AH - Pensar | 24 de janeiro de 2015

Page 1

Caderno Especial Lajeado, 124 Anos Janeiro de 2015 Jornal A Hora

124 anos

A cidade com maior PIB da região completa 124 anos na segundafeira. Em alusão, Pensar Lajeado compara qualidades e carências de um município que cresce em vários setores, mas insiste em ignorar o planejamento ordenado.




4

Abertura

JANEIRO DE 2015

3x4 atual População:

76 mil habitantes

Agropecuária:

Área:

estabelecimentos

90km2

Empregos formais:

Indústrias:

35,2 mil

879

Orçamento municipal:

Construção Civil:

R$ 264 mi

574 empresas

Limites:

45

Estrela, Arroio do Meio, Marques de Souza, Cruzeiro do Sul, Santa Clara do Sul, Forquetinha.

Comércios:

3.024 Serviços:

3.195 registros

(*) Os dados do IBGE referem-se ao levantamento mais recente, feito em 2013

Fundado em 1º de julho de 2002

Publicação do jornal A Hora. Todos os direitos reservados Lajeado - Vale do Taquari - RS

Diretor Geral: Adair Weiss Diretor Editorial: Fernando Weiss Diretor Administrativo: Fabrício de Almeida Diretor Comercial: Sandro Lucas

Redação Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS ahora@jornalahora.inf.br www.jornalahora.inf.br

Textos: Thiago Maurique, Filipe Faleiro e Rodrigo Martini. Arte: Gustavo C. da Silva Revisão: Daniela Maronesi Coordenação editorial: Fernando Weiss

Tiragem desta edição: 7.300 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) Proibida a venda avulsa



6

JANEIRO DE 2015

Editorial ARQUIVO

Aplausos, mas sem

A

o analisar os Ă­ndices de desenvolvimento e evolução de uma cidade, critĂŠrios bĂĄsicos determinam o conceito. Taxas de desemprego e de analfabetismo, renda per capita, PIB, orçamento municipal, desempenho †ƒ• ‰‡•–Ù‡• Â’ĂŻÂ„ÂŽÂ‹Â…ÂƒÂ•ÇĄ ’‡”ƤÂŽ ‡Â?’”‡‡Â?†‡†‘”ǥ Ž‘…ƒŽ‹œƒ­ Â‘ ‰‡‘‰”žƤÂ…ÂƒÇĄ •‡‰—rança e economia. Todos somam o grau de qualidade de vida, perspectivas e projeçþes em uma comunidade. Lajeado faz dia 26 de janeiro, 124 anos. NĂŁo imaginavam os primeiros imigrantes, atraĂ­dos pelas ĂĄguas do Rio Taquari, que a terra que “descobriamâ€?, se tornaria, sĂŠculo depois, a principal cidade regional e uma das referĂŞncias do Estado. O tempo foi generoso, embora

geraçþes subsequentes atĂŠ a atual ignorem preceitos simples para deixĂĄ-la melhor do que jĂĄ ĂŠ. Lajeado ĂŠ a cidade-polo porque conquistou ‡•’ƒ­Â‘Ǥ ‡— ’‡”ƤÂŽ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?tista, a partir da iniciativa privada ousada e inquietante que soube ocupar e explorar a ĂĄrea. AliĂĄs, estĂĄ na determinação e iniciativas dos empreendedores de ontem a inspi”ƒ­ Â‘ ’ƒ”ƒ •—’‡”ƒ” ĥ †‹Ƥ…—Ž†ƒ†‡• †‡ hoje. Enquanto chegam mais de mil novos moradores por ano, a cidade engatinha em programas de desenvolvimento sustentĂĄvel e ordenado. Projetos de governo com validade de quatro anos se sobrepĂľem a planos duradouros, mantidos pela gana polĂ­tica e briga pelo poder. Cada vez mais comprimida em

ƒ”ƒ †‹‰Â?‹Ƥ…ƒ” a denominação †‡ Â…Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡ÇŚÂ’Â‘ÂŽÂ‘ †‘ ÂƒÂŽÂ‡ÇĄ ƒŒ‡ƒ†‘ Šž †‡ ƒ’”‡••ƒ” ‘• ’ƒ••‘•Ǥ

seus parcos 90 km², Lajeado sofre com pressĂŁo natural decorrente do crescimento urbano. Ao longo dos anos fez apostas. Encontrou caminhos, adotou rotas e fez desvios para se consolidar como polo da indĂşstria, comĂŠrcio e serviços da regiĂŁo. Passou a ser o principal destino de quem „—•…ƒ ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• Â?‘ Vale do Taquari. Os ganhos sĂŁo maiĂşsculos. Varia etnia e cultura, dinamiza os negĂłcios, aumenta a renda. E cresce. Reportagem das pĂĄginas 8 a 17 mostra a dimensĂŁo e as vantagens da cidade que avança para todos os cantos. Por outro lado – e sempre tem um – hĂĄ um longo caminho a percorrer. Para piorar, exige-se agilidade, quase pressa. As Ăşltimas dĂŠcadas expĂľem avanços


Editorial

JANEIRO DE 2015

7

ANDERSON LOPES

Em nome do leitor

N

euforia importantes da iniciativa pĂşblica, que comemora ano a ano, crescimento na arrecadação de impostos e no orçamento municipal. Muita coisa Ƥ…‘— ’‡Ž‘ …ƒÂ?‹Â?Š‘Ǥ ‡’‘”–ƒ‰‡Â? †ƒ• ’ž‰‹Â?ĥ Í?ͤ ƒ ͞ͼǥ Â?‘•–”ƒ ‡••ƒ ’ƒ”–‡ †‡ Lajeado que estĂĄ no papel. Parque Â?ž—–‹…‘ǥ …‡Â?–”‘ ƒÂ?–‹‰‘ Â”Â‡Â‡Â•Â–Â”Â—Â–Â—Â”ÂƒÂ†Â‘ÇĄ †‹…Â?‡• …‘Â?–”ƒ ‡Â?…Š‡Â?–‡•ǥ Â?‘˜ƒ• ‡ Â‡Â•Â–Â”ÂƒÂ–ÂąÂ‰Â‹Â…ÂƒÂ• ’‘Â?–‡•Ǥ •–ƒ• ‡ ‘—–”ƒ• propostas estĂŁo sob a mesa do prefei–‘ —À• ‡”Â?ƒÂ?†‘ …ŠÂ?‹†–Ǥ …‘Â?—Â?‹†ƒ†‡ ƒ‰—ƒ”†ƒ ƒÂ?•‹‘•ƒ ’‘” ‹Â?˜‡•–‹Â?‡Â?tos, exemplo daquele no bairro Santo Â?Â–Ă˜Â?‹‘ǥ ƒ „‡Â?‡Ƥ…‹ƒ” Í Í Í¤ ˆƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹ÂƒÂ• …‘Â? ’”‘Œ‡–‘ Šƒ„‹–ƒ…‹‘Â?ƒŽǤ Â?ƤÂ?ÇĄ ‡Â?•ƒ” ƒŒ‡ƒ†‘ †‡•–‡ ƒÂ?‘ compara o que deu certo com os ’”‘Œ‡–‘• ’‘•–‘• Â?‘ ’ƒ’‡ŽǤ ’Žƒ—†‡ as virtudes e potencialidades, mas

…‘Â?–”‘Žƒ ƒ ‡—ˆ‘”‹ƒǤ ‘—•ƒ†‹ƒ dos primeiros colonizadores, “—‡ Â? Â‘ …‘Â?Š‡…‡Â?†‘ ĥ Â?ƒ”‰‡Â?• do Taquari, desceram dos naÂ˜Â‹Â‘Â•ÇĄ ƒ””‡‰ƒ­ÂƒÂ”ƒÂ? ĥ Â?ƒÂ?‰ƒ• ‡ –”ƒ„ƒŽŠƒ”ƒÂ?ÇĄ Â?‘• •‡”˜‡ †‡ ‡š‡Â?’Ž‘ ’ƒ”ƒ †‡•ƒ–ƒ” Â?ו ‡ Â•ÂƒĂ€Â”Â?‘• do marasmo. ••ƒ Âą ƒ Â?‡Â?•ƒ‰‡Â? †‘ …ƒ†‡”Â?‘ ƒŽ—•‹˜‘ ƒ‘• Í?ÍžÍ ÂƒÂ?‘•Ǥ ƒ”ƒ †‹‰Â?‹Ƥ…ƒ” ƒ †‡Â?‘Â?‹Â?ƒ­ Â‘ †‡ Â…Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡ÇŚÂ’Â‘ÂŽÂ‘ †‘ ÂƒÂŽÂ‡ÇĄ ƒŒ‡ƒ†‘ Šž †‡ ƒ’”‡••ƒ” ‘• ’ƒ••‘•Ǥ ’”‹Â?‘”ƒ” o serviço pĂşblico, ousar em proŒ‡–‘• ‡ ƒ••—Â?‹” ‘ ’”‘–ƒ‰‘Â?‹•Â?‘ que se espera do municĂ­pio que …‘Â?…‡Â?–”ƒ ÍžÍ&#x;Ď„ †‡ –‘†ƒ ’‘’—Žƒ­ Â‘ ”‡‰‹‘Â?ƒŽ ‡ –‡Â? ‘”­ÂƒÂ?‡Â?–‘ •—’‡rior ao da soma de uma dĂşzia de ˜‹œ‹Â?Š‘•ǥ †‡Ž‡ ‡Â?ƒÂ?…‹’ƒ†‘•Ǥ

