OJB EDIÇÃO 02 - ANO 2022

ANO CXXI EDIÇÃO 02 DOMINGO, 09.01.2022

R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

O

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121

anos

ções a m a r g o r p s a d ia o gu Confira também: (ES). ia r ó it V m e a t is t a na Semana B Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Fé para Hoje

Observatório Batista

Mulheres Batistas

Notícias missionárias

Dependência de Deus

Confira as notícias da UFMBB para o mês de janeiro

JMN e JMN trazem informações do campo missionário

Coluna traz o artigo “Da autonomia para a Teonomia”

Para que serve a Convenção?

págs. 08 e 09

págs. 07 e 11

pág. 14

Texto fala da relação Igrejas/Convenção pág. 15

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

EDITORIAL

121 anos de O Jornal Batista e 101a Assembleia da CBB Produzir semanalmente as edições de O Jornal Batista é uma alegria, um privilégio para nós do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira. Mas, por conta dos conteúdos e datas, algumas sempre ganham mais destaque, mais relevância, mais lembranças em nossas memórias.

E esta, a segunda de 2022, com certeza é uma edição de muito destaque e relevância! O primeiro grande motivo é o aniversário de 121 anos de O Jornal Batista, comemorado em 10 de janeiro.

Quanta história desde 1901, quantos

acontecimentos, mudanças, mas a base continua a mesma, glorificar ao nosso Deus, contar a história do povo Batista, ensinar e edificar.

Poucos imaginam, mas é sempre bom lembrar que atualmente, OJB é cuidado por jovens: seu editor Estevão Júlio, de 26 anos (ou secretário de redação, o nome histórico da função na CBB) e o estagiário e estudante de Jornalismo João Luiz, de 24 anos, que está conosco desde março de 2021. Como o editor deste jornal já escreveu, são jovens cuidando, com todo o carinho, de um vovô.

Na página 6 republicamos com adaptações um texto do irmão Othon Ávila do Amaral para comemorar esta data marcante. Mas não pararemos por aqui. Vamos celebrar esta data em outras edições também. Vida longa, OJB! As páginas 10, 12 e 13 desta semana trazem consigo outros conteúdos de importância aos Batistas brasileiros.

Preparamos o que podemos chamar de guia da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira. Falamos dos encontros de todas as organizações na chamada “Semana Batista”. Locais,

preletores e outros destaques das programações que já começam no dia 10 de janeiro. Temos a certeza que será de grande utilidade para você, que vai viajar para Vitória-ES e participar presencialmente, quanto para aqueles que acompanharão as transmissões ao vivo e redes sociais da CBB e organizações.

Que seja uma leitura agradável, informativa, relevante e edificante.

Deus te abençoe! n Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB

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FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Fausto Aguiar de Vasconcelos DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza

REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557

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Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

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BILHETE DE SOROCABA

O dízimo de Jesus Pr. Julio Sanches Alguns salvos têm dificuldades em entender e praticar o dízimo. Contestam que o dízimo integra a Lei mosaica, cumprida integralmente por Jesus, portanto inaplicável à era da Graça. Caso estivessem convictos dessa verdade, não sentiriam a consciência a atormentá-los ao reterem os dízimos que pertencem a Deus. Não discutiriam o assunto tentando encontrar uma justificativa para seus atos. O dízimo é culto.

Integra o culto que prestamos a Deus.

Foi instituído para o sustento do ministério da Igreja e nele deve ser usado.

Ao criticar os escribas e fariseus, denominando-os de hipócritas, por dizimarem a hortelã, o endro e o cominho, Jesus diz-lhes que deveriam continuar dizimando, mas sem esquecer o juízo, a misericórdia e a fé (Mateus 23.23). Mas, não encontramos um texto bíblico em que Jesus tenha dizimado. Como nada

possuía em termos materiais, nada tinha a dizimar. Encontramos Jesus pagando imposto, inclusive abusivo. Muitos salvos sonegam impostos. Como não possuía recursos materiais para pagar o imposto cobrado mandou Pedro pescar.

O primeiro peixe pescado tinha na boca uma moeda. O suficiente para pagar o imposto, não devido por Jesus, e o de Pedro. Sem troco. Mas Jesus não deu o dízimo. É verdade! Jesus exemplificou com a vida o que é esperado de todo salvo. Não apenas o dízimo, mas a vida toda no altar do Senhor.

Jesus ofertou tudo. Veio ao mundo para oferecer-nos salvação. Com este propósito deu toda a Sua vida, até a última gota de sangue, para consegui-lo. Prometeu dar a vida por Suas ovelhas (João 10.15). Diz que a oferta de sua vida era prova contundente do Seu amor por nós (João 15.13). Não há dízimo que se compare com o valor da vida.

Poucos cristãos na história da Igreja conseguiram imitar Jesus em termos de dádivas. Paulo não considerava a vida preciosa e estava disposto a sacrificá-la por amor a Jesus (At 20.24). Ao escrever Gálatas 2.20 diz que já estava crucificado com Cristo… Era mais que dizimo. Vida integral como oferta ao Senhor. Caso você consiga dar integralmente sua vida a Jesus, não há que se preocupar com dizimo. Este está incluído na vida entregue no altar.

O dízimo não se restringe ao valor monetário. Nisto está a dificuldade do não dizimista. Vê o dízimo como certa quantia retirada do ganho normal da vida. Dízimo como dinheiro não tem significado e valor. O dízimo é uma expressão de gratidão no culto que prestamos a Deus. Como ato do culto e de culto, ao trazê-lo à casa do Senhor confessamos que fomos abençoados. Que o Senhor providenciou-nos o sustento necessário na caminhada diária. O pão de cada dia

não faltou. A alegria em reconhecer a mão divina ao sustentar-nos com Sua abundante graça produz gratidão. Esta gera culto e neste está incluído o dízimo que devolvemos a Deus.

Dízimo não é moeda de troca.

Você devolve e Deus vai abençoá-lo. É o contrário. Devolvo o dizimo porque fui abençoado. Sou grato a Deus por todas as dádivas recebidas. Por ser culto, não posso administrá-lo seguindo a matemática humana. Não há como repartir o culto com outros. É um ato único, individual, entre mim e Deus.

Nada justifica o desviar o dízimo com outras fontes. O culto é uma relação direta entre o adorador e Deus. À Igreja cabe administrá-lo, enquanto material, sob a direção divina. Aplicando-o para a propagação do Reino.

Faça do seu ato de dizimar um ato solene de culto e você não encontrará dificuldades em praticá-lo. Seja fiel.

Seja dizimista. n

A Palavra de Deus de eternidade a eternidade Marinaldo Lima

pastor, colaborador de OJB

A Tua Palavra é a verdade desde o princípio.

Teus ensinamentos livram-me do precipício.

Uma leitura devocional diária é o melhor exercício; Assim é em minha vida cristã desde o início.

