OJB Edição 47 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 25/11/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 47 Domingo, 25.11.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

PIB em Teresina - PI, uma Igreja que vive Missões! A Igreja localizada no Nordeste do Brasil realiza quatro campanhas missionárias durante o ano. Nos três primeiros meses do ano, Missões Mundiais; no segundo trimestre, Missões Estaduais; no terceiro, Missões Nacionais; e no último, Missões Locais. Página 12

Quarto domingo de novembro - Dia do Ministro de Música Batista Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Investimento em Missões gera batismos no Sul do Brasil

Jovens da região de Vitória - ES realizam multi - intercâmbio

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Igreja Batista Boa Esperança - RJ celebra Jubileu de Brilhante

PIB em Itambacuri - MG comemora 40 anos

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

Evangelismo e Evangelização

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ma das razões principais para a existência da Convenção é o propósito que as Igrejas Batistas Brasileiras têm de promover a evangelização de todas as pessoas, tanto no Brasil como no mundo, em obediência ao mandado de Jesus Cristo. Por essa razão, se dispõe a cumprir este propósito, contribuindo para crescimento e o aprofundamento da compreensão bíblica, por parte das Igrejas e crentes em geral, quanto à sua responsabilidade Discipuladora, Evangelizadora e Missionária. A Convenção tem por escopo estimular o surgimento de motivações e promover programas voltados para o evangelismo, evangelização e missões, buscando o aperfeiçoamento e a mobilização

de todos os crentes, pastores e Igrejas para a pregação do Evangelho. Outrossim, promove o surgimento de recursos humanos, espirituais, técnicos, metodológicos e financeiros, com a finalidade de atingir esse objetivo. Evangelismo - Constitui a teoria de evangelização, ao desenvolver estudos, pesquisas, métodos e programas que permitem a formação e o equipamento dos evangelizadores, possibilitando-lhes a ação evangelizadora e missionária. O evangelismo torna-se um instrumento de trabalho para o crescimento das Igrejas por abrir possibilidades ao estudo da realidade que cerca a Igreja e seu campo de atuação. Com algumas diretrizes: Colocar à disposição das Igrejas e seus ministérios programas de apoio, com vistas a ampliar

os recursos disponíveis que objetivam tornar mais eficaz a ação, evangelizadora que exercem, buscar conscientizar, equipar e motivar os crentes, os pastores e as Igrejas crescentemente, para que desenvolvam ação evangelizadora ampla e permanente, capaz de cumprir o querer de Deus que deseja “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. Através do evangelismo, oferecer apoio a todas as Igrejas, visando ao seu fortalecimento e crescimento. Promover o intercâmbio de estudos, experiências e programas e como forma de relacionamento cooperativo com outras entidades ou órgãos, preferencialmente denominacionais, que direta ou indiretamente atuem na área do evangelismo e da evangelização.

Evangelização - Evangelização é a ação de proclamar a Palavra de Deus, no poder do Espírito Santo, com vistas à salvação do perdido e sua submissão à Soberania de Cristo, sendo esta uma tarefa da Igreja como comunidade e do crente como indivíduo, o que torna a evangelização um estilo de vida. Diretrizes: Estimular o crescimento da ação evangelizadora, quer pela evangelização pessoal, individual, quer pela evangelização de massa. Reconhecer a necessidade de também utilizar os meios de comunicação de massa, a mídia escrita e a mídia eletrônica, como recursos adequados para a veiculação da mensagem do Evangelho, e incentivar o seu aproveitamento de forma continuada e crescente.”


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

A música e o músico

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em toda música edifica e conforta. Há música produzida por Satanás que leva à destruição e ao desespero. Nem todo músico usa seu talento para edificação ou construção de um mundo melhor. Há músicos e músicos. Há música e música. A música exerce o poder de tocar nas fimbrias da alma. Pode conduzir o ouvinte à alucinação como pode gerar calma e tranquilidade. A música integra a estrutura do universo criado por Deus. Ao questionar Jó com perguntas irrespondíveis, Deus pergunta: “Onde estavas tu, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” (Jó 38.7). Jó não conseguiu responder a nenhuma

das dezenas de perguntas feitas por Deus. Tirou nota zero na prova, mas foi aprovado pela imensa bondade e amor divinos. Podemos não saber a resposta, mas somos acalentados pela divina música que procede do trono do Criador. O Universo visível foi criado ao som da música ambiente que procedia da majestade divina. Assim permanece até hoje. Ao encerrar a nossa existência física continuaremos a ouvir a música dos salvos adorando o Cordeiro que nos livrou do pecado. A natureza rege com elegância os sons emitidos a cada dia. A brisa do amanhecer faz bem à alma e nos prepara para as labutas do dia. A chuva fina que cai durante a noite acalenta o sono tranquilo com a certeza que o Senhor não

tosqueneja e não dormita. Por isso podemos usufruir a tranquilidade do sono. O som do trovão que ribomba pelas extremidades dos céus é música graciosa a revelar quão frágeis somos e quão grande é o Senhor. Faz bem ouvir a música dos trovões em dias de tempestades. Ouvir a música do vento quebrando as árvores, carregando telhados, anunciando a fragilidade dos seres criados, oferece alento ao coração cansado. A música que vem dos ruídos das ruas revela-nos sinfonia perfeita com seus dissonantes sons. A música dos pássaros nas diferentes horas do dia convida-nos a parar e ouvir a voz de Cristo ao afirmar: “Se o Pai cuida dos passarinhos, cuida também dos seus filhos.” Os ritmos são diferentes. Os

sons também. Mas a harmonia é perfeita, como deve ser a boa música que eleva a alma a alegrar-se em Deus. Na Igreja, a música exerce importante papel na edificação dos salvos. A introspecção sob o som suave do piano ou da flauta faz bem ao espírito. O ritmo alegre dos hinos com suas poesias metrificadas, com sabedoria, gravam no coração as verdades que consolidam a boa doutrina. Infelizmente, a música barulhenta que não respeita os limites dos decibéis suportáveis do ouvido humano, gera transtorno e conduzem à loucura. Impede a reflexão saudável e desejada para o ambiente do culto. Ao músico sábio e bem preparado cabe administrar a música que edifica. Alguns músicos são preguiçosos e não

estudam. Apoiam-se nas cifras em detrimento das notas. Não aprofundam o conhecimento musical do povo a quem administram. Desprezam a riqueza da música e contentam-se com migalhas bolorentas, irritantes que afastam os salvos do verdadeiro culto. A vaidade humana, herança do pecado e do desejo de aparecer, faz da música e dos instrumentos elementos de maldição. Roubam e esvaziam o que de mais belo existe na música. A harmonia. A música pode ser usada como elemento de cura da alma. Proporcionar paz ao espírito. Quando mal usada torna o ouvinte surdo. Neste caso é usada pelo Diabo para quebrar a harmonia criada por Deus. A música que você ouve e usa revela o equilíbrio ou não da sua personalidade.

Vamos cantar? Edson Landi, pastor, colaborador de OJB “Venham todos, e louvemos a Deus, o Senhor! Cantemos com alegria à rocha que nos salva. Vamos comparecer diante dele com ações de graças, cantando hinos de louvor” (Sl 95.1-2).

H

á algo que me deixa muito incomodado: o número de crentes que decora com facilidade letras de músi-

cas seculares (algumas até incompatíveis com nossas crenças), mas não decora (porque não se esforça) um único verso dos 150 cânticos registrados no livro dos Salmos, um hino ou um cântico. Como disse Jesus: “Porque onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6.21). Aquele que é salvo em Cristo Jesus e prova as bênçãos divinas em sua vida, não terá nenhuma contrariedade em adorar a Deus por meio de cânticos. A música expressa

aquilo que sentimos. E se o nosso sentimento for moldado pela compreensão bíblica que temos a respeito de Deus e por aquilo que Ele fez, faz e fará por nós, certamente cantaremos ao Senhor. Cantamos a Deus e empenhamo-nos para que outras pessoas também tenham esse privilégio. O salmo 95 era um hino processional, cantado durante a procissão do povo indo ao templo na Festa dos Tabernáculos. Depois que chegavam ao templo, a Lei era lida.