o primeiro ano de mandato do ’”‡ˆ‡‹–‘ …ŠÂ?‹†–ǥ ‡Â? ͜͞Í?Í&#x;ÇĄ ‘ jornal A Hora ‘—˜‹— ÍĄÍœ ŽƒŒ‡ƒ†‡Â?•‡•Ǥ „”‹— ‡•’ƒ­Â‘ ’ƒ”ƒ ˆ‘”Â?ƒ–ƒ”‡Â? ’‡”‰—Â?–ƒ• †‹”‡–ƒ• ƒ‘ …Š‡ˆ‡ †‘ š‡…—–‹˜‘Ǥ Vindas de todos os bairros, questĂľes abordaram os mais variados setores da administração pĂşblica e reiteraram temas e preocupaçþes eloquen–‡•Ǥ Â? †‹ƒ‰Â?ו–‹…‘ •‘„”‡ ‘• Â?ƒ‹‘”‡• anseios da população, traduzido em ÍĄÍœ ’‡”‰—Â?–ƒ•Ǥ Pela primeira vez, um prefeito iniciou o mandato com uma lista de –ƒ”‡ˆƒ• †ƒ •‘…‹‡†ƒ†‡ “—‡ ƒ Š‘Â?”‘— …‘Â? ƒ †‹•–‹Â?­ Â‘ †‡ ‰‘˜‡”Â?ÂžÇŚÂŽÂƒǤ • ÍĄÍœ ”‡•’‘•–ƒ• ˆ‘”ƒÂ? –‡Â?ƒ …‡Â?–”ƒŽ †‘ caderno especial publicado no ano ’ƒ••ƒ†‘Ǥ žǥ …ŠÂ?‹†–ǥ †‡Â?‘…”ƒ–‹…ƒÂ?‡Â?–‡ǥ ”‡•’‘Â?†‡— —Â?ƒ ƒ —Â?ƒǤ ‡ˆ‡œ ’”‘Â?Â‡Â•Â•ÂƒÂ•ÇĄ ƒ’”‡•‡Â?–‘— Œ—•–‹Ƥ…ƒ–‹˜ƒ• ‡ ƒŽ‡‰ƒ­Ă™Â‡Â•Ǥ ƒ‹• —Â? ƒÂ?‘ •‡ ’ƒ••‘—Ǥ …ŠÂ?‹†– entra no seu terceiro ano de mandato. Os primeiros dois foram turbulentos. Licitaçþes confusas e mal explicadas; ƒŽ–‡”Â?Â&#x;Â?…‹ƒ †‡ •‡…”‡–ž”‹‘•Ǣ …‘Â?ƪ‹–‘• partidĂĄrios internos; problemas na ƒ””‡…ƒ†ƒ­ Â‘ ‡ ‹Â?’ƒ…–‘• ƤÂ?ƒÂ?…‡‹”‘•Ǣ †‡•‰ƒ•–‡• …‘Â? Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• Â?‘ –”Â&#x;Â?•‹–‘ ‡ Â?‘ ‡•–ƒ…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘ ”‘–ƒ–‹˜‘Ǣ ‹Â?•‡‰—rança e violĂŞncia crescentes; impasses Â?ƒ ÇĄ ‡Â?–”‡ ‘—–”‘•Ǥ ĥ ƒ ‰‡•– Â‘ Â? Â‘ ˆ‘‹ •× †‡ ’”‘„Ž‡mas: construção do maior complexo Šƒ„‹–ƒ…‹‘Â?ƒŽ ’‘’—Žƒ” †ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹Âƒ †‡ Lajeado; reforma do posto de saĂşde central; pavimentação de ruas, entre ‡Žƒ• ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹Â…Âƒ ˜Ǥ Ž„‡”–‘ —ŽŽ‡”ǥ Â?‘ Ž–‘ †‘ ƒ”“—‡Ǣ ”‡ˆ‘”Â?ĥ ĠÂ?‹Â?‹•–”ƒtivas e desburocratização de servi­Â‘•Ǣ Â?‡ŽŠ‘”‹ƒ• Â?‘ –”Â&#x;Â?•‹–‘Ǣ ”‡ˆ‘”Â?ĥ †‘ ƒ”“—‡ †‘ Â?‹‰”ƒÂ?–‡Ǣ ’”‘Œ‡–‘ †‡ videomonitoramento; ampliação de

Entre perguntas e respostas, A Hora quer provocar e municiar cada lajeadense a acompanhar ‡ Ƥ•…ƒŽ‹œƒ” ƒ ƒ’Ž‹…ƒ­ Â‘ do dinheiro pĂşblico. …”‡…Š‡• ‡ ‘—–”‘•Ǥ Â?–”‡ ’‡”‰—Â?–ƒ• ‡ Â”Â‡Â•Â’Â‘Â•Â–ÂƒÂ•ÇĄ A Hora quer provocar e municiar cada ŽƒŒ‡ƒ†‡Â?•‡ ƒ ƒ…‘Â?’ƒÂ?Šƒ” ‡ Ƥ•…ƒŽ‹œƒ” ƒ ƒ’Ž‹…ƒ­ Â‘ †‘ †‹Â?Š‡‹”‘ ’ï„Ž‹…‘Ǥ Participar da administração municipal ĂŠ exercitar a democracia e cumprir o papel de cidadĂŁo comprometido …‘Â? ‘ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ †ƒ …‹†ƒ†‡Ǥ Ă— ”‡…ŽƒÂ?ƒ” ‡ …‘„”ƒ” Âą ‹Â?•—Ƥ…‹‡Â?–‡Ǥ A Hora Â?ƒÂ?–¹Â? ƒ ˜‹‰‹ŽÂ&#x;Â?…‹ƒǤ ƒ ƒ—•²Â?…‹ƒ †‡ —Â? ’ŽƒÂ?‘ †‡ ‰‘˜‡”Â?‘ claro, coeso e ordenado que norteie ĥ ƒ­Ă™Â‡Â• †‘ ÂšÂ‡Â…Â—Â–Â‹Â˜Â‘ÇĄ Â?‘Â?‹–‘”ƒÂ?‘• promessas, cobramos transparĂŞncia e enaltecemos evoluçþes e conquistas. Tudo em nome do leitor.


8

Oportunidades

JANEIRO DE 2015

Porque Lajeado cresce

mil pessoas por ano A possibilidade de crescimento e qualificação atrai. A cada ano, imigrantes fixam residência e contribuem com o desenvolvimento. Conforme o Censo do IBGE, de 2010, a população estava em quase 72 mil habitantes. A estimativa é que mais de 76 mil pessoas vivem em Lajeado. ANDERSON LOPES

O

casal Lucas da Silva, 29, ơ ǡ ͞͝ǡ (foto) escolheu Lajeado Ǥ

­ ǡ ǡ ǦƤ ǡ

±ǡ ² Ǥ Ǥ ǡ Ǥ bate-papos, Marcieli revelou o desejo Ǥ Dz × Ƥ Ø ǡ Ǥdz

ǡ Ǥ Ƥ ǡ Ƥ ͝͡ Ǥ Dz Ƥ dzǡ Ǥ ǡ Ǥ Ƥ × ǡ Ǥ Dz ǡ ­Ù Ǥ 2 Ǥdz ­ Ǥ Ƥ

­ Ǥ ǡ Ǧ Ǥ ǡ À ǡ ͠͡ǡ Ǥ ǡ ͜͠ǡ Ǥ Ǥ ± ± Ǥ Ƥ Ƥ ǡ ǡ

Ǥ ǡ ǡ ǡ Ƥ ­ Ǥ ǡ ±

Ǥ ± Ǥ Dz2 × Ǥ ǡ Ǥdz ­ A ȋ ȌǤ ͜͜͞͝ǡ ­ ͜ǡͣͥ͢ ǡ À Ǥ ͥ͝​ͥ͝ǡ ͜ǡͥͤ͡ǡ ± Ǥ

SEGUE >>



10

Oportunidades

JANEIRO DE 2015

Qualidade de vida Por outro lado, o crescimento de 30,1% é menor ao avanço registrado no país, que foi de 47%. Com isso, a cidade caiu da 44ª colocação no ranking para a 145ª. O índice é composto por números relativos à renda, educação e longevidade. O levantamento também apontou a taxa de atividade da população com 18 anos ou mais. Em 2010, 78,5% era economicamente ativa. A taxa de desemprego caiu de 9,2% em 2000 para 3,1% dez anos depois. Percentuais comprovam que Lajeado é uma cidade de oportunidades. As possibilidades de trabalho atraíram Angélica Cardozo, 26. Natural de Teutônia, morou até os 18 anos em Paverama. Se mudou para Lajeado e hoje trabalha como assistente de vendas de uma construtora. Antes de vir morar aqui, gostava da cidade. Decidiu vir para Lajeado em busca de crescimento. “Precisava estudar e trabalhar. Em Paverama, não tinha muitas opções.” Além disso, considera o município um dos melhores para viver na região. À ǡ Ƥ -

dades. “Estava perdida. Longe dos amigos, da família.” A receptividade dos lajeadenses ajudou na adaptação. Para ela, a localização da cidade é uma vantagem. “Estamos perto de tudo, da minha cidade e também da capital.” Na opinião de Angélica, apesar de não ser muito grande, Lajeado proporciona qualidade de vida. “Não tem porque sentir tédio aqui. Tem lugares para ler, correr, para encontrar os amigos e as opções de gastronomia estão aumentando.” Um dos pontos negativos, avalia Angélica, é a falta de consciência sobre a limpeza urbana. “Ainda vejo gente jogando papéis e pacotes de bolacha na calçada”, condena. Assim como a assistente de vendas, a arquiteta e urbanista Alexsandra Kronbauer, de Venâncio Aires, também veio para Lajeado em busca de estudo e trabalho. Concluiu o Ensino médio, em Mato Leitão, e decidiu morar na cidade durante a graduação na Univates. “Era bastante complicado ir e voltar todos os dias”, conta. Durante a graduação, trabalhou como estagiária em uma construto-

Não tem porque sentir tédio aqui. Tem lugares para ler, correr, para encontrar os amigos e as opções de gastronomia estão aumentando. Angélica Cardozo

ra. Depois de formada, foi efetivada e segue no cargo até hoje. “A oportunidade de emprego e desenvolvi ƪ ² minha mudança.” Para ela, o fato da cidade ter o maior desenvolvimento socioeconômico da região e um Centro Universitário qua Ƥ venham para a cidade todos os anos. A localização permite viver em Lajeado e estar a poucos minutos de carro dos familiares, reforça. Alexsandra destaca o custo benefício que a cidade oferece, uma vez que pode trabalhar, ir ao mercado, academia, e aos parques a pé. “Mesmo de carro, não enfrentamos grandes congestionamentos. Isso também é qualidade de vida.” Elege o Rio Taquari como o local preferido para passar o tempo, espera um dia poder ver uma estrutura adequada na orla. “Precisamos mudar a relação da cidade com o rio, pois hoje damos as costas para nossa área nobre”, acredita. Na opinião dela, os horários do comércio e serviços poderiam ser mais


