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ANO 4 - Nº 1101

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D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA

BRASÍLIA

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Especial Fotos: Lula Marques/GDF

NASCE UM GIGANTE O BRASIL SE PREPARA PARA A COPA DAS CONFEDERAÇÕES E O MUNDIAL DE 2014. O ESTÁDIO NACIONAL MANÉ GARRINCHA, INAUGURADO HOJE, ESTÁ À ALTURA DA GRANDIOSIDADE DOS DOIS EVENTOS. ESTE MAIS NOVO MONUMENTO COLOCARÁ BRASÍLIA NO CENÁRIO MUNDIAL


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do Mané Garrincha História

ESTÁDIO NACIONAL  Do gol de Vaguinho até o alto investimento que garantiu uma das arenas mais modernas do mundo

O Gigante do Cerrado ÁDAMO ARAUJO

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primeira emoção aconteceu ainda naquela manhã de 30 de outubro de 2007, quando Joseph Blatter abriu um papelzinho que mostrava o nome ‘Brazil’, significando que o país iria ser a sede alguns anos depois. O principal ponto da torcida brasiliense foi na Rodoviária. Cerca de 700 pessoas acompanharam, ao vivo, o anúncio e comemoraram a confirmação do Brasil como se fosse um gol, com direito a bandeirão, foguetório e choradeira. A poucos quilômetros dali, era a estátua do ex-presidente Juscelino Kubitschek, no Memorial JK, quem recebia uma bandeira e um uniforme

gigante para comemorar a vinda de jogos para o Mané Garrincha. Mesmo estádio que iria enfrentar alguns impasses em relação a como se chamaria: Estádio Nacional, Mané Garrincha ou Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Mas por pouco o Gigante do Cerrado não ficou conhecido como Helião, Pratão ou até mesmo Silveirão. Como é um costume nacional, muitos estádios referem-se ao nome de alguém de destaque da região, mas sempre no aumentativo. Com o Mané não seria diferente, até o início da década de 80, ele era conhecido como Estádio Governador Hélio Prates da Silveira. Depois foi rebatizado em homenagem ao craque das pernas tortas.

Uma arena dura na queda Além de todos os entraves jurídicos e administrativos, o Mané não queria cair. E a informação é literalmente essa. No dia 15 de maio de 2011, foram duas tentativas de implodir a fundação do estádio. Sem sucesso, o consórcio responsável decidiu realizar uma demolição mecânica. Apesar de toda dificuldade, cerca de um ano depois as obras atingiram os 50% e, em mar-

ço deste ano as obras chegaram aos 94%. Após adiamentos, finalmente o grande dia da reabertura chegou. Quem estiver dentro deste reformado Mané Garrincha vai poder observar seus 74 camarotes, 1.112 salas VIP, 40 bares, 14 lanchonetes e dois grandes restaurantes. Do lado de fora, são quase 100 mil m² de espaço para ônibus e estacionamento VIP com 222 vagas, além de oito

mil vagas no estacionamento público. O QUE VAI FICAR O tão esperado legado da Copa de fato abarcou seis situações. A primeira, a construção do túnel subterrâneo de ligação entre o Clube do Choro e o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, na sequência mais um que liga o estádio ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Esteticamente, aconteceu

a melhora na comunicação visual de todo o Complexo Poliesportivo Ayrton Senna. No ramo tecnológico, foi elaborada a nova subestação da CEB. Nas urbanização, aconteceu a ligação direta entre as vias W4/W5 Norte e Sul. Por fim, a mobilidade urbana, contemplada nas obras das vias marginais na DF-047, pista que dá acesso ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

Fotos: Roberval Eduão (21/04/2013)

Os elogios começaram a chegar O secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, visitou o Estádio Nacional de Brasília, terça-feira (14) e elogiou a nova arena. “O que foi feito desde janeiro, na última vez que vim, é fabuloso. Se me perguntarem meu favorito no mundo, digo que Brasília está na primeira lista. Tenho certeza de que daqui, na abertura da Copa das Confederações, os torcedores ficarão deslumbrados”. Com Valcke estavam o ministro do Esporte, Aldo

Rebelo, o secretário executivo da pasta, Luis Fernandes, os ex-jogadores Bebeto e Ronaldo e Ricardo Trade, representando o Comitê Organizador Local (COL), além do governador do DF, Agnelo Queiroz. ORebelo disse estar orgulhoso da nova arena. “Acho que a cidade terá um estádio à altura da ousadia modernista e futurista de Brasília e das ambições de um grande país e de uma grande capital”, disse.

O ESTÁDIO passou por duas tentativas de implosão antes da demolição mecânica para reforma RONALDO e Jérome Valcke visitaram o Mané Garrincha

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ESTREIA COM DECISÃO  Estádio reabre com duelo que marca a final que coloca Brasiliense e Brasília frente a frente

Primeiro campeão do novo Mané

Roberval Eduão

quem poderia pensar que o recomeço do Mané Garrincha seria pelo final. Na verdade pela final. Às 16h de hoje, o renovado Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, reabre sua portas para receber o último e decisivo jogo do Campeonato Candango. O evento coloca Brasiliense e Brasília frente a frente. Campeão do segundo turno, o Jacaré ainda saiu com a vitória por 1 x 0 no primeiro confronto e pode até perder por um gol de diferença que garante a taça. Campeão do primeiro turno, a Taça JK, com uma certa soberania frente os demais, o Brasília caiu de produção no segundo turno e, se quer, chegou à final da Taça Mané Garrincha. No primeiro jogo da decisão, no último sábado, o Colorado adotou uma postura mais cautelosa na etapa inicial e voltou com mais volume de jogo na metade final, mas sofreu com a saída do atacante Giba, lesionado. Para o técnico Gauchinho o título não é impossível. “Temos uma situação difícil. Mas no futebol, outros vários resultados provaram que não é impossível. O nosso grupo é forte e vai chegar”, disse em entrevista. Já o Brasiliense, após eliminar o arquirrival Gama na semifinal da Taça JK, chegou a decisão e praticamente não atrapalhou o Brasília que, na época, é quem tinha a vantagem do empate. O segundo turno do Jacaré foi perfeito com seis vitórias, dois empates e apenas um gol sofrido. Na semana passada, o clube se lançou mais ao ataque e contou com a estrela do atacante Baiano, que chegou a ser afastado do elenco, mas voltou para garantir a vitória. Autor do gol amarelo, Baiano prega respeito ao rival. “Vamos entrar em campo respeitando a equipe do Brasília, mas determinados a fazer mais um grande jogo”, garantiu o atacante.

TÉCNICOS DERAM PISTAS O Brasiliense realizou suas principais atividades da semana com o time titular sendo o mesmo que venceu o Brasília no primeiro jogo da final do Candangão. O técnico Márcio Fernandes, porém, resolveu fazer alguns testes durante os trabalhos. Durante a atividade de posse de bola, foram duas alterações. Luís Augusto entrou na vaga de Peninha na meia e o atacante Giso cedeu o colete para Elivelto. Do lado do Brasília, Gauchinho realizou coletivo em campo reduzido. O atacante Giba e o volante Pedro Ayub foram as baixas. O centroavante chegou a correr, mas foi acometidos por fortes dores no joelho. Ayub sequer compareceu. Garantido em campo, o atacante Luquinhas busca ânimo para reverter a vantagem do rival e superar as ausências. “Mas não podemos lamentar o que deu errado. Vamos ter uma nova chance e isso que importa”, resumiu.

claudio byspo/brasiliense fc

FICHA TÉCNICA BRASILIENSE Welder; Bocão, Fábio Braz, Luan e Jefferson; Júlio Bastos, Everton, Baiano e Peninha (Luís Augusto); Giso e Washington TÉCNICO: Márcio Fernandes BRASÍLIA Marcão; Bruno Paraíba, Miltão, Danilo e Breno; Pedro Ayub (Vitinha), Marciel, Daniel e Valdeir; Luquinhas e Paulinho TÉCNICO: Gauchinho LOCAL: Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha HORÁRIO: 16h ÁRBITRO: Rodrigo Raposo ASSISTENTES: José Reinaldo e Carlos Emanuel

