AH - Você | 13 de fevereiro de 2016

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FIM DE SEMANA, 13 E 14 DE FEVEREIRO DE 2016 EDIÇÃO Nº 16

Desenho para a

vida toda


FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Eu curto

Marlon Weiand Profissão: gerente de vendas

Inspire-se

Aconselho o surf a qualquer pessoa que queira ser feliz.”

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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Por que pratica? Nas praias do sul, é complicado de aprender a surfar pela ausência de morros e encostas que seguram o vento. Além da água escura, mães d'água, corrente, redes de pesca, frio e poucas pessoas com a linha de surf evoluída para se inspirar. O esporte acaba dando persistência e força de vontade em quem deseja aprender. O que proporciona? Para mim, o surf é terapia de vida e esporte de ação ao mesmo tempo. É ótima maneira de conci-

Surf O esporte de aventura surf tem origem incerta. Segundo o Guia do Estudante, para alguns historiadores, a prática iniciou há cerca de três mil anos entre moradores da atual costa do Peru. Para pescar, deslizavam sobre as ondas em canoas de junco. Os europeus conheceram o surf durante expedições do explorador britânico James Cook ao Pacífico. Em 1779, quando o navegador aportou na baía de Kealakekua, no Havaí, testemunhou competições sobre as ondas. Para Marlon Weiand, de Santa Cruz do Sul, o esporte significa terapia e superação.

liar as viagens de férias, conhecer novos lugares e ainda poder surfar ondas diferentes em vários lugares do mundo. Como concilia com a rotina? Trabalho e moro em Santa Cruz do Sul, a 275 quilômetros da minha casa de praia em Xangri-Lá. Passo a maioria dos fins de semana lá. Visito as praias de Santa Catarina com menos frequência por conta da distância. Também faço uma viagem de surf por ano para o exterior há mais de 15 anos para manter a performance. Como iniciou a atividade?

Comecei a surfar com aproximadamente 7 anos em Xangri-Lá, lugar onde a família veraneia desde que nasci. Tive influência do meu falecido padrinho, Cláudio Weiand, irmão mais novo do meu pai. Ele me deu a primeira roupa de borracha, umas das primeiras confeccionadas pela marca Mormaii, de Garopaba, Santa Catarina. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? A preferência ao esporte se dá a partir da primeira onda surfada. Não tem explicação, só sabe quem já praticou. Aconselho o surf a qualquer pessoa que queira ser feliz.

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) - Foto de capa: Anderson Lopes

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Sem erro Regata básica, da Luxus Magazin n

FOTOS DIVULGAÇÃO

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Por dentro das

tendências P

ara arrasar na hora de montar o look, saber o que está em alta ajuda. O jeans destroyed (destruído ou desgastado) vem com tudo nesta estação. Quem veste, revela personalidade. A chamada calça boyfriend tem modelagem ampla e corte reto. Ideal para quem quer look largo e confortável. O crochê toma conta das ruas e praias, então abuse. Se não quiser se arriscar, aposte nas cores neutras. Assim fica fácil montar qualquer combinação.

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ANDERSON LOPES

Caminhos

C

om balneários de boa infraestrutura, combinados à segurança, a fórmula está completa para render muitas visitas durante o ano a Marques de Souza. Segundo o Guia Vem, do jornal A Hora, opções de turismo de aventura não faltam. Paredões para prática de rapel, cascatas, trilhas ecológicas, rampas de paraglider e canoagem atraem visitantes ecléticos focados em beleza naturais. Em Linha Perau, distante cerca de 12 quilômetros de Lajeado e seis do centro de Marques de Souza, o Camping do Germano é o primeiro para quem se desloca de Lajeado pela BR-386. São dois hectares, com muita sombra e infraestrutura razoável. Chuveiros quentes, estacionamento, churrasqueiras, campos de futebol 7 e vôlei e local para barracas são disponibilizados no local. Cabanas podem ser alugadas. Muitas já estão locadas o ano todo, mas é possível negociar. Perto dali, na mesma localidade, tem o Camping Riacho Doce, também com boa estrutura. Outra área de lazer

