OJB EDIÇÃO 06 - ANO 2024

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ANO CXXIII EDIÇÃO 06 DOMINGO, 11.02.2024

R$ 3.60 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

Fotos: Selio Morais

103ª Assembleia da CBB em Foz do Iguaçu - PR tem mais de 2.000 inscritos Evento aconteceu de 24 a 27 de janeiro, no Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu. Painéis de Debate, eleição da nova Diretoria e noites missionárias movimentaram a “Terra das Águas”. Confira a reportagem completa nas páginas 08, 09, 10, 12, 13 e 14.

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Observatório Batista

Vivendo o amor de Jesus Testemunho missionário na Assembleia da CBB Jovem relata sua experiência

Trago o meu muito obrigado

Educação tridimensional

Colaborador de OJB compartilha suas impressões assistindo a 103ª Assembleia online

Noite Missionária da Junta de Missões Mundiais destaca importância da gratidão

pág. 06

Missões Nacionais

no 2º Acampamento Radical Amazônia

pág. 07

pág. 11

Lourenço Rega apresenta a terceira parte do artigo sobre novos paradigmas na Educação na Igreja pág. 15


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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 11/02/24

EDITORIAL

Os detalhes da 103ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira Cultos, deliberações, louvor, adoração, encontros. As Assembleias da Convenção Batista Brasileira geram tudo isso e esse momento precisa ser registrado sempre, seja nas redes sociais, transmissão ao vivo e nas páginas de O Jornal Batista. Não foi diferente em 2024. Acompanhamos as 10 sessões da 103ª

Assembleia da CBB. Assistimos, reassistimos, ouvimos cada fala, atentos a cada momento importante, para que este importante encontro anual dos Batistas brasileiros estivesse devidamente registrado em OJB. Foram dias de produção deste material. Além do período em que a

Assembleia acontecia, precisamos de mais tempo para captar mais detalhes do que aconteceu e fazer com que, ao ler estas páginas, você tenha dimensão de tudo o que foi realizado de 24 a 27 de janeiro de 2024, no Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu – PR. Separamos seis páginas para

esta grande reportagem. Leia nas páginas 08, 09, 10, 12, 13 e 14. Esperamos que gostem e compartilhem com suas Igrejas e incentivem a todos a participarem dos nossos próximos encontros. Que Deus te abençoe. Boa leitura! n

( ) Impresso - 160,00 ( ) Digital - 80,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA


REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 11/02/24

A vocação divina é irresistível (Isaías 49.1-5) Pr. Julio Oliveira Sanches Todo vocacionado passa por conflitos entre a chamada divina e o resultado do ministério realizado na causa do Senhor. Isaías pergunta decepcionado: “Quem deu crédito a nossa pregação?” (Isaías 53.1). Jesus cita o conflito vivido pelo profeta. O resultado da missão confiado ao vocacionado, nem sempre

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BILHETE DE SOROCABA

atende aos seus ideais (João 12.3738). O sonho do ministério sempre é maior que os resultados. Moisés questionou com Deus, dizendo: “eu sou gago”. Deus responde: “Quem fez a boca do vocacionado?” Jeremias diz: “sou uma criança”. Deus responde: “antes que te formasse no ventre, te chamei, às nações de dei por profeta” (Jr 1.4)

Jonas tentou fugir para Társis. Deus torna o mar furioso e usa um grande peixe para vomitá-lo na praia. Jonas passa correndo por Nínive. Amós diz: “eu não era profeta, mas cultivador de sicômoro. O Senhor me tirou após o gado e disse-me: “vai, profetiza ao meu povo de Israel” (Am 7.15). Paulo entrou em Damasco guiado por homens e deixou a cidade dentro

de um cesto sobre os muros. A vocação gera gratidão (I Timóteo 1.12; II Coríntios 11.16); A vocação gera esperança (II Timóteo 4.6-8). O convívio com Deus e a certeza de Sua presença traz ao coração do pastor crescentes alegrias. n

Deus trata e cuida (I Reis 17.9-17) José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB

Um dos personagens mais interessantes que encontramos nas Sagradas Escrituras é o profeta Elias. Ela vem de um lugar desconhecido (Tisbé) para trazer uma mensagem ousada e contundente ao rei Acabe, que era casado com uma mulher chamada Jezabel. E ele, influenciado por ela, difundiu a adoração a Baal para Israel. O objetivo era erradicar a adoração ao Deus de Israel (I Reis 16.30-33). É neste contexto de idolatria e afastamento de Deus, que o Senhor levanta o profeta Elias. É interessante observar que a mensagem inicial do profeta era de que não haveria nem orvalho nem chuva sobre a terra nos próximos três anos seguintes. Era um ataque direto a Baal, o deus Fenício da fertilidade e que enviava chuvas. O teólogo Warren Wiersbie diz: “Uma seca prolongada, anunciada e controlada por um profeta de Jeová, deixaria claro a todos que Baal, deus da tempestade, não era, de maneira alguma, um deus verdadeiro”. Deus é um educador por excelência e, por isso, para tratar o profeta, faz

duas coisas interessantes: primeiro, tira Elias dos holofotes (palácio) e o leva para um lugar chamado Querite (I Reis 17.3). Querite significa “cortar, colocar no tamanho certo”. Para ser usado por Deus, Elias deveria estar no tamanho que Deus queria. O tratamento de Deus para com o profeta continua, e o Senhor determina que ele deveria ir a Serepta, que significa “cadinho, fornalha”. Em Querite, Elias aprendeu a viver longe dos aplausos, e em Serepta foi moldado na fornalha. O detalhe é que Deus diz ao profeta que ele deveria demorar em Serepta (fornalha), mostrando que ele só sairia dali quando Deus o moldasse. Deus não só trata, Ele também cuida. Vamos ver o cuidado de Deus na vida da viúva. Ela, por conta da escassez, não via mais saída para ela e seu filho. Seus olhos estavam voltados para a morte, mas Deus transformou o cenário cinzento dela. O encontro de Elias com a viúva enseja-nos três lições preciosas acerca do cuidado de Deus. Em primeiro lugar, podemos contemplar o cuidado de Deus através de sua provisão diária (I Reis 17.16). Observe que o texto diz que a farinha

não acabou e o azeite não faltou. Na época, farinha e azeite eram o feijão e arroz nosso. Coisa linda é saber que aquilo que é essencial em nossa vida será suprido pelo nosso Deus. A provisão de Deus na vida de seus servos é certa. O fiel é acompanhado todos os dias pela provisão de Deus. O pastor Usiel Carneiro (Igreja Batista da Praia do Canto - ES) diz: “Ele é o Deus da provisão não somente para suprir nossas necessidades, mas também para que possamos amadurecer, ser transformados e sermos bênçãos da vida de outras pessoas”. Em segundo lugar, podemos contemplar o cuidado de Deus através dos milagres (I Reis 17.16). Sei que falar sobre milagres em um tempo em que a ciência é divinizada é extremamente difícil. A sociedade em geral olha para os que creem (crentes) como pessoas de segunda categoria, pessoas infantis e imaturas que usam a fé em Deus como uma ferramenta para fugir da realidade e assim não encarar seus problemas de frente. O filósofo existencialista Soren Kierkegaard, ao falar sobre a fé, tinha como tese que “a fé é um salto no es-

curo”. Para nós, a fé não é um salto no escuro, é render-se a Deus e dedicar-se a Ele. Quem se rende a Deus crê na intervenção do Senhor, crê em milagres. Nós cremos em milagres, porque o Deus que adoramos e servimos é o Deus de milagres! Ele tem todo o poder em Suas mãos. Hernandes Dias Lopes diz: “Deus opera milagres ainda hoje. Ele é o mesmo Deus ontem, hoje e sempre. Deus faz o que quer, com quem quer, no tempo que ele quer, da forma que Ele quer, para louvor da Sua glória”. Em último lugar, podemos contemplar o cuidado de Deus através da obediência (I Reis 17.12-13; 15). O que chama atenção é que ela (viúva) obedeceu no tempo de crise. Imagine o dilema da viúva: alimentar o profeta primeiro ou deixar o filho com fome. O que fazer? A viúva obedeceu. Quando obedecemos aos princípios da Palavra de Deus, a vida nos vai bem. Tudo entra nos eixos. Existe um princípio muito importante a ser agasalhado por nós: a obediência precede milagres. É fácil perceber na Bíblia que na grande maioria dos casos de milagres, eles foram precedidos por atitudes de obediência. n


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REFLEXÃO

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Subindo a Colina Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

Orar sem cessar Iracy de Araújo Leite

presidente da União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil

Subindo a Colina sinto que sou recebida Mui gentilmente pelas garbosas árvores Que se erguem elegantes, frondosas Em direção ao céu sereno de beleza e de glórias. Subindo a Colina quanta alegria n’alma Um cântico de gratidão logo nos invade Um sonho concretizado, quanto tempo acalentado E agora, Senhor, pelo Teu poder aqui realizado.

Subindo a Colina mais perto do céu Sentimos Teu coração bem pertinho de nós Administrar teu Reino, problemas, vitórias Enchendo-nos de esperança, fortalecendo nossa história Subindo a Colina sentimos a emoção Do ardor missionário, do Ide de Jesus Que nos leva ao mundo, à nossa nação No grande desafio de anunciar a cruz. Subindo a Colina, agradeço, Senhor, Ser partícipe e poder trazer hoje à memória O Teu cuidado, Teu amor eterno Com meu singelo canto de gratidão e de vitória. n

“E contou-lhes também uma pa- justiça a favor do seu próprio povo, rábola sobre o dever de orar sempre, que grita por socorro dia e noite?” e nunca desfalecer” (Lc 18.1). (Lc 18.1 e 7). Nossa certeza é que temos um A Palavra de Deus nos ensina que aliado junto a nós, que traduz a nossa a oração é parte das disciplinas es- oração ao Pai e intercede por nós de pirituais que o cristão deve praticar. forma miraculosa: “Assim também o É através da oração que nos comu- Espírito de Deus vem nos ajudar na nicamos com Deus e levamos a Ele nossa fraqueza. Pois não sabemos todas as nossas necessidades. Na como devemos orar, mas o Espíriparábola da viúva e o juiz, Jesus nos to de Deus, com gemidos que não ensinou que a oração deve ser uma podem ser explicados por palavras, prática constante e incessante: “Je- pede a Deus em nosso favor” (Rm sus contou a seguinte parábola, mos- 8.26). Então, estejamos firmes e trando aos discípulos que deviam constantes na prática da oração, orar sempre e nunca desanimar... crendo que o Pai nos ouve e nos Será, então, que Deus não vai fazer atende.