Desde o princípio és o Deus de amor, Eterno e infinito, o Pai Criador, Soberano e majestoso, de tudo és Senhor.

Devo adorar-te e dar-te o meu louvor E diante de Ti, viver em temor.

Orando em todo tempo com fé e com vigor.

Palavra viva é a Tua; ela é toda a verdade!

Atinge minha alma e espírito com intensidade.

Leitura agradável no campo ou na cidade, A bússola no alto-mar em meio à tempestade.

Viajo em meio a tormentas com serenidade; Raios podem vir, mas confio em tua bondade.

A bonança vem e finda a adversidade.

Príncipe da Paz, Tu és o Salvador, Remiste minha vida, sentindo grande dor.

Indigna morte sofreste para seres Redentor, Na cruz foste pregado, com cruel rigor.

Chicotadas recebeste do soldado opressor; Ímpios te xingarem, meu amado Remidor.

Porém, à humanidade, tu deste teu favor.

Imolado foste na cruz em imensurável pavor; O justo pelo injusto; substituíste o pecador.

É o término da provação e da dificuldade.

E do túmulo saíste; sobre a morte és vencedor!

A vitória vem de ti; Pai da Eternidade.

Creio no Espírito Santo que enviaste para mim; Anelo seus ensinos e seu conforto sem fim.

Deixo que Ele me dirija, porque deve ser assim; Ao seu chamado sempre devo responder: “Sim!”

Venho então a Ti, cheio de gratidão E louvo o teu Nome de todo coração.

Rendo-te glórias no meio da congregação.

Dia e noite és meu escudo e proteção, Abrigo bem seguro na tribulação.

De tudo que conquisto, tu és a razão E da minha vida és o guardião.

Ungido pelo Espírito, encho-me de segurança; Movido por seu poder, ajo com perseverança.

Dedico o meu louvor, expresso minha confiança; Obedeço à sua voz e vivo com temperança.

Sujeito-me a Ele e a minha jornada avança.

Tu és o Verbo eterno revelado ao mundo E eu um pecador condenado e imundo.

Uma distância nos separa; um abismo bem profundo.

Somente a tua graça tira-me deste poço fundo.

Justiça tu exiges para dar-me salvação.

Um justo procuraste no meio da multidão. Índole ruim só viste; tudo na Terra é podridão!

Zeraste meus pecados com a crucificação.

O Cordeiro imolado trouxe-me a redenção; Sou agora teu servo, livre da condenação.

Doravante com minha voz canto a melhor canção; Uma nova melodia para a tua exaltação.

Realizo a tua obra, abençoada missão; Alcançando os perdidos com a evangelização.

Para sempre tua Palavra eu quero obedecer.

A sua leitura é imensurável prazer.

Releio o que já li para minha fé crescer; Analiso a tua obra e engrandeço o teu poder!

Sempre quero estar contigo aqui e eternamente E tenho esta certeza, pois Tua palavra não mente.

Mostra-me a cidade santa, Jerusalém reluzente; Pelos séculos sem fim reinarás triunfalmente.

Rei dos reis, governarás soberanamente E serás sempre exaltado, gloriosamente! n

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

O ministério do apóstolo Paulo adverte: somente em Cristo Minha adversidade podemos tudo Tua proteção nesta vida…

Olavo Feijó

Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

“Em Cristo podemos tudo, porém sem Ele, nada”(paráfrase bíblica de Filipenses 4.13).

Um dos grandes erros das pessoas incrédulas é que elas enfrentam tudo que vem pela frente, de peito aberto, sem a mínima proteção e, ainda, não tem com quem contar para ajudá-lo.

Quando Paulo diz, neste versículo, “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”, ele demonstra ser dependente de Cristo e fiel à sua vontade e preceitos.

De nada adianta falar essa frase “da boca para fora” e não crer nela em

sua vida. É como aquelas pessoas que soltam a qualquer hora que “O sangue de Jesus tem poder”. Realmente tem, mas primeiro é preciso crer nisso em seu coração para depois dizer isso aos outros ou em qualquer situação.

O Senhor está conosco e sempre nos protege em qualquer situação, seja as mais simples ou mesmo as mais complexas. Mas precisamos estar atentos para certo abuso que alguns fazem do poder de Deus. Como tem pessoas que cometem loucuras e frequentam lugares perigosíssimos, achando que nada lhe acontecerá. Depende da vontade do Senhor.

Com Cristo podemos fazer tudo e “seremos mais que vencedores” (Romanos 8.37) e sem Ele nada podemos e

pastor & professor de Psicologia

“Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo” (Sl 27.5).

O que eu devo fazer, como cristão, quando tudo começa a dar errado em minha vida? Quando Davi enfrentou este problema, eis a resposta que ele encontrou: “Em tempos difíceis, Ele me esconderá no Seu abrigo” (Salmos 27.5).

Por que o Senhor nos dá a ajuda da Sua Palavra escrita? O Senhor nada teremos. E ainda tem gente que já o provaram, mas o largaram, preferindo o mundo e seus prazeres relâmpagos que logo fazem mal.

Eu e você podemos realizar grandes

Jesus explica, dizendo: “No mundo tereis tribulações, mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Ao enviar Seus discípulos para a evangelização da humanidade, Jesus deixou as coisas bem claras, dizendo: “Todos odiarão vocês, por serem Meus seguidores. Mas, quem ficar firme até o fim será salvo” (Mt 10.22).

O eterno amor de Cristo é que nos salva do poder do pecado: “Deus amou o mundo com tanta intensidade que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). obras, mas apenas alicerçados no Senhor e para honra e glória Dele.

Creia nEle. Ele nos acompanha para o que der e vier e nos fortalece nas batalhas da vida! n

Rendendo graças ao Senhor Jeferson Cristianini

pastor, colaborador de OJB

É importante e imprescindível, a um cristão, olhar para Jesus e aprender o princípio da gratidão. Por várias vezes, Cristo deu graças ao Pai, e isso deveria nos inspirar a ter e a manter a mesma postura. Deveríamos ter uma vida em que a gratidão não fosse esporádica ou em determinados momentos, mas em que nossa rotina diária visse a mão de Deus agir, e assim rendermos graças a Deus. O cristão sabe que tudo vem de Deus e deveria ter a gratidão como um estilo de vida, a fim de que seu testemunho fosse eficaz às pessoas que o cercam. Numa sociedade como a nossa, marcada pela murmuração, com pessoas que reclamam de tudo e de todos o tempo todo, seria surpreendente se os cristãos marcassem a vida dos outros com um modo de vida que exalte

a gratidão ao Senhor, pelos Seus feitos grandiosos.

