AH - Principal | 7 de janeiro de 2016

DIVULGAÇÃO

Fundado em julho de 2002 Lajeado, quinta-feira, 7 de janeiro de 2016 Ano 13 - Nº 1503 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

JOVENS POETAS

Olhar sobre os pássaros silvestres Projeto em Lajeado quer incentivar formação de grupos para observação de aves nativas no Jardim Botânico

EMISSÃO DE CARTEIRA DE TRABALHO

Sistema permanece com defeito faz mais de 6 meses A

agência Sine de Lajeado não emite carteiras de trabalho desde julho de 2015. Trabalhadores da cidade e de outros municípios vizinhos procuram a unidade de Arroio do Meio, sobrecarregando o atendimento que parte de

servidor municipal concedido à Fundação Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS). A emissão do documento foi suspensa devido a uma pane no aparelho que coleta assinaturas e faz fotografias digitais.

Página 4

CRIME EM LAJEADO

Pescador Municípios retomam cuidados com a orla encontra cadáver

RODRIGO MARTINI

MARCELO GOUVÊA

Foragido do presídio desde novembro, Ricardo da Silva Bastos foi morto com pelo menos cinco disparos. Corpo foi deixado no Rio Página 12 Taquari nessa terça.

ESPAÇO TURÍSTICO E DE LAZER: o governo de Lajeado pretende iniciar hoje as melhorias no belvedere da rua Osvaldo Aranha. No outro lado do Rio Taquari, o Executivo de Estrela prepara a terceira etapa da reforma na escadaria. Juntos, os investimentos superam R$ 1,2 milhão Páginas 6 e 7

TEMPO NO VALE Quinta-feira no Vale: céu encoberto com chance de chuva a qualquer momento Mínima: 22°C - Máxima: 28°C FONTE: CIH/UNIVATES

CRECHES EM LAJEADO

Executivo contabiliza déficit de 600 vagas A Secretaria de Educação prevê dificuldade para o atendimento de crianças de até 4 anos. Resultado do avanço populacional, alguns bairros como Jardim do Cedro e Conventos têm a situação mais delicada. No ano passado, as escolas de Educação Infantil atenderam quase três mil crianças.

Página 10

2

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Ideias

EXPEDIENTE Diretor Geral: Adair Weiss Diretor de Redação: Fernando Weiss Diretor Comercial: Sandro Lucas Diretor Administrativo: Fabricio Almeida

REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br

COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

leitor@jornalahora.inf.br

Um breve balanço econômico de 2015 e perspectivas para 2016

2

015 acabou. E com isso podemos olhar para trás e refletir com calma: o que o ano que passou nos deixou de marcas e lições. Sim, porque 2015, apesar dos péssimos resultados econômicos, deixará lições para o futuro. Lições mais sobre o que não se deve fazer do que efetivamente fazer. É verdade que os resultados de 2015 não foram frutos apenas do ano que passou. Pelo contrário. O ano de 2015 nada mais foi do que uma triste – mas previsível – consequência das escolhas erradas anteriores. Escolhas que começaram ainda no segundo governo Lula e foram aprofundadas no primeiro governo Dilma. Quem ousou criticar a política econômica foi taxado de pessimista e de torcer contra o Brasil. O tempo provou que os pessimistas nada mais eram do que

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

4,0452

4,0165

Dólar Turismo

3,9000

4,2000

Euro

4,1900

4,5400

Libra

5,8995

5,9024

Peso Argentino

0,2910

0,2912

Yen Jap.

0,0340

0,0340

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 12/2015

0,78

9,47

IGP-DI (FGV)

12/2015

1,76

8,90

IGP-M (FGV)

12/2015

1,89

8,36

INPC (IBGE)

12/2015

0,77

9,07

INCC

12/2015

0,27

6,66

IPC-A (IBGE)

12/2015

0,82

8,53

ÍNDICE

MÊS

Salário Mínimo/2015 R$ 788,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,0

Selic

14.25%(meta)

TR CDI (Mensal)

0,1790

1,5670

12/2015 1,1077

10,7699

Prime Rate

12/2015

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

12/2015

0.25

0,25 (Previsto)

-Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1078.4 – cotação do dia 6/1/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

41773

-1,52

Dow Jones (EUA)

17.159

0,06

S&P 500 (EUA)

2.017

0,20

Nasdaq (EUA)

4.814

-1,58

DAX 30 (ALE)

10.214

-0,93

Merval (EUA)

11.430

-0,84

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 36,42 em 06/01/2016

realistas e estavam certos. E que quem torcia “a favor” do Brasil foi, na verdade, avalista de erros que nos custarão anos. É impossível falar dos resultados de 2015 sem lembrar da eleição de 2014. Eleição essa construída em cima de um otimismo falso e de uma irresponsável negação da realidade. Quem usou isso, ou mentiu – sim, esse é o termo! – ou era incapaz de fazer simples leituras econômicas. A conta não tardou a chegar.

Mesmo que muitos ainda busquem terceirizar a própria culpa: sobrou para uma crise mundial negada pelos números; para um ministro da Fazenda que apenas colheu as consequências do antecessor; e até para a imprensa, que ousou noticiar a crise. Incrível! Os únicos inocentes são os que tiveram a caneta na mão e o poder das esco-

lhas econômicas dos últimos anos.

Fechamos o ano de 2015 com resultados alarmantes. 2015 foi o ano que voltamos a ter inflação de dois dígitos após mais de uma década. 2015 foi o ano que tivemos a pior recessão desde o governo Collor. 2015 foi o ano que o desemprego voltou a subir de forma aguda. Os números oficiais ainda serão fechados, mas já podemos afirmar, sem medo de errar, que 2015 ficará marcado como um dos piores anos da nossa história.

E o que esperar de 2016? Se o governo fizer tudo certo será um ano difícil. Se repetir erros – o que é uma tendência diante das escolhas recentes – será mais difícil ainda. A inflação dificilmente voltará para o teto da meta de 6,5%. Para o centro da meta de 4,5% quem sabe em 2017...

Quem sabe! A recessão econômica é

Guilherme Cé Economista guilherme.ce@outlook.com

uma certeza. A incerteza é de quanto será... Desemprego em alta e renda em queda são outras certezas.

2016 será, portanto, outro ano difícil. Inclusive para os otimistas.

Que as lições dadas pelo passado sejam compreendidas. Uma delas é que os responsáveis pela crise não são aqueles que apontam as perspectivas negativas do que está por vir, mas, sim, quem causou, e ainda causa, tais expectativas. Simples assim. Aos que chamam os outros de pessimistas a pergunta que fica é: de onde vem esse pessimismo? Talvez a presidente possa responder...

O Caminho...

S

abendo que a evolução é compatível com a época, Jesus resumiu: Toda a lei e os profetas se acham contidos no amarás o Senhor teu Deus... e no Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. (Mateus, 22:36-40). Dentro desse espírito de compreensão, deliciei-me com a leitura de O Livro das Religiões (Globo), presente da filha Rafaela.

Nas inúmeras religiões apresentadas no livro, milenares algumas, e com variadas origens geográficas e temporais, outras, encontra-se a instintiva busca de Deus. E essa busca, segundo Carl Gustav Jung, é arquetípica (Imago Dei).

Em muitas páginas do livro citado encontra-se o tema reencarnação milênios antes da doutrina espírita divulgá-la no Ocidente. O que Jesus, no Evangelho, já confirmara, com clareza, quando falou que Batista era Elias que havia de vir.

Quem tiver olhos de ver...

Agora, pensemos em Jesus que disse ser o caminho, a verdade e a vida, declarando que ele e o Pai eram um – não que ele fosse também Deus – como dele fizeram, mas querendo afirmar que vivia em unidade com o Pai. Segundo a psicologia, Jesus era pleno, por não ser o ego (a memória do presente), mas por ser o selfie integral, senhor do seu passado e de sua sabedoria. Essa evolução crística é o caminho ascensional da individuação que, segundo Jung e Joanna de Ângelis, é a posse plena do selfie. Lembremos que selfie é a integralidade do ego (memória atual), do inconsciente pessoal (experiências “esquecidas” desta vida) e do inconsciente coletivo (segundo Jung) ou inconsciente profundo (vidas passadas, segundo Joanna de Ângelis). O livro das religiões apresentando-nos

os princípios das diferentes culturas religiosas, confirma a doutrina espírita, que vem unificando no tempo e no conteúdo todos os ensinos que a antecederam. Assim se pode entender o versículo: Toda a lei e todos os profetas se acham contidos...

