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MONUMENTOS DE FÉ

O único monumento que não teria como mote central a religiosidade. Pela proposta apresentada pelo governo municipal, a ideia é construir uma estátua de um gaúcho gigante no morro São José. O parque de 19,5 hectares daria visão para os municípios de Colinas, Teutônia, Fazenda Vila Nova, Estrela, Cruzeiro, Lajeado, Santa Clara e a zona urbana de Arroio do Meio. O investimento previsto atinge R$ 50 milhões.

Um São José com o menino Jesus nos braços. A ideia é fazer o busto no morro do Parque dos Lagos. O complexo ainda teria uma tirolesa do monumento, passando por diversos pontos do parque. Um investimento estimado entre R$ 3 milhões até R$ 5 milhões.

Encantado

Em fase inicial, a proposta é construir um monumento em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes. A ideia é lançar o projeto no fim do ano. A estátua se complementaria com a gruta de basalto, a maior da América Latina.

O empresário Robison Gonzatti projeta um parque com um rosário gigante. Fica em um terreno de 100 mil metros quadrados. A ideia é construir59 capelas, de seis metros de altura por cinco de diâmetro, no formato das contas de um rosário, em homenagem a uma Nossa Senhora.

Guaporé pode ser considerada como a cidade com maior experiência sobre atrações turísticas entre as demais do Vale do Taquari. A história começou em 1969, com a inauguração do Autódromo Internacional.

A atração obrigou movimentos por parte de empreendedores. Restaurantes, pousadas, rede de hotéis, cafés, quiosques, precisaram se qualificar para atender os visitantes. Junto com a tradição nas atividades de bijuterias e de roupas íntimas femininas, se consolidou como destino turístico em diferentes vertentes. Aventura, gastronomia e de compras. Afora essas áreas de atuação, Guaporé ainda faz parte de duas regiões. Além de estar na Amturvales, também integra roteiros da Serra Gaúcha. “Temos duas governanças. Na Serra, uma associação mais experiente, já consolidada. Agora também com o apoio do Vale do Taquari”, frisa o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Odacir Toldi.

O fato de estar em duas regiões favorece por receber visitantes de diferentes rotas. “Estamos em um triângulo. Temos vinda de pessoas do Planalto Médio, da Serra e do próprio Vale do Taquari”. Guaporé tem características da Serra, com o enoturismo e, pela proximidade, passou a ser também uma escolha de quem vai até o Cristo Protetor.

Caracter Sticas Do Trabalho Local

Pontos relacionados a mão de obra comuns nos empreendimentos locais:

A proposta é de uma estátua da padroeira da cidade, com 25 metros de altura, com capela, templo e terraço. O município busca recursos para confirmar o projeto. O orçamento previsto alcança R$ 5,7 milhões.

Empresários e pastores pretendem construir um museu cristão em formato de uma bíblia. A edificação teria 12 andares, em um terreno da Comunidade Evangélica Cristo Vive. O complexo terá aqueduto de pedras, jardim, uma tenda de Moisés, a casa do carpinteiro. A ideia é inaugurar o espaço em outubro de 2024.

• CARREIRA

O Vale do Taquari precisa de profissionais especializados, como guias turísticos e funcionários para restaurantes e para hotéis. Na mesma medida em que os empreendimentos crescem, aumenta a demanda um atendimento mais qualificado.

• ATUAÇÃO EMPRESARIAL

A experiência dos empreendedores, a busca por qualificação sobre turismo e a visão de futuro funcionam como propulsores dos negócios;

Busca De Talentos

De acordo com Kern, frente a dificuldade de encontrar pessoas com alguma qualificação, a alternativa é peneirar talentos de outros segmentos e treinar no dia a dia. Um deles é o recepcionista Carlos Sander. Nos dias da semana, atua em uma indústria. Sábados e domingos está no Duas Meninas. “Recebi o convide do diretor do complexo. Com muito orgulho fui o primeiro colaborador do Garden”, diz. Todo o preparo para atuar foi direto com o proprietário, Joner Kern. “Desde o primeiro dia fui trabalhar na área de recepção. Virei o primeiro ponto de contato entre o visitante e o empreendimento.”

De acordo com ele, há uma grande responsabilidade, especialmente quando há problemas em momen-

Sem Espa O Para O Amadorismo

“Costuma ser assim: quando o turista vem, os empreendedores abraçam. Buscam melhorar os atrativos, garantir serviços contínuos de alimentação e hospedagem”, analisa o presidente da Amturvales, Charles Rossner.

A afirmação dele reflete como o turismo obriga a uma revisão cultural. “A ideia de trabalhos de segunda a sexta-feira é uma que muda. Os visitantes vêm mais nos fins de semana. Então o restaurante não pode estar fechado.

A padaria, o café. Ainda temos barreiras neste sentido, inclusive tem sido difícil de romper.”

Em cima disso, realça o trabalho feito nas gestões passadas da Amturvales para despertar empreendedores e também os trabalhadores. Na avaliação de Rossner, o Vale do Taquari tem avançado, no entanto, há um caminho até se consolidar como destino turístico.

