ANO CXXI EDIÇÃO 08 DOMINGO, 20.02.2022
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
“Jamais imaginaria ser o presidente da Convenção Batista Brasileira” No dia 10 de fevereiro, a Rede 3.16 entrevistou o pastor Hilquias Paim, presidente da CBB. Ele respondeu perguntas do público e disse que está consciente dos desafios na denominação. Leia os destaques da entrevista na página 12.
Vida em Família
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Prevenção de amor
Tempo de decisões
Ensino Teológico
Coluna fala da importância da família no combate ao uso de drogas
Convenção Sul-Maranhense realiza Assembleia Deliberativa
Seminário da CBEES inicia ano letivo
Dia de oração pela América Latina
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JMN organiza evento que será mensal pág. 13
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 20/02/22
EDITORIAL
A edição da semana
A edição de OJB desta semana traz como destaque uma importante entrevista do pastor Hilquias Paim, novo presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), na Rede 3.16, no dia 10 de fevereiro. Na página 12
trazemos as informações desta conversa. É a oportunidade de os irmãos conhecerem ainda mais o nosso presidente. Além disso, temos as Colunas Dicas da Igreja Legal e Vida em Família; as
páginas das nossas juntas missionárias, artigos de reflexão e as Notícias do Brasil Batista. Ao longo das próximas edições, além do presidente, pretendemos ter a participação dos membros da dire-
toria em O Jornal Batista e em nossas redes sociais, através de artigos e vídeos. Que Deus te abençoe e boa leitura de O Jornal Batista. n
( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00
O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade
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FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza
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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 20/02/22
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DICAS DA IGREJA LEGAL
Por que o Estatuto da sua Igreja precisa ser atualizado? (Parte 1) Jonatas Nascimento A partir desta edição abordarei alguns pontos estatutários que, a meu ver e sem a intenção de me intrometer, toda Igreja deveria se preocupar, pois os tempos mudaram e com isso há um perigo iminente campeando as instituições religiosas em todos os quadrantes do nosso Brasil. Em termos práticos, as Igrejas precisam ficar mais atentas às questões legais e também se blindarem contra as astutas ciladas da camada antirreligiosa. Inicialmente serão oito pontos desdobrados um a um, de forma breve e objetiva, para facilitar o entendimento, a saber: a) inserção no estatuto de atividades típicas das Organizações da Sociedade Civil (OSC); b) ampliação do mandato da diretoria estatutária; c) previsão de possibilidade de realização de assembleias virtuais ou híbridas; d) categorias de membros diferenciadas; e) prestação de serviços voluntários por seus membros; f) perigo da expressão Bíblia Sagrada; g) blindagem da Igreja em face de questões éticas, morais e ideológicas; e h) reforço das chamadas cláusulas pétreas.
Como se sabe, toda Igreja tem por missão o que convencionamos chamar de PESCA, para facilitar a assimilação, utilizando-se a primeira letra de cada palavra, a saber: Proclamação, Ensino, Serviço, Comunhão e Adoração. Pode até ser que no estatuto, a redação não seja exatamente esta, mas aqui está estampada a missão precípua da Igreja evangélica cristã Batista brasileira. Importa frisar que quase todas as Igrejas Batistas já nascem com o seu braço social estendido às camadas menos favorecidas. Na medida das suas possibilidades ou melhor, conforme o seu potencial financeiro, ela promove as suas ações sociais, que vão de fornecimento de cestas básicas, inclusão ou reinclusão social, recuperação de dependentes químicos, alcoólatras, reforço escolar, encaminhamento para o mercado de trabalho etc. Com que recursos? Unicamente com os dízimos e ofertas de seus membros e, eventualmente, uma ou outra doação externa vinda de pessoas físicas ou jurídicas. A boa notícia é que, por força da
lei que instituiu o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), as Igrejas e demais organizações religiosas foram por ela contempladas, de forma a poderem inserir em seus estatutos atividades típicas das OSCs, como saúde, educação e assistência social, sem o risco da perda da imunidade tributária prevista em nossa Constituição Federal. Uma vez habilitadas, poderão firmar fomentos com o poder público para alavancar os seus projetos sociais. É claro que isto exige cautela, mas com o auxílio de profissionais com expertise na área do terceiro setor, as nossas Igrejas poderão ir muito além em seu ideal de servir e, ao mesmo tempo, proclamar as Boas Novas de salvação. Muito importante frisar que caso a Igreja opte por inserir tais atividades em seu estatuto, não significa que ela estará obrigada a implementá-las imediatamente. Por ora, o importante é a Igreja definir a área que pretende atuar e quando as condições permitirem não haverá necessidade de mexer no estatuto novamente. Afinal, isso envolve
despesas e burocracia. Nota 1: Conforme promessa no artigo anterior, oferecerei em forma de sorteio 10 exemplares do meu livro “Cartilha da Igreja Legal” para quem me enviar uma mensagem por WhatsApp (21 99247-1227), até o dia 28 de fevereiro de 2022, dizendo: “Eu sou leitor d’O Jornal Batista e quero ganhar o livro”. Os contemplados deverão fornecer nome e endereço completos para remessa gratuita pelos Correios. Nota 2: Repudio com todas as minhas forças a barbárie cometida por grupo de desordeiros ocorrida em Curitiba-PR, dias atrás, quando invadiram a Igreja do Rosário, sob a liderança de um vereador, sob a alegação de protesto contra a violência no Rio de Janeiro, que culminou na morte de um cidadão congolês e, em outro caso, a morte de um brasileiro afrodescendente. n Empresário contábil, diácono Batista e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal” E-mail: jonatasnascimento@hotmail.com WhatsApp: (21) 99247-1227
Ensino religioso em abundância Carolina Terra
membro da Primeira Igreja Batista em Araruama-RJ (extraído do Escudeiro Batista online, da Convenção Batista Fluminense)
A Palavra de Deus, nos mostra em João 10.10, a seguinte afirmação de Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. O tema da vida está presente em todo o contexto bíblico. A palavra “vida” indica a vida em sua integralidade. Integralidade essa que compreende todas as esferas do ser humano, pois envolve a sua própria vida em questão. Neste sentido, a educação cristã deve visar, portanto, a pessoa como um todo e não apenas o aspecto cog-
nitivo, como costumeiramente se faz. Ao fazer isto, mesmo que inconscientemente, se reduz o processo de ensino e aprendizagem à mera transmissão de informações. Ao se referir à vida em abundância, a mensagem bíblica destaca a integralidade da vida do servo. Assim, a educação desenvolvida pela Igreja tem esta possibilidade: ensinar x aprender x edificar x transformar uma vida como um todo. Portanto, conhecer a verdade do Evangelho é seguir em frente numa perspectiva irrestrita. Neste sentido, a pessoa educada cristamente é agente de transformação da sociedade tendo o Reino de Deus e os valores que sinalizam a presença do Evangelho de Cristo como referencial. A educação
cristã jamais poderia restringir-se a uma atividade voltada apenas para a transferência de informação, pois justamente ao contemplar à totalidade da vida, o outro se tornará também, um agente de transformação. O compromisso da educação cristã é levar (conduzir, caminhar junto com) as pessoas a serem seguidoras de Jesus e a evidenciarem em suas atitudes esta experiência vital de conversão e transformação. Neste sentido, o desafio maior é ser instrumento nas mãos de Deus e sinalização do amor, da graça e da paz em outras vidas e por conseguinte edificação delas. Assim, à luz das considerações assinaladas neste artigo, pode-se refletir como é feita a gestão educacional na