O “carnaval” da vida

Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

Nesta época do ano é muito comum, na grande maioria das pessoas, viverem intensamente os dias da “folia de Momo”. O samba rola solto em mais de cinco dias de muita “alegria”, que num piscar de olhos, desaparece. E tudo começa a “atravessar a avenida da vida”.

Dívidas, ressaca, brigas e desilusão... Como o próprio nome diz, “carnaval” é a festa da carne. Uma festa que dura pouco e traz bem menos alegria do que se imagina. E o que fazer para que tudo, então, melhore em sua existência? Mude o rumo de sua vida! Não faça, simplesmente, o que todo mundo faz, para agradar aos outros. Quem assim faz, sofre as consequências por isso,

mais cedo ou mais tarde. Paulo fala em I Coríntios 6.12, na versão na linguagem de hoje: “Alguém vai dizer: ‘Eu posso fazer tudo o que quero’. Sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: ‘Posso fazer qualquer coisa.’ Mas não deixarei que nada me escravize.” O carnaval tem se tornado algo que te escraviza? Um compromisso de todo ano, que no fundo você nota

que não serva para nada? Está mais do que na hora de aproveitar seu tempo com as coisas de Deus e não com o que o mundo oferece de mal. Creia em Jesus Cristo, que deseja te libertar do vício dos festejos que apenas trazem à sua vida algumas horas de suposta alegria momentânea. O Senhor quer dar-lhe uma “alegria eterna” e tudo será uma festa que começa aqui e continuará ainda melhor lá no céu. n


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Vivendo o verdadeiro Amor através da união e comunhão Levir Perea Merlo

pastor, colaborador de OJB

“Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles se que sejam um, assim como nós” (Jo 17.11). Fevereiro é o mês da Aliança Batista Mundial, entidade que congrega os Batistas de todo o mundo, chegando a mais 100 milhões de vidas. É o mês em que muitas Igrejas realizam retiros espirituais. É o mês que precisamos demonstrar o nosso verdadeiro amor através da união e comunhão, temas muito importantes para o bom

testemunho de cristãos autênticos. Neste capítulo de João, Jesus orou como Filho de Deus e como cabeça da Igreja. Ele sabia que morreria no dia seguinte. A exultação que Ele pediu para Si haveria de colocá-lo acima de todas as coisas com o Pai por amor a Seus seguidores. Ele Se identificou com a glória e a divindade do Pai. Ele afirmou aspectos da identidade de Seus discípulos que poderiam parecer pretenciosos, se ouvidos dos lábios deles. Eles pertenciam ao Pai (v.6), reconheceram a autoridade de Jesus, (vv. 7,8), trouxeram-lhe glória (v.10), receberam a glória divina (v.22) e não eram do mundo (vv.14,16). Jesus fez cinco pedidos específicos por seus se-

guidores: (1) que sejam guardados (vv.11,15); (2) santificados (v.17), no Pai e no Filho (v.21), com Ele para verem sua glória (v.24); (3) e que todos sejam um (v.21). Esta oração nos dá exemplo a partir de três aspectos: (1) seus objetivos são espirituais; (2) é uma declaração em harmonia com o pensamento de Deus; (3) a fé dos perdidos está em escala cósmica. A oração nos garante que Jesus cuida e intercede por nós, que somos Sua Igreja e Seu povo. No verdadeiro amor, o povo de Deus vive a verdadeira união e comunhão. Assim como o Senhor demonstra a sua união e comunhão, sendo um só Deus, devemos, como corpo de Cristo, ter o mesmo proce-

dimento. Jesus cuida de Seu povo e intercede por nós. O Senhor deseja que todos os Seus remidos estejam unidos nEle. A unidade da Igreja é pessoal, e não institucional. A Igreja de todas as eras está unida no amor e nos propósitos, assim como estão Deus e Jesus. Um aspecto importante da obra de Deus em relação aos crentes é nos proteger e preservar através do Seu poder. O mesmo poder que criou todas as coisas e ressuscitou Jesus dentre os mortos está à disposição dos cristãos autênticos para guardá-los e preservá-los. Que no mês da Aliança Batista Mundial, a nossa marca sempre seja a alegria, a união e a comunhão. n

O algoritmo celestial visa influencers na real Nédia Galvão

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca-SE; professora de EBD, capelã escolar; especialista em Ciência da Religião; bacharel em Teologia

Vivemos em um contexto tecnológico, de muita informação e desinformação, de redes sociais, de algoritmos que sugestionam usuários, de influencers digitais que produzem conteúdo. Trata-se de uma era difícil de acompanhar as mudanças, afinal novidade, variedade e rotatividade caracterizam esta sociedade tecnológica. Chamo sua atenção neste texto para dois termos: algoritmo e influencer e irei discorrer da forma mais básica em seus significados. A começar pelo algoritmo, a definição mais simples é: uma sequência de instruções

para alcançar um objetivo, isto é, são instruções para serem executadas a fim de atingir um resultado. Já o influencer, termo inglês que significa influenciador, é aquele capaz de influenciar pessoas através de sua produção de conteúdo nas redes sociais. Pois bem, pegando o gancho desses dois termos, convido-te a refletir fazendo uma relação do algoritmo à Palavra de Deus e do influencer ao cristão. Então vamos entender o algoritmo celestial como as Escrituras Sagradas, que dão instruções para serem obedecidas e, assim, obter um resultado; e os influencers, que devem ser todos os seguidores de Cristo, que, a partir dessas instruções, tornam-se pessoas que influenciam seus seguidores quer sejam virtuais ou do seu convívio real. Em I Timóteo 4:12b lemos: “(...) seja um exemplo para os fiéis na palavra,

no procedimento, no amor, na fé e na pureza.” É fato que a palavra mencionada é direcionada a Timóteo, um jovem e líder na Igreja, contudo, isso não nega que o ser exemplo se estende a todo cristão de qualquer faixa etária, independente do cargo ou posição que ocupa. O cristão deve ser um exemplo, um influencer, e o poder modelador da vida cristã é a Palavra de Deus, o algoritmo celestial. O termo exemplo, no texto é τύπος (típos) do grego e significa modelo, padrão. Uma forma visual que se espera que seja imitada. Trata-se de um modelo de comportamento que é exemplo a ser imitado. O algoritmo celestial visa influencers na real, que são exemplos: • Na palavra: refere-se à conversa de todos os dias; • No procedimento: diz respeito à conduta geral na vida;

• No amor: tem a ver com a caridade fraterna no pleno sentido cristão; • Na fé: significa assumir um compromisso de fidelidade ou lealdade; • Na pureza: abrange não somente a castidade em questões sexuais, mas também a integridade de coração. Então é isso, esse deve ser o nosso conteúdo como influencers, pois essas são as instruções do algoritmo celestial. O algoritmo celestial dá as instruções, visa o resultado; o influencer recebe as instruções, põe em prática e alcança seguidores, talvez, não os milhares que se espera, mas alguns dos remanescentes que não são manipulados pelos algoritmos virtuais, nem pelos influencers digitais de conteúdo raso, sem relevância. O algoritmo celestial visa influencers na real. n


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REFLEXÃO

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A 103ª Assembleia convencional vivenciando o amor de Jesus! Carlos Alberto Martins Manvailer

membro da Igreja Batista Filadélfia, em Porto Velho - RO

“Grandes coisas fez o Senhor por nós, e, por isso, estamos alegres” (Sl 126.3). Como servos do Senhor e pertencentes a denominação Batista, devemos louvar a Deus pela vida dos nossos líderes denominacionais. Não estamos, de forma alguma, idolatrando homens. Mas, se tem algo que é nosso dever é exercitar o real reconhecimento. Nos dias 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2024, foi realizada em Foz do Iguaçu - PR, a 103ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira. Não tive o privilégio de me fazer presente. Entretanto, graças a tecnologia que desfrutamos, podemos de dentro do nosso lar acompanhar toda a programação. Ou melhor, tivemos a oportunidade de, juntamente com os mais de 1000 convencionais presentes a Assembleia, cultuar o nosso Deus, ao cantar louvores e exaltar o nome do único que é digno de toda honra e adoração. Quantos cânticos e hinos que foram entoados. Quantas mensagens abençoadas e abençoadoras que desfrutamos naqueles dias. Além dos relatórios informativos e de prestações de contas a todos nós Batistas. Porém, para nós, o ponto alto de

toda essa programação, sem dúvida alguma, não foi a eleição da nova Diretoria, nem as demais deliberações em plenário, muito embora, isso é fundamental e necessário. Mas, o ápice dela, foi presenciar o batismo de mais de 50 almas que se renderam ao Senhor Jesus. Homens, que tempos atrás viviam uma vida destruída pelos vícios da droga, da bebida e toda sorte de males que praticavam. Porém, graças ao trabalho hercúleo de toda a equipe da Junta de Missões Nacionais, sob a liderança desse servo incansável e exemplar, pastor Fernando Brandão, centenas de vidas têm sido transformadas nesse Brasil afora, pelo poder do Evangelho, como resultado desse projeto abençoado, denominado Cristolândia. Nessa grande festa “dos anjos nos céus”, naquela sexta-feira, testemunhamos também o batismo de um homem ex-muçulmano, que expressou ao Brasil e ao mundo Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida. Aleluia! Glórias ao Senhor! Liberto das garras do inimigo e da religião muçulmana. Isso é fruto desse trabalho incansável e repleto de compaixão desenvolvido nesse tremendo projeto “Vila minha Pátria”. Que visão esplêndida e recheada de amor, carinho e afeto. Podemos vislumbrar, mesmo a distância, o senso de doação e amor que caracteriza cada etapa desse fantástico