O momento é de aproveitar as oportunidades, afirma. Fazer com que mais parceiros integrem os projetos de rotas e de empreendimentos. Junto com isso, alinhar exigências legais para garantir

• TREINAMENTOS E CURSOS

Aumentar o patamar da região pressupõe profissionalização. Amturvales e instituições de ensino aproximam diálogos para atender demanda do mercado por mão de obra especializada; atendimento aos turistas nos feriados e fins de semana. “Atender bem, conhecer os atrativos, ter uma boa comunicação, são exigências nesta área. Então, o projeto do Vale turístico é contínuo e precisa de muita integração entre as forças da sociedade.”

Formar trabalhadores deve ser uma missão do Vale nos próximos anos. “Não basta apenas oferecer cursos, mas é necessário que as pessoas compreendam a profissionalização e enxerguem as diversas áreas do turismo como verdadeiras profissões, e não apenas trabalhos temporários ou complementares.”

Profissionalizar garçom, camareiras, manobristas, cozinheiros e tantos outros profissionais é fundamental. “Há preconceito com algumas áreas. Essas atividades não podem ser vistas como ‘bicos’. Não há espaço para amadorismo. No turismo, o trabalho de excelência gera uma carreira estável e promissora.”

Rossner menciona a necessidade de formação de mestres em restaurantes, sommeliers de vinho e cerveja fixos em estabelecimentos, além de profissionais especializados em outras áreas do turismo.

• FAMÍLIAS ENVOLVIDAS

Conforme a Amturvales, o sucesso e continuidade dos atrativos depende do envolvimento das famílias;

Atra O Com Presen A Da Fam Lia

O Complexo Duas Meninas Garden, em Arroio do Meio, se formou a partir da cabanha. O trato de cavalos crioulos sempre foi uma paixão de Joner Frederico Kern. Empresário do ramo imobiliário, resolveu investir na propriedade da família.

Foi convidado em 2018 por um grupo de empresário para fazer parte de uma rota turística. A ideia de uma atração ligada aos costumes campeiros em uma região de imigração germânica. Ter profissionais preparados sempre foi um desafio. “Na cabanha, temos poucas opções de pessoal. É muito difí- tos de alta demanda. “É preciso ter muita paciência, perseverança e flexibilidade para lidar com as situações e manter a qualidade do atendimento.”

Para ele, dividir a atuação entre o mercado formal e o turístico é uma experiência transformadora. “É simplesmente fantástico, pois são dois mundos diferente e ao mesmo tempo semelhantes. Temos a pressão produtiva, a busca pela qualidade, cumprimento de metas, produtividade, organização e velocidade do mercado formal. Já o outro, perto da natureza, dos animais e no atendimento ao público. De semelhante, as duas áreas envolvem o gerenciamento de recursos e estratégias. Está soma me completa”, realça.

Durante

cil conseguir gente para trabalhar. Até por que essa lida é mais presente nas regiões de origem açoriana.”

Hoje, há outras duas atrações. O jardim e o cactário. As novidades só foram possíveis com o envolvimento das duas filhas, diz Joner.

“Em agosto de 2020, a minha filha mais velha, a Laís, me perguntou: ‘como posso ajudar a cabanha no turismo?’. Eu disse?: ‘convida tua irmã e tua mãe. Em seguida todas estavam pensando no complexo juntas.”

Com a conjunção de ideias, a cabanha se tornou no complexo Duas Meninas Garden. Entre as atrações, estão balanços gigantes, espaços para descanso e contemplação, interação com animais na Fazendinha do Vovô, experiência kids com pracinhas e brinquedos infantis, Bosque Encantado com personagens da Disney e uma diversidade de ambientes.

Aumentar A Participa O Da Sociedade

Empreendedor do turismo, um dos responsáveis pelo Perau do Facão, em Arvorezinha, Valdacir Antônio Bresciani, começou a apostar no potencial da parte alta faz quase 30 anos. “Enfrentei dificuldades para fazer as pessoas acreditarem. Felizmente, nos últimos anos, projetos como o V13, o Trem dos Vales e o Cristo Protetor despertaram na população, na iniciativa privada e no setor público, a visão de geração de emprego e renda.”

Ainda assim, acredita que falta interação e a crença nesse desenvolvimento. “No entanto, estamos caminhando para destacar a região como um destino consolidado. Iniciei minha jornada acreditando nesse potencial em 1995, quando comecei a pensar em atividades turísticas.”

Ele comprou parte da área e começou com o Parque das Araucárias. Oferecia hospedagem em meio a natureza. O ano era 1999. Depois disso, passou a diversificar os serviços, adicionando áreas de camping e visitação.

O grande salto veio faz três anos, com o Cânion Perau do Facão, um atrativo que estava abandonado. “Durante muito tempo, tentei convencer os proprietários da área a investir em infraestrutura para visitação, mas a maioria preferiu vender. Apenas uma família aceitou a proposta, e eu acabei comprando a área.”

Em concurso feito pela internet, o Perau do Facão foi considerada a cascata mais bonita do RS. Desde a abertura, mais de 8 mil pessoas visitaram o local. Além de Valdacir Bresciani, o outro sócio é Celso Portaluppi. O cânion faz parte da Rota da Erva Mate na região Alta do Vale do Taquari.

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