é básico e que funciona. Em um momento como esse, é preciso olhar para o negócio de uma forma mais madura, mas principalmente, protegendo o caixa”.
Em um comparativo com as contas pessoais, Garcia explica que as empresas precisam verificar suas economias, assim como as famílias fazem para planejar os gastos futuros. “Muitas empresas já fizeram esse tema de casa, de olhar o fluxo de caixa para os próximos 30 ou 60 dias. Outras ainda precisam começar”.
Além disso, é inevitável que os próximos passos dos times sejam definidos por ordem de prioridade ou com base em ferramentas de gestão, como a análise SWOT, que indicam as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do
cenário. Desta forma, segundo Garcia, fica mais fácil compreender em qual momento a empresa se encontra. Se há potencial para se desenvolver ou está em fase de manutenção ou sobrevivência.
Em setembro de 2023, quando ocorreu a primeira enchente, Garcia conta que a equipe da Dale Carnegie precisou de tempo para entender como se comportar diante do cenário. Em novembro, com a repetição do episódio, os primeiros passos já estavam melhores definidos.
“Mas quando aconteceu pela terceira vez, em maio deste ano, nossa leitura esta va mais afinada.
A primeira coisa que a gente fez foi entender onde os nossos clientes se encaixam, porque há aqueles que foram afetados, os
Diretor da Dale Carnegie, Gabriel Garcia, falou sobre o da metodologia ágil nas equipes comerciais
parcialmente atingidos e os que não foram”, explica.
Com base nessa análise de diagnóstico, criou-se uma metodologia para retomada empresarial, que Gabriel compartilha o passo a passo através do QR Code.
Somente ao fazer o levantamento dos clientes, tanto os ativos quanto os inativos, foi possível saber qual posicionamento a empresa teria com eles e com o mercado.
“Uma coisa é o que eu quero e outra é o que a minha empresa pode. Então, fazer esse exercício é o primeiro passo. Depois, se faz um levantamento para ver caixa, se há condições financeiras, ou precisa novos prazos”, esclarece. “Costumo recomendar para os clientes para trabalharem com planejamento estratégico, seja para um, três ou cinco anos”. O bate-papo completo pode ser
É possível baixar o documento criado pela Dale Carnegie para auxiliar nesse processo de retomada empresarial em meio ao cenário desafiador. Aponte a câmara do celular para o QR Code e confira.
Este livro tornou-se um clássico mundial e foi best-seller por mais de uma década, pois ajudou milhares de pessoas a enfrentarem os desafios de vendas. “A Bíblia de Vendas” foi escrita por Jeffrey Gitomer, e traz os 10,5 Mandamentos do Sucesso em vendas. Nela, empresas e vendedores aprendem técnicas e métodos comprovados que proporcionam aumento nas vendas e fidelização de clientes.
conferido nas plataformas digitais do Grupo A Hora. O programa “O Meu Negócio” é transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Kappel Imóveis, Black Contabilidade, Marcauten, Grupo Zagonel, A Mobília Lajeado, Dale Carnegie, Sunday Village Care, 3F1B Móveis Estratégicos e STW Automações.
Grupo formado na semana passada auxilia poder público com laudos sobre áreas habitadas e com chance de movimentação de massa
Filipe Faleiro filipefaleiro@grupoahora.net.br
Os deslizamentos, queda de barreiras e afundamento de solo se tornaram um risco para milhares de pessoas da região. A chuva acima da média em maio deixou claro a necessidade de mais controle público sobre construções em encostas de morro.
Como o número de áreas com probabilidade de acidentes geológicos é maior do que o monitoramento disponível, Univates e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), buscam voluntários para ajudar nos laudos.
O primeiro encontro ocorreu na semana passada. “Precisamos ampliar nossa base de dados. Não temos técnicos suficientes no Estado”, admite a secretária de Meio Ambiente (Sema), Marjorie Kauffmann.
No Rio Grande do Sul, o Serviço Geológico do Brasil (SGB\CPRM) mapeou 60 municípios. Na formação com engenheiros, biólogos, geólogos, defesas civis, bombeiros e servidores municipais, 205 se inscreveram como voluntários para contribuir com o diagnóstico regional.
Desde então, foram visitados diversos municípios, como Santa Clara do Sul, Teutônia, Roca
Sales, Arroio do Meio, Pouso Novo e Cruzeiro do Sul.
A organização do grupo é feita pela Sema, a partir de solicitações dos governos municipais. Uma equipe é formada e os pontos com algum risco de deslizamentos são avaliados. Por meio dos laudos, diz o promotor de Justiça, Sérgio Diefenbach, é possível autorizar a retirada de famílias das áreas de risco, sem precisar de ordem judicial.
Conforme o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), Franco Turco Buffon, os movimentos de massa são efeitos de quando o solo é raso sobre as rochas, com grandes declives. A partir do acúmulo de água, há um desprendimento dessa camada, o que provoca deslizamentos, desmoronamentos, erosão e outros fenômenos naturais.
“A topografia do Vale do Taquari é favorável para esses acidentes geológicos. Os riscos são muito grande quando acontece chuva. Como houve muito volume nas últimas semanas, qualquer nova enxurrada pode representar mais acidentes”, diz o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), integrante do grupo de pesquisa.
• ARROIO DO MEIO
Duas áreas com risco de erosão
Na rua Tiradentes, bairro Navegantes
Atinge: 78 moradias
Risco para 312 pessoas
Rual Waldemar Roesch
Atinge: 15 casas
Risco para 60 pessoas
• COLINAS
Uma das localidades mais críticas da região.