Oportunidades

JANEIRO DE 2015

11

ANDERSON LOPES

CRESCIMENTO PROFISSIONAL: Alexsandra Kronbauer, de Venâncio Aires, decidiu morar e trabalhar em Lajeado pelas variadas ofertas de emprego e qualidade de vida na maior cidade regional. Ela faz parte dos mais de mil pessoas que chegam na cidade todos os anos, atraídos pelas chances de crescimen Ƥ Ǥ

ƪ À ­Ù Ø Ǥ ǡ Ǥ Dz ͞͠ Ǥ Ǥdz ǡ À ² ǡ ­Ù -

ǡ Ǥ À ǡ ͜͠​͜ ­ Ǥ ± ͊ ͞​͞ Ǥ × ­Ù ȋ Ȍ ͟͡ Ǥ

ǡ ǡ ­ Ǥ ͝​͝͡τ ͥ͝​ͥ​ͥ ± ͜͟͞͝Ǥ ǡ ­ ǡ ͣ͜͝ǡͤτǤ ­ ǡ ± ǡ ͤ​ͤǡͣτǤ ­ ͜͡τ ͝͞ Ǥ SEGUE >>


ANDERSON LOPES

SERVIÇOS: os Ăşltimos anos registraram aumento vertiginoso no nĂşmero de empresas prestadoras de serviços. Este ĂŠ mais um dos atrativos de proƤ••‹‘Â?ƒ‹• ƒ‘ Â?—Â?‹…À’‹‘Ǥ

A escolha por Lajeado Para o executivo Marcelo Tozzo, a aposta em Lajeado começou em 2005. Natural de MaringĂĄ, no ParanĂĄ, era gerente industrial da empresa Avipal na unidade de Dourados, Mato Grosso, quando recebeu proposta de transferĂŞncia para o municĂ­pio. ƒ•ƒ†‘ ‡ ’ƒ‹ †‡ †‘‹• ƤŽŠ‘•ǥ pesquisou a respeito da cidade e percebeu aspectos que pesaram Â?ƒ †‡…‹• Â‘Ǥ ƒŒ‡ƒ†‘ Ƥ…ƒ ‡Â? —Â?ƒ regiĂŁo prĂłspera e oferece uma qualidade de vida acima de outras cidades que passamos, relata. Segundo Tozzo, as pessoas sĂŁo atraĂ­das para o municĂ­pio devido aos empregos gerados na indĂşstria e no comercio, alĂŠm da Univates. “SĂŁo trĂŞs frentes que se somam e ˆƒœ‡Â? ƒ …‹†ƒ†‡ ƒ–”ƒ–‹˜ƒ ƒ‘• ‘ŽŠ‘• de quem vem de fora.â€? TrĂŞs anos depois da transferĂŞn-

cia, em 2008, aceitou proposta de gerenciar o abatedouro de aves da Minuano. A empresa, que jĂĄ foi uma das principais produtoras de aves do Brasil, se recuperava de uma crise que resultou em concordata no ano de 2002. Em 2012, Tozzo foi indicado para assumir a direção-geral da indĂşsÂ–Â”Â‹ÂƒÇĄ …ƒ”‰‘ “—‡ ‡š‡”…‡ ÂƒÂ–Âą Š‘Œ‡Ǥ empresa lajeadense, fundada em 1948, voltou a liderar o segmento no •–ƒ†‘ ‡ ƒ Ƥ‰—”ƒ” Â?ƒ Ž‹•–ƒ †ƒ• Â?ƒ‹‘res produtoras brasileiras. “Vivemos um momento de otimismo.â€? Entre os fatores que contribuem para a manutenção das indĂşstrias no municĂ­pio, o diretor-geral ressalta a proximidade de estruturas …‘Â?‘ ‘ ‡”‘’‘”–‘ ƒŽ‰ƒ†‘ ‹ŽŠ‘ǥ em Porto Alegre e o Porto de Rio Grande. No setor logĂ­stico, acredita que

ƒŒ‡ƒ†‘ Ƥ…ƒ ‡Â? —Â?ƒ regiĂŁo prĂłspera e ofe”‡…‡ —Â?ƒ “—ƒŽ‹†ƒ†‡ †‡ ˜‹†ƒ ƒ…‹Â?ƒ †‡ ‘—–”ƒ• …‹†ƒ†‡• “—‡ ’ƒ••ƒÂ?‘•Ǥdz

†‡˜‡”‹ƒ Šƒ˜‡” Â?ƒ‹• ‹Â?˜‡•–‹Â?‡Â?–‘ no Porto de Rio Grande e salienta a importância da duplicação da BR-386. “A redução dos custos de transporte beneficia toda a cadeia produtiva.â€? Segundo ele, a caracterĂ­stica dos municĂ­pios do entorno, constituĂ­dos de pequenas propriedades rurais, tambĂŠm motiva o desenvolvimento da produção de aves. PorĂŠm ressalta gargalos que desaƤƒÂ? ‘• ‡Â?’”‡‡Â?†‹Â?‡Â?–‘•ǥ …‘Â?‘ ƒ ”‘–ƒ–‹˜‹†ƒ†‡ †‡ –”ƒ„ƒŽŠƒ†‘”‡• ‡ ‘ alto custo da mĂŁo de obra. Quanto Ă vida na cidade diz que a famĂ­lia estĂĄ adaptada. “Nos consideramos lajeadenses, tanto que investimos na construção da nossa casa.â€? Reforça a existĂŞncia †‡ ‡•…‘Žƒ• “—ƒŽ‹Ƥ…ƒ†ƒ• ‡ †‡ —Â? comĂŠrcio forte. Sente falta apenas de mais opçþes gastronĂ´micas.



ANDERSON LOPES

PIB cresce 50% mais do que o RS O Executivo tem o maior orçamento entre as demais cidades da região. Para 2015, estão previstos mais de R$ 270 milhões. Menos dependente de recursos do Fundo de Participação dos Municípios, a geração de riquezas por parte dos setores produtivos auxiliam nos resultados do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2001, o PIB total era de R$ 651 milhões. Onze anos depois, o valor bruto do índice chegou em R$ 2,6 bilhões. Para o economista Adriano Strassburger, esses dados mostram a força da economia do município, Ƥ ­ Ǥ “Enquanto o crescimento do Estado, entre 2001 e 2012, foi de 200,7%, La-

jeado teve um incremento no PIB de 301%. Isso é 50% superior a média do Estado”, avalia. Segundo ele, a base econômica do município se baseia em dois segmentos: indústria e serviços. Participam com cerca de 35% e 65%, respectivamente, diz Strassburguer. “Já no Estado essa participação é de 16% e 55,5%, pois o setor agropecuário representa cerca de 28,5%”, compara. A renda per capita cresceu 83,45% nas últimas duas décadas, passando de R$ 616,43, em 1991, para para R$ 1.130,85, em 2010. A proporção de pessoas pobres, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00, caiu de 11,27% para 1,9% no mesmo período.

DIVERSIDADE ECONÔMICA: construção civil, serviços, comércio e indústria são os principais segmentos produtivos da cidade. Oportunidades de trabalho resultam em crescimento do PIB per capita de 83,4% em duas décadas.




JANEIRO DE 2015

17

ANDERSON LOPES

Urbanização acelerada Nas Ăşltimas dĂŠcadas, Lajeado Â?—†‘— †‡ ’‡”ƤÂŽǤ ž …‡”…ƒ †‡ Í&#x;Íœ anos, a principal atividade ecoÂ?Ă˜Â?‹…ƒ ‡”ƒ ƒ ’”‘†—­ Â‘ ”—”ƒŽǤ municĂ­pio tinha sete distritos, que ƒ ’ƒ”–‹” †‡ Í?ÍĽÍĽÍœ ’ƒ••ƒ”ƒÂ? ’‘” —Â? ’”‘…‡••‘ †‡ ‡Â?ƒÂ?…‹’ƒ­ Â‘Ǥ A extensĂŁo territorial superava 1,1 Â?‹Ž Â“Â—Â‹ÂŽĂ˜Â?‡–”‘•Ǥ ‡’‘‹• †ƒ• Â†Â‹Â˜Â‹Â•Ă™Â‡Â•ÇĄ ƒ ž”‡ƒ †‡ ƒŒ‡ƒ†‘ ˆ‘‹ ”‡†—œ‹†ƒ ƒ ÍĽÍœ Â“Â—Â‹ÂŽĂ˜Â?‡–”‘• “—ƒ†”ƒ†‘•Ǥ ”‡†‹•–”‹buição da cidade acelerou a urbaÂ?‹œƒ­ Â‘ ‡ Â?‘˜‘• ‡•–ƒ„‡Ž‡…‹Â?‡Â?–‘• ˆ‘”ƒÂ? ˆ‘”Â?Ġԥ Â?ƒ …‹†ƒ†‡Ǥ ˆ‘”­Âƒ †‘

comĂŠrcio, da indĂşstria alimentĂ­cia e do crescimento da Univates atraĂ­ram Â?‘˜‘• Â?‘”ƒ†‘”‡•Ǥ Â? Í?ÍĽÍ ÍœÇĄ …‡”…ƒ †‡ Í Íœ Â?‹Ž ’‡••‘ƒ• Â?‘”ƒ˜ƒÂ? ‡Â? ƒŒ‡ƒ†‘Ǥ ƒ‹• †‡ ÍĽÍœĎ„ Ƥ…ƒ˜ƒÂ? Â?ƒ ž”‡ƒ ”—”ƒŽǤ ‡Â?ƒÂ?…‹’ƒ­ Â‘ de Progresso e BoqueirĂŁo do LeĂŁo, em 1989, Santa Clara do Sul e SĂŠrio Č‹Í?ÍĽÍĽÍ&#x;ČŒÇĄ ƒ”“—‡• †‡ ‘—œƒ Č‹Í?ÍĽÍĽÍŁČŒÇĄ ‘”“—‡–‹Â?Šƒ ‡ ƒÂ?Ѡԥ †‘ ƒŽ‡ Č‹ÍžÍœÍœÍ?ČŒÇĄ Â?—†‘— ‘ …‡Â?ž”‹‘ †ƒ …‹†ƒ†‡Ǥ ‹ƒÂ?–‡ †‡••‡ Â“Â—ÂƒÂ†Â”Â‘ÇĄ Š‘—˜‡ —Â? Â?‘˜‹Â?‡Â?–‘ Â?Â‹Â‰Â”ÂƒÂ–Ă—Â”Â‹Â‘ ’ƒ”ƒ ƒ …‹†ƒ†‡Ǥ ••ƒ• ƒŽ–‡”ƒ­Ă™Â‡Â• Â?‘ ’‡”ƤÂŽ †ƒ …‹†ƒ-