Como, por exemplo, na página 66 de O Livro das Religiões, o filósofo Lao Tsé, no “Tao te ching” (O Livro do Caminho e da Virtude), identifica o tao (caminho) como eterno e imutável, enquanto a vida é que apresenta caminhos sinuosos. Para manter-se no caminho, o seguidor tem que buscar o equilíbrio na mente, no espírito e no corpo: ego, inconsciente pessoal e inconsciente profundo.

Segundo Joanna de Ângelis, (O Homem Integral – psicografia de Divaldo Franco), encontram-se os mesmos princípios no budismo: o fundamento essencial dos seus ensinos se encontra na Lei do car-

Walmor Santos Escritor wseditor@wseditor.com.br

ma, graças à qual o homem é o construtor de sua desdita ou felicidade... Em uma etapa, a aprendizagem equipa-o para a próxima, sendo que a soma das experiências e ações positivas anula aquelas que lhe constituem débito propiciador de sofrimento. Bem de acordo com o apóstolo: Porque o amor cobre uma multidão de pecados (I Pedro, 4).

Enfim, a multiplicidade encontra a unidade. O caminho é um, sejam quantas forem as religiões. Já não há tempo para fanatismo e exclusões preconceituosas, como se Deus fosse propriedade dos homens, e não o Senhor dos homens e da vida.

3

A HORA · QUINTA-FEIRA, 07 DE JANEIRO DE 2016

Rodrigo Martini martini.jornal@gmail.com lentem.wordpress.com

O abandono do Rio Taquari também é culpa nossa

O

Canal Saint Martin e o Rio Sena, em Paris. O Rio Tejo, na histórica Lisboa.

A Lagoa da Conceição, em Florianópolis. A orla de Copacabana, na exótica capital do Rio de Janeiro. E por que não o próprio Guaíba, em Porto Alegre. Quem não gostaria de tomar um bom chimarrão em qualquer um desses locais?

A relação dessas sociedades com seus principais mananciais sempre foi incentivada pelo poder público, com uma boa dose de pressão das respectivas comunidades locais.

Não à toa, tais pontos citados acima se tornaram famosos cartõespostais, difundidos por todo o mundo. É simples. Vivenciar o que cada cidade tem de mais harmonioso é dever de cada cidadão, assim como é nossa obrigação cuidar da preservação de tais belezas. E em relação a isso, a grande maioria dos moradores de Estrela e Lajeado está devendo. E muito.

Importante salientar: cuidar não significa, necessariamente, manter intocado. Quando falamos de rios, mares ou lagoas próximas a grandes centros urbanos, a intervenção do poder público, mesmo com a realização de obras de infraestrutura, se faz necessária. Hoje, o incentivo ao bom uso seja a principal forma de proteger a natureza incrustada entre prédios e concreto.

Eu lembro como se fosse hoje da-

quelas tardes inteiras às margens do Taquari no fim da década de 80, quando assistíamos emocionantes a “pegas” entre velozes barcos.

Meu pai sempre me levava para apreciarmos juntos as corridas. A margem do rio ficava cheia de espectadores. Aquela sociedade vivia, de fato, de frente para o rio.

Talvez a geração mais nova também não saiba. Mas o hoje capenga belvedere de Lajeado já foi também o principal palco de paquera da cidade em diversos momentos da história. Foi assim no tempo das prainhas formadas no leito do rio, na distante década de 60, e voltou a ser da mesma forma com os shows acústicos que embalaram a geração dos 90, entre cervejas, cascudinhos e cadeiras de praia.

Toda essa interação pode parecer, para alguns, uma imensa ameaça ao ambiente natural. Mas era justamente isso que mantinha limpa nossa orla. A sujeira e a insegurança do local vieram com o abandono pela sociedade e com a falta de incentivo do poder público para uma melhor ocupação. Além, claro, de outras tantas razões individuais. E cujos julgamentos deixo a cargo de cada leitor.

Fomentar o comércio e gerar empregos e retorno de recursos ao município são importantes incentivos para que gestores apostem no turismo. Mas a principal relevância de tais investimentos é restabelecer o sentimento de carinho entre co-

Disputa por CCs causa mal-estar em Lajeado A saída do PMDB deixou vagos diversos Cargos Comissionados dentro da prefeitura de Lajeado.

E a demora do governo municipal em chamar os partidos – famintos pelas tetas – para negociar tais funções já gera grande desconforto entre as siglas coligadas com o PT de Luís Fernando Schmidt. O PSB é um dos mais insatisfeitos.

Nesta semana, um fato aumentou a ciumeira dentro do poder público. Recém- criado na cidade, o REDE Sustentabilidade foi agraciado com um CC na recepção da prefeitura. Outras regalias estariam sendo oferecidas para futuros candidatos a vereador pelo mesmo partido. Entre elas, demanda para serviços mecânicos.

munidade e Taquari, tão dissipado nos últimos anos. E quem vem de fora percebe nosso descaso.

Em 2012, nas minhas breves desventuras como repórter esportivo, conversei no saguão do Hotel Weiand com o então técnico do Internacional, Dorival Júnior. Sujeito viajado. Conheceu o mundo quando jogava futebol. Antes de me receber, caminhara pelas ruas de Lajeado e ficou encantado com o belvedere da Osvaldo Aranha.

Não por menos, conversamos sobre isso.

Dorival, de cara, estranhou a decadência do local. As sombras do abandono lhe causaram uma reflexão que talvez falte – e muito – a nós lajeadenses. Afinal, por que a cidade não olha para o seu rio? Por que estamos de costas para a parte mais bonita do nosso município?

A resposta é muito complexa para definir em um só artigo. Mas não me restam dúvidas sobre a responsabilidade do gestor público. A falta de incentivos e o descaso com o local nos últimos anos ajudaram a afastar a comunidade do seu rio.

Transformamos nosso principal ponto turístico em um local mal quisto. Desvalorizado. Um verdadeiro crime praticado contra o turismo.

E a grande missão dos atuais gestores é justamente tentar recuperar esse tempo perdido. Pode até parecer tarde para alguns. Mas eu prefiro aplaudir de pé as iniciativas

Humorista A assessoria fica de “cabelo em pé” a cada entrevista concedida por José Ivo Sartori. Antes do pleito, ao falar sobre o piso salarial do magistério, citou loja de materiais de construção como local adequado para comprar pisos. Agora, lembrou o histórico 5x0 do Grêmio sobre o Inter para brincar com o parcelamento dos salários.

“Foi 5 porque Sartori parcelou. Se não seria 10”. Desnecessário.

Tiro Curto – O Governo de Lajeado insiste em desrespeitar o MP. Seis meses após Neidemar Fachinetto ajuizar Ação Civil Pública exigindo rompimento do contrato de capina firmado entre município e a empresa W.K.Borges, o prefeito nada fez e segue menosprezando tal decisão; – A política em Lajeado ferve a cada semana. A última informação plantada nas redes sociais indica uma dobradinha entre Isidoro Fornari para prefeito pelo PP, e Adi Cerutti, que deixaria o PMDB para assinar com o PSD. Eu duvido; – O número total de proprietários que quitaram o IPVA com desconto máximo chegou a 1.051.160. A arrecadação bruta ultrapassa R$ 755 milhões, um aumento de 15,02% em relação aos R$ 656 milhões do ano passado; – Sérgio Rambo (PT) foi o vereador que mais encaminhou projetos de lei durante o ano passado na câmara de Lajeado. Foram 26, cuja maioria serviu para denominar vias públicas. Carlos Ranzi (PMDB) apresentou 21 propostas de lei; – A nova diretoria da Amturvales deverá ser eleita só em março. Após a saída do ex-prefeito de Colinas, Gilberto Keller, que renunciou ao cargo por pressão do partido e de prefeitos contrários ao seu mandato, a entidade segue sob comando de Leandro Pitol; – A reforma na Casa do Morro de Cruzeiro do Sul foi novamente anunciada. Deve ocorrer ainda em janeiro. Dessa vez, estão previstos investimentos de R$ 20 mil por parte do governo e outros R$ 5 mil de um grupo de voluntários. A história merecia mais. Boa quinta a todos!

