ANO CXXI EDIÇÃO 11 DOMINGO, 13.03.2022
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
Segundo domingo de março - Dia de Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Observatório Batista
Jesus, a esperança para meninas e mulheres
Ideias para a campanha de Missões
Tempo de oração
PLATAFORMA
UFMBB fala do cuidado de Jesus com as mulheres
Confira as dicas da JMM para utilizar em sua Igreja
Lideranças da BWA oram pela situação na Ucrânia
Lourenço Rega fala da importância da união entre os Batistas
págs. 08 e 09
pág. 11
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 13/03/22
EDITORIAL Nossas Ações
A Junta de Missões Mundiais
Desde 1907, nosso objetivo maior tem sido cumprir o propósito para o qual Deus chamou a cada cristão: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos16.15). As formas para atender ao chamado do Pai têm mudado conforme a época, de acordo com as necessidades humanas, o avanço da tecnologia e tantos outras variáveis. A força que nos move, no entanto, permanece ao longo dos tempos: o amor em servir a Deus. Com os olhos atentos ao desenvolvimento humano, mobilizamos pessoas a fim de que possamos levar aos cinco continentes ações nas áreas de educação, saúde, cuidado, plantação de Igrejas, capelania, entre outras que se mostram como meios de apresentação da salvação em Cristo. Hoje temos 1.860 missionários, segundo relatório de outubro a dezembro de 2021 enviado em 15 de fevereiro de 2022 à CBB. Juntos, eles desenvolvem projetos que são
sustentados com as ofertas dos mais de 20 mil participantes ativos do PAM - Programa de Adoção Missionária. Por todo o mundo também contamos com uma infinidade de pessoas que sustentam esta obra através de suas orações. Elas fazem parte do PIM - Programa de Intercessão Missionária. Países não alcançados
Segundo a publicação Global Status of Evangelical Christianity (GSEC), emitida pela International Mission Board (IMB), de março de 2020, há 11.729 grupos étnicos identificados no mundo, o que equivale uma população de 7,6 bilhões de pessoas. Ao analisar o objetivo de Missões Mundiais, é possível verificar que há 7.076 povos étnicos identificados como Povos Não Alcançados (PNAs), que representam uma população de 4,5 bilhões de pessoas, ou seja, os PNAs somam 60,32% dos grupos étnicos identificados no mundo, e 59,21% da população
referente a esses grupos. As Igrejas Batistas Brasileiras, através de Missões Mundiais, estão presentes em 40,67% dos 230 países e territórios identificados pelo GSEC. Nesses países onde Missões Mundiais atua, há 4.592 grupos étnicos identificados como PNAs. Desses, 17,29% não têm a Escritura Sagrada completa publicada; 26,98% não têm o “Filme Jesus” em sua língua; 66,09% não têm transmissão de rádio cristã; 54,09% não têm a Escritura Sagrada em áudio; 65,4% não têm filmes cristãos produzidos. Desses 4.590 PNAs, em 46,99% não há liberdade religiosa ou há liberdade religiosa parcial; em 82,19% há restrições governamentais consideradas moderadas, altas e muito altas; em 82,77% há hostilidades sociais ao Evangelho, consideradas moderadas, altas e muito altas; 55,29% têm níveis de ameaça ao povo brasileiro onde é orientado pelo governo brasileiro a viajar com alto grau de cautela, evitar viagens não essenciais e não viajar ao país.
Há Fome no Mundo
Oferecer respostas ao desafio da fome no mundo sempre fez parte da agenda de Missões Mundiais. Mas em um momento de pandemia e recessão econômica, a missão tornou-se ainda mais desafiadora. Estimativas da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) apontam que a pandemia elevou para cerca de 1,2 bilhão o número de pessoas dentro do quadro de insegurança alimentar (quando não há acesso ao alimento em quantidade e qualidade suficientes para uma vida saudável). Os dados apontam ainda que 265 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam fome severa (quando há risco de morte em decorrência direta da falta de comida). Saiba mais sobre Missões Mundiais em seu site: www.missoesmundiais. com.br n
( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00
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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: GrafMec
REFLEXÃO
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BILHETE DE SOROCABA
Povo alegre Pr. Julio Oliveira Sanches O final do primeiro livro de Reis, capítulo 8.63-66, registra o término de um culto alegre e feliz para os participantes e o dirigente. Um verdadeiro culto cristão, que se espera de todo adorador ao finalizar a celebração de um culto a Deus. Salomão, com o povo, acabara de dedicar o maravilhoso templo construído para glorificar ao Senhor dos Exércitos. Após sete anos de esmerada construção, o templo dedicado ao Senhor, uma das maravilhas do mundo antigo. A descrição da construção e o material usado encanta o leitor. Detalhe por detalhe, tudo foi feito visando a gló-
ria de Deus, não o orgulho do construtor humano. Os sacrifícios oferecidos nos dias das sagrações gera no salvo por Jesus Cristo crescente gratidão. Hoje, não precisamos mais de sacrifícios de animais, pois, na cruz, Jesus ofereceu-Se a Si mesmo como único sacrifício necessário para intermediar a comunhão entre o Criador e a criatura. Somos privilegiados, por isso, nosso culto há de ser mais alegre e gracioso. Salomão aproveitou todo o material acumulado por Davi, seu pai. Não agiu como alguns líderes modernos que, ao assumir um novo empreendimento, a primeira ação a realizar é descartar tudo que lembra o passado. Apagar a
memória dos que os antecederam e tentar implantar suas ideias eivadas de orgulhos e vaidade pessoal. Ferem vidas preciosas, matam sonhos antigos e tudo realizam para apagar as marcas do passado. Nem Jesus fez isso ao implantar o Seu ministério. Ao contrário, o Mestre exaltou os profetas antigos; colocou João Batista com um dos maiores profetas e construiu Seu novo ministério em base sólida, sobre o que já havia sido pregado sobre a Sua própria vida e o Reino de Deus. Quando o culto atinge o seu objetivo, o povo se alegra em cultuar e deixa o santuário levando a mensagem de alegria. Deus foi glorificado, tudo se
encaixa na palavra de Jesus à samaritana: “O Pai procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade” (Jo. 4.23). Não importa a beleza do templo, os conjuntos instrumentais, os aparatos usados no culto, mas a centralidade da adoração que está focada em Deus. “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo Israel, segundo tudo o que disse; nem uma palavra caiu de todas as suas palavras que falou pelo ministério de Moisés seu servo” (I Rs 8.56). O culto alegre estimula o salvo a compartilhar a fidelidade do Senhor em todos os tempos. n