O salmo é um convite: “Venham todos, e louvemos a Deus, o Senhor!” (v.1). Quando uma pessoa prova a bênção divina em sua vida, deseja que outros tenham a mesma experiência. Esse é um dos motivos pelos quais convidamos as pessoas a virem adorar ao Senhor conosco. Cantamos a Deus com o coração repleto de alegria: “Cantemos com alegria à rocha que nos salva!” (v.1). Se para você a ida ao templo para cultuar a Deus tem sido um fardo, a sua

adoração já perdeu o sentido. Por outro lado, se você tem procurado entoar canções ao nosso Deus, continue assim. Ele é digno. Ele é merecedor. Entendo que quando louvamos a Deus através da música, além de prestarmos um culto a Ele, estamos “ensaiando” para o dia em que estivermos reunidos com o fiéis do passado, presente e futuro, pessoas de todas as nações, tribos, raças e línguas no grande coral celestial. Que maravilha! Que alegria!


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GOTAS BÍBLICAS

Liderança cristã Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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iderança Cristã é aquela que vive em função de Cristo. Ele é o centro de tudo, tudo é feito para a glória Dele. Líder cristão é aquele que tem caráter, tem vida consagrada, que procura fazer tudo com perfeição. O líder cristão deve possuir a mente de Cristo (I Coríntios 2.16), deve ser íntegro. Gostei do que li na apostila de Teologia e Liderança da CBESP. Ela cita Sanders, que faz um paralelo entre duas qualidades de líderes: o líder natural e o líder espiritual. O líder natural é autoconfiante,

já o líder espiritual confia em Deus. O líder natural conhece os homens, o líder espiritual conhece os homens e conhece a Deus. O líder natural toma as próprias decisões, o líder espiritual faz a vontade de Deus. Enquanto o líder natural usa os próprios métodos, o líder espiritual usa os métodos de Deus. O líder natural gosta de comandar os outros e ser obedecido, o líder espiritual busca obedecer a Deus. O que motiva o líder natural são as questões pessoais, o que motiva o líder espiritual é o amor a Deus e aos homens. O líder natural é independente, enquanto o líder espiritual depende de Deus.

NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia Quando o líder espiritual segue as orientações de Deus, com toda certeza ele estará colhendo os frutos. O líder espiritual jamais poderá agir de forma natural, isto é, agir como se Deus não existisse. O líder espiritual é totalmente dependente de Deus. Muitas coisas saem errado porque o próprio homem decide fazer do seu jeito, quando na realidade é o jeito de Deus que conta. Quando o líder segue a orientação divina, não há o que temer. Que possamos multiplicar a liderança espiritual em nossas Igrejas, que mais e mais homens e mulheres possam estar debaixo da orientação de Deus.

Não tenha medo de dizer seus medos Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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uita gente pensa que revelar o medo é sinal de fraqueza. Penso que quando demonstramos nosso medo, mostramos as áreas da nossa vida que precisamos de ajuda. Podem duvidar, mas durante um tempo, sentia medo de dirigir. Tinha carteira, mas faltava a coragem para assumir o volante. Até que um amigo, pacientemente, começou a dar umas voltas comigo, orientou-me, deu feedback, passando segurança, e superei esse obstáculo. Hoje, dirijo para qualquer lugar! Tem gente com medo de água, de submergir a cabeça. Lembro de uma ovelha que batizei, que sentia fobia de mergulhar a cabeça. Fiz seu batismo com atenção, de modo que seu rosto não submergiu. Desejo que ela tenha superado essa dificuldade.

Tem gente que sente medo de voar de avião. O Lito, do canal do Youtube, Aviões e Músicas, presta consultoria para pessoas que tem pânico de voar. Muita gente já foi beneficiada por esta ajuda. Medo de insetos e seres estranhos. Muita gente sofre disto. Foge ao ver um inseto, um sapo, um rato. De fato, não nascemos para conviver no ambiente deles. Mas não é necessário entrarmos em desespero ao nos depararmos com um inseto ou um ser estranho. É um passo a ser dado para superação dos que sofrem deste mal. Acho que o maior medo dos humanos é o medo da morte. Já senti medo da morte. Hoje, me sinto seguro quanto a isto. Acredito que a morte é um fechar e abrir de olhos. As coisas apagam aqui na Terra, e começa uma nova vida no céu. Medo de exames de saúde, de diagnósticos, de médico.

Muita gente padece disso. Medo de injeção, cirurgia. Que fiquemos saudáveis ao ponto de não precisarmos destes procedimentos. Mas havendo a necessidade, não vamos entrar em parafuso. Não sinta medo de demonstrar seus medos. Quando faz isto, está apontando o caminho da superação. Pois revela as áreas da sua vida que precisam de ajuda para avançar, progredir, melhorar. Pessoas pacientes são ótimas para nos ajudarem a vencermos nossos medos. Fazer terapia com um psicólogo é um excelente recurso para a superação das inseguranças. Tem pessoas que precisam de medicação para ficarem mais calmas diante do medo. Enxergo isto com naturalidade. Conheço uma pessoa que precisa de um medicamento sublingual quando vai voar de avião. Somente com o uso dele, não passa mal durante o voo. Que bom que existe

Ouvidos inclinados “Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi” (Is 55.3). quele que gosta de música clássica, não se limita a ouvi-la apenas uma ou duas horas por ano: sua postura é a de ouvi-la todos os dias, tanto tempo quanto puder. Em linguagem religiosa, é isso que o Senhor nos diz, através do profeta Isaías: “Inclinai os vossos ouvidos e vinde a Mim. Ouvi e a vossa alma viverá. Porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi” (Is 55.3). A Bíblia é Deus falando conosco. Seus recursos são

os mais variados, porque variada é a capacidade humana de entender o Senhor: poesia, biografia, lógica, história, economia, orações e muito mais. Nossa é a responsabilidade de concentrar na mensagem bíblica nossa atenção e capacidade de compreensão. Nosso grande problema é o hábito de prestar atenção a todo tipo de distração que nos cerca. Com firmeza e ternura o Senhor nos ensina: temos necessidade de orientar a atenção para aquilo que, de fato, é importante. A experiência cristã nos comprova: quem leva a sério o ensino do Senhor recebe, como recompensa, vida com qualidade. Nossa tarefa é a de inclinar os ouvidos e comungar com Cristo. A recompensa do Senhor é a de garantir que nossa “alma viverá”.

o medicamento! É um instrumento que ajuda a vida desta pessoa. Se você faz uso de alguma medicação para enfrentar seus medos, é natural, e milhares de outras pessoas também usam medicamentos para essa finalidade. Admiro relacionamentos onde as pessoas compartilham seus medos e pedem ajuda. Casais, amigos, irmãos em Cristo. Isso gera mais amor, pois seremos companheiros, compreensivos, com aqueles que precisam do nosso cuidado para vencerem suas inseguranças, seus desafios. Existem medos que nunca serão vencidos? Tem gente que afirma que sim. Quando vejo o olhar de Jesus para este assunto, sinto que o Senhor não quer que andemos apavorados, temerosos, trêmulos, paranoicos, perturba-

dos. Jesus quer que tenhamos paz no coração. No evangelho de João, capítulo 14, versículo 1, Jesus diz: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus, creiam também em mim”. O contexto em que isto foi dito, Jesus estava explicando para as pessoas sobre a vida eterna. Tinha muita gente confusa. Com dúvidas. Receios. Interrogações. Questionamentos. E isso produzia medo nas pessoas. Jesus traz uma palavra de segurança. Crer em Deus, e nele, ajuda a remover as perturbações do coração. Acredite nos conselhos. Nos insights do psicólogo. No remédio que o médico prescrever. Mas creia também em Jesus. Isso tudo te ajudará a gradativamente superar os medos do seu coração.

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Graças a Deus

Diaconia

Israel Pinto da Silva (D‘ Israel), advogado, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro; colaborador de OJB I Graças a Deus por ter-me mostrado O novo caminho a ser caminhado Alcantilado e cheio de espinhos Mas também com paz e satisfação Da salvação da alma, libertação Das grossas correntes do passarinheiro.

