Jornal Astrológico 4 Estações - edição nº16

EDITORIAL

Isabel Guimarães Diretora Editorial

E

ntramos num novo ano astrológico com o ingresso do Sol em Carneiro no dia 20 de março, trazendo o renascer da Natureza; onde com ela chega um novo aroma, um novo olhar, algo novo para reconquistar. Este mesmo Sol recebe Marte, regente de Carneiro, no signo de Sagitário num aspeto de 120º (trígono) em signos de fogo. Isto indica instinto de luta, conquista e determinação trazendo para o social, resultados construtivos.

Seguindo esta indicação o Jornal Astrológico 4 Estações reúne um vasto leque de artigos, onde contamos com mais membros/associados a aceitar o nosso desafio, construindo a sua 16ª edição, num jornal inteiramente dedicado à Astrologia.

Começamos com o nosso membro/astróloga Carmen Ferreira na habitual rubrica das Previsões, que nos orienta no trimestre para as 12 oportunidades do zodíaco. Falamos dos Apontamentos Astrológicos dos 12 signos, seguido das efemérides pela astróloga Inês Miranda e vários apontamentos ao longo do Jornal com o AstroCómico, e a Bárbara Bonvalot traz-nos a Lua Nova em cada casa Astrológica.

No separador Gerais, começamos com o membro/astróloga Luiza Azancot, com o artigo “Os Génios (ou os loucos) vêm ai!”, seguido de António Eugénio com a “Era de Aquário e o reconhecimento da Astrologia”. Jorge Lancinha, membro/astrólogo traz-nos “Úrano, Neptuno e Plutão - A dimensão transpessoal na Astrologia” e depois temos os “Pontos Médios: O mundo “invisível” da carta astral”, pelo membro/astróloga Mónica Teixeira. José Gomes Neto, membro/ astrólogo traz-nos “Astro*Coaching”, e seguimos viagem de uma vá para fora cá dentro com Luis Resina com o artigo “Viagem pela Astrologia e pelo Tarot na Quinta da Regaleira “e fechamos este segmento com uma visão da “Ética” na prática astrológica pelo membro Ivo Silva.

O membro/astróloga Lela Pontes, na Astrologia Infantil com um caso real e Erica Poonam, membro/astróloga com “Jia Zi – O ciclo de 60 energias da Cosmologia Chinesa”, dão início ao segmento de Rubricas, seguido das membros Alexandra Rua e Isabel Parreira “Astrolovers – Parte II – Um estudo mais aprofundado e dedicado aos Profissionais da Astrologia, com maior número de mapas e novas técnicas”.

Mantemos o Re.Un(ir) com a renovação do “Sabia que?” Pelo Astro-Cómico e a Astrologia Infantil.

Uma excelente forma de começar esta estação, com o brinde dos nossos membros/associados, neste novo ano astrológico num espírito de associativismo e num festejar da qualidade astrológica. A festejarmos também com a Casa Barbot – Casa da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, onde lançamos no dia 19 de março a versão em formato de papel deste jornal, seguido de um evento com “Conversas com Astrologia”. Em abril, seguimos para a 2ª edição, no Fórum da Maia, do evento “Vamos falar de Astrologia”. Para além disso semanalmente estamos com a rubrica “Pergunta ao Astrólogo” no programa de televisão “Grandes Manhãs” do Porto Canal, num desafio constante de levar ao público em geral, o que é a astrologia e como podemos aplicá-la na nossa vida do dia-a-dia; bem como levar o conhecimento de uma área tão ancestral. Espero que este leque variado de artigos de qualidade seja do vosso agrado, e boas leituras!

Saudações Astrológicas.

Estão abertas as inscrições para o 1º Congresso Internacional de Astrologia, veja como em https:// astrologyconference2017.eventqualia.net/pt/pt/ Será solicitado um registo para que possa usufruir da sua inscrição de forma cómoda e segura. Pagamentos a partir do paypal ou nib. Condições especiais até 31/07/2016 Reserve já o seu lugar!

Registration in the 1st International Astrology Conference are open, see how in https://astrologyconference2017. eventqualia.net/en/en/ It will be asked a register so you can enjoy your registration commodious and safe. Payments from paypal or nib.

Special conditions until 31/07/2016 We count on you !

Siga-nos no facebook oficial em: https://www.facebook. com/congressointernacionalastrologia/

INSCRIÇÕES ABERTAS Encerram a 30 de maio - lugares limitados Em junho pela 1ª vez em Portugal certificação em consultoria astrológica por uma das mais prestigiadas instituições de Astrologia mundial.

Isabel Guimarães Vice-Presidente da Isar, receberá nas FacesIsabelGuimarães, a equipa de formadores da Isar International Society for Astrological Research.

Veja mais em www.facesisabelguimaraes.com em AGENDA2016 Participe na 2ª edição do Concurso Nacional ao Estudante em Astrologia. Conheça os desafios, as metas e objetivos deste Concurso.

Um incentivo ao Estudante de Astrologia!

O Concurso Estudante Astrologia deverá também conseguir identificar um conjunto de atitudes e comportamentos conducentes à melhoria da investigação e pesquisa na astrologia.

Na atribuição de prémios, para além dos critérios de qualidade da investigação, será também privilegiada a vertente criativa e a adequação a uma exposição oral.

Prémios 1º prémio • apresentação do trabalho no 1º Congresso Internacional de Astrologia– fevereiro 2017 no Fórum da Camara Municipal da Maia 2º prémio • oferta da quota anual da Aspas ano 2016 3º prémio • artigo em destaque no Jornal 4 Estações da Aspas 4º prémio • oferta de 50% desconto nos minicursos a serem ministrados no 1º Congresso Internacional de Astrologia– fevereiro 2017 no Fórum da Camara Municipal da Maia Nota: Não pagaremos as despesas de deslocação nem alojamento para o Congresso Veja como participar neste link: http://issuu.com/ jornalastrologico4estacoes/docs/concurso_nacional_de_ astrologia_-_2

Ficha Técnica Propriedade Aspas - Associação Portuguesa de Astrologia Direção Editorial Isabel Guimarães Secretaria Direção Editorial Inês Miranda Coordenação e Redação Inês Miranda João Medeiros Luís Resina Revisão Sofia Alves Realização gráfica Ana Cláudia Marques

PREVISÕES

Apontamentos Astrológicos 08 Efemérides 12 A Lua Nova no Mapa Natal 14

www.d-signanaclaudia.com

Distribuição

06

Formato Papel | EuEdito Contactos

RUBRICAS

Astrologia Infantil 18 JIA ZI 21 Astrolovers - Parte II 22

Online | BasePoint

Av. da República, 1226 6.ºFrente 4430-192 Vila Nova de Gaia Portugal

16

Tel +351 919 284 281 www.associacaoportuguesadeastrologia.com geral@associacaoportuguesadeastrologia.com jornal@associacaoportuguesadeastrologia.com

GERAIS

Os Génios (ou os Loucos) vêm aí 28 Era de Aquário e o reconhecimento da Astrologia 30 Úrano, Neptuno e Plutão 32 Pontos Médios 34 Astro*Coaching 38 Viagem pela Astrologia e pelo Tarot em Sintra 42 A Ética na Astrologia 44

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RE.UN(IR)

Direitos Este jornal em formato digital não pode ser reproduzido, no todo ou em parte, por qualquer processo mecânico, fotográfico ou electrónico, nem ser introduzido numa base de dados, difundido ou de qualquer forma copiado para uso público ou privado – além do uso legal como breve citação em artigos e críticas – sem prévia autorização dos autores.

Decreto Lei nº 334/97 Os artigos publicados revelam as opiniões dos seus autores e a Direção não censura desde que os mesmos tenham a devida qualidade.

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ISSN 2183-5713

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PREVI SÕES

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APONTAMENTOS ASTROLÓGICOS Advertência pré-leitura A minha proposta é que tenha em consideração que estas dicas astrológicas foram pensadas e escritas para cada um dos doze signos solares que constituem o zodíaco, baseando-me, para o cálculo da posição do sol, no dia em que ingressa em cada um dos signos e considerando os horários das efemérides astrológicas para o horário legal em Portugal, e por isso, devem ser entendidas como notas gerais e não substituem a análise do tema natal de cada um.

Para mais detalhes, mensalmente podem encontrar orientações astrológicas para cada signo em: https://www.youtube.com/ user/Nemsodelua e mesmo assim nada como consultar um profissional competente que podem encontrar aqui: http://www. associacaoportuguesadeastrologia.com/pt-pt/page/lista-de-membros

Abril

Maio

Junho

06 • Vénus ingressa em Carneiro.

07 • Lua Nova (às 12h 24m) no grau 18º de Carneiro.

18 • Marte entra em movimento retrógrado.

19 • Plutão entra em movimento retrógrado.

20 • O Sol ingressa em Touro.

22 • Lua Cheia (às 06h 24m) no eixo Touro /Escorpião no grau 2º.

29 • Mercúrio entra em movimento retrógrado.

06 • Lua Nova (às 20h 29m) no grau 16º de Touro.

10 • Júpiter em movimento direto.

21 • Sol ingressa em Gémeos; Lua Cheia no eixo Gémeos/Sagitário no grau 1º.

23 • Mercúrio em movimento direto.

25 • Vénus ingressa em Gémeos.

28 • Marte reingressa em Escorpião.

05 • Lua Nova (às 03h59 m) no grau 14º Gémeos.

13 • Mercúrio ingressa em Gémeos.

14 • Neptuno entra em movimento retrógrado.

18 • Vénus ingressa em Caranguejo.

20 • Lua Cheia (às 12h02 m) no eixo Gémeos/Sagitário no grau 29º.

21 • Sol ingressa em Caranguejo.

30 • Marte em movimento direto.

CARNEIRO ABRIL | Nesta altura, tudo parecerá mais simples e poderá sentir o seu poder de atração aumentado. Aproveite a energia da Lua Nova no seu próprio signo para estabelecer as fundações deste novo ciclo anual que agora se inicia. Durante todo o mês poderá sentir uma onda de mudança refrescante e libertadora. Aproveite para se libertar do que já não se adequa a esta fase.

MAIO | Os assuntos das finanças e investimentos estarão favorecidos com oportunidades que pode e deve aproveitar para melhorar a sua situação material. Esta energia favorece a organização criteriosa dessa área, o que poderá resultar em ganhos.

JUNHO | Com tantas novas ideias poderá ser útil ter lápis e papel por perto, o que poderá ajudar a evitar a possibilidade de dispersão ou confusão resultante da sua atividade mental. É possível que precise de maior concentração para lidar com a exigência dos seus superiores hierárquicos.

Quantos taurinos são precisos para mudar uma lâmpada?

Nenhum. OS taurinos não gostam de mudar nada.

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TOURO ABRIL | Até que o Sol ingresse no seu signo, no dia 20, é possível que sinta que precisa de se recolher um pouco e que procure afastar-se das atividades mais mundanas.

A Lua Cheia do dia 12 trará uma energia mais expansiva e será mais evidente o que pretende para esta fase na sua vida.

MAIO | Trata-se duma fase bem expansiva e com excelentes oportunidades de exercitar a sua criatividade, especialmente nos projetos de colaboração em grupo, onde poderá sentir que a sua contribuição é valorizada.

JUNHO | Nesta altura, será aconselhável gerir os seus gastos da forma mais sensata que lhe for possível e assegurar que os riscos sejam mínimos.

O que quer dizer que qualquer investimento deverá ser muito bem analisado e ponderado para evitar efeitos indesejados.

GÉMEOS ABRIL | Este mês promete muita sociabilidade e contacto com os seus amigos, com algumas situações imprevistas que poderão levar a conhecer novas pessoas com quem desejará envolver-se em projetos de futuro.

MAIO | O Sol, no seu percurso anual prepara a sua entrada no seu signo no dia 21, o que significa que pode usar a energia presente até essa data para fazer o balanço do ciclo que se encerra. Excelente momento para encerrar assuntos pendentes com a sua família.

JUNHO | A sua atividade quotidiana será acrescida em energia e pode encontrar reservas que nem imaginava, por isso, o exercício físico será uma boa forma de melhorar o seu estado físico em geral. A Lua Nova no dia 5 marca um momento excelente para meditar e criar os seus objetivos para este próximo ciclo. No dia 20, a energia da Lua Cheia acrescentará esta energia dedicada aos seus propósitos.

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CARANGUEJO

LEÃO

ABRIL | A exposição pública do seu trabalho poderá sair beneficiada pela energia que, neste mês, transita pela área mais visível do seu tema natal; por isso, aproveite para impulsionar os seus projetos profissionais.

MAIO | Neste período estará mais disponível para trabalhar e conviver em grupo. Aproveite esta fase para conversar e trocar ideias, e se possível, para melhorar aspetos nas suas parcerias em geral.

JUNHO | A necessidade de descansar será um dos tópicos mais importantes nesta altura. Se for possível organize o seu ambiente de trabalho e encontre o tempo para parar e refletir.

Isso será muito benéfico num futuro próximo.

ABRIL | As dinâmicas familiares versus profissão podem ser vistas duma perspetiva diferente à luz da Lua Cheia, que envolverá estas duas áreas de vida.

Este mês poderá revelar-se bastante produtivo e poderá obter recompensas dos seus esforços diários.

MAIO | Poderá sentir que para atingir os seus objetivos precisará arriscar algumas mudanças a respeito da sua expressão sobre quem realmente é. No entanto, algumas propostas a este nível podem ser excessivas, por isso, arrisque sensatamente.

JUNHO | Neste momento, os seus objetivos profissionais estão no topo dos seus interesses e deve aproveitar esta energia, tendo em conta que o excesso de indulgência lhe poderá ser prejudicial. É aconselhável usar de um pouco mais de cuidados para se certificar que chega ao seu melhor.

VIRGEM

BALANÇA

ABRIL | Excelente altura para sentir os benefícios da sorte a seu favor. Atreva-se na diferença e encontre novos aspetos sobre a sua própria identidade dos quais talvez tivesse menor consciência.

MAIO | Estudar e viajar são os temas propostos pela passagem do sol no seu tema natal. Uma boa forma de viver esta energia poderá ser desfrutando do planeamento daquela viagem que há tanto tempo anseia fazer.

JUNHO | Aspetos benéficos e importantes podem ser mais relevantes e significativos se não se deixar levar pelo excesso de otimismo. Faça o seu melhor, cuidando de cada detalhe e o seu trabalho será apreciado e valorizado.

ABRIL | Fase importante para tomar melhor consciência sobre o que espera a respeito das suas parcerias e associações. A Lua Nova no seu signo oposto e complementar pode indiciar uma fase de mudança nesta área.

MAIO | Se pretende renovar a sua casa e ver-se livre daquilo que já não é útil, esta é a fase adequada. Doutro ponto vista, também pode utilizar esta energia planetária para curar alguma ferida do seu passado, especialmente se estiver relacionada com a sua família.

JUNHO | A sua confiança estará favorecida podendo fazer planos mais alargados para os próximos tempos que podem incluir viagens ou estudos.

Ainda assim deverá ter em consideração que nem todos serão aplicáveis ou executáveis, o que não significa que possam ser úteis mais tarde.

ESCORPIÃO ABRIL | Durante a passagem do Sol nesta área do seu tema natal poderá encontrar situações que permitiram desfrutar do lado mais divertido e leve da sua vida. Pode ser uma excelente oportunidade para passar tempo com crianças.

Aproveite todas as ocasiões para conversar e conviver com os seus amigos, novas ideias podem surgir dessa interação.

MAIO | Os relacionamentos em geral, quer se trate de parcerias individuais quer de associações a grupos, estarão beneficiados durante este período. A Lua Nova do dia 6 no seu signo oposto e complementar trará uma energia especial a esta área de vida.

O contacto com pessoas novas na sua vida pode ser bastante agradável.

JUNHO | Nesta fase é importante manter as suas expectativas e desejos sob o filtro da sensatez porque para ganhar também é importante saber dar.

Podem surgir gastos inesperados, pelo que deverá ter as suas finanças debaixo de controlo para lhes poder fazer frente.

SAGITÁRIO ABRIL | A Lua Nova de dia 6 pode abrir as portas a uma nova forma de se exprimir, se se permitir correr riscos e ir além do habitual.

Este mês pode ser marcado por uma energia especialmente favorável ao seu percurso profissional sendo-lhe mais fácil encontrar apoios e conseguir ganhos.

MAIO | Aproveite esta fase para organizar melhor e de forma mais eficaz a sua agenda. O seu ambiente de trabalho, a energia que disponibiliza e como se organiza no seu quotidiano serão alguns dos temas mais relevantes. É possível que surjam algumas tensões familiares, que precisará resolver.

JUNHO | A Lua Nova deste mês, no dia 5 no seu signo oposto e complementar, traz uma oportunidade de refletir sobre a forma como se relaciona e de que maneira pode conseguir relacionamentos mais felizes. É possível que encontre alguma tensão nesta área relativamente ao que deseja para o seu rumo de vida.

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CAPRICÓRNIO ABRIL | Use o acréscimo de energia deste mês para renovar a sua casa, desfrutando de momentos agradáveis com os seus familiares e amigos.

Poderá sentir necessidade de dar uma reviravolta refrescante para se sentir mais confortável.