fato de possuírem a vantagem de terem recebido a Revelação. Talvez, os leitores pudessem pensar que os judeus fossem melhores do que os gentios e tivessem menos culpa por causa disso. Para tanto, Paulo se fundamenta no Antigo Testamento para provar que todos (judeus e gentios) são culpados, porque estão debaixo do pecado e, por isso, TODOS estão sujeitos ao julgamento (vv. 9,10). Segundo o fundamento dos textos veterotestamentários, Romanos 3 diz que as pessoas são escravas do pecado por decisão própria, demonstrando que, embora haja a tendência para o pecado, também há (principalmente!) a decisão
de querer (ou não!) permanecer escravo do pecado. Caso contrário, não haveria julgamento! Como julgar alguém que foi fabricado para o mal? Há corrupção no pensamento, nas palavras e nas ações, tanto para quem conhece quanto para quem não conhece a Revelação. Afinal, até as coisas boas (religiosas ou não) que fazemos estão infectadas pelo pecado, pela desumanização. Por isso, aos olhos divinos, ninguém é perfeito! (vv. 11-20). Somos farinha do mesmo saco. Não há nenhum justo, nem um sequer! n
Ninguém é perfeito. Somos farinha do mesmo saco! Roberlan Julião
pastor da Segunda Igreja Batista em Vila Pauline, em Belford Roxo - RJ
“Que concluiremos então? Estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado. Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.9-12). Paulo, a partir da crítica aos gentios e aos judeus, apresenta a vantagem de
ser judeu, apesar da incapacidade dos judeus para agradar a Deus por seus próprios méritos. Apesar das limitações, os judeus são portadores da Revelação Escrita (vv. 1,2). Paulo também destaca que a infidelidade de Israel não anula as promessas divinas (vv. 3,4). Entretanto, esclarece que, mesmo que nossa injustiça contribua para manifestação da justiça divina, isso não significa que Deus seja injusto ao nos punir. Pois, não fazemos o mal a fim de glorificar a Deus, através da nossa injustiça, e Ele sabe disso (vv. 5-8)! Fica, então, a dúvida se os judeus são melhores do que os gentios, pelo
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Supremo Amor Oswaldo Mancebo Reis
pastor, colaborador de OJB
Exilado na ilha de Santa Helena, Napoleão Bonaparte escreveu suas memórias. Disse que Alexandre, o Grande, César e ele haviam conquistado grandes impérios e mantinham sob suas ordens poderosos exércitos. Mas onde estavam, agora, aqueles reinos e seus exércitos? Napoleão dizia também que Jesus Cristo fundou um reino. Sem soldados e sem armas. E onde estavam os soldados de Napoleão? Todos o abandonaram na hora extrema. Contudo, concluía Napoleão, ainda hoje há milhares de cristãos dispostos a morrer por Jesus Cristo. Qual a diferença? É que Jesus fundou um reino sobre o amor. As conquistas do amor podem ser demoradas, mas os seus efeitos são permanentes. O amor é o instrumento de conquista do Cristianismo. A conquista da força é humilhante - conquista do forte sobre o fraco. O amor não pode ser imposto. Deve ser aceito. Assim é que o amor
Teremar Lacerda Sou mulher, sou especial! Criada à imagem e semelhança de Deus, Para crescer, para adorar! Tirada da costela, para ser abraçada, Amada, abençoada. Não da cabeça nem dos pés, Mas para ser de igual, para igual. Não machucada, ferida ou maltratada… Mulheres como pedras angulares, Colunas de palácio E suporte de tudo mais… Galgou postos de Estadista, Diplomata, Professora, Ministra, Chanceler,
convida, intercede, adverte, insiste, suplica e espera. Essa é a glória da cruz. Aparentemente, Jesus fracassou quando morreu na cruz. Mas Ele morreu ali porque decidiu não usar a força para transformar os homens. Usou a força do amor. Todos os valores no mundo de hoje derivam da influência daquele aparente fracasso de Jesus. Ele não matou pelas suas ideias. Morreu por elas. Por elas e por nós: “Porque Cristo, a nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (I Coríntios 5.7). “Ele se deu a si mesmo por nós, para nos livrar de toda a maldade e fazer de nós um povo puro, que pertence a ele e que se dedica a fazer o bem” (Tt 2.14). Senhor maior e mais poderoso do que Jesus jamais se viu entre os homens. No entanto, Ele não considerou desperdício de tempo viver todo o tempo “para servir e dar a sua vida para salvar muita gente” (Mateus 20.28). Sendo o maior dos máximos, fez-se o menor dos mínimos por amor, só por amor. Embora decorridos mais de dois mil anos, o mundo ainda vive sob o impac-
Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
O Senhor quer paz na Terra! “Glória a Deus nas alturas, Paz na tes a Ele, em vez de seres idênticos a terra, boa vontade para com os ho- Ele. Em outras palavras: se fôssemos mens” (Lc 2.14). idênticos, seríamos “outros deuses” coisa que o Senhor Jeová não admite, Quem estuda a história da raça hu- quando nos ordena a “não ter outros mana percebe que as desavenças têm deuses”: “Não adore outros deuses: sido o denominador comum dos nos- adore somente a Mim” (Êx 20.3). sos relacionamentos. Por esta razão, A promessa que o Senhor faz a toJeová revolucionou a História, intro- dos nós, através dos tempos, continua duzindo o espírito da paz, consubs- a gerar a única e verdadeira Paz, a qual tanciada na obra do Seu próprio Filho, somente pode ser garantida pelo próque decidiu assumir a forma da gente. prio Senhor Jesus Cristo: “Deixo com A narrativa bíblica, então, revela- vocês a PAZ. É a minha paz que eu -nos um Criador que, por razões que lhes dou - não lhes dou a paz como o não conseguimos compreender, tomou mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem a iniciativa de fazer seres semelhan- tenham medo” (Jo 14.27). to do amor de Jesus, que morreu mas ressurgiu. Ele vive e faz viver. Vive e dá vida, porque fez da cruz o símbolo da
Mulher!
Juíza, Médica, Psicóloga, Piloto, Política, Cientista, Presidente, Escritora, Missionaria, Pastora e tantos cargos mais… Mas não deixou de ser a Mulher esposa, Mãe, administradora do lar, Cuidadora dos filhos e muitas coisas mais! Mulher em guerra, fugindo com os filhos, Ou outras que não os verão jamais… Mulheres da Bíblia que tanta inspiração nos traz: Sara, encarregada pela grande nação. Joquebede, muita fé, oração e persistência, Para o filho voltar a ver. Zípora, a pastora de ovelhas Que ensinou o esposo a pastorear, E libertador chegar a ser.