Durante o verão, os campings em Marques de Souza são destino certo para se fugir do calor, se refrescar e curtir a natureza ao lado da família e amigos

Lazer às margens do

Rio Forqueta Marques de Souza é cidade com variedade de campings à disposição dos amantes de praia de água doce interessante é o Camping da Pedra, em Picada May, a 12 quilômetros do centro. Todos os anos, durante o

verão, ocorrem os jogos do Intercamping. O evento atrai atletas e veranistas de várias cidades da região. Em 2013,

o município inaugurou duas rampas de paraglider. Instaladas no morro de Linha Atalho, tanto a rampa norte quanto a

sul são utilizadas por desportistas de todo estado. Do topo, é possível curtir uma vista privilegiada da cidade e municípios vizinhos. O Passeio de Caiaque da Lua Cheia é uma aventura inovadora no Rio Forqueta com caiaques oferecidos pelo poder público ou particular. Apesar do nome, o passeio é realizado durante o entardecer. À noite ocorre apenas um luau à beira do rio. A intenção é proporcionar a tranquilidade de remar somente com a luz da lua.

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Na cozinha

É hora de variar sopas o cardápio com frias Servido até com gelo, o gazpacho garante a ingestão de nutrientes e o frescor necessário na estação mais quente do ano

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deal para consumir no verão, o gazpacho é prato de origem espanhola. Consiste em sopa fria à base de vegetais, destacando-se tomate, pepino e pimentão. Às vezes, o prato é servido acompanhado de gelo.

Além da receita original, existem as variantes, que incluem a utilização de diferentes ervas e verduras. A preparação se tornou conhecida no sul da Espanha e de Portugal, além do México e alguns países da América

Receitas

Central. Saudável e fácil de fazer, é a dica para manter a saúde nos dias quentes e ingerir refeição leve e rica em nutrientes. Para garantir ainda mais benefícios, inclua somente ingredientes frescos e naturais.

Gazpacho original Ingredientes

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– 1 quilo de tomates maduros (vermelho acentuado) – Pimentão verde (cerca de 60 g) – 1 pedaço de pepino (cerca de quatro dedos de largura) – 1 pedaço de cebola (cerca de 100 g) – 1 fatia de pão (cerca de 50 g) – 1 dente de alho – 3 colheres (sopa) de azeite de oliva – 3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco – 1 colher rasa (sopa) de sal Lave bem os tomates, o pepino e o pimentão. Corte os tomates ao meio e tire o pedúnculo. Retire as sementes dos pepinos e pimentões. Corte esses ingredientes em tamanho médio. Coloque tudo no liquidificador para bater com os outros ingredientes (cebola, alho, azeite, vinagre e sal). Experimente e conserte o sal e a consistência adicionando mais pão ou cubos de gelo. Deixe o gazpacho descansar por, no mínimo, uma hora na geladeira antes de servir. Se sobrar, conserve-o na geladeira por dois dias no máximo. Rende quatro copos.

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DIVULGAÇÃO

Viver

Desenho da sobrancelha

valoriza o olhar A sobrancelha bem-feita garante suavidade dos traços da face. Formato do rosto e quantidade de pelos influencia no resultado final

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inça, cera ou linha. Os métodos são variados e facilitadores para manter o desenho das sobrancelhas em dia. A pinça é a mais utilizada e conhecida, ideal para manter o contorno natural dos fios. Apesar de ser mais agressiva, a cera ainda é usada para tirar excesso das sobrancelhas na parte de cima do contorno. Já a linha (técnica egípcia) é um método mais recente, mas eficaz. Requer habilidade e conhecimento de quem a utiliza. Segundo Odith Leão, esteticista e especialista em design de sobrancelhas, para a aparência do rosto ficar leve e natural, é importante que o modelo de sobrancelha seja escolhido de acordo com o formato do rosto. Por isso, é preciso recorrer sempre a profissionais especializados. Antes de tentar mudar o desenho da sobrancelha, é indispensável passar pelo visagismo. Serve para aliar a estética e harmonia no processo de transformação.