GAUCHINHO diz que inauguração do Mané não vai valer se o título não vier

claudio byspo-brasiliense/fc

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LUQUINHAS mostra motivação para reverter a situação do Colorado

ÁDAMO ARAUJO

BAIANO foi o grande herói do Jacaré e responsável por ampliar a vantagem do clube

SOBRE O NOVO ESTÁDIO O técnico Márcio Fernandes se mostra animado na volta ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. A última vez que pisou ao gramado da arena candanga já faz 30 anos. Então ponta-esquerda da seleção brasileira de novos, o jogador atuou na vitória por 2 x 1 sobre a seleção do DF, em um time que contava com Mauro Galvão, Jorginho e Ricardo Gomes, entre outros ídolos nacionais. "Fui bem para caramba nesse jogo. Não lembro se dei passe para gol", garante Márcio Fernandes, de 51 anos, nascido em Santos (SP). Para Gauchinho, a festa de inauguração do Mané Garrincha não vai valer de nada se o Brasília sair de lá sem a taça de campeão. “A festa da reinauguração do Mané é uma oportunidade para o torcedor. Muito mais importante do que estrear o estádio é o titulo pra gente”.

claudio byspo

MÁRCIO FERNANDES atuou como jogador no gramado do Mané


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Brasília Futebol Clube

COLORADO  Clube foi o primeiro tricampeão da cidade e já conquistou o campeonato local oito vezes na história

Um time tradicional no DF Roberval Eduão

RODRIGO NUNES

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Brasília Esporte Clube é um dos clubes mais tradicionais e vitoriosos do futebol do Distrito Federal. Fundado em 2 de julho de 1975, o Colorado já conquistou o campeonato local oito vezes, atrás apenas do Gama, com 10 conquistas. O time foi o primeiro tricampeão da cidade ao levantar as taças de 1976, 77 e 78. Os outro títulos vieram em 1980, 82, 83, 84 e 87. A equipe do Brasília era figurinha carimbada na disputa da série ‘A’ do Campeonato Brasileiro, no final da década de 70 e 80. Um dos momentos mais marcantes da história do clube foi quando o time derrotou o Grêmio, em pleno Estádio Olímpico, em Porto Alegre, por 2 a 1, com gols de Aluísio e Vander. A equipe também fez grandes apresentações no antigo Estádio Pelezão contra Botafogo, Fluminense, Goiás, Flamengo e outras potencias do futebol nacional.

ELENCO se preparou durante toda a semana para conquistar o nono título do Colorado Candango

E foi em um jogo contra o Rubro-Negro carioca que Zico indicou o irmão Edu ao Colorado, que contratou o jogador em uma das primeiras transferências do futebol local que envolveram uma alta

quantia de dinheiro. À época, os maiores rivais eram o extinto Taguatinga, equipe que acabou sendo vice campeão do último título do Brasília, em 1987, e os tradicionais Guará, Sobradinho e Gama.

Na década de 1990, o Brasília começou a entrar em decadência e o futebol que tanto empolgou aos fãs do esporte local chegou ao fim. A falta de dinheiro e administrações ruins fizeram com que os tí-

tulos não fizessem mais parte da realidade do clube. As melhores campanhas foram dois vice campeonatos para o Gama, em 95 e 97. No final da década, acabou virando o primeiro clube

empresa do Brasil e passou a se chamar Brasília Futebol Clube, porém os resultados financeiros esperados não vieram e o clube chegou ao fundo do poço, quando acabou sendo rebaixado pela primeira vez para a segunda divisão do estadual. Logo em seguida viu o arquirrival, Gama, tornar-se o maior campeão local. Em 2006 e 2007, disputa a extinta terceira divisão do Candangão e retornou à elite apenas em 2009. O time não desapontou os torcedores e, surpreendendo aos favoritos, chegou a final do Campeonato contra o Brasiliense, mas acabou sendo derrotado e ficou com o vice campeonato. Depois de mais uma queda para a segundona, o Brasília chega em 2013 a mais uma final de estadual, e reedita a decisão de 2009 com o objetivo de voltar a brilhar como nas décadas de 1970 e 1980. O time já garantiu uma vaga na série D do Campeonato Brasileiro deste ano e também na Copa do Brasil do ano que vem.

ÍDOLOS Roberval Eduão

Foca e Remo, uma dupla gloriosa do tradicional clube da cidade “O Brasília tem condições de voltar a ser o melhor”. Esse é o pensamento positivo que Jonas Foca e Carlos Alberto Remo, os dois maiores ídolos da história do clube, compartilham sobre a final do Campeonato Candango deste ano. Os ex-zagueiros viveram momentos de glórias com o Colorado no passado. Foca foi um dos 15 selecionados da primeira peneira da história do clube, em 1975, e defendeu as cores vermelha e branca por 12 anos, conquistando sete títulos estaduais e participando das campanhas do Campeonato Brasileiro de 1977 e 78, quando o Brasília chegou a segunda fase do torneio.

O ex-xerife relembra das épocas de glorias do time Colorado. “O Brasília na época era o único time que tinha o patrocínio da Adidas, tinha uniforme, chuteira novas. Então, a gente já entrava vencendo por um a zero”, conta. Com saudades do bom futebol do Brasília e do DF, Foca deseja que a reinauguração do Mané Garrincha traga dias melhores para o esporte. “Que esse estádio alavanque o futebol não só do Brasília, como de todos os times da cidade”, almeja. Ao sair do clube, em 87, Foca deu lugar a Carlos Alberto Remo, que também entrou para a história do clube ao fazer parte do último título estadual da equipe. O também xerife jogou por dez

anos com a camisa do Brasília e ainda iniciou a carreira de técnico pelo time. Remo relembra coincidências da final de 2013 com o jogo que mais o marcou com a camisa do Brasília. “O confronto mais marcante foi o do título de 87. Nós disputamos o campeonato com o Taguatinga e, no primeiro jogo, no Serejão, o placar foi 1 a 1 e, já aqui no ‘antigo’ Mané Garrincha nós ganhamos por 2 a 0, e esse é o placar que o Brasília precisa para se sagrar campeão agora”, comenta. Remo desejou que a dupla de zaga da final também possa entrar para a história do Colorado. “O título vai trazer bastante reconhecimento no futuro para eles”.

ATLETAS fizeram parte do time e participaram nas campanhas do Brasileiro


Brasília Futebol Clube

Elenco

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Brasília conquistou o direito de disputar a final do Candangão depois de vencer, de forma indiscutível, o título da Taça JK, em cima do Brasiliense. Utilizando a mesma base do time que conseguiu o acesso para a primeira divisão no ano passado, a equipe de Gauchinho surpreendeu os adversários e mostrou que a manutenção pode ser um bom caminho. O técnico

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espera superar as dificuldades para conseguir reverter a vantagem do Brasiliense e poder proporcionar aos torcedores do Colorado o nono título local da história, no mesmo estádio da última conquista, em 1987. “O único time a ganhar deles no Campeonato por dois gols de diferença foi a gente, e duas vezes. Temos totais condições de revertemos o placar. Vamos nos apegar a rica história do Brasília”. Fotos: Roberval Eduão

BRUNO P. LATERAL DIREITO

DANILO ZAGUEIRO

MARCIEL VOLANTE

LUKINHAS ATACANTE

DANIEL

VALDEIR

VOLANTE

PAULINHO ATACANTE

MARCÃO

MEIA

GOLEIRO

VITINHA MEIA

MILTÃO ZAGUEIRO

BRENO LATERAL ESQUERDO

Musa do Brasília

MASCOTE

Símbolo do clube homenageia o formato da capital do país Pelo fato de o Brasília Futebol Clube ter passado por mudanças com o decorrer do tempo, o mascote da equipe já foi alterado três vezes. O primeiro foi o torcedor símbolo do time, o Seu Aloísio, que acompanhou o Colorado por muito tempo. Quando o time enfrentava uma forte crise, no final da década de 1990, precisou virar um clube empresa e o Calango passou a ser o novo mascote. Porém, com o fim da ideia e a reformulação do Brasília, o simbolo passou a ser o Avião, em homenagem ao formato da Capital Federal, para, quem sabe, o time conseguir voos mais altos.