projeto, que exige coragem e destemor, mas, muito mais do que isso, percebemos claramente que é revestido da mais profunda compaixão. Pois, são pessoas acolhidas de outras culturas, que em razão das agruras da guerra, não fosse essa feliz oportunidade, seriam famílias separadas para sempre: pais, mães e filhos. E como nos alegra o coração, em constatar pelas imagens, a felicidade dessas famílias que foram acolhidas e estão desfrutando de amor, paz, alegria, e o mais importante, conhecendo Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Não precisamos ouvir testemunhos desses refugiados que foram abrigados. Isso porque, basta observarmos a alegria e o contentamento que expressam em seus semblantes. Exatamente porque estão desfrutando de algo que não conheciam: o amor que somente Jesus Cristo pode oferecer. Além do lançamento da 2ª carreta missionária, que vai se somar a outra, que já tem realizado um excelente trabalho social e evangelístico pelo Brasil, creio que assim como eu, todos nós, Batistas, devemos glorificar a Deus por essa tão grande experiência de compaixão demonstrada pela nossa Junta de Missões Nacionais em parceria com a Junta de Missões Mundiais. São os Batistas brasileiros unidos, fazendo a diferença nesse mundo cor-

rompido, violento e distante de Deus. Certamente, não estamos fazendo como denominação nada mais do que é a nossa obrigação e dever. Pois, um dia fomos transformados pelo poder do Evangelho, e recebemos a missão do próprio Senhor Jesus: “Ide e fazei discípulos”. E no desempenho dessa tarefa, precisamos envidar todos os nossos esforços para alcançar vidas! Exercitar a compaixão e apresentar o amor que é capaz de mudar situações. No entanto, amados irmãos Batistas brasileiros, todo esse trabalho exige unidade de todos nós. Cada um de nós, crentes Batistas somos corresponsáveis por esse grande e majestoso trabalho. Precisamos ter consciência que devemos orar, intercedendo pelo pastor Fernando Brandão e toda a equipe de missionários e funcionários, que está à frente dessa grandiosa obra. Mas, também devemos contribuir, pois sabemos que manter toda essa estrutura, seja da Cristolândia, da Vila Minha Pátria, ou da carreta missionária, tem um alto custo financeiro. E, esses projetos não podem sofrer solução de continuidade. Ao contrário, eles devem cada vez mais se fortalecer e crescer, a fim de que o nome do Senhor Jesus Cristo seja exaltado e glorificado. Portanto, Deus conta comigo e com você. Sejamos fiéis na oração e na contribuição. n

Vivendo sob nova direção! Roberlan Julião pastor

“Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos” (Rm 6.11,12). Como o pecado é uma realidade em nós, tentamos, caímos, tentamos de novo, caímos de novo, melhoramos, tropeçamos, mas não desistimos. Porque não somos mais escravos. No entanto, podemos nos sentir atraídos pelo pecado, embora este seja um escravizador, tal qual uma vítima de sequestro ou de abuso por um sequestrador ou espancador, por sofrer da Síndrome de Estocolmo. A qual faz com que a vítima sinta afetos positivos

pelo agressor! (vv. 12,13). Para mais esclarecimentos, segue uma paráfrase a respeito de como (TRINDADE, 2010, p. 213) descreve a Síndrome de Estocolmo.1 Imagine que alguém esteja em uma situação muito perigosa, onde outra pessoa tem total controle sobre sua vida. Nessa situação, a pessoa em perigo pode começar a se sentir ligada à pessoa que tem controle sobre ela, mesmo que essa pessoa seja a causa do perigo. Isso pode até parecer um tipo de amor ou paixão. Esse sentimento acontece porque a pessoa em perigo está tentando, inconscientemente, se proteger. Ela começa a ver coisas boas na pessoa perigosa e até a ver a si mesma naquela pessoa. Isso é feito

na esperança de que, ao entender e se conectar com a pessoa perigosa, ela possa evitar qualquer dano que essa pessoa possa causar.2 Paulo garante que, pelo fato de não estarmos debaixo da lei - que era apenas a radiografia, mas não era o remédio - o pecado não pode mais nos dominar, porque estamos debaixo da graça! (v.14). Talvez possa surgir o entendimento de que, pelo fato de não estarmos debaixo da lei, podemos fazer o que quisermos (v.15). Ao que Paulo rebate, lembrando que ser livre do pecado é ser escravo (doulos) da obediência a Deus e que as pessoas se tornam escravas daquilo ou de quem a quem se entregam (v.16). E esclarece

que não é mais o caso dos cristãos romanos, que já sabem o que Cristo fez, ao justificá-los e libertá-los do poder do pecado (v.17), o que significa dizer que agora estes cristãos são escravos da justiça (v.18). Entretanto, ainda podemos escolher entre oferecer nossos membros para fazer o mal, “... por causa das suas limitações humanas. Assim como vocês ofereceram os membros dos seus corpos em escravidão à impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça que leva à santidade” (v.19). Agora que o escravo mudou de dono, não precisa mais obedecer ao dono antigo. Até porque, o antigo dono era mal e o novo dono é incomparavel2 Leia mais em: http://www.webartigos. mente melhor! “Vocês foram libertados do pecado 1 TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia com/artigos/sindrome-de-estocolmo-umaJurídica. Porto Alegre: Livraria do Advoga- -analise-da-psicologia-juridica/116647/#i- e tornaram-se escravos da justiça” (Rm 6.18). n do, 2010. p. 213. xzz3rHtqI7fB


MISSÕES NACIONAIS

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O 2º Acampamento Radical Amazônia foi uma bênção em minha vida!

Gabriel Matias

Missionário no Projeto Amazônia

Eu sou o Gabriel. Sou missionário da Junta de Missões Nacionais e faço parte do Projeto Amazônia. O acampamento foi de 04 a 15 de janeiro e, durante esses dias, eu tive o privilégio de servir aos meus irmãos em diversas áreas. Deus ministrou ao meu coração enquanto eu trabalhava ali, me mostrando

novamente o prazer e o privilégio em servir. Pude relembrar o quanto essa obra não tem nada a ver comigo, mas sim com o Senhor. O único objetivo do trabalho missionário é glorificá-Lo. Ver adolescentes, jovens, homens e mulheres, rendidos ao Senhor, dizendo: “Eis me aqui, usa-me a mim” foi novamente mais um de muitos privilégios. Ver que a nossa geração não está morta ou perdida, mas que Deus em sua

rica misericórdia tem sim levantado e chamado muitos, é um privilégio. Durante aquele momento de acampamento, pudemos contar nossas experiências no campo missionário e incentivar os acampantes tanto a irem aos campos quanto a serem missionários em suas localidades. Vivemos muitos momentos de aprendizado e troca de experiências. Os participantes também tiveram

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a oportunidade de experimentar toda a vivência do campo. Uma das atividades foi a de evangelização, na qual eles colocaram em prática tudo aquilo que estavam ouvindo e aprendendo sobre missões. Servir no acampamento nos faz sair dali revigorados e focados na nossa única missão: anunciar Jesus Cristo até que Ele venha, para glória de Deus Pai. n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Foz do Iguaçu recebe a 103ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira Painéis de Debate, eleição da nova Diretoria e noites missionárias movimentaram a “Terra das Águas”. Estevão Júlio e Sebastian Zanuncio Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

Foz do Iguaçu - PR foi a capital dos Batistas brasileiros a partir do dia 22 de janeiro, no início da Semana Batista, e mais especificamente de 24 a 27, na realização da 103ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), que aconteceu no Rafain Palace Hotel

& Convention. O tema do evento e da CBB para 2024 é “Vivamos o verdadeiro amor”, com divisa em João 13.35 e hino 564 do HCC, “Pai, faz-nos um”, escolhido como música oficial. O encontro nacional da denominação teve 2.202 inscritos, mas as celebrações noturnas chegaram a ter mais de três mil pessoas, tendo em vista que eram abertas ao público. Além disso, milhares de pessoas acompanharam

através da transmissão no Youtube (mais de 76 mil visualizações até o momento) e Facebook (mais de 42 mil visualizações até o momento) da CBB. Nesta edição, os Mensageiros (participantes da Assembleia) elegeram a nova Diretoria da CBB, que ficou disposta da seguinte maneira: Presidente: pastor Paschoal Piragine Jr. (RJ - Fluminense); 1° vice-presidente: pastor Heber Aleixo (DF); 2° vice-presidente:

1ª sessão (24/01) - Mensagem Oficial O trabalho começou com uma oração do pastor Michel Piragine, então 1° vice-presidente da CBB, invocando a presença do Senhor e pedindo sabedoria na tomada de decisões. Além da Diretoria, estava na mesa o pastor Rafael Thomazini, presidente da Convenção Batista Paranaense (CBP). O diretor-executivo da CBB, pastor Sócrates Oliveira de Souza, convidou o orador oficial, pastor Luciano Cozendey, da Primeira Igreja Batista em Rio Bonito - RJ, para se sentar com eles. Logo depois, os mensageiros participaram do momento solene de entrada das bandeiras, realizado ao som da Orquestra da Associação dos Músicos Batistas Brasileiros (AMBB), que tocou o “Hino da Bandeira”. A programação recebeu diversas autoridades, como representantes do governo estadual de Paraná, Itaipu Binacional, Assembleia Legislativa do Paraná, Governo Federal e Polícia Militar de Foz do Iguaçu. Pastor Hilquias destacou a presença das lideranças dizendo que “um evento como esse precisa do apoio das autoridades”. Após a aprovação do programa da 103ª Assembleia da CBB, pastor Rafael Thomazini deu as boas-vindas aos Batistas brasileiros. “Estamos muito felizes! Envidamos, nesses últimos dias, aliás, neste último ano, os mais altos esforços, para que você fosse muito bem ambientado aqui na cidade de Foz do Iguaçu, fosse recebido de braços abertos pelos Batistas paranaenses. Deus abençoe a todos!”, explanou o presidente da CBP. Na sequência, aconteceu a nomeação das Comissões de Programa, Apoio Parlamentar e Indicações, além das Câmaras Setoriais de Missões e Ação Social, Ministerial e Educação Cristã. A programação prosseguiu e o pastor Hilquias convidou o público a pensar no tema da CBB para este ano, com leitura da divisa e ministração do louvor, com banda e orquestra da AMBB. Passados os louvores, chegou o momento da mensagem oficial. Logo

pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos (SP); 3ª vice-presidente: Elvira Rangel (MG); 1ª secretária: Daysi Santos Correia (PE); 2ª secretária: Neusa Resende (MG); 3ª secretária: pastora Tânia Lima Pereira (RJ - Fluminense); 4º secretário: pastor João Emílio Cutis (RJ - Carioca). Confira, agora, o que aconteceu nas 10 sessões da 103ª Assembleia da CBB.