Para quem tem as sobrancelhas finas, uma opção é a tintura de henna. Segundo Odith, contém componentes naturais que não agridem a pele. O resultado da aplicação é efeito natural e bonito, com durabilidade de cerca de 15 dias para peles normais e secas e dez dias para peles oleosas. O método é aconselhado também a quem encarou a pinça em casa e não obteve o resultado desejado. Existem ainda técnicas como a micropigmentação com efeitos (3D, fio a fio, semi- definitivas, microblading). O procedimento dura de seis meses a um ano. Segundo Odith, todo procedimento deve ser

É importante que o modelo de sobrancelha seja escolhido de acordo com o formato do rosto.” Odith Leão, esteticista

feito com cautela e atenção. “Sempre aconselho analisar qual seu objetivo e ter certeza do que irá fazer antes de tomar a decisão.” Assim, evitam-se futuros transtornos.

Sem falhas Esconder as falhas das sobrancelhas com maquiagem ajuda a realçar o formato e deixar o rosto mais expressivo. Basta um pouco de sombra marrom ou lápis de olho. Só não vale exagerar para não correr o risco de ficar com um visual muito artificial, alerta Odith. O processo de deixar a sobrancelha crescer vai, inevitavelmente, desregular o crescimento conjunto dos pelos. Para não deixar os fios mais compridos incomodarem, vale investir em gel ou mesmo um rímel incolor para impedir que despontem para cima ou para baixo das sobrancelhas. As sobrancelhas mais encorpadas e com ar natural realçam ainda mais a região dos olhos e dão toque sensual ao make. Mas sobrancelhas mais cheias não significam aposentar a pinça: elas têm forma, são bem marcadas e devem deixar o olhar limpo, para não pesar o visual. O desenho original dos pelos também deve ser respeitado. O importante é não exagerar na grossura para o visual não ficar com efeito contrário ao que a tendência propõe.

Coluna

Retinopatia diabética e cegueira (parte 1) O crescimento do diabetes entre a população brasileira, aliado à desinformação, tem gerado aumento da cegueira nesse grupo de pacientes. O Brasil tem uma grande população de diabéticos, que, muitas vezes, chegam aos consultórios em estágio avançado da doença, especialmente no sistema público. Estudos mostram que 70% desconhecem o fato de poderem ficar cegos como consequência do diabetes. Aqueles com diabetes tipo 1 (insulinodependente) são mais conscientes do que os com diabetes tipo 2 (não insulinodependente). Há 20 milhões de diabéticos em tratamento, cerca de oito milhões apresentam retinopatia. Estima-se que 90% dos diabéticos tipo 1 e 60% do tipo 2 poderão desenvolver retinopatia diabética. É uma tragédia anunciada. Nós, oftalmologistas, sabemos diagnosticar, controlar e tratar e até curar, quando os pacientes conhecem a dimensão do problema. Mas o problema é muito mais sério. O sistema de saúde público não oferta caminhos acessíveis para a abordagem correta. E ela é multidisciplinar. Clínicos, endocrinologistas, oftalmologistas, nutricionistas, nefrologistas, psicólogos, fisioterapeutas e muitas outras especialidades precisam estar envolvidas. Sobretudo educação alimentar precisa ser instituída. Exames investigativos em diferentes especialidades precisam estar disponíveis. Quando diagnosticado, devidamente acompanhado e tratado, o diabetes e a retinopatia têm sua progressão controlada. A falta de acesso e a desinformação são determinantes para piora do prognóstico. A dimensão real desse problema, considerado em seus vários aspectos, assume sua importância verdadeira quando consideramos que 75% da população brasileira (150 milhões de pessoas) depende totalmente do sistema público para a promoção da saúde, para diagnósticos e tratamento de suas doenças. vo q Com o caos progressivo que estamos observando se estabelecer,r, poamos demos concluir que estamos unfrente a uma tragédia anunra ver. ciada. Basta esperar para

Nédio Castoldi oftalmologista FIM DE SEMANA, 13 E 14 DE FEVEREIRO DE 2016

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Sociedade FOTOS LISIANE DA SILVA

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Diversão de fim de semana Helio e Beatriz Munhoz aproveitaram o último fim de semana para curtir a tarde no Restaurante Brothers (foto 1). As amigas Patricia Lang (esq.) e Candida Betio estiveram por lá

(foto 2). O trio Thales Scherer, Zélio Kunz Junior e Natália Corbellini se divertiu e aproveitou para colocar o papo em dia (foto 3, da esq. para a dir.).