“A responsabilidade da tolerância está com os que têm a visão mais ampla.”

George Eliot

4

A HORA · QUINTA-FEIRA, 07 DE JANEIRO DE 2016

Parque de Máquinas terá atividades retomadas CRUZEIRO DO SUL - A atuação dos servidores da Secretaria de Obras, Estradas e Agricultura, será retomada na segunda quinzena deste mês, quando trabalhadores de outras repartições saem de férias.

Cidades

Eles haviam recebido férias na metade de dezembro. Segundo o secretário da Agricultura, José Roque Gerhardt, o período também será importante para o reparo nas máquinas e caminhões.

Agência fica 6 meses sem emitir carteira Trabalhadores precisam encaminhar documento em unidade de Arroio do Meio ARQUIVO A HORA

Vale do Taquari

S

uspenso em julho do ano passado, o trabalho de emissão de Carteiras de Trabalho (CTPS) no Sine de Lajeado continua sem ocorrer.

A situação obriga moradores da cidade a procurarem outros municípios e causa sobrecarga no serviço oferecido em cidades vizinhas.

De acordo com o auxiliar administrativo responsável pela emissão de CTPS e carteiras de identidade em Arroio do Meio, Jean Maikel Weinzenmann, o excesso de procura vinda de Lajeado atrapalha a demanda da cidade.

“Como temos muita gente de fora, e cada atendimento leva alguns minutos, não conseguimos receber a todos.”

Segundo ele, os dias maior movimento são as segundas e as sextas-feiras quando, na média, entre 30 e 35 pessoas procuram o serviço. “Já tivemos dias com mais de 40 atendimentos”, garante.

Conforme Weinzenmann, a situação se torna injusta, pois o serviço é custeado pelo próprio município. “A emissão teria parado não fosse a iniciativa da administração em assumir essa função, por meio de uma parceria com o Fundação Gaúcha do Trabalho e

Entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, emissão também ficou suspensa

Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 5 DE AGOSTO DE 2015

Promessa descumprida Matéria publicada no dia 5 de agosto de 2015 alertou sobre a suspensão das emissões de CTPS em Lajeado. Na época, o coordenador do Sine, Oilquer Santos, previa a instalação dos novos equipamentos em até dois meses.

Sine suspende emissão de carteiras de trabalho Problema em equipamento paralisa serviços THIAGO MAURIQUE

Encaminhamento para postos de trabalho e requisição de seguro-desemprego seguem funcionando normalmente

Lajeado A Agência do Sistema Nacional de Empregos (Sine) do município não realiza a emissão de carteiras de trabalho há cerca de um mês.

Responsável pelo atendimento de mais de 20 municípios da região, a unidade suspendeu o serviço devido a problemas técnicos com o kit digital que colhe assinaturas e fotografias para o documento.

De acordo com o coordenador da agência, Oilquer Soares dos Santos, o Ministério do Trabalho (MT) passou a exigir o aparelho em fevereiro. Na época, o próprio MT emprestou um kit para o Sine da cidade. “Em julho o equipamento travou e foi devolvido.”

Conforme Santos, a previsão para retomar o serviço é de cerca de dois meses. “Espero que seja solucionado antes, pois a situação é preocupante”, afirma. Segundo ele, antes da falha, eram emitidas de 250 a 270 carteiras por mês na unidade.

O coordenador alega que a demora para restabelecer o serviço ocorre devido ao alto custo dos equipamentos. Como o problema também foi registrado em outras unidades, o Estado pretende comprar um lote maior de kits.

“Depende agora dos trâmites burocráticos.”

De acordo com a Fundação

Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), a compra do material está em processo de licitação.

Em nota, afirma que não há uma data determinada para a conclusão do processo. “A previsão é de que até novembro os kits devem ser instalados.”

A orientação para que tem urgência na obtenção do documento é procurar as agências do Sine de Estrela e Encantado ou a Secretaria de Educação de Arroio do Meio. “A preocupação maior é com pessoas que tentam o primeiro emprego ou que precisam encaminhar segunda via do documento”, diz Santos.

Vagas reduzidas O coordenador do Sine Lajeado alerta para a redução no número de vagas de emprego na unidade.

Segundo ele, no ano passado, a média de postos de trabalho oferecida na agência por mês chegava a 180.

Hoje, varia de 70 a 80.

Conforme Santos, a agência adotará uma nova estratégia para ampliar a oferta de empregos, com visitas a médias e pequenas empresas que precisem de mão de obra.

Para o coordenador, a maioria das pessoas ainda pensa que o Sine serve apenas para encaminhar documentos e seguro-desemprego e esquece que a agência também encaminha trabalhadores para empresas.

A unidade disponibiliza uma sala para entrevistas. De acordo com Santos, quem estiver interessado em usar o espaço e oferecer vagas deve se dirigir até a agência, que fica na rua Júlio de Castilhos, 478.

PROCURA DIMINUI NO ESTADO As agências Sine registraram queda na procura por emprego. No primeiro semestre deste ano, foram cerca de 168 mil encaminhamentos para entrevistas no estado.

No mesmo período do ano passado, o número chegou próximo dos 172 mil. Conforme a FGTAS, a busca por vagas

só aumentou em Porto Alegre (40%) e na Região Metropolitana (14%).

Os setores que registraram maior procura foram serviços e comércio. As funções com o maior número de encaminhamentos foram de faxineiro, operador de caixa e vendedor para o varejo.

Ação Social (FGTAS).”

Para ele, a administração de Lajeado deveria ter assumido a responsabilidade diante das dificuldades do Governo do Estado em solucionar o problema. Segundo Weinzenmann, os moradores da cidade vizinha costumam reclamar das dificuldades em obter o documento.

“Precisam ir de um município ao outro, as vezes mais de uma vez, para encaminhar as documentações necessárias”, ressalta.

Conforme o servidor, o serviço oferecido na cidade foi estruturado para atender apenas a demanda de Arroio do Meio, Capitão e Travesseiro. Os atendimentos ocorrem das 13h30min às 16h30min, na Secretaria de Educação.

9

Problema recorrente De acordo com o coordenador do Sine Lajedo, Oilquer Soares dos Santos, a emissão de CTPS foi suspensa devido a uma pane no aparelho que coleta assinaturas e faz fotografias digitais, ocorrida em julho de 2015. Problemas com o sistema informatizado também foram registrados na unidade.

Segundo Santos, o Governo do Estado realizou uma licitação para aquisição dos equipamentos. “Como a demanda era grande, devido a problemas em outros

municípios, e o custo é alto, foi necessário abrir o processo.”

De acordo com a FGTAS, os aparelhos foram adquiridos e aguardam trâmites burocráticos para serem encaminhados aos municípios. Porém, não há uma data determinada para a conclusão do processo. A previsão é que a instalação ocorra no início do próximo mês.

KIT EMPRESTADO O aparelho que apresentou defeito foi emprestado pelo Ministério do Trabalho (MT) à agência do Sine Lajeado.

Conforme Oilquer Santos, o kit para obtenção de fotos e assinaturas digitais passou a ser obrigatório em fevereiro de 2015.

“Quando travou, devolvemos o equipamento.”

A orientação para as pessoas que precisam do documento com urgência é que procurem pelas agências do Sine de Estrela, Encantado, ou a secretaria de Educação de Arroio do Meio.

Responsável pelo atendimento de mais de 20 municípios da região, a unidade emitia entre 250 e 270 CTPS por mês.

Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 07 DE JANEIRO DE 2016 DIVULGAÇÃO

Duas novas paradas foram instaladas no trecho da Av. Benjamin Constant

Itinerário de ônibus muda no Florestal Trajeto liga duas avenidas centrais Lajeado

O

novo trajeto para ônibus urbanos no bairro Florestal está em vigor desde segunda-feira, 4.

A mudança altera o itinerário em duas vias. Conforme o diretor do Departamento de Trânsito e Serviços Concedidos, Euclides Rodrigues o trajeto a partir da avenida Benjamim Constant, passando pela rua Olavo Bilac no sentido bairro/centro até a avenida Senador Alberto Pasqualini, deixa de ser feito.