Fotos: Selio Morais

A primeira reunião começa com apresentação da Orquestra da AMBB

Na primeira fileira, estavam autoridades municipais, estaduais e federais

A Diretoria da CBB recebe o presidente da CBP e o orador oficial na mesa

Diretorias de organizações da CBB são oficialmente empossadas

no início, o pastor Luciano Cozendey expressou sua alegria em ser o orador oficial da 103ª Assembleia da CBB. “É um grande privilégio estar aqui compartilhando a Palavra de Deus”, destacou. Ao utilizar a divisa oficial da CBB para 2024 (João 13.35), o preletor destacou que, nestes dias, precisamos buscar na Palavra ensinos que vão fortalecer a nossa fé. “Refletir sobre o verdadeiro amor é imprescindível numa sociedade líquida”, enfatizou o orador. Segundo Cozendey, vivemos num tempo de descaracterização do amor, hedonismo aguçado e uma busca desenfreada pelo prazer. Durante a mensagem, o pastor lembrou a responsabilidade e o desafio dos cristãos em fazer tudo com amor, mesmo em meio a esse contexto. “Se Cristo não nos esclarecer a respeito do amor, seremos lançados de um lado para o outro diante das vãs filosofias

deste tempo”, alertou como devemos aprender esse amor, por causa do pecado em nós. Outro alerta aos presentes em Foz do Iguaçu e a quem acompanhava através da transmissão online foi sobre a vida espiritual. “Precisamos, como povo de Deus, de saúde espiritual” desenvolver o que ele chamou de uma “fé que salva a consciência”. Numa chamada à responsabilidade da Igreja, pastor Luciano Cozendey destacou o papel da Comunidade de fé local. “A Igreja faz o que ela é e organiza o que ela faz. Organizar o que fazer, sendo o que é, é imprescindível para a saúde da comunidade cristã”, explicou. Para o preletor oficial da 103ª Assembleia, precisamos amar, mas de maneira consciente. “A vida cristã precisa ter consciência. Se não tivermos consciência daquilo que fazemos, perderemos o senso de propósito e seremos levados por movimentos muito

perigosos, em nome do amor”. E pela ótica cristã, só vivemos o verdadeiro amor quando o recebemos de Deus e o devolvemos ao compartilhar com os outros, como uma doação, não um amor legalista. O amor no compartilhamento das Boas Novas também foi um dos pontos da Palavra oficial da Assembleia da CBB. De acordo com o preletor, o Evangelho é pessoal e relacional. “O processo evangelístico só é feito e só alcança êxito se for feito com esse amor”, afirmou. Além do relacionamento no compartilhamento da fé e do verdadeiro amor, o testemunho cristão faz toda a diferença. “Precisamos dar testemunho de Deus num mundo marcado pelo hedonismo, pelo individualismo narcisista, do qual impera a cultura do descartável”. A mensagem também ensinou que precisamos aprender com Jesus e que apenas na Igreja encon-


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA tramos esse tipo de amor. “Como é bom saber que Deus nos ama. Esse amor (amor ágape) só é visto na Igreja. A filosofia não encontra, os grandes pensadores deste tempo não conhecem e até zombam quando veem a Igreja amando com o amor de Jesus”, pontuou o orador oficial. No fim da mensagem, o pastor Luciano

O JORNAL BATISTA Domingo, 11/02/24 destacou algumas características de quem vive o verdadeiro amor. Segundo ele, essa pessoa vive a autodoação, vive em comunhão com Jesus, obedece a Cristo e abre mão de privilégios humanos. Após a mensagem, a programação contou com uma belíssima apresentação do Coro, Banda e Orquestra da

Associação dos Músicos Batistas Brasileiros (AMBB). O auditório principal do Rafain Palace Hotel & Convention estava lotado, fato destacado pelo pastor Hilquias Paim. Mais de 3.150 pessoas estavam no local, abrilhantando o encontro anual dos Batistas brasileiros. Para finalizar a primeira sessão,

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uma novidade. A posse da Diretoria das Organizações da CBB não aconteceu em seus respectivos eventos, mas na abertura da Assembleia. Por isso, pastor Hilquias agradeceu a liderança por abraçar a ideia, e convidou Jane Célia Rodrigues, 4ª secretária no último biênio, para fazer a oração de posse.

2ª Sessão (25/01) - 75 anos das MR O encontro da manhã do dia 25 começou com o hino oficial da 103ª Assembleia, número 564 do Hinário do Cantor Cristão: “Pai, Faz-Nos Um”, na voz do ministro de Música Paulo Queiroz Jr. O reeleito 1º secretário da AMBB deu seguimento aos louvores. O pastor Michel Piragine, 1º secretário da CBB no biênio 2022/24, apresentou o então presidente, pastor Hilquias Paim, para a mensagem da sessão. Nesse dia, o preletor completou 27 anos de ministério pastoral. Por isso, a missionária Isabel, a “Belinha”, que comemorava 76 anos de batismo, orou pelo pastor. Hilquias iniciou sua fala agradecendo a unidade da Diretoria e dos irmãos espalhados pelo Brasil. Lembrou o grande livramento que recebeu em acidente grave de carro, em 2022, durante viagem convencional a Mato Grosso do Sul, e que já havia pregado este sermão a pastores, em uma de suas visitas. Baseado em I Reis 17.1-9, o presidente enfatizou que “devemos

Pastor Doronézio Andrade, então 2º vice-presidente, levanta clamor pelos enfermos sempre ter um coração ensinável.” A partir do episódio em que Elias anuncia seca em Israel, Paim exemplificou como Deus trabalha em nós para nos aperfeiçoar, como ouro purificado na fornalha. Ele pontuou algumas lições: “Deus sabe onde você está” (v.2,8); “Deus sabe para onde você está indo” (v.9a); “Deus sabe o que precisamos” (v.9b). Em complemento à mensagem, o pastor Bill, um dos bonecos

Em mensagem, o pastor Hilquias Paim enfatizou a confiança na provisão divina

de Roberto Maranhão, divertiu a todos com uma apresentação. Em seguida, Hilquias Paim chamou Raquel Zarnotti, líder Nacional das Mensageiras do Rei (MR), para um momento de gratidão pelos 75 anos da organização da União Feminina Missionária Batista do Brasil para adolescentes. Ela apresentou o tema do jubileu de brilhante, “Nosso Brilho É Real”, e falou do lançamento dos novos

cadernos da Aventura Real, sistema de graduação das pequenas missionárias. Raquel ainda anunciou a campanha “Brilhe na vida de uma MR”, na qual cada pessoa poderá doar R$ 75 para cobrir parte do material a meninas de baixa renda. Ao fim, o presidente da CBB apresentou os Painéis de Debate do dia, em que palestrantes discutiram temas relevantes para as Igrejas atuais.

3ª sessão (25/01) - Relatórios dos Conselhos A terceira sessão da 103ª Assembleia da CBB foi aberta pelo pastor Doronézio Andrade, 2° vice-presidente no último biênio, e foi a primeira de caráter deliberativo. Isto é, momento de tomada de decisões e apresentação de relatórios. Mesmo assim, a programação teve um momento de louvor e adoração ao Senhor. Logo depois, a Comissão de Indicações, através do pastor Renê Toledo, informou os nomes indicados para as Comissões de Renovação do Conselho, Assuntos especiais/eventuais e Escrutinadora. O primeiro relatório apresentado foi o do Conselho Geral da CBB. Pastor Hilquias iniciou relembrando que o grupo se reuniu três vezes em 2023 e que, naquele momento, apresentaria as informações para apreciação dos Mensageiros. O relatório continuou com o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor-executivo da CBB, que destacou o trabalho do Departamento de Comunicação, o aumento de leitores de O Jornal Batista de maneira digital, o aumento da presença nas redes sociais e o programa Batistas em Pauta, na Rede 3.16. Também destacou o Departamento de Administração e Finanças, enfatizando o envio do Plano Cooperativo, as informações do patrimônio da CBB e as correspondências celebrativas para Igrejas que completaram 100 anos em 2023.

Primeiro momento deliberativo da Assembleia convoca Comissões e Conselhos

Comissões da CBB em atuação durante sessões deliberativas

Rodrigo Coutinho (à esquerda) apresenta último relatório como representante do Conselho Fiscal

Mensageiros participam ativamente de sessões deliberativas

O executivo da CBB ainda falou sobre as reuniões virtuais com a Diretoria, o que agilizou a resolução de assuntos, e agradeceu o empenho da equipe nesse período. Lembrou do trabalho da Comissão de Planejamento Estratégico e incentivou as Igrejas a

acompanharem o Calendário da Convenção e celebrarem as datas. Ainda durante o relatório do Conselho geral, pastor Sócrates convidou Márcia Kopanyshyn, coordenadora do Departamento de Educação Cristã da CBB, para apresentar um vídeo sobre

o Plano Diretor de Educação Cristã. No fim desse período, pastor Samuel Lopes, relator da Comissão de Apoio às Igrejas, apresentou as 65 Igrejas de 15 Convenções estaduais que foram recebidas (veja na edição 05/2024, página 13).


