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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 6 de abril de 2015, Edição 1499- Publicação semanária

TESTE Páginas 4 e 5

AUTO-PERFIL Páginas 2 e 3

motomundo Página 6


Autoperfil

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Sem perder a compostura Em um segmento subitamente invadido por novos concorrentes, Renault Duster se renova com evoluções discretas e pontuais POR Luiz Humberto Monteiro Pereira AUTO PRESS

Honda HRV, Jeep Renegade e Peugeot 2008. Em um período de pouco mais de um mês, três novos modelos chegam para disputar o mercado brasileiro de utilitários esportivos compactos. Certamente um motivo de preocupação para Ford e Renault, que até então brigavam praticamente sozinhas pela liderança do segmento, respectivamente com EcoSport e Duster. A Renault não perdeu tempo e providenciou um “facelift” em seu SUV compacto. O Duster modelo 2016 ganhou uma nova grade, faróis e lanternas foram redesenhados, parachoques também mereceram uma reestilização e detalhes do interior tiveram aperfeiçoamentos. O motores são os mesmos, mas receberam pequenos ajustes. Não foi por mera economia de recursos que a Renault deixou de fazer uma reformulação mais profunda no Duster. O pessoal de marketing da marca acredita que – apesar da proliferação de concorrentes no segmento –, o espaço interno, a robustez e o custo/benefício bastarão para manter o nível das vendas nacionais de seu utilitário esportivo – que nos últimos dois anos estiveram acima das 45 mil unidades anuais. Nos primeiros meses de 2015, o Duster encostou no líder EcoSport – cerca de 500 unidades separaram as

vendas mensais de um e de outro. Assim, as sutis mudanças do modelo 2016 tentam cumprir a função de permitir que o Duster transmita uma maior percepção de modernidade. Ou, pelo menos, que não pareça envelhecido, frente aos novos “players” do segmento. A novidade que mais chama atenção é a grade forntal, que é totalmente nova e incorpora o hipertrofiado logo que é característico da atual “assinatura visual” da marca francesa. Os faróis também foram reestilizados em seus elementos internos, embora o formato de seu contorno permaneça o mesmo. Arrematando as alterações frontais, o parachoques está

Jornal da Semana Publicação semanária publicada pela JB Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 73752180/0001-31

mais bojudo e agressivo, com grade inferior em estilo colmeia. Na traseira, as lanternas incorporaram um filete de leds. Uma nova faixa com o nome Duster aparece em cima da placa e os pára-choque também foram repaginados. Por dentro, novas padronagens nos bancos – inclusive uma opção com revestimento em couro – e “black piano” na parte central do tablier, que reúne as saídas de ar centrais e uma das grandes apostas da Duster 2016: o Media Nav Evolution. Ao interagir com smatphones, o sistema amplia consideravelmente o potencial de conectividade do SUV. Nos modelos que oferecem o Media Nav, o volante – que Direção Antônio Badra Kamal Badra Diagramação Jonathan Almeida

também é novo– incorpora alguns comandos satélites do equipamento de informação e entretenimento. Sob o capô, mais evoluções no mesmo padrão “low profile”. No motor 1.6 16V, tradicionalmente responsável por 75% dos Duster vendidos, a potência máxima ficou nos mesmos 115 cv, mas o torque máximo foi aumentado em 1 kgfm – agora são 14,6 kgfm em 2.500 rotações, ambos com etanol no tanque. Já o motor 2.0 16V ganhou 6 cv e agora tem 148 cv a 5.750 rpm. Também houve ganho de 1 kgfm de torque em baixa rotação, passando para 18,8 kgfm a 2.250 rpm – nos dois casos, quando abastecido com etanol. No Programa Bra-

sileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, levaram nota “A” em consumo de combustível as três versões Dynamique com câmbio manual: 1.6 16V, 2.0 16V e 2.0 16V 4X4. A economia é reforçada pela função EcoMode. Acionável por meio do botão localizado no painel, limita a potência e o torque do motor e reduz a potência do ar-condicionado. O que permite uma redução de 10% no consumo de combustível, segundo a Renault. Qualquer transfor mação ma is rad ica l pressionaria a planilha dos custos de produção e provavelmente afetaria os preços do modelo. E a Renault sabe que precisa fazer de tudo para manter