Desta forma os coletivos que saem da Rodoviária de Lajeado seguem pela Benjamim Constant até chegar na Alberto Pasqualini.

Duas novas paradas foram sinalizadas na Benjamim, uma em frente à Caixa Econômica Federal e a outra entre a rua Germano Noll e Travessa Schmidt.

A alteração foi aprovada pelo conselho Municipal de Trânsito.

Conforme Rodrigues, o objetivo é facilitar o dia a dia dos usuários e o trânsito dos ônibus, que passam a utilizar apenas as vias mais largas. “Queremos ainda reduzir o tempo de permanência dos passageiros nos ônibus.”

Novas paradas também foram instaladas na Av. Senador Alberto Pasqualini. Elas ficam em frente ao Senac, ao Senai e ao escritório da Minuano. Conforme a administração, a intenção é aumentar a frequência de ônibus no sentido centro/Univates.

A aposentada Ana Maria Cardoso, moradora do Florestal, alega mais facilidade de deslocamento com a alteração. “Ficou mais fácil vir até o supermercado. Antes, caminhava um pouco mais e agora o ônibus me deixa quase na porta.”

Agência do Ipe é reaberta Estrela A unidade do Instituto de Previdência (IPI) voltou a funcionar no município ontem. O trabalho foi retomado após a cedência de uma servidora municipal e o órgão deve operar entre as 13h30min e às 16h.

A servidora vai atender no lo-

cal durante meio turno até o fim deste mês. A agência local estava desativada desde novembro.

Já no primeiro dia houve procura, como da técnica de enfermagem Evandra Brino, de Muçum, ela renovou para renovar a carteirinha sem precisar se deslocar a Montenegro ou Porto Alegre.

5

6

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

DE FRENTE PARA O TAQUARI

Governos apostam na recuperação da orla Vale do Taquari

Projetos em Estrela e Lajeado geram expectativas de fomentar o turismo e o comércio às margens do principal rio navegável do Vale do Taquari. Investimentos na infraestrutura e planos de incentivos para proprietários de prédios antigos surgem como alternativas ao abandono dos históricos belvederes. Ao mesmo tempo, há desconfiança em função de outras propostas esquecidas

A

orla do principal manancial da região recebe mais de R$ 1,2 milhão em investimentos. Os valores incluem a recuperação de estruturas históricas, reconstrução de belvederes, instalação de cafés e comércio, canalização, asfaltamento de vias, sinalização e iluminação pública. O principal objetivo dos gestores é fomentar o turismo e resgatar o apreço das comunidades pelo Rio Taquari.

Os serviços já iniciaram em Estrela. Em março, a administração municipal inaugurou a primeira etapa do projeto de reformulação da antiga escadaria, ponto histórico do município, por onde chegava todo o abastecimento para os

primeiros moradores no início do século passado.

No local, o governo gastou cerca de R$ 100 mil na primeira fase do empreendimento, que consistiu na restauração de muros laterais, dos balaústres, e na instalação de duas estátuas que representam a indústria e o comércio do município, antes localizadas em outro ponto do belvedere.

Em poucos meses, o local passou a ser novamente frequentado pela comunidade. Principalmente com a realização de eventos artísticos, como o 1º Arte na Escadaria, realizado pela primeira vez em agosto passado. Com o sucesso, novas edições ocorreram no decorrer de 2015.

Para a próxima semana, o governo municipal estima encerrar a segunda etapa da obra de revi-

talização da margem estrelense do Rio Taquari. Nesse empreendimento, foram investidos outros R$ 142,3 mil na instalação de sanitários, local para informações turísticas, quiosque para alimentação e um pequeno deck.

Além disso, foi feita a recuperação da vegetação e criado um espaço com brinquedos junto ao belvedere. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a próxima etapa, orçada previamente em R$ 250 mil, deve ser licitada em breve. Ela consiste na recuperação de outra área da orça, onde antigamente haviam mirantes para apreciação do rio.

R$ 770 mil em Lajeado A administração municipal la-

DE OLHO NO FUTURO em Lajeado, discussões em torno da recuperação da orla do Rio Taquari perpassam décadas. Sucessivos governos municipais apresentaram projetos, que acabaram engavetados. A obra prevista para iniciar hoje será feita em três etapas, com previsão de término para julho deste ano. Investimento é de R$ 770 mil.

7

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Reportagem e fotos: Rodrigo Martini

jeadense anunciara em maio do ano passado um projeto de recuperação da orla, com investimentos no belvedere da rua Osvaldo Aranha, uma das mais antigas da cidade. Orçadas em R$ 250 mil, as obras devem iniciar hoje, com previsão de término para julho.

Serão três etapas em diferentes pontos da ciclovia.

O projeto é um trabalho realizado em conjunto entre secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Planejamento (Seplan), com auxílio do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Univates (Emau).

Conforme o secretário substituto da Sema, Jean Todeschini Tasca, o projeto prevê avanço de 2 metros da nova estrutura do belvedere para perto do Rio Taquari.

Também haverá a instalação de bancos, luminárias e parapeitos.

Segundo Tasca, a primeira fase do projeto será no belvedere em frente ao Restaurante Barranco, próximo à esquina entre as ruas Osvaldo Aranha e Júlio de Castilhos. Em um segundo momento, as obras ocorrerão nas proximidades da empresa Vinagres Prinz, e na sequência no espaço ao lado da Praça Moreira César.

“As árvores dos locais serão mantidas. Algumas paineiras serão retiradas. Acredito que até o fim do primeiro semestre a revitalização esteja pronta”, estima o secretário substituto. Tasca es-

DE VOLTA AO PASSADO em Estrela, a obra de recuperação da escadaria, nas margens do Rio Taquari, devolve, em partes, um dos cartões-postais da cidade. Ponto histórico do município, por onde chegava todo o abastecimento para os primeiros moradores no início do século passado, a escadaria segue em reformas e a primeira fase da obra foi inaugurada em março do ano passado.

DIVULGAÇÃO

clarece ainda que os recursos são provenientes de compensações ambientais. “São multas pagas por um grupo de empresas, que assinaram um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) com as duas secretarias.”

Além dos R$ 250 mil de recursos das multas ambientais, está previsto ainda o investimento de R$ 521 mil de recursos do Ministério do Turismo nas proximidades, cuja licitação foi finalizada no ano passado. Tal obra, conforme a placa instalada na rua Júlio de Castilhos, deveria ter iniciado em agosto de 2015, com prazo de entrega para 25 de fevereiro de 2016.

De acordo com o secretário de Governo (Segov), Auri Heisser, o empreendimento deve iniciar em janeiro. “Parte dos valores já foi depositada na conta da prefeitura. Ele vem em etapas. Faltam agora alguns ajustes com a Caixa Econômica Federal para iniciarmos as obras.” Tal obra consiste na aplicação de camada asfáltica em alguns trechos de ruas, além de sinalização e canalização.

“Queremos atrair investidores” Heisser aposta no interesse de investidores após a conclusão de algumas melhorias na infraestrutura do local. “Se eles não investem hoje, muito é pela pre-

Hoje vivemos de costas para o Rio Taquari. Falta ainda uma cumplicidade entre sociedade e Taquari. Possuímos aqui uma beleza natural de dar inveja para outras cidades. ” Auri Heisser Secretário de Governo de Lajeado

cariedade das instalações atuais.

Precisamos reaver esse local, realizando eventos artísticos ou até mesmo desportivos. Esse local já foi palco de grandes campeonatos de motonáutica”, lembra.

O secretário também enaltece a importância da população voltar a utilizar o belvedere. “Hoje vivemos de costas para o Rio Taquari. Falta ainda uma cumplicidade entre sociedade e Taquari.

Possuímos aqui uma beleza natural de dar inveja para outras cidades. Muitos gostariam de ter esse potencial.” Bares, comércios e restaurantes são sugestões de empreendimentos para a área.

Após terminar as três etapas previstas pelo TCA e mais os investimentos com recursos federais, a administração pretende se concentrar na recuperação do antigo prédio do ex-prefeito, Bru-

no Born, na rua Osvaldo Aranha, e também permutar terrenos próximos ao colégio Castelo Branco.

“A ideia, a longo prazo, é a construção de um parque e uma área verde junto ao Porto dos Bruder.”