São seis pontos
Duas de risco muito
elevado
Os mais críticos estão em
Linha Ano Bom
Atinge: 146 imóveis
Tota de 584 pessoas
• CRUZEIRO DO SUL
Três pontos com riscos diversos. Erosão, afundamento de solo (solapamento), rachadura no chão (rastejo) e deslizamentos de terra e pedras.
Rua Rubens Feldens
Risco: Solapamento
Atinge: 7 imóveis
Risco para 28 pessoas
Vila Italiana
Escorregamento de solo e de pedras
Atinge: 30 casas
Risco para 120 pessoas
No centro, próximo a Casa do Morro
Risco: Rastejo
Atinge: 20 casas
Alerta para 80 pessoas
• ESTRELA
Seis áreas com alertas
Maiores riscos são de erosão e restejo (afundamento)
Bairro São José/Rua Maria Schwartz
Restejo
Atinge: 15 imóveis
Risco para 60 pessoas
Boa União/ Rua João Lino Braun
Erosão fluvial
Atinge: 14 imóveis
Risco para 56 pessoas
Centro/Marechal Hermes
Erosão da margem
Atinge: 150 imóveis
Risco para 600 pessoas
Bairro Cristo Rei
Erosão
Atinge: 50 casas
Risco para 100 pessoas
Linha Figueira
Erosão
Atinge: 20 casas
Risco para 80 pessoas
Distrito de Costão
Erosão
Atinge: 8 imóveis
Risco para 32 pessoas
• LAJEADO
As áreas ficam em três bairros
Riscos de erosão, solapamento, escorregamento do solo e deslizamentos.
Santo Antônio
Escorregamento do solo
Atinge: 20 residências
Risco para 80 pessoas
Morro 25
Erosão e solapamento nas margens
Atinge: 11 imóveis
Risco para 44 pessoas
Conservas
Escorregamento do sola
Atinge: 70 casas
Risco para 280 pessoas
• ENCANTADO
Quatro pontos. Riscos de deslizamento, queda de rochas e erosão
Bairro São José, rua David Ceregatti
Deslizamentos
Atinge: 7 imóveis
Alerta para 28 pessoas
Bairro Jacarezinho
Risco muito alto
Deslizamento e queda de rochas
Atinge: 16 imóveis
Alerta para 64 pessoas
Bairro Lajeadinho (dois locais)
Estrada da Santinha
Deslizamentos, queda de rochas
Atinge: 8 imóveis
Risco para 32 pessoas
Na mesma localidade, em área próxima
Erosão e deslizamentos
Atinge: 12 imóveis
Risco para 48 pessoas
Relatórios feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) entre 2013 a 2023. Tabuladas entre risco alto e muito alto para movimentos de massas. O critério adotado é de áreas habitadas, onde os efeitos podem atingir imóveis e moradores.
• MUÇUM
Cinco áreas.
Principais riscos são de erosão, deslizamentos de terra, de rochas e afundamentos de solo
Rua Ângelo Afonso Zílio
Erosão
Atinge: 4 imóveis
Risco para 16 pessoas
Barra do Rio Branco
Erosão e deslizamentos em dois pontos
Atinge: 25 casas
Risco para 100 pessoas
Em área próxima
Deslizamentos
Atinge: 38 casas
Risco para 152 pessoas
Rua Henrique Dalcoro
Deslizamentos
Atinge: 66 casas
Risco para 264 pessoas
Loteamento Doutor Nilton Teixeira
Erosão e deslizamentos de massa
Atinge: 16 imóveis
Risco para 64 pessoas
• TEUTÔNIA
Alto risco de deslizamentos, planar de solo.
São dois pontos na região de Linha Harmonia
Atinge: 7 residências
Risco para 28 pessoas
Com a queda de pontes e a interdição de acessos e rodovias, o Vale do Taquari tem enfrentado dificuldades logísticas. Muitas semelhantes aos desafios que a região tinha décadas atrás. Voltamos no tempo.
A ponte sobre o Rio Taquari, entre Lajeado e Estrela, só foi erguida em 1962. Época em que a BR-386 também estava sendo feita. Sem a principal rodovia que conecta hoje Lajeado a Porto Alegre e sem a ponte sobre o Taquari, o caminho era bem mais longo e demorado.
Naquele tempo, primeiro era necessário seguir da capital a São Leopoldo, depois até Montenegro
e Taquari. Dali, era preciso pegar um barco na chamada Reserva, ou Passo da Reserva, e atravessar o Rio Taquari até Mariante, em
Vista da balsa do Passo de Estrela nos anos 1950. Ao fundo, é possível ver as torres da Igreja Matriz de Estrela e a Escadaria, ao centro.
Venâncio Aires. Depois, o trajeto continuava por Cruzeiro do Sul até finalmente adentrar Lajeado pelo bairro Conservas. O tempo mínimo era de 6 horas de viagem.
A foto em destaque é entre
Dia do Apicultor
Dia Internacional da Biodiversidade Biológica
Dia do Abraço Dia Mundial do Gótico
O governo municipal de Estrela inaugurava a nova estrutura da Escola Pinheiro Machado, de Linha Geraldo Baixa. O educandário funcionava desde 1886, sob o nome de Escola São Miguel. Foi somente nos anos 1950 que foi municipalizada. Há 50 anos, no ano do Sesquicentenário da Imigração Alemã, Estrela pretendia inaugurar nove prédios novos
para as escolas de diversas localidades em 1974. A Pinheiro Machado era a segunda a ficar pronta e tinha custado cerca de 50 mil cruzeiros, com duas salas de aula e uma sala administrativa. O primeiro educandário que tinha sido inaugurado era em Linha Figueira e o próximo era no bairro Moinhos. Até hoje a Escola Pinheiro Machado funciona na localidade.
os anos 1940 e 1950 e mostra o principal acesso a Lajeado naquela época. A fotografia expõe o encontro das ruas Silva Jardim e Parobé, no Centro de Lajeado, próximo a barranca do rio. Ao fundo está o antigo supermercado Trierweiler. Naquele tempo também, a travessia entre Lajeado e Estrela era feita por uma balsa, no chamado Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul. A localidade foi nomeada Passo de Estrela porque era naquelas imediações que o rio ficava mais estreito e facilitava a passagem, o passo, até a Escadaria de Estrela.
