Fim de semana, 13 e 14 de fevereiro de 2016
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Apesar das mudanças, o Carnaval de rua se mantém. Neste sábado, blocos se apresentam
Carnaval de rua desempenha papel social Programação deste sábado prioriza atrações culturais e atividades de prevenção a DSTs Lajeado
O
cancelamento da agenda de Carnaval em cidades da região impôs mudanças, mas não acabou com o brilho da festa. No município não há desfile, mas uma celebração que marca a época ocorre neste sábado no Parque dos Dick, a partir das 20h30min. De acordo com a secretária de Cultura e Turismo (Secultur), Arilene Dalmoro, a mudança de formato proporcionará uma economia de 30%, comparando com 2015. A intenção, revela, é realizar um baile a céu aberto, em função de não haver condições de arcar com o apoio financeiro para escolas de samba. Mesmo com a remodelação, recorda, todas as entidades culturais que já participaram da folia na cidade foram convidadas. Confirmaram presença o Bloco dos Palhaços, Bloco da Prevenção e o grupo Samba Reggae.
O palco que abriga as apresentações foi instalado na rua Santos Filho, em área próxima ao quiosque do Parque dos Dick. A via que recebe os foliões está fechada desde sexta-feira à noite e a circulação de veículos fica impedida até a retirada da estrutura. Conforme Arilene, neste ano, a única despesa é referente ao paga-
mento de R$ 10 mil para a banda Barbarella, contratada para animar a festa. A área no entorno recebe a instalação de uma praça de alimentação e banheiros químicos.
Tradição Segundo a coordenação do Bloco dos Palhaços, o grupo mantém a participação no Carnaval local, mesmo sem receber ajuda de custo. A entidade, hoje formada por mais de 130 integrantes, desfila no município faz 44 anos.
Conscientização
Festa popular em Lajeado, na rua Santos Filho, a partir das 20h30min
O Bloco da Prevenção, organizado por servidores da Secretaria de Saúde (Sesa), participa da festa com um objetivo sério. De acordo com a coordenadora do Serviço de Atenção Especializada (Sae), Waldirene Bedinoto, o propósito é distribuir informativos sobre a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). É o terceiro ano que o grupo parti-
cipa do evento. Nesta edição, cerca 200 amigos, parentes e voluntários, integram a equipe. É uma forma de lembrar, destaca, que é preciso se cuidar, independentemente da
época. “O trabalho de prevenção tem que ser realizado durante o ano inteiro, algumas datas nós intensificamos ações para que as pessoas se cuidem cada vez mais”, pondera.
Viés social O grupo Samba Reggae, coordenado pelo mestre de capoeira Paulo Narciso, conhecido como “mestre Carcará”, traz para o evento matrizes culturais africanas. Não haverá samba-enredo ou fantasias temáticas, lamenta, mas a música está garantida. Conforme Carcará, roda de capoeira, samba de roda, uma minibateria com repertório dedicado a ritmos do Olodum e performances acrobáticas fazem parte da apresentação. Para ele, o dia também marca a realização
de um sonho. Às 10h, será lançado o projeto social Saia da Rua e Entre na Roda. A ideia é evitar a evasão escolar por meio de treinos de capoeira e oficinas de música. As atividades são gratuitas e se concentram no ginásio do bairro Conservas. Os primeiros alunos serão convidados a acompanhar o Samba Reggae na apresentação de Carnaval. “Queremos fazer um trabalho que tenha retorno para a sociedade, resgatar a cidadania do morador da periferia”, conclui.