Área de preservação permanente A legislação ambiental restringe obras a menos de cem metros do leito do Taquari, local classificado como Área de Prevenção Permanente (APP). No entanto, essa norma permite intervenções realizadas em prol da sociedade e do poder público, mesmo que ocorram nesse tipo de terreno.

Diante disso, o governo de Lajeado realiza estudo jurídico para avalizar obras particulares, atendendo pedido do Comitê de Revitalização do Centro Antigo.

OUTRAS PROPOSTAS PARA LAJEADO Parque Beira Rio: desenvolvido pelo ex-secretário de Planejamento, João Alberto Fluck, prevê nova arborização, dois campos de futebol 7, um campo de areia, quatro quadras de tênis, duas de vôlei e uma de futsal, prédios para eventos e áreas para convivências;

Prolongamento da av.

Décio Martins Costa: apresentado pelo ex-secretário de Obras, Mozart Lopes, prevê prolongamento da avenida até a rua Osvaldo Aranha, interligando a rua com a ponte seca da BR-386. Estava orçado em R$ 2 milhões há quatro anos.

8

Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Roteiro muda e barra aumento de tarifa Stadtbus e Executivo decidiram excluir serviço nos fins de semana em localidades MACIEL DELFINO

Teutônia

A

s famílias que dependem de transporte público terão dificuldades de usar o serviço nos fins de semana. Após aumento da tarifa para R$ 3, aprovado no ano passado, a administração municipal e Stadtbus difiniram mudanças nos roteiros. Além de alterar os horários, três localidades ficarão sem itinerários nos sábados, domingos e feriados. A medida foi definida nessa terça-feira e vale a partir do dia 11. O objetivo da mudança é evitar novos aumentos no preço da passagem.

A decisão consensual afeta moradores que moram a sete quilômetros do Hospital Ouro Branco, em Languiru. O transporte público é o único meio de locomoção da família de Gilberto, 42 e Cristiane Atkinson. O casal reside com quatro filhos em uma das casas financiadas pela Caixa Econômica Federal, no loteamento Morada do Sol. A família não tem carro e depende do transporte público para ir até o centro de Canabarro fazer compras. Aos fins de semana o serviço é utilizado para ir até o pronto atendimento em caso de doença. Quando não conseguem embarcar no ônibus, o recurso é o táxi, que pesa no orçamento. Ida e volta custam R$ 50. A utilização do serviço durante a semana, com auxílio da empresa em que trabalham, gera R$ 140 de despesa para o casal.

Na localidade foram construídas 180 casas com média de pelo menos três moradores por resi-

dência, que resulta em 540 pessoas. De acordo com Gilberto, 80% da comunidade depende do transporte público. A sugestão é alternar os horários e dividir em pelo menos duas vezes por sábado. A data é a única disponível para pagamentos de contas e compras no centro. “Não podemos perder esse serviço nos fins de semana”, diz.

Edson Martins, 33, mora faz 14 anos no bairro e pleiteou a inclusão da localidade no roteiro. Agora teme pela retirada do transporte em fins de semana. “Moram muitos idosos que necessitam de ônibus.”

Economia penaliza comunidade Conforme o coordenador operacional da empresa na cidade, Paulo Roberto Welp, a redução de 25 quilômetros no roteiro evita novo reajuste na tarifa. Os horários de circulação reduzidos e a exclusão no fim de semana em alguns pontos mantêm o valor de R$ 3.

A Linha Boa Vista também pode ficar sem o serviço. A circulação do itinerário nesse ponto está em estudo. A decisão depende da instalação de frigorífico em Linha Catarina. “A empresa mostrou interesse em trabalhar conosco e isso pode afetar o serviço em outro local.”

A equipe de operações do Stadtbus registra em dispositivo eletrônico os locais com menos passageiros. O controle somado a quilometragem realizada serve como argumento para reajuste tarifário. A análise financeira garante sobrevivência da empresa

Após dois aumentos na tarifa durante o ano passado, famílias ficarão sem transporte nos fins de semana e feriados

na cidade. “Se mantermos rota para duas pessoas pode gerar aumento para outras mil”, diz.

Mudanças Desde a instalação da empresa na cidade, o serviço de transporte

Não podemos perder esse serviço nos fins de semana.”

Gilberto Atkinson Usuário

público passou por diversos panoramas. O processo de licitação servia como ideal para manter preço da passagem em R$ 2,30. A antiga responsável pelo transporte aumentaria o valor.

Os primeiros meses foram satisfatórios para a comunidade. Ônibus novos, com acessibilidade para cadeirantes, cobrador e mais opções de rotas agradavam.

Localidades como o loteamento 8 foram beneficiadas pelo serviço.

Agora a realidade é outra. Os ônibus circulam sem cobrador e horários estão sendo extintos. A tarifa cobrada aumentou duas vezes em 2015. O primeiro reajuste foi de R$ 0,30 e o segundo de R$ 0,40.

As alterações ocorrem devido à cláusula no contrato que permite atualização constante do serviço.

Por mês o Stadtbus transporta

30 mil passageiros e mais sete mil que são isentos com idade acima de 60 anos. Na cidade circulam cinco ônibus e um fica de reserva em caso de problemas mecânico na frota.

NOVOS HORÁRIOS Segunda à sexta: 6h30min – saída das Posses, Vila Esperança e Estrada Velha 11h35min - Alesgut 12h00min - Canabarro e Teutônia.

18h30min - Canabarro e Teutônia Domingo Saída às 9h, 13h30min e às 17h30min de Canabarro para Teutônia

Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

9

Governo adota novo modelo de ensino Município estabelece sistema que mistura aprendizagem por ciclos e por séries THIAGO MAURIQUE

Santa Clara do Sul

O

s estudantes da rede municipal terão uma nova metodologia de ensino em 2016. Projeto da Secretaria da Educação pretende mesclar dois sistemas de educação, por ciclo de alfabetização e seriado, visando garantir melhorias no desempenho dos alunos.

De acordo com o secretário Gilmar Antônio Hermes, a mudança é resultado de um projeto educacional iniciado em 2009. Segundo ele, a metodologia a ser adotada no município será única, por unir os dois modelos previstos pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

Para Herms, o modelo tradicional de escola seriada tem como foco principal o professor, e ensina conteúdos de forma isolada.

Já no modelo em ciclos, o aluno se torna o centro do processo de aprendizagem e as disciplinas são trabalhadas por meio de projetos conjuntos.

Outro problema da escola tradicional, avalia, é a distorção entre a idade dos alunos e a série na qual estudam. “Temos alunos de 9 anos no 2o ano do Fundamental, por exemplo. Queremos corrigir isso com conceitos da escola por ciclos.”

Na nova metodologia, os alunos serão avaliados de forma permanente e estimulados a desenvolver o conhecimento de maneira constante. “Vamos aproveitar o conhecimento que os alunos trazem de casa e fazer com que eles tenham voz e interajam com os objetos estudados.”

Os meios de comunicação da região e as novas tecnologias de interação serão utilizados como fontes de pesquisa e aprendizagem. A intenção é fazer com que a escola deixe de ser o único espaço de obtenção de conhecimento, além de estimular a reflexão sobre questões relativas às comunidades.

Conforme Hermes, a proposta também visa assegurar uma maior participação da família e da comunidade no processo educacional. Estão previstos debates constantes com os pais para integrá-los de forma efetiva ao projeto e atendimentos individu-

Conforme o secretário de Educação Gilmar Hermes, processo será gradual e incluirá em 2016 alunos até o 3o ano. “Tudo foi planejado e construído”

alizados aos alunos.

“Teremos a garantia de permanência dos estudantes com maiores dificuldades”, afirma. Para que o processo seja efetivo, uma equipe de apoio multidisciplinar foi formada com a participação de psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, coordenadores pedagógicos e nutricionistas.

Temos alunos de 9 anos no 2o ano do Fundamental, por exemplo.

Queremos corrigir isso com conceitos da escola por ciclos.”

Gilmar Hermes Secretário de Educação

Interdisciplinaridade A interação entre as diferentes matérias da grade curricular será um dos principais diferenciais do novo sistema. Conforme Hermes, temas contemporâneos poderão ser trabalhados sob ângulos distintos por alunos de diferentes faixas etárias.