Santo
As críticas iniciais foram reflexo da urgência e da necessidade imediata que a população sentiu em momentos de crise e para salvar vidas. No entanto, é importante e necessário reconhecer quando essas instituições, como o Exército, demonstram sua relevância e eficácia na resposta a desastres. O trabalho que o Exército Brasileiro está realizando na logística de distribuição de mantimentos, na limpeza das ruas e na construção de passadeiras e pontes temporárias é fundamental para a recuperação das áreas afetadas pela enchente no Vale do Taquari. Essa mudança de opinião mostra uma atitude justa e equili-
Jornalista e radialista
brada, reconhecendo os esforços e a importância das ações realizadas pelo Exército na região. A conti-
eficiente e eficaz.
Em meio às dificuldades que assolam o país, o Rio Grande do Sul tem mostrado que, apesar das adversidades, o orgulho de ser gaúcho continua mais forte do que nunca. Conhecidos pelo bairrismo e pelo jeito muitas vezes considerado arrogante pelo resto do Brasil, os gaúchos provam que, quando a situação aperta, a união e a solidariedade se tornam protagonistas. Os gaúchos, que muitas vezes são vistos como os “donos da verdade” por sua forte personalidade, têm dado um exemplo de cooperação e trabalho em equipe. Movimentos de apoio comunitário, campanhas de arrecadação e iniciativas de ajuda mútua têm sido frequentes, mostrando que o espírito de coletividade está enraizado na cultura local.
Em uma demonstração de ação comunitária, os moradores de Travesseiro reconstruíram por conta própria a pinguela entre a rua 20 de Março e Daniel Ahne em apenas dois dias. Esse esforço voluntário tem sido replicado em outras cidades da região, como Canudos, onde a população também fez conexões por conta própria. A recente enchente que devastou várias áreas do Rio Grande do Sul deixou muitos bairros isolados e sem acesso a infraestruturas básicas. No entanto, a resposta das comunidades afetadas tem sido um exemplo notável de resiliência e colaboração.
A decisão do estado, do DAER e de empresas terceirizadas de interromper o único acesso à região alta, via Colinas e Roca Sales, para realizar obras de melhoria gera críticas e incompreensão. Com a mobilidade já prejudicada, a situação piora significativamente durante as obras. Os motoristas entendem a necessidade de melhorias na infraestrutura, mas não aceitam a interrupção total do acesso principal sem alternativas viáveis. As alternativas propostas, como os desvios por Coqueiro Baixo e Nova Bréscia, são consideradas pouco práticas pelos moradores devido à maior distância e às condições críticas de alguns trechos dessas rotas.
mundo evoluiu e se transformou. Embora o futuro esteja aberto à grandes realizações, neste país parece que algumas personalidades que nos governam vivem no passado remoto, e não tem a menor noção do que isso possa significar.
O Vale do Taquari, todo o Estado, vive a maior tragédia da sua história. Todas as cidades foram fortemente atingidas pelos efeitos das enchentes. Muitas delas destruídas quase completamente. Centenas de vidas perdidas, inúmeras pessoas desaparecidas. Afora as vidas, famílias que perderam tudo o que conseguiram construir durante toda uma vivência de trabalho estão agora desabrigadas, dependendo de favores.
Aproveito a oportunidade para enaltecer todos, todos mesmo, os que estão trabalhando e nos ajudando a enfrentar essa crise. Se não fossem vocês, estaríamos numa situação muito pior.
E o que vemos? Vemos ambientalóides que se arvoram em protetores do meio ambiente - mas que não protegem nada,atribuírem a culpa dessa desgraça ao desmatamento da mata ciliar, ao “pum” das vacas, a grande quantidade de automóveis, ao aquecimento global, e praticamente defendem que voltemos a viver no tempo das cavernas.
Nós sabemos bem quem são os culpados. Não queiram arrogantemente nos dizer quem são.
Na entrevista das “autoridades” do “gabinete de crise” montado pelo governo estadual para administrar a situação caótica em que nos encontramos, todos falaram que a prioridade era salvar vidas. Ninguém discute isso.
No entanto, não ouvi ninguém falar sobre a criação de um “gabinete de soluções”. Preocupam-se em “discutir” os efeitos da crise, mas não se dignam sequer a dialogar sobre uma solução antecipada do problema, tipo: o que fazer efetivamente para resolver a adversidade que causa as enchentes. Vou contar para vocês uma história:
Júlio César, quando era general durante a Guerra Gálica (entre 55 e 53 a.C), mandou construir duas pontes sobre o rio Reno. O comprimento da primeira ponte tem sido estimado em 140 e 400 metros, com uma largura de 7 a 9 metros. A profundidade do rio era de 9,1 metros. A ponte foi construída com a madeira cortada das margens do rio pelos soldados. Construíram a ponte em menos de dez dias. No livro IV de seus “Comentários”, César descreve os detalhes de como a construiu. Fez isso acontecer mais de dois mil anos atrás. Só imaginem com que equipamentos.