EXPANSĂƒO: a construção civil fortalece e apressa o crescimento urbano. A cada mĂŞs, novos empreendimentos comerciais e residenciais começam a ser construĂ­dos. A ĂĄrea antes ocupada pelas lavouras ĂŠ invadida pelas mĂĄquinas abrindo loteamentos. HĂĄ pouco tempo, um novo estilo de empreendimento começou a ser implementado. Os condomĂ­nios fechados com melhor infraestrutura e serviços abrem Â?‘˜‘• ĆŞÂƒÂ?…‘• †‡ Â?‡‰×…‹‘• Â?• …‘Â?•–”—–‘”ƒ• ‡ Â?ƒ‹• ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡ ’ƒ”ƒ “—‡Â? …‘Â?’”ƒǤ ‘ Â„ÂƒÂ‹Â”Â”Â‘ÇĄ ‘‹Â?Š‘• ÇŻÂžÂ‰Â—ÂƒÇĄ Â?• Â?ƒ”‰‡Â?• †ƒ ÇŚÍ Í?Í&#x;ÇĄ ƒ

Â?‘Œ‡Ž …‘Â?•–”׋ —Â? †‘• ‡Â?’”‡‡Â?†‹Â?‡Â?–‘• ‡ ‹Â?‘˜ƒ ‘ Â?‡”…ƒ†‘Ǥ

de podem ser percebidas tambĂŠm no nĂşmero de empreendimentos ƒ„‡”–‘•Ǥ Â? ÍžÍœÍœÍžÇĄ ‡Â?–”‡ ‘• •‡–‘”‡• †ƒ indĂşstria, construção, comĂŠrcio, ser˜‹­Â‘• ‡ ÂƒÂ‰Â”Â‘Â’Â‡Â…Â—ÂžÂ”Â‹Â‘ÇĄ ƒ …‹†ƒ†‡ –‹Â?Šƒ ÍĄÇĄÍŁ Â?‹Ž ‡•–ƒ„‡Ž‡…‹Â?‡Â?–‘•Ǥ Â?œ‡ ƒÂ?‘• †‡’‘‹•ǥ …‘Â?ˆ‘”Â?‡ †ƒ†‘• †‘ ÇĄ ’ƒ••‘— ’ƒ”ƒ ͣǤͣÍ?ͣǤ Entre os ramos de atividade, a …‘Â?•–”—­ Â‘ …‹˜‹Ž ˆ‘‹ ƒ “—‡ Â?ƒ‹• ‡š’ƒÂ?diu o nĂşmero de estabelecimentos, alcançando um crescimento superior ƒ Í?ͥ͞τǥ ‡Â?“—ƒÂ?–‘ ‘ …‘Â?¹”…‹‘ Â?‘•–”‘— —Â?ƒ ‡š’ƒÂ?• Â‘ †‡ Í?ÍĄÇĄÍŁĎ„Ǥ


18

Planejamento

JANEIRO DE 2015

Promessas e avanços

ficam pelo caminho ARTE: FOTOS ARQUIVO E RODRIGO MARTINI

O tempo foi generoso com Lajeado. Nestes 124 anos a cidade se tornou referência do Vale. Mesmo assim, projetos e obras cruciais não feitas deixam-na menor do que poderia ser

R

eunimos projetos, empreendimentos, investimentos e propostas de políticas públicas que ainda não saíram do papel ou continuam em fase de adequação, aguardando melhorias. São exemplos nas mais diversas áreas,

todas pertinentes para a qualidade de vida dos lajeadenses. Desde a década de 60, no milênio passado, até completar 124 anos, a cidade cresceu. Ostenta posição de destaque no Estado e de referência no Vale. Mesmo assim, poderia ser

melhor e mais desenvolvida do que é. A lista de projetos a seguir apresenta a parte de Lajeado que está por ser construída. Em muitos casos, acumulam-se projetos, reuniões e debates sem a devida efetivação. A reestruração da orla do Rio Ta-

quari, uma nova ponte entre Lajeado e Estrela, e obras viárias são exemplos de discussões antigas, que travam no exercício da retórica. Retratam o Ƥ situações e projetos mais impactantes e ousados.


19

ARQUIVO

JANEIRO DE 2015

Prevenção de cheias Lajeado sempre sofreu com os problemas gerados pelas cheias. É histórico. Mas não faltaram projetos para tentar amenizar os danos causados pela invasão da água em áreas domiciliares. No início da década de 70, o então prefeito, Darci Corbellini, apresentou o Projeto Cura. Previa o bloqueio das águas que inundam a baixada do canal do Engenho, nas proximidades do Rio Taquari. Para isso, sugeria a ocupação urbana daquela área com a construção de prédios residenciais e comerciais. A proposta dividiu opiniões e nunca avançou. O terreno segue desabitado. Outro projeto para contenção de cheias foi elaborado no início da década de 90, desta vez pela Construtora Giovanella. Entre outros detalhes, previa a construção de diques ao longo da barranca do Rio Taquari e também na margem do Arroio Saraquá. A iniciativa foi entregue ao ex-prefeito, Leopoldo Feldens. Ficou na gaveta. Em fevereiro de 2010, novas tratativas. A equipe da ex-prefeita Carmen Regina Cardoso realizou novo projeto para

PREJUÍZOS: banhada pelo Rio Taquari e por outros ƪ ǡ Dz dz Ǥ ï ± ǡ Ǧ Ù tos e obras para diminuir À Ǥ ­ Ǥ

contenção de cheias na cidade. Com um custo estimado de R$ 100 milhões, foi encaminhado ao Ministério das Cidades, em 2009, na tentativa de inclui-lo no PAC II. Uma minuta chegou a ser entregue a então ministra da Casa Civil, ơǤ A ideia inicial era fracionar o investimento, o que permitiria a destinação parcial de recursos. O projeto se esten-

dia do bairro Carneiros, nas imediações da Associação Atlética Municipal, até o Arroio Saraquá, e previa a construção de um sistema de diques e estações de bombeamento de água para evitar inundações. A primeira etapa da obra estava avaliada em R$ 10 milhões. Até o momento nada foi feito, assim como as promessas de piscinões e alargamento dos canais do Arroio Engenho.




22

JANEIRO DE 2015

Planejamento

Segunda ponte entre Lajeado e Estrela O assunto voltou à tona no ano passado, liderado pelo publicitário Gilberto Soares, em reunião com líderes locais. A construção de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, ligando os bairros centrais de Lajeado e Estrela, é um projeto audacioso. Ƥ ­ À ± Ƥcativa para o investimento. O objetivo é reduzir o tráfego da BR-386 no trecho entre as duas cidades. Estudos apontam que um terço dos usuários da rodovia utiliza aquele trajeto apenas para transitar entre as duas cidades. Um projeto de viabilidade técnica foi iniciado pelo Dnit no ano passado, mas não há Ƥ ­ À Ƥ ­ uma nova ponte. A ideia é antiga. Na década de 70 houve projeto para a construção de uma nova estrutura sobre o Taquari. Quando foi projetado o Porto de Estrela, o governo federal anunciou

ANDERSON LOPES

também um “ramal” da BR-386, saindo de Conventos e cruzando o rio junto à divisa de Lajeado e Cruzeiro

do Sul, se reconectando com a rodovia federal na altura da Transantarita. A ideia acabou desprezada.

OUSADIA: Proposta apresentada na década de 70 voltou à discussão no ano passado.

Recuperação da orla do Rio Taquari

A beira do Taquari já foi ponto de encontro dos jovens lajeadenses. E também dos casais apaixonados. Antes da abertura da eclusa em Bom Retiro do Sul, o leito contava com pequenas praias que costumavam receber dezenas de banhistas durante o verão. Mas tudo isso acabou após a represa ser inaugurada em 1972. Só depois de 20 anos o local passou a ser frequentado de novo.

Com a instalação de uma ciclovia e calçadas para caminhadas, empresários começaram a investir nas proximidades do belvedere. Pequenos bares e restaurantes foram abertos na rua Osvaldo Aranha, e acanhados palcos recebiam bandas de músicos da região todos Ƥ Ǥ À pratos à base de peixes atraíam também casais de outras cidades próximas. Nos últimos anos, o local padeceu

de investimentos e cuidados. Degradação da barranca, queda de proteções e presença constante de usuários de drogas afastaram o público. Pensando nisso que a administração municipal e a Univates se uniram para realizar um audacioso plano para recuperação daquela área. O projeto de viabilidade já foi apresentado. Falta agora executá-lo. Os investimentos serão a longo

Ǥ Ƥ ­ de que sairão do papel. Entre as principais sugestões estão: construção de uma marina para guardar os barcos, com ciclovias, estacionamento, restaurantes, quadras multiuso, banheiros, arquibancadas, novo belvedere e prolongamento de algumas ruas próximas, como a Capitão Leopoldo Heineck, interligando o centro e a beira do Rio Taquari.