Como exemplo, cita a possibilidade de trabalhar temáticas polêmicas, como as dificuldades da economia, com todos os alunos.

“O professor de Português pode pedir a elaboração de redações, o de Matemática pode trazer exercício com índices e valores e assim por diante.”

Para que a metodologia funcione, alerta para a necessidade de atualização constante do corpo docente, por meio de programas de formação continuada. “O ganho será muito grande, mas o trabalho será muito maior.”

Implantação gradativa O secretário afirma que o novo modelo será implementado de forma gradual. Em 2016, a metodologia atenderá alunos até o 3o ano

do Ensino Fundamental. “Vamos manter um diálogo constante com os pais para abrangermos nos próximos anos todas as turmas da rede municipal.”

Segundo Hermes, a mudança não exigirá ampliação dos investimentos na área. “A mudança depende mais de vontade do que de

recursos, pois hoje já aplicamos 34% do orçamento na educação.”

Hoje, a rede municipal atende 610 alunos. Conforme Hermes, em 2015 os índices de aprovação chegaram a 95% e apenas um estudante evadiu. “São índices bons, mas pretendemos chegar a zero em reprovações e evasões.”

PROJETO DE LONGO PRAZO Conforme o secretário, as mudanças na educação municipal começaram faz sete anos, com a implementação de uma metodologia de projetos.

Segundo ele, desde 2009 são delimitados temas para serem trabalhados em todas as escolas da cidade. “Tudo sempre de acordo com a necessidade da comunidade escolar.”

Em 2010 foi implementado o Programa Escola Empreendedora, que uniu o aprendizado das disciplinas tradicionais

com o incentivo ao empreendedorismo. “Trabalhamos a formação dos professores e dos alunos com a integração de outros profissionais na sala de aula.”

Entre 2012 e 2013, o município aderiu ao Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa, que objetiva assegurar a alfabetização até os 8 anos de idade. Em 2014, o município iniciou o turno integral na rede escolar, ampliando de quatro para nove horas de aulas diárias.

10

Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Educação Infantil: 600 crianças sem vaga Número representa cerca de 20% das matrículas realizadas em 2015 nas 22 Emeis FÁBIO KUHN/ARQUIVO A HORA

Lajeado

A

menos de um mês do início do ano letivo, marcado para 4 de fevereiro, centenas de famílias se veem diante um problema: nem todas crianças terão oportunidade a uma vaga na Educação Infantil.

Em meio ao período de matrículas para as 22 escolas de Educação Infantil, a rede pública de ensino estima em 600 o déficit de espaços.

Os números foram detalhados pela secretária da Educação, Eloede Conzatti, em entrevista à Rádio Independente nessa terça-feira de manhã. De acordo com ela, as situações mais preocupantes ocorrem em Conventos e no Jardim do Cedro, resultado do crescimento populacional desses bairros nos últimos anos.

Apesar de o período de matrículas estar aberto, o governo orienta familiares ou responsáveis a contatar as direções escolares a partir do começo de fevereiro.

Por enquanto, observa a secretária, os educandários estão em férias. Mesmo assim, as diretoras entram em contato com aqueles que se inscreveram. Eloede reforça que mães precisam apresentar comprovante de trabalhou ou estudo.

No ano passado, as escolas de Educação Infantil atenderam quase três mil crianças. Um dos planos da administração municipal para ampliar a oferta de vagas fracassou.

A construção de uma nova escola no bairro Conventos, com capacidade para 188 crianças em turno integral, não foi concluída em virtude de problemas com a construtora.

Alteração no modelo de atendimento para crianças de cinco e seis anos gerou manifestações contrárias à decisão da Secretaria Municipal de Educação

Após meses de trâmites burocráticos para resolver os entraves, a administração municipal publicou novo edital de licitação para o educandário em dezembro.

Segundo projeção, as obras devem começar neste primeiro trimestre e serem concluídas ao longo do ano. Com recursos do FNDE, serão investidos cerca de R$ 1,8 milhão.

Enquanto o novo prédio não sai do papel, o educandário funciona em salas alugadas do Colégio Sinodal Conventos, em espaço insuficiente para atender a demanda.

Diversas famílias aguardam por vagas e, diante da falta de opção,

muitas pagam cuidadores ou levam os filhos para creches de outros bairros.

Além disso, a administração municipal projeta a construção de uma segunda escola para este ano. Instalado no bairro Bom Pastor, o educandário deverá ter cerca de 180 vagas. Contudo, não há previsão para a obra.

Mais professores Para 2016, o município reforçou o quadro de professores, o que também deve viabilizar a oferta de mais vagas. Nessa segunda-feira, 23 educadores aprovados em concurso público realizado há quatro anos foram nomeados pela secretaria.

De acordo com a supervisora de Educação Infantil, Jordana Re-

ckziegel, algumas das novas professoras que integram as equipes já atuavam como monitoras no município. “Era uma luta que vínhamos travando para que pudéssemos iniciar o ano com o quadro completo. Essas são algumas das metas do Plano Municipal de Educação que estão sendo atingidas.”

O remanejamento será de acordo com a necessidade das escolas.

Os novos servidores assumem as vagas até a próxima terça-feira e serão incorporados às atividades do Programa de Férias, que iniciou nesta semana. Em seguida, ingressam nas escolas onde vão trabalhar.

Escolas reabrem nas férias Começou nesta terça-feira o atendimento em turno integral

das crianças de até cinco anos cadastradas no Programa de Férias.

A iniciativa oferece 480 vagas nas escolas Primeiros Passos, do Centenário; Risque Rabisque, do Centro; Aprender Brincando, do Moinhos e Cantinho Infantil, situada no São Cristóvão.

O atendimento segue até o dia 2 de fevereiro e conta com parceria de voluntários da administração municipal, pais e familiares. São oferecidas oficinas didáticas e atividades lúdicas às crianças. No caso do berçário, os cuidados são exclusivos dos professores.

Programa semelhante ocorre em Estrela, onde são ofertadas 150 vagas em turno integral. O projeto “Brincadeira de Criança”, iniciativa da Comunidade Cristo Vive e das secretarias da Educação e do Desenvolvimento Social, Habitação e Trabalho, é destinado a famílias de baixa renda e funciona durante todo o mês.

A comunidade oferece espaço físico e atividades livres e dirigidas, todas com enfoque lúdico e recreativo. A ação é desenvolvida por voluntários. Como contrapartida, o município fornece alimentação, acompanhamento nutricional e demais materiais necessários.

11

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Piscinas abandonadas podem virar foco Vigilância em Saúde recomenda cuidados para evitar infestação do mosquito da dengue ANDERSON LOPES/ARQUIVO

Vale do Taquari

C

om a chegada do verão aumentam campanhas e discussões sobre como evitar a propagação da dengue. Com o aumento das temperaturas, as piscinas voltam a ser usadas. Mas é preciso cuidado para que as estruturas, que proporcionam momentos de diversão, não se tornem nocivas à saúde.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Carmen Hentschke, o aedes aegypti prefere colocar os ovos em locais com pequeno volume de água. Mas ela lembra que, caso não seja adequadamente tratada, qualquer piscina pode se tornar um foco de proliferação.

Conforme Carmen, é difícil enxergar o ovo do mosquito, que pode ser depositado em cantos, frestas e locais de difícil acesso, e só uma inspeção minuciosa pode identificá-lo. Portanto, a aplicação

a maior preocupação é com reservatórios e recipientes pequenos”, conclui.

Ações de conscientização

Limpeza periódica de piscinas também ajuda a evitar a proliferação

de cloro deve ser feita, mesmo que à água não esteja turva ou aparentemente suja. “Antes de virar larva, é quase impossível saber que um lugar se tornou um foco em potencial”, pondera.

Para ela, o ideal é evitar o risco.

Além do tratamento químico, a única maneira de evitar a procriação do aedes é cobrindo ou esvaziando qualquer reservatório. Carmen alerta que as aplicações devem ser feitas seguindo especificações de

proporção presentes em rótulos de produtos ou com a orientação de profissionais.