Impressão Gráfica Jornal A Plateia Noticiário Auto Press® editado pela Carta Z Notícias Ltda - Rio de Janeiro/RJ Rua Almirante Barroso 358, esquina rua Uruguai

o Duster competitivo. Tanto que alguns preços até caíram um pouco nessa linha 2016. A versão mais básica, a Expression 1.6, agora começa em R$ 62.990. Acima dela vêm quatro versões Dynamique. Com motor 1.6 e câmbio manual, parte de R$ 67.990. Com motor 2.0 e câmbio manual, começa em R$ 72.990. E com motor 2.0 e câmbio automático, custa R$ 75.990. Acima dela vem a “top” 4X4 com câmbio manual, que sai por R$ 78.490. Valor que assegura ao Duster um interessante atrativo em termos de marketing: é o veículo 4X4 mais barato do mercado nacional. Em uma briga tão disputada quanto a dos SUVs compactos no Brasil, toda arma tem seu valor.

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Ajustes de ocasião Campinas/SP - Como o mercado brasileiro é “movido a novidade”, o simples fato de quatro marcas terem lançado novos SUVs compactos provavelmente vai embalar as vendas do segmento como um todo. Muitos consumidores que não sabiam bem que tipo de carro comprar serão expostos a tantas campanhas publicitárias dos novos SUVs que acabarão considerando as vantagens dos modelos desse segmento. Mesmo que não sejam exatamente os novos modelos. Para quem souber aproveitar, o aumento da concorrência pode se transformar numa opor tunidade. Esse é o “dever de casa” do Duster modelo 2016. A versão avali ada na periferi a da cidade paulista de Campinas, alternando rodovias e estradas de terra, foi a Dynamique com motor 1.6 e câmbio manual – que deve se manter como a mais vendida da linha. Uma boa surpresa do Duster 2016 não salta aos olhos, mas aos ouvidos. O eficiente trabalho de evolução no isolamento acústico do modelo. Tanto os ruídos vindos do motor quando os oriundos das rodas foram consideravelmente atenuados. Em termos dinâmicos, o carro permanece praticamente o mesmo. O acréscimo de torque na ver são na versão 1.6 é quase imperceptível . Nessa configuração, o SUV da Renault não chega a ser moroso, mas continua a exigir um uso intenso da cai xa de marchas quan do s e pr e te n de

obter uma performance mais agressiva. Nas subidas de serra, essa característica fica mais evidenciada. Um dos destaques tecnológicos do D us ter mode lo 2016 é o Media Nav Evolution. O sistema oferece acesso às informações de trânsito em tempo real , com tecnologi a TMC – Traf fic Message Channel . Também permite acessar Facebook e Twitter, e ainda consultar por meio do aplicativo Aha, via smartphone, informações como opções de hotéis que constam na base de dados TripAdvisor, restaurantes da base de dados Ye l p, informações climáticas da base Custom Weather e acesso a web rádios de todo o mundo. Pena que a tela “touch” de 7 polegadas é posicionada baixo demais e quase sempre f ica escondida atrás do braço do motorista. Além disso, o ângulo da tela favorece os reflexos e dificulta a visualização. Na pista de provas do Haras Tuiuti, no município paulista de mesmo nome, foi possível colocar a versão “top” Dynamique 2.0 16V 4X4 para mostrar suas habilidades “off-road”. E o Duster, nessa configuração mais radical, se mostrou um SUV valente, capaz de encarar sem maiores embaraços pirambeiras, lamaçais e valões bastante intimidatórios. A versão 4X4 vende pouco – algo em torno de 6% do mix –, mas é a que vai aparecer nas propagandas, sempre que for preciso valorizar os atributos lameiros da linha.


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Chevrolet Cruze Sport6 alia a esportividade de hatch médio ao espaço e conforto de um sedã

