2 minute read
KÁTIA RUMO A ETERNIDADE LUZ, ALEGRIA E SOLIDARIEDADE
Se despedir de uma mulher tão especial quanto foi Kátia Kouzak é praticamente impossível porque ela foi a síntese de tudo o que é bom, o que é positivo. E essas coisas, não morrem , fi cam para sempre. Não apenas nas nossas melhores lembranças, mas como uma árvore que dá bons frutos cujas sementes gerarão outras árvores e outros frutos numa sequência que o tempo não conseguirá interromper.
Advertisement
É uma história de quem passa pela vida semeando bons exemplos, amor, amizades e solidariedade. Kátia Kouzak, desembarcou por aqui nos seus doces anos de adolescência, vinda da Bahia, da tradicional família Abubakir, para enfrentar um mundo novo na capital que estava sendo inaugurada.
“Pioneira- menina” , como gostava de se definir, ela, com os olhos sempre voltados para o futuro, aqui plantou suas raízes, casou com o empresário Abdala Kouzak, teve três filhos, Zenon, Solon e Valeska, se formou em Contabilidade, mergulhou de corpo e alma no sonhos e realidade da cidade que se fi rmava cada dia e que encantava o mundo. Arregaçou as mangas e foi a luta, se tornando uma incansável colaboradora e criadora de tudo o que estava ligado à educação, à saúde e às artes. Por tudo isto, merecidamente recebeu o título de “Cidadã de Brasília” e centenas de homenagens. Conviver com a Kátia, era conviver com o amor a vida, a alegria, a fé , a coragem e a criatividade. De voz doce, e suave nos gestos, era forte, altiva e decidida quando tomava suas decisões. Não admitia, sob hipótese alguma, que ninguém interferisse em seu modo de viver, como ela jamais interferia na vida dos outros. Era, como se costuma dizer, dona de seu nariz. Um nariz, por sinal, que era um dos traços marcantes de sua beleza delicada. E viveu como quis e sempre quis o que lhe trazia felicidade. Tudo para ela era motivo de comemoração, para abrir sua casa e receber incontáveis amigas em momentos inesquecíveis onde a amizade era celebrada. Conseguia com invejável maestria, conciliar o comando do lar, os negócios da família, que sempre compartilhou com o falecido marido, criar e se dedicar a entidades sociais e fi lantrópicas. Um dos seus orgu- lhos era ter sido, junto com outras voluntárias, fundadora e Conselheira da Cruz Vermelha Brasileira, filiada ao DF, e da Associação Brasiliense de Doadores Voluntários de Sangue que muitas vidas salvou.
Brasília está de luto, como também estão as inúmeras associações, clubes e movimentos. Entre eles, o Clube Soroptimista, o Clube Internacional e a Pro-Arte. Isso sem contar com sua participação anônima em causas filantrópicas, onde fará uma imensa falta. Amanhã, dia 15, Kátia completaria mais um ano de vida. Data em que, tradicionalmente, sua casa do Lago Sul estaria com as portas abertas para receber as amigas com as quais festejaria sua alegre existência. Infelizmente, por aqui elas estarão fechadas, mas em sua nova morada, elas estarão abertas para que, junto com os anjos e conectada a sua amada família, ela comemore a data, irradiando luz, energia positiva e a eterna alegria que plantou em sua passagem pelo nosso planeta.
Kátia, obrigado por você ter existido na minha vida, na minha família e na vida de todos nós. Continue semeando o bem pelos novos caminhos do universo.
Kátia,a pioneira que fez história