FOTOS FERNANDA TAVARES

Lajeadenses na praia 1|

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Garopaba e suas praias são o destino preferido de muitos lajeadenses. Alguns até fixaram residência e abriram negócios por lá. Exemplo disso é a já famosa hamburgueria Gunamadê, de Taís Gregory e João Caetano Puerari (foto 1). O restaurante, chamado de “Guna” pelos clientes, alcançou o terceiro lugar no ranking do site TripAdvisor como melhor da região. É superindicado por blogs gastronômicos e por conterrâneos do casal, como Ana Paula Zago e Maurício Kunzler, que estiveram por lá nesse Carnaval (foto 2).

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Sociedade FOTOS ENTRE A GENTE

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Tarde entre amigos

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O Happy Hour Cultural do Clube Tiro e Caça ocorreu no fim de semana passado e reuniu público fiel. A animação ficou por conta de Pitty Ferreira e Trio. O artista posa com os pais Paulo e Lilian (foto 1). O evento contou também com exposição de obras do artista plástico Alessandro Cenci. Quem aproveitou para curtir a noite foi o casal Marco Aurélio e Daniela Munhoz (foto 2). Felipe, Cristiane e Júlia da Silva também estiveram por lá (foto 3, da esq. para a dir.).

FOTOS LISIANE DA SILVA

Novo point cervejeiro

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Os amigos Bruno Dalmolin, Alberto Dalmolin e Josiane Bezzi marcaram presença na inauguração da Santa Madre Cervejaria, ocorrida na semana passada. (foto 1, da esq. para a dir.). Também estiveram por lá Marcelo Nolibos (esq.) e Paulo Cabral (foto 2). Luís Fernando Della Senta (esq.), proprietário da Santa Madre, e Roger André, representante da cervejaria em Lajeado, receberam os amigos durante o evento (foto 3).

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Comportamento

Entre agulhas e tintas:

arte na pele No verão, os corpos ficam à mostra e é importante intensificar os cuidados com a tatuagem. Protetor solar e creme hidratante são aliados

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ayara Pezzi estava nervosa e com medo ao sentar-se na cadeira do tatuador Rodrigo Mundins. Moradora de Roca Sales, sempre teve vontade de fazer a primeira tatuagem. Mas faltava o motivo especial. Depois de poucos minutos, estava pronta: a pequena frase homenageia o namorado Roni Wünsch. Sentado ao lado da amada, ele aguardava o resultado. Sua frase dedicada a ela já estava marcada na pele. “A minha diz 'eu amo ela', e a dela diz 'eu amo ele'”, conta. Para se diferenciar da maioria,

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o casal escolheu a língua alemã para expressar o sentimento. Mayara ficou feliz com o resultado. “Está lindo e doeu bem menos que o esperado.” Agora, o próximo passo para Mayara e Wünsch é atentar aos cuidados com as tatuagens, intensificados durante o verão. A recomendação de Mundins é higienizar de hora em hora, com sabonete neutro ou só água. “Pode parecer exagero, mas ninguém peca por excesso de cuidado, só por falta dele.”

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Fazendo isso durante as primeiras 48 horas, elimina-se a possibilidade de infecção. A regeneração do tecido também acelera. A fibra solta da pele, se acumulada, cria casca. Isso faz o traço do desenho dilatar e as cores perderem a vivacidade.