Igreja local ou comunidade cristã. Há ações efetivas que promovem a educação cristã numa perspectiva integral e transformadora? Quais são? A Escola Dominical é valorizada na comunidade cristã e seu espaço é respeitado? Há o desenvolvimento de uma educação contextualizada e voltada para a abundância pautada na integralidade do ser do aluno ou meramente repetidora de conceitos? Há espaço para alterações, caso sejam elas necessárias? Que esta reflexão sirva ao menos para causar um despertamento e/ou uma reflexão condizente com a realidade na qual você está inserido. Você também é um agente de transformação para uma educação religiosa em abundância! n
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REFLEXÃO
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Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
Como esperar em silêncio
Os milagres de Jesus Davi Nogueira
pastor, colaborador de OJB
Segundo a tradição dos Evangelhos, Jesus realizou 35 milagres em seu ministério terreno. Obviamente fez muito mais do que isso, pois muito dos seus feitos não foram documentados. O milagre é a realização de uma dádiva divina diante da completa impossibilidade humana. Na minha opinião,
os milagres continuam. Jesus opera na vida dos que sofrem, dos doentes, dos que tem os mais variados problemas. Jesus Se compadece e estende Sua mão para perdoar, para curar, para salvar. Se você carece de um milagre clame ao Senhor. O que Ele fez em Seu ministério terreno continua realizando na atualidade. Cristo deseja que você tenha uma experiência com Ele. Jesus é amoroso e especialista em cuidar de
“Bom é ter esperança, e aguardar de um atleta, com a intenção de fazer em silêncio a salvação do SENHOR” dele um campeão, o natural é vê-lo se(Lm 3.26). lecionar o treinamento mais rigoroso possível, sem exceder seus limites Uma das formas do “esperar em naturais de ação e de reação. silêncio”, que a Bíblia nos recomenPaulo nos ensina que “o Espírito da, pode ser “aceitar sem discutir” de Deus vem nos ajudar na nossa (Lamentações 3.26). Esta é uma das fraqueza… pois sabemos que todas revelações que encontramos, quan- as coisas trabalham juntas para o do lemos o livro de Jó, no meio das bem daqueles que amam a Deus, daprovações que sofreu: “Nasci nu, sem queles que Ele chamou, de acordo nada, e sem nada vou morrer. O Se- com o Seu plano” (Rm 8.28). Por isso nhor deu e o Senhor tirou: louvado tudo, é bom viver fortalecidos pela seja o Seu Nome” (Jó 1.21). forte declaração de poder que Jesus Quando um competente técnico Cristo nos faz: “Eu venci o mundo” desportivo se dedica na preparação (João 16.33). vidas. Pessoas que precisam de cuidados, curas, libertações, transformações Cristo é capaz de transformar comple-
tamente a vida dessas pessoas. Creia! Confie no Senhor. Clame! E o seu milagre vai chegar. n
si mesmo”, diz: “Procuramos o vizinho porque estamos em busca de nós mesmos”. Em seu outro livro, “Aconselhamento Psicológico”, confessa: “Nunca atendi um cliente meu com o qual não me identificasse pelo menos em alguma coisa”. 3. CONSIDERAR O PRODUTO. Calyle dizia: “Todas as ações do homem revelam a sua natureza”. E as intenções também, pois facilitar uma boa ou má ação implica em cumplicidade. O produto como indicador da personalidade é o ensino de Jesus em
Lucas 6.44: “Pelo fruto se conhece a árvore”. Quem quiser iniciar-se e desenvolver-se na arte de se conhecer, além dessas e outras atitudes, acima de tudo precisa reconhecer sua dependência da sabedoria de Deus, para falar com Ele assim: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; e vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23-24). Processo com ponto de partida, mas sem termo de jornada. n
Autoconhecimento Oswaldo Mancebo Reis
pastor, colaborador de OJB
O “conhece-te a ti mesmo”, da antiga filosofia grega, tem a sua melhor correspondência na teologia cristã do apóstolo Paulo: “Examine-se a si mesmo” (I Coríntios 11.28). Quem não se conhece está duplamente enganado: vê em si mesmo a pessoa que não existe - imaginária, irreal, fictícia; e deixa de ver-se como realmente é. Teoricamente engana-se duas vezes, mas, na prática, engana-se e engana outros muitas ve-
zes. Vai daí o valor de algumas atitudes para conhecimento próprio: 1. QUERER. Quero confrontar-me com a minha própria identidade ou sou como Jacó? Jacó era Jacó, mas queria ser Esaú. Não queria ser o que era, mas o que não era. Exímio na arte de fingir e fugir. Fingia ser o que não era, tentando fugir do que era. Tentativa inútil de fugir de Deus, que sabia quem ele era. 2. OBSERVAR O OUTRO. Há muito de mim em você e muito de você em mim. Todos temos um pouco de todos. Rollo May, em “O homem à procura de
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Entrelinhas diretas Hugo Pereira Sampaio
pastor de juventude da Primeira Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim - ES
Seríamos mais felizes se “ela” de fato fosse mais presente em nossas vidas; teríamos mais força para enfrentar os nossos desafios se ela fosse tão praticada quanto os exercícios que fazemos nas academias; viveríamos mais sóbrios diante das nossas emoções (principalmente neste tempo) se estivéssemos imersos nela. Seríamos melhores em tudo se acreditássemos que a Palavra de Deus tem poder de nos fazer estes bens, quanto a qualquer outro que fosse listar. A geração consumista não consegue enxergar a beleza das transformações que o Evangelho faz na vida das pessoas. Estamos ocupados demais em consumir soluções para os nossos caprichos e, por vezes, esquecemos que a solução deles pode estar a poucos palmos de distância dos nossos olhos (mas parece que somos especialistas em “sofrência”). A geração
“neonarcisista” até usa textos bíblicos em suas postagens nas redes sociais, mas, na verdade, está apenas tentando chamar atenção para si próprios, sem sequer entender a profundidade que o texto bíblico se propõe. O importante é “lacrar na internet!” Temos visto o quanto isso nos afetou efetivamente, não só a juventude. No contexto de pandemia, de limitações, das perdas, da reclusão, ansiedade e da própria doença em si, potencializou tudo que estava “incubado” dentro de nós, trazendo mais enfermidade para nossas relações, sejam elas interpessoais ou com Deus. A nossa forma egoísta de ver o mundo teve que ser contrastada com a necessidade de se pensar no outro, na vida e em Deus de uma hora para outra e mais profundamente. Por isso, feliz (ou bem-aventurado) quem estava à frente do seu tempo tendo a Palavra de Deus como escudo, proteção, caminho e salvação neste momento complexo. A geração que “sabe tudo”, na verdade sabe de forma “líquida”, sua
sabedoria é fluida demais. Não tem paciência de aprender e conviver. Não tem vontade de se aprofundar e ver as belezas que a narrativa bíblica traz e as transformações que faz em nossas vidas. Mas, para que estudar se posso pesquisar na web e ter as respostas que preciso? Porém, lembre-se: a rede nunca será capaz de trazer para sua vida a profundidade que só uma relação com o Eterno é capaz de trazer. A maneira displicente e relaxada que temos vivido em relação a Deus só nos faz distanciar da compreensão da magnitude “dEle” em nossa vida. Quando eu paro de aprender sobre Deus, menos Ele terá poder diante dos meus desafios. Porque quanto mais distante estou dEle, menor Ele parece ser. E é justamente o que tentam fazer com a gente ao compará-lo à ciência ou coisa do tipo. Quem ama a Deus, naturalmente deseja viver e aprender dEle todos os dias, não mede esforços para retribuir esse amor. Quem ama a Deus vê no próximo a maior possibilidade de demonstrar
o seu amor. Quem ama a Deus passa por tantos problemas quanto quem não ama; às vezes vivem até mais. Mas quem ama a Deus vive o descanso, a serenidade, a alegria de poder chamá-lo de amigo e ter a chance de ser abençoado todos os dias com uma paz que é difícil explicar. Por isso, perde quem não O conhece, quem O desmerece, quem O escarnece. Perde quem não tem interesse e não se abre a conhecê-lO. Perde quem só O vê através da lente da religião e quem ainda “O” mistura com toda essa invenção humana chamada política. Saia da zona de perdas, encontre-se, restabeleça sua identidade, abra mão das suas vontades e entregue-se incondicionalmente a quem pode: responder suas perguntas, te dar uma identidade; transformar seu caráter; dar um sentido a sua história; te entregar um ministério; enxugar as suas lágrimas; te conduzir pelos vales tenebrosos; te carregar no colo; e te trazer a felicidade! Tudo isso vai passar. Amém! n