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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s mudanças ocorridas na sociedade também atingiram as Igrejas Batistas. Três décadas antes, não encontrávamos Igrejas sem corpo diaconal. Hoje é o contrário. Poucas são as igrejas que ainda mantém corpo diaconal. A sociedade atual muda a cada dia. Uma das coisas que se tornaram raras é o relacionamento entre as pessoas. Bauman, o filósofo famoso, que faleceu pouco tempo atrás, escreveu vários livros sobre o esfriamento das relações entre casais, vizinhos, amigos, sócios, afirmando que os relacionamentos, de sólidos, passaram a serem líquidos. A palavra diácono sofreu o processo de diluição, por ser vista como um cargo que formaria um corpo fiscalizador da função pastoral. Na Bíblia temos duas palavras para escravo: doulos e diáconos. Doulos era o escravo que servia a distância, ou seja, no campo, e serviços gerais externos, e

diácono, principalmente, o responsável pelos demais servos, e que ficava próximo ao senhor da casa. Ele treinava os demais, e, alguns deles, eram responsáveis pela educação do filho mais velho, preparando-o para ser o futuro substituto do senhor da casa, ou seja, seu pai. Quando o filho mais velho se queixa, na famosa parábola de Lucas 15, demonstra que ele não era muito “chegado” a pessoas, mas sim, ao campo e aos animais. Diácono vem da junção da palavra “diá”, que em grego significava “para”, “a serviço de”, e “oikos”, que significava “casa”. Era o servo para estar diante do seu senhor. Em reuniões em que havia muitos visitantes, era vergonhoso ao senhor da casa dirigir a palavra ao mordomo, ou diácono, pois, dava ordens através de sinais, e o diácono voltava, e lhe fazia um sinal de que fora atendido. Nesse instante, o seu senhor abria um sorriso, mostrando que também havia entendido, portanto, diácono é a pessoa que serve para receber como prêmio, o sorriso

no rosto daquele que por ele foi servido. Paulo informa, quando preso, que era contemplado pelos homens, pelos anjos, e por Deus. Cada vez que alguém serve a outrem, os anjos contemplam o sorriso no rosto de Deus. Quando Estêvão foi martirizado, ele afirma que os céus estão abertos aos seus olhos, e que ele via Jesus em pé, ao lado do Pai. É a única vez que lemos que Jesus está em pé, ao lado do trono, e não sentado. Quão gloriosa foi a diaconia a de Estevão! Diácono são todos aqueles que são dotados por Deus pelo dom de servir, em busca desse sorriso no rosto da pessoa por Ele servida, e, portanto, ele é sempre premiado, por todas as criaturas, até mesmo os animais, demonstram satisfação, quando são servidas por alguém. Em resumo, poderíamos dizer que todos somos chamados para ser diáconos, pois, nosso Senhor afirma que Ele não veio para ser servido, mas para servir. Sigamos nosso exemplo mor, que foi Cristo.

II Graças a Deus por ter-me achado Incentivado a falar de Cristo Da minha missão na face da terra Da obrigação de falar de Deus Sem essa demora que está havendo Porque Jesus vem, quando ninguém sabe Porque vem buscar quem está fazendo A sua vontade para entrar no céu! III Graças a Deus por ter-me ungido Com seu óleo santo todo perfumado Por ter-me marcado com seu óleo santo Que vem limpando os meus pecados A mim incentivando a ir prosseguindo Na sua seara que muito precisa De muitos obreiros com seus arados Mui combatentes não esmorecidos Em busca daqueles necessitados De encontrar a porta do seu paraíso! IV Graças a Deus por ficar sabendo Que mui brevemente vem buscar seu povo A sua Igreja e seus escolhidos Para no céu tomar seu lugar Dizendo prá ELE: Cumpri a missão EVANGELIZAR Acabei a carreira e guardei minha fé! V Graças a Deus por poder cantar O hino 193 do HCC “Maravilhosa graça Graça de Deus sem par Como poder cantá-la Como hei de começar Ela me dá certeza Vivo com firmeza Pela maravilhosa graça de Jesus!”


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Seja agradecido Paulo Berbeth, pastor, colaborador de OJB

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ingratidão com as coisas de Deus é a clara manifestação da natureza do homem em relação a Deus. E a gratidão a Deus é a mais pura e autêntica atitude do cristão, que consegue reconhecer que a Sua maravilhosa Graça é a fonte inesgotável de todas as bênçãos. A gratidão em nossos corações é como “memórias dos melhores momentos da vida”: nós as guardamos e, vez ou

outra, recordamos comum uma celebração. Assim creio, pois me parece que este foi o desejo de Deus quando inspirou a realização de várias festividades no meio do Seu povo; Ele queria perpetuar a memória dos grandes acontecimentos. Como o dia de descanso serve para relembrar a criação do mundo; a páscoa é uma festa comemorativa da saída do Egito. Pentecostes foi a festa estabelecida em memória da lei de Deus proclamada no Monte Sinai. O Senhor ordenou que todos deveriam

vir, pelo menos três vezes por ano, ao Templo com presentes em suas mãos. Em outras palavras, Deus queria ver Seu povo despertado ao desenvolvimento do espírito de gratidão. A gratidão está ligada pela devida manifestação de agradecimento a Deus por todos os favores e bênçãos para conosco, temporais e eternos; implica a justa consciência do quanto somos indignos de merecê-las; implica recordá-las, reconhecê-las intimamente e publicamente, correspondendo-O com

obediência e rendendo-Lhe ações de graças. Isso alegra o coração de Deus. Já a ingratidão, o deixa triste. Jesus lamentou a ingratidão dos leprosos que foram curados (Lucas 17.17-18). Por que devemos ter um espírito de gratidão? Porque a Palavra de Deus assim recomenda, e também é uma forma de adorar e louvar a Deus: “dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). O louvor a Deus é uma característica dos Seus

filhos. Porque há em nosso coração a certeza da salvação e a esperança da vida eterna, razões que nos levam, como Igreja, a sermos sal da terra e luz neste mundo em trevas. Portanto, de gratidão transbordem os nossos corações, neste dia e enquanto vivermos, apresentemo-nos diante do Senhor com ações de graças e em seus átrios com hinos de louvor, porque grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; glória e majestade estão diante dele, força e formosura no seu santuário. Seja agradecido!

Liderando em tempos de crise Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB

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o aproximar -se o faraó, os israelitas olharam e avistaram os egípcios que marchavam na direção deles. E, aterrorizados, clamaram ao Senhor. Disseram a Moisés: “Foi por falta de túmulos no Egito que você nos trouxe para morrermos no deserto? O que você fez conosco, tirando-nos de lá? Já não lhe tínhamos dito no Egito: Deixe-nos em paz! Seremos escravos dos egípcios! Antes ser escravos dos egípcios do que morrer no deserto!” Moisés respondeu ao povo: “Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje, porque vocês nunca mais verão os egípcios que hoje veem. O Senhor lutará por vocês; tão somente

acalmem-se” (Ex 14.10-14). Todo líder, por mais carismático que seja, mais cheio da graça de Deus, do seu Santo Espírito, terá seus momentos de crises, tanto internas como externas. Moisés já tivera sua crise interna quando da relutância em aceitar sua chamada; e, a partir daí, crises externas vieram provocadas pelo povo. Uma delas foi quando Faraó ordenou que não dessem mais palha ao povo para a produção de tijolos; no entanto, a quantidade diária produzida deveria ser a mesma, em represália ao pedido de Moisés para que deixasse o povo sair do Egito para adorar a Deus no deserto – os líderes hebreus o acusaram de ter atraído a ira de Faraó sobre eles, trazendo-lhes a espada para os matarem (Êxodo 5.1921) -. Dentre tantas outras, a do momento é uma das mais

críticas pelo desafio que se apresenta diante do povo e de Moisés, bem como pela natureza das murmurações e acusações apresentadas contra o servo-líder de Deus. Há uma acusação de que Moisés os tirara do Egito para os matar no deserto – observe-se que não é mais Deus quem os tirara, mas Moisés -. Todo líder precisa fundamentar sua fidelidade a Deus no cumprimento da sua missão, bem como sua integridade de propósito no cumprimento da mesma para com seus liderados, não em sua aceitação; no juízo que farão de suas intenções; mas na convicção que tem do seu chamado divino, bem como em um amor incondicional para com aqueles que Deus colocou sob seus cuidados; pois somente assim, nos momentos de incompreensão, ingratidão, rejeição, continua-