MAIO | Na primeira quinzena deste mês, terá energia disponível para se encontrar com o seu lado criativo dedicando-se a um hobby para melhor desfrutar do seu tempo livre, ou mesmo até um momento

mais apropriado para o romance.

Use-o bem, dado que na fase seguinte precisará de se ocupar com assuntos mais pragmáticos.

JUNHO | Poderá sentir maior dificuldade em se dividir entre as suas obrigações quotidianas e uma certa necessidade de se isolar para recuperar a sua energia. Procure gerir da melhor maneira possível o seu tempo mantendo as suas expetativas num nível razoável e sem excessos.

AQUÁRIO ABRIL | Este mês será bastante dinâmico e muitos novos interesses intelectuais poderão surgir. Escrever e comunicar serão temas desta fase tão curiosa.

MAIO | Excelente mês para resolver assuntos familiares que, no passado, ficaram pendentes, encontrando soluções verdadeiramente transformadoras.

Os ganhos e gastos da sua vida material podem ser motivo de preocupação e exigem os seus cuidados e atenção.

JUNHO | Poderá sentir que alguém está a exigir demais de si e isso pode traduzirse num momento especialmente tenso.

Encontre a melhor maneira de se fazer compreender, sem esquecer que os seus recursos energéticos devem ser geridos sensatamente.

Carmen Ferreira Membro 44

Estudante de Astrologia desde 2004, primeiro como mero objeto de estudo, depois duma vida a ensaiar outros caminhos profissionais, em 2006 começa a trilhar este Caminho assumidamente e inicia a atividade de Consultora Astrológica. Em simultâneo, as formações em Hipnose Regressiva e Hipnose Ericksoniana, assim como outras áreas de estudo, culminam no ano de 2013 com a licenciatura em Psicologia, fundamentando e alicerçando o seu trabalho no acompanhamento e aconselhamento psicológico/ astrológico. Membro da Associação Portuguesa de Astrologia; Vice-Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Hipnose Clinica e Hipnoanálise. www.nemsodelua.wordpress. com

PEIXES ABRIL | Neste mês o Sol transita a sua área de vida material, por isso, use esta energia suplementar para tratar desses assuntos e assim assegurar-se de que consegue as melhores condições possíveis para a sua subsistência.

Alguns amigos podem ser um apoio considerável e trazer situações imprevistas e agradáveis.

MAIO | Esta energia que terá disponível favorece a comunicação e a transmissão dos seus ideais; se utiliza habitualmente as redes sociais, nesta altura, poderá

fazer disso algo mais importante. O seu sentido de utilidade estará mais agudo e exigente.

JUNHO | Nem todos os seus projetos profissionais serão recebidos como gostaria, no entanto, use a sua sensibilidade e imaginação para demonstrar o seu valor e a validade dos seus projetos.

Procure estar por perto dos seus laços familiares, para que o conforto que isso significa possa ajudar no seu percurso familiar.

Como se entretém um Touro durante muito tempo?

Desorganize a sua biblioteca e mude os móveis de lugar…

Passará horas a colocar tudo nos sítios habituais.

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EFEMÉRIDES

Posicionamentos para dia 01/04/2016 às 00:00 Hora legal Hora legal Lisboa Rio de Janeiro

Sol 11° 39’ Carneiro 11° 49’ Carneiro Lua 15° 27’ Capricórnio 11° 49’ Capricórnio Mercúrio 20° 07’ Carneiro 20° 27’Carneiro Vénus 24° 08’ Peixes 24° 20’ Peixes Marte 07° 20’ Sagitário 07° 22’ Sagitário Júpiter 15° 25’ Virgem Rx 15° 24’ Virgem Rx Saturno 16° 22’ Sagitário Rx 16° 22’ Sagitário Rx Urano 19° 56’ Carneiro 19° 57’ Carneiro Neptuno 10° 39’ Peixes 10° 40’ Peixes Plutão 17° 24’ Capricórnio 17° 24’ Capricórnio

Efemérides para Abril Dia Posicionamento

05/04 Ingresso de Vénus em Carneiro

Sol Trígono Saturno 06/04 Ingresso de Mercúrio em Touro Sol Quadratura Plutão 07/04 Lua Nova 18º 4’ Carneiro 09/04 Sol Conjunção Quíron 12/04 Vénus Trígono Saturno

Mercúrio Sextil Neptuno 14/04 Mercúrio Trígono Júpiter

Hora Legal Lisboa/Rio de Janeiro 17:50/13:50 00:09/ 20:09 (05/04) 11:23/07:23

Dia Posicionamento

17/04 Marte Retrógrado Mercúrio Trígono Plutão 18/04 Plutão Retrógrado

Vénus Trígono Saturno 19/04 Ingresso do Sol em Touro Vénus Quadratura Plutão 22/04 Lua Cheia 2º 30’ Escorpião Vénus Conjunção Úrano 28/04 Mercúrio Retrógrado 30/04 Ingresso de Vénus em Touro

Hora Legal Lisboa/Rio de Janeiro 13:13/09:13 08:25/04:25 16:29/12:29 11:23/07:23 18:19/14:19 01:35/21:35 (29/04)

Inês Miranda Membro 06

Nascida a 26 de Junho de 1982, licenciada em Educação de Infância. De Setembro de 2011 a Setembro de 2014 realizou com mérito o curso de Formação em Astrologia nas Faces Isabel Guimarães. A convite de Isabel Guimarães, acabou por integrar o projeto embrionário da ASPAS estando presente na sua fundação em 2012, fazendo atualmente parte dos orgãos sociais da Associação Portuguesa de Astrologia como Secretária da Direção.

Autora do “AstroCómico” Continua na Pág.50

jornal astrológico • 4 estações • 13

Efemérides para Maio Dia Posicionamento

01/05 Sol Sextil Neptuno 03/05 Sol Trígono Júpiter 06/05 Lua Nova 16º 41’ Touro 07/05 Sol Trígono Plutão 09/05 Júpiter Direto

Sol Conjunção Mercúrio

Vénus Sextil Neptuno 10/05 Vénus Trígono Júpiter 13/05 Mercúrio Trígono Plutão

Mercúrio Conjunção Vénus 14/05 Vénus Trígono Plutão 19/05 Ingresso do Sol em Gémeos 21/05 Lua Cheia 1º 13’ Sagitário 22/05 Mercúrio Direto Sol Oposição Marte 24/05 Ingresso de Vénus em Gémeos 25/05 Vénus Oposição Marte 26/05 Júpiter Quadratura Saturno 31/05 Mercúrio Trígono Plutão

Hora Legal Lisboa/Rio de Janeiro 19:29/15:29 13:14/09:14

15:36/11:36 21:14/17:14 14:19/10:19

10:44/06:44

Efemérides para Junho Dia Posicionamento

02/06 Sol Quadratura Neptuno 03/06 Vénus Quadratura Neptuno Sol Oposição Saturno 04/06 Vénus Oposição Saturno Sol Quadratura Júpiter 05/06 Lua Nova 14º 53‘ Gémeos

Vénus Quadratura Júpiter

06/06 Sol Conjunção Vénus 09/06 Mercúrio Oposição Marte 12/06 Vénus Sextil Úrano

13/06 Ingresso de Mercúrio em Gémeos

Neptuno Retrógrado 14/06 Sol Sextil Úrano 17/06 Ingresso de Vénus em Caranguejo 18/06 Sol Quadratura Neptuno 20/06 Ingresso do Sol em Caranguejo

Lua Cheia 29º 32’ Sagitário

Mercúrio Oposição Saturno Mercúrio Quadratura Neptuno 22/06 Mercúrio Quadratura Júpiter 26/06 Júpiter Trígono Plutão

27/06 Ingresso de Marte em Escorpião

Vénus Trígono Neptuno

Mercúrio Sextil Úrano

30/06 Marte Direto

Hora Legal Lisboa/Rio de Janeiro

02:59/22:59 (04/06)

00:22/20:22 (12/06) 21:42/17:42 20:38/16:38 23:34/19:34 11:02/07:02

14:51/10:51 00:38/20:38 (29/06)

14 • 4 estações • jornal astrológico

A LUA NOVA NO MAPA NATAL

T

odos os meses acontece uma Lua Nova, o momento em que a Lua, no seu ritmo de cerca de quatro semanas à volta do zodíaco, se cruza com o Sol e marca o ciclo deste na sua viagem pelos signos. Durante os doze meses de cada ano, a Lua encontra-se com o Sol doze, às vezes treze vezes, cada uma dessas vezes num signo diferente, seguindo a ordem zodiacal.

Ao longo de um ano, as sucessivas Luas Novas vão também percorrendo as casas do nosso mapa natal, marcando assim um ritmo pessoal para cada um de nós.

A Lua Nova representa um início de ciclo, o momento em que a terra recebe a semente, o ponto de fecundação, quando nasce a ideia, e é um ponto pleno de potencial. Assim, a casa do mapa natal onde ocorre o início da lunação indica-nos para que área da nossa vida será mais favorável expressarmos as nossas intenções, aproveitando a interacção do ciclo de lunação com o nosso próprio tema astrológico. As horas seguintes ao momento exacto da Lua Nova é quando o seu efeito está mais forte e, se esta tocar em algum planeta ou ângulo natal, a sua energia será ainda maior e mais impactante. É necessário ter sempre em conta os aspectos que esse ponto natal faz a outros pontos do mapa e, no caso dos planetas, as casas e correspondentes áreas de vida que eles regem. De seguida faço uma breve descrição de como podemos aproveitar a energia da Lua Nova em cada uma das casas do nosso mapa astrológico.

Lua Nova na casa 1 Quem está à espera de um momento de coragem para iniciar alguma coisa que o vai deixar mais visível ou exposto, este é momento. A Lua Nova nesta casa, ainda mais se estiver perto do Ascendente, dá-nos uma oportunidade para fazer mudanças de atitude e até de visual, desde que seja no sentido de uma expressão mais sincera e mais autêntica daquilo que somos e daquilo que sentimos.

Lua Nova na casa 2 Podemos aproveitar esta lunação para lidar com assuntos que envolvam a forma como ganhamos ou gastamos dinheiro.

Por exemplo, investimentos ou alguma compra extraordinária poderão ser favorecidos nesta altura. Tudo o que tenha como objetivo o aumento da auto-estima e a nossa auto-valorização também sairá beneficiado se iniciado com esta Lua Nova.

Lua Nova na casa 3 Esta é uma boa ocasião para iniciar a aprendizagem de algo novo, começar uma pesquisa, fazer exames, ou estabelecer novos contactos. Qualquer actividade mental ou que implique comunicação e trocas estará optimizada nesta altura e a atenção poderá estar em vários assuntos em simultâneo, desde que se mantenha o foco. Se tem diversas pequenas tarefas para resolver, agora será mais fácil começá-las.

Lua Nova na casa 4 Os temas desta lunação têm a ver com a casa, a família e as raízes. Assim esta fase poderá ser vantajosa para começar obras em casa ou até fazer uma pequena renovação na decoração. Mas importante mesmo será reatar laços familiares ou simplesmente passar mais tempo com a família, pois isso irá trazer-nos bem mais do que apenas boas memórias. Saber que pertencemos a algum lugar e a alguém irá devolver-nos também uma sensação de segurança e de conforto emocional.

Lua Nova na casa 5 A expressão criativa, o prazer e a brincadeira estarão favorecidos nesta lunação, que é um bom auspício para iniciar um hobby, subir a um palco ou começar um namoro. Também será beneficiada qualquer actividade com crianças que tenha início agora. Este é o momento para nos divertirmos e para despertarmos o nosso lado mais espontâneo e alegre, pois esse brilho irá iluminar o nosso caminho mais à frente.

jornal astrológico • 4 estações • 15 Lua Nova na casa 11 Nesta fase será enriquecedor cultivar novas amizades, aumentar a nossa rede de contactos e travar conhecimento com pessoas diferentes daquelas com quem estamos habitualmente.

Actividades que impliquem algum tipo de compromisso social, como voluntariado ou participação num grupo ou associação, onde possamos projectar o nosso ideal de sociedade, irão desenvolver-se de forma produtiva se foram iniciadas nesta fase.

Lua Nova na casa 6 Se o que precisamos é de uma mudança de rotinas, de dieta ou simplesmente um modo de vida mais saudável, esta é a lunação para isso. Nesta fase podemos implementar novos hábitos, organizar o nosso quotidiano e o nosso ritmo de trabalho ou até experimentar novas técnicas e métodos, pois tudo o que for iniciado agora a esse respeito terá tendência a crescer.

No entanto, é importante ser realista e pragmático para que aquilo que está agora a ser iniciado seja sustentável a longo prazo.

Lua Nova na casa 7 Novas parcerias e novos relacionamentos terão um desenvolvimento positivo se iniciados neste momento, mas mesmo uma relação já existente poderá passar a um nível maior de compromisso. A lunação nesta casa é propícia a estabelecer acordos e contratos, pois favorece todas as relações de um para um. Ainda que não exista relacionamento ou perspectiva dele, é uma oportunidade para entendermos a forma como vivemos as parcerias, o compromisso e o equilíbrio entre o eu e o outro.

Lua Nova na casa 8 Com a lunação nesta casa, este é o momento certo para pedir um empréstimo ou saldar uma dívida, mas é necessário reconhecer a real necessidade de o fazer, de outro modo pode ser mais pesado do que vantajoso. Também podemos aproveitar para fazer um mergulho em nós mesmos e começar algum tipo de psicoterapia, que traga os nossos medos e a nossa sombra à superfície para que possamos lidar com eles. Aprofundar relacionamentos e estabelecer relações de intensa confiança irá mostrar-se benéfico a longo prazo.

Lua Nova na casa 9 Grandes viagens, estudos superiores, filosofia e religião são alguns dos temas que poderão expandir se forem iniciados com esta Lua Nova. Se procuramos novos horizontes, esta lunação inspira à aventura e dá-nos asas para explorar para lá das fronteiras que conhecemos. Podemos finalmente, planear aquela viagem de sonho, iniciar um percurso académico ou mudar de curso superior para um que seja mais de acordo com a nossa aspiração.

Estaremos também mais abertos a ampliar a nossa perspectiva sobre a vida, incorporando uma nova crença ou filosofia.

Lua Nova na casa 10 Agora é o momento para apostar na carreira e definir objectivos a longo prazo. Estaremos mais dispostos a assumir responsabilidades e a ocupar funções de maior visibilidade. Por outro lado, poderá ser uma fase de mudança de rumo profissional que podemos aproveitar para nos aproximarmos mais do nosso propósito de vida. O importante é alinhar a acção com a ambição, pois tudo o que agora for projectado nesse sentido irá crescer forte e robusto.

Lua Nova na casa 12 De vez em quando é necessário recarregar as baterias e fazer algum tipo retiro ou simplesmente uma pequena fuga da correria do quotidiano e este é momento certo. Pode ser simplesmente um período de descanso, mas podemos fazer dele também uma fase de reflexão interior e de comunhão com o divino. A intuição estará em alta e os sonhos podem trazer-nos importantes mensagens do nosso inconsciente. A paz e a tranquilidade que conseguirmos alcançar nesta lunação ficará connosco durante muito tempo.

Bárbara Bonvalot Membro 64

Nasceu em 1971, com o Sol em Escorpião. Tem formação em Desenho Gráfico e trabalhou como arte-finalista na área da publicidade. Começou a estudar Astrologia em 2005, frequentou a Formação Dinâmica em Astrologia do CEIA e tem certificação em Coaching. Actualmente é consultora, formadora e investigadora na área da Astrologia e da simbologia arquetípica e membro da ASPAS - Associação Portuguesa de Astrologia. www.barbarabonvalot.com

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BRI CAS

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Lela Pontes Membro 75

ASTROLOGIA INFANTIL

FAÇA-AS SENTIREM-SE À VONTADE E...

DEIXE-AS FALAR!

À mãe do Zezinho agradeço o cuidado e a forma como expôs a sua preocupação com a educação e a escolha do caminho que melhor se adapte ao seu filho. Foi claríssima e ajudou muito.

Fiz algumas pesquisas, que comentarei consigo depois.

Zezinho - 04/12/2009 – Porto – 21:29 h Preocupações da mãe deste menino 1. entrada na escola em Setembro 2016 2. método de ensino que melhor se adequa, mais livre ou mais tradicional, com mais disciplina ….

3. um pré-diagnóstico de défice de atenção 4. actividades que melhor se adequam ao seu desenvolvimento, uma vez que ele gosta praticamente de tudo 5. sendo esta a forma como a vida se desenha e sendo este um processo dele, dentro daquilo que sei fazer e dentro da Mãe que vai acontecendo dentro de mim, tudo o que possa ser útil para o ajudar a aceitar as suas feridas, para o ajudar a sentir-se seguro e Amado e, tudo aquilo que possa ser acrescentado à minha míope visão para me permitir amparar sem interferir (dentro das possibilidades de uma Mãe) o seu desenvolvimento e acolhimento do ser único que é.

Estava a olhar o mapa dele e pensei: aqui está um menino cheio de energia, vitalidade, calor humano e que mais tarde vai concretizar aquilo que quer, se bem encaminhado. Depois do contexto no qual decorreu a gestação, achei por bem começar pelo Ascendente, a porta de entrada nesta vida. É Leão, e eu

Nasceu em setembro de 1944.