redenção - somente símbolo, porque o Redentor é Ele, que expressou na cruz o supremo amor. n
Débora, a juíza que julgava o povo, E o colocou em seu lugar. Ester, a rainha que não falou em Deus, Mas fez o rei se curvar. A mulher não era contada, Mas Jesus a veio libertar. Nascido de uma mulher: Maria, A bem-aventurada, Para nos dar coragem, força, Valor e destemor, através do filho querido, Para poder nos salvar. Mulher, tu és especial! A todas as mulheres, no Dia internacional da Mulher. n
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Missões Mundiais e suas condicionantes Juvenal Netto
colaborador de OJB
Louvamos ao Senhor pela liderança denominacional, representada por nossa Junta de Missões Mundiais (JMM), que tem sido incansável tanto em promover a manutenção da visão missionária junto ao nosso povo Batista, bem como oferecer todo suporte aos nossos irmãos enviados, dentre outras inúmeras atividades correlatas. As atividades missionárias acontecem ininterruptamente, no entanto, todos os anos, durante o mês de março, acontece uma verdadeira mobilização nacional, com a finalidade de manter viva em nossos corações a chama da propagação do Evangelho voltada para as demais nações. É um movimento
contagiante, onde cada cristão Batista tem a oportunidade de participar ativamente dessa árdua missão, seja orando, ofertando, mobilizando ou até mesmo recebendo a confirmação de sua chamada para ir ao campo. Um momento muito apropriado para estreitar os laços entre a Igreja e seus missionários; instante onde cada membro pode ser estimulado e ter sua fé renovada ao ouvir os testemunhos acerca de tudo quanto o Senhor tem feito através da vida de nossos heróis. Normalmente utilizamos como ancoradouro, o texto de Mateus intitulado de “a grande comissão”, onde Jesus comissiona sua noiva a cumprir o seu papel principal, isto é, o IDE (Mateus 28.18-20). Ouvimos infinitas vezes que fazer missões é simplesmente um ato
de obediência ao Senhor e uma demonstração de amor ao próximo, tendo em vista, que para ser salva, a pessoa precisa conhecer o plano da salvação. Ao pecador, então, é dada a oportunidade de se arrepender e reconhecer a Cristo como seu senhor e salvador. Não há o que se discutir quanto a legitimidade e a autossuficiência da motivação supramencionada. Entretanto, à medida que vamos nos aproximando dos últimos dias do fim, se faz necessário enxergar outra a qual pode servir de grande estímulo para a Igreja se empenhar ainda mais nessa sublime missão. Mateus registra exclusivamente uma fala de Jesus ao ser questionado pelos Seus discípulos acerca de quais sinais haveriam de marcar o fim de todas as
coisas (Mateus 24.1-14). Em seu sermão profético, o Senhor menciona os diversos acontecimentos que precederiam a Sua volta, tais como guerras, terremotos, perseguições a Igreja etc., contudo, há uma narrativa peculiar sua que deve ser encarada com muita atenção: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” (Mt 24.14). Sendo assim, nos empenharmos cada vez mais para realizar a obra missionária e alcançarmos todas as nações, além de ser uma obrigação e um ato de amor, conforme as palavras de Jesus, será também uma condição para o Seu retorno à terra. Fazer missões é dizer com propriedade: Maranata! n
penitentes e recriminar a perseguição desmedida aos profetas de Deus, gente que queria corrigir a prática religiosa que o sistema político havia deturpado. Trata-se, então, de uma visão, de uma percepção espiritual, com os olhos da alma, com os olhos da fé. Mas, o que essa visão nos convida a ver? Ela nos convida a ver um mundo carente e, como vimos, igualmente pronto para Deus. Uma Criação que expecta pela manifestação de Deus através dos Seus filhos. A enxergar pessoas que precisam ser tocadas pelas Palavras amorosas do Senhor. Pessoas que precisam da salvação. É por isso que fazemos campanhas para Missões. No entanto, a resposta é diretamente proporcional à visão. Qual é a sua visão?
Você consegue ver os “campos prontos para a colheita”? É na visão que nasce a oferta. Se você não estiver enxergando isso, peça a Deus para que você veja o que Ele vê. Há momentos em que precisamos da oração de Eliseu, o profeta, para que nossos olhos sejam abertos; para que entendamos que a dimensão espiritual não é um recalque da realidade, mas, sim, que o mundo sensível é permeado pelo espiritual, pois o que vemos está mergulhado naquilo que não vemos (suprassensível). Visão, desafio de Deus estabelecido, então contribua com o que Deus colocou no seu coração. Que Deus alargue a visão de cada um de nós. Afinal, nenhuma tenda se estende sem visão. n
Qual é a sua visão? (João 4:35) Sergio Dusilek
pastor da Igreja Batista Marapendi - RJ; presidente da Convenção Batista Carioca
A vida nos convida a ver as coisas. É verdade que alguns não querem olhar, seguindo aquele velho ditado que diz: “o que olho não vê o coração não sente…” No entanto, vale lembrar que a realidade está aí. Ela se coloca diante de nós. Só que essa mesma realidade pode ser apreendida por diferentes ângulos, perspectivas. A isso chamamos de “ponto de vista”. Esta, visada a partir de um ponto, pode destoar de outro olhar, o qual enxergando a mesma coisa, não o faz pelo mesmo ângulo, pela mesma percepção. Aqui se abre o campo hermenêutico, da interpretação, muito embebido na herança cultural e educacional
que foi introjetada em nós. Mas, e quanto a visão que Jesus deseja que tenhamos como Igreja? Suspeito que para além da mais correta leitura da realidade possível, Jesus gostaria que tivéssemos uma leitura espiritual das coisas. Espiritual aqui não tem a ver com uma visão alienada, mas, sim, com uma profunda percepção de como o amor de Deus está ou quer ser envolto pela realidade que nos cerca. Somente alguém muito espiritual como o Mestre, ao olhar as multidões, conseguia percebê-las como rebanhos sem pastor, precisando de cuidado, de direção. De igual modo é necessária muita visão espiritual para ver as pessoas como campos brancos para a colheita. Somente alguém pleno do Espírito para chorar pelas cidades im-
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Vida no Corpo de Cristo José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB
O apóstolo Paulo usa diversas figuras para descrever a Igreja de Cristo entretanto, a figura pelo qual ele tem predileção para descrever a Igreja é a figura do corpo. O apóstolo usa agora o corpo humano para ilustrar verdades acerca da vida no corpo de Cristo. Partindo da metáfora do corpo humano, Paulo expõe aos coríntios como os muitos membros formam um só corpo, uma unidade orgânica. A essência do corpo humano é a unidade na diversidade. O teólogo William Barclay faz a seguinte observação: “Um corpo só é sadio e eficiente quando cada parte do mesmo funciona perfeitamente”. A Igreja de Jesus não foi criada para ser dividida. A Igreja de Cristo é una. É um corpo e o corpo quando de divide
fica aleijado. De que maneira podemos ter vida no Corpo de Cristo? O apóstolo Paulo vai luz nessa matéria tão importante. Vamos elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, precisamos dar conta de que necessitamos uns dos outros (I Coríntios 12.20-22). Aqui, o apóstolo Paulo estabelece que na Igreja de Jesus Cristo não pode haver tal coisa como o isolamento. Se quisermos que a Igreja seja um corpo são, necessitamos do trabalho que cada um pode fazer. Cada membro precisa dos outros membros e não podem se dar ao luxo de ser independente. Nas comunidades cristãs existem aqueles que vivem de forma independente, por acharem que não precisam ser pastoreados, tratados, admoestados, pois, apascentam a si mesmos. Os pastores de si mesmos são pessoas
