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BILHETE Solidariedade
nária que poderia levar ao seu povo a mensagem de que o Messias havia chegado, e, estava junto ao poço pronto para passar dois dias em Samaria, pregando o Evangelho da salvação a um povo odiado pelos judeus. Jesus viu no publicano Zaqueu alguém que podia ser transformado pelo poder do Espírito Santo, e, assim, salvar toda a família. A multidão via um ladrão, desonesto, Jesus viu o poder do arrependimento mudando uma vida e uma família. A multidão ao pé da cruz via nos salteadores, homens que mereciam o castigo imposto pelo governo romano. Jesus viu no ladrão arrependido alguém que poderia adentrar o paraíso em companhia do Mestre, naquele dia lúgubre.
Quem labora com gente precisa crer que há em cada pessoa rejeitada e condenada pela sociedade, alguém que traz em si algo que restou da imagem e semelhança divina do Pai, por isso é possível restaurá-la, com a graça de Cristo. Há esperança para a humani- dade perdida. Para os que são julgados como párias sociais, há esperança em Cristo.
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Isso fica claro quando vemos países se unindo para resgatar as vítimas do terremoto que atingiu a Turquia e Síria. Alguns sobreviventes resgatados após horas e dias, nos escombros, oferecem a garantia de que o apego à vida é uma realidade que permanece sob mais terrível tragédia. Deus nos criou para viver. Colocou no íntimo de cada ser humano o apego à vida, não importam as tragédias. A solidariedade integra o que restou de bom no homem pecador. Apesar das guerras assassinas, provocadas por líderes sem o temor a Deus, o ser humano possui algo bom que precisa ser resgatado pelo poder do Evangelho.
Embora a mídia nos mostre a cada novo dia o que há de mais bárbaro na sociedade, gerando medo e pavor; isto é apenas uma fração mínima do que existe de bom no ser humano. Há milhões de seres humanos trabalhando e lutando para trazer à tona o que restou de bom no homem, subjugado pelo pecado. A minoria que revela o horror do pecado, em suicídios, feminicídios, roubo, agressões, ódio, desonestidade, jamais conseguirá suplantar a bondade do bom samaritano. Há governantes honestos que suplantam os desonestos. Pais que protegem os filhos são em maior número do que aqueles que os abandonam nas lixeiras mal cheirosas das ruas.
Deus continua crendo na redenção da criatura criada a Sua imagem e semelhança. Foi por crer nesta verdade que o Pai enviou o Seu único Filho ao mundo. Por crer no poder transformador do sacrifício feito na cruz, que Jesus se deu a Si mesmo para resgatar o pecador perdido.
A solidariedade vista nos escombros de um terremoto, convence-nos que nem tudo está perdido. Há esperança para a sociedade corrompida, adúltera e pervertida. Jesus é a materialização dessa esperança. n
Levir
Perea Merlo pastor, colaborador de OJB
No mês de abril, a Convenção Batista Brasileira celebra com as Igrejas o mês da Escola Bíblica Dominical, organizada na Inglaterra há mais de 200 anos, com o propósito inicial de ajudar crianças no ensino da Palavra de Deus. Praticamente quase todas as denominações evangélicas desenvolvem algum tipo de EBD, que, na verdade, se bem desenvolvida e estruturada, se torna um verdadeiro centro de estudos da Palavra de Deus para o crescimento e maturidade da Igreja do Senhor. Mesmo com tentativas de acabar com a EBD, ela se manteve firme e forte em muitas Igrejas, sendo um dos pilares também para o evangelismo e missões. Tem sido uma bênção na vida do povo cristão autêntico.
A temática acima é o ensino bíblico, embasado nas Escrituras, não com “remendos”, mas bem solidificada com base na interpretação sadia e com sólidos ensinos da boa teologia sistemática.
Nesses importantes livros de Esdras e Neemias, do pós -cativeiro, o povo de Deus daquela época (assim como o de hoje), enfrentou ameaças que vinham de duas direções: 1: a tentação de permanecer em um formalismo vazio e no legalismo sem sentido, que ameaçava sua vida de adoração. O simples desinteresse e a indiferença os importunavam constantemente. 2: os valores morais ou imorais do mundo ameaça- vam substituir os padrões de Deus e a fé dos judeus que retornavam do exílio fora severamente enfraquecida. ´
É nesse contexto que Deus usa Esdras e Neemias em preservar três histórias que ilustram e se relacionam com essas ameaças ao povo de Deus:
1: a primeira, é a história da reconstrução do templo, que demonstrou a importância suprema da adoração (hoje os templos que precisam ser reconstruídos são vidas, que antes caminhavam bem com o Senhor e em algum momento da vida se afastaram dos propósitos de Deus através do comodismo, indiferença, imaturidade e falta de amor) 2: a segunda, é a narrativa de uma ênfase renovada à Lei de Deus, que ressalta a absoluta necessidade de regras e ajustes, a fim de que a adoração e a vida diante de Deus sejam aceitáveis. 3: a terceira história, é a da restauração dos muros de Jerusalém e de suas reformas (Os muros de Jerusalém podem ser um símbolo da Igreja hoje precisando de uma reforma do espírito, do quebrantamento diante do Santo Senhor e Rei do Universo, Jesus Cristo!) n
Por essa razão, os livros de Esdras e Neemias constituem um profundo encorajamento ao povo de Deus para considerar a adoração como supremamente importante, e que enfatiza a necessidade e o uso da Palavra de Deus como a única regra de vida com autoridade e a preocupação com a imagem que o povo de Deus tem diante do mundo.
Mateus 10.16-23 traz várias admoestações, ou seja, conselhos de Jesus aos Seus discípulos. Eles estavam com uma missão e missão dada é missão cumprida. O verso 16 começa dizendo que eles foram enviados como ovelhas entre lobos. Os lobos eram as autoridades civis e religiosas da época. A atitude dos discípulos diante deles devia ser de prudência e pureza, ou seja, eles deviam agir com bom senso.
Jesus nunca deixou Seus discípulos sem informações. Ele os admoestou sobre o que os esperavam. O próprio Jesus em certa ocasião disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci.”
Perseguição era o cenário sombrio que aguardavam os discípulos; eles seriam entregues aos sinédrios e seriam açoitados nas suas sinago-