Com Formação do Magistério Primário, em Coimbra, de 1962/63, começou a trabalhar como professora em Lourenço Marques, Moçambique no mesmo ano e mais tarde em 1975 na cidade onde vive Povoa do Varzim, exerce as mesmas funções. Tem formação profissional nas áreas de fotografia, escrita criativa, literatura infantil, sendo autora de 3 livros com publicações da editora Marus, Lisboa. Formou-se em astrologia no ano de 1996, com várias especialidades, em São Paulo, Brasil. Participou em vários eventos, congressos em Portugal e no brasil. Exerce astrologia no seu espaço na cidade da Povoa do Brasil. É membro da AstroBrasil e da Aspas.

gostaria de começar por aí já que vejo o ASC como propósito nesta vida, o maior desafio do dono do mapa: ele veio desenvolver o seu poder, a sua autoridade, a sua criatividade e valor, de maneira saudável e consciente. Para se tornar um ser criativo consciente, capaz de co-criar a sua existência, honrando a sua individualidade. Enchendo de luz e amor quem o cerca, enriquecendo a vida dos outros sendo generoso e criativo. Há que mostrar-lhe que deve reconhecer que as pessoas são diferentes umas das outras (casa VII em Aquário também mostra que precisa disso), que ninguém é o centro do universo, e que deve aprender que é no grupo que pode espalhar a sua luz de Leão.

Sem entrar em detalhes, penso que ele sentiu, ainda no útero, todo o stress que a mãe foi tendo, a sua ansiedade, mas também todo o Amor do mundo. Ele tem capacidade e vontade para ser a sua Luz, mas a si vai caber orientar, canalizar o potencial que ele traz, para que se torne, na verdade, a luz da vossa vida, sem orgulho ou caprichos. E que, obviamente seja ele próprio um adulto cheio de Luz, Amor e Realização.

Reparei que o “carma” com que a mãe nasceu já indica uma vida de perdas; há que aprender com elas e reconstruir, renascer de tudo isso, como a Fénix, ajudando o seu filho a conseguir a Maturidade que veio aprender a ter. Se ele a escolheu para mãe é porque lhe reconheceu qualidades para o ajudar a tornar-se naquilo que veio para ser!!!

jornal astrológico • 4 estações • 19 Curiosidade Uma das principais discussões da comunidade científica no século passado foi sobre a importância maior no comportamento de uma criança: para uns o ADN, para outros o Meio ambiente em que se foi sendo criado.

Ainda bem que já se vão ouvindo outras opiniões, uma delas a de Annie Murphy Paul, no livro “Origens”, da editorial Presença. Convido-a a ler sobre a autora e a sua opinião sobre o assunto.

E o que eu senti durante 9 meses no útero da minha mãe, não conta nada?????

O regente de Leão, o Sol, está na casa da criatividade, da autoestima, da tendência para dramatizar; no signo de Sagitário, pode ter empoladas essas tendências e mais a de ser “ o dono da verdade”. Como vi que sabe astrologia, pergunto: já viu onde está a atitude de Sagitário, expressa pelo seu regente? Está na casa VII, dos outros, da forma de se relacionar. Pronto, acho que já vimos que é com os outros, nas parcerias e grupos, com tudo o que implica o relacionar-se com os outros, respeitar as suas opiniões e gostos que está a maneira de ele crescer. Não deve ser fácil, mas o caminho é por aí.

Como criança, deve ser caloroso, expansivo, afectivo e de espírito elevado; gosta de ser o centro das atenções e de agradar às pessoas. Provavelmente não há nada que ele não faça por um amigo, pois adora ser útil e generoso, mas se for traído ficará magoado. Não demonstrará ressentimento, mas ficará inacessível e mostrar-se-á bastante frio nos novos contactos. Assume, com facilidade, o papel de líder do grupo.

Pode agir assim sem que ninguém, nem ele próprio, se dê conta disso. É importante que os pais façam os elogios que ele merece, incentivando assim o seu espírito de liderança natural e as suas tendências administrativas. Se for bem conduzido, canalizará essas aptidões para objectivos saudáveis; caso contrário, fará qualquer coisa para obter a atenção dos pais, e mais tarde, dos outros. Tende a aprender muito cedo certos recursos para obter o reconhecimento que quer. Se perceber que os impactos negativos são melhores do que nada e se conseguir chamar a atenção pelo seu mau comportamento, poderá tornar-se um consumidor de lisonjas. A tendência dele é começar a representar logo que percebe a atenção de todos.

Um Sol de Sagitário precisa de liberdade para descarregar as suas energias. Sabe um desporto bom para ele? Equitação, ou qualquer desporto mais de elite.

Quem tem Mercúrio em Sagitário, ACREDITA, mais do que pensa; sempre pensam que “ chegam lá…”, onde querem. São verdadeiros, falam o que pensam tão clara e directamente que às vezes chegam a ser indelicados. Precisa de saber que algumas pessoas se podem ofender com tal atitude. Os pais devem ensiná-lo a ser sincero, mas diplomático, pois precisa de aprender a pensar um minuto e escolher bem as palavras antes de falar.

Há que ir mudando essa forma de se expressar, e relacionar.

Ele é um menino com muito Fogo, muita vontade de agir, de ser notado e correr atrás daquilo em que acredita. Como a tendência é agir em função de si próprio, caberá talvez ao pai, o trabalho de o fazer ver que os outros existem, de lhe colocar os pés na Terra (já que dos 3 é o pai que mais tem deste elemento ), de estruturar a sua vontade. Para ajudar o menino a ganhar mais Terra no mapa, ele precisa que o ajudem a tornar-se mais prático e objectivo, treinar a disciplina e persistência, imporse metas e horários, procurar conselhos e companheiros mais terrenos, andar descalço, passear pela natureza, trabalhar com as mãos (escultura, cerâmica – o dar forma)….

Ele tem o planeta Saturno, o mestre que disciplina, que traz as regras e o limite, que clarifica a sua maneira de pensar de modo a ser justo e equilibrado, na casa do ambiente que o rodeia, e isso fala de lugares como a escola, os vizinhos, a comunicação, o ambiente que faz parte da sua vida normal.

Se este Saturno, seja ele o pai, ou quem possa ser um modelo e exerça a autoridade, está na casa III, da escola, porque não o professor, também? Mas tudo o que se traduza por tempo, paciência, disciplina e estrutura, vai trazer irritabilidade, conflito com a postura do Zezinho, a maneira dele pensar e agir. É um trabalho a ser feito. A casa onde está Saturno é muitas vezes onde sentimos frustração e medo. Na Casa III é medo de não se locomover para onde quer à vontade, medo de não ser inteligente o suficiente…. precisa de tempo e paciência para aprender (são bons os jogos de adivinhar, actividades intelectuais); onde está Saturno é também onde aprendemos disciplina e perseverança, respeito e trabalho. Penso que ele precisa de uma escola com regras, que crie hábitos físicos e mentais saudáveis, em que aprenda a ajudar os outros, mas de uma forma harmoniosa, sem pressas. Para que não haja rejeição nem medos. A casa III é o universo do aprendizado, que para o Zezinho precisa de ser limpo, organizado e eficiente, com horários e rotinas; e tendo sempre em conta o bem dos outros. É onde ele vai começar a aprender, tendo em conta os outros, que o professor não está lá só para ele. Tendo Saturno lá precisa de repetição e tempo para aprender, não lhe deve ser exigido que salte etapas. Se ele for ridicularizado ou criticado, pode deixar de se abrir com naturalidade. É dos casos em que, a meu ver, deve haver estreita relação entre a escola e a família. É preciso que tenham, e o treinem a ter, a coragem de fazer as mudanças que precisa, para que as coisas fluam normalmente.

E estando o Sol em trígono a Marte, dá-me ideia de que o assunto vai acabar por se resolver, mesmo com alguns percalços pelo caminho.

A Lua em Caranguejo faz dele uma criança muito sensível, emotiva, temperamental, que se magoa com muita facilidade.

Terá forte ligação com os pais e a sua vida familiar e doméstica. As suas emoções são profundamente afectadas pelos problemas daqueles de quem gosta e por qualquer ruptura dos laços familiares. A falta de confiança em si própria e a sensação de que não reconhecem o seu valor, são os seus piores inimigos. É possível sim, sentir timidez, esconder sentimentos e ter um Sol sagitariano… há aí uma fricção que requer ser olhada com cuidado. É uma Lua que traz uma memória prodigiosa, que tanto guarda rancor como se lembra de quem a ajudou. Dá-lhe também vontade de proteger e nutrir, por isso pode cuidar de um animalzinho doméstico para que desenvolva, não de uma forma competitiva, mas amorosa, a necessidade que tem de proteger alguém.

Pode ficar apreensivo em relação aos assuntos que estão fora do seu controle e que o podem afectar emocionalmente.

Muito ligado à mãe (sabe que Lua conjunta ao nodo norte pode querer dizer que o vínculo com a mãe dura toda a vida?

Pelo menos até o transferir para uma parceira….); pode achá-la com um comportamento amoroso, mas meio oscilante. A mãe precisa de ter cuidado com o que faz ou deixa de fazer, que o Zezinho não esquece.

Dê o seu contributo nesta rubrica.

Saiba mais na Pág. 50

20 • 4 estações • jornal astrológico

O aspecto entre a Lua (a forma como tende a reagir, a necessidade de segurança emocional, os hábitos), faz aspectos tensos com o planeta dos relacionamentos, de como se relaciona, e da postura que adopta... e isso pode causar irritabilidade. Ora é meigo e tímido e reage como tal, ou julga que sabe tudo e quer impor-se.

Ligada a Úrano, ainda mais estando Úrano em Peixes, quer dizer facilidade de se dispersar, distrair, o que para estudar não vai ser bom. Falar de deficit de atenção não sei, mas que este aspecto tende a distracção, tende.

Nascendo em fim de lua cheia quer dizer que vai precisar da ajuda de outra pessoa para realizar a sua missão.

O planeta Vénus, que nos permite criar laços afectivos, socializar, está também em Sagitário, o que faz dele um menino expansivo, amigável e sempre entusiasmado. Não tem dificuldade em expressar o seu afecto, adora dar e receber amor espontaneamente. Tem dificuldade com pessoas que tentam restringi-lo sob qualquer aspecto, pois não tolera possessividade. Valoriza muito a sua liberdade e não gosta de ser forçado nem pressionado a assumir compromissos.

Em assuntos de arte e criatividade, aprecia as formas naturais em dimensões exageradas. Adora qualquer coisa realizada em grande estilo, ou pintada de cores vistosas. O seu gosto é extravagante e por causa disso, às vezes é visto como aventureiro.

Aprecia desporto, especialmente os individuais, como equitação, ténis, alpinismo e caminhadas. É desprendido em relação ao dinheiro e bens materiais, sendo generoso e impulsivo quando se trata de dar ou gastar dinheiro.

Os pais podem ensiná-lo a ser um pouco mais disciplinada nessa área.

Será muito divertido, principalmente se os pais lhe derem a liberdade de que necessita.

Marte, o planeta da acção, está na casa 1, em Leão: o que o torna impulsivo, dinâmico, dramático, inquieto, e criativo.

Deseja sempre realizar algo importante, sentindo-se mais motivado quando elogiado e reconhecido. O seu entusiasmo e autoconfiança magnetizam os outros, tornando-o muito atraente; entretanto os pais devem explicar-lhe que as coisas nem sempre são excitantes e glamourosas. Pode tender a ser orgulhoso, querer realizar-se sempre, mas o excesso de orgulho pode tornar-se arrogância e deve conhecer as desvantagens desse comportamento. Tem muita força de vontade, e por isso pode ser rebelde e autoritário. Mostremlhe que a humildade também é necessária para o progresso e bom relacionamento com as pessoas. É preciso que aprenda a diferença entre gostar de si e sentir-se confiante e olhar as pessoas com desprezo do alto de um pedestal.

Gosta de ser considerado física e emocionalmente forte, em qualquer situação. Corajoso, tende a ser líder e não aceitar ordens. Com tanta energia, em geral dá-se bem no desporto, sendo atraído por actividades físicas de todos os tipos.

Gosta de receber atenção e colabora melhor quando os pais apelam para o seu lado dramático e o seu senso de justiça.

Ajudem-no a canalizar a energia para direcções construtivas e ficarão surpresos com a quantidade de coisas que ele consegue realizar.

Por volta dos 6 anos, na oposição de Júpiter, mais ou menos no Verão passado, ele pode ter tido uma fase contra a imposição da lei, da disciplina. Foi?? Ele precisa de ter em conta os outros e por certo estaria a ter consciência que o socializar-se, com regras, já que vai para a escola e o devem estar a preparar para isso, podia não ser uma coisa do seu agrado …. Crescer e ser independente custa!!!!

Mãe, penso ter respondido às suas perguntas. Chamo a atenção para o facto de vários temas se terem repetido, conforme fui falando dos vários planetas, o que significa que esses temas são importantes para o seu filho. Pense a respeito.

O Universo é maravilhoso: se nos tira com uma mão, está-nos dando com a outra. Copie esse procedimento e não deixe de tirar sempre algo que precise de ser tirado na educação do seu filho. Mas, com a outra mão dê-lhe todo o Amor possível, toda a segurança e liberdade que ele precise tendo em vista o homem generoso, criativo, verdadeiro, responsável e bom que ele veio para ser!

Espero ter ajudado, um abraço Lela

O que um nativo com Mercúrio em Touro diz a um Mercúrio em Gémeos?

Nada, porque o nativo de Mercúrio em Gémeos fala pelos dois.

jornal astrológico • 4 estações • 21

Erica Poonam Membro 164

JIA ZI

O CICLO DE 60 ENERGIAS DA COSMOLOGIA CHINESA

D

entro da cosmologia Chinesa o ciclo sexagenário ou (Jia -Zi) é tradicional. (Jia - Zi) literalmente é o significado de um ( Rato de Madeira ) o número 1 deste fascinante código energético que combina os 12 Ramos da Terra (Bichos) Com os 10 Troncos do Céu (5 elementos na versão yin-yang).

Dentro das antigas artes Taoístas este fluxo energético está presente em quase todas as práticas; desde dos oráculos até as práticas de alquimia e medicina Chinesa. Em síntese estas são 60 possibilidades e variáveis cíclicas que permeiam todo o nosso campo energético influenciando-nos de forma ativa como um biorritmo.

No Jia- Zi teremos a junção dos 12 famosos Bichos Chineses aos 10 Troncos Celestes formando assim 60 possibilidades (Ou 60 sub-signos). Desta forma teremos uma perspetiva mais detalhada para entender as diferenças dentro das igualdades, pois pessoas nascidas sobre a regência do mesmo “bicho” podem não pertencer ao mesmo (Jia-Zi) e com isso serem completamente diferentes.

Partindo do princípio que cada signo possui 5 variáveis (5 x 12 = 60), nota-se também uma maior familiaridade e simpatia entre um signo com certos elementos, conferindo ao nativo uma sensação de estar em “casa” o que trará um maior sentimento de conforto pessoal e fluidez, sendo que o oposto também poderá se manifestar quando certos elementos se associarem a determinados signos que não possuem afinidade com a natureza básica do elemento, pois neste caso é como se o signo estivesse numa posição de “estrangeiro” e por assim dizer em um estado de muito desconforto.

Exemplo: Rato de Fogo – Este poderá ser um clássico exemplo de conflito entre opostos: A Água (Elemento natural do Rato) entrará em conflito com o fogo tentando “apagá-lo” é isso poderá gerar muita tensão para o indivíduo, aonde uma parte da sua energia quer se abrir, divertir e se expressar livremente enquanto a outra parte desejará o recolhimento, a quietude e a observação. Esta é sem dúvida uma clássica situação de conflito que poderá se apresentar de forma interna e psicológica ou de uma maneira mais concreta na vida pessoal ou profissional de um indivíduo.

Formou-se em Artes Cênicas pela Casa das Artes de Laranjeira (Cal) do Rio de Janeiro, pela Somatic Experiencing Trauma Institute como Practitioner e em Astrologia Polar Taoísta Zi Wei Dou Shú, com especialização atribuída pela Sociedade Taoísta do Brasil através da orientação do mestre Wu Chy Cherng. Lançou no Brasil, e em 2007, em Portugal, o livro “Zi Wei – Astrologia Das Estrelas”, o primeiro livro em português a abordar o tema. É pesquisadora dos conceitos e símbolos arquetípicos, psicologia Junguiana, bioenergética e neuropsicologia. www.curaarquetipica.com

A cada 60 anos um ciclo se completa, a cada 60 meses, 60 dias e 60 horas também. Podemos acompanhar curiosamente essa dança alquímica dos 60 movimentos (Céu–Terra) de forma a perceber como este sistema sincrônico se aplica a nossa vida, porém esta é magia continua pois cada ciclo será diferente do anterior tendo em vista que cada volta desta roda sexagenária nos prepara para a próxima volta, aonde já deveremos ter integrado a “lição”; e sendo assim, como nós nunca somos os mesmos a cada momento, estas energias sempre atuarão em dimensões cada vez mais diferentes sutis auxiliando-nos em nosso processo de completude e desenvolvimento.