que não se deixam apascentar… Elas seguem seus próprios conselhos e desprezam a importância da orientação pastoral e do corpo de Cristo que é a Igreja. O teólogo David Pryor diz: “Tanto um espírito independente como uma atitude superioridade trazem atrofia e paralisia para o corpo como um todo”. Em segundo lugar, exerça a função que Deus preparou para você no corpo (I Coríntios 12.14-18). Paulo fala aos irmãos de Corinto que todas as partes do corpo resultam da soberana atividade de Deus, pois, Deus colocou os membros do corpo, cada um deles como quis. Cada membro no corpo é único, distinto, insubstituível, inimitável. Compete a nós discernirmos, com o auxílio do Espírito Santo, o que Deus projetou para nós dentro do corpo de Cristo, que é a Igreja. Quando insistimos em fazer algo pelo qual Deus em Sua infinita sabedoria e so-
berania não preparou para nós trazemos prejuízo ao corpo de Cristo. O reverendo Hernandes Dias Lopes diz: “Deus colocou você no corpo como Lhe aprouve. Exerça a função que Deus lhe deu no corpo. Ficar ressentido por não ter este ou aquele dom espiritual é imaturidade”. Em último lugar, devemos preservar a unidade da Igreja para evitar divisões (I Coríntios 12.25). A situação triste da Igreja em Corinto nos fornece um retrato do espírito divisivo que também permeia nossas comunidades atuais. Dentro da Igreja, a possibilidade de uma cisão é real. Paulo, então, conclama a Igreja para que eles preservem sua a unidade, para que ela não seja minada por causa das divisões. O comentarista Warren Wiersbie diz: “O desejo de Deus é não haja divisão na igreja. Quando na igreja os membros competem entre si, a diversidade conduz a separação”. n
Celebrando a paz por todo o mundo Levir Perea Merlo
pastor, colaborador de OJB
“Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mt 28.19). Neste mês de março celebramos a obra de Missões Mundiais, momento em que as Igrejas ligadas a Convenção Batista Brasileira se dedicam e fazem um grande esforço para levantar uma oferta missionária que é enviada aos campos espalhados pelo mundo afora, para ajudar no sustento de homens e mulheres chamados pelo Senhor para proclamarem o seu Evangelho bendito e
consequentemente proclamar a paz que só é verdadeira e real em Jesus Cristo! O texto acima nos mostra que a ressurreição de Jesus Cristo sublinhou Sua absoluta autoridade sobre o universo. Sua presença prometida mostra que a autoridade dele apoia-se em amor e cuidados absolutos. A Grande Comissão proporciona um clímax adequado para o Evangelho, que inicia com a linhagem de Jesus, “o rei dos judeus”, e termina com uma ordem real para que o seu reino se estenda a todos os povos. A Grande Comissão, dada aos 11 apóstolos no Monte da Galiléia, é dirigida à sua Igreja. Ela ensina sobre o poder e a autoridade para a tarefa missionária da Igreja. Essa autoridade é válida no céu e sobre a ter-
ra. A autoridade é para fazer discípulos, batizando-os em nome da triunidade, e ensinando-os a guardar todas as instruções de Jesus. Devemos reconhecer que o Senhor nos tem ordenado com autoridade assumir nosso papel na tarefa missionária, ou seja, cada crente um discípulo e missionário do Senhor! Um discípulo é um seguidor e aprendiz na escola de Cristo. O alcance desta ordem é “todas as nações”. Nação pode ser traduzido por povos. Seu significado vai além de uma nação ou Estado e descreve o trabalho de discipulado das pessoas, tribos e famílias. O testemunho não deve ser limitado à cultura que conhecemos. (Apocalipse 14.6) O testemunho missionário conduz os novos
cristãos a um contínuo crescimento no discipulado. A fé cristã é um modo de vida que começa com um relacionamento com uma pessoa e assim deve continuar. O desafio de fazer discípulos de todas as tribos, povos e nações, está além da capacidade humana, pois é uma ação do Espírito Santo, e quando vidas se dobram e confessam Jesus Cristo a paz verdadeira invade o coração, por isso devemos sempre proclamar com grande desprendimento, alegria e ousadia a paz genuína marca do cristianismo autêntico. Que o mês de março seja muito produtivo na obra missionária do Senhor e de muita paz, alegria e união! n
MISSÕES NACIONAIS
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Projeto de Plantação de Igrejas avança no estado do Pará
Redação de Missões Nacionais Pela graça de Deus, o trabalho missionário na Amazônia continua se desenvolvendo e abençoando cada vez mais pessoas. É no Projeto Amazônia, dentro do estado do Pará, que a família missionária formada pelo pastor Josias, sua esposa Eliene, e seus filhos Vitor e Artur, atua na plantação de Igrejas, dedicando-se ao compartilhamento do Evangelho, para formar discípulos de Jesus. Para alcançar toda a comunidade para Cristo, os missionários organizam diversas ações de compaixão e graça, cultos, discipulado e visitas. Nesses momentos, eles encontram oportunidades para testemunhar sobre o que Deus fez e tem feito em suas vidas, e podem tam-
bém conhecer mais sobre as famílias que vivem na região. Muitas são as atividades desenvolvidas. Existem as feiras e os bazares missionários, a escola de artesanato com crianças na Congregação Semente, na comunidade ribeirinha Santana do Ituqui e os torneios esportivos em Pérola do Maicá, por exemplo. Deus tem feito a obra prosperar, mas ainda há muito trabalho pela frente. Por isso, essa família missionária separou alguns motivos de oração: 1- Pela Igreja Batista Semente, em Santarém, no Pará, da qual o casal é líder. 2- Pela plantação de Igreja em San4- Pela plantação de Igreja em Alentana do Ituqui quer 3- Pela plantação de Igreja em Pérola 5- Pelo Programa Esportivo Missiodo Maicá (bairro ribeirinho em Santa- nário, que visa a evangelização da nova rém) geração por meio do esporte.
SUA OFERTA TRANSFORMA VIDAS
CHAVE 33.574.617/0001-70 CNPJ MISSÕES NACIONAIS
Continue participando da obra missionária! Agradeça ao Senhor por tudo o que já vem sendo feito no Pará e peça pelos motivos destacados pela família do pastor Josias. n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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“Uma Igreja em comunhão” é o tema do retiro da PIB em Barrolândia - BA Igreja viveu dias de aprendizado e alegria.
Retiro falou da importância da comunhão e trouxe expectativa aos membros da Igreja Liudiomar Silva Oliveira
retiro de carnaval. O sítio Rio Preto recebeu os membros da Igreja, que estavam com muita expectativa para participarem do encontro. A Primeira Igreja Batista em BarDurante os cinco dias, os retirantes rolândia, em Belmonte-BA, realizou, refletiram sobre o tema “Uma Igreja de 26 de fevereiro, a 02 de março, seu em comunhão” para 2022, com divisa pastor da Primeira Igreja Batista em Barrolândia, em Belmonte-BA
em Efésios 4.32: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. O pastor Liudiomar Silva Oliveira, (pastor Omar) da Primeira Igreja
Batista em Barrolândia, em Belmonte-BA; ressaltou, durante sua mensagem, que Deus age de diversas formas e que devemos compartilhar com os nossos irmãos. Somos gratos a Deus por mais este momento de comunhão. n
Igreja Batista no Jardim, em Cáceres - MT, mobiliza membresia para doação de sangue Ação é contínua e faz parte de projeto social da Igreja. Anderson José
pastor da Igreja Batista no Jardim, em Cáceres - MT
No dia 17 de fevereiro, o Banco de Sangue de Cáceres-MT recebeu membros da Igreja Batista no Jardim, na mesma cidade, para doação de sangue. Cremos que doar é um ato de amor, por isso, a campanha é uma ação fixa do nosso projeto social “Doar é amar”. Nele visamos sinalizar o amor de Deus de forma prática, por meios de ações sociais, para levar compaixão e a Graça de Deus. Cada doação é sempre um momento especial e de felicidade. Temos a certeza de que tanto os doadores quanto os receptores são abençoados nessa ação social. Por isso, sempre incentivamos irmãos, amigos e familiares a viverem essa rica experiência; e, com isso, es-
Membros da IB no Jardim, em Cáceres-MT, participam da doação de sangue peramos encorajar moradores da cidade Lembre-se que é seguro, rápido e ainconosco neste propósito. da possibilita alguns benefícios sociais Quem sabe, você e sua Igreja podem como, por exemplo, a isenção de taxas ser esse instrumento em sua cidade ou em concursos estaduais. n estado.