A Bíblia toda nos convoca a bendizermos o nome do nosso Deus. “Bendize ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há mim bendiga seu santo nome.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Sl 103.1-2). Bendizer é falar bem, é honrar é exaltar o nome de Deus. O nome de Deus é bendito, ou seja, digno de louvor e adoração; de ser reverenciado e anunciado entre os povos. O livro de Salmos está repleto de exemplos de pessoas que bendisseram ao Senhor. Na cultura judaica, todas as saudações, cumprimentos e início de atividades religiosas começam dizendo que Deus é bendito.

Paulo, o apóstolo, sempre demonstrou muita gratidão a Deus pela obra realizada em sua vida e nos ensina muito sobre gratidão. Em todos os seus escritos é visível sua postura de ações

de graças. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 5.18). “[...] sede agradecidos” (Colossenses 3.15).

Paulo ensina que sermos gratos é vontade de Deus, por todas as bênçãos recebidas e que ações de graças têm a ver com maturidade cristã, que nos ensina a nos contentarmos com o que recebemos do Senhor. A nossa postura cristã é, ou deveria ser, de gratidão, pois Deus é generoso e fiel em Seu cuidado para conosco.

O oposto da gratidão é a murmuração, que é reclamar do que Deus fez e faz; é dizer que faria melhor que Deus.

Agradecer é reconhecer que tudo o que você recebe de Deus é manifestação do cuidado do Senhor sobre sua vida.

“Cantai ao Senhor com ações de graças” (Salmo 147.7). O salmista diz que precisamos “cantar com ações de graças”. É comum, em nossos dias, as pessoas cantarem pedindo coisas a Deus,

ou canções supostamente cristãs que pedem que Deus cure e de prosperidade. Há uma crítica às canções contemporâneas sobre o uso dos pronomes “eu”, cujo foco da letra é o ser humano, enquanto em décadas passadas o foco era sempre o Senhor. Precisamos cantar menos canções com o pronome “eu”, que remete a nós e sim com o pronome “Tu”, apontando e falando do Senhor. Precisamos cantar ao Senhor com ações de graças e que em nossos lábios brotem hinos de louvor a Deus O hino diz: “Conta as bênçãos/ Conta quantas são/ Recebidas da Divina mão/ Uma a uma/ Dizes de uma vez/ Hás de ver surpreso quanto Deus já fez”. Não murmure. Agradeça. Lembre-se que gratidão é uma forma de adoração ao Senhor. Não se esqueça de tudo o que o Senhor fez e está fazendo em sua vida. Conta as bênçãos e agradeça. n

REFLEXÃO

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Celebrando a paz com comunhão

Levir Perea Merlo

pastor, colaborador de OJB

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Certa vez perguntaram a Gandhi, o célebre pacifista hindu: “Qual o caminho para a paz?” Ele, então, afirmou: “Não há caminho para a paz, a paz é o caminho”.

Considerando que a paz é aquele sentimento que invade o coração humano e traz tranquilidade, serenidade, sensação de dever cumprido e uma calmaria que faz brotar a alegria e a gratidão, fazendo com que o ser humano tenha um desejo ardente de viver em comunhão e viver bem diante do Cria-

dor e de todas as Suas criaturas, então Jesus Cristo representa perfeitamente essa paz, esse anseio tão almejado desde os tempos em que essa paz foi perdida nos tempos pós-queda.

Celebrar a paz com comunhão é se abrir para os horizontes das grandezas e da glória do Deus misericordioso, que de uma forma imanente e misteriosa está em nós que um dia reconhecemos nossa fragilidade humana, nossa miséria, nossa insensatez e nos deixamos levar pela sua escolha, sim! Ele nos escolheu para produzirmos fruto que celebra a glória do seu Reino. Quando estamos conscientes de que, apesar das nossas limitações e pecadores, passamos pelo Novo Nascimento, e consequentemente pelo processo de transformação de vida operado pelo

seu Espírito Santo, que convence o homem, do pecado, da justiça e do juízo, mudamos de rumo, tomamos uma nova direção, onde pecados numerados por Jesus não fazem mais parte das nossas vidas: “Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contamina o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem” (Mt 15.18-20).

A partir desse momento, em que saímos das trevas para a luz de Jesus, experimentamos a Paz verdadeira e estamos prontos para servir. Podemos verdadeiramente manter comunhão com o nosso semelhante, inclusive

com a natureza maravilhosa de Deus (Sua criação e meio ambiente).

O texto de Hebreus é muito forte e serve de aviso para todos nós. Segui a paz com todos e a santificação, e se não for assim, não veremos o Senhor.

Em outras palavras nunca fomos verdadeiramente salvos pela Sua graça. É claro que viver em paz com todos muitas vezes não depende de nós, mas devemos estar sempre dispostos ao perdão, marca de um cristão autêntico.

Que o início do ano, janeiro, a porta de entrada para o palco da nossa vida pelos próximos 12 meses, seja de profunda comunhão e gratidão para com o Criador e suas criaturas, e a consequência natural se chama Paz! n

Muitos estão na mesma situação que Sara se encontrava. Anos e anos esperando uma grande promessa, mais um ano findou e o que tanto esperavam, o que tanto pediram para esse ano não chegou. Muitos já desistiram, até riem quando ouvem alguém dizer que a promessa chegará.

Aprendemos com a história de Sara e Abraão que o tempo é de Deus. Deus é atemporal, para Ele nunca é tarde.

Aquele provérbio popular que diz: “Deus tarda mas não falha”, não se aplica ao nosso Deus. Ele não tarda nem falha,

faz tudo no tempo dEle para que O Seu Nome seja glorificado.

Não desista do sonho que você tem colocado diante de Deus. O ano de 2021 terminou, mas 2022 traz a renovação da esperança.

Se você chegou até aqui lendo esse texto, tenho certeza que aquele propósito colocado diante de Deus veio à sua mente. Não ria desesperançado(a).

Creia que O Senhor cumprirá a promessa em tua vida.

Que Ele nos abençoe. n

Uma promessa para 2022

Roberto Celestino

diácono da Primeira Igreja Batista em Taquaritinga do Norte - PE

“Então um deles disse: “Voltarei a visitar você por esta época, no ano que vem, e sua mulher, Sara, terá um filho”. Sara estava ouvindo a conversa de dentro da tenda” (Gn 18.10).

Sara carregava o peso dos anos.

Preparava-se para a sua nona década.

Vivera muita coisa nesses anos com seu esposo Abraão. Havia sido mui-

to abençoada com bens durante esse tempo, no entanto, o maior bem que desejava nunca havia chegado, um filho.

Certamente, se preparava para mais um ano como os demais, pois, pela sua idade, já não alimentava mais o sonho de ser mãe.

Certo dia, ela escutou a conversa de uns homens (anjos) com seu marido e ouviu quando um deles disse que no próximo ano ela teria um filho. Devido à impossibilidade humana de uma mulher ter um filho aos 90 anos, Sara não creu e riu consigo daquela situação.

