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Governo municipal decreta emergência devido à estiagem
Perdas contabilizadas passam dos R$ 27 milhões, sobretudo no plantio de milho e soja. Governo aumentou monitoramento no início do mês e encaminhou publicação do decreto após necessidade de distribuição de água
Jhon Willian Tedeschi jhon@grupoahora.net.br
ESTRELA
As perdas causadas pela estiagem fazem com que Estrela seja mais um município a decretar situação de emergência. O documento foi assinado nessa quarta-feira, 22, para que produtores consigam formalizar pedidos por seguros e o governo esteja apto a receber auxílio em nível estadual e federal. Os prejuízos nas lavouras estão estimados em cerca de R$ 27 milhões.
Os critérios para que fosse encaminhado o decreto vinham em avaliação desde o início do mês por parte da Emater-RS/Ascar, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Estrela e da admi- nistração municipal. Com a necessidade de abastecimento de água em alguns pontos da cidade, ficou consolidada a situação de prejuízo social, além do econômico.
A Emater entregou ao executivo um relatório onde os prejuízos totalizam R$ 27,6 milhões, entre perdas na soja, milho, silagem e pastagens. O documento aponta que os agricultores do município fizeram financiamentos que somam R$ 13,3 milhões para investimento nas propriedades.
O presidente da entidade sindical, Rogério Hemann, destaca que as perdas no milho plantado mais tarde, entre setembro e outubro, foram quase totais. “Este milho não serve nem para silagem, nem para o trato animal, porque não tem nada de grãos, a espiga sequer se desenvolve”, explica. A soja teve entre 50% e 60% de perdas.
Além dos prejuízos nas culturas de grãos, produtores de leite e hortifrutigranjeiros também registraram perdas.
Uma propriedade na área ru-
Maiores prejuízos foram na produção do milho plantado entre setembro e outubro, que tiveram quase perda total ral, nas proximidades do limite com Bom Retiro do Sul, recebeu abastecimento de água na semana passada, o que caracteriza prejuízo social no município. A Defesa Civil se mantém alerta para eventuais necessidades, para direcionar caminhões-pipa até os locais que precisem.
Chuva não reverte quadro
A semana passada teve um volume de chuvas importante, conforme o dirigente, mas insuficiente para evitar a publicação do decreto. “Em alguns lugares chegou a chover 150 milímetros, em outros ficou entre 90 e 100 milímetros. Hoje, ao olhar para o meio rural, já se vê um verde novamente, o que não era mais visto, com gramas secas”, pontua Hemann, que comemora o fato do volume não ser acompanhado de um temporal. “Era uma preocupação, diante do calor que estava”, acrescenta.
Homologação estadual e federal
A partir da publicação do decreto, a documentação é protocolada no sistema do governo do estado. Entre os documentos, laudos de assistência social e da Emater. Posterior a isto, os dados são encaminhados para validação em nível federal. Na microrregião, Bom Retiro do Sul, Fazenda Vilanova e Imigrante também decretaram situação de emergência – no entanto, nenhum dos municípios teve a condição homologada.
E-Log avança para licenciamento de área às margens da BR
Jhon Willian Tedeschi jhon@grupoahora.net.br
ESTRELA
Os gestores da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log) preparam mais um espaço para utilização no complexo portuário. A autarquia fez a topografia de uma área verde com 12,5 hectares, às margens do Rio Taquari, do Arroio Boa Vista e da BR-386, e teve o licenciamento ambiental protocolado. Em paralelo, foi solicitada a licença de operação para a estrutura da sede da E-Log.
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O objetivo é atrair empresas interessadas em ocupar esta área, pela posição estratégica no âmbito logístico. O pró- ximo passo para viabilizar o uso do local será receber uma autorização para supressão da vegetação existente. O departamento de meio ambiente do município deve finalizar nesta semana um estudo para indicar esta possibilidade.
A direção da E-Log demonstra grande expectativa, pela amostragem de empreendedores que desejam atuar no local.
A presidente Elaine Strehl atesta o potencial da área. “Empresas nos procuraram interessadas pelo espaço”, garante.
Ela acrescenta que a ideia é fazer um processo de cessão semelhante ao proposto para o espaço dos silos operados pela Nutritec e que será con- firmado no início de março para os cochos de recebimento de areia. “Seria a cessão de uso de uma terra nua”, explica. Entre as possibilidades citadas pela gestora, estão a instalação de um posto de combustíveis, hotel ou restaurante, para aproveitar a localização do espaço lindeiro à BR-386. “A empresa que se habilitar à área será responsável pela construção da estrutura para o fim especificado”, conclui.
Área com mais de 12 hectares ca ao lado do espaço operado pela Nutritec e às margens do Rio Taquari e da BR-386