LUCIANA AMARO DA SILVA

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Roberval Eduão

musa do Brasília Futebol Clube, Luciana Amaro, 19 anos, afirma que a paixão pelo Colorado vem de berço, pois o pai e a mãe são torcedores do clube desde a década de 1970. Luciana acompanhou toda a campanha do clube no Campeonato e se diz orgulhosa com o time. O jogador preferido da morena é o artilheiro da equipe, o atacante Giba, e o mais engraçado é o goleiro Marcão. A musa estará presente no novo Estádio Nacional Mané Garrincha, torcendo pela equipe do coração e pretende comemorar o título com a família após o fim da partida.

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Campeão precoce BRUNO CASSIANO

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m dos caçulas do futebol candango e do nacional, o Brasiliense nos últimos anos tem se consolidado no esporte. O time de Taguatinga, criado em 2000 pelo ex-senador Luiz Estevão, é o terceiro em conquistas locais (7 títulos) e o único time que já chegou na final de um campeonato nacional –

a Copa do Brasil. Na época, o empresário comprou o time Atlântida Futebol Clube, também da região de Taguatinga, e o transformou no Brasiliense Futebol Clube em 01 de agosto do mesmo ano. No mesmo ano da criação, o time disputou o campeonato Metropolitano de Brasília, uma espécie de segunda divisão do Campeonato Candango, tornando-se o campeão. E com o título ganhou tam-

bém o mascote – o Jacaré do papo amarelo. No ano seguinte, em 2001, se tornaria vice-campeão brasiliense da divisão de elite do estadual, perdendo para o Gama – iniciando assim a maior rivalidade do futebol local. Com apenas dois anos de fundação, o clube brasiliense surpreendeu o País ao chegar as finais da segunda competição mais importante do país - a Copa do Brasil

- disputando a grande final com o Corinthians. O time da capital federal empatou a primeira partida em 1 a 1 em casa e perdeu a segunda por 2 a 1 no Pacaembu. Ainda em 2002 – melhor ano da história do clube – o Brasiliense disputou a terceira divisão do Brasileirão conquistando o título. No campeonato estadual o time conseguiu apenas chegar entre os três primeiros co-

NOS PRIMEIROS anos de vida, time venceu a divisão de acesso e foi vice na elite local

locados. Dois anos depois, o Jacaré conquistou o segundo título nacional, o Brasileiro da Série B. Além de conquistar também o campeonato Brasiliense pela primeira vez. Na estreia da Serie A, em 2005, o principal campeonato nacional, o time de Taguatinga empatou com o clube carioca Vasco da Gama em 2 a 2, no Mané Garrincha. Mas acabou perdendo os pontos para o adversário, por ven-

der ingressos quando deveria atuar com portões fechados. Na elite, o Jacaré acabou na última colocação, com 41 pontos em 42 jogos. Nos anos seguintes, o clube conquistou o campeonato local em todas as edições (2006, 2007, 2008 e 2009), somando seis títulos consecutivos, superando o recorde que pertencia ao Gama (5 conquistas seguidas - 1997 a 2001).

PERFIL IRANILDO

De maluco a ídolo Sem imaginar que se tornaria um dos maiores ídolos da torcida do Brasiliense, Iranildo Ferreira, 37 anos, chegou no time de Taguatinga em 2001, vindo do Flamengo. Desde pequeno já sonhava em jogar futebol, mas nunca pensou que o sonho se tornaria realidade. O ídolo já está na quinta passagem pelo Jacaré, mas já jogou por outros grandes clubes do Brasil e fora dele. Ele começou a carreira profissional em 1994 pelo Madureira, do Rio de Janeiro. Um ano após a estreia no profissional, Iranildo ganhou o primeiro título nacional com o Botafogo (RJ)

– o Brasileirão de 95. No mesmo ano, foi convocado para seleção comandado pelo Zagalo. Em 96, foi contratado pelo Flamengo onde jogou até 2002 quando veio para o Brasiliense e desde então está no time candango. “Quando vim para o Brasiliense todo mundo me chamava de maluco. Para você sair do Flamengo e se arriscar num time com dois anos de existência que nem era conhecido nacionalmente”, conta. O principal jogador da maior conquista amarela da Série B do Campeonato Brasileiro de 2004, Iranildo participou de cinco

(2205, 2206, 2008, 2009 e 2011) dos sete títulos candangos. O craque também já passou por times como Aris da Grécia e Al-Hazm, da Arábia Saudita. Dos mais de 300 gols que marcou em quase 20 anos de carreira, 71 deles foi no Brasiliense, segundo o cálculo do ídolo. Para Iranildo, um jogo especial pelo Jacaré foi um na série B do Brasileirão contra o time do sul, o Avaí, no Serejão. Mas de acordo com o craque, a maioria dos jogos contra o Gama são sempre especiais pela rivalidade e também porque sempre deixa um gol nos maior

clássico candango. O ídolo do Brasiliense confessa que o time de coração é o Flamengo, mas diz que tem uma queda pelo time de Taguatinga. Iranildo pretende em pendurar as chuteiras nos próximos três anos. A carreira que fez dentro das quatro linhas vai poder contar para os filhos que jogou no Flamengo que foi com a camisa 10 que já foi do Zico, por exemplo. “Estou feliz de fazer história no Brasiliense. A maior felicidade do jogador é essa, saber que tem o reconhecimento em todos os lugares que passou”, concluiu. (B.C.)

Roberval Eduão

CHUCHU chegou após passagens por times de ponta


Brasiliense

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Elenco

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Brasiliense é apenas o terceiro time com mais títulos do Campeonato Candango, porém, se for levado em consideração que são sete taças em apenas 12 anos de existência, fica bem claro que o time pode ser considerado quase que soberano no futebol do DF. A

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equipe de Taguatinga chegou à decisão após vencer a Taça Mané Garrincha, segundo turno do Candangão, ao superar o atual campeão Ceilândia. O time do técnico Márcio Fernandes conta com várias armas, uma delas é o goleiro Welder que nas dez últimas partidas, tomou apenas um gol. O

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conjunto formado pelo treinador também pode fazer a diferença, uma vez que a equipe está bem entrosada. Por fim, destaque para o audacioso Romarinho. Filho do tetracampeão pela Seleção Brasileira, o jovem atacante começa no banco de reservas, mas passa a se tornar o 12º jogador do time. Fotos: Divulgação

BOCÃO LATERAL DIREITO

LUAN

PENINHA

ZAGUEIRO

VOLANTE

GISO ATACANTE

BAIANO

JULIO BASTOS

MEIA

WASHINGTON ATACANTE

WELDER

MEIA

GOLEIRO

EWERTON VOLANTE

FABIO BRAZ ZAGUEIRO

JEFFERSON LATERAL ESQUERDO

A decisão foi única e exclusiva da diretoria É um jacarezinho bem simpático e nada amedrontador quem comanda a torcida durante os jogos do Brasiliense. De acordo com as lendas, o que se sabe é que a escolha do mascote do time de Taguatinga foi baseada única e exclusivamente na vontade da diretoria do clube, mais exclusivamente do presidente Luiz Estevão. Curiosamente, o desejo do dirigente deu muito certo, pois anos depois até o nome do Estádio Serejão passou a dar lugar à Boca do Jacaré. E como diz o hino do clube 'vacilou caiu na boca, na Boca do Jacaré'.

Musa Brasiliense Kelly Holliver A musa do Brasiliense, conta que a paixão pelo time do Jacaré do papo amarelo vem desde que se mudou de Minas para o Distrito Federal, em 2004. Ela detalha que todos falavam do clube e achou bastante popular na época. O jogador preferido da loira é o filho do peixe Romário, o Romarinho e a expectativa é de que o atacante se inspire no pai e faça o gol do título. Além disso, a musa acha o lateral Bocão um dos mais engraçados, pois troca mensagens com o jogador nas redes sociais. A musa estará presente no novo Estádio Nacional Mané Garrincha, torcendo pela equipe do coração e acredita que o placar será de 3 x 0 para o Brasiliense.