Estarei criando vários textos destas estruturas cíclicas que serão publicados diariamente e vocês perceberão nuances e diferenças a cada texto e a cada recomeço. Estes textos serão redigidos com base na energia anual regente, de fato estarei combinando as várias manifestações energéticas anuais (os animais e elementos de cada ano) com os ciclos bimestrais anuais (60 Dias). Se Você já sabe qual é o animal regente do seu ano de nascimento mas ainda não sabe qual é seu elemento anual regente e quiser acompanhar esse “diário” é fácil – é só seguir o exemplo abaixo, se nasceu entre Março e Dezembro de qualquer ano basta apenas verificar o dígito final do seu ano de nascimento conforme o exemplo: » 1990 - Final 0 ( Metal – Yang ) » 1991 - Final 1 ( Metal – yin ) » 1992 - Final 2 ( Água – Yang) » 1993 - Final 3 ( Água – Yin ) » 1994 - Final 4 ( Madeira – Yang ) » 1995 - Final 5 ( Madeira – Yin ) » 1996 - Final 6 ( Fogo – Yang ) » 1997 - Final 7 ( Fogo – Yin ) » 1998 - Final 8 ( Terra – Yang ) » 1999 - Final 9 ( Terra – Yin ) » 2000 - Final 0 ( Metal – Yin )

E assim por diante...

No caso de você ter nascido nos meses de Janeiro e Fevereiro é melhor verificar no Calendário Chinês para descobrir em que ano Chinês você nasceu pois este período do nosso ano ocidental é a época aproximada do ano novo Chinês, pois este calendário é diferente do ocidental. Existem muitas formas de verificar isso atualmente na internet, entretanto eu posso ajudar se você não conseguir.

22 • 4 estações • jornal astrológico

ASTROLOVERS - PARTE II UM ESTUDO MAIS APROFUNDADO E DEDICADO AOS PROFISSIONAIS DA ASTROLOGIA, COM MAIOR NÚMERO DE MAPAS E NOVAS TÉCNICAS PROFISSIONAIS

N

a segunda fase deste estudo alargou-se a amostra de Profissionais, agora foram incluídos cerca de 50 mapas, também de astrólogos estrangeiros, de várias gerações e abrangendo várias culturas.

Com o aumento da amostra de astrólogos Profissionais, de 12 para 61 mapas astrológicos, confirmou-se o padrão SOL Yin (apurado na primeira parte do nosso trabalho), agora mais esbatido. A par disso, o padrão LUA Yang mantémse, apresentando uma percentagem, comparativamente, ligeiramente inferior. Encontrámos assim os mesmos padrões SOL/LUA: pessoas introspectivas, produtivas, inteligentes e trabalhadoras, com bastante capacidade de comunicação, vocação para o ensino e facilidade de relacionamento com o cliente/aluno (na maioria, SOL em Touro, Gémeos e Virgem; e LUA em Gémeos). A novidade é LUA em Touro e em Balança, ou seja, a Lua ser inspirada também por Vénus.

Quanto aos elementos, repete-se também a maioria do elemento TERRA do signo solar e a predominância do elemento AR do signo lunar. Trata-se de pessoas onde a sabedoria e a necessidade de comunicação imperam, a par da capacidade de trabalho (métodos e técnicas), sempre em busca de aperfeiçoamento e do serviço aos outros, alimentando relações estáveis e harmoniosas.

Mantém-se quem mais inspira o SOL e a LUA tal como se tinha verificado no estudo com uma amostra mais reduzida de Profissionais: o planeta MERCÚRIO. Em segundo lugar encontra-se VÉNUS. Traduz-se em pessoas comunicativas, sábias na partilha do conhecimento, de enorme trato social e que sabem cativar e amar.

O SOL deixa de ser apenas “social” pois além de se encontrar no mundo dos outros (HEMISFÉRIO OCIDENTAL – casas 4 e 6), encontra-se agora também posicionado no mundo coletivo (HEMISFÉRIO ORIENTAL – casas 10 e 11), a casa da realização/ vocação profissional e reconhecimento público e a casa dos grupos de interesse comum.

Outra das novidades é que a LUA agora serve de substrato e ferramenta de trabalho do self e da relação com o outro (consulente) para quem faz da Astrologia a sua Profissão (casas 4 e 7). Anteriormente a LUA residia maioritariamente nas casas 1, 2 e 6.

Alexandra Rua Membro 79

Alexandra Rua, sol em touro, lua em sagitário e ascendente em leão, que se apresenta a todos como “Chá na Lua” descobriu a sua paixão pela astrologia na adolescência. Licenciou-se em Direito em 2000 e agregou-se à Ordem dos Advogados. Depois de variadas e atentas leituras e palestras de astrologia que assistiu, decide apostar na sua formação em algumas escolas de Astrologia de Lisboa, nomeadamente, com Juliana Estevez na Clínica do Ser [2002/2003], Rosário Magalhães em Lisboa [2004/2010], Luis Resina no Espaço Salitre [2011/2014], João Medeiros na CEIA [2014/2015] e agora, com Isabel Guimarães, na Faces. Começou em 2015 a dar os seus primeiros passos em consultas e investigações astrológicas. www.chanalua.com Esta diferença poderá justificar-se por razões culturais da nova amostra, nomeadamente em Portugal os astrólogos são profissionais dedicados e trabalhadores, que lutam pela construção justa da sua imagem; em contrapartida noutros países poderá ser o fator “relações públicas” que diferencia, atendendo ao facto de já ser uma Profissão de reconhecimento público.

A imagem destes Profissionais para o exterior mantém-se emocional e intuitiva (ASC em Caranguejo), e também exigente e ambiciosa surgindo como figura de autoridade e sabedoria (ASC em Capricórnio) e já não em Touro, como antes. Além

jornal astrológico • 4 estações • 23

disso, aparentam ser bastante trabalhadores, dedicados e úteis aos outros (ASC em Virgem), ávidos pela busca da verdade e de conhecimentos superiores, ousando aventurarse no desconhecido (ASC em Sagitário). Quem rege a imagem (ASC) dos Profissionais é tanto JÚPITER que lhe dá a sabedoria, como MERCÚRIO que promove a comunicação e a transmissão do conhecimento, como SATURNO que lhe dá a estrutura e experiência, e a LUA o planeta da sensibilidade e a ponte para o inconsciente.

Outra novidade: o SOL deixa agora de ter uma presença predominante nas casas cadentes e encontra-se agora em TODOS os tipos de casas. Por outro lado, a LUA, rainha da sensibilidade, intuição e do inconsciente deixa de estar maioritariamente em casas sucedentes e passa agora a estar em CASAS ANGULARES, casas estas que lhe permitem a sua expressão máxima.

JÚPITER, o planeta dos saberes e da espiritualidade, mantém a sua presença forte no mapa e continua a brilhar, sendo mais luminoso e visível no céu: mantêm-se os fundamentos de estar em aspecto ao Meio do Céu, e/ou estar oriental ao Sol. Porém, já não por estar destacado no mapa (início/fim da “Locomotiva”; pega do “Balde”), como acontecia na primeira versão deste estudo.

Destacam-se as relações de JÚPITER com a LUA e com ÚRANO. Com a primeira predomina uma relação viva e tensa (QUADRATURAS), porém também harmoniosa e fluída (SEXTIS E TRÍGONOS), evidenciando uma boa comunicação entre o mundo da sabedoria e o mundo intuitivo do inconsciente. Com o segundo, os aspectos harmoniosos são dominantes (SEXTIS E TRÍGONOS), potenciando “flashes” intuitivos no universo do conhecimento.

Quanto às competências de comunicação e do ensino nestas pessoas, o seu planeta regente, MERCÚRIO, não permanece em CASAS ANGULARES, como antes, mas mantém a relação viva (QUADRATURA) com Júpiter, o planeta da espiritualidade e dos conhecimentos superiores.

Quanto ao Meio do Céu, encontrámos maioritariamente o seu posicionamento em signos metódicos e fortes (MC em Virgem e em Escorpião), o primeiro regido por Mercúrio e o último por Marte, planeta responsável pela coragem em assumir as suas convicções; promovendo Profissionais independentes sem medo de entrar em choque com a sociedade, quebrando tabus e preconceitos, e trazendo ao mundo uma nova forma de estar, sendo poderosos curadores (MARTE no MC) e activos comunicadores (MERCÚRIO no MC).

Outra das novidades deste novo estudo, foi a análise dos Nodos Lunares. Encontrámos uma forte repetição de aspectos do Nodo Norte, anunciando: i. Uma forte relação entre a direcção e propósito de vida dos Profissionais e a profundidade dos seus conhecimentos superiores, como por exemplo a Astrologia (NODO NORTE em QUADRATURA a JÚPITER); ii. Uma forte predominância de uma relação harmoniosa entre a partilha do conhecimento, quer via ensino quer via consulta, com o Outro, cumprindo esse propósito de vida (NODO NORTE em SEXTIL a MERCÚRIO); iii. Uma relação intensa que promove descobertas repentinas no caminho da nossa direcção de vida (NODO NORTE QUADRATURA ÚRANO). ÚRANO, planeta que rege a originalidade e a irreverência (que muitos associam à Astrologia), encontra-se nas casas da personalidade, dos relacionamentos e da espiritualidade (CASAS 1, 7 e 12), estando a maioria em casas de máxima expressão e poder (CASAS ANGULARES), sendo MERCÚRIO e VÉNUS os seus planetas inspiradores (DISPOSITORES DE ÚRANO).

Por fim, os REGENTES mais frequentes da CASA dos Estudos Superiores, onde se encontra o estudo da Astrologia (CASA 9), são SATURNO e VÉNUS, ajudando a compreender que para se estudar e Profissionalizar como astrólogo implica disciplina, maturidade, seriedade e muito amor ao estudo e ao próximo!

24 • 4 estações • jornal astrológico ESTUDANTES No caso dos Estudantes não houve um aumento significativo de mapas analisados (42 anteriormente e agora 50) sendo, na sua maioria, de nacionalidade Portuguesa (incluindo um número reduzido de Brasileiros).

Já tínhamos encontrado na amostra anterior, e confirmamos agora, um padrão nos Estudantes de Astrologia: SOL Yin [Touro (signo da exaltação da Lua) e Caranguejo] e LUA em Sagitário, ou seja, indica pessoas mais introvertidas, receptivas e passivas porém, com uma vontade apaixonada (elemento do signo lunar: FOGO) de saber mais e de descobrir novos mundos, crenças e verdades que lhes alimente a alma e dê sentido à sua vida. No entanto o padrão LUA YANG, forte no primeiro estudo, desaparece.

Apesar dos Estudantes terem esta sensibilidade determinada, forte e expansiva em aprender uma nova forma de sentir os outros e o mundo, a sua forma de ser/estar é intuitiva e emocional (elemento predominante do signo solar: ÁGUA), agindo por impulso (modo CARDINAL em maioria) na busca apaixonada e sem medo dessas descobertas/conquistas, sendo flexíveis e sensíveis nesse caminho (elementos do signo lunar: FOGO e ÁGUA predominantes).

No Universo dos Estudantes quem “ilumina” o Sol é, em maioria, a LUA e quem dispõe da Lua, é curiosamente, JÚPITER, o planeta do conhecimento superior, da expansão, da fé e da espiritualidade (ou seja, porque não, da Astrologia?)

[DISPOSITORES DO SOL E DA LUA].

O SOL e a LUA encontram-se nas mesmas casas (4, 7 e 9), ambos no Hemisfério Ocidental, ou seja, estão posicionados em áreas de vida onde o Outro reina e ensina.

Os Estudantes vão à descoberta de novos mundos (o SOL encontra-se em casas ANGULARES na sua maioria). Porém, a sua sensibilidade é ainda pouco trabalhada em relação a quem já navega há mais tempo nestas águas (a LUA encontrase em maioria em casas CADENTES). Assinala-se ainda que o padrão de LUA única no quadrante deixa de ser expressivo.

A máscara que os Estudantes mostram aos outros é de uma criança que começa a dar os seus primeiros passos e que se entrega ao Outro e ao Todo (em maioria, ASC em Caranguejo ou signo lunar, mas também ASC em Peixes), rica no seu mundo inconsciente, sensível e intuitivo (REGENTE do ASC – LUA), em busca por algo Maior que dê sentido a todas as suas perguntas sobre quem é e o que faz neste mundo dos homens (REGENTE do ASC – SOL), respostas que o ajudam a encontrar a razão da sua existência (REGENTE do ASC – JÚPITER). À semelhança dos Profissionais, encontramos um forte padrão de aspectos aos Nodos Lunares, nomeadamente: i. Uma relação harmoniosa entre a direcção e propósito de vida dos Profissionais e a aprendizagem de conhecimentos superiores, como a Astrologia (NODO NORTE em SEXTIL e TRÍGONO a JÚPITER); ii. Uma relação harmoniosa entre os estudos e o propósito de vida de aquisição de conhecimento (NODO NORTE em SEXTIL a MERCÚRIO); iii. Uma relação intensa que promove descobertas repentinas no caminho da nossa direcção de vida (NODO NORTE QUADRATURA ÚRANO). ÚRANO encontra-se por sua vez nas casas associadas aos talentos e recursos, às criações artísticas, às rotinas e ao conhecimento superior (CASAS 2, 3, 5, 6 e 9), estando em maioria em casas de médio e fraco poder (CASAS SUCEDENTES e CADENTES), sendo MARTE e VÉNUS os seus planetas inspiradores (DISPOSITORES DE ÚRANO), regentes da acção e do amor.

Por fim, os REGENTES dos Estudos Superiores, onde se encontra a Astrologia (CASA 9), são MARTE e SATURNO, ajudando a compreender que para estudar ASTROLOGIA é preciso ter vontade de querer saber mais e estudar com disciplina, seriedade, maturidade e paciência porque o mundo da ASTROLOGIA é vasto, rico e desafiante.

Isabel Parreira Membro 197

(Continua com Direcções Simbólicas, Progressões Secundárias, Trânsitos e Decanatos para 25 Profissionais)

Sol em Caranguejo , Ascendente Touro, Lua em Sagitário. Isabel licenciou-se em Engenharia Informática pela UNL em 1991 e tem exercido a sua atividade profissional entre Portugal e a Alemanha. Desde cedo o seu Mercúrio em Gémeos tem sido incansável e procura satisfazer a sua infinita curiosidade. Em 2009 o seu Meio do Céu em Aquário descobre a Astrologia e em 2013 decide iniciar a formação no CEIA, com João Medeiros. Vive em Lisboa e sonha um dia viajar até à Lua.

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Como reconhecer um nativo com Vénus em Carneiro num primeiro encontro? É aquele que propõe esquecer o jantar e a ida ao cinema e começar a noite no “vale dos lençóis”.

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GE

RAIS

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28 • 4 estações • jornal astrológico

OS GÉNIOS (OU OS LOUCOS) VÊM AÍ!

O

dicionário da língua portuguesa define a palavra génio da seguinte forma: “pessoa que sobressai pela aptidão excecional para determinada atividade, principalmente se relacionada com o intelecto”.

Em astrologia não se pode limitar a assinatura de genialidade a um signo, um planeta ou um aspeto. Contudo, consultando os livros de astrologia do género “cookbook” há um aspeto onde a palavra “génio” aparece mais vezes do que em qualquer outro. A conjunção Sol/Úrano.

Alan Oken no seu livro “Complete Astrology” escreve: “Uma pessoa com este aspeto pode ser um génio mesmo que seja errático e imprevisível”.

“The Astrologers Handbook” de Sakoian e Hacker refere: “Os indivíduos com esta conjunção não estão necessariamente sujeitos às limitações correntes. Os meios que usam são baseados numa lei mais elevada, ou mais corretamente, numa compreensão mais avançada da Lei Una e Universal. São muitas vezes apelidados de génios.”

A minha filha tem no seu mapa astral esta conjunção em Balança e, de facto, é muito inteligente e ocasionalmente tem observações e raciocínios que podem ser classificados de geniais. Até agora não tem demonstrado características de imprevisibilidade nem de comportamento errático, a palavra politicamente correta para louco.

Anualmente há 20 dias em que o Sol transita a pelo menos 10° de Úrano. Todos os anos os nativos desses 20 dias têm no seu mapa astral a conjunção Sol/Úrano. O signo vai variando pois Úrano permanece no mesmo signo durante 7 anos.