Justiça Social, um suspiro pela vida Rubin Slobodticov
pastor, colaborador de OJB
Dia 20 de fevereiro é marcado como o Dia Mundial da Justiça Social. Ele lembra as desigualdades sociais. Para isso, a construção moral e política pode amenizar e arrancar seus efeitos. O princípio da justiça social defende que todos têm direitos e deveres iguais em todos os aspectos da vida. Os direitos básicos, deferidos por uma Constituição, como a saúde, a educação, a justiça, o trabalho e todas as manifestações culturais são bandeiras da justiça social que devem ser garantidas. No Dia Mundial da Justiça Social, todas as ações voltadas para as desigualdades sociais são repensadas para a solução de problemas, porque ela se baseia no compromisso de buscar meios para tratar, de modo inteligente, as diferenças no mercado de trabalho e nas próprias desigualdades estratificadas. O Estado tem o dever de suavizar as diferenças socioculturais existentes, ora também agravadas por várias ideologias. Na vigência da igualdade
de direitos e na solidariedade é que a justiça social pode construir uma moral e política capazes de edificar um poder socioeconômico mais satisfatório. Disso emerge o conceito de Justiça Social como sendo a busca incessante do equilíbrio entre partes desiguais sustentada pela proteção em benefício dos menos favorecidos. Desde a antiguidade grupos sociais, como famílias, tinham o dever de ajudar e salvar pessoas do desequilíbrio social e econômico. A justiça social se equipara com ações que salvam. Foi o que Moisés determinou para preservar o seu povo quando na iminência da morte, ao determinar que sangue de animais deveria ser espargido nos umbrais das portas de suas casas: “aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx. 12.13). A obediência a determinações oficiais pode livrar uma nação das injustiças sociais. O líder Moisés reverberou: “São estas as palavras que falarás aos
filhos de Israel. Vós me sereis um reino sacerdotal, uma nação santa” (Êx. 19.56). Aquele povo especial estaria diante de privilégios que deveriam abençoar as nações, inclusive. Pedro, apóstolo, reafirmaria: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas agora sois povo especial para proclamardes as grandezas daquele que vos convocou das trevas para sua maravilhosa luz” (I Pe 2. 9 e Êx 19.6). Israel fora constituído como “nação especial” (Isaías 43.4). A justiça social destaca sua gente pela honra e amor prático pelo próximo (Isaías 43.4; 62. 12). Debaixo da graça divina, Pedro ensinou práticas distintivas de um povo que se dedica à justiça social, e tudo começa pela conversão, desta forma: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos
filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.38-47). O povo de Deus está marcado pelo ideal e prática da justiça social, a começar dentro de sua própria fraternidade. n
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O JORNAL BATISTA Domingo, 20/02/22 VIDA EM FAMÍLIA
Drogas - A melhor prevenção ainda é a família Não adianta negar: uma qualidade de vida familiar é um dos fortes fatores que dita o comportamento futuro do jovem em relação às drogas. Estudos realizados pela Universidade de Michigan, nos EUA, com 70 mil jovens e 23 mil pais, apontam para a importância da família na questão da prevenção às drogas. Segundo os estudos, quais são as atitudes, dentro do cotidiano familiar, que devem ser valorizadas e que ajudarão os jovens a se distanciarem das drogas? Convivência Pais que valorizam a convivência estão imunizando os filhos contra as drogas. Convivência significa participar da vida dos filhos. Isso inclui passeios, competições esportivas e culturais, às vezes um lanche com cada um dos filhos. A convivência reforça as relações familiares. Agregação É importante que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. “Pertencer a uma família”, esse deve ser
o sentimento que os filhos devem ter para que sejam menos vulneráveis às influências negativas.
Participação
ou do álcool têm mais chances de ver os filhos longe das drogas.
Pais que valorizam a participação Valores dos filhos nas decisões estão inoculando importantes antídotos contra as Diálogo Pais que estimulam os valores esdrogas. Atitude como essa faz com que Famílias onde o diálogo é valori- os filhos sintam que são valorizados pirituais e morais em contraposição zado, onde a conversa informal so- em suas opiniões e pontos de vista. aos valores materiais estão dando uma bre qualquer tema é uma rotina na forte base para que os filhos não sejam relação pais e filhos, têm muito mais Limites dependentes de drogas. chance de ver os filhos longe das drogas. Stephen R. Covey afirma: “Ser pai/ Modelo mãe não significa ser popular e ceder aos caprichos e vontades dos filhos’. Os pais devem estar atentos para que Informação Filhos criados com limites são filhos sejam modelos positivos para os seus filhos. Queiramos ou não, somos modelos Pais que conversam com os filhos felizes e realizados. sobre drogas, que falam de maneira para os filhos. A grande questão é se esamiga e sincera sobre os efeitos e Autonomia tamos sendo modelos de amor, respeito, riscos do uso de drogas, estão dando aceitação, honestidade e confiança. Os pais devem incentivar, desde grandes passos para a vitória nessa “Um grama de prevenção vale um cedo, os seus filhos à autonomia, à ca- quilo de cura”. Benjamin Franklin n área. pacidade de tomar decisões e arcar com as responsabilidades dos seus atos. Afeto Gilson Bifano Diretor do Ministério OIKOS. Exemplo Abraços, beijos, palavras de elogio Escritor, palestrante na área de e incentivo nunca são demais numa casamento, paternidade e de Ensinar por meio do exemplo é relação familiar. Essas atitudes são ministério com famílias. depósitos importantes que estamos muito mais eficaz e duradouro do que Instagram: @gilsonbifano efetuando na Conta Bancária Emocio- ensinar por preceito. Isso significa que Facebook: Facebook.com/gilson.bifano os pais que não fazem uso do cigarro nal dos nossos filhos. YouTube: GILSON BIFANO
Água e Vida - Água Viva Senhorinha Gervásio
educadora cristã (extraído do site da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil)
“Jesus lhe respondeu: Se conhecesses o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me um pouco de água, tu lhe pedirias e ele te daria água viva” (Jo 4.10). Nasci e vivi até os 12 anos em um sítio, no interior de Minas Gerais, chamado “Fazenda beija-flor”. O terreno é cortado por um rio, com águas tranquilas de uma extremidade à outra das divisas marcadas por duas cachoeiras. Da cachoeira da parte de cima saía um rego d’água feito especialmente para serventia da casa que fora construída em uma das colinas abaixo. As águas corriam em seu leito cavado entre as árvores da capoeira, uma espécie de matinha, e em todo o seu percurso trazia as folhas que nelas caíam. A certa altura, bem perto da casa, o rego se dividia em dois, um que descia o morro e outro que continuava seu caminho até o terreiro da casa, seguindo por uma valeta estreita que ia dar na bica d’água, lugar de minha preferência, pela beleza do seu caimento constante, pela areia no
fundo do pocinho formado no chão, pelo barulho da água cantante dia e noite e pelas plantas que nasciam ao seu redor. As águas que desciam o morro passavam por um rego cimentado que também se dividia em dois, um para o moinho de pedra e o monjolo, que funcionavam durante o dia, e outro para a usina elétrica que funcionava à noite, alimentando com energia as lâmpadas e o rádio, em cujo entorno se sentavam os que gostavam de futebol e notícias. As águas que íam para a usina caíam em um reservatório com duas grades de arame, uma bem no meio dele, ocupando as duas extremidades e, a outra bem pequena, saída para um cano que dava direto para o gerador da usina. Uma das minhas obrigações de criança era retirar as folhas, várias vezes durante o dia, que desciam no rego e agarravam na grade do moinho, porque a grade da usina só podia ser limpa por adultos, dado à dificuldade, ao horário noturno e ao perigo de queda no reservatório. Eu era fascinada pelas águas, do rio, do rego da matinha, mas, principalmente, por aquelas que eu tinha contato direto ao limpar a grade. Dado o declive do terreno, a velocidade das águas era suficiente para me levar,