Teste

Questão de atitude

POR MÁRCIO MAIO AUTO PRESS

O Cruze tem um significado importante na história recente da Chevrolet no Brasil. A marca, que se manteve forte nas vendas de modelos mais pomposos e requintados – caso do Opala, Monza e Omega, por exemplo –, enfrentou um período de menos prestígio na fase final do Vectra. A situação só começou a ser revertida com a chegada do Cruze, primeiro na configuração sedã e, em seguida, na hatch, chamada de Sport6. A aceitação foi tão boa que a marca nem se preocupou em mexer demais no face-lift promovido no final do ano passado. Nos dois primeiros meses de 2015, o Cruze Sport6 vendeu 1.857 unidades, uma média de 928 por mês. Esse número rende ao modelo a segunda colocação no ranking, com 25,8% de participação. Perde apenas para o Ford Focus, com 1.241 exemplares por mês, ou 34,5% de market share. O Cruze Sport6 tem predicados que o tornam uma opção singular em sua categoria. Mas seu principal diferencial está no tamanho. O hatch tem as mesmas medidas de altura, largura e, principalmente, de entre-eixos da configuração sedã. Tem 2,68 metros, o maior entre os hatches médios. Só o comprimento é 7 centímetros menor – de 4,53 metros, contra 4,60 m. Essa particularidade garante ao modelo a funcionalidade de um três volumes, já que até seu porta-malas comporta bons 402 litros – são só 48 litros a menos que o três volumes. E o conforto ainda é favorecido por diversos “mimos” oferecidos pela configuração de topo LTZ. Na linha 2015, o design ganhou cromados na moldura da grade dupla dianteira e luzes de led diurnas. Além disso, o cluster do farol de neblina aumentou. No perfil, a mudança ficou por conta das rodas de liga leve de 17 polegadas redesenhadas. Já na traseira, nenhuma alteração. Por dentro, o revestimento interno agora combina couro nas cores pre-

ta e marrom com acabamento pespontado. O propulsor segue o 1.8 16V com comando variável de válvulas e coletor de admissão com dois circuitos – um mais longo para melhorar o torque e um mais curto para ressaltar a potência. Ele rende 144 cv ao ser abastecido com etanol e tem torque de 18,9 kgfm a 3.800 giros. Mas

o motor recebeu um novo mapeamento na linha 2015 do Cruze, que faz com que a entrada de torque seja mais forte. O acelerador eletrônico teve as reações suavizadas e o câmbio recebeu um ajuste nos atuadores que fez o tempo de troca de marchas cair de 0,8 segundo para 0,3 s e melhorou as retomadas, já que reduz de uma só vez duas

ou até três marchas quando necessário. Com o avanço, de acordo com a Chevrolet, o Cruze Sport6 ficou mais econômico. Mas a marca não divulga os índices de consumo e nem participa do Programa de Etiquetagem Veicular do InMetro. A lista de itens de conforto, segurança e entretenimento também é farta.

A versão de topo do Cruze Sport6 tem airbags frontais, laterais e de cortina, controle de estabilidade e tração e isofix para a fixação de cadeiras infantis. O ar-condicionado é automático e a chave, presencial – com, inclusive, um botão que aciona o motor antes mesmo de os passageiros entrarem, o que permite climatizar o veículo à distância.

O carro ainda tem sensor de chuva e crepuscular e central multimídia com câmara de ré, navegador com GPS e comandos de voz em português. Um recheio capaz de incomodar a concorrência e ajudar a a Chevrolet na batalha que a marca americana trava com a alemã Volkswagen pelo segundo lugar nas vendas de automóveis do país.


Teste

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Equilíbrio funcional O Cruze Sport6 pode até expressar a ideia de esportividade no nome. E o design com o vidro traseiro inclinado e caimento que lembra o de um cupê ajuda a transmitir essa imagem. Mas o que impressiona no carro é sua funcionalidade. O visual é moderno, mas não deixa de ser sóbrio. O espaço interno é bom e o porta-malas carrega 402 litros, capacidade que se destaca na categoria de hatches médios. São características que o aproximam tanto de um modelo jovem e despojado quanto de um carro familiar.O motor é competente, mas está

longe de ser o mais eficiente de seu segmento. O 1.8 de 144 cv tem soluções modernas, como o duplo comando varíavel de válvulas, que ajuda a trazer a faixa máxima de torque para rotações inferiores. Isso até deixa o carro mais amigável em grande parte das situações urbanas, mas é preciso pisar fundo para obter um desempenho mais seguro em ultrapassagens e retomadas. É acima de 3.500 giros que o Cruze Sport6 diz a que veio. Suas características mecânicas propiciam uma tocada mais esportiva. E a estabilidade

acompanha essa proposta. A suspensão é calibrada corretamente e segura bem o veículo nos trechos sinuosos. As rolagens de carroceria são praticamente imperceptíveis e o comportamento nas curvas é bem neutro. A direção elétrica, extremamente leve em baixas velocidades, ganha firmeza de acordo com a subida do ponteiro e sustenta a sensação de que o carro está na mão de quem conduz. Longas viagens são prazerosas dentro do Cruze LTZ hatch. Os desníveis das ruas são bem absorvidos pela suspensão e quatro pessoas

se acomodam com facilidade na cabine. Os bancos com espessura de espuma avantajada tiram um pouquinho do espaço, mas garantem conforto e personalidade ao habitáculo. Ainda mais com o revestimento em couro preto e marrom combinados. Esse detalhe, aliás, é um dos pontos fortes do acabamento. Isso porque os outros materiais de revestimento usados pecam para um carro nessa faixa de preço. O design interior é interessante, mas o excesso de plásticos rígidos não é compatível com uma versão de topo.