rá firme em seu propósito de cumprir sua missão agradando ao que o chamou e servindo com um amor sacrificial aos seus liderados. Eles acusam Moisés – aliás, lembram-lhe – que já tinham manifestado seu desejo de permanecerem como escravos no Egito; e que os deixassem em paz. Muitas vezes, é mais fácil ao pecador ser escravo dos seus desejos e paixões, submetendo-se ao mundo, que crer no poder de Deus e aceitar Seu convite para uma libertação. Em um momento assim, é papel fundamental do líder se sobrepor ao medo, ansiedade e incredulidade de seus liderados, sabendo que eles não estão manifestando, de fato, seus verdadeiros desejos; mas estão apenas refletindo o que o medo lhes impõe; tanto é que, se olharmos lá atrás, veremos que

estas mesmas pessoas ficaram felizes com as notícias da chegada de Moisés, seu envio por Deus para libertá-los do seu sofrimento e, principalmente, vendo os sinais realizados por ele na presença de todos (Êxodo 4.30,31). O líder precisará sempre estar alinhado ao coração de Deus, pois, liderados com medo ou diante de adversidades sempre criarão obstáculos ao seu ministério e à obra do Senhor. Compete a ele, nestes momentos, fazer com que eles não desistam de um projeto abençoador de Deus para suas vidas por causa de uma imposição do medo em suas vidas. Nestes momentos, compete ao líder que anda em fé e intimidade com Deus, sempre trazer uma perspectiva de calma, paz e tranquilidade aos liderados diante das adversidades, mesmos as piores (v 14).


missões nacionais

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Batismos no Sul: Frutos do investimento dos Batistas na multiplicação de discípulos

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primeiro fim de semana de novembro foi de festa em Sapiranga, no Rio Grande do Sul. Desta vez, mais três irmãos desceram às águas, como fruto do investimento dos parceiros da obra missionária por todo o Brasil. Os dois homens e a m enina foram alcançados através do trabalho atuante da Congregação Batista na região, ela no trabalho com as crianças e os outros dois por meio

do Relacionamento Discipulador, com o missionário pastor Walter Azevedo. Sabine, menina de apenas oito anos, é filha de membros da Igreja Batista no local e sempre foi muito atuante nas programações. E assim que entendeu a necessidade entregar por completo sua vida a Jesus, o fez. “Naquele domingo, em que fui à frente, eu entendi de forma clara que estava pronta para o batismo”, disse ela ao pastor Walter, um pouco antes de ser batizada.

Já os outros dois, não tinham uma vida na presença de Deus há tanto tempo. Marcelo e Bruno foram conhecendo do Evangelho através do relacionamento desenvolvido com o missionário. Por meio de encontros semanais, que não se limitam a estudos, mas também a compartilhamento de experiências, eles aceitaram Jesus como seu único e suficiente Salvador. “Com Bruno a história foi ainda mais interessante. Pois

ele também foi fruto das orações de sua irmã Simone, que serve como missionária Radical na cidade”, explicou o missionário. Ele começou a ler a Bíblia por conta própria, até que começamos nossos encontros periódicos. E quando, depois de algum tempo, foi apresentado ao Plano de Salvação, decidiu que iria se batizar, e para cumprir o que aprendeu com os estudos da Bíblia resolveu também se casar com sua companheira.

“Um exemplo lindo que vimos com a situação de Bruno, foi a de seu casamento. Ele não tinha condições de custear seu casamento, então os membros da Igreja arrecadaram dinheiro para ele pagar e assim foi feito”, conta pastor Walter, emocionado com o ato de compaixão e graça de suas ovelhas. Louvamos a Deus, pois esta multiplicação de discípulos constante é fruto de sua participação em nossos projetos e mobilização anual!


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Jovens do Oeste do Rio Grande do Norte realizam Congresso em Caraúbas Evento reuniu cerca de 300 jovens. Juventude Batista do Oeste - RN

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ntre os dias 12 e 14 de outubro, a Cidade de Caraúbas, interior do Rio Grande do Norte, recebeu um dos mais tradicionais eventos de juventude da denominação Batista do Estado. Sediado na Universidade Federal do Semi Árido (UFERSA), o evento reuniu cerca de 300 jovens em mais uma edição do Congresso da Juventude Batista do Oeste (CONJUBAOESTE). Em 2018, o evento contou com representantes de muitas

cidades circunvizinhas, como também de outras regiões do estado. Outro fato que merece destaque foi a presença do preletor pastor Heber Aleixo, de Brasilia-DF, que hoje é um dos nomes mais respeitados dentro do meio evangélico no tocante a juventude. Durante os três dias, toda juventude esteve empenhada no aprendizado da palavra de Deus de forma muito variada. Palestras, cultos, louvor, adoração a Deus, show de humor e muita comunhão entre os presentes. Isso e muito mais compuseram toda a programação do evento. Outro ponto

tunidade de contribuir um pouco na vida dos jovens aqui do nosso Estado. E também ver a nossa Juventude Batista ser um diferencial nessa terra. A cada dia temos entendido a nossa missão como jovens e servos. Por isso, continuaremos empenhados em pregar e propagar por todos os lugares do nosso estado as Boas Novas do Evangelho de Cristo. Deus é maravilhoso para conosco. E Palestras, louvor, adoração e outras atividades fizeram parte da eu só tenho a Agradecer a Deus programação por tudo. Como também agradestaque foi a reeleição de ta do Oeste para os próximos decer a Juventude, aos pastores Dacildo Fernandes de Andra- dois anos. e a toda a Denominação Batista de para permanecer como “O sentimento é de muita pela confiança depositada em presidente da Juventude Batis- felicidade em poder ter a opor- mim”, disse Dacildo Fernandes.

Juventudes Batistas da região de Vitória - ES realizam multi-intercâmbio Projeto começou a ser estruturado em 2017. João Marcos Bezerra, pastor, Juventude IB da Praia do Suá; Saulo Silva, pastor, Juventude PIB Bento Ferreira; Gustavo Siqueira, pastor, Juventude IB Maruípe; Elimário, pastor, Juventude IB Monte Sinai; Camila Amaral, líder de juventude da Igreja Batista em Tabuazeiro; Lucas Souza, líder de juventude da Igreja Batista no Bairro Bonfim - ES

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o segundo semestre de 2017, os líderes de juventude das Igrejas Batistas do Bonfim, Bento Ferreira, Maruipe, Monte Sinai, Praia do Suá e Tabuazeiro, em Vitória-ES, começaram a conversar sobre a possibilidade de realizar um intercâmbio entre as suas juventudes. Estas seis Igrejas já possuíam uma conexão por conta da amizade entre os pastores e líderes delas. Eles costumam dizer que este intercâmbio é “o encontro de amigos com seus amigos”. Por isso, não foi difícil conseguir se reunir e estruturar o que viria a ser chamado de Multi-intercâmbio da juventude. Em outubro do mesmo ano ocorreu a primeira reunião dos

Cerca de 150 adolescentes e jovens participaram do multi - intercâmbio, que teve programação diversificada

pastores e líderes, na PIB em Bento Ferreira, onde ficaram agendados seis cultos, de fevereiro a julho de 2018, e um retiro. Cada uma das seis Igrejas recebeu um culto e cada uma das outras ficaram responsáveis por outra tarefa em cada encontro, como: direção, pregação, louvor, apresentação artística e atividade de integração. A cada encontro, se reuniram uma média de 200 adolescentes e jovens das seis Igrejas. Além da presença de alguns irmãos de outras comunidades, destacando-se jovens das Igrejas batistas do Bairro da Penha, Andorinhas e da PIB de Vitória. Também foi criado pelos participantes um grupo de WhatsApp que possui cerca de 100 pessoas que estiveram presentes nos cultos.