24

JANEIRO DE 2015

Planejamento RODRIGO MARTINI/ARQUIVO

Destinação de resíduos Saturado desde março de 2013, o aterro sanitário do bairro São Bento ainda aguarda liberação da Fepam para utilizar a nova célula para depósito de lixo orgânico. Em construção desde 2011, o espaço não terá vida útil prolongada. A previsão é de sete anos até que a área esteja de novo saturada. Sem mais espaço dentro do terreno atual, o município precisa agilizar a expansão. Lajeado produz uma média diária de 55 toneladas de lixo. Para evitar o envio de resíduos para outros municípios, a administração municipal já negocia a compra de um terreno localizado em frente ao atual aterro sanitário. Avaliada em R$ 350 mil, a área com mais de 10 hectares deve ser adquirida ainda neste ano, conforme estimativa da Secretaria de Meio Ambiente. A secretaria busca aumentar os índices de separação de resíduos no município, que hoje são inferiores a 5% do total produzido. Novos ho-

SATURADO: Com pouco espaço para destinação de resíduos no aterro atual, Executivo procura nova área.

rários da coleta seletiva, alterações nos contratos de recolhimento de lixo e programas de conscientização estão nos planos. Também está em fase de conclusão um segundo pavilhão para triagem de lixo junto

ao aterro sanitário. Com o uso de novos maquinários, o serviço dos funcionários da cooperativa responsável pela separação será facilitado e menos lixo será enviado para as células.


Planejamento

JANEIRO DE 2015

25

ANDERSON LOPES/ARQUIVO

Tratamento de esgoto a passos lentos Em 2008, o Executivo iniciou as tratativas para o tratamento de ƪ À Ǥ ǡ de contrato renovado, construiu a primeira – e única – Estação de tTratamento de Esgoto (ETE), no Ȁ Ǥ ͊ ͠ Ù ± ͜͠​͜ Ǥ ± que obrigue os proprietários de imó ǡ ± À Ǥ ǡ anunciou o aumento da rede coletora Ǥ ͊ ͠ǡ͡ Ù ǡ ­ de quase 10 quilômetros de tubulação À ͝͞ Ǥ ² À ǡ o serviço segue inacabado e sem ± Ǥ Ƥ ͜͞τ Ǥ

MÍNIMO: menos de 1% das residências de Lajeado tem tratamento de esgoto adequado.

ǡ ͜͞͝͞ǡ ± ­ ǡ ± ͜͢͞͝ǡ ͜͡τ ² À Ǥ ǡ ͜͟͞͝ǡ

a construção de uma nova estação de Ǥ ­ ͜ǡͥτ ± À Ǥ


26

JANEIRO DE 2015

Planejamento ARQUIVO A HORA

Acesso ao bairro Conventos na BR-386 Esse talvez seja o pior gargalo da rodovia federal no perímetro urbano de Lajeado. A entrada dos bairros Centenário, Bom Pastor e principalmente de Conventos é um verdadeiro tormento para os motoristas. Por ali trafegam moradores de mais de 15 bairros. Os acidentes – a maioria sem lesões graves – são rotineiros, assim como os congestionamentos à beira da BR-386 e nas vias laterais. Assim como outros problemas de mobilidade, não faltaram projetos para aquele local. Entre as propostas estava a construção de uma passagem sob a rodovia, interligando o bairro Centenário ao Conventos e ao Bom Pastor. A pro-

posta encaminhada ao Dnit, ainda em 2011, pela administração municipal previa investimento superior a R$ 5 milhões. Quase quatro anos depois, nada avançou. Há dois projetos para aliviar o caos naquele local. Um deles é o asfaltamento da rua Carlos Kronhardt, ligando o bairro Moinhos D’Água à ERS-421, por meio da Av. Benjamin Constant. Para esse acesso, de cerca de 1,6 quilômetros, o investimento será de R$ 1,3 milhão. A outra ideia, já repassada e aceita pelo Dnit, é a construção de um recuo central na BR-386, permitindo o tráfego em duas pistas naquele trecho.

INSEGURANÇA: entroncamento nos bairros Conventos, Bom Pastor e Centenário gerou dois protestos no ano passado. Dnit garante melhoria.

Ponte sobre o Arroio Saraquá A duplicação da ponte da ERS-413, na principal ligação entre Lajeado e Santa Clara do Sul, perdura desde 2001, quando o então governador Olívio Dutra asfaltou a via. Diversos foram os projetos elaborados e orçados para aumento da estrutura. Em 2004, o sucessor de Dutra, Germano Rigotto, prometeu a ampliação para aquele ano. Nada feito. Em 2010, uma proposta encaminha-

da ao Daer pelo governo municipal quase teve êxito. O município chegou a licitar a obra em R$ 542,9 mil, mas após todos os trâmites da concorrência pública, o setor de engenharia da autarquia do Estado encontrou problemas no projeto e barrou a obra. Antes disso, chegou a liberar os recursos necessários. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) Ƥ

menos sete acidentes naquele ponto em 2014. Em seis houve lesões nas vítimas. Em 2013, foram dez ocorrências. No segundo semestre de 2014, a administração municipal assumiu a responsabilidade de elaborar um novo projeto. O valor estimado subiu para R$ 1 milhão, pois também será necessário uma adaptação do traçado da ERS. Até o momento, não há previsão para o início da obra. ARQUIVO A HORA

Câmeras de vigilância Em 2005 e 2008, a administração municipal adquiriu as primeiras sete câmeras de vigilância. Investiu cerca de R$ 260 mil nos equipamentos, que foram instalados nos seguintes pontos: próximo ao Banrisul, na Júlio de Castilhos; bairro Florestal; Av. Acvat, esquina com Av. Alberto Pasqualini; esquina Júlio de Castilhos com Av. Alberto Pasqualini; próximo ao prédio do INSS; e nas proximidades do colégio Madre Barbara e Padaria Suiça. Alguns desses equipamentos estão inoperantes. A administração municipal já trabalha na instalação de novas câmeras em outros pontos centrais. Serão 16 Ƥ ² × ǡ restrito de órgãos de segurança do município. O investimento supera R$ 400 mil. Conforme o Executivo, as câmeras captarão imagens 24 horas por dia. Em todos os pontos serão instalados conversores de vídeo que repassam as imagens em tempo real para a central de monitoramento da Brigada Militar (BM). Junto, há um nobreak para manter o serviço em caso de queda de luz. As imagens serão de alta resolu­ Ǥ Ƥ 2.0 mega pixels e infravermelho.


A administração municipal aposta muito na construção de casas e Ǥ ±Ƥ aproximado é de 1,2 mil moradias. Para os próximos dois anos, a previ ± Ƥ ± de baixa renda, reduzindo em até 50% a demanda. Além da entrega de cem casas populares, o governo comemora o empreendimento denominado Residencial Novo Tempo, com previsão para ser concluído até outubro deste ano. Serão dois conjuntos habitacionais localizados entre os bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio. O primeiro deles terá 18 blocos com 16 apartamentos cada, em uma área de 19,58 mil metros quadrados. O investimento será de R$ 17,28 milhões. O outro conjunto terá dez blocos, também com 16 apartamentos cada, localizados em uma área de 13,71 mil metros quadrados, na mesma comunidade. Serão aplicados, na

ANDERSON LOPES/ARQUIVO

Residências populares

HABITAÇÃO: em construção desde o ano passado, o Residencial Novo Tempo é o maior complexo habitacional, público, já lançado na cidade. Serão 448 apartamentos direcionados para famílias de baixa renda. O projeto reduzirá para ±Ƥ À sem casa no município.

Ciclovias e ciclofaixas Dz ͜͜͞͝ Ƥ o início da era das ciclovias em Lajeado.” Esta foi a declaração do então secretário de Obras, Mozart Lopes, anunciando investimento de R$ 1 milhão em mais de 20 quilômetros de pistas. Três anos depois, sob críticas e defesas, os espaços foram vencidos por uma lei aprovada na câmara de vereadores que autorizou o estacionamento de veículos sobre as faixas destinadas aos ciclistas.

O governo chegou a prometer investimentos em outros locais. Mas desde então, pouco foi feito. A única obra semelhante ocorreu na Av. Alberto Muller com a construção de uma pista de caminhada nos canteiros centrais da avenida. Algumas pavimentações realizadas por meio do PAC II exigem construção de ciclofaixas, mas o governo Ƥ essa tendência.

obra, R$ 9,6 milhões. O cadastro das famílias já iniciou. Também para este ano o Executivo Ƥ ­ mais 260 apartamentos populares, desta vez no bairro Igrejinha. O modelo será semelhante ao Residencial Novo Tempo, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. No entanto,

Ƥ ǡ ainda é necessária a aprovação da Caixa Econômica Federal. A administração municipal já tem um terreno destinado para a construção dos blocos. Os apartamentos terão a mesma metragem do Novo Tempo, porém o acesso será pavimentado e as garagens cobertas.

Policiamento comunitário Em 2014, Lajeado ostentou o maior índice de homicídios de toda sua história. Foram 34 em 12 meses. A implantação do programa de policiamento comunitário, anunciado pelo governo do Estado em 2013, surge como o grande alento para que esses índices não se repitam nos próximos anos. Conforme a proposta, além do recebimento de equipamentos e armas, está prevista a renovação da frota em um período de até oito anos. A parceria entre município e Estado prevê benefícios aos policiais que atuarão no programa, entre eles auxílio para moradia. Serão seis núcleos. Um da Polícia Civil e cinco da Brigada Militar. Cada um terá capacidade para atender entre oito e dez mil habitantes.

A previsão inicial era contar com 20 novos policiais militares. Quatro para cada um dos núcleos e que trabalhariam revezando turnos. Cada um moraria próximo aos núcleos onde atuarão. No entanto, hoje há em média menos de dez policiais atuando no programa. O governo do Estado garante a contratação Ƥ ǡ estima prazo. As seis bases foram projetadas para os bairros: Conventos, Imigrante, Centenário, Bom Pastor, Igrejinha, Olarias, Campestre, Santo André, Planalto, Moinhos D´Água, São Bento, Floresta, Montanha, Jardim do Cedro, Santo Antônio, Conservas, Morro 25, Nações, São Cristóvão, Universitário e Carneiros.