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MotoMundo

Interseção esportiva Limitada a 250 unidades, F4 RC marca a estreia da parceria entre MV Agusta e a AMG POR RAPHAEL PANARO AUTO PRESS

A guerra das marcas de luxo alemãs chegou ao mundo das motocicletas. Por muito anos, a BMW reinou solitária no mercado premium tanto entre as duas quanto as quatro rodas. Mas aí o Grupo Volkswagen, por meio da Audi, assumiu o controle da italiana Ducati três anos atrás. Em 2014, a Daimler deu a resposta e adquiriu 25% da renomada MV Agusta, também italiana, por intermédio da AMG – a divisão de alto desempenho da Mercedes-Benz. Dessa união de duas marcas conhecidas pela extrema espor tiv idade gerou um resultado óbvio: um modelo superpotente que atende pelo nome de MV Agusta F4 RC. A superesportiva chega para ocupar o topo de pirâmide dos modelos da fabricante de motocicletas. Limitada a 250 unidades, a F4 RC vai ter um preço salgado: 36.900 euros, o equivalente a R$ 130 mil. Ou cerca de 40% a mais que a F4 RR ABS, na qual se baseia a F4 RC, que custa por lá 26.200 euros – no Brasil, a F4 RR ABS sai por R$ 91.900. O valor inflacionado tem uma explicação. A MV Agusta buscou inspiração no protótipo usado pela marca na disputa do Mundial de Superbike. As cores, inclusive, são da equipe de fábrica chamada de Reparto Corse – daí a sigla RC. Dentro da carenagem nas cores da Itália e adesivos “AMG” espalhados por toda a parte, a F4 RC “esconde” o tradicional motor Corsa Corta de quatro cilindros em linha e 998 cm³ de deslocamento. Ele fornece 205 cv de potência a 13.450 rpm – 4 cv a mais que na RR – e um torque de 11,7 kgfm a 9.300 giros. E a “receita” fica ainda melhor. A moto pesa 183 kg – 7 kg

a menos em relação à F4 RR. Para isso, a fabricante usou magnésio em alguns componentes e fibra de carbono na carenagem. Até os parafusos da bateria foram substituídos por unidades de titânio. Como uma moto superesportiva não é feita apenas de motor potente e baixo peso, a MV Agusta equipou seu modelo “top” com o que há de melhor em termos de suspensão e freios. O conjunto sus-

pensivo é da Ohlins com garfo telescópico na frente e monoamortecedor progressivo na traseira. Ambos possuem inúmeros ajustes. Já quem tem a missão de parar a F4 RC é a Bremb,o com disco duplo flutuante de 320 mm na dianteira e um simples de 210 mm com pinça de quatro pistões em cada disco. Para ajudar o piloto a controlar toda a ferocidade da F4 RC, a MV Agusta também usou toda

sua expertise eletrônica. Ela traz o sistema chamado por ela de MVICS, de controle integrado de motor e veículo, que converge os sistemas de ignição e injeção de combustível. Nesta segunda geração, o modelo tem quatro mapeamentos que alteram a curva de torque, o limite de rotações do motor, a sensibilidade do acelerador e o freio motor. A motocicleta ainda vem com a transmissão eletronicamente assistida,

que permite subidas de marcha sem a necessidade de acionar a embreagem – também chamada de quickshift. Completam o “arsenal”, os freios ABS e controle de tração com oito níveis. Apesar disso tudo, a marca sediada em Varese, na Itália, achou pouco. Para quem quiser mais, a MV Agusta oferece um kit de corrida para ser usado apenas em circuitos. Inclui um escapamento duplo da

italiana Termignoni, remapeamento da central eletrônica do propulsor, uma tampa em fibra de carbono para o assento do garupa e remoção dos espelhos retrovisores e suporte da placa. Com o pacote, a potência da F4 RC sobe para 212 cv a 13.600 rpm e o peso cai 8 kg, para um total de 175 kg a seco. A MV Agusta não fala em zero a 100 km/h, mas garante que a F4 RC atinge 302 km/h de velocidade máxima.