Fiz uma busca e encontrei pessoas geniais tanto no sentido de possuírem talento invulgar como no serem precursoras abrindo caminho para a Humanidade com esta conjunção em diversos signos. Aqui ficam alguns exemplos: » A extraordinária cantora de ópera Monserrat Caballé e Ram Dass têm-na em Carneiro; » Sigmund Freud e o ator Jack Nicholson são de signo solar Touro conjunto a Úrano. » O psiquiatra que estudou pela primeira vez a doença que veio a ter o seu nome, Alois Alzheimer, tem a conjunção apropriadamente no signo de Gémeos. Os outros dois exemplos que encontrei pendem manifestamente para o lado dos loucos: Donald Trump e Ted Kaczynski, mais conhecido pelo “Unabomber” . Kaczynski era um jovem brilhante com dotes para matemática e entrou em Harvard com 16 anos, formou-se e logo de seguida obteve um doutoramento. Daí a poucos anos, desiludido com o mundo “industrial” retirouse para um local isolado e durante 17 anos, até que foi preso, construiu a enviou pelo correio bombas que mataram 3 pessoas e feriram 17. Em 1995 contactou o New York Times e o Washington Post para que publicassem o seu “Manifesto anti – tecnologia”, um documento de 35.000 palavras. Se fosse publicado ele deixaria de enviar bombas. Os jornais publicaram o manifesto na íntegra em suplementos e foi assim que o irmão de Ted Kaczynski reconheceu o seu estilo e o identificou à polícia. » Meryl Streep, a mais premiada atriz de sempre, tem a conjunção em Caranguejo. » Le Corbusier, o pioneiro da arquitetura moderna tem a conjunção Sol/Úrano em Balança.

» Walt Disney, que revolucionou o cinema de animação, temna em Sagitário e infelizmente no ciclo seguinte um jovem alemão louco, Andreas Lubitz, que despenhou um avião cheio de gente no sul de França, também a tem. » Johannes Kepler, figura chave da revolução científica do séc. XVII e Lou is Pasteur, a quem devemos os princípios das vacinas e do processo que veio a ter o seu nome, pasteurização, são de signo solar Capricórnio e apresentam a conjunção a Úrano.

Pensei que as conjunções Sol/Úrano nos anos em que Úrano esteve no seu signo de regência, Aquário, teriam dado pessoas com características mais extremas dentro do arquétipo aquariano: mais fora do comum, com perspetivas diferentes, procurando soluções alternativas, revolucionários, pioneiros nos seus campos, etc.

Esta reflexão foi-me sugerida quando ouvi tocar um jovem pianista e pensei: “este rapaz é um génio!”. Uma vez que é filho de uma cliente foi fácil saber a sua data de nascimento e verificar que o seu tema apresenta a conjunção Sol Úrano em Aquário pois nasceu no fim de Janeiro de 1996, escassos dias depois de Úrano ingressar em Aquário pela última vez.

Encontrei pessoas extraordinárias, apesar de algumas não muito conhecidas do público em geral, que em ciclos precedentes de Úrano em Aquário apresentam a conjunção Sol/Úrano nos seus temas natais.

As estadias anteriores de Úrano em Aquário foram de 1745 a 1752, de 1828 a 1835 e de 1912 a 1919. » O filósofo alemão Adam Weishaupt nascido a 6 de Fevereiro de 1748 fundou a sociedade secreta dos Illuminati, numa época em que as sociedades secretas surgiam pela Europa.

Contudo a sua foi fundada aproveitando conscientemente esse meio com “um objetivo real e digno, para o benefício das pessoas”. Weishaupt considerava que o poder eclesiástico e o poder secular não zelavam pelo interesse da população. Os Illuminati, por defenderem princípios radicais, foram proibidos na Alemanha e Weishaupt perdeu o seu lugar de docente na Universidade mas as suas ideias encontraram eco em França e foram o principal suporte filosófico para a Revolução Francesa. » Nascido em 23 de Janeiro de 1832 Edouard Manet é considerado pelos historiadores da arte como “o primeiro pintor moderno”; os Impressionistas que vieram a seguir a Manet consideravam-no um génio, e a sua influência sobre a arte do século XIX e XX foi profunda. O seu quadro “Le déjeuner sur l’herbe” escandalizou o mundo artístico conservador de Paris.

Le déjeuner sur l’herbe, 1863

» Uns dias mais tarde, a 27 de Janeiro do mesmo ano nasceu Lewis Carroll, matemático, ministro religioso, fotógrafo e escritor inglês, considerado um mestre no género da literatura do absurdo. Publicou “Alice no País das Maravilhas”, em 1865, que é um dos livros infantis mais famosos do mundo. Contase que a Rainha Vitória gostou tanto das aventuras de Alice que pediu que ele lhe mandasse uma primeira edição do seu próximo livro. Foi “Um Tratado Elementar sobre Determinantes” do domínio da matemática. É possível que esta história não seja verdadeira mas ilustra a estranheza da vida dupla de Carroll que apesar da natureza radical de sua ficção do absurdo era um matemático conservador que rejeitou muitas das novas ideias emergentes em matemática durante o século XIX. » A 8 de Fevereiro de 1834 nasceu Dimitri Mendeleev , químico russo que reformulou a Tabela Periódica de Elementos. Ele foi um precursor, pois “inadvertidamente” listou os elementos por ordem crescente de número atómico, conceito que ainda não era conhecido pela comunidade científica. » Saltando um ciclo de Úrano e a três dias do ingresso final deste planeta em Aquário, a 28 de Janeiro de 1912, nasce Jackson Pollock com a conjunção Sol/Úrano no Meio do Céu . Pintor americano, que foi uma figura importante dentro do estilo de expressionismo abstrato, utilizou uma técnica invulgar, única do seu talento criativo: “drip painting”. Lutou contra o alcoolismo e tinha uma personalidade volátil tendo vivido isolado grande parte da sua vida. » No dia 1 de Dezembro de 1955, no sul dos Estados Unidos onde a segregação racial era lei, uma mulher de 42 anos, Rosa Parks, recusou-se a obedecer ao condutor do autocarro que a tinha mandado dar o seu lugar a um passageiro branco. Esse ato de desobediência, de revolta, apesar de não ter sido a única rebelar-se, fez dela a figura emblemática do Movimento pelos Direitos Civis dos Estados Unidos da América. Rosa Parks tinha nascido a 4 de Fevereiro de 1913 com uma conjunção Sol/Úrano ativada em 1955 pela oposição de Úrano. O seu “BASTA” teve consequências para milhões de negros americanos.

jornal astrológico • 4 estações • 29 e viveu praticamente na miséria no Texas. Tornou-se uma das principais figuras da Geração Beat e foi inspiração para o livro de Jack Kerouac “On The Road”. Foi um dos personagens escolhidos, aliás como Lewis Carroll, para fazer parte da capa do disco dos Beatles Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

Que nos trará a colheita de nativos da estadia de Úrano em Aquário e sobretudo dos nativos desses 20 dias dos anos de 1996 a 2003 em que a conjunção Sol/Úrano está operativa?

Algumas dessas datas têm configurações muito fortes. Em 1997 temos duas semanas em que Júpiter amplifica a conjunção Sol Úrano. Em 28 de Janeiro de 1998 e em 5 de Fevereiro de 2000 temos a Lua Nova conjunta a Úrano, e em 1999 temos Mercúrio e Neptuno a adicionar as suas energias ao potente stellium em Aquário. Em 2002 é a vez de Vénus estar também em Aquário a suavizar a eletricidade deste período.

Estes jovens que agora têm 13, 14, 15… 20 anos serão revolucionários, loucos, precursores, cientistas, leaders que levarão a Humanidade para novos caminhos? E os nativos de 2 Fevereiro de 2001 e de 8 de Fevereiro de 2003 com o Sol no meio ponto entre Úrano e Neptuno: que arte, que inspiração, que iluminação nos trarão?

“De génio e de louco todos temos um pouco” diz o ditado popular, mas estes indivíduos com Úrano em Aquário em conjunção ao Sol prometem trazer ao mundo rasgos de genialidade e possivelmente de loucura. Uma coisa é certa, vivem num mundo que a maioria de nós, comuns mortais, apenas vislumbra.

Notas: » (1)http://lounge.obviousmag.org/nexus_desconexos/2012/03/umjunky-que-almoca-nu-william-borroughs.html#ixzz3xmtU2lTf »Dados de nascimento verificados em: http://www.astro.com/astrodatabank/ »Detalhes biográficos: https://en.wikipedia.org/wiki/

Luiza Azancot Membro 15

Rosa Parks » Uma figura interessante por exemplificar o arquétipo Aquariano extremo é William Burroughs nascido a 4 de Fevereiro de 1914. Herdeiro da família que tinha feito fortuna com máquinas de calcular, cedo mostrou a sua inclinação para quebrar todas as regras sociais e sexuais. Aos vinte e poucos anos depois de se formar em Harvard, juntou-se a um gangue do submundo do crime e das drogas em Nova Iorque. Na década seguinte tornou-se intencionalmente um viciado em heroína. Muda-se para Tanger para melhor explorar o seu lado homoerótico e aí escreveu “Almoço Nu”, em 1959 “um livro desconcertante, uma alegoria muitas vezes incompreensível, onde ele cria através de sua linguagem um universo paralelo, fragmentado, complexo e enigmático, em que cada parágrafo é um romance por si só.”. (1) Mais tarde dedicou-se à agricultura

Dedica-se exclusivamente à Astrologia desde 2001, tendo realizado a sua formação nos EUA onde obteve o diploma NCGR IV. Com o Sol, Lua e Mercúrio teve um percurso não linear que incluiu um MBA em Gestão Internacional e residência em diversos países. De regresso a Portugal, escreve o livro “Diário de uma Astróloga” publicado pela Temas e Debates, em 2014. Além da escrita e de cultivar legumes biológicos a sua atividade principal é a de consultora astrológica. www.luizaazancot.com www.facebook.com/diariodeumaastrologa

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ERA DE AQUÁRIO E O RECONHECIMENTO DA ASTROLOGIA

I

ntrodução: A Era de Aquário é tempo de UNIÃO! Diferentemente da anterior – a de Peixes, em que o foco foi a Diferenciação, a Especialização, a Personalização; na atual – que está em seu início – a prioridade é o verbo UNIR! Por sua vez, este novo tempo, caracterizando-se pela ruptura das Diferenças, das ditas Especializações, causa a princípio um choque, afinal ele ``despersonaliza´´ idéias, conceitos, opiniões... em qualquer dimensão fenomênica!

Em relação à nossa, a nova Era pede que vez ou outra, nos afastemos do formalismo astrológico usual para justamente podermos visualizar os limites deste nosso universo particular com os que lhe são vizinhos. Trata-se, pois, de direcionarmos a percepção para a fronteira da Astrologia com outras áreas cujos objetos de investigação são os mesmos, entre as quais, a Física (que igualmente investiga os corpos celestes) e a Biologia (que também trata dos animais)... de onde às astrólogas e astrólogos que queiram aplicar o Pensamento Aquariano em sua própria área de trabalho, cabe, momentaneamente, se transportarem para a área da ``Filosofia da Astrologia´´.

Uma das expectativas inevitáveis neste processo de ruptura das Diferenças... é o encontro da Astrologia com a Biologia e a Física. Evidente que essa união acontece no nível fenomênico mais profundo. Observando-se da ``superfície ´´essas três áreas, isto é, em seus atuais formalismos, elas são diferentes entre si, mas no fundo, no fundo... na origem dos fenômenos, elas se juntam, ou seja, há um formalismo que as iguala, as reúne.

Resumindo a expectativa = o processo Aquariano nos conduzirá a este `formalismo comum´ e em consequência, ao reconhecimento dos fenômenos astrológicos pela atual ciência.

FORMALISMO COMUM Os parágrafos anteriores indicam que podemos atingir `científicamente´ essa ``região comum´´ (onde os fenômenos astrológicos se encontram com os físicos e biológicos) por dois caminhos = ou partindo-se da Física ou da Biologia. E desde que a Astrologia Ocidental privilegia Astros, o ímpeto inicial é investigarmos de que modo os corpos celestes influenciam comportamentos e destinos humanos! Ora, este caminho é árduo. Certamente que um dia será percorrido, mas por agora ou melhor dizendo, a médio prazo, é utópico. Nos resta, então, o caminho Biológico... intuitivamente mais viável, afinal Animais estão mais próximos de nós do que os Astros!

Apesar dessa facilidade ele apresenta obstáculos...

OS QUATRO OBSTÁCULOS

O primeiro está em `casa´! Como tendemos a interpretar a expressão A-S-T-R-O-L-O-G-I-A ao `pé da letra´, o caminho Biológico, que privilegia os Animais – e não os Astros... é para nós, um sacrifício de ser percorrido! Apesar de que o significado original do termo ``Zodíaco´´, evento central da Astrologia, é ` círculo dos ANIMAIS´ - e não de astros nem constelações... desenvolvemos um acentuado desprezo em relação ao universo Animal.

Desde que optamos pelo caminho Biológico para a validação da Astrologia, surge o segundo obstáculo = ... priorizamos a personalidade dinâmica determinada pelos nossos Mapas Astrais, ou seja, damos mais importância ao signo ascendente e seus agregados (à `vida´ da pessoa, ao seu vir-a-ser) do que ao signo base, (ao Sol em ..., ao que a pessoa é, à sua essência). Evidente que essa nossa tendência à complexação, ao detalhamento do detalhamento, apesar de extremamente útil aos usuários, ela mascara a importância do signobase... e o caminho Biológico começa necessariamente pela investigação deste caráter.

Terceiro obstáculo = como é do conhecimento, os signos da Astrologia Ocidental, definidos pelo Zodiaco Solar (Áries a Peixes), determinam características da personalidade do corpo PSÍQUICO humano... e o caminho proposto, em se tratando de Biológico, prefere, ao menos de início, investigar os signos astrológicos determinantes da personalidade do corpo FÍSICO... ou seja, ele se apoia num primeiro momento nos signos-base do Zodíaco LUNAR (Rato a Porco), e portanto na Astrologia Oriental, território ainda incógnito para a maioria dos que se dedicam à Astrologia Ocidental. A despeito de os dois Zodíacos serem homólogos, essa é outra dificuldade.

Quarto e último obstáculo = desde que a personalidade de um corpo FÍSICO, seja ele animal ou humano, é determinada, num primeiro patamar, por suas `preferências sensoriais´... convenhamos, perceber essas preferências, envolvidos que estamos não só pela Internet como também pela magia das nossas cartas astrológicas ... é uma tarefa e tanto!

jornal astrológico • 4 estações • 31 PERCEPÇÃO Internauta, fã da Astrologia... observe atentamente a ``classificação sensorial´´ abaixo = ela separa os animais em 2 grupos, = de um lado, os signos da família do GATO (cujo paradigma é uma AVE) e do outro os da família do CACHORRO (cujo paradigma é um RÉPTIL). Enquanto os primeiro preferem ver e ouvir, os segundos, serem vistos e ouvidos.

António Eugénio Membro 189

Obs = lagarto ::: cobra larga (`dragão´) E o seu corpo físico? Quando em comunicação com outro... ele prefere se posicionar para VÊ-LO e OUVI-LO ou para SER VISTO e OUVIDO ? Lembrete: um corpo, animal ou humano, não pode ter as duas libidos. Ou uma ou outra.

Qual é a sua!

Colega astrólogo(a), determinar ``a libido audiovisual ´´ do seu corpo FÍSICO... é o primeiro passo para se introduzir no `caminho Biológico para o reconhecimento das Astrologias´.

Nasceu em São Paulo (BR), em 22/02/48. Graduou-se em Engenharia de Telecomunicações com mestrado na área da Educação ... e após atuar 12 anos nessas áreas, mudou de rumo - decidiu seguir o ` coração´ - e passou a se dedicar, a partir de 1985 e de forma independente, à `` Filosofia das Astrologias´´ , ...desenvolvendo pesquisas na intersecção destas com a Biologia. Uma das implicações do seu trabalho, é demonstrar a natureza biológica dos calendários Lunar /Oriental e Solar/ Ocidental.

O site www.astrologiasensorial.com.br lhe ajudará na tarefa. Bom proveito!

Quantos carneiros são precisos para mudar uma lâmpada?

Apenas um, mas serão precisas muitas lâmpadas.

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ÚRANO, NEPTUNO E PLUTÃO –

A DIMENSÃO TRANSPESSOAL NA ASTROLOGIA

Ú

rano foi descoberto em 1781. Até aí o sistema solar terminava em Saturno, o planeta dos anéis, símbolo de fronteira e limite. Oito anos depois dá-se a Revolução Francesa, nascida sob os ideais do Iluminismo, e com ela se efectiva uma nova visão do homem como ser auto-determinado, livre para se descobrir para além dos limites socio-culturais impostos pela sua herança tradicional.

Em 1846, Neptuno é avistado pela primeira vez, numa altura em que o Romantismo dominava o pensamento ocidental, com a sua ênfase no sentir e na religação à esfera da alma, após todo o processo de intensa racionalidade e objectividade preconizados pelo Iluminismo. É neste período que vemos surgir toda uma movimentação social e política (como são exemplo as revoluções de 1848) que procurava estabelecer uma sociedade mais justa e integrativa. É já no séc. XX que Plutão é descoberto, em 1930. O avanço na psicanálise, levou-nos a reconhecer o poder do inconsciente e da necessidade de mergulhar profundamente em nós mesmos para conhecermos verdadeiramente o potencial da consciência humana. Ao mesmo tempo, o avanço tecnológico permitiu descobrir formas extremamente poderosas de obtenção de energia, através da transmutação dos elementos (fissão nuclear).