28

Planejamento

JANEIRO DE 2015

ARQUIVO

Melhorias do centro antigo dadas do centro é o desejo do Comitê ­ × banismo da Univates (Emau). Em 2013, ­ ±Ǥ Quadras esportivas, campos de fute ͣǡ ǡ ǡ ǡ ­ ² ǡ Ù posta. O documento foi entregue ao ǡ Ǥ ­ ± ­ ï Ǥ × À ao ex-prefeito Bruno Born foi incendiada por moradores de rua. Grande acervo de documentos e materiais ± Ǥ ainda reclamam da falta de incentivo e benefícios para manterem erguidas Ƥ ­Ù Ǥ

RODRIGO MARTINI/ARQUIVO

HISTÓRIA: antiga casa do ex-prefeito Bruno Born está abandonada. Sem projetos de recuperação, espaço virou ponto para consumo de drogas.

Projeto do Porto Seco Alfandegado Ainda faltam investidores, mas sobram argumentos para levar adiante a ideia. No dia 6 de abril ͜͞​͜͢ǡ Ƥ estudo de viabilidade econômicoǦƤ ­ um Porto Seco Alfandegado, em Lajeado. O documento, encomendado pela Secretaria de Indústria ± ǡ Ƥ ­ ǡ ­ -

­ Ƥ ǡ ǡ infraestrutura disponível, de ­ ǡ Ƥ ­ ǡ entre outros fatores. e do Estado, bem como para a Superintendência da Receita Federal. ± Ǥ -

vimento da Assembleia Legislativa ² ï ­ do Centro Logístico e industrial Aduaneiro (Clia) como também Dz dzǤ Em 2009, o projeto foi protocolado na câmara de vereadores. Ù sentadas para o empreendimento: crescimento das frotas de cargas Ǣ Ǧ ­ ­

Ǣ ­ mercadorias e o valor agregado da ­ Ǣ ­ ǡ Ǣ ï Ø Ǣ existência de uma cooperativa ­ Ǣ ­ Ǥ


ANDERSON LOPES

JANEIRO DE 2015

Construção civil e burocracia Novas regras e dimensões para construção de sobrados são alentos que a Secretaria de Planejamento deseja alterar o Plano Diretor, cuja última atualização foi feita em 2006. Há anos empresários do setor cobram essa medida e exigem participação na discussão, que deve visar ainda alterações × Ƥ ­Ù Sistema Viário Principal. A recuperação das calçadas também é um percalço a ser vencido. Exigências para loteadores, como saneamento básico e pavimentação, são algumas ideias discutidas. Evitaria assim obras de adequação que costumam deixar “sequelas” na infraestrutura do bairro. Maior facilidade para construção de condomínios fechados é outra reivindicação de empresários do setor. ǡ Ƥ excesso de pedidos feitos pela Seplan para liberação dos empreendimentos. Para alguns, eles estão fora da realidade e sem amparos da lei. A desburocratização das licenças ± Ƥ ǡ Ƥ À

Ƥ ï Ǥ dos objetivos do governo atual é dividir a cidade em zonas para descentralizar a área central do município. Entende que cada local tenha a própria estrutura básica com escolas, postos de saúde, Ǥ Ƥ ­ recuos dos imóveis precisa ser inten Ƥ Ǥ ampliação da Av. Alberto Pasqualini é quase inviável em razão disso.

PLANEJAMENTO: governo pretende rever Plano Diretor neste ano. Nos próximos meses, proposta sobre mudança na lei dos loteamentos deve chegar ao Legislativo.

29


O

o o

30

JANEIRO DE 2015

Entrevista Prefeito Luís Fernando Schmidt

Ano para reorganizar o Plano Diretor

e controlar gastos L

uís Fernando Schmidt chega à metade do mandato e reforça o compromisso de diálogo entre os diferentes setores da sociedade. Em um ano com previsão de Ƥ nacional, precisa enxugar gastos, em especial no funcionamento da UPA e dos contratos da limpeza ur Ǥ é uma das metas. Aliado a isso, o governo de Lajeado fará a primeira licitação na história para o serviço ï Ǥ

Passados dois anos de governo, o conceito de diálogo com a comunidade conseguiu atender as expectativas? O governo de Lajeado tem se man ­ Ǥ Ƥ cretaria ou departamento se mantém ­Ù ǡ Ù Ǥ Ǥ ǡ Ǥ participado de eventos e visitado Ǥ ǡ ǡ ǡ × Ǥ ͜͞͝͡ǡ ­ ­ Ǥ Em 2014, houve uma previsão orçamentária menor, o que obrigou o governo a adotar medidas para conter despesas. Dentro desse emaranhado, vimos que o investimento em saúde e na área de limpeza urbana foram os que mais precisaram de acréscimos de outras secretarias. Como o Executivo pretende reduzir os custos da UPA e da limpeza urbana? × Ǥ

Com relação à coleta de lixo, queremos que o serviço se mantenha com a mesma qualidade, independentemente da empresa que vencer a licitação. O processo de seleção é que vai determinar os custos.”

× Ǥ ͜͟͞͝ ǡ Ƥ ­ ­ Ǧ Ǥ ǡ Ǥ × ­ ï À Ǥ ǡ ­ ǡ ­ ï ͞͠ ­ ǡ de domingo a domingo. ǡ À desde o início: discutir o processo, ­ ǡ ǡ Ǥ

± ­ ǡ ͠͡ Ǥ ± Ǥ ǡ ǡ ± ­ ­ ǡ ï ǡ × Ƥ de madrugada. ­ ǡ ­ ǡ dentemente da empresa que vencer ­ Ǥ ­ ± que vai determinar os custos. Poderia ser menor hoje, se a empresa vence ­ ­ Ǥ ǡ ­ ǡ ­ ± ǡ Ǥ ǡ ­Ù Ǥ ­ ǡ ǡ ­ ­ Ǥ ­ Ǥ ± À ­ ­ Ǥ O município carece de um planejamento a longo prazo. Em seu governo, foram iniciadas adequações no plano, inclusive com a nova lei dos sobrados. Quais outros obje-


Entrevista

tivos do governo no que tange a construção civil? O Plano Diretor está em discussão. A comunidade está sendo convocada para participar. O município tem ­Ù Ǥ Ƥ ͜͟͞͝ǡ ǡ o Plano Municipal de Destinação de Resíduos Sólidos. Além das coletas ǡ ǡ À ­ ­ ǡ ǡ destinação de resíduos como mobiliários e eletrodomésticos da linha branca; recebimentos de pneus e de lixo eletroeletrônico e também de óleo ǡ Ǥ ǡ ± ǡ ­ ² ǡ ­Ù Ǥ × ǡ ͠​ͤ͠ À deixou de ser um lixão para se tor ǡ À ± ͝ǡ͢ Ǥ ­ ­ À ­ ǡ ± ­ Ǥ ǡ × ǡ

ǡ pavimentações e recapeamentos de ± À ǡ × Ǥ ­ ǡ Ǥ Ǥ

Quem comprar imóveis não pode sofrer com alagamentos porque na sua rua não tem rede de esgoto pluvial. É histórico. Queremos acabar com isso, exigindo infraestrutura adequada.”

Sobre o planejamento da cidade. Especialistas apontam a pressão (histórica) dos empreendedores sobre o poder público para aprovação de projetos, resultado em novos loteamentos às margens de rodovias, sem haver uma estrutura preparada para isso. Como gerir ƪ ǫ Ǥ ± deveria estar mais clara para a popula­ Ǥ 2 Ǥ × Ǥ 2 × Ǥ ǡ Ǥ Sobre o trânsito de Lajeado. A cidade tem um dos maiores índices de motorização do Estado. É quase um carro por pessoa. Nesse cenário, há uma obrigação de estabelecer metas para mobilidade urbana. Nesse sen-

JANEIRO DE 2015

31

tido, qual a estratégia do governo? À ǡ × Ǥ ƪ À ǡ × ǡ em direção ao câmpus da Univates. × ǡ Ǥ ò ǡ ǡ ǡ ± Ǥ ­ ǡ ǡ no centro; a mudança de mão na Tira ǡ ǡ ± Ǥ de mudança veio com a implementação do estacionamento rotativo. Além ǡ ͣ͝ǡ͢τ ǡ Ǥ ­ ǡ ­ ǡ ǡ Ǥ ͜͞͝͡ǡ daremos atenção especial à educação ǡ canteiro de obras.

SEGUE >>


O

o o

32

JANEIRO DE 2015

Entrevista

”‡ƒŽ‹œƒ†ƒ• Â?‘ ƒÂ?‘ Â’ÂƒÂ•Â•ÂƒÂ†Â‘ÇĄ ‘ ‰‘˜‡”Â?‘ se propĂ´s a oferecer um transporte ž‰‹Ž ‡ …‘Â?ÂˆÂ‘Â”Â–ÂžÂ˜Â‡ÂŽÇĄ …‘Â? ƒ„”ƒÂ?‰²Â?…‹ƒ ‡Â? –‘†‘• ‘• „ƒ‹””‘• †‡ ƒŒ‡ƒ†‘Ǥ ĥ ’”ך‹Â?ĥ •‡Â?ƒÂ?ÂƒÂ•ÇĄ ƒ„”‹”‡Â?‘• ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡ ’ƒ”ƒ ƒ ’‘’—Žƒ­ Â‘ Â?ƒÂ?Â‹ÂˆÂ‡Â•Â–ÂƒÂ”ÇĄ ’‡Ž‘ •‹–‡ †ƒ ĠÂ?‹Â?‹•–”ƒ­ Â‘ Â?—Â?Â‹Â…Â‹Â’ÂƒÂŽÇĄ •—ƒ• Â†ĂŻÂ˜Â‹Â†ÂƒÂ• ‡ ’”‡‘…—’ƒ­Ă™Â‡Â• ‡ ’ƒ”ƒ ƒ’”‡•‡Â?–ƒ” •—‰‡•–Ù‡•Ǥ Àǥ •‹Â?ÇĄ ’—„Ž‹…ƒ”‡Â?‘• ‡†‹–ƒŽ ’ƒ”ƒ „—•…ƒ” ƒ Â?‡ŽŠ‘” ’”‘’‘•–ƒǤ