Autotal Mais por mais A Peugeot lança a linha 2016 do 3008, salgando um pouco mais o preço do modelo. Dos anteriores R$ 106.590, o crossover passa a sair das lojas agora por R$ 113.990. O aumento é justificado pela marca pela inclusão de seis novos itens na sua já extensa lista de equipamentos de série. Os luxos adquiridos passam pelos bancos em couro integral com sistema de aquecimento e chegam

a mudanças na central multimídia. O sistema de entretenimento e informações passa a contar com câmara de ré de fábrica. Além disso, os retrovisores rebatem eletricamente e o interno é eletrocrômico. Cortinas laterais nas portas traseiras, tapete revestido de carpete e novas rodas diamantadas de 17 polegadas com design exclusivo fecham o pacote de novidades de virada do ano do 3008.

Joia rara Revelada durante o Salão de Milão em 2014, a Kawasaki Ninja H2 já tem data para desembarcar no Brasil: em julho. Mas serão trazidas apenas 28 unidades para o país. A motocicleta superesportiva conta com design futurista e pintura de prata com efeito refletivo. O modelo é equipado com o mesmo motor de quatro cilindros e 998 cilindradas da Ninja H2R – voltada para competição –, mas teve sua potência reduzida de 310 cv para 210 cv, para um

uso mais “convencional”. Em conjunto com o propulsor, o câmbio de seis velocidades dispensa o uso de embreagem com a ajuda de um quick-shifter. Para administrar tanta potência, a moto tem entre seus itens de série controle eletrônico de tração, freios ABS, controle de freio motor e uma balança do tipo monobraço – esta é a primeira motocicleta da fabricante a contar com tal acessório. O modelo custará R$ 120 mil.

Caçula esperado A sopa de letrinhas e números na gama de modelos da McLaren vai aumentar. Depois do MP4-12C, 625C, 650S, 675 LT e P1, a marca britânica se antecipou e mostrou as primeiras imagens de seu mais novo modelo: o 570S. O esportivo estreia a inédita família que a fabricante chama de Sport Series. Os faróis são em alusão ao logotipo da McLaren e a traseira lembra a do hiperesportivo híbrido P1 - com uma disposição de leds diferentes. Já o motor é o conhecido V8 3.8 litros, que equipa todos os carros do “line-up”. Mas, de acordo com a

McLaren, 30% dos componentes do propulsor são totalmente novos. O resultado é uma potência de 570 cv a 7.400 rpm e um torque de 61,2 kgfm entre 5 mil e 6 mil giros. Dotado de uma transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas, o 570S de 1.313 kg leva apenas 3,2 segundos para alcançar os 100 km/h partindo da imobilidade. Já o zero a 200 km/h é feito em 9,5 s. O 570S ainda alcança os 328 km/h de velocidade máxima. Sua primeira aparição pública está marcada para o dia 1° de abril, no Salão de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Fonte da vida Atual carro de segurança da MotoGP 2015, a BMW M4 apresentou uma novidade tecnológica: injeção de água. O sistema funciona ao injetar pequenos borrifos de água no coletor de admissão, o que resulta na diminuição da temperatura nas câmaras de combustão e da probabilidade de detonação. Com isso, o motor pode operar com maior pressão de superalimentação, incrementando ainda mais a potência e o torque. Devido à temperatura

mais baixa, há redução na emissão de poluentes também. De acordo com a fabricante alemã, o recurso gera um aumento significativo de potência do motor – 3.0 litros turbo de iniciais 431 cv. Porém, a potência final com o uso da tecnologia não foi informada. A BMW ainda revelou que, após a fase de testes da injeção de água durante as provas da MotoGP 2015, o sistema será adotado em modelos de produção da linha esportiva M num futuro próximo.

Cupê de dieta A Chevrolet tenta guardar a sete chaves as informações a respeito da próxima geração do Chevrolet Camaro. Mas a marca já adiantou que o modelo virá com evoluções significativas na comparação com o que é vendido atualmente. E isso resultará no “emagrecimento” do esportivo, que perderá 90 kg. A intenção é garantir um desempenho ainda mais instigante para o carro.