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REFLEXÃO

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História de O Jornal Batista Primeira redação de O Jornal Batista, na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro-RJ, em 1901 Óthon Ávila do Amaral (adaptado)

Quando O Jornal Batista surgiu, em 10 de janeiro de 1901, os Batistas brasileiros deram, naquele momento, o exemplo de como deveria ser o balizamento dos passos a seguir. É bom lembrar tal fato para que não percamos o fio da meada, depois de mais de um século decorrido, quando estamos diante de tantas alternativas, oriundas de vozes dissonantes. Nossos grandes editores do final do Século XIX foram Zacarias Clay Taylor (1850/1919) e Salomão Luz Ginsburg (1867/1927).

O primeiro, não somente lançou o primeiro Jornal Batista brasileiro, “Echo da Verdade”, em 1886, na Bahia, como também publicou nossos primeiros livros: “A Bíblia sobre o Batismo”, “O Manual de Eclesiologia” e “Cristo nos Evangelhos”; o segundo lançou o Jornal “As Boas Novas”, em 1894, na cidade de Campos - RJ, como publicou a primeira edição do “Cantor Cristão”, em 1991, com 16 hinos, em Recife - PE. Ambos, Zacarias e Salomão, encerraram as atividades jornalísticas e livrescas que tinham, na Bahia e na cidade de Campos, e doaram o acervo patrimonial, máquinas, papel, tipos, guilhotina e outros utensílios, bem como o dinheiro de assinaturas e publicidade, para montar a nova tipografia no anti-

go Distrito Federal, a cidade do Rio de Janeiro, e dar início a um elo de unidade da obra Batista no Brasil: “O Jornal Batista”. Homens notáveis, gigantes da fé, como Zacarias e Salomão, tinham a mente e o coração voltados para a melhor maneira de ver o crescimento da obra Batista. Um novo jornal que pudesse alcançar os estados, os municípios, as Igrejas, as famílias, as bibliotecas, com uma mensagem que informasse os propósitos e os objetivos dos Batistas.

Assim nasceu “O Jornal Batista” e a “Casa Publicadora Batista”. Um homen notável, W. E. Entzminger (1859/1930), e outro, Theodoro Rodrigues Teixeira (1871/1950), que viria a ser considerado o preceptor por excelência dos Batistas brasileiros, na análise do teólogo W. C. Taylor (1886/1971), assumiram a direção daquele hebdomadário que, fiel às diretrizes que lhe foram dadas, não se desviou nem para a direita e nem para a esquerda. Na sequência dos anos, outros foram ocupando os lugares daqueles pioneiros. De Casa Publicadora Batista, passamos para Junta de Escolas Dominicais e Mocidade (JEDM), e depois para Junta de Educação Religiosa e Publicações (JUERP). O jornal teve vários diretores dos quais mencionamos os que, na nossa opinião, foram os principais: W. E. Entzminger, Theodoro Rodrigues

Teixeira, Moysés Silveira, Almir dos Santos Gonçalves, José dos Reis Pereira, Nilson Dimarzio, Salovi Bernardo e Sócrates Oliveira de Souza.

O alvorecer do século trouxe para a denominação novas perspectivas com a reestruturação de nossa Convenção, de nossas Juntas, de nosso Conselho Geral, de nossos quadros dirigentes, com o aproveitamento de novos líderes, entre eles, o pastor Sócrates Oliveira de Souza, executivo da CBB, viabilizador de todas as reformas que foram implementadas.

Para o melhor desenvolvimento do trabalho, uma nova Editora foi criada em 31 de janeiro de 2007 chamada “Convicção Editora”. Ela foi o primeiro passo para dar novo direcionamento às nossas publicações. No primeiro ano editou os seguintes livros: “Academia da Alma”, de Israel Belo de Azevedo; “O Aperfeiçoamento dos Santos na Integração das Gerações”, de João Falcão Sobrinho e “100 anos da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira” de Zaqueu Moreira de Oliveira.

“O Jornal Batista”, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira desde 1909, mediante proposta do pastor Francisco Fulgêncio Soren, que passou a ser editado sob a égide do Conselho Geral da Convenção desde a década de noventa do Século XX, tem hoje uma tiragem de papel reduzida, que atende

W. E. Entzminger, fundador de OJB seus fiéis assinantes, quase todos batistas da melhor idade. E para gáudio dos Batistas de um modo geral, a edição “online” alcança Batistas não só no Brasil, como no mundo inteiro.

Assim agindo, O Jornal Batista entra no seu 121º aniversário. Fiel à sua origem, fiel à sua denominação. Não se desviou nem para a direita e nem para a esquerda. Prossegue na sua jornada pela graça e pela misericórdia inexaurível de Deus. (O.A.A.) n

MISSÕES NACIONAIS

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Obra missionária no Sul do Brasil colhe novos frutos

Ana Lu, missionária

Adaptação: Redação de Missões Nacionais

Para a glória de Deus, o Sul, uma das regiões menos alcançada pelo Evangelho no Brasil, segue sendo alvo da obra missionária e tem colhido novos frutos a cada dia. Prova disso, é a expansão do trabalho no município de Taquara, no Rio Grande do Sul. Há um tempo, o missionário pastor Rogério realizou a cerimônia de casamento de Ana e Paulo, um casal com testemunho impactante! Agora, louvamos ao Senhor, pois esse casal resolveu se batizar e, além disso, seus testemunhos alcançaram a vida de amigos e familiares, que também decidiram descer as águas batismais e fazer essa declaração pública de fé.

Junto com Ana e Paulo, foram batizados a filha, Yasmim, e Pablo, irmão Ore também pelos missionários que de Paulo. Pablo compreendeu a impor- possível porque sabemos da importân- rança que transforma vidas.

Continue orando e investindo no têm se dedicado a essa obra. Ore pelo tância de discipular e junto a ele foi cia de continuar evangelizando o povo batizado seu amigo Lucas. Isso só é gaúcho, levando a mensagem de espe- avanço do Evangelho na Região Sul. povo gaúcho! n

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Estevão Júlio

Junta de Missões Mundiais vai lançar campanha em Vitória-ES

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

O Culto de Lançamento da Campanha da Junta de Missões Mundiais vai acontecer no dia 10 de janeiro, às 19:30, na Primeira Igreja Batista de Vitória-ES. O tema escolhido para este

Estevão Júlio

Muitas são as atividades da Junta de Missões Nacionais (JMN) durante a Semana Batista da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB).

Dos dias 10 a 16 de janeiro, nossa organização missionária para o Brasil realizará diversas atividades. Confira: No dia 10 de janeiro, às 14:00, será inaugurada a Cristolândia Linhares. O endereço é Avenida Cláudio M. da Costa - Quadra 680 - Lote 02 - Interlagos – Linhares-ES

Campanha “Viva a compaixão” será lançada na PIB em Vitória-ES

O encontro de ex-alunos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) acontecerá no dia 11 de janeiro, às 17:30, na Igreja Evangélica Batista de Vitória.