se por acaso eu caísse dentro do rego. Eu sabia que era perigoso. Mas o incrível é que eu sonhava com o dia em que, crescida pudesse limpar, também, a grade do reservatório da usina. Todos sabemos que a água foi e é vida em qualquer época e lugar. Independente da minha fascinação, era a vida da fazenda. A casa só foi construída no lugar em que foi, porque a água podia ir até lá. Podia tocar o moinho, o monjolo, a usina, saciar a sede dos humanos e animais e continuava descendo a colina até alcançar o rio novamente. Um rio de águas claras e frias, que na sua parte mais rasa e larga, onde era a passagem do gado e dos cavaleiros, chamada “porto”, eu atravessava para pegar o cavalo Pampinha do outro lado. É claro que eu podia atravessar pela pinguela, porém não perdia nenhuma oportunidade de passar a pé no porto, sentindo na pele a água fria. O texto de João 4 narra a história de uma mulher moradora da cidade de Sicar, na região da Samaria. Uma mulher que tal como todos os seres humanos dependia da água para viver. Só que, em vez ter a água correndo até sua casa, em um rego ou cano, ela é que tinha de ir, diariamente, até ao poço buscá-la para matar
sua sede e para os afazeres domésticos. Num dado dia, ao chegar ao poço, que a Bíblia relata ter sido cavado pelo patriarca Jacó centenas de anos antes, ela encontrou, sentado em sua beirada, um homem judeu que lhe pediu um pouco d’água para beber. Como samaritana, a mulher demonstrou surpresa ao ser interpelada por ele devido às questões socioculturais - primeiro por ser homem e não ser costumeiro um homem e uma mulher conversarem em público, segundo: por ser judeu, o que também não era costume uma boa conversa entre judeus e samaritanos. Apesar desses dois motivos que poderiam impedir uma conversa, o diálogo entre eles continuou, sem reservas, sem preconceito, porque sua sede era muita e vontade de Jesus em dar-lhe a água da vida era maior ainda. À beira do poço, homem e mulher, judeu e samaritana, conversaram sobre História e Teologia, sobre água que mata a sede corpo e a sede da alma. Uma conversa de salvação que se estendeu aos outros moradores de Sicar, porque quando alguém conhece Aquele que tem a água da vida, rios correm de seu interior e transformam desertos em pradarias verdejantes. n
MISSÕES NACIONAIS
O JORNAL BATISTA Domingo, 20/02/22
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Projeto em Afuá abençoa comunidade surda da região
Pr. Júnior Duarte e Chris Silveira missionários Adaptação: Redação de Missões Nacionais
No mês de dezembro, realizamos a Campanha do Natal Solidário e alcançamos um resultado surpreendente devido ao apoio de nossos parceiros e parceiras. O nosso alvo inicialmente era
de 50 cestas, chegamos no primeiro momento em 72 cestas, mas com a oferta de alguns irmãos que ofertaram posteriormente, alcançamos o número final de 80 cestas. Louvamos a Deus pela vida de cada um que nos ajudou nesta ação. Sabemos que a situação financeira não está fácil, mas o Senhor retribuirá a generosidade de cada oferta recebida segundo o seu querer.
Estivemos com nossas programações pontuais durante o mês de dezembro, que são: as atividades com as crianças, aulas de libras para crianças e adolescentes surdos e ouvintes, discipulado, visitas e aulas de artesanato. Fizemos uma breve interrupção devido as festividades de final de ano e viagem da maioria dos surdos para o interior, o que impossibilita a continuidade do trabalho de um modo efetivo. Estamos retornando às nossas atividades na segunda quinzena de janeiro. As aulas de libras para crianças e adolescentes surdos, o discipulado e o culto aos domingos. Queremos agradecer a cada parceiro, irmão e irmã que nos
apoiou no ano de 2021, possibilitando nossa permanência neste campo. Sem a sua contribuição ou mesmo a sua oferta, não seria possível realizarmos a obra que o Senhor nos chamou. Queremos convidá-los a permanecer conosco neste ano de 2022, para que juntos possamos continuar semeando o evangelho neste lugar tão carente de salvação, em Afuá-PA. Que o Senhor esteja abençoando cada pessoa que se comprometeu e que durante o ano permaneceu fiel ao seu propósito. Que as portas sejam abertas e que o sustento nunca falte. Deus continue abençoando a sua vida e disponibilidade. n
Sola Scriptura única regra de fé e prática
8 a 10 de Março
Para mais informações, acesse:
www.seminariodosul.com.br
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 20/02/22
Convenção Batista Sul Maranhense realiza 8ª Assembleia Deliberativa na cidade de Amarante “Busquemos paz com misericórdia” foi o tema da 8ª Assembleia da CONBASMA. Gestão de Comunicação da Convenção Batista Sul Maranhense Foi realizada nos dias 28, 29 e 30 de janeiro de 2022, na Primeira Igreja Batista em Amarante do Maranhão, a 8ª Assembleia Deliberativa da Convenção Batista Sul Maranhense (CONBASMA), que este ano teve como tema “Busquemos a paz com misericórdia”, e texto base Efésios 4:32. O evento reuniu mais de 100 convencionais durante os três dias. Certamente foram dias que ficarão guardados na memória e no coração dos que prestigiaram aquele evento. Na sexta-feira (28) iniciamos a programação com o Hino Nacional, e logo após tivemos a participação da cantora Arlete Sales cantando o hino de Amarante-MA; para ministrar a palavra, o pastor Sandro Silva da Segunda Igreja Batista de Açailândia-MA. No sábado, (29) pela manhã, a mensagem ficou por conta do pastor Eliseu Andrade, da Primeira Igreja Batista de Centro Novo. À tarde, os convencionais tiveram a oportunidade de participar da reforma do Estatuto e Regimento Interno da CONBASMA, e eleger a nova diretoria da Ordem dos Pastores - Seção Sul Maranhense. Foi eleito como presidente o pastor Orlando Dias Jorge, da Igreja Batista Manancial. Na mesma
Primeira vice-Presidente: Cláudia Barbosa V. Theodoro (Primeira Igreja Batista de Imperatriz); Segundo vice-presidente: pastor Kadiniel Lourenço (Igreja Batista Boas Novas); Primeira secretária: Eunice Lopes de Almeida (Igreja Batista da Mangueira); Segundo secretário: pastor Arasig Carneiro Morais (Igreja Batista em Sítio Novo); Momento do Hino Nacional Brasileiro Terceira secretária: Cleitiane Lima de Menezes Sousa (Igreja Batista em No domingo (30) pela manhã, a men- Campestre) tarde, também foi eleita a nova diretoria da CONBASMA para o biênio de sagem ficou por conta do pastor Antonio 2022/2024, que teve como novo presi- José da Primeira Igreja Batista em EsDiretoria da Ordem dos dente o pastor Sandro Silva da Segunda treito-MA e, antes de encerrar a prograPastores Batistas do Brasil/ mação, tomaram posse os respectivos Igreja Batista de Açailândia-MA. Seção Sul Maranhense Na parte da noite prestigiamos um líderes, tanto da atual diretoria da CONmomento muito especial, a Noite Mis- BASMA, como da Ordem dos Pastores Presidente: pastor Orlando Dias Jorge sionária, na qual os alunos e ex-alunos Batistas Seção Sul maranhense. (Igreja Batista Manancial); Foram três dias de muito louvor e Primeiro vice-presidente: pastor Felix do Seminário Teológico Batista Sul Maranhense se reuniram para orar pelos adoração ao nosso Deus, comunhão e Alves de Moura (Congregação Batista novos vocacionados e clamar ao Se- aprendizado. Que o nosso bom Deus Liberdade); nhor por despertamento. No decorrer continue abençoando esta convenção, Segundo vice-presidente: pastor Sósda programação, também tivemos a e que pela graça e misericórdia do Se- tenes Diogo da Silva Santos (Primeira participação da cantora Aldaisa Suellin nhor, nós continuemos a buscar paz Igreja Batista em Porto Franco); e do coral da União Feminina Missioná- com misericórdia. Primeiro secretário: pastor Uedel Faria Batusta Sul Maranhense (UFMBSM), rias (Segunda Igreja Batista de Impeque cantaram lindos louvores ao nosso Diretoria da CONBASMA 2022-2024 ratriz); Deus, e a ministração da palavra ficou Segundo secretário: pastor Ivanilson a cargo do pastor Ivanilson Lopes, da Presidente: pastor José Sandro Silva Sou- Lopes de Araújo (Igreja Batista MemoIgreja Batista Memorial de Carolina-MA. za (Segunda Igreja Batista em Açailândia); rial de Carolina) n
Congregação Batista Monte Moriá, em Lima Duarte - MG, celebra quatro anos Igreja em volta Redonda-RJ é a “mãe” da Congregação.
