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Consumidor poderá fazer compras com crédito via Pix, diz Campos
O consumidor poderá, em breve, fazer compras na função crédito via Pix, disse o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. A ferramenta de transferências instantâneas dispensará o uso do cartão de crédito. “Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix”, afirmou Campos Neto nesta tarde em evento em Curitiba promovido pela Associação Comercial do Paraná.
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O presidente do BC também prometeu uma ferramenta de agregador financeiro, aplicativo que pretende centralizar produtos e serviços bancários num único ambiente. “No agregador financeiro, você não precisará mais ter um app [aplicativo] para cada banco. Você poderá ter apenas um [aplicativo], que vai centralizar todos os produtos com portabilidade e competitividade em tempo real”, declarou. Pela manhã, em palestra a empresários paranaenses, Campos Neto havia dito que o Banco Central pretendia oferecer mais opções para o con- sumidor no acesso a compras com crédito. Lançado pelo BC em 2020, o Pix, sistema de transferências instantâneas, está sendo testado com outras funcionalidades, como operações agendadas e pagamentos recorrentes. O BC também estuda a possibilidade do uso do Pix para transações internacionais. No mesmo evento pela manhã, o presidente do BC disse ter levado um “puxão de orelha” por ter informado que o órgão estuda o fim do rotativo do cartão de crédito. Campos Neto ressaltou que a proposta ainda está em estudo e não foi fechada.
Dupla jornada para mulheres leva a ciclo de pobreza
A sobrecarga de trabalhos domésticos e cuidados com pessoas da família faz com que as mulheres tenham uma “dupla jornada” não remunerada e as impede de se desenvolverem pessoalmente. Esse é o diagnóstico feito por especialistas ouvidas pela Agência Brasil no contexto em que o IBGE revela que as mulheres dedicam aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas quase o dobro do tempo gasto pelos homens.
Os dados divulgados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Outras formas de trabalho 2022 e apontam que as brasileiras gastam 21,3 horas semanais nessas atividades, em média, enquanto os homens gastam 11,7 horas.
A demógrafa Glaucia Marcondes, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz que a desigualdade de gênero persiste apesar de todas as mudanças já observadas nas famílias e nas vidas das mulheres. Glaucia acrescenta que o cenário atual é de um número cada vez mais expressivo de mulheres que precisam lidar com o trabalho dentro e fora de casa, configurando uma sobrecarga. “Se não as tira do mercado de trabalho temporária ou permanentemente, continua a impor limitações, seja para seu desempenho e progresso profissional, seja para seus projetos familiares, como cobranças sobre o exercício da maternidade, decidir ter filhos”, avalia.
Dependência de provedor
A socióloga Andrea Lopes da Costa, professora associada na Escola de Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), faz coro de que a mulher que consegue ocupar espaço no campo profissional ou acadêmico e precisa, ao mesmo tempo, ser a principal responsável pelas tarefas domésticas sofre impactos impeditivos no desempenho fora de casa. A professora lembra que muitas sequer conseguem buscar uma ocupação de trabalho remunerado, sendo limitadas a
Empresas
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as empresas brasileiras devem formar consórcios para atuar nas obras do novo Programa de Aceleração de Investimentos (PAC). O programa foi lançado hoje, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense. “As empresas, isolada-
MDA lança programa de gestão para cooperativas da agricultura
mente, não têm tido capacidade de disputar grandes obras. O movimento que elas fizeram, e é um movimento acertado, é que têm formado consórcios para disputar grandes obras nos estados e mesmo obras federais, seja através de uma concessão ou PPP [parcerias público-privadas], seja de uma licitação direta.
Com R$ 1,7 trilhão, PAC foca em moradia, mobilidade urbana e energia
Espaço político
valorizada pela sociedade, pelas religiões, mas esse papel nos desvaloriza no mercado de trabalho, tendo como consequência salários mais baixos”.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) vai lançar, no dia 1º de setembro, o Programa Nacional de Apoio à Qualificação da Gestão dos Empreendimentos da Agricultura Familiar (Mais Gestão). A medida foi publicada no Diário Oficial da União. De acordo com o documento, o principal objetivo do programa é qualificar o sistema de gestão das cooperativas, associações e agroindústrias da agricultura familiar, além de facilitar o acesso aos mercados para esses empreendimentos. Para isso, serão oferecidos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), em parceria com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
Com previsão total de R$ 1,7 trilhão em investimentos públicos e privados, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado em uma cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros.
Os principais objetivos do programa são gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais e acelerar o crescimento econômico. Segundo o governo, as ações do programa estão comprometidas com a transição ecológica, a neoindustrialização, o crescimento com inclusão social e a sustentabilidade ambiental.
Do total de recursos pa- ra o novo PAC, R$ 371 bilhões virão do Orçamento Geral da União. O setor privado entra com R$ 612 bilhões. As empresas estatais vão aportar R$ 343 bilhões, especialmente a Petrobras, e mais R$ 362 bilhões virão de financiamentos. A previsão é que R$ 1,4 trilhão sejam aplicados até 2026 e o restante após essa data. Para Lula, o PAC representa o começo de seu terceiro mandato. “A partir de agora, os ministros vão ter que cumprir o que está aqui e trabalhar muito para que a gente possa executar o PAC”, disse. Lula também destacou que todos os governadores deram suas opiniões sobre as obras prioritárias para cada estado.
Investimento na contratação de anestesistas
A Secretaria de Saúde (SES-DF) vai contratar profissionais anestesistas por modalidade de credenciamento, com inexigibilidade de licitação. A resolução que autoriza a contratação foi publicada no Diário Oficial da União (DODF), em edição extra, e valerá por até dois anos, ao custo aproximado de R$ 20 milhões. A resolução do Conselho de Saúde do Distrito Federal foi homologada pela secretária da pasta, Lucilene Florêncio. O déficit de anestesistas na rede pública de saúde é de 150 profissionais, segundo a gestora. “Queremos dar vazão às cirurgias eletivas. Hoje, diante da falta de servidores na área, temos que priorizar os procedimentos de emergência, urgência e judicializados”, reforça. Nas últimas tentativas da rede em nomear anestesistas para atuar como servidores da SES-DF, houve baixa adesão. Por isso, a secretária explica a necessidade da contratação de pessoa jurídica – profissionais individuais, empresas e cooperativas. A previsão é que o edital de credenciamento para a prestação do serviço seja lançado na próxima semana. A referência técnica distrital (RTD) de anestesiologia, Lucila Annie Baldiotti Farias, afirma que essa contratação permitirá o pleno aproveitamento de todas as salas cirúrgicas da secretaria. “Com mais profissionais, todas as equipes cirúrgicas terão condições de operar. Hoje, elas precisam se revezar de acordo com a disponibilidade de anestesistas, o que resulta em salas vagas, sem utilização.” Com a modalidade proposta de credenciamento, os pagamentos ocorrerão por anestesias realizadas, ou seja, por produção. “Dessa forma, evitamos o desperdício de recursos por licenças inesperadas ou falta de equipe, e vamos conseguir dar atenção à demanda reprimida”, acrescenta Farias.