Lajeado estĂĄ prestes a receber, em sua totalidade, os cursos da IFsul. AlĂŠm disso, a Univates se consolida como uma das grandes universidades privadas do Estado. No que se refere Ă s responsabilidades da municipalidade, uma das mais latentes sĂŁo as vagas nas creches. Quais medidas estĂŁo previstas pelo governo para atender a demanda de vagas nas escolas de Educação Infantil? —Ž •× ‡•–ž ‡Â? ƒŒ‡†‘ ’‡Ž‘ ‡•ˆ‘”­Â‘ †‡•–ƒ ‰‡•– Â‘ÇĄ “—‡ …‘Â?•‡‰—‹— ƒ ž”‡ƒ †‡ –‡””ƒ Â?‡…‡••ž”‹ƒ ’ƒ”ƒ ”‡…‡„‡” ‘ ‹Â?˜‡•–‹Â?‡Â?–‘Ǥ ‹Â?’ŽƒÂ?–ƒ­ Â‘ †‘ …—”•‘ †‡ ‡†‹…‹Â?ƒ Â?ƒ Â?‹˜ƒ–‡• ˆ‘‹ ”‡…‡„‹†‘ …‘Â? •ƒ–‹•ˆƒ­ Â‘ ’‘” ‡•–‡ ‰‘˜‡”Â?‘Ǥ ‡•Â?‘ “—‡ ’‡“—‡Â?ÂƒÇĄ –‹˜‡Â?‘• ƒŽ‰—Â?ƒ ’ƒ”–‹…‹’ƒ­ Â‘ Â?‘ Â&#x;Â?„‹–‘ ’‘ŽÀ–‹…‘Ǥ Â?ƒ ”‡†‡ Â?—Â?‹…‹’ƒŽ Â? Â‘ Âą †‹ˆ‡”‡Â?–‡Ǥ ‡•mo com uma demanda permanente, estamos diminuindo a carĂŞncia de vagas nas creches. O municĂ­pio farĂĄ a primeira licitação na histĂłria para o transporte pĂşblico. O que o Executivo planeja oferecer aos usuĂĄrios de Ă´nibus? O governo de Lajeado foi proÂ˜Â‘Â…ÂƒÂ†Â‘ÇĄ †‹‰ƒÂ?‘• ƒ••‹Â?ÇĄ ƒ ”‡ƒŽ‹œƒ” ’”‘…‡••‘ †‡ Ž‹…‹–ƒ­ Â‘Ǥ ”‡–‡Â?†‡Â?‘• ”‡ƒŽ‹œƒ” †‡ ˆ‘”Â?ƒ “—‡ ’”‘’‘”…‹‘Â?‡ Â? ’‘’—Žƒ­ Â‘ —Â? •‡”˜‹­Â‘ †‡ “—ƒŽ‹†ƒ†‡Ǥ ‘Â?‡­ÂƒÂ?‘• ‘ ’”‘…‡••‘ …‘Â? —Â? ‡•–—†‘ ƒ’”‘ˆ—Â?†ƒ†‘ †‘ ƒ–—ƒŽ •‹•–‡Â?ÂƒÇĄ “—‡ Â? Â‘ Âą ”—‹Â?Ǥ ƒ •‡“—²Â?Â…Â‹ÂƒÇĄ …‘Â? „ƒ•‡ Â?‘ “—‡ ˆ‘‹ …‘Ž‘…ƒ†‘ ’‘” —•—ž”‹‘•ǥ †—”ƒÂ?–‡ ƒ—†‹²Â?…‹ƒ• Â’ĂŻÂ„ÂŽÂ‹Â…ÂƒÂ•

Cursos tÊcnicos serão implantadas na escola federal conforme necessidades do município. Em 2015, não serå diferente.�

Lajeado ĂŠ uma cidade de oportunidades. Em mĂŠdia, cerca de mil pessoas se mudam para cĂĄ a cada ano. HĂĄ empregos, mas falta mĂŁo de obra. De que forma o municĂ­pio pode contribuir nesse sentido? ‘ Ž‘Â?‰‘ †‡ ͜͞Í?Í&#x; ‡ ͜͞Í?Í Â–Â‡Â?‘• …‘Â?–”‹„—À†‘ …‘Â? ƒ ƒ–”ƒ­ Â‘ †‘• …—”•‘• ‘ˆ‡”‡…‹†‘• ’‡Ž‘ ”‘Â?ƒ–‡…Ǥ ‘ primeiro ano, formamos mais de Í&#x;͜͜ ƒŽ—Â?‘•Ǥ ‘ ƒÂ?‘ •‡‰—‹Â?–‡ǥ ˆ‘”ƒÂ? Â?ƒ‹• ÍžÍĄÍœǤ ƒÂ?„¹Â? ‘ˆ‡”‡…‡Â?‘• …ƒ’ƒ…‹–ƒ­ Â‘ ’‡Ž‘ ”‘Â?ƒ–‡… ‹Žž•ǥ “—‡ Âą ˜‘Ž–ƒ†‘ Â?• Â?—ŽŠ‡”‡•Ǥ ‡Žƒ ‡…”‡–ƒ”‹ƒ †‡ ‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ …‘Â?Ă˜Â?‹…‘ ‡ Â?‘˜ƒ­ Â‘ –ƒÂ?„¹Â? • Â‘ ‘ˆ‡”‡…‹†‘• cursos em parceria com o CDL. O

—Ž ‡•–ž •‡Â?†‘ …‘Â?•–”—À†‘ Â?‡••ƒ ÂŽĂ—Â‰Â‹Â…ÂƒǤ —”•‘• –¹…Â?‹…‘• •‡” Â‘ ‹Â?’ŽƒÂ?–ƒ†ƒ• Â?ƒ ‡•…‘Žƒ ˆ‡†‡”ƒŽ …‘Â?ˆ‘”Â?‡ Â?‡…‡••‹†ƒ†‡• †‘ Â?—Â?‹…À’‹‘Ǥ Â? ͜͞Í?ÍĄÇĄ Â? Â‘ •‡”ž †‹ˆ‡”‡Â?–‡Ǥ No campo social, houve avanço com o programa de habitação. SĂŁo apartamentos e recursos para construção em terrenos particulares. PorĂŠm persistem

moradias em locais de enchentes. HĂĄ uma resistĂŞncia das famĂ­lias em deixar esses locais. De que forma o governo pretende resolver esse impasse? ‘˜ƒÂ?‡Â?–‡ǥ ‘ †‹žŽ‘‰‘ •‡ ˆƒœ Â?‡…‡••ž”‹‘Ǥ ‰‘˜‡”Â?‘ ‡•–ž …‘Â?˜‡”•ƒÂ?†‘ …‘Â? ƒ ’‘’—Žƒ­ Â‘ †‡ ˜ž”‹ƒ• ˆ‘”Â?ĥǤ Â?ÂƒÇĄ ’‘” Â?‡‹‘ †ƒ ‡ˆ‡•ƒ Â‹Â˜Â‹ÂŽÇĄ …‘Â? ‘”‹‡Â?–ƒ­ Â‘Ǥ ”‹ƒÂ?‘• †‘‹• Â?‡‘•ǥ Â?‘• „ƒ‹””‘• ƒÂ?–‘ Â?Â–Ă˜Â?‹‘ ‡ Â”ÂƒÂ‹ÂƒÇĄ ’ƒ”ƒ …‘Â?•…‹‡Â?–‹œƒ” ƒ ’‘’—Žƒ­ Â‘ÇĄ Â?‘ sentido de repensarem a conduta. ‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǥ “—‡ …‘Â?•‡“—²Â?…‹ƒ• ’‘†‡ –‡” ƒ ’”ž–‹…ƒ †‡ Œ‘‰ƒ” Ž‹š‘ Â?ƒ Â”Â—ÂƒÇŤ ‰‘˜‡”Â?‘ ˆ‡†‡”ƒŽ …—•–‡‘— —Â? ‡•–—†‘ “—‡ ‹Â?…Ž—‹ ‘ Â?ƒ’‡ƒÂ?‡Â?–‘ ‰‡‘ƒÂ?„‹‡Â?Â–ÂƒÂŽÇĄ “—‡ Â?‘•–”ƒ ‘‹–‘ ž”‡ƒ• …‘Â?•‹†‡”ƒ†ƒ• †‡ ”‹•…‘Ǥ ‘ –‘†‘ǥ ͤÍ&#x;Í? ”‡•‹†²Â?…‹ƒ• ‡ Í&#x;ÇĄÍž Â?‹Ž ’‡••‘ƒ• ‡•– Â‘ Â?‡••‡• Ž‘…ƒ‹•Ǥ ÂƒÂ•ÇĄ Â?ƒ ‹Â?ƒ ‡Â?…Š‡Â?–‡ǥ ˆ‡Ž‹œÂ?‡Â?–‡ ’‡“—‡Â?ÂƒÇĄ ’‘—…ƒ• ˆƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹ÂƒÂ• ’”‡…‹•ƒ”ƒÂ? •‡” ”‡Â?‘˜‹†ƒ•Ǥ ••ƒ• ‡•– Â‘ –‡Â?†‘ ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡ †‡ Â?—†ƒ” †‡ Â˜Â‹Â†ÂƒÇĄ ƒ‘ •‡ Šƒ„‹Ž‹–ƒ”‡Â? ƒ‘ Minha Casa Minha Vida. Sobre a relação polĂ­tica com o Legislativo. Durante o ano, vereadores do PMDB, partido da base, tiveram um comportamento quase de oposição. Como o senhor avalia o diĂĄlogo entre Executivo e Legislativo? Como pode melhorar? • ’”‘…‡••‘• †‡ ”‡Žƒ­ Â‘ •‡Â?’”‡ ’‘†‡Â? •‡” ƒ˜ƒŽ‹ƒ†‘• ‡ Â?‡ŽŠ‘”ƒ†‘•Ǥ ž –”ƒ–ƒÂ?‘• ‡ …‘Â?–‹Â?—ƒ”‡Â?‘• tratando para que possamos caminhar sempre dentro de um processo ‡˜‘Ž—–‹˜‘Ǥ



O

o o

34

JANEIRO DE 2015

Entrevista Presidente do Legislativo

Ranzi defende aproximação entre vereadores e governo

E

leito presidente da Câmara após longa negociação com a base aliada, Carlos Ranzi (PMDB) foi um dos vereadores mais ativos de uma legislatura que envolveu temas polêmicos. Aos 34 anos, é o mais jovem a assumir a presidência do Legislativo, após reformulação que ampliou de dez para 15 o número de representantes. Concorreu ao parlamento pela ͜͞​ͤ͜ǡ Ƥcou na suplência com 383 votos. Em 2012, foi eleito com 677 votos. Foi o parlamentar com maior número de projetos apresentados em 2013 e 2014. Mesmo fazendo parte da coligação que comanda a administração municipal, Ranzi não se privou de questionar as decisões e projetos do Executivo. Filho de João Carlos e Loyani Maria Ranzi, é natural de São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina. Veio para Lajeado com a família em 1995. Funcionário do Banco do Brasil desde 2000, trabalhou em Porto Alegre, onde cultivou o desejo de voltar para a cidade e concorrer à vereador.