Silvio Alexandre
pastor da Congregação Batista Monte Moriá, em Lima Duarte - MG
Essa data tão importante para a história da Congregação foi comemorada nos dias 05 e 06 de fevereiro de 2022, com dois maravilhosos cultos de louvor e adoração, onde foram ministradas excelentes mensagens vindas do Senhor. Com a inspiração do Espírito Santo de Deus, o tema deste ano foi: “A Família de Deus”, com a divisa: “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Ef 2.19). Neste ano, em meio à comemoração pelos quatro anos de existência, pôde ser observado que mesmo nesse cenário pandêmico que ainda estamos passando, muito o Senhor tem realizado por meio da vida da Congregação, e também que muito ainda há de ser feito. No sábado, dia 05, houve o culto cantado, com os irmãos da música,
Congregação tem experimentado um crescimento neste período e no culto de domingo à noite, dia 06, o pastor da Congregação Silvio Alexandre, pregou sobre a importância de fazermos parte da família de Deus, através de Cristo Jesus. Tivemos também neste dia, seis irmãos que professaram sua fé publicamente, passando pelas águas do Batismo e finalizando o Culto com a Ceia do Senhor. Toda honra e toda glória sejam dadas ao Soberano Senhor, e que Ele
possa continuar abençoando esta obra, concedendo graça e misericórdia para que ela continue em pleno andamento e que muito em breve possa ser organizada como Igreja do Senhor Jesus. Histórico Em 03 de fevereiro de 2018, dava-se início a uma agência do Reino de Deus na cidade de Lima Duarte-MG,
denominada no início de Missão Batista em Lima Duarte-MG. O pastor Idair de Souza, sua esposa Irmã Geny (In memoriam) que vieram do Rio de Janeiro-RJ e alguns irmãos da cidade de Lima Duarte, movidos pelo Espírito Santo a cumprir este chamado, inauguraram nesse dia esta importante obra. Ainda neste mesmo ano de 2018, a Igreja Batista Monte Moriá em Volta Redonda-RJ, na pessoa de seu pastor presidente, Celson de Paula Vargas, consciente da principal missão nesse mundo, que é a evangelização do pecador, tendo sido levado pelo Espirito Santo, mesmo a uma distância de 165 km, a assumiu a responsabilidade sobre esta obra. Sendo de imediato aprovado tanto pelos irmãos de Volta Redonda com também os irmãos de Lima Duarte. A Missão Batista passou a chamar Congregação Batista Monte Moriá em Lima Duarte-MG, com o compromisso único de proclamar a verdadeira Palavra de Deus nesta localidade e onde mais o Senhor enviar. n
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Convenção Batista Pioneira promove 1ª Colônia de Férias Trabalho é fruto da parceria de Igrejas e instituições da Convenção.
Igrejas, Instituições e voluntários colaboraram para que a programação acontecesse Josemar Valdir Modes
pastor de crianças na Primeira Igreja Batista em Ijuí - RS
“A união faz a força”, uma expressão que conhecemos bem, que esteve no tema da Colônia e faz todo o sentido para o trabalho proposto. A primeira Colônia de Férias na cidade de Ijuí-RS foi fruto de trabalho conjunto: a Primeira Igreja Batista em Ijuí, a Igreja Batista Pioneira Esperança, o Lar da Criança Henrique Liebich, o Núcleo Social de Ijuí e o
CAIS - Centro de Atendimento Integral ao Surdo, todas estas instituições da Convenção Batista Pioneira trabalhando juntas para abençoar a vida de 200 crianças. O evento aconteceu entre os dias 18 e 22 de janeiro, com atividades na parte da tarde, para crianças de cinco a 12 anos, culminando em dois cultos de encerramento nas Igrejas promotoras, com a presença dos pais, no dia 23 de janeiro. Neste projeto conseguimos levantar recursos para abençoar a vida de 50 crianças do
Núcleo Social de Ijuí-RS, que participaram sem gastar um centavo. Todos foram uniformizados e as distinções de Igrejas, instituições ou classes sociais desapareceram no colorido das tardes. Todas estas crianças unidas aos mais de 80 voluntários, passaram dias especiais de estudo, contato, diversão e convívio. O tema da Colônia de Férias foi “Liga da Justiça: unidos para salvar o mundo”. Constatamos mais uma vez que juntos podemos fazer mais e melhor! Foi muito bom servir a Deus
através deste trabalho social de pregação da Palavra e de entretenimento saudável para crianças no período das férias. Louvamos a Deus por essa iniciativa conjunta, pelos diversos patrocinadores e cada pessoa que serviu com seus dons na semana mais quente do ano, em meio a um período de preocupação com a pandemia. Todos são super-heróis em busca do que Provérbios 22.6 nos diz: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele”. n
Centro de Educação Teológica Batista do Estado do Espírito Santo realiza aula inaugural Solenidade teve a presença de vários alunos, amigos e colaboradores.
Aula inaugural do Centro de Educação Teológica Batista do Estado do Espírito Santo deu ênfase ao fortalecimento do ensino nas Igrejas Redes sociais da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo No dia 07 de fevereiro, na Igreja Batista da Praia do Suá, em Vitória-ES, o Centro de Educação Teológica Batista do Estado do Espírito Santo (CETEBES) realizou a Aula Inaugural no campus Vitória, com a presença de vários alunos, amigos e colaboradores. O pregador da ocasião foi o pastor Mãnu Mezabarba, da Igreja Batista
em Guaranhuns, que falou sobre “A importância da Teologia para uma espiritualidade saudável”, destacando que diante da superficialidade e fragilidade teológica, tão presentes nos dias atuais, não há melhor solução do que começar pela base! Isto é, precisamos, urgentemente, trazer a formação teológica de volta para as Igrejas, pois nunca deveria ter saído delas. “O Seminário existe porque a EBD falhou!”, disse o pastor. Segun-
do o pastor Mãnu, a Escola Bíblica Dominical cometeu três falhas: deixou de ser escola, deixou de ser bíblica e ficou presa ao domingo. Sobre o CETEBES O CETEBES é uma instituição mantida com recursos do Plano Cooperativo dos Batistas do Espírito Santo. Sua missão é preparar pessoas de forma eficaz, comprometida e contextualiza-
da para servirem como líderes e ministros na área pastoral, música sacra e educação cristã. Tem a visão de ser a melhor instituição de formação nas áreas citadas e seus valores são os seguintes: Servir a Cristo e ao próximo; buscar unidade teológica e denominacional; formar líderes comprometidos e contextualizados; preparar ministros para servir às Igrejas e a denominação; primar pela excelência na construção do conhecimento. n
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MISSÕES MUNDIAIS
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Amor e compaixão em ação Sarah Marques
missionária no Oriente Médio
No trabalho de cuidado de crianças com necessidades especiais, do qual temos feito parte desde 2020, estamos testemunhando o mover de Deus de uma forma maravilhosa! Conhecemos pais que lutavam com todas as suas forças para ajudar seus filhos, mas, infelizmente, sem sucesso. Isto porque desconheciam a causa da doença e, assim, não tinham condição de oferecer o tratamento correto. Em nossa região, não se faz o Teste do Pezinho como rotina nos recém-nascidos e, por isso, crianças com doenças que poderiam ser tratadas, evitando problemas graves, acabam desenvolvendo enfermidades que mais tarde as impedem de falar, andar, aprender, enfim, de ter uma vida normal. Através de visitas familiares, descobrimos crianças com necessidades especiais, sem nenhum diagnóstico específico para a causa da doença. Levando as crianças para fazer um exame de sangue foi descoberto que várias pos-
suem uma condição genética que causa a doença chamada fenilcetonúria, além de outras doenças metabólicas. A partir de então, buscamos ajuda para saber como estas crianças deveriam ser cuidadas, que tipo de dieta devem fazer, que tipo de medicamento precisam, como ajudá-las a se desenvolver, como ajudar seus pais a atendê-las e muito mais.