No caso de piscinas de plástico ou infláveis, e preferível trocar a água periodicamente. A larva do mosquito, que também pode transmitir o zika virus e a chikungunya, precisa mergulhar até o fundo de recipientes para se alimentar. Por isso, em locais profundos, morre em função da pressão da água. “O aedes gosta de locais com pouca água, por isso,

O combate ao mosquito depende de cuidados da população. É preciso evitar o acúmulo de água. Em Estrela, neste sábado, o município, sob o tema “O perigo da dengue mora em nossa casa”, orienta a população e distribui panfletos na feira do produtos, no centro, e nos bairros Oriental e dos Estados.

Em Lajeado, a Secretaria de Saúde lançou o documento “La-

jeado pela vida contra o aedes”, que visa combater o mosquito, por meio da ampliação da consciência ambiental da comunidade. O manifesto também orienta a elaboração de estratégias de ação coletiva, notificação a proprietários de locais abandonados, distribuição de material informativo e treinamento de agentes de endemias.

Em Colinas, a abordagem do problema é diferente. Agentes comunitários visitaram cemitérios. O objetivo é acabar com a possibilidade de surgimento de focos, tirando o excesso de água de vasos de flores.

PREVENÇÃO – Limpar bordas de reservatórios e trocar a água periodicamente.

– Ao esvaziar utensílios que retêm água, limpá-los e guardá-los de forma

que não ocorra novo acúmulo – Fechar hermeticamente caixas d’água.

– Desobstruir ralos, canos e calhas.

12

Polícia

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Pescador encontra cadáver no Taquari Corpo estava dentro de um saco plástico e tinha cinco perfurações de tiros MARCELO GOUVÊA

Lajeado

O

corpo de Ricardo da Silva Bastos, 25, foi encontrado no Rio Taquari na noite dessa terça-feira por um pescador. O cadáver estava próximo ao Arroio Saraquá, no bairro Conservas, e estava dentro de um saco. No corpo, havia marcas de cinco tiros: quatro no rosto e um no tórax. O homem estava foragido do Presídio Estadual de Lajeado desde dezembro.

A movimentação próximo à mata da beira do rio foi percebida pelo pescador às 14h. Naquele momento, pensou se tratar de outros pescadores. Por volta das 20h, desconfiou do saco nas margens do rio e se aproximou para ver o que era. “Comecei tirando uns plásticos e vi uns sujos de sangue, depois vi o corpo e saí correndo.

Achei que iria morrer do coração.”

De acordo com ele, a tendência é que o material fosse afundado no rio devido à presença de uma pá próximo ao local.

Com difícil acesso, o Corpo de Bombeiros precisou fazer a retirada do corpo pelo Porto dos Bruder.

Até a manhã de ontem, o saco estava próximo à lixeira da rua Os-

valdo Aranha.

Este foi o segundo corpo encontrado pelo pescador no Rio Taquari. Há quatro anos, lembra, auxiliou na localização de uma vítima de afogamento.

Aos 60 anos, metade deles navegando pelas águas do Rio Taquari, teme represálias. “Pesco só para passar o tempo, ainda quero viver. Quem fez isso, sabia o que estava fazendo.”

Suspeita de ligação com o tráfico A morte de Bastos vem sendo investigada pelo delegado Juliano Stobbe e foi o primeiro homicídio do ano em Lajeado. Envolvimento com o tráfico de drogas está entre as causas mais prováveis para o crime. “Sabíamos que ele morava em um local com forte atuação do tráfico e estamos analisando o histórico da vítima para avançar.”

Marcas nas costas da vítima sinalizam que o corpo tenha sido arrastado antes de ser jogado no rio.

O homicídio, afirma Stobbe, deve ter ocorrido em outro ponto do município. Próximo ao local onde o corpo foi encontrado, moradores reforçam a possibilidade e afir-

Pescador navegava pelo Rio Taquari quando viu o saco na margem. “Achei que iria morrer do coração”, relembra

mam não ter escutado disparos.

Fugitivo do presídio Natural de Passo Fundo, Bastos fugiu pela primeira fez do presídio no início de novembro, menos de um mês depois de ser transferido de Caxias do Sul. Na época, ele cumpria pena de sete anos no regime fechado por roubo, furto e extorsão e também havia passado por outros três presídios.

Para a fuga, ele aproveitou o ho-

Homicídios 2015 – 12 2014 – 30 2013 – 11 2012 – 13 2011 – 12 2010 – 11

rário do banho de sol para pular o muro com altura próxima a quatro metros, com o uso de lençóis amarrados. Próximo à avenida Benjamin Constant, uma moto aguardava o fugitivo.

Após ser recapturado, no fim de novembro, Bastos afirmou que sairia do presídio em sete dias.

Durante a revista, dois pedaços de serra metálica foram encontrados nas solas de seus tênis. Devido à fuga, ele foi realocado para uma cela com outros sete detentos em cumprimento de castigo por mau comportamento. Ele e outros dois cerraram as barras de aço e fugiram por um buraco de 36 centímetros de largura por 23 de altura. A segunda fuga ocorreu na madrugada de 1º de dezembro.

Queda em 2015 O número de assassinatos no município caiu quase pela metade em 2015, em comparação com o ano anterior. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública indicam 12 homicídios registrados em Lajeado durante o ano passado, enquanto em 2014 foram 30 ocorrências desse tipo.

A marca do último ano se aproxima das verificadas nos quatro anos anteriores e só fica atrás de 2012, com 13 homicídios. 2013 fechou com 11 ocorrências registradas, mesmo número de 2010 e um caso a menos que 2011.

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Minifutebol PATROCÍNIO:

Duas copas agitam Arroio do Meio Certames Pituca e Forquetense integram 34 clubes aos fins de semana ARQUIVO A HORA

A

partir deste fim de semana, Arroio do Meio sedia duas competições regionais de minifutebol. Amanhã, ocorre a primeira rodada da Copa Pituca no bairro São Caetano.

No sábado, a comunidade de Forqueta recebe a abertura da Copa Forquetense.

Promovida pela Associação Recreativa São Caetano, a Copa Pituca de Minifutebol 2016 integra 22 clubes. Na categoria força livre, são 15 equipes divididas em duas chaves, uma com oito times e outra com sete. As duas primeiras equipes de cada grupo se classificam para as quartas de final.

As agremiações que ficarem do terceiro ao sexto lugar jogam as oitavas de final.

Na categoria veterano, haverá uma chave única com sete equipes. As duas primeiras se classificam de maneira direta para as semifinais. As quartas de final serão formadas pelos times classificados do terceiro ao sexto colocado.

A Copa Pituca tem jogos às quintas e sextas-feiras à noite.

Haverá premiação em dinheiro para os melhores (veja no boxe).

Na rodada inaugural jogam, às 19h15min, Ser Porque Nós versus Taz Mania (força livre); às 20h, Hermanos versus Racen (força livre); às 20h45min, Galácticos versus Só Kellas (veterano); às 21h30min, Terça 7 versus Só Pá Sincomodar (força livre). Último jogo, às 22h15min, tem Amigos do Shrek versus Pânico pela força livre.

Ser Porque Nós é o atual campeão do força livre na Copa Pituca de Minifutebol. Equipe derrotou o Só Ceva na decisão

Copa Forquetense A segunda edição da Copa Forquetense/Bruxellas Sports de minifutebol inicia neste sábado, no campo do Forquetense, em Forqueta. A competição é disputada na categoria força livre e réune 12 times.

Segundo o organizador Clério Varela, as equipes foram divididas em duas chaves com cinco clubes, classificando os quatro primeiros para o mata-mata. Na rodada inaugural, será servido almoço com costelão ao preço de R$ 25. Haverá música ao vivo. In-

teressados deve contatar pelo 9615-3269.

A primeira rodada inicia às 14h15min com Ser Bolita versus Aven Greatest. Em seguida, Ki Bola encara ACN. Só Barulho duela com o Tomivô, às 16h. A rodada encerra com Pituca versus Terça 7.

PREMIAÇÃO COPA PITUCA

Jogos da Pituca iniciam amanhã às 19h15min.

Abertura da Copa Forquetense começa às 14h15min de sábado.