Os parceiros do PAM Brasil terão o seu encontro na Sala Jardim Camburi, no Centro de Celebrações, no dia 13 de janeiro, às 17:30.

Igreja Multiplicadora também terá o seu espaço, na sexta-feira, 14 de janeiJMN terá diversas programações; destaque ro, às 17:30, na Sala Jardim Camburi, para a celebração Jesus Transforma no Centro de Celebrações.

Uma das noites missionárias será encontro de Atuação Social, às 17:30, ce nas Assembleias, a Celebração Jesus realizada pela JMN, na 8a sessão, no na Sala Jardim Camburi, no Centro de Transforma, a partir das 16:00 de 16 de jaCelebrações. neiro, no Centro de Celebrações da Primeidia 14 de janeiro, a partir de 19:30.

E, para finalizar, como sempre aconte- ra Igreja Batista em Jardim Camburi. n Já no sábado, 15 de janeiro, O 11°

UFMBB vai comemorar centenário do CIEM

estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

No dia 12 de janeiro, a União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), vai promover sua 98a assembleia, com o tema “Busquemos a paz com misericórdia”. O encontro será realizado no Centro de Celebrações da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi-ES. O destaque da celebração deste ano é a comemoração de 100 anos do Centro Integrado de Educação e Missões

João Luiz

Além disso, no dia 15 de janeiro, já durante a 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), a JMM realizará uma das noites missionárias, na 9a sessão, a partir de 19:30.

Culto será presencial e online, transmitido no canal da JMM no Youtube: youtube.com/canaljmm n

Junta de Missões Nacionais tem agenda durante toda a Semana Batista

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

João Luiz

ano é “Viva a compaixão”, com base em Gálatas 2.20: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.

Mas os trabalhos da JMM vão começar um pouco mais cedo, no dia 09 de janeiro. A organização vai visitar 20 Igrejas no Espírito Santo para falar da campanha e convidar para o culto de lançamento.

(CIEM). Assembleia também terá eleição da nova diretoria da organização.

As preletoras serão Eliane Mello Salgado de Moraes, presidente da UFMBB, pela manhã, e Raquel Brum Zarnotti dos Santos, líder nacional de MR e ex-aluna do CIEM, à noite.

Você, mulher Batista, ainda pode fazer a inscrição. Acesse o site ufmbb. org.br/98assembleia *Sob supervisão de Estevão Júlio, jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira. n

Esta será a 98a Assembleia da UFMBB

Homens em busca da paz com misericórdia

estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

O encontro nacional da União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB) vai acontecer no dia 12 de janeiro, na Primeira Igreja Batista em Laranjeiras, em Serra-ES, às 14:00. Com o tema “Homens em busca da paz com misericórdia”, o evento terá como prele-

tores os pastores Raphael Abdalla, da Primeira Igreja Batista em Guarapari-ES, e Doronezio Andrade, da Primeira Igreja Batista de Vitória-ES).

Os homens Batistas elegerão representantes regionais (um para cada região do país), terão palestra, participação da banda dos Embaixadores do Rei, Coro missionário, Quarteto Címbalos e Homens Cantores de Vitória, relatório de lideranças estaduais, representação denominacional, campanha

em prol da Cristolândia Espírito Santo e muito mais.

As inscrições estão abertas no site www.bit.ly/enchomensbatistas.

A organização receberá inscrições no momento do evento também. O valor é de 60 reais. *Sob supervisão de Estevão Júlio, jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira. n

“Homens em busca de paz e misericórdia” é o tema do encontro dos homens Batistas

MISSÕES MUNDIAIS

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

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Expandindo o Reino no Paraguai

Ibrahim e Amira Pereira missionários no Paraguai

A Igreja Batista El Renuevo é composta por 30 membros e está sem pastor porque o anterior faleceu. Uns meses atrás decidimos, junto à liderança, pintar o prédio da Igreja, que estava desgastado.

Louvamos a Deus que os membros abraçaram a ideia, e por dentro o edifício já está todo arrumado! O objetivo não era simplesmente trazer benefícios estruturais, mas capacitar e equipar, com estudos bíblicos, os membros daquela Igreja.

Nádia tem ajudado como professora da EBD e promovendo os momentos missionários no culto de domingo. E eu, uns meses atrás comecei, com a liderança, o treinamento de nove irmãos sobre pequenos grupos multiplicadores. No mês de dezembro terminamos o treinamento e a capacitação; e para este ano, decidimos começar com dois pequenos grupos pilotos. Deus está revitalizando a Igreja de uma forma madura e responsável na missão.

Tenho também estudado a Palavra com Marcos, um refugiado sírio e muçulmano que mora na Tríplice Fronteira. Conheci-o quando me pediu ajuda na questão da legalização de sua residência. Ajudei-o com os papéis e logo perguntei se ele queria conhecer o que a Bíblia ensina sobre o Messias. Ele aceitou e estamos

caminhando nesse relacionamento de discípulo desde então.

Marcos tem muitas dúvidas, ao ponto de exaltar o seu profeta Maomé e dizer que Jesus teve pecado.

Imagine; nem o seu livro, o Corão, fala isso! O Evangelho está confrontando as suas crenças sobre a verdade de Deus. Outro desafio é que certos assuntos, às vezes, são muito complicados, principalmente porque os ouve pela primeira vez, principalmente sobre a divindade de Cristo.

Ore por ele, para que o Senhor se revele a ele e por mim também.

Com a ajuda do casal Mohamed e esposa realizamos estudos bíblicos cronológicos da Bíblia. Usamos o método de evangelismo AL MASSIRA (“A Jornada”, em árabe), que mostra o propósito de Deus, desde o Antigo para o Novo Testamento, para salvar a Humanidade.

O último estudo será para encorajá-los a tomar a decisão de se reunir com os demais irmãos como Igreja.

Louvamos a Deus por abrir o entendimento deles para as Escrituras. Ore pelos irmãos que têm aprendido e também pelo casal, pois estão enfrentando problemas no casamento..

Outra oportunidade que tivemos foi de passar o fim de semana numa região, pregando e falando sobre a missão, em três Igrejas. Conheci dois irmãos, que são gêmeos, muito interessados em missões entre os não-alcançados. Conversamos um

bom tempo e um deles me disse que ficaria no Paraguai para trabalhar e sustentar o seu irmão, porque os dois sabem que a igreja paraguaia não tem condições de sustentar missionários.

Na outra Igreja conheci uma família que deseja ser voluntária da JMM, nas viagens de curto prazo, entre os não-alcançados. A outra Igreja é uma Congregação localizada numa área muito difícil para o trabalho missionário. O pastor e os irmãos estão enfrentando perseguições por estarem pregando na região.