Na virada para o século XIX, com a industrialização provocando um grande aumento na população urbana de Paris, novas obras de abastecimento fizeram-se necessárias. Em 1802, Napoleão Bonaparte ordenou a escavação de mais de cem de quilômetros de canais que trariam água limpa de rios da região diretamente para o centro da cidade. Um trecho do Canal de Saint-Martin, dentro de Paris, foi escavado com maior largura, para funcionar como um porto de carga e descarga do comércio fluvial regional. E fez isso acontecer, escavou um canal de mais de cem quilômetros, duzentos e vinte e dois anos já passados. Imaginem de novo com que equipamentos ele fez isso. E nós, em pleno século XXI, com toda a tecnologia que temos, não conseguimos controlar os nossos rios.
Diante do desastre que nos abate, o que o Brasil precisaria agora era de um grande líder que assumisse o controle dessa situação e dissesse: SALVEM-SE AS VIDAS E RECONSTRUA-SE TUDO (cidades, pontes, estradas, indústria, comércio, hospitais, postos de saúde, escolas, casas para os desabrigados, etc.) E NÃO INTERESSA QUANTO VAIS CUSTAR. Mas lamentavelmente esse grande líder não existe. Aqui no Brasil, faltam Césares e Napoleões, mas sobram inutilidades.
Quarta-feira, 22 maio 2024
Fechamento da edição: 19h MÍN: 16º | MÁX: 31º Quarta-feira de sol com algumas nuvens. Não chove.
ESTRELA
Com cerca de 200 famílias abrigadas em seis ginásios em Estrela, o governo municipal confirma a instalação de divisórias nos espaços. O objetivo é garantir mais privacidade às pessoas que estão abrigadas desde o início de maio devido à cheia histórica que atingiu o Vale do Taquari. Milhares de pessoas tiveram as residências destruídas no município em decorrência da tragédia.
A instalação das divisórias deve iniciar nos próximos dias e avançar até o mês de junho. Com seis abrigos abertos e registro de pessoas que já deixaram os espaços, a Secretaria de Assistência Social e Habitação (Sedeh) concluiu o levantamento de famílias em cada local. A secretária Renata Cherini explica a necessidade de entender o contexto fami-
Neste momento temos dados suficientes para saber quantas pessoas cada família têm e proceder com a colocação.”
Renata Cherin secretária de Assistência Social e Habitaçãoliar dos abrigados para avançar com a iniciativa.
“Neste momento, temos dados suficientes para saber quantas pessoas cada família têm e proceder com a colocação. São núcleos familiares com mais de cinco pessoas, assim como uniparentais”, esclarece a secretária. Além dis-
so, Renata aponta a importância de ter atenção aos vínculos entre as pessoas que residem nos abrigos.
Para auxiliar no entendimento de como funcionam as divisórias, o município recebe uma equipe de assistência social de Blumenau, Santa Catarina. O município também passou por catástrofe semelhante em 2008, quando registrou a destruição de mais de 2 mil residências em decorrência de deslizamentos e precisou manter parte da população abrigada.
De acordo com levantamento da prefeitura de Estrela, são mais de 2 mil residências destruídas ou danificadas. O prefeito Elmar Schneider aponta prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. Diante da situação, ele diz que nenhuma família ficará sem moradia e enquan-
to isso não acontecer, ficarão abrigados nos espaços cedidos pela prefeitura. O governo municipal trabalha em projetos para construção de novas unidades habitacionais. O plano mais avançado foi aprovado no início do ano com o objetivo de sanar os déficits ocasionados pelas cheias de 2023. São 100 residências por meio do programa Minha Casa Minha Vida Calamidade. Para viabilizar a construção, o município adquiriu um terreno no valor de R$ 600 mil no bairro Nova Morada. Outro projeto entregue pela Sedeh é de 400 unidades habitacionais via Poder Público. Além disso, o governo municipal avalia possibilidades de parcerias público-privadas. “Vamos reconstruir casas e oferecer moradias”, afirma Renata. Outro avanço é a aprovação de um projeto de lei que autoriza a prefeitura a receber, em doação, áreas de terras com mais cinco hectares para via-
Famílias por abrigo
São José Operário: 40 famílias
Cristo Rei: 68 famílias
Linha São José: 18 famílias
Boa União: 49 famílias
Pinheiros: 8 famílias
Novo Paraíso: 19 famílias bilizar a construção de novas moradias. A iniciativa facilita planos de habitação junto ao governo federal.
Empreendedores
ressaltam a importância de permanecer com empresas no município. Setores de comércio, indústria e serviços somam prejuízo de R$ 400 milhões
Os setores comercial, industrial e de serviços somam cerca de R$ 400 milhões em prejuízos em decorrência das cheias. Diante dos desafios em retomar o funcionamento, diversos empreendimentos reabriram as portas durante a semana. Somente na Coronel Mussnich, dezenas de espaços foram destruídos. Lojas em outros bairros também foram afetadas.
Como forma de impulsionar o setor, a Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) prorrogou os prazos de campanhas promocionais para incentivar a compra em empresas de Estrela. Além disso, o presidente Claus Wallauer destaca a parceria com a Cooperativa Sicredi Ouro Branco para linhas de crédito relacionadas à enchente.
“Associados da Cacis conseguem buscar linhas específicas com prazos de 72 meses para pagar, com até seis meses de carência”, explica Wallauer. Segundo ele, mais 60 empresas associadas à câmara foram diretamente afetadas pelas enchentes do mês de maio. Outra iniciativa viabilizada é a parceria com associações comerciais de Santa Catarina, para que possam auxiliar diretamente os empreendimentos em Estrela.
Campanhas promocionais são estendidas para atrair consumidores
P.A.+ retoma atendimento 24 horas
O aniversário de 148 anos de Estrela, celebrado dia 20 de maio, foi marcado pela retomada de importantes serviços. O P.A.+ no município reabriu a unidade e retomou as atividades na segunda-feira. A unidade de pronto atendimento opera 24 horas.