O grande desfecho do multi-intercâmbio em 2018 foi o Retiro da Juventude, que aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de outubro deste ano, no Acampamento Batista Capixaba (ABC) e contou com a participação de aproximadamente 150 adolescentes e jovens. Neste encontro aconteceram painéis e fóruns – permitindo que os participantes tivessem espaço para tirar dúvidas sobre temas relevantes; multigames, festa, social para integrar ainda mais a turma e cultos. Além disso, também aconteceu o lançamento do primeiro livro de um dos pastores líderes do multi-intercâmbio. É importante frisar que todas as mensagens bíblicas são baseadas no livro “Proibido a entrada de pessoas perfeitas” de John

Burke, que é divido em sete partes. Então, em cada culto foi abordado uma das seis primeiras partes do livro. Enquanto a sétima e última parte foi tratada no retiro. De forma que, ao final, as juventudes dessas Igrejas tenham aprendido sobre como alcançar pessoas de culturas e cosmovisões diferentes com o Evangelho de Jesus Cristo, que ensina o Amor, a Verdade e a Vida Eterna com Deus. Outro fruto deste multi-intercâmbio foi a realização do primeiro encontro de líderes de juventude das Igrejas Batistas de Vitória-ES em 2018. Aconteceu na PIB de Bento Ferreira, no dia 21 de abril, e contou com a presença de pastores e líderes de 17 Igrejas. Este encontro teve o apoio e a presença da diretoria

da Juventude Batista Capixaba (JUBAC), que foi a responsável por enviar o convite às Igrejas. A expectativa ainda é de realizar mais encontros entre estes líderes ainda em 2018. O objetivo de todo o programa, do multi-intercâmbio ao encontro de líderes, é realizar a conexão entre a juventude das Igrejas envolvidas; tanto em um momento de louvor, adoração e aprendizado da Bíblia, como na criação de relacionamentos saudáveis, pautados pela Palavra de Deus, entre adolescentes e jovens de realidades e bairros diferentes de Vitória-ES. Já é perceptível que os encontros têm atingido o objetivo entre os participantes e que cada igreja tem realizado a sua tarefa com muita qualidade.


jbb

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PÉSNOARADO

04 - 14 DE JANEIRO RONDÔNIA2019

Seja bem vindo ao Pés No Arado 2019! Mais uma vez estaremos juntos nessa jornada incrível que é compartilhar todas as características de Deus na missão. Fiquem a vontade para espalhar essas infos com a galera, queremos muitos voluntários em Rondônia com a gente. Isso, vamos pra Rondônia neste edição! Um lugar sedento desta fé que transforma realidades, mentes e corações. Deus se fará presente neste movimento. Prepare-se pra viver dias maravilhosos com o Senhor. Está pronto? Então, entre em contato conosco e... #partiuRondônia

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Igreja Batista Boa Esperança, em Campo Grande - RJ, celebra Jubileu de Brilhante Durante o mês de outubro, Igreja realizou programações especiais. Sinclair Farias de Magalhães, pastor titular da Igreja Batista Boa Esperança, em Campo Grande - RJ

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o último outubro, a Igreja Batista Boa Esperança, em Campo grande - RJ, completou sessenta anos de organização. Para celebrar o seu Jubileu de Brilhante realizou durante o mês, programações especiais com as participações dos mensageiros: pastor Walmir Vieira, da Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro; pastor Dercinei Figueiredo, da Primeira Igreja Batista de Vicente de Carvalho - RJ; pastor Nilton A. de Souza, da Convenção Batista Carioca; e pastor José Maria, da Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca - RJ. As participações musicais ficaram a cargo do Coral de 60 Vozes da IBBE, Orquestra Alfa, cantora Raquel Mello, cantor Carlinhos Félix e pastor Adhemar de Campos. Tivemos também um lindo Culto de Batismos. Abaixo segue um breve histórico da Igreja.

Pastor Adhemar de Campos (centro) foi uma das atrações da celebração

Igreja Batista Boa Esperança (IBBE) foi organizada em 25 de outubro de 1958, com 29 membros, pela Igreja Batista Monte Tabor. Fruto do trabalho pioneiro que começou em 1952, debaixo de uma mangueira no bairro de Boa Esperança - RJ, e que se manteve como congregação por seis anos. Desde sua fundação até os dias atuais, muita coisa aconteceu. A Igreja se reúne em sua propriedade, situada na Estrada das Agulhas Negras, 490. Da antiga casinha de estuque Breve histórico da Igreja até o templo vigente ocorreBatista Boa Esperança ram muitos avanços. Nosso Segundo a vontade do nosso Templo atual possui capaciSenhor Deus, a nossa querida dade para mais de 800 pes-

soas e é referência na região. A IBBE, liderada pelo pastor Sinclair Farias de Magalhães, aceitou o desafio do Senhor e construiu este novo templo ao lado do templo antigo, em terreno adquirido pela Igreja e que hoje usufrui de modernas instalações com conforto e ambiente climatizado. Atualmente, com aproximadamente 350 vidas em nosso rol de membros, buscamos trabalhar para a glorificação do nosso Deus, edificação do nosso próximo e expansão do Reino Celestial aqui na terra. Todos os Ministérios de nossa Igreja visam esta realidade, com a consciência de que fomos plantados pelo Senhor

Novo templo da Igreja Batista Boa Esperança - RJ

em Boa Esperança (Campo Grande – RJ) para ser canal de bênção neste bairro e até os confins da terra. Como resultado, temos experimentado um crescimento em todas as áreas de maneira saudável e equilibrada na presença do nosso Deus. Desde sua organização, a Igreja Batista Boa Esperança teve dez pastores efetivos, que se dispuseram a servir ao Supremo Pastor guiando o rebanho de Boa Esperança. São eles: Pastor João de Souza Lima (de 1958 a 1959); pastor José Maximino da Costa (de 1959 a 1969); pastor Benedito Moreira da Costa (de 1971 a 1972);

pastor Geraldo Flores (de 1972 a 1974); pastor Hélio Bravo Cuba Pereira (de 1975 a 1987); pastor Fernando Oliveira de Farias (de 1987 a 1990); pastor Luiz Cláudio Dias de Souza (de 1991 a 1992); pastor Délcio de Souza (de 1992 a 1996); pastor Marcelo Alcântara de Souza (de 1997 a 2003); pastor Sinclair Farias de Magalhães (desde 2004). Tendo como alvo o engrandecimento do Reino de Deus, seguimos proclamando o Evangelho das Boas Novas e prosseguimos fazendo a diferença em Cristo Jesus, gratos pelo Jubileu de Brilhante (60 anos) que nos concede neste ano de 2018.

Primeira Igreja Batista de Arcoverde - PE agradece a Deus por seus 92 anos Foram noites com louvores de exaltação e gratidão ao Senhor. Elânia Corte Lime Nunes, coordenadora do Ministério Infantil e da Área de Ensino da MCM “Isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós” (Sl 118.23).

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e 21 a 24 de outubro de 2018, a Primeira Igreja Batista de Arcoverde-PE, sob a liderança do pastor Carlos Alberto Nunes

da Silva, teve a alegria de celebrar 92 anos de organização eclesiástica. Na ocasião, a Palavra de Deus foi ministrada aos corações dos presentes através dos pastores César Freitas e Edvan Tavares, discorrendo sobre o tema: Igreja Saudável. Foram noites muito edificantes, com diversos louvores de exaltação e gratidão ao Senhor através de canto coral e grupo de louvor da Igreja local, e ainda a participação

de três cantores da região, Joel Cândido, Léo Godoy e André Soares. Batismos, conversão foram vivenciados nestes dias para regozijo da congregação. A Igreja foi desafiada a viver nesse tempo presente uma vida cristã saudável, forjada na devoção e compromisso pessoal de cada crente com a Palavra de Deus, oração e testemunho. “Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl 126.3). Pastor César Freitas foi o preletor oficial


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Pequenas atitudes. Grandes resultados Rashin Soodmand, missionária do ministério Elam

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asha, Irã, 1990. Eu estava esperando o meu pai, o pastor Martyr Soodmand, voltar para casa, porque antes de sair ele me disse, “prepare um chá para quando eu voltar”. Mas ele nunca voltou. Ele foi morto por falar de Jesus Cristo. Meu pai era um evangelista e sua alegria era ver as pessoas se rendendo a Jesus. Isso foi o que ficou em minha mente sobre o ministério dele. Então eu decidi que seguiria seus passos. Eu comecei a estudar sobre como evangelizar. O problema era que não tínhamos um Evangelho, não tínhamos bíblias para dar às pessoas. Então, eu resolvi escrever ver-

sículos bíblicos em pedaços de papel e deixava em táxis, shoppings, salas de espera. Eu gostava de escrever aqueles versos, mas eu sentia que nós precisávamos de mais. Então eu decidi escrever Evangelhos. Eu escolhi o Evangelho de João. Todas as noites, depois que minha família ia dormir, eu escrevia um capítulo. Eu peguei um pequeno caderno e lembro que, quando terminei, estava tão animada! Eu embrulhei aquele caderno em um papel de presente, porque eu queria que ficasse muito bonito e atraísse a atenção das pessoas. Perguntei a Deus: “Onde o Senhor quer que eu coloque esse caderno?”. Ao passar por uma determinada rua, e eu senti paz que poderia deixar aquele caderno ali. Quando eu saí, orei pedindo a Deus que guiasse a pessoa cer-

um milhão de iranianos já possuem o Novo Testamento. Mas este número representa menos de 1% da população.

ta até o caderno. Eu esperava ter mais Evangelhos para dar para todas as pessoas em Mashad. Orei e pedi a Deus para Ele nos mandar bíblias. Então Ele me trouxe para o ministério Elam. Aqui conheci uma equipe que estava traduzindo o Novo Testamento. Deus me respondeu.