O pastor que lidera a missão testemunhou que, depois de batizar três irmãos da mesma família, o pai, irado, os esperava armado. Graças a Deus que o Senhor os livrou da morte. Tive o privilégio de conhecê-los e animá-los a continuar na missão.

Para 2022, se Deus permitir, capacitarei alguns membros daquela Congregação a usarem o esporte como ferramenta de evangelismo.

Amira colaborou com o PEPE na América Latina com a tradução para o espanhol e o inglês, em capacitação, reuniões e congressos. Em dezembro, foi realizado o 2º Congresso Internacional do PEPE online, com a participação de 31 países onde o PEPE foi plantado. Ver as crianças sendo tocadas por Jesus e também ver Deus as usando para alcançar os seus pais e famílias, não tem preço!

Coordenamos, outra vez, a 2ª

Jornada Internacional de 24 horas de oração pelos cristãos de origem muçulmana, uma iniciativa da MBB Global e União Batista Latin-Americana (UBLA), com o apoio da JMM. Tivemos a participação de irmãos de 16 países da América Latina e contamos com 10 organizações missionárias participando como facilitadores.

Completamos dois anos no Paraguai e testemunhamos o compromisso de nove paraguaios levando o Evangelho aos seus amigos muçulmanos. Somos responsáveis pela capacitação e treinamento desses irmãos.

Nosso propósito é ver cada um mobilizando e capacitando outros paraguaios a fazer o mesmo. Para chegar a esse compromisso, eles tiveram que lutar contra a discriminação cultural e religiosa, e as venceram graças a Deus.

Outro privilégio foi batizar a nossa filha, Rebeca. Que alegria a ver convicta sobre o nascimento, morte e ressurreição de Cristo. Louvamos a Deus, de todo o coração, por nos permitir vê-Lo revelando-se a nossa filha. Que ela siga crescendo a cada dia na graça e conhecimento do Senhor.

Terminamos agradecendo o seu apoio e carinho. Que o este ano venha com muitas oportunidades para você adorar e glorificar o nome do Senhor! n

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O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

Estevão Júlio

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Associação dos Diáconos Batistas do Brasil chega a sua 22a Assembleia

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

A cidade de Serra-ES vai receber a 22a Assembleia da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB), no dia 11 de janeiro de 2022. Como sede, a Primeira Igreja Batista de Laranjeiras-ES será o local da eleição da nova diretoria, renovação dos conselhos e aprovação de relatórios.

Além disso, um culto de gratidão

João Luiz

estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

“Siga em frente” é o tema do 38° Congresso da Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB), nos dias 11 e 12 de janeiro. O templo antigo da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi-ES vai receber músicos Batistas de todo o país.

Pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba-PR, Paschoal Piragine Jr., será

a Deus será realizado, com as participações do Coro Masculino da Igreja Batista em Mata da Praia (ES), lideranças da Convenção Batista Brasileira (CBB), Juntas Missionárias, Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) e a palavra do presidente da CBB, pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos.

O evento, presencial e online, terá as inscrições apenas pelo site e-inscricao.com/adbb/adbb2022. Não terá inscrições presenciais, por questões de segurança e logística. n

Assembleia da ADBB participações e representações denominacionais

o preletor oficial. O Congresso também terá Éder Campos, como regente do coral da AMBB;e Marcelo Nelles e Léo Gomes, com o workshop “Música e Tecnologia”.

Para fazer a inscrição, a AMBB orienta que o formulário seja preenchido e o pagamento realizado; só depois disso o pagamento será efetivado.

Inscrições no site: ambb.org.br *Sob supervisão de Estevão Júlio, jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira. n

Em 2020, AMBB realizou congresso em parceria com a OPBB

AMBB convida os músicos a seguirem em frente

Associação Nacional de Escolas Batistas vai eleger nova diretoria para 2022-2024

Estevão Júlio

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

Convocada no início de dezembro de 2021, a Assembleia da Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB) será realizada no dia 12 de janeiro, a partir de 09:00, na Primeira Igreja Batis-

Estevão Júlio

ta de Vitória-ES. A organização vai eleger a diretoria para o biênio 2022-2024.

A programação também terá momento devocional, relatório do diretor executivo, Mario Castelani, relatório financeiro de 2021 e outros assuntos.

Para participar da programação, não é necessário a realização de inscrição. n

Última eleição da ANEB, em Goiânia-GO

União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil

Mata da Praia, em Vitória-ES. Programação terá momentos de louvor, oração, representações denominacionais, apresentação das uniões estaduais, dinâmica de grupo, reflexão O encontro da União de Esposas de com Maura Rute Carvalho Antunes, do Pastores Batistas do Brasil (UEPBB) Rio de Janeiro e eleição da nova direacontecerá durante o dia 11 de janeiro, toria. n de 09:00 às 17:00, na Igreja Batista em Esposas de pastores Batistas se reúnem anualmente nas Assembleias da CBB jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

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Encontro da AECBB será híbrido Estevão Júlio

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

Dividida em duas sessões, a Assembleia anual da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB) vai acontecer no dia 11 de janeiro, na Primeira Igreja Batista de Vitória-ES. A programação terá momentos deliberativos, estudo de caso, um Projeto Educacional Cristão, um documento sobre sustento ministerial, uma comissão de estudo sobre a OECBB, possível mudança para Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil, representação denominacional e muito mais.

Os conteúdos serão ministrados pelas seguintes educadoras cristãs: Madalena de Oliveira Molochenco, Moema Crisóstomo Guimarães Vargas, Magnoneide Matos da Silva, Vânia

AECBB terá público presencial e online no seu encontro de 2022 Santos de Paula e Elana Costa Ramiro, conteúdo”, disse a presidente.

As inscrições estão abertas no site presidente da AECBB. “Nós teremos um colegiado de preletores, pois usaremos da organização: aecbb.com.br. As premetodologia ativa em nossa parte de senciais irão até o limite de 100 pes-

soas, podendo se inscrever até o dia, respeitando este limite. As inscrições online estão encerradas desde o dia 05 de janeiro. n

“Re-vitalize” com a Juventude Batista Brasileira

João Luiz

estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

Na quarta-feira, dia 12 de janeiro, representantes de diversas “jubas” espalhadas em todo o país vão marcar presença no encontro da Juventude Batista Brasileira (JBB). O destino é a Primeira Igreja Batista de Vitória-ES. O tema escolhido, mais uma vez, é “Re-vitalize”. A agenda vai começar às 09:00 e vai até a noite, com palestrantes, preletores e participação musical.