Anderson José, pastor da Igreja, também participou da ação
MISSÕES MUNDIAIS
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Vivendo com Paixão a Mobilização Redação Missões Mundiais A criatividade é uma grande aliada para engajar os cristãos com a obra do Senhor. Ela ajuda a superar imprevistos e envolver um número cada vez maior de apaixonados por missões. Abaixo separamos algumas ideias de mobilização para serem realizadas de forma presencial e/ou online, de acordo com a realidade da sua Igreja. O mais importante é não deixar de se envolver com a obra missionária mundial e compartilhar o tema: “Viva a Compaixão” (Gálatas 2.20) Missões na Igreja Promotor Voluntário, você pode mostrar que a Igreja é capaz de cumprir a missão de levar a compaixão a todos. Por meio da mobilização dos cristãos, Jesus se torna cada vez mais conhecido entre as nações. Você sabia que cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo não conhecem o Filho de Deus? Seja criativo para tornar este número cada vez menor.
3. Jogo “Compartilhe”: A ideia é compartilhar a obra missionária! Cada um publique na sua rede social e também na rede social da Igreja, por onde você controlará os votos pelo número de curtidas, por exemplo. Escolha as modalidades (fotos, vídeos, músicas, textos), os jurados, prazos para entrega, votação e o prêmio. Assim, você incentiva a divulgação da obra missionária e mobiliza a Igreja. #vivaacompaixao
1.Abertura: Missões Mundiais disponibiliza vários materiais para que você possa realizar uma abertura de campanha inesquecível. Além de um culto, pode haver um painel temático para fotos, bandeiras para decoração, envelopes de ofertas personalizados e o que mais a criatividade inspirar. 2. Feira Missionária: Cada classe de EBD ou Ministério fica responsável por representar um país por meio de comidas típicas, vestimentas e cartões de curiosidades. O valor arrecadado irá compor a oferta do Dia Especial. O ingresso pode ser a doação de alimentos não perecíveis que depois virarão cestas básicas a serem distribuídas na vizinhança em uma ação de evangelismo. Viva a compaixão! 3. Alvo: Um ótimo jeito de motivar a Igreja é deixar o alvo da Oferta do Dia Especial visível para todos. Você pode fazer um painel bem criativo ou elaborar um personagem que aparecerá em todos os cultos, contando sobre os avanços das ofertas.
4. Drive-Thru:
Missões Online
Se a sua Igreja ainda não pode se reunir, você pode fazer a cantina por meio de Drive-Thru. As pessoas vão à porta da Igreja de carro ou outro meio de transporte para pegar a comida. Divulgue o menu e horário nas redes sociais ou envie por mensagem. O mesmo vale para o Ministério Infantil entregar materiais missionários de atividades para serem feitos em casa.
Missões Mundiais realizou diversas lives e proporcionou materiais digitais que ajudaram a mostrar que a tecnologia é uma grande aliada para conectar pessoas à obra missionária ao redor do mundo. 1. Sorteio:
4. Amigo Intercessor: Convoque duplas de intercessores para orar por missões. Cada dupla de amigos pode reservar 10 minutos por dia, ou semana, para fazer uma videochamada ou ligação e orar. Você pode encontrar pedidos no Diário de Oração, disponível no site: missoesmundiais. com.br/ore
5. Momento Missionário: Se sua Igreja tem presença nas redes sociais, promova um sorteio a fim de moInsira na programação do culto, no bilizar pessoas. O prêmio pode ser uma camisa da campanha, por exemplo. O mínimo, 15 minutos para falar de mis5. Sapato Missionário: site sorteiogram.com ajuda a fazer isso sões. Você pode apresentar motivos de oração, gratidão, testemunhos, vídeos Estabelecer um alvo pessoal é ótimo de forma automatizada e tem tutorial. e muito mais. Todo esse material você para manter o foco. Essa ideia é para encontrará no site de Missões Mundiais 2. Bazar Missionário: desafiar cada um a doar o valor em die no da Campanha 2022, no nosso Younheiro, de acordo com o número do seu Recolha doações e promova um Ba- Tube e em nossas Redes Sociais. calçado (seja de um pé ou a soma dos dois). Você pode distribuir cartões cor- zar Missionário através dos grupos no #DICA: Antes de colocar a mão na tados no formato de um sapato para que WhatsApp, Telegram e/ou Facebook. cada um escreva seu alvo missionário Reúna voluntários para ajudar nas en- massa, convoque uma equipe de volune, assim, caminhe para a conquista da tregas, recebimento das doações e dos tários para ajudar. Afinal, sozinho você pagamentos. Os recursos arrecadados pode muito, mas trabalhando em equipe sua meta. podem compor a Oferta do Dia Especial. você pode mais. n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
FABERJ inicia ano letivo com aula magna
Instituição faz parte da Junta de Educação e Ação Social da CB Fluminense. Diana Sampaio Rodrigues
Departamento de Comunicação da Convenção Batista Fluminense
A Faculdade Batista do Estado do Rio de Janeiro (FABERJ) realizou uma Aula Magna no dia 14 de fevereiro de 2022. Com o foco em Bacharelado em Teologia, a aula teve como tema “Por uma Teologia do Cuidado: a graça como instrumento de cura no aconselhamento pastoral” e foi ministrada pelo novo coordenador pastor Samuel Almeida, também teólogo, professor, psicólogo e gestor acadêmico. O evento simbolizou a abertura do primeiro semestre do curso de Teologia. Durante a programação, o pastor Jader Teruel, diretor da Junta de Educação e Ação Social da Convenção Batista Fluminense (CBF), deu uma palavra e deu a oportunidade para os calouros do curso se apresentarem. Também houve louvor com a banda dos seminaristas,
Ano letivo começou com expectativas para os alunos da FABERJ formada por alunos do 5º e 7º períodos. Ao final, o pastor Marcus Meira trouxe uma palavra de encerramento. Inclusive, os três pastores fazem parte da equipe que veio de Curitiba-PR para ingressar na FABERJ neste ano.