De acordo com o diretor do P.A.+, Agnaldo Machado, a capacidade de serviço no espaço é mais de 400 consultas ao dia. O espaço foi destruído pela força das águas durante a cheia e reconstruído em cerca de duas semanas. A unidade ca localizada na rua Coronel Mussnich, 672.
Busca por itens de construção
Localizada na rua Coronel Brito, no bairro Oriental, a Redemac Morelli também voltou a operar nesta semana. A loja foi fortemente atingida, mas segue aberta à população. A diretora Caroline Morelli destaca a grande movimentação e as promoções disponíveis no espaço.
“Montamos um balcão na entrada da loja até termos tudo remontado. Voltamos com as entregas de uma forma parcial. Quem precisa de material de construção, de produtos para reorganizar sua casa pode contar
conosco. Também estamos com diversas promoções de mercadorias que pegaram água, mas estão ótimas para uso”, destaca Caroline.
“Estrela precisa de nós para manter o uxo”
Depois de 20 dias da catástrofe, a Estrela Pneus retomou o atendimento ao público. Proprietário do empreendimento, Gerson Strehl ressalta a importância de continuar com a loja aberta em Estrela. “Vamos con ar no nosso cliente que está nos procurando. Estrela precisa de nós para manter o uxo. Infelizmente, nós tivemos uma perda muito grande, mas temos que manter a força. A expectativa é a maior possível dentro da possibilidade, dentro do nosso novo normal”, a rma
“Estamos nos reestruturando e com bom movimento”
Na rua Coronel Mussnich, a Casa Santo Nono foi um dos empreendimentos afetados. A retomada no comércio ocorre de forma gradual, a rma Gustavo Degasperi. “Ficamos 15 dias parados. Ainda estamos sem operação em alguns setores, mas estamos nos reestruturando e com bom movimento. Muitas pessoas perguntam sobre nossas frutas, que são conhecidas pela qualidade”, a rma. Além disso, ele destaca que o empreendimento permanece em Estrela, ainda que procure um local mais seguro.
Após espaço no bairro das Indústrias ser destruído pela enchente, ideia é manter unidade na mesma região e adequar projeto para construção de escolas modulares
E la
Com as atividades escolares retomadas normalmente nas unidades não atingidas ou danificadas pela enchente, inclusive com transporte escolar desde a semana passada, algumas permanecem suspensas, É o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leo Joas, que teve estruturas destruídas pelas forças das águas. São quase 600 alunos prejudicados na maior escola localizada no bairro das Indústrias.
Conforme Elisângela Mendes, secretária de Educação de Estrela, a Leo Joas não oferece mais condições de segurança para atender as crianças. Por conta disso, uma área no mesmo bairro está sendo estudada para que nova uni-
dade possa ser erguida. Neste momento, a prefeitura e secretaria trabalham na captação de recursos e busca por parceiros públicos e privados para iniciar as obras o mais breve possível.
Para que os alunos não percam muitas aulas, Elisângela reforça que, provisoriamente, está sendo organizado um roteiro de transporte que levará os alunos para a Emef Odilo Afonso Thomé com reorganização de espaço, atendimento presencial com os colegas e professores da Leo Joas. “Um espaço que é possível neste momento, seguro onde as crianças poderão ser atendidas. Os ajustes estão sendo feitos com adequação, compra de mobília para logo retomar as atividades.”
Além disso, está sendo feito um mapeamento dos alunos para saber onde estão morando, se permanecem no município, se estão em abrigos ou em outras regiões para que possam ser realocados para unidades mais próximas de onde estão e não prejudicar o ano letivo.
Elisângela destaca que um trabalho será feito de acolhimento a essas crianças, pois muitas sofreram traumas e o município vai disponibilizar
especialistas para atender essas demandas.
“Tratar de assuntos como as enchentes devem fazer parte do cotidiano e incluir esses temas para dentro das escolas, fazer parte da grade curricular, principalmente, dos municípios atingidos pelas cheias”.
Com projeto de construção de quatro novas escolas no município, no momento, Elisângela reforça que a ideia é a construção de escolas modulares já que seis foram atingidas pela enchente.
“O debate avançou bastante e estamos desde o dia 2 de maio trabalhando nisso, encaminhando toda documentação necessária para o governo federal e, tenho dito, que para o município e para a Educação é a construção de escolas modulares, esse é o projeto que melhor se encaixa neste momento. Vamos trabalhar dia e noite até que consigamos resolver todas essas questões. As famílias e nossas crianças podem ter certeza de que não descansaremos até que todas as crianças estejam de volta em ambientes seguros e adequados com as condições necessárias.”
Em encontro na Cacis, lideranças traçam estratégias e prioridade é construção de moradias.
Em reunião histórica ocorrida na manhã desta terça-feira (21), na sede da Câmara de Comércio Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (Cacis), lideranças de diversas de esferas do município discutiram estratégias para a reconstrução de Estrela.
Representantes da classe empresarial, da comunidade, clubes de serviço e do setor público, estiveram reunidos discutir as viabilidades de resolver as principais demandas relacionadas as consequências da catastrófica enchente ocorrida entre abril e maio. Atualmente cerca de 230 famílias se beneficiam do aluguel social, e estão nesta situação desde setembro. No encontro, que contou com a presença do prefeito Elmar Schneider, e de outros representantes do poder público municipal, o chefe do executivo reiterou que 500 novas moradias serão construídas através da Caixa Econômica Federal.