Para ajudar, vale passar um creme restaurador dérmico com vitamina D. Ao aplicar a pomada, pode-se proteger com o plástico filme se necessário. “O plástico deve ser usado somente quando a tatuagem estiver em contato com roupa ou outros agentes externos.” Se estiver em um ambiente fechado, não há necessidade, esclarece. O item é aliado, mas deve ser usado corretamente. É preciso trocá-lo sempre que lavar a tatuagem. Depois de passadas 48

horas, não precisa mais ser usado. A coceira durante o processo de cicatrização é inevitável, diz Mundins. Mesmo com material de qualidade, é preciso lembrar que a tatuagem é um corpo estranho inserido no organismo. Mesmo com a vontade grande, a recomendação é não coçar, pois prejudica a cicatrização. A alimentação também influencia. A dica é comer itens saudáveis, como frutas e verduras, antes e depois de fazer a tatuagem. “Isso acelera a regeneração do tecido.” Pimenta, salmão e carnes gordas devem ser evitados. Também é importante manter-se hidratado.


Verão versus tatuagem Na estação mais quente do ano, é comum ver os corpos à mostra. Por isso, muitos decidem tatuar nesta época. Mas quem se organiza e tatua durante o inverno exibe a tatuagem no verão já cicatrizada. O calor dilata os poros e os vasos sanguíneos, enquanto o frio os contrai. E isso é ideal para uma boa cicatrização. O sol é o inimigo número 1 das tatuagens, diz Mundins. O dano causado na cor depende de cada tipo de pele e em muitos casos pode ser irreversível. Os cuidados adequados são utilizar o bloqueador solar em camadas grossas. “O bronze fica para o resto do corpo, enquanto a tatuagem é protegida.” O colorido pode ser retocado e ganhar vida novamente. Mas o traço fino não volta à característica original. “Se pintar demais, a pele pode não aguentar tamanha agressão.” Por isso, é mais fácil prevenir e cuidar, diz Mundins. Depois de feita a tatuagem, a recomendação é ficar 15 dias sem se expor a banhos de sol, mar ou piscina. O sal e o cloro fazem mal à tatuagem durante o processo de cicatrização, mas depois perdem o efeito danoso.

Mapa da dor para iniciantes A tatuadora americana Kat Von D e equipe traçou o mapa da dor das tatuagens. Pelas observações de Mundins, o resultado foi preciso. Segundo o estudo, o lugar mais dolorido é na garganta. Depois, vêm cabeça, joelhos, cotovelos, costela e pé. Lugares com garantia de pouca dor são a lateral do braço e ombro. Quem vai tatuar pela primeira vez deve ficar atento a algumas questões. “A escolha deve ser

pela arte do profissional, e não pelo preço dele.” Para Mundins, não se pode querer economizar com tatuagem, pois o desenho não pode ser removido da pele. É preciso confiar no trabalho do profissional, conhecer seu portfólio, ver tatuagens realizadas por ele após a cicatrização e conversar com pessoas que adquiriram seu serviço. A higiene do local também é parte importante, tudo deve ser descartável, diz Mundins. “Com tantas doenças que podem ser transmitidas em um estúdio de tatuagem, não há mais espaço para amadorismo.” Assim, quem zela por isso cobra mais caro, diz.

Moda e significado Em 15 anos de trabalho, Mundins viu muitos desenhos entrarem e saírem de moda. “Alguns viraram clássicos.” O tribal, por exemplo, se reinventou e hoje é conhecido como maori. O símbolo do infinito também foi muito buscado nos últimos anos. Mas cada desenho ganha significado diferente. “A tatuagem de uma mãe do símbolo do infinito com o nome dos filhos perde a característica modal.” Recentemente, os clientes têm procurado o tatuador para fazer desenhos de traços finos, tanto em escrita como em desenhos grandes. Esses requerem mais estudo e prática para atingir o resultado desejado. O desenho de aquarela também ganha espaço. Consiste em um colorido de forma abstrata. Para quem teme a dilatação da tinta da aquarela, tudo depende da aplicação, diz Mundins.

O poder do desenho As coberturas de tatuagens são bastante buscadas no estúdio de Mundins. “Recebi clientes até de fora do estado.” É uma técnica trabalhosa e muitos tatuadores não gostam de fazer. Por conta disso, Mundins percebeu um novo nicho de mercado. Pensando além do negócio, há o cliente com necessidade de cobrir um desenho que o faz se sentir mal e ter vergonha do corpo. “Depois do resultado, muitos

A escolha deve ser pela arte do profissional, e não pelo preço dele.” Rodrigo Mundins,

se emocionaram e me abraçaram chorando.” Até hoje, Mundins não recebeu nenhum “caso” sem solução. “Por requerer mais atenção

e técnica, é um trabalho caro”, esclarece. O cliente também precisa ter em mente que a cobertura sempre será maior que a tatuagem original.