Os convidados são Denny Solto, da Segunda Igreja Batista em Palmas-TO; Banda Efésios 2; Petherson Costa, representante da JBB para o Sudeste; Allan Costa, coordenador de capacitação da JBB; Ramon Oliveira, pastor da juventude da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro-RJ; Jennifer Forte, missionária, membro da Primeira Igreja Batista em Guaçuí-ES; Matheus Caboclo, ministro de Juventude

No dia 12 de janeiro, jovens de diversos estados estarão no Congresso “Re-vitalize” da Igreja Batista da Glória-ES, Ricardo de Missões Mundiais. As inscrições jornalista no Departamento de ComuBenevenuto, ministro de Juventude da podem ser feita nas redes sociais da nicação da Convenção Batista BrasiPrimeira Igreja Batista de Vitoria-ES, e JBB. leira. n Sandro Rocha, teólogo e missionário *Sob supervisão de Estevão Júlio,

ABIBET não terá encontro em Vitória

Estevão Júlio

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

A Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET) não terá programações na Semana Batista em Vitória-ES. Isso porque a organização já realizou sua Assembleia Ordinária, no dia 30 de novembro de 2021, através de uma videoconferência.

Na ocasião foi eleita a nova diretoria. Presidente: Claiton Kunz; vice-presidente: Jader Teruel; primeiro secretário: Linaldo Guerra; segundo secretário: Wanderlei Lima.

Seu Conselho Fiscal também foi renovado com os seguintes nomes: Reginaldo Moraes (mandato de três anos); José Otávio dos Santos (mandato de dois anos); e Wemerson Antônio (mandato de um ano). n

Último encontro da ABIBET numa Assembleia foi em Goiânia, no ano de 2020

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PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22 FÉ PARA HOJE

Da autonomia para a Teonomia Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob O homem sem Cristo é um autônomo, que se autogoverna, sendo a sua própria lei. Este foi o projeto satânico ao promover a rebelião no Éden. A característica da sociedade pós-moderna é a convicção do homem em ser independente de Deus. A natureza de Adão tem prazer em viver de forma autônoma. A filosofia de que cada um é a sua própria lei moral, cada um é a sua verdade, tem como princípio subjacente a autonomia do coração. Poder definir a escolha, exercer o livre-arbítrio em função de si mesmo é a busca ofegante do homem sem Deus, contrário ao evangelho de Cristo. A sociedade egoísta, narcisista, hedonista, estética e consumista tem como base ou fundamento a autonomia da natureza humana. O homem autônomo conscientemente quer viver afastado de Deus, nosso Criador e Redentor em Cristo Jesus. A Bíblia diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). O homem se tornou autônomo pela desobediência.

O fato de o homem desejar se justificar está relacionado com a sua autonomia.

O ser humano quer defender a sua pele.

Tenta de todas as formas justificar os seus atos.

A única maneira de salvar o homem da autonomia é pela obra de Cristo na cruz. Crendo na suficiência desta obra, ele é transportado da autonomia para a teonomia. Ele é retirado da sua própria lei para a Lei de Deus, do Evangelho.

Não mais governa-se a si mesmo, mas é governado pelo Senhor. Não mais se justifica, mas é justificado pela fé em Cristo Jesus (Romanos 5.1,2). Não confia mais em si mesmo, mas no Senhor.

A sua vida agora é orientada pela lei do Evangelho, pela Palavra de Deus.

A condição essencial para se viver a Teonomia é pelo novo nascimento, pela regeneração. O homem nascido de novo, transformado pela graça plena, tem prazer na lei de Deus. Na sua condição de justo por causa de Cristo, ele tem prazer nos preceitos do Senhor e neles medita de dia e de noite (Salmos 1.1-3). Ele é espiritual. Busca a plenitude do Espírito Santo (Efésios 5.18). A sua vida é Cristo Jesus (Filipenses 1.21). Os seus valores são os valores do Reino de Deus. Os seus relacionamentos são marcados pelo

amor fraterno. A sua vida é sincera. O seu coração se estriba na fidelidade de Deus. Ele busca o Reino de Deus em primeiro lugar (Mateus 6.33).

Não existe relação entre autonomia e Teonomia. O nosso Deus não admite dividir o Seu governo. Ele é Soberano.

Ou o homem é governado pelo Senhor ou ele se autogoverna. As duas realidades são excludentes. Nabucodonosor, rei da Babilônia, se autogovernava. Daniel e seus compatriotas judeus eram governados pelo Senhor. Posteriormente, o Senhor tratou o governante babilônico e ele passou a reconhecer o governo de Deus, que Ele é Soberano. O diagnóstico que Paulo fez da sociedade romana autônoma (Romanos 1.18-32) contrasta em muito com a sua realidade como apóstolo e a Igreja de Jesus que eram teonomos, isto é, estavam debaixo do governo de Deus. O segredo da felicidade do homem está em ser governado pelo Senhor na mediação de Jesus Cristo. As relações conflituosas, a violência, a corrupção e demais anomalias da sociedade pós-moderna, sem Deus, estão ligadas a autonomia do homem, quando ele se torna a sua

própria lei, fundamentado na sua natureza perversa e voltado para os seus interesses mais escusos e tenebrosos.

O homem autônomo é cego porque a sua vida está fundamentada na incredulidade.

A solução é Jesus Cristo, único Salvador e Senhor. Aquele que a Si mesmo se deu por nós sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.8). O nosso prazer deve estar na Teonomia, no governo soberano do nosso Pai tão amoroso.

Quando confiamos no Seu governo, na Sua liderança a nossa vida está segura (Romanos 8.38,39). Sair da influência nociva do primeiro Adão para a influência abençoadora do segundo Adão Cristo Jesus - é obra da graça de Deus.

Sejamos instrumentos nas mãos do Senhor para resgatarmos os que estão na autonomia para viverem na Teonomia, isto é, debaixo do governo do Senhor. Podemos dar graças a Deus por estarmos em Cristo Jesus, nosso Senhor! Dizer como aquele cego de nascença: Eu era cego, mas agora vejo. O segredo é Cristo em nós, a esperança da glória (Colossenses 1.27). Ser governados por Ele e não por nós mesmos. n

PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 09/01/22

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OBSERVATÓRIO BATISTA

Para que serve a Convenção?

Qual a sua missão?

Lourenço Stelio Rega Lá pelos inícios da década de 1990 trabalhamos junto e até foi possível ajudar como relatores do Grupo de Reestruturação da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP).

Foi um período importante, que depois refletiu diretamente na formação de meus alunos na matéria de Realidade Denominacional, demonstrando que as Igrejas não são submissas a qualquer convenção, no modo Batista de ser, agir e pensar, e não estão sob, mas sobre a convenção e sua “máquina estrutural”.

Havendo, portanto, necessidade de invertermos as posições conforme ao longo do tempo foi sendo construída nossa concepção e imaginário sobre o relacionamento Convenção-Igreja.

Ao reconstruirmos o Estatuto da CBESP, logo em seu começo, encontramos a frase “A Convenção é composta por Igrejas que com ela cooperam”.