As descobertas destes 3 planetas aconteceram assim, em alturas de grande impulso evolutivo na consciência humana, muito embora tenham trazido também muita destruição e sofrimento, devido à subversão e assimilação negativa destes novos paradigmas. Não obstante, estes planetas representam simbolicamente as chaves para a transcendência das limitações da personalidade egocêntrica, rumo à descoberta de uma identidade que se define face à sua participação consciente num todo cósmico.

No seu livro “A Dimensão Galáctica da Astrologia”, Dane Rudhyar fala de Úrano, Neptuno e Plutão, como emissários da galáxia, ou seja, como princípios de ligação que fazem a ponte entre o universo pessoal do sistema solar e o espaço galáctico comunitário. Assim, dentro de um modelo psicológico da Astrologia, até Saturno estamos dentro dos limites da personalidade, e a partir de Úrano entramos na dimensão transpessoal de ligação com o todo.

Vamos então olhar mais pormenorizadamente para este modelo.

O Sol, sendo o centro do sistema, é por isso símbolo do poder gravitacional do Eu Pessoal que mantém a consistência e estrutura da personalidade. Mercúrio e Vénus representam os princípios que mais de perto trabalham para a definição desse Eu: a capacidade racional e analítica e a busca de prazer e conforto.

A Terra, o local onde existimos fisicamente, tem como satélite a Lua e esta representa o impulso da Alma, na busca de completude, que se manifesta a este nível mais primário, na necessidade de relação e ligação emocional.

Fora da órbita da Terra, o primeiro planeta que encontramos é Marte, e ele representa a libido e o instinto de autopreservação, que servem a vontade do Eu Pessoal. Marte é assim símbolo de emancipação do Eu face à matriz familiar representada pela Lua, ele é a “espada” que corta o cordão umbilical e nos projecta para o reconhecimento e afirmação de uma identidade separada e individual.

Seguidamente encontramos Júpiter, o princípio de assimilação que nos permite expandir dentro de um contexto social, segundo princípios morais e éticos de convivência. Aqui encontramos uma primeira aproximação à transcendência, embora ainda indirecta, sendo mediada por construções mentais, como filosofias e doutrinas religiosas.

E chegamos a Saturno, a fronteira do Eu Pessoal, definida pelas limitações físicas da existência e pela subordinação à estrutura social e cultural a que pertencemos. O confronto com a finitude é aqui o apelo seguinte à transcendência, ainda indirecto, manifestando-se no desenvolvimento de métodos e disciplinas, que nos levam ao despojamento do que não é essencial e a empreender esforços no sentido de nos prepararmos para o contacto directo com a Individualidade Transpessoal, ou Eu Superior.

Para lá de Saturno entramos num novo espaço, e os três planetas – Úrano, Neptuno e Plutão – que aqui encontramos, representam o processo de transformação que o Eu Pessoal terá que operar para permitir que a consciência se expanda para lá dos limites do Ego. Este processo dá-se desafiando directamente os princípios representados por Marte, Júpiter e Saturno. Úrano desafia Saturno, rompendo os limites rígidos que impedem o reconhecimento de uma Individualidade para lá do Eu Pessoal, estruturado numa personalidade egocêntrica. Aqui a Identidade é convidada a definir-se já não em função duma vontade auto-centrada, mas perante um projecto de integração numa consciência partilhada. É o despertar para a colectividade do espaço galáctico, onde o Sol participa com a sua luz numa estrutura

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que o transcende, e que enquadra o seu propósito criativo individual. Da mesma forma a Identidade individual deixa de estar aprisionada em construções culturais, como por exemplo a raça, a nacionalidade ou a classe social, para se assumir universal na sua diferença – lembrando Sócrates: “não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo”.

Neptuno desafia Júpiter, na medida em que dissolve as crenças e princípios que são apenas reflexos da realidade que está para além do Ego, expandindo a consciência a um nível de contacto directo e comunhão com o todo. O processo transformador de Neptuno desperta-nos para o desenvolvimento de faculdades intuitivas de percepção, que nos permitem vivenciar internamente aquilo que ao nível de Júpiter apenas pressentimos pela fé.

Por último, Plutão desafia Marte, expondo a nu as resistências do Ego em abdicar do controlo da Identidade individual, e pressionando para uma rendição que permitirá a esta libertar-se da sua condição separada. Este processo implica uma recalibração dos instintos de sobrevivência que defendem a personalidade das ameaças externas à sua integridade, pois numa primeira fase, esta abertura ao transcendente é sentida como uma morte do Eu Pessoal, desencadeando automaticamente resistência.

Este desafio de Plutão pede de facto um salto no escuro - uma aposta sem reservas, rumo à transformação. E é de facto uma morte simbólica, que nos permite sair pelo “outro lado” num nível mais elevado de consciência.

Voo - Jorge Lancinha, 2001

O contacto com a Transcendência, o Divino, a Fonte, ou outra designação que Lhe queiramos dar, implica um processo de transformação e expansão da consciência, e estes três planetas representam as principais ferramentas que, neste momento da nossa evolução colectiva, nos convidam a operar esta viagem rumo à integração numa consciência galáctica

Jorge Lancinha Membro 56

Nasceu em 1975 na cidade de Évora e é formado em Pintura pela FBAUL. Estuda Astrologia e Esoterismo desde 2000. No presente dedica-se prossionalmente à Astrologia na vertente de consultoria de desenvolvimento pessoal e à investigação e formação na área da simbologia astrológica, e da psicologia analítica. www.astrologia.jorgelancinha.com

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PONTOS MÉDIOS: O MUNDO “INVISÍVEL” DA CARTA ASTRAL

E

mbora a técnica dos pontos médios seja muito antiga, foi só em meados do século passado que a sua utilização foi redescoberta e desenvolvida pelo astrólogo moderno. Os softwares de astrologia também ajudaram no seu ressurgimento pela rapidez e facilidade com que se realizam os cálculos e se combina a informação.

A simplicidade de aprendizagem desta técnica contrasta com a imensidão de informação que dela se consegue extrair. Quando a comecei a estudar, senti como que um novo mundo de informação, até à data “invisível” aos meus olhos, começava a ser revelado pela primeira vez. Isto despertou em mim aquele êxtase que se sente nos primeiros anos de aprendizagem da astrologia em que tudo é novo e fascinante. Espero que esta introdução à técnica dos pontos médios possa despertar a mesma emoção a todos os que ainda não a conhecem. À semelhança do que acontece com qualquer técnica de astrologia, a informação obtida não deve ser analisada isoladamente, mas sim integrada com o resto da informação da carta astral. Isto é uma regra de ouro que deve estar sempre presente. A capacidade de selecionar, a partir de cada técnica astrológica, a informação que é relevante para a interpretação em causa, é igualmente determinante no sucesso da aplicação de qualquer técnica, nomeadamente nesta.

O que são e como se calculam os pontos médios?

Ponto médio (PM) é o ponto que se encontra exatamente no meio de dois planetas. Uma vez que no círculo do Zodíaco existem dois pontos médios entre cada par de planetas X e Y, considera-se como ponto médio entre X e Y, o PM (direto) situado no arco menor e representa-se como X/Y – ver ilustração na Figura 1.

Fig.1

O ponto médio X/Y calcula-se da seguinte forma: 1. Somar a posição dos dois planetas X e Y em valores longitudinais.

2. Dividir a soma por 2 (se a soma for > 360º antes da divisão, subtrair 360º).

3. Reconverter o valor e obter o signo e o grau do PM direto.

Em termos de interpretação, o ponto médio entre dois planetas é o grau onde as energias dessa combinação planetária se fundem e são expressas de forma combinada, como se se tratasse de uma só unidade. De certa forma é equivalente ao conceito da conjunção. No entanto, o efeito de uma conjunção está sempre presente no mapa enquanto um PM, se não estiver ocupado na carta astral por um terceiro fator, tende a ficar adormecido até ser ativado por um trânsito, progressão, direção de arco solar ou por uma lunação.

O princípio da técnica dos pontos médios é que em qualquer carta astral existe um ponto em que cada combinação planetária se expressa como uma unidade. Assim, mesmo não existindo aspetos entre uma determinada combinação planetária podemos sempre calcular o seu ponto médio. Podemos fazer combinações planetárias envolvendo planetas, nodos lunares e ângulos.

Pontos médios especiais Existem dois pontos médios especiais em qualquer carta astral. São eles o PM entre a Lua e Sol - B/A e o PM entre o Ascendente e Meio do Céu - K/L. B/A: É conhecido pelo ponto de conjunção dos alquimistas ou do “casamento interior” onde se funde o lado “masculino” e “feminino”. Nesta fusão, o lado masculino representa a parte lógica, verbal, intelectual e o lado feminino a parte emocional, musical e intuitiva. É por isso um ponto associado ao potencial criativo e à realização pessoal na sua mais elevada expressão. É o ponto de união dos aspetos base do Ser simbolizados nos arquétipos da Lua e do Sol. O potencial criativo representado por este ponto está presente em todos nós, mas tende a estar especialmente forte nas cartas onde este ponto é ativado por um terceiro fator como veremos mais adiante.

K/L: Este ponto médio só deve ser calculado se soubermos a hora exata do nascimento. Alfred Witte, um investigador desta técnica, relacionava o Meio do Céu à ideia do “tempo” e o Ascendente à do “espaço”. Daqui nasce a relação deste ponto com o momento presente, “here and now”. Por outro lado, ele combina as nossas ambições socias e direção profissional (M.C.) com a forma como nos projetamos no mundo e tomamos iniciativa (ASC).

Assim, também é muito representativo da forma como orientamos a nossa vida e como vamos atualizando a nossa relação com o mundo.

Combinação de um terceiro fator Quando um terceiro planeta faz um aspeto a um ponto médio, ele vai atuar como um canal direto para expressão das duas energias combinadas, funcionando como um catalisador (ponto focal) para o processo de fusão dos dois planetas.

O aspeto pode ser por conjunção ao PM direto, oposição (180º), quadratura (90º), semiquadratura (45º) ou por sesquiquadratura (135º) porque os estudos evidenciaram que um ponto médio é ativado não apenas no grau do PM direto mas também nos graus correspondentes a todos esses aspetos. Assim, para cada PM temos 8 pontos no mapa (graus) onde ele pode ser ativado. Quando um planeta está num desses 8 graus, diz-se que o planeta está “no ponto médio”. Por exemplo, se Júpiter estiver num dos oito pontos ilustrados na Figura 2, diz-se que Júpiter está no ponto médio da Lua e do Sol, representando-se: B / A = F.

Fig.2

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Considerando os aspetos acima, para cada PM vamos ter 4 graus de ativação em signos de uma modalidade (cardinal, fixo ou mutável) e mais 4 em signos de outra modalidade. Seria complicado calcular manualmente os pontos médios e os respetivos graus de ativação para as várias combinações planetárias. No software “Solar Fire”, na opção “MidPoint Modes”, conseguimos obter a lista de todos os PMs e respetivos graus de ativação.

Deve considerar-se uma orbe máxima de +/- 2° para os planetas que caem nos pontos médios envolvendo o Sol, a Lua, o MC, o ASC ou quando estes caem no PM de outros planetas. Nos restantes casos, considera-se uma orbe +/- 1°30’. Quanto mais pequena a orbe mais poderosa é a combinação.

Exemplos práticos Jacques Cousteau foi uma grande autoridade no que se refere à investigação e divulgação da vida no fundo do mar. Ele tinha Neptuno no ponto médio entre a Lua e o Sol, B / A = I. Neptuno tem correspondência com oceanos, imagens, fotografias, filmes. Neptuno neste ponto médio representa lindamente a criatividade única de Jacques Cousteau manifestada nos seus documentários.

Adolf Hitler é um exemplo representativo, em alguns estudos, de como a técnica dos pontos médios pode ser muito reveladora. Hitler na sua carta Natal possui uma sesquiquadratura entre Úrano e Plutão, dois planetas representativos do radicalismo (Úrano) e da destruição (Plutão). Nenhum destes planetas é regente do ascendente ou tem aspeto com a Lua ou o Sol, como se poderia esperar. No entanto, pela técnica dos pontos médios obtemos B / A = H = J, ou seja, Úrano e Plutão estão ambos no PM da Lua e do Sol! Foi pelo radicalismo e destruição que Hitler se distinguiu, sem dúvida! É claro que uma combinação só por si não é determinante nem suficiente, mas os planetas que estão no PM do Sol e da Lua são muito reveladores da forma como a pessoa se vai expressar na vida. Neste caso, infelizmente, as energias manifestaram-se na sua expressão mais negativa. Árvores de pontos médios Um planeta, ângulo ou nodo pode estar no ponto médio de várias combinações planetárias. A representação gráfica desta situação tem o nome de árvore de pontos médios. A Figura 3 ilustra uma árvore de pontos médios, usando a opção “Midpoint Trees” do software Solar Fire para o Sol, no contexto da carta astral apresentada na Figura 4.

As árvores de pontos médios são úteis quando se quer aprofundar o modo de expressão de um determinado planeta ou ponto da carta astral. Por exemplo, o Sol na carta astral da Figura 4 não tem aspetos maiores (conjunção, oposição, quadratura, trígono ou sextil), diz-se que está sem aspetos. Planetas sem aspetos podem representar áreas da vida da pessoa que não estão integradas e, por outro lado, os planetas nesta situação tendem a atuar de uma forma independente. Não é fácil interpretá-los. Este Sol em escorpião, na casa 4 e sem aspetos, pode sugerir alguém que vive no seu mundo secreto, à parte dos outros, por uma questão de proteção e/ou natureza desconfiada. Noutra perspetiva, pode indicar alguém com interesses muito específicos e/ou misteriosos. Sendo o Sol regente do ascendente temos aqui uma espécie de ambivalência entre uma vida centrada na sua zona de conforto (no seu mundo) e ao mesmo tempo exposta aos outros. Pode também indicar alguém que mesmo querendo não dar nas vistas acaba por fazê-lo.

Fig.3

Fig.4

O PM F/* (Júpiter e Quíron) pode indicar um estilo único e criativo de ensinar e, por outro lado, o contato com assuntos mais metafísicos pode fazer parte do desenvolvimento pessoal. O PM F/H (Júpiter e Úrano) sugere aptidão para lidar com tecnologia. Na carta temos um F na casa IX o que por si só revela alguém com predisposição para expandir os horizontes intelectuais.

No entanto, não temos presente uma relação entre F e A como nos foi revelada pelos pontos médios. O Sol no ponto médio de D/L indica que ser valorizado profissionalmente é algo muito importante para esta pessoa e que por isso tenderá a investir muito nessa área. A árvore de pontos médios ajudou-nos a perceber que se trata de alguém cujo desenvolvimento pessoal e fonte de criatividade estão muito ligados aos estudos e à necessidade de reconhecimento.

O que diz um Carneiro depois de ter um orgasmo?

‘Bora para o próximo!’

A árvore de pontos médios (Figura 3) pode ajudar-nos a aprofundar mais este Sol. Ele está no PM das combinações planetárias: F/*, D/L e F/H. A repetição de Júpiter, F, revela desde logo que questões ligadas à educação, ensino superior, religião ou filosofia podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento deste Sol.

36 • 4 estações • jornal astrológico

Mónica Teixeira Membro 150

Ativação dos pontos médios Os pontos médios que estão desocupados na carta astral tendem a ficar adormecidos até serem ativados por trânsito, progressão ou direção de arco solar, por um planeta ou ângulo que passe num dos oito graus representados na Figura 2. Quando são ativados, a energia latente no ponto médio vai-se manifestar através desse planeta. As orbes para trânsitos, progressões e direções de arco solar não devem ser superiores a 30’.

Como começar a usar os pontos médios?

Seguem-se 3 dicas para quem queira começar a usar e estudar os pontos médios nas suas interpretações: 1. Analisar os pontos médios entre o Sol e a Lua e entre ASC/M.C. Se existirem planetas nestes pontos médios, serão muito representativos dos temas principais da vida da pessoa.

2. Analisar as árvores de pontos médios para o Sol, Lua e regente do Ascendente.

3. Analisar trânsitos e lunações que façam aspeto aos pontos médios Sol/ Lua e Asc /M.C.

Conclusão Os pontos médios ajudam a refinar e a aprofundar o trabalho do astrólogo. No caso da interpretação do tema natal eles permitem ir além do que está visível na carta astral dando ao astrólogo outras pistas e insights sobre a forma como cada planeta se vai desenvolvendo e manifestando ao longo da vida.

Eles podem enfatizar configurações presentes na carta, mas podem também dar novas pistas.

No caso das previsões, os pontos médios permitem olhar para as áreas “cinzentas” da carta (áreas vazias) de forma muito diferente. Por exemplo, podemos ter Plutão ou Saturno a transitar num grau da carta onde não faz aspeto com nenhum outro planeta ou ponto relevante da mesma mas que pode estar a ativar um PM especial e isto não deve passar despercebido ao astrólogo, pois pode fazer uma grande diferença na interpretação da carta astral!

Espero que esta introdução aos pontos médios tenha despertado no leitor curiosidade para o seu estudo e que possa trazer valor acrescentado no uso e prática da astrologia.

Referências: » COSI, The combination of Stellar Influences do autor Reinhold Ebertin » Working with Astrology – The Psychology of Midpoints Harmonics and Astro*Carto*Graphy, do autor Michael Harding & Charles Harvey.