A Aula Magna foi de extrema importância para iniciar o ano letivo, pois também foi marcada pela volta dos vocacionados na Casa de Profetas, que tem a alegria de abrir as salas novamente. Além disso, as expectativas são
grandes com tudo o que será realizado nesse novo semestre; oremos para que grandes coisas o Senhor faça no meio acadêmico e na vida de todos os envolvidos. n
Lideranças da Aliança Batista Mundial se reúnem em tempo de oração pela Ucrânia e Leste Europeu Pastor Fernando Brandão participou da videoconferência.
Departamento de Comunicação da CBB (com informações das redes sociais do pastor Fernando Brandão)
O pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais (JMN) e uma das lideranças da Aliança Batista Mundial para a América Latina, publicou em suas redes sociais o tempo de oração promovido pela BWA, com líderes Batistas de vários países, sua equipe e diretoria, no dia 28 de fevereiro. O motivo do encontro foi a situação na Ucrânia e no Leste Europeu, principalmente a tensão entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o pastor Fernando
Brandão, “orando em vários idiomas clamamos ao Senhor e suplicamos misericórdia”, disse. Ele também destacou a palavra do pastor Igor Bandura, vice-presidente da Associação Batista da Ucrânia, que compartilhou as dificuldades que estão enfrentando, falou da coragem, esperança e fé do povo de Deus na Ucrânia. “A Ucrânia está viva e resistindo”, ressaltou o pastor Igor Bandura. No final da sua publicação, pastor Fernando Brandão enfatizou a união dos Batistas ao redor do mundo. “Os batistas em todo o mundo estão unidos em oração!” n
Videoconferência reuniu líderes da Aliança Batista Mundial
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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OBITUÁRIO
José Santos da Silva - 93 anos de vida, 38 de ministério Sabino C. Falcão
pastor da Igreja Batista Nova esperança, em Itarantim-BA
Aprouve Deus chamar para a sua morada eterna, o seu servo, pastor José Santos da Silva, no dia 08 de fevereiro de 2022, com 93 anos 11 meses e um dia. O pastor José Santos exerceu o seu ministério ao longo de 38 anos, realizando a obra missionaria em várias cidades da Bahia, mas, principalmente, no Sertão Baiano. Entre as Igrejas que pastoreou estão:
Brumado, Maetinga, Aracatu, Condeúba, Piripá, Macarani, Santa Cruz da Vitória, Encruzilhada, Nova Esperança, Itarantim, Santa Luzia, Bandeira do Colônia e Potiraguá. Durante o seu ministério pastoreou interinamente outras Igrejas e abriu trabalhos missionários em vários lugares. O pastor José Santos da Silva deixa a esposa, Eldevite Campos e Silva; filhos: Jailce, Júnia e José Marcos; nora, genro e netos. “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” (II Tm 4.7). n
“Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Salmos 116.15)
Abneilson Baptista de Souza
membro da Primeira Igreja Batista da Penha - RJ; irmão de Shirley Baptista de Souza
Ao escrever nestas linhas um breve relato sobre minha irmã, Shirley Baptista de Souza, o que dizer? Faltam-me as palavras para expressar o quão inspiradora foi sua preciosa vida para o Reino de Deus e a sua Obra, bem como foi para sua família. Nascida em 28 de abril de 1963, filha de pais Batistas, desde a infância se destacou ativamente cantando e declamando na Igreja, ainda bem pequena. Integrada na organização Mensageiras do Rei, ardeu em seu coração o desejo de, um dia, ser uma missionária. Sua adolescência e juventude foram marcadas por intenso trabalho como professora de classes infantis e juniores, sempre apoiando nossa mãe, Alcenira Baptista de Souza, líder de crianças por mais de 40 anos em várias Igrejas Batistas que passou. Ainda na adolescência, Shirley participou ativamente da Operação Redenção, grupo de evangelismo da Associação Diamante (Associação dos Adolescentes Batistas do Oeste Carioca). Neste grupo, com seus projetos evangelísticos, veio a chamada para se preparar para Missões, ingressando assim no
IBER (atualmente, Centro Integrado de Educação e Missões - CIEM) tendo se formado na turma de 1989. Em seguida, apresentou-se à Junta de Missões Nacionais (JMN), enviada para seu primeiro campo missionário no ano de 1990, na cidade de Canindé-CE, conhecido centro de romaria católica, onde apoiou um casal de missionários na Igreja local, permanecendo neste campo até 1991. Seguiu para a cidade de Batalha-AL, onde trabalhou com a missionária da JMN Denilze Lopes apoiando o trabalho junto à Igreja local, até o ano de 1993. Foram muitas as lutas enfrentadas pelas missionárias neste campo, devido a forte oposição
católica ao trabalho Batista na cidade, contudo, o Senhor supriu todas as necessidades, abençoando a obra com forte participação das obreiras na evangelização infantil, e, posteriormente, alcançando também as famílias. Após voltar ao Rio de Janeiro, para tratar da saúde, retornou ao campo para novo desafio, desta vez, na cidade de Licínio de Almeida-BA, em 1996. Lá, junto com a missionária da JMN, Maria dos Anjos, já falecida, realizou um profícuo trabalho, mais uma vez, iniciado com as crianças, em seguida, alcançando suas famílias. Numa cidade de forte atuação de religiões de matrizes africanas, foram muitas as batalhas espirituais tra-
vadas pelas missionárias, com algumas pessoas usadas pelo inimigo, algumas, inclusive, que frequentavam a Igreja. Porém, o reino das trevas jamais prevalecerá contra Jesus Cristo, e apesar das lutas enfrentadas, muitas foram as vitórias. Em 1999, Shirley retorna ao Rio de Janeiro para cuidar da saúde de meu pai e também da sua; aqui, preparou-se para concursos e foi convocada ao magistério pela Prefeitura de Itaguaí-RJ e, depois, para a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, permanecendo como professora até se licenciar, no início de 2021, em razão de sua saúde, já abalada. Como professora pode dar testemunho de sua fidelidade e fé incondicional a Jesus, aos seus alunos, colegas e pais, onde muitas destas pessoas, foram evangelizadas por ela. Destaco também aqui que após seu retorno ao Rio de Janeiro trabalhou em apoio a frentes missionárias da Primeira Igreja Batista de Campo Grande e Cristo é a Única Esperança, vindo a ser ordenada por esta como Ministra de Educação Cristã, em 2007, e onde desenvolveu este ministério até 2010. Agradecemos a Deus por esta preciosa vida, que foi minha irmã, amada e dedicada filha aos seus pais, que combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé! O Senhor a deu, o Senhor a tomou, Bendito seja o Senhor! n