Para conseguir essa redução de peso, a marca usa materiais mais leves em diversos componentes, incluindo parte da suspensão, que vem sendo confeccionada em alumínio. Outro fator importante é que a nova plataforma Alpha já é mais leve e usa ligas metálicas de alta resistência e baixo peso. A estreia do cupê está marcada para o dia 16 de maio.

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TransMundo

Carga de requinte

Volkswagen investe no lado mais sofisticado da Amarok na linha 2015 POR EDUARDO ROCHA AUTO PRESS

Já há algum tempo, as picapes se tornaram veículos multifuncionais. S e r ve m t a nto p a r a o trabalho quanto para o lazer esportivo e, de uns anos para cá, se saem cada vez melhor na vida social. E sse ganho de elegância ocorre principalmente por causa dos modelos de cabine dupla, que costumam vir recheados de recursos de tecnologia e conforto. A Volkswagen sempre posic ionou a A ma rok em um segmento mais a lto ao ofe re c e r ap e nas versões diesel com tração integral. Agora, na linha 2015, decidiu apostar nessa vertente m a i s lu x uo s a . Ta nt o que reforçou a versão ma i s a lta da ga ma, a Highline, e criou a série especial Dark Label, que acrescenta diversos equipamentos à intermediária Trendline. Além disso, ainda deu um “lustre” tecnológico nas básicas S e SE, que se beneficiaram da “democratização” de recursos extras oferecidos pelo ABS, como controle de estabilidade, assistente de subida e controle de descida, presentes nas demais configurações. A versão que ganhou mais atenção foi a de topo Highline. Ela incorporou detalhes que re forç a m a idei a de sofisticação do modelo grade com f r isos c rom ados, câm a ra de ré, sensor de c huva e sistema multimídia com tela sensível ao toque. A marca alemã ainda não definiu os preços da linha 2015, que chega às concessionárias durante o mês de abril, mas estes equipamentos vendidos como opcionais elevavam o preço da Highli-

ne a R$ 159.333. A m a ior nov idade na gama da picape feita na Argentina é a e d iç ã o e s p e c i a l D a rk L ab e l . A v e r s ã o s e r á vendida até dezembro, quando a marca alemã acredita que vai esgotar a série de mil unidades previstas. Ela é baseada na versão intermediária Trendline Automática e ac re s c ent a u m a s é r ie de e qu ip a mento s, como airbags laterais, bancos com apoio lombar, vidros escurecidos, santantônio, sensor de estacionamento trasei-

ro, para-choque traseiro em preto fosco e faixas laterais de identificação da versão, entre outros. No i n t e r i o r , g a n h o u ba ncos revest idos em couro alcantara. O preço sugerido da Trendline Automática atualmente é de R$ 134.910. A projeção da marca é que a versão Dark Label deva chega r aos concessio nár ios com preços em tor no de R $ 14 0 m i l . Esses preços justificam a intenção da Volkswagen de querer valorizar o lado mais luxuoso da Amarok.

Forma e função Tuiuti/SP – A Volkswagen aprofundou o nível de requinte da Amarok, mas não dispensou o off-road na hora de apresentar sua linha 2015. Na pista de obstáculos do Haras Tuiuti, em São Paulo, a picape foi submetida a situações desenhadas para testar seu lado rústico. Coisas como “caixa de ovos”, que deixa no ar uma roda de cada eixo na diagonal, muro de inclinação lateral, rampas íngremes que acionam os assistentes de subida e de descida, trilha de pedras ou a célebre “gangorra”, em que um o carro sobe em uma plataforma que se move em torno de um eixo central. Estes testes são interessantes e comprovam a qualidade construtiva do modelo, mas têm pouca efetividade para mostrar

para a real convivência com o modelo. Para isso, melhor foi a primeira parte do teste, que consistiu em conduzir a Amarok desde Guarulhos até o Haras – coisa de 200 km. Ali a picape mostrou as qualidades esperadas em um modelo requintado. Ela é bem equipada, o motor trabalha de forma suave, o câmbio tem um escalonamento que explora bem as oito marchas e faz render os 180 cv de potência , o isolamento acústico é sem falhas, etc. O revestimento em alcantara da versão Dark Label dá um ar mais sofisticado ao modelo, mas o excesso de plásticos duros poderia ser evitado. Ainda mais porque é um veículo com preço de carro de luxo.


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