Para ele, Lajeado tem um futuro promissor, independentemente de À Ƥ Ǥ os investimentos em tecnologia e educação como impulsores do desenvolvimento na cidade e a necessidade de acelerar os processos do Executivo para um crescimento ainda mais consistente. Qual sua avaliação do trabalho realizado no Legislativo nesses dois anos com 15 vereadores? Ǥ ± a quantidade de requerimentos e Ǥ 2 ­ ï Ǥ ­ Ǥ o município. Qual o papel do Legislativo municipal? ­Ù À Ǥ mínio Santo Antônio, que precisam ­ Ǥ ǡ Ǥ


JANEIRO DE 2015

Ǥ À ­Ù Ǥ ± ͊ ͝͡Ǥ

do vereador é levantar as dúvidas a ǡ Ƥ Ǥ ± Ǥ ­ ï Ǥ O que é preciso melhorar no trabalho dos parlamentares? ­ Ǥ ² Ǥ ± ǡ ǡ ǡ Ǥ ­ Ƥ ǡ ͥ͜τ ­ ǡ ͜͝τ ǡ ­ ǡ Ǧ Ǥ ǡ ² Ǥ Qual sua opinião sobre as polêmicas na Câmara no ano passado? × ǡ ï Ǥ Ǥ Ǥ ­ Ǥ

Quem passa pela Júlio de Castilhos pode ver as placas com vagas. Temos que acelerar os processos do Executivo. Temos atrasos na liberação do habite-se, de cerca de 90 dias.”

35

­ Ǧ ǡ ͥ͜ Ǥ

Em média, mil pessoas chegam por ano ao município. Por que Ƥca para a cidade? ͤ͜ Ǥ Ǥ Ǥ Ǥ

Ƥ À ͥ͜ Ø ǡ ± ǡ Ƥ Ǥ ǡ Ǥ

Qual sua avaliação quanto à participação da população na gestão pública? O que fazer para aumentá-la? ­ Ù ǡ À ǡ Ù Ǥ ­ ± À ǡ Ǥ Ø ­ Ǥ ǡ ­ ­ Ǥ Ǥ ǡ Ǧ ǡ Ø ǡ À Ǥ

Quais as perspectivas para o desenvolvimento de Lajeado? ï × Ǥ ­ ǡ ­ Ǥ ­ Ǥ ǡ Ǥ ï Ǥ Ǥ

Por que você decidiu ingressar na política? Ǥ À À ­ Ǥ ǡ ǡ Ǥ ǡ ï Ǥ ǡ ± ­ ² Ǥ


O

o o

36

JANEIRO DE 2015

Tribuna

Minha Lajeado ideal Pensar Lajeado abre espaço para a pluralidade e foi Ă s ruas: Por que vocĂŞ mora em Lajeado e o que vocĂŞ gostaria para sua cidade? Maioria pede mais segurança. Confira: Paula Andres, 24, secretĂĄria Dz ƒ•…‹ ‡Â? ‡Â?–‘ ‘Â?­ÂƒÂŽÂ˜Â‡Â• ‡ ˜‹Â? morar em Lajeado ainda criança com a famĂ­lia. Ainda acho a Serra mais atrativa. Lajeado precisa de mais espaços para lazer, em especial Ă noite. Temos apenas boates fechadas e em outras cidades hĂĄ locais com vĂĄrios bares agradĂĄveis para se divertir com os amigos.â€?

Danubia Menegas , 26, esteticista “Sou de SĂŁo Francisco de Paula e vim para Lajeado faz quatro anos por causa do grande desenvolvimento da cidade e da caracterĂ­stica acolhedora das pessoas. Penso que precisamos de mais investimento em segurança pĂşblica, seja em câmeras de monitoramento ou em policiamento nas ruas.â€?

Leandro Alievi Schierholt, 40, advogado “Moro em Lajeado porque nasci aqui e aqui moram meus familiares. 2 —Â?ƒ ‡•…‘ŽŠƒ “—‡ ƤÂœ ‡Â? ”ƒœ Â‘ †‡••ƒ• ’‡••‘ƒ•Ǥ ‘•–ƒ”‹ƒ “—‡ ƒŒ‡ƒ†‘ tivesse um desenvolvimento mais Â‡Â“Â—Â‹ÂŽÂ‹Â„Â”ÂƒÂ†Â‘ÇĄ •‘…‹ƒŽ ‡ ‰‡‘‰”žƤ…‘Ǥ 2 uma cidade que ainda “viveâ€?, se “espeÂŽÂŠÂƒÇł ‡Â? —Â?ƒ ĂŻÂ?‹…ƒ Â”Â—ÂƒÇĄ ‘Â?†‡ –—†‘ Ƥ…ƒ …‘Â?…‡Â?–”ƒ†‘Ǥdz

Cristiano Azevedo Silva, 35, empresĂĄrio “Sempre vivi em Lajeado e o perfil da cidade me faz permanecer. Temos uma localização privilegiada, perto da capital e do litoral, alĂŠm de potencial para o desenvolvimento. Ainda precisamos de mais opçþes nas ĂĄreas da gastronomia, cultura e entretenimento.â€?

Suehlen Da Mota Gomes, 20, secretĂĄria “Sou natural de Vacaria, mas resido em Lajeado faz quase trĂŞs anos por conta de meus estudos em Publicidade e Propagada. Lajeado enfrenta muitos problemas com a •‡‰—”ƒÂ?­Âƒ Â’ĂŻÂ„ÂŽÂ‹Â…ÂƒǤ  Â‘ ‡Â?š‡”‰ƒmos policiais caminhando pelas ruas.â€?

Marcos Frank, 47, neurocirurgiĂŁo “Sou natural de IjuĂ­, mas escolhi Lajeado para viver. Sou cidadĂŁo Š‘Â?‘”ž”‹‘Ǥ ‘•–‘ †ƒ“—‹ ’‘”“—‡ Âą uma uma cidade de gente acolhe†‘”ƒ ‡ ‡Â?’”‡‡Â?†‡†‘”ƒǤ ‘•–ƒ”‹ƒ que houvesse um transporte pĂşblico de qualidade. TambĂŠm precisarĂ­amos de mais segurança.â€?

Carlos Haas Oliveira, 30 anos, relaçþes pĂşblicas “Sou de Santa Cruz do Sul e vivo em Lajeado porque acho a cidade agradĂĄvel e promissora. Tenho orgulho de dizer que moro aqui e acredito ser um lugar bom para criar meu ƤŽŠ‘Ǥ ‘•–ƒ”‹ƒ “—‡ ‘ š‡…—–‹˜‘ ‡ ‡gislativo trabalhassem de forma integrada, analisando a nossa realidade e planejando o futuro.â€?

Jean Zagonel, 28, administrador “Nasci em Lajeado. Resido aqui em função de ser a cidade sede da empresa fundada pelo meu pai, onde tambĂŠm trabalho. Toda a minha famĂ­lia tambĂŠm reside aqui. Quero que Lajeado seja o melhor lugar para se viver. Acredito que precisamos criar uma meta ousada, algo que represente um grande sonho para nossa população.â€?

FlĂĄvia Weissmeier, 33, vendedora “Nasci em Cruzeiro do Sul e moro em Lajeado por causa das oportunidades de emprego e estudo. É uma cidade que oferece boa qualidade de vida por nĂŁo ser grande nem pequena demais. Precisava de mais segurança. Sinto falta de policiais nas ruas.â€?


Tribuna

JANEIRO DE 2015

37

Raul Oscar Picco, 59, empresário Dz ǡ ǡ ­ Ǥ ± Ǥ ­Ù Ǥdz

Roberto Francos de Neves, 44, Ƥ Dz Ǥ ± ǡ ± Ǥ ­ Ǥ ǡ Ǥ ± ï Ǥdz

Sebastião Carlos dos Santos, 49, segurança Dz ͥ͢ Ǥ Ǥ Ǥ ǡ ­ ­ Ǥ

Ismael Ruschel Sturmer, 32, radialista ± Ǥ À Ǥ

Ǥ Ǥ

± ǡ Ǥ

Altair Pandolfo, 72, aposentado Dz ǡ ǡ Ƥ × À Ǥ ± Ǥ Ǥ Ǥdz

Paulo Renato Narciso, 54, servidor público Dz Ǥ ǡ ǡ ͦ͠ Ǥ Ǥ ǡ Ƥ Ǥ Ǥ

Ramon Alves, 34, estofador automotivo Dz À ± Ǥ 2 Ǥ Ǥ ­ ǡ ï ­ ǡ À Ǥ ǡ À Ǥdz

Ivone Friedrich, 67, aposentada Dz Ǥ Ƥ ǡ ± Ǥ 2 ǡ Ǥ ­ Ǥ ǡ ǡ Ǥ ǡ Ǥdz

Alex Schmitt, 36, advogado Dz À Ǧ ͢ Ǥ Ǥ ­ ǡ ǡ ï ǡ ² ² À Ǥdz

Clóvis Filter, 66, aposentado Dz ² Ǥ ï Ƥ Ǥ 2 ǡ Ǥ ͥ͠ Ǥ ǡ × Ǥ × Ǥdz

Paulo Roberto Bohrer, 59, representante comercial Dz ± Ǥ ± ǡ ǡ Ǥ Ǥ 2 ­ ­ ï Ǥ Ǥdz

Jeane Baron, 33, relações públicas Dz ǡ ǡ À Ǥ ­ ǡ ± ­Ù Ǥdz





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.