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História do

Esporte

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INÍCIO  Alguns até imaginam como o desporto se desenvolveu no Planalto Central, mas ninguém pode dizer onde irá chegar

Até Lúcio Costa batia uma bolinha

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Divulgação

ÁDAMO ARAUJO

e atualmente Brasília se orgulha de ter um dos mais vencedores times de basquete brasileiro, o Uniceub\ BRB e seus títulos nacionais e internacionais; o melhor jogador do mundo de 2007, o meia Kaká; e um dos estádios mais modernos do planeta, o Mané Garrincha; é importante lembrar que tudo começou bem lá atrás, provavelmente quando a capital federal ainda era um grande cerrado fracionado em fazendas. Ninguém confirma, mas, provavelmente a primeira bola que tenha rolado em um chão batido não deve ter sido a de futebol, mas, sim, de golf. Mesmo antes de chegar por aqui, o urbanista Lúcio Costa arriscava umas tacadas e, por isso, fez questão de trazer alguns tacos e bolinhas na bagagem. Para se ter ideia, o pioneiro foi o idealizador do espaço onde atualmente é o Clube de Golf. A certeza disso tudo mesmo é que a página vai acabar, esse caderno especial chegar à última página e, se fossem feitos dezenas, talvez centenas, não esgotariam as mais diversas histórias e fatos que permearam o esporte brasiliense. Muitos atletas e muitos esportes não puderam ser contemplados aqui, mas certamente, nunca desaparecerão da memória do torcedor.

O GOLFE, provavelmente, foi o primeiro esporte praticado por aqui

Reprodução

Quando a F1 cortou as ruas da cidade

NELSON PIQUET brilhou na F1 e conquistou três campeonatos

Apesar de o futebol ser a paixão nacional, o Distrito Federal foi e é um lugar de muitas práticas. O automobilismo, por exemplo, mostra que no sangue do candango corre óleo diesel. A cidade conheceu um mecânico que veio a se tornar tricampeão mundial de Fórmula 1. Nelson Piquet, mesmo sem ter nascido aqui, adotou a cidade como casa. E por falar na principal categoria do automobilismo, é importante lembrar que o ano de 1974 contou com uma corrida no Autódromo de Brasília (que ainda não se chamava Nelson Piquet. Vai ver ele ainda era apenas um mecânico). Em uma prova comemorativa, os irmãos Emerson e Wilsinho fizeram a dobradinho da Brabham no pódio. As águas também trouxeram boas marolas e, apesar de não serem nativos do Cerrado, nomes como dos irmãos Torben e Lars Grael velejaram muito no Lago Para-

noá. Atualmente, muitos treinam por lá, mas dividem espaço com jet skis, triatletas, maratonistas aquáticos e vários outros atletas que utilizam a região como local de prática esportiva. Quem não quer dificultar, vai no simples: corrida de rua. Atualmente um dos esportes mais praticados pelos locais. Todo final de semana há pelo menos duas largadas pelo DF. E dessas largadas partiram nomes como Carmem de Oliveira, Joaquim Cruz, Lucélia Perés e tantos outros. Nas quadras, o Uniceub reina soberano como dissemos no início. Mas não foram os únicos a mostrar a força dos brasilienses. O futsal já apresentou suas estrelas em fortes equipes, como o Cresspom e, mais recentemente, o Peixe. O vôlei revelou muitas meninas como Leila, Paula Pequeno, Tandara e Ricarda, saídas de times como Força Olímpica, Brasil Telecom e Upis.


História do

Esporte

Brasiliense

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Histórias da maior de todas as paixões

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FBF

De um início amador ao profissional BRUNO CASSIANO

O DEFELÊ foi o primeiro tme candango a disputar competição nacional, em 1963

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futebol, e não tem como deixar de reservar um espaço generoso a ele, começou de forma amadora e assim perdurou por um certo tempo. O primeiro campeonato oficial veio apenas em 1959, quando o Grêmio Brasiliense, do Núcleo Bandeirante, levantou a taça. Depois disso, vários clubes apareceram e sumiram, como é o caso do Defelê – primeiro time candango a disputar

uma competição em nível nacional, a Taça Brasil de 1963 –, Rabelo, Caenge, Senado e Câmara, por exemplo. E era isso mesmo que parece, as equipes ou eram de construtoras ou de repartições públicas, a exceções de uma ou outra equipe das cidades-satélites. Fora de campo, porém, a realidade era outra. Campos de várzea, “estádios” sem estrutura e quase ninguém nas arquibancadas. Os torcedores já

chegavam aqui apaixonados pelos clubes de suas cidades de origem e não estavam dispostos a aceitar novas cores. Em meio a isso tudo, em 1975, surge o Brasília, que trouxe a profissionalização e deveria ser a equipe de maior identificação dos brasilienses. Mas ninguém contava com o fator Ceub, que, na verdade, acabou sendo o clube mais querido do Plano Piloto, vindo a fechar os trabalhos ao final dos anos

70. Mas nesse meio tempo, a equipe foi a primeira da região a fazer uma excursão à Europa, quando encarou o La Coruña e o Sevilla, da Espanha. A partir daí, outros tantos chegaram e sumiram, além de alguns que resistem, e aí se destaca o Gama, o maior detentor de títulos candangos (10), seguido de Brasília (8) e logo atrás o fenômeno Brasiliense (7) e seus tenros 12 anos de existência. Reprodução

Times ‘importados’ de outros estados Como os primeiros moradores de Brasília continuaram torcendo pelas equipes de seus estados de origem, alguns sonhadores tentaram fundar equipes em alusão àquelas que deixaram para trás. O caso mais atual é o Botafogo-DF, que chegou a ser uma filial do gigante carioca e servir de plataforma para o atacante Túlio Maravilha buscar seu gol de número 1000. Mas ele saiu pouco depois de ultrapassar os 950 e a parceria entre as equipes acabou. A cidade teve outro Botafogo. Em 1996, o clube do Rio de Janeiro firmou acordo com o Sobradinho, que passou a ostentar o nome do alvinegro e revelou Dimba. Arquirrival do Bota, o Flamengo também inspirou times daqui. Em 1976, o Cruzeiro, por simpatia dos moradores, decidiu que o time da região se chamaria Flamengo Esporte Clube. Porém, a pedido da Federação Metropolitana, a equipe voltou a carregar o nome da cidade no mesmo ano. Três anos depois, com direito a cores e escudo quase idênticos, o Tiradentes apareceu por iniciativa da Polícia Militar do DF. Chegou a ser Campeão Brasiliense em 1988, mas acabou fechando as portas em 2000 atolado em dívidas. Além de outros como Grêmio, Cruzeiro, Comercial e até um Corinthians, a cidade contou com nomes de clubes do exterior. Entre eles, o Dínamo, vicecampeão local de 1064; o Real, fundado em 1960; e até o time norte-americano do Rei Pelé, o Kosmos, teve um homônimo na década de 60.

Em campos de barro vermelho, na época da construção de capital federal, a Federação Brasiliense de Futebol (FBF) foi criada em março de 1959 para organizar campeonatos de forma amadora entre times de operários que vieram erguer Brasília. Nesse mesmo ano, foi disputada a primeira competição local. O futebol amador da capital seguiu até 1966, quando a Federação começou a organizar campeonatos profissionais, de forma improvisada, até 1975. Na década de 1970, com o surgimento de grandes clubes do Distrito Federal, como Brasília, Colombo, CEUB entre outros, a entidade começou a ganhar o formato de federação. O comandante local eraJardel Noronha.

1970 Nesse ano, com o surgimento de grandes equipes, a entidade ganha formato de federação

TÚLIO estrelou o Botafogo-DF, na busca pelo milésimo gol da carreira

Apenas em 1976, quando o campeonato brasiliense de futebol começou a ser disputado de forma profissional, as equipes locais começaram a se destacar. Uma particularidade do campeonato Candango, organizado pelo FBF, é a participação de clubes de outros estados, ou seja, de cidades próximas ao Distrito Federal, como Luziânia-GO e Unaí-MG. Além do time do Zico, o CFZ (do Rio de Janeiro), que foi campeão em seu primeiro ano na elite do futebol da capital.


