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Não dá para ficarmos enxugando louça
valiosíssimo o tempo para desenvolvermos atividades terapêuticas, curativas com os que mais precisam. Para conversarmos coisas que trazem edificação mútua. Praticarmos o voluntariado. Ocuparmos o nosso tempo com a leitura meditativa das Escrituras, a oração e o compartilhamento do Evangelho de Cristo (Atos 4.19,20). Invistamos o nosso tempo na convivência com a família, com os que passam necessidades, os enfermos e os angustiados de alma. Deus nos chamou para sermos servos-facilitadores.
Sendo o tempo curto e precioso, que o aproveitemos na perspectiva da gratidão ao Senhor (I Tessalonicenses 5.18). A gratidão é a expressão da alma satisfeita em Deus (Filipenses 4.10-20). Aproveitemos muito bem o nosso tempo para crescermos na gra- ça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (II Pedro 3.18).
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Vivamos um dia de cada vez como Jesus ensinou, sem ansiedade. Olhemos para os lírios do campo, para as aves do céu e cada detalhe da natureza que o nosso Pai sustenta magistralmente (Mateus 6.25-34). Que cada um de nós diga não às conversas tolas, fúteis, enganosas, desconstrutivas e doentias. Que nos engajemos na construção ou execução de ideias e projetos nobres.
Seguindo a orientação de Tiago 1.19, sejamos prontos para ouvir (atenção concentrada, foco), tardios para falar (prudência) e tardios para se irar (mansidão).
Deus, nosso Pai, nos livre de perdemos tempo com a mediocridade, futilidade e a insensatez. Então, não dá para ficarmos enxugando louça. n sional que ajuda a despertar a consciência dos cidadãos e acata suas manifestações de maus atendimentos e desrespeitos em empresas e órgãos públicos. A figura do ouvidor ou ombudsman existe para prestar um atendimento personalizado à comunidade, que passou a ser ouvida e a ter seus problemas solucionados de uma forma transparente e humanizada, respeitando os direitos do cidadão. Porém, este profissional não recebe apenas denúncias dos clientes e usuários. Pode também receber sugestões e elogios e encaminhá-los para os gestores, ajudando a melhorar o atendimento e fazendo justiça aos bons profissionais que trabalham pelo cidadão. O Ouvidor também deve exercer suas atividades com bastante sensibilidade, visto que além do público externo trata também com o público interno.
Contudo, além do preparo acadêmico e dos conhecimentos técnicos, o ouvidor/ombudsman deve ter ética, sensibilidade e capacidade de acolhimento. E é exatamente neste aspecto que entram a empatia e os valores cristãos, que me inspiram a trabalhar nesta área. Em 2000 fui selecionada para ser ouvidora do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e em 2009 fui convidada para implantar a Ouvidoria do Hospital da Restauração da Secretaria de Saúde de Pernambuco, onde pude entrar em contato com a realidade de pacientes de uma emergência de grande porte.
Nestas atividades tenho aprendido o quanto é importante o exercício da alteridade. Sinto a importância de trazer para a minha vivência profissional a compaixão cristã e a sabedoria da Palavra de Deus. Como cristã entendo que devo abrilhantar minha atuação na Ouvidoria com os talentos dados pelo meu Senhor, com o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22). Como ouvidora, vejo o reclamante muito mais do que como um usuário do serviço público de saúde; vejo-o como um cidadão. Para mim é um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. E para trabalhar busco sabedoria na Palavra.
No livro de Provérbios 1.5 lemos: “Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira sábios conselhos”.
Em Tiago 1.19 está escrito: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Peço ao Senhor que eu esteja sempre pronta para ouvir e tenha sempre a resposta branda, que desvia o furor (Provérbios 15.1).
Infelizmente, vivemos em uma sociedade na qual ouvir é um hábito que está ausente nas empresas e órgãos públicos, em nossas Igrejas e até em nossas famílias. Onde quer que estejamos, sobretudo em nossas famílias, Igrejas e organizações eclesiásticas, precisamos estabelecer ou melhorar o hábito de ouvir bem. Ouvir é muito mais que escutar; é escutar com absoluta empatia. O saber ouvir é muitas vezes confundido com fraqueza. Façamos do nosso ato de ouvir uma bênção para aqueles que falam conosco, para que nossa resposta seja sábia, abençoadora e cheia de esperança. Pois é assim que o nosso Deus, o melhor Ouvidor (Salmos 4.3; 18.6; 65.2; Isaías 65.24), nos ouve: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jr 33.3). n