Eles imprimiram 10 mil cópias, depois 20 mil e 1 milhão! Que alegria eu senti. Quando eu era adolescente, meu amigo e eu fizemos algo bem pequeno e simples. Nós escrevemos versículos e Deus nos viu e transformou algo pequeno em algo grande. Hoje,

FAÇA PARTE Você pode apoiar a parceria de Missões Mundiais com o ministério Elam e contribuir para que mais iranianos tenham uma Bíblia em seu próprio idioma. Participe da campanha Bíblia para os Povos em comemoração ao Dia da Bíblia, no 2o domingo de dezembro. Para saber mais e ofertar, acesse: www.bibliaparaospovos.com.br ou entre em contato com a nossa Central de Atendimento: (21) 21221901/ 2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-7091900 (demais localidades). WhatsApp: (21) 98216-7960 / 98055-1818. E-mail: centraldeatendimento@jmm.org.br.

Quebrantamento e alegria

Versículos manuscritos eram distribuídos a quem não tinha uma Bíblia

Redação de Missões Mundiais

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a Colômbia, a rotina na fundação do PARE – Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança – é intensa. Por lá, missionários e voluntários experimentam dias de quebrantamento e alegrias. Uma grande oportunidade de fazer parte do que Deus está fazendo na Colômbia. Eles são testemunhas vivas do

agir do nosso Pai em meio a pessoas feridas por um duro passado de vício, prostituição e abandono. São várias pessoas com histórias impactantes e Angélica é uma destas pessoas. Desde criança frequentava a Igreja, mas por conta da desestrutura familiar buscou refúgio nas drogas. Mesmo no vício, relata que sempre se lembrava do que ouvira sobre Deus. Ela o amava, mas o desejo de consumir drogas já estava fora de controle.

Iraniana decidiu seguir os passos do Pai, morto por evangelizar seu povo

Em determinado dia, já sem forças, Angélica orou pedindo a Deus que lhe abrisse uma porta para o seu tratamento; o seu vício chegou ao ponto de influenciar o irmão mais novo. Isso quase a destruiu. Ela recorreu a Deus, que a escutou. Poucos dias depois, um tio chamou-a para conversar. Não podendo mais esconder da família o que acontecia, confessou-lhe o vício. Seu tio, conhecedor da Palavra, acolheu Angélica e a direcionou

ao PARE, onde ela está há seis meses. Hoje, Angélica está em transformação. Não somente com a libertação do vício, mas recebendo cura de feridas profundas relacionadas à família. Nossos missionários do PARE a acompanham com orações e estudo da Palavra, ministrando cura em sua vida. Ela está em restauração e aprendendo a sonhar. Este mês, Angélica presta vestibular para cursar medici-

na veterinária; ela deseja que sua profissão seja uma porta aberta para levar o Evangelho, que a alcançou, as outras pessoas. Ore por Angélica e todos os internos que estão em processo de tratamento na fundação; pelos líderes deste programa, que tanto se esforçam para que vidas sejam resgatadas e transformadas e por pessoas dispostas a contribuir para que o PARE seja ampliado e possa abençoar mais famílias.


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PIB em Itambacuri - MG celebra 40 anos vivendo o agir de Deus Igreja celebrou com um culto de gratidão. Ilimani Rodrigues, jornalista da Convenção Batista Mineira

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ara celebrar os 40 anos, a PIBI realizou celebrações em quatro dias. Na quarta feira, 17 de outubro, realizou-se um culto de gratidão e encerramento da campanha de 40 dias de jejum e oração. Os irmãos puderam exaltar a Deus por meio de testemunhos, inclusive de membros fundadores que carregam em si a história da Igreja. No Primeiro dia, os Pequenos Grupos Multiplicadores (PGM’S) fizeram a Festa das Cores e um culto de gratidão ao Senhor. O Segundo dia de celebração foi marcado pela realização do Culto Retrô Resgatando as Raízes. Nesse dia foram resgatadas histórias e fatos relevantes da Igreja, além de cantados vários hinos do cantor cristão. Inclusive os irmãos vestiram-se conforme o ano que os hinos foram compostos.

Nos dois últimos dias de festa aconteceram dois cultos com o tema anual da CBB: Vivendo o Reino de Deus. O preletor foi o pastor Márcio Santos, diretor executivo da Convenção Batista Mineira. Houve também apresentações do Ministério de Louvor e Adoração com danças dos ministérios da Igreja local bem como a presença do cantor Lucas Góis, da Bahia. Autoridades civis e eclesiásticas da cidade e região estiveram na festa. Dentro das festividades aconteceu também um momento histórico com a recepção de 12 novos membros. Um desses novos membros foi a irmã Wanyelle Pereira da Silva, de 18 anos. “Foi uma honra ter sido batizada no aniversário da Igreja, fique muito alegre. No momento em que estava sendo batizada senti a presença do Espírito Santo de uma forma inexplicável. Renasci em Cristo e em uma Igreja que muito tem me amado e acolhi-

Pastor Márcio Santos, diretor executivo da CBM, foi o preletor

do. É aqui que tenho conhecido Jesus e feito amizades verdadeiras”, disse Wanyelle. O irmão Antônio Rodrigues da Silva foi um dos fundadores da Igreja e, posteriormente, pastoreou a mesma por um tempo. Nestas festividades, ele se tornou membro da Igreja e relatou que os desafios foram muitos, mas hoje, ao ver a Igreja completar 40 anos, seu coração se alegra pela certeza de que a vontade de Deus se cumpriu para a PIB e o município de Itambacuri. “Estive servindo ao Senhor em outras

cidades por muitos anos e em 2018 retornei para ser membro desta Igreja. Esses dias de festa encheu meu coração de alegria, pois me fizeram relembrar o começo de tudo, as perseguições que sofremos dos católicos, a resistência da população, dentre outras, e hoje somos uma igreja grande em membros e sem serviço para Deus e nossa cidade”, compartilhou o pastor Antônio. Para o pastor Carlos Henrique Andrade Mazzini, líder da PIB Itambacuri, o aniversário da Igreja não marca apenas seu

tempo de existência, mas também anos de influência positiva na cidade e no Reino de Deus. “A Igreja tem sido relevante para comunidade caindo na graça do povo. Com isso tem apresentado um crescimento exponencial, foi organizada com 39 membros, ao final de 2011 quando o atual pastor chegou à cidade tinha arrolado 56 membros e hoje chegaram a significativa marca de 179 membros, com um espaço multifuncional que tem servido a comunidade em diversas atividades. Isso significa que estamos cumprindo o Ide do Senhor Jesus, realizando a vontade de Deus, sendo o que Ele espera da sua Igreja. Agradeço ao Senhor pelos 40 anos da nossa Igreja e oramos para que venham mais, sempre glorificando ao Senhor até que Ele Venha”, finalizou o pastor Carlos Henrique, que também é o presidente da Associação Batista Nordeste Mineiro.