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Colorado passa despercebido Ríver (PI) e Brasília (DF) são os únicos times que conseguiram uma proeza: não marcaram nenhum ponto em uma edição do Campeonato Brasileiro (Série A). Em 1982, o Ríver perdeu suas oito partidas, tomando 26 gols e marcando apenas seis. O Brasília fez campanha parecida, em 1984: oito derrotas, 24 gols sofridos e quatro marcados. Vários times perderam mais jogos em Campeonatos Brasileiros, mas, pelo menos, marcaram algum ponto e superaram a triste marca de 0% de aproveitamento.

Técnico detona o próprio time A quinta rodada do Candangão de 2007 chamou a atenção por um fato extracampo dos mais inusitados. Líder do torneio, o Unaí teve um protagonista às avessas. O técnico Mozair Barbosa teria criticado alguns jogadores do plantel após uma bebedeira de Carnaval. A situação parece que aconteceu de fato uma vez que o treinador se viu obrigado a pedir desculpas ao grupo mineiro que disputa o título brasiliense. Ainda assim, envergonhado, Mozair achou por bem pedir demissão do Unaí.

Fez história em time sem história ÁDAMO ARAUJO HOJE ELE é o titular no gol do Brasiliense e está perto de conquistar mais um título na carreira, mas poucos sabem que o goleiro Welder Silva foi o maior protagonista do já falecido Esportivo Guará. Em 28 de outubro de 2006, o Estádio do Cave, no Guará, recebeu a final da Segundona do Candangão, entre o Esportivo e o favorito Samambaia. Até os 29 do 2º tempo, Samambaia 1 x 0. Mas, aos 30, o atacante Giovani, de pênalti, empatou. Resultado ainda favorável ao Samambaia. Aos 49, isso mesmo, o Esportivo teve um escanteio e viu seu corajoso goleiro avançar para a área adversária em uma corrida a passos largos. Na cobrança para a área, a bola encontrou a cabeça do arqueiro, que testou direto para as redes e foi aclamado por todos os presentes como um verdadeiro herói. Além da vitória, Welder garantiu o título e o acesso à elite do futebol local, Pena que, dois anos depois o time guaraense, imerso em dívidas, sucumbiu e sumiu do mapa futebolístico.

Zagueiro leva 7 gols e vira um dos melhores do mundo O Clube de Regatas Guará já não respira mais. No entanto, se orgulhou de ter levado uma das mais vexatórias goleadas candangas em nível nacional. Nem tanto pela surra, mas por ter mostrado ao mundo um jovem zagueiro, nascido em Planaltina. Na noite de 18 de fevereiro de 1997, uma terça-feira, o Lobo tomou uma sapecada de 7 x 0 do Internacional, pela Copa do Brasil. O time gaúcho avançou à próxima fase do torneio, mas, apesar de humilhar a equipe do Cerrado, os dirigentes colorados ainda viram qualidade na-

quele time derrotado. Um garoto com potencial. Contrataram o grandalhão desengonçado, que se destacou no Sul e logo foi campeão estadual. Sua carreira nos Pampas não durou muito, pois foi visto pelo futebol europeu, onde conquistou alguns títulos. Entre eles, os Campeonatos Alemão e Italiano e a Liga dos Campeões. Com tantos predicados, virou titular da Seleção Brasileira e levantou duas taças da Copa das Confederações e uma Copa do Mundo. Esse garoto chama-se Lúcio, e, atualmente, defende o São Paulo.

Garrincha e Pelé pelos campos do DF Reprodução

Encrenqueiro é apelido Revelado no Brasiliense, em 2007, Jóbson, que é considerado garoto-problema, chegou para treinar bêbado, brigou com torcedores, colegas de time e acabou saindo do Jacaré. Nos anos seguintes, após se envolver em encrencas no mesmo nível, mas em outros clubes, acabou atingindo o auge das peraltices, quando foi flagrado em exame antidoping com cocaína. O jogador ainda revelou ter usado crack. Vindo de punição, ainda vestiu as camisas de Botafogo, Bahia e Atlético-MG, e consegui acumular mais problemas. Partiu no ano passado para o Barueri, onde preferiu não ficar, pois disse que não se adaptaria em um clube “sem torcida”. Por último, está no São Caetano, equipe que conseguiu desafetos e, atualmente, esteve nos noticiários acusados de agredir a própria esposa.

Em 4 de junho de 1972, Garrincha vestiu a camisa do Ceub, em jogo amistoso, no Pelezão diante do Cruzeiro. A partida terminou em 0 x 0, mas o craque das pernas tortas saiu de campo aclamado. Ele não foi o único mito a bater uma bola no Cerrado. Cerca de 11 anos antes, Pelé veio com o Santos para um jogo comemorativo do aniversário de Brasília frente à Seleção da Capital. A notícia ruim foi que Pelé, contundido, não jogou. A pior é que, mesmo assim, o time candango perdeu de 4 x 0.

Até hoje, o Ceub ainda é lembrado como o representante brasiliense no Campeonato Brasileirão (lembrando que o primeiro representante do DF nacionalmente foi o Defelê, na Taça Brasil de 1963, quando foi eliminado precocemente pelo Vila Nova). Entretanto, durante a década de 1970 e início da 1980, alguém que ficava fora das quatro linhas chamava a atenção tanto ou mais do que quem estava dentro. O nome dele pouco importa, mas o apelido era Ceuba (ou Seu Uba). Ele ganhou a alcunha devido aos incessantes gritos que dava para apoiar ao time: Vai, Ceubaaaaaaaaaaa. De tanto acrescentar e estrondar esse ‘a’ ao final de cada grito, ele saia dos estádios quase sem voz. Não chegou aos anos 1990, quando Ceuba morreu de causas ainda não conclusivas. A certeza é que as cordas vocais e os pulmões foram bastante exigidos durante a vida do fanático torcedor.

Quem manda querer mandar em tudo? Quando se vai à Boca do Jacaré assistir a algum jogo do Brasiliense, um fato sempre chama muito a atenção: as descidas do presidente Luiz Estevão para os vestiários durante o intervalo dos jogos. De acordo com o dirigente, ele acompanha os jogadores e a comissão apenas para estar junto ao time, ou algo do tipo. Porém, há quem diga que o objetivo do mandatário do clube é, sim, dar algumas instruções aos atletas e ao treinador. Seja como for, há quem duvide que o ex-senador abra a boca para apontar alguma tática ou jogada. Ainda assim, durante a Série B do Brasileirão de 2006, o então técnico Lula Pereira, ao ser indagado quem mandaria a campo no duelo diante do Vila Nova (GO), ele foi irônico: “Aqui eu não mando ninguém a lugar algum. Eu mau mando no time”. Bom, cada um entende como quiser.

Dizem que o craque era o irmão mais novo

Gama estraga a festa do atacante Romário Na noite de 21 de março de 2007, Romário entrava no Mané Garrincha, vestindo a camisa do Vasco, para enfrentar o Gama, em jogo válido pela Copa do Brasil. Na oportunidade, o Baixinho estava com 999 gols e seguia na busca pelo milésimo. A im-

Haja garganta para apoiar o time de coração claudio byspo/brasiliensefc

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prensa do mundo inteiro compareceu, o que rendeu atrasos tanto no início da partida quanto na volta para o segundo tempo. Toda a festa estava armada para o ‘Peixe’, mas esqueceram de avisar ao alviverde candango, que segurou um empate em 2 x 2 e, no jo-

go de volta, bateu os carioca por 2 x 1, no Rio de Janeiro. Além de despachar o Gigante da Colina, evitaram o Baixinho anotasse seu gol 1000. O tento veio a acontecer cinco jogos após, em 20 de maio, contra o Sport, de pênalti, pelo Campeonato Brasileiro.