Graças a Deus, temos recebido orientação de alguns profissionais especializados em doenças metabólicas, ainda que pelo WhatsApp. O governo local tem reconhecido o nosso trabalho e nos dado permissão para ir em busca destas crianças e lhes oferecer ajuda. Vemos o amor e a compaixão de Deus por estas crianças e por este povo. Pessoas alcançadas pela com-
paixão do Senhor mostram compaixão para com outras pessoas. É isso o que estamos testemunhando! Temos conhecido famílias que, por descobrirem que há esperança para seus filhos, fazem questão de ajudar outras crianças com enfermidades semelhantes. Fazem questão de que estas outras famílias também encontrem esperança. Além disso, temos nos tornado mais próximos de algumas famílias que têm nos convidado para estar com elas para uma refeição, passear nas montanhas, passar o dia juntos. Elas nos dão a oportunidade, pouco a pouco, de caminharmos juntos no amor do nosso Pai. Agradecemos a Deus por Sua misericórdia! Pedimos oração para que o Teste do Pezinho se torne rotina aqui, a fim de que as crianças com necessidades especiais possam ser tratadas adequadamente e, sobretudo, para que este povo venha a conhecer o único Deus verdadeiro, digno de adoração, devoção, honra e glória! Obrigada, Senhor Jesus, pela Esperança. n
Acampamentos: sua inscrição pode salvar uma vida Maurício Bastos
gerente de Mobilização e Comunicação e Marketing
Alcançar vidas para Cristo é a razão de existir de Missões Mundiais. E as Igrejas têm sido nossas grandes aliadas nesta missão. Por isso, as amamos e cuidamos. E foi pensando em preservar você, promotor (a) e sua Igreja, que fomos levados a cancelar os Acampamentos de Promotores Voluntários. Entendemos ser esta a melhor atitude diante do crescente avanço da variante Ômicron do coronavírus. Mesmo que ocorram adaptações em nossa programação para a campanha “Viva a Compaixão”, acreditamos que o Senhor já tem a melhor estratégia para o cumprimento da missão a qual nos confiou e que, você, estará sempre ao nosso lado. Cremos que, mais uma vez, os irmãos e irmãs estarão segurando as cordas para que as ações de Missões Mundiais sigam avançando. Ações estas como o programa “Há Fome no Mundo”. A escassez de alimentos tem ceifado milhares de vidas todos os anos, abreviando as chances de muitos de conhecer o Plano de Salvação. Pior do que saber que crianças e adultos estão morrendo de fome, é saber que elas estão partindo sem acesso ao Pão da Vida. Através do Há Fome no Mundo,
pessoas de, pelo menos, sete países são alvos da compaixão dos Batistas brasileiros. Elas têm comida na mesa e o coração cheio do amor que sacia suas almas. Missões Mundiais dá agora a você, promotor (a), três opções para resgatar o valor da sua inscrição em um dos acampamentos; duas delas ajudarão a fazer a diferença na vida de quem é, ou ainda será, beneficiado pelo programa
Há Fome no Mundo. Escolha a que Deus colocar em seu coração: 1. Doar o valor da inscrição para o “Há Fome no Mundo” e receber uma camisa da campanha 2022 em sua casa; 2. Ter o estorno do valor parcial da inscrição, abatido de R$ 40,00, e receber uma camisa da campanha em sua casa; 3. Receber a devolução integral do valor da inscrição.
A T E N Ç Ã O: Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: promocao@ jmm.org.br. Dependendo da opção escolhida, informe o tamanho da sua camisa, endereço para envio e dados bancários (PIX ou conta e agência para transferência) para devolução integral ou parcial do valor da sua inscrição. Obrigado por fazer mais e melhor por missões. Viva a compaixão! n
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“Jamais imaginaria ser o presidente da Convenção Batista Brasileira” Durante entrevista na Rede 3.16, pastor Hilquias Paim disse que está consciente dos desafios na denominação. João Luiz
estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira (CBB)*
No dia 10 de fevereiro, às 08h, a Rede 3.16 entrevistou o pastor Hilquias Paim, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), eleito na 101a Assembleia em Vitória-ES. O programa “Nossa Pátria Brasil” destacou questões como a diversidade dos Batistas e os desafios na liderança da CBB. Durante a conversa, o público também enviou perguntas ao presidente. Durante uma hora de programa, o povo Batista teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o novo presidente. Pastor Hilquias expressou sua alegria em participar do programa e disse que a rádio 3.16 é uma ferramenta extraordinária dos Batistas. Logo no início da entrevista contou sua história de vida cristã e falou do seu primeiro e único ministério de 25 anos, na Primeira Igreja Batista em Lindóia-PR. O presidente da CBB lembrou das muitas vezes que percebeu o Senhor lhe chamar ao ministério pastoral, começando na Igreja Evangélica Batista em Casa Amarela, em Recife-PE. O pastor também relatou no programa a origem do seu nome. “Mas quando descobri que o nome Hilquias significa porção de Deus, aí comecei a perceber que Deus tinha um projeto desde o ventre da minha mãe”, disse. Sua jornada até a presidência da CBB foi de longo trabalho denominacional. Começou a servir na Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba, quando descobriu o dom de liderança. Após dois mandatos seguidos, alcançou a presidência da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - seção Paraná e a Convenção Batista Paranaense (CBP). O pastor disse que não estava no radar em ser o presidente da CBB. “Foi uma surpresa grande estar no 2° escrutínio; jamais imaginaria ser o presidente da
Convenção Batista Brasileira” disse o pastor Hilquias, ao falar do processo de eleição para a presidência da CBB. Ao falar da importância dos 150 anos dos Batistas no Brasil, ele vê a Convenção Batista Brasileira como uma história de orgulho para a nação brasileira. Pastor Hilquias disse que a sociedade, de forma geral, admira, valoriza os Batistas. Perguntado sobre os desafios na liderança da CBB, destacou a dificuldade de diálogo nos diferentes segmentos da sociedade. “Esse é o desafio da liderança Batista neste tempo: não nos acovardar, mas agirmos no poder de Deus, com amor e moderação”. Quando visitou a sede da CBB, no dia 04 de fevereiro (veja a edição de 13/02/2022), pastor Hilquias também conheceu a Junta de Missões Nacionais (JMN) e a Junta de Missões Mundiais (JMM). Na entrevista, destacou sua visita às organizações missionários e destacou o trabalho humanitá-
rio delas. O presidente expressou a relevância das frentes missionárias da CBB, como as maiores agências humanitárias do mundo. Ele disse que a CBB tem responsabilidade na proclamação do Evangelho. Ainda indagado sobre os desafios na denominação, pastor Hilquias pensa na comunicação. Disse que a comunicação ainda é lenta para a denominação e que as redes sociais são uma ferramenta importante para anunciar o Evangelho. Também pontuou a dificuldade de compartilhar o Evangelho nas mídias tradicionais. Falou, ainda, da dificuldade com aqueles que não vivem o Evangelho na prática. “Há um ateísmo prático. Dizem acreditar em Deus, mas, na prática, não tem transformação”. Questionado sobre a polarização política no país, colocou a unidade e tolerância como essenciais e que o poder do Espírito Santo une as pessoas. Convocou os Batistas brasileiros a refletirem sobre a política, de acordo
com a Palavra de Deus. Enfatizou a separação entre Igreja e Estado, e que as ideologias podem se tornar idolatria. Para ele, os evangélicos devem ter uma “ideologia cristã” e recomendou que as pessoas respeitem opiniões contrárias referentes a política. “A ideologia não é maior do que princípios do cristianismo”, expressou o presidente da CBB. No encerramento da entrevista, pastor Hilquias ressaltou o novo momento da Diretoria da CBB, destacando que na atual gestão, alguns nunca ingressaram nestes cargos. Ele desafiou cada membro da diretoria para estar em pleno diálogo, inclusive, para estarem na Rede 3.16 regularmente para falar com o povo Batista. “Vamos trabalhar, unidos e abundantes na obra do Senhor”, finalizou assim, o pastor Hilquias Paim. n *supervisionado por Estevão Júlio, jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira (CBB)
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Junta de Missões Nacionais promove Dia de Oração pela América Latina