Mónica Teixeira é DFAstrolS, título resultante da conclusão do curso profissional de Astrologia, Diploma Level II, na Faculty of Astrological Studies sediada em Londres, Reino Unido.

Este curso é reconhecido internacionalmente pela sua exigência, rigor e qualidade no ensino da astrologia. Concluiu também o curso de Astrologia no Quíron.

Desde 2008 que presta serviços de consultoria astrológica e dá palestras sobre astrologia. www.nascerdosol.eu

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Peixes

Carneiro

Touro

Carlos Hollanda Membro 105

Astrólogo há 26 anos, autor de “Progressão Lunar e Kabbalah” (1999), atuante em congressos internacionais de astrologia, entre eles os promovidos no Brasil pelo SINARJ (Sindicato dos Astrólogos do Rio de Janeiro), CNA (Central Nacional de Astrologia), UnB (Universidade de Brasília), UNIPAZ-Sul (Universidade da Paz), GEA (Gente de Astrologia – Buenos Aires), KIRON - Centro Português de Astrologia (atendendo e dando cursos no Porto, Lisboa e em Braga). Leciona cursos à distância desde 1999, pela Escola Astroletiva e em 2014 via Skype em grupos independentes. www.projetoluminar.wordpress.com

38 • 4 estações • jornal astrológico

ASTRO* COACHING

N

o livro “Astrologia, Karma e Transformação”, Stephen Arroyo cita que o astrólogo tem o “privilégio de servir de condutor, guia, aos outros na luta por descobrirem o seu caminho entre as tempestades, os redemoinhos e os naufrágios da vida no plano material”. Assim a sua principal função é restabelecer essa ponte, ou conexão com o sentido de pertencimento a algo maior, a reinserção em um cosmos organizado que funciona em perfeita ordem, percebida pelo movimento cíclico dos astros, por trás do caos aparente do dia a dia. E isso se dá por meio de um diálogo de alto nível, “conversas” que têm como objetivo dar apoio, facilitar a exploração e o encontro de novos caminhos e territórios, além de ajudar a conduzir o cliente de um lugar/estado em que se encontra para um lugar/estado desejado e possível de ser alcançado, para que ele próprio possa criar e alcançar a “melhor versão de si mesmo”, reconhecer e liberar seus potenciais e promover mudanças significativas na sua vida.

Diante desse cenário, ao astrólogo é mais prudente perguntar do que fazer pressuposições, ou afirmações prontas, ou dar respostas imediatas a questões que sequer foram levantadas. Assim, o primeiro a fazer, desde o momento mesmo em que se marca um Encontro de Leitura de Astro*Coaching é perguntar: “O que você está a buscar?”.

E em seguida, questionar se há algum tema específico a tratar, o que quer saber, ou explorar em seu mapa, enfim, o que o traz aqui.

A diferença, que faz diferença, entre o astrólogo tradicional e o astro*coach é a abordagem do atendimento: enquanto as técnicas preditivas de Astrologia estão focadas nos fatos e no aconselhamento, a prática do Astro*Coaching valoriza os processos e a reflexão sobre as dinâmicas que levam aos acontecimentos.

O trabalho de um Astro*Coach consciente de seu papel é que ele serve de “canal“, por meio das lentes do mapa do momento de nascimento da pessoa, para uma dimensão de ordem, conhecimento e penetração normalmente não accessíveis a outros tipos de conversas e diálogos.

O mapa é um “sintonizador”, uma espécie de GPS (Guia de Percepção Sideral) que permitem acessar dimensões de experiências para as quais não existem explicações lógicas ou psicológicas. Mas para tanto é preciso estar centrado, aberto (receptivo), atento (presente), conectado (com as qualidades de cada momento) e sem qualquer espécie de julgamento – isento de distorções cognitivas. Por isso que é tão importante, para o praticante do Astro*Coach ter claros os seus valores, crenças, visão de propósito, motivações e principalmente ter a PUREZA DO CANAL (Estado C.O.A.C.H.).

Diferente do terapeuta que ouve, observa e orienta o seu cliente, ou mesmo do coach que o treina e o acompanha em sua performance; ou do mentor que ensina, ou do consultor que compartilha sua experiência adquirida, o astro*coach: CONSIDERA! E ao “considerar” pode exercer um pouco de cada uma dessas funções descritas acima, sem se prender primordialmente a esta ou aquela. Isto porque a “consideração” é, antes de tudo, uma posição perceptual, uma atitude, ou um estado de conexão entre o que está em cima e o que está embaixo, entre o que está dentro e o que está fora, entre o que está frente ou atrás, ao lado direito ou esquerdo, pois é “com o sidéreo” que observa, é com o sidéreo que aprecia, admira, se maravilha e que traz revelações e descobertas que acontecem a cada momento. Da perspectiva do universo não existe dentro ou fora, acima ou abaixo, nem lados.

Está na base do desenvolvimento da consciência humana, desde a antiguidade, a percepção dessa conexão, que é a capacidade que todo ser humano tem de fazer “considerações”. O ato de “considerar” não diz respeito apenas à cerimônia de respeito no tratamento de qualquer pessoa ou situação. Considerar, do latim [con+sidus] => “sidus”= grupo de estrelas, constelação, o céu // “sidereus”= pertencente aos astros, celeste, divino => “Considero” => é examinar com cuidado, ver com atenção, olhar com respeito, observar e medir o espaço com a vista, consultar e contemplar o espaço sideral. É o olhar do Astro*Coach para os mapas de uma pessoa que estabelece essa conexão do que está escrito nas equações matemáticas do tempo que descrevem os movimentos e as posições dos astros no espaço sideral, com o indivíduo que ali se encontra (o território), e os possíveis significados para as coisas correspondentes que acontecem na realidade.

Assim, a pressuposição básica mais assertiva, talvez a mais importante premissa que devemos CONSIDERAR numa abordagem do Astro*Coaching vem do cientista polonês que desenvolveu a teoria da semântica geral, Alfred Korzybski: “O mapa não é o território”. E o território é sagrado. Jamais deve ser violado, com o risco de serem reproduzidos verdadeiros Testamentos Cósmicos! É preciso ter em mente que um mapa é tão somente um sistema de referências, uma explicação de certos aspectos do território, e especificamente, o mapa do céu de um determinado momento é um modelo representacional da totalidade de tudo que nasce, ou surge daquele momento único e diferenciado, seja uma pessoa, uma empresa, um evento, uma nação.

Um homem com Vénus em Touro conhece uma mulher com Vénus em Caranguejo e vivem felizes para sempre…! Porque ela cozinha e ele come. Fim!

Há uma relação entre uma coisa e outra, entre mapas e territórios, mas não uma determinação preestabelecida. Essa relação se cria por fluxo de significados, analogias. Já não se pode dizer que existe uma relação de causa e efeito entre as partes, mas uma correspondência de alguma ordem entre uma coisa e outra.

E essa ordem é ditada pelo fluxo de significados, e de energias, pois se não houvesse energia tampouco haveria significado. Por isso não é possível colocar nos planetas que estão lá no espaço a responsabilidade pelas coisas que ocorrem aqui na Terra, mas podemos sim buscar as possíveis relações de significados, simbólicas, entre o que ocorre e as posições geocósmicas desses “pequenos planos”, ou planetas, criando assim uma oportunidade de perceber outras e mais amplas possibilidades.

jornal astrológico • 4 estações • 39

José Neto

Membro 48

Entre elas, a possibilidade de fazermos parte de um Universo em movimento vivo e vibrante, de relações e interconexões, repletas de significados, onde tudo faz parte do Todo, e o Todo é muito mais do que a soma das partes. Como afirma Richard Tarnas no livro “Cosmos e Psique”: “Um universo informado pela inteligência criativa e permeado por padrões de ordem e de significados que se estendem e se propagam por todos os níveis, e que se expressa através de uma constante correspondência entre eventos astronômicos e eventos humanos”.(Tarnas, R.) O Astro*Coaching busca adentrar o “mundo extra-ordinário” dos significados e das possíveis relações destes com os fatos, comportamentos, valores, crenças, estados, sentido de identidade, visão, missão, levando em “consideração” o Padrão Individual de Tempo da pessoa, descrito pelos ciclos planetários desde o nascimento.

O mapa do céu de um dado momento, como sabemos, contém informações de alta especificidade sobre o cliente, pois, entre outros enquadramentos, uma das premissas básicas de validação para isso é a percepção do Tempo como uma dimensão dotada de qualidades específicas que podem ser percebidas na natureza pelo ritmo das estações e dos planetas, e pelo seu fluxo de energias e informações repletas de significados. O tempo não é apenas um monitor sequencial da distância entre onde estamos e onde detectamos que podemos e devemos chegar, constituído por segundos correndo atrás de minutos, horas, dias, meses, anos, sem fim. Ele está impregnado de certas qualidades repletas de significados, e os mapas sinalizam através dos ciclos, essas diferentes qualidades de cada momento. Assim podemos explorar por meio de conversas, de perguntas poderosas, “territórios” nunca antes explorados, e que quando são percebidos, liberam e atualizam potenciais, e até mesmo permitem encontrar verdadeiros tesouros por meio de fluxo de significados, que mudam estados, promovem transformações, e facilitam trazer para a Terra “coisas” que até então se encontravam “distantes”, lá no Céu, ou perdidas num mundo simbólico confuso, ou até então sem sentido ou significado. Na prática podemos dizer que se trata de “Descobrir o mapa explorando o território”.

O Astro*Coaching coloca em marcha esse desafio de realizar na Terra o caminho que por correspondência está escrito nas estrelas. As ferramentas do Coaching e da PNL se tornam ainda mais eficazes quando aliadas ao conhecimento desses mapas, pois inserem o indivíduo no Sistema Planetário, o é fundamental para que as conversas que o Astro*Coach estabeleça um rapport ainda mais preciso, que o ajude a identificar o quer e busca numa sessão: traz chão para caminhar entre as estrelas! Amplia a percepção de que o Mapa não é o Território, ajuda a fazer distinções entre as lentes que colocamos no mundo e a realidade que estamos experimentando por meio de nossos sentidos.

Com os mapas do céu e do Coaching juntos, podemos estabelecer correspondências simbólicas entre diferentes estruturas de sistemas e sondar através de perguntas poderosas e metáforas, as matrizes de conteúdo da pessoa, que ajudam a trazer ainda mais clareza, sentido e significado ao momento. Em alguns casos até pode facilitar a ressignificação de situações, revelar novas percepções que ativam novas intenções e assim transformar a pergunta: “O que você busca está à sua procura?”, não apenas em uma nova crença ou afirmação, mas em evidências tangíveis e realizáveis. É aqui que entra a importância do Coaching e da percepção das SINCRONICIDADES. A percepção da Sincronicidade é um capítulo especial no processo de Astro*Coaching. O que é, do que se trata, como e quando percebemos e a distinguimos das meras coincidências.

Um exemplo prático de uma sessão onde a astrologia, o coaching e a sincronicidade se encontram presentes...

Estuda astrologia desde 1979, é consultor, escritor, conferencista, palestrantes em vários Congressos Nacionais e Internacionais. Coordena a Oficina de Astro*Coaching em diversas cidades do Brasil, inclusive outros países (Itália e EUA). Formação em Coaching: InCoaching e Meta Coaching; Diretor Social do Sinarj de 2010/13. www.oficinadeastrologia.com.br

40 • 4 estações • jornal astrológico

Como irritar um Touro?

Peça-lhe um bombom, mas coma a caixa toda.

Qual é a 1ª coisa que um Geminiano faz quando acorda?

Liga a televisão, vai ao facebook, lê o jornal, telefona a uma amiga para comentar a última notícia bombástica e envia um email. Enquanto prepara o pequeno-almoço, faz a cama, passa a ferro a roupa que vai vestir, adianta o jantar, estende a roupa, …

jornal astrológico • 4 estações • 41

Sabem como é que se distingue um Taurino num grupo de adeptos de futebol? É aquele que está sempre sentado, bem agasalhado e munido de um pequeno lanche. Só o ouvirão queixar-se da mudança na tática habitual do treinador…

Sabem como é que se distingue uma Geminiana no trânsito? É aquela condutora que está a maquilhar-se, a falar ao telemóvel, a comer bolachas, a ler documentos para uma reunião de trabalho, … e a conduzir, claro!

42 • 4 estações • jornal astrológico

VIAGEM PELA ASTROLOGIA E PELO TAROT EM SINTRA QUINTA DA REGALEIRA

Q

uem é que já foi à Quinta da Regaleira em Sintra e não ficou deslumbrado pela magnificência dos seus Jardins e pela arquitetura dos seus monumentos?

Os Jardins da Regaleira são dos poucos Jardins Iniciáticos que se encontram por essa Europa fora.

A Quinta antigamente designada por Quinta da Torre ou do Castro foi adquirida em 1892 por António Carvalho Monteiro aos então proprietários, os Barões da Regaleira.

Ver mais pormenores em http://www.serradesintra.net/ en/quintas-de-sintra/quinta-da-regaleira Carvalho Monteiro elege Luigi Manini, na altura cenógrafo do Teatro de São Carlos e um dos arquitetos do Palácio do Buçaco, para dar início à construção do Palácio e dos jardins adjacentes.

Se a arquitetura da Capela e do Palácio são consideradas de estilo neomanuelino ou pastiche do manuelino como alguns pretendem ver (para um estudo mais aprofundado ver os artigos e os livros do Prof. José Manuel Anes sobre a Quinta e os Jardins da Regaleira), o certo é que esta obra tem o cunho dos ensinamentos das escolas iniciáticas, e, nomeadamente, ela está imbuída daquilo que é mais relevante na tradição esotérica portuguesa.

Nesse sentido, poderíamos dizer que nos jardins da Quinta encontramos um percurso ou um caminho a percorrer, no qual tanto a parte lúdica, como o mistério e o drama, evocam uma espécie de jogo iniciático (que nos remete à tradição do jogo do Ganso, ao jogo da Glória), no qual o neófito após certas provas é iniciado nos mistérios maiores e menores da Obra.

Após um roteiro exterior pleno de elementos das tradições iniciáticas greco-romanas e egípcias chegamos à Capela e ao Palácio onde encontramos os símbolos fundamentais da Alquimia, do V Império Universal e da Idade do Espírito Santo.

Aconselhamos o leitor a fazer este percurso de modo a ter uma experiência vivencial daquilo que é difícil transmitir apenas em palavras.

Em termos históricos 1904 foi o ano do começo das obras nos jardins e no palácio da Regaleira, foram ao todo 7 anos para a obra ficar completa.

1904 – Foi um ano com a vibração 14/5 (1904= 1+9+0+4=14=5) regido pelo Hierofante (o 5, a linha sacerdotal) e pela Temperança (14 a linha alquímica).

Levando em consideração que os planetas mais lentos e distantes do sistema solar têm um maior efeito no domínio do coletivo, irei dar relevo às posições destes nos anos que medeiam entre 1904 (ano do começo) e 1910, ano de finalização das obras na Quinta.

Em 1904 temos Neptuno no início do Caranguejo – que corresponde tradicionalmente ao ascendente de Portugal, temos ainda Júpiter no signo de Carneiro, Saturno em Aquário, Úrano no final de Sagitário e Plutão em Gémeos.

Neptuno e Júpiter são os regentes de Peixes, signo associado a Portugal na tradição greco-romana.

Neptuno em Caranguejo impele a dois movimentos: um que amplia e um outro que dilui, o primeiro irá acentuar o aspeto tradicional e messiânico do nacionalismo como expressão de algo universal – a pátria/mátria do V Império; o segundo movimento irá diluir o nacionalismo e fundi-lo nas ideias mais sociais e coletivas do socialismo e da franco-maçonaria, preparando assim o terreno para a instauração da República.

Júpiter em Carneiro – é um ano com novos ideais, impulsos e iniciativas no campo da filosofia e da ação social.

Saturno em Aquário – expressa a organização do pensamento coletivo através de leis e conceitos universais. Úrano em Sagitário – ideias novas e inspiradoras que irão revolucionar os sistemas de pensar na época vigente. A oposição de Úrano a Neptuno no começo do século XX (1906-07) marca a grande revolução de ideologias e mentalidades que em Portugal leva à revolução do 5 de Outubro e ao desenvolvimento rápido tecnologia, da indústria e dos imperialismos inglês, francês e alemão.

Plutão em Gémeos corresponde ao período de nascimento dos grandes pensadores e intelectuais da época, na qual se insere o nosso Fernando Pessoa. Aprofundar o conhecimento hermético (de Hermes/Mercúrio, regente de Gémeos) é um dos aspetos de Plutão neste signo que tão bem está representado na Quinta da Regaleira.

Para já deixo ao leitor esta pequena introdução ligada aos passeios temáticos na Quinta da Regaleira.

jornal astrológico • 4 estações • 43

Passeio temático: Os 22 Caminhos do Tarot na Regaleira por Luís Resina e Miguel Reis De momento e na altura em que escrevo este artigo no 5 de Março, cumprimos a 7ª edição destas jornadas.