Já falamos do zagueiro Lúcio que enfeitou sua sala de troféus com conquistas como Liga dos Campeões, Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2002. É importante lembrar que o defensor atuou por algumas das mais importantes equipes do planeta como Juventus, Bayern de Monique e Inter de Milão (além do Clube de Regatas Guará, que ele não costuma citar em seu site oficial). Porém, o que muitos costumam falar é que o irmão mais novo do cherifão é que era o cara. Leandro, que atua como volante e está com 30 anos, jogaria mais que seu parente. Curiosamente, mesmo sendo elogiado, inclusive pelo próprio Lúcio, o caçula teve passagens pelo futebol potiguar, candago, mas acabou sucumbindo nas equipes de futsal do DF e não chegou nem perto da projeção conquistada pelo irmão.


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Brasília: um celeiro de campeões

TALENTOS  Seja qual for a modalidade, a capital tem atletas para representar com êxito o nome da cidade e do Brasil

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m vias de receber a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, Brasília não vira as costas para outras práticas esportivas. Para falar a ver-

dade, devem ser poucas as modalidades esportivas que os atletas do Distrito Federal não despontam como favoritos. Talvez no surf. Mas isso pode ser explicado pela falta de uma

praia. Porém, nos demais esportes, não há aquele que o candango não seja um dos destaques. A seguir, vamos relembrar de alguns que merecem nosso total reconhecimento.

Sonho de jogar a Copa

Anônima que fez história

Em plena atividade aos 31 anos, Kaká dispensa apresentações. O meia do Real Madrid, mesmo sem passar por um bom momento, mantém acesa a chama de disputar a Copa de 2014. Melhor jogador do mundo de 2007, o gamense Ricardo Izecson ostenta um campeonato Italiano, um Espanhol, uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes, a Copa de 2002, entre outros títulos.

Nem os brasilienses conheciam Ketleyn Quadros, quando ela foi bronze nos jogos de Pequim-2008. Muito mais que uma medalha, ela foi, aos 21 anos, a primeira a subir a um pódio olímpico em competições individuais femininas. Atualmente com 27 anos e também dona de um ouro sul-americano, ela segue em busca de mais resultados junto à equipe nacional.

Da várzea para a Seleção O zagueiro campeão da Copa de 2002, Lúcio, começou de uma maneira muito diferente. Na verdade, Lucimar da Silva (esse é o verdadeiro nome), era um centroavante quando atuava nas peladas de Sobradinho. Mudou de posição em 1997. Daí para frente, a história dele inclui títulos alemães, italianos, além de uma Liga dos Campeões. Aos 35 anos, o xerifão do São Paulo quer mais.

Tri de São Paulo à NY

Muito mais do que beleza

Entre os maiores gigantes

Leila Barros contabilizou nada menos que 12 medalhas com a seleção brasileira de vôlei. A bela não encantava apenas aos olhos, mas se destacava pela garra e técnica. Assim ela garantiu dois bronzes olímpicos (Atlanta-1996 e Sidney-2000), além de quatro Grand Prix. Ao se aposentar das quadras, ainda teve êxitos no vôlei de praia. Atualmente, a brasiliense está com 41 anos.

Oscar Schmidt (55) é potiguar, fala com sotaque paulista, mas garante que é um verdadeiro candango. Também pudera, foi por aqui que seus 2,05 m de altura foram descobertos. Na equipe do Clube Vizinhança na década de 70, o jogador ganhou projeção e defendeu equipes nacionais e europeias, além da seleção e contabilizou 49.703 pontos, dando-lhe um lugar no Hall da Fama.

Três vezes campeão da São Silvestre, tricampeão da Maratona de Nova Iorque e dono de cinco medalhas em Pan-Americanos, o fundista Marilson Gomes dos Santos tem poucos concorrentes ao cargo de soberano nas corridas de longa distância no Brasil. Aos 36 anos e com duas experiência Olímpicas, o atleta acredita que vai chegar com chances nos Jogos do Rio de Janeiro.

Única bi-olímpica do DF

Pioneira da São Silvestre

Aos 31 anos, Paula Renata Marques Pequeno, ou simplesmente Paula Pequeno, é uma das maiores referências no esporte nacional. Campeã olímpica em Pequim-2008 e Londres-2012, a brasiliense começou a carreira na Asbac e atualmente atua pelo Fenerbahçe, da Turquia. Entre as principais conquistas, destaque para o tri da Superliga Nacional, um campeonato Russo e quatro Grand Prix.

Em 1995, Carmem de Oliveira (48) tornou-se a primeira brasileira a conquistar uma edição da Corrida de São Silvestre (feito repetido em 2006 pela também brasiliense Lucélia Peres). Filha da cidade de Sobradinho, a atleta ostenta até hoje seu tempo de 2h27mil41 conquistado na Maratona de Boston, em 1994, como uma marca ainda não superada.

Desistiu das peladas A manhã de 6 de agosto de 1984 reservava algo especial para Joaquim Cruz (50). Anos antes, ele se empenhava nas peladas pela ruas de Taguatinga até ser influenciado por um amigo a praticar a corrida. E deu certo naquela mesma manhã de 84, quando ele largou para os 800 m das Olimpíadas de Los Angeles e parou apenas no ponto mais alto do pódio com uma medalha de ouro no peito.


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Mary Leal/GDF

Passos firmes rumo ao futuro

MONTEIRO acredita que Brasília despontará para o cenário mundial, com o novo Estádio Nacional

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KÁTIA SLEIDE

companhar a construção de um monumento não é fácil. Requer responsabilidade, coragem, sabedoria e muito jogo de cintura para enfrentar todos os desafios impostos, e não são poucos. É mais complicado ainda quando se trata de uma obra relacionada à maior paixão de uma nação, como é o caso do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha que, desde julho de 2010 está em preparação para a Copa de 2014. O homem responsável por acompanhar toda essa movimentação é Cláudio Monteiro, que até abril de 2012 acumulou os cargos

Qual foi a fase mais tensa da construção? Enfrentamos grandes desafios durante a construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, mas tínhamos certeza da importância dessa obra para o futuro da cidade e conseguimos chegar ao fim. Um desses momentos foi ter de concluir a instalação da cobertura em um período chuvoso, usando materiais metálicos, sem prejudicar o cronograma geral da obra. Quais são os questionamentos da população? A população pergunta

de chefe de Gabinete do governador Agnelo Queiroz e secretário-executivo da Copa. Afastou-se após denúncia de envolvimento com o grupo de Cachoeira, que culminou em um processo administrativo aberto para investigar os fatos, mas que foi arquivado por falta de provas, em 31 de agosto de 2012. No mesmo dia, foi anunciado secretário extraordinário da Copa do Mundo, para cuidar da coordenação das obras de infraestrutura para o torneio esportivo e também monitorar as obras do Estádio Nacional. Em entrevista exclusiva ao Alô Brasília, Monteiro fala dos desafios, dificuldades e expectativas em torno de mais um monumento construído na capital federal.

muito se Brasília vai abrir a Copa do Mundo. Essa não é uma decisão nossa. Estamos cumprindo com aquilo que foi acertado pelo Brasil e por Brasília, que é abrir a Copa das Confederações, em 15 de junho. Temos mostrado também que o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha será uma Arena Multiuso, que vai alavancar o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal. Realizar a abertura da Copa das Confederações (2013) e receber sete jogos da Copa do Mundo (2014) é uma oportunidade única para o DF garantir

mais investimentos em obras de infraestrutura, qualificação profissional e desenvolvimento do turismo. O que a construção desse monumento traz para a capital federal? Por ser cidade-sede, Brasília garantiu do governo federal investimentos de cerca de R$ 4 bilhões em obras de mobilidade urbana e segurança, o que comprova o impacto positivo dessas competições em todos os setores. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a Copa do Mundo como um todo vai aplicar cerca de R$ 4 bilhões na economia do Distrito

Federal. Além disso, será uma grande oportunidade de mostrar Brasília para o mundo. Vamos mostrar uma cidade com uma qualidade de vida excepcional, um povo hospitaleiro e civilizado ao extremo. As pessoas conhecerão essa cidade como um museu a céu aberto das obras de Oscar Niemeyer. O mundo verá isso pela televisão, porque teremos cerca de três horas de exposição internacional da nossa cidade [durante a abertura da Copa das Confederações]. Será uma mudança de paradigma, porque Brasília não tinha um fluxo turístico de visitação. A cidade tem um fluxo turístico de pessoas para trabalhar, mas não de visitação. Economicamente falando, o que mudará? Brasília despontará no cenário mundial a partir da abertura da Copa das Confederações. Isso vai impactar permanentemente a nossa economia, gerando ocupação e renda, rompendo um desafio, que é fazer com que o setor hoteleiro fique ocupado sexta, sábado, domingo e segunda. Ou seja, é emprego e oportunidade para os nossos jovens.