O desafio portanto seria arranjar uma área de terra para a construção de moradias para outras mil pessoas, que segundo a administração de Estrela, é a demanda que ainda não estava atendida no município. “Acabou se tendo por tanto a ideia de criar uma entidade, um novo CNPJ, a Associação Reconstrói Estrela, para canalizar recursos e buscar
aquisição de terras e viabilizar a construção dessas moradias através de ajuda de parceiros e também de busca desses valores de fora da região, através de uma grande campanha”, afirma o presidente da nova associação, o empresário Nilto Scapin.
“Nós já tivemos a sinalização de empresários interessados em colaborar com recursos para a viabilização dessas obras, mas também buscamos o alinhamento com o poder público para encontrar um caminho, e agora a busca é pela confirmação do local e também dos recursos necessários em sua totalidade, projetos e toda e toda a parte burocrática, e o setor privado busca justamente dar essas celeridade no processo e encontramos como o melhor caminho a criação desta nova associação”, manifesta o presidente da Cacis Estrela, Claus Wallauer.
Foi uma reunião produtiva que fez com que pudéssemos achar um caminho, e a grande demanda no momento é a realocação dessas pessoas para novas moradias, mas o Brasil e o mundo precisa olhar para Estrela, para que isso seja possível, precisamos de ajuda e de recursos de fora, e essa busca passa através desta associação” analisa o prefeito de Estrela, Elmar Schneider. Nos próximos dias ocorrem as tratativas com proprietários de áreas que possivelmente serão utilizadas para a instalação das moradias.
“É necessário compreender os moradores de áreas inundáveis”, diz João Schäfer
Vice-prefeito reafirma compromisso do governo municipal em realocar vítimas da cheia para regiões não inundáveis. Quanto às empresas, ele oferece espaço no prédio da antiga Cervejaria Polar
Estr E la
Vice-prefeito de Estrela, João Carlos Schafer (PSD), reitera o compromisso em ajudar a comunidade a se restruturar e se solidariza com moradores de áreas ribeirinhas, durante entrevista ao programa O Vale em Pauta, nessa segunda-feira, 20. Schäfer, ressalta que é necessário compreender que os moradores de áreas inundáveis, residiam naquela região por vários motivos e que se ali estavam, é porque em algum momento o governo municipal foi condizente com essa situação.
Entretanto, ele afirma que agora a prioridade é cuidar das vítimas e encontrar um novo local para estes indivíduos re-
começarem vidas. “Precisamos contribuir para que as pessoas não tenham mais preocupação com a elevação do rio. Para elas viverem uma vida digna e sem medo”, diz Schäfer.
O gestor municipal salienta que a procuradoria está trabalhando próxima aos órgãos do governo, para que as demandas sejam supridas de maneira ágil e sem empecilhos.
Em relação às empresas atingidas pelas inundações, ele convida os empresários a se instalarem na sede da antiga Cervejaria Polar. Schäfer menciona que o lugar oferece as instalações adequadas e que a oferta já é realizada há anos.
Cerca de 40 famílias montaram barracas utilizando materiais como madeira e lona. Município diz que ofereceu abrigo, mas que houve recusa por parte dos acampados
Estr E la
Cerca de 40 famílias ocupam uma área às margens da Transantarita, na ERS-129, em Estrela. Os moradores, oriundos do Loteamento Marmitt, bairro Moinhos e da Vila Tereza, montaram abrigos temporários utilizando materiais como madeira e lona. Uma das moradoras, Bruna Ferraz, explica que a ocupação tem como objetivo garantir um abrigo temporário para as famílias. “Queremos uma resposta. Montamos as barracas aqui porque precisamos de um espaço para morar. Não temos para onde ir. Vamos sair daqui, mas precisamos de um teto”, afirmou Bruna.
A Brigada Militar esteve no local e solicitou a retirada dos moradores, pois a área é particular. Foram oferecidos espaços em abrigos, mas
a proposta foi recusada pelos ocupantes, que alegaram superlotação e falta de segurança nos locais oferecidos pelo governo municipal. Conforme Bruna, a situação das famílias evidencia a urgência de políticas públicas eficazes para a habitação definitiva dos moradores afetados. Muitos tiveram suas casas totalmente destruídas. “Estamos dispostos a achar uma solução. Não queremos nada de ninguém, mas precisamos de um espaço”, detalhou. O governo municipal de Estrela afirma que prestou assistência a todas as famílias desabrigadas por conta da enchente e ofereceu abrigo, mas que os espaços foram recusados pelas pessoas que estão acampadas. Além disso, o município destacou que a ocupação é irregular e que o proprietário já solicitou a reintegração de posse via judicial.
Cidade de 6,5 mil habitantes é considerada a capital catarinense da energia eólica
bom retiro do Sul
Asolidariedade é um elo poderoso que une comunidades em tempos de necessidade. Neste contexto, a Administração Municipal de Água Doce, Santa Catarina, assumiu um papel de destaque ao adotar o município de Bom Retiro do Sul por meio da campanha SOS Solidário.
Em uma reunião online, representantes da Administração Municipal de Água Doce, juntamente com líderes e entidades, se encontraram com o prefeito Edmilson Busatto de Bom Retiro do Sul. O objetivo foi discutir as necessidades urgentes do município para a reconstrução, bem como a assistência à população de pouco mais de 8 mil habitantes.
Em nota, a prefeitura de Água Doce comentou que cada gesto de solidariedade conta, e toda ajuda é bem-vinda.