Apreciação da arte A lajeadense Luana Maciel, 23, tem 18 tatuagens. A primeira foi feita aos 15 anos e desde então não parou mais. A maioria dos desenhos não tem significado, mas dois são especiais: o nome da filha e a data de nascimento. Na hora de fazer uma tattoo nova, Luana prefere a época de inverno. “Tenho a impressão de cicatrizar melhor, a cor dura mais.” Nos primeiros dias, os cuidados são de passar pomada e colo-

car o plástico filme. Depois de cicatrizada, não faltam protetor solar e cremes hidratantes. Para ela, no Vale do Taquari, ainda existe muito preconceito com pessoas tatuadas. “Pensamos não existir, até passarmos por essas situações.” Ela conta ter perdido algumas oportunidades de emprego por conta dos desenhos na pele. “Espero que uma hora as pessoas consigam ver além da tatuagem.”

tatuador

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Linha reta

Desejo do verão: versatilidade facilita Com novas tecnologias, os tipos e estilos ganham em variedade. Mas é preciso atentar ao que melhor se adequa ao terreno

A

piscina se torna item de desejo nesta época do ano. O ramo de vendas está em constante renovação. Novos modelos são lançados a cada verão. Com as diferentes ofertas e novidades do mercado, fica fácil escolher o tipo ideal. Basta combinar as necessidades do comprador com a disposição do terreno. Segundo Marcelo Korner, gerente comercial da Ponto das Piscinas, empresa há dez anos no mercado, o terreno onde a piscina será instalada necessita de preparações. Ele precisa ter base firme para a escavação chegar à profundidade requerida de até 1,40 metro. Em coberturas ou terrenos sem essa fundura, é possível realizar contenção de muro, diz Korner. Há hoje infinidade de modelos e tamanhos de piscinas. Retangular, oval, elíptica, com spa e com prainha estão entre as opções. Na maioria das marcas, o tamanho vai de três a 12 metros. Para saber o tamanho e tipo ideais, basta analisar o local disponibilizado. Além da área da piscina, é preciso ter espaço para passagem. “Colocar uma piscina que ocupa todo o espaço pode deixar o local pouco confortável”, diz Korner. Por isso, é preciso levar em consideração todos os detalhes do ambiente.

-determinado, as piscinas de pastilhas de vinil podem ser montadas nos mais diversos modelos e tamanhos. “Serve para os clientes que buscam algo diferenciado ou para adequar ao espaço existente na residência.” As piscinas de vinil também ganham espaço no mercado. São feitas de blocos de concreto, tijolos, concreto armado e revestidas com bolsão de vinil, aplicado sobre a borda da piscina. Para o bolsão, há opção de diversas estampas. “A troca do bolsão tem de ser de cinco anos, por isso, as pessoas ainda têm receio ao produto.” A piscina de fibra é durável, diz Korner. Mas com o passar do tempo (média de 12 anos) pode precisar de repintura. “As peças também podem ser trocadas depois de 20 anos de uso, dependendo do cuidado do dono.”

A limpeza das piscinas deve ser feita sempre que necessário, mas no mínimo duas vezes por semana. Lembre-se de analisar o pH e o cloro da água antes. O processo é simples e pode ser feito pelo dono da piscina.

Variedade de tipos

A piscina dá privacidade e facilidade, diferentemente de balneários ou praias.”

Diferente das piscinas de fibra, com formato pré-

Marcelo Korner, empresário

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Cuidados constantes Para a manutenção, é necessário ligar o motor e filtro da piscina durante em média quatro horas por dia. Ainda é possível colocar um temporizador, que aciona e desliga o motor automaticamente. A limpeza deve ser feita sempre que preciso, em média cerca de duas vezes por semana. “É necessário analisar primeiro o pH e o cloro da água.”