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PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 13/03/22 FÉ PARA HOJE
As lições da catástrofe em Petrópolis Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob Na tarde de 15 de fevereiro de 2022, a cidade de Petrópolis-RJ, conhecida como cidade imperial, foi atingida por uma tempestade gigantesca, que arrasou o município, deixando até agora 232 mortos e cinco desaparecidos (números de 03 de março de 2022). Parece que a cidade foi bombardeada. Todos ficamos chocados com as cenas de destruição e, principalmente, a perda de vidas preciosas. As catástrofes dessa terça-feira e a de Friburgo e em outras cidades no entorno, em 2011, mostram que ainda estamos longe do planejamento, fiscalização e prevenção de cataclismos nas áreas urbanas. Como população temos falhado fragorosamente no desmatamento desenfreado, nas moradias irregulares e de alto risco, na gestão dos resíduos sólidos (muita gente joga lixo nas encostas, nos rios e córregos), na falta de piscinões e drenagem adequados;
equipes, além de bombeiros, altamente treinadas para sinistros e ações rápidas de salvamento. Sabemos que a natureza sempre reclama o seu lugar que foi irregularmente ocupado. Temos, como exemplos clássicos, os rios e córregos com as suas margens e as encostas. Nesses casos, devemos ter cuidado redobrado. Infelizmente temos líderes públicos despreparados para situações como esta, que não valorizam o planejamento, principalmente em se tratando de reconstrução de moradias, vias públicas, limpeza dos rios e dos córregos e a instalação humanizadora dos desabrigados, especialmente dos que não poderão mais retornar às suas residências pelo fato de estarem condenadas pela defesa civil. É impressionante como os homens públicos tratam essas catástrofes com certa naturalidade. Sabemos que não é bem assim. Infelizmente, em cada cataclismo natural ano após ano não temos aprendido lições
de enorme valor para a manutenção da vida. Nessa situação específica de Petrópolis-RJ e outras catástrofes do passado, podemos aprender algumas lições de altíssimo valor: 1) As pessoas são muito mais valiosas do que as coisas, construções etc.; 2) O planejamento de moradias de um município é essencial para evitar ou atenuar situações como a que aconteceu na cidade serrana; 3) A fiscalização atenta se torna muito relevante para se evitar as construções irregulares nas encostas; 4) As políticas públicas de habitação precisam ser aperfeiçoadas; 5) A educação ambiental contemplando a gestão dos resíduos sólidos e orgânicos a partir de cada residência, nas escolas, empresas e em outras instituições, é fundamental para se evitar danos maiores em chuvas torrenciais; 6) A preservação da mata e o plantio de mudas são vitais na preservação do meio ambiente e atenuação dos cataclismos; e 7) Devemos exercer
a nossa solidariedade, demonstrar o nosso amor intenso com a cidade de Petrópolis-RJ no atendimento integral às pessoas e na sua reconstrução. Somos responsáveis pelo que fazemos e deixamos de fazer ou por nossa omissão. Precisamos votar em pessoas que têm compromisso com a vida humana, a preservação ambiental e o planejamento urbano e rural, bem como políticas públicas eficientes. Há um pensamento que me acompanha há vários anos: “Quem falha em planejar, planeja falhar”. Vidas são poupadas quando temos atitudes e ações propositivas, responsáveis e de excelência. Os homens e as mulheres que estão em posição de liderança governamental devem ser responsabilizados pela falta de planejamento urbano, pelas moradias irregulares e pela falta de manutenção dos córregos e rios, pelo esgotamento sanitário, pelos aterros sanitários, bem como pela drenagem das águas pluviais. n
Desafios da família pastoral Maura Rute Carvalho Antunes
esposa do pastor José Paulo Moura Antunes; educadora religiosa, assistente social e terapeuta
Um dos grupos que mais sofre com julgamentos é a família pastoral. Os desafios são muitos. E, neste caso, a palavra “desafio” pode ser muito bem substituída pela palavra “cobrança”. Elas são inevitáveis, sempre existirão. Mas não podem nortear nosso relacionamento familiar. Por isso, tenham a consciência de que o compromisso de vocês é, em primeiro lugar, com Deus. Não permitam que comparações destruam o ideal de Deus para vocês. Essa é uma arma que satanás usa para enfraquecer você e sua família. 1. COBRANÇA NA VIDA CONJUGAL O desafio de viver uma vida conjugal
impecável é um peso muito grande para o casal pastoral. Somos o tempo todo observados pela Igreja. A forma como nos tratamos, manifestamos carinho em público, como nos dirigimos um ao outro, fica na “vitrine” o tempo todo. Viver um bom relacionamento conjugal é uma arte para qualquer casal, pois implica em duas pessoas diferentes, que se amam e que precisam ter maturidade para ceder espaços emocionais e saberem resolver conflitos sem a interferência de terceiros. Marido e mulher precisam trabalhar juntos para construir uma harmonia conjugal que resulte no relacionamento equilibrado e saudável. Não existe casamento perfeito! É preciso conhecimento de si mesmo, do outro e muita vontade de ambos para encontrarem o caminho do acerto. “Blinde” sua união conjugal. As crises podem acontecer. Se elas chega-
rem, procure ajuda. Não tenha medo, não tenha vergonha. Compartilhe com um casal de confiança sobre lutas e desajustes conjugais que esteja enfrentando. 2. A COBRANÇA NA CRIAÇÃO DOS FILHOS Educar filhos é uma tarefa complicada para qualquer casal. Mas filho é sempre filho, em qualquer lugar do mundo, não importam quem seja seus pais. O caráter do filho do pastor deve ser desenvolvido como de qualquer outra criança em fase de crescimento. Precisamos deixar isso claro para a Igreja. Nossos filhos não são obrigados a terem um comportamento exemplar em 100% do tempo enquanto estão na Igreja. Eles são filhos como os outros filhos.