“É importante ressaltar que toda arrecadação será encami-
Divulgação
uma
nhada diretamente para Bom Retiro do Sul, garantindo que as contribuições cheguem diretamente às mãos daqueles que mais necessitam. Neste momento desafiador, convidamos toda a comunidade a se unir em um gesto de solidariedade. Cada doação, por menor que pareça, faz a diferença na vida daqueles que foram afetados por essa situação. Juntos, podemos fazer a diferença e ajudar Bom Retiro do Sul a se reerguer mais forte do que nunca. Colabore e faça parte dessa corrente de solidariedade”, destaca
Situada na região meio-oeste do Estado, Água Doce é o sexto
maior Município em extensão territorial de Santa Catarina. Com uma população de 6,5 mil habitantes, tem sua economia voltada ao agronegócio, com destaque do rebanho bovino de corte e de leite. Com regiões de clima e solo de características ímpares, situadas a 1300 metros de altitude, propicia condições de vento em velocidade e constância adequadas que favoreceram a implantação do maior conjunto eólico de Santa Catarina. A Capital Catarinense da Energia Eólica conta hoje com 109 aerogeradores, os quais além de contribuírem no incremento da matriz energética do Estado, são exemplo de sustentabilidade.
b om r etiro do Sul
Com uma geografia favorável e de fácil acesso a principal rodovia do Rio Grande do Sul, a BR-386, o poder público de Bom Retiro do Sul já está projetando a ampliação de seus distritos industrias e residenciais, oferecendo uma alternativa viável e segura para a realocação de empresas e instalação de novos empreendimentos.
A demanda por espaços fora de áreas alagáveis e com logística privilegiada colocam Bom Retiro do Sul entre as principais opções no Vale do Taquari para suprir as necessidades atuais de abrigar indústrias e espaços residenciais, surgidas após a catástrofe climática no início de maio.
Conforme o prefeito Edmilson
Busatto, estudos neste sentido já estão em andamento para identificar as áreas de terras mais propicias para atender esta demanda. Uma lei municipal de benefícios já em vigor torna o processo ainda mais ágil. “Nosso objetivo é identificar as demandas e dar os encaminhamentos necessários para acolher estas empresas ou famílias que buscam um local seguro para investir ou morar. Temos diversos benefícios e incentivos públicos que viabilizam a instalação de diversos segmentos de negócios”, destacou o prefeito Edmilson Busatto.
Ainda neste sentido, em decreto municipal será emitido que agilizará os trâmites necessários para viabilizar estes novos empreendimentos no município.
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A protagonista do processo penal
Sábado da malhação do Judas
Substância usada no tratamento da caspa
A mais antiga forma de música medieval Sentimento base da crendice
Fio de seda torcido para costura
Luiz (?) Scolari, técnico do Penta
Bicicleta dotada de propulsor
(?) Motta, cantor de "Outono no Rio"
Iguaria da culinária russa
Forma de tratamento formal (abrev.)
A água comum em poços perto da orla
Tipo de pilha
Estado dos EUA
Designação infantil para o genitor
Caixa de água aquecida
Dano
Alcaloide extraído do cacto peiote
Vocábulos com significações opostas
Pedra, em tupi Time catarinense É sagrada na Índia Poeira vegetal
(?) fogo: agir como o incendiário
(?) Damon, ator do Cinema
Sulco deixado pelo arado
Caminho marítimo Arte, em latim
Banda (?), a internet de alta velocidade (?) Costa: gravou a canção "Baby"
Fardo; peso
Vontade (fr.)
Neste lugar A do céu é azul
"Caçador de (?)", sucesso de Milton Caso, em francês
Ivone Lara, sambista carioca
Partícula de sobrenomes escoceses
BANCO 1 3/ars — cas — itá. 4/élan. 6/boiler — retrós. 7/salobre. 9/mescalina.
ÁRIES: Maneire nos gastos, tome cuidado com gente espertalhona e não acredite em promessas de ganhos fáceis.
TOURO: Tende a sair no lucro ao trabalhar em grupos, equipes e somar forças com os outros, mas ligue o radar da metade da manhã em diante.
GÊMEOS: Na paixão, interesse por alguém que conhece tende a aumentar e a noite pode reservar surpresas.
CÂNCER: Se está a fim de alguém, a noite será perfeita sem defeitos para exibir os seus encantos e impressionar o crush.
LEÃO: O astral deve ficar mais sussa com e as pessoas do seu convívio. Já no departamento amoroso, convém pegar leve no sentimento de posse.
VIRGEM: Na vida amorosa, procure mostrar mais de jogo de cintura e escolha bem as palavras para não provocar torta de climão.
LIBRA: No amor, o astral pode estar confuso e propenso a conflitos em alguns momentos, mas se você apostar na lealdade.
ESCORPIÃO: Na paixão, sua seducência e seu charme devem fazer sucesso na pista. O romance pode ter altos e baixos, mas ficará mais protegido.
SAGITÁRIO: Nos assuntos do coração, um misto de incerteza e inquietação tende a bagunçar as emoções e os contatinhos podem deixar a desejar.
CAPRICÓRNIO: A noite será ideal para fazer algo divertido com a galera. Na paixão, o sinal estará verdinho para definir o lance com alguém que você já admira.
AQUÁRIO: Para ficar longe de atritos e não bater de frente com quem trabalha ou convive, o conselho é ser mais paciente e controlar a teimosia.
PEIXES: Meça as palavras e mostre seu jeitinho, assim vai superar qualquer treta rapidamente.
Moradores de municípios aingidos pela enchente buscam imóveis para alugar em locais seguros
Pouco afetada pelas cheias do início de maio, Teutônia é procurada por moradores de cidades vizinhas para fixar residência. O crescimento preocupa os gestores municipais que buscam alternativas para promover um desenvolvimento sólido.
Subsecretário de Planejamento, Mobilidade Urbana e Segurança Pública, Alexandre Etgenton destaca que a cidade possui capacidade para crescer. Cita que com exceção do Bairro Languiru, os demais e as comunidades ainda têm
espaço para abertura de loteamentos e novos empreendimentos. “Apesar de sofrermos com alagamentos, a enchente não foi tão grande, então a procura para se residir aqui aumentou e temos que estar atentos.”