Hoje, como as pessoas estão vendo o estádio? Já com outros olhos. Antes era um esqueleto, com muitas dúvidas, só se tinha notícia ruim, sobre o custo da obra. Hoje, as pessoas sabem que não é apenas um estádio, é um monumento. Os questionamentos, hoje, não são mais sobre quanto está custando a obra. Esse é um discurso oposicionista. As pessoas estão perguntando quanto de beleza está sendo colocada na cidade; o quanto isso representa para o futuro de Brasília; quanto isso representa em novas oportunidades; sobre o quanto a nossa cidade volta ao panorama nacional com boas referências, não mais apegada a escândalos. A partir de agora, o brasileiro começa a ter uma visão diferente de Brasília. Qual é a sensação de acompanhar essa obra? Sempre foi um misto de apreensão com satisfação. Foi um desafio gigantesco ter uma data-limite para entregar uma obra e essa data é um marco divisor entre o sucesso e o fracasso, entre as possibilidades futuras, e poder inscrever a cidade de forma negativa no mundo.

Antecipar uma obra em oito meses no seu cronograma foi um desafio maior ainda, porque quando se planeja uma obra, se leva em consideração, inclusive, as intempéries. Neste adiantar de cronograma, tivemos que romper com tudo, passando por cima das intempéries, superando todas as dificuldades, potencializando as pessoas, acreditando que era possível fazer e que a grandiosidade da entrega era um motivo de superação dos desafios e dos entraves. E agora que chegou o grande momento? Vimos aqui a grande saga da reconstrução de Brasília. Se uma cidade inteira conseguiu ser construída em quatro anos, porque não conseguiríamos entregar o Estádio para a abertura da Copa das Confederações e colocar esse monumento para o mundo? Vivemos na construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, novamente, o exemplo de Brasília, que é uma cidade marcada por um povo desafiador, os candangos, que foram capazes de romper a marca do tempo, exercendo suas atividades em prazos extraordinários, rompendo qualquer lógica.


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ORGULHO  Brasília mostra ao mundo, hoje, o Estádio Nacional Mané Garrincha, um dos mais imponentes da história

Data histórica para a capital federal Lula Marques

KÁTIA SLEIDE

O

dia 18 de maio de 2013 é uma data muito especial para a capital federal, que já encanta o mundo com suas histórias, peculiaridades e arquitetura. Hoje, a cidade é foco de atenções com a inauguração de um grande monumento, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, um dos mais belos do mundo e que sediará jogos das copas das Confederações (em junho deste ano) e do Mundo (em 2014). Às 10h, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, receberá várias autoridades, do Brasil e do mundo, para a inauguração da arena. Às 16h, o estádio sediará o duelo final do Campeonato Brasiliense, entre Brasiliense x Brasília.

Feliz por ser o anfitrião da festa e por ter cumprido o que foi proposto, o chefe do Executivo fala sobre as expectativas em torno do estádio. Criado como um complexo multiuso, o gigante do Cerrado servirá de palco para eventos esportivos e culturais de grande porte, o que é considerado por ele mais um motivo de orgulho para o brasiliense. “Ele é um verdadeiro presente para a população da cidade, para todos os brasileiros e para as próximas gerações. Costumo dizer que Brasília ganhou outro capítulo em sua história com o novo monumento que se integra à paisagem arquitetônica”, diz Agnelo. A grandiosidade e utilização do espaço encantarão os visitantes. “O Mané Garrincha chama a atenção dos moradores e dos turistas que visitam nossa capital como um verdadeiro palácio dos esportes e da cultura, apto a receber a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, jogos das Olimpíadas de 2016 e os grandes eventos culturais que serão realizados a partir de sua inauguração”. LEGADO Para Agnelo, eventos internacionais como a Copa do Mundo, a Copa das Confederações e os Jo-

AGNELO QUEIROZ fala sobre as expecitavivas em torno da entrega da nova arena, palco de importantes eventos

gos Olímpicos de 2016 exercem um poder enorme nas cidades que os abrigam. “Eles atraem um enorme montante de investimentos em áreas como mobilidade urbana, infraestrutura e segurança pública. E servem não apenas para os turistas que virão para os eventos, como também se tornam um legado para a população local”. Brasília como cidade-sede da Copa do Mundo, segundo o governador, potencializará o crescimento de todo o DF, com grandes investimentos já em curto prazo. “Eventos desse porte trazem geração de emprego, renda e melhoria na qualidade de vida da população. Para se ter uma ideia, apenas por ser cidade-sede, a capital garantiu do governo federal investimentos de cerca de R$ 4 bilhões em obras de mobilidade urbana, infraestrutura e segurança, o que comprova o poder transformador dessas competições”. Ele frisa que as obras que estão sendo feitas ficarão para a cidade, como a readequação da DF-047, que liga o aeroporto ao centro da capital e com uma via exclusiva para ônibus. Esta obra já começou e a previsão é que seja entregue até Copa do Mundo de 2014. “Por meio do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, estamos investindo R$ 2,2 bilhões em mobilidade urbana, para obras como a expansão e modernização do metrô, a construção do túnel de Tagua-

Ele é um verdadeiro presente para a população da cidade, para todos os brasileiros e para as próximas gerações

A nossa arena terá estrutura para receber não somente jogos de futebol, mas também competições de outras modalidades esportivas e atrações culturais como shows e espetáculos

tinga, a construção de ciclovias – o DF contará com 600km de ciclovias até a Copa do Mundo e também o expresso DF – Sul, o BRT, que está em andamento, e vai ligar Santa Maria ao Plano Piloto”. Além disso, haverá a revitalização da área central de Brasília com um conjunto de projetos de urbanização e paisagismo, que serão iniciados em breve. “Vamos construir dois túneis: um ligando o estádio ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães (que sediará o Centro de Mídia em 2014), e outro entre o Clube do Choro e o Parque da Cidade. Isso vai melhorar o fluxo de pedestres, ciclistas e veículos em toda essa região central e os acessos aos estádios”. A lista de melhorias não para por aí. “Tem a construção das novas cal-

çadas com acessibilidade no Eixo Monumental e nos setores hoteleiros norte e sul e uma interligação entre a W4 Norte e a W5 Sul. E o projeto do escritório do paisagista Burle Marx, entre a Torre de TV e a Rodoviária do Plano Piloto, com uma área de lazer com bancos, árvores, espelho d’água, calçadas e ciclovias”. DIFICULDADES Foram mais de dois anos de expectativa, críticas e muita discussão em torno da construção da arena. Dificuldades que foram transformadas por todos os envolvidos – funcionários, secretarias e órgãos do GDF – em uma grande oportunidade. “Estamos encarando isso tudo como um grande desafio. Com o estádio, vamos inaugurar um equipamento importante para o desenvolvimento econômico e inserir a cidade no roteiro nacional e internacional de eventos”. Os jogos das Confederações e do Mundial foram os motivadores da construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, o que, para Queiroz, trará muitos benefícios à cidade. “Temos certeza absoluta que trará um futuro muito melhor para os filhos dessa terra, justamente por causa da Copa, primeiro grande evento internacional depois da construção de Brasília, que promoverá a nossa cidade no cenário internacional. Vamos mostrar a beleza, a arquitetura ímpar e a diversidade da nossa cidade”.