10 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/02/24 O relator do Conselho Fiscal, Rodrigo Coutinho, se despediu da função ao apresentar o Relatório Deliberativo Fiscal de 2022. Segundo

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Coutinho, o intuito de sua apresentação era passar uma “visão de integração e nossa força como corpo”. Ele falou sobre os seminários da CBB,

Educação, Convicção Editora e Jun- chamou de “higienização contábil”, tas Missionárias, destacando que a na União Feminina Missionária Baunificação da gestão dos seminários tista do Brasil. foi benéfica e que foi preciso o que

4ª sessão (25/01) - Noite Missionária de Missões Mundiais “Que coisa linda ver esse auditório cheio e enchendo”. Essas foram as palavras do pastor Hilquias Paim na abertura da quarta sessão, a Noite Missionária da Junta de Missões Mundiais (JMM). “O coração do Brasil pulsa por anunciar o Evangelho, pulsa por Missões!”, exclamou. O momento de louvor foi iniciado por um clássico das campanhas missionárias: “Ide e pregai”. Num culto de Missões não poderia faltar a participação de instituições internacionais, como a União Batista Latino-Americana (UBLA) e Aliança Batista Mundial (BWA). O pastor Márcio Santos, como vice-presidente da UBLA, trouxe um abraço do presidente, Alberto Prokopchuk, e do executivo da organização, Parrish Jácome Hernández. Ele também convidou os Batistas brasileiros a participarem do Congresso da UBLA em Marguerita, na Venezuela, de 30 de abril a 03 de maio. A JMM iniciou sua programação com um vídeo de gratidão a Deus pelo ano de 2023 e apresentou os números alcançados no ano passado. A organização destacou a abertura de novo campo missionário na Nigéria; o trabalho dos Voluntários Sem Fronteiras, com mais de 140 pessoas no campo, em países em guerra; a atuação nos Jogos Pan-Americanos, entre outros pontos. No fim da apresentação, falou sobre o CM 21 (Completar a Missão no Século 21), convocando e capacitando líderes, Igrejas, organizações a participarem ativamente na obra missionária global. E, para 2024, Missões Mundiais trabalha com uma nova proposta. O material de campanha foi ampliado para o Inglês, Espanhol e Francês, para que mais países realizem o a missão. Destacou que ir, ofertar, orar e mobilizar faz tudo isso acontecer e permite a organização levar cuidado, ajuda e amor de Jesus. “Números impactam. Mas, mais significativo que eles, é que esses números são indivíduos, pessoas que foram alcançadas pela graça de Deus, pela manifestação de misericórdia. E quem alcançou essas pessoas foram outras pessoas, movidas pelo poder do Espírito”. Assim o pastor João Marcos Barreto Soares, diretor-executivo da JMM, iniciou sua participação na Noite Missionária. Foi também o líder do trabalho missionário dos Batistas brasileiros para os povos estrangeiros quem divulgou o tema daquela Noite Missionária: “Trago o meu muito obrigado”. A celebração trouxe o sentimento de gratidão ao Senhor e aos Batistas brasileiros. “Obrigado, Senhor! Mas, também, obrigado, Batistas brasileiros. Obrigado, Igrejas Batistas brasi-

Crianças atendidas no PEPE Paraguai se apresentam com música e dança típicas

Canções destacaram a importância do trabalho missionário leiras. Obrigado, parceiros internacionais. Obrigado, missionários. Sim, nós agradecemos”, declarou. O repertório da noite, assim como no início da celebração, foi composto por canções que destacam a obra missionária no mundo. O público presente entoou todas essas canções com alegria e entusiasmo em adoração ao Senhor. Alguns convidados participaram da celebração missionária para agradecer a Deus e a todos aqueles que contribuem com Missões Mundiais. A primeira presença foi das crianças do Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE) Paraguai, da etnia Aché, que apresentaram uma dança típica de sua região e cantaram. A líder do projeto no país vizinho agradeceu os Batistas brasileiros por enviarem missionários à região. Ela e sua família foram alcançados por esse trabalho. “Depois de crescer, senti o chamado no meu coração a também levar o Evangelho para as crianças, porque aprendi pela minha própria vida que é um campo missionário muito importante. Eu estudei para ser professora, para alcançar os pequeninos, junto à minha Igreja e com a ajuda do PEPE, que tem a visão de alcançar as crianças do bairro e suas famílias”, declarou a paraguaia. Da América do Sul, fomos para a África. O secretário-geral da Con-

Bandeiras entram no plenário para momento de oração pelas nações

venção Baptista de Angola, pastor Frederico Ferraz Domingos, veio até a 103ª Assembleia da CBB para agradecer. “Trago o meu muito obrigado de Angola. [Os projetos da JMM em Angola] são uma verdadeira interpretação de Jó capítulo 11.18, pois eles não só têm preparado os cidadãos do céu, mas também devolvido a confiança das crianças, dos jovens e das famílias, gerando nelas esperança e, ao mesmo tempo, segurança. Suas vidas têm sido transformadas por homens e mulheres que, deixando tudo, dedicam sua vida amando Angola”, pontuou. Logo após, um novo vídeo foi exibido. Nele, imagens de guerras ressaltavam a importância de completar a missão no século 21 e de fazermos tudo no poder do Espírito. O material também apresentou a Escola Pamosi, em Angola, criada para cuidar das crianças surdas e suas famílias e que, hoje, já recebe cegos e típicos. Enquanto o vídeo era assistido pelo público, começou uma encenação teatral, quando um menino, com a Bíblia em mãos, assistia no telão guerras pelo mundo. De repente, outro menino surge, com uma bola de futebol, e eles passam a brincar juntos com um terceiro personagem: o missionário ucraniano Anatoliy Shmilikhovsky. E ele foi o próximo a agradecer:

“Trago meu muito obrigado a cada um de vocês, da Ucrânia. Para chegar aqui, percorri um longo caminho, saindo de um país que está em guerra, somente para trazer duas palavras para você: a primeira é ‘obrigado’ e a segunda é ‘oração’”. O missionário falou dos desafios com crianças órfãs, viúvas, traumas e incentivou os ucranianos a liberarem perdão ao povo russo pelos ataques. Contou também sobre o início da guerra, a possibilidade de ir para a Polônia, o suporte da JMM, a oportunidade de pregar para russos presos na Ucrânia e a palavra de conforto ao encontrar o pastor João Marcos: “Eu trago um abraço do povo Batista brasileiro”. Já no fim da celebração, tivemos um momento de oração pelos países. Várias bandeiras foram erguidas e o povo foi convidado a estender as mãos e clamar pelas nações. “Jesus não mandou que orássemos por uma estratégia missionária. Não mandou que orássemos por recursos para a obra missionária. Mas Jesus mandou que orássemos para mais obreiros. E o meu entendimento é que há uma luta espiritual, em que o inimigo tenta travar o envio de mais missionários”, declarou o pastor João Marcos Barreto Soares, que convocou aqueles que se sentiram chamados por Deus, presencialmente ou online, a entregarem suas vidas para a obra missionária.


MISSÕES MUNDIAIS

Pr. José Roberto, Sônia Santos e filhos

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Motivação que vem do Poder do Espírito Santo

missionários na Guiné-Bissau

“E sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8). Começamos o ano de 2024, impulsionados pelo Pai, a fazer a diferença e transformar este país no poder do Espírito de Deus! Somos gratos a Ele por sua vida e da família de Deus, que está com você nos apoiando na Guiné-Bissau. No Poder do Espírito, Vamos completar a Missão? Contagiar os cristãos guineenses para que compartilhem o Evangelho ao seu próprio povo é um dos maiores desafios missionários aqui. Na cultura local, isso é anticultural, é como um “desrespeito” um cristão falar de Jesus com uma pessoa de uma etnia islâmica, por exemplo. Isto precisa mudar! Por esse motivo, enfatizamos a passagem do DNA de Deus para que Sua glória encha toda a Terra! Precisamos melhorar na intencionalidade e avançar no anúncio do Evangelho e o poder de Deus para salvar os povos guineenses e os outros mais de sete mil povos não-alcançados da Terra! Planejamos, para este novo ano, muitas ações, capacitações e eventos. Ore para que o Espírito de Deus nos encha de ousadia e criatividade. Suas orações por nós são muito valiosas! Em dezembro, tivemos quase 30 batismos, sendo que 16 foram de pessoas da região Leste do país, que é onde se concentram os povos muçulmanos. Também participamos de dois casamentos, um da IB de Bafatá, e outro de um casal que demos o curso de noivos em Bissau. Ore por estas famílias recém-formadas. Como as Igrejas guineenses estão crescendo muito, resolvemos dar nossa presença de presente nas festas deste ano; assim, estivemos “matabichando” (é como se diz do desjejum aqui) alguns dias com pessoas da liderança, durante o mês de dezembro, e pretendemos continuar em janeiro. É uma experiência muito especial! Nossos almoços, às terças-feiras, com a liderança, assim como a reunião mensal com os pastores Batistas, alavancaram muitos projetos, assim como ajudam a fluir muitas ideias e facilitam a execução de outras. O Projeto Mesa, da nossa voluntária Talita, é uma bênção para o país. Sempre gostamos de servir ao Pai, juntamente com pessoas das outras agências missionárias. Nos últimos dias, participamos de algumas ações

evangelísticas com a JOCUM nacional, uma experiência muito edificante. Também estivemos juntos com outros cooperadores do Rei nas festas do final do ano. É muito bom ver como Deus move pessoas do mundo todo para abençoar este país! Agradecemos por ser uma delas! As crianças e os adolescentes estão crescendo em nossas Igrejas. Interceda e louve a Deus por eles! Vamos seguir agindo e orando juntos ao longo de mais este ano, e que o Senhor

Jesus, quando voltar, nos encontre ser- Por isso ORE, OFERTE, VÁ e MOBILIZE. vindo a Ele! ORE pelos missionários e líderes Um abraço do tamanho do mundo! nos povos estrangeiros. OFERTE para que a provisão possa ESTAMOS EM CAMPANHA! chegar as crianças e adultos que vivem em vulnerabilidade ao redor do mundo. Missões Mundiais conta com a sua VÁ conheça o Voluntários Sem mobilização na campanha 2024, NO Fronteiras e programe sua viagem: PODER DO ESPÍRITO SANTO, VAMOS voluntarios@jmm.org.br COMPLETAR A MISSÃO. Contamos MOBILIZE todo povo Batista a fazer com o envolvimento de todas as Igre- mais e melhor por missões. jas Batistas brasileiras para a sinalizar Vamos, juntos, COMPLETAR A MISo Reino de Deus ao redor do mundo. SÃO. n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA 5ª sessão (26/01) - Eleição da Diretoria