Na maioria das vezes, o dono da piscina pode ele mesmo realizar o serviço de limpeza, que é simples. Se faltar tempo, há a opção de contratar profissionais para executar a limpeza uma vez por semana. Korner diz não ser recomendado esvaziar a piscina para limpeza. A de fibra é feita de um material flexível (fibra de vidro), por

isso, pode ocorrer pressão de fora para dentro e deformar a piscina. Também não é aconselhável esvaziar a de concreto. “Se a água estiver muito suja, um tratamento químico resolve.” No inverno, ainda é necessário realizar a manutenção, mas com menos intensidade que no verão por conta da diminuição do uso. É possível utilizar pastilhas de clo-


instalação de piscinas ro, que flutuam. “Alguns optam por tapar a piscina com uma capa, e isso é efetivo.” Para quem quer aproveitar a piscina mesmo no inverno, o aquecimento ideal é o elétrico. Com ele, a água passa por um trocador de calor com resistência, que

aquece a água e a faz retornar à piscina na temperatura desejada. “Na maioria das vezes, se constrói uma cobertura para a piscina, para não perder o calor.” Hoje, o perfil de quem compra piscinas é de pessoas que buscam conforto

para si e seus familiares, diz Korner. Segundo ele, são pessoas que querem relaxar na água depois de um dia de trabalho. “A piscina dá privacidade e facilidade, diferentemente de balneários ou praias.” FOTOS DOUGLAS PETRY/ARQUIVO A HORA

Além da piscina As pedras mais recomendadas para o entorno de piscinas são a são tomé e a mineira. Segundo Rosi Blau Miotto, sócia das Pedras Rossler, há ainda a possibilidade de usar o mármore travertino bruto e o granito. O polido não é recomendado, por ser escorregadio. Outras opções são a pedra portuguesa e o arenito, que exigem maior manutenção. Decks de madeira ou madeira ecológica também são alternativas para revestimento de piscina. Entretanto necessitam de cuidados especiais, como um contrapiso adequado para evitar o contato da madeira com a umidade. A manutenção exige pintura anual. O basalto, a pedra ardósia e a miracema não são indicados, pois aquecem com maior facilidade e não absorvem a água. Existe uma grande va-

riedade de cerâmicas e porcelanatos para piscinas, devendo-se observar as qualidades atérmicas e sua superfície. A argamassa de assentamento também exige atenção. Os materiais de acabamento evoluem. A técnica de impressão em alta definição (HD) traz ao mercado produtos que reproduzem texturas, cores e tonalidades de materiais, como madeira, pedra, cimento e mármore. Essa técnica permite aplicação de texturas diferenciadas em qualquer ambiente. Para uma boa conservação dos pisos, é aconselhável impermeabilizar com produtos exclusivos para manutenção (oleofugante, por exemplo), para evitar fungos e outros resíduos. Assim ele se conserva limpo e terá maior durabilidade. A limpeza deve ser feita com um desincrustante específico.

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FOT OS AN

DER SON

LOP ES

Objeto de desejo

Sala com conforto U

tilizar poltronas é um jeito fácil de dar toque diferenciado à sala. As confeccionadas com veludo dão ares de luxo ao ambiente. Para locais minimalistas, podem ser usadas em cores neutras. Se a sala for grande, vale apostar em mais de dois modelos. Para resultado arrojado, as poltronas egg são o ideal. O modelo giratório pode ser utilizado para interagir com mais de um cômodo. Para o local não ficar carregado, vale combinar uma poltronaa de personalidade com móveis neutros.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

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1 | Poltrona New York Manhattan Medison Turquoise, da Têxtil Home 2| Poltrona Formosa, da Têxtil Home 3 | Poltrona Bergere, da Têxtil Home 4 | Poltrona Inglesa Jacquard Yellow, da Têxtil Home 5 | Poltrona Formosa, da Têxtil Home 6 | Poltrona Solemar pé madeira estampa Times, da Têxtil Home 7 | Poltrona Cassino, da Têxtil Home 3|

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