POTENCIAL Como cidade-sede, Brasília receberá milhares de turistas e aficionados por futebol com os jogos das copas das Confederações e do Mundo. Porém, o governador rebate as críticas sobre a possibilidade de o Mané Garrincha se transformar em um grande “elefante branco”. O significado desses grandes eventos esportivos para o Distrito Federal não pode ser limitado à obra da arena multiuso que surge no Eixo Monumental. Vai além. Por isso, concentro todo o esforço na melhoria do transporte público, e de toda infraestrutura urbana que a população necessita. Brasília é a capital do país. Uma cidade moderna, arrojada, que abriga o poder público e político, Patrimônio da Humanidade”. E completa: “A cidade tem um enorme potencial para o esporte, não só o futebol, mas o atletismo, o automobilismo, a natação, enfim, inúmeros esportes, e decidimos fazer aqui não apenas um estádio. Construído para ser multiuso, a nossa arena terá estrutura para receber não somente jogos de futebol, mas também competições de outras modalidades esportivas e atrações culturais como shows e espetáculos”. EXPECTATIVAS O governador do DF enaltece o momento vivido por todos os brasilienses. “Muito nos orgulha esse momento tão importante na história da nossa cidade, que agora chama a atenção do mundo. Brasília foi obra de muitos desafios. Construída no Planalto Central do país em apenas três anos e meio, a capital é resultado da decisão ousada do então presidente Juscelino Kubitschek e do trabalho árduo de milhares de mulheres e homens que aqui chegaram dos mais variados rincões do país para descortinar o Cerrado e tornar realidade a cidade planejada”. E finaliza: “A capital nasceu do sonho de milhares de brasileiros e se orgulha de ser sinônimo de funcionalidade e qualidade de vida, e que agora receberá tão bem nossos atletas e turistas do mundo todo, além da nossa população, que terá a chance de recepcionar um evento dessa grandiosidade. Essa obra significa reviver a epopeia da construção de Brasília, porque depois de 50 anos, temos uma obra deste tamanho, com 6 mil trabalhadores, jovens, muitos de fora, que vieram para cá. Essa obra reviveu a esperança de dias melhores, e vai possibilitar o nosso desenvolvimento e trazer inúmeras outras oportunidades para o nosso povo”.


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O que fazer antes e depois do jogo

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ia 15 de junho, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha receberá a partida de abertura da Copa das Confederações 2013, entre as seleções do Brasil e do Japão. Com capacidade para 72 mil torcedores e todos os ingressos vendidos em questão de horas, a expectativa é de casa cheia. Mas quais as opções de lazer e cultura para os visitantes aproveitarem ao máximo sua estadia na Capital Fe-

deral? O que fazer antes e depois do jogo? São muitos os pontos de lazer. Museus, parques, mirantes, grandes obras arquitetônicas, bares, clubes, casas de shows. As opções são as mais variadas para quem pretende aproveitar o dia na cidade. O Alô preparou uma lista de lugares para garantir a diversão dos turistas e, é claro, dos brasilienses! Confira sugestões sobre o que fazer antes e depois da partida.

Thayse Lopes

Reprodução

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL (CCBB) Fica próximo a ponte JK e tem transporte gratuito saindo do Teatro Nacional e outras localidades. O Centro disponibiliza aos visitantes exposições sobre diversos temas, como cinema e artes plásticas.

PARQUE DA CIDADE: Aberto diariamente, o maior parque urbano do mundo é uma boa opção para quem gosta de turismo saudável. O espaço oferece área de corrida, quadras de diversos esportes, além de um grande lago e muita sombra.

Roberval Eduão

ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS: o local atrai turistas do mundo inteiro. No espaço é possível visitar a Catedral de Brasília, o Congresso Nacional, a Praça dos Três Poderes, o Teatro Nacional e o complexo do Museu e da Biblioteca Nacional. Thayse Lopes

TORRE DE TV DIGITAL: tem como atrativos uma vista panorâmica da capital e a possibilidade de conhecer um das últimas obras de Oscar Niemeyer. O local funciona aos sábados, domingos e feriados de 9h às 17h e fica a 18 Km do centro de Brasília.

MEMORIAL JK: Localizado no eixo monumental e está disponível para visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. Também está acontecendo a exposição ‘JK e o Brasil Campeão’. A mostra reúne conteúdo de jornais, revistas, programas de rádio e vídeos.

PONTE JK: Os arcos da ponte são um simbolo da Capital Federal e um dos pontos turísticos mais visitados.

Roberval Eduão

Roberval Eduão

TORRE DE TV: Ao lado do Estádio Nacional e inspirada na Torre Eiffel, de Paris, a Torre é o ponto mais alto do Plano Piloto, com 224 metros de altura, e quem resolver visitar pode aproveitar e subir até o mirante para observar a cidade.


Na Cidade

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Telefones úteis BARES: Bar do Simpsons (307 Sul), Beirute (109 Sul e 107 Norte), Choperia Maracanã (207 Norte), Fausto & Manuel (101 Sudoeste), Chiquita Bacana (209 Sul) e Cadê Tereza (201 Sul) vão transmitir o jogo e a festa pela partida deve continuar até o fim da noite. BAR DO CALAF (SETOR BANCÁRIO SUL): Tradicional ponto de encontro dos fãs de música e comida, oferece shows como o do Coisa Nossa e a Criolina – Festa da música negra.

Aeroporto Internacional www.infraero.gov.br/ (61) 3364-9000 Ambulância – SAMU portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_ area=456 (61) 192 Alfândega (61) 3365-1999 BrasilTur – Orientação ao Turista www.brasiltur.com.br (61) 3325-1518 CAESB – Água e Esgotos (Plantão) www.caesb.df.gov.br/ (61) 115 CEB – Energia Elétrica (Plantão) www.ceb.com.br/ (61) 0800 -610196 Corpo de Bombeiros www.cbm.df.gov.br/ (61) 193

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Correios (Central de Atendimento ao Cliente) www.correios.com.br/ (61) 0800-570-0100 Defesa Civil www.defesacivil.gov.br (61) 199

EVENTO: O Clube da AABB, no Setor de Clubes Sul, vai realizar o Boteco da Copa com shows de cinco bandas baianas, de sertanejo e pagode. O ingresso do evento vai custar entre R$ 40 e R$ 70.

Delegacia Especial de Atendimento às Mulheres (61) 180 DETRAN DF www.detran.df.gov.br/ (61) 154 Disque Denúncia www.disquedenuncia.org.br/

(61) 181

Doação de Órgãos (Central de Captação) (61) 3325-5055

BEIRUTE (109 SUL E 107 NORTE): Um dos bares mais frequentados da cidade tem grande variedade culinária e atrai centenas de pessoas todos os dias.

Documentos Achados e Perdidos (61) 3426-1607 Farmácias de plantão: (61) 132

PONTÃO DO LAGO SUL: O local que fica a beira do Lago oferece bares e restaurantes movimentados, além de contar com uma linda paisagem.

Justiça Eleitoral www.tse.gov.br – (61) 3441-1000 Metrô – Atendimento ao Usuário www.metro.df.gov.br/ (61) 3353-7373 Polícia Civil www.pcdf.df.gov.br/ – (61) 197 Polícia Federal www.dpf.gov.br/ – (61) 194 Polícia Militar www.pmdf.df.gov.br/ (61) 190 Previsão do Tempo (61): 3344-0500

Thayse Lopes

CASAS DE FESTAS: Vila Mix (Vila Planalto – SHTN Trecho 2, Conj. 5), Poizé (305 Norte, Setor De Clubes Sul trecho 2, próximo à Ponte JK), O’Rilley Pub (409 Sul) e Stadt Bier (SIG, quadra 6).

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GDF – Serviço de Atendimento ao Cidadão www.nahora.df.gov.br/ (61) 156

PROCON – Defesa do Consumidor www.procon.df.gov.br/ (61) 151 MERCADO MUNICIPAL (509 SUL): O local conta com a mescla de mercadões tradicionais, como o de São Paulo, com a juventude da Capital de apenas 53 anos. O bar também é um dos mais visitados e animados de Brasília.

Programação de Cinema: (61) 3481-0139 Receita Federal – ReceitaFone www.receita.fazenda.gov.br/ – (61) 146 Rodoferroviária: (61) 3363-2281 SOS Cidadão: (61) ) 3342-1407



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