Nada Batista nessa frase. Igrejas que cooperam com a Convenção? A nossa Eclesiologia foi esquecida pelos doutos juristas que esta frase escreveram.

Era um dilema teológico e eclesiológico somente da CBESP? Nada disso!

Quando atuamos alguns anos depois, no Grupo de Trabalho “Repensando a CBB”, encontramos a mesma frase no seu Estatuto. Um dilema mesmo. Alguns diriam que é isso que dá validar um documento apenas pela lente do Direito e não pela lente da Bíblia e da Teologia Batista. Mas o mesmo acontece quando engenheiros ou arquitetos constroem templos e edifícios para salas de educação sem consultar a Bíblia e sem consultar educadores.

Em São Paulo tivemos de redesenhar toda concepção que se tinha do que seria uma convenção e elaboramos uma organização não baseada na estrutura de convenção sobre as Igrejas, mas na concepção das Igrejas sobre a convenção. Então, em vez de exercício de poder, buscamos alimentar a visão de prestação de serviços para as Igrejas. Assim surgiram os conselhos de

áreas. Foram escolhidas seis áreas de atendimento às Igrejas a partir de suas demandas e não a partir das demandas da estrutura convencional. Em vez de um “homem forte” preferimos uma estrutura forte de serviço, um tipo de cooperativa que mobilizasse as próprias Igrejas a ajudarem a si mesmas. Em vez de sustentarem uma estrutura, deveriam dar suporte ao movimento cooperativo de autoajuda entre elas - Igrejas. Assim, o referido artigo estatutário ficou algo como: “A Convenção é composta por Igrejas que cooperam entre si”. Bem mais compatível com nossa Eclesiologia Batista, não é mesmo? Conseguimos mudar organogramas, reescrever manuais, fazer dezenas e dezenas de reuniões para mobilizar o nosso povo a essa “nova-antiga” visão Batista de ser Igreja e promover a cooperação. O que não conseguimos de forma ampla e efetiva foi reescrever a cultura, a mentalidade, especialmente de líderes, algo comum e até previsível. O tempo foi passando e tudo foi voltando ao que era. O alento é que foi possível formar algumas gerações com essa “nova-antiga” mentalidade Batista e que logo assumirão o comando, se conseguirmos sobreviver a este turbilhão de mundo.

Com o GT “Repensando a CBB”, não foi diferente, mas um passo a mais foi dado, a elaboração da missão da CBB: “A missão da Convenção Batista Brasileira é viabilizar a cooperação entre as Igrejas Batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”.

Me lembro dessa reunião em que definimos essa frase, foi histórica e saímos com sentimento de dever cumprido daquele encontro. Era ainda na antiga sede da CBB, na Praça da Bandeira-RJ. Não consigo deletar de minha mente o cenário daquele dia, algo muito tocante e esperançoso. Creio que conseguimos unir, de certa forma, Planejamento Estratégico e Teologia Batista.

Então, histórias à parte, vamos lembrar que nosso papel como Convenção está focado em servir a Igreja local e não o inverso. A cooperatividade está

no “core”, isto é, no núcleo duro, essencial no modo Batista de ser, agir e pensar. Aliás, Paulo nos ensinou que cooperadores de Deus nós somos (I Coríntios 3.9ss). Do ponto de vista da eclesiologia Batista, a Igreja local é o ponto essencial de partida e chegada para essa obra cooperativa, e quando Igrejas decidem se unir para que a obra cooperativa se realize com mais vigor, aí criamos associações (veja no início da história Batista no Século XVII), convenções etc. E é para isso que existimos como convenção, seja em nível nacional, seja em nível regional ou mesmo regional-local.

Assim, a Convenção existe para viabilizar a cooperação entre as Igrejas Batistas e não as Igrejas Batistas existem para viabilizar a existência da Convenção. Lembro do saudoso Paulo C. Porter, em que foi enfático ao escrever sobre isso em seu livro “Organização Batista”, pastoreou uma Igreja em que também fui pastor. A nossa Convicção Editora bem que poderia republicar esse importante livro.

Essa viabilização tem implicações profundas, inclusive para as juntas e conselhos diversos, para os executivos e para cada funcionário-colaborador que atua de maneira denominacional.

Como funcionário e executivo denominacional atuei por cerca de 40 anos, e agradecendo mestres como Plínio Moreira da Silva, Tiago Nunes Lima, Raini Raimindo Peterlevitz, Thurmon Earl Bryant, Werner Kaschel, Richard Julius Sturz fui aprendendo a seguir esse roteiro no exercício de minhas inúmeras funções. Sempre mobilizava minha equipe, enquanto diretor da Teológica de São Paulo, por 24 anos: “de que forma isso vai contribuir para a Igreja local, para seu futuro e para que cumpra a sua missão no mundo de hoje?”. Desde um porteiro, equipe da limpeza e segurança, até o colaborador de mais elevado grau de uma entidade ou instituição denominacional, deve focar em suas decisões, ações e relacionamentos a Igreja local seguindo

princípios bíblicos na execução de sua atuação. O exercício do poder fica circunscrito em segundo plano, servir a Igreja local em primeiro plano com foco no Deus da obra.

Mais do que isso, será necessário discutirmos qual é a missão da Igreja, a quem como Convenção servimos, pois nosso papel institucional é viabilizar a cooperação entre as Igrejas para que cumpram a sua missão. Muitos artigos escrevi sobre isso aqui nesta coluna, que neste ano de 2022 completa 12 anos com cerca de 300 publicações.

O último artigo sobre o tema foi publicado há poucas semanas sob o título “Qual é nosso DNA?” (20/11/2021), demonstrando que é muito mais do que a importante obra de missões. Se não definirmos com precisão bíblica e teológica a missão da Igreja como poderemos viabilizar essa cooperatividade? É urgente que haja mobilização em nossa denominação em reestudar profundamente a missão/finalidade da Igreja dada por Deus (Missio Dei), pois me parece que reduzimos demais nossa compreensão nesse tema. E tenho demonstrado em meus artigos e prática, que o ponto não é suprimir ou reduzir, mas ampliar nossa visão para que, como crentes e como Igreja, possamos cumprir cabalmente a ampla missão que Deus tem dado a nós e a Convenção possa, à luz dessa Missio Dei, servir melhor e adequadamente às Igrejas, muito menos com um projeto de poder, muito mais com um projeto de servir (veja artigo sobre isso publicado também no dia 14/11/2021).

Outro dia, mencionei para minha esposa que talvez poucos irmãos estejam lendo meus artigos aqui nesta coluna, mas sigo o que o amigo Israel Belo menciona, é preciso escrever para eternizar nossas percepções. Quem sabe depois de minha passagem alguém possa compilar os artigos e possa isso ser útil para alguma coisa em nossa história.

Querendo reagir ao tema escreva para rega@batistas.org. n