Teutônia é a segunda maior economia do Vale, segundo dados do IBGE de 2022. Etgenton salienta que o grande desafio para os próximos anos é criar rotas alternativas para não depender da Via Láctea e da estrada velha. “Teutônia cresceu e se desenvolveu entre três bairros, temos que cuidar para não repetir os mesmos erros do passado.”
O industriário William Klunk é um dos que migraram de Estrela para Teutônia. Natural de Bom Retiro do Sul, o industriário estava morando faz cinco anos no Bairro Alto da Bronze, em Estrela.
No dia 30 de abril, saiu do trabalho às 11h, com o Rio Taquari em 21m. Ao chegar em casa, conseguiu tirar alguns documentos, mobília e roupa. “O que não conseguimos tirar, levantamos, pois para entrar na nossa casa tinha que dar mais de 28m. Mas não imaginávamos que teríamos essa perda.”
Klunk destaca que comprou a casa faz dois anos e sequer havia terminado de pagar. Sobre o futuro, destaca que a casa não tem condições de ser habitada e precisa de um grande investimento.
O industriário destaca que estava entre Teutônia e Lajeado. Quando estava próximo de fechar negócio por uma residência em Lajeado, a irmã de um colega de trabalho pôs a casa para alugar em Teutônia. “Foram verdadeiros anjos em nossa vida.”
Sobre a readaptação, comenta que por mais que conhecesse Teutônia, é um processo novo. Em um primeiro momento, ele a esposa segui-
Corretores tentam colocar casas que estavam à venda para locação
rão trabalhando em Estrela.
“Ela vai locar um espaço para atender as clientes dela, mas só de saber que na próxima enchente não precisarei enlouquecer novamente, me dá a sensação de que estou tomando a decisão certa. Nesse início será um pouco mais complicado, mas no fim dará tudo certo”, enfatiza.
O corretor Anderson Machado destaca que se a empresa tivesse mais imóveis, teria locado todos. “O mercado já carecia de opções, e a enchente aumentou a demanda.” Comenta que a procura está muito grande por moradores de Estrela.
Estudo sobre risco de deslizamento não foi concluído. Cerca de 65 familias deixaram suas casas no dia 8 de maio
TEUTÔNIA
Após mais de 20 dias, os moradores de Linha Harmonia Alta e Fundos aguardam laudos do setor de engenharia da Prefeitura de Teutônia para retornar às suas residências.
Em um comunicado, a Administração Municipal informa que os profissionais visitaram, avaliaram o local e irão emitir um documento ao longo da semana com o panorama da situação. Ainda diz que a área de alto risco é menor do que a avaliada inicialmente. Entretanto, a orientação é que todos os moradores deixem as casas quando houver acúmulos de chuva, como os que estão previstos para acontecer entre quinta-feira e sábado.
“Neste momento, não exis-
te possibilidade de emitirmos uma nota concreta em virtude de serem necessárias mais avaliações. Por questão de segurança, é irresponsável publicarmos que as pessoas podem retornar às suas casas. Há risco. A situação é instável. Ainda não identificamos a proporção do problema”, diz ainda o comunicado. No começo de maio foram constatadas alterações de relevo, denominadas de movimentação de massa do tipo rastejo. A primeira orientação de evacuação foi emitida pelo município no dia 2. No dia 4, o alerta foi
reforçado. Em 8 de maio, o poder público municipal recebeu recomendação da Promotoria da Defesa Civil Regional para orientar, mais uma vez, a evacuação imediata das localidades. Na mesma data, equipes se deslocaram até a região de risco para notificar os moradores sobre a orientação de evacuação em razão das condições climáticas, da movimentação do solo já existente no local e recomendação da Defesa Civil Regional e do Ministério Público. Foram mapeadas 65 residências em Linha Harmonia Alta e Fundos.
Espetáculo “Pra Sempre Sertanejo Solidário”, apresentando pela Orquestra Henrique Uebel, tem meta de arrecadar R$ 100 mil
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
TEUTÔNIA
Em uma iniciativa para auxiliar Estrela na reconstrução pós-cheia, diversas entidades de Teutônia se reúnem para organizar evento que tem por objetivo arrecadar recursos. A Orquestra Henrique Uebel apresenta, junto aos convidados, o show “Pra Sempre Sertanejo Solidário” no dia 24 de maio, na Associação da Água. Todo o valor arrecadado será destinado para escolas atingidas no município de Estrela. Os ingressos estão disponíveis para venda nas Lojas Certel, com integrantes da organização e no aplicativo Corujas, pelo
Orquestra Henrique Uebel se apresenta junto aos convidados
valor de R$ 30. Na entrada do evento também será solicitado um quilo de alimento não perecível. A expectativa é arrecadar mais de R$ 100 mil, bem como uma tonelada em itens alimentícios. Os Grupos Folclóricos de Danças Alemãs de Estrela deve auxiliar na escolha das escolas que serão beneficiadas. Organizador do evento, Marcelo Brentano diz que Estrela foi escolhida por ser a cidade mãe de Teutônia e de outros
municípios do Vale do Taquari. O evento ocorre no dia do aniversário de Teutônia. Entre as presenças confirmada estão Thomas Machado, Nando Rosa e Laura Dalmaz. O espetáculo “Pra Sempre Sertanejo” foi apresentado durante o mês abril. Diante do sucesso, o maestro Lucas Grave explica que surgiu a ideia de repetir o show, mas desta vez com intuito de auxiliar o município vizinho.
No começo de maio foram constatadas alterações de relevo