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Programação acontecerá sempre na primeira segunda-feira de cada mês. João Luiz*
estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira
No dia 07 de fevereiro, a Junta de Missões Nacionais (JMN) organizou o primeiro Dia de Oração da América Latina, na Sala de Oração, programação transmitida nas redes da organização. Programação acontecerá sempre na primeira segunda-feira de cada mês. A abertura foi realizada pelo Coro da Igreja Batista Barro Preto-MG, com a música “Nós não estamos só”. O pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN, é também diretor de Evangelismo da União Batista Latino-Americana (UBLA) desde 2012. O gerente de comunicação da JMN, pastor Milton Monte, saudou a todos os participantes conectados na oração. Ao interagir com público nas redes sociais, disse que a sala de oração é mais do que um culto, é um ministério de intercessão. Através do fruto das intercessões de oração, Milton relatou o movimento de implantações de novas Igrejas pelo Brasil. Nos últimos meses, 11 Igrejas foram fundadas no estado do Rio Grande do Sul. O movimento de novas Igrejas, também é visto em outras nações. Ele
Missionários de diversas regiões participaram do tempo de oração relatou o testemunho de uma irmã, da Nicaragua, e os problemas políticos e econômicos da América Latina. Disse que o evangelho faz diferença e está acima destas questões abordadas. Durante sua reflexão, em Êxodo 12, ressaltou que o sangue de Cristo nos livra de todo mal. “O que impede a ação do anjo da morte é o sangue de Jesus em nossas vidas”. No momento seguinte, a irmã Maria Helena, missionária mobilizadora da JMN no Rio de Janeiro, ministrou uma
palavra de oração. No mesmo espírito, três irmãos, oraram para o crescimento das pequenas Igrejas, avivamento, formação de líderes e no despertamento das Igrejas em desafios a serem alcançados na América Latina. Num dos momentos de oração, pastor Milton Monte contou sobre uma viagem ao Peru, onde viu muitos adeptos do animismo, ideia de que todas as coisas, incluindo pessoas, animais, características geográficas, fenômenos naturais e objetos inanimados, pos-
suem um espírito que os conecta uns aos outros. Ele disse que lembrava das imagens que viu e destacou que muitos convertidos ainda são ligados à prática. No encerramento do encontro, pastor Milton fez um momento reflexivo com a leitura das estrofes do hino do cantor Cristão “Cristo Amado”. n *supervisionado por Estevão Júlio, jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira
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A liderança da mulher na Bíblia e o exemplo de Jesus
Danielle Viana
pedagoga, teóloga e escritora (extraído do site da Associação de Educadores Batistas do Brasil)
“A vida já havia cessado nos povoados; já havia cessado, até que eu, Débora, me levantei, até que me levantei como mãe em Israel” (Jz 5.7) Liderar é inspirar as pessoas, orientar e, mais ainda, desejar o crescimento dos liderados. LeRoy Eims, abre seu livro, “A formação de um líder”, com a seguinte pergunta: Quem está apto a liderar? (pg 15). Muitos poderiam dizer que Jesus não estava. Ele era filho de carpinteiro, veio de Nazaré e não estudou na melhor escola da época, contudo, tornou-se o maior Líder da história, impactando e transformando vidas até os dias de hoje. Se você percorrer a Bíblia toda, partindo do Antigo Testamento para o Novo, vai perceber o modo como ela registra as virtudes, homenageia e reconhece a mulher. Na Bíblia, a mulher tem papel importante em inúmeras narrativas, é portadora do selo da imagem de Deus, assim como o homem (Gênesis 1.27; 5.1-2; Gálatas 3.28). Uma frase de John MacArthur esclarece: “Em Provérbios, a sabedoria é personificada como mulher. A Igreja do Novo Testamento é igualmente representada por uma mulher, como a Noiva de Cristo” (2019, pg 6) (Efésios 5.25-27,32; Ap 19.7). Na vida social e religiosa de Israel, a mulher tinha participação nas festas e adoração, na organização familiar, na criação dos filhos, lhes dava os nomes (Gênesis 29.31- 30.24; I Samuel 1.20), entre outras atividades. A exemplo de Miriã, irmã de Moisés, profetisa e compositora; Eva, Sara, Joquebede, Ana, Ester e quantas outras poderíamos citar. Aqui, cabe lembrar que Deus levantou uma mulher para liderar sobre Israel antes da monarquia, Débora (Juízes 4.4), a juíza e profetisa de Israel. Poderíamos seguir até Apocalipse com muitos exemplos. Depois da liderança de Josué e a
conquista de Canaã, o povo de Israel passou por um período de instabilidade intensa, um ciclo vicioso caracterizado por apostasia e falta de arrependimento (Juízes 21.25), um período de guerras civis, declínio espiritual e moral das tribos. Um problema sério estava acontecendo, quando esses homens morreram, diz a Bíblia, que o povo deixou de contar aos seus filhos as maravilhas e milagres do Senhor e estes não O conheciam e adoraram a Baal e Astarote (Juízes 2.1). Deus levantava um líder, eles se arrependiam, eram perdoados e recebiam livramento vindo da parte de Deus, mas depois se perdiam em seus devaneios novamente. Quando se trata de liderança, não podemos considerar apenas estilos e técnicas. Liderança tem a ver com caráter. E Débora era essa mulher que se levanta para guiar Israel, “[…] até que eu, Débora, me levantei, até que me levantei como mãe em Israel” (Juízes 5.7). Mãe aqui, é uma palavra bem adequada, porque refere-se a uma mulher que tem profundo cuidado, um amor incomparável, que abraça, mas também repreende; ela é destemida, corajosa e sábia, observamos que seu nome faz referência a abelhas que são incansáveis, organizadas e imbatíveis. Pense comigo: Em que residia a autoridade da liderança de Débora? Posso destacar 3 pontos: 1. Ter disposição para fazer a vontade de Deus A Bíblia diz quem ela era: “Ora, quem julgava Israel naquela época era a profetisa Débora, mulher de Lapidote” (Jz 4.4). Ser mulher de Lapidote quer dizer que Débora tinha obrigações familiares, assim como eu e você, contudo, ela não punha desculpas na roupa para lavar ou na casa por limpar, “Ela se assentava debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim, e os israelitas iam a ela para que julgasse suas questões” (Jz 4.5). Ela estava disponível para fazer a vontade de Deus. Não importa se você é homem ou mulher, você precisa estar disponí-
vel. Ela era disciplinada, dispunha do seu tempo para cuidar das pessoas. Uma líder transmite confiança, inspira e promove a restauração. A reação que temos em algumas situações é que vai definir se realmente temos o caráter de Cristo e se aplicamos isso à nossa vida cotidiana na comunidade de fé. 2. Profetizar com coragem e sabedoria Talvez, ela se sentasse debaixo de uma palmeira entre Ramá e Betel, com o corpo bem cansado dos trabalhos domésticos, mas a alma sedenta para abençoar (v.5). Era sábia e paciente. A líder que profetiza transmite a palavra de Deus, aceita a sua missão, é bem-aventurada (Lucas 1.35). Só uma líder empoderada pelo Espírito Santo se juntaria à Baraque para subir e vencer. Contudo, por causa do medo dele: “Se fores comigo, irei; mas não irei se não fores”, ela respondeu: É certo que irei contigo, mas a honra desta expedição não será tua, pois o SENHOR entregará Sísera nas mãos de uma mulher”. Um líder não precisa desesperar as pessoas, ele deve ser tranquilizador, porém, firme, acreditar nas promessas divinas (Juízes 4.6-10). Aqui, o que percebemos é que Deus procura líderes corajosos e verdadeiros, independente do sexo. A reação de Débora sempre era positiva, ela sabia o Deus que servia, era líder com a mente e com o coração. Enfrentamos ainda em nossos dias sérias resistências quanto ao papel ministerial da mulher nas responsabilidades eclesiásticas, delegando às mesmas, “tarefas de mulher”, como se no serviço do Senhor o mandamento não fosse único: “ide por todo mundo, pregai o evangelho” (Marcos 16.15). O próprio Jesus incluiu as mulheres em todo Seu ministério (leia João 4 e João 8.1-11). Ele restaura a dignidade da mulher, conduz ao centro os excluídos e desarma os costumes que produzem morte em vez de vida. Será que em nossas comunidades de fé, as mulheres ficam em segundo plano nas ações de liderança, principalmente pastoral?