Primeira Igreja Batista em Teresina - PI respira missões Lançamento da Campanha de Missões Estaduais aconteceu no início deste mês. Gilvan Barbosa Sobrinho, pastor da Primeira Igreja Batista em Teresina - PI

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ossa Igreja respira missões! São quatro campanhas missionárias durante o ano. Nos três primeiros meses do ano trabalhamos com Missões Mundiais; no segundo trimestre, com Missões Estaduais; no terceiro, com Missões Nacionais; e no último, Missões Locais. Nosso investimento financeiro, em missões, em 2018, corresponde a 52,76% do total de dízimos e ofertas. No dia 04 de novembro fizemos o lançamento da Campanha de Missões Locais 2018. Tudo começou com nosso encontro anual dos missionários da Igreja. Iniciamos o encontro na noite do dia 01 de novembro e concluímos no domingo, 04 de novem-

Missionários se caracterizaram de sertanejos para a abertura da Campanha

bro, pela manhã, com o culto de lançamento da campanha. O tema da Campanha de Missões Locais é: “Instrumentos da graça”, tendo como divisa I Pedro 4.10: “servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. O alvo é R$ 50.000,00, com duas finalidades específicas: 1) comprar um terreno na cidade

de Murici dos Portelas, para a construção do templo da Congregação; 2) plantar uma Igreja na cidade de Alagoinha do Piauí, de 30/6 a 7/7 de 2019, em parceria com a Missão Internacional da Esperança (IMHOPE). Entendemos que o missionário é a figura mais importante no trabalho missionário, por isso, nos esforçamos para cuidar bem de cada um deles. Por esta razão,

nosso encontro focou a saúde emocional do missionário e sua esposa. Nosso tema foi: “Você é importante para Deus”, tendo como divisa Atos 9.15: “este é para mim um vaso escolhido”. Tudo o que fizemos neste encontro foi voltado para o apoio e cuidado dos missionários. Durante a programação, as mulheres da Igreja prepararam lembranças surpresa para cada uma das esposas dos missionários. Tínhamos também três casais de pastores e um seminarista à disposição dos missionários para atendimento e aconselhamento. No domingo pela manhã, a Igreja foi impactada! Lá estavam seus 12 missionários, caracterizados de sertanejos para a abertura da campanha de Missões Locais. Apenas dois destes lideram congregações em Teresina, os outros dez estão no sertão. Quem menos viajou, rodou 120

km, mas teve missionário rodando 875 km de ônibus. Aquele foi um momento ímpar. Cada missionário pode falar à Igreja e colocar diante dela um desafio específico de sua realidade missionária. Ainda temos 23 cidades no Piauí sem Igreja Batista. É um grande desafio. E naquele culto de lançamento da campanha, com os instrumentistas, dirigentes e missionários com o chapéu de vaqueiro na cabeça, lembrando nosso povo do sertão, cantamos como choro e súplica o hino oficial, intitulado “Instrumentos da graça”, cuja letra é do pastor Gilvan Barbosa e música do professor Mansel de Oliveira, em ritmo de baião. Caminhamos movidos pela Graça e constrangidos pelo amor de Deus, pedindo suas orações e apoio para a salvação de nossa gente.


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OBITUÁRIO

Homenagem à Olindina da Silva Lima enfermeira missionária

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a cidade de São Raimundo de Mangabeiras MA, no dia 20 de julho de l94,5 nasce no lar de Idalina Alves da Silva e Pedro Gomes nossa querida tia Olindina. Aos seis anos de idade, seus pais mudam-se para Itacajá-GO. Sendo crentes em Jesus Cristo Olindina cresceu conhecendo os preceitos bíblicos para obediência ao nosso Deus. Ao terminar os estudos em Itacajá, segue para Carolina, no Maranhão, para ali estudar no Instituto Teológico Batista, procurando aprimorar os conhecimentos para servir como obreira na seara do Mestre. O jovem Oritan Lopes de Lima também vocacionado que ali estudava pediu Olindina em casamento. Casados, juntos saem fazendo o bem. No cumprimento do Ide

de Jesus atuaram em Itacajá - TO, Jussara - GO, Mucuíba (atualmente Senador La Roque) - MA, Codó - MA, Coroatá - MA, Fátima - TO, onde permaneceram por 29 anos. Em Fátima, Olindina, além de semear a Palavra, serviu a comunidade como vereadora e secretária de saúde. Não tiveram filhos biológicos, porém, adotaram várias crianças para assim compartilharem de forma mais intensa o grande amor de Jesus que lhes enchia o coração. Em todos os filhos adotados imprimiu as marcas de Mestre. Nesta hora, quando a saudade nos evoca ao passado de tia Olindina – mulher virtuosa - parece-nos ouvir sua voz suave e fala espaçada. Viveu como um anjo na terra. Serviu como enfermeira, amou como serva de Deus, servindo-O com singeleza de coração fazendo partos

das mulheres menos favorecidas e pregando-lhes o evangelho do Reino. Estima-se ter ajudado mais de 3.000 crianças a nascerem. Como cidadã de duas pátrias, caminhou como esposa e mãe sem reclamar ou fraquejar, não importando quão dura fosse a lida, a enormidade do obstáculo ou o desafio a enfrentar. Também assim que encarou a enfermidade, dia a dia confiando em seu Mestre, com os olhos fitos no galardão que lhe fora prometido e pelo qual lutou no campo que se chama mundo. Deixou-nos com a mesma serenidade com que viveu, com a mesma confiança com que se despediu há pouco do seu companheiro, evangelista Oritan Lopes de Lima. Sabia que o reencontro estava assegurado, embora não suspeitasse ser tão breve tempo de separação (9 meses).

Nós nos despedimos agora de um exemplo, de mulher que, embora com pequena estatura, pode ser considerada gigante do bem. Por sua vida, em meio às lágrimas e a saudade, só podemos agradecer a Deus e rogar que Ele nos capacite a seguir seu exemplo no serviço, na sabedoria e na humildade. Até mais, tia Olindina. Despedimo-nos sem prever o tempo de separação, mas certos da glória preparada para os que foram remidos pelo sangue do Cordeiro, o Redentor. Haveremos de conhecer-lhe a Face como agora já a conheces e sem dor, já ouviu dEle: Muito bem, serva boa e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor (Mateus 25- 21). Pela família, Eveni e Ester Borges de Lima Dias (sobrinhos)

Jorge Esmael Alves de Amorim Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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Terra fica mais triste e o céu mais alegre. Você está do outro lado do rio, aonde não há dor, sofrimento e maldade. Os anjos abriram as portas do céu para o irmão entrar. Certamente Jesus lhe disse: “Muito bem, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco. Por isso te porei sobre o muito. Entra no gozo do teu Senhor”.

Perder uma ovelha é como perder um filho. Uma dor sensível. Necessito da santa consolação. Nunca mais verei o irmão Jorge. Somente sua lembrança em minha memória, em meu coração. Celebramos um culto de gratidão por sua vida. Seus lindos cabelos brancos traziam consigo pureza, sabedoria. Era calmo como eu. Nos entendíamos muito bem. No último evangelismo que fizemos, nossa “Caminhada da Paz” ele foi todo animado.

Queria dizer para Tubiacanga que Jesus é o único Senhor e Salvador. Vai fazer muita falta. Sempre será lembrado em nossos corações como alguém que era amigo, mestre, fiel, dedicado. Um exemplo para nós mais jovens. Era membro da Igreja Batista em Tubiacanga, na Ilha do Governador - RJ. Até breve, irmão Jorge! Um dia estarei no céu estrelado ao seu lado. Subindo, cantando “Brilho Celeste”.