Geralmente, as cobranças da Igreja sobre nossos filhos adolescentes são excessivas. Alguns deles têm o temperamento retraído e nos obedecem, mas outros têm a personalidade explosiva e discutem sobre tudo aquilo que está sendo cobrado por nós e pela Igreja. Como consequência, passam a não querer ser nem a sombra do pai ou da mãe e assumem comportamentos completamente contrários. Procurem saber o que está levando as pessoas a fazerem tais cobranças. Analisem se elas têm ou não fundamento. Não se deixem ser comparados pela família do último pastor. Faça com que a Igreja perceba que vocês são diferentes, com outras características e personalidades. As cobranças sempre existirão, por isso é importante não deixar que elas influenciem e amargurem o seu coração e de sua família. n
PONTO DE VISTA
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OBSERVATÓRIO BATISTA
Convenção - estratégia de PLATAFORMA como caminho para ampliar sua ação (conclusão) Lourenço Stelio Rega Na primeira parte desse artigo iniciamos a apresentação de uma estratégia para ampliar a dinâmica da Convenção no cumprimento de sua missão, com a concepção de PLATAFORMA, um conceito presente atualmente em grandes corporações que estão conseguindo fazer diferença no atendimento de seu público destino de forma ampla e massiva. Entendo que alguém possa imaginar que estou trazendo práticas organizacionais do mundo secular para dentro da vida denominacional. Pois é, o mundo das trevas está aprendendo e aplicando, sem muitas reservas, princípios organizacionais presentes na história bíblica, tais como no planejamento e execução da criação, a lição de Jetro, gestão de Neemias e Esdras, Jesus e tantos outros e estamos, muitas vezes, resistentes em ver os resultados desses caminhos aplicados na prática. Muitas vezes queremos apenas que cada passo tenha um versículo citado, como se fosse uma “caixinha de promessa”. Não é assim que as coisas funcionam. Paulo mesmo nos orientou a examinar tudo e reter o que é bom (I Tessalonicenses 5.21). Posto isto, vamos ampliar mais ainda a descrição dos detalhes da estratégia de plataforma. 4. Uma plataforma estimula o estilo “learning organization” isto é, a aprendizagem organizacional em que cada segmento possa crescer aprendendo com os outros segmentos ou subsistemas. Assim, a criação destas interfaces de comunicação e aprendizagem podem, em muito, dinamizar o atendimento da Igreja local, da formação de líderes e ministros, de dar suporte para que a Igreja local cumpra a missão dada por Deus. Isso evita o fortalecimento da mentalidade de silo. O silo é um local que serve para armazenar produtos geralmente agrícolas. Aplicada no campo organizacional aponta para o fato de que cada área ou setor é isolado e não tem fluxo dinâmico de comunicação com os demais setores, cuidando cada um de seu “quintal” sem interfaces de planejamento e atuação colegiada. Isso acontece quando diferentes áreas e departamentos da organização não compartilham informações, objetivos, processos e prioridades entre si. A implantação do modelo de plataforma é a solução para
que a mentalidade de silo possa ser superada dando à organização maior dinâmica e funcionalidade no cumprimento de sua missão. 5. Uma plataforma busca abrir espaço para todos e o atendimento das novas gerações que poderão estar se ausentando da dinâmica denominacional em larga escala precisará ser priorizado para que as percepções dessas novas gerações possam abrir novas fronteiras, não apenas para a pregação do Evangelho, mas também para a busca de respostas bíblicas e éticas para os novos e complexos dilemas que estas novas gerações possuem diante de si. Podemos aprender muito com eles, mas precisamos abrir espaço para a sua liderança, precisamos ouvi-las. 6. Uma plataforma abre espaço para que os cenários amplos das Igrejas busquem ser conhecidos, pois permitirá interações entre líderes e colaboradores denominacionais e líderes, pastores locais. 7. Ao conhecer as múltiplas realidades locais, os subsistemas (organismos) da plataforma precisarão buscar, em conjunto, conhecer as tendências culturais e ideológicas que estão formando novos cenários, que poderão ser tanto positivos para a pregação e ensino do Evangelho, quanto colocar em risco a vivência dos crentes em um mundo que cada dia mais se torna caótico e sem Deus. Assim, a plataforma precisará desenvolver estudos estratégicos, por meio da ação de especialistas, teólogos, profissionais das áreas de comunicação, Psicologia, gestão etc., para que estas tendências possam ser conhecidas e mitigadas quando for o caso, com respostas bíblicas para assegurar ao povo de Deus melhores condições de respostas às suas decisões e escolhas diárias de modo que Atos 17.6 se cumpra mais efetivamente: “… aqueles que transtornaram (no grego: virar de perna para o ar, revolucionar) o mundo chegaram até nós…” 8. E a questão da diversidade doutrinária? Já escrevi uma série de artigos sobre isso demonstrando a necessidade de estimularmos espaço para o diálogo e aprendizagem colegiada. Precisamos redescobrir que, desde nossa origem, como Batistas, a unidade é fruto não da uniformidade, mas da diversidade a partir dos Princípios Distintivos dos Batistas.
Nesse ponto me parece que estamos tão divididos que estamos nos “machucando” e marginalizando, em vez de atuarmos a partir de nossas semelhanças e abrindo espaço para nosso amor nas diferenças, desde que nossos Princípios Distintivos sejam seguidos. Plataforma cria um ambiente em que “partidos”, divisões sejam superados. 9. A utilização de tecnologia é um dos componentes necessários, especialmente para a troca de informações e planejamento, além de avaliação de resultados em âmbito local e regional. O uso da tecnologia poderá ser aberto ou escalável, isto é, com acessibilidade por níveis de atuação e responsabilidade. A presença de membros das novas gerações promoverá a implementação desse tão importante componente. 10. A estratégia da plataforma tornará a estrutura convencional mais “porosa”, o que estimulará o acesso mais rápido ao “chão da Igreja” e das regiões, ampliando a cooperação intersetorial e o engajamento aprimorado entre líderes locais e líderes regionais e nacionais, além das equipes operacionais. A plataforma semeia uma estrutura mais aberta, facilitando melhorias no atendimento contextualizado, pois para atender a Igreja local é preciso conhecer bem de perto o que ocorre nelas, suas necessidades. Vejam que nesse caso a expertise se descentraliza e se distribui nacionalmente e estimula parcerias de diversas naturezas. 11. Para que haja o devido relacionamento entre os diversos subsistemas, regiões etc., será necessário que se crie um conjunto de princípios fundamentais que todos possam seguir, de modo que os conflitos entre as interfaces possam ser minimizados. Serão princípios de confidencialidade, de relacionamentos mútuos, prazos para atendimento a solicitações entre os subsistemas, de responsabilização e de limites de cada operador e colaborador da plataforma. Aqui precisaremos do suporte na área do Direito para que alguns princípios possam regular criativa e sabiamente os relacionamentos e funcionamento entre os diversos segmentos da plataforma. Talvez alguém poderia pensar que estou sugerindo uma “super Igreja” com um comando central, mas não é nada disso; primeiro porque nós, Batistas, não somos
uma estrutura piramidal. Igreja local é autônoma e ponto final. Não estou falando de uma Igreja, mas de uma plataforma para atender com mais eficiência e dinâmica a Igreja local por meio de serviços com maior dinâmica e qualidade. Por outro lado, o que menciono com esta estratégia de plataforma nada mais é do que ação conjunta operacional de serviços para atender a Igreja local no cumprimento de sua missão. Com certeza, isso tudo precisará de novos conjuntos de habilidades que não são necessários, por exemplo, no modelo de silo. Compreendo que isso exigirá mudança de mentalidade ou mindset, como dizemos em liderança contemporânea, onde as variáveis restritivas que já não funcionam mais sejam substituídas por outras variáveis, tais como sinergia, sincronia, cooperatividade, aprendizagem conjunta, projeto de servir em vez de poder, diálogo, desejo de estar juntos para buscarmos o fortalecimento da Igreja local no cumprimento da missão que Deus lhe deu. E, nesse sentido, temos de reaprender a germinação de um ambiente fértil de convivência, busca de objetivos comuns que ultrapassem os limites e fronteiras regionais, busca a equidade e a cooperação. Essa mudança de “mindset” é como o que está ocorrendo com a invasão do virtual no mundo físico, quando se tenta dar conta de tudo utilizando referenciais que já não funcionam mais. Na vivência denominacional, os indicadores apontam para o fato de que, muitas vezes, nossa mentalidade pode estar sento judicialista e isso precisa mudar e dar vez à mentalidade funcional e operativa, que até supera um projeto de poder, pois se o amor e o senso de cooperação é que nos move, menos regras jurídicas precisaremos, pois onde falta o amor e desejo de servir são necessárias regras rígidas, códigos reguladores etc. A implantação da estratégia de plataforma exigirá esforço conjunto, exigirá que cada interface seja motivada a participar, sejam criados princípios de operação. Mais ainda, exigirá coragem para buscar a união de todos para que os Batistas, para que as Igrejas Batistas brasileiras possam ser mais ainda dinamizadas e serem embaixadoras do Evangelho onde estão e onde vivem. Quem se habilita? n