Livre: 1° lugar: R$ 1.100 medalhas e troféu 2° lugar: R$ 550 e troféu 3° lugar: R$ 275 e troféu 4° lugar: R$ 150 e troféu Melhor disciplina na média dos jogos, goleador e goleiro recebem troféus Veterano 1° lugar: R$ 900, medalhas e troféu 2° lugar: R$ 450 e troféu 3° lugar: R$ 200 e troféu 4° lugar: R$ 110 e troféu Melhor disciplina na média dos jogos, goleador e goleiro recebem troféus

14

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

Internacional

Direção aguarda proposta milionária Chineses devem oferecer R$ 40 milhões por Anderson

A

té amanhã, o Inter deve definir se o volante Anderson permanece ou não no time. O jogador tem duas propostas do futebol chinês e pode deixar o clube nos próximos dias. O ex-zagueiro Scheidt, empresário que trata das negociações, deve voltar ao Beira-Rio para apresentar a nova proposta do Hebei Fortune, clube chinês que antes do Natal ofereceu R$ 25 milhões por Anderson e recebeu uma resposta negativa.

Quem também entrou na briga pelo volante é o Tianjin Teda, time do ex-gremista Barcos. Ambos os clubes chineses devem ofertar R$ 43 milhões aos dirigentes colorados.

Se o negócio for concretizado,

Caso confirme a venda, Grêmio receberá porcentagem do passe

porém, o clube não ficará com a totalidade do valor. O Inter tem apenas 40% dos direitos de Anderson – o restante pertence ao empresário Delcyr Sonda (40%) e ao próprio jogador (20%). Além disso,

o Inter deve R$ 5 milhões para Sonda, que pagou as luvas de Anderson quando ele veio para o Beira-Rio. Ou seja, ficarão em torno de R$ 11 milhões da transação nos cofres colorados. O colorado ainda terá de repassar uma porcentagem deste valor ao rival Grêmio, como equipe formadora do atleta.

Aos 27 anos, Anderson não pensava em deixar o Inter tão cedo.

Ele chegou em fevereiro do ano passado, após dois anos de ostracismo na Europa. Depois de um primeiro semestre ruim, ganhou oportunidades de Argel após a saída de Aránguiz e as constantes lesões de Alex e D’Alessandro. No final do Brasileirão, foi peça importante do time.

Tricolor empresta Mamute para o futebol grego FOTOS DIVULGAÇÃO

Grêmio Após as negociações com o Al Qadisiyah, da Arábia Saudita, Yuri Mamute irá para a Grécia. O Grêmio acertou o empréstimo do atacante ao Panathinaikos, e o jogador embarca para a Europa amanhã, 7.

O contrato dura um ano e meio e, caso o clube grego tenha intenção de comprar o atleta ao fim de seis meses, terá de desembolsar 4 milhões de euros (R$ 17,2 milhões). Se a opção for feita em um ano, o valor subirá para 7 milhões de euros (R$ 30,1 milhões). O vínculo com o Tricolor é válido até o fim de 2018.

Yuri Mamute, 20, foi uma das principais peças do Grêmio no Campeonato Gaúcho, sob o comando de Felipão. Porém, uma lesão no tornozelo

Empréstimo para o Panathinaikos é por um ano e seis meses

esquerdo o afastou dos gramados por cerca de um mês. Assim, começou a perder espaço no Tricolor e, nas últimas rodadas do Brasileirão, sequer foi relacionado para as partidas.

A negociação com o Panathinaikos estava em andamento desde a semana passada. Por isso, o atacante não participou da reapresentação do Grêmio ontem à tarde.

15

A HORA · QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2016

DIVULGAÇÃO

Informe

www.soges.com.br

Xernobyl leva o título da elite para Teutônia FÁBIO KUHN

O

dia 5 de dezembro de 2015 ficará por um bom tempo na memória dos atletas e torcedores do Xernobyl. Depois de ter perdido o título para o Boka Bier em 2013, a equipe de Teutônia superou o Estudiantes no critério desempate. No primeiro jogo, vitória do Xernobyl por 3 a 0. No confronto da volta, derrota pelo mesmo placar. Como teve melhor campanha, a taça ficou em Teutônia.

Em 23 jogos, o time teutoniense venceu em 18 oportunidades, empatou em outras duas e perdeu em três.

O título veio com 81,15% de aproveitamento dos pontos.

Durante a temporada, o clube marcou 62 gols, terminando o campeonato com o terceiro melhor ataque. A defesa sofreu 22 gols, Para o responsável pelo time Roger Casarin, o título era esperado, em virtude da campanha dos últimos anos. “Há três anos vinhamos beliscando, ficando em 2, 3 e 4 lugar”.

Casarin salienta que o título é o cumprimento de um objetivo, pois ao lado de Douglas Dorr e Felipe Paln nunca tinham sido campeões.

Para ele, o confronto mais marcante foi o último da segunda fase contra o Boka Bier. Segundo Casarin, fazia três anos que o time não vencia o adversário e necessitava do êxito para avançar. “Essa foi a nossa melhor partida do ano. Com isso o time ganhou confiança e vimos que estávamos prontos para qualquer adversário.”

Roger Casarin, treinador do Xernobyl, recebeu o troféu de campeão da elite

Elenco Adriano Madke, Alexandre Muller, Anderson Diedrich, Ariel Raach, Cristian Gorgen, Cristiano Rockenbach, Denner Colossi, Douglas Dorr, Eduardo Parizotto, Felipe Palm, Igor Kunrath, Joel Zagonel, Jones Sacks, Josimar da Rosa, Juliano da Silva, Maiquel Kalkmann, Mateus Rodrigues, Michel Beuren, Rafael Pereira, Rodrigo Kunzler e Roger Casarin.

Campanha vitoriosa O Xernobyl foi campeão com 81,15% de aproveitamento. Em 23 jogos, venceu 18, empatou dois e perdeu três.

Após vencer o Estudiantes, Xernobyl conquistou o primeiro título da história

Temporada 2016 Para esta temporada, o dirigente projeta muitas dificuldades, pois todas as equipes estão reforçando os elencos. “Acredito que é possível sim o bi, são 15 equipes com a mesma possibilidade, dependerá somente de nós.” Sobre o plantel, a projeção é manter os mesmos jogadores e trazer algumas contratações pontuais.

Saiba mais Fundado no fim de 1997, estreou no campeonato de minifutebol da Soges só no ano seguinte. Os fundadores Liro, Sandrão (falecido) e Rafão visavam formar um time diferente. Os três “sábios” queriam expressar pelo nome do time a filosofia: ser poderoso e capaz de mudar o mundo, mudar a natureza das coisas, um poder nuclear, como uma bomba, mas que fosse para o lado positivo. Como conhecedores do assunto, se identificaram com a cidade ucraniana de Chernobyl (na época pertencia à União Soviética e é com ch mesmo), famosa pela usina nuclear que provocou a morte de muitas

pessoas e é causa de doenças ainda hoje.

O time desejava ter o poder nuclear daquela usina, mas para o bem e queria que fosse engraçado. Atingiram os dois objetivos, pois é um time poderoso e pitoresco.

Desde a fundação, o Xernobyl passou por várias gerações.

Hoje na quarta geração, tem como líderes (mais antigos) Roger Casarin, Douglas Dorr, Felipe Palm. Casarin salienta que o principal objetivo do grupo é manter a amizade e ficar na primeira divisão da Soges por diversos anos. “Queremos entrar na história da Soges ganhando títulos.” Além do futebol, o time promove jantares

Passa Bola B 0 X 1 Xernobyl Xernobyl 4 X 1 Cevaria Ligeiros 0 X 4 Xernobyl Xernobyl 5 X 0 Smoking FC Sangue Frio 3 X 4 Xernobyl Extilopor 0 X 12 Xernobyl Sokanelas SB 1 X 3 Xernobyl Xernobyl 0 X 0 Estudiantes Xernobyl 2 X 0 Alambique FC Xernobyl 2 X 1 Saídera Demonhos Jr 0 X 1 Xernobyl Xernobyl 0 X 1 Boka Bier Xernobyl 4 X 2 Meninos da Vila Sombras 2 X 5 Xernobyl Xernobyl 0 X 4 Demonhos Jr Xernobyl 0 X 0 Alambique FC Xernobyl 3 X 1 Boka Bier Xernobyl 3 X 1 Sombras Sombras 2 X 3 Xernobyl Xernobyl 1X0 Alambique FC Alambique FC 0 X 2 Xernobyl Xernobyl 3 X 0 Estudiantes Estudiantes 3 X 0 Xernobyl

Lajeado, Quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br