O pastor Hilquias Paim deu início à sessão expondo que a Diretoria recebeu elogios pela organização do evento. Após momento alegre de adoração conduzido pela ministra de Música Martha Keila, o então presidente da CBB convocou a Comissão Escrutinadora para distribuir as cédulas para a eleição de seu sucessor. Em dez minutos, o público indicou 28 nomes, dos quais 17 decidiram continuar concorrendo ao cargo. Enquanto a apuração era feita, Paim passou a palavra para o preletor da manhã, pastor Raphael Abdalla. O 3º vice-presidente no biênio 2022/24 pregou o tema “Vivamos o Verdadeiro Amor na Família”, com base no capítulo 12 de Números. O caso em que Miriã e Arão criticam seu irmão Moisés serviu para o jovem capixaba retirar os seguintes princípios: “Até mesmo as famílias espirituais passam por conflitos (v.1); “Deus ouve o que é dito dentro de nossos lares” (v.2); “Deus quer encontrar mansidão nos nossos lares” (v.3); “Tragédias podem colocar as coisas no lugar” (v.10); “Família a gente espera” (v.15). Após a mensagem, o pastor Hilquias chamou a cantora Tirza Almeida para se apresentar pela primeira vez em uma Assembleia da CBB. A baiana encantou o auditório com um

Martha Keila convida pastores para a música “Ao Meu Redor”, um clássico das Assembleias da CBB medley de louvores. Hilquias convidou Lécio Dornas, pastor titular da Igreja da Família, no estado americano da Flórida, para anunciar o próximo retiro da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil na América do Norte, entre os dias 23 e 25 de julho, na Primeira Igreja Batista na Flórida. Dos 2.202 inscritos na Assembleia, 1.393 votaram, totalizando 1.368 votos válidos e 25 brancos ou nulos. O primeiro Escrutínio terminou tendo como dois mais cotados para a Presidência os pastores Vanderlei Batista Marins (236 votos) e Paschoal Piragine Junior (382 votos). Ambos pertencem à Convenção Batista Fluminense. O segundo Escrutínio revelou qual deles os Mensageiros elegeram para presidente.

Comissão Escrutinadora distribui cédulas para milhares de Mensageiros votarem

Um pouco antes do resultado final, o plenário assistiu à apresentação da Orquestra Medianeira. O grupo faz parte do Projeto Semear, que trabalha há mais de 23 anos para garantir direitos de milhares de jovens e adolescentes em Medianeira - PR. Entre as músicas tocadas, a assistente social Silvana Constanski Monteiro falou do projeto filiado à Ação Social Batista Paranaense, que atende a mais de 50 organizações no estado. A 5ª sessão terminou com a votação para os postos de Vice-Presidência. O público indicou 32 nomes, dos quais apenas dois decidiram não aceitar a indicação. Após a distribuição das cédulas pela Comissão Escrutinadora, 1.257 votaram, totalizando 1.242

votos válidos e 15 brancos ou nulos. Os três mais escolhidos foram eleitos em ordem descrescente. Em seguida, chegou a vez de eleger os secretários. A dinâmica foi a mesma do sufrágio anterior e contou com 37 indicações. Os quatro mais cotados foram eleitos. Após uma série de anúncios, o pastor Hilquias chamou o missionário associado à Junta de Missões Mundiais na Itália, pastor Cleverson Bigarani. Ele apresentou Telmo Roberto Casotte, brasileiro que há 30 anos ajuda ítalo-brasileiros a terem o reconhecimento de sua cidadania e, agora, decidiu concorrer como deputado em Roma, na cadeira reservada a ítalo-sul-americanos.

6ª sessão (26/01) - Câmaras Setoriais A tarde do terceiro dia de Assembleia foi marcada pelas Câmaras Setoriais. Elas agrupam as organizações da CBB em setores que servem para organizar a apresentação de relatórios. Por acontecerem ao mesmo tempo, cada Mensageiro pôde escolher assistir à sessão de sua preferência. As Câmaras são divididas assim: Educação Cristã (União Feminina Missionária Batista do Brasil, Juventude Batista Brasileira, Convicção Editora, União Missionária de Homens Batistas do Brasil, Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil, Associação Nacional de Escolas Batistas); Educação Ministerial (Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico, Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Associação de Diáconos Batistas do Brasil, Associação dos Músicos Batistas do Brasil, Teológico Batista do Sul do Brasil, Seminário Teológico Batista Equatorial, Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil);

Mesa diretora em apresentação da Câmara Setorial de Educação Cristã Missionária e Ação Social (Junta de Missões Mundiais e Junta de Missões Nacionais). Entre os relatórios, podemos pontuar alguns destaques. O diretor-executivo da Junta de Missões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares, ressaltou a excelência do trabalho dos Programas de Ensino Pré-Escolar. O projeto presta assis-

Pastor Fernando Brandão traz agradecimento e destaques durante relatório da JMN

tência socioeducativa a crianças em diversos países não desenvolvidos. Muitas delas têm conhecido a Cristo e tido suas vidas transformadas. O pastor Fernando Brandão, executivo da Junta de Missões Nacionais (JMN), também fez menções honrosas ao trabalho em solo brasileiro. Destacou o impacto positivo que as Cristolândias têm feito nos grandes

centros. Aliás, durante a segunda Noite Missionária, na 7ª sessão, mais de 50 homens da Cristolândia Paraná foram batizados. Além disso, a JMN oficialmente comissionou a Segunda Carreta Missionária. Todos os relatórios receberam aprovação dos Mensageiros inscritos nas Câmaras Setoriais.

7ª sessão (26/01) - Noite Missionária de Missões Nacionais A Noite Missionária da Junta de Missões Nacionais (JMN) causou a mesma sensação da noite de Missões Mundiais no pastor Hilquias Paim: “Que coisa linda está este auditório!” Foi assim que ele abriu a 7ª sessão da 103ª Assembleia da CBB. Ainda no início, informou os nomes escolhidos para os cargos de secretários da Diretoria da Convenção Batista Brasileira. O então presidente da CBB desta-

cou o amor dos Batistas brasileiros pela obra missionária. “O coração dos Batistas pulsa por Missões. Missões move a Convenção Batista Brasileira”, enfatizou pastor Paim. Missões Nacionais assumiu a programação e começou com homenagens ao casal missionário Donald Stanley e Wendy Michelle, que atuou por 20 anos no Brasil. Os dois passaram pelo Rio Grande do Sul, Santa Ca-

tarina e São Paulo, como missionários da International Mission Board. “Amamos o Brasil, amamos os brasileiros e amamos missões”, declarou Donald. Outra homenagem foi para Josue Valerio, diretor de Missões da Convenção Batista do Texas, que está próximo da aposentadoria. Em sua palavra de gratidão, ele destacou que nesse período aprendeu muitas estratégias missionárias com os Batistas brasileiros.

A história missionária Batista brasileira é inspiradora. O pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da JMN, lembrou o dia 02 de março de 1881, quando Willian e Ana Bagby chegaram ao Brasil. “Ali começava uma saga missionária de homens e mulheres que dedicaram suas vidas como missionários no Brasil. E vieram tantos outros...”, relembrou Brandão. “Somos gratos aos Batistas norte-americanos pelo envio


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA de missionários para o Brasil”, disse o pastor. Para celebrar a parceria de Missões Nacionais com os Batistas do Texas, Craig Collier Christina trouxe uma palavra de agradecimento e reconhecimento. “Uma das nossas parcerias prediletas é aqui, com os brasileiros. Não vemos vocês apenas como amigos ou parceiros de trabalho. Nós vemos uns aos outros como família”. E enfatizou: “a melhor parte da nossa parceria ainda está a acontecer”. O momento de louvor, desta vez, foi mais potente. Isso porque os músicos da AMBB tiveram a parceria e potência vocal de 82 vozes do Coro Cristolândia. Para destacar os batismos daquela noite, pastor Fernando Brandão lembrou de 2012, também em Foz do Iguaçu, quando tivemos batismos da Cristolândia pela primeira vez na Assembleia da CBB. “A Cristolândia é um ministério dos Batistas brasileiros que tem abençoado milhares de pessoas no Brasil”, declarou. Na hora da cerimônia, 52 homens desceram às águas batismais, enviados pelas Igrejas que os acolheram. “A Cracolândia vai virar Cristolândia”, bradou um pastor. Outro projeto de sucesso da JMN, que conquistou o coração dos Batistas brasileiros, é a Carreta Missionária. “Não tínhamos ideia do que aconteceria”, expôs o diretor-executivo. O veículo já atendeu milhares de pessoas, mas, como nosso país tem dimensões continentais, muitas pessoas ainda precisam de ajuda. “Essa carreta tem trabalhado pelo Brasil. [São] mais de

O JORNAL BATISTA Domingo, 11/02/24

A noite de Missões Nacionais começou com homenagens a missionários 30 mil pessoas atendidas”, informou Brandão. Por isso, a Junta adquiriu a segunda Carreta Missionária e realizou o Comissionamento durante a Noite Missionária. Do pátio, pastor Samuel Moutta, gerente-executivo de Missões da JMN, apresentou a mais nova carreta, fazendo um tour pelo interior e mostrando o consultório odontológico, os dois consultórios médicos e o espaço para cultos. Ao voltar para o espaço de celebração, pastor Fabrício Freitas disse que os Batistas brasileiros têm o “sangue do tipo M”, ou seja, um DNA missionário. Lembrou da Trans Total, que aconteceu há 50 anos, e convocou o povo Batista a participar das campanhas “Jesus transforma minha família”, de 01 a 31 de maio, e “Jesus transforma minha cidade”, de 14 a 21 de julho. A missionária Fabíola Molulo, carinhosamente chamada de “prefeita” da Vila Minha Pátria, e a missionária Jennifer Soares, “vice-prefeita”, foram