Fica aqui assim lançado o convite, caso tenha disponibilidade e tempo para vir até à Quinta da Regaleira em Sintra fazer um passeio iniciático na companhia dos vinte e dois arcanos do Tarot. Os guias desta viagem serão Luís Resina e Miguel Reis que através de símbolos, analogias e metáforas irão introduzir os lugares emblemáticos desta Quinta repleta de histórias, mitos e rituais que incitam à imaginação, à criatividade e ao desenvolvimento do hemisfério direito do cérebro.

Durante o dia prepare-se para um salutar passeio e convívio no qual os aspetos lúdicos e herméticos se combinam ao longo do trajeto.

Esperamos por vós…

Informações e Inscrições por email: ajornadadolouco@gmail.com Miguel Reis: 966 626 276 Eu e o Miguel Reis, após a 7ª edição destas visitas guiadas, decidimos alargar os nossos horizontes e a todos aqueles que nos quiserem acompanhar para uma nova odisseia – trata-se agora de um outro passeio iniciático, desta vez ao Palácio da Pena.

Jornada pedestre Parque e Palácio da Pena: DA PENA AO GRAAL – o Caminho a percorrer O 1º evento deste tour terá lugar no Equinócio deste ano, no dia 20 de Março a 0º de Carneiro.

Será aos sábados ou domingos das 10h30 às 16h30 e terá a regularidade de uma vez por mês. Cada passeio irá incluir um tema dedicado a um dos signos do Zodíaco, 12 passeios – 12 signos, viver cosmicamente o ano, a não perder!

Luís Resina Membro 22

Astrólogo, conferencista, conselheiro, professor e investigador nas áreas simbólicas e esotéricas desde 1975.

- Guia de Interpretação Astrológico, Editora Pergaminho Co-Fundador em 1987 do Quiron – Centro Português de Astrologia <http://www.quiron. pt/> Co-Fundador em 2005 do Centro Holístico na Quinta dos Lobos em Sintra- Fundador em 2009 do Espaço Salitre Centro Holístico dedicado aos Saberes Tradicionais. www.espacosalitre.net

44 • 4 estações • jornal astrológico

A ÉTICA NA ASTROLOGIA

Q

uando se procura dar à Astrologia maior credibilidade, particularmente quando inserida num contexto profissional, julgo necessário abordar e sensibilizar para a dimensão ética e deontológica que lhe está subjacente e que poucas vezes é discutida.

As questões éticas e deontológicas, previstas na existência de um Código, são pilares fundamentais de qualquer área profissional, sobretudo quando o trabalho realizado é dirigido para o individuo.

Quando profissionais e estudantes procuram maior crédito e respeito para a Astrologia, a reflexão critica sobre as dimensões éticas e deontológicas da sua atividade e a sua assimilação na prática podem ser o melhor meio para atingir esse propósito, pois é tornar vivas as aspirações de uma conduta ideal ao incorporá-las no comportamento profissional, fazendo dos atos os seus espelhos.

A credibilidade da astrologia é um problema estrutural longe de ser ultrapassado pois é um problema herdado de vários séculos. Não obstante as dificuldades, a sua difusão é hoje mais acentuada ou pelo menos mais visível, quer seja pela proximidade entre semelhantes, proporcionada pelas novas tecnologias de comunicação, quer pelo desvelar de todos aqueles que por muitos anos convergiram em direção a este saber e que preferiram não expor publicamente o seu interesse pela astrologia por conta dos preconceitos socialmente estabelecidos. É sobretudo em torno de uma comunidade cada vez mais alargada, agora nos oferecida pelo desenvolvimento dos tempos, que deve crescer o reconhecimento das significações éticas e deontológicas ligadas à prática da astrologia.

Neste texto, irei focar-me em particular na ética profissional (fazendo referência ao papel da relação astrólogo-cliente e da importância do auto-conhecimento), descrevendo em linhas breves algumas ideias que considero mestras para discutir o porquê da ética na astrologia. As considerações e implicações éticas, à semelhança de outras atividades profissionais, não se esgotam contudo no âmbito da consultoria ou da vertente mais prática do saber, mas permeiam inclusive a formação, a investigação, o relacionamento entre pares, as declarações públicas e mesmo os próprios estudantes de astrologia enquanto também eles representantes desse saber.

A profissão de astrólogo, naquilo pelo qual se caracteriza o seu desempenho mais visível - o atendimento - é em tudo semelhante a outras áreas de consultoria.

Porém, na astrologia, estão presentes questões éticas que lhe são próprias, que nascem dos princípios sobre os quais assenta e daquilo que ela mesma identifica e defende como seu objeto de estudo e o desenvolve na prática.

Como é do conhecimento da comunidade de astrólogos existe uma variedade de distorções mais ou menos gravosas em torno da profissão que não se compara com nada verificado em qualquer outra atividade. A ignorância pública geral, assente numa versão demasiado caricaturada do que é um astrólogo, leva o profissional a ter um esforço suplementar para clarificar os moldes em que se apoia o seu trabalho. A exemplo disto, verifique-se a grande expetativa com que muitas pessoas, pela primeira vez, se dirigem ao astrólogo, identificando-o como alguém com o poder de conhecer algo que parece ser inacessível ao entendimento comum, o que coloca sobre o profissional uma maior pressão para que essa e outras categorizações do seu trabalho, atribuídas pelo senso comum, sejam amplamente desfeitas numa primeira consulta; o mesmo se verificando, pela via oposta, com o cepticismo infundado.

Aceitando esta realidade e atendendo ao facto de estarmos a verificar um aumento da visibilidade e interesse por ferramentas alternativas de compreensão do mundo e por se fazerem dessas ferramentas atividades profissionais – originando por sua vez necessidades de delimitar uma identidade profissional reconhecida publicamente e que dignifique o conhecimento astrológico – compreende-se então a elaboração de um Código de Ética que sirva para alicerçar a aplicação do conhecimento na sua prática.

Posto isto, evoco o significado de Ética.

A raiz da palavra “ética” vem do grego ethos, significando o que pertence ao “bom costume” ou a um “costume superior”, ou então como algo “portador de caráter”. Percebemos, portanto, que se tratam de princípios essencialmente universais, de ações que acreditamos serem as melhores. A ética difere da moral pois enquanto esta última se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, procura fundamentar as ações através da razão. Ora isto significa que um Código de Ética não é um conjunto de preceitos estipulados de forma aleatória, mas sim que o seu conteúdo é o resultado de um processo reflexivo sobre como devem ser, neste caso, as ações do astrólogo no sentido de trazer o maior bem para a sua classe profissional e para o seu cliente, o qual está a servir. Assim, não devemos ver o Código de Ética como um conjunto de meras obrigações a que temos de atender para não incorrermos em falta, mas sim refletir criticamente para entender que o seu conteúdo visa ajudar o profissional no decurso da sua atividade.

Não é meu intento abordar todos os pontos que constituem o Código de Ética da ASPAS – Associação Portuguesa de Astrologia, particularmente os pontos que se incluem no Capítulo III, dos deveres do exercício da atividade profissional, pois todos eles se apresentam definidos para o estudante e para o profissional no website da associação. O meu intuito com este artigo é tão somente destacar a importância da sua existência ao sublinhar alguns temas gerais com grande amplitude para se desenvolverem considerações sobre a ética no contexto da astrologia.

jornal astrológico • 4 estações • 45

Ivo Silva

Membro 70

Nasceu em 1990, Vila Nova de Gaia. » Licenciado em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 2013. » Conclusão do curso profissional de astrologia pela Faces - Isabel Guimarães, em 2014.

Identidade Profissional: O crescimento do número de pessoas interessadas na astrologia, a par da complexidade das vivências humanas e da maior exigência por modelos que dêem uma explicação satisfatória sobre a vida, coloca problemas crescentes num saber que, ao longo da história, teve dificuldades em ser um bloco unificado e isento de dicotomias desagregadoras. Enquanto atividade profissional penso que o maior perigo que pode ocorrer para a astrologia é a sua descaracterização.

A exemplo do que pretendo referir compreenda-se que quando um qualquer individuo se dirige a um profissional de uma determinada área, ele espera encontrar o mesmo tipo de profissional aonde quer que se dirija. Por outras palavras, a partir do que foi vivenciado com determinado profissional, um indivíduo deve poder generalizar a sua postura com qualquer outro profissional da mesma área. Assim, um dos desafios para a astrologia é a promoção de uma conduta geral que norteie a prática para todos os profissionais de astrologia.

Dessa forma, está-se certamente a construir uma identidade que seja facilmente identificável por todos.

A valorização de uma identidade profissional bem demarcada contribui decisivamente para uma maior credibilidade e, neste processo, existem responsabilidades divididas entre diferentes agentes. A responsabilidade está particularmente nos profissionais quando estes desempenham a sua atividade mas também está, por exemplo, nos estudantes, quando procuram explicar a astrologia aos que a desconhecem. Está por razões claras na ASPAS – Associação Portuguesa de Astrologia, que convergindo todos os interessados, promove a concretização de objetivos de síntese e união, fundamentando-os no Código de Ética – a âncora dos valores profissionais e o norte para o bom desempenho do astrólogo profissional ou do estudante na defesa do seu objeto de estudo. procedimentos – em que cada um faz publicamente/ profissionalmente aquilo lhe apetece – mas sim por uma prática profissional devidamente coesa e alicerçada nesses princípios, que a comunidade astrológica, na sua maioria, sente como fundamental para obter uma maior efectividade e reconhecimento da classe profissional junto da sociedade. Esse código encontra maior força de atuação quando enquadrado numa organização que lhe dá legitimação e quando os seus membros se orientam no sentido de prover aquilo que é a suma finalidade de qualquer ciência, isto é, relevar-se útil para a humanidade.

Mais ainda, na definição da identidade profissional, o código ajuda a dotar o praticante de maior confiança, tendo um guia seguro para como proceder. A grande premissa é que se produzirá tantos mais efeitos positivos quanto mais os profissionais sentirem a necessidade de orientar a sua prática por princípios que não sendo universais são aqueles considerados pela maioria como mais adequados para se obter maior sucesso profissional e, consequentemente, levar maior credibilidade para a astrologia. Portanto, mais do que seguir diretrizes é importante perceber por que motivo as seguir. A mudança de posturas advém então do seu entendimento e não da mera execução de deveres, pois tal não constituiria um comportamento ético, no sentido em que não se reflecte racionalmente.

O objetivo último de um Código é, pois, garantir um conjunto sólido de princípios que possa promover um exercício eficaz, neste caso da astrologia que, dentro da sua diversidade característica, se possa pautar não por uma relativização de

A Relação: A construção da relação entre astrólogo e o cliente é o principal instrumento de trabalho do astrólogo, que deve permanentemente preservar e valorizar. A relação, por si só, independentemente da transmissão de conhecimentos, constitui uma forte componente terapêutica e portanto, esta pode ser considerada como um dos maiores benefícios que o cliente pode adquirir quando consulta um astrólogo.

Interpreto esta noção de relação como um equilíbrio dinâmico, baseado na cooperação e apreciação do outro, não num sentido verticalizado ou unidirecional em que o astrólogo impõe uma determinada solução que basta ao outro simplesmente aceitar, seguindo um procedimento determinista; mas sim, contrariamente a isso, promovendo um maior equilíbrio relacional. Um equilíbrio em que ambas as partes constroem, a partir das suas margens, a metade de uma ponte que se unifica no consenso, quando de forma tão típica, por exemplo, o cliente acena afirmativamente ao astrólogo depois de um comentário e o completa com as suas próprias palavras, desenvolvendo uma parceria produtiva.

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É importante ter em mente que o cliente não é o astrólogo.

Isto é, o astrólogo não deve projetar a sua identidade, ao nível do seu sistema de valores e crenças, evitando usar das suas representações individuais do que gostaria que as coisas fossem e recriar o outro à sua própria imagem. Isso não revela respeito pelo outro, pela sua singularidade e pelo seu direito à auto-determinação, para além que implica que possa haver a ideia de que os astrólogos, por generalização, procuram transmitir alguma forma de ideologia sobre como viver a vida.

Por outro lado, o astrólogo sabe, pois cada mapa astral é único e irrepetível, significador da originalidade de cada individuo, que pode encontrar clientes de tipos diversos, pois é certo que não existem indivíduos estandardizados; logo o astrólogo também não deve proceder como um mero técnico, que limitando-se a agir em consulta segundo receitas de manuais de astrologia se esquece que o todo, isto é, a pessoa que tem à sua frente, é mais do que a soma das partes que tão amplamente se descrevem em separado (a exemplo da descrição dos signos).

O Conhecimento: Uma das maiores missões do astrólogo, para não dizer a mais importante, é promover o valor individual. Todos os esforços devem desaguar numa valorização do indivíduo que solicitou os seus serviços. Nisto, o autoconhecimento é provavelmente a atividade que o astrólogo mais executa e que mais caracteriza e diferencia a sua atividade das restantes.

O autoconhecimento é a chave mestra da importância da astrologia na compreensão do ser humano e na identificação de potenciais a serem explorados e obstáculos a serem superados, é um potencial de esclarecimento servindo para dar luz e realçar aquilo que dantes permanecia na escuridão da ignorância ou era demasiado turvo para se ter uma percepção consciente. Dá-se ao outro a oportunidade de se conhecer.

E haverá verdadeiramente algo mais valioso do que dar um conhecimento de si mesmo ao outro, de modo a este poder ser mais do que é? Mesmo sem se ter feito outra coisa que não tivesse sido mostrar o que já existia mas que por motivos vários não era reconhecido?

Como a astrologia é um saber ligado por excelência ao autoconhecimento isso implica que quem dele faz uso deve ser muito conhecedor de si, isto é, dos seus limites, dos seus defeitos e das suas virtudes, sabendo dosear quem é, de modo a que todos os envolvidos possam retirar os proveitos de uma consulta. O astrólogo deve também ter um cuidado consigo próprio, procurando manter o equilíbrio nas suas posturas, de modo a poder dar uma resposta satisfatória às exigências e às extremidades de diversos tipos de clientes que possam eventualmente surgir. À luz do disposto, verifica-se que se repartirmos a Astrologia nas suas componentes iremos encontrar em todas elas material que serve de reflexão para como saber agir eticamente num determinado caso. E o pensamento ético pode ser uma importante característica a desenvolver quando se procura resolver dilemas que são desestruturantes para ambos: astrólogo e cliente.

Sabe-se que a prática perfeita é uma utopia, visto que a própria aprendizagem da astrologia é um ato contínuo e inesgotável. Porém, devemos manter esses princípios aspiracionais, conjugando uma vertente subjetiva daquilo que intuitivamente sabemos ser o correto mas também suportada com os princípios deontológicos da objetividade que deve ser a prática profissional.

A importância da pessoa enquanto ser único e distinto é muito relevante, tanto que na actualidade, o indivíduo, na definição de quem é, e na construção de quem deseja ser, se assume como uma característica óbvia da modernidade, em que se coloca mais o foco nos valores e competências pessoais em detrimento da relativização da identidade grupal/ coletiva. Neste contexto, o astrólogo deve solidificar as suas competências no processo de como saber pensar eticamente, onde encontra apoio no Código de Ética da ASPAS para o efeito, de modo a salvaguardar o que é mais valioso – o bem, no seu sentido mais amplo, do ser que tem à sua frente.

Sabem como é que se distingue um Carneiro no trânsito? É aquele condutor que está cheio de pressa, não pára de buzinar e gritar para saírem da frente já que não sabem conduzir...

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Sabem como é que se distingue um Carneiro num grupo de adeptos de futebol? É aquele que está a insultar o árbitro, os jogadores, o treinador, os adeptos da equipa adversária, os adeptos da sua equipa, …, mesmo no intervalo!

Quantos geminianos são precisos para mudar uma lâmpada?

Dois para trocar ideias de como o vão fazer, mais o telemóvel e uma ligação à internet.

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RE.

UN(IR)

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50 • 4 estações • jornal astrológico A rubrica trimestral de Astrologia Infantil da astróloga Lela Pontes pretende, através das ferramentas disponibilizadas pela Astrologia, ir ao encontro das necessidades e desafios dos pais e educadores inerentes ao processo educativo das suas crianças, através da partilha de casos concretos.

Sendo que o objetivo primordial é auxiliar os pais, convidámo-los a partilhar as suas dúvidas, receios e casos pessoais através do endereço jornal@associacaoportuguesadeastrologia. com (colocando no assunto ao cuidado de Lela Pontes).

“AstroCómico…” é um espaço da responsabilidade de Inês Miranda e Patrícia Almeida de partilha de humor relacionadas com a Astrologia. Aqui pretendemos, ao longo de todo o jornal, levar até si uma forma divertida de relacionar a astrologia Convidámo-lo a participar neste desafio enviando as suas sugestões ao cuidado das responsáveis para jornal@ associacaoportuguesadeastrologia.com.

As sugestões selecionadas serão integradas nas edições seguintes do jornal.

Patrícia Almeida Membro 25

Patrícia Almeida, nascida a 5 de Setembro de 1982, concluiu a sua licenciatura em Professora do 1º ciclo do Ensino Básico em 2004.

Iniciou a sua formação inicial em Astrologia em 2012, na Faces de Isabel Guimarães, que ultimou em 2014.

Convidada a fazer parte do projeto ASPAS, tornou-se membro integrante dos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Astrologia em finais de 2014.

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