Deus escolheu Débora para liderar sobre Israel. Esse não é um discurso sobre igualdade de gênero, mas sobre a excelência da mulher, líder cristã, que reflete no seu caráter moral e espiritual diante de Deus e dos homens, o caráter de Cristo. 3. Precisa ser mediadora da paz (pacificadora) “Ó SENHOR, morram assim todos os teus inimigos! Entretanto, os que te amam sejam como o sol quando se levanta na sua força. E a terra teve sossego durante quarenta anos” (Jz 5.31). Conduzir um povo (a Igreja) ao caminho da paz, talvez seja o maior desafio das lideranças atualmente. Cada indivíduo movido por um egoísmo próprio, ou talvez, por uma vontade demasiada de conquistar um lugar ao sol, acaba se esquecendo do mandamento principal: “amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39). João completa, “quem não ama seu irmão não conhece a Deus por que Deus é amor” (I João 4.8). Como diz Débora, somente os que amam ao Senhor brilharão como sol em toda sua força. Jesus deixou bem claro que nosso valor não reside no cargo que ocupamos, a inquietação dele com os fariseus e saduceus era justamente porque pregavam algo que não viviam e desejam manter suas riquezas através daquela estrutura hierárquica e religiosa desigual. Jesus, o maior líder e maior educador da história, falava com autoridade (Mateus 7.29) porque vivia o que ensinava e sempre esteve cheio do Espírito Santo. Referências Bíblia Sagrada- ARA EIMS, LeRoy. A formação de um líder: princípios de liderança espiritual. Mundo Cristão: São Paulo, 1998. MAXWELL, Jonh C. O coração e a mente do líder. CPAD, Rio de Janeiro:2010. n
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Os pensamentos de Deus para nós Celson Vargas
pastor, colaborador de OJB
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jr 29.11). O texto consta na carta que Deus determinou ao profeta Jeremias enviar a exilados de Jerusalém para Babilônia, onde ficariam em regime de escravos por 70 anos. Possivelmente, os pensamentos deles fossem de que Deus estava sendo
muito rigoroso e, que, não haveria mais para eles nenhuma esperança. Então, ouviram de Deus que os pensamentos Dele para com eles eram de paz, e não de mal, e que o objetivo final dEle para eles, era dar-lhes o fim que desejavam. Quem sabe também nós, no contexto do mundo conturbado por violências, injustiças, mentiras, imoralidades e mortes que vivemos estejamos também nos ocupando com pensamentos semelhantes àqueles com referência a Deus. Por que o Senhor não age para colocar fim a essas coisas? Por que estou passando por isso nesse momento de minha vida? Se, porventura, esteja
isso acontecendo com você, te convido a ouvir e crer nessa palavra de Deus: Os Seus pensamentos são de paz e não de mal para você, e a vontade de Deus é te conceder o fim que desejas, desde que esses seus desejos sejam realmente bons para você, pois o Senhor jamais nos concede o que não vai ser inteiramente bom para nós. Estejamos certos de que muitas coisas que pedimos a Deus Ele não nos concede, porque não seria de todo bom para nós. Isso porque os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos, esses são corrompidos pelo pecado, e, portanto, muitas vezes ruins.
Entretanto, nossos pensamentos podem ser também semelhantes aos de Deus, mas, para isso, precisamos deixar que Ele nos liberte do pecado que nos corrompe, e isso ocorre a partir do momento que nós nos entregamos a Jesus para sermos por Ele justificados de nossos pecados e feitos novas criaturas à sua feitura. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé”; Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras,…” (Efésios 2. 7 e 10). Os pensamentos de Deus são os melhores para você. Creia nisso. n
O que fazer quando as coisas não são mais como antes? Sergio Dusilek
pastor da Igreja Batista Marapendi-RJ; presidente da Convenção Batista Carioca
A vida tem destas coisas. Uma hora, tudo coopera a favor: os ventos sopram para o nosso lado (seria esse o “lado certo” do vento?), as ideias vão tomando corpo… até que experimentamos uma espécie de ocaso. Perde-se o brilho, o fulgor inicial. As coisas já não dão tão certo assim como antes… o que fazer nessa hora? Em II Samuel 21 encontramos um momento sem brilho no reinado de Davi. Justamente quando ele reassentara no trono, quando os inimigos de dentro foram aplacados e os de fora estavam adormecidos (os filisteus ficaram três anos sem importunar os israelitas - 21.1,15), é que o reino sofreu um retrocesso. Quando tinha tudo para avançar, recuou. Foi um tempo de colheitas magras, de fome no meio do povo de Deus. O que fazer quando as coisas não andam mais como antes? Quero sugerir algumas lições para você refletir a partir do capítulo 21 de II Samuel.
passamos a ser visitados por nossas pendências (assuntos mal resolvidos ou não resolvidos). Pessoalmente penso que não somente a fome, mas as sedições que Davi enfrentou revelaram essa propensão para acumular dívidas/ pendências. As dívidas se transformam em dúvidas, em dificuldade à permanência. 3) Cuidado com os excessos (v.1c) - invariavelmente, nossas pendências são causadas pelos excessos. É quando respondemos ou demandamos da vida pelo “sangue”, sem refletir, simplesmente agindo. É assim com as compras; é assim com os relacionamentos. O melhor a fazer pode esperar uma boa reflexão: pare e pense.
4) Não crie problemas além do que já existe (v.7) - No acerto, Davi teve cuidado para, ao reparar um voto quebrado, não fazê-lo quebrando outro voto (com Jônatas). Há problemas que já possuem uma natural vocação para Hydra, o mito grego que duplicava a quantidade de cabeças decepadas. Lembre-se: para cada problema há uma forma de solução. Nem todos requerem 1) Reconheça as pendências (v.1) a “perda da cabeça”. - o tratamento só é possível quando 5) Faça uso da Graça de Deus (v.6encaramos a realidade. Quando buscamos entender onde erramos. Pare- 9) - Alguém feriu você? Não precisa ce que Davi ficou um tempo tentando enforcá-lo, nem o filho dele como fize“tapar o sol com a peneira”. ram os gibeonitas. Nós estamos sob a égide da Graça. Perdoe. Deixe Deus 2) Acerte as pendências (v.1,2) - Por tratar seu coração. Depois comunique vezes, a vida entra em descompasso, o tratamento ao seu “gibeonita” prefedeixa de fluir simplesmente porque rido. Uma conversa de coração tratado
sempre será abençoadora, por mais que o outro lado não esteja na mesma “vibe” da Graça que você. 6) Espere em Deus (v.14) - O que cabia a Israel fazer foi feito. Reparação
com os Gibeonitas; novo plantio. Mas o término da fome, só com Deus. Faça a sua parte e deixe o Senhor fazer a dEle. Que Deus abençoe sua vida. n
CONVITE AOS PASTORES
A PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO RIO DE JANEIRO Convida os pastores para participarem do Concílio em 04.03.2022, às 19 horas, em sua sede à rua Frei Caneca, 525, Estácio, RJ, que examinará o irmão ALVARO RAMON RAMOS OLIVEIRA, com formação ministerial pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, visando sua consagração ao Ministério Pastoral. Se aprovado, será consagrado no culto do dia 13/03/2022, às 10 horas e servirá como Ministro de Adolescentes e Jovens da PIBRJ. Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2022. Pr. João Soares da Fonseca Pastor Presidente