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Além do grande coral da Cristolândia, o plenário cheio bradou com alegria o avanço da obra missionária

chamadas para falar deste outro importante projeto de Missões Nacionais. De 2022 até o momento, o espaço já recebeu mais de 900 refugiados. Enquanto um vídeo sobre a Vila Minha Pátria era exibido, as missionárias comentavam o que aconteceu desde 19 de abril de 2022, quando receberam o primeiro grupo. “Sou missionária há 26 anos, mas que experiência extraordinária tem sido a Vila Minha Pátria!”, expressou Fabíola Molulo. A Vila Minha Pátria tem gerado vidas transformadas. Um jovem afegão, acolhido no local, contou que teve um sonho com Cristo, no qual ele contava sua história para várias pessoas. Quando chegou no Rafain Palace Hotel & Convention, ele disse: “Agora faz sentido o meu sonho. Era neste lugar que eu iria testemunhar sobre a graça de Jesus”. Na mesma Noite Missionária, o jovem afegão foi batizado na Assembleia da CBB. Vale ressaltar que o afegão já tinha confessado Cristo como Senhor e Salvador e estava no

processo de discipulado na Vila Minha Pátria. Após o batismo, pastor Fernando Brandão trouxe uma palavra de ânimo aos Batistas brasileiros. “Temos uma grande responsabilidade nesta nação. Vamos evangelizar, proclamar, discipular, aproveitar as oportunidades que Deus está nos dando e levar o Evangelho de Cristo Jesus. As águas dos batistérios não podem parar; precisamos ouvir o barulho das águas nos templos das nossas Igrejas glorificando a Deus. Mas, para isso, tem que semear em abundância, trabalhar, orar mais, pregar mais, ter coragem de proclamar e testemunhar que Cristo Jesus é a única esperança”, enfatizou. A programação ainda teve um convite àqueles que tem chamado missionário, informações sobre a Muralha de Oração e homenagens ao casal missionário Guenther e Wanda Krieger, atuante há mais de 60 anos, e à memória do pastor Ivo Seitz, ex-diretor de Missões Nacionais, que faleceu em 2023.

8ª Sessão (27/01) - Aprovação de Agenda e Os Gideões Para dar prosseguimento à série de sessões, o auditório aprovou o programa da 9ª sessão da Assembleia, que havia sofrido alteração de horário. O pastor Hilquias Paim passou a palavra para o professor Sidney Lino de Oliveira, presidente Nacional de Os Gideões Internacionais no Brasil, organização que distribui a Palavra de Deus em prisões, hotéis, hospitais e escolas. De janeiro a dezembro do ano passado, Os Gideões doaram 3,7 milhões exemplares do Novo Testamento no país. Sidney agradeceu o apoio dos Batistas e incentivou que cada Mensageiro fizesse uma oferta. Depois do louvor, liderado por Tallita Todeschini, o ex-presidente da CBB chamou o preletor da manhã. Psicólogo clínico e professor do Centro de Ensino Teológico Batista do Estado do Espírito Santo (CETEBES), o pastor

Ministra de Música Tallita Todeschini conduz os Mensageiros em momento de louvor Marcelo de Aguiar se baseou na última frase de Jesus no livro de Mateus: “[...] eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20b). O capixaba usou a imagem de caranguejos de feira do seu estado, que

Pastor Raphael Abdalla (à esquerda) cumprimenta pastor Marcelo de Aguiar (à direita), orador da manhã

não saem da lata aberta porque puxam uns aos outros para baixo, para ilustrar que há companhias que nos enfraquecem. Ainda citou que psicólogos descobriram com bebês que a solidão é o único medo inato do ser humano. Para ele, não precisamos conviver com

nenhum desses problemas, porque “a presença do Senhor conosco é certeza de bênção, é certeza de coragem e é suficiente.” A sessão finalizou com mais um medley cantado por Tirza Almeida.

9ª sessão (27/01) - Relatórios A nona sessão da 103ª Assmebleia da CBB foi a última de cunho deliberativo. O trabalho foi iniciado com uma oração do pastor Raphael Abdalla, 3° vice-presidente da CBB no último biênio. Na sequência, os Mensageiros participaram do momento de louvor, com a AMBB, na condução da ministra de Música Martha Keila. Logo após, começou a apresenta-

Último momento de apresentação de relatórios aconteceu na tarde de sábado


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

ção dos relatórios das Câmaras Se- Ministerial e Missionária e Ação Social. mações da Comissão de Renovação Programa e leitura e aprovação das toriais de Educação Cristã, Educação Além disso o programa teve as infor- e Assuntos Especiais, Comissão de agendas das sessões.

10ª Sessão (27/01) - Noite da Juventude Depois de interrompida às 18h, pastor Hilquias Paim retoma à 9ª sessão com uma homenagem às Igrejas que completaram 100 anos, conforme deliberação aprovada na Assembleia anterior, em Recife - PE. O pastor Hilquias Paim fez uma menção honrosa às Igrejas Batistas que completaram 100 anos em 2023. Pernambuco foi o estado com mais Congregações centenárias, contando 18 Igrejas. A vizinha Bahia teve sete Igrejas. A região teve mais quatro: três paraíbas e uma cearense. Além do Nordeste, Pará e Paraná tiveram duas centenárias e Goiás e São Paulo tiveram uma. Com o Pés no Arado (PNA) recém finalizado, a Noite da Juventude começou com um pequeno vídeo da edição deste ano, que aconteceu no Paraguai, entre os dias 09 e 20 de janeiro. Brenda Belmira, coordenadora de Missões da Juventude Batista Brasileira (JBB), incentivou os Mensageiros a enviarem seus jovens para o campo missionário. Tallita Todeschini conduziu o louvor junto ao coral da JBB. Elisama Torres, coordenadora de Intercessão da JBB, anunciou uma data nova no calendário da CBB: o Dia Nacional de Oração pela Juventude Batista, em 02 de agosto. Aproveitando esse dia, os jovens Batistas brasileiros estarão juntos em vigília durante a madrugada, que cairá na primeira sexta-feira do Mês da Juventude. Outra novidade foi contada por Débora Xavier, uma das coordenadoras do Vem Pra Vida. O projeto de assistência emocional da JBB lançou um devocional no aplicativo YouVersion, uma ferramenta para o líder de juventude abordar a saúde mental na Igreja local. O dirigente do culto e coordenador da Juventude Batista (Juba) na re-

Em momento emocionante, a coordenadora Nacional da JBB, Jéssica Martins, louvou a Deus em Libras. Acessibilidade foi um dos pontos marcantes da Noite da Juventude gião Sul, Filipe Martinelli, apresentou o preletor da noite, pastor Matheus Machiavelli, líder da juventude da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR. O jovem teólogo e advogado defendeu que devemos buscar a Deus com “Uma intensa devoção”, como dizia o tema da pregação. Teve como base os textos de Marcos 14.1-9, ambos sobre a mulher que ungiu Jesus com um vaso de alabastro. Para começar, Matheus contou o episódio que o motivou a escrever a mensagem. Ainda adolescente, uma senhora da Igreja lhe disse que a empolgação para evangelizar numa festa tradicional de sua cidade cessaria com o passar dos anos. Ele não se conformou em se tornar como o fariseu Simão, que recebeu o Mestre em casa sem se submeter a ele. Ao contrário, aprendeu com a mulher estas lições: “Precisamos reconhecer a autoridade de Cristo” (v.1); “A entrega tem que ser extravagante” (v.3); “Não devemos nos constranger pela devoção do outro” (v.4,5). Frédyson Flexa, conselheiro da JBB na Região Norte, chamou os adolescentes e jovens presentes no plenário para irem à frente, assim como

Além do trabalho da Juventude Batista, o fechamento da 103ª Assembleia alegrou os presentes com homenagens e a passagem da Diretoria

os idosos que fizeram parte da Junta de Mocidade da CBB (Jumoc), como a JBB se chamava quando foi fundada, em janeiro de 1968. Antes de passar o microfone para a oração de Lucas Zub, pastor de jovens da Primeira Igreja Batista de Curitiba, Frédyson leu um texto de O Jornal Batista de 27 de agosto de 2000. “Que sonho é o meu e dos meus contemporâneos! [...] Sonho de despertar jovens Batistas do Brasil e mantê-los em disposição de alerta para o compromisso missionário no país e além das fronteiras”, escreveu pastor Irland Pereira de Azevedo na edição. As palavras soam como proféticas. Mais de 23 anos depois, o PNA 24 levou a JBB fora do Brasil para espalhar o Evangelho, pela segunda vez. O primeiro destino internacional foi Angola, em 2011. Jéssica Martins, coordenadora Nacional da JBB, agradeceu por todos os colaboradores e convidou o intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) Adoniran Melo para contar a experiência marcante de inclusão que presenciou no Despertar do ano passado. Em um momento emocionante, a irmã surda Andrea Carolina

Mazacotte, da Primeira Igreja Batista de Foz do Iguaçu - PR, orou em Libras, com tradução simultânea. Já finalizada a Noite da Juventude, o pastor Rafael Thomazini, presidente da Convenção Batista Paranaense (CBP), homenageou a Diretoria da CBB que terminou seu mandato e chamou os membros para receberem homenagens. Em sequência, o pastor Antônio Valdemar Kukul Filho, executivo da CBP, agradeceu aos mais de 120 voluntários que trabalharam na Assembleia, no encontro das crianças e em toda a preparação durante o ano. Na sequência, a nova Diretoria da CBB assinou o termo de posse. Em ato simbólico, cada membro da Diretoria da CBB abraçou seu substituto. O pastor Paschoal Piragine Jr. discursou pela primeira vez como presidente eleito, citando seu amor pela denominação. “Voltamos dessa Assembleia lembrando que somos um povo que tem uma visão maior do que nós mesmos. Porque a visão só em nós debanda na hora da luta e do sofrimento, mas a visão que é além permanece e conquista a terra, em nome de Jesus.”