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ponto de vista

A Arte da Adoração

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dorar é reconhecer quem é o Senhor. É o ato de ajoelhar-se, prostrar-se em homenagem, em temor e tremor diante dAquele que reúne em Si mesmo toda a perfeição. É a atitude sincera do homem regenerado em relação ao seu Senhor. É dar honra Àquele que a merece, Àquele que tem todo o mérito em Si mesmo. Adorar é avivar a mente, renovar o coração, alimentar o espírito e reconhecer que o corpo é templo do Espírito Santo (I Coríntios 6.19,20). Devemos sempre adorar a Deus, nosso Pai, em espírito (a natureza da adoração é es-

piritual) e em verdade (caráter íntegro, sinceridade) Foi assim que Jesus nos ensinou a adorar (João 4.24). Um dos textos bíblicos bastante pedagógicos nesta direção é Isaías 6.1-8. Aqui, o profeta tem o seu chamado para o ofício de anunciar os oráculos de Deus. Há cinco verdades sobre a genuína adoração. A primeira é a posição do Senhor. Ele está em um alto e sublime trono. A Sua posição é de soberania, autoridade absoluta, majestade e santidade. É o Deus que tem o total controle de todas as coisas visíveis e invisíveis. A segunda é que os seres

celestiais O adoram; os anjos, Seus ministros, reconhecem todos os Seus qualificativos. A terceira é a reação do profeta. Ele reconhece a majestade e a santidade de Deus e, ao mesmo tempo, a sua vileza, impureza, sua desqualificação natural como pecador, bem como a de todo o povo para o qual profetizará. É neste contexto que os seus lábios são purificados pelo Senhor. A quarta é a comunhão entre a Trindade, os anjos e o profeta. Há aqui uma sintonia e sinergia entre o Deus Trino, Seus ministros e o homem, representado aqui pelo profeta. A verdadeira adoração aconte-

ce no solo da comunhão. A quinta é a missão que ele recebe do Deus que é Bendito eternamente. O mesmo Deus adorado o comissiona como profeta messiânico. Isaías se apresenta em inteira devoção, entra no centro da vontade de Javé e se dispõe a falar da parte dEle ao Seu povo. Fico extasiado com o meu Pai Amoroso e Bondoso, pois sendo transcendente – em um altíssimo lugar –, Ele é imanente, isto é, está em nós e entre nós por meio do Seu Espírito Santo, se relacionando conosco em perfeito amor. Ele busca adoradores sinceros, autênticos, humildes, comprometidos

e cheios de temor por Ele. Ele quer que O glorifiquemos em todas as nossas atitudes. Que O reconheçamos como o Senhor de todos nós. Ele não despreza o coração quebrantado e contrito (Salmos 51.17). Ele tem prazer naqueles que fazem toda a Sua vontade em Cristo Jesus. Cresçamos na arte da adoração. Reconheçamos os atributos (qualidades) naturais e morais do nosso Grande Deus, Soberano Senhor, Aquele em quem nos movemos e existimos neste mundo apenas por Sua graça em Cristo Jesus, Seu Filho Unigênito, nosso Salvador e Senhor.


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ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Para ser pastor é preciso estudar Teologia? (Parte 2)

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o artigo anterior buscamos dar algumas pistas de respostas a essa tão importante pergunta. Em resumo, demonstramos que, de um lado, a formação é necessária e importante para diversos tipos de atividades, e, muito mais para o pleno exercício do ministério não apenas pastoral, mas também em outras áreas, pois a prática se fortalece com a formação recebida. Por outro lado, enfatizamos que a formação deve ser muito mais ampla e não apenas acadêmica, mesmo porque no ministério trabalhamos com vidas, que envolve múltiplos aspectos de atendimento. Neste sentido, a pergunta chave é: a formação oferecida normalmente pelas instituições de ensino teológico e ministerial de fato está preparando líderes para o real campo de trabalho? No artigo de hoje, nossa preocupação é com este último aspecto em que estamos envolvidos há cerca de 42 anos. Por exemplo: os cursos de graduação em Administração estão passando por profunda reforma por exigência das empresas que observaram que os formados não saíam dos cursos preparados para a realidade do trabalho em que tinham de atuar. Um dos pontos tem sido a transformação da metodologia de ensino em que se tem utilizado a estratégia da “pedagogia orientada a solução de problemas”, uma

estratégia que tenho utilizado com sucesso com meus alunos de Ética e Bioética na Teológica de São Paulo. No caso dos cursos de Administração, essa estratégia prepara o aluno para saber como buscar soluções para as diversas situações concretas que terá de enfrentar no cotidiano de seu trabalho. Sou membro do Banco Nacional de Itens (BNI) do MEC/ INEP que se encarrega do preparo das questões do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE), aplicado para cursos de Graduação. No preparo das questões para o ENADE, a orientação é que temos de objetivar, principalmente, detectar a capacidade do participante em demonstrar competências referentes à sua área de atuação e em saber resolver situações concretas. Pergunta: até que ponto os processos educacionais dos cursos de Teologia no Brasil conseguem atender essa demanda? E ainda mais, preparar o aluno para novas demandas que ainda nem são tão conhecidas no real campo de trabalho, tais como as tendências culturais e ideológicas que desenharão novos cenários que demandarão novas competências. Temos ainda que considerar a própria extensibilidade da formação, levando-se em conta o preparo do líder, inclusive como pessoa, para o exercício de seu trabalho e, muito mais, de sua vida. Nesse sentido,

a formação clássica no nível da Graduação prioriza a obtenção do conhecimento (o saber). Mas, no modo Batista de pensar, precisamos também incluir a construção do conhecimento, a descoberta de caminhos para que se fortaleça na busca de sua fé (o refletir). Então temos o saber+refletir (um dia explico melhor esse binômio). Mas aqui ficaríamos apenas no diletantismo acadêmico. Ser ministro é servir, então, o aluno precisa ser preparado para isso (o fazer), sendo estimulado ao exercício de seus dons e talentos que nem sempre será o pastoral; poderá ser o de aconselhar, ensinar, ser missionário, evangelista, assistente social, diácono, agente comunitário, gestor, cuidador de pessoas vulneráveis, etc. Saber fazer e fazer bem e ser bem equipado com ferramentas adequadas para que possa exercer seu ministério com esmero. O ministro vai lidar com gente (o conviver) e necessita saber como gerenciar relacionamentos, conflitos humanos. Precisa amar e gostar de gente, saber como dar suporte para que os dilemas humanos possam ser minimizados. Ser sensível às carências humanas, ter compaixão pelas pessoas. Saber como atuar junto a famílias, conhecer as múltiplas gerações e suas necessidades. Para tudo isso, o ministro precisa estar emocionalmente preparado (o sentir) para en-

frentar situações de conflito, “ter fibra” emocional para não apenas sobreviver, mas “saberviver” no ministério de modo a desenvolver resiliência contra as pressões naturais e excepcionais do trabalho, sabendo lidar com situações conflitivas de modo a evitar o destrutivo estado de “burnout”. O aumento de suicídio no ministério (e outras áreas de atuação também) já preocupam líderes. Acima de tudo, a formação de um líder deverá priorizar a sua formação pessoal, o aperfeiçoamento de seu caráter, de seu interior (o ser) de modo a ser exemplo de vida não apenas pessoal, mas matrimonial, familiar (os seus domésticos primeiros). Desenvolver vida piedosa, de oração, de meditação bíblica, de reverência a Deus. Aliás, você já notou que nos livros de Teologia Sistemática não existe nenhum capítulo sobre vida piedosa, nem sobre oração? (Incrível isso). Também desenvolver vida sadia em seus mais variados aspectos – físico, mental, emocional, espiritual. Ser também modelo de vida para ser um discipulador de primeira qualidade. A isso denomino “Pedagogia Integral”, que comecei a desenvolver no início da década de 1990 e temos aplicado no ensino de nossa Faculdade em São Paulo, buscando capacitar e sensibilizar professores, mas também funcionários, a aplicarem em

seu atendimento aos nossos alunos. Anos depois descobri que paralelamente, pesquisas eram realizadas por um educador de nome DeLors que depois foram adotadas pela UNESCO, com a designação de “Os 4 pilares da Educação”. Neste caso não houve a inclusão do conviver, de modo que nossa abordagem com cinco verbos (e meio) acaba sendo mais abrangente. Essa visão da Pedagogia Integral tem fundamento no primeiro dos dois mandamentos que Jesus nos ensinou, em que temos o desafio de amar a Deus de todo nosso ser. Partimos também dos ensinos originais da visão integral de Lausanne I (1974), sintetizados na expressão “o evangelho todo, para toda pessoa e a pessoa toda.” A formação teológica e ministerial (dessa forma mesmo) necessita ser reavaliada, repensada, redescoberta, reconstruída, de modo a formamos líderes próprios para este momento e para o futuro, de modo que nossas Igrejas, “ovelhas”, denominação sejam todos beneficiados por bom e qualificado atendimento. Respeito quem pensa diferente, mas cerca de 42 anos de serviço nesse campo me deixam temeroso de pensar e atuar de forma diferente. E, para finalizar, eu até pensei em dizer “abaixo ao ensino teológico de reduzida qualidade!” Mas, será que vou ser compreendido?



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