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Hacker diz que orientou Ministério da Defesa em relatório sobre urnas
O hacker Walter Delgatti Netto afirmou que orientou os militares responsáveis por produzir o relatório das Forças Armadas sobre a segurança das urnas eletrônicas entregue no dia 9 de novembro de 2022. O hacker preso pela Polícia Federal (PF) depõe na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. “Eu apenas não di- gitei, mas fui eu quem fez ele, porque tudo que consta nele foi orientado por mim”, sustentou Delgatti. Segundo ele, o trabalho junto aos militares foi uma ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro após uma reunião no Palácio da Alvorada no dia 10 de agosto de 2022. Segundo o hacker, a reunião teria durado cerca de 1h30.
O pedido de Bolsonaro teria sido questionado
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Delgatti: Bolsonaro prometeu
Com promessa de indulto, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria pedido ao hacker Walter Delgatti Netto para assumir um suposto grampo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo Delgatti, o pedido foi feito durante uma conversa por telefone com Bolsonaro, que o teria informado que agentes “de outro país” teriam conseguido grampear o ministro e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A informação foi divulgada pelo hacker nesta quinta-feira (17) em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. O indulto significa o perdão da pena, efetivado mediante decreto presidencial. Delgatti afirmou que não teve acesso ao grampo, mas que aceitou o pedido de Bolsonaro de assumir a respon- sabilidade pelo suposto equipamento usado para monitorar Moraes. “Ele disse que, em troca, eu teria o prometido indulto e ainda disse assim: caso alguém me prenda, eu [Bolsonaro] mando prender o juiz e deu risada”, revelou o hacker preso por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de outros tribunais. pelo coronel Marcelo Câmara, que acompanhava a reunião, ainda segundo o depoente. “Ele contrariou. Ele disse: ‘Não, mas lá (no Ministério) é complicado’.
O objetivo do ato, segundo Delgatti, era provocar alguma ação contra o ministro Alexandre de Moraes e forçar a realização de nova eleição com o chamado voto impresso, modalidade que foi negada pelo Congresso Nacional em 2021. O hacker disse que foi procurado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) com a promessa de um emprego.
A parlamentar nega as acusações de ilegalidades, mas afirma que aguarda acesso aos autos para se manifestar sobre todas as informações divulgadas.
E o Bolsonaro disse: ‘Não, isso é uma ordem minha. Cumpra’”, descreveu Delgatti, acrescentando que o ex-presidente teria oferecido o indulto a ele em troca do serviço. O hacker estava com medidas cautelares devido à Operação
Spoofing, que apurou a invasão de celulares de procuradores da Operação Lava Jato. O hacker disse que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa, entrou pela porta dos fundos do prédio, e que se reuniu com o ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, além de servidores ligados a área de Tecnologia da Informação da pasta. Delgatti reforçou que o relatório das
Forças Armadas foi integralmente orientado por ele. “Eu posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse, não tem nada menos e nada mais”, concluiu. A reportagem procurou o Ministério da Defesa para comentar o tema e está buscando contato da defesa do general Paulo Sérgio Nogueira. O espaço segue aberto a manifestações.
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na quinta-feira (10), que as redes sociais enviem à Procuradoria-Geral da República (PGR) postagens feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. As redes devem remeter postagens de Bolsonaro sobre eleições, urnas eletrônicas e temas relacionados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e às Forças Armadas.
As postagens serão inseridas na apuração sobre eventuais manifestações de Bolsonaro a favor dos atos golpistas de 8 de janeiro. A decisão deverá ser cumprida pelo Facebook, Instagram, LikedIn, Ti- kTok, X (antigo Twitter) e YouTube. Bolsonaro foi incluído na investigação após publicar, no dia 10 de janeiro, um vídeo que questionava a legitimidade do resultado das eleições de 2022. A postagem foi apagada após a repercussão do caso, mas Moraes determinou que as plataformas preservem o material.
Sociedade de Infectologia pede reforço da vigilância sobre covid-19
A Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu uma nota informativa avaliando que a nova variante de interesse (EG.5) monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não modificou o cenário epidemiológico no Brasil. Apesar disso, a entidade pede que as autoridades sanitárias reforcem a vigilância genômica dos casos sintomáticos de covid-19, pa- ra que qualquer mudança de cenário seja detectada precocemente. Essa vigilância é feita com o sequenciamento genético das amostras positivas do coronavírus SARS-CoV-2 coletadas nos testes RT-PCR, e permite identificar quais variantes estão circulando no país e mudanças nesse cenário.A nota informativa foi assinada pelo presidente da SBI, o infectologista
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Alberto Chebabo, que salienta que a nova variante ainda não foi detectada no Brasil, mas pode já estar circulando de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta para análise genômica no país.
“Apesar disto, não houve modificação no cenário de casos notificados de covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil no momento, não havendo necessidade de mudança das recomendações vigentes”.
O texto foi divulgado um dia depois de a Universidade Federal do Rio de Janeiro ter recomendado a retomada do uso de máscaras em aglomerações e ambientes fechados na universidade, como prevenção contra a covid-19.
DF A aprovação foi comemorada pelos representantes da categoria
Incorporação de gratificações ao salário dos professores
O Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou o projeto de lei nº 470/2023, que trata da incorporação gradual de duas gratificações ao vencimento básico dos servidores do magistério público do DF. A matéria é fruto de negociação do governo com o Sindicato dos Professores que colocou fim à paralisação da categoria em maio último, quando os traba-
lhadores ficaram 22 dias em greve. Aprovado em dois turnos e redação final, o PL vai à sanção do governador. Enviado pelo Executivo em julho, durante o período de recesso legislativo, o projeto prevê a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica e da Gratificação de Atividade de Suporte Educacional em seis parcelas de 5%: outubro de 2023, janeiro de 2024, julho de
2024, janeiro de 2025, julho de 2025 e janeiro de 2026. As duas gratificações são calculadas na incidência de 30% da remuneração de professores e orientadores educacionais. De acordo com o projeto, concomitantemente à incorporação, os percentuais de ambas serão reduzidos gradualmente; de forma que, em 2026, a Gaped e a Gase serão extintas e estarão completamente in- corporadas aos vencimentos. A aprovação do texto foi comemorada pelos distritais e bastante aplaudida pelos representantes da categoria que acompanhavam a sessão na galeria do plenário. O presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), parabenizou o governo pelo envio do projeto, e o deputado Iolando (MDB) completou: “Cumpriu o acordo que fez com a categoria”.
Distritais reafirmam compromisso de combater violência contra a mulher