Painéis de Debate Os Mensageiros da 103ª Assembleia da CBB tiveram uma novidade nesta edição: os Painéis de Debate. Durante os dias 25, 26 e 27 de janeiro, eles puderam participar de uma série de palestras sobre questões sociais e eclesiásticas, ouvindo líderes Batistas de todo o Brasil. Os temas abordados foram: “Os desafios atuais do trabalho com a juventude na Igreja local”; “Acolhimento a resposta para as questões sociais”; “Por que rejeitam a Igreja? Uma abordagem sobre os chamados ‘desigrejados’”; “Homens transformadores: fortalecendo o Ministério com homens”; “A importância da Ação Social para a sociedade”; “Igreja, do Analógico ao Digital”; “Pequenos Grupos, do começo ao recomeço”; “Pais, filhos e a comunidade: uma abordagem sobre prevenção às drogas”; “Sexualidade e os desafios da Igreja: uma abordagem sobre

Os Mensageiros escolheram em qual grupo de estudo temático se inscrever. Os Painéis aconteciam ao mesmo tempo, em lugares diferentes do hotel homossexualidade, transexualidade e as respostas que precisamos dar para o acolhimento de pessoas arrependidas que procuram ajuda”; “Ministério Pastoral: jubilação, transição e sucessão. Existe base bíblica? Qual o melhor tempo e forma?”; “Como preparar uma geração que gera transformação?”; “A saúde mental na Comunidade”; “Pregação

relevante nesse tempo”; “Culto e con- Assista o vídeo promocional apontantextualização”; e “Elevando o nível da do seu telefone para o QR Code. n Educação Cristã nas Igrejas”. 104ª Assembleia O próximo encontro dos Batistas brasileiros já tem data marcada. Estaremos juntos de 29 de janeiro a 01 de fevereiro de 2025, em Fortaleza - CE.


PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 11/02/24

Novos paradigmas para a educação na Igreja - parte 03 Lourenço Stelio Rega No artigo anterior, concluímos ao falar em visão tridimensional da educação na Igreja. Então, vamos explicar um pouco mais, para descobrir que essa visão promove a educação a um patamar superior, pois a eleva do aspecto meramente institucional, programático e de instrumento informativo, passando a ser especialmente formativa e transformativa. Por que tridimensional? Primeiro, porque parte de um relacionamento vertical superior, em que a missĭo Dei, isto é, a missão de Deus em restaurar toda criação e humanidade (veja parte 1 deste artigo) se torna o ponto de partida para o desenvolvimento de qualquer plano ou projeto pedagógico. Qual é o nosso papel como Igreja, como cristãos, diante da missĭo Dei? Daí. a visão missionária e missional. Segundo, porque considera seu papel vertical inferior, ao alcançar a pessoa de forma integral, em todo seu ser; daí, a pedagogia integral, conforme mencionamos no artigo anterior (Lausanne I). Terceiro, é uma dimensão horizontal, porque considera a função extensiva do cristão como agente da missĭo Dei no cumprimento de seu papel na vida pública, como sal, luz, embaixador do Reino, dentro e fora de sua família na fé. Nesta dimensão, a educação terá uma função diacrônica por envolver a vida do cristão através da sua história na linha do tempo, em que a sua vida passa a ser uma vitrine das Boas Novas onde estiver, ao decidir, agir, em seu exercício profissional, relacional, doméstico, no trânsito, na universidade etc. Interessante notar que não é possível fracionar todo esse processo tridimensional da educação, uma vez que ela tem, também, uma função sincrônica, isto é, simultânea em que todas as três dimensões devem estar entrelaçadas e funcionar sincronizadamente. Se pastores e líderes puderem compreender esse processo de formação total do cristão, notarão que a educação tem fundamental papel e necessita ser priorizada. Assim, formar um cristão, a partir de sua conversão, pela educação na Igreja é mostrar a qual história pertence sua vida, decisões e ações. Aqui é fundamental lembrar da indagação de Alasdair MacIntyre: “Somente posso responder a pergunta:

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OBSERVATÓRIO BATISTA

‘O que devo fazer?’ se puder responder à pergunta anterior: ‘De que história creio que faço parte?’”. John Carroll faz uma constatação dolorosa ao afirmar que “o declínio do Cristianismo como praticado no Ocidente é fácil de explicar. As igrejas cristãs têm falhado totalmente em sua tarefa principal — recontar a história de sua fundação de uma maneira que seja relevante a estes tempos”. Em geral, ao se converter, a pessoa continua normalmente a sua vida, tendo agora a ocupação dominical com as atividades da Igreja. Durante a semana faz o que pode para tocar seu projeto de vida, tendo Deus como que uma espécie de amparo para as mazelas que surgirem. Mas a vida, do ponto de vista da missĭo Dei, nos leva a uma perspectiva radical e profunda, pois se vivo uma vida missional, vivo uma vida moldada pela missão de Deus (missĭo Dei). Assim, a partir de minha conversão, o meu projeto de vida é agora o projeto da missĭo Dei e eu me entrego como instrumento e ferramenta de Deus para que Ele, em Sua missão de restaurar toda criação, me tenha como seu instrumento. Imagine em como isso vai afetar a vida prática total da pessoa que se converte. Em como ela vai agir no matrimônio, em seu lar; na vida profissional; no relacionamento com amigos e na sociedade; no trânsito; nas compras em um supermercado ou passeando no shopping; no exercício de sua cidadania na vida pública. J. Christoph Blumhardt nos ensina que uma pessoa “precisa se converter duas vezes: primeiro, da vida natural para a espiritual e, depois disso, da vida espiritual para a natural”. Comentando esse desafio Goheen afirma que a “a primeira conversão é para Deus e se expressa no suspiro do salmista: ‘Quem mais eu tenho no céu, senão a ti? E na terra não desejo outra coisa além de ti’ (Sl 73.25). Isso a tradição pietista compreende bem. Mas precisamos ser convertidos novamente, desta vez de volta para a amplitude de nosso chamado cultural neste mundo.” Essa constatação é fundamental, pois será necessário preparar o cristão também, e especialmente, para viver fora do ambiente protetivo da Igreja, expressando essa vida significativa e influente como um povo de contraste e vitrine de Deus diante da cultura. Por

isso é que se torna urgente devolver o cristão para a rua para ser um cristão sem fronteiras. Já mencionamos o desafio que John Stott nos deixou: “Não devemos perguntar: ‘O que há de errado com o mundo?’ Esse diagnóstico já foi dado. Em vez disso, devemos perguntar: ‘O que aconteceu com o sal e a luz’?” Se considerarmos seriamente isso, poderemos concluir que temos perdido o direito de falarmos com o mundo. Aliás, me parece que a Teologia já tem perdido até o vocabulário para poder dialogar com a cultura, dando respostas bíblicas diante dos dilemas do mundo contemporâneo. Perder o vocabulário significa que não conseguiremos ser sal, luz, embaixadores do Reino, como repetidamente falamos. Como compreender e se comunicar com as novas gerações? Será que nosso modo institucional de ser tem respondido perguntas que já não mais são importantes para elas e até mesmo para o mundo contemporâneo? Como demonstrar que as Boas Novas são a fonte de significação de vida diante desse mundo líquido, incerto, complexo e ambíguo? Será que temos perdido a profundidade da missĭo Dei, em que a educação na Igreja, quando existe, procura sobreviver por meio de ações institucionais, tecnicistas, com currículos que são essencialmente conteudistas e programáticos, muitas vezes emprestados de fora, que nem sempre trazem respostas para as demandas da Igreja? Para resolver isso, me lembro que quando desenvolvemos o Plano Diretor da Educação Religiosa da CBB (PDER-CBB), disponibilizamos uma educação orientada por objetivos educacionais gerais e específicos, e estes, à luz do perfil e necessidades das Igrejas locais. Esse projeto foi desenhado após a descoberta de diversas experiências concretizadas por diversas igrejas naquele período. Desenvolvemos um instrumento com 18 páginas para que as Igrejas pudessem fazer um levantamento de seu perfil, que muito ajudará até no planejamento da Igreja. Você poderá obter uma cópia no link https://bit.ly/ Edu-Perfil. Neste sentido, ao desenvolver uma educação a partir do “chão da Igreja” e das necessidades do cumprimento de seu papel diante da missĭo Dei (que no PDER-CBB chamamos de objetivos ge-

rais) será possível colocar cada cristão a contar em palavras e com seu viver concreto a história de Deus, desde a fundação do mundo e a redenção por meio de Jesus Cristo. Podemos aprender com N. T. Wright que nos desperta a compreender de que uma história é simplesmente “a melhor maneira de falar sobre a maneira como o mundo realmente é”. Isso só é possível se a história de Deus, da missĭo Dei for retratada na vida da Igreja, de cada um de seus membros, também da denominação. Não é muito aqui repetir uma frase significativa de Billy Graham: “Nós somos as Bíblias que o mundo está lendo ... nós somos os sermões que o mundo está prestando a atenção”. No fundo cada um de nós é um tradutor da vontade e verdade de Deus para o mundo, pelas nossas palavras, mas muito mais pelas nossas ações e participações na vida pública. Teremos, assim, uma pedagogia integral, mas também uma educação integral, em três dimensões, além de ser sincrônica e diacrônica. Ao atender as necessidades da Igreja local em seu ambiente, em seu campo de vivência concreta, promoveremos o despertamento de maior interesse pela importância da educação pois ela trará respostas para aquele ambiente, para aquela cultura, com um evangelho contextualizado a partir dos eternos valores bíblicos. Mais um lembrete: quando a missão da Igreja é vista pela lente da missĭo Dei conseguiremos ir para além do seu colorido apenas institucional, programático e pragmático. Christopher Wright sobre isso nos recorda que “... não é tanto que Deus tenha uma missão para sua igreja no mundo, mas que Deus tenha uma igreja para sua missão no mundo. A missão não foi feita para a igreja; a igreja é que foi feita para a missão: a missão de Deus”. Vejam que, nisso tudo, a educação é a ferramenta essencial, prioritária e é por meio dela que será possível levar a pessoa que se converte a compreender o seu papel diante da missĭo Dei, mas também a ser capacitada a exercer seu papel como sal, luz e embaixador do reino de Deus neste mundo sem Deus e sem coração que espera a manifestação dos filhos de Deus para compreender a real significação da vida que só pode ser obtida pelas Boas Novas. Contatos: rega@batistas.org Instagram: @lourencosteliorega n



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